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Resumo Essa reação forma uma ligação glicosídica C-O-C.

Duas formas: α e β.
Carboidratos
Exemplos: Maltose (glicose + glicose);
1. Introdução Sacarose (glicose + frutose);
 Sacarídeos, glicídeos, oses, hidratos de carbono ou Lactose (glicose + galactose).
açúcares;
c) Oligossacarídeos.
 São polihidroxicetonas ou polihidroxialdeídos; Contêm de três a dez unidades simples de açúcares.
 São macronutrientes cujos maiores representantes
pertencem ao reino vegetal, seja na forma de d) Polissacarídeos
carboidrato complexo (amido e/ou celulose) ou na Contêm muitas unidades de monossacarídeos, a
forma de açúcar. maior parte glicose: 3000 ou mais unidades.

4. Amido
2. Funções É o carboidrato complexo mais importante.
Amilose (linear) e amilopectina (ramificada)
 Fonte primária de energia (o catabolismo
formam zonas cristalinas características para cada
possibilita a liberação de energia química
tipo de amido.
para a formação do ATP);
A amilose tem uma estrutura helicoidal, forma
 “Economizador de proteínas: o
ligações com o iodo.
catabolismo dos carboidratos impede o
catabolismo das proteínas;
5. Análise dos carboidratos
A análise de açúcares em alimentos pode ser para:
3. Classificação
a) Monossacarídeos
a) Identificar
São açúcares simples;
Os açúcares presentes em um dado alimento.
FONTE FUNÇÃO Exemplo: uma nova variedade de fruta.
PENTOSE Se utilizam técnicas cromatográficas:
D-ribose Formado nos Componente dos ácidos TLC: separa mono de dissacarídeos.
processos nucléicos e coenzimas, HPLC: separa formas isoméricas de
metabólicos. ácido ribunucléico (RNA), aldoexoses.
flavoproteínas.
HEXOSES b) Quantificar
D-glicose Sucos de frutas, “Açúcar” do corpo; Necessário saber a quantidade de açúcar total ou
hidrólise do fluidos sanguíneos e dos
conteúdo total de sacarose ou glicose de um
açúcar, cana-de- tecidos; combustível
açúcar, maltose e celular. produto alimentício por razões nutricionais ou
lactose. legais.
D-frutose Frutas, sucos, mel, Transformação para Utiliza HPLC.
hidrólise da glicose no fígado e no Devido a diversidade de carboidratos é estabelecido
sacarose da cana- intestino para servir uma concordância entre a reatividade deste grupo
de-açúcar. como combustível básico – REDUTOR, devido a presença de um grupo
do organismo. aldeído ou cetona livre.
D- Hidrólise da Mudança para glicose no
Esses açúcares redutores são capazes de reduzir
galactose lactose fígado; combustível
celular; sintetizada na diversos íons metálicos. A redução dos íons Cu 2+ em
glândula mamária para soluções alcalinas é o método químico mais
produzir lactose do leite; popular, podendo desenvolver compostos coloridos
constituinte dos que podem ser quantificados por um colorímetro.
glicolipides e
glicoproteínas.

b) Dissacarídeos
São formados quando dois monossacarídeos se
combinam: reação de condensação, com liberação
de água.
Resumo

Comparação de métodos para a determinação de açúcares 4. CCD


redutores e totais em mel
A CCD consiste na separação dos componentes de uma
Os monossacarídeos (glicose e frutose) são açúcares mistura através da migração diferencial sobre uma camada
redutores por possuírem grupo carbonílico e cetônico livres, delgada de adsorvente retido sobre uma superfície planar.
capazes de se oxidarem na presença de agentes oxidantes
em soluções alcalinas.
5. Método fenol-sulfúrico
Os dissacarídeos que não possuem essa característica sem
sofrerem hidrólise da ligação glicosídica são denominados de Baseia-se na determinação de açúcares simples,
açúcares não-redutores. polissacarídeos e seus derivados incluindo os metil-ésteres
com grupos redutores livres, após a desidratação dos
Os métodos químicos clássicos conhecidos para a análise de
mesmos pelo ácido sulfúrico e subseqüente complexação
açúcares redutores são na sua maioria fundamentados na
dos produtos formados com o fenol. A mudança da cor da
redução de íons cobre em soluções alcalinas (solução de
solução é medida na região do visível e é proporcional à
Felhling), mas também existem aqueles fundamentados na
quantidade de açúcares presentes na amostra.
desidratação dos açúcares, por uso de ácidos concentrados,
com posterior coloração com compostos orgânicos, além da
simples redução de compostos orgânicos, formando outros 6. Método compleométrico de EDTA
compostos de coloração mensurável na região do visível.
Os açúcares presentes na amostra reagem com uma solução
1. Método do ácido 3-5-dinitrossalicílico de cobre, antes e depois da inversão.
O ADNS é reduzido para ácido 3-amino-5-nitrossalicílico, Os íons Cu2+ se reduzem a Cu+, que precipitará como Cu2O. O
enquanto que, no caso mais simples o grupamento aldeído excesso de cobre que não reagiu é determinado,
parece ser oxidado a ácido aldônico. posteriormente por complexometria com EDTA.
Reação:

