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[ÍNDICE SISTEMÁTICO]
PREÂMBULO
Buscando a sociedade ideal que é democrática, aberta e ativa, onde sejam valorizados os princípios de
justiça, liberdade, igualdade, responsabilidade e solidariedade, onde todos estejam empenhados na
busca do bem comum, o homem deve assumir sua identidade e desenvolver o senso crítico que lhe
permita analisar os problemas, detectar causas e consequências, sendo capaz de criar soluções,
tornando-se assim, sujeito da história; A Câmara Municipal de Estância Velha, reestruturando a
Organização Social, política, administrativa, financeira, educacional, cultural, ambiental e da saúde do
Município, e invocando à proteção de Deus, decreta e promulga esta Lei Orgânica:
Art. 1º O Município de Estância Velha é uma unidade do território do Estado do Rio Grande do Sul, com autonomia
política, administrativa e financeira, nos termos assegurados pela Constituição da República Federativa do Brasil, pela
Constituição do Estado e por esta Lei Orgânica.
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X - regulamentar a utilização dos logradouros públicos e sinalizar as vias públicas e zonas de silêncio, exercendo a
competente fiscalização;
XI - disciplinar os serviços de cargas e descargas e a fixação de tonelagem máxima permitida em vias públicas;
XII - estabelecer servidões administrativas necessárias à realização de seus serviços;
XIII - regulamentar e fiscalizar a instalação e funcionamento de elevadores;
XIV - prover a limpeza dos logradouros públicos, a remoção do lixo domiciliar e disciplinar outros resíduos de
qualquer natureza;
XV - licenciar estabelecimentos industriais, comerciais, de prestação de serviços e outros, caçar os alvarás de licença
dos que se tornarem danosos à saúde, à higiene, ao bem-estar público e aos bons costumes;
XVI - fixar os feriados municipais, bem como o horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais,
de prestações de serviços e outros, observadas as normas pertinentes;
XVII - legislar sobre serviço funerário e cemitério, fiscalizando os que pertencem a entidades particulares;
XVIII - interditar edificações ou em ruínas em condições de insalubridade, e fazer demolir construções que ameacem
a segurança coletiva;
XIX - regulamentar a fixação de cartazes, anúncios, emblemas e quaisquer outros meios de publicidade e
propaganda;
XX - regulamentar e fiscalizar as competições esportivas, os espetáculos e os divertimentos públicos;
XXI - legislar sobre a apreensão e depósito de semoventes, mercadorias e móveis em geral no caso de transgressão
de leis e demais atos municipais, bem como, a forma e condição de vendas das coisas e bens apreendidos;
XXII - prestar assistência nas emergências, médico-hospitalares de pronto-socorro, por seus próprios serviços ou
mediante convênio com instituições especializadas;
XXIII - dispor sobre registro, vacinação e captura de animais com a finalidade essencial de erradicação da raiva e
outras moléstias de que possam ser portadores ou transmissores;
XXIV - dispor sobre a instalação de hidrantes públicos;
XXV - ao Município compete reconhecer como de utilidade pública, todo e qualquer órgão e/ou instituição, quer de
culto religioso ou não, que comprovadamente se dedique à prática de obras de caráter filantrópico, de natureza
educacional, assistencial, como de amparo à velhice, ao enfermo, deficientes físicos e às crianças.
Art. 5º O Município pode celebrar convênio com a União, o Estado e Município mediante autorização da Câmara
Municipal, para execução de suas Leis, serviços e decisões, bem como para executar encargos análogos dessas
esferas.
§ 1º Os convênios podem visar à realização de obras ou a exploração de serviços públicos de interesse comum.
§ 2º Pode, ainda, o Município, através de convênio e consórcio com outros Municípios da mesma comunidade sócio-
econômica, criar entidades intermunicipais para a realização de obras, atividades ou serviços específicos de interesse
comum, devendo os mesmos serem aprovados por Leis do Município que dele participem.
§ 3º É permitido delegar, entre Estado e Município, também por convênio, o serviço de competência complementar,
assegurados os recursos necessários.
Art. 6º Compete ainda, ao Município, concorrentemente com a União ou Estado, ou supletivamente a ele:
I - manter programas de saúde, higiene, segurança e assistência social;
II - manter o ensino e promover a educação, a cultura e o desporto;
III - estimular o melhor aproveitamento da terra, bem como a defesa contra as formas de exaustão do solo;
IV - abrir e conservar estradas e caminhos, e determinar a execução de serviços públicos;
V - promover a defesa sanitária vegetal e animal, o controle de insetos e animais nocivos e/ou daninhos;
VI - proteger os documentos, as obras e outros bens de valores históricos, artísticos e culturais, os monumentos, as
paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
VII - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e outros bens de valor histórico, artístico e
cultural;
VIII - amparar a maternidade, a infância e os desvalidos, coordenando e orientando os serviços no âmbito do
Município;
IX - proteger a criança e o jovem contra toda a exploração, bem como contra os fatores que possam conduzi-los ao
abandono físico, moral e intelectual;
X - estimular a educação e a prática desportiva;
XI - incentivar o comércio, a indústria, a agricultura, o turismo e outras atividades que visem o desenvolvimento
econômico e social;
XII - fiscalizar a produção, a conservação, o comércio e o transporte de gêneros alimentícios, destinados ao
abastecimento público;
XIII - manter serviço oficial de assistência técnica e extensão rural, garantindo atendimento prioritário aos pequenos e
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Art. 8º Pertence ainda ao Município a participação no produto da arrecadação dos impostos da União e do Estado,
prevista na Constituição Federal e outros recursos que lhe sejam conferidos.
Art. 10. O Poder Legislativo do Município é exercido pela Câmara Municipal de Vereadores.
Parágrafo único. O número de Vereadores da Câmara Municipal de Estância Velha RS, será fixado em
conformidade com a Legislação Federal.
Art. 11. A Câmara Municipal de Vereadores, reúne-se independentemente da convocação, na primeira terça feira após
o dia 20 de janeiro de cada ano, para abertura da Sessão Legislativa havendo interrupção dos trabalhos a partir do dia
20 de dezembro. (NR) (caput com a redação estabelecida pelo art. 1º da Emenda à LOM nº 004, de 18.09.2013)
§ 1º Durante a Sessão Legislativa Ordinária, a Câmara funcionará nas terças-feiras, com início às 19:00 horas.
