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Gell, (1998 p. 03) no primeiro capítulo “The problem defined: The need
for an anthropology of art”, do livro Art and agency: an anthropological theory,
considera que existe uma analogia óbvia entre “estética específica de uma
cultura” e “estética específica de um período” e a antropologia da arte tem um
objetivo semelhante a das tarefas do historiador da arte que é ajudar nesse
processo, fornecendo o contexto histórico, elucidando a “maneira de ver” de um
sistema cultural e não de um período histórico que tem de ser explicado.
Dessa forma, a arte do louco é julgada não como arte, mas como falta
de consciência de si próprio. Há assim uma ligação da arte com a loucura. Da
mesma forma pode-se entender o artista, como alguém que necessita da
loucura para produzir a arte, sendo o “louco” um artista ou todo artista, meio
louco.
No que tange a arte institucionalizada e seus aspectos considerados
significativos, não é difícil percebê-la no espaço social qual estamos inseridos
no nosso dia a dia, bem como sua influência e forma de nos levar a reflexão
crítica. Mas o tipo de arte a que estamos expostos não é apenas aquela em
que os objetos figuram com valor dentro dos espaços artísticos. A publicidade,
o televisor, que não estão inseridos nas categorias de arte pertencem a um
sistema eletrônico de reprodução de imagens, que através da mídia
audiovisual, substitui a “obra-prima”, bem como as telenovelas substituem os
teatros e a literatura.