Você está na página 1de 53

FACULDADE ANHANGUERA DE JUNDIAÍ

ESTÁGIO CURRICULAR
ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA:
ESTUDO HORO-SAZONAL PARA VIABILIZAÇÃO DE USINA TERMOELÉTRICA

SANDRO MARCHINI
RA: 0305160

JUNDIAÍ
2010
SANDRO MARCHINI

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA:
ESTUDO HORO-SAZONAL PARA VIABILIZAÇÃO DE USINA TERMOELÉTRICA

Relatório de Estágio apresentado ao curso


de Engenharia de Controle e Automação da
Faculdade Anhanguera de Jundiaí, como
parte dos requisitos necessários para a
obtenção do título de Engenheiro de
Controle e Automação.

Orientador: Prof. Sérgio Viggiano

JUNDIAÍ
2010
FACULDADE ANHANGUERA DE JUNDIAÍ
ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO
JUNDIAÍ /2010

SANDRO MARCHINI

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA:
ESTUDO HORO-SAZONAL PARA VIABILIZAÇÃO DE USINA TERMOELÉTRICA

APROVADO EM ____/____/____

______________________________________________________________

Prof. Sérgio Viggiano – ORIENTADOR


AGRADECIMENTOS

Ao Engenheiro Marcos Jordão, pela qual foi o meu supervisor de estagio, que
contribuiu na complementação dos ensinamentos e tornou real a realização deste
estudo sobre eficiência energética.

Agradeço a minha família ao incentivo, carinho e dedicação que me fez crescer


como pessoa.

E ao meu orientador por sua paciência e perseverança quanto à entrega deste


estudo.
RESUMO

O estudo aqui realizado se deve a conscientização do uso racional da energia


elétrica tanto aos consumidores industriais como também os interessados em reduzir
suas despesas mensais com energia elétrica.
As informações aqui prestadas abrangem uma larga faixa dos principais recursos de
energia elétrica no processo produtivo, tendo em vista uma classe industrial que
apresenta uma gama de variedades e atividades.

Por que conservar energia elétrica?

A conservação de energia elétrica proporciona vantagens, ou seja, conciliar a


redução do consumo de energia elétrica com aumento da produtividade sem afetar a
segurança, implicando assim a redução das despesas com energia, através do
melhor aproveitamento das instalações e equipamentos elétricos e como
conseqüência a melhoria na qualidade do produto.

Para a sociedade em si a conservação da energia resulta em uma otimização dos


custos de investimentos na construção de novas usinas hidrelétrica e ou
termoelétrica, cujas conseqüências seriam a redução dos custos com eletricidade,
redução dos preços de produtos e serviços, maior garantia no fornecimento de
energia elétrica.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FOTO 1 – Solaris Prédio, 1250 Diretoria Técnica. 14

FOTO 2 – Solaris Prédio, 1100 Diretoria Comercial 14

FOTO 3 – Pátio Manutenção de Plataformas e Manipuladores 15

FOTO 4 – Pátio de Manutenção de Geradores 16

FOTO 5 – Pátio de Manutenção de Geradores painel de transferência 16

FOTO 6 – Apresentação da Equipe de Engenharia 18


LISTA DE GRÁFICOS

GRAFICO 1 – Horário de Ponta 22


LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – Grupos e Sub Grupos de Tarifação Horo-Sazonal 25

TABELA 2 – Tarifação Horo-Sazonal Azul 27

TABELA 3 – Tarifação Horo-Sazonal Verde 28


LISTA DE PROJETOS

PROJETO1 – Paralelismo Momentâneo Rede/Gerador MT Proteção Indireta 39

PROJETO2 – Paralelismo Momentâneo Rede/Gerador BT Proteção Indireta 40

PROJETO3 – Paralelismo Momentâneo Rede/Gerador BT Proteção Direta 41

PROJETO4 – Paralelismo Momentâneo Rede/Gerador MT Proteção Direta 42


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 10

1.1 Objetivos 10

1.2 Estrutura do estudo 11

2. SOBRE A SOLARIS EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS LTDA 13

2.1 Missão, Visão e Valores 13

2.2 Produtos 15

2.3 Engenharia de Projetos e Aplicações 17

3. ESTUDO DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA DA EMPRESA SOLARIS 19

3.1 Levantamento dos Horários de funcionamento da empresa Solaris 19

3.2 Potências Instaladas e Potências de Demanda 19

3.3 Cálculo de Corrente dos Alimentadores 20

3.4 Expressão Geral do Cálculo de Demanda 20

3.5 Tarifação Horo-Sazonal 22

3.6 Custo de Geração de Energia 32

3.7 Requisitos Técnicos 34

3.8 Proteção 37

3.9 Inspeção e Testes 38

4. DIAGRAMAS UNIFILARES 39

4.1 Paralelismo Momentâneo Rede/Gerador MT Proteção Indireta 39

4.2 Paralelismo Momentâneo Rede/Gerador BT Proteção Indireta 40

4.2 Paralelismo Momentâneo Rede/Gerador BT Proteção Direta 41

4.2 Paralelismo Momentâneo Rede/Gerador MT Proteção Direta 42

5. DESCRIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS 43

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS DO ESTUDO REALIZADO 44

6.1 Aspectos Administrativos 44


6.2 Orientações Gerais 46

6.3 Necessidade de Pequenos Investimentos 46

6.4 Necessidade de Investimentos Significativos 47

6.5 Gestão Energética 48

REFERÊNCIAS 50

ANEXOS 51
1 INTRODUÇÃO

A Otimização dos procedimentos técnicos de análise e diagnósticos


energéticos objeto deste estudo, refere-se à na verdade a uma simplificação dos
procedimentos operacionais de entrada e análise de dados, garantindo assim maior
independência quanto a sua análise e diagnóstico, o que caracteriza maior eficiência
na conservação de energia além de permitir o controle dos custos com base na
classificação tarifaria contratado, permitindo uma comparação de perfil do
consumidor com outras modalidades tarifárias, viabilizando outros investimentos em
diversos cenários da nossa economia

1.1 Objetivos
Constitui objetivo geral deste estudo, pelas quais serão apresentadas a
seguir respectivamente as principais metas e atividades desenvolvidas:
a) Criação de Ferramentas eficientes para facilitar a análise e
diagnóstico energético.
b) Abranger um espectro amplo de abordagem de otimização e análise
energética.
c) Divulgar e popularizar o conhecimento a respeito da análise e
diagnóstico energético.
d) Levantar e atualizar os dados dos consumidores e medidas de
conservação de energia adotadas

Procedimentos Metodológicos
Foram executadas análises sistêmicas e não pontuais durante o
diagnóstico energético apresentado neste estudo, sendo que uma vez que os
potenciais de eficiência energética aumentam quando são analisadas no
sistema como um todo e não isoladamente.
Com referencia ao aspecto administrativo e institucional será nos
apresentada nos capítulos seguintes a estratégia executada no âmbito da
empresa Solaris Equipamentos e Serviços, objeto de estudo.
No que consiste, basicamente, na realização de levantamentos da
demanda, sistema de operação da empresa, ramo de atividade e produção.
11

O objetivo principal foi de reduzir o consumo de energia elétrica em 30 %,


comparado com as doze ultimas contas de energia para verificar a viabilidade
de utilização de Grupo Gerador no horário de ponta.