§ 2º No término de cada Sessão Legislativa Ordinária, exceto a última da Legislatura, é eleita a mesa para a Sessão
subsequente.
§ 3º A Mesa será composta pelo:
a) Presidente;
b) 1º Vice Presidente;
c) 2º Vice Presidente;
d) 1º Secretário; e
e) 2º Secretário.
Art. 11. A Câmara Municipal de Vereadores, reúne-se independentemente da convocação, na primeira terça-feira do
mês de fevereiro de cada ano, para abertura da sessão Legislativa, havendo interrupção ordinária dos trabalhos
legislativos no mês de julho, reiniciando na terceira terça feira do mês de julho , funcionando ordinariamente até a
segunda terça-feira do mês de dezembro. (redação original)
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Art. 12. No primeiro ano de cada Legislatura, cuja duração coincide com a do mandato dos Vereadores, a Câmara
reunir-se-á no dia 1º de janeiro em sessão solene de instalação, independente de número, sob a Presidência do
Vereador mais votado entre os presentes, para dar posse aos Vereadores, Prefeito e ao Vice-Prefeito, bem como eleger
sua mesa, entrando após em recesso.
I - os Vereadores prestarão compromisso e tomarão posse mediante o seguinte juramento:
Parágrafo único. "Prometo cumprir as atribuições do meu mandato, a Lei Orgânica, as Leis da União, do Estado e
do Município, tudo fazer para que os moradores desta terra de Estância Velha, possam nela bem viver e nisto hei de
trabalhar".
II - o Vereador que não tomar posse na sessão prevista neste artigo deverá fazê-lo no prazo de 15 dias, sob pena de
perda do mandato, salvo, motivo justo e aceito pela Câmara.
III - no ato da posse e ao término do mandato, os Vereadores deverão fazer declaração de seus bens, a qual será
transcrita em livro próprio constando na Ata o seu resumo.
IV - o Vereador está sujeito aos impedimentos, proibições, responsabilidades enumeradas nas Constituições Federal
e Estadual, na Lei Orgânica e na Legislação Ordinária.
Art. 13. A composição do Plenário da Câmara de Vereadores de Estância Velha RS, será de 09 (nove) vereadores, que
imediatamente a posse reunir-se-ão sob a Presidência do mais votado dentre os presentes e, havendo maioria absoluta
dos membros da Câmara, elegerão os componentes da Mesa, que ficarão automaticamente empossados. (NR) (caput
com redação estabelecida pelo art. 1º da Emenda à Lei Orgânica nº 003, de 16.08.2011)
Parágrafo único. Não havendo número legal, o vereador mais votado, dentre os presentes, permanecerá na
Presidência, e convocará sessões diárias até que seja eleita a mesa.
Art. 13. Imediatamente depois da posse os Vereadores reunir-se-ão sob a Presidência do mais votado dentre os
presentes e, havendo maioria absoluta dos membros da Câmara, elegerão os componentes da mesa, que ficarão
automaticamente empossados. (redação original)
Art. 14. O Mandato do Presidente do Poder Legislativo de Estância Velha RS será de um 1 (um) ano, proibida a
reeleição ao cargo de Presidente para mesma legislatura. (NR) (caput com redação estabelecida pelo art. 1º da
Emenda à Lei Orgânica nº 007, de 17.03.2016)
Parágrafo único. Qualquer componente da mesa poderá ser destituído, pelo voto de dois terços dos membros da
Câmara, quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de suas atribuições regimentais elegendo-se outro
Vereador para completar o mandato.
Art. 14. O mandato da mesa será de hum (1) ano, permitida a reeleição ao mesmo cargo para mandato
imediatamente subsequente. (NR) (caput com redação estabelecida pelo art. 1º da Emenda à Lei Orgânica nº 002,
de 25.10.2010)
Art. 14. O mandato da mesa será de um ano, não permitida a reeleição do Presidente para o mesmo cargo.
(redação original)
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da autorização constante da Lei Orçamentária, desde que, os recursos para a sua cobertura sejam provenientes de
anulação parcial ou total de dotações da Câmara;
V - promulgar a Lei Orgânica e suas Emendas.
Art. 17. As sessões da Câmara Municipal serão realizadas na sede do Poder Legislativo.
§ 1º Havendo impossibilidade de realizar a sessão na Sede do Poder Legislativo, poderá ser realizada em outro local
definido pelos integrantes da Mesa Diretiva.
§ 2º Poderão os integrantes da Mesa, excepcionalmente de acordo com o interesse público, definir outro local para
realização das sessões.
Art. 19. A Câmara Municipal ou suas comissões, a requerimento da maioria de seus membros, pode convocar
Secretários Municipais, titulares de autarquias ou de instituições de que participe o Município, com o prazo de quinze
dias (15), para comparecer perante elas, a fim de prestar informações sobre o assunto previamente designado e
constante da convocação.
Art. 20. A Câmara pode criar comissão parlamentar de inquérito sobre fato determinado, nos termos do Regimento
Interno, a requerimento de um terço (1/3) de seus membros.
Art. 22. A Câmara Municipal funciona com a presença, no mínimo da maioria de seus membros, e as deliberações são
tomadas por maioria de votos dos presentes, salvo os casos previstos nesta Lei Orgânica e no Regimento Interno.
§ 1º Quando se tratar de votação do Plano Diretor, do orçamento de empréstimo, auxílio à empresa, concessão de
privilégios e matéria que verse interesse particular, além de outros referidos por esta Lei e pelo Regimento Interno, o
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número mínimo prescrito é de dois terços (2/3) de seus membros e as deliberações são tomadas pelo voto da maioria
absoluta dos Vereadores.
§ 2º O Presidente da Câmara vota somente quando houver empate, quando a matéria exigir voto favorável de dois
terços (2/3) de seus membros, nas votações secretas e na eleição da mesa.
