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ICS 13.

260 JUL 2006 PROJETO DE REVISÃO


ABNT NBR 10622
Equipamento de proteção individual –
Luva isolante de borracha
ABNT – Associação
Brasileira de Origem: ABNT NBR 10622:1989
Normas Técnicas ABNT/CB-32- Comitê Brasileiro de Equipamentos de Proteção Individual
CE-32:006.05 - Comissão de Estudo de Luvas e Vestimentas de Proteção –
Sede: Riscos Elétricos
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 28º andar ABNT NBR 10622 – Personal protective equipment – Gloves of insulating
CEP 2003-901 - Rio de Janeiro – RJ
Tel.: PABX (021) 3974-2300 rubber
Fax: (021) 2220-1762
Endereço eletrônico: Descriptors: Personal protective equipment. Protection clothing. Work safety.
www.abnt.org.br Accident prevention.
Esta Norma cancela e substitui a ABNT NBR 10622:1989.
Esta Norma cancela e substitui a ABNT NBR 10624:1989.

Palavras-chave: Equipamento de proteção individual. Luva 22 páginas


Copyright © 2006,
ABNT - Associação Brasileira de proteção. Roupa de proteção.
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Segurança no trabalho. Prevenção de
Impresso no Brasil acidente.
Todos os direitos reservados

Sumário

Prefácio
1 Objetivo
2 Definições
3 Requisitos
4 Amostragem
5 Verificação das dimensões
6 Determinação das propriedades elétricas
7 Determinação da resistência ao ozônio
8 Determinação das propriedades mecânicas
9 Marcação e embalagem

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Nacional
entre os associados da ABNT e demais interessados.
1 Objetivo

Esta Norma especifica os requisitos para as luvas isolantes de borracha para proteção contra choques elétricos.

2 Definições
2.1 arco elétrico: Condução em gásautomantida para a qual a maioria dos portadores de carga são elétrons liberados por
emissão eletrônica primaria.

2.2 área de trabalho: Região entre os dedos, a palma, a área dos dedos e polegar virado para a palma da mão, sem se
estender além da linha central de união (ver figura 1).
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Figura 1 – Área de trabalho

2.3 borracha: Termo genérico que inclui elastômeros e seus compostos, independentemente da origem.

2.4 cano: Área da luva situada entre o punho e a orla reforçada da abertura.

2.5 corrente alternada: Corrente periodica cujo valor médio é igual a zero.

2.6 corrente contínua: Corrente cujo valor é independente do tempo.

2.7 corrente de fuga: Corrente de condução que, devido a isolamento imperfeito, percorre um caminho diferente do
previsto.

2.8 corte por ozônio: Rachaduras entrelaçadas na borracha pela ação do ozônio.

2.9 descarga eletrica: Processo causado por um campo elétrico, que muda abruptamente todo ou parte de um meio
isolante, para meio condutor.

2.10 halogenação: Exposição da superfície da luva a um halogênio, para fins de redução do atrito superficial.

2.11 luva de borracha: Equipamento destinado a proteger a mão, o punho e parte do antebraço do usuário, permitindo
completa independência de movimentos dos dedos, podendo ser de borracha natural, sintética ou combinação de ambas.

2.12 material condutor embebido: definir

2.13 material isolante: Material, em geral um dielétrico, utilizado para impedir a passagem de correntes de condução.

2.14 orla: Acabamento da extremidade do cano da luva.

2.15 orla reforçada: Acabamento da extremidade do cano da luva obtida por enrolamento do cano da luva.

2.16 ozônio: Forma muito ativa de oxigênio que pode ser produzida por descarga elétrica, efeito corona ou raios
ultravioleta.

2.17 palma: Área entre o punho e a base dos dedos.

2.18 perfuração: Efeito da descarga ou arco elétrico que ocorre entre os eletrodos e através da luva a ser ensaiada.

2.19 tensão elétrica : Grandeza escalar igual à integral de linha dp vetor campo elétrico, de um ponto a outro ao longo de
um percurso dado.

2.20 tensão máxima de uso: Valor eficaz máximo entre fases no qual a luva pode ser utilizada.

2.21 usuário: Pessoa que utiliza a luva.

3 Requisitos

3.1 Classificação

3.1.1 As luvas devem ser dos seguintes tipos:


a) tipo I – não resistente ao ozônio;

b) tipo II – resistente ao ozônio.

3.1.2 São estabelecidas as seguintes classes de luva: 00, 0, 1, 2, 3 e 4.


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3.1.3 A classe das luvas deve ser identificada através de marcação legível e indelével no dorso do cano, dentro de uma
faixa de 50 mm a contar da orla. A marcação deve ter uma cor especifica para cada classe da luva conforme segue:

a) classe 00 – bege;

b) classe 0 – vermelha;

c) classe 1 – branca;

d) classe 2 – amarela;

e) classe 3 – verde;

f) classe 4 – laranja.

3.2 Acabamento

3.2.1 Todas as luvas devem ser submetidas à inspeção visual interna e externa.

3.2.2 As luvas devem ser livres nas superfícies interna e externa de irregularidades físicas prejudiciais que comprometam o
contorno superficial uniforme e liso e representem riscos em potencial ao usuário, tais como furos minúsculos, trincas,
bolhas, cortes, material condutor embebido, enrugamento, marcas de esmagamento, bolsas de ar retido, pregas salientes
e marcas de moldagem proeminentes.

3.2.3 A parte interna deve ter acabamento por halogenação ou outro processo similar que permita bom calçamento, sem
comprometer os requisitos desta Norma.

3.2.4 Algumas irregularidades físicas não prejudiciais podem estar presentes nas superfícies interna e externa da luva,
devido às imperfeições nas formas ou moldes ou devido às dificuldades inerentes ao processo de fabricação. Essas
irregularidades podem aparecer como marcas de modelagem que se assemelham a cortes, mossas, protuberâncias,
material estranho embebido ou manchas de cor. São aceitáveis desde que:
a) as mossas, protuberâncias ou marcas de modelagem tendam a se harmonizar em uma inclinação suave com o
esticamento do material;

b) a espessura da borracha em qualquer irregularidade atenda aos requisitos de espessura;

c) o material estranho permaneça no lugar quando a luva for dobrada e esticada com o material que a envolva;

d) os salpicos de cor tenham um tamanho máximo de 1 mm em qualquer direção na superfície interna da área de
trabalho.

3.2.5 Durante a inspeção visual, não se deve aplicar esforços mecânicos capazes de comprometer as características
das luvas. A localização de defeitos pode ser feita insuflando ar nas luvas manualmente ou através de um insuflador de ar,
observando-se os seguintes limites:

a) luvas do tipo I: nenhuma parte da luva deve esticar mais do que 2 vezes o seu tamanho normal:

b) luvas do tipo II: nenhuma parte da luva deve esticar mais que 1,25 vez o seu tamanho normal.

O tamanho das luvas deve ser medido com uma escala graduada.

