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COLEGIADO DE ENGENHARIA CIVIL

Técnicas Construtivas

Projeto e execução do revestimento cerâmico em


uma fachada

Juazeiro
2010 1

Técnicas Construtivas 2010.2


COLEGIADO DE ENGENHARIA CIVIL

DOUGLAS EMANUEL NASCIMENTO DE OLIVEIRA


FELIPE ALMEIDA SANTOS NOVAES
JULLIANA MELO PINHEIRO DE ARAÚJO
KAMILLA DE ARAÚJO SANTOS
MAELSON DIAS DOS SANTOS JÚNIOR

Projeto e execução do revestimento cerâmico em uma


fachada

Juazeiro
2
2010
Técnicas Construtivas 2010.2
REVESTIMENTO CERÂMICO

 Definição:

Componente do edifício que deve


ter propriedades específicas e
cumprir funções contribuindo para
o desempenho do edifício como
um todo.

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REVESTIMENTO CERÂMICO

 Funções do revestimento cerâmico:

 Proteger os elementos de vedação do edifício;

 Auxiliar as vedações no cumprimento das suas funções: isolamento


térmico e acústico, estanqueidade à água e aos gases, segurança
contra fogo, dentre outras;

 Regularizar as superfícies dos elementos de vedação;

 Proporcionar acabamento final aos revestimentos de pisos e paredes.

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REVESTIMENTO CERÂMICO

 Propriedades do revestimento cerâmico:

 Aderência: Capacidade de permanecer aderido à base;

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REVESTIMENTO CERÂMICO

 Propriedades do revestimento cerâmico:

 Resistência mecânica;

 Capacidade de absorver deformações;

 Isolamento Térmico e acústico, estanqueidade à água e aos gases ,


segurança contra o fogo;

 Características superficiais e de permeabilidade compatíveis com as


condições de uso;

 Durabilidade e eficiência;

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REVESTIMENTO CERÂMICO

 Caracterização do revestimento cerâmico:

 Os revestimentos cerâmicos devem ser entendidos como um sistema


composto por uma sucessão de camadas, formando um conjunto que
deve apresentar um comportamento monolítico aderido ao substrato
(emboço) e este à base (alvenaria ou concreto armado).

 Este conjunto é composto por:


 Camada de fixação: Argamassa colante;

 Cerâmicas: Placas cerâmicas;

 Juntas: Espaços deixados entre as placas cerâmicas, que são

preenchidos pelo rejunte, no caso das juntas de assentamento, ou


pelo selante, no caso das juntas de controle ou movimentação.

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REVESTIMENTO CERÂMICO

 Caracterização do revestimento cerâmico:

 Camada de fixação:
 Tem como função manter as placas cerâmicas aderidas ao
substrato. Geralmente são empregadas as argamassas colantes.

 Argamassa colante: É uma argamassa industrializada, pré dosada,


fornecida em pó, no estado seco. É atualmente o material mais utilizado
no Brasil para este fim.

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REVESTIMENTO CERÂMICO

 Caracterização do revestimento cerâmico:

 Camada de fixação:
 Características das argamassas colantes:

 Tempos de vida, de abertura e de ajustabilidade compatíveis com as


condições de trabalho;

 Plasticidade e coesão tais que permitam o espalhamento e o ajuste das


placas cerâmicas e evitem o escorregamento destas da posição correta;

 Retenção de água compatível com o tipo de substrato e de placa


cerâmica;

 Espessura que permita uma adequada superfície de contato entre o


substrato e as placas cerâmicas e que não introduza tensões nas
interfaces de assentamento.
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REVESTIMENTO CERÂMICO

 Caracterização do revestimento cerâmico:

 Camada de fixação:
 Segundo a NBR 14081, as argamassas colantes dividem-se
em quatro tipos conforme a tabela 1.
Método de Argamassa Colante
Propriedade Unidade
ensaio I II III IV
Tempo em aberto NBR 14083 min ≥15 ≥20 ≥20 ≥30
Resistência de aderência
NBR 14084 - - - - -
a 28 dias
Cura Normal - Mpa ≥0,5 ≥0,5 ≥1,0 ≥1,0
Cura Submersa em água - Mpa ≥0,5 ≥0,5 ≥1,0 ≥1,0
Cura em estufa Mpa - ≥0,5 ≥1,0 ≥1,0
Deslizamento NBR 14085 mm ≤0,5 ≤0,5 ≤0,5 ≤0,5
Usos - - Interno Externo Alta res. Especial
Tabela 1: Classificação das argamassas colantes (ABNT, 1998)
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REVESTIMENTO CERÂMICO

 Caracterização do revestimento cerâmico:

 Cerâmicas:
 As placas cerâmicas são fabricadas a partir de argilominerais,
vidrados, óxidos metálicos, dentre outros minerais, que, após
misturados e moldados, são queimados em fornos sob altas
temperaturas.

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REVESTIMENTO CERÂMICO

 Caracterização do revestimento cerâmico:

 Cerâmicas:
 Classificação segundo o acabamento superficial:

 Esmaltadas: Quando recebem uma camada superficial de material vítreo


que, depois de queimado no forno, torna a superfície da placa vitrificada.

 Não esmaltado: Quando a placa cerâmica é simplesmente queimada no


forno, sem adição do esmalte.

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REVESTIMENTO CERÂMICO

 Caracterização do revestimento cerâmico:

 Cerâmicas:
 Classificação segundo a textura:

 Lisas;

 Rugosas.

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REVESTIMENTO CERÂMICO

 Caracterização do revestimento cerâmico:

 Cerâmicas:
 Uma das principais propriedades das placas cerâmicas é a
resistência à abrasão ou resistência ao desgaste superficial.

Classe (PEI) Resistência


1 Baixa
2 Média
3 Média Alta
4 Alta
5 Altíssima
Tabela 2: Classe de resistência à abrasão superficial

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REVESTIMENTO CERÂMICO

 Caracterização do revestimento cerâmico:

 Juntas:
 Por serem assentadas em placas, os revestimentos cerâmicos
sempre apresentarão juntas entre os componentes. Porém, em
face das condições de uso, do tipo de base e do tipo de placa
cerâmicas, pode ser necessária a utilização de outros tipos de
juntas, como as de trabalho ou de movimentação e as juntas
estruturais, todas usadas para dissipação de tensões vindas das
deformações da base e/ou do revestimento.

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REVESTIMENTO CERÂMICO

 Caracterização do revestimento cerâmico:

 Juntas:
 Tipos de juntas:

 Juntas entre componentes: Também conhecidas como rejuntes.

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REVESTIMENTO CERÂMICO

 Caracterização do revestimento cerâmico:

 Juntas:
 Tipos de juntas:

 Juntas entre componentes:


• Visam reduzir o módulo de deformação do pano de revestimento e,
desta forma, aumentar a capacidade deste em absorver deformações
vindas das variações térmicas e higroscópicas e das deformações da
base;

• Absorvem as variações dimensionais entre as placas cerâmicas;

• Permitem alinhamentos precisos das placas cerâmicas, que, por


terem variações dimensionais, não podem ser assentadas “a seco”
sem que percam os alinhamentos;

• Permitem harmonização estética do conjunto. 17

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REVESTIMENTO CERÂMICO

 Caracterização do revestimento cerâmico:

 Juntas:
 Tipos de juntas:

 Juntas de trabalho: Também conhecidas como juntas de movimentação,


são executadas seccionando-se toda ou parte da espessura do
substrato e preenchendo-se este espaço aberto com material selante.
• Criam painéis de dimensões que permitam dissipar as tensões
induzidas pelas deformações do próprio revestimento, somadas
aquelas da própria base;

• Funcionam como juntas de controle, ou seja, são colocadas em


locais passíveis de aparecimento de fissuras e trincas, de modo que
dissipam as tensões existentes.