Art. 23. Dependerão do voto favorável da maioria absoluta da Câmara a aprovação e as alterações das seguintes
matérias:
I - Código Tributário do Município ;
II - Código de Obras, ou Edificações;
III - Estatuto dos Servidores Municipais;
IV - Plano de Carreira do Magistério Público;
V - Regimento Interno da Câmara;
VI - Criação de cargos e aumento de vencimentos de Servidores;
VII - Rejeição de veto.
Art. 24. Dependerão do voto favorável de dois terços (2/3) dos membros da Câmara:
I - as Leis concernentes a:
a) concessão de serviços públicos;
b) concessão de direito real de uso;
c) alienação de bens imóveis;
d) aquisição de bens imóveis por doação com ou sem encargos;
e) alteração de denominação de vias e logradouros públicos.
II - rejeição do parecer prévio do Tribunal de Contas;
III - aprovação de representação solicitando a alteração do nome do município;
IV - destituição de componentes da Mesa;
V - Lei Orgânica e suas alterações.
Art. 25. Os Vereadores, eleitos na forma da Lei, gozam de garantias que a mesma lhe assegura, pelas suas opiniões,
palavras e votos proferidos no exercício do mandato.
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Art. 29. No caso de vaga ou licença do Vereador, o Presidente convocará imediatamente o suplente correspondente.
§ 1º O suplente convocado deverá tomar posse dentro do prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de perda do mandato,
salvo motivo justo aceito pela Câmara.
§ 2º Em caso de vaga, não havendo suplente, o Presidente comunicará, dentro de quarenta e oito (48) horas,
diretamente ao Tribunal Regional Eleitoral.
Art. 30. O Servidor Público, como Vereador, deve optar entre a remuneração do respectivo cargo, a da Vereança, se
não houver compatibilidade de horários.
Parágrafo único. Havendo compatibilidade de horários, perceberá a remuneração do cargo e a inerente ao mandato
à Vereança.
Art. 31. Compete a Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, dispor sobre as matérias de competência do
Município, especialmente:
I - votar:
a) o Plano Plurianual;
b) as Diretrizes Orçamentárias;
c) os Orçamentos Anuais;
d) as Metas Prioritárias;
e) o Plano de Auxílio e Subvenções.
II - legislar sobre tributos de competência municipal, bem como autorizar isenções e anistias fiscais e a remissão de
dívida;
III - legislar sobre a criação e extinção de cargos e funções do município, bem como fixar e alterar vencimentos e
outras vantagens pecuniárias;
IV - votar leis que disponham sobre a alienação e a aquisição de bens imóveis;
V - legislar sobre concessão de serviços públicos do Município;
VI - legislar sobre a concessão e permissão de uso de bens municipais;
VII - dispor sobre a divisão territorial do Município, respeitada a Legislação Federal e Estadual;
VIII - criar, alterar, reformar ou extinguir órgãos públicos do Município;
IX - deliberar sobre empréstimo e operações de crédito, bem como a forma e os meios de seu pagamento;
X - transferir temporária ou definitivamente a sede dos órgãos municipais, quando o interesse público o exigir;
XI - deliberar e legislar sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;
XII - autorizar e/ou ratificar convênios com entidades públicas, particulares e estatais e consórcios intermunicipais;
XIII - autorizar a denominação de vias e logradouros públicos e suas alterações;
XIV - conceder título de cidadão honorário ou qualquer outra honraria ou homenagem às pessoas que
reconhecidamente tenham prestado serviço ao Município.
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Contas do Estado;
VIII - sustar atos do Poder Executivo que exorbitem da sua competência ou se mostrem contrários ao interesse
público;
IX - a iniciativa de Lei que fixe os subsídios do Prefeito, Vice-Prefeito, Vereadores e Secretários Municipais;
X - autorizar o Prefeito, por necessidade do serviço, a se afastar do Município, por mais de quinze (15) dias; (NR)
(redação estabelecida pelo art. 1º da Emenda à Lei Orgânica nº 002, de 25.10.2010)
XI - julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores, nos casos previstos em Lei;
XII - convocar os Secretários Municipais ou Diretores equivalentes para prestar informações sobre matéria de sua
competência;
XIII - mudar, temporária ou definitivamente a sua sede;
XIV - solicitar informações ao Executivo, sobre assuntos referentes a administração;
XV - dar posse ao Prefeito, Vice-Prefeito, bem como declarar extinto o seu mandato nos casos previstos em Lei;
XVI - conceder licença ao Prefeito, Vice-Prefeito e aos Vereadores para afastamento do cargo;
XVII - suspender por Decreto Legislativo, a execução, no todo ou em parte, de qualquer ato, resolução ou
regulamento municipal, que haja sido pelo Poder Judiciário, declarado infringente à Constituição, à Lei Orgânica ou às
Leis;
XVIII - criar comissão parlamentar de inquérito;
XIX - propor ao Prefeito a execução de qualquer obra ou medida que interesse à coletividade ou ao serviço público;
XX - deliberar, mediante resolução, sobre assuntos da sua economia interna e nos demais casos de sua competência
privativa, por meio de Decreto Legislativo;
XXI - tomar e julgar as contas do Prefeito e da Mesa da Câmara Municipal, no prazo de trinta (30) dias após o
recebimento do parecer prévio do Tribunal de Contas, observados os seguintes preceitos:
a) o parecer somente deixará de prevalecer por decisão de dois terços (2/3) dos membros da Câmara;
b) decorrido o prazo de trinta (30) dias sem deliberação, as contas serão consideradas aprovadas ou rejeitadas de
acordo com a conclusão do parecer do Tribunal de Contas;
c) rejeitadas as contas, serão imediatamente remetidas ao Ministério Público para os devidos fins.
XXII - fixar o número de Vereadores em conformidade com a Legislação Federal.
§ 1º No caso de não ser fixado o número de Vereadores no prazo do inciso XXII, será mantida a composição da
Legislatura em curso.
§ 2º Os subsídios previstos pelo inciso IX deste artigo obedecerão ao estabelecido na Constituição Federal.