3.2.6 Todas as luvas devem ter orça reforçada.

3.3 Dimensões

3.3.1 Espessura

A espessura das luvas deve atender a tabela 1 e ser determinada conforme 5.1.
Tabela 1 – Espessura das luvas

Espessura mínima
Classe Espessura máxima1)
Mm
das luvas mm
Na união dos dedos Nas outras partes
00 0,20 0,25 0,75
0 0,46 0,51 1,02
1 0,63 0,76 1,52
2 1,02 1,27 2,29
3 1,52 1,90 2,92
4 2,03 2,54 3,56
1)
A espessura máxima para luva tipo II pode ter acréscimo de até 0,6 mm.
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3.3.2 Tamanho

O tamanho das luvas deve atender a tabela 2 e ser determinado conforme 5.2.
Tabela 2 – Tamanho das luvas
Tamanho1)
Número
Mm
8 203
8,5 216
9 229
9,5 241
10 254
10,5 267
11 279
11,5 292
12 303
A incerteza máxima no tamanho dever ser de ± 13 mm.
1)

3.3.3 Comprimento

3.3.3.1 O comprimento das luvas deve atender a tabela 3 e ser determinado conforme 5.3.

Tabela 3 – Comprimento das luvas1)


Pequena Média Grande
Classe
mm mm Mm
00 280/360 - -
0 280/360 410 460
1 360 410 460
2 360 410 460
3 360 410 460
4 - 410 460
1)
A incerteza máxima no comprimento deve ser de ± 15 mm.
3.3.3.2 Para as luvas cuja orla é inclinada, a diferença entre o comprimento máximo e o mínimo deve ser de
51 mm ± 6 mm.

3.3.4 Dimensões complementares

3.3.4.1 As dimensões complementares (ver figura 2) devem atender a tabela 4 e ser determinadas conforme 5.4.
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a) b) c)

Legenda:

A – perímetro da orla

B – perímetro do punho

C – perímetro do dedo polegar

D, E, F, G – perímetro dos demais dedos

H – distância entre o punho até a extremidade do dedo médio

I, J, L, M, N – comprimento dos dedos

O, P, Q, R – distância entre a união dos dedos até a extremidade do dedo médio

T – tamanho da luva

Figura 2 - Dimensões complementares


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Tabela 4 – Dimensões complementares


Dimensão A B C D E F G H I J L M N O P Q R
mm
Tamanho
8,0 354 205 81 69 70 67 58 160 58 62 72 72 59 102 67 69 80
8,5 368 220 87 71 73 71 62 170 59 65 75 72 59 106 70 72 82
9,0 375 235 90 74 77 74 66 180 59 69 78 72 60 110 73 75 85
9,5 390 238 97 75 78 76 70 190 60 72 79 73 60 112 75 77 87
10,0 390 251 99 80 84 81 72 195 61 73 80 75 62 112 76 79 89
10,5 398 261 99 81 84 82 74 200 62 75 84 76 63 113 79 81 91
11,0 398 274 99 85 86 86 77 205 64 76 87 77 63 115 83 83 93
11,5 405 285 100 91 87 87 79 208 65 77 89 77 64 116 85 86 95
12,0 405 295 100 95 89 91 80 210 66 78 91 78 65 117 86 87 96
Tolerância
± 13 ± 13 ±6 ±6 ±6 ±6 ±6 ± 13 ±6 ±6 ±6 ±6 ±6 ±6 ±6 ±6 ±6
mm
3.5 Propriedades elétricas

3.5.1 As luvas devem suportar, a uma freqüência de 60 Hz, uma tensão alternada (valor eficaz) conforme a tabela 5, ou
suportar uma tensão contínua conforme a tabela 6. O ensaio deve ser feito conforme 6.1 para corrente alternada e
conforme 6.2 para corrente contínua.

Tabela 5 – Propriedades elétricas para corrente alternada1 )

Classe Tensão Tensão de Tensão mínima Corrente máxima de fuga


Das Máxima de ensaio-valor de perfuração MA
uso2)
Luvas eficaz valor eficaz Luva de Luva de Luva de Luva de
valor eficaz
V V 280 mm de 360 mm de 410 mm de 460 mm de
V
comprimento comprimento comprimento comprimento
00 500 2 500 4 000 8 12 não aplicável não aplicável
0 1 000 5 000 6 000 8 12 14 16
1 7 500 10 000 20 000 - 14 16 18
2 17 000 20 000 30 000 - 16 18 20
3 26 500 30 000 40 000 - 18 20 22
4 36 000 40 000 50 000 - - 22 24

A corrente de ensaio deve ser medida com uma incerteza máxima de ± 1mA.
1)

2)
Para as classes 1, 2 ,3 e 4, a tensão máxima de uso é baseada na seguinte equação:

Tensão máxima de uso = 0,95 da tensão de ensaio – 2 000 V

Tabela 6 – Propriedades elétricas para corrente contínua

Classe de luva Tensão máxima de uso Tensão de ensaio Tensão mínima de perfuração
V V V
00 750 10 000 13 000
0 1 500 20 000 35 000
1 11 250 40 000 60 000
2 25 500 50 000 70 000
3 39 750 60 000 80 000
4 54 000 70 000 90 000

3.5.2 A tensão elétrica mínima de perfuração das luvas não deve ser inferior ao valor especificado nas tabelas 5 e 6 e o
ensaio deve ser feito conforme 6.3.
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3.5.3 A corrente de fuga através da luva não deve exceder os valores especificados na tabela 5, acrescidos de 2 mA, e o
ensaio deve ser feito conforme 6.4.

3.6 Resistência ao ozônio

3.6.1 O material da luva tipo II não deve indicar efeitos visíveis ao ozônio, tais como fendas, furos, rachaduras
entrelaçadas, fissuras, trincas, bolhas, cortes e enrugamento.A determinação da resistência ao ozônio deve ser feito
conforme seção 7.

3.6.2 Luvas do tipo II com pequenos cortes superficiais por corona ou fissuras por ozônio na área do cano podem ser
aceitas.

3.7 Propriedades mecânicas

3.7.1 As propriedades mecânicas das luvas devem atender a tabela 7 e ser determinadas conforme seção 8.

Tabela 7 – Propriedades mecânicas

Propriedades físicas Luva tipo I Luva tipo II


Resistência à tração mínima, em Mpa 17,2 10,3
Resistência à tração a 200% máximo, em MPa 2,1 2,1
Alongamento na ruptura, mínimo em % 600 600
Deformação permanente máxima após alongamento de 400%, em % 25 25
Resistência ao rasgamento, mínimo, em kN/m 21 14
Resistência à perfuração mecânica mínima, kN/m 18 18
Dureza, Shore A, máxima 47 47

3.7.2 Após o envelhecimento acelerado dos corpos-de-prova, a resistência à tração e ao alongamento na ruptura não
devem ser inferiores a 80% dos valores obtidos com os corpos-de-prova não envelhecidos.

3.8 Inspeção periódica

3.8.1 Deve ser feita uma inspeção periódica nas luvas após a realização dos ensaios de recebimento e após a colocação
do material em uso no campo.

3.8.2 Quando as luvas forem encaminhadas para um laboratório, este deve registrar as datas de inspeção de modo a
manter um histórico.

3.8.3 As luvas devem ser lavadas com um sabão suave ou detergente leve e água. Após a lavagem, as luvas devem ser
enxaguadas com água para remover todo o sabão ou detergente e devm ser secadas. Alvejantes ou cloretos suaves do
tipo doméstico podem ser usados para fins de desinfecção. Sabões, detergentes e alvejantes não devem ser usados com
intensidade que possa atacar ou prejudicar a superfície da borracha.

3.8.4 Antes dos ensaios elétricos, as luvas devem receber uma inspeção preliminar para ver se há furos, rasgos, cortes,
escoriações, cortes por ozônio ou qualquer outra condição que possa afetar adversamente o seu desempenho. Se
qualquer destas condições for encontrada, as luvas devem ser rejeitadas e cortadas de modo que não possam ser
utilizadas para servições elétricos.

