Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Proteção de Linhas de Transmissão PDF
Proteção de Linhas de Transmissão PDF
Subestação C
SE B
SE D SE A SE B SE C
2
LT
230 kV
Subestação B
Atrás Frente
1
SE B
LT
Subestação A
Ponto de FRENTE 138 kV
Aplicação da
Proteção θ PROTEÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO
R (ohms)
3
LT
Subestação D
(ATRÁS)
Formação
Graduado em engenharia elétrica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo em 1969. Mestre
em Engenharia em 1978, pela Escola Federal de Engenharia de Itajubá, com os créditos obtidos em 1974
através do Power Technology Course do P.T.I – em Schenectady, USA. Estágio em Sistemas Digitais de
Supervisão, Controle e Proteção em 1997, na Toshiba Co. e EPDC – Electric Power Development Co. de
Tokyo – Japão.
Engenharia Elétrica
Foi empregado da CESP – Companhia Energética de São Paulo no período de 1970 a 1997, com
atividades de operação e manutenção nas áreas de Proteção de Sistemas Elétricos, Supervisão e
Automação de Subestações, Supervisão e Controle de Centros de Operação e Medição de Controle e
Faturamento. Participou de atividades de grupos de trabalho do ex GCOI, na área de proteção, com ênfase
em análise de perturbações e metodologias estatísticas de avaliação de desempenho.
Atualmente é consultor e sócio gerente da Virtus Consultoria e Serviços S/C Ltda. em São Paulo – SP. A
Virtus tem como clientes empresas concessionárias no Brasil e na Colômbia, empresas projetistas na área
de Transmissão de Energia, fabricantes e fornecedores de sistemas de proteção, controle e supervisão,
Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétricas da Escola Politécnica da Universidade de
São Paulo, CEDIS – Instituto Presbiteriano Mackenzie.
Área Acadêmica
Uma proteção é aplicada para detectar as anomalias que ocorrem na instalação protegida,
desligando-a e protegendo-a contra os efeitos da deterioração que poderiam decorrer da
permanência da falha ou defeito por tempo elevado.
1.2 TERMINOLOGIA
SISTEMAS DE PROTEÇÃO
Quando se fala em Sistema de Proteção, usualmente se entende tal sistema como “Relé de
Proteção”. Na realidade um Sistema de Proteção consiste, além dos relés de proteção,
também de outros subsistemas que participam do processo de remoção da falha. Tais
subsistemas são mostrados na figura a seguir:
Circuito de
Comando TP's - Transformadores
de abertura de Potencial
do disjuntor
PROTEÇÃO
Relé(s) de Alimentação Auxiliar
Proteção Corrente Contínua da
Bateria da Subestação
(em geral 125 Vcc)
FUNÇÕES DE PROTEÇÃO
Um relé ou dispositivo de proteção pode ter uma ou mais funções de proteção incorporadas
(a chamada proteção “multifuncional”).
Seletividade
Confiabilidade
Velocidade
Economia
No sentido de se ter máxima proteção ao menor custo, considerando sempre o aspecto custo
x benefício, que é a essência da ENGENHARIA.
Mantenabilidade
PRECEITOS
1.4 COORDENAÇÃO
O estudo e a prática de aplicação de Proteção por Relés não constituem uma ciência exata.
Muito de arte e bom senso estarão sempre associados à técnica empregada. Assim, a
experiência assume um aspecto significativo para qualquer profissional que trate do assunto.
• Geradores
• Transformadores
• Barras
• Linhas de Transmissão e Subtransmissão
• Dispositivos e Sistemas de Compensação Reativa
• Circuitos de Distribuição
• Transformadores de Distribuição
• Motores
• Outras cargas
Barra
Transformador
Barra
Barra Barra
Transformador
Elevador Barra
Linha Linha
Transformador
Linha
Grupo Gerador -
Transformador
Reator
Shunt
Zona 1 Zona 2
Disjuntor TC's TC's
(zona 2) (zona 1)
Nesse segundo caso, verifica-se que há uma “zona morta” entre o disjuntor e o equipamento
TC sem aparente cobertura. Há esquemas especiais para cobrir essa zona morta, para
instalações importantes (geralmente em Extra Alta Tensão ≥ 345 kV.
É aquela que, por especificação e escolha de projeto, tem condição de detectar uma
anormalidade para a qual foi concebida, no componente protegido, contemplando os
requisitos de seletividade, confiabilidade e de velocidade.
É aquela que, também por especificação e escolha de projeto, tem a finalidade de ser a
segunda ou terceira proteção a detectar uma mesma anormalidade em um dado
componente do sistema de potência, atuando o respectivo disjuntor quando da falha da
proteção principal.
Retaguarda Local
Uma proteção de retaguarda pode estar instalada no mesmo local da proteção principal.
Neste caso é denominada de “retaguarda local”.
Retaguarda Remota
Ou pode estar instalada em um outro componente adjacente àquele original. Neste caso é
denominada de “retaguarda remota”:
SE A Componente SE B Componente SE C
Protegido Protegido
Mais recentemente no Brasil optou-se por duplicar relés ou funções principais para proteção
de linhas de transmissão de Extra Alta Tensão (níveis de tensão iguais ou superiores a 345
kV) como exigência da Aneel para novas instalações. Neste caso, pode-se ter as seguintes
opções:
A tendência atual é o item a, com plena duplicação quanto ao modelo e funções de proteção.
Este aspecto ajuda na manutenção da proteção e a retirada de operação de uma delas sem
maiores preocupações.
2.1.1 Conceito
Qualquer desbalanço num sistema trifásico, com ou sem terra, faz com que apareça
componentes simétricas de seqüência negativa. A componente de seqüência negativa
pode ser calculada através da expressão:
⎡Ia0 ⎤ ⎡1 1 1 ⎤ ⎡Ia ⎤
⎢ I ⎥ = 1 ⎢1 a a 2 ⎥⎥.⎢⎢ I b ⎥⎥
⎢ a1 ⎥ 3 ⎢ Donde, I a 2 =
1
( )
I a + a 2 .I b + a.I c onde
⎢⎣ I a 2 ⎥⎦ ⎢⎣1 a 2 a ⎥⎦ ⎢⎣ I c ⎥⎦ 3
a = 1∠120 o
Para tensão, vale a mesma expressão. Assim, uma proteção pode calcular a corrente de
seqüência negativa I2 através das correntes de fase. Em condições normais de operação,
com o sistema trifásico equilibrado, essa corrente é Zero.
O desbalanço de corrente é um fator grave para máquinas rotativas, uma vez que induz
correntes de frequência dupla no rotor (ferro), causando aquecimento.
50/
51
Função 46:
46 Desbalanço
de Corrente
(Sequência
50/ Negativa)
51N
Uma boa diretriz é ajustar o valor da seqüência negativa entre 10 e 40% da corrente
nominal prevista na LT, se o objetivo é detectar fase aberta. Deve-se, entretanto,
estabelecer uma temporização entre 2,0 e 5,0 segundos, dependendo da filosofia da
empresa.
2.2.1 Conceito
Para que isto seja possível, deverá haver, para cada relé, uma referência de Tensão. Isto
é, os mesmos devem ser Polarizados.
Há duas funções direcionais de terra: aquela para corrente de fase e aquela para
corrente de terra. O código ANSI para a função direcional de sobrecorrente é (67). Pode
ter, também, elemento instantâneo, porém não há código específico para esse elemento
instantâneo.
2.2.2 Conexão
A figura a seguir mostra uma conexão trifásica para 02 relés direcionais de sobrecorrente
de fase e um relé direcional de sobrecorrente de terra.
Disjuntor(es) IA
Fase A
TC
IB
Fase B
TC
IC
Fase C
iA iB iC TC
TP's
67A 67C
TP's
AUXILIARES
67N
I Residual = IA + IB + IC
TC
IB
Fase B
TC
IC
Fase C
iA iB iC TC
TP's
Proteção Digital
Funções 67 Fases e 67
Terra
I Residual = IA + IB + IC
V Residual = VA + VB + VC
Sobrecorrente
+ Elemento
Direcional = Direcional de
Sobrecorrente
Os relés são conectados para atuar, por exemplo, para correntes saindo da barra para a
linha. Caso haja corrente no sentido inverso, mesmo que de grande intensidade (condição
de curto circuito), essa função direcional de sobrecorrente não atua:
Componente Protegido
SE A
Componente Protegido
Curto na
Direção
67F Reversa -
Proteção
67 Não Atua
N
Esta característica é muito importante para um esquema adotado de Proteção, uma vez
que, delimitando as condições com a imposição do fator direção, há maiores facilidades
para obter seletividade (isto é, desligar o mínimo de componentes do Sistema, para isolar
a falha) no menor tempo possível.
A tensão de polarização deve ser tal que forneça uma firme referência de direção de
corrente (determinado pelo ângulo entre fasores medidos ou calculados). A figura a seguir
mostra os fasores de tensão de um sistema trifásico, com corrente de falta na fase A.
UA
UCC
Relé
UA UAB
ICC
UCA
ϕ
UC UB
UBC
A corrente de curto-circuito ICC deve ter uma tensão de referência para que a proteção
determine sua direção.
Neste caso, haveria uma boa referência de direção, pois ângulos indutivos significam falta
na frente do relé. Porém há as seguintes desvantagens:
Uma boa solução para dirimir as dificuldades citadas é o uso de referência cruzada, como
utilizada nas Proteções Siemens. A tabela a seguir mostra as tensões de referência para
uma proteção (no caso digital) para que as correntes de falta tenham sempre uma
referência firme, com base nos fasores mostrados na Figura 2.8 a seguir.
Na figura a seguir mostra-se a tensão de referência UBC para a corrente na fase A. Deve-
se notar que a tensão da fase em curto (denominada UCC) não é a tensão que havia antes
(UA), pois há a influência da impedância da fonte ZF (sistema) no ponto de instalação da
proteção.
UA
UCC
Relé
UA
ICC.ZF
UAB
β UCC
UCA ϕ ICC
ϕcc
β = α − 90
UC UB
UBC
Por exemplo, se para uma falta na fase A, a tensão UCC for para zero, haverá referência
UBC.
Na concepção da função direcional faz-se com que haja direcionalidade para todo ICC
que esteja à direita da referência hachurada de direção, que tem um ângulo α com relação
à tensão UBC.
Essa solução é adotada também para as funções de distância, que têm necessidade de
discriminação direcional.
Para curto trifásico rígido, bem à frente da proteção, todas as tensões podem ir a zero.
Neste caso não haveria referência. Entretanto, as proteções mais elaboradas (para linhas
de AT ou EAT) possuem memória de tensão (informações sobre a tensão antes do curto-
circuito).
Para proteções eletromecânicas essa memória era feita através de circuitos ressonantes.
Para proteções digitais, são utilizados dados de um “buffer” com as informações do
passado. Memórias com duração entre 0,4 e 0,5 s são comuns para proteções mais
elaboradas.
If0
I0
UA
Relé U0
= −ZF 0
U0 = - ZF0.I0 I0
If0
I0
ZK0 ZM0
ZF0
U0
Relé = +(Z K 0 + Z M 0 )
I0
Im
Falta na
Direção
Reversa
α = 15o Re
k.V0
Como essa corrente tem mais ou menos a mesma direção da corrente de terra do circuito
protegido, serve como referência de direção:
Re
Ipolariz. = IV
(corrente de neutro de
transformador)
a) Se possível, deve ter sensibilidade para detectar curtos a terra em pelo menos duas
barras a frente. Adotar a maior sensibilidade possível.
Observa-se que não se deve tentar coordenar essa função de extrema retaguarda com as
funções principais. Usa-se temporização alta para que não haja influência nas funções
principais, porém com alta sensibilidade para garantir a segurança.
Nota: O caso de uso da função 67N com Teleproteção é mostrado em capítulo à parte.
Como o próprio nome menciona, é uma função para detectar condições de tensão
superiores ou inferiores aos valores normalmente aceitos para a Operação do Sistema ou
do Equipamento.
São realizados através de relés específicos conectados nos lados secundários dos
Transformadores de Potencial.
