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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO EVANGÉLICO DO LUBANGO

(ISPEL)

Estudo De Caso realizado no Hospital Central Do Lubango Dr. A. A. Neto serviço de infecciologia - Paciente C.T de 19
Anos de idade Com Diagnóstico Médico: Peritonite por PUP

Docente: Dra. Elsa Lucindo


Orientador: Rufino Culamba
Discente: Mvula A. Da S. Manuel Sebastião

Lubango Março, 2024


Índice
Introdução
Objectivos
Abordagem da Fisiopatologia
Avaliação Inicial
Nota de Admissão
Identificação dos Problemas de Enfermagem
Plano de Cuidados
Nota de Evolução de enfermagem
Terapêutica
Plano de Alta
Conclusão
Referências Bibliográficas
Introdução
O presente estudo de caso, foi elaborado no âmbito do 5º ano do curso
de licenciatura em enfermagem, do Instituto Superior Politécnico Evangélico do
Lubango no decorrer do 2º estágio de Enfermagem, no Hospital Central do
Lubango Dr. António Agostinho Neto, sendo um hospital de referência em
atendimentos gerais. O estudo de caso foi feito no serviço de Cirurgia
Asséptica 3º piso, ala mulher, quarto 714, cama nº2, onde esteve o paciente
com nome de C.T com o diagnóstico médico de Peritonite por PUP

A peritonite é uma inflamação do peritônio, que é a membrana que reveste a


parede abdominal e os órgãos abdominais.

OBJECTIVOS
Objectivo Geral:

Desenvolver as habilidades e competências na implementação do


processo de enfermagem usando um cuidado sistematizado e
humanizado.

Objectivos Específicos:
Abordagem da Fisiopatologia
A policerosite tuberculosa é uma forma de tuberculose
extrapulmonar que ocorre em outros sistemas de orgãos que não
os pulmões, consiste na inflamação das serosas (pericárdio, pleura
e peritónio) com efusão.
As células serosas são responsáveis pela produção de uma
secreção aquosa rica em enzimas. O Pericárdio é uma camada
serosa que envolve o coração, sendo o responsável pela formação
da camada mais externa do coração (epicárdio).
A Pleura é uma pequena camada de tecido fino que reveste os
pulmões (pleura visceral) e a parede interna do tórax (pleura
parietal).
O Peritónio é a maior membrana do corpo, reveste o interior do
abdómen, abrangendo e protegendo todos os órgãos nele contidos.
Cont.

As possíveis etiologias da policerosite incluem processos auto-


imunes, infecciosos, hereditários e neoplásicos.
Uma das principais causas infecciosas da policerosite é a
tuberculose (TB), em que o Mycobacterium tuberculosis
depois de penetrar no organismo pela via respiratória, pode
disseminar-se e instalar-se em qualquer órgão durante a
infecção quando a imunidade ainda não está desenvolvida, e se
houver queda na capacidade do hospedeiro em manter o bacilo
em seus sítios de implantação.
Avaliação inicial (Anamnese)
Identificação do paciente
Instituição: Hospital Central do Lubango Dr. António Agostinho Neto
Serviço: Infecciologia
Enfermaria: Secção Homem
Cama: 2
Nome completo: A. M
Nome preferido: D. M
N° do processo clínico: 516234
Data de nascimento: 9/03/2003
Idade: 20 anos
Género: Masculino
Estado civil: Solteiro
Escolaridade: 12ªclasse
Nacionalidade: Angolana
Naturalidade: Huíla/Lubango
Cor da pele: Negra
Profissão/Ocupação: Estudante
Morada actual: Mapunda

º
Queixa principal

Distensão Abdominal

História da doença actual


De acordo com os familiares do paciente notaram na existência de um inchaço na região abdominal em alguns dias, procuraram pelos serviços de urgência do Hospital Central do Lubango Dr. António
Agostinho Neto onde foi submetido a uma avaliação completa, apresentando sintomas como: tosse seca, sudorese nocturna, aumento de volume do abdómen e perda de peso. Após a realização do exame de
ecografia observou-se o acúmulo de líquido homogéneo de predomínio esquerdo, com colapso pulmonar do mesmo lado. Observou-se a existência de um derrame pleural bilateral de predomínio esquerdo e
chegou-se a hipótese de diagnóstico médico de Policerosite tuberculosa.
Exame Físico Geral
Paciente consciente e orientado com 15/15 pontos na escala de coma de Glasgow, pele pálida e

com mucosas hipocoradas, apresenta aumento de volume do abdómen, pâncreas sem alterações,

bexiga vazia e líquido livre na cavidade peritonial.

