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CAPÍTULO 1
FPi 2
A equação: ∆P(%) = (1 − ).100 expressa a redução
FPf 2
das perdas (∆P), em [%], no transporte de energia
elétrica, desde a geração até a entrada do consumidor, em função dos fatores de
potência inicial (FPi) e final (FPf).
A tabela 1 ilustra uma aplicação direta da equação acima. Nesta tabela é
mostrada a redução das perdas anuais no transporte da energia elétrica (∆P) de uma
instalação com consumo anual da ordem de 100 MWh, quando se eleva o FP de 0,78
para 0,92.
A figura 1.1 ilustra a potência reativa adicional que deve ser gerada ou
absorvida, em derivação (shunt), a cada 100 km de linha, para linhas de diversas
classes de tensão. Assim, observa-se que, a única condição em que uma linha não
requer reativo adicional é quando a mesma está transportando a potência natural
“P0”.
Quando a linha transporta potências ativas inferiores a “P0”, a mesma
estará gerando mais reativo do que ela realmente necessita para efetuar o transporte
da potência ativa. Isso está representado, na figura 2.1, pela região de reativo
negativo (-Q).
Esse reativo adicional (que é gerado pela linha) cresce com o nível
de tensão e o comprimento da linha. Se esse reativo excedente não for absorvido por
algum banco de reatores em derivação, máquina síncrona ou mesmo pelo sistema,
então a tensão ao longo da linha irá aumentar, podendo até atingir níveis proibitivos.
Por outro lado, se a linha estiver transmitindo potência ativa superior
a “P0”, a figura 1.1 indica que a linha terá necessidade de receber reativo adicional
àquele que ela gera (o qual seria suficiente apenas para o transporte de “P0”). Se isso
não ocorrer, a tensão ao longo da linha irá decrescer. Esse reativo adicional, em
geral, é proporcionado por bancos de capacitores em derivação.
Figura 1.1 – Solicitação de potência reativa por linhas de transmissão, para vários níveis de tensão.
De uma maneira geral, diz-se que uma linha de transmissão recebeu uma
compensação em derivação quando algum banco de reatores ou de capacitores nela
foi instalado com a finalidade de absorver ou gerar reativo adicional àquele que as
capacitâncias shunt (entre condutores e entre condutores e o solo) da linha gera.
Existem problemas também relacionados com a reatância indutiva série de
uma linha. Seja, por exemplo, uma linha longa que esteja operando com ângulos de
potência grandes, que estejam comprometendo a estabilidade estática da
transmissão. Esse problema, via de regra, é uma consequência da alta reatância
indutiva série da linha. Para decrescê-la, uma boa alternativa é a inserção de bancos
5
Para a condição em que a chave S está fechada, a tensão na barra da carga é dada
por:
V&2 = V
& 1 − &I L (R s + jX s ) (2.1)
Figura 1.4 – Diagrama fasorial para a figura 2.1 quando da presença de um capacitor em paralelo
com a carga.
z& r + j ωL
Z& c = = (2.5)
y& g + j ωC
γ& = z& y& = (r + jωL )(g + jωC) = α +jβ (2.6)
onde:
z& e y& são, respectivamente, impedância série e admitância derivação do
trecho elementar de linha (Ω/m); (mho/km)
r é a resistência série elementar da linha (Ω/km);
g é a condutância em derivação elementar da linha (mho/km);
L é a indutância série elementar da linha (H/km);
C é a capacitância em derivação do elemento de linha (F/km);
ω é a freqüência angular da fonte de alimentação da linha (rad);
α é constante de atenuação da linha (néper/km)
β é a constante de fase da linha (rad/km).
a) Z2 = Zc
b) Z2 ≠ Zc.