1.2 Estrutura do Estudo

A Estrutura do estudo em questão é um diagnóstico energético que


compreendem, predominantemente no acionamento eletro-eletrônico, motor
elétrico, acoplamento motor-carga, cargas mecânicas acionadas tais como
(Bombas, Compressores, Ventiladores, Exaustores, Instalações,
Equipamentos de corte e Equipamentos de Solda.
Realizadas análises tarifárias das 12(doze) últimas contas de energia,
correção do fator de potência caso exista a necessidade desta aplicação e
analise de medidas comparadas ao alto tempo de retorno de investimento
serão levadas em consideração no calculo dos indicadores econômicos,
custos de manutenção e operação
Ao selecionarmos os sistemas termoelétricos objeto do
autodiagnósticos foram considerados sempre como binômios de potência
elétrica x tempo de operação, pelo qual chamamos de energia média gerada
conforme descrito nos próximos capítulos.
Outros fatores que tenham influenciado na escolha do Gerador seriam
a dificuldade de acesso, risco etc.
Para obter uma análise econômica aprofundada, foram levados em
considerações os custos com manutenção, operação, peças de reposição e
instalação.
O estudo em si consta o nome de indústria, o Engenheiro responsável
e o período de realização do diagnóstico energético, bem como a citação da
economia prevista conforme custo R$/kWh, além dos valores e indicadores
econômicos de investimento, tais como valor presente líquido, taxa interna de
retorno.
São terminantemente imprescindíveis todas as informações gerais
pertinentes a respeito sobre a Solaris, tais como, ramo de atividade, principais
produtos e serviços, número de empregados, dias da semana de
funcionamento, nº de turnos e descrição dos processos produtivos.
12

No âmbito energético as principais informações coletadas


predominantemente neste estudo foram os insumos, fluxo energético medido,
fator de carga, modalidade tarifária, valor médio da fatura, consumo médio de
eletricidade e demanda contratada.
Apresentação do levantamento das informações de placas e das
medições realizadas, informando a relação de equipamentos de medição
utilizados com seus certificados de aferição e calibragem.
Análise técnica e econômica detalhadas, acompanhadas de memoriais
de cálculos e premissas adotadas.
Foram também analisadas recomendações, tais como, alterações de
pontos de operação de equipamentos, aderência aos procedimentos de boas
práticas de operação e manutenção, adequação das instalações,
estabelecimentos de rotinas de calibração e aferição de equipamentos e
instrumentos, quando necessário a substituição de equipamentos.
2 SOBRE A SOLARIS EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS LTDA

A Solaris é uma empresa do Grupo Sullair, voltada para locação de


equipamentos e serviços há mais de 13 anos desenvolvendo oportunidades e
soluções, possuindo um parque industrial de equipamentos para locação em uma
ampla variedade de equipamentos para a indústria, construção, serviços e
entretenimento em geral.
Nos serviços de geração de energia a Solaris atua em diferentes mercados da
América do Sul, sempre maximizando os benefícios e reduzindo os riscos.

2.1. Missão, Visão e Valores

Missão segundo a Solaris é ser uma empresa de locação de


equipamentos eficiente, focada em oferecer um serviço superior aos clientes.
Assegurando o compromisso de gerar valor para os acionistas, colaboradores
e comunidades em que atua, respeitando sempre o meio ambiente.

Visão segundo a Solaris é ser reconhecida como a melhor e a primeira


opção de locação de equipamentos no Brasil, pelo pioneirismo, inovação e
qualidade dos nossos produtos e serviços.

Valores segundo a Solaris os valores representam todos os alicerce


pela qual a Solaris solidificou o seu desenvolvimento sempre mantendo uma
postura íntegra e transparente aplicada em suas atividades, estabelecendo o
equilíbrio entre interesses de todas as partes.
Os relacionamentos no trabalho orientam-se pela confiança, honestidade,
integridade, imparcialidade e o respeito mútuo apresentado sob os princípios
de Ética, Paixão, Comprometimento, Trabalho em equipe, Flexibilidade e
Profissionalismo.
14

Foto 1 – Dependência da Solaris Prédio 1250


(Departamento Diretoria Técnica)

Foto 2 – Dependência da Solaris Prédio 1100


(Departamento Diretoria Comercial)
15

2.2 Produtos
PLATAFORMA PARA TRABALHO EM ALTURA
Plataforma elétrica e diesel para trabalho em altura JLG.
Possuem capacidade de elevação de 7,6 a 43 metros de altura

MOVIMENTO DE TERRA
Linha completa de equipamentos para movimento de terra: leves,
médios e pesados, para projetos de pequena, média ou grande escala

GERADORES DE ENERGIA
Grupo Geradores Cummins Power Generation de 50kVA á 2500kVA,
Cabinado com ou sem tratamento acústico (Insonorizado).

MANIPULADORES TELESCÓPICOS
Manipuladores de Carga para trabalhos pesados. Suportam até
4.535kg e possuem alcance horizontal de até 12 metros.

COMPRESSORES DE AR
Compressores de Ar Sullair com vazão de 185 a 900 ft3/min e pressão
de trabalho de 7 a 10 bar (g).

TORRES DE ILUMINAÇÃO
Ideais para iluminação temporária possuem mastros telescópicos de 9
metros, facilmente ajustável e desmontável.

Foto 3 – Solaris Pátio de Manutenção


(Manipuladores, Plataformas)
16

Foto 4 – Solaria Pátio de Manutenção


(Geradores)

Foto 5 – Solaria Pátio de Manutenção


(Painéis de Controle e Transferência)
17

2.3 Engenharia de Projetos e Aplicações


O mundo se tornou totalmente dependente da eletricidade. O
fornecimento de energia elétrica é crítico para praticamente todas as
instalações e um fornecimento confiável de energia elétrica é vital para um
número crescente de instalações. Como grandes edifícios de escritórios e
indústrias, bem como telecomunicações, centros de informação e provedores
de serviço de Internet dependem da disponibilidade da energia elétrica 24
horas por dia, sete dias por semana sem interrupções.
Esta necessidade também é alimentada pelo número crescente de
computadores no processamento de dados, controle de processos, sistemas
de suporte à vida e comunicações globais, que requerem um fluxo contínuo e
ininterrupto de energia elétrica. Além das questões de confiabilidade, existem
os incentivos ao crescimento econômico que favorecem a instalação local de
grupo motor-gerador. Como resultado, o grupo motor-gerador é
rotineiramente especificado para a construção de novos edifícios, bem como
para reformas. Os mesmos fornecem energia de emergência no evento de
falha da concessionária de energia elétrica e podem ser utilizados para
reduzir o custo da eletricidade quando a estrutura de tarifas e política da
concessionária local de energia elétrica faz destes uma opção viável. Devido
ao seu importante papel, os grupos geradores devem ser especificados e
aplicados de forma a fornecer energia elétrica confiável de qualidade e na
capacidade necessária. Tanto em comunidades remotas não servidas por
uma rede comercial de energia elétrica, quanto em locais onde, por alguma
razão, a rede comercial de energia elétrica esteja indisponível por longos
períodos, o fornecimento de energia elétrica Prime torna-se uma necessidade,
e não um luxo, para muitos usuários. Qualquer que seja o uso pretendido da
energia elétrica local, a confiabilidade de serviço dos equipamentos locais,
seu desempenho e custo são as principais considerações dos usuários. É por
este motivo e para atender melhor a seus clientes com qualidade a Solaris
criou o departamento de Projetos e Aplicações com o objetivo de fornecer
soluções de energia com opção de locação no Brasil e em países da América
latina, fornecendo eletricidade para todos os tipos de aplicações. Aplicações
estas que vão desde “emergencial”, “contínuo”, “simples”, “complexa”,
“paralela”, “não paralela” até mesmo “com ou sem concessionária”.
18

