Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Eliezer Batista
Elisa Zunko Toma
Márcio Rodolfo Fernandes
Silvia Martini de Holanda Janesch
2ª Edição
Florianópolis, 2012
Governo Federal
Presidente da República: Dilma Vana Rousseff
Ministro de Educação: Aloízio Mercadante
Coordenador Nacional da Universidade Aberta do Brasil: Celso Costa
Comissão Editorial
Antônio Carlos Gardel Leitão
Albertina Zatelli
Elisa Zunko Toma
Igor Mozolevski
Luiz Augusto Saeger
Roberto Corrêa da Silva
Ruy Coimbra Charão
Laboratório de Novas Tecnologias - LANTEC/CED
Coordenação Pedagógica das Licenciaturas à Distância UFSC/CED/CFM
Coordenação Geral: Roseli Zen Cerny
Núcleo de Formação: Marina Bazzo de Espíndola
Núcleo de Pesquisa e Avaliação: Andréa Brandão Lapa
Núcleo de Criação e Desenvolvimento de Materias: Juliana Cristina Faggion
Bergmann
Design Gráfico
Coordenação: Cíntia Cardoso, Cristiane Barbato Amaral, Talita Ávila Nunes
Projeto Gráfico Original: Diogo Henrique Ropelato, Marta Cristina Goulart
Braga, Natal Anacleto Chicca Junior
Redesenho do Projeto Gráfico: Laura Martins Rodrigues,
Thiago Rocha Oliveira
Diagramação: Cíntia Cardoso, João Paulo Battisti de Abreu, Kallani Bonelli,
Laura Rodrigues, Roberto Colombo Gava, Talita Ávila Nunes
Design Instrucional
Coordenação: Elizandro Maurício Brick
Design Instrucional: Adriano Luiz dos Santos Né, Nicélio José Gesser,
Maria Carolina Machado Magnus
Ficha Catalográfica
C144
Cálculo II/ Eliezer Batista, Elisa Zunko Toma, Márcio Rodolfo
Fernandes, Silvia Martini de Holanda Janesch - 2 ed. - Florianópolis:
UFSC/EAD/CED/CFM, 2012.
308 p.
Inclui bibliografia
UFSC. Licenciatura em Matemática na Modalidade a Distância
ISBN 978-85-8030-022-2
2. Métodos de Integração....................................................... 95
2.1 Integrais envolvendo funções trigonométricas....................... 97
2.1.1 Funções trigonométricas.................................................... 97
2.1.2 Integrais envolvendo potências de senx e cosx............... 99
2.1.3 Integrais de potências de tgx e cotgx..............................102
2.1.4 Integrais de potências de secx e cossecx........................ 104
2.1.5 Integrais de produtos de potências de tgx e secx......... 105
2.1.6 Integrais de funções envolvendo seno e cosseno de arcos
diferentes .......................................................................... 109
2.2 Substituição trigonométrica.....................................................110
2.3 Integração de funções racionais: método das frações
parciais....................................................................................... 120
2.4 Integração de funções racionais de seno e cosseno
(substituição universal).............................................................132
Resumo............................................................................................. 138
Os autores
Capítulo 1
Integrais
Capítulo 1
Integrais
1.1 Introdução
A principal motivação para estudar o conceito de integral está em
encontrar a área de uma região plana qualquer. O problema pode
ser formulado da seguinte forma:
y = f (x)
a b
S = {( x, y) ∈ 2; 0 ≤ y ≤ f ( x) e a ≤ x ≤ b}
Figura 1.1
12
S1 S2
a b a b
S3 S7
a b a b
Figura 1.2
S1 S2
a b a b
S3 S7
a b a b
Figura 1.3
13
A = mint ( S ) = mext ( S ) .
Demonstração.
sup A − ε sup A = b
∃x ∈ A
Figura 1.4
inf A = a inf A + ε
∃x ∈ A
Figura 1.5
i) sup A ≤ sup B e
Demonstração.
Seja f :[a, b] → R uma Solução. A função f é contínua no intervalo [-2, 2], pelo Teorema
função contínua. Então f
de Weierstrass f assume em [-2, 2] valores máximo e mínimo que
assume um valor máximo e
um valor mínimo. Isto é, são 3 e -1, respectivamente. Portanto,
existem x1 , x2 ∈ [a, b] tais
que f ( x1 ) ≤ f ( x) ≤ f ( x2 ) sup{ f ( x) | -2 ≤ x ≤ 2} = 3 e inf{ f ( x) | -2 ≤ x ≤ 2} = -1.
para todo x ∈ [a, b].
Isso também é fácil de ser verificado analisando o gráfico da parábola
y = x 2 - 1.
18
Partição de um intervalo
a = x0 xn = b
x1 x2 xi −1 xi xi +1 xn −1
Figura 1.6
s ( f ; P) = m1 ( x1 - x0 ) + m2 ( x2 - x1 ) + + mn ( xn - xn -1 )
n
= ∑ mi ( xi - xi -1 )
i =1
e
S ( f ; P) = M 1 ( x1 - x0 ) + M 2 ( x2 - x1 ) + + M n ( xn - xn -1 )
n
= ∑ M i ( xi - xi -1 )
i =1
onde
Note que
n n
s( f ; P) = ∑ m (x - x
i =1
i i i -1 )≤ ∑ M (x - x
i =1
i i i -1 ) = S ( f ; P),
y = f ( x) y = f ( x)
a = x0 x1 x2 x3 x4 = b a = x0 x1 x2 x3 x4 = b
Figura 1.7
20
1
Solução. Os intervalos da partição P são [ x0 , x1 ] = 0, e
2
1
[ x1 , x2 ] = ,1 . Temos
2
1 1 1
m1 = inf x 2 ;0 ≤ x ≤ = 0, M 1 = sup x 2 ;0 ≤ x ≤ = ,
2 2 4
1
1 1
m2 = inf x 2 ; ≤ x ≤ 1 = e M 2 = sup x 2 ; ≤ x ≤ 1 = 1.
2 4 2
Segue que
s ( f ; P) = m1 ( x1 - x0 ) + m2 ( x2 - x1 )
1 1 1 1
= 0 - 0 + 1 - = ,
2 4 2 8
e
S ( f ; P) = M 1 ( x1 - x0 ) + M 2 ( x2 - x1 )
11 1 5
= - 0 + 1 1 - = .
42 2 8
i) s ( f ; P) ≤ s ( f ; Q) e
ii) S ( f ; Q) ≤ S ( f ; P).
Demonstração.
Temos
s ( f ; Q) = m1 ( x1 - x0 ) + m2 ( x2 - x1 ) + + mi -1 ( xi -1 - xi - 2 ) + m '( x - xi -1 ) +
m ''( xi - x ) + mi +1 ( xi +1 - xi ) + + mn ( xn - xn -1 )
e
s ( f ; P) = m1 ( x1 - x0 ) + m2 ( x2 - x1 ) + + mi -1 ( xi -1 - xi - 2 ) + mi ( xi - xi -1 ) +
mi +1 ( xi +1 - xi ) + + mn ( xn - xn -1 ).
Fazendo,
s ( f ; Q) - s ( f ; P) = m '( x - xi -1 ) + m ''( xi - x ) - mi ( xi - xi -1 )
= m '( x - xi -1 ) + m ''( xi - x ) - mi ( xi - x + x - xi -1 )
= m '( x - xi -1 ) - mi ( x - xi -1 ) + m ''( xi - x ) - mi ( xi - x )
= (m '- mi )( x - xi -1 ) + (m ''- mi )( xi - x ).
s ( f ; Q) - s ( f ; P) ≥ 0.
Demonstração.
s ( f ; P ) ≤ s ( f ; P ∪ Q) ≤ S ( f ; P ∪ Q) ≤ S ( f ; Q).
Portanto, s ( f ; P) ≤ S ( f ; Q).
■
b b
Quando ∫ a f ( x) dx = ∫a f ( x) dx, dizemos que f é integrável em
mi = inf{ f ( x); xi -1 ≤ x ≤ xi } = k e
Assim,
s ( f ; P ) = k (b - a ) e S ( f ; P) = k (b - a ).
Dado que P é qualquer, temos
b
∫ a
f ( x) dx = sup s ( f ; P ) = k (b - a ) e
P
b
∫ a
f ( x) dx = inf S ( f , P) = k (b - a ).
P
b
∫ a
f ( x) dx = sup s ( f ; P ) = -(b - a )
P
e
b
∫a
f ( x) dx = inf S ( f ; P) = (b - a ).
P
Como
b b
∫ a
f ( x) dx ≠ ∫ f ( x) dx
a
y = f (x)
a b
Figura 1.8
y
f ( x) = 5
5
2 6 x
Figura 1.9
3
Exemplo 1.10. Calcule a ∫
-3
9 - x 2 dx interpretando-a em termos de
área.
x 2 + y 2 = 9 com y ≥ 0,
1.2.1 Exercícios
1
3) Calcular as somas inferior e superior para função f ( x) = no
x
intervalo [1, 3]. Usar a partição tal que o comprimento de cada
2
5) Avalie a integral ∫0
4 - x 2 dx interpretando-a em termos de
área.
i) f é integrável;
b e b e
∫ a
f ( x) dx -
2
< s( f ; Q) e ∫a
f ( x) dx +
2
> S ( f ; P ).
27
Tome a partição R = P ∪ Q de [a, b]. Então, pelo Teorema 1.2, segue que
s( f ; Q) ≤ s( f ; R) e S ( f ; R) ≤ S ( f ; P).
Portanto, S ( f ; R) - s ( f ; R) < e.
s( f ; P) ≤ S ( f ; Q) .
podemos escrever
S ( f ; R) - s ( f ; R) ≥ inf S ( f ; P) - sup s ( f ; P) = e,
P P
sup s ( f ; P) = inf S ( f ; P) ,
P P
b b
ou seja, ∫ a f ( x) dx = ∫ f ( x) dx . Portanto, f é integrável.
a
■
S ( f ; P) - S ( f ; Q) = M i ( xi - xi -1 ) - M '( x - xi -1 ) - M ''( xi - x )
= M i ( xi - x + x - xi -1 ) - M '( x - xi -1 ) - M ''( xi - x )
= M i ( xi - x ) + M i ( x - xi -1 ) - M '( x - xi -1 ) - M ''( xi - x )
= ( M i - M '')( xi - x ) + ( M i - M ')( x - xi -1 )
≤ 2 M ( xi - x ) + 2 M ( x - xi -1 )
= 2 M ( xi - xi -1 )
≤ 2M | P | .
■
Demonstração. Dado > 0. Temos que mostrar que existe > 0 tal que
b b
0 < | P | < ⇒ - + ∫ f ( x) dx < S ( f ; P) < + ∫ f ( x) dx .
a a
Observe que
b
- + ∫ f ( x) dx < S ( f ; P) para qualquer partição P de [a, b].
a
S ( f ; P) - S ( f ; R) ≤ 2 M (n - 1) | P |.
Segue que
S ( f ; P) ≤ S ( f ; R) + 2 M (n - 1) | P |
< S ( f ; Q) + 2 M (n - 1)
4(n - 1) M
b
< ∫ f ( x) dx + + , sempre que 0 < | P | < .
a 2 2
Portanto,
b
lim S ( f ; P) = ∫ f ( x) dx.
| P| → 0 a
■
b
De forma análoga, mostra-se que ∫ a
f ( x) dx = lim s ( f ; P ).
| P| → 0
30
Soma de Riemann
a = x0 c1 x1 c2 x2 xi −1ci xi xn −1 cn xn = b
Figura 1.10
s ( f ; P) ≤ S n ( f ) ≤ S ( f ; P),
ou seja,
n n n
∑ m (x - x
i =1
i i i -1 ) ≤ ∑ f (ci )( xi - xi -1 ) ≤ ∑ M i ( xi - xi -1 ),
i =1 i =1
pois mi ≤ f (ci ) ≤ M i .
b-a 2-0 1
= = .
n 4 2
Os subintervalos são
1 1 3 3
0, 2 , 2 ,1 , 1, 2 e 2 , 2 .
1 3
Assim, c1 = , c2 = 1 , c3 = e c4 = 2. Logo, a soma de Riemann é
2 2
4
S 4 ( f ) = ∑ f (ci )( xi - xi -1 )
i =1
1 1 1 3 1 1
= f ⋅ + f (1) ⋅ + f ⋅ + f (2) ⋅
2 2 2 2 2 2
1 7 1
= + 1 - - 2
2 4 4
1
= .
4
i) f é integrável;
n
ii) Existe o lim ∑ f (ci )( xi - xi -1 ), independentemente da escolha
| P| → 0
i =1 n b
de ci ∈ [ xi -1 , xi ] . Neste caso, lim ∑ f (ci )( xi - xi -1 ) = ∫ f ( x) dx .
| P| → 0 a
i =1
Demonstração.
independentemente da escolha de ci ∈ [ xi -1 , xi ].
ou seja,
n
∑ f (c )( x - x
i =1
i i i -1 )-
4
< s ( f , P ) . (3)
f (ci ) > M i - , onde M i = sup{ f ( x); x ∈ [ xi -1 , xi ]}.
4n( xi - xi -1 )
Assim,
n n
∑ f (c )( x - x
i =1
i i i -1 ) > ∑ M i ( xi - xi -1 ) -
i =1 4
= S ( f , P) - ,
4
isto é,
n
∑ f (c ) ( x - x
i =1
i i i -1 )+
4
> S ( f , P ) . (4)
n n
∑ f (c )( x - x
i =1
i i i -1 )-
4
< s( f ; P) ≤ S ( f ; P) < ∑ f (c )( x - x
i =1
i i i -1 )+ .
4
33
∑ f (ci )( xi - xi -1 ) e ∑ f (c )( x - x
i =1
i i i -1 )
i =1
estão no intervalo I - , I + . Logo, s ( f ; P) e S ( f ; P) perten-
4 4
cem ao intervalo I - , I + , e assim S ( f ; P) - s ( f ; P) < . Por-
2 2
tanto, f é integrável.
■
(b - a ) (b - a )
temos ci = a + i e f (ci ) = a + i .
n n
A soma de Riemann é
n
Sn ( f ) = ∑ f (c )( x - x
i =1
i i i -1 )
(b - a ) 2 (b - a ) 2
= ab - a 2 + +
2n 2
b 2 - a 2 (b - a ) 2
= + .
2 2n
1.3.1 Exercícios
1) Determine a soma de Riemann S n ( f ) da função f ( x) = 3 x - 2,
onde P = {x0 , x1 , x2 , x3 , x4 } é a partição do intervalo [1,5] em
quatro subintervalos de mesmo comprimento, e:
c) ci é o ponto médio de [ xi -1 , xi ].
respectivamente.
b) f + g é integrável em [a, b] e
b b b
∫a
[ f ( x) + g ( x)] dx = ∫ f ( x)dx + ∫ g ( x)dx ;
a a
b
c) Se f ( x) ≥ 0 para todo x ∈ [a, b], então ∫
a
f ( x) dx ≥ 0;
b b
d) Se f ( x) ≥ g ( x) para todo x ∈ [a, b], então ∫
a
f ( x) dx ≥ ∫ g ( x) dx.
a
∑ k f (c )( x - x
i =1
i i i -1 ) onde ci ∈ [ xi -1 , xi ].
independentemente da escolha de ci em [ xi -1 , xi ], e é
b
∫ f ( x) dx.
a
∑ f (c )( x - x
i =1
i i i -1 ) ≥ 0.
5
Exemplo 1.13. Calcule a integral ∫
1
(3 x + 4) dx .
5 5 25 - 1
∫ 1
4dx = 4(5 - 1) = 16 e ∫ 1
x dx =
2
= 12.
= 3 ⋅12 + 16 = 52.
∫ f ( x) dx = lim ∑ f (ci )( xi - xi -1 )
a | P| → 0
i =1
l n
= lim ∑ f (ci )(xi - xi -1 ) + ∑ f (ci )( xi - xi -1 )
| P| → 0
i =1 i =l +1
l n
= lim ∑ f (ci )( xi - xi -1 ) + lim ∑ f (ci )( xi - xi -1 ) .
| P| → 0 | P| → 0
i =1 i =l +1
b l n
Portanto,
b c b
∫a
f ( x) dx = ∫ f ( x) dx + ∫ f ( x) dx.
a c
■
2, se 0 ≤ x ≤ 2
Exemplo 1.15. Considere a função f ( x) = .
x, se 2 < x ≤ 5
5
Calcular a integral ∫ f ( x) dx.
0
2 2
∫0
f ( x) dx = ∫ 2dx = 2(2 - 0) = 4.
0
5 5 52 - 22 21
∫2
f ( x) dx = ∫
2
x dx =
2
= .
2
39
21 29
= 4+ = .
2 2
1.4.1 Exercícios
3
1) Calcule a integral ∫
3
x sen x 2 dx.
b
2) Escreva a integral como uma única integral da forma ∫
a
f ( x) dx.
5 7 10
a) ∫
2
f ( x) dx + ∫ f ( x) dx + ∫ f ( x) dx .
5 7
3 3 7
a) ∫ 2
f ( x) dx - ∫ f ( x) dx + ∫ f ( x) dx .
5 5
1 4 4
3) Se ∫ 0
f (t ) dt = 1, ∫
0
f (t ) dt = -2 e ∫
3
f (t ) dt = 2.
3
Encontre ∫1
2 f (t ) dt .
Exemplo 1.16.
Como a função H possui derivada nula em todos os pontos de (a, b), Se uma função contínua
segue de um resultado visto no Cálculo I, que H é uma função f :[a, b] → possui
derivada nula em todos os
constante. Portanto, existe c ∈ tal que G ( x) - F ( x) = c, ou seja, pontos c ∈ (a, b) , então f é
G ( x) = F ( x) + c para todo x ∈ [a, b]. constante. (Página 223 do
material de Cálculo I)
■
Seja uma função contínua Temos que F é derivável em [a, b] , e consequentemente F é contí-
em [a, b] e derivável em nua em [a, b] . Segue que F é contínua e derivável em cada intervalo
. Então existe
tal que [ xi -1 , xi ] da partição P. Aplicando o Teorema do Valor Médio em cada
.
intervalo de P, existe ci ∈ ( xi -1 , xi ) tal que
F ( xi ) - F ( xi -1 )
F '(ci ) = para todo i = 1,..., n.
xi - xi -1
F ( xi ) - F ( xi -1 ) = f (ci )( xi - xi -1 ).
Podemos escrever
n
S n ( f ) = ∑ f (ci )( xi - xi -1 ) ( ci escolhido como acima)
i =1
n
= ∑ [ F ( xi ) - F ( xi -1 )]
i =1
= F (b) - F (a ) .
Assim,
lim S n ( f ) = F (b) - F (a ).
| P| → 0
b
É comum expressar a diferença F (b) - F (a ) por F ( x) .
a
1
b) ∫ (2 x3 + 3) dx ;
-1
c) ∫ (sen x + x) dx.
2
0
42
Solução.
x3
a) A função F ( x) = é uma primitiva da função f ( x) = x 2. Logo,
3
2 x 2
3
∫1 x dx = 3 1
2
23 13 7
= - = .
3 3 3
x4 1 1
=2 + 3x
4 -1 -1
14 (-1) 4
= 2 - + 3[1 - (-1)]
4 4
= 6.
c) ∫ (sen x + x) dx = ∫ sen x dx + ∫ x dx
2 2 2
0 0 0
2 x 2 2
= - cos x +
0 2 0
2
1
= - cos - (- cos 0) + ⋅
2 2 2
2 2 + 8
= 1+ = .
8 8
2
Exemplo 1.18. Calcule ∫ -2
| x | dx.
- x, se - 2 ≤ x ≤ 0
f ( x) = .
x, se 0 < x ≤ 2
Das propriedades da integral e o Teorema Fundamental do Cálculo,
temos
2 0 2
∫ |
-2
x | dx = ∫ - x dx
-2
+ ∫ x dx 0
x2 0 x2 2
=- +
2 -2 2 0
= 2+2 = 4.
43
c c+h c
= ∫ f (t ) dt + ∫ f (t ) dt - ∫ f (t ) dt
a c a
c+h
=∫ f (t ) dt .
c
c+h
Como h > 0 e ∫c
f (t ) dt = G (c + h) - G (c), temos
G (c + h ) - G (c )
f ( x1 ) ≤ ≤ f ( x2 ). (5)
h
Note que se h → 0+ então x1 → c + e x2 → c +, pois x1 e x2 estão
entre c e c + h . Da continuidade de f podemos escrever
G (c + h ) - G (c )
lim+ = f ( c ),
h →0 h
ou seja, para c tal que c ∈ [a, b) , temos
De forma análoga, mostra-se que G-' (c) = f (c) para c ∈ (a, b] e assim
G ' (c) = f (c). Observe que, para a e b, temos apenas G+' (a ) = f (a )
e G-' (b) = f (b). Segue que G é derivável e G '( x) = f ( x) para todo
x ∈ [a, b].
■
x
Exemplo 1.19. Encontre a derivada da função G ( x) = ∫ sen t 2 dt.
0
d x2 t
dx ∫1
Exemplo 1.20. Calcule e dt .
d x2 t d u
∫
dx 1
e dt = ∫ et dt
dx 1
d u t du
du ∫1
= e dt ⋅
dx
= eu ⋅ 2 x
2
= 2 xe x .
45
1.5.1 Exercícios
1) Calcular as integrais abaixo:
2 1
∫ ∫ 3e
2x
a) (2 x + x 4 ) dx ; c) dx;
-2 0
1
b) ∫ cos 2 x dx ; d) ∫ 3 dt.
t
0 0
a) ;
3 3 x
b) F ( x) = ∫ ln t 2 dt ; (Sugestão. Escreva ∫ ln t 2 dt = - ∫ ln t 2 dt )
x x 3
-x
e
c) H ( x) = ∫ cos t dt .
2
6
3) Calcule a integral definida ∫
-3
| x - 4 | dx.
∫ f ( x) dx = F ( x) + c ⇔ F '( x) = f ( x).
a) ∫ k f ( x) dx = k ∫ f ( x) dx;
b) ∫ [ f ( x) + g ( x)] dx = ∫ f ( x) dx + ∫ g ( x) dx .
Demonstração.
Portanto,
∫ k f ( x) dx = k F ( x) + c
c
= k F ( x) +
k
= k [ F ( x) + c1 ]
= k ∫ f ( x) dx.
Exemplo 1.21.
x4 x 4 ′
a) ∫ x dx = + c, pois = x3.
3
4 4
e2 x e 2 x ′
b) ∫ e 2 x dx = + c, pois 2x
=e .
2 2
1) ∫ dx = x + c
x +1
2) ∫ x dx = + c, ( é constante e ≠ -1)
+1
1
3) ∫ x dx = ln | x | +c
4) ∫ e x dx = e x + c
ax
5) ∫ a x dx = + c, a > 0 e a ≠ 1
ln a
6) ∫ sen x dx = - cos x + c
7) ∫ cos x dx = sen x + c
8) ∫ sec 2 x dx = tg x + c
9) ∫ cossec 2 x dx = - cotg x + c
1
12) ∫x 2
+1
dx = arc tg x + c
1
13) ∫ 1 - x2
dx = arcsen x + c
1
14) ∫x x2 -1
dx = arc sec | x | +c.
48
1
Exemplo 1.22. Calcular a integral indefinida ∫ + sen x dx.
x
Solução.
1 1
∫ x + sen x dx = ∫ x dx + ∫ sen x dx (propriedade da integral)
= ln | x | - cos x + c (c = c1 + c2).
x3 + 3x 2 + 4
Exemplo 1.23. Calcular a integral indefinida ∫ dx.
x
Solução.
x3 + 3x 2 + 4 4
∫ x
dx = ∫ x 2 + 3 x + dx
x
1
= ∫ x 2 dx + 3∫ x dx + 4 ∫ dx (propriedades da integral)
x
3 2
x x
= + c1 + 3 + c2 + 4 ln | x | + c3
3 2
3 2
x x
= + 3 + 4 ln | x | +c ( c = c1 + c2 + c3 ).