& j0
logo, &I 2 = U 2 = U 2 e = I 2 e − jδ
Z& c Z c e jδ
daí, & 2 = U 2 I 2 e jδ
N
e P2 = Re{N & 2 } = U 2 I 2 cos δ = Pc
[w ] (2.12)
A potência ativa assim definida é chamada “potência característica” da
linha, Pc. O ângulo δ é o ângulo de fase da impedância característica, sempre
pequeno, da ordem de 1o a 5o . Assim sendo, cosδ ≅ 1. Isto permite reescrever
(2.12) como:
U 22
P2 = Pc = U 2 I 2 = (2.13)
Zc
Uma constante também definida para linhas, válida para linhas ideais, sem
perdas, é sua “impedância natural”:
L
Z0 = [Ω ] (2.14)
C
que pode ser obtida de Zc, desprezando-se as perdas.
Figura 1.8– Diagrama de perfil das tensões ao longo de uma linha operando em vazio.
Levando esta corrente em U &1=U & 2 cosh γ& l + &I 2 Z& c senh γ& l as tensões não terminais
desta linha serão assim relacionadas:
P − jQ
U&1 = U& 2 cosh γ&l + IZ& c senh γ&l. (2.20)
U2
A equação (2.21) é ilustrada pela figura 1.11. Pode ser observado que,
com o aumento da carga, o ângulo de potência aumenta, havendo uma máxima
potência transmissível (denominada limite de estabilidade em regime permanente) a
qual ocorre quando o ângulo de potência é 90o. Caso se insista em operar com o
ângulo ligeiramente maior que 90o, a potência transmissível decrescerá e as
máquinas situadas nos dois terminais da linha irão sair de sincronismo entre si. O
sistema ficará então instável.
de 90o para cada metade da linha e um ângulo de potência total de 180o para a linha
completa.
Existem diversas razões para se manter “f” dentro de limites rigorosos. Abaixo
estão listadas algumas razões para isso:
• Os acionamentos e os controles (CLP’s) são projetados para operarem
alimentados por uma onda senoidal em 60 Hz,
• os medidores de energia,
• os relés de proteção.
a) Caso ideal
• Na figura acima, se G está sincronizado com a rede, ele girará na mesma
velocidade da rede. Logo, a geração de Potência Ativa será agora controlada
pelo conjugado da máquina primária (turbina hidráulica ou a vapor).
Em conseqüência disso, a velocidade não pode variar. O que de fato ocorre em
resposta às eventuais variações de potência ativa, é um avanço ou um atraso do
ângulo de rotação do rotor do gerador.
b) Caso real
No mesmo instante em que ocorre a variação da carga, dentro da máquina ocorre
que, ao aumento ou decréscimo de I, surgirá um conjugado de desaceleração,
oposto ao conjugado de aceleração.
Desta forma, a freqüência se alteraria, para se ajustar à nova situação. Na prática,
as variações de “f” serão menores do que o que se prevê porque as turbinas
18
Análogo mecânico
Pelo exposto na seção anterior tem-se que o balanço da Potência Ativa estará
mantido desde que a freqüência seja mantida constante.
Na presente seção será mostrado que, se a tensão for mantida constante, então
haverá equilíbrio entre Reativo gerado e consumido. Verifiquemos isso no seguinte
exemplo:
V2 = V1 – I . Z
N = V1 x I* ≅ P + jQ
P − jQ P − jQ
Explicitando I em V1 . I* = P + jQ: I = =
V1* V1
Substituindo o valor da corrente “I“ em V2 = V1 – I . Z (e relembrando que, nesta
análise, Z contém apenas a parte imaginária):
19
⎛ P − jQ ⎞ X X
V2 = V1 − ⎜⎜ ⎟⎟. jX = V1 − Q − j P
⎝ V1 ⎠ V1 V1
Figura 1.16 – Mudança no perfil de tensão como função do fluxo de potência reativa na linha.
Nas expressões
U&1=U & 2 cosh γ& l + &I 2 Z& c senh γ& l (2.7)
&
&I1 = &I 2 cosh γ& l + U 2 senh γ& l (2.8)
Z& c
os efeitos da distribuição dos parâmetros da linha foram levados em conta de modo
que elas representam o cálculo exato das tensões e correntes. A forma hiperbólica
das expressões, combinada com a forma complexa da constante de propagação,
tornam o uso destas expressões bastante trabalhoso e algumas vezes desnecessário,
como será visto. Para desenvolver o cálculo exato, leva-se em conta as identidades
seguintes, decorrentes da forma complexa da constante γ:
cosh γ& l = 1 +
(Z& Y& ) + (Z& Y& ) + (Z& Y& ) L
2 4 6
(2.26)
2! 4! 6!