A Solaris tem o comprometimento com o sucesso de cada projeto,


trabalhando próximo aos clientes para se certificar que o equipamento esta
sendo corretamente aplicado em cada situação onde ele é utilizado.
Através da experiência projetando soluções de energia, os Engenheiros de
Projetos e Aplicações elaboram documentações no auxiliá-lo da equipe
técnica de manutenção na identificação de potenciais problemas garantido
assim a confiabilidade, garantia e qualidade dos produtos e serviços
ofertados.
Segundo a Solaris:
“A nossa energia trabalhando para você”

Foto 6 – Apresentação da Equipe de Engenharia


(Engenharia de Projetos e Aplicações)
19

3 Estudos de Conservação de Energia da Empresa SOLARIS


Os investimentos em conservação de energia elétrica poderão ser viabilizados
em função da adequada utilização de energia elétrica, tendo em vista as condições
gerais de fornecimento e os atuais sistemas tarifários.
Porém antes de tomar qualquer iniciativa ou ação visando à economia de
energia em uma empresa, torna-se necessário a implantação de um programa interno
de conservação de energia.
3.1 Levantamentos dos Horários de funcionamento da empresa
A Solaris possui horário de trabalho com início às 7h: 00min com término
às 18h: 00min, pausas durante a jornada de trabalho dos colaboradores são das
12h: 00min às 13h: 00min e das 15h: 00min às 15h: 30min. O Plantão de
manutenção aos sábados das 7h: 00min às 12h: 00min, não possui turnos,
porém os colaboradores trabalhão em média 3 dias por mês das 18h: 01min às
22h: 30min.
No total de 42h: 00min por mês.
3.2 Potências Instaladas e Potências de Demanda
A Potência Instalada (Pinst), ou Potência Nominal (Pn) do circuito aqui
estudado é a soma das potências nominais dos equipamentos de utilização.
Na realidade, não se verifica o funcionamento de todos os pontos ativos
simultaneamente, de modo que não seria econômico dimensionar os
alimentadores do quadro Geral.
Considera-se que a potência realmente demandada pela instalação (Pd)
seja inferior á instalada (Pinst), e a relação entre ambas é designada como fator
de demanda, que se representa pela letra f.
Multiplicando o fator de demanda pela carga instalada, obtém-se a
potência demandada (Pd), ambos chamamos de potência de Alimentação (Palim)
ou demanda máxima.

Pd = Palim = demanda máxima


Pd = f x Pinst
20

3.3 Cálculo de corrente nos alimentadores


Como todos os equipamentos não funcionam ao mesmo tempo de modo
que se pode considerar no dimensionamento do alimentador uma corrente
inferior (Ip), corresponde ao uso simultâneo de todos os equipamentos, uma vez
que a potência demandada é inferior à potência instalada. Esta corrente é
calculada multiplicando-se a corrente nominal, correspondente à potência
nominal, pelos seguintes fatores:
F1 = Fator de demanda, definida como a razão entre a carga média
suprida num período e o valor total da carga de um determinado sistema elétrico.
F2 = Fator de Utilização, decorre ao fato de que nem sempre um
equipamento é solicitado a trabalhar com a sua potência nominal.
Isto ocorre com motores e não deve ser considerado como lâmpadas,
tomadas e aparelhos de Ar Condicionado, que para esses casos o fator “F2=1”,
ou seja, é a potência utilizada é igual à potência nominal.
Caso em falhas de indicações mais rigorosas quanto ao comportamento
dos motores, pode-se adotar, para o caso em questão, F2 = 0,75.
F3 = Fator de aumento futuro de carga, caso não haver nenhum
aumento, F3=1. No entanto, é recomendada uma capacidade de reserva para as
futuras ampliações, para o caso em questão, F3=0,20.
F4 = Fator aplicável a circuitos de motores, costuma-se acrescentar
25% à carga do motor de maior potência.
Ip = In x f1 x f2 x f3 x f4

3.4 Expressão Geral para Cálculo de Demanda


O Calculo da Carga Instalada e da Demanda vem do somatório das
potências nominais de placa dos aparelhos elétricos.
Deve ser avaliada a demanda utilizada para a definição da categoria de
atendimento e para o dimensionamento dos equipamentos para serviços
trifásicos.
Calcula-se a demanda, utilizando a seguinte expressão:
D(kVA) = d1+ d2 + (1,5 x d3) + d4 + d5 + d6, onde:
21

d1(kW ou kVA) = demanda destinada a iluminação, calculada com base


nos fatores de demanda e considerando fator de potencia igual a 1.
d2(kW ou kVA) = demanda dos aparelhos para aquecimento de água,
calculada com base nos fatores de demanda e considerando fator de potencia
igual a 1.
d3(CV) = demanda dos aparelhos de ar condicionado, calculada conforme
base nos fatores de demanda.
d4(kVA) = demanda das unidades centrais de condicionador ar, calculada
a partir da corrente máxima, valores a serem fornecidos pelos fabricantes,
considerando o fator de demanda de 100%
d5(kVA) = demanda dos motores elétricos e máquinas de solda tipo motor
gerador.
d6(kW ou kVA) = demanda das máquinas de solda a transformador e
aparelhos de raio X.
A carga instalada servirá para definição da categoria de atendimento e
para dimensionamento da instalação.

3.4.1 Medidores de Energia

A energia elétrica é medida por instrumentos que se


chamam quilowatt-hora-metro; esses instrumentos são
integradores, ou seja, somam a potência consumida ao longo do
tempo.
O princípio de funcionamento do medidor de energia é o
mesmo que o de um motor de indução, ou seja, os campos
gerados pelas bobinas de corrente e de potencial induzem
correntes em um disco, provocando a sua rotação. Solidário com o
disco existe um eixo em conexão com uma rosca sem fim, que
provoca a rotação dos registradores, os quais fornecerão a leitura.
22

As companhias dês eletricidade retiram as leituras dos


registradores de cada medidor, onde é realizada a subtração da
leitura atual com a anterior para se obter o consumo real do mês.
3.5 Tarifações Horo-Sazonal
3.5.1 Horário de Ponta

Ao longo das 24 horas do dia, o consumo de energia varia,


atingindo valores máximos entre as 17 e 22 horas.
De acordo com o perfil da carga de cada concessionária, são
escolhidas três horas compreendidas no intervalo das 17h00min às
22h00min, dos dias úteis, definido como Horário de Ponta.

Gráfico 1 – Horário de Ponta

O sistema de geração de energia tem que ter capacidade para


suprir o pico de consumo neste horário e no restante do tempo
permanecer com capacidade ociosa.

A “carga média” dos horários fora de ponta é chamada de “carga


de base” e a carga média das cinco horas do horário de ponta é
chamada de “carga de ponta”. Para se obter um melhor equilíbrio do
sistema de geração, utiliza-se durante o dia, nos horários fora de ponta, a
23

energia gerada pelas usinas hidrelétricas, mantendo o suprimento da


carga de base. Na medida em que aumenta o consumo, adiciona-se ao
sistema a energia gerada pelas usinas termelétricas (de maior custo).

Considerando que a energia gerada para suprir as cargas de ponta


tem custo mais alto, resultante do consumo de combustível e do
investimento em instalações, seria interessante deslocar a concentração
de consumo deste para outros horários, o que resultaria em melhor
aproveitamento da capacidade instalada. A instituição de tarifa
diferenciada para o Horário de Ponta surge, então, como uma forma de
compensação dos custos de geração das usinas termelétricas.

