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ESCOLA DE ENGENHARIA
ESCOLA DE ENGENHARIA
NITERÓI
2018
CESAR CARDOSO DA SILVEIRA
NITERÓI
2018
CESAR CARDOSO DA SILVEIRA
CDD -
BANCA EXAMINADORA
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NITERÓI
2018
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, Ericsson e Fátima, que sempre me apoiaram em todos os mo-
mentos e me guiaram na construção do homem que sou hoje.
Aos meus irmãos, Caio e Ciro, que estão ao meu lado desde o início da minha
vida e que são meus maiores companheiros.
Aos meus avôs, Agostinho e Judith, que foram fundamentais para minha cria-
ção.
À minha namorada Tatiana, que foi muito paciente para a conclusão deste tra-
balho, sempre me incentivando a dar o meu melhor e que sempre tinha uma palavra
de conforto nos momentos mais difíceis.
Aos meus fiéis amigos do Boteco F.C., que são parte do meu dia a dia e estão
presentes nos bons e maus momentos.
À minha orientadora, Mara, que iluminou minha mente cheia de dúvidas para a
conclusão deste trabalho
The technological advances have been changing the world over the centuries
through Industrial Revolutions. Industry 4.0 is still in its beginning but has already
brought about transformations in the way man relates with machines and the work
environment. It is too early to determine whether the 4th Industrial Revolution will be
destructive or job-producing, but it is imperative for people to adapt to this new sce-
nario. The present work seeks to analyze, through a case study in the financial sector,
the benefits, impacts and challenges generated for people after the implementation of
new technologies in the work environment and if their current skills and knowledge are
sufficient to their introduction into this new landscape. As for the ends, it is an explor-
atory, descriptive and applied and / or interventionist study. As for the means, it is
classified as documentary, bibliographical and participant. From the data obtained and
the respective analysis, it was possible to verify the impacts generated by the change
in the work environment. The results show that the change in the routine of the workers
was intense, but well received and without the need for layoffs. However, some people
fear for what will happen to their roles in the future.
Key-words: Industry 4.0, 4th Industrial Revolution, future labor market, Artificial Intelli-
gence
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
1. Introdução......................................................................................................... 12
1.3.2. Específicos........................................................................................... 14
3. Metodologia ...................................................................................................... 34
4. Estudo de caso................................................................................................. 41
Bibliografia .............................................................................................................. 54
12
1. INTRODUÇÃO
1.1. CONTEXTO
1.2. PROBLEMA
É importante ter em mente que essas mudanças vão exigir dos líderes empre-
sariais, os educadores e os Governos uma proatividade na melhoria das qualificações
e na reciclagem/formação das pessoas, para que todos possam se beneficiar com a
4ª Revolução Industrial.
14
1.3. OBJETIVOS
1.3.1. Geral
1.3.2. Específicos
1.4. DELIMITAÇÕES
Entre os motivos que justificam a relevância deste presente estudo, está o fato
de que o assunto Indústria 4.0 ainda é pouco debatido no Brasil e, portanto, há pouca
literatura que aborde o desenvolvimento das pesquisas. Se faz necessário identificar
15
Por fim, no quarto capítulo, haverá a análise do material coletado nas pesquisas
relativas ao caso estudado e alguns dados importantes serão apresentados para, pos-
teriormente, chegarmos às considerações finais que formam o quinto capítulo.
16
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Além disso, Rifkin (2012) afirma que se verificou um crescimento do setor ter-
ciário da economia, em que a maior parte dos empregos estão concentrados no co-
mércio e serviços. Tal movimento, aliado à uma maior flexibilização do trabalho, cola-
borou para a precarização das condições do trabalho, para a crise das representações
sindicais e para a perda de direitos trabalhistas.