Ácido 3-5-dinitrossalicílico + açúcar redutor → ácido 3- 7. Método Lane-Eynon


amino-5-nitrossalicílico + ácido aldônico.
No método o cobre do reativo de Fehling (solução alcalina
Entretanto a equivalência entre o ácido do de sulfato de cobre em tampão de tartarato duplo de sódio
aminonitrossalicílico produzido e a quantidade do açúcar e potássio) é reduzido a óxido cuproso.
não é exata e diferentes açúcares produzem diferente
intensidade na cor desenvolvida.
8. Método de Luff-Schoorl

2. Método de antrona O açúcar redutor se oxidará e os íons Cu 2+ se reduz a Cu+,


que precipitará como Cu2O. O excesso de íons Cu2+ se
A reação de antrona se baseia na ação hidrolítica e determinará iodometricamente.
desidratante do ácido sulfúrico concentrado sobre os
carboidratos. Quando a reação é levada a efeito com
carboidratos com ligações glicosídicas, estas são 9. Método Munson-Walker
hidrolisadas e os açúcares simples desidratados para furfural
Fundamenta-se na quantificação do precipitado de óxido
ou hidroximetilfurfural. Essas substancias se condensam com
cuproso formado após a redução de íons cobre bivalentes,
a antrona dando um produto de coloração azul petróleo.
em meio básico, pelos açúcares redutores (glicose e frutose).

3. Refratometria na escala Brix.


10. Método de Somogyi-Nelson
É um método físico que mede a quantidade de sólidos
Os glicídeos redutores aquecidos em meio alcalino,
solúveis presentes em uma amostra.
transformam-se em enodióis que reduzem o íon cúprico
Baseia-se em um sistema de graduação de aparelhos presente a cuproso. O óido cuproso assim formado reduz a
especialmente para ser utilizado na indústria açucareira, reação arsênio-molibídico a óxido de molibdênio de
mais precisamente na análise de açúcares em geral que coloração azul cuja intensidade de cor é proporcional a
estejam em solução. quantidade de açúcares redutores existentes na amostra.
Resumo Reação de FIEHE: a reação de Fiehe com resorcina
em meio ácido pode indicar a presença de
Análise do Mel
substâncias produzidas durante o
Mel é um produto elaborado por abelhas a partir de néctar superaquecimento de mel ou a adição de xaropes
de flores e/ou exsudatos sacarínicos de plantas. de açúcares. Esta reação baseia-se na identificação
Constituição do mel: água + proteínas + açúcares (frutose, do HMF resultante da desidratação da frutose
glicose, sacarose, maltose e outros carboidratos). obtida por hidrólise da sacarose. Este derivado do
furfural reage com a resorcina resultando em
1. Determinação da umidade coloração vermelha.
A refratometria a 20°C é o mpetodo mais indicado.
Interpretação é feita através da tabela de 8. Determinação de HMF
Chataway. Método quantitativo
a) Material Método colorimétrico.
Refratômetro de Abbé.
9. Análise de açúcares redutores – Método do DNS
b) Procedimento O método DNS baseia-se na redução do ácido 3,5-
Adicionar uma alíquota de mel no dinitrossalicílico a ácido 3-amino-5-nitrosalicílico ao
compartimento de leitura do refratômetro; mesmo tempo em que o grupo aldeído do açúcar é
Efetuar a leitura e verificar a temperatura do oxidado a grupo carboxílico, com desenvolvimento
experimento. de coloração avermelhada, lida
Faz a correção com a temperatura para 20°C. espectrofotometricamente em 540nm.
O método do DNS para determinação de açúcares
2. pH redutores é composto dos seguintes reagentes:
3. Determinação da acidez livre  ácido dinitrossalicílico;
Reação de neutralização com hidróxido de sódio.  sal de Rochelle: solução de tartarato de
Expressar o resultado em ácido fórmico. sódio e potássio, usada para prevenir o
reagente da ação do oxigênio dissolvido;
4. Reação de Lund
 fenol: aumentar a quantidade de cor
É aplicável em amostra de mel e indica a presença
produzida;
de albuminóides. Sua ausência indica fraude.
 bismuto de sódio: estabilizante da cor
Utiliza uma solução de ácido tânico 0,5%.
obtida na presença do fenol.
Na presença de mel puro, será formado um ppt no
 hidróxido de sódio: redutor da ação da
fundo da proveta.
glicose sobre o ácido dinitrossalicilico.
Mel adulterado: não formará ppt ou excederá o
volume máximo.

