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Protocolo para
vigilância do óbito
com menção de
tuberculose nas
causas de morte
Brasília DF 2017
IÇÃ
IBU O
TR
IDA
DIS
OIB
A PR
VEND
IT
A
G R AT U
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Vigilância em Saúde
Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis
UIÇÃO
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IDA
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VEND
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2017 Ministério da Saúde.
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial –
Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total
desta obra, desde que citada a fonte.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da
Saúde: <www.saude.gov.br/bvs>.
Ficha Catalográfica
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças
Transmissíveis.
Protocolo de vigilância do óbito com menção de tuberculose nas causas de morte / Ministério da Saúde,
Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília : Ministério
da Saúde, 2017.
68 p. : il.
ISBN 978-85-334-2498-2
1. Tuberculose. 2. Mortalidade. 3. Vigilância. 4. Saúde Pública. I. Título.
CDU 616-002.5
Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2017/0343
Apresentação 9
1 Introdução 10
1.1 A mortalidade por tuberculose em números 10
1.2 Registro de óbito com menção de tuberculose no SIM e ausência
de notificação no Sinan: uma questão de subnotificação 11
1.3 O óbito com menção de tuberculose: um evento sentinela para
qualificação da assistência ao paciente e da informação para a ação 11
1.4 Assumindo um compromisso mundial: reduzir o risco de morrer
por tuberculose no Brasil 12
6 Atribuições 31
6.1 Do Programa Municipal de Controle da Tuberculose 31
6.2 Do Programa Estadual de Controle da Tuberculose 31
6.3 Do Programa Nacional de Controle da Tuberculose 31
Referências 32
Glossário 33
Apêndices 35
Apêndice A – Fichas de investigação do óbito com menção de
tuberculose e instrutivo de preenchimento 36
Apêndice B – Acompanhamento dos óbitos por tuberculose como causa
básica ou associada no Sistema de Informações sobre Mortalidade 49
Apêndice C – Ficha síntese 55
Apêndice D – Fichas de qualificação dos indicadores para o
monitoramento da vigilância do óbito com menção de tuberculose 63
Apresentação
9
1 Introdução
4,0
por 100 mil hab.
3,5
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
ano do óbito
Fonte: SIM/SVS-MS.
a
Dados provisórios
10
Figura 2 • Coeficiente de mortalidade por
tuberculose – unidades federadas (2015) a
Óbitos por TB
por 100 mil hab.
0,5 - 2,0
2,1 - 3,0
3,1 - 5,0
Fonte: SIM/SVS-MS.
a
Dados provisórios.
11
As metas, para cumprimento até o ano
Vale lembrar que de 2035, partindo de 2015, são: reduzir o
coeficiente de incidência em 90%, o que
a tuberculose representa menos de 10/100 mil hab.; e
é uma doença reduzir o número de óbitos por tuberculose
em 95%.
de notificação
compulsória, ou Considerando que (i) o óbito por
tuberculose pode apresentar-se como
seja, todo caso evento sentinela para identificar
confirmado deve ser fragilidades no acesso aos serviços de
saúde ou na notificação da informação
notificado no Sinan.4 no Sinan e no SIM; (ii) a subnotificação
do caso no Sinan gera a necessidade de
identificar e investigar contatos que não
foram examinados; e, ainda, (iii) a vigilância
do óbito como ferramenta da vigilância
Além disso, a investigação do óbito com epidemiológica que contribui para
menção de tuberculose possibilita a identificar fatores associados ao óbito e
qualificação dos dados no SIM. Por exemplo, subsidiar as ações de controle e a melhoria
com os resultados da investigação, é dos sistemas de informação de tuberculose,
possível alterar a tuberculose como causa este documento apresenta estratégias
básica quando for constatad o que a pessoa visando fortalecer e ampliar a vigilância do
era portadora do vírus HIV. Dessa forma, a óbito relacionado à tuberculose no País.
tuberculose passará a ser causa associada, e
a aids, a causa básica.5
12
2
A vigilância do óbito com
menção de tuberculose nas
causas de morte
13
Quadro 1 • Atividades propostas segundo os objetivos da vigilância do óbito com
menção de tuberculose
Objetivos contemplados
Atividades propostas
1 2 3 4
14
2.3 Critérios para inclusão do 2.3.1 Considerações sobre a inclusão
óbito com menção de tuberculose dos óbitos para investigação
para investigação
A investigação dos óbitos por aids
Deve ser investigado todo óbito com menção (códigos da CID-10: B20 a B24), em que
de tuberculose em qualquer parte do a tuberculose é a causa associada, será
atestado de óbito, independentemente de o realizada pela vigilância da aids em
paciente estar ou não notificado no Sinan ou parceria com a equipe dos programas de
no SITETB, conforme os critérios a seguir. controle da tuberculose. No Protocolo de
investigação do óbito por HIV/aids existe
Óbitos registrados no SIM com quaisquer a indicação de investigação do óbito por
menções dos seguintes códigos da aids associado à tuberculose.7
Classificação Estatística Internacional
de Doenças e Problemas Relacionados à O óbito por sequelas da tuberculose
Saúde – 10ª revisão (CID-10): pulmonar (código B90 da CID-10) não deve
ser notificado no Sinan e nem investigado.
yyA15 ao A19 (tuberculose); No entanto, deve ser informado no
yyJ65 (pneumoconiose associada com atestado de óbito e registrado no SIM.
tuberculose);
yyO98.0 (tuberculose complicando a 2.4 Fontes de informação para
gravidez, o parto e o puerpério); e investigação do óbito com menção
yyP37.0 (tuberculose congênita). de tuberculose
Casos de tuberculose notificados no As fontes de informação serão: SIM,
Sinan ou SITETB e que apresentaram Sinan, SITETB, prontuários, registros em
o registro da categoria óbito (por laboratórios, Gerenciador de Ambiente
tuberculose ou outras causas) no Laboratorial (GAL), Instituto Médico Legal,
desfecho do caso. Serviço de Verificação de Óbito, entrevista
com familiares, entre outros.
Nota : os códigos J65, O98.0 e o P37.0 já
contemplam a tuberculose, por isso os
códigos A15 a A19 da CID-10 não necessa
riamente estarão mencionados no atestado
Importante:
de óbito. Nessas situações, deve-se verificar
se os pacientes constam no Sinan e no A prioridade da
SITETB e, caso não constem, notificá-los.
investigação é o
Além da confirmação do encerramento óbito com menção
“óbito” no Sinan ou no SITETB, a investigação
de tuberculose cujo
deve ser realizada para elucidar as razões
de ocorrência do óbito, com vistas a sugerir paciente não foi
estratégias de melhoria do serviço prestado
notificado no Sinan.
ao paciente com tuberculose.
