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1. INTRODUÇÃO
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Aluno do Curso de Pós-graduação em Direito Civil e Processo Civil da Fundação Aprender – Varginha,
em convênio com o Centro Universitário Newton Paiva.
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BOBBIO, Norberto. O positivismo jurídico. São Paulo: Ícone Editora ltda, 1996. passim.
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3
GOMES, Orlando. Introdução ao direito civil. 13. ed., Rio de Janeiro: Forense, 1998. p. 32.
4
LUMIA, S. Apud DE PLÁCIDO E SILVA. Vocabulário jurídico. 6. ed., v. II. Rio de Janeiro:
Forense, 1980. p. 537.
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5
PEREIRA, Johann Paulo Castello. Direito constitucional das obrigações. Disponível em:
<http://www.nobel.br/?action=direito&subAction=revista/julho/direito_constitucional>. Acesso
em: 02.Mar.2005.
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PEREIRA, Johann Paulo Castello. Op. cit.
6
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TEPEDINO, Gustavo. O Código Civil: os chamados microssistemas e a Constituição:
premissas para uma reforma legislativa. Apud PEREIRA, Johann Paulo Castello. Op. cit.
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centro do sistema, mas deve, por sua vez, ser lido à luz da Constituição. Trata-
se, portanto, de uma mudança de paradigmas de interpretação. Para
LORENZETTI 9, se a escola da exegese e o positivismo buscavam interpretar o
direito, sob a ótica de um sistema fechado, as teorias da argumentação
passaram a adotar a idéia de sistema aberto. Por outros termos, o sistema
jurídico, seja codificado ou não, não deve ser visto como algo exaustivo. A
interpretação deve tomar como ponto de partida o caso concreto, procurando
conjugar os ideais da justiça e da segurança jurídica.
Está aí, em breves notas, descrita a chamada “constitucionalização do
direito civil”, onde as normas fundamentais, os valores e princípios
constitucionais atuam como convergentes. É a partir deles que se deve
interpretar toda norma jurídica, inclusive os códigos. Ainda segundo
LORENZETTI 10, se, por um lado, ainda se vê quem interprete a Constituição de
acordo com o Código Civil, por outro lado, a tendência dominante é a de seguir
o fluxo contrário. Por outros termos, não se lê o Código Civil sob a ótica do
Estado liberal, mas do Estado democrático de direito.
É sob esses argumentos que se levanta a bandeira da
“constitucionalização dos direitos”. Portanto, que “a constitucionalização é o
processo de elevação ao plano constitucional dos princípios fundamentais do
direito civil, que passam a condicionar a observância pelos cidadãos, e a
aplicação pelos tribunais, da legislação infraconstitucional” 11. Esse processo de
constitucionalização do direito civil aliado ao conjunto de microssistemas
jurídicos, sela, inegavelmente, o novo paradigma do direito privado.
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PEREIRA, Johann Paulo Castello. Op. cit.
9
LORENZETTI, Ricardo Luis. Fundamentos do direito privado. São Paulo: RT, 1998. pp. 77-
9.
10
Idem, ibidem, pp. 77-9.
11
LÔBO, Paulo Luiz Netto. Constitucionalização do direito civil. Disponível em:
<http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=507>. Acesso em: 02.Mar.2005.
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E conclui:
SANTOS 13, por seu turno, utiliza a expressão “direito civil constitucional”,
que segundo ele, traduz, em sua raiz justificadora, “uma diferente forma de
‘releitura’ do direito civil, calcada em uma nova ordem de idéias nos campos
filosófico, científico e político”. Argumenta que se trata de uma forma de se
interpretar o direito civil sob uma ótica filosoficamente voltada à consideração
dos princípios constitucionais, aplicados cientificamente, visando a encontrar
uma solução mais justa como instrumento político de apazigüação social e
garantia da preservação do Estado democrático de direito.
PROLIK 14, defendendo a expressão “constitucionalização do direito
civil”, constata que “essa visão tem encontrado certa resistência de parte da
doutrina, como sempre ocorre quando se busca introduzir uma nova ordem de
idéias em qualquer campo da atividade humana”. E argumenta que:
12
SILVA, Regina Beatriz Tavares da. O projeto de código civil e o direito de família.
Disponível em: <http://www.intelligentiajuridica.com.br/artigos/artigo1-oldjan2001.html>. Acesso
em: 02.Mar.2005.
13
SANTOS, José Camacho. O novo código civil brasileiro em suas coordenadas
axiológicas: do liberalismo a socialidade. Disponível em:
<http://www.direitouesc.hpg.ig.com.br/ot1.htm>. Acesso em: 02.Mar.2005.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
14
PROLIK, Augusto. Constitucionalização do direito civil. Disponível em:
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOBBIO, Norberto. O positivismo jurídico. São Paulo: Ícone Editora ltda, 1996.
DE PLÁCIDO E SILVA. Vocabulário jurídico. 6. ed., v. II. Rio de Janeiro:
Forense, 1980.
GOMES, Orlando. Introdução ao direito civil. 13. ed., Rio de Janeiro: Forense,
1998.
LÔBO, Paulo Luiz Netto. Constitucionalização do direito civil. Disponível em:
<http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=507>. Acesso em: 02.Mar.2005.
LORENZETTI, Ricardo Luis. Fundamentos do direito privado. São Paulo: RT,
1998.
PEREIRA, Johann Paulo Castello. Direito constitucional das obrigações.
Disponível em:
<http://www.nobel.br/?action=direito&subAction=revista/julho/direito_constitucio
nal>. Acesso em: 02.Mar.2005.
PROLIK, Augusto. Constitucionalização do direito civil. Disponível em:
<http://www.prolik.com.br/priva02-02.html>. Acesso em: 02.Mar.2005.
SANTOS, José Camacho. O novo código civil brasileiro em suas coordenadas
axiológicas: do liberalismo a socialidade. Disponível em:
<http://www.direitouesc.hpg.ig.com.br/ot1.htm>. Acesso em: 02.Mar.2005.
SILVA, Regina Beatriz Tavares da. O projeto de código civil e o direito de
família. Disponível em: <http://www.intelligentiajuridica.com.br/artigos/artigo1-
oldjan2001.html>. Acesso em: 02.Mar.2005.