3.8.5 As luvas devem ser ensaiadas de acordo com 6.1 e 6.2.

3.8.6 Uma data especificada para a próxima inspeção deve ser registrada ou fornecida em uma etiqueta na luva. O método
de marcação e o material da etiqueta não podem afetar adversamente as propriedades elétricas ou mecânicas da luva ou
conflitar com a marcação original do fabricante.

3.8.7 A superfície interna das luvas pode ser empoada usando-se um pó. As luvas devem ser arrumadas aos pares.

3.8.8 O intervalo máximo entre inspeções das luvas não deve exceder o período de seis meses para luvas utilizadas em
contato direto em circuitos energizados, e doze meses para luvas não distribuídas ou utilizadas em contatos indiretos.
Dependendo das práticas de trabalho e intensidade de atividades a que estão sendo submetidas as luvas, os intervalos
podem ser inferiores.

3.9 Manual de instruções

3.9.1 Todas as luvas devem ser entregues ao usuário final com um manual de instruções, contendo, no mínimo, as
informações dadas em 3.9.2 a 3.9.13.

3.9.2 As luvas defeituosas ou que deixam dúvidas quanto a sua integridade não devem ser usadas, devendo ser
devolvidas a um laboratório para verificação.

3.9.3 As luvas devem ser visualmente inspecionadas pelo usuário, à procura de defeitos. As luvas devem ser
inspecionadas em toda a superfície e roladas suavemente entre as mãos para expor defeitos e materiais embebidos.
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3.9.4 As luvas devem ser submetidas, diariamente antes do uso, a um ensaio de ar enrolando a orla bem apertado, na
direção da palma, de maneira tal que o ar fique retido dentro da luva, ou usando um insuflador de ar. Quando for utilizado o
insuflador, não se deve aplicar pressões capazes de comprometer as características das luvas deve-se ter cuidado para
evitar excesso de pressão. A luva deve ser examinada quanto a perfurações e outros defeitos. A detecção de perfurações
pode ser ampliada, ouvindo-se se há escape de ar ou segurando as luvas próximas da face do usuário, para sentir se há ar
vazando.

3.9.5 As luvas devem ser limpas para remover todo o óleo, graxa e outras substâncias prejudiciais assim que possível. As
luvas devem ser enxaguadas conforme necessário, para remover todo o suor. O excesso de água deve ser removido,
sacudindo-se a luva e em seguida, secando-a.

3.9.6 As luvas devem ser guardadas em local arejado, escuro e secol. O local deve ser tão livre quanto possível de ozônio,
produtos químicos, óleos, solventes, vapores e emanações prejudiciais e afastado de descargas elétricas e luz do sol. As
luvas devem ser armazenadas em seu formato natural. As luvas podem ser mantidas dentro de protetores ou em um saco,
caixa ou recipiente que seja desenhado e usado exclusivamente para elas. As luvas não devem ser guardadas dobradas,
com vincos, viradas ao avesso, comprimidas ou de qualquer modo que cause enrugamentos ou compressão.

3.9.7 As luvas devem ser usadas com luvas protetoras para evitar avarias mecânicas.

3.9.8 A luva protetora deve ser dimensionada e no formato tal que a luva isolante não seja deformada do seu formato
natural.

3.9.9 A distância mínima entre a orla da luva protetora e a orla da luva isolante não deve ser inferior ao especificado na
tabela 11.

Tabela 11 - Distâncias entre a orla e o punho

Classe Distancia mínima


Polegadas mm
0 ½ 13
1 1 25
2 2 51
3 3 76
4 4 102

3.9.10 Luvas protetoras que tenham sido usadas para qualquer outra finalidade não devem ser usadas para proteger luvas
isolantes. As luvas protetoras não devem ser usadas se tiverem furos, rasgos ou outros defeitos que afetem a sua
capacidade de proporcionar proteção mecânica às luvas isolantes. Deve-se ter o cuidado de manter as luvas protetoras tão
livres quanto possível de óleo, graxa, produtos químicos e outros materiais que possam prejudicar as luvas isolantes. As
luvas protetoras que ficarem contaminadas com materiais prejudiciais não devem ser usadas como luvas protetoras, salvo
se tiverem sido totalmente limpas para a remoção da substância contaminante. A superfície interna das luvas protetoras
deve ser inspecionada para ver se há objetos aguçados ou pontiagudos. Essa inspeção deve ser feita tão freqüentemente
quanto as luvas isolantes forem inspecionadas.

3.9.11 Luvas de pano podem ser usadas dentro da luva isolante para aquecimento em climas frios e para absorver o suor
em climas quentes.

3.9.12As luvas não devem ser marcadas nem possuir qualquer fita ou etiqueta adesiva aplicado à elas, salvo se
autorizado.

3.9.13 As luvas com quaisquer dos seguintes defeitos não devem ser usadas e devem ser devolvidas ao laboratório para
inspeção e ensaios elétricos:

a) furos, rasgos, perfurações ou cortes;

b) cortes causados por ozônio;

c) corpos estranhos embebidos;

d) alterações de textura, inchamento, amolecimento, endurecimento, material pegajoso ou inelástico;

e) outros defeitos que danifiquem as propriedades isolantes das luvas.

4 Amostragem

4.1 Para verificação da espessura, tamanho e comprimento deve-se tomar uma amostra aleatoriamente de 10% do lote.
Para determinação das dimensões complementares deve-se tomar uma amostra aleatoriamente de 5% do lote.

4.2 Todas as luvas aprovadas na inspeção visual e na verificação das dimensões devem ser submetidas ao ensaio de
tensão elétrica aplicada e verificação da corrente de fuga.

4.3 Uma amostragem de 1% do lote, com um mínimo de um par de luva, deve ser escolhida ao acaso para a realização
dos seguintes ensaios:
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a) tensão elétrica de perfuração;

b) resistência ao ozônio para luva tipo II;

c) resistência à tração;

d) deformação permanente;

e) resistência ao rasgamento;

f) resistência à perfuração mecânica;

g) envelhecimento acelerado;

h) dureza.

4.4 Se ocorrerem falhas na primeira amostragem, uma segunda amostragem contendo a mesma quantidade de luvas
deve ser selecionada e ensaiada.

4.5 Quando um número não inteiro for obtido para amostragem, a quantidade de luvas a ser amostrada deve ser
arredondada para um número inteiro imediatamente superior.

4.6 Se uma ou mais luvas da amostragem não atender 3.3, o lote inteiro deve ser submetido a esta verificação e as que
estiverem em desacordo devem ser rejeitadas. Caso a quantidade rejeitada ultrapasse 25% do lote, este deve ser
rejeitado.

4.7 A rejeição do lote deve ocorrer sob qualquer uma das seguintes condições:

a) se 5% ou mais do lote de luvas ensaiadas não atenderem 3.5.1. Quando no cálculo desta porcentagem obtém-se
número não inteiro, o número de falhas que causam rejeição do lote deve ser o inteiro imediatamente inferior;

b) se ocorrer na amostragem inicial duas perfurações, que não atendam 3.5.2;

c) se uma perfuração na amostragem inicial e uma perfuração na segunda amostragem não atender de 3.5.2;

d) se a corrente de fuga em duas luvas da amostragem inicial não atender 3.5.3;

e) se a corrente de fuga em uma luva da amostragem inicial e em uma luva da segunda amostragem não atender em
3.5.3;

f) se dois corpos-de-prova de luvas do tipo II não satisfizerem os requisitos estabelecidos em 3.6;

g) se um corpo-de-prova da amostragem inicial e um corpo-de-prova da segunda amostragem, de luvas tipo II, não
satisfizerem os requisitos estabelecidos em 3.6;

h) se dois resultados dos ensaios da amostragem inicial não satisfizerem qualquer um dos requisitos estabelecidos em
3.7;

i) se um resultado dos ensaios na amostragem inicial e um resultado dos ensaios na segunda amostragem não
satisfizerem qualquer um dos requisitos estabelecidos em 3.7.