15
2.4.1 Identificação do óbito com menção
de tuberculose no SIM
16
3
Instrumentos para
investigação do óbito com
menção de tuberculose
17
4
Equipes envolvidas na
vigilância do óbito com menção
de tuberculose
18
4.2 Da parceria com a equipe Por fim, as equipes dos NHE e das CCIH
do Núcleo Hospitalar de devem estar atentas à ocorrência do
Epidemiologia e da Comissão de óbito com menção de tuberculose no
ambiente hospitalar e, quando solicitado
Controle de Infecção Hospitalar
pelo Programa de Controle da Tuberculose
Os Núcleos Hospitalares de Epidemiologia do estado e/ou do município, realizar
(NHE) são responsáveis por investigar e sua investigação de forma a atender às
notificar, por meio da ficha padrão do Sinan, demandas da vigilância do óbito com
os casos de tuberculose diagnosticados menção de tuberculose.
no ambiente hospitalar. A essas equipes
também caberá a investigação do óbito Apesar da orientação de que os programas
na qual a tuberculose é mencionada como de controle da tuberculose enviem a relação
causa da morte, utilizando a ficha de de óbitos para as equipes dos NHE ou CCIH,
investigação adequada. cabe a estas equipes o desenvolvimento da
investigação do óbito logo após a tomada do
Nos hospitais que não possuem NHE, conhecimento do evento.
as equipes da Comissão de Controle de
Infecção Hospitalar (CCIH) são importantes
parceiras na investigação do óbito com
menção de tuberculose. Conforme a Portaria
nº 2.616, de 12 de maio de 1998,8 as CCIH têm
entre suas atribuições:8
19
4.3 Da parceria com a equipe da
vigilância epidemiológica da aids
O envolvimento da
Diante da ocorrência de quaisquer óbitos equipe da Atenção Básica
cuja causa básica tenha sido a aids com a
tuberculose como causa associada, caberá
responsável pela área de
à equipe de vigilância de aids conduzir a abrangência do local de
investigação e convidar a equipe do Programa
residência da família é
de Controle da Tuberculose para participação
em todo processo. Durante a investigação e especialmente relevante
discussão acerca do óbito, é imprescindível na investigação domiciliar
que haja a verificação dos pontos críticos
das ações colaborativas envolvendo e ambulatorial de forma
tuberculose e aids, e posterior elaboração de a garantir o acesso aos
recomendações que auxiliem na redução do
problema, considerando as atividades dos
registros dos serviços de
dois programas. saúde e a realização das
entrevistas domiciliares
4.4 Da parceria com a equipe da
Atenção Básica em tempo oportuno.9
20
5 Investigação dos óbitos com
menção de tuberculose
As orientações
Vale salientar que, se não tiver ocorrido
quanto aos fluxos a notificação do caso de tuberculose,
para investigação do também caberá à equipe do NHE ou da
CCIH preencher a ficha de notificação/
óbito são gerais e investigação.
podem ser adaptadas
Caso o óbito seja confirmado por
de acordo com tuberculose, caberá à equipe do Programa
a realidade dos de Controle da Tuberculose ou a da
vigilância epidemiológica da tuberculose
municípios.
registrar e encerrar o caso no Sinan e/ou
no SITETB, bem como acionar o grupo de
trabalho para discussão do óbito.
5.1 Investigação do óbito com
menção de tuberculose registrado Caso o óbito por tuberculose não tenha
no SIM e não notificado no Sinan ocorrido no ambiente hospitalar, a equipe
do Programa de Controle da Tuberculose ou
Uma vez que o óbito tenha ocorrido em da vigilância epidemiológica da tuberculose
ambiente hospitalar, a equipe do NHE ou da ficará responsável pela investigação
CCIH deverá iniciar a investigação por meio utilizando a ficha indicada.
da ficha específica. A busca de dados para o
preenchimento do formulário ocorrerá em Na Figura 3 estão as atividades a serem
prontuários e registros médicos, resultados de desenvolvidas durante a investigação
exames laboratoriais, registro de dispensação do óbito com menção de tuberculose
de medicamentos em farmácias, discussão registrado no SIM e, no entanto, não
com o médico atestante, entre outros. notificado no Sinan.
21
Figura 3 • Investigação do óbito com menção
de tuberculose registrado no SIM e não
notificado no Sinan
22
Nos casos em que a busca tenha resultado
na não localização do registro nos bancos
A partir do de dados das esferas municipal e estadual
(eventualmente federal), deve-se fazer
desenvolvimento das
a investigação na unidade de saúde de
atividades presentes na acompanhamento do caso e com os
Figura 3, será possível familiares/conhecidos do paciente para
confirmação do óbito e do diagnóstico.
qualificar os sistemas de Os resultados dessa busca devem ser
informação em saúde, informados ao gestor do SIM.
23
Figura 4 • Investigação do óbito com menção
de tuberculose com notificação no Sinan e
no SITETB
Manter o Manter o
Alterar o Alterar o
desfecho e desfecho e
desfecho de desfecho de
comunicar comunicar
acordo com o acordo com o
a equipe de a equipe de
resultado da resultado da
vigilância do vigilância do
investigaçãod investigaçãod
óbito óbito
24
5.3 Seleção do tipo de entrada e situação de encerramento para abandono,
e notificá-lo novamente no Sinan. O tipo de
da situação de encerramento no
entrada será reingresso após abandono e
Sinan e no SITETB a situação de encerramento será óbito por
A seguir, são apresentadas as orientações tuberculose ou óbito por outras causasii.
para seleção do tipo de entrada e da situação Óbito: Se a data do óbito ocorreu em até 30
de encerramento após a investigação e a dias após a data do encerramento, manter
confirmação do diagnóstico da tuberculose. a situação de encerramento óbito por TB
ou por outras causas e ajustar a data do
Caso não notificado no Sinani
encerramento para que seja a data do
Procedimento: notificar o caso. óbito. Se for maior do que 30 dias, deve-se
investigar a possibilidade de ocorrência
Tipo de entrada: pós-óbito de outros desfechos antes do evento
Situação de encerramento: óbito por óbito. Nas situações em que o abandono
tuberculose ou óbito por outras causas. de tratamento tenha acontecido antes do
Preencher a ficha de notificação com as evento óbito, substituir o encerramento
informações disponíveis nos prontuários, óbito por abandono e notificar novamente
resultados de exames, SIM, entre outros. paciente no Sinan. O tipo de entrada será
reingresso após abandono e a situação de
encerramento será óbito por tuberculose
Caso notificado no Sinan ou óbito por outras causas.