Art. 35. Em qualquer dos casos do artigo anterior, a proposta discutida e votada em duas sessões, dentro de dez (10)
dias, a contar de sua apresentação ou recebimento, e ter-se-á por aprovada quanto obtiver em ambas as votações,
dois terços (2/3) dos votos dos membros da Câmara Municipal. (NR) (redação estabelecida pelo art. 1º da Emenda à
Lei Orgânica nº 002, de 25.10.2010)
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Art. 35. Em qualquer dos casos do artigo anterior, a proposta discutida e votada em duas sessões, dentro de
sessenta (60) dias, a contar de sua apresentação ou recebimento, e ter-se-á por aprovada quando obtiver em
ambas as votações, dois terços (2/3) dos votos dos membros da Câmara Municipal. (redação original)
Art. 36. A Emenda à Lei Orgânica será promulgada pela Mesa da Câmara Municipal com respectivo número de ordem.
Art. 37. A iniciativa das Leis Municipais, salvo nos casos de competência exclusiva, cabe a qualquer Vereador, ao
Prefeito ou ao eleitorado, que exercerá em forma de moção articulada subscrita no mínimo, por cinco por cento (5%) do
eleitorado do Município.
Art. 38. São de iniciativa exclusiva do Prefeito Municipal os Projetos de Lei que:
I - disponham sobre matéria financeira;
II - versem sobre a matéria orçamentária, autorizem a abertura de crédito ou concedam auxílios, prêmios e
subvenções;
III - criem e extinguem cargos, funções ou empregos públicos e aumentem vencimentos ou vantagens dos servidores;
IV - importem em aumento da despesa prevista;
V - disciplinem o regime jurídico de seus servidores.
Parágrafo único. Nos Projetos oriundos da competência exclusiva do Prefeito não serão admitidas emendas que
aumentem a despesa prevista.
Art. 39. Compete exclusivamente a Mesa da Câmara Municipal a iniciativa dos Projetos de Leis que:
I - autorizem a abertura de créditos suplementares ou especiais através da anulação parcial ou total de dotação da
Câmara Municipal;
II - criem, alterem ou extinguem cargos dos serviços da Câmara Municipal e fixem os respectivos vencimentos.
Parágrafo único. Nos Projetos da Competência exclusiva da Mesa da Câmara, não serão admitidas emendas que
aumentem a despesa prevista, salvo no caso do item 2, quando assinadas pela metade, no mínimo, dos membros da
Câmara.
Art. 40. No início ou em qualquer fase da tramitação de Projeto de Lei de iniciativa exclusiva do Prefeito, este poderá
solicitar à Câmara Municipal que aprecie no prazo de quarenta e cinco (45) dias a contar do pedido:
I - se a Câmara não se manifestar, sobre o Projeto, no prazo estabelecido no "caput" deste artigo, será este incluído
na ordem do dia, sobrepondo-se a deliberação sobre os demais assuntos, para que se ultime a votação;
II - os prazos deste artigo não correrão nos períodos de recesso da Câmara Municipal.
Art. 41. A requerimento do Vereador, os projetos de Lei, decorridos trinta (30) dias de seu recebimento, serão incluídos
na Ordem do Dia, mesmo sem parecer.
Parágrafo único. O Projeto de Lei somente poderá ser retirado da Ordem do Dia a requerimento do autor, aprovado
pelo plenário.
Art. 42. O Projeto de Lei com parecer contrário de todas as comissões, é tido como rejeitado, salvo se um terço (1/3)
dos Vereadores requerer sua votação pelo plenário.
Art. 43. A matéria constante do Projeto de Lei rejeitado ou não sancionado, assim como de proposta de emenda à Lei
Orgânica, rejeitada ou havida por prejudicada, somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão
legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara.
Art. 44. Os Projetos de Lei aprovados pela Câmara Municipal serão enviados ao Prefeito, no prazo de dois (2) dias
úteis, aquiescendo, os sancionará.
§ 1º Se o Prefeito julgar o Projeto de Lei, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, veta-
lo-á, total ou parcialmente, dentro de quinze (15) dias úteis contados daquele em que o recebeu, comunicando os
motivos do veto ao Presidente da Câmara, no mesmo período.
§ 2º Vetado o Projeto de Lei e devolvido a Câmara Municipal, será ele submetido dentro de trinta (30) dias, contados
da data do seu recebimento, com ou sem parecer, à discussão única, considerando-se rejeitado o veto que em votação
secreta, obtiver o voto favorável da maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal, caso em que seja enviado ao
Prefeito, para promulgação.
§ 3º O veto parcial somente abrangerá texto integral do artigo, parágrafo, inciso ou alínea.
§ 4º O silêncio do Prefeito, decorrido o prazo de (15) dias, importará em sanção, cabendo ao Presidente da Câmara
promulga-lo e na ausência no mesmo o vice-presidente deverá fazer se o Presidente silenciar-se. (NR) (redação
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Art. 45. Nos casos do artigo 33, incisos IV e V, considerar-se-á com a votação da redação final, encerrada a elaboração
do Decreto Legislativo ou Resolução, cabendo ao Presidente da Câmara Municipal a sua promulgação.
Art. 46. O Código de Obras, o Código de Posturas, o Código Tributário, a Lei do Plano Diretor, a Lei do Meio Ambiente,
o Estatuto dos Servidores Públicos e o Plano de Carreira do Magistério Público, bem como, suas alterações, somente
serão aprovados pelo voto da maioria absoluta dos membros do Poder Legislativo.
§ 1º Dos Projetos previstos no "caput" deste artigo, bem como das respectivas exposições de motivos, antes de
submetidos à discussão da Câmara, será dada divulgação com maior amplitude possível.
§ 2º Dentro de quinze (15) dias, contados da data em que se publicarem os Projetos referidos no parágrafo anterior,
qualquer entidade da Sociedade Civil Organizada poderá apresentar sugestões de alterações ao Poder Legislativo.
Art. 48. O Prefeito e o Vice-Prefeito serão eleitos para mandato quatro (4) anos, mediante pleito direto nos termos da
Constituição Federal.
Art. 49. O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse na Sessão Solene de instalação da Câmara Municipal, após a
posse dos Vereadores e prestarão o compromisso: "Prometo manter, defender e cumprir a Constituição Federal e
Estadual, observar as Leis e administrar o Município, visando ao bem geral dos munícipes".