Mais qualificação técnica passou a ser exigida, tanto no trabalho urbano quanto
no rural, já que a operação das novas tecnologias exige determinados conhecimentos
específicos que não podem ser realizados por um profissional que não possui uma
determinada formação. Tal contexto contribuiu para o surgimento de um contras-
senso: aumento tanto no número de empregos quanto no número de desempregados,
uma vez que a massa de trabalhadores que não consegue se adequar às novas con-
dições de trabalho não alcança oportunidades.
caracteriza pela sua falta de regulamentação e pela ausência de uma hierarquia or-
ganizada de trabalho. O resultado é a caracterização de diversos problemas, dentre
eles, a pirataria, bastante comum nos países subdesenvolvidos ao final do século XX
e início do século XXI (PENA, 2017).
atuadores inteligentes, possibilitando uma comunicação ainda mais eficaz entre esses
dispositivos, criando um Sistema Físico-Cibernético, ou seja, uma fusão do mundo
físico e virtual (BRETTEL et al., 2014).
Segundo Hermann, Pentek e Otto (2015) existem quatro elementos que são
fundamentais para a realização da 4ª Revolução Industrial: Internet das Coisas, Inter-
net dos Serviços, Sistemas Físico-Cibernéticos e Fábricas Inteligentes.
objetos do mundo real por meio de um ID único chamado Código de Produto Eletrô-
nico (EPC) e um mecanismo de resolução (ONS), a uma rede de sensores, atuadores
e objetos autônomos que interagem uns com os outros diretamente. A comunicação
machine-to-machine (M2M) é outro termo às vezes associado ao assunto.
Para Lee e Lee (2015), a Internet das Coisas (IoT) é um novo paradigma tec-
nológico concebido como uma rede global de máquinas e dispositivos capazes de
interagir uns com os outros. A IoT é reconhecida como uma das áreas mais importan-
tes da tecnologia futura e está ganhando grande atenção de uma ampla gama de
indústrias. O verdadeiro valor da IoT para empresas pode ser plenamente compreen-
dido quando os dispositivos conectados são capazes de se comunicar entre si e se
integram com sistemas de estoque gerenciados por fornecedores, sistemas de su-
porte ao cliente, aplicativos de business intelligence e análises de negócios. Porém,
segundo Haller (2010), mais importante do que concordar com uma definição do termo
geral, é ter uma compreensão comum dos componentes e conceitos que constituem
a Internet das Coisas.
Esse conceito também pode ser entendido também como uma fábrica onde o
sistema físico-cibernético se comunica através da Internet das Coisas e auxilia pes-
soas e máquinas na execução de suas tarefas (HERMANN; PENTEK; OTTO, 2015).
De acordo com Kelly (2015), como muitas tecnologias avançadas que foram
concebidas antes do seu tempo, a Inteligência Artificial passou a ser amplamente in-
compreendida - distorcida por Hollywood, caracterizada pelas mídias, retratada como
tudo, desde o salvador até o flagelo da humanidade. As pessoas envolvidas em ciên-
cia da informação e em sua aplicação na realidade atual dos negócios e da sociedade
entendem o enorme potencial de sistemas inteligentes. O futuro dessa tecnologia –
que acredita-se ser cognitivo, não "artificial" – tem características muito diferentes das
que geralmente são atribuídas à IA, gerando diferentes tipos de desafios e oportuni-
dades tecnológicas, científicas e sociais, com diferentes requisitos de governança,
política e gestão.
Os sistemas cognitivos são probabilísticos, o que significa que eles são proje-
tados para se adaptar e dar sentido à complexidade e imprevisibilidade das informa-
ções não estruturadas (NOOR, 2014). Eles podem "ler" textos, "ver" imagens e "ouvir"
a fala natural, e eles interpretam essa informação, organizam e oferecem explicações
sobre o que isso significa, juntamente com o raciocínio feito para chegar às conclu-
sões. Eles não oferecem respostas definitivas. Na verdade, eles não "conhecem" a
resposta. Em vez disso, eles são projetados para pesar informações e ideias de múl-
tiplas fontes, para argumentar e, em seguida, oferecer hipóteses para consideração.
Um sistema cognitivo atribui um nível de confiança a cada visão ou resposta potencial.
26
Além disso, de acordo com Baur e Wee (2015) essa capacidade de análise
avançada melhora de maneira drástica o desenvolvimento de novos produtos, redu-
zindo custos e tempo gastos.