i
Deve-se procurar se há notificação anterior do paciente encerramento no Sistema de Informação de Tratamentos
na base de dados do Sinan-TB. Especiais de Tuberculose (SITETB), e corrigi-lo conforme a
ii
Antes de seguir as orientações para os casos de situação encontrada. Se a descoberta da TB-DR, da falência
transferência, realizar as rotinas do Sinan-TB para ou mudança de esquema ocorrer após o óbito, o paciente
descartar a necessidade de vinculação de registros ou deve ser primeiro encerrado no Sinan e, posteriormente,
remoção de duplicidade. notificado e encerrado como óbito no SITETB.
iii
Para os casos que estiverem encerrados no Sinan-TB iv
Se o paciente estava em tratamento autoadministrado,
como mudança de esquema, falência ou tuberculose considerar se o óbito ocorreu em até 60 dias após a data
drogarresistente, não é necessário atualizar a situação de do último comparecimento na unidade de saúde.
encerramento no Sinan-TB. Entretanto, deve-se atualizar o
25
de saúde, a situação de encerramento responsável pela investigação do óbito
será óbito por tuberculose ou óbito por com menção de tuberculose deve discutir a
outras causas. Caso não, a situação de investigação realizada com a equipe do SIM
encerramento será abandono e deve-se e/ou da vigilância do óbito para atualização
notificá-lo novamente no Sinan. O tipo de dos dados no sistema.
entrada será reingresso após abandono e
a situação de encerramento será óbito por
5.4.1 Qualificação da causa básica no
tuberculose ou óbito por outras causas.
SIM com registro do código A16 (CID-10)
Abandono primário: notificar novamente
o paciente no Sinan, conforme o tipo de O código A16 da CID-10 diz respeito à
entrada da última ficha de notificação “tuberculose das vias respiratórias, sem
(caso novo, recidiva ou reingresso após confirmação bacteriológica ou histológica”.
abandono), e a situação de encerramento
será óbito por tuberculose ou óbito por Recomenda-se que, para os óbitos com
outras causas. o código A16 no atestado de óbito, seja
realizada uma procura pelo paciente no
No que se refere às datas de notificação, de Sinan a fim de verificar se houve diagnóstico
diagnóstico e de encerramento em pacientes laboratorial. Caso o diagnóstico laboratorial
não notificados no Sinan-TB e que foram tenha sido confirmado, caberá à equipe
descobertos após investigação de óbito, do Programa de Controle da Tuberculose
devem-se observar as orientações a seguir. reportar à equipe do SIM a necessidade de
identificação de um código da CID-10 que
quando o diagnóstico for anterior à data qualifique a causa básica do óbito.
do óbito, as datas de notificação e de
diagnóstico poderão ser iguais; Para ilustrar a situação acima, tome-se
como exemplo um paciente falecido com
quando não houver data de diagnóstico diagnóstico de tuberculose respiratória
definido, as datas de notificação, de sem menção de resultados laboratoriais.
diagnóstico e de encerramento serão No SIM, foi codificado como causa básica
iguais à data do óbito; A16.9: “Tuberculose respiratória, não
especificada, sem menção de confirmação
quando o resultado do exame de bacteriológica ou histológica”. Durante
diagnóstico da tuberculose sair após a investigação, foi confirmado, a partir
o óbito, as data de notificação, de dos dados do Sinan, que o falecido era
diagnóstico e de encerramento poderão portador de tuberculose pulmonar com
ser a data do resultado do exame. baciloscopia de escarro positiva.
26
5.4.2 Descarte da tuberculose como Para ilustrar a situação acima, considere-se
causa básica do óbito um caso de tuberculose levando à doença
pulmonar obstrutiva crônica (Dpoc) ou
A alteração ou descarte da tuberculose bronquiectasia e insuficiência respiratória. A
como causa básica do óbito deverá ser Dpoc ou a bronquiectasia, nesse caso, podem
efetuada no SIM, por meio de reconstrução ser consideradas a causa básica. Considere-
do atestado de óbito, com as informações se, ainda, o exemplo de uma meningite
obtidas pela equipe de investigação. No tuberculose levando a encefalopatia.
entanto, deve ser observado se houve ou Caso a tuberculose não seja confirmada, a
não identificação de outra causa básica. encefalopatia pode ser, após a investigação,
considerada a causa básica do óbito.
27
fato de a investigação não ter oferecido
informações suficientes para o descarte de A discussão acerca da
uma informação técnica. ocorrência do óbito com
Nessa situação, caso necessário, a equipe menção de tuberculose
de investigação somente deverá excluir a no grupo de trabalho
tuberculose como causa de morte (básica ou
associada) após contato com o profissional
e as recomendações
médico que assinou a declaração de óbito elaboradas por esse grupo
para discutir o caso.
são considerados como
5.4.3 O papel do codificador de causa etapa final (conclusão)
de morte da investigação do óbito.
Cabe ao codificador de causas de morte
atribuir aos diagnósticos registrados O grupo de trabalho será composto pelas
no campo 40 da declaração de óbito os seguintes representações:
códigos da CID-10 e a aplicação das regras
programas de controle da tuberculose;
de seleção e modificação da causa básica,
observando as disposições contidas nos equipe de vigilância do óbito e do Sistema
três volumes da CID-10. de Informações sobre Mortalidade;
propor recomendações para qualificar A ficha síntese deve ser utilizada durante
a assistência à saúde do paciente com a discussão do grupo de trabalho, uma vez
tuberculose. que contém o resumo da investigação e
perguntas norteadoras (Apêndice C).
28
5.6 Metas para investigação do
óbito com menção de tuberculose
Quadro 2 • Descrição das categorias e
metas para investigação do óbito com
menção de tuberculose
Municípios com menos de 20 óbitos Investigar e discutir 100% dos óbitos com menção de
com menção de tuberculosea ao ano. tuberculose ocorridos em seus residentes.