4.7 As luvas que tiverem sido rejeitadas nos ensaios elétricos devem ser cortadas, de modo que não possam ser usadas
para serviços elétricos.

5 Verificação das dimensões

5.1 Verificação da espessura

5.1.1 Aparelhagem

Relógio comparador com resolução de 0,02 mm ou menos, preso a um braço que permita a verificação da espessura,
tanto na posição vertical, quanto na horizontal da luva. A haste fixa de apoio da luva deve ser suficientemente longa para
atingir as pontas dos dedos sem causar dobras prejudiciais à luva (ver figuras 3 e 4).
Projeto ABNT NBR 10622:2006 10

Figura 3 – Relógio comparador, posição horizontal

Figura 4 – Relógio comparador, posição vertical

5.1.2 Procedimento

Com as luvas limpas e perfeitamente secas, realizar:

a) no lado da palma: 4 ou mais medidas;

b) na união do dorso: 4 ou mais medidas;

c) na união dos dedos: 1 ou mais medidas;

d) na ponta de cada um dos dedos: 3 ou mais medidas.

5.2 Verificação do tamanho

5.2.1 Aparelhagem

Escala graduada em milímetros.

5.2.2 Procedimento

Com as luvas sobre uma superfície plana, o tamanho é a circunferência interna da luva (ver figura 2b) medida em uma
linha paralela às uniões dos dedos e passando através da união do polegar. O tamanho é determinado pela seguinte
expressão:

T = 2 (L – 2e)

onde:
Projeto ABNT NBR 10622:2006 11

T é o tamanho da luva, em milímetros;

L é a largura externa da luva, em milímetros;

e é a espessura média da palma e dorso da luva, em milímetros.

5.3 Verificação do comprimento

5.3.1 Aparelhagem

Escala graduada em milímetros.

5.3.2 Procedimento

5.3.2.1 Colocar a luva em uma superfície plana, com a orla perpendicular à linha de medida. O comprimento é a distância
entre a extremidade do dedo médio e a orla da luva, conforme figura 5.

Figura 5 – Comprimento da luva

5.3.2.2 Para as luvas cuja orla é inclinada, medir os comprimentos máximo e mínimo, conforme figura 6.

Figura 6 – Comprimentos máximo e mínimo da luva

5.4 Verificação das dimensões complementares

5.4.1 Aparelhagem

Escala e esquadros graduados em milímetros.

5.4.2 Procedimento

5.4.2.1 Colocar as luvas sobre uma superfície plana com a palma para cima (ver figura 2a)

5.4.2.2 Medir o comprimento do polegar (ver letra “I” da figura 2a) e dos demais dedos (ver letra “L” da figura 2a) sobre
uma linha reta a partir da união dos dedos até a projeção de suas extremidades.

5.4.2.3 Para determinar o perímetro interno do polegar (ver letra “C” da figura 2b), deve-se medir o diâmetro do dedo
polegar sobre uma linha reta, perpendicular à linha do comprimento do dedo, a meia distância entre a base do dedo e sua
extremidade, subtrair 2 vezes a espessura da luva e multiplicar o resultado por 2.
Projeto ABNT NBR 10622:2006 12

5.4.2.4 Para determinar o perímetro interno dos demais dedos (ver letras “D”, “E, “F” e “G” da figura 2b), deve-se medir o
diâmetro dos dedos sobre uma linha reta, perpendicular à linha do comprimento dos dedos, a 1/3 de distância entre a base
do dedo e sua extremidade a contar da base, subtrair 2 vezes a espessura da luva e multiplicar o resultado por 2.

5.4.2.5 Para determinar o perímetro interno do punho na parte mais estreita da luva partindo da orla (letra “B” da figura 2c),
medir o diâmetro do punho sobre uma linha reta, subtrair 2 vezes a espessura da luva e multiplicar o resultado por 2.

5.4.2.6 Para determinar o perímetro da orla da luva (ver letra “A” da figura 2c), deve-se medir o diâmetro da orla sobre uma
linha reta, subtrair 2 vezes a espessura da luva e multiplicar o resultado por 2.

5.4.2.7 Determinar a distância da união dos dedos até a projeção da linha reta perpendicular à extremidade do dedo médio
(ver letra “P” da figura 2c).

5.4.2.8 Determinar a distância do punho até a projeção da linha reta perpendicular à extremidade do dedo médio (ver letra
“H” da figura 2c).

6 Determinação das propriedades elétricas

Todos os ensaios elétricos devem ser executados à temperatura ambiente.

6.1 Tensão elétrica de ensaio em corrente alternada

6.1.1 Aparelhagem

6.1.1.1 O equipamento usado nos ensaios de tensão elétrica, aceitação e ruptura do dielétrico deve ser capaz de fornecer
uma tensão continuamente variável, essencialmente sem degraus, para o corpo-de-prova. Um equipamento de regulação
motorizado é conveniente e tende a prover uma taxa de elevação uniforme para a tensão de ensaio. O aparato de ensaio
deve ser protegido por um dispositivo automático de abertura de circuito destinado a prontamente abrir a corrente
produzida pela ruptura de um corpo-de-prova sob ensaio. Este dispositivo de abertura de circuito deve ser projetado para
proteger o equipamento de ensaio sob quaisquer condições de curto-circuito. O equipamento deve ser inspecionado e
calibrado por entidades competentes, acreditadas pela Rede Brasileira de Calibração (RBC), pelo menos uma vez ao ano.

6.1.1.2 O aparelho de ensaio deve ser projetado de modo a oferecer ao operador a plena proteção no desempenho de
suas atividades. Meios confiáveis de desenergizar e aterrar o circuito de alta tensão devem ser providenciados. Deve haver
um meio positivo de aterrar a seção de alta tensão do aparelho de ensaio em corrente contínua, na conclusão do ensaio.

6.1.1.3 A tensão de ensaio pode ser obtida mais facilmente de um transformador elevador energizado a partir de uma fonte
de baixa tensão variável. O transformador e o seu equipamento de controle devem ser de tamanho e projeto tais que, com
o corpo-de-prova no circuito, o fator de crista (relação de máximo para médio, efetivo) da tensão de ensaio deve diferir em
no máximo 5% em relação ao de uma onda senoidal sobre a metade superior da faixa de tensão de ensaio.

6.1.1.4 O valor eficaz da forma de onda de tensão senoidal aplicada à luva pode ser medido por um dos seguintes
aparelhos:

a) voltímetro usado em conjunto com um transformador de instrumento calibrado conectado diretamente fechando o
circuito de alta tensão;

b) voltímetro eletrostático conectado diretamente, fechando o circuito de alta tensão;

c) voltímetro conectado a uma bobina terciária no transformador de ensaio, desde que fique demonstrado que a relação
de transformação atribuída não se altera com a carga; ou

d) medidor de corrente alternada conectado em série com resistores tipo alta tensão diretamente, fechando o circuito
de alta tensão. A incerteza máxima do circuito de medição de tensão adotado deve ser ± 2% da escala total

NOTA Um voltímetro conectado no lado de baixa tensão do transformador de ensaio pode ser usado somente se a relação de
transformação tiver sido corretamente determinada e se souber que esta não muda apreciavelmente com a carga. Um centelhador de
esfera calibrado pode ser usado para checar a incerteza máxima de tensão indicada pelo voltímetro.