Autor (2011) chamam de modelo canônico, que apresenta dois grupos de habilidades
distintos - tipicamente, pessoas com ensino superior completo e pessoas com o en-
sino médio completo - realizando duas ocupações distintas e imperfeitamente substi-
tuíveis ou produzindo dois produtos substituíveis de maneira imperfeita. Supõe-se que
a tecnologia no modelo canônico assume uma forma de aumento de fator, o que sig-
nifica que ela complementa trabalhadores de alta ou baixa qualificação e, portanto,
induz um aumento ou diminuição monótona na desigualdade salarial entre grupos de
habilidades. O modelo canônico não é apenas tratável e conceitualmente atrativo, mas
também provou empiricamente bastante bem-sucedido ao explicar a evolução dos
conjutos de habilidade nos Estados Unidos ao longo do século XX, bem como capturar
as principais diferenças entre países nos conjuntos de habilidade entre nações avan-
çadas.
dos executivos consideram inovação como prioridade, mesmo que essas prioridades
não sejam convertidas em ações concretas. A partir dessa informação é possível con-
cluir que há intenção em inovar e muito se comenta sobre o tema. Entretanto, essa
vontade não é refletida em uma ação concreta.
Para que seja possível realizar uma análise consistente dos impactos econô-
micos e sociais consequentes da Indústria 4.0, se torna necessário considerar vários
fatores, como extinção de profissões e postos de trabalho, como também o surgimento
de novos; as novas demandas dos consumidores; desenvolvimento de novos produ-
tos; maior eficiência dos processos; variação nos preços, ofertas e compras. Em pes-
quisa realizada na Alemanha pelo Institute for Employment Research (IAB), foi con-
cluído que o aumento da produtividade e das exigências de qualificação dos trabalha-
dores, resultará em um aumento nos salários (WOLTER et al., 2015).
Parece não haver dúvidas quanto ao fato de que um dos desafios a serem
enfrentados será́ a transformação na oferta de profissões: enquanto algumas irão dei-
xar de existir, outras irão surgir. Weber (2016) menciona que haverá uma redução de
vagas de emprego da área de manufatura, como por exemplo, controle de fábricas e
profissões relacionadas a manutenção de máquinas. Por outro lado, haverá um au-
mento em vários campos ocupacionais e, em particular, nas profissões de serviços,
mais significativamente nas áreas de tecnologia da informação e ciências exatas.
Também a demanda por trabalhos de baixa qualificação diminuirá.
Em pesquisa realizada pelo McKinsey Global Institute (2017), foi concluído que,
aproximadamente, 50% das atividades realizadas por humanos são tecnologicamente
automatizáveis e que 60% das ocupações atuais tem mais de 30% de atividades que
são tecnologicamente automatizáveis.
30
Apesar disso, esse mesmo estudo constatou que, no geral, os jovens são muito
positivos sobre suas experiências educacionais e acadêmicas atuais ou passadas. A
grande maioria – 72% – achou suas experiências inspiradoras. Em todos os merca-
dos, menos de metade disse que sua educação era chata ou antiquada, embora essa
visão seja duas vezes mais provável entre os jovens em mercados avançados do que
em mercados emergentes.
FIGURA 4 - "MINHA EDUCAÇÃO FORMAL É MUITO ÚTIL NO MEU TRABALHO ATUAL" (% QUE
CONCORDA FORTEMENTE OU CONCORDA)
Em geral, os jovens são otimistas sobre suas futuras carreiras (Figura 5). Em
média, quase dois terços dos entrevistados pela empresa de consultoria se sentem
positivos sobre suas perspectivas de emprego. No entanto, o otimismo é mais gene-
ralizado nos mercados emergentes, especialmente quando se considera aqueles que
são "muito otimistas". No Brasil, três quartos são positivos em relação ao seu futuro.
Na Índia e na China é mais de 60%, com um terço desses sentindo-se "muito otimis-
tas". Nos mercados desenvolvidos - particularmente a Austrália – menos da metade
sentem o mesmo.
3. METODOLOGIA
A partir dos duzentos artigos listados, uma seleção foi realizada tomando por
base o título, o resumo e as palavras-chaves do artigo. Além disso, foi levado em
consideração também os autores citados na bibliografia do material encontrado. Ficou
evidenciado que, por se tratar de um tema recente, os mesmos autores eram citados
na maioria das vezes.