3.5.2 Tarifas
O sistema tarifário brasileiro em vigor atualmente foi estabelecido a
partir de 1993 pela Lei n° 8.631 e o Decreto n° 774, que a regulamentou.
Estabeleceram a desequalização tarifária e a extinção da remuneração
legal mínima de 10% sobre o investimento, vigente desde o Código de
Águas, de 1934, fixando, a partir de então, o regime tarifário vigente.
Conhecida também como TARIFA BINÔMIA, por ser constituída de
duas parcelas distintas, estabelece os valores para POTÊNCIA e
ENERGIA.

Além dessa distinção entre potência e energia, o sistema


acrescentou o segmento HORO-SAZONAL, que estabelece tarifas para
os horários de PONTA e FORA DE PONTA.

E ainda fixa valores distintos para os períodos do ano


compreendidos entre maio e novembro, definido como PERÍODO SECO e
entre dezembro e abril como PERÍODO ÚMIDO. Os valores são fixados
pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que é o órgão
regulador das relações entre as concessionárias e consumidores,
estabelecendo os diversos tipos de contratos, normas e instruções.
24

As características de cada unidade consumidora determinam o seu


enquadramento em cada categoria. Na primeira modalidade, denominada
TARIFA CONVENCIONAL, estão enquadrados os consumidores
residenciais e as pequenas instalações industriais e comerciais. São os
consumidores atendidos em tensão secundária de distribuição.

Para as instalações consumidoras com potência instalada acima de


112,5 KVA (dependendo da concessionária, pode ser 75 ou 225 KVA) o
suprimento de energia é feito em MÉDIA ou ALTA TENSÃO e é
obrigatória a contratação de POTÊNCIA e ENERGIA (demanda e
consumo), podendo o consumidor optar por uma das duas possíveis
faixas do segmento HORO-SAZONAL. No segmento HORO-SAZONAL, o
consumidor pode optar por uma das duas possíveis formas de
fornecimento de energia: HORO-SAZONAL AZUL ou HORO-SAZONAL
VERDE. Algumas concessionárias não disponibilizam o suprimento de
energia em média ou alta tensão na tarifa convencional.

Entenda-se como baixa tensão àquela disponibilizada pela


concessionária como tensão secundária de distribuição (220, 380, 440,
480 Volts); Média tensão aquela utilizada pela concessionária como
tensão primária de distribuição (geralmente 13,8 ou 25 kV) e alta tensão
como a utilizada pelo sistema de transmissão (69 ou 138 kV na maioria
das Linhas de Transmissão).

O sistema de tarifas atual encontra-se em processo de


transformação, para se adequar às regras de mercado preconizadas para
o mercado brasileiro de energia a partir de 2006, quando é prevista a livre
negociação entre consumidores e fornecedores de energia.

Atualmente, há três componentes do custo de energia que são


regulados pelo poder público, quais sejam:

Tarifa de geração – Valor pago por MWh, pelas empresas


distribuidoras, às empresas geradoras de energia;
25

Tarifa de transporte – Valor pago por MWh, atualmente pelas


concessionárias, mas futuramente poderá ser pago pelo consumidor, às
empresas detentora da propriedade das linhas de transmissão.

Tarifa para o consumidor – Valor total pago pelo consumidor.

3.5.3 A Classificação dos Consumidores


No quadro abaixo, as diversas categorias de consumidores.

Tabela 1 – Grupos e Sub-Grupos de Tarifação Horo-Sazonal


Na coluna DEMANDA (R$/kW), as classes de consumidores
assinalados com N são tarifados apenas em CONSUMO. As demais são
obrigadas ao regime de tarifa binômia, mesmo quando há a opção de
tarifa convencional, fora do regime HORO-SAZONAL.
Os consumidores dos subgrupos A2, A3, A3a, A4 e AS, da tabela
acima, podem optar por uma das modalidades do sistema Horo-Sazonal,
conforme sua conveniência, contratando a potência e o suprimento de
energia. Na maioria dos casos, o contrato de suprimento é na TARIFA
26

AZUL, onde o consumidor paga valores correspondentes aos


componentes seguintes.

3.5.4 Demanda Contratada


A demanda contratada é à base do contrato de suprimento de
energia. Refere-se à potência que a concessionária disponibilizará para
uso pela unidade consumidora.

Os valores de demanda contratada (em kW) são independentes do


consumo registrado (em kW.h). No caso de se verificar demanda que
supere em mais de 10% o limite contratado, o consumidor pagará o
excesso calculado pela tarifa de ultrapassagem. O valor da tarifa de
ultrapassagem é três vezes o valor da tarifa básica, tanto para o horário
fora de ponta quanto para o horário de ponta.

A verificação de demanda é feita pelo equipamento registrador da


concessionária, instalado no ponto de medição da unidade consumidora,
que a cada 15 minutos gera um registro para fins de faturamento. Nos
campos deste registro, outros parâmetros, tais como fator de potência,
também são guardados para os cálculos por ocasião da emissão da fatura
mensal de energia.

Tratando-se do segmento HORO-SAZONAL AZUL, serão fixados


dois valores de demanda contratada. Um para o horário de ponta e outro
para o horário fora de ponta. O valor de potência, em kW, para o horário
de ponta não pode ser inferior a 10% do valor estabelecido para o horário
fora de ponta.

Tratando-se do segmento HORO-SAZONAL VERDE, não haverá


contrato de demanda no horário de ponta. Presume-se que a unidade
consumidora estará inativa, desligada ou utilizando outras fontes de
energia no horário de ponta. Caso o registrador apresente algum
consumo (energia) para o horário de ponta, este será faturado pela tarifa
27

correspondente, que é cerca de dez vezes a tarifa para o horário fora de


ponta. Os contratos, uma vez assinados, não podem ser alterados dentro
de, no mínimo, 90 dias.

3.5.5 Consumo

O consumo (energia utilizada) é o registro dos kW.h acumulados


verificado no período de medição. Para os dois segmentos HORO-
SAZONAL há tarifas de consumo diferentes para os períodos SECO e
ÚMIDO. As figuras a seguir dão uma idéia da estrutura do sistema de
tarifas:

Tabela 2: Tarifação Horo-Sazonal Azul


28

Tabela 3: Tarifação Horo-Sazonal Verde

3.5.6 Fator de Carga

É a relação percentual entre a potência (demanda) média


efetivamente utilizada e a máxima registrada no período (Para as nossas
considerações e cálculos, usar sempre a demanda paga. Em alguns
casos, superior à contratada. Em outros casos, a máxima registrada pode
ser inferior à contratada e efetivamente paga). Tem influência relevante na
fatura de energia da unidade consumidora, na medida em que reduz o
custo médio do kW.h na proporção em que se aproxima de 1 (ou 100%).

O custo da energia para a unidade consumidora, como visto, é


composto por duas parcelas. Uma correspondente à Potência (demanda)
e a segunda, correspondente à energia (consumo).

C = a . kW + b . kW.h
29

Onde a = tarifa ou preço unitário do kW, b = tarifa ou preço


unitário do kW.h e C = custo total da fatura (sem a incidência dos
encargos previstos na legislação).