6.1.2 Procedimento

6..1.2.1 O fator de crista pode ser checado através do uso de um voltímetro de leitura de crista conectado diretamente,
fechando o circuito de alta tensão. Se um voltímetro eletrostático ou um voltímetro em conjunto com um transformador de
potencial de instrumento for conectado fechando o circuito de alta tensão, um centelhador de esfera pode ser disparado e
a tensão correspondente comparada com a leitura do voltímetro em valor eficas.

6.1.2.2 A corrente de ensaio deve ser medida pela inserção de um miliamperímetro em série com cada mão da luva. A
leitura deve ser feita próximo do final do tempo de ensaio.

6.1.2.3 Os eletrodos devem ser colocados de modo a aplicar a tensão elétrica uniformemente sobre toda a luva ensaiada
sem produzir efeito corona em qualquer ponto ou esforços mecânicos nas luvas.

6.1.2.4 As luvas devem ser cheias de água de torneira e imersas em água até um comprimento de acordo com a tabela 8
para a tensão de ensaio a ser usada. O nível de água durante o ensaio deve ser o mesmo dentro e fora da luva. A água
dentro da luva que forma um eletrodo de ensaio deve ser conectada a um terminal da fonte de tensão por meio de uma
corrente ou haste deslizante, que mergulhe na água. A água do recipiente do lado de fora da luva que forma o outro
eletrodo deve ser conectada diretamente ao outro terminal da fonte de tensão. A água deve estar livre de bolhas e bolsas
Projeto ABNT NBR 10622:2006 13

de ar dentro e fora da luva e a parte exposta da luva acima da linha de água deve estar seca. A água usada nos ensaios
deve ser renovada para cada lote de no máximo 50 pares de luva.

6.1.2.5 A tensão de ensaio deve ser aplicada inicialmente a um valor baixo e aumentada de acordo com uma taxa de
elevação constante, de aproximadamente 1 000 v/s, até que o nível de tensão de ensaio especificado na tabela 5 seja
atingido, ou até que ocorra a perfuração.

6.1.2.6 Após o nível de tensão de ensaio ser atingido, deve-se manter o estabelecimento de uma tensão durante 3 min,
marcados através de um cronômetro devidamente calibrado.

6.1.2.7 A tensão de ensaio deve ser reduzida para pelo menos metade do valor, a não ser que tenha ocorrido falha
elétrica, no final do período de ensaio, antes da abertura do circuito de ensaio.

Tabela 8 – Distâncias – Punho à linha d’água1)


Classe da luva Corrente alternada Corrente contínua
Tensão aplicada Ruptura Tensão aplicada Ruptura
Mm mm mm mm

00 38 38 38 51
0 38 38 38 51
1 38 64 51 102
2 64 76 76 127
3 89 102 102 152
4 127 165 153 178
1)
Tolerancia de ± 8 mm.

6.2 Tensão elétrica de ensaio em corrente contínua

6.2.1 Aparelhagem

Fonte de corrente contínua capaz de fornecer a tensão exigida. O componente de ondulação de corrente alternada entre
cristas e uma tensão de ensaio de corrente alteranda não deve exceder 2% do valor da tensão média sob condições sem
carga.

6.2.2 Procedimento

6.2.2.1 Medir a tensão de ensaio de corrente contínua através de um método que proporcione o valor médio da tensão de
ensaio à luva. A tensão deve ser medida usando um medidor de corrente contínua conectado em série com resistores tipo
alta tensão apropriados fechando o circuito de alta tensão. Um voltímetro eletrostático de faixa apropriada pode ser usado
no lugar da continuação de medidor de corrente contínua e resistor. A incerteza máxima do circuito de medição de tensão
deve ser de ± 2% da escala total.

6.2.2.2 A tensão de corrente contínua deve ser aplicada da mesma maneira como no ensaio com tensão de corrente
alternada, exceto que a taxa de elevação deve ser de aproximadamente 3 000 V/s.

6.2.2.3 Assim que atingir a tensão especificada, esta deve ser mantida por um período de 3 min, após o que a operação
inversa deve ser feita, obedecendo ao mesmo critério adotado para a elevação de tensão.

6.3 Tensão elétrica de perfuração

6.3.1 Cada amostra deve ser submetida a um ensaio de tensão elétrica de perfuração.

6.3.2 Para corrente alternada, a tensão deve ser aplicada com um valor baixo e aumentada em uma taxa de elevação
constante de aproximadamente 1 000 V/s, até que a tensão de ruptura seja atingida, ou até ocorrer a falha. A tensão
máxima observada antes da falha deve ser considerada como tensão de perfuração.

6.3.3 Para corrente contínua, a taxa de elevação é de aproximadamente 3 000 V/s.

6.4 Ensaio de absorção de umidade (corrente de fuga)

6.4.1 Aparelhagem

O equipamento deve ser conforme 6.1.1

6.4.2 Procedimento

6.4.2.1 O ensaio deve ser feito conforme 6.1.2

6.4.2.2 Deixar a luva no recipiente com água por 16 h.

6.4.2.3 Aplicar, iniciando-se do zero, a tensão elétrica gradualmente na razão aproximada de 1 000 V/s, até que o valor de
tensão elétrica de ensaio especificado na tabela 5 seja atingido.
Projeto ABNT NBR 10622:2006 14

6.4.2.4 Medir e anotar a corrente de fuga.

6.4.2.5 Reduzir a tensão elétrica de ensaio no mínimo à metade de seu valor, a menos que tenha ocorrido alguma falha,
antes da abertura do circuito.

7 Determinação da resistência ao ozônio

7.1 Método A – para todas as classes de tensão

7.1.1 Aparelhagem

A aparelhagem utilizada na execução desse ensaio é a seguinte:

a) câmara de ensaio de ozônio, com as seguintes características:


2 2
- construída de um material com reação mínima ao ozônio e um volume de pelo menos 0,11 m a 0,14 m ;

- entrada de ar com dispositivos de filtração e saída que permita uma renovação parcial de ar ozonizado em
recirculação. Um dispositivo deve manter esta circulação forçada através da câmara de ensaio, com uma vazão mínima
correspondente a 45 vezes o volume da câmara por h;

- fonte de calor localizada fora da câmara de ensaio e automaticamente comandada por meio de dispositivo
termostático regulável. A temperatura dentro da câmara deve ser uniforme no espaço e no tempo, com variação
máxima de ± 1ºC relativamente à temperatura nominal de ensaio. Um termômetro calibrado, inserido na câmara, deve
indicar a temperatura momentânea e um registrador de temperatura deve confirmar o seu funcionamento segundo as
condições estabelecidas;

- fonte de geração de ozônio localizada fora da câmara e comandada por dispositivo capaz de manter a concentração
de ozônio na câmara de ensaio uniforme no espaço e no tempo, com variação máxima de ± 5% relativamente à
concentração nominal de ensaio;

NOTA A lâmpada de vapor de mercúrio é a fonte mais comum para geração de ozônio.

b) suporte dos corpos-de-prova constando de um bloco de ensaio de madeira com 140 mm de largura e
aproximadamente 380 mm de comprimento e com espessura de não menos que 22 mm. Seu veio deve dirigir-se
longitudinalmente e deve ser apropriadamente reforçado sobre a face posterior para evitar empenamento. O bloco deve
ser plano, liso e pintado, com duas camadas de laca clara;

c) prendedores que podem ser tachas de alumínio ou outros prendedores de matéria-prima inerte, devendo ser usados
para fixar os corpos-de-provas às extremidades do bloco de madeira. Devem também ser usadas cantoneiras de
alumínio de 13 mm x 22 mm.

