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*Imposto é roubo*.

A definição de roubo é: expropriação sem consentimento mediante ameaça ou


uso de violência. Não importa as palavras que use, no fim das contas, a
definição de roubo sempre será a expropriação sem consentimento mediante
ameaça ou uso de violência. Dito isso, fica claro que importo é roubo: 1) o
estado usa de ameaça para fazer com que as pessoas paguem impostos, ou
seja, não é uma troca voluntária. Caso alguém deixe de pagar, em última
instância, será sequestrado (preso).
Sabendo que todo estado necessariamente precisa cobrar impostos para
existir, a única forma de fazer com que ele pare de nos roubar é o destruindo. É
apenas uma consequência lógica.
*Mas tem retorno*.
Uma ação caracteriza-se como roubo no momento em que é feita, tornando,
assim, irrelevante o que será feito pelo ladrão após o roubo. Um ladrão quando
rouba uma pessoa, não importa se haverá algum tipo de retorno, é roubo.
*Somos como um condomínio fechado* .
1) O estado não é legítimo, dado que é existem apenas duas formas de se
conseguir um bem econômico: 1) apropriação original, i.e, agir sobre um
determinado recurso, alterando seu estado natural e criando um link
intersubjetivo. 2) trocas voluntárias. Porém, o primeiro tipo antecede o primeiro,
e isso acontece porque é impossível trocar algum bem econômico sem antes
alguém ter feito alguma apropriação original. E seguindo disso, o estado nunca
fez uma apropriação original e, portanto, não pode ser o proprietário de um
território - assim como o dono de um condomínio o é.

Franz Oppenheimer dizia que existem duas formas de conseguir riqueza. A


primeira forma é chamada de "meio econômico", que é o indivíduo usar sua
energia e mente, alterar o estado de algum recurso natural, produzir algum
bem e, finalmente, trocar com outros indivíduos. O segundo, por sua vez, é
chamado de "meio político", que se constitui em pegar em armas e
simplesmente roubar as pessoas. E o estado usa justamente o segundo
método. Ele não produz nenhum bem econômico para ofertar e trocar -
voluntariamente - com os seus clientes; a metodologia na qual o estado se
fundamenta é a espoliação, e não em trocas voluntárias. É importante ressaltar
que o estado precisa de pessoas usando o "meio econômico" para poder
roubar depois.

Frédéric Bastiat nos traz um questionamento interessante: por que, então, a


instituição que faz cumprir a lei não a obedece? Por que a lei permite que o
estado pratique atividades que são consideradas ilegais para os indivíduos? Eu
vou além, o limite do estado é definido pela lei, e esta é definida pelo estado.
Veja que o estado pode criar seus próprios limites e legitimar coisas nefastas,
como o sequestro, por exemplo.

*O estado serve para manter a ordem*.


Essa é outra mentira, explico. Por que as pessoas cooperam? Hans-Hermann
Hoppe nos explica: "os austríacos,
em particular os misesianos, enfatizam o fato de que não
precisamos admitir a existência de coisas como empatia ou
amor entre as pessoas para explicar isto. Interesse próprio
– ou seja, preferir mais ao invés de menos – é totalmente
suficiente para explicar este fenômeno de cooperação. Os
homens cooperam porque são capazes de reconhecer que
a produção sob a divisão do trabalho é mais produtiva
do que no isolamento autossuficiente. Apenas imagine
se não mais tivéssemos a divisão do trabalho, e você
imediatamente consegue perceber que nos tornaríamos
extremamente pobres e a maior parte da humanidade iria
imediatamente se extinguir. " Hoppe continua: "Thomas Hobbes assumiu que
as pessoas estariam se
esgoelando permanentemente se não fosse por uma terceira
parte independente – e esta é o estado, claro – para trazer
paz entre elas. Neste ponto, percebe-se imediatamente
que tipo curioso de construção é esta. Assume-se que as
pessoas são lobos maus, e que podem ser transformadas
em ovelhas caso um terceiro lobo se torne o soberano. Se
esta terceira parte é também um lobo, como obviamente
ela deve ser, então mesmo se ela trouxer paz entre dois
indivíduos, isto obviamente implica que haveria uma
guerra permanente entre o lobo governante e os dois lobos
que agora estão cooperando pacificamente entre si. "
Tem milhares de outros argumentos - inclusive outros muito mais complexos e
profundos -, mas por enquanto esses estão de bom tamanho. Sinta-se livre
para refutá-los.

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