Municípios com número ≥ a 20 e < que 50 Investigar e discutir pelo menos 50% dos óbitos com
óbitos com menção de tuberculosea ao ano. menção de tuberculose ocorridos em seus residentes.
Municípios com número ≥ a 50 e < que 100 Investigar e discutir pelo menos 30% dos óbitos com
óbitos com menção de tuberculosea ao ano. menção de tuberculose ocorridos em seus residentes.
Municípios com número ≥ a 100 e < que Investigar e discutir pelo menos 25% dos óbitos com
150 óbitos com menção de tuberculosea menção de tuberculose ocorridos em seus residentes.
ao ano.
Municípios com número ≥ a 150 com Investigar e discutir pelo menos 15% dos óbitos com
menção de tuberculosea ao ano. menção de tuberculose ocorridos em seus residentes.
29
percentual de pacientes segundo o 5.9 Acesso ao prontuário do paciente
número de serviços de saúde percorridos
até o diagnóstico de tuberculose; Como descrito na Resolução do Conselho
Federal de Medicina nº 1.821, de 11 de julho
percentual de óbitos com o código A16
de 2007:
como causa básica ou associada.
O prontuário do paciente,
Os programas municipais e estaduais de independentemente da forma
controle da tuberculose, além de monitorar ou meio em que seus dados são
a vigilância do óbito a partir do formulário registrados e armazenados, é
anual do FormSUS elaborado pelo PNCT, propriedade física da instituição
onde o mesmo é assistido. Os dados
poderão estabelecer instrumentos próprios
ali contidos, porém, pertencem ao
de monitoramento.
paciente, para quem devem estar
permanentemente disponíveis e
Os resultados obtidos a partir do monitora só podem ser divulgados com sua
mento deverão ser apresentados e discutidos autorização ou a de seu responsável,
com os gestores, com a equipe técnica da se for o caso, ou por dever legal ou
Atenção Básica, da Vigilância em Saúde e da justa causa.11
Vigilância Hospitalar e com a sociedade civil,
entre outras representações estratégicas para O dever legal é aquele que deriva não da
o apoio ao controle da tuberculose. vontade de quem o confia a outrem, mas de
condição profissional, em virtude da qual
É importante que as informações discutidas ele é confiado, e da natureza dos deveres
não permitam a identificação do paciente, que, no interesse geral, são impostos aos
dos profissionais e das instituições de saúde profissionais. Em virtude disso, a notificação
que o atenderam, a fim de evitar questões compulsória das doenças infectocontagiosas
ético-legais. é um exemplo de “dever legal”, pois é um
dever previsto em lei.
Posteriormente espera-se desenvolver
um instrumento para o monitoramento Por se tratar de uma doença crônica,
da vigilância do óbito com menção de transmissível e de notificação compulsória,
tuberculose nas causas de morte. é indispensável, para o sucesso da
investigação de óbito por tuberculose,
5.8 Prazo para conclusão da que as equipes envolvidas na investigação
investigação do óbito com menção desse óbito, sempre que necessário, tenham
de tuberculose acesso aos prontuários do paciente, para
que medidas de controle sejam tomadas.
A investigação deve ser concluída em até
120 dias após a ocorrência do óbito. Cabe ao profissional de saúde envolvido
na investigação manter o sigilo e a
confidencialidade das informações sobre o
fato de que tenha conhecimento em razão
da profissão, conforme detalhadamente
descrito nos respectivos códigos de ética
profissional.
30
6 Atribuições
31
Referências
6 WORLD HEALTH ORGANIZATION. The end TB strategy. Genebra, 2016. Disponível em:
<http://www.who.int/tb/End_TB_brochure.pdf>. Acesso em: 28 abr. 2017.
32
Glossário
33
Controle de Tuberculose,a bem como os que Unidade de saúde: considera-se
atuam em hospitais, na atenção básica, em qualquer serviço de saúde que assistiu
laboratórios, na vigilância da aids, entre ao paciente, seja ele público ou privado,
outros que participam da vigilância do óbito com complexidade primária (ex.: unidade
com menção da tuberculose. básica de saúde), secundária (ex.:
atenção especializada) ou terciária (ex.:
Óbito por tuberculose: é o óbito em que a serviços de referência para tuberculose
tuberculose é a afecção que inicia a cadeia drogarresistente).
de eventos patológicos que conduziram
diretamente à morte. A tuberculose é a
causa básica.
a
Em locais onde não há um Programa de Controle da
Tuberculose instituído, considerar o setor responsável
pelas ações de vigilância da tuberculose.
34
Apêndices
Apêndice A
Fichas de investigação do óbito com menção da tuberculose
e instrutivo de preenchimento
36
REPúBlICA FEDERATIvA DO BRASIl
MINISTéRIO DA SAúDE
A IdentIfIcação
Foi notificado no Sinan antes de morrer? Nº de notificações no Sinan-TB:
1 - Sim 2 - Não
Uso exclusivo do PCT
Nome do paciente:
Dados do paciente
Nome da mãe:
Endereço:
Nome do hospital:
Telefone: Parentesco:
37
B.1 ExamEs laboratoriais E dE imagEm
Baciloscopia de escarro Data do resultado:
1 - Positivo 2 - Negativo 3 - Não realizado
Material utilizado:
1 - Confirmado
2 - Outra doença. Se outra doença, qual?
3 - Não realizado
Outros. Quais:
*Locais mais frequentes: segmento apical e posterior de lobos superiores; segmento superior de lobo inferior.
Broncoscopia Data:
1 - Realizada 2 - Não realizada
38
Outros exames
Elencar resultados relacionados às comorbidades apontadas nesta ficha: hemograma, creatinina, enzimas hepáticas.
Usar o verso da página, caso necessário.
se sim, quais os motivos? Confirmar caso de tuberculose em outras unidades de saúde/laboratório/outras fontes
Observações gerais
Sinais e sintomas de outras doenças; diagnóstico laboratorial de outras doenças; relatos de diagnóstico inoportuno da tuberculose;
perda de continuidade de tratamento; uso ou não de Tarv; notificação no SITETB; vulnerabilidades; falhas no preenchimento do
prontuário e outros pontos que o investigador julgar importantes. Usar o verso da página, caso necessário.