Para detectar condição de tensão superior a um valor aceitável. Pode ser de dois tipos:
Função de Sobretensão Instantânea ou Função de Sobretensão Temporiza.
A função instantânea não possui temporização intencional, isto é, seu tempo de atuação
depende apenas de suas características construtivas e inerentes ou do seu algoritmo (no
caso de ser digital). Por outro lado, a função temporizada é construída para introduzir uma
temporização intencional e ajustável. Os relés de sobretensão temporizados são,
geralmente, de característica definida de tempo (não inversa):
Tempo (s)
Temporização
(Ajustável)
59 59
Tensão (V)
Valor de Valor de 59
Desatuação Atuação
(drop-out) (pick-up)
Este valor é sempre superior a 100 %. Quanto menor esta relação, mais segura a
aplicação da função de sobretensão. Um modelo ideal de função de sobretensão seria
uma relação de 100 %, isto é, qualquer abaixamento de tensão aquém do valor ajustado
provocaria a desatuação da função. Relés modernos, com tecnologia digital, permitem
relação próxima a 100 %.
Em EAT é aplicada em Linhas de Transmissão para que tenha uma função sistêmica,
isto é, para desligar trechos do sistema afetados por sobretensão (excesso de reativos na
região).
A função atua quando a tensão cair abaixo de um valor ajustado. Esta função pode ser
utilizada como proteção para equipamentos que não podem operar com tensão abaixo de
um certo limite (geralmente máquinas rotativas), ou pode ser utilizada apenas como relé de
subtensão para desligamento automático de circuito quando de falta de tensão (relé de
manobra).
Para utilização da função 27 para manobra de circuitos (desligamento por falta de tensão),
a relação “drop-out / “pick-up”) não é muito significativa pois há uma grande diferença entre
“existir tensão” e “não existir”. Entretanto, para proteção, a relação é importante, como já
mencionado para a função 59.
2.4.1 Princípio
A função Distância mede, através da leitura das correntes e tensões do circuito protegido,
a impedância entre o ponto de aplicação da proteção e o ponto onde ocorreu o curto-
circuito.
Considerando o princípio, torna-se evidente que uma função de distância deve ser
alimentada por TC’s (correntes) e TP’s (tensões):
SE A SE A
67 67F
N
67N
Figura 2.13 – A Proteção de Distância Necessita Dados dos TC’s e dos TP’s
Subestação B
Transformador Outro nível kV
Subestação C
SE B
SE D SE A SE B SE C
2
LT
230 kV
Subestação B
Atrás Frente
1
SE B
LT
Subestação A
Ponto de FRENTE 138 kV
Aplicação da
Proteção θ
R (ohms)
3
LT
Subestação D
(ATRÁS)
O ângulo, que pode variar de 65 a 89 graus dependendo do tipo e nível de tensão da LT,
mostra que uma linha de transmissão aérea tem característica predominantemente
indutiva. Quanto maior o nível de tensão da linha, maior seu ângulo com relação ao eixo
dos R. Um transformador de potência é considerado puramente indutivo em Alta Tensão.
Mas para transformadores de distribuição deve-se considerar também a resistência.
Deve-se observar, também, que uma linha de cabos pode ter ângulos menores que os das
linhas aéreas.
ICC
ZFONTE ZCC ZA
jX
SE A SE A
jX (ohms)
Subestação C
2
LT
Subestação B
1
PONTO DE
LT
CURTO-
CIRCUITO
Subestação A
Ponto de
Aplicação da FRENTE
Proteção θ
R (ohms)
Condição de curto-circuito na LT
Se o relé de impedância estiver ajustado com um valor Zajustado maior do que o Zcc, o valor
medido cairia dentro de sua característica e o relé atuaria. Essa idéia está ilustrada na
figura a seguir:
jX (ohms)
Subestação C
2
Ajuste
LT
(alcance) da
proteção de Subestação B
distância da
Subestação A
PONTO DE
Subestação A CURTO-
Ponto de CIRCUITO
Aplicação da
Proteção FRENTE
θ
R (ohms)
kV 2
Z CARGA = ohms / fase.
MVA
Onde kV é a tensão de linha (entre fases) e o MVA é a potência aparente no ponto de
aplicação da proteção.
jX (ohms)
Subestação C
2
FRENTE
LT
Ajuste
(alcance) da
proteção de Subestação B
distância da
Subestação A PONTO DE
CARGA
Subestação A
Ponto de
Aplicação da ZCARGA
Proteção
θ α
R (ohms)
A figura anterior representa o ponto de carga (impedância da carga) com o seu ângulo α,
correspondente ao fator de potência. Não se deseja que a proteção de distância atue
para condição de carga e também que permita as sobrecargas esperadas em
condições de emergência.
Verifica-se então que a proteção deve ser sensível para ângulos indutivos acentuados
(condição de curto-circuito na direção para frente) e não seja sensível para ângulos
indutivos pequenos (carga indutiva saindo da barra).
jX (ohms)
Subestação C
2
FRENTE
LT
Subestação B
PONTO DE CURTO-CIRCUITO
Subestação A RF
Ponto de IMPEDÂNCIA VISTA PELO
Aplicação da PONTO DE APLICAÇÃO DA
PROTEÇÃO
Proteção
R (ohms)
Conclui-se que a proteção deve ser sensível não apenas através do ângulo da linha, mas
também para ângulos menores que consideram a resistência, tomando-se o cuidado de
não alcançar a impedância de carga.
jX (ohms)
Subestação C
2
FRENTE
LT
Subestação B
Subestação A
Ponto de
Aplicação da ZCARGA
Proteção
θ α
R (ohms)
A figura mostra a região da carga, onde não deve haver alcance da proteção de distância.
Baseado nos requisitos mostrados apresenta-se neste item as características mais comuns
utilizados para relés ou funções de distância:
FRENTE
ZCARGA
θ α
R (ohms)
Característica Mho
A figura a seguir mostra a chamada característica Mho para função de distância. Observa-
se que ela é inerentemente direcional, isto é, tem alcance apenas no sentido direcional. Ao
mesmo tempo, tem pouca sensibilidade para ângulos de carga (na direção do eixo dos X).
Essa característica Mho é muito utilizada, principalmente nos relés de distância
eletromecânicos e estáticos.
jX (ohms)
FRENTE
ZCARGA
θ
α
R (ohms)
A figura a seguir mostra a chamada característica Offset - Mho para função de distância.
Observa-se que ela é um Mho deslocado. Como tem parte de seu alcance na direção
reversa, exige um elemento direcional adicional.
Também é uma característica que era muito usada em algumas proteções de distância
eletromecânicas.
jX (ohms)
FRENTE
ZCARGA
θ
α
R (ohms)
Outras Características
jX (ohms)
FRENTE FRENTE
ZCARGA ZCARGA
R (ohms) R (ohms)
Lenticular Paralelograma
jX (ohms)
FRENTE
R (ohms)
7SA6 - SIEMENS
Uma proteção de distância não possui apenas uma zona de alcance, como mostrado no
item anterior. Ela possui várias zonas, sendo que cada zona pode ser ajustada com seus
respectivos valores de alcance e tempo.
As figuras a seguir ilustram o caso de uma proteção com três zonas de alcance no sentido
direcional e uma zona de alcance não direcional.
Zona 3
t = 1,5 s Zona 4
t=3s
Zona 2
t = 0,5 s
Zona 1
t=0s
θ
R (ohms)
ATRÁS
Zona 4
t=3s
Zona 3
t = 1,5 s
Zona 2
t = 0,5 s
ATRÁS Zona 1
t=0s
SE D SE A SE B SE C
Ajustar um relé de impedância para cobrir uma determinada distância de uma linha de
transmissão não apresenta dificuldade pelo fato de se ter impedância da linha pré-
calculada, com muita precisão.
Esta facilidade para um relé de distância se torna mais evidente quando se tenta ajustar,
por exemplo, e por sua vez, um relé de sobrecorrente. No caso de elemento de
sobrecorrente, o valor a ser ajustado dependerá do valor de corrente de curto-circuito pré-
calculado. Na prática, a corrente de curto-circuito poderá, no máximo ser aproximadamente
igual ao calculado. Entretanto, é comum ter-se correntes menores ou muito menores que o
previsto, em vista das impedâncias envolvidas caso a caso. Assim, para o caso de função
de sobrecorrente, nunca se terá garantia de precisão.
São três loops de medição para faltas entre fases. Para que se meça corretamente a
distância para curtos trifásicos e bifásicos, sabendo-se que um curto bifásico no mesmo
ponto de um curto trifásico apresenta corrente 3 da corrente trifásica (86,67%), uma
2
proteção de distância (por exemplo, relé da série 7SA da Siemenws) utiliza medição de
tensão de linha ao invés de tensão de fase, para o loop de medição entre fases,
adotando as correntes:
CURTO
CIRCUITO
TRIFÁSICO
PROTEÇÃO
Modelo Matemático
ICC3F (Sequência Positiva)
ZFONTE ZCC
EB
VFASE = VLINHA / 1,732
EA
Do loop de falta para o diagrama anterior, tem-se em cada uma das fases:
VFASE = EA – ZFONTE.ICC3F
Mas como o relé utiliza corrente IA – IB ao invés de IA (uma fase), tem-se da mesma
expressão anterior:
V LINHA _ AB
= Z CC ohms / fase
I CC 3 F _ A − I CC 3 F _ B
Curto-circuito Bifásico
I Fase
I Fase
CURTO
CIRCUITO
BIFÁSICO
PROTEÇÃO
ICC2F_A
VLINHA_AB ZCC
ICC2F_B
ZCC
V LINHA _ AB
= Z CC
I CC 2 F _ A − I CC 2 F _ B
ICC3F_A
ICC3F_A - ICC3F_B = 1,732. ICC3F
ICC2F_A
ICC2F_b
ICC3F_C ICC3F_B
Confirma-se que há o mesmo valor medido de impedância, tanto para curto bifásico
como para curto trifásico.
I Fase
I Terra
CURTO
CIRCUITO
FASE-TERRA
PROTEÇÃO
ZL
ICCFT
VFASE
ITERRA
ZTERRA
Para curto-circuito fase-terra rígido, como mostrado na figura, o loop envolve a fase
onde se localiza a falta.
V FASE
ZL = É a impedância do loop fase terra vista pelo relé.
Z
I CCFT − TERRA I TERRA
ZL
O relé de proteção não faz diretamente a medida VFASE/ICCFT. Ele faz o cálculo:
Haverá uma correta medição de distância quando o k0 ajustado no relé for igual a
ZTERRA / ZL, e portanto ZFASE-NEUTRO = ZL.
ZTERRA = (Z0-Z1) / 3
Alguns fabricantes chamam esse fator de kG e outros de kN. Deve-se observar que, na
realidade, k0 é um numero complexo (módulo e ângulo):
VALORES TÍPICOS
Seq. (+) Seq. (0) Terra Ângulo
do k0
R + jX Ângulo R + jX Ângulo R + jX Ângulo
Ohms / km Graus Ohms / km Graus Ohms / km Graus Graus
440 kV (Aérea) 0,024 + j0,31 86 0,33 + j1,31 76 0,102 + j 0,334 73 -13
345 kV (Aérea) 0,016 + j0,29 87 0,23 + j0,92 76 0,070 + j0,209 72 -14
345 kV (Cabos) 0,014 + j0,25 87 0,07 + j0,07 45 0,019 – j 0,061 - 73 -160
230 kV (Aérea) 0,065 + j0,37 80 0,41 + j1,36 73 0,116 + j0,329 70 -10
Ele precisa ser seletivo para a fase afetada, isto é, deve detectar as fases afetadas, não
partindo nas fases não afetadas. Isso é importante onde se utiliza religamento automático
monopolar.
A seleção correta das fases afetadas é importante também para algumas proteções
eletromecânicas ou estáticas do tipo “chaveado” (origem européia), isto é que possuem 1
ou 3 elementos de medida para 6 loops possíveis de medição e elementos de partida que
selecionam as grandezas para esses elementos. `
- ou um relé por zona de atuação, sendo cada relé com elementos para cada loop de
medição;
- ou um relé por fase, cada relé com 3 zonas de atuação.