§ 1º Se, decorridos dez (10) dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou Vice-Prefeito, salvo por motivo de força
maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
§ 2º Na ocasião da posse e ao término do mandato, o Prefeito e o Vice-Prefeito, farão declaração de bens, as quais
serão transcritas em livro próprio, constando de ata seu resumo.
§ 3º O Prefeito e o Vice-Prefeito estão sujeitos aos impedimentos, proibições e responsabilidades enumeradas nas
Constituições Federal e Estadual e na Legislação Ordinária.
Art. 50. O Vice-Prefeito substituirá o Prefeito em seus impedimentos e ausências e suceder-lhe-á no caso de vaga.
Parágrafo único. Em caso de impedimento do Prefeito ou do Vice-Prefeito, ou vacância dos respectivos cargos,
serão sucessivamente chamados ao exercício do Executivo Municipal o Presidente da Câmara de Vereadores e
Secretário Municipal, designado pelo Prefeito Municipal.
Art. 51. Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, fazer-se-á eleição noventa (90) dias depois de aberta a última
vaga.
Parágrafo único. Ocorrendo a vacância após cumprido três quartos (3/4) do mandato do Prefeito e do Vice-Prefeito,
a eleição para ambos os cargos será feita trinta (30) dias depois da última vaga, pela Câmara de Vereadores.
Art. 52. O Prefeito gozará férias anuais de trinta (30) dias, sem prejuízo dos subsídios e da representação.
Parágrafo único. O gozo das férias poderá, a critério do Prefeito, ser desdobrado.
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Art. 54. O Vice-Prefeito, além das atribuições que lhe são próprias, poderá exercer outras estabelecidas em Lei.
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IV - A Lei Orgânica;
V - O cumprimento das Leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. O processo e julgamento do Prefeito e do Vice-Prefeito obedecerão, no que couber, ao disposto do
art. 86 da Constituição Federal.
Art. 57. Além das atribuições fixadas em Lei, compete aos Secretários do Município:
I - orientar, coordenar e executar as atividades do órgão e entidades da administração municipal, na área de sua
competência;
II - referendar os atos governamentais e expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos
relativos aos assuntos de suas secretarias;
III - apresentar ao Prefeito relatório anual dos serviços realizados por suas secretarias;
IV - comparecer à Câmara Municipal nos casos previstos nesta Lei Orgânica;
V - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem delegadas pelo Prefeito.
Parágrafo único. Os Decretos, atos e regulamentos referentes aos serviços autônomos serão subscritos pelo
Prefeito Municipal e pelo Secretário da Administração.
Art. 59. O regime Jurídico dos Servidores Públicos do Município será único.
Art. 60. Os critérios objetivos de classificação dos cargos públicos de todos os Poderes garantirão isonomia de
vencimentos, conforme peculiaridades dos cargos.
§ 1º Os planos de carreira preverão também:
I - as vantagens de caráter individual;
II - as vantagens relativas à natureza e ao local de trabalho;
III - os limites máximos e mínimos de remuneração e a relação entre esses limites, sendo aquele o valor
estabelecido de acordo com a Constituição Federal;
IV - que as carreiras, em qualquer dos Poderes serão organizadas de modo a favorecer o acesso generalizado aos
cargos públicos;
V - que as promoções de grau nos cargos organizados em carreira obedecerão aos critérios de merecimento e
antiguidade, alternadamente e a Lei estabelecerá normas que asseguram critérios, objetivos na avaliação;
VI - a investidura em cargo ou emprego público, bem como nas instituições de que participem o Município, depende
de aprovação prévia em concurso público de provas e/ou de títulos, ressalvadas as nomeações para cargos em
comissão, declarados em lei, de livre nomeação e exoneração.
Art. 61. Ficará em disponibilidade remunerada com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço, o servidor estável
cujo cargo foi declarado extinto ou desnecessário pelo órgão a que servir, podendo ser aproveitado em cargo
compatível a critério da administração.
Art. 62. O servidor em exercício de mandato eletivo aplica-se no que couber a Legislação Federal pertinente.
Art. 63. A criação e extinção dos quadros da Câmara Municipal, bem como a fixação e alteração de seus vencimentos,
dependerão de Projetos de Lei de iniciativa da mesa.
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Poder Executivo, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza e ao local de trabalho;
II - a vinculação ou equiparação, de qualquer natureza, para efeito de remuneração de pessoal do Município;
III - a participação de servidores no produto da arrecadação de tributos e multas, inclusive da dívida ativa;
IV - a acumulação remunerada de cargos públicos exceto quando houver compatibilidade de horários e nos casos
previstos na Constituição Federal.
V - atividade política-partidária nas horas e locais de trabalho.
Art. 66. O Município responderá pelos danos que seus agentes, nesta qualidade, causarem a terceiros, sendo
obrigatório o uso de ação regressiva contra o responsável nos casos de dolo ou culpa na forma da Constituição
Federal.
Art. 67. É garantido ao Servidor Público Municipal o direito à livre associação sindical.
Art. 68. É assegurado ao servidor municipal o auxílio do vale transporte e vale refeição, nos termos definidos por Lei.
Art. 70. A Lei especificará as atribuições de cada Conselho de sua organização, composição, funcionamento, forma de
nomeação de titular e suplente e prazo de duração do mandato.
Art. 71. Os Conselhos Municipais são compostos por um número ímpar de membros, observando quando for o caso, a
representatividade da administração, das entidades públicas e da sociedade civil organizada.
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Art. 73. Os recursos que, em decorrência de veto, emenda, ou rejeição do Projeto de Lei Orçamentária Anual ficarem
sem despesa correspondente, poderão ser utilizados conforme o caso, mediante os créditos especiais adicionais ou
suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
Art. 76. A despesa com pessoal ativo e inativo não poderá exceder os limites estabelecidos em lei.
Parágrafo único. A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos ou alteração
de estrutura de carreira, bem como a admissão de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos, entidades da Administração
direta ou indireta, inclusive Fundações instituídas pelo Poder Público, só poderão ser feitas:
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesas de pessoal e aos
acréscimos dela decorrentes;
II - se houver autorização específica, na Lei de Diretrizes Orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as
sociedades de economia mista.