- Linhas Curtas
- Linhas Médias
- Linhas Longas
21
&1=U
U & 2 + &I 2 Z& c Z& Y
& =U
& 2 + &I 2 Z& (2.29)
&
&I1 = &I 2 + U 2 Z& Y
& = &I 2 + U
& 2Y
& ≈ &I 2 (2.30)
Z& c
Figura 1.17 – (a) Circuito equivalente de uma linha curta e (b) Diagrama fasorial correspondente.
&& &&
U & 2 ⎛⎜1 + ZY ⎞⎟ + &I 2 Z& ⎛⎜1 + ZY ⎞⎟
&1=U (2.31)
⎜ 2 ⎟⎠ ⎜ 6 ⎟⎠
⎝ ⎝
&& &&
&I1 = &I 2 ⎛⎜1 + ZY ⎞⎟ + U & ⎛⎜1 + ZY ⎞⎟
& 2Y (2.32)
⎜ 2 ⎟⎠ ⎜ 6 ⎟⎠
⎝ ⎝
&& &&
&I1 = &I 2 ⎛⎜1 + ZY ⎞⎟ + U & ⎛⎜1 + ZY ⎞⎟
& 2Y (2.34)
⎜ 2 ⎟⎠ ⎜ 4 ⎟⎠
⎝ ⎝
tgh
(γ&l )
&′=Y
Y & 2 [mho] (2.33)
γ& l
2
24
U &U
&1 =A &2 +B
& &I 2 (2.34)
&I1 = C& U
&2 +D
& &I 2 (2.35)
&&
& ⎛⎜1 + ZY ⎞⎟
C& = Y (2.38)
⎜ 4 ⎟⎠
⎝
&&
& = ⎛⎜1 + ZY ⎞⎟ = A
D & (2.39)
⎜ ⎟
⎝ 2 ⎠
⎡U& 1 ⎤ ⎡A
& B
& ⎤ ⎡U& 2⎤
=
⎢& ⎥ ⎢& &⎥ ⎢& ⎥ (2.44)
⎣ I1 ⎦ ⎣ C D ⎦ ⎣ I 2 ⎦
SOLUÇÃO:
A tensão e corrente do transmissor, podem ser calculadas por
&1 =A
U &U
&2 +B & &I 2 (2.34)
&I1 = C& U
&2 +D
& &I 2 (2.35)
& 2 = 3 .U
N & 2 .&I *2 (2.45)
&I 2 = N *2
Logo:
3 .U&2
Com &I 2 calculada em magnitude e fase e U& 2 conhecida, basta substituí-las nas
& 1 e &I1 .
equações (2.44) para obter U
Para as condições de carga proposta, os resultados finais serão:
Figura 1.25 – Linha de transmissão representada por quadripolo para cálculo do fluxo de potência.