Cada relé atua independente do outro. Tradicionalmente para curtos à terra utilizam relés
direcionais de sobrecorrente de terra com esquema de teleproteção. Relés de distância
para faltas à terra são menos utilizados. Assim, para relés tradicionais de origem
americana, o conceito de circuito de detecção de falta pode ser resumir à “corrente mínima
para atuação da proteção de distância”.
Para correta seleção de fases afetadas, deve-se evitar que o relé da fase afetada não
detecte incorretamente a falta na outra fase.
É o modo mais simples e rápido de detecção de falta. Utilizado para sistemas onde a
corrente de curto-circuito é muito maior que a corrente de carga (menor corrente de curto
maior que o dobro da carga).
Um exemplo de ajuste, para esse caso seria Ipartida = 1,3 x Imáx_carga para fase e Ipartida_terra =
0,5 x In_TC . Mas trata-se de um ajuste relativamente complexo, uma vez que todas as
contingências de carga devem ser levadas em consideração, ao mesmo tempo em que
se deve procura manter a sensibilidade para curto-circuito. A flexibilidade de ajuste é
limitada.
A sensibilidade pode ser obtida para faltas à terra pelo ajuste sensível de relé de terra,
mas fica ainda pendente a necessidade de se selecionar a fase em falta, o que pode não
ser possível com elemento de sobrecorrente de fase (menos sensível).
E para fases, curtos bifásicos devem ser considerados (menor corrente de fase) ao invés
de curtos trifásicos.
Deve-se salientar que para a Siemens o termo “partida por subimpedância” é utilizado
com significado diferente da “partida por subimpedância” de alguns outros fabricantes.
Aquele fabricante entende-se como partida por subimpedância um sistema onde se tem
“partida por subtensão supervisionado pela intensidade da corrente”, conforme mostrado
na figura a seguir:
Para corrente inferior a I>, não há partida. Entre I> e I>>, quanto menor a corrente, menor
deve ser a tensão (subtensão) de partida.
Assim, não há partida para correntes pequenas em condições de carga (tensão entre
90% e 100%). A partir de I>>, há partida com tensão normal (partida por sobrecorrente).
Uma variação deste esquema de partida é mostrada na figura a seguir. Para ângulos de
curto-circuito, que são maiores que o ângulo de carga (ajustáveis), se tem sensibilidade
maior:
ϕ2 ϕ2
ϕ1 ϕ1
U /UN
Ajuste Típico:
100%
I > = 0,25 IN
UIϕ>> UI>> UI> = 70% de UN
UI> I >> = 2,5 IN
50% UI>> = 90% de UN
I ϕ>> = 1,0 IN
UIϕ>> = 90% de UN
ϕ1 > = 45 graus
ϕ2 < = 110 graus
I> Iϕ>> I>> I E> = 0,25 IN
1,0xIN 2,0xIN I /IN
UE> (3.V0>) = 20 V
Característica de Partida
U/I/ϕ
A Alstom por exemplo, chama esse tipo de partida de “partida por subtensão e
sobrecorrente”, utilizando o termo “subimpedância” para a partida por característica de
impedância mostrado no parágrafo a seguir.
X X X
R R R
X X
Carga Carga
R R
Característica Característica
Off-set Mho com Quadrilateral
Blindagem
O objetivo é ter alcance maior no sentido do eixo dos X para se ter sensibilidade para
detectar curtos remotos e ao mesmo tempo apresentar uma “banda” lateral para
acomodar resistências de falta como por exemplo à resistência de arco.
Para proteções numéricas, deve-se observar que para um relé de 6 loops (3 fase-fase e 3
fase-terra) e num curto-circuito fase-terra, os 5 loops restantes continuam medindo as
impedâncias:
V A _ Neutro VB _ Neutro
Z A _ Terra = (Fase em Falta) Z B _ Terra = (Fase Sã)
I A − k 0 .I TERRA I B − k 0 .I TERRA
VC _ Neutro V A − VB
Z C _ Terra = (Fase Sã) Z A_ B = (Loop A-B)
I C − k 0 .I TERRA I A −I B
VB − VC VC − V A
ZB_C = (Loop B-C) ZC _ A = (Loop C-A)
I B −I C IC −I A
O mesmo ocorre para relés de terra (um por fase) do tipo americano tradicional.
FRENTE
R (ohms)
7SA6 - SIEMENS
O objetivo, além de não detectar a carga, é permitir uma boa seleção de fases.
Num arco, a corrente e a tensão estão em fase [1], como mostra a figura a seguir. Assim,
o arco pode ser considerado como uma resistência no loop de medição da falta:
Iarco
Uarco
Resistência do Arco
Segundo Warrington [4], a resistência do arco pode ser estimada pela seguinte fórmula
empírica:
28700.l
R ARCO _ Sem _ Vento = 1, 4 ohms
I ARCO
Nota: a fórmula original está apresentada no sistema de medida Inglês. A fórmula acima é
resultado da conversão para o sistema métrico.
Por outro lado, segundo Ziegler [1], a resistência do arco pode ser estimada pela seguinte
fórmula empírica:
2500.l
R ARCO _ Sem _ Vento = ohms
I ARCO
Onde:
Condutor Condutor
Vento
Condutor Condutor
Vento
Segundo Ziegler [1], a influência da velocidade do vento, no tempo, pode ser estimada
por:
5.v.t
R ARCO = R ARCO _ Sem _ Vento .(1 + )
l ARCO
Onde:
v = velocidade do vento em m/s
t = tempo de duração do arco em s
IARCO = comprimento do arco em m
Exemplo de Cálculo
Vamos supor um arco de 6 m de extensão (com vento de 3 m/s, o que equivale a 10,8
km/h) no sistema 440 kV, com corrente de 4.000 A.
A tensão através do arco, numa primeira aproximação, é sempre constante [1] ou decai
em função da corrente elevada a um fator [4]. A resistência do arco, portanto, não é
constante.
IRELÉ IB
ZFB
ZFA ZL Z’L
EA EB
URELÉ UARCO
Para verificação de ajuste de relé, recomenda-se adotar então a fórmula de Ziegler tanto
para a primeira zona como também para considerar a influência do vento no tempo
Em linhas com cabo guarda aterrado em todas as torres, a corrente flui através de vários
aterramentos em paralelo (resistências de pé de torre em paralelo). Isso significa na
prática que, para essas linhas, o valor efetivo da resistência de falta é pequeno.
ϕ CG
1 j.
Z EFETIVO = . RPT . Z CG .l T .e 2
2
Z CG = RCG + X CG
2 2
ϕCG = Arctg ( X CG / RCG )
Onde:
Exemplo de Cálculo
Para RPT = 20 ohms, RCG = 0,234 ohms/km, XCG = 0,748 ohms/km e lT = 230 m (0,23 km),
tem-se:
1
Z EFETIVO = 20 x0,784 x0,230 xe j .72, 6 = 0,95.e j .36,3 = 0,76 + j.0,56 ohms
o o
Observa-se também que não é pura resistência, tendo parcela indutiva devido aos cabos
guarda que conduzem corrente de terra.
Para linhas com cabo guarda aterrado em todas as torres (o que é o caso das linhas
500, 440, 345 e 230 kV da rede básica), o valor resistivo torna-se pequeno porém
aparece uma reatância indutiva devido às características R + jX do cabo guarda. Essa
reatância indutiva adicional pode ter influência no desempenho do relé (alcance) para
linhas curtas e para contribuições proporcionalmente elevada de corrente da outra
extremidade da linha, para o curto circuito medido pelo relé. Deve-se observar,
entretanto, que essa dificuldade é superada com o adequado uso de esquema de
teleproteção.
Para efeitos práticos, todos os acoplamentos mútuos de sequência zero para circuitos de
linhas que estejam na mesma estrutura, para linhas médias e longas, devem ser
considerados. Lembrar que ITERRA = 3. I0.
I0_L1 Z0_L1
C Z0M D
Z0_L2
I0_L2
Z TERRA Z
U A = Z1L .( I FASE + .I TERRA + 0 M .I TERRA _ Circ _ Paralelo )
Z1L 3.Z1L
Z TERRA Z
Z1L .( I FASE + .I TERRA + 0 M .I TERRA _ Circ _ Paralelo )
UA Z 1L 3.Z1L
ZA = =
I FASE + k 0 .I TERRA I FASE + k 0 .I TERRA
Para um curto no fim da linha e radial, ITERRA_Circ_Paralelo = ITERRA e IFASE = ITERRA. Nessas
condições:
k0 M Z0M Z TERRA
Z A = Z 1L .(1 + ) onde k0M = e k0 =
1 + k0 3.Z1L ZL
k0M
E o erro de impedância ∆Z pode ser expresso por: ∆Z = Z L .( )
1 + k0
A figura a seguir mostra um circuito duplo alimentado por uma extremidade, com curto
fase-terra ocorrendo a uma distância x da barra A:
A IFASE2+ITERRA2 IFASE2+ITERRA2 B
Z2
x L-x
Z1 IFASE1+ITERRA1 IFASE2+ITERRA2
Z 0M x
.
x x 3.Z L 2l − x
Z RELE 1 = .Z L + .Z L
l l Z
1+ E
ZL
Z 0M
x.
3.Z L
Z RELE 2 = ( 2.l − x ).Z L +
Z
1+ E
ZL
onde as segundas parcelas são os erros de medição devido à mútua. O maior erro de
medição ocorre para os dois relés, com a falta se localizando na Barra B, quando x = l.
Para efeito de ilustração, a [bibliografia (3)] mostra um exemplo de linha de 400 kV, com
valores típicos de impedâncias de sequência positiva, negativa e zero, com:
ZE e Z0M
= 0,86 = 0,65
ZL ZL
Relé Z2 Z/ZL
150%
∆Z2
100%
85% ∆Z1
Relé Z1
50%
Figura 2.43 – Influência do acoplamento mútuo de seqüência zero para curto-circuito fase-terra em
linha radial de circuito duplo
A figura a seguir mostra um circuito duplo alimentado pelas duas extremidades, com curto
fase-terra ocorrendo próximo à barra B (ponto ). Para fins de ilustração, é considerado o
mesmo sistema exemplo anterior de sistema 400 kV mostrada na [bibliografia (3)]:
A B
Fase-Terra
IA IB
Erro de Medição
40 %
30
∆X
(subalcance)
20
10 1
0,5 α β
2 1,0
10
3
20
α = localização real da falta
30
∆X β = localização aparente da falta
40 (sobrealcance)
Figura 2.44 – Influência do acoplamento mútuo de seqüência zero para curto-circuito fase-terra em
circuito duplo alimentado por duas exptremidades
O caso 1 é o anterior (linha radial). Para o relé em A, há erro de cerca de 35% (para o
exemplo dado, não significando que ocorra sempre) na impedância devido ao acoplamento
mútuo, para curto em B (a impedância medida é maior que realmente é, configurando sub-
alcance da proteção).
Z 0M
k0 = Z E = 1,022e −15, 4 , 1 + k 0 = 2,003e
−7 , 77
e = 0,88e −18, 7 .
ZL 3.Z L
0,88e −18, 7
∆Z = Z L .( − 7 , 77
) = Z L .0,439 e −10 ,9
2,003e
Neste caso o erro pode chegar a 44%. Isto é, para que o relé da extremidade A dessa LT
detecte um curto na barra da extremidade B, seu ajuste deverá cobrir pelo menos 143,9%
da LT.
Também devem ser verificados os casos em que o segundo circuito encontra-se fora ou
aberto:
A 3.I0_Circ2 B
ICCFT
Proteção
Subalcance (erro pode
chegar a mais de 20%)
A 3.I0_Circ2 B
ICCFT
Proteção
Sobrealcance (erro
pode chegar a mais de
Proteção
20%)
Sobrealcance (erro em
torno de 10%)
ICCFT
A B
3.I0_Circ2
Figura 2.45 – Influência da configuração do circuito duplo no acoplamento mútuo de seq. Zero
O terceiro caso acima (sobrealcance) pode influir no alcance da primeira zona, mas a
margem de 15% (ajuste de 85%) pode resolver parte dos casos.