Art. 77. As despesas com publicidades dos poderes do Município não poderão ser efetivadas sem prévia autorização
legislativa.
Art. 78. Os Projetos de Lei sobre o Plano Plurianual, Diretrizes Orçamentárias e Orçamentos Anuais serão enviados
pelo Prefeito ao Poder Legislativo nos seguintes prazos:
I - o projeto de lei do Plano Plurianual, até trinta (30) de junho do primeiro ano do mandato do Prefeito;
II - o projeto das Diretrizes Orçamentárias, anualmente, até trinta e um (31) de julho;
III - os Projetos de Lei dos Orçamentos Anuais, até quinze (15) de outubro de cada ano.
Art. 79. Os Projetos de Lei de que trata o artigo anterior, após apreciação pelo Poder Legislativo, deverão ser
encaminhados para a sanção nos seguintes prazos:
I - o Projeto do Plano Plurianual até trinta e um (31) de agosto do primeiro ano do mandato do Prefeito;
II - o Projeto de Diretrizes Orçamentárias, anualmente, até quinze (15) de setembro de cada ano;
III - o Projeto de Lei dos Orçamentos Anuais, até trinta (30) de novembro de cada ano.
Parágrafo único. Não atendidos os prazos estabelecidos no presente artigo, os projetos nele previsto serão
promulgados como lei.
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Art. 80. Caso o Prefeito não envie o Projeto do Orçamento Anual no prazo legal, o Poder Legislativo adotará com
Projeto de Lei Orçamentária, a Lei do Orçamento em vigor, com a correção das respectivas rubricas pelos índices
oficiais da inflação verificadas nos doze (12) meses imediatamente anteriores a trinta (30) de setembro.
Art. 82. A intervenção do Município no domínio econômico dar-se-á por meios previstos em lei, para orientar e
estimular a produção, corrigir distorções da atividade econômica e prevenir abusos do poder econômico.
Parágrafo único. No caso de ameaça ou efetiva paralização de serviço ou atividade essencial por decisão patronal,
pode o Município intervir, tendo em vista o direito da população ao serviço ou atividade, respeitada a Legislação Federal
e Estadual e os direitos dos trabalhadores.
Art. 83. Na organização de sua economia o Município combaterá a miséria, o analfabetismo, o desemprego, a
propriedade improdutiva, a marginalização do indivíduo, o êxodo rural, a economia predatória e todas as formas de
degradação da condição humana.
Art. 84. Lei Municipal definirá normas de incentivo às formas associativas e cooperativas, às pequenas e micro
unidades econômicas e às empresas que estabelecerem participação dos trabalhadores nos lucros e nas suas gestões.
Art. 85. O Município organizará sistemas e programas de prevenção e socorro nos casos de calamidade pública em
que a população tenha ameaçados os seus recursos, meios de abastecimentos ou sobrevivência.
Art. 86. Os planos de desenvolvimentos econômicos do Município terão objetivos de promover a melhoria da qualidade
de vida da população, a distribuição equitativa da riqueza produtiva, o estímulo à permanência do homem no campo e o
desenvolvimento social e econômico sustentável.
Art. 87. Os investimentos do Município atenderão, em caráter prioritário, às necessidades básicas da população e
deverão estar compatibilizados com o plano de desenvolvimento econômico.
Art. 88. O Plano Plurianual do Município e seu Orçamento Anual contemplarão expressamente recursos destinados ao
desenvolvimento de uma política habitacional de interesse social, compatível com os programas Federal e Estadual
dessa área.
Art. 89. O Município promoverá programas de interesse social destinados a facilitar o acesso da população à
habilitação, priorizando:
I - a regularização fundiária;
II - a dotação de infraestrutura básica e de equipamentos sociais;
III - a implantação de empreendimentos habitacionais.
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Parágrafo único. O Município apoiará a construção de moradias populares realizadas pelos próprios interessados,
por regime de mutirão, por cooperativas habitacionais e outras formas alternativas.
Art. 90. Na elaboração do planejamento e na ordenação de usos, atividades e funções de interesse social, o Município
visará:
I - melhorar a qualidade de vida da população;
II - promover a definição e a realização da função social da propriedade urbana;
III - promover a ordenação territorial, integrando as diversas atividades e funções urbanas;
IV - prevenir e corrigir as distorções do crescimento urbano;
V - distribuir os benefícios e encargos do processo de desenvolvimento do Município, inibindo a especulação
imobiliária, os vazios urbanos e a excessiva concentração urbana;
VI - promover a integração, racionalização e otimização da infraestrutura urbana básica, priorizando os aglomerados
de maior densidade populacional e a população de menor renda;
VII - preservar os sítios, as edificações e os monumentos de valor histórico, artístico e cultural;
VIII - impedir as agressões ao meio-ambiente, estimulando ações preventivas e corretivas;
IX - promover o desenvolvimento econômico local.
Art. 91. O parcelamento do solo para fins urbanos deverá estar, inserido em área urbana ou de expansão urbana a ser
definida em lei municipal, obedecendo a legislação Federal.
Art. 92. Na aprovação de qualquer projeto para construção de conjuntos habitacionais, o Município exigirá a edificação,
pelos incorporadores de escola com capacidade para atender a demanda gerada pelo conjunto.
Art. 93. O Município assegurará a participação das entidades comunitárias e das representativas da sociedade civil
organizada, legalmente constituídas na definição do Plano Diretor e das Diretrizes gerais de ocupação do território, bem
como na elaboração e implementação dos planos, programas e projetos que lhes sejam concernentes.
Art. 94. O Município, no desempenho de sua organização econômica, planejará políticas voltadas para a agricultura e o
abastecimento, especialmente quanto:
I - ao desenvolvimento da propriedade em todas as suas potencialidades a partir da vocação e da capacidade de uso
do solo, levada em conta a proteção ao meio ambiente;
II - ao fomento à produção agropecuária e a de alimentos de consumo interno;
III - ao incentivo à agro-indústria;
IV - ao incentivo ao cooperativismo, ao sindicalismo e ao associativismo;
V - à implantação de cinturões verdes;
VI - ao estímulo à criação de centrais de compras para abastecimento de micro-empresas, micro produtores rurais e
empresas de pequeno porte, com vistas à diminuição do preço final das mercadorias e produtos na venda ao
consumidor;
VII - ao incentivo, à ampliação e a conservação da rede de estradas vicinais, e da rede de eletrificação rural.