39
Instrutivo para o preenchimento da ficha de investigação do óbito com
menção de tuberculose em unidade hospitalar ou de urgência e emergência
40
preenchida (em dias). Se a opção “outros sinais e Histopatológico: preencher com o código
sintomas” for assinalada com sim (1), preencher correspondente ao resultado do exame ou a não
no espaço reservado qual(is) sinal(is) e sintoma(s). realização dele. Se houver diagnóstico de outra
A opção não (2) deve ser utilizada quando houver doença, registrá-la no espaço indicado. Anotar a
negação do sintoma correspondente no prontuário, data do resultado.
por exemplo: nega tosse. Nessa situação, escolher a
Teste para HIV: preencher com o código
opção não (2) para tosse. Quando não houver relato
correspondente ao resultado do exame ou a não
de presença ou ausência dos sinais e sintomas
realização dele. Anotar a data de realização do teste.
correspondentes, assinalar a opção sem registro (9).
Tomografia computadorizada: preencher com o
Doenças e agravos associados: preencher com
código correspondente à realização ou não do
os códigos correspondentes a(s) doença(s) ou
exame. Anotar a data de realização da tomografia e
agravo(s) associado(s). Mais de uma opção poderá
assinalar os resultados relacionados ao diagnóstico
ser assinalada. Adotar as mesmas orientações da
da tuberculose.
variável sinais e sintomas descritos no prontuário.
Broncoscopia: preencher com o código
BLOCO B.1 – EXAMES LABORATORIAIS E DE IMAGEM correspondente à realização do exame. Anotar a
Baciloscopia de escarro: preencher com o código data do exame.
corresponde ao resultado do exame (1 - Positivo Outros exames: elencar os principais resultados de
2 - Negativo 3 - Não realizado). Anotar a data do exames relacionados à tuberculose (hemograma,
resultado do exame. creatinina, enzimas hepáticas, entre outros).
Teste rápido molecular para tuberculose (TRM-TB): Foi encaminhado para necropsia: anotar o código
preencher com o código correspondente ao resultado correspondente (sim ou não). Se sim, anotar qual
do exame. Anotar qual o material foi utilizado e a serviço realizou a necropsia (SVO, IML ou hospital).
data do resultado. Se sim, verificar se nos achados de necropsia há
Baciloscopia de outro material: preencher com o menção de tuberculose e registrar a resposta
código correspondente ao resultado do exame correspondente: sim ou não.
(1 - Positivo 2 - Negativo 3 - Não realizado). Anotar a
BLOCO B.2 – HISTÓRIA DE TUBERCULOSE
data do resultado do exame e o material utilizado.
Em qual momento ocorreu o diagnóstico da
Cultura de escarro: preencher com o código tuberculose: preencher com o código correspondente
correspondente ao resultado do exame (1 - Positivo 2 - ao momento que ocorreu o diagnóstico da
Negativo 3 - Não realizado). Anotar a data do resultado tuberculose. A opção 3 (após a última hospitalização)
do exame, assinalar o código correspondente se deve ser escolhida quando os resultados laboratoriais
houver identificação de micobactéria e anotar a dos exames realizados no estabelecimento de saúde
espécie de micobactéria que foi identificada. foram disponibilizados após o óbito do indivíduo.
Cultura de outro material: preencher com o código Iniciou o tratamento para tuberculose: assinalar a
que corresponde ao resultado do exame (1 - Positivo opção correspondente: 1 (sim) ou 2 (não) ou sem
2 - Negativo 3 - Não realizado). Anotar a data do registro (3). Vale salientar que esse registro será válido
resultado do exame, preencher com o material para início do tratamento no ambiente hospitalar/
utilizado, assinalar o código correspondente se de emergência/urgência ou ainda para quaisquer
houver identificação de micobactéria e anotar a registros no prontuário sobre início do tratamento
espécie de micobactéria que foi identificada. do paciente mesmo que antes da admissão no local
Teste de sensibilidade antimicrobiana: preencher neste estabelecimento de saúde. Caso haja esse
com o código correspondente ao resultado do registro, anotar a data do início do tratamento.
exame ou a não realização dele. Anotar a data do Forma clínica: registrar a forma clínica da tuberculose.
resultado do exame.
Se extrapulmonar: caso a forma clínica seja extra-
Raio-X de tórax: preencher com o código pulmonar, preencher com o código correspondente.
correspondente ao laudo da radiografia de tórax Se opção assinalada for “Outros” (10), anotar o(s)
ou não realização do raio-X. Se o laudo evidenciar local(is) da doença no espaço reservado.
outra doença, anotar o nome da doença no espaço
reservado. Anotar a data do resultado do exame.
41
Confirmado óbito por tuberculose: preencher com Notificação da Tuberculose
o código correspondente se a tuberculose, após a SITETB: Sistema de Informação de Tratamentos
investigação nesse estabelecimento de saúde, foi Especiais de Tuberculose
causa básica ou associada do óbito.
SVO: Serviço de Verificação de Óbito
Continuar a investigação: preencher com o código
Tarv: Terapia antirretroviral
correspondente se for necessário continuar a
investigação em outros locais, como IML, SVO, TDO: Tratamento Diretamente Observado
laboratórios, unidades de emergência e pronto- TRM-TB: Teste rápido molecular para a tuberculose
atendimento, hospitais, entre outros. UF: Unidade federada
Se sim, quais os motivos: assinalar o(s) motivo(s) Formato da data:
para continuar a investigação em outros locais.
A data deve ser preenchida no formato dia/mês/
Caso o(s) motivo(s) não esteja(m) contemplado(s), ano, por exemplo: 9/4/1979.
assinalar a opção “outros” e descrever o motivo.
Mais de uma opção poderá ser assinalada. Sem registro ou ignorado:
Assinalar esse código nas situações em que, apesar
Observações gerais: descrever sinais e sintomas de
da procura, não foram encontrados dados que
outras doenças; diagnóstico laboratorial de outras possam subsidiar uma decisão.
doenças; relatos de diagnóstico inoportuno da
tuberculose; perda de continuidade de tratamento;
uso ou não de terapia antirretroviral (Tarv);
notificação no SITETB; vulnerabilidades; falhas no
preenchimento do prontuário e outros pontos que
o investigador julgar importantes. Usar o verso da
página, se necessário ou inserir em folha anexa.
42
REpúBlICa FEDERaTIva DO BRaSIl
MINISTéRIO Da SaúDE
A IdentIfIcação
Foi notificado no Sinan antes de morrer?