Z TERRA Z
Z1L .( I FASE + .I TERRA + 0 M .I TERRA _ Circ _ Paralelo )
UA Z 1L 3.Z1L
ZA = =
I FASE + k 0 .I TERRA I FASE + k 0 .I TERRA
Z TERRA Z
Z 1L .( I FASE + .I TERRA + 0 M .I TERRA _ Circ _ Paralelo )
Z 1L 3.Z 1L
ZA =
I FASE + k 0 .I TERRA + k 0 M .I TERRA _ Circ _ Paralelo
E ajustando-se no relé:
Z TERRA Z 0M
k0 = e k0M = .I TERRA _ Circ _ Paralelo
ZL 3.Z 1L
UA
Para esse relé, a equação seria: Z A =
I FASE + k 0 .I TERRA + k 0 M .I TERRA _ Circ _ Paralelo
Entretanto, a proteção do outro circuito (2) que não está em falta enxergará uma
impedância muito pequena, como se o curto-circuito tivesse ocorrido no próprio
circuito.
Isso porque, a elevada corrente no circuito (1) entra pelo circuito de compensação de
mútua na proteção do circuito (2) que apresenta erro acentuado de medição.
A figura a seguir ilustra o caso, para linha de circuito duplo radial (exemplo anterior):
200% 200%
Z
Relé Z2
150% 150%
∆Z2
100% 100%
85% ∆Z1 Relé Z2
85%
Z
Relé Z1
I TERRA1 2.l − x
= Relé Z1
50% I TERRA2 x 50%
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
x, l x, l
Figura 2.46 – Influência da configuração do circuito duplo no acoplamento mútuo de seq. zero
Isto é, no exemplo (apenas ilustrativo), para um curto circuito a 55% do circuito (1), o relé
Z2 do circuito (2) enxergará o mesmo como se fosse a 85% do seu circuito. Qualquer
outro curto circuito entre 0 e 55% do circuito (2), o relé do circuito (2) enxergaria como se
fosse na sua primeira zona. E isso é um problema de fato para a proteção.
No exemplo acima, o ajuste (típico) seria bloquear a compensação para x/l < 0,85 (85%),
o que corresponderia a ITERRA1 / ITERRA2 > 1,35.
Segundo o autor Gerhard Ziegler [1], os seguintes aspectos podem ser destacados
quanto à aplicação da compensação de mútua:
• A compensação pode ser usada apenas quando o circuito duplo está entre duas
subestações.
• Proteções Eletromecânicas
• Proteções Estáticas
• Proteções Digitais
• Proteções de distância com um relé por fase e por zona de atuação e temporizadores
respectivos. Proteções de distância específicas para faltas entre fases (21F) e para
faltas à terra (21N). Trata-se, geralmente, de filosofia americana de proteção de linhas.
A proteção não pode detectar condição de carga, sem falta na linha de transmissão, com
o sistema mantendo a estabilidade, mesmo em caso de sobrecarga ou contingência
admissível.
Diretriz
Com este valor, verifica-se se a proteção mantém a sensibilidade desejada para as zonas
de alcance, com bastatne margem, segundo critérios mostrados nos parágrafos
subsequentes. No caso da sensibilidade ser menor que a desejada, adotar o critério da
carga máxima prevista por estudos operacionais.
A proteção deve detectar todo tipo de curto-circuito entre fases que sejam superiores
à corrente de carga, não apenas na linha protegida, como também em todas as suas
zonas de proteção, na medida do possível.
Diretrizes
A proteção deve detectar todo tipo de curto-circuito à terra, não apenas na linha
protegida como também em todas as suas zonas de proteção, inclusive parte das
faltas esperadas de alta impedância, na medida do possível.
Diretriz
Ajustar para o valor (corrente de terra) mais sensível possível, dentro das
características do terminal de linha e da proteção empregada e desbalanço esperado
em condição normal de operação.
b) Detecção por subtensão com supervisão por corrente (U< e I>) ou (U/I/ϕ)
Trata-se de lógica de detecção por subtensão utilizada para casos onde a corrente de
não é muito superior à corrente de carga. Nem todas as proteções possuem esse tipo
de detecção de falta mas é cada vez mais utilizado nas proteções numéricas.
A partida por subimpedância deve ocorrer para toda falta, não apenas na linha
protegida, como também em todas as suas zonas de proteção, seja no sentido
direcional como na direção reversa, na medida do possível. Inclusive parte das faltas
com alta impedância.
É importante que essa função que não detecte condição de carga ou até sobrecarga
normal esperada para a linha, na faixa de ângulo de carga.
No caso de a impedância limitada pela carga não ser suficiente para atingir todas as
zonas de proteção (pelo fato de não existir, nas proteções eletromecânicas, as
chamadas características otimizadas), buscar solução de compromisso com riscos
calculados e assumidos.
Para se determinar o alcance resistivo deve-se observar que ele deve abranger os
alcances resistivos de todas as zonas de proteção de distância.
No caso de relés de distância de fase e terra, com elemento de detecção comum para
todos os tipos de faltas, prevalece o mencionado no item anterior para distância de
fase.
No caso de a impedância limitada pela carga não ser suficiente para atingir todas as
zonas de proteção (pelo fato de não existir, nas proteções eletromecânicas, as
chamadas características otimizadas), buscar solução de compromisso com riscos
calculados e assumidos.
Ainda para avaliar a sensibilidade desse elemento para faltas à terra, para proteção
instalada em terminal de linha de circuito duplo, deve-se considerar os erros
introduzidos (impedância adicional vista pelo relé) para faltas à terra na subestação
remota ou além, devido ao acoplamento mútuo de sequência zero do circuito
paralelo. Ver item correspondente, posteriormente neste documento.
Isso traz maiores dificuldades para os ajustes das bandas laterais dos loops de
terra, bem como para os ajustes dos alcances da zona reversa em alguns casos.
Loop de Fase
É importante que esse loop de medição não detecte condição de carga ou até
sobrecarga normal esperada para a linha, na faixa de ângulo de carga, com margem
Loop de Terra
Para loop de terra o alcance lateral pode ser maior e depende da resistência
estimada de curto-circuito à terra na linha de transmissão, incluindo os efeitos de
infeed
Lembrar que em relés digitais pode haver função específica para seleção de fase
para religamento, com alcance menor que o alcance de partida da proteção.
Entretanto essa funcionalidade seria anulada caso o desligamento seja tripolar em
função de partida em fase boa.
• Baixos níveis de tensão para curtos trifásicos próximos a localização dos relés;
• Transitórios resultantes da utilização de TPC’s;
• Proteção de linhas com compensação série.
Ele mostra a relação que existe entre a impedância da linha (sequência positiva) e a
impedância do caminho de retorno para a corrente de terra, para curtos-circuitos a terra:
Z TERRA Z 0 − Z +
k 0= =
Z LINHA 3.Z +
Elas valem tanto para as proteções específicas para faltas entre fases como também
para as proteções de distância para faltas à terra. Considera-se a linha protegida sem os
recursos de teleproteção, o que é bastante válido, pois a teleproteção apenas
complementa a proteção.
PRIMEIRA ZONA
Diretrizes
a) Ajuste Básico
c) Para linhas muito curtas (onde há influência maior, dos erros dos TC’s e dos
parâmetros elétricos utilizados para os cálculos), ou para aquelas onde a influência
do acoplamento mútuo de sequência zero (com correntes de terra em sentidos
contrários nos dois circuitos) faz com que haja sobrealcance da proteção de distância.
SEGUNDA ZONA
Deve detectar, com certeza, faltas na barra remota, inclusive as faltas nas buchas dos
transformadores conectados (no nível de tensão) nessa subestação remota.
Diretrizes
a) Ajuste Básico
Tempo: 0,5 s.
Tempo: 0,5 s.
Tempo: 0,5 s.
TERCEIRA ZONA
Deve detectar faltas, até onde possível, nos enrolamentos dos transformadores
conectados (no nível de tensão da LT protegida) na subestação remota.
Para uma função 21N de linha de circuito duplo, deve ser considerado um adicional de
erro devido à mutua de sequência zero.
Para as funções 21F e 21N, deve-se considerar sempre o efeito do infeed na barra da
subestação remota.
Diretrizes
Alcance: 100% da linha protegida + 120% da linha subsequente mais curta + efeito
do Infeed de outros circuitos conectados à subestação remota para falta no fim dessa
linha adjacente mais curta.
Nota 2: O fato de existir proteção de falha de disjuntor para os disjuntores das linhas
subsequentes ou transformadores da subestação remota deve ser levado em
consideração quando se utiliza a terceira zona como retaguarda remota para faltas
nesses trechos. A existência de proteção de falha de disjuntor minimiza a importância da
retaguarda remota para eventos de falhas de disjuntores, mas não para falhas de
proteções dessas linhas ou transformadores adjacentes.
Deve detectar falta em toda a extensão da linha de transmissão (mais longa) conectada à
subestação remota.
Diretriz
Alcance: Superior àquele da terceira zona, alcançando a barra mais distante das
linhas que saem da subestação remota e o lado secundário de transformador
conectado na barra remota, o que for maior.
ZONA REVERSA
Diretriz
Essa zona deve; necessariamente, ser temporizada, sendo que não deve interferir na
seletividade das proteções das demais linhas ou equipamentos conectados na barra.
Nota: A experiência mostra que, em terminal de linha com fluxo de potência (carga)
entrando na barra, o alcance da zona reversa (geralmente partida) deve ser inferior
a 50% do alcance da partida na zona direcional. Isso para evitar partida da proteção
em fase boa, para curto-circuito fase-terra, o que atrapalharia o esquema de
religamento automático monopolar.
Têm a finalidade de detectar, nas várias zonas de atuação, os curtos-circuitos entre fases
com Resistência de Falta (RF).
Quanto à resistência de falta (RF) a considerar, deve-se observar que a maior parte dos
curtos-circuitos entre fases envolve a Resistência do Arco que se forma entre as fases
em curto. Neste caso, para curtos entre fases, não há necessidade de se estimar uma
resistência diferente daquela de arco.
Diretrizes
d) Ajustar a banda lateral com um valor superior à Resistência de Falta estimada no item
(a) acima, com elevada margem de segurança, e inferior à Resistência de Carga caso
a proteção permita esse ajuste independente.
Do ponto de vista prático, quando se ajusta o relé para curto-circuito fase-terra, o critério
já engloba outros tipos de curto-circuito a terra. Em geral não há necessidade específica
de verificação para curto bifásico-terra.
• Se o curto-circuito decorre de queimada, pode haver arco entre fase e terra sem
envolver a estrutura, consequentemente sem envolver resistências de pé de torre.
• Se o curto-circuito decorre de outras causas, como por exemplo uma falta através de
árvore ou outro objeto estranho, ou mesmo queda de condutor no solo ou água, pode
haver uma resistência de falta diferente das características de uma resistência de
arco.
Diretrizes
Assim, o Rajuste calculado para curto no fim da LT pode chegar a valores bem
maiores que o RF .
A prática mostra, entretanto, que em linhas de EAT, para valores superiores a 100
ohms primários para o Rajuste, deve se tomar o cuidado de evitar partidas das fases
não afetadas para cuto-circuito fase-terra, inviabilizando o religamento automático
monopolar. Assim, há um limite superior para o Rajuste.
• Garantir que a banda lateral do elemento de partida esteja longe (bem menor) da
resistência de carga, medida no loop fase-terra.
Os TPC’s têm respostas transitórias que podem resultar na operação das unidades de
distância (com impacto maior sobre as unidades de 1a zona, por darem trip instantâneo),
com sobrealcance. Esta possibilidade está associada às relações das impedâncias das
fontes e das linhas, e aos percentuais adotados para ajuste.
A figura a seguir fornece uma estimativa do máximo percentual de ajuste que deve ser
adotado, de modo a eliminar este inconveniente (Ref.: ALPS - GE Power Management).
40
20
0
0 5 10 15 20 25 30
Para erro de 30 a 40% possível de ocorrer, para curto na barra da outra extremidade,
poder-se-ia:
2.5.1.1 Conceito
∆X Caminho do
Vetor Carga
∆Z
Caminho do
∆R Vetor Carga
Característica Característica
Quadrangular Off-set Mho
Trata-se de uma função sistêmica, isto é, não é exatamente uma função de proteção da
linha de transmissão. Quando não se deseja que haja desligamento da linha pela função
de distância de fase, em condição de oscilação de potência, se ativa essa função.