3 2
sen x 2
Exemplo 1.24. Calcule a integral indefinida ∫ 2
+ 3 dx.
cos x x
Solução.
sen x 2 sen x 1
∫ cos
2
+ 3 dx = ∫
x x 2
cos x
dx + 2 ∫ 3 dx
x
= ∫ tg x sec x dx + 2 ∫ x -3 dx
2 x -2
= sec x + +c
-2
1
= sec x - 2 + c.
x
1 2
Exemplo 1.25. Calcule a integral definida ∫0 2
x +1
dx .
49
Solução.
1 2dx 1 dx
∫
0 2
x +1
= 2∫ 2
0 x +1
1
= 2 arc tg x (tabela - item 12 e TFC)
0
= 2 - 0 = .
4 2
1.6.1 Exercícios
1) Calcule as integrais indefinidas:
x 2 ln x
a) ∫ (3 x 2 + x 4 + 1) dx; d) ∫ ln x 2 dx;
t3 + 9 sen x
b) ∫
t2
dt ; e) ∫ 1 - sen 2
x
dx;
4
c) ∫ e - x dx; f) ∫ dx.
1- x 2
x 1
a) ∫ 2
dx = ln(1 + x 2 ) + c;
1+ x 2
b) ∫ x 2 e x dx = e x ( x 2 - 2 x + 2) + c;
1 x
c) ∫ dx = + c.
2 3
(4 - x ) 4 4 - x2
b) ∫ 2 (3cos + 2) d .
0
50
[ F ( g ( x))]′ = F ′( g ( x)) ⋅ g ′( x)
= f ( g ( x)) ⋅ g ′( x).
∫ f ( g ( x)) ⋅ g ′( x) dx = F ( g ( x)) + c.
Se fizermos a mudança de variável u = g ( x) e substituirmos g '( x) dx Diferenciais foram vistas
no Cálculo 1. Se u = g ( x) é
pela diferencial du, então
uma função diferenciável,
então du = g ′( x) dx .
∫ f ( g ( x)).g ′( x) dx = ∫ f (u ) du = F (u ) + c.
A técnica da mudança de variável é uma ferramenta poderosa para
calcular integrais indefinidas, que permite substituir uma integral
relativamente complicada por uma mais simples. Vejamos alguns
exemplos.
51
a) ∫ 2 x e x dx;
2
b) ∫ cos (3 x + 2) dx ;
c) ∫ 3 x 2 ( x 3 + 2)10 dx .
Solução.
∫ 2x e
x2
a) Para calcular a integral dx, faremos a mudança de
variável
u = x 2 e obtemos du = 2 x dx.
Logo,
∫ 2x e dx = ∫ eu du
x2
∫ 3x ( x + 2)10 dx = ∫ u10 du
2 3
u11
= +c
11
( x 3 + 2)11
= + c.
11
52
∫ tg x dx = ln | sec x | +c.
Solução.
sen x
∫ tg x dx = ∫ cos x dx.
Fazendo u = cos x obtemos du = - sen x dx.
Assim,
du
∫ tg x dx = -∫ u
= - ln | u | +c
1
= ln +c
cos x
= ln | sec x | +c.
∫x
2
Exemplo 1.28. Calcule a integral indefinida 1+ x dx.
∫x 1 + x dx = ∫ (t 2 - 1) 2 ⋅ t ⋅ 2t dt
2
= 2 ∫ (t 2 - 1) 2 ⋅ t 2 dt
= 2 ∫ (t 4 - 2t 2 + 1) ⋅ t 2 dt
= 2 ∫ (t 6 - 2t 4 + t 2 ) dt
t 7 2t 5 t 3
= 2 - + +c
7 5 3
t 4 2t 2 1
= 2t 3 - + +c
7 5 3
(1 + x) 2 2(1 + x) 1
= 2(1 + x) (1 + x) - + + c.
7 5 3
dx
Exemplo 1.29. Calcule a integral ∫x 2
- 2x + 5
.
Solução.
dx dx
∫x 2
- 2x + 5
=∫
( x - 1) 2 + 4
53
dx 1
∫x 2
- 2x + 5
=∫ 2
u +4
du
1
= ∫ 2 4 du
u +4
4
1 du
= ∫
4 u 2
+1
2
1 2dt u
= ∫ 2
4 t +1
(fazendo t = obtemos 2dt = du )
2
1 dt
2 ∫ t2 +1
= (tabela)
1
= arc tg t + c
2
1 u
= arc tg + c
2 2
1 ( x - 1)
= arc tg + c.
2 2
2 4x
Exemplo 1.30. Calcule a integral definida ∫ 0 2
x +1
dx.
se x = 0 então u = 1;
se x = 2 então u = 5.
Assim,
2 4x 5 du
∫
0 x +12
dx = 2 ∫
1 u
5
= 2 ln | u |
1
= 2 ln 5 - 2 ln1
= 2 ln 5.
4x du
∫x 2
+1
dx = 2 ∫
u
(u = x 2 + 1, temos du = 2 x dx)
= 2 ln | u | +c
= 2 ln( x 2 + 1) + c.
= 2 ln 5 - 2 ln1
= 2 ln 5.
1
S
0 π π
4 2
Figura 1.11
55
Como f ( x) ≥ 0 para todo x ∈ 0, , a área da região S (ver definição
2
na Seção 1.2) é dada por
Área S = ∫ sen 2 x dx
2
1
2 ∫0
= sen u du
1
= - cos u
2 0
1
= - (cos - cos 0)
2
= 1u.a.
1.7.1 Exercícios
1) Calcular as integrais indefinidas.
ln x
a) ∫ 3 3 x - 1 dx; d) ∫ x
dx ;
2 3dx 3
b) ∫ ∫
2
; d) 2 x 3x dx .
1 x ln 2 3 x 0
56
dx 1 x
4) Mostre que ∫x 2
+a 2
= arc tg + c, onde a ≠ 0.
a a
∫ [ f ′( x) ⋅ g ( x) + f ( x) ⋅ g ′( x)] dx = f ( x) ⋅ g ( x) + c ,
1
ou ainda
∫ f ( x) ⋅ g ′( x) dx = f ( x) ⋅ g ( x) - ∫ f ′( x) ⋅ g ( x) dx + c . 1
∫ f ( x) ⋅ g ′( x) dx = f ( x) ⋅ g ( x) - ∫ f ′( x) ⋅ g ( x) dx,
∫ u dv = u v - ∫ v du.
57
du = dx e v = sen x.
Solução. Fazendo
u = ln x e dv = dx , temos
1
du = dx e v = x.
x
Logo,
1
∫ ln x dx = x ln x - ∫ x x dx
= x ln x - ∫ dx
= x ln x - x + c.
Solução. Fazendo
u = arcsen x e dv = dx , obtemos
1
du = dx e v = x.
1 - x2
Assim,
x 1 1
∫ 1- x 2
=-
2 ∫ t2
1 dt
1
1 t2
=- + c1
2 1
2
= - 1 - x 2 + c1 .
Portanto,
∫x
2
Exemplo 1.35. Calcular a integral cos 2 x dx .
Solução. Fazendo
u = x 2 e dv = cos 2 x dx obtemos
1
du = 2 x dx e v = ∫ cos 2 x dx = sen2 x.
2
Assim,
x2
∫ x cos 2 x dx = sen 2 x - ∫ x sen 2 x dx .
2
Fazendo
Solução. Fazendo
u = e3 x e dv = cos x dx temos
du = 3e3 x dx e v = sen x .
Assim,
u = e3 x e dv = sen x dx temos
du = 3e3 x dx e v = - cos x.
Segue que
Logo,
ou seja,
1 3x
I= [e sen x + 3e3 x cos x].
10
Portanto,
e3 x
∫ e cos x dx =
3x
[sen x + 3cos x] + c.
10
2
Exemplo 1.37. Avalie a integral ∫
1
x ln x dx.
Solução. Fazendo
u = f ( x) = ln x e dv = g '( x) dx = x dx obtemos
1 x2
du = f '( x) dx = dx e v = g ( x) = .
x 2
22 12 x2 2
= ln 2 - ln1 -
2 2 4 1
22 1
= 2 ln 2 - -
4 4
3
= 2 ln 2 - .
4
1.7.2 Exercícios
1) Calcule as integrais indefinidas:
a) ∫ x 2 e x dx ;
b) ∫ ( x - 3) sec 2 x dx;
c) ∫ x 4 ln x dx;
d) ∫ arc tg x dx;
e) ∫ ln ( x 2 + 1) dx;
f) ∫ sec3 x dx ;
2 ln x
b) ∫ ( x + 1) cos 2 x dx; ∫ dx.
2
d)
0 1 x2
y = f ( x)
a b
Figura 1.12
a b
y = f (x)
S = {( x, y ) ∈ 2 ; a ≤ x ≤ b e f ( x) ≤ y ≤ 0}
Figura 1.13
a c d b
S é o conjunto hachurado
Figura 1.14
y = f ( x)
S
y = g (x )
a b x
S = {( x, y ) ∈ 2 ; a ≤ x ≤ b e g ( x) ≤ y ≤ f ( x)}
Figura 1.15
63
a b a b
e
k é constante
Figura 1.16
x4 2
= + 2x
4 1
23
= u.a.
4
64
y = x3 + 2
2
S
1 2
Figura 1.17
x3 x 2 1
= - + - 2x
3 2 -2
9 9
= - - = u.a.
2 2
y = x2 + x − 2
−2 S 1
Figura 1.18
65
1
Exemplo 1.40. Calcular a área da região S limitada pelas retas x =
2
e y = - x + 2 e pela curva x = y .
x2 x3 1
= - + 2 x - 1
2 3 2
1
= u.a.
3
2
x= y
S
y = −x + 2
1 2
Figura 1.19
0 0 4 4 1 1
x2 2 3 2 3
= + 3x + 2 x - x 2 - x 2 + x
2 -3 -3 0
3 0 3 0 0
15
= u.a.
2
66
y = x+2
y2 = x
2
−3 −2 S
1 4
−1
Figura 1.20
1.8.1 Exercícios
1) Esboce a região limitada pelas curvas dadas e encontre a área
da região:
3
a) y = x e y = x ;
x
b) y = 6 + x, y = x3 e y = - ;
2
1
c) y = , y = x , x = 2 e y = 0;
x
1
d) y = 2 , x = 1, x = 2 e y = 0;
x
e) y = cos x, y = sen 2 x e x = 0 no primeiro quadrante;
f) y = x - 1 e y 2 = 2 x + 6.
a) S = {( x, y ) ∈ 2 ; 0 ≤ x ≤ 1, x 2 ≤ y ≤ x };
b) S = {( x, y ) ∈ 2 ; 1 ≤ x ≤ 2, x ≤ y ≤ x 2 };
c) S = {( x, y ) ∈ 2 ; x ≥ 0 , x 3 - x ≤ y ≤ - x 2 + 5 x}.
67
c
c) Sejam f : (a, b) → uma função e c ∈ (a, b). Se
b
∫a
f ( x) dx e
∫c
f ( x) dx existem então definimos a integral imprópria de f
b c b
em (a, b) por ∫ a
f ( x) dx = ∫ f ( x) dx + ∫ f ( x) dx.
a c
Observações:
b
b) Costuma-se chamar a expressão ∫a
f ( x) dx de integral, mes-
b
Quando a integral ∫
a
f ( x) dx existe, dizemos que essa integral é con-
vergente. Caso contrário, dizemos que é divergente.
1 1
c) ∫ 0 xp
dx, onde p > 0.
Solução.
1
a) A função f ( x) = é contínua em [0, t ] para 0 < t < 2. Logo,
2- x
f é integrável em [0, t ] para todo t ∈ (0, 2). Da Definição 1.6, temos:
2 1 t 1
∫0
2- x
dx = lim- ∫
t → 2 0
2- x
dx
t
= lim- - 2 2 - x
t →2 0
= lim- (-2 2 - t + 2 2)
t →2
= 2 2.
t 1 2 1
Como lim- ∫ dx = 2 2 , a integral ∫ dx é con-
t →2 0
2- x 0
2- x
vergente.
1
b) A função f ( x) = é contínua em [t ,1] para todo 0 < t < 1. Logo, f
x
é integrável em [t ,1] para todo 0 < t < 1. Assim,
69
11 11
∫0 x t →0+ ∫t x dx
dx = lim
1
= lim+ ln x
t →0 t
1 1 1
1
Como lim+ ∫t dx não existe, a integral ∫ dx é divergente.
t →0 x 0 x
1
c) A função f ( x) = é contínua em [t ,1] para todo t ∈ (0,1). Note
xp 11
que, para p = 1, a integral é ∫0 dx , que é divergente (item (b)).
x
Vamos analisar a convergência da integral para p ≠ 1. Neste caso,
1 1 1 1
∫
0 x p
dx = lim+ ∫ p dx
t →0 t x
1
= lim+ ∫ x - p dx
t →0 t
1
x - p +1
= lim+
t →0 - p + 1
t
1 t - p +1
= lim+ - .
t →0
1- p 1- p
1 1
Logo, a integral ∫0 p dx com p > 1 é divergente.
x
Se 0 < p < 1, então - p + 1 > 0, e, quando t → 0+, temos t - p +1 → 0
Logo,
1 1 1 1 1
lim+ ∫
t →0 t x p
dx =
1- p
, isto é, a integral ∫
0 xp
dx é
convergente.
1 1
Portanto, a integral ∫ 0 xp
dx é convergente para 0 < p < 1 e diver-
gente para p ≥ 1.
70
1
Exemplo 1.43. Avalie a integral ∫
0
x ln x dx .
1
Para obter ∫ t
x ln x dx , vamos usar integração por partes. Fazendo
u = ln x e dv = x dx , obtemos
1 x2
du = dx e v= .
x 2
Temos
1
1 x2 1 1
∫t
x ln x dx = ln x - ∫ x dx
2 2 t
t
1
t2 1
= - ln t - x 2
2 4 t
t2 1 t2
=- ln t - + .
2 4 4
Assim,
1 t2 1 t2
∫0 x ln x dx = lim
t → 0+
-
2
ln t - +
4 4
.
t3
t2
= lim+ = 0.
t →0 4
1 1
Portanto, ∫0
x ln x dx = - .
4
71
1 x
Exemplo 1.44. Calcule a integral ∫ -1
1 - x2
dx.
x
Solução. A função f ( x) = está definida em (-1,1) e é contí-
1 - x2
nua nos intervalos [t , 0] para todo -1 < t < 0 e [0, s ] para todo 0 < s < 1.
Assim,
1 x 0 x 1 x
∫-1 1 - x 2 dx = ∫-1 1 - x 2 dx + ∫0 1 - x 2 dx ,
desde que as integrais do segundo membro sejam convergentes.
Vamos calcular
0 x 0 x
∫-1
1 - x2
dx = lim+ ∫
t →-1 t
1 - x2
dx.
0 x
Para obter ∫t
1- x 2
dx , aplicaremos o método da substituição.
= -1 + 1 - t 2 .
Logo,
0 x
∫ dx = lim+ -1 + 1 - t 2
2t → -1
-1
1- x
= -1.
Agora,
1 x t x
∫ 0
1- x 2
dx = lim- ∫
t →1 0
1 - x2
dx .
1-t 2
= lim- - u
t →1 1
= lim- - 1 - t 2 + 1
t →1
= 1.
Portanto,
1 x
∫-1
1 - x2
dx = -1 + 1 = 0.
72
1 1
Exemplo 1.45. Calcule a integral ∫
-1 2
x -1
dx .
1
Solução. A função f ( x) = está definida em (-1,1), e é con-
2
x -1
tínua nos intervalos [t , 0] para todo -1 < t < 0 e [0, s ] para todo
0 < s < 1. Assim,
1 1 0 1 1 1
∫-1 x - 1
dx = ∫ 2 dx + ∫ 2 dx ,
2 -1 x - 1 0 x -1
1
A função f ( x) = 2
pode ser escrita como
x -1
1 1 1 1
f ( x) = ⋅ - ⋅ .
2 x -1 2 x +1
Então
0 1 1 0 1 1 0 1
∫
t x2 -1
dx =
2 ∫t x - 1
dx -
2 ∫t x + 1
dx
1 0 1 0
= ln x - 1 t - ln x + 1 t
2 2
1 1
= - ln t - 1 + ln t + 1 .
2 2
Segue que
0 1 1 1
∫-1 x - 1
dx = lim+ - ln t - 1 + ln t + 1
2
t → -1 2 2
= -∞.
01 11
Como a integral ∫
-1 x - 1
dx é divergente, concluímos que
2 ∫
-1 x - 12
dx
é divergente.
b
Se a integral ∫ f ( x) dx existir e f é não negativa no seu domínio [a, b),
a
(a, b] ou (a, b), então esta integral pode ser interpretada como a área
da região plana S sob gráfico de f e acima do eixo x, e entre retas
x = a e x = b (ver Figura 1.21).
73
y y y
S S S
a b x a b x a b x
Figura 1.21
Observações:
+∞ b
a) Costuma-se chamar as expressões ∫a
f ( x) dx , ∫
-∞
f ( x) dx e
∞ +∞
∫-∞
f ( x) dx de integrais. E escreve-se a integral ∫ a
f ( x) dx,
b ∞
∫-∞
f ( x) dx ou ∫-∞
f ( x) dx igual ao limite correspondente, mes-
mo antes de calcular o limite. Deixando subentendido que a
integral só existe quando o limite existe.
74
+∞
Quando a integral ∫ a
f ( x) dx existe dizemos que esta integral é
convergente. Caso contrário, dizemos que é divergente. O mesmo
b +∞
vale para as integrais ∫-∞
f ( x) dx e ∫-∞
f ( x) dx.
+∞ 1
b) ∫ dx;
1 x
+∞ 1
c) ∫1 xp
dx, onde p > 0.
Solução.
t
= lim - e - x
t →+∞ 0
= lim (-e - t + e0 )
t →+∞
1
= lim - t + 1
t →+∞
e
= 1.
t +∞
Como lim ∫ e - x dx = 1, a integral
t →+∞ 0 ∫
0
e - x dx é convergente.
+∞ 1 t 1
b) ∫1 x
dx = lim ∫ dx
t →+∞ 1 x
t
= lim ln x
t →+∞ 1
75
= lim ln t = +∞ .
t →+∞
+∞ 1
Como o limite não existe, a integral ∫
1 x
dx é divergente.
+∞ 1
c) Para analisar a convergência da integral ∫ dx, estudaremos os
1 xp
casos em que p = 1 e p ≠ 1.
+∞ 1
Se p = 1 então a integral ∫1 dx é divergente (item (b)).
x
Para p ≠ 1 , temos
+∞ 1 t
∫1 x p
dx = lim ∫ x - p dx
t →+∞ 1
t
x - p +1
= lim
t →+∞ - p + 1
1
t1- p 1
= lim - .
t →+∞ 1 - p 1 - p
1 +∞
e assim a integral
xp ∫
dx com p < 1 é divergente.
1
+∞ 1
Portanto, a integral ∫ dx é convergente para p > 1 e diver-
1 xp
gente para 0 < p ≤ 1.
+∞
Exemplo 1.47. Calcule ∫ 0
e - x sen x dx .
t
∫e
-x
Para calcular a integral sen x dx aplicaremos a integração por
0
partes. Fazendo
du = -e - x dx e v = - cos x.
Assim,
t t t
∫0
e - x sen x dx = -e - x cos x - ∫ e - x cos x dx .
0 0
t
∫e
-x
Para calcular cos x dx , aplicamos novamente a integração por
0
partes. Fazendo
du = -e - x dx e v = sen x.
Logo,
t -x t
t
∫0 + ∫ e - x sen x dx
-x -t
e sen x dx = ( - e cos t + cos 0) - e sen x
0
0
ou seja,
t 1
∫0 e sen x dx = 2 [-e cos t + 1 - e sen t ] .
-x -t -t
+∞ 1
Exemplo 1.48. Calcule ∫
-∞ 2
x +9
dx.
+∞ 1 t 1
∫0 2
x +9
=
t
lim
→+∞ ∫0 2
x +9
dx
t
1 x
= lim arc tg (Seção 1.7.2 – Exercício 4)
t →+∞ 3 30
77
1 t 1
= lim arc tg - arc tg 0
t →+∞ 3 3 3
1 t
= lim arc tg
t →+∞ 3 3
= .
6
0 1
De forma análoga, mostra-se que ∫-∞ 2
= .
x +9 6
Como ambas as integrais são convergentes, a integral dada é conver-
+∞ 1
gente e ∫ dx = .
-∞ x 2 + 9 3
S
a x
Figura 1.22
e determine a área de S .
1
Área S = ∫ e x dx
-∞
1
= lim ∫ e x dx
t →-∞ t
78
1
= lim e x
t →-∞ t
= lim (e - et )
t →-∞
= e u.a .
y y = ex
1 x
Figura 1.23
Observações:
Calculando
1 1 1 1
∫ 0
g ( x) dx = ∫ dx = lim+ ∫ dx = lim+ x t = lim(1
0 t →0 t +
- t) = 1
t →0 t →0
e
1 -1 1 11 1
∫0
f ( x) dx = ∫
0 x
dx = lim+ - ∫ dx = lim+ - ln x t = lim+ - (ln1 - ln t ) = -∞.
t →0 t x t →0 t →0
1 -1 1 11 1
∫
0
f ( x) dx = ∫
0 x
dx = lim+ - ∫ dx = lim+ - ln x t = lim+ - (ln1 - ln t ) = -∞.
t →0 t x t →0 t →0
Logo,
1 1
∫0
g ( x) dx converge, mas ∫
0
f ( x) dx diverge.
+∞ x
Exemplo 1.50. Verifique que a integral imprópria ∫
1 4
x +1
dx é
convergente.
+∞ 1 + e- x
Exemplo 1.51. Mostre que a integral ∫1 x
dx é divergente.
+∞ cos 2 x
Exemplo 1.52. Verifique que ∫
0 x2 + 9
dx é convergente.
1.9.1 Exercícios
1) Verifique se a integral é convergente ou divergente e avalie
aquelas que são convergentes.
+∞ x +∞
∫
2
a) ∫ 2
dx ; e) x e - x dx ;
1 x +1 -∞
81
+∞ 2 1
b) ∫
-∞ 1 + 4t 2
dt ; f) ∫ ln z dz;
0
+∞ 1 +∞ 1
c) ∫ ( x - 2)
3 2
dx ; g) ∫ 0 2
x + 5x + 6
dx;
+∞ dx +∞
d) ∫ 0 x + a2
2
, ( a > 0 ); h) ∫ 0
e - x cos 2 x dx .
+∞ dx +∞ sen 2 x
a) ∫
1 x (1 + e x )
3
; d) ∫ 0 x2 + 1
dx ;
1 e- x +∞ 1
b) ∫0 dx; e) ∫ dx;
x 1
x5 + 1
1 1 1 1+ x
c) ∫
0 2
x -x
dx ; f) ∫0 x
dx .
a) f (t ) = 1; c) f (t ) = e at;
b) f (t ) = cos t ; d) f (t ) = t .
integrate(3*x + 4, x,1, 5)
83
integrate(f(x), x).
Repare que agora ele só tem dois argumentos: o primeiro que deve
ser trocado pela respectiva função a ser integrada e o segundo que
representa a variável de integração. Em
b) integrate(3*exp(3*x),x);
c) integrate(sin(x),x) e em
d) integrate(x^4,x).
Ao realizar esses testes, note que aos resultados podem ser adicio-
nadas constantes de integração para representar toda a família de
primitivas.
y
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
x
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1
x
Figura 1.25: Esboço do gráfico de f ( x) = e
2
x +1
determinação de área no intervalo [0,1].
integrate((x^2+1)^(1/2) , x).
y
1
0,5
−0,5
−1
x
−0,5 0 0,5 1 1,5
2 2
Figura 1.26: Esboço dos gráficos de y1 = x e y2 = 2 x - x
e determinação de área em [0,1] .