Consideremos o fator de carga, como definido:

Fc = Dmed / Dmax (Relação entre demanda média e demanda máxima)

Dmed = kW.h (faturados) / Número de horas do período. Num mês


de 30 dias corridos, sem feriados além dos finais de semana, temos 22
dias úteis, donde resulta um total de 22 x 3 = 66 horas de horário de ponta
e 30 x 24 – 66 = 654 horas de operação no horário fora de ponta. Ou seja:

Na ponta: Dmed = kW.h (na ponta) / 66

Fora da Ponta: Dmed = kW.h (f. ponta) / 654

Como Dmax = kW, (demanda faturada) Fc = (kW.h/66)/kW para o


horário de ponta e Fc = (kW.h/654)/kW para o horário fora de ponta. (Se
o período considerado for diferente de 30 dias e o número de horas de
ponta diferente de 66, basta substituir os valores)

Consideremos u = custo unitário do kW.h, como sendo o Custo


Total (a.kW + b.kW.h) dividido pelo total de kW.h utilizados. Podemos
calcular u para o horário de ponta e, igualmente, para o horário fora de
ponta.

O termo kW / kW.h na fórmula acima pode ser substituído por


1/66.Fc para o horário de ponta ou 1 / 654.Fc para o horário fora de
ponta, resultando:
30

, onde se conclui que o custo unitário de energia é inversamente


proporcional ao fator de carga.
Essa consideração é muito útil, uma vez que nos Estudos de
viabilidade de geração de energia para consumo próprio é necessário
redimensionar os valores de demanda para a nova modalidade de
contrato, sem correr riscos de incorrer em faturamento de ultrapassagens.
Em determinadas aplicações, a economia resultante justifica o
investimento em um gerenciador de demanda, visando à otimização do
fator de carga.

3.5.7 As vantagens de gerar energia para consumo próprio nos


horários de ponta

O valor da fatura de energia se compõe pelos custos de potência e


de energia, nos horários de ponta e fora de ponta.

No capítulo anterior, consideramos a o preço (ou tarifa) do kW e b


o preço ou tarifa do kW.h. Consideremos os mesmos elementos para os
horários de ponta e fora de ponta:

af = kW fora da ponta;

ap = kW na ponta;

bf = kW.h fora da ponta e

p = kW.h na ponta

Constatamos que: ap = 3 x af e que bp = 2,1 x bf para as unidades


consumidoras da classe A4, que congrega a maioria das instalações
industriais de pequeno porte e a quase totalidade das médias. A tarifa de
ultrapassagem é 3 vezes a tarifa básica, ou seja, ultrapassagem na ponta
31

é igual a 9 vezes a tarifa fora de ponta e ultrapassagem fora de ponta é


igual à tarifa básica do horário de ponta.

A possibilidade de eliminação das parcelas correspondentes ao


horário de ponta se torna particularmente atraente para as instalações
onde não é possível reduzir o consumo. A alternativa de melhores
resultados é não contratar demanda e não consumir energia da
concessionária no horário de ponta. Entretanto, para manter a sua
atividade normal, deverá gerar a energia de que necessitará.

Para não pagar por potência no horário de ponta (não contratar


demanda) o consumidor deverá optar pela tarifa “Horo-Sazonal” verde e,
neste caso, se necessitar consumir energia no horário de ponta, não
pagará por demanda neste horário, porém sua tarifa de consumo será de
9,5 vezes a tarifa do horário fora de ponta.

Para todos os casos, as reduções possíveis podem ser avaliadas


por meio de simulação das faturas de energia com as tarifas atualizadas e
as médias de consumo, desde que sejam representativas da realidade da
instalação. Em geral, além da redução da fatura de energia resultante
diretamente da eliminação das parcelas de demanda e consumo no
horário de ponta, outras reduções podem ser obtidas, tais como correção
de fator de potência e otimização do fator de carga por meio da
contratação do valor mais adequado de potência. Para isso, pode ser
necessária a avaliação de determinadas cargas para definir o seu impacto
na máquina ou equipamento é de uso esporádico, pode ser conveniente
não alimentá-la com energia da concessionária e utilizar um grupo
gerador.
Na maioria das instalações onde demanda e consumo no horário
de ponta são iguais aos dos horários fora de ponta, a eliminação das
primeiras pode representar até 40% do valor da fatura e justificar
plenamente o investimento em geração própria.
32

3.6 Custo de Geração de Energia a partir do óleo diesel

Uma vez analisada e considerada as doze últimas contas de energia e


verificado a possibilidade de redução da fatura de energia e escolhido o gerador.
A planilha anexa, utilizada para a simulação das faturas de energia para o
horário de ponta, efetua os cálculos dos custos. Havendo correções dos valores,
a serem introduzidas em função de características conhecidas do grupo gerador
considerado.
Uma vez conhecido os valores de demanda e o Grupo Gerador a ser
utilizado é chegado o momento de avaliar o custo para geração da energia de
que necessitará nos horários de ponta.

3.6.1 Custo do Combustível

Cerca de 90% do custo da energia gerada por grupos geradores


devem ser debitados ao preço do combustível. Neste ponto, o consumo
específico de combustível do motor utilizado pode ser de vital importância.
As recomendações técnicas neste sentido apontam para um limite de 300
litros por MW.h (ou 0,30 l/kW.h). Como o consumo específico é uma
variável em função da carga, apresentando seus valores mínimos com
cerca de 80% de potência nominal, é recomendável que não se super
dimensionem os grupos geradores para essas aplicações. Os valores
ótimos de consumo específico dos motores Diesel situam-se na faixa de
220 a 225 gramas por kW.h disponibilizados no volante para acionamento
do alternador. Se considerarmos um rendimento de 95% para o mesmo,
teremos um consumo da ordem de 231 a 237 gramas ou 0,270 a 0,277
litros por kW.h gerado. Ao preço de R$ 2,00 por litro, resulta de R$ 0,38 a
R$ 0,39 por kW.h a parcela de custo devida ao combustível.

3.6.2 Custo de Manutenção

Cálculos a partir do aplicativo Life Cycle Cost da Cummins,


apontam para uma média de US$ 12,00 por MW.h gerado, para as
máquinas acima de 500 kW, podendo oscilar em torno da média com + ou
33

US$ 4,00 (de 8 a 16 dólares). Inclui deslocamentos do mecânico até 50


Km da sede, revisões periódicas de 250, 500, 1.000, 5.000 e 10.000 horas
de operação.

3.6.3 Consumo de Lubrificante

Considerado 0,3% do consumo de combustível. Para 0,27 litros de


combustível, temos 0,00081 por kWh ou 0,81 litros por MW.h. Ao custo de
R$ 4,50 por litro, resulta R$ 3,65 por MW.h.

3.6.4 Exigências das Concessionárias

Gerar energia para consumo no horário de ponta tem o


inconveniente da necessidade de trocar a fonte supridora duas vezes por
dia, no início e ao término do período, nos dias úteis. Embora a
transferência de carga possa ser feita rapidamente, haverá interrupção do
suprimento de energia, o que poderá ser inaceitável para algumas
atividades que não estejam protegidas por fontes de energia segura. Para
solucionar este inconveniente, pode-se dotar o(s) grupo(s) gerador(es)
com sistemas de transferência em transição fechada, sem interrupção e
passagem da carga de uma para outra fonte em rampa suave. Entretanto,
para isso é necessário operar instantaneamente na condição de
paralelismo com a rede da concessionária. Uma outra alternativa seria a
transferência com a utilização de chaves estáticas, cuja interrupção nas
transferências sincronizadas é de apenas 4 ms, imperceptível para os
equipamentos mais sofisticados. Por ser mais onerosa, é uma opção
cujas aplicações são limitadas.