7.1.2 Procedimento

7.1.2.1 Retirar da luva dois corpos-de-prova de 12 mm x 100 mm, com o eixo longitudinal paralelo à direção do veio do
bloco.

7.1.2.2 Fixar os corpos-de-prova tracionados sobre o bloco de ensaio de maneira a causar uma extensão de 20%,
espaçando-os em 6 mm.

7.1.2.3 Expor os corpos-de-prova montados sobre o bloco por 24 h em uma atmosfera isenta de ozônio, antes de iniciar o
ensaio.

7.1.2.4 Colocar o conjunto na câmara de ensaio, contendo uma concentração de ozônio de 0,5 ppm por volume, durante
um período de ensaio de 3 h. A temperatura nominal do ensaio deve ser de (40 ± 2)°C.

7.1.2.5 Verificar e registrar o aparecimento de fendas, furos, rachaduras entrelaçadas, fissuras, trincas, bolhas, cortes e
enrugamento durante o período de ensaio.

7.2 Método B – somente para as classes 2, 3 e 4

7.2.1 Aparelhagem

A aparelhagem utilizada na execução desse ensaio é a seguinte:

a) transformador de potencial energizado pelo enrolamento de baixa tensão, através de um auto-transformador


variável. Um dispositivo de proteção contra sobrecorrente deve ser incorporado ao circuito de controle de baixa tensão,
para o caso de ruptura do dielétrico;

b) dispositivo de ensaio constituído por um tubo metálico de 25 mm de diâmetro e de comprimento adequado para ser
envolvido totalmente pelo corpo-de-prova;

c) eletrodo ligado à terra, constituído pelo próprio tubo metálico mencionado em b) e o outro eletrodo, ligado à fonte de
tensão, constituído por uma folha de alumínio de aproximadamente 50 mm x 100 mm.

7.2.2 Procedimento
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7.2.2.1 Retirar dois corpos-de-prova de 100 mm x 150 mm de cada amostra de luva, adequadamente condicionada, de
modo a permanecer em repouso na posição horizontal durante 24 h.

7.2.2.2 Enrolar o corpo-de-prova sobre o tubo metálico de maneira a envolvê-lo totalmente, cuidando para que haja um
comprimento adicional em ambas as extremidades do tubo suficiente para os suportes de montagem. As extremidades
livres do corpo-de-prova devem ser fixadas por debaixo do tubo.

7.2.2.3 Colocar a folha de alumínio sobre o corpo-de-prova, cuidando para que haja uma distância entre o fim da folha de
aluminio e as extremidades do tubo metálico, de maneira a evitar descargas elétricas pelo ar.

7.2.2.4 Ligar a folha de alumínio à fonte de tensão corrente alternada e aterrar o tubo metálico.

7.2.2.5 Aplicar, iniciando-se do zero, uma tensão de 15 KV entre a folha de alumínio e o tubo, mantendo-a por um período
de 1 h, após o que esta tensão deve ser levada a zero novamente.

NOTA A taxa de degradação por ozônio, utilizando-se este método, é inversamente proporcional à umidade relativa do ar circundante.
Entretanto, dados empíricos indicam que efeitos visíveis do ozônio se manifestam em uma ampla faixa de umidade ambiental.

8 Determinação das propriedades mecânicas

8.1 Resistência à tração e alongamento na ruptura

8.1.1 Aparelhagem

A aparelhagem utilizada na execução desse ensaio é a seguinte:

a) máquina de ensaio com as seguintes características:

- acionada a motor;

- dotada de dinamômetro com dispositivo capaz de indicar ou registrar a força aplicada com precisão de ± 2%. A
resposta deste dispositivo deve ser suficientemente rápida, a fim de que se faça a leitura de carga de ruptura dentro da
precisão requerida;

- duas garras, sendo uma das quais conectada ao dinamômetro. Estas garras devem exercer uma pressão uniforme
sobre toda a superfície do corpo-de-prova, pressão esta proporcional à carga aplicada;

- mecanismo que permita um afastamento entre as garras a uma razão constante de (500 ± 50) mm/min. O curso das
garras deve permitir afastamento mínimo de 750 mm;

- mecanismo que permita a leitura do alongamento com precisão de ± 5% do comprimento original, tomada entre os
centros das marcas de referência;

b) micrômetro tipo mostrador graduado em 0,025 mm ou menos. O encosto deve ter um diâmetro de pelo menos
3,5 mm. A haste de pressão deve exceder uma força de 0,2 N sobre a superfície do corpo-de-prova onde se faz a
medição, para um diâmetro de 3,2 mm, ou uma força de 0,85 N para um diâmetro de 6,35 mm;

c) forma cortadora com formato conforme figura 7 e dimensões conforme tabela 9. Os gumes devem ser afiados e
livres de dentes, a fim de se obter um corte perfeito dos corpos-de-prova.
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Figura 7 – Forma cortadora

Indicar a dimensão B na figura

Tabela 9 – Dimensões da forma cortadora


A B C D D-E F G H I J
mm mm Mm Mm mm mm mm mm Mm mm
25 40 155 32 13 19 14 25 33 6
±1 máx min ±6 ±1 ±2 ±1 ±2 ±2 ±0,4

8.1.2 Procedimento

8.1.2.1 Retirar cinco corpos-de-prova de cada luva que foi destinada ao ensaio de tensão elétrica de perfuração, obtidos
com o uso da forma cortadora, e extraídos com uma única batida da ferramenta de corte.

8.1.2.2 Estampar dois segmentos paralelos, como marcas de referência nos corpos-de-prova que não devem estar sob
tensão. Os segmentos devem:

- ser perpendicular ao eixo longitudinal do corpo-de-prova;

- ser marcado na região mais estreita do corpo-de-prova, eqüidistantes do seu centro;

- ser marcado com tinta que não produza efeitos deteriorativos no corpo-de-prova, que seja contrastante com a do
corpo-de-prova;

- ter uma distância entre si de (25,00 ± 0,25) mm. Esta distância é tomada entres os pontos centrais de cada segmento
de referência.

8.1.2.3 Efetuar três medidas de espessura com micrômetro, sendo que a média é usada para o cálculo da seção
transversal, exceto quando a diferença entre o valor máximo e mínimo é maior que 0,08 mm. Quando isto ocorre, o corpo-
de-prova é rejeitado, tomando-se outro para a realização do ensaio. As medidas são feitas em três pontos colineares, na
direção perpendicular ao eixo longitudinal. Estes pontos se situam um ao centro e um em cada extremidade da linha
central.

8.1.2.4 Realizar o ensaio à temperatura de (23 ± 4)°C, sendo que os corpos-de-prova devem ser condicionados nesta
temperatura durante 24 h antes da realização do ensaio.

8.1.2.5 Colocar os corpos-de-prova nas garras da máquina, simetricamente, para que a tração se distribua de maneira
uniforme em toda a seção transversal do corpo-de-prova.
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8.1.2.6 Aplicar a força com uma velocidade de afastamento das garras de 500 mm/min. Verificar, durante o alongamento, a
distância entre os segmentos paralelos, tomando cuidado para que não haja entre eles um deslocamento angular. O
alongamento deve ser contínuo até a ruptura do corpo-de-prova, na região mais estreita, entre os segmentos paralelos.