Diretriz
2.5.2.1 Conceito
2.5.3.1 Conceito
Quando, numa configuração disjuntor e meio, a seccionadora de linha está aberta com
pelo menos um disjuntor do terminal fechado, há possibilidade de ocorrer curto-circuito
entre o(s) disjuntor(es) e a seccionadora de linha. A figura a seguir ilustra o mencionado.
Curto-circuito com
a Seccionadora de
Linha aberta
Proteção Proteção
A proteção de linha, para este esquema de barras, deve ter uma função denominada
“STUB Bus” que detecta esta condição. A proteção de linha deve ter a informação de
seccionadora aberta (deve haver cablagem para tanto, para uma entrada digital da
proteção).
A proteção STUB é proporcionada por uma função de Sobrecorrente (50-STUB) que atua
instantaneamente para o curto e desliga o(s) disjuntor(es) quando a seccionadora está
aberta.
A Curto Interno à LT B
Proteção do Proteção do
Terminal A Terminal B
Canal de
Telecomunicações
-B
1
0 A
1
0 -B
1
0 A ou B
Em cada extremidade, se faz a comparação das polaridades das correntes das duas
extremidades e se efetua uma verificação lógica a cada meio ciclo. Na figura acima se
observa sinal constante A ou B, o que dá uma condição de “trip”.
Proteção do Proteção do
Terminal A Terminal B
Canal de
Telecomunicações
-B
1
0 A
1
0 -B
1
0 A ou B
Devido à capacitância da LT, os ângulos de fase não são coincidentes nas duas
extremidades, portanto não há exata coincidência das polaridades comparadas. Assim, o
esquema possui temporizadores para adaptar essa situação, sendo que o tempo de
compensação depende do defasamento que a capacitância da linha introduz nas correntes
em condição normal de operação.
Por outro lado, o princípio mostrado, se diretamente aplicado, não funciona para condição
de saturação de TC de linha ou para deslocamento acentuado do eixo (componente DC
com variação exponencial), pois é baseado no princípio de detecção de cruzamento da
senóide com o eixo.
Com o advento da fibra óptica para telecomunicações e proteção com tecnologia digital
microprocessada, foi possível uma melhor implementação da idéia de comparar fases nas
duas extremidades, com cálculos e comparações adicionais, melhorando
conseqüentemente a confiabilidade dessa proteção.
Comparação Dinâmica
Após filtragem, a corrente num instante i(t) é comparada localmente com a amostra de 2
ciclos antes i(t-2T). Se o nível dinâmico (ajustado) é excedido, a polaridade da diferença
de corrente é transmitida para a outra extremidade para comparação de polaridades.
Comparação em Regime
Com este princípio, mostra-se uma condição de carga normal na figura a seguir:
Proteção do Proteção do
Terminal A Terminal B
Comparação Dinâmica:
i1(t-2T) i1(t)
i2(t-2T) i2(t)
Proteção do Proteção do
Terminal A Terminal B
Comparação Dinâmica:
i1(t-2T) i1(t)
i1(t) A
Trip Permitido
∆i1 = i1(t) -i1(t-2T) A
Sinal de ∆i1 + + + A
- -
i2(t-2T) i2(t)
i2(t) B
Trip Permitido
+ IDinamico
∆i2 = i2(t) -i2(t-2T) B
- IDinamico
Sinal de ∆i2 + + + B
- -
Figura 2.53 – Comparação de Fase para Curto Interno à LT. Proteção Digital.
Curto
A B
Externo
Proteção do Proteção do
Terminal A Terminal B
Comparação Dinâmica:
i1(t-2T) i1(t)
i1(t) A
Trip Permitido
Sinal de ∆i1 + + + A
- -
i2(t-2T) i2(t)
i2(t) B
Trip Permitido
+ IDinamico
∆i2 = i2(t) -i2(t-2T) B
- IDinamico
Sinal de ∆i2 + + B
- - -
Figura 2.54 – Comparação de Fase para Curto Externo à LT. Proteção Digital.
O nível dinâmico da diferença de corrente pode ser atingido, mas as polaridades dessa
diferença de corrente não são coincidentes, e assim não haverá trip.
Deve-se observar que, pelo fato de haver filtragem anterior, a componente DC é eliminada
antes dessa comparação dinâmica.
Todo esse processo de se comparar polaridades das diferenças de corrente é feito para
que a proteção continue a operar corretamente, tanto para curtos internos como para
curtos externos, mesmo com saturação de TC’s em ambas as extremidades da LT.
Esse tipo de sofisticação só foi possível com o advento da proteção digital, como mostrou
o exemplo.
2.7.1 Conceito
Função
DIFERENCIAL
• Deve considerar os efeitos de erros de precisão nos TC’s utilizados para conexão da
proteção.
Esse é o aspecto que faz com que a proteção diferencial de linha de transmissão seja
tratada de modo diferenciado do caso de equipamentos ou barras que estão confinados
em ambientes de subestações.
Neste caso, a extensão máxima está limitada a cerca ce 12 km, e mesmo assim, em
rota de alta confiabilidade (contra vandalismos e meio ambiente).
c) Radio microondas.
Tanto uma rede privada de microondas como uma rede alugada de comunicações
poderia servir, mas também não são indicadas para proteção diferencial.
Dielétrico específico para comunicação direta entre os relés das duas extremidades.
Trata-se do meio adequado para a proteção diferencial de LT. Há, entretanto, limitação
na distância (varia de 1,5 a 35 km), dependendo do tipo de fibra e do tipo de tecnologia
de comunicação.
Meio bastante adequado para proteção diferencial de LT, com a vantagem de não
haver limitação da extensão da LT, uma vez que há repetidoras para a comunicação
OPGW.
LT
IB Filtro de
IT = C0I0 - C1I1 + C2I2
Componentes
IC Simétricas
C0
C1
C2
Figura 2.57 – Proteção Diferencial de Linha. Composição de 3 correntes para comparação diferencial de
uma única grandeza
Não Segregadas
Há proteção diferencial de linha (geralmente fio piloto, para linhas curtíssimas e de média
tensão) que não faz segregação por fase. É feita uma composição de correntes e
comparação diferencial de uma única grandeza, sem discriminação da fase afetada.
Há indicação de fase, por elementos auxiliare (por ex. sobrecorrente de fase e de terra).
Nota
Em geral a corrente de restrição é a soma dos módulos das correntes local e remota, e a
corrente de operação é o módulo da soma vetorial das duas correntes. A figura a seguir
mostra a característica de operação desse princípio utilizada na proteção 7SD610 da
Siemens:
I Dif >>
I Dif >
Restrição
Há sempre o ajuste de uma corrente diferencial mínima, abaixo da qual não deve haver
atuação da proteção (erros esperados). Há também, geralmente, um ajuste de corrente
(elevada), acima da qual a proteção atua com maior rapidez, uma vez que não depende
da curva característica de restrição, mas apenas da intensidade da corrente diferencial.
• Filtros específicos para componentes DC, que permitem sensibilidade maior para
corretnes de baixa intensidade.
• Recurso adaptivo, ajustável, para diminuir temporariamente a sensibilidade diferencial
quando da energização de uma LT longa ou linha de cabos, com alta capacitância.
• Recursos para uso de TC’s de características diferentes nas duas extremidades da
linha (compensações).
• Recursos de estabilização, quando de saturação de TC para falta externa. Em
algumas proteções, a discriminação é feita antes que o TC sature (em torno de 5 ms).
• Recursos para evitar atuação para corrente de magnetização transitória de
transformador, quando a LT possui subestações em derivação com transformadores
conectados quando da energização.
• Recursos para evitar erros de transmissão / recepção de dados digitais.
• Recursos de “intertripping” para linhas com terminal de fraca alimentação.
Há relés onde, através de uma regra, se fixa uma determinada percentagem da restrição,
sendo que uma corrente de operação superior a esse valor permite a atuação da
proteção (inclinação fixa). A proteção7SD61 da Siemens apresenta esse valor fixo.
⎛I ⎞
Im⎜⎜ R ⎟⎟
⎝ IL ⎠
Restrição
Operação
⎛I ⎞
Re⎜⎜ R ⎟⎟
⎝ IL ⎠
Essa comparação é feita para cada fase, para a corrente de seqüência zero e também
para a corrente de seqüência negativa. Este princípio é um misto de comparação de fase
com o princípio diferencial.
Vantagens:
Desvantagens
Devido à multifuncionalidade que quase sempre está presente nos modernos relés de
proteção de tecnologia digital microprocessada, a função 87L nunca vem sozinha na
proteção adquirida.
Combinação de parte das seguintes funções adicionais pode existir, juntamente com a
função diferencial. Depende de cada modelo, cada opção e cada fabricante.
2.8.1 Conceito
Temperatura
θ2
Variação
63% da
total
variação total
θ1
tempo
τ = Constante de Tempo
Figura 2.60– Definição de Constante de Tempo de Aquecimento
Uma proteção de sobrecarga (proteção térmica – Código 49) deve, portanto, emular as
condições de aquecimento do componente protegido em função da corrente através
desse componente.
Para o modelo de “corpo simples” (com uma única constante de tempo de aquecimento),
usa-se a seguinte equação diferencial:
2
dθ 1 1 ⎛ 1 ⎞
+ .θ = .⎜ ⎟
dt τ th τ th ⎜ k .I ⎟
⎝ Nobj ⎠
Θ = Elevação de temperatura válida referida à elevação final de temperatura para a
corrente máxima de fase permitida k.INobj.
A solução dessa equação sob condições de regime é uma função exponencial cuja
assíntota mostra a temperatura final que será atingida Θend.
Pode ser ajustado uma temperatura de alarme (Θalarm AJUSTÁVEL EM % COM RELAÇÃO
A Θend) menor do que o limite de temperatura de desligamento (caso seja essa a filosofia
do usuário). No caso da filosofia estabelecer “somente alarme”, esse alarme será emitido
quando da temperatura final ajustada.
A proteção também inclui um alarme de corrente excessiva Ialarm (AJUSTÁVEL) que pode
ser considerado como um pré-alarme para uma sobrecarga térmica em potencial.
Para linhas aéreas pode-se dizer que não se usa a função de sobrecarga térmica, uma vez
que as cargas são controladas de modo sistêmico pelos centros de operação.
Eventualmente, apenas em casos muito específicos a função pode-se tornar necessária.
Por outro lado, uma linha de cabos pode eventualmente necessitar da função 49, a critério
do usuário. Seu uso porém se torna difícil se a linha possui sistema externo de
resfriamento, como circulação forçada de óleo. Neste caso, a determinação da constante,
com e sem resfriamento forçado, torna-se problemática.
Disjuntor de
Linha
Circuito
Protegido
TP de
Linha
21
79
67N
25
TP de Verificação de
Barra Sincronismo
25
Check de
Outros
Sincro
Dispositiovs
Permissão
de Religar
Bloqueio do 79
Proteção de Fechamento do
Linha Partida do 79 Disjuntor (52)
79
Fase a religar
Seleção de
Fase
Trip Relé
Sinal de Religar
Extremidade
A
Disjuntor Aberto Fechado
Trip Relé
Sinal de Religar
Extremidade
B
t0
TEMPO DE EXTINÇÃO DO ARCO
TEMPO MORTO
TEMPO DO 79 DA EXTREMIDADE A
TEMPO DO 79 DA EXTREMIDADE B
Tempo Morto
Tempo da função 79, desde o instante do acionamento (pela atuação) da proteção até o
instante do comando de fechamento do respectivo disjuntor.
Tempo de Guarda
Tempo ajustado no esquema de religamento automático de modo que, caso haja nova
atuação da proteção dentro desse tempo (tentativa de religamento sobre falta permanente),
haverá bloqueio do religamento.
• Permite religamento com tensão na linha e sem tensão na barra (linha viva / barra morta).
• Permite religamento com tensão na barra e sem tensão na linha (linha morta / barra viva).
• Permite religamento com tensão em ambos os lados, com:
− Verificação da diferença de módulos das tensões comparadas (ajustável).