∫e
-x
Exemplo 1.58. Calcular dx.
-∞
∫e →-∞ ∫
-x
dx = blim e - x dx = lim F (b).
b →-∞
-∞ b
integrate(exp(-x), x,0,b)
∫e
-x
Exemplo 1.59. Calcular dx.
-∞
0
Solução. Agora, temos que calcular lim ∫ e - x dx = lim F (b).
b →-∞ b →-∞
O comando b
integrate(exp(-x), x,b,0)
1.10.1 Exercícios
2
∫
2
1) Calcule a integral e - x dx .
2
1
sen , se x ≠ 0
f ( x) = x .
0, se x = 0
4) Considere as integrais
2 5 5
∫0
f (t ) dt = 3, ∫ 0
f ( s ) ds = 8 e ∫ 3
f (u ) du = -1.
3
Encontre ∫
2
f ( x) dx .
b b
5) Se f é contínua em [a, b], mostre que ∫ a
f ( x) dx ≤ ∫
a
f ( x) dx .
1 1
6) Encontre uma função f tal que f ′( x) - - 2 = 0 e f (1) = 1.
x x
87
x3
10) Encontre a derivada da função G ( x) = ∫ cos t dt .
2
x-2 6 x-2
a) ∫ x +1
dx = 2 x - 2 -
3
arc tg
3
+ c;
dx 1 x+a
b) ∫a 2
-x 2
= ln
2a x - a
+ c;
x2 1 2 x2 + 4 + x
c) ∫3 x2 + 4
dx =
6
x x 2 + 4 - ln
3 2
+ c.
f) ∫ tg x dx;
88
∫ cos x dx, ∫e
2x
l) 2
o) ⋅ sen 3 x dx ;
1 + cos 2 x
Sugestão. Use cos 2 x = .
∫x
2
2 p) ⋅ cos x dx ;
m) ∫ log x dx ; q) ∫x
2
⋅ e x dx ;
sen 2 x
∫x
2
⋅ ln x dx.
n) ∫ cos x
dx ; r)
2
x + 1, se | x | ≤ 1
f ( x) = x .
2 , se 1 < x ≤ 2
2
Determine ∫
-1
f ( x) dx.
ln 3 x
2 π
1 1 3
b) ∫
0 1+ t2
dt ; f) ∫
-2
| x 2 - 1| dx;
2 1
1 0
1 π
d) ∫
0
( x - x 2 ) dx ; h) ∫ -π
(sen x + | cos x |) dx .
1 n -1
a) ∫ cos n x dx = cos n-1 x sen x +
n ∫
cos n-2 x dx.
n
y2
19) Calcule a área entre as curvas x = y + 1 e x = - 3.
2
20) Esboce a região limitada pelas curvas dadas e encontre a área
da região.
a) y = x + 6, y = x 3 e y = - x ;
b) x = y 2 - 2, x = e y, y = 1 e y = -1.
+∞ dx +∞ 1
b) ∫ ; d) ∫ dx .
-∞ 2
x + 2x + 2 3 x(ln x) 4
+∞ | sen x | +∞ 1 +∞ 1 + e- x
a) ∫ dx; b) ∫ 2
dx; c) ∫ dx.
1 x3 -∞ x + 10 1 x
+∞
24) a) Mostre que ∫ -∞
x dx é divergente.
+t +∞ t
b) Verifique que lim ∫ x dx = 0 . Note que
t →+∞ - t ∫
-∞
x dx ≠ lim ∫ x dx.
t →+∞ - t
Resumo
Os principais assuntos estudados neste capítulo foram:
• Método da Substituição;
57 77
3) ; .
60 60
4) Sim, é limitada em [0, 4] e descontínua somente no ponto 2.
5) .
1.3.1 Exercícios
1) 34; 22; 28 . 2) .
1.4.1 Exercícios
1) 0.
10 7
2) a) ∫ 2
f ( x) dx ; b) ∫
2
f ( x) dx .
91
3) -10.
1.5.1 Exercícios
3 2
1) a) ; c) (e - 1) ;
2
b) 0; d) ;
2) a) ;
b) - ln x 2;
c) -e - x cos e - x.
3) .
1.6.1 Exercícios
3 x5 1 3
1) a) x + + x + c ; d) x + c;
5 6
t2 9
b) - + c; e) sec x + c ;
2 t
c) -e - x + c; f) .
1 2
3) 3cos x + + 7.
x x
3e 4 + 13 π2
4) a) ; b) 3 + .
6 4
1.7.1 Exercícios
1 ln 2 x
1) a) 3 (3 x - 1) 4 + c ; d) + c;
4 2
1 e) ln | sen x | +c;
b) sen (5 x + 2) + c ;
5
1 x -1
c) x 2 + 4 + c ; f) arc tg + c;
2 2
1
2) a) ; c) [e12 - e3 ] ;
6
3 3 39 - 1
b) - + ; d) .
ln 6 ln 3 ln 3
92
3) ln | sec x + tg x | + c.
1.7.2 Exercícios
1
1) a) e x ( x 2 - 2 x + 2) + c ; d) x arc tg x - ln (1 + x 2 ) + c ;
2
b) ( x - 3) tg x + ln | cos x | +c ; 2
e) x ln ( x + 1) - 2 x + 2 arc tg x + c ;
x5 1 1
c) ln x - + c ; f) [sec x tg x + ln | sec x + tg x |] + c .
5 5 2
2) a) e 2; c) ;
1 1 1
b) - ; d) - ln 2.
2 2 2
1.8.1 Exercícios
1 1
1) a) u.a. d) u.a.
2 2
b) 1
e) u.a.
4
1
c) ln 2 + u.a. f) 18 u.a.
2
2) a)
b)
16
c) u.a.
3
1.9.1 Exercícios
1) a) Diverge; e) 0;
b) π ; f) -1;
2
c) 1; g) - ln ;
3
1
d) ; h) .
2a 5
2) a) Converge; b) Converge;
93
c) Diverge; d) Converge;
e) Converge; f) Diverge.
1
3) a) , s > 0;
s
s
b) 2
, s > 0;
s +1
1
c) , s > a;
s-a
1
d) , s > 0.
s2
1.10.1 Exercícios
1) 0.
4) 6.
1
6) f ( x) = ln x - + 2 .
x
10) 3 x 2 cos x 3.
x3 1 x -1
12) a) - cos x + c; j) arc tg + c;
3 2 2
x4 x2 1
b) - 9 3 x + 2ln | x | +c; k) + tg 5 x + c;
4 2 5
1 1 1
c) x - + c; l) x + sen 2 x + c;
x 2 4
d) ; m) x log x - x log e + c;
e) ; n) -2cos x + c;
e2 x
f) ln | sen x | +c ; o) (2sen 3 x - 3cos 3 x) + c ;
13
g) -ecos x + c; p) x 2 sen x + 2 x cos x - 2sen x + c;
h) - cos (sen x) + c ; q) x 2e x - 2 xe x + 2e x + c;
94
1 x3 x3
i) ln x 2 - 2 x + 5 + c; r) ln - + c;
2 3 9
8 2
14) + .
3 ln 2
1
15) a) ; e) ;
384
π 28
b) ; f) ;
4 3
π 3
c) 2ln 2 - 1 ; g) + -1;
12 2
d) ; h) 4.
17)
18)
19) 18 u.a.
20) a) 19
10
b) e - e -1 + u.a.
3
2 +1
21) ln u.a.
2 - 1
23) a) Converge ;
b) Converge ;
c) Diverge.
Capítulo 2
Métodos de Integração
Capítulo 2
Métodos de Integração
a) ∫ tg x dx = ln | sec x | +c ;
b) ∫ sec x dx = ln | sec x + tg x | +c .
98
Solução.
sen x
a) ∫ tg x dx = ∫ cos x dx .
Aplicando o método da substituição, fazemos
u = cos x . Então du = - sen xdx .
Assim,
du
∫ tg x dx = -∫ u
= - ln | u | +c
= - ln | cos x | +c
= ln | sec x | + c .
(sec x + tg x)
sec x = sec x
(sec x + tg x)
e aplicaremos o método da substituição. Temos,
(sec x + tg x)
∫ sec x dx = ∫ sec x (sec x + tg x) dx
sec 2 x + sec x ⋅ tg x
=∫ dx .
sec x + tg x
= ln | sec x + tg x | +c .
a) ∫ x tg x 2 dx ;
3x + 1
b) ∫ sec dx .
2
99
Solução.
2 1
a) Fazendo u = x temos du = x dx . Assim,
2
1
∫ x tg x dx = 2 ∫ tg u du
2
1
= ln | sec x 2 | +c .
2
3x + 1 2
b) Fazendo u = temos dx = du . Então
2 3
3x + 1 2
∫ sec 2 dx = 3 ∫ sec u du
2
= ln | sec u + tg u | +c
3
2 3x + 1 3x + 1
= ln sec + tg +c.
3 2 2
2 x + cos 2 x = 1
sen (1)
1 - cos 2 x
sen 2 x = (2)
2
1 + cos 2 x
cos 2 x = , (3)
2
a) ∫ sen 3 x dx ; b) ∫ cos x dx .
4
100
Solução.
= (1 - cos 2 x) sen x
u = cos x e du = - sen x dx .
Portanto,
∫ sen x dx = - cos x + ∫ u
3 2
du
u3
= - cos x + + c
3
cos3 x
= - cos x + +c.
3
O mesmo raciocínio aplicado para resolver este exemplo é válido
para obter as integrais ∫ sen n x dx ou ∫ cos n x dx , quando n é ímpar.
Note, a ideia é escrever o integrando de forma que apareça somen-
te um fator seno (e o resto da expressão em termos de cosseno) ou
apenas um fator cosseno (e o resto da expressão em termos de seno).
1 1 1 1 + cos 4 x
= + cos 2 x +
4 2 4 2
101
1 1 1 1
= + cos 2 x + + cos 4 x
4 2 8 8
3 1 1
= + cos 2 x + cos 4 x .
8 2 8
Assim,
3 1 1
∫ cos x dx = ∫ 8 + 2 cos 2 x + 8 cos 4 x dx
4
3 1 1
= ∫ dx + ∫ cos 2 x dx + ∫ cos 4 x dx
8 2 8
3 1 1
= x + sen 2 x + sen 4 x + c .
8 4 32
a) ∫ sen 2 x ⋅ cos5 x dx ;
∫ sen
2
b) x ⋅ cos 2 x dx .
Solução.
= ∫ u 2 du - 2 ∫ u 4 du + ∫ u 6 du
1 2 1
= sen 3 x - sen 5 x + sen 7 x + c .
3 5 7
b) Neste exemplo m e n são números pares. Então vamos reescrever
o integrando usando as identidades (2) e (3).
1 - cos 2 x 1 + cos 2 x
sen 2 x ⋅ cos 2 x = ⋅
2 2
1
= (1 - cos 2 2 x)
4
1 1 + cos 4 x
= 1-
4 2
1 1
= - cos 4 x .
8 8
Portanto,
1 1
∫ sen x ⋅ cos 2 x dx = ∫ dx - ∫ cos 4 x dx
2
8 8
1 1
= x - sen 4 x + c .
8 32
sec 2 x - tg 2 x = 1 (4)
103
a) ∫ tg 4 x dx ;
b) ∫ cotg 3 x dx .
Solução.
tg 4 x = tg 2 x ⋅ tg 2 x
= tg 2 x(-1 + sec 2 x)
= - tg 2 x + tg 2 x ⋅ sec 2 x
= tg 2 x ⋅ sec 2 x - sec 2 x + 1 .
Assim,
∫ tg x dx = ∫ tg x ⋅ sec x dx - ∫ sec x dx + ∫ dx .
4 2 2 2
u = tg x e du = sec 2 x dx .
Portanto,
∫ tg x dx = ∫ u
4 2
du - tg x + x
tg 3 x
= - tg x + x + c .
3
b) Preparando o integrando temos,
Assim,
u = cotg x e du = - cossec 2 x dx .
Portanto,
∫ cotg x dx = -∫ u du - ln | sen x |
3
- cotg 2 x
= + ln | cossec x | +c .
2
a) ∫ sec 4 x dx ;
b) ∫ cossec3 x dx .
Solução.
= sec 2 x (tg 2 x + 1)
= sec 2 x ⋅ tg 2 x + sec 2 x .
Assim,
∫ sec x dx = ∫ u
4 2
du + tg x
tg 3 x
= + tg x + c .
3
b) Temos,
Fazendo
u = cossec x e dv = cossec 2 x dx , temos
du = - cossec x ⋅ cotg x dx e v = - cotg x .
Assim,
Usando a identidade
cotg 2 x = -1 + cossec 2 x
temos,
Portanto,
1
∫ cossec x dx = 2 (- cossec x ⋅ cotg x + ln | cossec x - cotg x |) + c .
3
∫ tg
m
Vamos considerar integral da forma x ⋅ sec n xdx , onde m, n são
inteiros positivos.
a) ∫ tg 6 x ⋅ sec 4 x dx ;
b) ∫ tg 3 x ⋅ sec5 x dx .
Solução.
= tg 6 x (tg 2 x + 1) sec 2 x
Fazendo
u = tg x temos du = sec 2 x dx .
Portanto,
∫ tg x ⋅ sec x dx = ∫ u 8 du + ∫ u 6 du
6 4
tg 9 x tg 7 x
= + +c.
9 7
b) O expoente da tg x é ímpar. Neste caso, vamos preparar o inte-
grando usando a identidade (4) de modo a ter um fator tg x ⋅ sec x .
Assim,
Portanto,
= ∫ u 6 du - ∫ u 4 du
sec7 x sec5 x
- = +c,
7 5
pois se u = sec x então du = sec x ⋅ tg xdx .
∫ tg xdx = ∫ tg 2 x ⋅ tg n - 2 xdx
n
u = tg x e du = sec 2 xdx .
Logo,
∫ tg xdx = ∫ u n - 2 du - ∫ tg n - 2 xdx
n
u n -1
= - ∫ tg n - 2 xdx , (n ≠ 1)
n -1
1
= tg n -1 x - ∫ tg n - 2 xdx .
n -1
u = sec n - 2 x dv = sec 2 x dx
du = (n - 2) sec n - 2 x ⋅ tg x dx v = tg x .
Logo,
I = sec n - 2 x ⋅ tg x - (n - 2) ∫ sec n - 2 x ⋅ tg 2 x dx .
Usando a identidade
tg 2 x = -1 + sec 2 x ,
segue que
Assim,
= sec n - 2 x ⋅ tg x - (n - 2) I + (n - 2) ∫ sec n - 2 x dx ,
ou seja,
(n - 1) I = sec n - 2 x ⋅ tg x + (n - 2) ∫ sec n - 2 x dx .
Portanto,
1 n-2
I =
n -1
sec n - 2 x ⋅ tg x +
n -1 ∫ sec n - 2 x dx , n ≠ 1 .
■
109
Solução.
1 1
∫ sec x dx = 2 sec x ⋅ tg x + 2 ∫ sec x dx
3
1
= (sec x ⋅ tg x + ln | tg x + sec x |) + c .
2
1
sen ax ⋅ cos bx = [sen(a - b) x + sen(a + b) x ] ; (6)
2
1
sen ax ⋅ sen bx = [ cos(a - b) x - cos(a + b) x ] ; (7)
2
1
cos ax ⋅ cos bx = [ cos(a - b) x + cos(a + b) x ] . (8)
2
1
∫ sen 5 x ⋅ cos 2 x dx = 2 ∫ (sen 3x + sen 7 x) dx
1 cos 3 x cos 7 x
=- + +c.
2 3 7
2.1.1 Exercícios
1) Calcular as integrais.
c) ∫ e x ⋅ tg 4 e x dx ; d) ∫ sec3 ( x + 2) dx ;
e) ∫ sen 3 2 x ⋅ cos 4 2 x dx ; f) ∫ tg x ⋅ sec
3 4
x dx ;
cos3 x
g) ∫ sen 4 x ⋅ cos 5 x dx ; h) ∫ sen 4 x dx .
2) Mostre que
-1 n-2
∫ cossec x dx = n -1 ∫
n
cossec n - 2 x ⋅ cotg x + cossec n - 2 xdx,
n -1
onde n é um inteiro positivo e n ≠ 1 .
3) Verifique que ∫-
sen mx ⋅ cos nx dx = 0 , para m, n ∈ Z .
a2 - x2 , x 2 + a 2 ou x 2 - a 2 , com a > 0 ,
Temos,
a 2 - x 2 = a 2 - (a sen ) 2
= a 2 (1 - sen 2 )
= a 2 cos 2
= a cos 2
= a | cos | .
111
a
x
a2 − x2
Figura 2.1
-
Para facilitar os cálculos, vamos supor ∈ , . Dessa forma,
2 2
cos ≥ 0 e | cos | = cos , logo a 2 - x 2 = a cos .
4 - x2
Exemplo 2.10. Calcular ∫ x2
dx .
= ∫ (cossec 2 - 1) d
= - cotg - + c .
Agora, devemos retornar à variável original x . Temos x = 2sen com
-
∈ , . Nesse intervalo a função seno é inversível, então
2 2
x
= arcsen .
2
Para expressar a cotg em termos da variável x , basta observar a
Figura 2.2. Logo,
cos 4 - x2
cotg = = .
sen x
112
2
x
22 − x 2
Figura 2.2
Portanto,
4 - x2 4 - x2 x
∫ x 2
dx = -
x
- arcsen + c .
2
1
Exemplo 2.11. Calcular ∫x 2
9 - x2
dx .
Solução. Fazendo x = 3sen com - ≤ ≤ então
2 2
dx = 3cos d e 9 - x 2 = 3cos .
Assim,
1 3cos
∫x 2
9 - x2
dx = ∫
9sen 2 ⋅ 3cos
d
1 d
= ∫
9 sen 2
1
= ∫ cossec 2 d
9
1
= - cotg + c .
9
9 - x2
Temos x = 3sen e 2
9 - x = 3cos então, cotg = .
x
Portanto,
1 9 - x2
∫x 2
9 - x2
dx = -
9x
+c.
a
Exemplo 2.12. Calcular ∫0
a 2 - x 2 dx , a > 0 .
Solução. Fazendo x = a sen com - ≤ ≤ . Então
2 2
dx = a cos d e a 2 - x 2 = a cos .
113
∫
2
=a 2
cos 2 d
0
1 + cos 2
∫
2
=a 2
d
0 2
a 2 2
= ∫ d + ∫ 2 cos 2 d
2 0 0
a2 1
= 2 + sen 2 2
2 2
0 0
a2 1
= + (sen - sen 0)
2 2 2
a2
= .
4
Observe que, nesse exemplo, foi calculado um quarto da área do cír-
culo de raio a .
x2 + a2
x
θ
a
Figura 2.3
114
Vamos supor que - < < . Note que com neste intervalo, a
2 2
função tangente é inversível e a função secante é positiva. Então
x 2 + a 2 = a 2 tg 2 + a 2
= a 2 (tg 2 + 1)
= a 2 sec 2
= a | sec |
= a sec .
x2 + 4
Exemplo 2.13. Calcular ∫ 4
dx .
Solução. Fazendo x = 2 tg com - < < , temos
2 2
dx = 2sec 2 d e 2
x + 4 = 2sec .
Assim,
x 2 + 4 dx 1
∫ 4
= ∫ (2sec )(2sec 2 ) d
4
= ∫ sec3 d .
1 1
= sec ⋅ tg + ln | sec + tg | +c .
2 2
x x2 + 4
tg = e sec = .
2 2
Portanto,
x2 + 4 1 1 x + x2 + 4
∫ 4
dx = x x 2 + 4 + ln
8 2 2
+ c1
1 1 1 1
= x x 2 + 4 + ln x + x 2 + 4 + ln + c1
8 2 2 2
1 1 1 1
= x x 2 + 4 + ln x + x 2 + 4 + c onde c = ln + c1 .
8 2 2 2
115
Exemplo 2.14.
dx
a) Mostre que ∫ 2
a +x 2
= ln x + x 2 + a 2 + c , com a > 0 ;
dx
b) Use o item a) para calcular ∫ x 2 + 2 x + 10
.
Solução.
dx
a) Para calcular a integral ∫ a2 + x2
, vamos fazer a mudança de
variável
x = a tg com - << .
2 2
Então
dx = a sec 2 d e a 2 + x 2 = a sec .
Assim,
dx a sec 2
∫ a2 + x2
=∫
a sec
d
= ∫ sec d
= ln | tg + sec | +c1 .
x = a tg e a 2 + x 2 = a sec então
x x2 + a2
tg = e sec = .
a a
Portanto,
dx x x2 + a2
∫ a2 + x2
= ln
a
+
a
+ c1
1
= ln x + x 2 + a 2 + ln + c1
a
1
= ln x + x 2 + a 2 + c , onde c = ln + c1 .
a
dx
b) Para calcular ∫ x 2 + 2 x + 10
, vamos completar quadrados.
Escrevemos
dx dx
∫ x 2 + 2 x + 10
=∫
( x + 1) 2 + 9
.
116
dx dt
∫ ( x + 1) + 9 2
=∫
t2 + 9
= ln ( x + 1) + ( x + 1) 2 + 9 + c .
Portanto,
dx
∫ 2
x + 2 x + 10
= ln ( x + 1) + x 2 + 2 x + 10 + c .
du
Exemplo 2.15. Calcule ∫u 9 + 4u 2
.
du
Solução. Para calcular a integral ∫u 9 + 4u 2
faremos a substituição
x = 2u e obtemos dx = 2du .
Assim,
du 1 dx
∫u9 + 4u
∫ =
2 x 9 + x2
2
2
dx
=∫ .
x 9 + x2
Agora, fazendo
x = 3 tg com - < < então
2 2
dx = 3sec 2 d e 9 + x 2 = 3sec .
Segue que
dx 3sec 2
∫x 9 + x2
=∫
3 tg ⋅ 3sec
d
1 sec
3 ∫ tg
= d
1
3∫
= cossec d
1
= ln cossec - cotg + c1 .
3
Devemos escrever este resultado em termos da variável original u .
Inicialmente, escrevemos em termos da variável x e em seguida de
u . Como
117
x 9 + x2
tg = e sec = então
3 3
3 9 + x2
cotg = e cossec = .
x x
Portanto,
du 1
∫u = ln cossec - cotg + c1
9 + 4u 2 3
1 9 + x2 3
= ln - + c1
3 x x
1 9 + 4u 2 - 3
= ln + c1
3 2u
1 9 + 4u 2 - 3 1 1
= ln + c , onde c = ln + c1 .
3 u 3 2
x 2 - a 2 = a 2 sec 2 - a 2
= a 2 (sec 2 - 1)
= a tg 2
= a | tg | .
x
x2 − a2
θ
a
Figura 2.4
Assim,
x 2 - a 2 = a | tg |
= a tg .
dx
a) ∫ x2 - a2
com a > 0 ;
dx
b) ∫ .
4 x2 - 5
Solução.
dx
a) Para calcular a integral ∫ x2 - a2
faremos a mudança de variável
3
x = a sec onde ∈ 0, , . Então
2 2
dx = a tg ⋅ sec d e x 2 - a 2 = a tg .
Assim,
dx a tg ⋅ sec d
∫ 2
x -a 2
=∫
a tg
= ∫ sec d
= ln | tg + sec | +c1 .
x = a sec e x 2 - a 2 = a tg então
x x2 - a2
sec = e tg = .
a a
Portanto,
dx x2 - a2 x
∫ x2 - a2
= ln
a
+ + c1
a
1
= ln x 2 - a 2 + x + c , onde c = ln + c1 .
a
dx
b) Para calcular a integral ∫ 4x2 - 5
faremos a mudança de variável
t = 2 x e obtemos dt = 2dx .