8.1.2.7 Desprezar os resultados obtidos com qualquer corpo-de-prova cuja ruptura tenha ocorrido fora dos limites
estabelecidos na tabela 7.

8.1.2.8 Anotar o valor da força requerida na ruptura e o alongamento na ruptura. Este pode ser medido numa escala, com
um desvio máximo de 10% do valor real.

8.1.2.9 Aplicar o ensaio inicialmente a três corpos-de-prova. Se apenas um dos três não satisfizer os requisitos desta
Norma, repetir o ensaio para mais dois corpos-de-prova adicionais.

8.1.3 Expressão dos resultados

8.1.3.1 Calcular a tensão de ruptura através das seguintes equações:

F
T =
S

S = e×I

onde:

T é a tensão de ruptura do material ensaiado, em mega pascal;

F é a força requerida para a ruptura, em newtons.

S é a área da seção transversal na região mais estreita do corpo-de-prova não alongado, em milímetros quadrados;

ē é a média das espessuras tomadas conforme 8.1.2.3, em milímetros;

l é a largura do corpo-de-prova na região mais estreita, em milímetros.

8.1.3.2 Comparar o alongamento na ruptura com o comprimento original, em termos de porcentagem, através da seguinte
equação:

% de alongamento = L − L0 × 100
L0

onde:

L é a distância final, no instante de ruptura, entre os segmentos de referência, em milímetros;

L0 é a distância inicial entre os segmentos de referência, em milímetros;

8.1.3.3 O resultado é a média aritmética dos resultados obtidos com os corpos-de-prova ensaiados.

8.1.3.4 Se dois dos cinco corpos-de-prova não atenderem ao especificado na tabela 7 considera-se o lote rejeitado.

8.2 Deformação permanente

8.2.1 Aparelhagem

A aparelhagem utilizada na execução desse ensaio é a seguinte:

a) máquina de tração e forma cortadora conforme em 8.1.1a e 8.1.1c;

b) cronômetro para marcar o período de duração de cada etapa do ensaio;

c) escala graduada em milímetros para medir a deformação à tração.

8.2.2 Procedimento

8.2.2.1 Realizar o ensaio conforme 8.1.2.1 a 8.1.2.3, 8.1.2.5 e 8.1.2.6.

8.2.2.2 Separar as garras da máquina a uma velocidade uniforme, tal que sejam necessários cerca de 15 s para o corpo-
de-prova alcançar o alongamento de 400% do comprimento original. A fim de evitar que o corpo-de-prova ultrapasse o
alongamento especificado, recomenda-se o uso de uma haste de comprimento igual ao do corpo-de-prova com
alongamento de 400%. Neste caso coloca-se a haste atrás do corpo-de-prova, e no instante em que a distância entre os
segmentos paralelos for igual ao comprimento da haste, deve-se parar a máquina.

8.2.2.3 Atingido o alongamento deixar o corpo-de-prova na mesma posição por 10 min. Em seguida, fazer com que as
garras retornem à posição original aliviando totalmente a tração e deixando o corpo-de-prova livre de qualquer tração por
mais 10 min.
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8.2.2.4 Medir a distância entre os segmentos paralelos, através de uma escala graduada, sendo permitido, na leitura, um
desvio de ± 0,25 mm.

8.2.3 Expressão dos resultados

O resulstado final é a média aritmética dos resultados obtidos com os corpos-de-prova ensaiados. O valor encontrado deve
atender ao especificado na tabela 7.

8.3 Resistência ao rasgamento

8.3.1 Aparelhagem

A aparelhagem utilizada na execução desse ensaio é a seguinte:

a) máquina de ensaio descrita em 8.1.1a;

b) forma cortadora com formato conforme figura 8 e dimensões conforme tabela 10, devendo ter gumes afiados e livres
de dentes para garantir um corte perfeito;

c) micrômetro conforme 8.1.1b;

Figura 8 – Forma cortadora

Tabela 10 – Dimensões da forma cortadora


A B C D E F G
mm Mm mm mm mm mm mm
102 19 19 13 25 25 51
± 0,50 ± 0,05 ± 0,05 ± 0,05 ± 0,05 ± 0,05 ± 0,25

8.3.2 Procedimento

8.3.2.1 Obter os corpos-de-prova conforme indicado em 8.1.2.1.

8.3.2.2 Com o micrômetro tomar medidas de espessura em três pontos distribuídos na largura do corpo-de-prova, próximo
do seu centro, sendo que uma delas deve ser feita no vértice do angulo de 90°. A média das três medidas deve ser usada
posteriormente para o cálculo de resistência ao rasgamento.

8.3.2.3 Condicionar os corpos-de-prova conforme indicado em 8.1.2.4.

8.3.2.4 Colocar os corpos-de-prova nas garras da máquina, tomando-se o cuidado para que estas fiquem no centro das
extremidades das abas e alinhadas com a direção da força aplicada.

8.3.2.5 Aplicar a força com uma velocidade de afastamento das garras de 500 mm/min.

8.3.2.6 Anotar, depois do rasgamento, a força aplicada na máquina e a espessura média dos corpos-de-prova.

8.3.2.7 Aplicar o ensaio inicialmente a três corpos-de-prova. Se apenas um dos três não atender o especificado na tabela
7, repetir o ensaio para mais dois corpos-de-prova.

8.3.3 Expressão dos resultados

8.3.3.1 Calcular a resistência ao rasgamento através da seguinte equação:


Projeto ABNT NBR 10622:2006 19

FR
RR =
e
onde:

RR é a resistência ao rasgamento, em quilometros por metro;

FR é a força requerida para rasgamento, em newtons;

ē é a espessura média do corpo-de-prova em milímetros.

8.3.3.2 O resultado final é a média aritmética dos resultados obtidos com os corpos-de-prova ensaiados.

8.4 Resistência à perfuração mecânica

8.4.1 Aparelhagem

A aparelhagem utilizada na execução desse ensaio é a seguinte:

a) micrômetro conforme 8.1.1b;

b) agulha com as seguintes características:

- aço inoxidável tipo 304;

- diâmetro na haste de 5 mm;

- conicidade numa das extremidades com um ângulo de 12°;

- ponta da agulha arredondada de raio 0,8 mm;

c) duas placas de metal, com aberturas concêntricas. Uma deve ter abertura circular de 6 mm de diâmetro e a outra de
25 mm.

8.4.2 Procedimento

8.4.2.1 Retirar cinco corpos-de-prova das luvas destinadas ao ensaio de resistência à perfuração mecânica. Os corpos-de-
prova devem ter dimensões adequadas que permitam coloca-los entres as placas de metal.

8.4.2.2 Colocar um corpo-de-prova entre as placas de metal de tal forma que a de abertura menor permita, através dela, a
passagem da agulha e a abertura maior forneça uma área livre através da qual o corpo-de-prova pode se alongar
enquanto estiver sujeito à pressão da ponta da agulha.

8.4.2.3 Colocar a agulha perpendicularmente à superfície da amostra.

8.4.2.4 Aplicar à agulha um movimento uniforme com velocidade de aproximadamente 500 mm/min, até a ponta da agulha
atravessar a amostra.

8.4.2.5 Anotar a máxima força requerida para a perfuração com uma aproximação de 2 N.

8.4.2.6 Aplicar o ensaio inicialmente a três corpos-de-prova. Se apenas um dos três não atender o especificado na tabela
7, repetir o ensaio para mais dois corpos-de-prova.