Sinais vitais

TA: 113/60 mmHg

Pulso: 105 b/min

Temperatura: 36 °c

FR: 26 cr/min

Spo2: 94%
NOTA DE ADMISSÃO DE
ENFERMAGEM
Paciente A. M de 20 anos de idade, sexo masculino, cor de
pele negra, vindo dos serviços de urgência acompanhado por
uma enfermeira e um maqueiro, deu entrada aos serviços de
infecciologia (7º piso) ala homem no dia 29 de Dezembro 2023
pelas 05:30 min, com as seguintes queixas: tosse seca, sudorese
nocturna, aumento de volume do abdómen e perda de peso.
Com os seguintes sinais vitais: T: 36ºc; TA: 113/60 mmHg;
P:105 p/min; FR: 26 cr/min e Spo2: 94%.
IDENTIFICAÇÃO DOS
PROBLEMAS DE ENFERMAGEM

Data Problemas de enfermagem


Identificados
29.12.2023 Tosse seca
29.12.2023 Sudorese Nocturna
29.12.2023 Aumento de volume do abdómen
29.12.2023 Emagrecimento
29.12.2023 Risco de taquipneia

04.01.2024 Risco de infecção


PLANO DE CUIDADOS

Data de início Diagnóstico de Resultados Intervençõe Avaliação de Data de fim


enfermagem esperados s de enfermagem
enfermagem
- Avaliar a
temperatura
- Monitorar o
Sudorese nocturna R/C a Que dentro de 20 estado O paciente teve
29/12/2023 patologia EMP oscilação min. o paciente respiratório sudorese em
na temperatura ambiental tenha sudorese - Adoptar quantidades 29/12/2023
normal. medidas normais.
antitérmicas
- Manter o
ambiente
arejado

-Avaliar e Houve uma


Aumento de volume do Que haja uma registrar os redução parcial
29/12/2023 abdómen R/C a patologia redução na sinais vitais de líquidos na 03/01/2024
EMP acúmulo anormal de quantidade de - Ofertar região
líquidos líquidos na região conforto e abdóminal.
abdominal. apoio
- Avaliar e
registar os
sinais vitais
Que o paciente
Emagrecimento R/C a recupere - Avaliar o Houve uma melhoria
29/12/2023 patologia EMP por perda parcialmente o seu estado físico parcial no estado 03/01/2024
de peso estado físico físico do paciente.
normal. - Orientar
repouso no
leito.

- Ajustar a
posição do
29/12/2023 Tosse seca R/C a patologia Que a tosse do paciente
paciente reduza. A tosse reduziu. 29/12/2023
- Incentivar
a ingestão de
líquidos
(água) ao
paciente
-

- Monitorar a saturação O paciente


Risco de taquipneia Que o paciente e a FR do paciente apresenta-se
29/12/2023 R/C alteração no melhore o padrão eupnéico (FR = 30/12/2023
padrão respiratório respiratório em - Colocar o paciente 20 cr/min).
EMP doença 24 hrs. numa posição
confortável

- Monitorar sinais de
infecção no local
cateterizado

Risco de infecção R/C Que o paciente - Confirmar sempre que O paciente não
04/01/2024 procedimento invasivo não desenvolva fôr realizado a apresentou sinais 04/01/2024
EMP por cateteres infecção. medicação a infecção.
periféricos permeabilidade e o
estado do acesso

- Fazer a troca do
equipamento em caso
de infecção
NOTA DE EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM

Data Nota de evolução de Enfermagem Assinatura

Paciente A. M de 20 anos de idade, com diagnóstico


29/12/2023
médico de Policerosite tuberculosa, com menos de 1
dia de internamento encontrar-se orientado no tempo e
no espaço, sem ferimentos, tem acesso venoso no M.C

M.S.D. Sinais vitais: T: 37.6ºc, TA: 147/74 mmHg, P:


124 p/min, FR: 22 cr/min e Spo2: 93%.