Para operar em paralelo com a concessionária, há duas


possibilidades. A primeira consiste em paralelismo instantâneo, onde o
grupo gerador não permanece mais do que 15 segundos em paralelo com
a rede pública. A segunda é o paralelismo permanente, onde há a
possibilidade de gerar para “Peak Shaving” ou exportação de energia. Em
ambos os casos, a unidade consumidora necessitará alterar os termos do
34

seu contrato de conexão e uso do sistema de distribuição de energia e


assinar um Acordo Operativo com a concessionária. Para tanto, há um
procedimento e exigências técnicas quanto à instalação de proteções
especificadas a critério de cada concessionária. A titulo de exemplo, o que
segue abaixo é parte da Nota Técnica NT-6.005, da Eletropaulo. Para
outras concessionárias, quando for o caso, é necessário estabelecer
contato prévio e definir de antemão as proteções e demais requisitos a
serem cumpridos para a instalação do sistema.

3.7 Requisitos Técnicos

3.7.1 Considera-se nesta Nota Técnica como rede de distribuição, toda e


qualquer parte do sistema elétrico da Eletropaulo Metropolitana que opera nas
tensões de distribuição.

3.7.2 Esta Nota Técnica visa a proteção, a qualidade de fornecimento e a


operação do sistema elétrico da Eletropaulo Metropolitana.

3.7.3 A Eletropaulo Metropolitana só permitirá o paralelismo momentâneo


da rede com o gerador do consumidor desde que não resulte em problemas
técnicos e de segurança para o sistema desta Concessionária, bem como para
outros consumidores em geral. O projeto deverá ser submetido à análise prévia
da Eletropaulo Metropolitana, que verificará a possibilidade do paralelismo,
podendo, quando necessário, por meio de notificação, solicitar a instalação de
novos equipamentos para aumentar a confiabilidade do sistema de
transferência.

3.7.4 Todos os equipamentos específicos para instalação do sistema de


paralelismo devem atender aos requisitos mínimos contidos nesta Nota Técnica,
reservando-nos o direito de solicitar a substituição e/ou inclusão de novos
equipamentos.

3.7.5 É de responsabilidade do consumidor a proteção de seus


equipamentos, razão pela qual esta Concessionária não se responsabilizará por
35

algum eventual dano que possa ocorrer em seu(s) gerador(es) ou qualquer outra
parte do seu sistema elétrico, devido a defeitos, surtos e etc.

3.7.6 Somente será permitido o paralelismo momentâneo de geradores


trifásicos 60Hz.

3.7.7 Todos transformadores de força utilizados na instalação, deverão


ser conectados em triângulo no lado de A.T. e em estrela aterrado no lado de
B.T.

3.7.8 O tempo máximo de permanência do paralelismo é de 15s quando


da transferência de carga entre a rede e o gerador e vice-versa.

3.7.9 Casos não previstos nesta instrução deverão ser analisados de


modo específico por parte do corpo técnico da Eletropaulo Metropolitana.

3.7.10 Os geradores devem ser instalados em locais secos, ventilados, de


fácil acesso para manutenção e isolados fisicamente do posto de medição e/ou
de transformação.

3.7.11 O projeto da cabina primária ou cabina primária existente que será


provida de sistema de paralelismo momentâneo deverá conter, além do
solicitado no Livro de Instruções Gerais, os seguintes dados:

• Diagrama Unifilar das Instalações;


• Diagrama Funcional do Sistema de Paralelismo;
• Características dos TP’s, TC’s e Disjuntores que fazem parte do
Sistema de Paralelismo;
• Memorial Descritivo; Dados do(s) gerador(es):
a. Potência;
b. Impedância transitória, subtransitória e de regime;
c. Tipo de máquina;
d. Desenho do recinto do grupo gerador;
36

e. Desenho de localização do recinto do grupo gerador e sala


de comando na planta geral da instalação;
f. Termo de Responsabilidade conforme modelo existente no
final desta Nota Técnica, com firma reconhecida;
g. Apresentar ART referente ao projeto e execução;
h. Apresentar Cópia da Ficha Técnica de Registro de
Implantação junto a ANEEL e Ficha Técnica Cadastral UTE
junto a CSPE, conforme Resolução n°112/1999.

3.7.12 A geração do consumidor poderá assumir totalmente ou


parcialmente a carga da instalação. Caso a proteção do disjuntor geral de
entrada seja feita através de relés indiretos, sendo de responsabilidade civil e
criminal do consumidor a ocorrência eventual de qualquer acidente decorrente
da interligação intencional ou acidental da alimentação das cargas em paralelo
com o sistema distribuidor desta Concessionária.

3.7.13 Para casos onde a proteção do disjuntor geral de entrada for


através de relés diretos, deverão ser instalados no disjuntor de rede (2) os relés
50/51 de fase e de neutro, incorporados ao sistema de supervisão e proteção do
paralelismo, a fim de obter uma proteção e seletividade adequada da instalação.
A atuação destes relés deverá acionar o comando de “desliga” do disjuntor geral
de entrada (1) e do disjuntor de rede (2) do sistema de paralelismo. Os
geradores nesses casos deverão assumir a carga total da instalação.

3.7.14 A título de sugestão, o referido sistema poderá contemplar


temporização para confirmação do restabelecimento efetivo da rede da
Concessionária, quando seu funcionamento for ativado por falta de tensão.

3.7.15 A Eletropaulo Metropolitana não se responsabilizará por mudanças


que tenham que ser efetuadas em instalações que forem executadas sem a
apreciação prévia do projeto da referida instalação.
37

3.7.16. Os quadros e painéis de comando do sistema de transferência


devem ser instalados preferencialmente fora do recinto do gerador, ou seja, em
sala específica de comando.

3.7.17 A liberação do funcionamento do grupo gerador pela Eletropaulo


Metropolitana limita-se, exclusivamente, ao que se refere à conexão elétrica,
cabendo ao interessado obter as licenças de funcionamento junto aos demais
órgãos públicos, tais como CETESB, Corpo de Bombeiros, Prefeituras, etc.

3.8 Proteção

3.8.1 A capacidade de curto-circuito em qualquer parte da rede de


distribuição, não poderá ultrapassar o valor de 8 kA no intervalo de tempo em
que a rede e o gerador do consumidor operar em paralelo.

3.8.2 Será permitido um fluxo reverso de potência máximo de 150 kVA,


ajuste do relé direcional de potência (32), durante 500ms para a rede da
Eletropaulo, durante o período de operação em paralelo, em virtude da
equalização de potência entre rede e gerador na ocasião de variação sensível
de carga.

3.8.3 O relé de sobrecorrente direcional (67) deverá ser ajustado em um


valor 10% acima da capacidade da potência nominal do grupo (s) gerador(es).

3.8.4 Na ocorrência de uma falta na rede da Eletropaulo Metropolitana


durante a operação de paralelismo, o sistema de paralelismo deverá desligar o
disjuntor de interligação (disjuntor 2) e isolar o consumidor da rede, antes do
primeiro religamento do circuito alimentador desta Concessionária.

3.8.5 O paralelismo só será permitido através de disjuntores


supervisionados por relés de sincronismo.

3.8.6 Disjuntores, chaves seccionadoras e/ou qualquer outro equipamento


de manobra que permita o paralelismo sem supervisão do relé de sincronismo
38

deverão possuir intertravamentos que evitem o fechamento de paralelismo por


esses equipamentos.

3.8.7 Não será permitido o religamento automático nos disjuntores que


possam efetuar o paralelismo e que não sejam comandados pelo Sistema de
Operação em Paralelo (SOP).