Para exemplificar como esse tema tem ganhado relevância nos últimos anos,
a linha do tempo a seguir (Figura 6) mostra como cresceu o número de resultados
utilizando a palavra-chave “industry 4.0” na base de dados Scopus.
35
Em um segundo momento, foi feita uma pesquisa com a combinação dos ter-
mos “industry 4.0” e “4th Industrial Revolution” com os termos “skills”, “future jobs”,
“workforce” e “labor market”. Isso foi feito porque o intuito do trabalho é entender como
esse novo cenário mundial vai impactar o mercado de trabalho e obter respostas para
algumas perguntas como: “o que se espera dos profissionais nesse novo cenário?”,
“como será o mercado de trabalho nesse futuro próximo?”, “como será a interação do
homem com a Inteligência Artificial?”. Tais indagações geraram a necessidade de se
aprofundar na compreensão de aspectos dos estudos de inovação e as exigências do
mercado no contexto da Indústria 4.0.
Por sua vez, Gil (2002) conceitua as pesquisas com base em seus objetivos
gerais, podendo dividi-las em três grandes grupos:
Miguel et. al (2010) fazem uma proposta de conteúdo e sequência para condu-
ção de um estudo de caso.
Baseado no que foi dito sobre a metodologia da pesquisa, o atual trabalho pode
ser classificado quanto aos fins como exploratória, descritiva e aplicada e/ou interven-
cionista. Quanto aos meios, ela é classificada como documental, bibliográfica e parti-
cipante. A partir dos dados obtidos e das respectivas análises, será possível avaliar e
mensurar os impactos gerados pela mudança no ambiente de trabalho.
A pesquisa feita neste estudo é constituída por uma estrutura que leva
em consideração duas abordagens, teórica e empírica, que funcionam de forma con-
junta com o intuito de gerar as conclusões do presente trabalho:
Para criar a perspectiva teórica, foi feito o estudo bibliométrico citado no item
3.1, enriquecendo o conhecimento sobre o tema abordado através da literatura dispo-
nível. A perspectiva empírica foi resultado de um estudo de caso realizado em um
banco especializado em financiamento de soluções tecnológicas para empresas, es-
pecificamente no setor de contas a receber de clientes de toda a América Latina, onde
foi implementada uma ferramenta, baseada em Inteligência Artificial, para diminuir o
tempo em que estados de conta são elaborados e envio para os clientes.
4. ESTUDO DE CASO
A empresa na qual foi realizado o estudo de caso será tratada de forma anô-
nima em relação ao seu nome e a outras informações que possam identificá-la e será
referenciada como “BDF” – Banco de Financiamento. A descrição da companhia será
sucinta, com o objetivo de apenas dar ao leitor um panorama geral sobre a empresa
e o mercado onde atua. É importante pontuar que as informações foram retiradas do
site da própria empresa, além de notícias, relatórios e entrevistas com colaboradores.
Como clientes internos, o setor tem contato direto com os times de emissão de
faturas, crédito, jurídico, término de contratos e, principalmente, com o time de vendas.
Com exceção do último, que se encontra nos países focais, todas as equipes se en-
contram no mesmo prédio, o que facilita a comunicação e a tomada de decisões.
O time de América Latina tem metas mensais determinadas pela matriz, locali-
zada em Nova Iorque. A partir desse número, o gerente sênior distribui metas indivi-
duais para cada país, levando em consideração clientes e especificidades de cada
nação.
TAMANHO
Cliente
Cliente médio Cliente grande
Baixa
pequeno de
de baixa de baixa
baixa
complexidade complexidade
COMPLEXIDADE
complexidade
Cliente
Cliente médio Cliente grande
Média
pequeno de
de média de média
média
complexidade complexidade
complexidade
Cliente
Cliente médio Cliente grande
pequeno de
Alta
de alta de alta
alta
complexidade complexidade
complexidade
Cabe aos analistas determinar quais clientes devem ser priorizados, estabele-
cendo um contato frequente nesses casos. Essa priorização se faz necessária, pois,
em média, cada funcionário possui em média 130 clientes em seu portfólio, impossi-
bilitando um atendimento personalizado a cada um dos clientes.
diferente para clientes localizados no Brasil, o processo realizado para essa localidade
não foi levado em consideração.