− Verificação do ângulo de fase entre as tensões comparadas (ajustável).
− Verificação do escorregamento (diferença de frequência) entre as tensões
comparadas (ajustável).
Como mostradas na figura 3.01, as informações de tensão da linha e da barra (ambos os
lados do disjuntor a religar) devem chegar à função.
Linhas aéreas em alta tensão são um dos componentes do sistema elétrico que
apresentam maior vulnerabilidade a ocorrências que provocam curtos-circuitos, com
conseqüentes desligamentos forçados de circuitos de LT através da atuação das
proteções.
A maior parte desses desligamentos forçados está associada a faltas de natureza fugitiva,
isto é, faltas que se extinguem ao se desligar a LT, permitindo que a mesma seja religada
sem problemas imediatamente após o desligamento inicial, restabelecendo a continuidade
do sistema elétrico. Esse restabelecimento pode ser feito:
Para linhas de alta e extra alta tensão é sempre desejável a implantação do religamento
automático, uma vez que garante a continuidade da transmissão de energia elétrica
através da linha, com resultados favoráveis visando à minimização dos efeitos de
contingências que poderiam colocar o sistema em risco e, consequentemente, melhoria
das condições de estabilidade transitória do sistema elétrico.
Estabilidade e sincronismo
Nesse caso, para que haja religamento automático após uma falta no circuito de
interligação, é essencial o uso de proteções e disjuntores com reduzido tempo de
operação. Além disso deverão ser feitos estudos para avaliação dos esforços mecânicos
causados a essas fontes geradoras quando do religamento automático, em alguns casos
pode ser necessário o uso de relés de check de sincronismo de forma a evitar o
religamento em uma condição indesejável.
Tempo morto
Um ponto a ser considerado com relação ao tempo morto é o seu efeito nos diferentes
tipos de carga, como é o caso de grandes motores síncronos ou de indução em
consumidores industriais. O tempo de interrupção de energia que um motor pode suportar
é geralmente pequeno, e depende da inércia do motor e da carga conectada ao seu eixo.
Na prática é desejável que o motor seja desconectado da fonte de alimentação na
Um tempo morto entre 0,3 a 0,5 s pode ser utilizado nesses casos, entretanto, para maior
segurança é conveniente o conhecimento dos mecanismos de controle e condições de
carga dos motores, levando-se em conta inclusive, no caso de motores síncronos, que
uma tensão é induzida em seus terminais durante um curto espaço de tempo após a perda
da fonte de alimentação. Se a fonte de alimentação for religada nesse período, existe o
perigo da ocorrência de diferenças angulares que podem resultar em danos mecânicos ao
mesmo.
Tempo de guarda
O tempo de guarda deve ser longo o suficiente para permitir a operação das proteções
quando o disjuntor é religado sobre um defeito permanente. Um tempo de guarda entre 10
e 30 s é usualmente adotado nos esquemas de religamento, dependendo do tipo de
circuito.
Não existem regras fixas que definam o número de tentativas para uma aplicação
particular, porém alguns fatores devem ser observados:
RELIGAMENTO MONOPOLAR
Religamento Tripolar
Este critério pressupõe que a probabilidade da falta ser do tipo permanente e não
fugitivo aumenta para curtos bifásicos e trifásicos. Consequentemente não se tenta
religar para esses tipos de curto.
Critério 2
Este critério pressupõe que a maior parte das faltas nas linhas de extra-alta tensão é
do tipo fugitivo. Quando ocorrer curto circuito do tipo permanente (baixa
probabilidade), haveria uma tentativa de religar e abertura tripolar definitivo. Apesar
do impacto, é aceitável.
Trata-se de esquema sugerido pela Aneel para linhas EAT conforme últimos Editais
de Leilão.
• Barra viva / linha morta: a linha é energizada sem verificação de sincronismo (primeiro
terminal a ser religado).
• Barra viva / linha viva: o religamento depende da verificação de sincronismo (segundo
terminal a ser religado).
Religamento Monopolar
Evidentemente trata-se de um esquema que pode ser utilizado apenas para curtos-
circuitos do tipo fase-terra, diferentemente do tripolar que pode ser utilizado para todos os
tipos de faltas fugitivas na LT.
Para o religamento monopolar, cada fase do disjuntor deve ser independente e provida de
seus próprios mecanismos de abertura e fechamento. Esses circuitos são portanto mais
complexos e, exceto em esquemas que usam relés de distância seria necessário
incorporar ao esquema de proteção funções de seleção de fase, de tal forma que na
ocorrência de faltas bifásicas ou trifásicas haja abertura tripolar do disjuntor com bloqueio
do religamento.
Bloqueio do religamento
O religamento automático não deve ser permitido para algumas condições falta nas linhas
e equipamentos e outros componentes a elas associados. Além disso, devem ser previstas
as operações incorretas de disjuntores e sistemas de proteção, que poderiam levar o
esquema de religamento a uma atuação sem sucesso.
Alternativamente pode-se utilizar em linhas de AT (até 138 KV) esquemas de proteção por
relés de distância sem teleproteção. Neste caso o religamento automático deve ser
permitido para operação da proteção em tempo de 2ª zona, o que implica em um aumento
do tempo morto.
Religamento Tripolar
Para 345 kV ter-se-ia 0,417 [s] pela primeira fórmula e 25 [ciclos] = 0,42 [s] pela segunda
fórmula.
Religamento Monopolar
O tempo de extinção adotado (tempo que a linha fica sem tensão na fase em falta) é
estimado empiricamente:
Dependendo da empresa, podem ser adotados valores superiores a esses, em função das
características ambientais (inclusive) da região.
Muito se fala ou se publica a respeito da palavra SELETIVIDADE. Porém tudo pode ser
resumido na seguinte regra básica:
Para o caso de uma linha de transmissão, a localização de defeitos pelos relés de proteção
torna-se problemática devido a:
Lembrando que o objetivo a atingir é a seletividade com rapidez, torna-se claro que o ideal
para uma linha de transmissão seria a proteção diferencial. Pode-se dizer que:
Existem variações quanto à definição acima, quando de soluções específicas, como por
exemplo:
4.1.2 Confiabilidade
• do comprimento da linha;
• do tipo de proteção utilizada;
• das características do Sistema de Potência, nas regiões adjacentes à linha;
• do tempo de desligamento exigido para a linha, quando de curto-circuito (estudos de
Sistema);
• do tipo do canal de comunicação;
• da filosofia de cada Empresa concessionária.
• Natureza do defeito. Às vezes exige-se que o religamento ocorra apenas para defeitos
fase-terra, evitando-se religamentos para defeitos fase-fase ou trifásicos. A
probabilidade de que defeitos fase-terra sejam fugitivos (e não permanentes) é maior.
• Tempo de extinção do arco. O tempo necessário para extinção do arco após a abertura
da linha de transmissão depende do comprimento, do nível de tensão e demais
características da linha. O tempo de extinção conta-se desde o instante da abertura do
último disjuntor da linha até o instante do fechamento automático do primeiro disjuntor.
• Tempo "morto". É o intervalo de tempo em que a linha fica sem transportar energia
elétrica. O tempo "morto" conta-se desde o instante da abertura do primeiro disjuntor
da linha até o instante do fechamento do último disjuntor. Este tempo influi na
estabilidade do Sistema de Potência.
Para que muitas das condições acima mencionadas sejam cumpridas, há a necessidade
de utilização de esquema de TELEPROTEÇÃO. A teleproteção permite rápido
desligamento em todas as extremidades da linha, qualquer que seja a localização do
defeito dentro da linha, dando assim uma condição básica para a efetivação posterior do
religamento automático.
• Fio Piloto (Conexão por cabos de cobre, entre os terminais da linha de transmissão).
• Carrier (OPLAT - Onda Portadora sobre Linhas de Alta Tensão).
• Rádio Micro-Ondas.
• Rádio UHF.
• Fibra óptica em cabo OPGW.
• Fibra óptica em cabo dielétrico.
• Rede de comunicações, pública ou privada. Geralmente digital.
Tanto uma rede privada como uma rede alugada de comunicações poderia servir, mas
também não são indicadas para teleproteção.
É realizada através da conexão física através de par de cabos trançados e blindados, entre
as duas extremidades da linha de transmissão protegida. Através desta comunicação, um
de vários tipos de esquemas pode ser escolhido, utilizando sinais DC, sinais AC (60 Hz)
dos TC´s de linha, ou sinais de áudio frequência.
Desde que parte das desvantagens acima seja contornada, trata-se de uma proteção ainda
em uso para distâncias curtíssimas em ambientes controlados.
Vantagens: Econômico, para pequeno número de canais e longas distâncias. Baixo custo
de manutenção, com facilidades de acesso. Não necessita de estações repetidoras para
transmissão a longa distância. A Linha de Transmissão é um suporte físico confiável.
300 kHz
faixa Carrier
Figura 4.01 – Faixa de Freqüências de Sinais de Onda Portadora em Linhas de Alta Tensão
O OPLAT geralmente opera sobre uma faixa de freqüências entre 30 e 300 kHz. Abaixo
de 30 kHz o acoplamento na linha torna-se impraticável e acima dos 300 kHz as perdas
são maiores e pode haver interferências com serviços de rádio, devido à irradiação de
sinais no espaço.
a) "on off"
b) "frequency - shift"
Opera enviando duas (2) freqüências não simultâneas pelo canal. Normalmente
transmite a frequência de guarda. No caso da atuação da proteção, suprime a
frequência de guarda e passa a transmitir a frequência de comando. A frequência de
guarda geralmente é 100 Hz acima da frequência nominal do canal, e a frequência de
comando é 100 Hz abaixo da frequência nominal.
Subestação Subestação
Bobina de Bloqueio Bobina de Bloqueio
Disjuntor Disjuntor
C C
GA GA
Tx/Rx Tx/Rx
GA - Grupo de Acoplamento
C - Capacitor de Acoplamento
Tx / Rx - Terminal de Onda Portadora
Bobina de Bloqueio
As Bobinas evitam que a energia do sinal Carrier flua para as subestações, delimitando o
trecho que deve percorrer (através da linha de transmissão). Elas evitam, também, que
curtos circuitos ou manobras ocorridos fora do trecho influenciem no sinal do trecho.
Uma bobina de bloqueio, pelo fato de estar em série com a linha, deve suportar
continuamente a corrente de carga da linha, além de apresentar limites térmicos e
dinâmicos compatíveis com as correntes de curto-circuito previstas.
Coluna Capacitiva
Terminal de Conexão do GA
o
Espinte-
rômetro Chave de Aterramento
o Terminal Terra
Grupo de Acoplamento - GA
*
TR
DP
LD S
DS
CH
Cabo coaxial
O receptor deve ter alta seletividade para minimização dos efeitos de fontes externas de
ruídos indesejáveis ou sinais interferentes de outros enlaces que utilizam frequências
adjacentes.
Existem 4 (quatro) tipos de arranjos básicos para o acoplamento do OPLAT com a linha
de transmissão:
• Acoplamento fase-terra
• Acoplamento fase-fase
• Acoplamento para 2 fases de circuitos paralelos
• Acoplamento trifásico
unidade
de
sintonia
cabo coaxial
ACOPLAMENTO FASE-TERRA
Acoplamento Fase-Fase
unidade
de
cabo coaxial sintonia
ACOPLAMENTO FASE-FASE
Arranjo mais complexo e mais caro. Mais confiável, uma vez que, quando de defeito em
uma das fases acopladas, o sistema reverte para o acoplamento fase-terra, evitando
perda de comunicação.
TR
unidade unidade
ISOLAMENTO
de de
sintonia sintonia
cabo coaxial
cabo coaxial
cabo coaxial
Arranjo também caro, porém confiável. Quando de um curto circuito em uma das fases
acopladas, o sistema utiliza a fase do outro circuito. E ainda, pode-se efetuar
manutenção em um dos circuitos sem perda de comunicação.
Acoplamento Trifásico
• Equipamento de rádio
• Antena
• Multiplex
• Modem de Teleproteção
R R
• Cabos Dielétricos
• Cabos OPGW (Optical Ground Wire).