28
S& 2 = U
& 2 &I *2 (2.47)
onde:
&I *2 = U1 e j( β B −θ )
−
A
U 2 e j( β B −β A )
(2.48)
B B
U1 U 2 AU 22
Q2 = sen(β B − θ) − sen(β B − β A ) (2.51)
B B
CAPÍTULO 2
COMPENSAÇÃO REATIVA EM DERIVAÇÃO E EM
SÉRIE
U &U
&1 =A &2 (3.5)
&2 =U
U &
& 1 /A (3.6)
&
& = 1 − A1
Y (3.7)
B&1
&
& = k − A1
Y (3.8)
&1
B
Onde a parte real, correspondente às perdas, pode ser desprezada. Logo, operando e
igualando imaginários:
k A A
YI = sen(−β B ) − R sen(−β B ) − I cos β B
B B B
ou
YF =
(A R− k) A
sen β B − I cos β B (3.9)
B B
&
& 2 = U1 = 450∠θ1
U
&
A 0,7363 e j1,7
o
Assim,
U& 1 = 450/1,7o [KV]
U& 2 = 611/0
o
[KV]
U2max = 1,05 U1
1
A= = 0,95
1,05
& =A
&2 +C & B& & & ′
a) A 1 1 1 − j C1 A 1 X c (3.11)
& =A& B& & & &2 ′
B 1 1 + B1 D1 − jA 1 X c (3.12)
C& = A
& C& + C& D& − jC & 2 X′ (3.13)
1 1 1 1 1 c
D & 1C& 1 + D
& =B & 1C& 1X′c
& 12 − jD (3.14)
& =A
c) A & (3.19)
1
X′c = K . X c (3.24)
B1I
Xc = ; para uma compensação parcial: X′c′ = K . X c (3.25)
D 1R
B1I
Xc = ; para uma compensação parcial: X′c′ = K.X c (3.26)
A 1R
& =D
É interessante notar que, como na linha original A & 1 , as soluções
1
Solução:
a) Dimensionamento do capacitor:
De (3.17) tem-se que:
B 160,76(0,4)
X′c′ = K.X c = K. 1I = = 87,2275 [ohms]
A 1R 0,7363
2.3) EXERCÍCIOS
Ela alimenta uma carga passiva de 35 + j5 [MVA], com tensão de 220 [KV] no
receptor.
a) Qual o valor da tensão que deve ser mantida no transmissor, com carga e a vazio?
b) Admitindo que seja feita uma compensação integral por reatores indutivos, qual o
novo valor da tensão no transmissor, com carga e a vazio ?
c) Admitindo ainda uma compensação integral por reatores no transmissor e
receptor, qual o valor da tensão no meio da linha, com carga e a vazio ? Sem
compensação, as constantes da metade da linha são:
A& =D & 1 = 0,895/1,38o
1
Solução
a- U &U
&1 =A &2 +B
& &I 2
(0,6025 − 1) 0,0717
yI = .sen(79,98o ) − . cos(79,98o ) = −0,0012409
325,5115 325,5115
45
B&c =B
& = 325,5115/79,98o
i. A vazio
U&1 =A& .U& 2 = 1,00031/0,084o . 220 x 103/0o
c
B& 1c = B
& 1 = 181,85/78,6o
i. A vazio
& & .U
U1 / 2 = A & 2 = 1,1162/1,18o . 220 x 103/0o
1c
Solução
P0 =
U 2
=
(460 x 10 )
3 2
= 893,58 [MW]
Z0 236,8
160,76 ⎡ 0,7363(460x10 3 ) 2 ⎤
θ = 86,7 − arc cos P +
3 ⎢ 2
cos(86,7 o − 1,7 o )⎥
(460x10 ) ⎣ 160,76 ⎦
U1 U 2 AU 22
P2 máx = − cos(β B − β A )
B B
(460x10 3 ) 0,7363x (460x10 3 ) 2
P2 máx = − cos(86,7 o − 1,7 o ) = 1231,78 [MW]
160,76 160,76
Para uma compensação de 50%: X′c′ = K série* X′cI′ = 0,50 . - 92,432 = - 46,216Ω
& =A
A & +C
& .X
& c = 0,7363/1,7o + 0,002861/90,4o . 46216/-90o = 0,8685/1,50o
c
&c =B
B & + 2A& .X
& c + C.X
& c2
& c = 160,76/86,7o + 2.0,7363/1,7o . 46,216/-90o + 0,002861/90,4o . (46,216)2/-180o
B
& c = 87,093/82,53o
B
87,093 ⎡ 0,8685.(460) 2 ⎤
θ c = 82,53 − arc cos
o
P +
2 ⎢ 2
cos(82,53 − 1,50)⎥
(460) ⎣ 87,093 ⎦
Figura 2.3 – Configurações básicas para obtenção de linhas com compensação total
através da teoria dos quadripolos.
Combinando-se eficientemente os modelos básicos da figura 2.3,
obtém-se os modelos principais, e que aqui serão analisados, da compensação total,
mostrados nas figuras 2.4 a, b e c, dos quais precisa-se deduzir os quadripolos
resultantes, correspondentes, respectivamente, aos das figuras 2.4 d, e e f.