Esse processo tem como principais problemas o elevado tempo para prepara-
ção de estado de conta e constantes erros humanos mesmo após as revisões, já que
clientes com alta complexidade possuem muitos itens a serem avaliados.
A companhia tem como meta enviar para todos os clientes um estado de contas
semanal, sem levar em consideração pedidos específicos de cada cliente. Para que
esse objetivo seja cumprido, é necessária uma força-tarefa realizada todas as segun-
das-feiras, na qual analistas ficam 100% do tempo focados na elaboração e envio de
estados de conta, sem a possibilidade de realizar as outras atividades inerentes à
função. A gerência pôde perceber que a necessidade de dedicação de um dia inteiro
somente para essa atividade estava afetando os resultados e isso despertou interesse
na busca por uma mudança. Além disso, vinham ocorrendo muitos erros humanos, o
que estava afetando o relacionamento com os clientes, pois informações erradas es-
tavam sendo enviadas.
para outras demandas dos clientes estava muito alto. Portanto, através dessa mu-
dança, se buscava distribuir melhor o tempo dos analistas para uma prestação de
serviços mais focada nas necessidades dos clientes e diminuir o tempo gasto nessa
atividade operacional.
Para os funcionários foi uma mudança muito bem-vinda, já que era uma recla-
mação quase que unânime sobre a atividade, extremamente repetitiva e sujeita a er-
ros, que era realizada anteriormente. Isso permitiu a eles focarem em outras ativida-
des como refaturamento, envio de notificações de término de contrato, cobrança de
faturas vencidas e, principalmente, na resolução de problemas mais complexos. Atra-
vés das probabilidades geradas pelo software, os analistas puderam ter uma melhor
visão do perfil de cada cliente, possibilitando a priorização em direção aos casos mais
problemáticos. Isso facilitou a tomada de decisão.
Além disso, através das capacidades analíticas da ferramenta, foi possível me-
lhorar atividades de planejamento financeiro, o entendimento sobre a performance da
equipe e a capacidade de previsão de receita. O software foi capaz de fornecer in-
sights sobre possíveis causas para atrasos em pagamentos, o que permitiu às equipes
ajustar expectativas e focar em clientes mais problemáticos.
Além disso, o caso ficou conhecido em outros setores da empresa, o que des-
pertou um maior interesse na utilização da ferramenta em outros ambientes. A área
de Contas a Receber responsável por clientes da América Central e do Norte já iniciou
o projeto de implementação do software atendendo às necessidades específicas da
área.
A recepção pelos funcionários foi positiva, pois além de facilitar uma atividade
demasiadamente operacional, foi relatado por eles que trabalhar em um ambiente
aberto à introdução de novas tecnologias e pioneiro nesse tipo operação gera grande
satisfação. Esse sentimento positivado é impulsionado ainda mais pelo fato do BDF
fazer parte de um grande grupo multinacional do setor de tecnologia, o que agrega
valor à cultura da empresa. Entretanto, vale salientar que, apesar da boa aderência
da ferramenta nesse momento, alguns funcionários relataram um certo receio em re-
lação a futuras demissões devidas às novas utilidades que a ferramenta pode apre-
sentar.
52
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
5.1. CONCLUSÃO
O cenário mostra uma crescente criação de valor, que, com o aumento da pro-
dutividade e maiores exigências em relação às capacidades dos empregados, resulta
especialmente em salários crescentes. Na empresa estudada nesse trabalho o nível
de emprego não mostrou mudanças significativas até o momento; portanto, especifi-
camente nesse caso, a Indústria 4.0 não se tornou nem produtora de empregos nem
destruidora de empregos. Por trás disso, no entanto, há mudanças consideráveis:
muitos empregos atuais serão extintos e novas atividades serão criadas. Funções que
não exigem um alto grau de capacitação serão as que desaparecerão primeiro.
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