Art. 95. O Município definirá formas de participação na política de combate ao uso de entorpecentes, objetivando a
educação preventiva e a assistência de recuperação dos dependentes de substâncias entorpecentes ou que
determinem dependência física ou psíquica.
Art. 96. A Lei Municipal estabelecerá normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público, a fim de
garantir acesso adequado às pessoas portadoras de necessidades especiais.
Parágrafo único. O Poder Municipal adaptará os logradouros e edifícios públicos ao acesso dos portadores de
necessidades especiais.
Art. 97. O Município desenvolverá programas de assistência social e proteção à criança, ao adolescente e ao idoso,
portadores ou não de necessidades especiais com a participação de entidades civis, conforme os seguintes preceitos:
a) criação de programas da preservação, de integração social, preparo para o trabalho, de acesso facilitando aos
bens e serviços e à Escola de atendimento especializado para crianças e adolescentes, inclusive portadores de
necessidades especiais.
b) atendimento especializado às crianças e adolescentes órfãos, abandonados, explorados sexualmente, doentes
mentais e em estado de vulnerabilidade social.
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Art. 100. Compete ao Município, articulado com o Estado, recensear os educandos para o ensino fundamental e fazer-
lhes a chamada anualmente.
Parágrafo único. Transcorridos dez (10) dias úteis do pedido de vaga, incorrerá em responsabilidade administrativa a
autoridade competente que não garantir, ao interessado devidamente habilitado, o acesso à Escola de Ensino
Fundamental.
Art. 101. Os recursos da educação serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias,
confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que comprovem finalidade não lucrativa à aplicação de seus excedentes
financeiros em educação.
Art. 102. O Município aplicará em educação, o previsto no artigo 212 da Constituição Federal.
Art. 103. Anualmente, o Executivo Municipal publicará relatório da execução financeira da despesa em educação.
Art. 105. Fica assegurado o Plano de carreira do Magistério Público Municipal, garantida a valorização da qualificação
e da titulação do profissional do magistério, independentemente do nível escolar em que atue, inclusive mediante a
fixação de piso salarial.
Art. 106. Fica assegurado aos pais, professores, alunos e funcionários organizarem-se, em todos os estabelecimentos
de ensino, através de associações, grêmios, ou outras formas.
Art. 107. O Poder Público poderá complementar o atendimento aos portadores de necessidades especiais e aos
superdotados, através de convênios com entidades que preencham os requisitos estabelecidos na Constituição
Federal.
Art. 108. O Município manterá um sistema de bibliotecas escolares na rede pública municipal e exigirá a existência de
bibliotecas na rede escolar privada, cabendo-lhe fiscalizá-las.
Art. 109. O Município promoverá Educação Especial ao educando com dificuldades na aprendizagem, recebendo
atendimento individual com especialistas nesta área.
Art. 110. Os Diretores das Escolas Municipais serão escolhidos entre professores da rede municipal.
Art. 111. O ingresso no Ensino Fundamental é assegurado nos termos da Lei de Diretrizes de Base (LDB).
Art. 112. Em todas as solenidades promovidas pelo Município deverá ser entoado o Hino Nacional Brasileiro.
Art. 113. Será obrigatório a inclusão no currículo escolar a Educação para o Trânsito.
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Art. 115. O Município preservará tudo que estiver relacionado com a cultura das etnias que colaboraram para o nosso
desenvolvimento, como a língua, locais históricos, artefatos, cerâmicas, músicas, entre outros.
Art. 116. Ficam tombados os monumentos, prédios, sítios arqueológicos, áreas ecológicas, de acordo com o interesse
público, através de Lei própria para esta finalidade.
Art. 118. O Executivo Municipal implantará e preservará o Museu Municipal e centros culturais.
Art. 120. O Município fomentará todas as modalidades desportivas em todas as suas formas, principalmente na rede de
ensino público municipal.
Art. 121. O Município garantirá condições para a prática de educação física, lazer e do esporte aos portadores de
necessidades especiais.
Art. 123. As ações e serviços de saúde do âmbito do Município integram uma rede regionalizada e hierarquizada e
constituem o Sistema Único de Saúde (SUS) no âmbito Federal, Estadual e Municipal.
Art. 124. O Município garantirá gratuidade dos serviços e das ações e assistência à saúde do usuário residente no
Município, conforme disponibilidades dos serviços.
Art. 125. O Sistema Único de Saúde (SUS) integra as ações e os serviços públicos de saúde de forma regionalizada e
hierarquizada, atendendo as seguintes diretrizes:
I - caberá a Secretaria Municipal de Saúde e ao Conselho Municipal de Saúde (CMS), conforme as suas
competências, a proposição das políticas em saúde;
II - adequar a prestação de ações preventivas, curativas e reabilitadoras e com as diversas realidades
epidemiológicas.
Art. 126. Ao Sistema Único de Saúde (SUS) no âmbito do Município, além de suas atribuições inerentes incumbem, na
forma da lei:
I - coordenar e integrar as ações e serviços municipais de saúde individuais e coletivas, em conjunto com o Estado e
União;
II - objetivar as prioridades e estratégias municipais de promoção de saúde;
III - fiscalizar e controlar em conjunto com a Secretaria do Meio Ambiente e Preservação Ecológica, de qualquer
atividade e serviço que ponha em risco a saúde, a segurança ou o bem-estar físico ou psíquico do indivíduo da
coletividade e meio ambiente;
IV - Iincentivar a pesquisa, o ensino e o aprimoramento científico-tecnológico e de recursos humanos no
desenvolvimento da área da saúde;
V - realizar a vigilância sanitária, epidemiológica, toxicológica e farmacológica;
VI - responsabilizar-se pelo funcionamento de serviços públicos de saúde, inclusive hospitalares e ambulatoriais,
visando atender às necessidades municipais;
VII - proceder ações específicas de prevenção e atendimento aos portadores de necessidades especiais;
VIII - fornecer recursos educacionais e os meios científicos que assegurem o direito ao planejamento familiar, de
acordo com a livre decisão do casal.