Sob o ponto de vista técnico, é possível ainda apontar uma vantagem
do modelo da figura 2.4 c, sobre os demais. A figura 2.5 pode auxiliar a
compreensão do problema. Trata-se da “corrente de arco secundário”. É a
corrente que continuará fluindo através do ponto de falta, após a abertura de ambos
os disjuntores nos terminais da linha. Em condições normais, estas correntes não
devem causar grandes preocupações, porém, na eventualidade de não ocorrência de
disparo dos “gaps” de proteção, a energia armazenada nos capacitores irá originar
correntes circulando conforme ilustra a figura 2.5, seja para faltas entre fases ou
fase-terra, as quais, poderão ser extremamente danosas pelo seu caráter oscilatório.
Já no modelo da figura 2.4c, a corrente de arco secundário que permanecerá será
pequena e não deverá causar preocupações extraordinárias. Por outro lado, quando
do religamento, o modelo da figura 3.4c poderá permitir sobretensões elevadas,
tornando necessária a instalação de pára-raios.
51
⎡ 1 0⎤ ⎡ 1 - jX c ⎤
⎢Y 1⎥ e ⎢0 1 ⎥⎦
⎣ ⎦ ⎣
⎡U& e ⎤ ⎡ 1 0⎤ ⎡ U
& s⎤
⎢& ⎥ ⎢ = ⎥ ⎢ ⎥ (3.27)
⎣ I e ⎦ ⎣Y 1⎦ ⎣ &I s ⎦
⎡U& e ⎤ ⎡1 − jX c ⎤ ⎡ U
& s⎤
⎢& ⎥ ⎢ = ⎢ ⎥
1 ⎥⎦ ⎣ &I s ⎦
(3.28)
⎣ I e ⎦ ⎣0
⎡U& 1⎤ 1 0 &
A &1
B &i
U
⎢& ⎥=
1
(3.29.a)
⎣ I1 ⎦ Y 1 &
C1 &1
D &I
i
⎡U& i ⎤ 1 − jX c &
A &1
B 1 0 &2
U
⎢& ⎥=
1
(3.29.b)
⎣ Ii ⎦ 0 1 &
C &1
D Y 1 &I
1 2
⎡U& 1⎤ 1 0 1 - jX c &
A &1
B &i
U
⎢& ⎥=
1
(3.29.c)
⎣ I1 ⎦ Y 1 0 1 &
C1 &1
D &I
i
⎡U& i⎤ &
A &1
B 1 - jX c 1 0 &2
U
⎢& ⎥=
1
(3.29.d)
⎣ Ii ⎦ &
C1 &1
D 0 1 Y 1 &I
2
53
⎡U& 1⎤ 1 - jX c &
1 0 A &1
B &i
U
⎢& ⎥=
1
(3.29.e)
⎣ I1 ⎦ 0 1 &
Y 1 C1 &1
D &I
i
⎡U& i⎤ &
A &1
B 1 0 1 - jX c &2
U
⎢& ⎥=
1
(3.29.f)
⎣ Ii ⎦ &
C1 &1
D Y 1 0 1 &I
2
onde o sub-índice i indica o ponto intermediário entre cada dois modelos que serão
combinados.
Estas expressões deverão ser combinadas duas a duas a fim de
fornecer a expressão geral:
⎡U& 1⎤ A& B
& &2
U
⎢& ⎥= (3.30)
⎣ I1 ⎦ C& D
& &I 2
Assim, para cada combinação das expressões (3.29), duas a duas, que
resultem em um dos modelos da figura 3.4, será necessário calcular suas constantes
&,B
generalizadas A &,C &,D
&.