Uso exclusivo do PCT
Nome do paciente:
Dados do paciente
Nome da mãe:
Endereço:
Nome do estabelecimento:
Tipo de estabelecimento 1 - Unidade de Saúde da Família 2 - Unidade Básica de Saúde 3 - policlínica 4 - Referência
para tuberculose 5 - Serviço privado 6 - Outra. Qual?
Situação de encerramento 1 - Cura 2 - abandono 3 - Óbito por tuberculose 4 - Óbito por outras causas
5 - Transferência 6 - Mudança de diagnóstico 7 - TB-DR 8 - Mudança de esquema
9 - Falência 10 - abandono primário
Observações:
43
B.1 ExamEs laBoratoriais E dE imagEm
1 - Confirmado
2 - Outra doença. Se outra doença, qual?
3 - Não realizado
Outros. Quais:
*Locais mais frequentes: segmento apical e posterior de lobos superiores; segmento superior de lobo inferior.
Outros exames
Elencar resultados relacionados às comorbidades apontadas nesta ficha: hemograma, creatinina, enzimas hepáticas, entre outros.
44
Foi encaminhado para necropsia
Se sim, qual serviço? IML SVO Hospital
Sim Não
Se sim, nos achados de necropsia, há menção de tuberculose? Sim Não
O paciente precisou ser transferido? 1 - Sim 2 - Não | Se sim, para qual referência?
Foi observado se o paciente chegou na outra unidade? 1 - Sim 2 - Não 3 - Não se aplica
se sim, quais os motivos? Confirmar caso de tuberculose em outras unidades de saúde/laboratório/outras fontes
Observações gerais
Sinais e sintomas de outras doenças; diagnóstico laboratorial de outras doenças; relatos de diagnóstico inoportuno da tuberculose;
perda de continuidade de tratamento; uso ou não de Tarv; notificação no SITETB; vulnerabilidades; falhas no preenchimento do
prontuário e outros pontos que o investigador julgar importantes. Usar o verso da página, caso necessário.
Nome: Idade:
Telefone: Examinado:
1 - Sim 2 - Não
Nome: Idade:
Telefone: Examinado:
1 - Sim 2 - Não
Nome: Idade:
Telefone: Examinado:
1 - Sim 2 - Não
45
InstruTIVO para o preenchimento da ficha de investigação de óbito com
menção de tuberculose em outras unidades de saúde e com familiares
46
tosse também deverá ser preenchida (em dias). Se Tomografia computadorizada: preencher com o
a opção “outros sinais e sintomas” for assinalada código correspondente ao laudo do exame. Anotar a
com sim (1), preencher no espaço reservado qual(is) data de realização da tomografia.
sinal(is) e sintoma(s).
Broncoscopia: preencher com o código correspondente
Doenças e agravos associados: preencher com a realização do exame. Anotar a data do exame.
os códigos correspondentes a(s) doença(s) ou
Outros exames: elencar os principais resultados de
agravo(s) associado(s). Mais de uma opção poderá
exames relacionados à tuberculose (hemograma,
ser assinalada.
creatinina, enzimas hepáticas, entre outros).
BLOCO B.1 – EXAMES LABORATORIAIS E DE IMAGEM Foi encaminhado para necropsia: anotar o código
Baciloscopia de escarro: preencher com o código correspondente (sim ou não). Se sim, anotar qual
corresponde ao resultado do exame (1 – Positivo serviço (SVO, IML ou hospital) realizou a necropsia.
2 – Negativo 3 – Não realizado). Anotar a data do
BLOCO B.2 – HISTÓRIA DE TUBERCULOSE
resultado do exame.
Forma clínica: preencher com o código correspondente
Teste rápido molecular para tuberculose (TRM- à apresentação clínica da tuberculose.
TB): preencher com o código correspondente ao
resultado do exame. Anotar qual o material foi Se extrapulmonar: caso a forma clínica seja extra-
utilizado e a data do resultado. pulmonar, preencher com o código correspondente.
Se opção assinalada for “Outros” (10), anotar o(s)
Baciloscopia de outro material: preencher com o local(is) da doença no espaço reservado.
código correspondente ao resultado do exame (1
– Positivo 2 – Negativo 3 – Não realizado). Anotar a O paciente abandonou o tratamento? Preencher
data do resultado do exame e o material utilizado. com o código correspondente se o paciente tiver
interrompido o tratamento por 30 dias consecutivos
Cultura de escarro: preencher com o código ou mais.
correspondente ao resultado do exame (1 –
Positivo 2 – Negativo 3 – Não realizado). Anotar a Se sim, quais medidas foram tomadas para facilitar
data do resultado do exame, assinalar o código a adesão do paciente ao tratamento? Descrever
correspondente se houver identificação de as medidas que foram tomadas pela equipe do
micobactéria e anotar a espécie de micobactéria que serviço de saúde para favorecer a adesão do
foi identificada. paciente ao tratamento. Anotar a(s) data(s) da(s)
busca(s) ativa(s), visita(s) domiciliar(es), qual(is)
Cultura de outro material: preencher com o código profissional(is) acompanhavam o paciente, entre
que corresponde ao resultado do exame (1 – Positivo outras informações que sejam pertinentes.
2 – Negativo 3 – Não realizado). Anotar a data do
resultado do exame, preencher com o material O paciente precisou ser transferido? Preencher
utilizado, assinalar o código correspondente se com o código correspondente se o paciente foi
houver identificação de micobactéria e anotar a transferido para dar continuidade ao tratamento em
espécie de micobactéria que foi identificada. outra unidade de saúde.
Teste de sensibilidade antimicrobiana: preencher Se sim, para qual referência? Anotar o nome
com o código correspondente ao resultado do do serviço de saúde para o qual o paciente foi
exame. Anotar a data do resultado do exame. transferido.
Raio-X de tórax: preencher com o código Quais os motivos? Preencher com o código
correspondente ao laudo da radiografia de tórax. Se correspondente o motivo da transferência. Caso a
o laudo evidenciar outra doença, anotar o nome da opção assinalada seja “Outros” (4), anotar no espaço
doença no espaço reservado. Anotar a data do exame. reservado o motivo.
47
Fazia tratamento diretamente observado? Preencher Nome do responsável: anotar o nome do profissional
com o código correspondente a realização do que realizou a investigação na unidade de saúde.
tratamento diretamente observado.
