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25/03/2017 Conselho de Segurança não aprovou resolução sobre a Síria, Secretário­Geral da ONU decepcionado

Sábado, 25 Março 2017 Passar para o conteúdo principal Pesquisa... Ok

A ONU na sua língua Português

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      Conselho de Segurança não aprovou resolução
sobre a Síria, Secretário­Geral da ONU decepcionado
Apesar dos apelos para uma acção
A ACONTECER unida e concertada para ajudar a
acabar com a escalada da violência na
Actualidade
Síria, o Conselho de Segurança não
Opinião
conseguiu aprovar uma resolução que
Mensagem do Secretário­ teria ameaçado com sanções contra
Geral Damasco, devido aos votos negativos
Objetivos de dos membros permanentes – Rússia e
Desenvolvimento China.
Sustentável
Boletim do UNRIC Onze dos 15 membros do Conselho votaram a favor do texto da resolução,

Concursos, campanhas e enquanto outros dois membros – Paquistão e África do Sul – se abstiveram. O

jogos veto por qualquer um dos cinco membros permanentes do Conselho de
Segurança significa que a resolução não pode ser adoptada.

Antes da acção do dia 19 de Julho, o Secretário­Geral Ban Ki­moon, juntamente
O QUE FAZEMOS
com o Enviado Especial das Nações Unidas e da Liga Árabe para a crise síria,
Informação sobre a ONU Kofi Annan, expressou repetidamente a esperança de que o Conselho pudesse
Campanhas UNRIC chegar a um acordo sobre um curso de acção colectiva para acabar com o
Parcerias UNRIC derramamento de sangue naquele país do Oriente Médio.

Infoponto & Biblioteca
“Estou profundamente decepcionado com o fracasso do Conselho de Segurança
A ONU e a UE
sobre a situação na Síria”, disse Ban Ki­moon aos jornalistas na Eslovénia, onde
Cine ONU Portugal
iniciou uma visita oficial.
Em Foco
A ONU, Portugal e CPLP Uma declaração separada emitida pelo porta­voz do Secretário­Geral disse que
Publicação a votação foi decepcionante, pois acontece numa altura em que é precisa mais
determinação e pressão para alcançar as metas aprovadas pelo Conselho, de
uma cessação total da violência para proteger os civis e de facilitar uma
transição política síria conducente a um sistema político democrático.

“A hora é grave. A comunidade internacional tem uma responsabilidade
colectiva para com o povo sírio. O Governo sírio falhou, manifestamente, em
protegê­los”, declarou.

O comunicado acrescenta que o Secretário­Geral, juntamente com o Enviado
Especial Conjunto das Nações Unidas e da Liga Árabe como um todo, não O Centro Regional de Informação das Nações
mediram esforços para alcançarem o fim da violência e violações dos direitos Unidas para a Europa Ocidental (UNRIC),
humanos, e trazer uma transição pacífica democrática liderada pela Síria que sedeado em Bruxelas, presta informação
atenda às legítimas aspirações do povo sírio. sobre as actividades da ONU nos países da
região, incluindo Portugal. Põe à disposição
Kofi Annan também expressou a sua decepção pelo facto de que o Conselho do público os principais relatórios da ONU,
não tenha conseguido unir­se e tomar uma acção forte e concertada a que ele documentos, publicações, fichas informativas,
tinha apelado. “Ele acredita que a voz do Conselho é muito mais poderosa comunicados de imprensa e notícias, em
quando os seus membros actuam como um só”, disse seu porta­voz em um várias línguas, nomeadamente o português.
comunicado.
Exhibits

A ONU estima que mais de 10.000 pessoas, a maioria civis, tenham sido mortos
na Síria, assim como dezenas de milhares de deslocados desde que a revolta
contra o presidente Bashar Al­Assad começou, há cerca de 16 meses atrás.
2012
O Presidente da Assembleia Geral, Nassir Abdulaziz Al­Nasser, “lamenta
profundamente que o Conselho de Segurança tenha voltado a ser incapaz de se
unir e tomar uma acção colectiva para pôr um fim imediato à terrível crise na

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2011 Síria”, referiu num comunicado divulgado pelo seu porta­voz na sequência da
votação.

Acrescentou ainda que o presidente continua profundamente preocupado com o
“aumento horrível” de mortes de pessoas inocentes, e que o impasse no
2010 Conselho envia o sinal errado para todas as partes envolvidas no conflito.

  De igual forma, espera­se que o Conselho tome uma decisão sobre o futuro da
Missão de Supervisão da ONU na Síria (UNSMIS), que recentemente suspendeu
as suas patrulhas regulares devido ao aumento da violência no terreno e cujo
mandato de 90 dias expira dia 20 de Julho.

A Missão foi criada para monitorizar o fim da violência na Síria, bem como
monitorizar e apoiar a implementação integral do plano de paz de seis pontos
proposto por Kofi Annan. Esse plano prevê o fim da violência, o acesso das
agências humanitárias para prestar socorro aos necessitados, a libertação dos
Ombudsman... detidos, o início de um diálogo político inclusivo e o livre acesso dos meios de
comunicação internacional.

“Dói­me dizer, mas nós não estamos no caminho para a paz na Síria e os
aumentos da violência a que assistimos em Damasco ao longo dos últimos dias
testemunha isso mesmo”, disse o líder Militar da Missão de Observadores,
Major­General Robert Mood, aos jornalistas na capital síria.

Um ataque a bomba no prédio da Segurança Nacional, sede em Damasco
matou e feriu vários oficiais do governo. Entre os mortos estavam o ministro da
defesa Síria e o seu vice­presidente. Houve também relatos de confrontos entre
as forças do governo sírio e os combatentes da oposição em vários bairros da
cidade.

Robert Mood nota que o Conselho deve decidir o destino da UNSMIS e a
presença política e militar da ONU na Síria. “Não é nenhum segredo que os seus
membros estão divididos sobre que acções são necessárias para acabar com a
matança e começar um processo de transição política”, afirmou.

“Para o bem do povo sírio, precisamos de liderança efectiva do Conselho de
Segurança e da verdadeira unidade em torno de um plano político que atenda
às aspirações do povo sírio e que seja aceite pelas partes”, acrescentou.

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