8.4.3 Expressão dos resultados

8.4.3.1 Calcular a resistência à perfuração através da seguinte equação:

FP
RP =
e
onde:

RP é a resistência à perfuração, em quilonewtons por metro;

FP é a força requerida para a perfuração, em newtons;

ē é a espessura do corpo-de-prova, em milímetros.

8.4.3.2 O resultado final é a média aritmética dos resultados obtidos com os corpos-de-prova ensaiados.

8.5 Dureza

8.5.1 Aparelhagem

Durômetro Shore tipo A para medir a dureza do material. Este deve ser constituído dos seguintes componentes:

a) calcador com um orifício entre 2,5 mm e 3,2 mm de diâmetro, centralizado pelo menos a 6 mm de qualquer
extremidade da base;

b) penetrador formado de uma haste de aço endurecido, com diâmetro entre 1,15 mm e 1,40 mm;
Projeto ABNT NBR 10622:2006 20

c) dispositivo indicador onde é efetuada a leitura da dureza da luva;

d) mola calibrada para aplicação de força ao penetrador.

8.5.2 Procedimento

8.5.2.1 Retirar de cada luva cinco corpos-de-prova e sobrepô-los de forma a atingir a espessura mínima de 6 mm, pois a
espessura da luva é inferior a 6 mm. O corpo-de-prova deve ter dimensões suficientes para permitir medições distanciadas
em no mínimo 12 mm de qualquer extremidade.

8.5.2.2 Realizar o ensaio à temperatura de (23 ± 4)ºC, sendo que o corpo-de-prova e o durômetro devem ser
acondicionados nesta temperatura, no mínimo 1 h antes da realização do ensaio.

8.5.2.3 Colocar o corpo-de-prova sobre uma superfície dura e horizontal. Fixar o durômetro na posição vertical, com a
ponta do penetrador distanciada em no mínimo 12 mm de qualquer uma das extremidades do corpo-de-prova;

8.5.2.4 Aplicar o calcador sobre o corpo-de-prova com pressão suficiente para se obter um contato firme entre o calcador e
o corpo-de-prova e anotar a leitura do durômetro após 15 s.

8.5.3 Expressão dos resultados

O resultado final é a média aritmética dos resultados obtidos com os corpos-de-prova ensaiados. O valor encontrado deve
satisfazer as condições estabelecidas na tabela 7.

8.6 Envelhecimento acelerado

8.6.1 Aparelhagem

Estufa com circulação de ar com as seguintes caracteríticas:

a) dimensões internas:

- mínimas: (300 x 300 x 300) mm;

- máximas: (900 x 900 x 1 200) mm;

b) dispositivo capaz de manter no seu interior os corpos-de-prova suspensos verticalmente sem que haja contato
mútuo ou com as paredes da própria estufa;

c) ar circulante na estufa em pressão atmosférica normal;

d) fonte de calor localizada fora da câmara de envelhecimento, no suprimento de ar;

e) termômetro registrador que indique a temperatura efetiva de envelhecimento. O termômetro deve estar localizado na
região central superior da câmara, entre os corpos-de-prova;

f) controle de temperatura automático e por meio de dispositivo termostático regulável;

g) capacidade de manter no seu interior uma temperatura uniforme em todos os pontos. Para isso devem ser tomados
cuidados especiais, como:

- o ar aquecido deve circular na estufa por meio de agitação mecânica. Quando é usado um ventilador, o ar não deve
entrar em contato com as descargas na escova por causa do perigo da formação de ozônio;

- o dispositivo termostático regulável deve ser preferivelmente colocado adjacente ao termômetro;

- para verificar a uniformidade do aquecimento deve-se fazer a leitura de vários termômetros colocados em diversos
locais da estufa.

8.6.2 Procedimento

8.6.2.1 Tomar as dimensões da seção transversal usadas para determinação da tensão de ruptura antes do processo de
envelhecimento.

8.6.2.2 Após o envelhecimento, estampar os segmentos de referência usados para medir o alongamento.

8.6.2.3 Colocar os corpos-de-prova na estufa quanto esta já tiver atingido a temperatura de envelhecimento de (70 ± 2)°C.
Evitar colocá-los quando outros materiais de características químicas muito diferentes do material das luvas estiverem
sendo submetidos ao ensaio de envelhecimento acelerado.

8.6.2.4 Submeter os corpos-de-prova à temperatura de (70 ± 2)°C durante 7 dias.

8.6.2.5 Após o término do processo de envelhecimento, remover os corpos-de-prova da estufa e deixá-los esfriar em
temperatura ambiente.

8.6.2.6 Realizar os ensaios de tração nos corpos-de-prova envelhecidos entre 16 h e 96 h após o término do processo de
envelhecimento acelerado, simultaneamente com os corpos-de-prova não envelhecidos. Os ensaios devem ser conforme
8.1.2.5 a 8.1.2.8. Os cálculos devem ser feitos conforme 8.1.3.
Projeto ABNT NBR 10622:2006 21

8.6.2.7 Aplicar o ensaio inicialmente a três corpos-de-prova. Se apenas um dos três não atender o especificado em 3.7.2
repetir o ensaio para mais dois corpos-de-prova adicionais.

8.6.3 Expressão dos resultados

8.6.3.1 Expressar os resultados do ensaio de envelhecimento através da porcentagem de deterioração em cada uma das
propriedades físicas (tensão e alongamento na ruptura), conforme relação abaixo:

O−E
% de deterioração = × 100
O
onde:

O é o valor original, em mm

E é o valor envelhecido, em mm

8.6.3.2 O resultado final é a média aritmética dos resultados obtidos com os corpos-de-provas ensaiados.

9 Marcação e embalagem

9.1 Marcação

9.1.1 Todas as luvas devem ser marcadas de forma legível e indelével no dorso do cano, dentro da faixa de 50 mm a
contar da orla. Tal marcação deve ser isolante e aplicada de maneira a não comprometer as determinações desta Norma.
9.1.2 A marcação deve conter as seguintes informações:

a) nome do fabricante;

b) tipo;

c) classe;

d) tamanho.

9.1.3 As luvas também devem conter no dorso do punho, dentro ou próximo da marcação mencionada em 6.1.1, as
seguintes informações:

a) número do certificado de aprovação (CA);

b) número do lote;

c) número desta Norma;

d) tensão máxima de uso;

e) outras informações que o fabricante considerar necessárias.

9.2 Embalagem

9.2.1 Cada par de luva deve ser embalado em invólucro apropriado que permita ventilação e em caixa individual de
papelão ou similar, de resistencia suficiente para protegê-las apropriadamente, evitando danos no transporte. A
extremidade da caixa deve ser identificada com etiqueta da cor especificada em 3.1.3.

9.2.2 A etiqueta da emabalagem deve conter seguintes indicações

a) nome do fabricante;

b) tipo;

c) classe;

d) tamanho;

e) comprimento.

9.2.3 As luvas devem ser acondicionadas da seguinte forma:

a) não devem ser dobradas, enrugadas, comprimidas, ou submetidas à qualquer condição que possa causar
alongamento ou compressão;

c) em locais livres de ozônio, produtos químicos, óleos, solventes, vapores prejudiciais, fumos e descargas elétricas;

d) fora da ação direta e afastadas de irradiação de qualquer fonte de calor;

e) em locais de temperatura ambiente não superior a 35°C.

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