Combinando (3.29) (a) e (b), vem:
&1 1 0 A
U & &1
B 1 - jX c &
A &1
B &2
1 0 U
= 1 1
(3.31)
&I1 &
Y 1 C &1
D 0 1 &
C &1
D Y 1 &I 2
1 1
& =A
A & 2 (1 − jX Y) + A
& (2YB & )+C
& 1 − jX c C & B& (3.32)
1 c 1 1 1 1
& = 2B
B & − jX A
& 1A &2 (3.33)
1 c 1
& =C
& (2A
& + 2YB & − jX C
& − 2 jX YA & & 2 & & 2&
C 1 1 1 c 1 c 1 ) + A 1 ( − jX c Y A 1 + 2YA 1 + 2Y B1 ) (3.34)
& =D
D & 12 (1 − jX c Y ) + D
& 1 (2YB & )+B
& 1 − jX c C & =A
& 1C & (3.35)
1 1
& 1 1 0 1 - jX c
U &
A &1
B &
A &1
B 1 - jX c &2
1 0 U
= 1 1
(3.36)
&I Y 1 0 1 &
C &1
D &
C &1
D 0 1 Y 1 &I 2
1 1 1
& =B & − 2 jX C
& ( 2A & &2 2 & &
B 1 1 c 1 ) − 2 jX c A 1 − 2 X 1 A 1 C1 (3.38)
& =C
& ( 2A
& + 2YB
& − 2 jX Y 2 B & − 2X 2 Y 2 A
& − 4 jX YA & ) + 2Y 2 A
& B&
C 1 1 1 c 1 c 1 c 1 1 1 −
(3.39)
& 2 + 2YA
- 2 jX c Y 2 A &2
1 1
& =D
& 2 (1 − 2 jX Y) + D & − 2 jX C
& (−2X 2 YC & & & &
D 1 c 1 c 1 c 1 + 2 YB1 ) + B1 C1 (1 − 2 jX c Y ) (3.40)
&
U 1 - jX c &
1 0 A &
B A& &
B 1 0 1 - jX c &
U
1
= 1 1 1 1 2
(3.41)
&I 0 1 &
Y 1 C &
D &C &
D Y 1 0 1 &I
1 1 1 1 1 2
& =A
& 2 (1 − 2 jX Y) + A
& (−2 jX Y 2 B
& + 2YB &
& − 2 jX C & &
A 1 c 1 c 1 1 c 1 ) + B1 C1 (1 − 2 jX c Y ) (3.42)
& =B & − 2X 2 YC
& ( 2A & − 4 jX YA
& − 2X 2 Y 2 A
& − 2 jX C
& &2
c 1 ) − A 1 ( 2X c Y + 2 jX c ) −
2
B 1 1 c 1 c 1 c 1
(3.43)
& C
- 2X c2 A &
1 1
& =C
C & ( 2A
& + 2YB & 2 + 2Y 2 A
& ) + 2YA & B& (3.44)
1 1 1 1 1 1
& =D
& 2 (1 − 2 jX Y) + D
& (−2 jX Y 2 B &
& − 2 jX C & & &
D 1 c 1 c 1 c 1 + 2YB1 ) + C1 B1 (1 − 2 jX c Y ) (3.45)
&.