119
Assim,
dx 1 dt
∫ 2
4x - 5
=
2 ∫ t2 - 5
1
= ln t 2 - 5 + t + c (pelo item a))
2
1
= ln 4x2 - 5 + 2 x + c .
2
dx
Exemplo 2.17. Calcular ∫x 2
x 2 - 16
.
Assim,
dx 4 tg ⋅ sec
∫x 2 2
x - 16
=∫
16sec 2 ⋅ 4 tg
d
1 1
= ∫
16 sec
d
1
16 ∫
= cos d
1
= sen + c .
16
Vamos retornar à variável original x . Como,
x 2 - 16 x tg x 2 - 16
tg = e sec = então sen = = .
4 4 sec x
Portanto:
dx x 2 - 16
∫x 2
x 2 - 16
=
16 x
+c.
2.2.1 Exercícios
1) Calcular as integrais.
9 - x2 x2
a) ∫ x2
dx ; b) ∫3 x2 + 4
dx ;
120
x2 9 - 4x 2 .
c) ∫ x2 - 4
dx ; d) ∫ x
dx
x3 + x 2
= ( x 2 + x + 2) + .
x -1 x -1
Para calcular a integral da função f ( x) , devemos verificar inicial-
mente se f ( x) é própria ou imprópria. Se f ( x) é própria, então
devemos escrever a função como soma de frações parciais mais sim-
ples (um resultado da álgebra garante que sempre é possível fazer
isso), e a partir desta soma encontramos a integral da função f ( x) .
Se f ( x) é imprópria, então devemos dividir p ( x) por q ( x) e tere-
mos f ( x) escrita como soma de um polinômio e uma função racio-
nal própria. Neste caso para obter a integral da f ( x) , basta encon-
trar a integral do polinômio (que se obtém facilmente) e a integral
da função racional própria.
121
p( x) A1 A2 An
= + + + ,
q( x) a1 x + b1 a2 x + b2 an x + bn
onde A1 , A2 , , An são constantes que devem ser determinadas me-
diante a técnica de coeficientes indeterminados ou a de substituição
de valores.
x +8
Exemplo 2.18. Calcular ∫x 2
+ x-2
dx .
x +8
Solução. A função racional f ( x) = 2
é própria.
x + x-2
Decompondo o polinômio do denominador temos
q ( x) = x 2 + x - 2 = ( x - 1) ( x + 2) .
x +8 A A
2
= 1 + 2 .
x + x - 2 x -1 x + 2
Para determinar A1 e A2 , vamos multiplicar ambos os lados da equa-
ção acima por ( x - 1) ( x + 2) , e assim obtemos
x + 8 = A1 ( x + 2) + A2 ( x - 1)
= ( A1 + A2 ) x + (2 A1 - A2 ) .
A1 + A2 = 1
.
2 A1 - A2 = 8
Resolvendo o sistema temos
A1 = 3 e A2 = -2 .
x +8 3 2
2
= - .
x + x - 2 x -1 x + 2
Portanto,
x+8 3 -2
∫ 2
x + x-2
dx = ∫
x -1
dx + ∫
x+2
dx
= 3ln | x - 1| -2 ln | x + 2 | +c .
Logo,
A1 = 3 e A2 = -2 .
x -1
Exemplo 2.19. Calcular ∫x 3
+ x2 - 4x - 4
dx .
x - 1 = A1 ( x + 1) ( x + 2) + A2 ( x - 2) ( x + 2) + A3 ( x - 2) ( x + 1) .
ou seja,
1 2 3
A1 = , A2 = e A3 = - .
12 3 4
Logo, a decomposição em frações parciais é
x -1 1 2 3
32
= + - .
x + x - 4 x - 4 12( x - 2) 3( x + 1) 4( x + 2)
Portanto,
x -1 1 dx 2 dx 3 dx
∫x 3 2
+ x - 4x - x
dx = ∫
12 x - 2 3 x + 1 4 ∫ x + 2
+ ∫ -
1 2 3
= ln | x - 2 | + ln | x + 1| - ln | x + 2 | + c.
12 3 4
x 4 - x3 - 3x 2 - 2 x + 2
Exemplo 2.20. Calcular I = ∫ dx .
x3 + x 2 - 2 x
124
x 4 - x3 - 3x 2 - 2 x + 2 x2 - 6x + 2
= ( x - 2) + .
x3 + x 2 - 2 x x3 + x 2 - 2 x
Assim,
x2 - 6x + 2
I = ∫ ( x - 2) dx + ∫ dx .
x3 + x 2 - 2 x
A primeira integral não apresenta dificuldade. Precisamos calcular a
segunda integral, para isso vamos decompor o integrando em frações
parciais. Temos,
x 2 - 6 x + 2 A1 A A
3 2
= + 2 + 3 .
x + x - 2x x x -1 x + 2
x 2 - 6 x + 2 = A1 ( x - 1) ( x + 2) + A2 x ( x + 2) + A3 x( x - 1) .
Agora,
para x = 0 temos 2 = -2A1 ,
para x = 1 temos - 3 = 3A2 ,
para x = -2 temos 18 = 6A3 ,
ou seja,
A1 = -1 , A2 = -1 e A3 = 3 .
Logo,
dx dx dx
I = ∫ ( x - 2) dx - ∫ -∫ + 3∫
x x -1 x+2
x2
= - 2 x - ln | x | - ln | x - 1| +3ln | x + 2 | +c .
2
x2 + x + 1
Exemplo 2.21. Calcular ∫ x3 - 3x 2 + 3x - 1 dx .
125
x 2 + x + 1 = ( x - 1) 2 A1 + ( x - 1) A2 + A3 .
ou seja,
A1 = 1, A2 = 3 e A3 = 3 .
Portanto,
x2 + x + 1 dx dx dx
∫ x3 - 3x 2 + 3x - 1 dx = ∫ x - 1 + 3∫ ( x - 1)2 + 3∫ ( x - 1)3
3 3
= ln | x - 1| - - +c .
( x - 1) 2( x - 1) 2
x +1
Exemplo 2.22. Calcular ∫x 3
+ 4x2 + 4x
dx .
x + 1 = A1 ( x + 2) 2 + A2 x ( x + 2) + A3 x .
4 A1 = 1
-2 A3 = -1 .
A - A - A = 0
1 2 3
Ax + B
2
,
ax + bx + c
onde A e B são constantes a determinar.
x2 - 2 x - 3
Exemplo 2.23. Calcular ∫ x3 + x 2 - 2 dx .
Solução. A equação q ( x) = x 3 + x 2 - 2 = 0 tem somente uma raiz
real, x = 1 . Assim, o polinômio q ( x) é decomposto como
q ( x) = ( x - 1) ( x 2 + 2 x + 2) , ( x 2 + 2 x + 2 é fator irredutível)
x 2 - 2 x - 3 = A( x 2 + 2 x + 2) + ( Bx + C ) ( x - 1)
= ( A + B ) x 2 + (2 A - B + C ) x + (2 A - C ) .
127
4 9 x +1 2 dx
= - ln | x - 1| + ∫ 2 dx - ∫ 2 .
5 5 x + 2x + 2 5 x + 2x + 2
u = x 2 + 2 x + 2 então du = (2 x + 2)dx .
Assim,
x +1 1 du
∫x 2
+ 2x + 2
dx = ∫
2 u
1
= ln | x 2 + 2 x + 2 | +c1 .
2
Na segunda integral completamos o quadrado no denominador e ob-
temos
dx dx
∫ x 2 + 2 x + 2 = ∫ ( x + 1)2 + 1
= arctg( x + 1) + c2 .
Portanto,
x2 - 2 x - 3 4 9 2
∫ x3 + x 2 - 2 dx = - 5 ln | x - 1| + 10 ln | x + 2 x + 2 | - 5 arctg( x + 1) + c.
2
x 2 - x - 21
Exemplo 2.24. Calcular ∫ 3 dx .
2 x - x2 + 8x - 4
Solução. O polinômio q ( x) = 2 x 3 - x 2 + 8 x - 4 pode ser escrito como
q ( x) = (2 x - 1) ( x 2 + 4) .
128
x 2 - x - 21 A Bx + C
3 2
= + 2 .
2 x - x + 8x - 4 2 x -1 x + 4
Multiplicando a equação por (2 x - 1) ( x 2 + 4) , temos
x 2 - x - 21 = A( x 2 + 4) + ( Bx + C ) (2 x - 1)
= ( A + 2 B ) x 2 + (- B + 2C ) x + (4 A - C )
A + 2B = 1
- B + 2C = -1 ,
4 A - C = -21
ou seja,
A = -5, B=3 e C = 1.
Portanto,
x 2 - x - 21 dx 3x + 1
∫ 2 x3 - x 2 + 8 x - 4 dx = -5∫ 2 x - 1 + ∫ x 2 + 4 dx
5 x dx
= - ln | 2 x - 1| +3∫ 2 dx + ∫ 2
2 x +4 x + 22
5 3 1 x
= - ln | 2 x - 1| + ln( x 2 + 4) + arctg + c.
2 2 2 2
5 x3 - 3x 2 + 7 x - 3
Exemplo 2.25. Calcular ∫ x 4 + 2 x 2 + 1 dx .
Solução. Decompondo o polinômio do denominador, temos
q ( x) = x 4 + 2 x 2 + 1 = ( x 2 + 1) ( x 2 + 1) .
129
5 x3 - 3 x 2 + 7 x - 3 = ( A1 x + B1 ) ( x 2 + 1) + ( A2 x + B2 )
= A1 x 3 + B1 x 2 + ( A1 + A2 ) x + ( B1 + B2 ) .
A1 = 5, B1 = -3, A2 = 2 e B2 = 0 .
Portanto,
5 x3 - 3x 2 + 7 x - 3 5x - 3 2x
∫ x 4 + 2 x + 1 dx = ∫ x 2 + 1 dx + ∫ ( x 2 + 1)2 dx
x dx x
= 5∫ 2 dx - 3∫ 2 + 2∫ 2 dx
x +1 x +1 ( x + 1) 2
5 1
= ln( x 2 + 1) - 3arctg x - 2 +c.
2 x +1
2 x3 - 5 x + 7
Exemplo 2.26. Calcular ∫ dx .
( x 2 + 4) 2
Solução. O integrando é uma função racional própria. O polinômio
do denominador envolve um fator quadrático irredutível com multi-
plicidade 2. Assim, o integrando pode ser escrito na forma
2 x 3 - 5 x + 7 A1 x + B1 A2 x + B2
= 2 + .
( x 2 + 4) 2 x + 4 ( x 2 + 4) 2
Multiplicando por ( x 2 + 4) 2 a equação acima, temos
2 x 3 - 5 x + 7 = ( A1 x + B1 )( x 2 + 4) + ( A2 x + B2 )
= A1 x 3 + B1 x 2 + (4 A1 + A2 ) x + (4 B1 + B2 ).
130
ou seja,
A1 = 2, B1 = 0, A2 = -13 e B2 = 7 .
Logo,
2 x3 - 5 x + 7 2x -13 x + 7
∫ ( x 2 + 4)2 dx = ∫ x 2 + 4 dx + ∫ ( x 2 + 4)2 dx
2x x 1
=∫ 2
dx - 13∫ 2 2
dx + 7 ∫ 2 dx.
x +4 ( x + 4) ( x + 4) 2
Para calcular as duas primeiras integrais, faremos a mudança de va-
riável
u = x 2 + 4 e obtemos du = 2 x dx .
Assim,
2x du
∫x 2
+4
dx = ∫
u
= ln( x 2 + 4) + c1 ,
e
x 1 1
∫ (x 2
+ 4) 2
dx = ∫ 2 du
2 u
1
=- 2
+ c2 .
2( x + 4)
dx
Para obter a integral ∫ (x 2
+ 4) 2
vamos recorrer a uma substituição
trigonométrica.
Fazendo
x = 2 tg , para - < < , obtemos dx = 2sec 2 d .
2 2
Segue que,
dx 2sec 2
∫ ( x 2 + 4)2 ∫ (4 tg 2 + 4)2 d
=
2 sec 2
16 ∫ sec 4
= d
131
1
=
8 ∫ cos 2 d
1 1 + cos 2
8∫
= d
2
1 1
= + sen 2 + c3
16 2
1
= [ + sen ⋅ cos ] + c3 .
16
x2 + 4
x
θ
2
Figura 2.5
Logo,
dx 1 x 2x
∫ (x 2 2
= arc tg + 2
+ 4) 16 2 x + 4
+ c3 .
Portanto,
2 x3 - 5 x + 7 13 7 x 2x
∫ ( x 2 + 4)2 dx = ln( x + 4) + 2( x 2 + 4) + 16 arc tg 2 + x 2 + 4 + c.
2
2.3.1 Exercícios
1) Escreva as formas de decomposição em frações parciais das
funções abaixo:
2x +1 x +1
a) ; c) ;
x - 2 x2 - 5x + 6
3
x( x + 2 x + 3) 2
2
2x2 - x + 4 2x2
b) ; d) 3 .
x3 + 4 x x - x2 + x + 3
132
2) Calcule as integrais.
x +1 x3 + x 2 + x + 2
a) ∫ x3 + x 2 - 6 x dx ; d) ∫ x 4 + 3x 2 + 2 dx ;
2 x3 + x 2x2 + 3
b) ∫ dx ; e) ∫ 2 dx .
x -1 ( x + 1) 2
1
c) ∫ 2
dx ;
x( x + x + 1)
Sugestão. Veja o Exemplo 2.26.
dx
Exemplo 2.27. Calcular ∫ 1 + sen x .
x
Solução. Fazendo u = tg temos
2
2u 2
sen x = 2
e dx = 2
du .
u +1 u +1
Assim, 2
dx 2
∫ 1 + sen x = ∫ u +2u du
1
1+ 2
u +1
2 u2 +1
=∫ 2 ⋅ 2 du
u + 1 u + 2u + 1
2
=∫ 2
du
u + 2u + 1
du
= 2∫
(u + 1) 2
-2
= +c (Voltando à variável original)
(u + 1)
-2
= +c.
x
tg + 1
2
dx
Exemplo 2.28. Calcular ∫ 7 - 2 cos x .
x
Solução. Fazendo u = tg temos
2
1- u2 2
cos x = 2 e dx = 2 du .
u +1 u +1
Portanto: 2
dx 2
∫ 7 - 2 cos x = ∫ u 1+- u 2 du
1
7 - 2⋅ 2
u +1
2 u2 +1
=∫ 2 ⋅ du
u + 1 9u 2 + 5
2
=∫ 2
du
9u + 5
134
2 1
= ∫
9 u2 + 5
du
9
2 3 3u
= ⋅ ⋅ arc tg +c
9 5 5
2 5 3 5
= arctg u+c (Voltando à variável original)
15 5
2 5 3 5 x
= arctg tg + c .
15 5 2
dx
Exemplo 2.29. Calcular ∫ 1 + sen x - cos x .
x
Solução. Fazendo u = tg temos
2
2u 1- u2 2
sen x = 2
, cos x = 2 e dx = 2
du .
u +1 u +1 u +1
Assim, 2
dx 2
2
=∫ 2
du
2u + 2u
du
=∫
u (u + 1)
du du
=∫ -∫
u u +1
= ln | u | - ln | u + 1| +c
x x
= ln tg - ln 1 + tg + c
2 2
x
tg
= ln 2 +c.
x
1 + tg
2
135
2.4.1 Exercícios
1) Calcular as integrais.
1 + sen x dx
a) ∫ 1 + cos x dx ; b) ∫ 4sen x - 3cos x .
dx x
2) Mostre que ∫ sen x = ln tg
2
+ c.
Exercícios de fixação
1) Calcular as integrais abaixo:
1 - sen x
∫ sen ∫
2
a) x ⋅ cos3 x dx ; h) dx ;
cos x
∫ cotg x dx ; ∫ sec x dx ;
4
b) i)
∫ cossec x dx ; ∫ tg
3
c) j) x ⋅ sec x dx ;
sec 2 x
∫ cos x ⋅ sen x dx ; ∫ cotg x dx ;
5 4
d) k)
1 - tg 2 x
∫ sen x ⋅ cos xdx ; ∫ sec2 x dx ;
3
f) m)
x
∫ cos x ⋅ tg x dx ; n) ∫
2 3
g) tg 3 x 2 - 1 dx .
2
x -1
2) Calcule as integrais:
2
∫ cotg 2 x dx ∫ cos3 x dx
2
a) b)
0
6
0, se m ≠ n
6) Mostre que ∫- sen mx sen nx dx = , onde m e n são
, se m = n
inteiros positivos.
7) Calcular as integrais.
dx dx
a) ∫x 2
4 + x2
; e) ∫ b2 x2 - a 2
, onde a, b > 0 ;
dx a2 - x2
b) ∫ 3 - x2
; f) ∫ x2
dx , onde a > 0 ;
dx x2
c) ∫ 16 - 9 x 2
; g) ∫ x2 - 4
dx ;
ex x
d) ∫ e2 x + 1
dx ; h) ∫ x2 + 4 x - 5
dx ,
Sugestão. Escreva x 2 + 4 x - 5 = ( x + 2) 2 - 9 .
x2 y 2
8) Encontre a área limitada pela elipse 2 + 2 = 1 .
a b
dx
a) ∫ x +a 2 2
= ln x + x 2 + a 2 + c , onde a > 0 ;
dx 1 x+a
b) ∫a 2
-x 2
= ln
2a x - a
+ c , onde a > 0 .
2x -1 1 x3
a) ∫ ( x - 1) ( x - 2)dx ; e) ∫ 0 x2 + 1
dx ;
3x - 7 x2 + 1
b) ∫ x3 + x 2 + 4 x + 4 dx ; f) ∫ x 2 - x dx ;
dx dx
c) ∫ (x 2
- x) ( x 2 - x + 1) 2
; g) ∫ 3x 2
+ 7x + 2
;
4x4 dx
d) ∫ 4 dx ; h) ∫ 2x .
x - x3 - 6 x 2 + 4 x + 8 3
+ x2 + 2x + 1
137
4x2 - 2x + 7
11) Decomponha a função f ( x) =
( x - 2)3 (2 x + 3) (2 x 2 + 5 x + 7) 2
numa soma de frações parciais. Não é necessário determinar
os valores numéricos dos coeficientes.
x
14) Use a substituição u = tgpara transformar o integrando em
2
uma função racional de u e calcule a integral.
dx cos x
a) ∫ 2 + cos x ; c) ∫ 1 + cos x dx ;
1 sen x
b) ∫ 3sen x - 4 cos x dx ; d) ∫ 1 + cos x dx .
∫ ln ( x + 1 + x 2 ) dx ; ∫ ln ( x
2
a) b) - x + 2) dx .
Resumo
Neste capítulo estudamos métodos para calcular integrais cujos in-
tegrandos envolvem:
1) Funções trigonométricas
Tabelas
Sejam u e v funções deriváveis de x e n constante.
Tabela de derivadas
u u 'v - v 'u
3) y = ⇒ y'= .
v v2
4) y = a u ⇒ y ' = a u (ln a ) u ', (a > 0, a ≠ 1) .
5) y = eu ⇒ y ' = eu ⋅ u ' .
u'
6) y = log a u ⇒ y' = log a e .
u
u'
7) y = ln u ⇒ y' = .
u
8) y = u v ⇒ y ' = v u v -1 u '+ u v (ln u ) v ' (u > 0) .
u'
15) y = arcsen u ⇒ y'= .
1- u2
-u '
16) y = arccos u ⇒ y' = .
1- u2
u'
17) y = arctg u ⇒ y' = .
1+ u2
-u '
18) y = arc cotg u ⇒ y' = .
1+ u2
u'
19) y = arc sec u , ⇒ y' = , u > 1.
u u2 -1
-u '
20) y = arc cossec u , ⇒ y' = , u > 1.
u u2 -1
Tabela de integrais
1) ∫ du = u + c .
u n +1
2) ∫ u n du = + c, n ≠ -1 .
n +1
du
3) ∫u
= ln u + c .
au
4) ∫ a u du = + c, a > 0, a ≠ 1 .
ln a
5) ∫ eu du = eu + c .
6) ∫ sen u du = - cos u + c .
141
7) ∫ cos u du = sen u + c .
8) ∫ tg u du = ln sec u + c .
9) ∫ cotg u du = ln sen u + c .
14) ∫ sec 2 u du = tg u + c .
du 1 u
16) ∫u 2
+a 2
= arctg + c .
a a
du 1 u-a
17) ∫ 2 2
= ln + c. .
u -a 2a u + a
du
18) ∫ u +a2 2
= ln u + u 2 + a 2 + c .
du
19) ∫ u -a2 2
= ln u + u 2 - a 2 + c .
du u
20) ∫ a -u2 2
= arcsen
a
+ c, u 2 < a 2 .
du 1 u
21) ∫u u2 - a2
=
a
arc sec + c .
a
Fórmulas de recorrência
sen u ⋅ cos n -1 u n - 1
2) ∫ cos u du =
n
+ ∫ cos n - 2 u du .
n n
n -1
tg u
3) ∫ tg nu du =
(n - 1) ∫
- tg n - 2u du .
cotg n -1u
4) ∫ cotg nu du = - - ∫ cotg n - 2u du
(n - 1)
sec n - 2 u ⋅ tg u n - 2
5) ∫ sec n u du = + ∫ sec n - 2 u du
(n - 1) n -1
cossec n - 2 u ⋅ cotg u n - 2
6) ∫ cossec n u du = - + ∫ cossec n - 2 u du
(n - 1) n -1
du u (u 2 + a 2 )1- n 2n - 3 du
7) ∫ 2 n
= + 2 ∫ ,
2
(u + a ) 2
2a (n - 1) 2a (n - 1) (u + a 2 ) n -1
2
onde a ∈ * e n ∈ , n > 1 .
Identidades trigonométricas
1) sen 2 x + cos 2 x = 1 .
2) 1 + tg 2 x = sec 2 x .
3) 1 + cotg 2 x = cossec 2 x .
1 - cos 2 x
4) sen 2 x = .
2
1 + cos 2 x
5) cos 2 x = .
2
6) sen 2 x = 2 sen x cos x .
1 3 x
c) tg e - tg e x + e x + c ;
3
1
d) [tg( x + 2) ⋅ sec( x + 2) + ln | sec( x + 2) + tg( x + 2) |] + c
2
1 - cos5 2 x cos 7 2 x
e) + +c;
2 5 7
tg 6 x tg 4 x
f) + +c;
6 4
1 1
g) cos x - cos 9 x + c ;
2 9
-1 1
h) 3
+ +c.
3sen x sen x
2.2.1 Exercícios
9 - x2 x
1) a) - - arcsen + c ;
x 3
1 2
b) x x 2 + 4 - ln( x 2 + 4 + x) + c ;
6 3
1
c) x x 2 - 4 + 2 ln( x 2 + x 2 - 4) + c ;
2
3 - 9 - 4x2
d) 3ln + 9 - 4x2 + c .
x
2) a) ln(1 + 2) ; b) ;
6
144
2.3.1 Exercícios
1 7 1
1) a) - + - ;
2( x - 1) 10( x - 3) 5( x + 2)
1 x -1
b) + ;
x x2 + 4
1 1- x x+2
c) + 2 2
- 2
;
9 x 3( x + 2 x + 3) 9( x + 2 x + 3)
1 5x - 3
d) + 2
.
3( x + 1) 3( x - 2 x + 3)
1 3 2
2) a) - ln | x | + ln | x - 2 | - ln | x + 3 | +c ;
6 10 15
2 3
b) x + x 2 + 3 x + 3ln | x - 1| +c ;
3
1 x2 1 2x +1
c) ln 2 - arctg +c;
2 x + x +1 3 3
1
d) arctg x + ln( x 2 + 2) + c ;
2
1 1 x
e) 2 arctg x + arctg x + +c.