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Art. 127. Fica considerado serviço público essencial à atividade preventiva das ações de saúde o saneamento básico
municipal, sendo progressivamente extensivo a toda a população urbana e rural, o qual compreende os seguintes
serviços:
I - a captação, o tratamento e a distribuição de água potável, a coleta, o tratamento e a destinação final de esgoto
cloacal e do lixo doméstico, bem como a drenagem urbana;
II - o tratamento e reciclagem de efluentes de forma integrada pelas empresas, nos distritos industriais, através de
condomínio de tratamento de resíduos.
Art. 128. O meio ambiente é bem de uso da coletividade e a manutenção de seu equilíbrio é essencial à sadia
qualidade de vida.
§ 1º A tutela do meio ambiente é exercida por todos os órgãos do Município e em especial a Secretaria do Meio
Ambiente e Preservação Ecológica, complementarmente com a União e o Estado.
§ 2º O causador de poluição ou dano ambiental, será responsabilizado e deverá assumir ou ressarcir ao Município, se
for o caso, todos os custos financeiros, imediatos ou futuros decorrentes do saneamento do dano.
Art. 129. Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo, preservá-lo e restaurá-lo para as presentes e futuras gerações, cabendo a todos
exigir do Poder Público a adoção de medidas nesse sentido.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, o Município desenvolverá ações permanentes de proteção,
restauração e fiscalização do meio ambiente, incumbindo-lhe, prioritariamente:
a) prevenir, combater e controlar a poluição e erosão em qualquer de suas formas;
b) preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais, obras e monumentos artísticos e naturais e prover o
manejo ecológico das espécies e ecossistemas definindo em lei os espaços territoriais a serem protegidos;
c) promover a educação ambiental em todos os níveis e a conscientização pública para a proteção do meio
ambiente;
d) fiscalizar, cadastrar e manter as florestas, as unidades públicas municipais em conservação, fomentando o
florestamento ecológico conservando, na forma de lei, as florestas remanescentes do Município.
§ 2º As pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, que exerçam atividades consideradas poluidoras ou
potencialmente poluidoras, são responsáveis, direta ou indiretamente, pelo acondicionamento, coleta, tratamento e
destinação final dos resíduos por elas produzidos.
§ 3º O Município, respeitando o direito de propriedade, poderá executar levantamentos, estudos, projetos e pesquisas
necessários ao conhecimento do meio físico, assegurando ao proprietário indenização posterior, se houver dano.
Art. 130. A Legislação Ordinária disporá sobre a organização do sistema municipal de proteção ambiental, que terá
como atribuições a elaboração, implementação, execução e controle da política ambiental do Município.
Art. 131. A concessão de alvará de instalação e funcionamento a quaisquer empreendimentos que produzam alteração
no meio ambiente, será obrigatoriamente condicionada à apresentação de projeto, aprovado pela Secretaria Municipal
do Meio Ambiente e Preservação Ecológica, contemplando a manutenção ou restauração do meio ambiente onde se
situam.
Art. 132. As áreas de mata nativa, bem como as encostas de morros, serão preservadas através de tombamento.
Art. 133. As indústrias não poderão instalar chaminés sem filtros adequados, destinados a conter a poluição
atmosférica.
Art. 134. O Município promoverá a preservação da flora e da fauna evitando o desequilíbrio ecológico, através da
execução de planos.
Art. 135. Fica autorizada a arborização às margens de rodovias Federais, Estaduais e vicinais com espécies florestais
e ou ornamentais, incluindo as nativas.
Art. 136. É dever do Município a extensão progressiva do saneamento básico a toda a população urbana e rural, como
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Art. 137. Fica institucionalizado o Consepro Pró Segurança Pública Municipal e a Guarda Municipal de Estância Velha,
instituição de caráter civil, uniformizadas e armadas, com as seguintes atribuições: (NR) (redação estabelecida pelo art.
1º da Emenda à LOM nº 006, de 13.08.2015)
I - proteção de seus bens, serviços instalações;
II - proteção dos direitos humanos fundamentais, do exercício da cidadania e das liberdades e garantias individuais;
III - preservação da vida;
IV - compromisso com a evolução social da comunidade;
V - proteção municipal preventiva ressalvadas as competências da União dos Estados e Distrito Federal
VI - patrulhamento preventivo
VII - exercer as competências de trânsito nas vias e logradouros municipais, nos termos da Lei Federal nº 9.503 de 23
de setembro de 1997 e alterações;
VIII - demais atribuições conforme dispuser a Lei.
Art. 137. Fica institucionalizado o Conselho Pró-Segurança Pública Municipal - CONSEPRO. (redação original)
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 138. O Município deverá organizar a sua administração, exercer suas atividades dentro de um processo de
planejamento permanente, atendendo às peculiaridades locais e aos princípios técnicos convenientes ao
desenvolvimento integrado da comunidade.
Parágrafo único. Considera-se processo de planejamento a definição de objetivos determinados em função da
realidade local, a preparação dos meios para atingi-los, o controle de sua aplicação e a avaliação dos resultados
obtidos.
Art. 139. O Município revisará o seu processo de planejamento, alterando o Plano Diretor de Desenvolvimento
Integrado, no qual considerará, em conjunto, os aspectos físicos, econômicos, sociais e administrativos.
Parágrafo único. O Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado deverá ser adequado aos recursos financeiros do
Município e às suas exigências administrativas.
Art. 140. Esta Lei Orgânica, aprovada pela Câmara de Vereadores, será promulgada pela Mesa e entrará em vigor na
data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, especialmente, a Lei Orgânica de 03 de abril de 1990 e
suas alterações.
CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE ESTÂNCIA VELHA, aos 20 (vinte) dias do mês de maio
de 2005.
___________________________
Ver. Luís Carlos Soares
Presidente da Câmara Municipal
___________________________
Ver. José Plínio Hoffmann
Vice-Presidente
___________________________
Ver. Carlito José Borges
Secretário
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ÍNDICE SISTEMÁTICO
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