& =A
onde D
A = Kd (3.46)
& ) − B I = K S B1I
I m (B (3.47)
55
& 2 (1 − jX Y) − A
& (2YB & )+C
& 1 − jX c C & B&
A 1 c 1 1 1 1 − Kd (3.48)
I m {2B & − jX A
& 1A 1 c
& 2 } = 0 (para compensação série total)
1 (3.49)
& 2 + jX A
Kd − A & C
& −B &
& 1C
&
Y= 1 c 1 1 1
& & &
2A1B1 − jX c A12
K 1K 4 − K 2 K 3
YI = (3.51)
K 12 − K 22
onde:
K 3 = K d − A12R + A12I − X c (A1C1I + A1I C1R ) − B1R C1R + B1I C1I (3.54)
& 2 (1 − 2 jX Y) + A
A & (2YB & )+B
& 1 − 2X c2 YC & (1 − 2 jX Y) = K
& 1C (3.56)
1 c 1 1 1 c d
I m {B & − 2 jX C
& 1 ( 2A 1
& &2 2 & &
}
c 1 ) − 2 jX c A 1 − 2X c A 1C1 = 0 (para compensação
K 1X c2 + K 2 X c + K 3 = 0
logo,
− K 2 ± K 22 − 4K 1K 3
Xc = (3.58)
2K 1
onde
K d + 2 jX c A& C
& −B & −A
& 1C &2
& =
Y 1 1 1 1
(3.62)
& & & 2 & & &
& 1C
2A1 B1 − 2 jX c A1 − 2X c A1C1 − 2 jX c B
2
1
K 1K 3 + K 2 K 4 + jK 2 K 3 − jK 1K 4
YR + jYI =
K 32 ± K 24
onde a parte real é desprezível, logo, para a parte imaginária que se deseja projetar:
58
K 2 K 3 − K 1K 4
YI = (3.63)
K 32 + K 24
onde:
K 1 = K d + B1I C1I − B1R C1R − 2X c A1I C1R + A1R C1I ) + A12I − A12R (3.64)
K 3 = 2A1R B1R − 2A1I B1I + 4X c A1R A1I − 2X c2 A1R C1R + 2X c2 A1I C1I +
(3.66)
+ 2X c B1I C1R + 2X c B1R C1I
&1 1 0
U &
A &1
B &
A &1
B &2
1 0 U
= 1 1
(3.68)
&I1 Y 1 &
C1 &1
D &
C1 &1
D Y 1 &I 2
&′=A
A &2 +B & + 2A
& 1C & B&
1 1 1 1Y (3.70)
& = K di − A′′
Y
B′′
K 2 K 3 − K 1K 4
YI = (3.71)
K 32 − K 24
onde:
& − 2X 2 YC
& ( 2A & − 4 jX YA
& − 2X 2 Y 2 A
& − 2 jX C
& &2
c 1 ) − A 1 ( 2X c Y + 2 jX c ) −
2
I m {B1 1 c 1 c 1 c 1
& C&
- 2X c2 A 1 1 } = 0 (para uma compensação série total)
K 1X c2 + K 2 X c + K 3 = 0 (3.77)
onde:
K 1 = 2YI B1I C1I − 2YI B1R C1R + 2YI2 A1R B1I + 2YI2 A1I B1R − 2YI A12R +
(3.78)
+ 2YI A12I − 2A1I C1R − 2A1R C1I
K 2 = 2B1I C1I − 2B1R C1R + 2YI A1R B1I + 2YI A1I B1R − 2A12R + 2A12I (3.79)
− K 2 ± K 22 − 4K 1K 3
Xc = (3.81)
2K 1
de onde resultarão duas raízes, das quais a positiva deverá ser a considerada, já que
no modelo matemático (ver figura 3.6) o sinal negativo já está incluído.
A figura 2.7 ilustra o procedimento para atingir o valor desejado de Kd.
Xc = 259,333 Ohm
YI = 0,003386 Mho
As constantes calculadas para a linha compensada foram:
linha e, porque não dizer, dual deste processo. Trata-se do “alongamento artificial
elétrico” da linha de transmissão. Ao contrário do “alongamento artificial” torna as
constantes da linha com valores típicos de linhas muito longas, com comprimentos
próximos à metade do comprimento de onda. Como também já foi visto neste
trabalho, linhas com comprimentos da ordem de metade do comprimento de onda,
têm uma operação com características muito boas, livres do efeito Ferranti e demais
complicações operacionais presentes na linha a ¼ de comprimento de onda.
É evidente que, quanto maior for a linha de transmissão original,
menor será a capacidade total dos compensadores necessários para fazê-la atingir
meio comprimento de onda. Portanto, menor será o custo desta compensação.
Deste raciocínio, fica claro que deve haver um “ponto de equilíbrio” que limite a
viabilidade do encurtamento ou alongamento de uma linha. É lógico que, em cada
linha, conforme suas características físicas próprias, este ponto se encontra numa
distância limite diferente entre os terminais. De uma maneira geral, o ponto de
transição, no qual o alongamento artificial se torna mais econômico que o
encurtamento, encontra-se em torno de 1.450 Km para linhas de 60 Hz, cujo
comprimento de onda está em torno de 5.000 Km.