2 2 x2 + 1
2.4.1 Exercícios
x 1
tg -
x x 1
1) a) tg + ln tg 2 + 1 + c b) ln 2 3 + c .
2 2 5 tg x + 3
2
Exercícios de fixação
sen 3 x sen 5 x
1) a) - +c;
3 5
b) ln | sen x | +c ;
c) ln | cossec x - cotg x | +c ;
1 2 1
d) sen 5 x - sen 7 x + sen 9 x + c ;
5 7 9
3x 1
e) + cos 2 x - sen 4 x + c ;
2 8
145
2 2
f) cos3 x - cos x cos x + c ;
7 3
1
g) cos 2 x - ln | cos x | +c ;
2
h) ln(1 + sen x) + c ;
1
i) tg x + tg 3 x + c ;
3
1
j) sec3 x - sec x + c ;
3
1
k) tg 2 x + c ;
2
1 1 1
l) sen 3 x - sen 7 x + c ;
2 3 7
1
m) sen 2 x + c ;
2
1
n) tg 2 x 2 - 1 + ln cos x 2 - 1 + c .
2
2) a) 3- ; b) 0.
3
4 1
3) u.a. 4) 1u.a. 5) u.a.
3 3
- 4 + x2
7) a) + c ;
4x
x
b) arcsen +c;
3
1 3x
c) arc sec + c ;
3 4
d) ln ( e 2 x + 1 + e x ) + c ;
1
e) ln bx + b 2 x 2 - a 2 + c ;
b
- a2 - x2 x
f) - arcsen + c ;
x a
146
1
g) x x 2 - 4 + 2 ln ( x + x 2 - 4) + c ;
2
h) x 2 + 4 x - 5 - 2 ln x 2 + 4 x - 5 + ( x + 2) + c .
8) A = ab
( x - 2)3
10) a) ln + c ;
x -1
x2 + 4 1 x
b) ln 2
+ arctg + c ;
( x + 1) 2 2
x - 1 10 2x -1 2x -1
c) ln - arctg - 2
+c;
x 3 3 3 3( x - x + 1)
4 68 16
d) 4 x + ln | x + 1| -4 ln | x + 2 | + ln | x - 2 | - +c ;
9 9 3( x - 2)
(1 - ln 2)
e) ;
2
( x - 1) 2
f) x + ln +c.
x
12) a) 2 x + 3 3 x + 6 6 x + 6 ln 6
x -1 + c .
4
13) ln 2 u.a.
3
2 3 3 1
14) a) arctg tg x + c ;
3 3 2
1 x x
b) ln 2 tg - 1 - ln tg + 2 + c ;
5 2 2
x
c) x - tg + c ;
2
x
d) ln 1 + tg 2 + c .
2
15) a) x ln ( x + 1 + x 2 ) - 1 + x 2 - c ;
1 2x -1
b) x ln x 2 - x + 2 - 2 x - ln x 2 - x + 2 + 7 arctg +c.
2 7
Capítulo 3
Aplicações de Integral
Capítulo 3
Aplicações de Integral
F (t , y, y´) = 0 . (3.1)
N ′(t ) = .N (t ) ,
M0
= M 0 .exp(- t ) ,
2
obtendo, assim
1
- t = 1n = -1n2 ,
2
e, portanto:
1n2
= ,
T
onde a função ln x significa o logaritmo na base e de um número,
ou seja, o seu logaritmo natural .
f ( y ) y´= g ( x ) . (3.2).
153
f ( y ) y´= g ( x ) .
∫
x0
f ( y ( )) y′( )d = ∫ g ( )d .
x0
154
∫
y0
f (u ) = ∫ g ( )d .
x0
Seja F a função real, tal que F ´(u ) = f (u ) e G a função real tal que
G´(t ) = g (t ) , então, pelo teorema fundamental do cálculo, podemos
ainda escrever
F ( y ( x )) - F ( y0 ) = G ( x ) - G ( x0 ) ,
ou, ainda,
F ( y ( x )) = G ( x ) + K , (*)
A(1 - u ) + Bu = 1 ,
ou seja,
ln y ( x ) - ln y0 - ln(1 - y ( x )) + ln(1 - y0 ) = x - x0 .
y( x) y
ln = x - x0 + ln 0 = x + K ,
1 - y( x) 1 - y0
ou, ainda,
y( x)
= e x + K = Ce x .
1 - y( x)
x2
Exercício resolvido 3.2. Resolva a EDO y´= .
1 + y2
Solução: Novamente, temos que colocar a EDO na forma separada,
obtendo
(1 + y 2 ) y´= x 2 .
x0 x0
y ( x )3 y 3 x3 x 3
y( x) + - y0 + 0 = - 0 .
3 3 3 3
Agrupando todas as constantes, finalmente temos
y ( x )3 x 3
y( x) + = +K,
3 3
que é a solução na forma implícita. Deixamos para o leitor a tarefa de
verificar se é possível escrever a solução na forma explícita em algum
subconjunto de e, caso seja possível, escrevê-la.
y( x)
du y( x)
∫
2
u
= ln y ( x ) - ln 2 = ln
2
= -x .
y ( x ) = 2e - x .
3.1.1 Exercícios
1) Resolva as seguintes EDOs separáveis:
a) yy´= x 2 ;
x2
b) y´= ;
y (1 + x 2 )
c) y´+ y 2senx = 0 ;
d) y´= 1 + x + y 2 + xy 2 ;
x - e- x
g) y´= ;
y + ey
ax + b
h) y´= , onde a, b, c, d são constantes;
cx + d
ay + b
i) y´= , onde a, b, c, d são constantes.
cy + d
2x
c) y´= , com y (0) = -2 ;
y + x2 y
2x
d) y´= , com y (2) = 0 .
1+ 2y
158
y = y( x) ,
a = t0 t1 t2 t3 . . . tn −1 b = tn x
Figura 3.1. Aproximação de uma curva por uma poligonal definida pela partição P ,
do intervalo [a , b] .
N
L( , P ) = ∑ (ti - ti -1 ) 2 + ( y ( i ) - y (ti -1 )) 2 .
i =1
A existência desta integral está garantida pelo fato de y '( x) ser uma
função contínua. Essa fórmula pode ser considerada como a defini-
ção do comprimento de arco de uma curva.
tg
Efetuando a substituição x = , teremos os limites de integra-
2
sec 2
ção entre = 0 e = arctg2X ′
, temos também x () = e
2
1 + 4 x 2 = 1 + tg 2 = sec . Assim, a integral L acima pode ser es-
crita como
arctg 2 X
1
L=
2 0 ∫ sec3 ⋅ d .
1
b b
∫a θ θ θ ∫ sec θ ⋅ dθ .
3 b
sec = sec tg |a +
2 a
L=
1
4 (
2 X 1 + 4 X 2 + ln 2 X + 1 + 4 X 2 ( )) .
161
x x
y1´= - , e y 2 ´= .
2 2
r -x r - x2
2
1 ( 1 + e 2 - 1)( 2 + 1)
L = 1 + e 2 - 2 + ln ,
2 ( 1 + e 2 + 1)( 2 - 1)
que ainda pode ser escrito na forma abaixo, conforme o leitor poderá
verificar facilmente com uma simples manipulação algébrica:
L = 1 + e 2 - 2 + ln( 1 + e 2 - 1) - 1 - ln( 2 - 1) .
3.2.1 Exercícios
1) Calcule os comprimentos de arco das seguintes curvas nos in-
tervalos indicados:
x3 1
a) y = + , para 1 ≤ x ≤ 2 .
6 2x
x 2 ln x
b) y = - , para 2 ≤ x ≤ 4 .
2 4
π
c) y = ln(cos x ) , para 0 ≤ x ≤ .
4
e x + e- x
d) y = cosh x = , para 0 ≤ x ≤ 1 .
2
e) y = x , para 0 ≤ x ≤ 4 (Dica: Tente fazer x = x ( y ) ).
y = f ( x)
a b x
ti −1 ti
Figura 3.4: Aproximação do volume do sólido de revolução pela soma dos volumes dos cilin-
dros determinados pela partição P : t0 = a < t1 < t2 < < t N = b .
165
Vi = ⋅ f (ti ) 2 ⋅ (ti - ti -1 ) ,
x2 + y 2 + z 2 ≤ r 2 ,
x2 + y 2 + z 2 = r 2
y = f ( x) = r 2 - x2 ,
r r x
2 2 2 2
Figura 3.7: Esfera sólida, cuja superfície é a esfera x + y + z = r , gerada pela rotação do
gráfico acima ao redor do eixo x .
r y = f ( x)
h x
r
Figura 3.8: Região do plano x, y , sob o gráfico da função y = f ( x ) = - x + r
entre x = 0 e x = h . h
x
h
Figura 3.9: Sólido de revolução delimitado pelo cone de base circular de raio r e de
altura h .
h
r 2 x3 r 2 x 2 2 r 2 h
2 - + r x = .
3h h 0 3
h x
Figura 3.11: Paraboloide de revolução gerado pela região acima entre os pontos x = 0 e x = h .
170
3.3.1 Exercícios
1) Calcule o volume do elipsoide de revolução gerado pela elipse
x2 y2
+ = 1 , rodada ao redor do eixo x . (Obs: note que você só
a 2 b2
precisa rotacionar, de fato, a parte superior da elipse, que é o
gráfico de uma função.)
y
y = f ( x)
a b x
y = f ( x)
x
a b
z
Figura 3.13: Sólido de revolução gerado pelo gráfico de y = f ( x ) , girado ao redor do eixo y .
172
Figura 3.14: Cascas cilíndricas para o sólido de revolução gerado pela rotação da região no
plano x, y sob o gráfico de y = f ( x ) , girado ao redor do eixo y .
ti + ti -1
2
pode ser aproximada pelo valor ti . Assim, obtemos a integral
b N
V (Ω) = 2 ∫ xf ( x)dx = 2 ⋅ lim ∑ ti f (ti )(ti - ti -1 ) .
P →0
a i =1
normalmente. 0 0 5 4 3 0 15
Note que a função f 2 é Exercício resolvido 3.11. Calcular o volume do toro, obtido ao ro-
negativa, então o volume
tacionarmos ao redor do eixo y o círculo cuja circunferência é
do sólido de revolução
obtido pela rotação da ( x - R ) 2 + y 2 = r 2 , com 0 < r < R .
região compreendida entre
seu gráfico e o eixo x é
igual ao volume gerado
Solução. Essa Circunferência pode ser vista como a união dos gráficos das
pela função que a cada funções y = f1 ( x) = r 2 - ( x - R) 2 e y = f 2 ( x) = - r 2 - ( x - R) 2 ,
x ∈ [ R - r , R + r ] associa o assim, podemos utilizar a simetria da figura e calcular o volume do
valor - y , ou seja, o volume
determinado a partir da toro como sendo o dobro do volume do sólido de revolução gerado
função f1 . pelo gráfico mostrado na figura 3.15 a seguir
174
R−r R R+r
Seja a integral
R+r
I = 4 ∫
R-r
R r 2 - ( x - R) 2 dx .
∫ ( x - R) ∫
2 2
V = 4 r - ( x - R) dx + 4 R r 2 - ( x - R) 2 dx .
R-r R-r
x
− x0 x0
2 2
Figura 3.16: Região delimitada pelas parábolas y = x e y = 1 - x .
2 2 2
2 2 2
V = 2 ∫ x((1 - x 2 ) - x 2 )dx = 2 ∫ x(1 - 2 x 2 )dx = 2 ∫ ( x - 2 x3 )dx ,
0 0 0
de onde resulta
2
x x
2
4 2
V = 2 - 2 = .
2 4 0 4
176
3.3.2 Exercícios
1) Calcule o volume da esfera de centro na origem e raio r , utili-
zando o método das cascas cilíndricas.
Figura 3.18: Uma superfície de revolução aproximada por troncos de cones determinados pela
partição P do segmento [a , b] .
O
θ
2π r
r
1 1 2 r
A = l 2 = l 2 = rl .
2 2 l
Agora, considere um tronco de cone de raio menor r1 , raio maior r2
e geratriz l . Esse tronco pode ser visto como a diferença entre um
cone de raio r2 e geratriz l + l1 e um cone menor de raio r1 e geratriz
l1 , conforme ilustrado na figura 3.20.
1
r1 r2
1 +
l1 l + l1
= ⇒ ( r2 - r1 )l1 = rl
1 .
r1 r2
Substituindo na expressão da área, temos finalmente que a área de
um tronco de cone é dada por
A = (r1 + r2 )l = 2 rl .
r1 + r2
onde r = é o raio médio.
2
Utilizando a expressão obtida, podemos escrever a soma das
áreas laterais dos troncos de cones determinados pela partição
P do intervalo [a, b] e pelo gráfico da função y = f ( x ) . A ge-
ratriz l é dada pelo comprimento do segmento unindo os pon-
tos pi -1 = ( xi -1 , f ( xi -1 ) ) e pi = ( xi , f ( xi ) ) , e o raio médio é dado por
1 1
ri = ( yi -1 + yi ) = ( f ( xi -1 ) + f ( xi )) . Assim, a área total relativa à
2 2
partição P será dada por
b
A = 2 ∫ f ( x) 1 + ( f ′( x)) 2 dx .
a
x2 r2
1 + ( f ´( x )) 2 = 1 + = ,
r2 - x2 r2 - x2
-y y
f1´( y ) = e f 2 ´( y ) = .
2 2
r -y r - y2
2
( ) ( )
r r
r r
A = 2 ∫ R + r - y 2 2
dy + 2 ∫ R - r 2 - y 2 dy = t
2 2
-r r -y -r r - y2
2
r r
dy dy 2
r cos dd
rcos
2 2 2
= 4=4Rr ∫- r ∫r 2 -2y 2 =2 44RrRr
Rr ∫ ∫r 2 -2r 2 sin2 2 2= 44Rr
Rr∫ d∫ d =
4 42Rr
2
Rr
−r r −y - r −
− r sen -
−
2 2 2 2
3.3.3 Exercícios
1) Na fórmula (3.6), consideramos somente o caso f ( x ) ≥ 0 , mos-
tre que, quando f não é, necessariamente positiva, a fórmula
correta para a área de superfícies de revolução fica
b
A = 2 ∫ f ( x) 1 + ( f ′( x)) 2 dx .
a
m1 x1 + + mn xn m y + + mn yn
x= e y= 1 1 .
m1 + + mn m1 + + mn
Nosso objetivo nesta seção é estabelecer fórmulas para o cálculo das
coordenadas do centro de massa de certas regiões planas delimita-
das por curvas contínuas. O centro de massa dessas regiões tam-
bém será o centro de gravidade, ou de equilíbrio, dessas figuras, ou
seja, se pendurarmos a figura plana exatamente por este ponto, a
figura permanecerá em equilíbrio. Uma outra forma de ver o cen-
tro de massa é ainda dizer que toda reta que passe pelo centro de
massa divide a figura em duas figuras de mesma massa. Tendo em
vista as ferramentas matemáticas disponíveis ao leitor até o momen-
to, vamos delimitar um pouco mais o problema: vamos considerar
apenas regiões delimitadas por curvas que sejam gráficos de fun-
ções reais contínuas de uma variável y = f ( x ) para x em algum
intervalo [a, b] .
y = f ( x)
y = g ( x)
a b x
Figura 3.21: Região plana da qual serão calculadas as coordenadas do centro de massa, ou
centroide.
a ti1 ti b x
1 N ti + ti -1
xp = ∑ f (ti ) - g (ti ) (ti - ti -1 ) =
∑ mi i=1 2
i
N ti + ti -1
1
= ∑ f (ti ) - g (ti ) (ti - ti -1 )
∑ Ai i =1 2
i
1 N f (ti ) + g (ti )
yp = ∑ f (ti ) - g (ti ) (ti - ti -1 ) =
∑ mi i =1
i
2
1 N ( f (ti )) 2 - ( g (ti )) 2
= ∑ (ti - ti -1 ) =
∑ mii
i =1
2
1N
∑ ( f (ti )) - ( g (ti )) (ti - ti -1 )
2 2
=
2∑ Ai i =1
i
-1 3 -1 3
1 1
x2 x3 1
A = ∫ ( x - x )dx = - = .
2
0 2 3 0 6
0 0 3 4 0 2
e
1 1
x3 x5 2
y = 3∫ ( x - x ) dx = 3 - = .
2 4
0 3 5 0 5
3.4.1 Exercícios
1) Encontre as coordenadas do centro de massa da região no
primeiro quadrante, compreendida entre a circunferência
x 2 + y 2 = r 2 , e os eixos coordenados.
P = ( r, 0)
θ
0
Figura 3.23: Representação de um ponto do plano em coordenadas polares. Na figura, a letra
o representa o polo e a semirreta horizontal representa o eixo polar. As coordenadas polares
são dadas pelo par ordenado .
( r ,θ )
π θ
( −r ,θ ) = ( r ,θ + π )
Figura 3.24: Coordenadas polares com raio negativo.
x
( r, 0)
r y
0 x
y
r = x 2 + y 2 e θ = arc tg . (3.9)
x
2π θ
B
C A
(1,0) (2,0)
0
θ
D F
E
2π θ
Figura 3.28: Gráfico da função f () = 1 + cos no plano com coordenadas cartesianas (, r ) .
Este nome deve-se ao fato
de o formato da curva
lembrar a forma de um Com o auxílio deste gráfico, podemos desenhar a curva, que é deno-
coração. minada Cardioide, como nos mostra a figura 3.29.
2 x
Em 1694, o matemático
suíço Jacob Bernoulli
(1654-1705) publicou na
revista Acta Eruditorum
um artigo introduzindo
uma nova curva que levou
originalmente o nome de Figura 3.29: Cardioide r = 1 + cos .
Lemniscus. Na verdade, a
Lemniscata também pode
ser vista como um elemento Exemplo 3.3. A Lemniscata de Bernoulli é o lugar geométrico dos
de uma família infinita de
pontos cujo produto das distâncias a dois pontos fixos é uma cons-
curvas chamadas Ovais
de Cassini, introduzidas tante. Para fixarmos um exemplo, considere os pontos ( a,0) e ( -a,0)
pelo matemático italiano (em coordenadas cartesianas) e todos os pontos do plano cujo pro-
Giovanni Domenico Cassini
(1625-1712) no ano de duto das distâncias a estes dois pontos dados seja igual a a 2 . Assim,
1680. teremos
(( x - a) 2
+ y 2 )( ( x + a ) 2 + y 2 ) = a 4 ,
194
r 2 = 2a 2 cos2 .
-1 1 x
3.5.1 Exercícios
1) Esboce a curva r = 2sen , conhecida como rosácea de quatro
pétalas. Encontre sua equação em coordenadas cartesianas.
a) r = 2sen .
1
b) r = .
1 - cos
5
c) r = .
3 - 4sen
d) r 2 θ .
195
a) 2 xy = 1 .
Nicomedes foi um
matemático grego do século b) x 2 = 4 y .
III a.C. A Conchoide é uma
curva especial construída c) x 2 - y 2 = 1 .
para auxiliar na solução de
dois problemas clássicos de d) y = x + 1 .
construções geométricas,
a saber, a trissecção de
ângulos e a duplicação do 4) Esboce a curva r = 4 + 2sec , conhecida como Conchoide de
cubo. Nicomedes. (Sugestão: verifique que a reta vertical x = 2 é
uma assíntota da curva, isto é, verifique que lim x = 2 .)
r →±∞
Diocles foi um matemático 5) Esboce a curva r = sen ⋅ tg , conhecida como Cissoide de Dio-
grego que viveu
cles. (Sugestão: verifique que a reta x = 1 é assíntota vertical
aproximadamente no
período de 240 a.C a 180 dessa curva. Verifique também que a curva fica restrita à re-
a.C. Diocles também tratou gião do plano definida por 0 ≤ x < 1 .)
do problema clássico
de duplicação do cubo
e propôs uma solução Finalmente, como aplicação de integral, vamos calcular a área da
através da curva especial região compreendida por uma curva em coordenadas polares. Con-
denominada Cissoide, que
tem esse nome em alusão sidere uma curva dada pela equação r = f () . O objetivo é calcular
ao nome grego da folha da a área da região radial delimitada pela curva entre as retas e
planta hera.
= b , isto é, as semirretas a partir da origem com inclinações dadas
pelos ângulos e = b . Suponha, sem perda de generalidade,
que b > a conforme ilustrado na figura 3.31 abaixo:
θ =b
r = f (θ )
θ =a
0
x
Figura 3.31: Área em coordenadas polares.
196
N
1
AP = ∑ ( f (*i )) 2 (i - i -1 ) .
i =1 2
3.5.2 Exercícios
1) Encontre a área da região delimitada por um laço da curva
r = 2cos4 .
1
e) tan 2 y = x + sen2 x + K .
2
f) .
y2 x2
g) + ey = + e- x + K .
2 2
a 1 ad
h) y = x + b - ln cx + d + K .
c c c
c 1 cb
i) y + d - ln ay + b = x + K .
a a a
2)
1 1
a) sin 3 y = (cos 2 x + 1) = cos2 x .
3 2
y2 1
b) = ( x + 1)e - x - .
2 2
2
y
c) = ln(1 + x 2 ) - 1 .
2
d) y + y 2 = x 2 - 4 .
3.2.1 Exercícios
1)
17
a) L = .
12
1
b) L = 2 + ln 2 .
4
c) L = ln(1 + 2) .
e - e -1
d) L = .
2
1
e) L =
4
(2 + ln(1 + 2) . )
199
3.3.1 Exercícios
4 ab 2
1) V = .
3
2) V = 2 2 ab 2 .
8
3) V = .
15
8
4) V = .
15
5) V = .
2
6) V = .
2
7) A = .
4
3.3.2 Exercícios
3) Os dois sólidos têm o mesmo volume.
4) V = 2 .
5) V = .
240
6) V = 2 .
7) V = 2 2 .
3.3.3 Exercícios
2) A = .
4
4) A = (145 45 - 10 10) .
27
5 5 +1
5) A = 2 + ln .
4 2
200
3.4.1 Exercícios
4r 4r
1) , .
3 3
1 1
2) 2 + 1 , .
2 -1 4 4( 2 - 1)
3.5.1 Exercícios
y
1)
-1 1 x
y
2) a) x1 + ( y - 1) 2 = 1 .b) y 2 = 1 + 2 x .c) x 2 + y 2 = arctan .
x
3) a) .
b) rcos 2 = 4sen .
c) r 2 cos2 = 1 .
d) .
4)
x
201
5)
x
3.5.2 Exercícios
1) A = .
4
9 3
2) A = - .
8 4
3) A = 2 2 .
1 1
4) A = - .
2 4 2
4 3
5) A = .
3
Capítulo 4
Séries Numéricas
Capítulo 4
Séries Numéricas
4.1 Introdução
O primeiro significado de infinito que encontramos no dicionário é
‘não finito’ e, entre outras definições, encontramos “ter um tama-
nho ou valor absoluto que é maior que qualquer número natural,
grandeza cujo módulo é arbitrariamente grande”. Podemos pen-
sar que o homem “encontrou” o infinito sob a forma de distâncias
grandes demais para serem medidas e números grandes demais
para serem contados, e a ideia de “somar” infinitos números reais
é bem antiga. Pelo menos quatro dos paradoxos de Zenão de Eleia
(490-425 a.C.) sobre o movimento envolvem a “soma” de infinitos
termos positivos a um número finito. Arquimedes (287-212 a.C.),
para suas demonstrações rigorosas das fórmulas de certas áreas e
volumes, encontrou várias “somas” que contêm infinitos termos.