Telefone de contato: anotar o telefone do setor ou do
Confirmado óbito por tuberculose? Preencher com profissional responsável pela investigação de óbito.
o código correspondente se a tuberculose, após a
Legenda:
investigação nessa unidade de saúde, foi a responsável
ou tenha contribuído para a morte do paciente. IML: Instituto Médico Legal
48
Apêndice B
Acompanhamento dos óbitos por tuberculose como causa básica
ou associada no Sistema de Informações sobre Mortalidade
49
Passo 2:
yyNa tela principal, selecionar a opção Relatórios Em seguida, selecionar a opção
Listagem Escolher as opções Causa básica ou Causas múltiplas.
Passo 3:
yyRealizar o preenchimento dos campos tanto para causa básica como causas múltiplas
Em seguida clicar em OK.
50
Listagem por causa
yyClicar em nº DO Em seguida, surgirá a declaração de óbito inteira Clicar na
opção “Imprimir”.
51
Método 2 – Por meio do exportador Relatório Dinâmico
Com este método é possível obter a listagem em arquivos do tipo planilha de Excel.
Lembrete: esse tipo de arquivo não pode ser enviado por e-mail, em virtude da Lei nº 12.527,
de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação).
Passo 1:
yyAcessar o Console do Sistema SIM/Sinasc.
yyClicar em Exportação e Importação de dados, opção SIM.
Passo 2:
yyInserir usuário e senha Em seguida, clicar em OK.
52
yyClicar na opção Relatórios Em seguida, clicar no quinto ícone chamado
“Gerador de relatório”.
53
yyEm seleção das variáveis Marcar as opções desejadas
yyEm definição de Filtros Preencher os campos desejados Clicar em OK
yyPara Causas múltiplas, selecionar os códigos da CID-10 separadamente.
yySelecionar o local e preencher o nome do arquivo que será salvo Clicar em salvar
54
Apêndice C
Ficha síntese: Conclusão da investigação do óbito com menção
da tuberculose
55
REpúblICa FEDERatIva Do bRaSIl
MINIStéRIo Da SaúDE
Ficha síntese
Conclusão da investigação do óbito com menção da tuberculose
Nome:
Nome da mãe:
Endereço:
estabelecimento 1
Unidade de saúde:
estabelecimento 2
Unidade de saúde:
Estabelecimento 3
Unidade de saúde:
3 | história clínica
4 | Diagnóstico laboratorial
56
5 | tratamento e acompanhamento Do paciente
O paciente iniciou o tratamento para tuberculose? 1 – Sim 2 – Não
Na opinião da equipe de investigação/grupo de trabalho, quais as razões que contribuíram para a ocorrência do óbito?
Quais as fragilidades existentes nas atividades de controle da tuberculose que podem ter contribuído para o óbito?
Programática/Institucional:
Social:
Comunidade/familiar/individual:
6 | recomenDações
Atenção Primária/Básica:
Atenção Especializada:
57
Atenção Hospitalar:
7 | encaminhamentos
8 | avaliação De contatos
1 – O médico atestante do óbito foi contatado para auxiliar na investigação e na elucidação das causas de morte?
58
2 – Após a investigação do óbito:
a tuberculose foi excluída do atestado de óbito por não estar relacionada à morte.
o código A16 (CID 10) referente à tuberculose sem realização de exame para o diagnóstico foi alterado para um código
(A15, A17 a A19) no qual consta a confirmação diagnóstica da tuberculose.
parte i
A)
B)
C)
D)
parte ii
Causa básica:
parte i
A)
B)
C)
D)
parte ii
Causa básica:
11 | informações gerais
Responsável:
59
Instrutivo para o preenchimento da ficha síntese de conclusão
da investigação de óbito com menção de tuberculose
Endereço: anotar o tipo (avenida, rua, travessa etc.), Qual a forma clínica? Assinalar com o código
o nome completo ou código correspondente do correspondente à apresentação clínica da
logradouro da residência do paciente (se o paciente tuberculose (1 – Pulmonar 2 – Extrapulmonar
for indígena anotar o nome da aldeia), o número do 3 – Pulmonar + extrapulmonar).
logradouro, o complemento (ex.: Bloco B, ap. 402,
lote 25, casa 14 etc.), o nome do bairro, o nome do 4 – Diagnóstico laboratorial
município e a sigla da unidade federada (UF) de Foi realizado diagnóstico laboratorial? Assinalar com
residência do paciente. o código correspondente (1 – Sim 2 – Não).
Data de notificação: anotar a data da última Se não, por que não foi feito? Anotar os motivos
notificação por tuberculose. pelos quais o diagnóstico da tuberculose não foi
realizado.
Data do óbito: anotar a data do óbito (dd/mm/aaaa).
Notificado no Sinan após o óbito? Assinalar o código 5 – Tratamento e acompanhamento do
correspondente (1 - Sim 2 - Não) se a notificação foi paciente
feita antes ou após a morte do paciente. O paciente iniciou o tratamento da tuberculose?
Nº da declaração de óbito: preencher com o número Assinalar o código correspondente (1 – Sim 2 – Não).
da declaração do óbito, que contém nove algarismos. Houve abandono de tratamento? Assinalar com o
código correspondente se o paciente tiver interrom-
2 – Dados sobre as unidades de saúde que
pido o tratamento por 30 dias consecutivos ou mais.
acompanharam/atenderam o paciente
Nesse bloco é possível adicionar informações Se sim, foi feita busca ativa? Se o paciente abandonou
de três estabelecimentos de saúde por onde o o tratamento, assinalar com o código correspondente
paciente passou desde o relato dos sintomas até o se a equipe de saúde realizou busca ativa.
encerramento por óbito. Foi feito tratamento diretamente observado?
Nome do estabelecimento: anotar o nome do Assinalar com o código correspondente se o paciente
estabelecimento de saúde que atendeu o paciente. realizou o tratamento diretamente observado.
Fez o diagnóstico de tuberculose nessa unidade Foi instituído um projeto terapêutico singular?
de saúde? Assinalar com o código correspondente Assinalar com o código correspondente (1 – Sim
(1 - Sim 2 - Não). 2 – Não) se a equipe de saúde construiu um projeto
terapêutico básico para esse paciente.