3.8.8 Não será permitido em hipótese alguma ao consumidor, energizar o


circuito da Eletropaulo Metropolitana que estiver fora de operação, cabendo ao
consumidor total responsabilidade (civil e criminal) caso esse fato venha a
acontecer, não cabendo, portanto, a Eletropaulo Metropolitana, nenhuma
responsabilidade por eventuais danos materiais e humanos. Assim, é
imprescindível a instalação de relés de tensão que impeçam o fechamento do
disjuntor de interligação, quando o circuito desta concessionária estiver
desenergizado.

3.9. Inspeções e Testes

3.9.1 Deverão ser apresentados os laudos de aferição, calibração e


ensaios das proteções e demais comandos do sistema de paralelismo, antes da
inspeção do referido sistema, para comparar os resultados obtidos com os
valores de ajustes propostos.

3.9.2 A execução física do sistema deverá obedecer fielmente ao projeto


analisado, sendo a instalação recusada caso ocorra discrepâncias.

3.9.3 Serão verificados e testados todos os mecanismos e equipamentos


que compõem o sistema de paralelismo, com acompanhamento de pessoal
técnico desta concessionária.

3.9.4 Serão realizadas diversas operações de entrada e saída do


paralelismo para certificar-se do bom desempenho do sistema, com
acompanhamento de pessoal técnico desta concessionária.
39

3.9.5 À Eletropaulo Metropolitana é reservado o direito de efetuar em


qualquer momento, inspeções nas instalações do consumidor para averiguação
das condições do sistema de paralelismo.

4. Diagramas Unifilares

4.1 Paralelismo Momentâneo Rede/Gerador na Média Tensão – Proteção Indireta


(AES – Eletropaulo, www.aeseletropaulo.com.br)
40

4.2 Paralelismo Momentâneo Rede/Gerador na Baixa Tensão – Proteção


Indireta (AES – Eletropaulo, www.aeseletropaulo.com.br)
41

4.3 Paralelismo Momentâneo Rede/Gerador na Baixa Tensão – Proteção


Direta (AES – (Eletropaulo, www.aeseletropaulo.com.br)
4.4 Paralelismo Momentâneo Rede/Gerador na Média Tensão – Proteção Direta
(AES – Eletropaulo, www.aeseletropaulo.com.br)
43

5. Descrição dos Equipamentos

27/47 - Relé de subtensão e inversão de fase, para abrir o disjuntor 1 (geral


de entrada) na ocorrência de qualquer um desses eventos, com temporizador
para não abrir em caso de uma falta transitória quando o consumidor estiver
sendo alimentado pela rede.

27 - Relé de subtensão, para abrir o disjuntor 2 na ausência de tensão da


rede da Concessionária e/ou inicializar a transferência de carga do gerador
particular para a rede da Concessionária no retorno de tensão.

67 - Relé de sobrecorrente direcional instantâneo e temporizado de fase,


para abrir o disjuntor 2 no caso do gerador contribuir para uma falta na rede,
quando o sistema estiver em paralelo.

50/51 - 50/51N - Relés de sobrecorrente instantâneos e temporizados de fase


e de neutro, para abrir os disjuntores 1 e 2 no caso de faltas internas no
consumidor. 32/62 - Relé direcional de potência, para abrir o disjuntor 2
quando fluir para a rede um fluxo de potência maior do que o preestabelecido,
quando o sistema estiver em paralelo, com temporizador.

59 - Relés de Sobretensão de fase, para detectar tensões inadequadas da


rede e comandar o desligamento do disjuntor 1 (geral de entrada).

25 - Sistema de sincronismo, para comandar abertura e fechamento dos


disjuntores que permitem o paralelismo, quando os dois circuitos estiverem
nos limites desejados de freqüência e ângulo de fase para realizarem a
operação.
Algumas concessionárias estão oferecendo incentiva a instalação de grupos
geradores para geração de energia no horário de ponta. A fórmula adotada
consiste em disponibilizar energia por um valor bem abaixo do custo de
geração, depois da instalação, testes e aprovação do(s) grupo(s) gerador(es).
Dessa forma, o consumidor pode reduzir a sua fatura de energia, mais do que
se gerasse a energia de que necessita e mantém o(s) grupo(s) gerador(es)
apenas como fonte de emergência. Para citar um exemplo, a CPFL está
oferecendo atualmente, para esses casos, o MW.h por R$ 250,00, contra um
44

custo de geração de R$ 423,45 como calculamos. Com isso, aumentam as


possibilidades de vendas de grupos geradores para as aplicações de geração
de energia nos horários de ponta.

6 Resultado do Estudo

Em visão a economia de energia na Solaris. Torna-se necessário a


implantação de um programa interno de conservação de energia.
A importância do estabelecimento do programa se prende ao fato de que
qualquer ação isolada tende a perder o seu efeito ao longo do tempo, por melhores
resultados que apresente. Desta forma, torna-se necessário o engajamento de todos
os empregos da empresa, buscando um objetivo comum, através do esforço
coletivo.
Por outro lado, um programa de conservação de energia exige iniciativa e
criatividade, além de ações que demandem mudanças de hábito por si só, já é um
obstáculo a ser vencido, através da própria resistência natural a mudanças,
dificultando ainda mais a implantação das medidas propostas.
Para contornar estes problemas de implantação, o programa interno de
conservação de energia deve mostrar claramente a intenção da administração em
racionalização e otimizar o consumo de energia na industria. Sua elaboração deve
ser o resultado do esforço dos diversos setores envolvidos com participação efetiva
de todos os empregados.
O programa interno de conservação visa otimizar a utilização de energia
através de orientações, direcionamento, ações e controles sobre recursos
econômicos, materiais e humanos da empresa, para minimizar a relação
CONSUMO/PRODUTO, reduzindo os índices globais e específicos da quantidade
de energia necessária para a obtenção de um produto qualquer.
Com o programa será possível utilizar a quantidade mínima de energia
necessária para se obter o máximo benefício técnico e econômico.

6.1 Aspectos Administrativos

A alta administração deverá estabelecer objetivos claros e apoiar


a implantação do programa, enfatizando a sua necessidade e importância
para a empresa, aprovando e estabelecendo metas a serem atingidas ano a
45

ano. Efetuando um acompanhamento rigoroso, confrontando os resultados


obtidos com os valores previstos, analisando os desvios e propondo medidas
corretivas em casos de distorções, além de providenciar revisões periódicas e
oportunas nas previsões estabelecidas. Um programa de conservação de
energia para obter êxito efetivo terá que atender os seguintes aspectos:
• Escrito: é natural que muitas ordens sejam transmitidas oralmente na
jornada diária; mas para uma ação contínua e de ampla repercussão, é
recomendável dar instruções por escrito;
• Concreto: O programa não pode se constituir somente de intenções,
mas sim de ações concretas e específicas;
• Justificado: Em especial as ações que demandem mudança de
hábitos devem ser justificadas, para serem melhores aceitas;
• Quantificado economicamente: um diagnóstico energético resultará
em números, indicando quantidades de energia envolvida, bem como seus
valores e custos. Assim, as metas previstas para cada ação devem ser
quantificadas e valorizadas;
• Com responsabilidades definidas: cada uma das ações deve ter
responsáveis diretos, pois o programa exige a atuação de pessoal afeto a
todos os setores. Devem ser definidos responsáveis locais, cabendo à
administração uma supervisão global;
• Comprometidos em objetivos: Um programa tímido em objetivos
obterá resultados pobres. A política de redução de energia exige iniciativa,
criatividade e compromissos;
• Revisado periodicamente: em função das inovações tecnológicas e
de novas circunstâncias, o programa deve ser dinâmico.
• Participação de todos os níveis: ninguém dentro das empresas deve
ficar alheio ao programa de conservação de energia. Tanto no processo de
sua elaboração, como no seu desenvolvimento, deve haver participação de
todos.
46