Ele também utilizou o método de exaustão (argumento sequen-
cial) de Zenão e tentou explicar como somas infinitas poderiam
ter resultados finitos, inventando argumentos muito engenhosos
que incorporam alguns detalhes técnicos do que hoje chama-
mos de limite. Durante séculos as séries intrigaram matemáticos
e muitos contribuíram para seu desenvolvimento. Não possuindo
o conceito de limite, propriamente dito, para alcançar resultados
esses matemáticos inventavam técnicas, desenvolviam esquemas
algébricos complicados ou apelavam para intuição geométrica ou
filosófica, em algum ponto crítico. Nicole d’Oresme (1325-1382)
realizou estudos usando aproximação sequencial e inventou um
206
1 1 1 1 11 1 1 1
+ . + + ... = + 2 + 3 + ... = 1 .
2 2 2 2 22 2 2 2
1
Na matemática elementar aprendemos que = 0,3333 , um
3
decimal infinito que pode ser escrito como a série numérica
3 3 3 3 1
0,333 = + 2 + 3 + ... + n + ... = .
10 10 10 10 3
1 –1 + 1 –1 + 1 –1 +…
4.2 Definições
Comecemos analisando as seguintes “somas” de infinitos termos.
1 1 1 1
A) Para dar um significado à igualdade + + + + ... = 1 é
2 4 8 16
preciso dar um sentido para o primeiro membro da igualda-
de. Como não podemos somar todas as parcelas do primei-
ro membro da igualdade de uma vez, comecemos somando
os dois primeiros números e, a cada passo, adicionaremos o
próximo termo ao resultado obtido. Denotemos por Si a soma
1 1 1
das primeiras i parcelas da sequência: , , ,... , sendo i ∈ :
2 4 8
1 1 3
S2 = + = ;
2 4 4
1 1 1 1 1 1 3 1 7
S3 = + + = + + = + = ;
2 4 8 2 4 8 4 8 8
1 1 1 1 1 1 1 1 7 1 15
S4 = + + + = + + + = + = .
2 4 8 16 2 4 8 16 8 16 16
Observe que os números envolvidos nas somas possuem uma
característica: o numerador é sempre 1 e no denominador
temos 2n . Assim, Indução matemática é
1 1 1 1 um método de prova
S n = + 2 + 3 + ... + n . matemático, usado para
2 2 2 2 demonstrar a verdade
de infinitas, porém
As somas, encontradas acima, também têm uma característica: enumeráveis proposições.
A forma mais simples e
2n - 1 1 mais comum de indução
S n = n ou S n = 1 - n . matemática para provar que
2 2 uma propriedade vale para
Assim, todos os números naturais
1 1 1 1 1 n e consiste de dois passos:
Sn = + 2 + 3 + ... + n = 1 - n . 1) A base: mostrar que o
2 2 2 2 2 enunciado vale para n = 1.
2) O passo indutivo:
Antes de prosseguirmos, vamos provar que a fórmula encon- mostrar que, se o enunciado
vale para n = k, então, o
trada para Sn vale para qualquer número natural n, usando o mesmo enunciado valerá
Princípio de Indução Matemática. para n = k + 1.
1
a) Observe que é o valor de S n para n = 1 , o que prova
2
que a fórmula vale para n = 1 e assim temos o primeiro
passo da prova.
1
8 1
1 16
1
2
1
4
Figura 4.1
n(1 + n)
Note que S n = é muito grande quando n é grande e,
2
quanto maior n, maior é a soma.
Definição 4.1. Seja (an ) uma sequência de números reais. Uma ex-
pressão da forma a1 + a2 + + an + é denominada série numérica
ou simplesmente série. O número an é denominado o enésimo termo
ou termo geral da série.
∞ ∞
Outras notações: ∑a , ∑a
k =1
k
i =1
i etc., ou simplesmente ∑a
n , quando
1 2 3
Exemplo 4.1. Seja a série + + + . Para escrever a série
2.3 3.4 4.5
usando a notação sigma precisamos da expressão do termo geral.
Observe que
1 1
=
2.3 (1 + 1)(1 + 2)
2 2
=
3.4 (2 + 1)(2 + 2)
3 3 .
=
4.5 (3 + 1)(3 + 2)
n
Concluímos que an = , e escrevemos
(n + 1)(n + 2)
1 2 3 ∞
n
+ + + = ∑ .
2.3 3.4 4.5 n =1 ( n + 1)( n + 2)
∞
1
Exemplo 4.3. A série ∑ é convergente e sua soma é fácil de
n =1 n( n + 1)
e a soma parcial S n é
1 1 1 1
S n = S n -1 + an = 1 - + - = 1- .
n n n +1 n +1
Note que a expressão encontrada vale para todo n . (Por quê?)
1 ∞
1
Como o lim S n = lim 1 -
n →∞ n →∞
n +1
= 1 , temos, então, que ∑
n =1 n( n + 1)
= 1.
∞
Exemplo 4.4. A série ∑ (-1)
n =1
n +1
= 1 - 1 + 1 - 1 + é divergente.
S n = a + ar + ar 2 + + ar n -1 .
rS n = ar + ar 2 + + ar n -1 + ar n .
Subtraindo-se rS n de S n obtemos:
S n - rS n = a + ar + ar 2 + + ar n -1 - ar - ar 2 - - ar n -1 - ar n = a - ar n ,
ou (1 - r ) S n = a (1 - r n ) .
215
a (1 - r n )
Para r ≠ 1 (Por quê?) temos: S n = .
1- r
a (1 - r n ) a
i) Se – 1 < r < 1 , então lim S n = lim = .
n →∞ n →∞ 1- r 1- r
métrica é divergente.
Exercícios resolvidos
1) Verifique se cada série é convergente ou divergente. No caso de
ser convergente, encontre a soma da série.
n -1
∞
2 2
a) ∑ 3 é uma série geométrica de razão r = e a = 3 .
n =1 5 5
Sendo 0 < r < 1 , a série é convergente e, pela fórmula da soma,
n -1
3 2 ∞
S= = 5 . Assim, ∑ 3 =5.
2 n =1 5
1-
5
216
n n
∞
1 1 1 1 1
b) ∑ - = 1 - + - + + - + , do Exemplo 4.2
n =0 2 2 4 8 2
1
anterior, é uma série geométrica. Como a = 1 e r = - que
2
está no intervalo de convergência, temos:
n
1
∞
1 2
∑ - =
n =0 2 1 3
= .
1- -
2
(Note que a potência é n e a série começa em a0 ).
n
2 3 ∞
c) + + + = ∑ é uma série divergente, pois é
2 4 8 n =1 2
4.2.1 Exercícios
1) Qual o termo geral das séries a seguir?
3 3 3 3
a) + + + + ;
5 25 125 625
x3 x4
b) x + x 2 + + + , x ∈ ;
1.2 1.2.3
r2 r3 r4
c) r + 10 + 10 + 10 + , r ∈ .
2 3 4
a) an = (-1) n -1 3n -1 ;
cos(n )
b) an = .
n2
7 7 7 7
a) 7 + + + + + n-1 +
2 4 8 2
b) 1 - 2 + 4 - 8 + + (-1) n -1 2n -1 +
5 5 5 5
c) + + + + +
2.3 3.4 4.5 (n + 1)(n + 2)
∞
7
b) ∑3
n =1
n -1
;
∞
5n
c) ∑
n =0 4
n
;
∞
d) ∑ (-1)
n =0
n
n .
218
∞
b) ∑x
n =0
2n
;
n
∞
x +1
c) ∑ ;
n =0 2
∞
d) ∑5
n =0
n
xn .
ar
ar 2
ar 3
Figura 4.2:
1+ r
a) Mostre que S = a .
1- r
b) Calcule S se a = 4m e ar = 3m .
219
a) igual a 1;
b) igual a –3;
c) igual a zero.
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
S 2k = 1 + + + ... + k = 1 + + + + + + + + ... + k -1 + ... + k >
2 3 2 2 3 4 5 6 7 8 2 +1 2
1 1 1 1 1 1 1 1 1
> 1 + + + + + + + + ... + k + ... + k
2 4 4 8 8 8 8 2 2
1 2 4 2k -1 1 1 1
Assim, S 2k > 1 + + + + ... + k = 1 + + + ... +
2 4 8 2 2 2 2
1
ou seja, S 2k > 1 + k .
2
existe;
∞
n2 n2 1
b) ∑ 2
n =1 2n + 5
é divergente, pois o lim 2
n →∞ 2n + 5
= ≠ 0;
2
∞
1- n 1- n
c) ∑
n =1 n
é divergente porque lim
n →∞ n
= -1 .
4.3.1 Exercícios
1) Analise, justificando, quais séries são convergentes e quais são
divergentes.
1 1 1 1 ∞
1
a) - + -
10 100 1000 10000
+ ; e) ∑2
n =1
2n
;
∞
1
b) 1 + 2 + 3 + + n + ; f) ∑ ln n ;
n =1
∞
n
∑ n +1 ; 1
∞
c)
n =1
g) ∑ cos(nx) .
n =1
n
1
∞
d) ∑ ;
n =0 2
222
então:
∞
i) a série ∑ (a
n =1
n + bn ) é convergente e
∞ ∞ ∞
∑ ka
n =1
n = k ∑ an = kA (Regra da multiplicação por constante).
n =1
∑ (a
n =1
n - bn ) .
Demonstração:
∞
ii) As somas parciais de ∑ ka
n =1
n são:
S n = (ka1 ) + (ka2 ) + + (kan )
= k (a1 + a2 + + an )
= kAn
Assim, o lim S n = kA .
n →∞ ■
223
Exercício resolvido
1) Encontre a soma das seguintes séries:
∞
1 (-1) n
a) ∑ n+ n .
n =0 2 5
∞
1 1
Solução: Observe que ∑2
n =0
n
é a série geométrica de razão
2
e a = 1.
n
1 ∞
1 (-1) n ∞
-1 1
∞
5
Então, ∑ n =
1
= 2 . Também, ∑
n =0 5
n
= ∑ =
n =0 5
= ,
1 6
n =0 2 1+
1-
2 5
-1 ∞
1 (-1) 17
n
pois é a série geométrica de razão . Assim, ∑ n + n = .
5 n =0 2 5 6
n n
2n +1 ∞ 2.2n
∞ ∞
2 1 ∞
2
b) ∑ n = ∑ n = ∑ 2 = 2
n =0 3 n =0 3 n =0 3
2
= 6 , porque ∑ éa
n =0 3
1-
2 3
serie geométrica de razão .
3
∑ (-1)
n =1
n -1
= 1 - 1 + 1 - 1 + é divergente, ∑ (-1)
n =1
n
= -1 + 1 - 1 + 1 - 1 +
∑ [(-1)
n =1
n -1
+ (-1) n ] = 0 + 0 + 0 + será convergente.
∞ ∞
i’) Se uma das séries, ∑ an ou ∑ bn , é convergente e a outra é diver-
n =1 n =1
∞ ∞
gente, então as séries ∑ (a
n =1
n + bn ) e ∑ (a n - bn ) são divergentes.
n =1
∞ ∞
ii’) Se a série ∑ an é divergente, então a série
n =1
∑ ka
n =1
n é divergente,
para todo k ∈ .
224
∞
Proposição 4.1. Uma série ∑a
n =1
n é convergente se, e somente se,
∞
∑a
n = n0
n for convergente para n0 ∈ qualquer, porém fixo. Nesse caso,
∞ ∞
∑a
n =1
n = a1 + a2 + + an0 -1 + ∑ an .
n = n0
∞
A prova é fácil. Basta notarmos que, se as somas parciais de ∑a
n =1
n
∞
são S n , as somas parciais de ∑a
n = n0
n são Tn = S n – S n0 -1 .
Reindexação
Podemos re-indexar qualquer série, na notação sigma, sem alterar
sua convergência, desde que a ordem de seus termos seja mantida.
∑ an =
n =1
∑a
n =1+ h
n-h = a1 + a2 + + an + .
∑ an =
n =1
∑a
n =1- h
n+h = a1 + a2 + + an + .
n n
1 ∞
1 ∞
No Exemplo 4.5 visto anteriormente, ∑ ≠ ∑ ,
n =1 2 n =0 2
n n +1 n n -1
∞
1 ∞
1 ∞
1 ∞
1
∑ ∑
n =1 2
=
n =0 2
e ∑ = ∑
n =0 2 n =1 2
.
n n -5 n+2
∞
1 ∞
1 ∞
1
Também, ∑ ∑
n =0 2
=
n =5 2
= ∑
n =-2 2
.
4.4.1 Exercícios
1) Encontre a soma das seguintes séries:
∞
2 1
a) ∑ 5
n =0
n
- ;
2n
∞
1 (-1) n
b) ∑ n + n ;
n =0 3 4
∞
1 1
c) ∑
n =1 n
- .
n +1
Sugestão para c): Calcule a enésima soma parcial e use-a para calcu-
lar a soma.
∞
Teorema 4.5. Seja an ≥ 0 para todo n ∈ . A série ∑a
n =1
n será conver-
Teste da integral
Antes de enunciarmos o teste, vejamos o seguinte exemplo:
Exemplo 4.9. ∞
1 1 1 1 1
Considere a série de termos positivos ∑n
n =1
2
= + + + + ... .
12 22 32 42
227
1
É fácil vermos que o lim = 0 , mas isso não nos garante que a série
n →∞ n 2
1
y = f ( x) =
x2
1
0 1 2 3 4 x
1
Figura 4.3: Retângulos de base com comprimento 1 e altura f ( n ) sob o gráfico de f ( x) = .
x2
1
Interpretando os valores , n ∈ , como áreas dos retângulos de
n2
1
base de comprimento 1 e altura de comprimento 2 , como a Figura
n
4.3, temos:
n ∞
1 1
S n = 1. f (1) + 1. f (2) +…+ 1. f (n) < 1 + ∫ 2 dx < 1 + ∫ 2 dx .
1
x 1
x
∞
1
Observe que ∫ 2 dx é uma integral imprópria que calculamos no
x
Capítulo 2: 1
∞ b b
1 1 -1 -1
∫1 x 2 dx = lim ∫
b →∞ x
1
2
dx = lim = lim + 1 = 1 .
b →∞
x 1 b→∞ b
∑a
n =1
n será convergente.
∞
ii) Se a integral imprópria
∞
∫ f ( x)dx for divergente, então a série
N
∑a
n =1
n será divergente.
0 1 2 3 n n +1 x
0 1 2 3 n −1 n x
f (n + 1) = an +1
n n
Então, ∫ f ( x)dx ≤ a + a 1 2 + + an -1 e a2 + a3 + + an ≤ ∫ f ( x)dx ,
1 1
n +1 n
ou ∫1
f ( x)dx ≤ a1 + a2 + + an -1 + an e a1 + a2 + a3 + + an ≤ a1 + ∫ f ( x)dx ,
n +1 n 1
e, assim, ∫1
f ( x)dx ≤ a1 + a2 + + an ≤ a1 + ∫ f ( x)dx .
1
∞
i) Se a integral imprópria ∫ f ( x)dx
1
for convergente, basta a de-
sigualdade do lado direito para mostrar que as somas parciais são li-
∞
mitadas superiormente por M = a1 + ∫ f ( x)dx e, pelo Teorema 4.5
a série é convergente. 1
∞
ii) Se a integral imprópria ∫ f ( x)dx
1
for divergente, usamos o lado
Exercício resolvido
∞
1
2) Mostre que a série ∑n
n =1 n
é convergente.
1 1
De fato, observe que an = , que = f (n) , onde f ( x) =
n n x x
será uma função de x , contínua, positiva e decrescente se x ≥ 1
Para usar o teste da integral, calculamos a integral imprópria
b
∞ b
1 -
1
-
3
-2
∫1 x x dx = blim
→∞ ∫
1
x dx = lim -2 x 2 = lim
b →∞
2
1 b→∞ b
+ 2 = 2 . Logo, a
série é convergente.
230
∞
1
2) Analise a série ∑
n =1 n
.
1
Resolução: Observe que lim = 0 , mas isso não garante que a
n →∞ n
1 1
série seja convergente. Note que an = = f (n) , onde f ( x) = é
n x
uma função de x , contínua, positiva e decrescente se x ≥ 1 . Assim,
b
∞ b
1 -
1
12
∫1 x dx = blim
→∞ ∫
1
x dx = lim 2 x = lim(2 x - 2) = +∞ .
2
b →∞
1 b→∞
∞
1
Portanto, a série ∑ é divergente.
n =1 n
∞
1
Proposição 4.3. A p -série ∑n n =1
p
, sendo p uma constante real, é
1
Para p > 0 , o lim p = 0 , mas, somente com isso, não podemos
n →∞ n
1
Observe que an = f (n) , onde f ( x) = , que para x ≥ 1 é função con-
xp
tínua, positiva e decrescente, pois p > 0 . Para aplicar o teste da inte-
gral, vamos calcular a integral imprópria para p ≠ 1 :
b 1
∞
1
b
x - p +1 1 1 , p >1
∫1 x p dx = blim ∫ - 1 = p - 1
-p
x dx = lim = lim p -1
.
b →∞ - p + 1
→∞
1 b→∞ 1 - p b
+∞, p < 1
1
∞
1
Para p = 1 , temos ∑ n , a série harmônica que sabemos que é diver-
n =1
gente. Esse fato também pode ser provado pelo teste da integral:
( ) = lim(ln b) = +∞ .
∞ b
1 1 b
∫1 x dx = lim ∫
b →∞ x
1
dx = lim ln x
b →∞ 1 b →∞
∞
1
Portanto, concluímos que ∑ p é divergente se p ≤ 1 , e convergen-
n =1 n
te se p > 1 .
Exercícios resolvidos
∞
ln n
1) Verifique se a série ∑
n =1 n
é convergente ou divergente.
ln n ln x
Observe que an = = f (n) , para f ( x) = , x > 0 , em particular
n x
x ≥ 1 . A função f é contínua, positiva e, para verificar que é de-
crescente, usamos o teste da derivada primeira (Cálculo I).
(1 x).x - 1.ln x 1 - ln x
De f ´( x) = = < 0 , para x > e , concluímos que
x2 x2
f é decrescente em [e, +∞) (veja cálculo I). Assim, podemos apli-
car o teste da integral e, para tal, vamos calcular a integral imprópria
∞ b
ln x ln x
∫3 x dx = blim→∞ ∫
3
x
dx , pois 3 > e .
232
ln x (ln x) 2
No Capítulo 1 de integração encontramos ∫ x dx =
2
+c,
en en 1
De fato, observe que lim = lim 2 n = lim n = 0 , condição
n →∞ 1 + e 2 n n →∞ 2e n →∞ 2e
e x (1 + e 2 x ) - e x 2e 2 x e x (1 - e 2 x )
f ´( x) = = < 0,
(1 + e 2 x ) 2 (1 + e 2 x ) 2
para x ≥ 1 (porque e x > 0 ,para todo x e 2 < e < 3 ), então con-
ex
De ∫ 2x
dx = arctg(e x ) + c (ver no Capítulo 1 Tabela de integrais),
1+ e ∞
ex
segue que ∫ 2x
dx = lim(arctg(eb ) - arctg(e)) = - arctg(e) .
1
1+ e b →∞ 2
Mostramos, assim, que a série dada é convergente.
∞
Seja ∑ an uma série convergente, cuja convergência pode ser verificada
n =1 ∞
pelo teste da integral. Se S = ∑ an , denotaremos por Rn o erro come-
n =1
tido se usarmos a soma parcial S n como uma aproximação para a
soma total S , ou seja, Rn = S – S n .
∫1
f ( x)dx ≤ a1 + a2 + + an -1 + an e a1 + a2 + a3 + + an ≤ a1 + ∫ f ( x)dx .
1
y y
0 n x 0 n+1 x
Figura 4.5: a) Figura 4.5: b)
∞
Das Figuras 4.5 a) e b) concluímos que ∫
n +1
f ( x)dx ≤ an +1 + an + 2 + = Rn
∞ ∞ ∞
e Rn = an +1 + an + 2 + ≤ ∫ f ( x)dx . Logo, ∫ f ( x)dx ≤ Rn ≤ ∫ f ( x)dx é uma
n n +1 n
estimativa do resto para o teste da integral.
obtemos: S n + ∫
n +1
f ( x)dx ≤ S ≤ S n + ∫ f ( x)dx .
n
Exercício resolvido
∞
1
6) Seja a p -série ∑n
n =1
3
.
Resolução:
∞
1
b x -2 b 1 1 1
∫n x3 dx = lim
b →∞ ∫
x dx = lim = lim 2 - 2 = 2 .
-3
b →∞ -2
n n
b →∞
2n 2b 2n
Pela estimativa do resto para o teste da integral temos que, para
1 1
n = 10 , R10 ≤ 2
= = 0, 005 . Assim, o erro cometido é menor
2.10 200
ou igual a 0,005.
1
d) Temos de encontrar n tal que Rn ≤ 0, 0005 = .
2000
1 1
Usando o item b), temos que 2
≤ , o que implica n 2 ≥ 103
2n 2000
ou n ≥ 1000 ≅ 31, 6 .
235
10
1 -1 1 3 1
S10 ≤ 1 + ∫ 3
dx =1 + 2
+ = - = 1, 495 .
1
x 2.10 2 2 200
∫1
f ( x)dx ≤ a1 + a2 + + an ≤ a1 + ∫ f ( x)dx
1
valem para todo n ∈ ( n é finito). Então, mesmo para séries di-
vergentes, é possível fazer uma estimativa das somas parciais S n .
Exercício resolvido
∞
1
7) Seja a série harmônica ∑n.
n =1
1
De ∫ xdx = ln x + c segue que ln(n + 1) ≤ S n ≤ 1 + lnn .
236
Tabela 4.1:
∑a
n =1
n qualquer que lim an não existe ou é ≠ 0 ;
n →∞
∞
∞
a
Série geométrica ∑ ar n -1
, com | r | < 1 ; S= ; Série geométrica ∑ ar n -1
, com | r | ≥ 1 ;
n =1 1- r n =1
∞
1
∞
1
Série telescópica ∑ ; S =1 Série harmônica ∑n ;
n =1 n( n + 1) n =1
∞
1 ∞
1
p -Série ∑ p
, com p > 1 . p -Série ∑n p , com p ≤ 1 .
n =1 n n =1
237
∞ ∞
b) Se ∑ an é divergente, então
n =1
∑b
n =1
n é divergente.
∑b
n =1
n , respectivamente.
divergente, vamos mostrar que suas somas parciais não são limi-
tadas superiormente, usando o método de prova por contradição.
∑b n =1
n é divergente.
■
238
Exercício resolvido
Aplicação do teste da comparação
∞
1 1 1 1 1
8) Mostre que a série ∑ n ! = 1! + 2! + 3! + + n ! +
n =1
... é convergente.
1! = 1 , assim:
2! = 2.1 = 2
3! = 3.2! > 2.2 = 22
4! = 4.3! > 2.22 = 23
n ! > 2n -1
Vamos mostrar que a desigualdade vale para todo n > 2 .
∞
1
Nota: O fato de a série ∑ n!
n =1
ser convergente significa que
∞ ∞
b) Se ∑a
n =1
n é divergente, então ∑b
n =1
n é divergente (A série dos ter-
1 1 ∞
1
Por exemplo, ≤
n2 n ∞
para todo n ≥ 1 . A série harmônica ∑n
n =1
é di-
1
vergente e a p-série ∑ 2 é convergente ( p = 2) .
n =1 n
an ∞
b) Se o lim
n →∞ b
= +∞ , então a série ∑b
n =1
n divergente implica a série
n
∞
∑a
n =1
n divergente.
Demonstração:
an a
a1) Se l = 0 temos < ou - < n < , para todo n > N . De
bn bn
bn > 0 segue que - bn < an < bn , para todo n > N . Como
o teste de comparação se aplica a séries com temos não ne-
∞
gativos, podemos apenas concluir que se
∞
∑b
n =1
n é convergente,
então a série é ∑a
n =1
n convergente.
Exercício resolvido
Aplicação do teste da comparação no limite.
∞
1
b) ∑ n +1 .
n =1
∞
1
c) ∑ ln n
n=2
(note que n ≥ 2 ).