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REVESTIMENTO CERÂMICO

 Caracterização do revestimento cerâmico:

 Juntas:
 Tipos de juntas:

 Juntas de trabalho: Também conhecidas como juntas de movimentação,


são executadas seccionando-se toda ou parte da espessura do
substrato e preenchendo-se este espaço aberto com material selante.

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REVESTIMENTO CERÂMICO

 Caracterização do revestimento cerâmico:

 Juntas:
 Tipos de juntas:

 Juntas estruturais: Também conhecidas como juntas de dilatação.


• Absorvem as tensões surgidas com a deformação de todo o edifício;

• Caso exista em regiões que serão revestidas com placas cerâmicas,


obrigatoriamente a junta do revestimento cerâmico deverá respeitar a
posição e a abertura da junta estrutural e permitir uma deformação
igual àquela prevista no projeto estrutural para deformação do
edifício.

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EXECUÇÃO

 Superfície de aplicação da argamassa colante:

 A NBR 13755/1996, indica que para argamassa colante a


superfície de aplicação deve estar:
 a) limpa, isenta de materiais estranhos, a exemplo de pó, óleos,
tintas, etc., que possam impedir a boa aderência da argamassa
colante;
 b) sem trincas, não friável e, quando percutida, não deve

apresentar som cavo, o qual indica haver problema de aderência à


camada de regularização subjacente, ou desta ao chapisco, ou do
chapisco à parede-suporte;
 c) alinhada em todas as direções, de forma que tenha em toda a

sua extensão um mesmo plano, já que a argamassa colante, em


virtude de sua pequena espessura, não consegue corrigir grandes
ondulações da base.
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EXECUÇÃO

 Superfície de aplicação da argamassa colante:

 As superfícies devem apresentar uma textura mediamente áspera;

 A planicidade da superfície do substrato deve ter desvios máximos de


3mm, medidos com régua de 2m em todas as direções. Caso este
limite seja ultrapassado, a superfície deve antes ser reparada com
argamassa;

 Cuidado! Em revestimentos externos a planicidade deve ser medida


considerando o edifício como um todo e não apenas andar por andar,
pois pequenos desvios no prumo podem causar problemas na
modulação de fachadas adjacentes.

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EXECUÇÃO

 Execução do revestimento:

 Materiais Utilizados:

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EXECUÇÃO

 Execução do revestimento:

 Materiais Utilizados:

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EXECUÇÃO

 Execução do revestimento:

 A estrutura é coberta primeiro por uma camada de chapisco para


tornar a superfície homogênea. Na seqüência, é aplicada argamassa
de emboço. Para evitar fissuras nas junções da alvenaria com
estruturas de concreto, colocam-se telas de aço galvanizado, fibra de
vidro ou similar.

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EXECUÇÃO

 Execução do revestimento:

 Após 72 horas de executado o chapisco, inicia-se o emboço. Para


isso pode-se utilizar argamassa fabricada no próprio canteiro ou
argamassa pré-fabricada específica para esse fim.

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EXECUÇÃO

 Execução do revestimento:
 Para revestimentos externos recomenda-se o prazo mínimo de 15
dias de cura para o emboço.

 Misturar a argamassa colante em um recipiente limpo, observando a


quantidade de água, que pode variar de acordo com as condições
climáticas do local. Deixar a argamassa repousar durante cinco a dez
minutos e voltar a mexer sem adicionar mais pó ou líquido. Durante o
uso, mexer ocasionalmente para manter a mistura trabalhável.

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EXECUÇÃO

 Execução do revestimento:

 A NBR 13755/1996 recomenda:

 O emprego da argamassa deve ocorrer no máximo 2 h e 30 min


após seu preparo, sendo vedada, neste período, a adição de água
ou outros produtos;

 A argamassa colante preparada deve ser protegida do sol, da


chuva e do vento.