Um outro aspecto importante, embutido na própria relação de
distância acima descrita, diz respeito ao custo da compensação, que é elevado. A
quantidade de energia a ser transferida após a instalação da compensação deve,
portanto, justificar o investimento. Uma idéia pode ser tirada, para efeito de
comparação, da referência [3], que constatou, para compensar totalmente uma linha
de 1.600 Km, um custo quase equivalente ao custo da própria linha.
Além do efeito Ferranti, um dos maiores problemas das linhas muito
longas, é a estabilidade. De uma forma conservadora, pode-se afirmar que o ângulo
de potência de uma linha não deve ultrapassar 30o. Para isto, quando as linhas se
estendem por mais de 400 Km, há necessidade de compensação. Se a linha é
alongada eletricamente, tal que seu comprimento efetivo fique entre ½ e ¾ do
comprimento de onda (180o e 270o), um fenômeno interessante ocorre: a linha de
transmissão é tão estável como na operação no 1o quadrante (entre 0o e 90o). Por
exemplo, o limite de estabilidade para a transmissão a 190o é igual ao limite para
transmissão a 10o. Além disso, a linha alongada não tem problemas tais como
excesso de VAr durante as baixas cargas, efeito Ferranti e auto-excitação de
geradores.
Teoricamente, bastaria alongar a linha tal que seu ângulo de potência
atingisse os 180o. Contudo, por dois motivos excede-se a compensação para 190o ou
mais:
1o) Porque assim procedendo, reduz-se a sensitividade do controle de saída de VAr
do gerador;
o
2 ) Assim se assegura a permanência da linha na condição de meio comprimento de
onda durante operação temporária em velocidade reduzida do sistema.
Explicando melhor: o comprimento de onda é inversamente proporcional à
freqüência. Portanto, se “f” cai 5%, por exemplo, o comprimento de onda
aumenta 5%, encurtando eletricamente a linha (a relação l/λ diminui, sendo l o
comprimento da linha e λ o comprimento de onda, em Km). Se uma margem
64
θ ≅ βl (3.81)
θc = θ’ - θ = θ’ - βl (3.82)
θc = βlartificial (3.83)
logo,
θ′ − β l
l artificial = (3.84)
β
A reatância indutiva série total a ser inserida na linha, deverá ser tal
que:
onde x . lartificial = XL . 8
X − xl
XL = [ohm] (3.85)
8
Z& 2
Z 0 = Z& 1 Z& 2 + 1
4
2 jX L (2 jX L ) 2
Z0 = +
jYc 4
2X L
Z 02 = − X 2L
Yc
logo,
2X L
Yc = (3.86)
Z + X 2L
2
0
66
U2
P0 = (3.87)
Z0
1
P0 = (3.88)
Z0
L Xl / n
Z0 = = (3.89)
C bl / n
C
P0 = (3.90)
L
Para aumentar a potência natural de P0 para P01 = KP0 (K > 1,0), tem-
se que:
1 1
P01 = KP0 → =
Z 01 Z 0 / K
Logo,
Z0 Xl / n
Z 01 = =
K K 2 bl / n
Daí,
Ll / n Ll / n
Z 01 = =
K Cl / n
2
C1 l / n
67
C1 = K2C = C + ∆C
Portanto,
∆C = C(K2 – 1) [µF] (3.91)
r = 0,021 ohm/km
x = 0,32629 ohm/km
y = 3,46 x 10-6 mho/km
Z0 = 307,1 ohm
P0 = 814 MW
0,5P0 = 407 MW
1,5P0 = 1221 MW
A& = 0,437/4,768o p.u.
B& = 326,97/86,32o ohm
C& = 0,00248/91,45o mho
D& =A &
β = 1,0625 x 10-3 rad/km
190 x π
− β x 1000
l artificial = 180 = 2121 Km .
β
x l′ 0,32629 x2121
XL = = = 86,51 ohm .
8 8
2X L 2(86,51)
Yc = =
Z + X L (307,1) 2 + (86,51) 2
2
0
2
69
Yc = 0,0017 mho