1
Seja an = , n = 2,3, 4, . Para “descobrir” bn observe que
ln n
1
lne = 1 e lnn > 1 para n > 3 . Assim, para bn = , calculemos
n
an 1 n n 1
lim = lim = lim = lim = lim n = +∞ . Como
n →∞ b n →∞ ln n 1 n →∞ ln n n →∞ (1/ n ) n →∞
n
∞
1
∑
n =1 n
é divergente, então a série dada é divergente.
242
an +1
1) Se lim = l < 1 , então a série é convergente.
an
n →∞
a a
2) Se lim n +1 = l > 1 ou lim n +1 = ∞ , então a série é divergente.
n →∞ a n →∞ a
n n
an +1
Observação 4.9. Se lim = 1 nada se pode concluir,ou
n →∞ a
n
seja, a série pode ser convergente ou divergente. Por
∞
1
exemplo: Seja a p -série ∑ p . Para qualquer p temos
n =1 n
p
an +1 1 np np n
lim = lim = lim = lim = 1. Mostramos
n →∞ a n →∞ ( n + 1) p 1 n →∞ ( n + 1) p n →∞ n + 1
n
na Proposição 4.3 que a p -série é convergente para p > 1 e divergen-
te para p ≤ 1 .
Demonstração da proposição:
a a
Se lim n +1 = l , então dado > 0 , existe N ∈ tal que n +1 - l <
n →∞ a an
n
a
ou - < n +1 - l < para todo n ≥ N .
an
243
aN +1 < raN
aN + 2 < raN +1 < rraN = r 2 aN
aN +3 < raN + 2 < rr 2 aN = r 3 aN
aN + m < raN + m -1 < rr m -1aN = r m aN
∞
Consideremos a série ∑b
n =1
n
, onde bn = an para n = 1, 2, , N e
bN +1 = raN , bN + 2 = r 2 aN , , bN + m = r m aN , , ou seja,
∞
∑b
n =1
n = a1 + a2 +…+ aN + raN + r 2 aN +…+ r m aN +… .
∞
A série geométrica ∑ aN r m é convergente porque r < 1 , então a sé-
∞ m =1
rie ∑ bn é convergente.
n =1
an +1
De > 1 , para todo n ≥ N , segue que aN < aN +1 < aN + 2 < .
an
Logo, lim an não pode ser zero e pelo Teste do enésimo termo (Teo-
n →∞
Exercício resolvido
10) Analise as seguintes séries.
∞
n !n !
a) ∑ (2n)! ;
n =1
∞
x n +1
b) ∑
n =1 3
n
, x>0.
Resolução:
n !n !
a) Seja an = e
(2n)!
an +1 x ( n +1) +1 3n x n +1 x3n x
b) Para x > 0 , = n +1 . n +1 = n n +1 = , para todo n . En-
an 3 x 3 3x 3
a x
tão, lim n +1 = .
n →∞ a 3
n
x
Pelo Teste da Razão, a série é convergente se < 1 ou x < 3 e
3
divergente se x > 3 .
∞
x n +1 ∞
Se x = 3 , ∑
n =1 3
n
= ∑ 3 = 3 + 3 + 3 + , divergente.
n =1
Exercício resolvido
11) Decida se as séries são convergentes ou divergentes, aplicando
o Teste da Raiz.
n
3n + 2
∞
a) ∑
n =1 4n + 1
∞
n3
b) ∑
n =1 3
n
3n
∞
c) ∑ 3
n =1 n
246
Resolução:
n
3n + 2
a) Seja an = (quociente elevado à potência n ).
4n + 1
3n + 2 3
Então lim n an = lim = < 1 e assim pelo Teste da Raiz, a série
n →∞ n →∞ 4n + 1 4
dada é convergente.
3
n3 n3 nn
b) No caso an = n , temos o limite lim n n = lim .
3 n →∞ 3 n →∞ 3
1 ∞
n3
Assim, lim n an =
n →∞ 3
< 1 , e pelo Teste da Raiz a série ∑
n =1 3
n
é con-
vergente.
3n 3n 3
c) Agora an = 3 e lim 3 = lim 3 = 3 > 1 . Então pelo Teste da Raiz
n
n n →∞ n n →∞
n nn
∞
3
a série ∑ 3 é divergente.
n =1 n
4.5.1 Exercícios
1) Use o Teste da Integral para mostrar que as seguintes séries
são convergentes:
∞
arctgn
a) ∑n
n =1
2
+1
∞
1
b) ∑ n(ln n)
n=2
2
∞
1 ∞
1
a) ∑n
n=2 n -1
c) ∑ ln n
n=2
∞
sen 2 (2n - 1) ∞
ln n
b) ∑
n =1 n2
d) ∑
n =1 n
3
∞ ∞
n
b) ∑ n2e- n
n =1
e) ∑ (ln n)
n=2
n
∞
n!
c) ∑5n =1
n
Mais exemplos:
1 1 1 ∞
(-1) n -1
3) Série harmônica alternada: 1 - + - + = ∑
2 3 4 n =1 n
∞
4) 1 - 2 + 3 - 4 + = ∑ (-1) n +1 n
n =1
1 2 3 4 5 ∞
n
5) - + - + - + = ∑ (-1) n
2 3 4 5 6 n =1 n +1
(-1) n -1 1
Notação: Observe que an = = (-1) n -1 = (-1) n -1 bn , (com bn > 0
n n
no Exemplo 3).
n
an = (-1) n = (-1) n bn , (com bn > 0 no Exemplo 5).
n +1
Usamos a potência n –1 (ou n + 1 ) se a1 > 0 e n se a1 < 0 .
ii) lim bn = 0 .
n →∞
S1 = b1 , S 2 = b1 – b2 , S3 = b1 – b2 + b3 , S 4 = b1 – b2 + b3 – b4 ,
S5 = b1 – b2 + b3 – b4 + b5 , S6 = b1 – b2 + b3 – b4 +b5 – b6 , etc...
S3 = b1 – b2 + b3 = S 2 + b3 , então S3 ≥ 0 e S3 ≥ S 2 ( S3 à direita de S 2 ).
Assim, por diante.
250
+b1
−b2
+b3
−b4
0 S2 S4 S S3 S1
Figura 4.6: As somas parciais da série alternada que satisfaz as condições do teste.
1 1 1 1 1 1 1 1
- + - + - + + n - n + não satisfaz a condição i).
3 2 9 4 27 8 3 2
Mostre!
1
Mas a série é convergente e sua soma S = - .
2
Mostre!
(-1) n -1 1 1
De fato, para todo n , an = = (-1) n -1 , com bn = > 0 .
n n n
1 1
De n < n + 1 temos > , ou seja, bn > bn +1 , para todo n .
n n +1
251
1
Além disso, lim bn = lim = 0 . Então, como as condições do teste es-
n →∞ n n →∞
(-1) n -1
∞
1 1 1
A p -série alternada ∑ p
= 1 - p + p - p + é convergente
n 2 3 4
se p > 0 . n =1
∞
A prova é análoga. Note que se p = 0 , a série ∑ (-1)
n =1
n -1
é divergente e
Exercício resolvido
(-1) n 2n
∞
12) Determine se a série ∑ é convergente ou não.
n =1 3n - 1
Resolução: A série dada é alternada e escrevemos
∞
(-1) n 2n ∞ 2n 2n
∑
n =1 3n - 1
= - ∑
n =1
(-1) n -1
3n - 1
, onde bn =
3n - 1
> 0 , para todo n .
2n 2 2
O limite lim = lim = ≠0.
n →∞ 3n - 1 n →∞ 1 3
3-
n
Então a condição ii) do Teste da Série Alternada não está satisfeita.
O limite não existe, assim pelo teste do termo geral, a série é diver-
gente.
Série Alternada.
252
então, | S – S n | ≤ bn +1 .
2
Usando uma calculadora S8 = 0, 6640625 . Sabemos que S = .
3
Então
2
|S – S8 | = - 0, 6640625 = 0, 002604166 .
3
1
Pela estimativa acima, | S - S8 | ≤ b9 = = 0, 00390625 .
256
Exercício Resolvido
(-1) n
∞
13) Mostre que a série ∑ é convergente e encontre a soma
n =1 n!
com precisão de três casas.
Resolução:
A série
∞
(-1) n 1 1 1 1 ∞ (-1) n -1
∑ n!
= -1 + -
2! 3!
+ = - 1 - +
2! 3!
- .. = - ∑
n!
n =1
1 n =1
sendo bn = > 0 para todo n ∈ . Primeiro vamos mostrar que a
n!
série éconvergente.
1 1
i) (n + 1)! = (n + 1) ⋅ n ! > n ! , implica que > . Logo, bn > bn +1
n ! (n + 1)!
para todo n .
1 1 1 1
ii) 0 < bn = < , pois n ! > n . Como lim = 0 então lim = 0 .
n! n n →∞ n n →∞ n !
1 1 1 1 1
b1 = 1 , b2 =
= = 0,5 , b3 = = = = 0,1666 ,
2! 2 3! 3 ⋅ 2! 6
1 1 1 1
b4 = = = 0, 04166 , b5 = = = 0, 00833 ,
4! 24 5! 120
1 1 1 1
b6 = = = 0, 001388 , b7 = = = 0, 00019841
6! 720 7! 5040
Então, n + 1 = 7 e n = 6 . Assim,
1 1 1 1 1
S6 = -1 + - + - + = -0, 6318
2 6 24 120 720
aproxima S com precisão de três casas decimais.
∞
Definição 4.2. Uma série ∑a
n =1
n é absolutamente convergente se a
∞
série ∑| a
n =1
n | é convergente.
Exemplo 4.13.
De | an | ≥ 0 , para todo n ,
| an +1 | + | an + 2 | + + | an + p | =| an +1 | + | an + 2 | + + | an + p | ≥ an +1 + an + 2 + + an + p
Exercício Resolvido
∞
cos n cos1 cos 2 cos 3
14) Analise a série ∑n =1 n2
= 2 + 2 + 2 +
1 2 3
∞
cos n
Resolução. Seja ∑ n =1 n2 a série dos valores absolutos dos termos.
cos n cos n 1
De |cos n| ≤ 1 segue que an = 2
= 2
≤ 2 . Como an > 0 e
n n n
1
bn = 2 > 0 , para todo n , podemos usar o Teorema da Comparação
n ∞
1 ∞
cos n
e do fato de ∑ 2 ser convergente, segue que ∑ 2 é conver-
n =1 n n =1 n
gente. Assim, a série dada é absolutamente convergente e pelo Teste
da Convergência Absoluta ela é convergente.
∞
(-1) n -1
∑n =1 np
é absolutamente convergente se p > 1 e condicionalmente
convergente se 0 < p ≤ 1 .
Por exemplo;
1 1 1 ∞
(-1) n -1
1- + - + = ∑ 1/2 é condicionalmente convergente.
2 3 4 n =1 n
1 1 1 ∞
(-1) n -1
1- + -
23/2 33/2 43/2
+ = ∑
n =1 n3/2
é absolutamente convergente.
an +1
1) Se lim = l < 1 , então a série é absolutamente convergente e
n →∞ a
n
portanto convergente.
a a
2) Se lim n +1 = l > 1 ou lim n +1 = +∞ , então a série é divergente.
n →∞ a n →∞ a
n n
an +1
3) Se lim = 1 , nada se pode concluir.
n →∞ an
|c| < 1 . É claro que , se|c| ≥ 1 , a série é divergente porque o termo ge-
ral não a tende a zero.
4.6.1 Exercícios
1) Use o Teste da Série Alternada para verificar se as séries são
convergentes ou não.
∞
(-1) n ∞
(-1) n
a) ∑ d) ∑
n =1 n + 2 n =0 n +1
n
∞
n ∞
1
∑ ∑ ( -1)
n +1
b) (-1) n +1 e)
n =1 10 n=2 ln n
∞
c) ∑ (-1) e
n =0
n -n
∞
2+n ∞
102 n -1
b) ∑ (-1)n+1
n =1 3+ n
e) ∑ (-1)n+1
n =1 (2n - 1)!
∞
1 ∞
cos(n )
c) ∑ (-1)
n=2
n +1
n ln n
f) ∑
n =1 n n
∞
arctgn ∞
n! ∞
(ln n) n
g) ∑
n =1 1 + n
2
h) ∑
n =1 n
n
i) ∑
n=2 nn
∞
1
j) ∑ nsen n
n =1
258
7(1 - ( 12 ) )
n
3) a) S n = , S = 14
1 - 12
1 + (-1) n -1 2n
b) S n = , divergente
3
5 5 5
c) S n = - , S=
2 n+2 2
7 21
4) a) S = ; b) S = ; c) divergente; d) S =
10 2 1+
4
5) a) x no intervalo ]2, 4[ , S = ;
4- x
1
b) x tal que –1 < x < 1 , S = ;
1 - x2
2
c) x em ] – 3, 1[ , S = ;
1- x
1 1 1 1
d) x tal que - < x < < x < , S = .
5 5 5 1 - 5x
6) 28m
4
8) t = ln
5
4.3.1 Exercícios
1) a) convergente; b) divergente; c) divergente; d) convergente ;
e) convergente; f) divergente ; g) divergente .
259
4.4.1 Exercícios
1 23
1) a) S = ; b) S = ; c) S =1 .
2 10
4.5.1 Exercícios
10 1
2) a) Rn ≤ 0,1
; b) Rn ≤
n n
∞
1
3) a) convergente (comparação com ∑n
n =1
3
2
);
∞
1
b) convergente (comparação: ∑n
n =1
2
);
∞
1
c) divergente (comparação com ∑n
n =1
);
∞
1
d) convergente (comparação com ∑nn =1
2
).
1 1
4) a) convergente , l = ; b) convergente , l = ;
3 e
c) e d) divergentes , l = +∞ .
4.6.1 Exercícios
1) a) convergente; b) divergente; c) convergente; d) convergente;
e) convergente.
∞
1
2) a) absolutamente convergente (compare com ∑n
n =1
2
);
1
f) absolutamente convergente an = 3/2 ; p - série convergente
n
3) a) ; d) e e)
1
4) a) convergente (série geométrica, r = ) ;
1
b) divergente (p-série , p = );
2
1 1
c) divergente desde que ≥ ;
3
n2 - 1 2n 2/3
1
d) divergente ( an > ) ;
2n
1
e) convergente (compare an com ) ; f) convergente ( l = 0 ) ;
n2
1
g) convergente (Teste da Integral) ; h) convergente , = ;
e
i) convergente ( l = 0 ) ; j) divergente (Teste do enésimo
termo).
Capítulo 5
Séries de Potências
Capítulo 5
Séries de Potência
5.1 Introdução
No Exercício 3 de aplicação da série geométrica vimos que
1
1 + x + x 2 + x3 + = , se –1 < x < 1 . (1)
1- x
Considerando x variável, a expressão à esquerda da igualdade (1)
define a função
1
x , cujo domínio é \{1} .
1- x
A correspondência x → 1 + x + x 2 + x3 + define uma função real no
intervalo ] –1,1[ , pois para cada x nesse intervalo a série é conver-
264
∑ ax
n =0
n
é igual a a , quando x = 0 (e não é resultado da substituição
∞
de x por 0 ), e usamos a notação ∑ ax
n =0
n
, sendo x tal que –1 < x < 1 .
∞
Primeiro estudaremos as séries do tipo ∑x
n =0
n
e depois aprendere-
∑ c ( x - a)
n =0
n
n
= c0 + c1 ( x – a) + c2 ( x – a) 2 + + cn ( x – a) n +
Exemplo 5.1
∞
a) O exemplo da introdução ∑x
n =0
n
= 1 + x + x 2 + x3 + é uma série
de potências (centrada em a = 0 ), com coeficientes
c0 = c1 = c2 = = cn = = 1 .
b) A série de potências
n n
∞
1 1 1 1
∑
n =0 2
n
2 4
2
2
n
- ( x - 3) =1 + - ( x – 3) + ( x – 3) + + - ( x – 3) +
1
está centrada em a = 3 e os coeficientes são c0 = 1 , c1 = - ,
n 2
1 1
c2 = , , cn = - ,
4 2
266
c) A série
n
∞
x x x 2 x3
∑
n =0 n !
= 1 + + + +
1! 2! 3!
é uma série de potências (centrada em a = 0 ) e os coeficien-
1 1
tes são c0 = 1 ( 0! = 1 , por definição), c1 = 1 , c2 = , c3 = , ,
2! 3!
1
cn = ,
n!
∞
De modo geral, a série de potências ∑ c( x - a)
n =0
n
, com coeficientes
cn = c, ∀n, é convergente se | x – a | < 1 (a –1 < x < a + 1) e divergente
se | xx –- aa| ≥ 1 ( x ≥ a + 1 ou x ≤ a –1) .
xn
Para o centro x = 0 a série é convergente. Seja an = , para cada
n!
x ≠ 0 (positivo ou negativo), e calculemos
an +1 x n +1 n ! x x
= n
= = .
an (n + 1)! x n +1 n +1
267
x
Como lim = 0 independentemente do valor de x , pelo Teste
n →∞ n + 1
∑ n! x
n =0
n
= 1 + x + 2! x 2 + 3! x3 +
an +1 (n + 1)! x n +1
= = (n + 1) x , x ≠ 0 .
an n! xn
an +1
Logo, lim = +∞ , se x ≠ 0 , resultado que pelo Teste da Razão im-
n →∞ a
n
plica que a série é divergente, qualquer que seja x ≠ 0 . Então a série
de potências é convergente apenas quando x = 0 .
n
Como, lim x - 2 = x - 2 pelo Teste da Razão, a série é absolu-
n →∞ n + 1
Para x = 1 , temos
n n
∞
(1 - 2) ∞
(-1)
∑
n =1 n
=∑
n =1 n
,
• aberto: ]a – R, a + R[ ,
• semiaberto: ]a – R, a + R] ou [a – R, a + R[ ,
• fechado: [a – R, a + R ] .
∑x
n =0
n (série
geométrica)
R =1 ] –1,1[
∑ n! x
n =0
n
R=0 {0}
n
∞
x
∑
n =0 n !
R = +∞ ] – ∞, +∞[
n
∞
( x - 2)
∑
n =1 n
R =1 [1, 3[
∑ c( x - a)
n =0
n
R =1 ]a –1, a + 1[
(série geométrica)
∑ n !( x - a)
n =0
n
R=0 {a}
n
∞
( x - a)
∑
n =0 n!
R = +∞ ] – ∞, +∞[
n
∞
( x - a)
∑
n =1 n
R =1 [a –1, a + 1[
270
Exercício resolvido
1) Encontre o raio de convergência e o intervalo de convergência
das seguintes séries:
2 n-1
∞
x x3 x5 x 7
a) ∑ (-1)
n =1
n -1
2n - 1
= x - + - + ...
3 5 7
n
∞
(-3) n x
b) ∑
n =0 n +1
Resolução.
n -1 x 2 n -1
a) Seja an = (-1) . Então,
2n - 1
an +1 (-1)( n +1) -1 x 2( n +1) -1 2n - 1 (-1)(2n - 1) 2 2n - 1 2
= n -1 2 n -1
= x = x , n ≥ 1.
an 2(n + 1) - 1 (-1) x 2n + 1 2n + 1
an +1 2n - 1 2
Logo, lim = lim x = x2 .
n →∞ an n →∞ 2n + 1
∑
n =1 2n - 1
∑e
2n - 1
=∑ .
n =1 n =1 2n - 1
1
As duas são séries alternadas com bn = > 0 (uma série é
2n - 1
oposta à outra).
Note que, para todo n , 2(n + 1) –1 = 2n + 1 > 2n –1 , o que
implica
1 1
> ,
2n - 1 2(n + 1) - 1
ou seja, bn > bn +1 . Isso mostra que a sequência (bn ) é decres-
cente. Como
1
lim =0,
n →∞ 2n - 1
(-3 x) n (-1) n (3 x) n
b) Podemos escrever an = como an = . Assim,
n +1 n +1
an +1 (-1) n +1 (3 x) n +1 n +1 n +1
= n n
= 3x e
an n + 1 + 1 (-1) (3 x) n+2
an +1 n +1
lim = lim 3 x =3 x .
n →∞ an n →∞ n+2
1 ∞
(-1) n
Para x = temos a série numérica ∑ que é conver-
3 n =0 n +1
gente (veja Exercício proposto 15) ou prove como no item a)).
1 ∞
(-1) n (-1) n ∞
1
Se x = - , a série numérica ∑ =∑ é uma
3 n =0 n +1 n =0 n +1
1
p -série com p = , logo é divergente.
2
272
1 1
Conclusão: a série de potências é convergente quando x ∈ - ,
3 3
5.2.1 Exercícios
1) Encontre o raio e determine o intervalo de convergência das
seguintes série de potências.
∞ ∞
xn
a) ∑ nx n f) ∑
n =1 n =0 n2 + 8
∞
xn ∞
(2 x + 3) n
b) ∑
n =1 n n
g) ∑
n =1 n2
∞
( x - 1) n ∞
(5 x - 1) n +1
c) ∑ h) ∑
n =0 10n n =1 n
∞ ∞
(-1) n +1 ( x + 2) n
d) ∑ nn xn i) ∑ n 2n
n =1 n =1
∞
(-1) n x n ∞
xn
e) ∑
n =0 n !
j) ∑
n = 2 n ln n
∞
é um número real e, assim, a
correspondência x → ∑ cn ( x - a ) define uma função real cujo do-
n
n =0
mínio é o intervalo de convergência da série.
273
1
y=
1− x
S2
S1
1 S0
0 1
1
Figura 5.1: Aproximações de f ( x) = por S0 , S1 , S 2 , , no intervalo .
1- x
274
Observe que
S0 = 1
S1 = 1 + x
2
2 1 3
S2 = 1 + x + x = x + +
2 4
2 3
S3 = 1 + x + x + x
1+ x 2
= 1 – x 2
+ x 4
– x 6
+…+ (– 1) n 2n
x +… = ∑
n =0
(-1) n x 2 n , 0 ≤ x 2 < 1 ,
1
4) Para a > 0 , seja a função f ( x) = , x ∈ I , intervalo que de-
a+x
terminaremos abaixo.
1 1 1 1
De = = ,
a+x x a 1+ x
a 1 +
a a
x
substituindo x por na igualdade em 2), obtemos
a
n
1 1 ∞ x
= ∑ (-1) n ,
a + x a n =0 a
x
para < 1 ou x < a . Assim, no intervalo de convergência
a
1 ∞
(-1) n
– a < x < a temos = ∑ n +1 x n .
a + x n =0 a
275
∫ ∑
i =1
f i ( x )
dx = ∑
i =1
( ∫ f i ( x)dx) , para n finito.
Para uma “soma infinita” não é muito simples. O caso geral poderá
ser estudado em um curso mais avançado e nos restringiremos ao
caso particular e especial das funções potências f n ( x) = cn ( x – a ) n ,
n inteiro positivo. Assim, por falta de conceitos específicos (por
exemplo, convergência uniforme), o teorema seguinte será enuncia-
do sem demonstração.
n =0
Exemplo 5.6. Represente cada uma das funções dadas como séries
de potências, pela diferenciação ou integração de série de potên-
cias dos primeiros exemplos acima, e determine seu raio de con-
vergência.
1
a) f ( x) =
(1 - x) 2
1
Observe que 2
= (1 - x) -2 e lembre-se que
(1 - x)
1 1 ′
[(1 – x) – 1 ]' = –1(1 – x) – 2 (– 1) , ou seja, = .
(1 - x) 2 1 - x
1 ∞
Da série geométrica = ∑ x n , para x tal que | x | < 1 segue
1 - x n =0
que,
1 ∞ ∞
(1 - x) 2
= ∑
n =0
( x n
) ' = ∑
n =1
nx n -1 , para x tal que | x | < 1 .