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EXECUÇÃO

 Execução do revestimento:

 Antes da aplicação, umedecer a parede e delimitar uma área de


trabalho que permita o assentamento da cerâmica em poucos
minutos. Aplicar a argamassa colante na parede, primeiro com o lado
liso e depois com o lado denteado da desempenadeira, formando
cordões.

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EXECUÇÃO

 Execução do revestimento:

 Posicionar a peça cerâmica e pressionar com a mão, batendo em


seguida com martelo de borracha. Observar as juntas de
assentamento e o posicionamento das eventuais juntas de dilatação
do revestimento. Para controlar o distanciamento entre as peças,
indica-se o uso de espaçadores.

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EXECUÇÃO

 Execução do revestimento:

 Limpar todas as juntas e a superfície das peças assentadas enquanto


a argamassa ainda estiver fresca. Deve-se, então, retirar os
espaçadores e fazer o rejuntamento, no máximo, 72 h após o término
do assentamento. A retirada do excesso deve ser feita com uma
esponja úmida. Para finalizar, passa-se um pano limpo e seco sobre a
superfície.

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EXECUÇÃO

 Execução de juntas entre componentes:


 As Juntas entre componentes precisam ter:
 Horizontalidade;
 Verticalidade;
 Uniformidade de espessura.

 Para garantir a uniformidade utiliza-se os espaçadores e para garantir a


verticalidade e a horizontalidade utiliza-se linhas de referência.

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EXECUÇÃO

 Execução de juntas entre componentes:


 Recomendações:
 Recomenda-se a execução do rejuntamento no máximo até 72 horas
após o assentamento, contudo, devido a complexidade dos
revestimentos de fachada (necessária mais uma subida no balancim),
recomenda-se o rejuntamento depois que todas as fachadas
estiverem prontas;

 A argamassa de rejunte deve ser preparada conforme indicações do


fabricante e deve ser aplicada com desempenadeira de borracha;

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EXECUÇÃO

 Execução de juntas entre componentes:


 Recomendações:
 A NBR 13755/96 recomenda um espaço mínimo entre as juntas de
assentamento de 5mm;
 A NBR 13755/96 recomenda umedecer o espaçamento antes da
aplicação do rejunte para garantir a hidratação deste;
 A limpeza da área rejuntada deve ser feita entre 10 e 15 minutos.

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EXECUÇÃO

 Execução de juntas de movimentação:

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EXECUÇÃO

 Execução de juntas de movimentação:

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EXECUÇÃO

 Execução de juntas de movimentação:

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EXECUÇÃO

 Execução de juntas de movimentação:

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EXECUÇÃO

 Execução de juntas de movimentação:


 Recomendações:
 Em fachadas esta etapa deve ser executada simultaneamente ao
rejuntamento entre componentes, evitando assim mais um subida de
balancim;
 A NBR 13755/96 recomenda juntas horizontais espaçadas no
máximo a cada 3m ou pé direito;
 A NBR 13755/96 recomenda juntas verticais espaçadas no máximo a
cada 6m;
 A largura das juntas deve ser dimensionada em função das
movimentações previstas e em função do selante.

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EXECUÇÃO

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PATOLOGIAS
Quando parte do edifício deixa de apresentar o desempenho previsto.

 Origem:
 Fase de projeto:
 Materiais incompatíveis com as condições de uso;

 Desconsideração no projeto de interações do revestimento


com partes do edifício.
 Fase de execução:

 Assentadores não dominam a técnica de execução;


 Os responsáveis não controlam corretamente a produção.

 Tipos
 Destacamentos;
 Trincas, gretamento e fissuras;
 Eflorescências;

 Deteriorização das juntas.

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PATOLOGIAS

 Destacamentos:
 Perda de aderência das placas cerâmicas do substrato ou da
argamassa colante, quando as tensões surgidas no revestimento
ultrapassam a capacidade de aderência das ligações entre placas
cerâmicas e argamassa colante e/ou emboço.

 Considerada a mais séria: acidentes envolvendo usuários e custos


para o seu reparo.

 Maior ocorrências nos primeiros e últimos andares: maior nível de


tensão nesses locais.