• Direta, de relé para relé (Fibras dedicadas de cabo dielétrico ou OPGW). Solução
tecnicamente mais desejável.
• Com modem de teleproteção, multiplex e transceptor de dados e cabos OPGW.
• Com modem de teleproteção, multiplex e Rede Digital.
• Eventualmente através de Rede de Comunicações, privada ou pública, sobre tons de
áudio (não recomendável).
Verifica-se, pelos princípios já mostrados, que também esta proteção é imune a oscilações
de potência e a variações de níveis de tensão no Sistema. Como já mencionado, é uma
proteção inerentemente seletiva.
Considerando que a proteção opera apenas para faltas internas, há necessidade de outros
tipos de função de proteção para a mesma linha (como de distância, por exemplo) para
servirem de retaguarda, e também como uma segunda proteção para melhor
confiabilidade.
• Linhas curtas, com baixa impedância série e dificuldades de ajustes para a função de
distância;
• Linhas onde há alta possibilidade de curtos-circuitos com alta impadância;
• Linhas de EAT, com insuficiência ou inexistência de TP's;
• Linhas com compensação série, inclusive as com capacitores nas extremidades (com
recursos adequados para essa finalidade);
• Linhas onde se exige maior rapidez na proteção para defeitos internos à linha, desde
que haja meio de comunicação rápido e confiável.
Entretanto, mesmo que a fibra não seja dedicada, com uso de multiplex e outras
interfaces de telecomunicações, os sistemas digitais com fibra óptica constituem-se em
excelente opção.
Deve-se evitar meios de comunicação com enlaces diversos entre e origem e destino do
sinal transmitido.
O OPLAT pode ser usado, mas é altamente desejável que se tenha meio alternativo de
comunicação.
Tipos de esquemas
Nestes esquemas, a informação da existência de sinal de "trip" pela proteção, em uma das
extremidades da linha de transmissão, é transmitida através de canal de comunicação a
outra (s) extremidade (s). Dependendo do aproveitamento que se faz do sinal recebido, um
dos seguintes esquemas pode ser utilizado:
Passado
Nos E.U.A., para estes esquemas, costumava-se não utilizar Carrier (onda portadora) em
linhas de transmissão. A argumentos a favor do Micro-Ondas eram os seguintes:
Por outro lado, na Europa, de uma maneira geral, sugeriam a utilização do Carrier sobre
linhas de transmissão, argumentado que:
Presente
Com o advento da fibra óptica e a popularização do seu uso, bem como devido à evolução
da tecnologia digital microprocessada, aquelas duas vertentes estão convergindo para o
uso generalizado de fibra óptica.
A B
F2 F3
F1
21 21
+ A + B
Recep 21 21 21 21 Recep
Transm Transm
52/a 52/a
- -
Para um curto-cirucito em F3, o relé em B não atuará pois a falta está na sua direção
reversa. O relé em A atuará na sua 2a. zona apenas se houver falha da proteção da
outra linha adjacente.
Este esquema é uma variação do anterior, para evitar falsos desligamentos quando de
recepções espúrias. No circuito de desligamento pela recepção é colocada uma
supervisão (“permissão”), de tal maneira que o trip é efetuado apenas quando de curto-
circuito com direção e alcance detetados por um elemento de partida direcional.
A B
F2 F3
F1
21 21
+ A B +
Partida Partida
Local Local
Recep 21 21 21 21 Recep
Transm Transm
52/a 52/a
- -
Todo trip local (instantâneo) só será possível com a permissão recebida da outra
extremidade da linha. Nestas condições, pode-se ajustar a proteção com sensibilidade
Esse sobrealcance, para relé de tecnologia convencional, era geralmente feito para a
primeira zona, ficando a segunda zona (temporizada) como retaguarda no caso de falha
de comunicação. Com relés digitais modernos, há um componente adicional para ser
ajustado com sobrealcance, apenas para uso com o esquema POTT – neste caso, as
zonas 1 e 2 da proteção de distância, ajustados convencionalmente, operam
independente da teleproteção.
O defeito F1 (ou F2) será detetado de imediato pelas proteções das duas extremidades,
que irão transmitir permissões. Em cada extremidade, a própria atuação e a recepção
irão possibilitar o desligamento do disjuntor.
Um defeito F3 será detectado pelo relé em A, mas não pelo relé em B. Não haverá
desligamento em A pelo fato de não existir recepção (permissão de B):
A B
F2 F3
F1
21 21
+ +
21 21 21
21
52/a 52/a
- -
Deve-se observar que neste tipo de esquema, uma falha no canal de comunicação
compromete a proteção rápida da linha.
Um outro aspecto muito importante a observar é que este esquema pode ser utilizado
com RELÉS DE SOBRECORRENTE DIRECIONAIS (fase e terra) ao invés de relés de
distância. Isto decorre do fato de que o ajuste do alcance não é criterioso para o
esquema. Apenas a direção é crítica.
Neste esquema, o sinal de trip de uma extremidade é utilizado para desligamento direto
na outra extremidade, sem supervisão.
Por exemplo, a proteção de Reator Shunt diretamente conectado na linha, sem disjuntor
local exige esquema DTT. Também no caso da proteção de falha de disjuntor é
necessária a transferência direta de trip para a outra extremidade da linha.
Reator Shunt
+ +
demais proteções em A
Prot. Falha
Recep Outras
Reator Disjuntor
Transm
52/a 52/a
- -
Tipos de esquemas
A B
F2 F3
F1
P P
S + S
P
BLOQUEIO
DA TRANSMISSÃO
CS
Recepção
ON-OFF S
CS PARTIDA
Bobina de Trip do Disjuntor TRANSMISSÃO CARRIER
13 ~ 16 ms
52/a
-
Os relés de proteção S são conectados de tal maneira a detetar defeitos "para trás" .
Quando de defeito em F3, a proteção S da extremidade B ativará o Carrier e transmitirá
sinal para bloqueio da outra extremidade. A proteção P na extremidade A detectará
também o defeito F3. Porém, seu trip é retardado de 13 a 16 ms para que haja tempo
para chegada do sinal de bloqueio.
Para curtos-circuitos em F1 e F2, nenhuma proteção S atuará. Mesmo que haja uma
eventual atuação de um relé S, a atuação da proteção P bloqueará a transmissão. Após
as temporizações CS, os disjuntores serão desligados. O Carrier, neste caso, não tem
influência na proteção.
A B
F2 F3
F1
P P
+
P
TRANSMISSÃO CARRIER
DO SINAL DE DESBLOQUEIO
RECEPÇÃO
52/a
-
Porém, é melhor compreender que tudo é uma questão de terminologia e o que importa é
o entendimento do princípio de funcionamento e as limitações de cada esquema.
Estes tipos de esquemas eram muito utilizados por fabricantes europeus para relés de
tecnologia convencional. O seu grau de confiabilidade é semelhante ao do esquema de
transferência de trip com subalcance. Isto é, no caso de falha de comunicação, as
proteções de linha irão atuar normalmente, apenas com atraso no tempo de atuação para
defeitos em alguns trechos da linha protegida (2a. zona).
A B
F2
F1
21 21
+ A + B
Transmissão
Para um defeito na linha, pelo menos um dos relés detecta o mesmo na sua 1a. zona. Este
relé desliga o respectivo disjuntor e envia sinal para a outra extremidade da linha. Na
extremidade receptora, o sinal é utilizado no relé de distância para uma das duas
alternativas:
O sinal transmitido pela primeira extremidade e recebido na segunda pode ser o sinal de
“trip” ou o sinal de “direção”.
Nas modernas proteções digitais, as lógicas de alcance e loops de medição são feitos por
software, e não por dispositivos eletromecânicos ou eletrônicos convencionais. Assim
sendo, há esquemas semelhantes, porém adptados à evolução tecnológica e recursos
adicionais.
Com a mudança no Setor Elétrico brasileiro iniciada nos anos 90, estabeleceu-se pela
primeira vez no país, requisitos mínimos dos Sistemas de Proteção, através dos chamados
Procedimentos de Rede do ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico.
Entre as funções adicionais não exigidas pelos Procedimentos de Rede estão as funções de
Seqüência Negativa (46) e de Sobrecarga Térmica (49).
Vide figuras 1.3 e 1.4. Prefere-se o disposto na figura 1.3, pois evita-se a zona morta
mostrada na figura 1.4. Deve-se observar entretanto que, até o presente momento, na
aprovação dos projetos básicos, a Aneel não tem sido rigorosa neste aspecto.
• A proteção deve ser concebida de modo a não depender da retaguarda remota. No caso
de proteção de barrametno, é admitida excepcionalmente proteção de retaguarda remota
quando da indisponibilidade da sua única proteção.
• Cada equipamento primário, exceção feita aos barramentos, deve ser protegido por, no
mínimo, dois conjuntos de proteção completamente independentes. Acrescenta-se,
quando aplicável, a proteção intrínseca dos equipamentos.
• Os sistemas de proteção deverão possuir saídas para acionar disjuntores com dois
circuitos de disparo independentes e para acionamento mono e tripolar.
Está subentendido que circuitos independentes de CC devem ser utilizados para cada
bobina de disparo do(s) disjuntor(es).
5.1.1 Linhas de Extra Alta Tensão (nível de tensão igual ou superior a 345 kV)
Todas as linhas de transmissão de Extra Alta Tensão pertencem à Rede Básica do sistema
interligado brasileiro, conforme definição do ONS.
Para essas linhas de transmissão, além dos requisitos gerais estabelecidos no item
anterior, são exigidos entre outros aspectos, os seguintes:
Com base nos requisitos descritos, pode-se elaborar um exemplo de esquema básico
como o mostrado na figura a seguir, que mostram as funções mínimas exigidas.
Observe a solução para linhas curtas ou muito curtas, com o uso da função diferencial ou
de comparação de fases.
21 21 21 21
F 59 F 59
79 F F 79
21 59 21 21 59 21
N T N 59 N T N
59
78
ou 68 78
ou 68 59 68
ou 78 68
ou 78
ost osb ost osb 59 osb ost osb ost
T
T
67 67 67 67
N N N N
25 25
50 50 50 50
stub stub stub stub
50 50 50 50
fsf fsf fsf fsf
50 Opções 50
BF BF
PUTT, POTT, Blocking, Unblocking, DUTT
OU (Linha Curta)
87 59 87 87 59 87
L L L L 79
79
59 59
67 67 59 59 67 T 67
T
67 67 59 59 67 67
N N T T N N
50 50 50 50
stub stub stub stub
50 50 50 50
fsf fsf fsf fsf
25 Diferencial 25
50 50
BF BF
67/67N poderia ser subistituído por 21/21N + 67N de modelo mais simples, mas
para LT não tão curta
Figura 5.01 – Filosofia de Proteção de Linha de EAT segundo Requisitos Mínimos dos
Procedimentos de Rede do ONS
Nem todas as linhas de transmissão de 230 kV pertencem à Rede Básica. Por exemplo.
uma linha radial que alimenta indústria ou uma linha que conecta uma Geração à rede
interligada, não pertence à Rede Básica. São pouquíssimas as linhas de 138 kV que
pertencem à Rede Básica.
O mostrado a seguir vale para aquelas linhas que integram ou que irão integrar a Rede
Básica.
Para essas linhas de transmissão, as seguintes diferenças podem ser destacadas com
relação às linhas de EAT:
Com base nos requisitos descritos, pode-se elaborar um exemplo de esquema básico
como o mostrado na figura a seguir, que mostram as funções mínimas exigidas.
Observe a solução para linhas curtas ou muito curtas, com o uso da função diferencial ou
de comparação de fases.
21 21
F 59 59
BF F BF
21 59 59 21
79 50 50
N T T N 79
BF BF
68 68
osb 67 67 osb
50 50
stub 67N 67N stub
25 25
Opções
PUTT, POTT, Blocking, Unblocking, DUTT
OU (Linha Curta)
87 67 87
BF 67 BF
L L
59 59
79 50 50 79
67N 67N
BF 59 BF
59
T T
50 50
stub stub
Diferencial
67/67N poderia ser subistituído por 21/21N mais simples, mas para LT não tão curta
Poderia ser Proteção de COMPARAÇÃO DE FASES ao invés do DIFERENCIAL
Figura 5.02 – Filosofia de Proteção de Linhas 230 kV e 138 kV, que pertencem à Rede Básica,
segundo Requisitos Mínimos dos Procedimentos de Rede do ONS
• A proteção de distância não precisa, obrigatoriamente, ser utilizada para linhas radiais.