1 ∞
Logo,
(1 - x) 2
= ∑
n =1
nx n -1 e o raio de convergência é R = 1 .
b) g ( x) = ln 1 + x
1
Do capítulo de integrais temos que ∫ dx = ln |1 + x | + c, c ∈ ,
1+ x
e do Exemplo 2) acima,
1 ∞
= ∑ (-1) n x n , para x tal que | x | < 1 . Então,
1 + x n =0
n +1
1 ∞ n n n x
∞ ∞
ln |1 + x | + c = ∫ dx = ∫ ∑ (-1) x dx = ∑ (-1) ( ∫ x dx) = ∑ (-1)
n n
,
1+ x n =0 n =0 n =0 n +1
para x tal que | x | < 1 .
A igualdade tem que valer para todo x tal que –1 < x < 1 , em
particular para x = 0 . Assim,
∞
0n +1
ln |1 + 0 | + c = ∑ (-1) n =0,
n =0 n +1
o que implica c = 0 . Portanto,
∞
x n +1 ∞
xn
ln |1 + x | = ∑ (-1) n = ∑ (-1) n -1 ,
n =0 n + 1 n =1 n
e o raio de convergência é R = 1 .
Exercício resolvido
2) Encontre uma representação da função f ( x) = arctgx em série
de potências.
1
(arctgx) ' = .
1 + x2
1 ∞
No Exemplo 3) acima,
1+ x 2
= ∑
n =0
(-1) n x 2 n , para x tal que| x | < 1 .
278
∞
x 2 n +1
arctgx = ∑ (-1) n , para x tal que| x | < 1 .
n =0 2n + 1
5.3.1 Exercícios
2) Encontre uma representação em série de potências para cada
função e determine o intervalo de convergência.
1 1
a) f ( x) = d) f ( x) =
1 - x3 (1 + x)3
1
b) f ( x) = e) f ( x) = ln | 4 - x |
9 + x 2
x x
c) f ( x) = f) f ( x) = arctg
1- x 5
∞
x2n
3) Seja f ( x) = ∑ (-1) n
. Calcule a série para f ''( x) e verifi-
n =0 (2n)!
que que f ''( x) = – f ( x) .
5.4.1 Definições
Inicialmente faremos duas considerações baseadas no que estuda-
mos na seção anterior.
1
1) Obviamente não podemos escrever a função f ( x) = como
∞ x
uma série de potências do tipo ∑ cn x n , num intervalo aberto
n =0
contendo 0 (zero) porque a série é convergente se x = 0 , mas a
função não é nem definida em x = 0 .
∞
1
Por outro lado, sabemos que
n =0
∑ (-1) n
1+ x
xn =
, | x | < 1 . Então se
fizermos y = 1 + x temos x = y –1 e a igualdade acima toma a
∞
1
forma ∑ (-1) n ( y - 1) n = , | y - 1| < 1 , ou seja,
n =0 y
1 ∞
f ( x) = = ∑ (-1) n ( x - 1) n , para x tal que | x –1| < 1 .
x n =0
Isso significa que uma função pode não ser representada como
uma série de potências com centro em a = 0 , mas pode ser es-
crita como uma série de potências com centro em a ≠ 0 .
A derivada terceira
∞
f '''( x) = ∑ n(n - 1)(n - 2)cn ( x - a ) n -3
n =3
f ( n ) (a)
Se adotarmos 0! = 1 e f (0) = f , então cn = , para n = 0,1, 2,3,
n!
e mostramos o seguinte teorema.
f ( n ) (a)
cn = .
n!
281
(-1) n -1 n
∞
Exemplo 5.7. Sabemos que ln |1 + x | = ∑ x , para x tal que
n =1 n
(-1) n -1
| x | < 1 (Exemplo 5.6). Note que cn = , para n ≥ 1 e c0 = 0 .
n
Escrevendo f ( x) = ln |1 + x | , temos f (0) = ln1 = 0 = c0 . De
1
f '( x) = = (1 + x) -1
1+ x
f ''( x) = –1(1 + x) – 2
1 ∞
Tarefa. Faça o mesmo para = ∑ x n , | x |< 1 .
1 - x n =0
A primeira condição para escrever uma função arbitrária como uma
série de potências centrada em a é que a função tem que ter deri-
vadas de todas as ordens nos números de um intervalo I , centrado
em a .
∞
f ( n ) (0) n f '(0) f "(0) 2 f ( n ) (0) n
∑
n =0 n!
x = f (0) +
1!
x+
2!
x + +
n!
x +
- x12
Exemplo 5.8. A função f ( x) = e , se x ≠ 0 tem derivadas de to-
das as ordens em . 0 , se x = 0
1 ' 1
- 1 2 - x2
De fato, para x ≠ 0 , f '( x) = e x2
- 2 = 3 e .
x x
Vamos calcular f '(0) por definição de derivada:
1 1
- -
f (0 + h) - f (0) e h -0 e h
2 2
(lembre-se que h ≠ 0 ).
1
-
Como lim e h2
= 0 , podemos aplicar a Regra de L’Hôpital. Note
h →0
1
-
(logo acima) que a derivada de e h2
fica mais “complicada”. Então
Assim, f '(0) = 0 .
(Outra maneira de calcular f '(0) é fazendo a mudança de
283
1 1 1
variável = y e lembrando que lim+ = +∞ , lim- = -∞ ,
h h → 0 h h → 0 h
y 1
f + '(0) = lim y 2 = lim 2 = 0 e também f – '(0) = 0 .).
y →+∞
e y →+∞
2 ye y
Se x ≠ 0 ,
' '
2 - x2 2 - x2
1 1 1 1 1
6 - x2 2 2 - x2 4 6 - x2
f ''( x) = 3 e + 3 e = - e + e = 6 - e .
x x x4 x3 x3 x x4
1 1
- -
f '(0 + h) - f '(0) 2
h3
e 2e h2
-0 h2
Assim, f ''(0) = lim = lim = lim 4 . Escre-
h →0 h h → 0 h h → 0 h
vendo o quociente de outra maneira e aplicando a Regra de L’Hôpital
duas vezes concluímos que f ''(0) = 0 .
1
(n) 1 - 2
De modo geral, f (0) = lim p e h , em que p é um polinômio, e
h →0
h
(n)
mostramos que f (0) = 0 , para todo n . Então a série de Maclaurin
gerada por f em a = 0 é escrita como
0 + 0 ⋅ x + 0 ⋅ x 2 + 0 ⋅ x3 + = 0 + 0 + 0 +
que é convergente para zero, qualquer que seja x ∈ . Logo, a soma
da série de potências é a função nula e como f ( x) ≠ 0 , para todo
x ≠ 0 , f não pode ser representada pela série, ao redor do zero.
Exercício resolvido
1
3) Encontre a série de Taylor gerada por f ( x) = em a = 2 . Ve-
x
rifique se a série é convergente e se a função soma é f em
algum intervalo.
para x tal que | x –1| < 1 . Agora vamos usar a definição da série de
Taylor.
1
De f ( x) = = x -1 , temos
x
f '( x) = –1x –2
f ''( x) = (-1)(-2) x –3 = 2! x –3
1 1
b) Note que a série é geométrica com a = e r = - ( x - 2) .
2 2
1
Então ela é absolutamente convergente se - ( x - 2) < 1
2
ou | x – 2 | < 2 e, para cada x nesse intervalo, a soma é
1
1 1
2
= = .
1 + ( x - 2)
1
2 2+ x-2 x
Para n = 1 , P1 ( x) = 1 + x
x2 x2
n = 2 , P2 ( x) = 1 + x + = 1+ x +
2! 2
2 3
x x x 2 x3
n = 3 , P3 ( x) = 1 + x + + = 1 + x + + , etc.
2! 3! 2 6
: [a, x] → pondo
f '(t ) f "(t ) f ( n ) (t ) K
(t ) = f ( x) - f (t ) - (x - t) - ( x - t )2 - - ( x - t )n - ( x - t ) n +1
1! 2! n! (n + 1)!
em que K é uma constante escolhida de modo que (a ) = 0 .
Calculando a derivada
K - f ( n +1) (c)
Segue que ( x - c) n = 0 . Portanto, K = f ( n +1) (c) e pro-
n!
vamos o teorema.
Se existe uma constante M n > 0 tal que f ( n +1) (t) ≤ M n , para todo t
entre a e x , inclusive, então o resto Rn ,a ( x) na Fórmula de Taylor
satisfaz a desigualdade
Mn n +1
Rn ,a ( x) ≤ x-a .
(n + 1)!
Fixemos x , que pode ser maior que zero ( x > 0) ou menor ( x < 0) .
1 n +1
i) Se x < 0 , então x < cx < 0 e, assim, | Rn ,0 ( x) |< x , para
(n + 1)!
todo n .
ex n +1
ii) Se x > 0 , x > cx > 0 e temos, | Rn ,0 ( x) |< x , para todo n .
(n + 1)!
x n +1 ∞
1
Como lim = 0 , pois a série ∑ x n é convergente (Exemplo
n →∞ ( n + 1)!
n =0 n !
5.3. Também pode ser calculado o limite.), para todo x , pelo Teore-
ma do Confronto lim Rn ,a ( x) = 0 .
n →∞
Cálculo de e
∞
1
Para x = 1 na expressão de e x acima temos e = ∑ , que já vimos
n =0 n !
no Exercício resolvido 4.8, e denominamos série e . Agora vamos
calcular o valor de e correto até a quinta casa decimal. Para isso usa-
mos a aproximação pelo polinômio de Taylor
1 1 ec
e = 1 + 1 + + + + Rn ,0 (1) , onde Rn ,0 (1) = , para algum c
2! n! (n + 1)!
entre 0 e 1.
Sabemos que 1 < ec < e e que e < 3 (veja o Exercício resolvido 4.8).
Então
1 3
< Rn ,0 (1) < e queremos que o erro seja menor que 10 –5 .
(n + 1)! (n + 1)!
x2 x4 x6 x2k
P2 k ( x) = P2 k +1 ( x) = 1 - + - + + (-1) k (Exemplo 5.10).
2! 4! 6! (2k )!
A função cosseno tem derivadas de todas as ordens em todo x ∈ e
f ( n +1) (cx ) n +1
onde Rn ,0 ( x) = x , para algum cx entre x e 0.
(n + 1)!
Isso vale para cada n ( n par ou ímpar). Como tanto sen(t ) ≤ 1
1 n +1
como cos(t ) ≤ 1 , qualquer t ∈ , então 0 ≤ | Rn ,0 ( x) | ≤ x
(n + 1)!
para todo n .
x n +1
De lim = 0 (o mesmo limite do exemplo anterior) segue que
n →∞ ( n + 1)!
1 2 1 4 1 6 (-1) k 2 k ∞
(-1) k 2 k
cosx = 1 - x + x - x + + x + = ∑ x ou
2! 4! 6! (2k )! k = 0 (2k )!
∞
(-1) n 2 n
∑
n = 0 (2n)!
x para todo x ∈ .
292
Exercício resolvido
Encontre a série de Maclaurin gerada por f ( x) = senx e mostre que a
série é convergente para f ( x) = senx , para todo x ∈ .
(-1) 2 n +1 2 n +1
∞
Logo, senx = ∑ x , para todo x ∈ (aqui só mudamos a
n = 0 (2n + 1)!
letra k por n ).
293
Exercício resolvido
Encontre a série de Taylor para f ( x) = e x em a = 2 .
n =0 n ! n!
an +1 e 2 ( x - 2) n +1 n! x-2 a
então = 2 n
= e lim n +1 = 0 , para
an (n + 1)! e ( x - 2) n +1 n →∞ an
todo x .
n =0 n !
e2 ∞
Taylor ao redor de a = 2 é e x = ∑ ( x - 2) n , para todo x ∈ . Para
n =0 n !
x próximo de zero, a melhor aproximação de e x é dada pela série
Exercício resolvido
6) Encontre a série de Taylor para f ( x) = senx em a = .
3
3
Resolução. O valor do seno em a é f = sen =
. Utilizando as
3 3 2
1
derivadas calculadas no Exercício resolvido 5.4, f ' = cos = ,
3 3 2
3 1
f '' = -sen = - , f ''' = - cos = - , ... ,
3 3 2 3 3 2
1 3
e f (2 k ) = (-1) k
f (2 k +1) = (-1) k , para todo k .
3 2 3 2
Assim, a série de Taylor gerada por f ao redor de a = é
3
∞
n 2k 2 k +1
∞
1 ( n ) (-1) k 3 (-1) k 1
∑
n =0 n !
f
3
x - ∑
=
3 k =0 (2k )! 2
x -
3
+
(2k + 1)! 2
x -
3
(para cada valor de k temos duas parcelas consecutivas).
, para todo x ∈ .
, para todo x ∈ .
∞
(-1) 2 n +1 2 n +1
Tarefa. Sendo seny = ∑ y para todo y ∈ , trocar y por
n = 0 (2n + 1)!
x - para obter a série de Taylor de f ( x) = senx em a = , encon-
3 3
trada no exercício resolvido 6 (use a fórmula de adição de ângulos
para sen x - ).
3
296
5.4.1 Exercícios
1) Encontre o polinômio de Taylor de ordem n gerado por f em a .
a) f ( x) = lnx , a = 1 , n = 5.
b) f ( x) = senx , a = , n = 4 .
4
c) f ( x) = tgx , a = 0 , n = 3 .
b) f ( x) = e x , a qualquer.
c) f ( x) = senx , a = .
4
1
d) f ( x) = 2 , a = 1 .
x
3) Ache por qualquer método a série de Maclaurin para as funções.
a) f ( x) = x 2 e – x
e x + e- x
b) f ( x) = coshx
2
e x - e- x
c) f ( x) = senhx =
2
d) f ( x) = xcosx + senx
5.5 Aplicações
5.5.1 Aplicações de Polinômios de Taylor.
∞
f ( n ) (a)
Seja f ( x) igual à soma de sua série de Taylor; f ( x) = ∑ ( x - a)n ,
n =0 n !
x numa vizinhança de a . Se Pn é o polinômio de Taylor de ordem n ,
então f ( x) = Pn ( x) + Rn ,a ( x) com lim Rn ,a ( x) = 0 e, assim, Pn pode ser
n →∞
usado como uma aproximação de f (denotamos por f ( x) ≈ Pn ( x) ).
x3 x5
Assim, a aproximação senx ≈ x - + tem precisão de 0,00005
3! 5!
quando x < 0,82 .
k =0 k
m
m
No caso particular, a = 1 e b = x temos (1 + x) m = ∑ x k .
k =0 k
b b b
Note que x < 1 , pois x ≥ 1 , isto é, ≥ 1 implica ≥ 1 ou ≤ -1 .
a a a
Daí b ≥ a ou b ≤ – a , que contradizem a > b , acima, e a + b > 0 (ii).
f '( x) = r (1 + x) r -1 f '(0) = r
1 1 ( 1 - 1)( 12 - 2) 1 1 1 3 3 1
Por exemplo, 2 = 2 2 = - - = 3
= 4.
3 3! 3! 2 2 2 3!2 2
300
r r
Observe que = r , e definimos = 1 . Assim,
1 0
∞
f ( n ) (0) n ∞ r n
∑
n =0 n!
x = ∑ x .
n =0 n
r (r - 1) (r - n + 1) n
Para verificar a convergência da série, seja an = x e
n!
an +1 r (r - 1) (r - n) n! r-n x
= = .
an (n + 1)! r (r - 1) (r - n + 1) n +1
r-n r
-1
Como lim x = lim n 1 x = x , pelo Teste da Razão, a sé-
n →∞ n + 1 n →∞ 1 +
n
rie é convergente quando x < 1 e divergente quando x > 1 . Fal-
Note que
r r (r - 1)(r - 2)...(r - (k - 1))(r - k )
(k + 1) = (k + 1)
k + 1 (k + 1)!
r (r - 1)...(r - k + 1) r
= (r - k ) = (r - k ).
k! k
301
Logo,
∞
r ∞
r ∞
r
g '( x) = ∑ (r - k ) x k = ∑ rx k - ∑ kx k
k =0 k k =0 k k =0 k
∞
r
= rg ( x) - x ∑ kx k -1
k =1 k
h '( x) = – r (1 + x) – r –1
g ( x) + (1 + x) – r g '( x)
(1 + x) 2
= ∑
n =0
(-1) n (n + 1)x n , x < 1 .
∞
1 1 1 1 1
1 + x = ∑ 2 x n = 1 + 2 x + 2 x 2 + 2 x 3 + 2 x 4 +
n =0 n 1 2 3 4
1 ( - 1) 2 12 ( 12 - 1)( 12 - 2) 3 12 ( 12 - 1)( 12 - 2)( 12 - 3) 4
1 1
= 1+ x + 2 2 x + x + x +
2 2! 3! 4!
1 1
(- 1 ) 1
(- 1 )(- 32 ) 3 12 (- 12 )(- 23 )(- 52 ) 4
= 1 + x + 2 2 x2 + 2 2 x + x +
2 2 3⋅ 2 4 ⋅3⋅ 2
1 1 1 5
Logo, 1+ x = 1+ x - 3 x 2 + 4 x3 - 7 x 4 + , x < 1 .
2 2 2 2
1
Note que 1 + x ≈ 1 + x , aproximação linear.
2
1 1
1 + x ≈ 1 + x - 3 x 2 , aproximação quadrática.
2 2
1 1
1 - x 2 ≈ 1 - x 2 - 3 x 4 , x 2 < 1 ou x < 1 .
2 2
1 1 1 1
1- ≈ 1- - 3 2 , < 1 ou x > 1 .
x 2x 2 x x
1
Exemplo 5.21. A função f ( x) = é um exemplo de função
1 + x7
difícil de integrar. Então vamos representá-la como uma série
1 ∞
de potências substituindo x por x 7 na série = ∑ (-1) n x n ,
1 + x n =0
x < 1 (série geométrica. Primeiros exemplos de 5.2):
1 ∞
1+ x 7
= ∑
n =0
(-1) n x 7 n = 1 - x 7 + x14 - x 21 + , x < 1 . Integrando a série
1 ∞
∫ 1 + x7 dx = ∫∑
n =0
(-1) n x 7 n dx
∞
= ∑ (-1) n ∫ x 7 n dx
n =0
∞
(-1) n x 7 n +1
=c+∑
n =0 7n + 1
x8 x15 x 22
=c+x- + - +
8 15 22
( c constante de integração), para x 7 < 1 ou x < 1 .
Exercício resolvido
a) Encontre uma série de potências para a integral indefinida ∫ e - x dx .
2
1
b) Calcule a integral definida ∫ e - x dx com precisão de 10 – 3 (= 0, 001) .
2
Resolução.
2
a) Obtemos a série de Maclaurin de f ( x) = e - x pela substituição
∞
xn
– x na série de Maclaurin e = ∑ , para todo x ∈ :
2 x
n =0 n !
∞
(- x 2 )n ∞
(-1) n x 2 n x2 x4 x6
f ( x) = e - x = ∑ =∑
2
= 1 - + - + , para
n =0 n! n =0 n! 1! 2! 3!
todo x ∈ .
x2 x4 x6 (-1) n x 2 n
∫ ∫ 1! 2! 3!
- x2
e dx = 1 - + - + + + ... dx
n!
x3 x5 x7 (-1) n x 2 n +1
=c+x- + - + + +
1!.3 2!.5 3!.7 n !(2n + 1)
∞
(-1) n x 2 n +1
=c+∑
n =0 n ! 2n + 1
∫ e dx = x -
2
-x
+ - + + +
0
1!⋅ 3 2!⋅ 5 3!⋅ 7 n !(2n + 1) 0
1 1 1 (-1) n
= 1- + - + + +
1!⋅ 3 2!⋅ 5 3!⋅ 7 n !(2n + 1)
304
5.5.1 Exercícios
1
1) Seja f ( x) = .
1 - x2
a) Encontre a linearização (polinômio de Taylor de ordem 1) de
f em x = 0 .
3) Ache uma série para cada uma das seguintes funções e deter-
mine o intervalo (aberto) de convergência.
x
x2
a) f ( x) = b) f ( x) = ∫ 1 + t10 dt
1+ x 0
c) f ( x) = 3 2 + x d) f ( x) = (2 + x 2 ) r , r ≠ 0 .
4)
∫ sen( x
2
b) Calcule a integral definida ) dx com precisão de
10 –3 (= 0, 001) . 0
b) R = 1 , I = [–1, 1] ;
c) R = 10 , I =] – 9, 11[ ;
d) R = 0 , x = 0 ;
e) R = +∞ , I =] – ∞, + ∞[ ;
f) R = 1 , I = [–1, 1[ ;
1
g) R = , I = [–2, –1] ;
2
1 2
h) R = , I = 0, ;
5 5
i) R = 2 , I =] – 4, 0] ;
j) R = 1 , I = [–1, 1[ .
5.3.1 Exercícios
∞
1) a) ∑x
n =0
3n
I =] –1, 1[ ;
∞
(-1) n x 2 n
b) ∑
n =0 9n +1
, I =] – 3, 3[ ;
∞ ∞
c) -1 + ∑ x n = ∑ x n , I =] –1, 1[ ;
n =0 n =1
∞
(n + 1)(n + 2) n
d) ∑ (-1) n x , I =] –1, 1[ ;
n =0 2
∞
xn
e) 2ln2 - ∑ 2 n , I = [–4, 4[ ;
n =1 n 2
2 n +1
∞
(-1) n x
f) ∑ , I = ] – 5, 5] .
n = 0 2n + 1 5
5.4.1 Exercícios
1 1 1 1
1) a) P5 ( x) = ( x - 1) – ( x - 1) 2 + ( x - 1)3 - ( x - 1) 4 + ( x - 1)5
2 3 4 5
b)
2 3 4
2 2 2 2 2
P4 ( x) = + x- - x- - x- + x-
2 2 4 4 4 12 4 48 4
306
1
c) P3 ( x) = x + x 3 .
3
2 ∞ 1
2n
1
2 n +1
c) senx = ∑ ( -1) n
x - + x - , para todo x .
2 n =0 (2n)! 4 (2n + 1)! 4
1 ∞
d)
x 2
= ∑
n =0
(-1) n (n + 1)( x - 1) n , R = 1 .
∞
(-1) n n + 2
3) a) x 2 e - x = ∑ x , para todo x ;
n =0 n!
∞
x2n
b) coshx = ∑ , para todo x ;
n = 0 (2n)!
∞
x 2 n +1
c) senhx ∑ , para todo x ;
n = 0 (2n + 1)!
∞
2n + 2 2 n +1
d) f ( x) = ∑ (-1) n x , para todo x ;
n =0 (2n + 1)!
∞
(-1) n +1 22 n -1 2 n
e) sen 2 x = ∑ x , para todo x .
n =1 (2n)!
5.5.1 Exercícios
1) a) L( x) = 1 ;
x2
b) Q( x) = 1 +
2
(0,1)9
2) a) erro < ;
6
(0,1)3
b) erro < < 1, 67 × 40-4 .
6
∞
- 12 n + 2
3) a) ∑ x , em ] –1, 1[ ;
n =0 n
∞
12 1
b) ∑ x10 n +1 , em ] –1, 1[ ;
n = 0 n (10n + 1)
307
n
∞
13 x
c) 3
2 ∑ , em ] – 2, 2[ ;
n =0 n 2
n
r x2
∞
d) 2 ∑ , em ] - 2, 2[ .
r
n =0 n 2
∞
(-1) n x 4 n +3
4) a) c + ∑ ;
n = 0 (2n + 1)!(4n + 3)
b) 0,310 .
Bibliografia básica
STEWART, J. Cálculo. v. 2. 4. ed. São Paulo: Pioneira Thomson
Learning, 2002.
Bibliografia complementar
LIMA, E.L. Curso de Análise. v. 1. 6. ed. Rio de Janeiro: Instituto
de Matemática Pura e Aplicada, CNPq, 1989.