Se sim, qual a data do diagnóstico? Anotar a data do
diagnóstico (dd/mm/aaaa) nesse estabelecimento O paciente foi transferido em algum momento?
de saúde. Assinalar com o código correspondente (1 – Sim 2 –
Não) se o paciente foi transferido oficialmente ou
O paciente iniciou o tratamento para tuberculose? devido a uma intercorrência ou, ainda, por demanda
Assinalar com o código correspondente (1 – Sim espontânea para dar continuidade ao tratamento em
2 – Não). outra unidade de saúde.
60
Chegou na unidade de saúde para onde foi Atenção Primária/Básica: anotar as recomendações
transferido? Assinalar com o código correspondente que deverão ser realizadas pelos profissionais de
se a equipe de saúde que acompanhava o paciente saúde da unidade de saúde.
observou a chegada dele na unidade para a qual foi
Atenção Especializada: anotar as recomendações
transferido.
que deverão ser realizadas pelos profissionais e/ou
Na opinião da equipe de investigação/grupo de pela coordenação desse serviço. Considerar serviços
trabalho, quais as razões que contribuíram para especializados para além da tuberculose.
a ocorrência do óbito? Anotar as razões que
Atenção Hospitalar: anotar recomendações que
contribuíram para a ocorrência do óbito, as quais
deverão ser realizadas pelos profissionais e/ou pela
surgirão na discussão do grupo de trabalho.
coordenação desse serviço no município.
Quais as fragilidades existentes nas atividades de
Programa de Controle da Tuberculose/
controle da tuberculose que podem ter contribuído
Departamento de Atenção Básica/Departamento de
para o óbito? Anotar as fragilidades nos itens
Infecções Sexualmente Transmissíveis e Hepatites
correspondentes.
Virais/Outros serviços de organização da rede
Programática/Institucional: considerar situações em assistencial: anotar as recomendações que deverão
que problemas político-administrativos contribuíram ser realizadas pelas coordenações citadas quando
para o óbito, tais como a desorganização do de sua responsabilidade.
setor Saúde, dificuldade de acesso aos serviços,
Rede laboratorial/Unidades de urgência e
inexistência de atividades intersetoriais, inexistência
emergência/Sistema Prisional: anotar as
de referência e contrarreferência, falta de recursos
recomendações que deverão ser realizadas pelos
humanos e materiais, despreparo técnico dos
setores citados quando de sua responsabilidade.
profissionais e da equipe, ausência de compromisso
e responsabilidade dos profissionais, falta de 7 – Encaminhamentos
planejamento, supervisão e avaliação, ausência de
Anotar os encaminhamentos que surgirem nas
compromisso político, carência de leitos, falta de
discussões do grupo de trabalho e o(s) nome(s) do(s)
detecção precoce e busca ativa de sintomáticos
responsável(is).
respiratórios, falta de medicamentos, entre outros.
Social: considerar situações em que condições 8 – Avaliação de contatos
socioeconômicas desfavoráveis e de vulnera Os contatos foram examinados? Assinalar o código
bilidade social contribuíram para o óbito, como correspondente (1 – Sim 2 – Não).
desemprego, baixa renda familiar, relações de
Se não, quais foram os motivos? Anotar os motivos
raça/etnia, relações de gênero, falta de suporte
pelos quais os contatos não foram examinados.
social, estigma e discriminação, falta de acesso à
educação, entre outros.
9 – Qualificação do Sinan e do SITETB
Comunidade/familiar/individual: considerar as Qual informação foi qualificada após a investigação?
situações em que ocorreu recusa em procurar a Assinalar e descrever a(s) categoria(s) que foi(ram)
assistência necessária ou em seguir as orientações qualificada(s) em virtude da investigação: tipo
dos profissionais de saúde por questões culturais de entrada, exames laboratoriais, situação de
e religiosas ou por falta de conhecimento encerramento e data de encerramento do tratamento.
sobre a doença. Ou, ainda, devido às relações Mais de uma categoria poderá ser assinalada.
familiares fragilizadas, saúde física, nutricional e
psicoemocional debilitadas, uso de álcool e outras 10 – Qualificação das causas de morte
drogas, entre outros. no Sistema de Informações sobre
Mortalidade (SIM)
6 – Recomendações O médico atestante do óbito foi contatado para
Na análise do óbito, sugerimos a elaboração de auxiliar na investigação e na elucidação das causas
recomendações que não se limitem apenas às de morte? Assinalar a categoria correspondente ao
medidas terapêuticas, mas também que alcancem contato com o médico atestante.
todos os setores da saúde, tais como a:
61
A próxima questão deverá ser realizada em parceria Data de conclusão da investigação: preencher com a
com a equipe do SIM, incluindo o codificador de data que a investigação de óbito foi concluída (dd/
causas de morte, conforme orientação presente mm/aaaa).
neste protocolo.
Data da reunião do grupo de trabalho: preencher
Após a investigação do óbito: com a data da reunião do grupo de trabalho para
discussão desse óbito (dd/mm/aaaa).
yya tuberculose manteve-se como causa básica
ou associada: assinalar quando não for feita Responsável: preencher com o nome do profissional
alteração nas causas de morte; responsável que conduziu o grupo de trabalho.
62
Apêndice D
Fichas de qualificação dos indicadores para o monitoramento
da vigilância do óbito com menção de tuberculose
Periodicidade do
Anual
monitoramento
Periodicidade do
Anual
monitoramento
63
Ficha de qualificação de indicador
Percentual de óbitos com menção de tuberculose (com confirmação de
Indicador
tuberculose) investigados e sem início de tratamento
Periodicidade do
Anual
monitoramento
Periodicidade do
Anual
monitoramento
64
Ficha de qualificação de indicador
Percentual de óbitos investigados segundo o tempo (em dias) entre o
Indicador primeiro atendimento com relato de sintomas de tuberculose e o início do
tratamento
Periodicidade do
Anual
monitoramento
Periodicidade do
Anual
monitoramento
65
Ficha de qualificação de indicador
Indicador Percentual de óbitos com o código A16 como causa básica ou associada
Periodicidade do
Anual
monitoramento
Limitações
66
página intencionalmente branca
EDITORA MS
Coordenação-Geral de Documentação e Informação/SAA/SE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Fonte principal: Fira Sans
Tipo de papel do miolo: Couchê 90gm
Impresso por meio do contrato 28/2012
Brasília/DF, junho de 2017
OS 2017/0343
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Protocolo para
vigilância do óbito
com menção de
tuberculose nas
causas de morte
Brasília DF 2017
IÇÃ
IBU O
TR
A
IBID
DIS
O
A PR
VEND
IT
A
G R AT U