6.2 Orientações Gerais

O Programa de Conservação de Energia deve ser iniciado por uma


campanha de conscientização, cujo êxito depende do cuidado com que os
seguintes aspectos tenham sido observados:

• Importância como política de administração, conseguida: com


reuniões dos diversos setores, difusão de nota informativa
explicando as razões da campanha, a importância da energia
para a empresa e o papel que cabe a cada um na redução do
consumo. A própria administração deve iniciar a campanha com
certa solenidade;

• A campanha deverá compreender basicamente os seguintes


instrumentos de comunicação: cartazes, faixas, adesivos,
manuais, notícias em jornais internos, etc.;

• Distribuição de listas de recomendações gerais para reduzir o


consumo, tais como: desligar máquinas que não estejam sendo
usado, apagar as luzes de ambientes desocupados, etc;

• Chamada à iniciativa individual para que cada empregado possa


contribuir, atuando e fazendo sugestões;

• Convocação para um concurso que estimule sugestões;

• Difusão de informações, em particular de exemplos concretos


que resultam em sucesso;

• Implantação de programa, sem necessidade de responsabilizar


as ineficiências ou incapacidade de situações anteriores;

6.3 Necessidades de Pequenos Investimentos

Uma vez vencida a primeira etapa, quando todas as ações de


gerenciamento e administração de energia tiverem sido implantadas, haverá
necessidade de implementação de ações que impliquem em treinamento ou
modificações de hábitos, tais como:- -------------------------------------------------------
47

• Manutenção de equipamentos;
• Manutenção na operação de equipamentos;
A deterioração a que são submetidos os equipamentos elétricos,
seja pelo próprio uso, por negligência ou obsolescência, faz com que o seu
desempenho fique comprometido durante sua vida útil. Para evitar tais
deficiências, é necessária a implantação de um programa de manutenção
elétrica consciente. Além disso, existe situações em que se torna impraticável
manter um gerenciamento constante dos recursos humanos, visando a
operação adequada dos equipamentos. Uma das soluções possíveis para
contornar problemas como destes casos, será através da instalação de
equipamentos ou dispositivos de controles automáticos ou temporizados.
Dentro desta diretriz, as áreas de compras, especificação,
engenharia, manutenção, administração e serviços gerais também deverão
ser conscientizada, motivada e engajada no programa, pois em médio prazo,
sem este envolvimento o programa tende fatalmente a perder o seu efeito já
implantado.

6.4 Necessidades de Investimentos Significativos

• Troca de equipamentos;
• Adoção de inovações tecnológicas;
• Mudanças de arquitetura ou projetos.
Uma análise indispensável para definir o conjunto de medidas a serem
tomadas na tentativa de redução de consumo de energia é a do valor dos
investimentos que podem ser nulos ou requererem tempo para amortização
ou retorno. A análise levará a um quadro de propriedades com relação a
quanto, onde e como investir. A decisão quanto a troca de equipamentos
como substituição de lâmpadas por outras mais eficientes, etc. Só pode ser
tomada como conseqüência de estudo de viabilidade técnico-econômica.
Dentro deste universo podemos citar as alterações das construções,
modificações da arquitetura, aquisição de equipamentos mais eficientes ou
modernização do parque industrial, modificação total ou parcial do processo,
etc.
48

6.5 Gestão Energética

O estudo aqui oferecido foi verificar de que forma a energia é


consumida na empresa Solaris. Para isso, foi acompanhado o consumo de
energia elétrica, mantendo um registro cuidadoso. Os dados mensais e
históricos periódicos foram de grande importância para a execução do
programa de conservação de energia conforme esta sendo orientado neste
resultado e conforme extraída das contas de energia apresentadas neste
estudo conforme Anexo A e B.
Estes dados forneceram informações preciosas que subsidiarão
tomadas de decisões sobre como identificar os equipamentos que mais
consomem energia, bem como analisar seu desempenho em programas
diários, semanais e mensais, trazendo resultados mais compensadores,
reduzindo custos operacionais.

6.5.1 Acompanhamento do Consumo de Energia Elétrica

Conforme Anexo B, são apresentadas em uma planilha as


informações de consumo de demanda de energia elétrica obtidos
diretamente das contas mensais aqui analisadas, procurando sempre
observar se um determinado aumento de consumo corresponde a um
aumento da produção. Esta iniciativa possibilita identificar a ocorrência
de consumos de energia desnecessários em determinados períodos.
Deve-se então ser elaborada uma lista dos equipamentos utilizados,
identificando os horários de funcionamento dos mesmos durante 24
horas do dia, no decorrer da semana e do mês. Este controle
possibilitará melhor administração do consumo de energia elétrica,
principalmente se a unidade consumidora estiver utilizando o sistema
Horo-Sazonal. Convém lembrar que os equipamentos de maior potência
geralmente são os maiores consumidores de energia elétrica.
49

6.5.2 Consumo por Setores

Foi também realizado o acompanhamento da energia por setores


de consumo individuais, como por exemplo, Administração, Engenharia,
Almoxarifado, Suprimentos, RH, Gerência Técnica, Diretoria Técnica,
Comercial, Gerência Comercial, Diretoria Comercial, Presidência,
Manutenção Geradores, Manutenção Plataforma e Manipuladores,
Manutenção de Compressores de Ar , Manutenção de equipamentos de
Movimento de Terra, Rebuild, Pintura e Técnica Central. Foi importante
a análise do consumo de diversos equipamentos separadamente para
diversos setores, visando pontos de redução de consumo setoriais e
identificando problemas que solucionados tragam resultados imediatos.

Durante o acompanhamento foi apontado e definido alguns


índices ou parâmetros que serviram de indicadores comparativos tais
como:

a. Consumo Específico: Este índice pode-se verificar a


quantidade de energia necessária para a obtenção de um
determinado resultado, foi identificado na Solaris:
Consumo/Peça, Consumo/Deslocamento linear de produto
entre outros. Ao se comparar os consumos específicos de
atividades semelhantes foi notoriamente observado que o
uso eficiente é proporcional, e que um deles apresentou
maior eficiência que o outro.

b. Potencial de Economia: Através da comparação entre os


parâmetros teóricos e medidos de um determinado
processo ou equipamento, foi possível definir o potencial
de economia teórico a ser perseguido.

c. Outros Indicadores: Em função da necessidade da


Solaris, poderá ser estabelecida uma série de parâmetros
ou Gráficos visando facilitar o gerenciamento da energia,
tais como gráficos de Balanço Energéticos, Curvas
características, Sazonalidades, coeficientes de eficiência.
50

REFERÊNCIAS

CREDER, Hélio – Instalações Elétricas - Editora LTC- Edição comemorativa 40 Anos

NISKIER/ MACINTYRE, Julio /A. J – Instalações Elétricas, Editora LTC – Edição Nº5

Universidade Cummins - Cummins - Fábrica Guarulhos / SP

AES – Eletropaulo, www.aeseletropaulo.com.br


51

ANEXOS

ANEXO A – Planilha de Resultado de Análise das Contas de Energia


ANEXO B – Planilha contendo informações de Demanda e Consumo de Energia
ANEXO C – Planilha contendo Lista de Cargas da empresa SOLARIS.

Você também pode gostar