 Sinas: som oco → estufamento da camada → destacamento.

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PATOLOGIAS

 Destacamentos:

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PATOLOGIAS

 Destacamentos:

 Causas
 Instabilidade do suporte devido a acomodação do edifício;

 Deformação lenta da estrutura de concreto armado;

 Variações higrométricas e de temperatura;

 Características pouco resilientes do rejuntes;

 Ausência de detalhes construtivos

 Uso de argamassa colante com tempo em aberto vencido;

 Assentamento sobre superfície contaminada;

 Negligência da mão-de-obra.

 Prevenção: Evitar a execução em uma fase de construção em que o


suporte esteja recém-executado (evitar retrações)
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PATOLOGIAS

 Trincas, Gretamento e Fissuras:

 Perda de integridade da superfície da placa cerâmica.

 Trincas: Rupturas no corpo da placa cerâmica;

 Gretamento: Série de aberturas inferiores a 1mm na


superfície esmaltada da placa (teia de aranha);

 Fissuras: Rompimentos nas placas com abertura inferiores


a 1mm que não causam a ruptura total.

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PATOLOGIAS

 Trincas, Gretamento e Fissuras:

Trinca

Gretamento

Fissura

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PATOLOGIAS

 Trincas, Gretamento e Fissuras:

 Causas:
 Dilatação e retração das placas cerâmicas (variação
térmica e/ou de umidade), gerando um estado de tensão
interno;
 Deformação estrutural excessiva (deformações do edifício
que criam tensões não absorvidas no total pela alvenaria);
 Ausência de detalhes construtivos (como vergas, contra-
vergas, pingadeiras, platibandas e juntas);
 Retração da argamassa de fixação (uso de argamassa de
fixação dosada em obra em vez da argamassa colante
industrializada – superfícies convexas e tracionadas)

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PATOLOGIAS

 Eflorescências:

Surgimento na superfície do revestimento


de depósitos cristalinos de cor esbranquiçada,
comprometendo a aparência.

 Causas:
 Os sais solúveis (presentes nas placas, na alvenaria e nas

argamassas) são transportados pela água (utilizada na


construção ou infiltrada através dos poros dos
componentes do revestimento, e ao entrar em contato com
o ar se solidificam causando os depósitos.

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PATOLOGIAS

 Eflorescências:

 Precauções:
 Redução do consumo de cimento Portland na argamassa

de emboço, ou usar cimento com baixo teor de álcalis;


 Utilizar placas de boa qualidade (queimadas em altas
temperaturas – elimina sais solúveis e umidade residual);
 Garantir o tempo necessário para a secagem de todas as

camadas anteriores à execução do revestimento cerâmico.

 Remoção com simples lavagem, e caso nescessáro, utilizar


solução em baixa concentração de ácido muriático, enxaguando
bastante após.

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PATOLOGIAS

 Eflorescências:

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PATOLOGIAS

 Deterioração das juntas:


 Sinais:
 Perda da estanqueidade das juntas através de
procedimentos de limpeza inadequados (uso de ácidos e
bases concentrados, somados a ação atmosférica e/ou
solicitações mecânicas estruturais);
 Envelhecimento do material
 Juntas de movimentação: Materiais de origem orgânica que
apresentam durabilidade variada (entre 5 a 20 anos), causada
por microorganismos, devendo ser inspecionados e trocados.
 Juntas entre componentes: Materiais à base de cimento
apresentam boa durabilidade se bem executado e só se
deteriorizam na presença de agentes agressivos (chuva ácida
ou aparecimento de fissuras), ou apresentam resinas (origem
orgânica);

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 Prevenção: Controle na execução, e boa escolha de materiais.
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PATOLOGIAS

 Deterioração das juntas:

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PROJETO DE FACHADA

 Objetivos:

Disponibiliza para a obra um conjunto de informações fundamentais


para a execução e o controle do revestimento, que abrange tanto as
especificações relativas aos produtos a serem utilizados como
também aos detalhes construtivos do revestimento, além das
diretrizes necessárias para a sua produção e controle.