5. Reação de Lugol
Consiste na adição de lugol a uma solução de mel,
comparando com um branco positivo.
A coloração azul escura indica reação positiva.

6. Determinação da atividade diastásica


Método qualitativo.
São enzimas naturalmente presentes em mel
corretamente extraído, quando negativa indica
superaquecimento do mel ou mel artificial.
Interpretação:
Cor parda clara: mel legítimo porque possui
atividade diastásica.
Cor azul: mel sem atividade diastásica, mel
artificial, não hidrolisa o amido.

7. Determinação de Hidroximetilfurfural
Método qualitativo
Resumo Hidrólise enzimática (α-amilase e β-amilase),
em xaropes ricos em glicose e amiloglicosidase.
Alimentos de origem vegetal, cereais e derivados
Enzimas obtidas por microorganismos.

1. Cereais e derivados 5. Cereais – glicídeos não amiláceos


Sementes ou grãos comestíveis de gramíneias Pequenas quantidades.
(arroz, aveia, cevada, milho, trigo e sorgo); A principal função é como indicadores
São alimentos concentrados. bromatológicos do grau de extração, o que equivale
Fácil conservação (basta preservar a umidade). a dizer o teor percentual em que se aproveitou o
Alta produtividade. total do grão, para obtê-la no moinho.
Principal fonte de carboidratos.
Fácil industrialização. 6. Cereais – Proteínas
Baixo preço. Proteínas de natureza variada.
Grande aceitação. Tem valor biológico mais limitado do que as
presentes nos alimentos de origem animal –
2. Composição dos cereais. combinar com outros alimentos.
8 a 17%: fibra, minerais e vitaminas. Predominam prolaminas e glutaminas – formação
63 a 87%: amido do glúten.
Proteínas, lipídeos, tiamina e riboflavina.
Dentre os cereais integrais (arroz, centeio, ,milho e 7. Formação do glúten
trigo): o milho apresenta a maior umidade e % de Prolaminas (gliadina) + água + glutelinas (glutelina)
lipídios; o arroz apresenta a maior % de = glúten.
carboidratos; o trigo apresenta a maior % de
proteínas e fibras. 8. Cereais – lipídeos
Não constitui uma fonte importante na
3. Cereais – glicídeos amiláseos alimentação.
Amido é o carboidrato mais importante. Problemas durante a conservação – Ranço.
Principalmente no germe, em segundo no pericarpo
4. Propriedades do Amido e muito pouco no albúmen.
a) Gelatinização do amido Azeites obtidos de cereais ou suas partes são
Em água fria: insolubilidade. antioxidantes naturais (fitoesteróis).
Aquecimento: resulta em perda total das zonas
cristalinas, ocorrendo a formação do gel. 9. Cereais – fibras
Viscosidade da suspensão aumenta. É variável, de 3,2 a 0,3% dependendo do tipo de
cereal. São encontradas variações se o cereal
b) Retrogradação descartou ou não a película de revestimento.
Ocorre após a formação do gel, durante o
resfriamento. 10. Cereais – minereais e vitaminas
Reestruturação das moléculas de amilose e a) Minerais
amilopectina – formação das zonas cristalinas – Quantidade significativa
perda de água (sinérese). Variam de acordo com os tipos de grãos e de
acordo com a natureza mineral do terreno
c) Hidrólise do amido cultivado. Ex. selênio.
Hidrólise do amido de milho – obter xaropes de
glicose (diferentes teores de amilose). b) Vitaminas
Pode ser obtido através de hidrólise ácida. Fonte de vitaminas do complexo B (tiamina), na
forma integral
Tocoferóis (da família da vit E).

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