Paciente A. M de 20 anos de idade, com 7 dias de


04/01/2024
internamento nos serviços de infecciologia (7ºpiso) ala
homem, com diagnóstico médico de Policerosite
tuberculosa, tem evolução satisfatória consciente com M.C

15/15 pontos na escala de coma de Glasgow, sinais


vitais nos parâmetros normais, urinou 4 vezes, evacuou
2 vezes, e tem acesso venoso no M.S.D.
Paciente A. M de 20 anos de idade, com 8 dias de
internamento nos serviços de infecciologia (7ºpiso) ala M.C
05/01/2024 homem, com diagnóstico médico de Policerosite
tuberculosa, tem evolução satisfatória consciente com
15/15 pontos na escala de coma de Glasgow, apresenta-se
eupnéico ao ar ambiente, alimentou-se, urinou 3 vezes,
tem acesso venoso no M.S.D , sinais vitais nos parâmetros
normais e foi medicado segundo a prescrição médica.
TERAPÊUTICA

Data de início Terapêutica


Hidratação - Soro fisiológico 0.9% 500 ml 2x/dia (6 h-18 h) – EV

29/12/2023 Medicamento Dosagem Via de Horário Recomendações


administraç
ão
Dipirona 2,5 g/ 5 ml EV 6 h-14 h-22 h  Repouso no
29/12/2023 Vitamina C 1 ampola/dia IV 1x/dia leito
 Sinais Vitais

29/12/2023 RHZE 3 comp/dia V.O 8h 3x/dia (6 h-14


h-22 h).
1 comp/dia 8h  Dieta Reforçada
29/12/2023 Vitamina B6 V.O
 Perfil glicémico
2x/dia (6 h-18
h)
PLANO DE ALTA
O plano de alta de enfermagem é desenvolvido com base nas necessidades
individuais do paciente e na avaliação feita pela equipe de enfermagem durante a sua
estadia pelo hospital. Abrange uma variedade de aspectos relacionados ao auto-
cuidado, monitoramento e continuidade do tratamento, com o objectivo de promover a
recuperação do paciente.
O paciente em causa, tinha como diagnóstico médico policerosite tuberculosa, e o
plano de alta baseou-se na educação para saúde. Foi-lhe aconselhado a cumprir
rigorosamente com a terapêutica prescrita, ter hábitos alimentares saudáveis, beber
água tratada, praticar exercícios físicos sempre que possível, no primeiro sinal de mal-
estar procurar pelos serviços de saúde. Deve retornar a consulta dentro de um mês.
O paciente teve alta no da 11 de Janeiro de 2024.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Policerosite tuberculosa é uma forma incomum de tuberculose extrapulmonar que
ocorre em outros sistemas de órgãos que não os pulmões e caracteriza-se pela
inflamação das mucosas serosas com efusão. Tem como principal causa infecciosa a
tuberculose. O diagnóstico é feito com base nos sintomas como: febre, sudorese
nocturna e perda de peso, também é obtido através de resultados de exames
hematológicos, laboratoriais e ecografia abdominal. O tratamento é feito através da
combinação RHZE (Rifampicina 150 mg + Isoniazida 75 mg+ Pirazinamida 400 mg
+ Etambutol 275 mg).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1- Harries AMD. Diagnóstico da tuberculose extrapulmonar em adultos. Manual


clínico. 2ªed. 2004.

2 - Tarantino AB; Aloysio DP; Filho GG; Neves SJ; Guimarães MJ; Magarão FM.
Doenças pulmonares. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 1982.

3 - Uehara CS. Tuberculose pleural. J. Pneumolog. 1993.

4 - Afiune JB; Gonçalves MJPR; Fiuza DMFA. Derrames pleurais tuberculosos. 1990.

5 - Queiroz EMD. Tuberculose extrapulmonar: aspectos clínicos e terapêuticos. Rio


de Janeiro. 2008.
“OBRIGADO PELA ATENÇÃO
DISPENSADA’’

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