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PROJETO DE FACHADA

 Considerações e análises:

São consideradas e analisadas as possíveis interferências com os


diversos subsistemas que fazem parte do edifício, tais como a
estrutura, a alvenaria e os sistemas prediais.

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PROJETO DE FACHADA

 Vantagens:

 Redução dos desperdícios, retrabalhos e falhas;


 Melhor qualidade final do revestimento;
 Evita a ocorrência de futuras patologias.

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PROJETO DE FACHADA

 Projeto Adequado:
 Deve prever as diferentes juntas de assentamento e de movimentação;

 Trazer as características dos materiais serem utilizados;

 Levar em consideração o clima da região, intensidade pluviométrica,


temperaturas máximas e mínimas diárias e possibilidade de ocorrência de
chuva ácida.

 Juntos com uma execução criteriosa são indispensáveis para


evitar problemas de destacamento e demais patologias.

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PROJETO DE FACHADA

 Ponto crítico:
 Quanto maior a peça, maior o risco de destacamento, devido
a menor quantidade de juntas de assentamento para dissipar
as tensões internas de cisalhamento na interface de aderência;

 O projetista deve ter cuidado com a uniformidade visual nos


encontros entre painéis.

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PROJETO DE FACHADA

 Ponto crítico:
 As arestas dos edifícios também são pontos críticos para os
revestimentos cerâmicos de fachada, pois representam pontos de
concentração de tensões, mas as juntas de movimentação não
devem ser posicionadas precisamente nas arestas, e sim a uma
distância máxima de 60cm destas.

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PROJETO DE FACHADA

 Algumas recomendações:
 O posicionamento das juntas de movimentação deve considerar a
amplitude das tensões que possam vir a ocorrer.

 A abertura das juntas de movimentação, tanto na direção vertical como na


horizontal, deve estar entre 8 e 12mm, sendo que a junta deve absorver
no máximo 30% de sua espessura.

 As juntas horizontais devem ser executadas a cada pavimento, o mais


próximo possível do encontro dos componentes estruturais e da
alvenaria.

 As juntas verticais devem ser de tal maneira que os painéis tenham entre
9 m² e 30 m².

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PROJETO DE FACHADA

 Algumas recomendações:

 Recomenda-se painéis limitados a 9m² nas seguintes situações:


 Uso de placas cerâmicas de grandes dimensões, ou seja, com
menos de 5 juntas verticais entre componentes por metro;

 Placas cerâmicas de cores quentes e foscas;

 Revestimento em fachada com isolação total em grande período


do dia;

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PROJETO DE FACHADA

 Algumas recomendações:

 Recomenda-se painéis limitados a 9m² nas seguintes situações:

 Local com elevado índice de insolação diária;

 Edifícios com estrutura muito deformável.

 Recomenda-se painéis limitados a 30m² nas condições contrárias.

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PROJETO DE FACHADA

 Juntas entre componentes:

 As aberturas das juntas entre componentes são dadas pelas


características do material usado em seu preenchimento, do nível de
solicitações mecânicas no revestimento cerâmico e das exigências
estéticas.

Área dos Espessura mínima entre


componentes (cm²) componentes (mm)

≤ 250 4
250 a 400 5
400 a 600 6
600 a 900 8
≥ 900 10
Tabela 3: espessuras das juntas 62

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INSPEÇÃO

 Execução de fachada:

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INSPEÇÃO

 Execução de fachada:

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INSPEÇÃO

 Execução de fachada:

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INSPEÇÃO

 Execução de fachada:

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INSPEÇÃO

 Execução de fachada:

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INSPEÇÃO

 Execução de fachada:

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INSPEÇÃO

 Execução de fachada:

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INSPEÇÃO

 Execução de fachada:

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INSPEÇÃO

 Execução de fachada:

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INSPEÇÃO

 Execução de fachada:

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FIM

OBRIGADO!

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