• O esquema básico adotado, de um modo geral, para linha não radial é constituído de
funções de distância de fase e terra (21/21N) e direcionais de fase e de terra (67/67N).
[1] Ziegler, G. – “Numerical Distance Protection – Principles and Applications” – Siemens AG,
Berlin and Munich, 1999.
[2] Elmore, W. A. – “Protective Relaying Theory and Applications”, ABB – Marcel Dekker, Inc.,
1994.
[4] Warrington, A. R. Van C. – “Protective Relays – Their Theory and Practice” Volume One –
Second Edition, 1968.
Classe 0,3P75
Comprimento: 28 km
210 MVA
290 MVA
18/235 kV
Documentos:
7.2.3 Descrição
Possui sistema de medição não chaveado e incorpora todas as funções adicionais para
proteção de linhas aéreas e cabos, para tensões desde 5 a 765 kV.
Funções de Proteção
Funções de Controle:
Funções de Monitoramento:
Para a teleproteção da LT Alfa - Beta 230 kV, serão utilizados 2 (dois) equipamentos ópticos
distintos, sendo que para cada um deles serão configurados com:
Equipamento Óptico 1
Proteção Primária - Transmissão
Proteção Alternada - Transmissão Tx
Canal 1
Proteção Primária - Recepção Rx
Proteção Alternada - Recepção
Tx
Transferência Direta de Trip - Transmissão Canal 2
Sobretensão Inst e Temp Primária Rx
Sobretensão Inst e Temp Alternada
Out of Step Tripping Primária
Out of Step Tripping Alternada
Falha do Disjuntor Equipamento Óptico 2
Tx
Canal 4
Rx
Assim, tem-se pelos dois canais permissivos (canais 1 e 3), tanto para a Proteção Primária
como para a Alternada:
7.4.1 CONFIGURAÇÃO
Device Configuration
Comentários
Configuradas conforme projeto elétrico funcional. Não faz parte deste exemplo
Configuradas conforme projeto elétrico funcional. Não faz parte deste exemplo
Binary outputs
BO 1
BO 2
BO 3
BO 4
BO 5
BO 6
BO 7
BO 8
BO9
BO10
BO11
BO12
BO13
BO14
BO15
BO16
BO17
BO18
BO19
Etc......até
BO 32
Comentários
Relação entre TC´s que fornecem a corrente para I4 e as correntes de fases: 1,0.
0237 Setting format for zero seq. comp. format: Zero seq. comp. factors RG/RL and
XG/XL
Formato do ajuste de retorno por terra, para medição do “loop” Fase – Terra. Adota-se
essas relações para cálculo do loop e não o fator k0.
Setting Group A
0011 Power System Data 2
0012 21 Distance protection general settings
0013 21 Distance zones (quadrilateral)
0020 68 Power Swing detection
0021 85-21 Pilot Prot. for Distance prot.
0024 50HS Instantaneous High Speed SOTF
0025 Weak Infeed (Trip and/or Echo)
0026 50(N)/51(N) Backup OverCurrent
0027 Demand Measurement Setup
0028 Min/Max Measurement Setup
0029 Measurement Supervision
0031 50N/51N Ground OverCurrent
0032 85-67N Pilot Prot. Gnd. OverCurrent
0034 79 Auto Reclosing
0035 25 Synchronism and Voltage Check
0037 Voltage Protection
0038 Fault Locator
Setting Group A
Power System Data 2 (Secondary Values)
Addr. Setting Title Setting
1103 Measurement: Full Scale Voltage (100%) 230,0 kV
1104 Measurement: Full Scale Current (100%) 2000 A
1105 Line Angle 82 °
1110 x’ - Line Reactance per length unit 0,0695 Ohm / km
1111 Line Length 28,0 km
1116 Zero seq. comp. factor RG/RL for Z1 2,19
1117 Zero seq. comp. factor XG/XL for Z1 1,11
1118 Zero seq. comp.factor RG/RL for Z1B...Z5 2,19
1119 Zero seq. comp.factor XG/XL for Z1B...Z5 1,11
1126 Mutual Parallel Line Comp. ratio RM/RL 2,20
1127 Mutual Parallel Line Comp. ratio XM/XL 1,01
1128 Neutral Current RATIO Parallel Line comp. 85%
1130A Pole Open Current Threshold 0,50 A
1131A Pole Open Voltage Threshold 30 V
1132A Seal-in Time after ALL closures 0,05 sec
1134 Recognition of Line Closures with Manual Close BI only
with Pole Open Current
1135 RESET of Trip Command
Threshold only
1140A CT Saturation Threshold 27 A
1150A Seal-in Time after MANUAL closures 0,30 sec
without Synchronism-
1151 Manual CLOSE COMMAND generation
check
1155 3 pole coupling with Trip
1156A Trip type with 2phase faults 3pole
Ângulo da linha
Relação de TC = 400
Relação TP/TC = 5
Comprimento da linha.
O fator de compensação tem a ver com a impedância de terra (ZG ou ZE) de retorno de
corrente de terra para cálculo da impedância do Loop Fase – Terra.
R E 1 ⎛ R0 ⎞ 1 ⎛ 2,094 ⎞
= ⎜⎜ − 1⎟⎟ = ⎜ − 1⎟ = 2,1955
RL 3 ⎝ R1 ⎠ 3 ⎝ 0,2760 ⎠
XE 1⎛ X0 ⎞ 1 ⎛ 8,422 ⎞
= ⎜⎜ − 1⎟⎟ = ⎜ − 1⎟ = 1,1093
X L 3 ⎝ X1 ⎠ 3 ⎝ 1,946 ⎠
O fator de compensação tem a ver com a impedância de terra (ZG ou ZE) de retorno de
corrente de terra para cálculo da impedância do Loop Fase – Terra.
X M 1 X 0 M 1 5,924
= . = . = 1,0147
X L 3 X1 3 1,946
Isto significa que a compensação é feita para o cálculo no relé, só para curtos entre 85
e 100% da linha. Para a linha toda, a compensação é feita apenas para o Localizador
de Faltas.
Classe de precisão de proteção: 10B400 isto é, erro máximo de 10% para 20 vezes
a corrente nominal (100 A secundários).
Burden: 100 VA, isto é, 4 ohms secundários para corrente nominal. Tensão de
saturação de 400 volts para 20 x In.
n'
I − CTsat .Thres. = .I nom
1 + ωτ N
Onde:
( Pn + Pi ).n
n' =
( Pb + Pi )
n = fator de sobrecorrente do TC (limite de precisão) = 20
(100 + 25)x20
Donde: n' = = 65,10
(13,4 + 25)
65.10
Assim, I − CTsat.Thres = x5 = 26,44
1 + 11,31
Setting Group A
Entretanto adota-se 0,5 A (com boa margem de segurança), que é o valor sugerido no
documento técnico (default).
“Instantaneous trip after Switch OnTo Fault” (Trip instantâneo para Switch onto Fault).
Adota-se 7,5 ohms para ângulos próximos ao eixo dos R (região da carga). Para as
demais regiões, será adotado um valor maior. Ver justificativa, posteriormente no item
7.4.8.
Adota-se 25 graus.
A mínima corrente de terra para Alfa – saída Beta (1145 A) ocorre para um curto-
circuito a terra na barra 230 kV de BetaI, quando os dois circuitos de linha estiverem
em operação e a Usina operando completa.
Adota-se default de 5 V.
1345 T5 delay:
Setting Group A
21 Distance zones (quadrilateral) (Secondary Values)
Addr. Setting Title Setting
1301 Operating mode Z1 Forward
1302 R(Z1) Resistance for ph-ph-faults 7 ohms
1303 X(Z1) Reactance 1,460 ohms
1304 RG(Z1) Resistance for ph-gnd faults 13 ohms
1305 T1-1phase delay for single phase faults 0,00 sec
1306 T1multi-ph delay for multi phase faults 0,00 sec
1307 Zone Reduction Angle (load compensation) 0°
1351 Operating mode Z1B (overrreach zone) Forward
1352 R(Z1B) Resistance for ph-ph-faults 7 ohms
1353 X(Z1B) Reactance 3,11 ohms
1354 RG(Z1B) Resistance for ph-gnd faults 13 ohms
1355 T1B-1phase delay for single ph. faults 0,00 sec
1356 T1B-multi-ph delay for multi ph. faults 0,00 sec
1357 Z1B enabled before 1st AR (int. or ext.) YES
1311 Operating mode Z2 Forward
1312 R(Z2) Resistance for ph-ph-faults 7 ohms
1313 X(Z2) Reactance 3,11 ohms
1314 RG(Z2) Resistance for ph-gnd faults 13 ohms
1315 T2-1phase delay for single phase faults 0,50 sec
1316 T2multi-ph delay for multi phase faults 0,50 sec
1317A Single pole trip for faults in Z2 NO
1321 Operating mode Z3 Forward
1322 R(Z3) Resistance for ph-ph-faults 3,5 ohms
1323 X(Z3) Reactance 9,00 ohms
1324 RG(Z3) Resistance for ph-gnd faults 6 ohms
1325 T3 delay 2,50 sec
Para faltas entre fases, predominam as resistências de arco. Segundo Ziegler (citado na
referência técnica no inicio do presente capítulo), a resistência do arco pode ser estimada
pela seguinte fórmula empírica:
2500.l
R ARCO _ Sem _ Vento = ohms
I ARCO
Onde:
5.v.t
R ARCO = R ARCO _ Sem _ Vento .(1 + )
l ARCO
Onde:
v = velocidade do vento em m/s
t = tempo de duração do arco em s
IARCO = comprimento do arco em m
Cálculo. Considerando arco de 8 metros (entre duas fases), para condição sem vento, tem-
se para um curto bifásico próximo a Alfa (corrente mínima):
2500.l
R ARCO _ Sem _ Vento = = 2500 x 8 / 683 = 29 ohms primários Æ 5,8 ohms secundários.
I ARCO
Para loop bifásico, considera-se metade dessa resistência de arco, ou seja Æ 2,9 ohms
secundários.
Considerando agora a influência de vento de 3 m/s, durante 0,5 segundo (segunda zona):
Para loop bifásico, considera-se a metade dessa resistência de arco, ou seja Æ 5,6 ohms
secundários.
Por outro lado, existe a carga (máxima) com 97,96 ohms primários (no sentido reverso). O
que equivale a 19,5 ohms secundários. Com fator de segurança de 70%, seria: Zsec = 0,7 x
19,6 = 13,72 ohms. Isto é, terá que ser menor que 13,72 ohms.
Assim, a resistência de falta para curtos entre fases será estabelecida em 7 ohms (35
ohms primários).tanto para a primeira como para a segunda zona. Para a terceira zona,
considerando que se trata de uma subestação com usina geradora, e não mais trecho de
linha de transmissão, ajusta-se o alcance resistivo para faltas entre fases num valor menor,
de 3,5 ohms.
Para a zona reversa, adota-se o mesmo valor da primeira zona que é de 7 ohms.
Para limite de carga, no eixo dos R, foi adotado um limite de 6,7 ohms para faltas entre
fases, conforme já visto no item 7.4.7 deste documento, até um ângulo de carga de 25
graus. Deve-se lembrar que esse limite vale tanto para o sentido direcional como na zona
O ajuste do R para o loop fase-terra terá que ter maior sensibilidade maior para ângulos de
curto-circuito que para ângulos em torno do ângulo de. Esse ajuste deverá ser:
Estes ajustes são críticos, pois as resistências de faltas a terra podem ter valores diversos,
nunca exatamente previstos e com chance de serem muito maiores que as resistências de
arco em isoladores (“flash overs”).
Em geral, as resistências de falta maiores podem ser causadas por árvores, queda de
condutores, etc. Valores de 40 a 60 ohms primários podem ser bem possíveis. Isso porque
a corrente da outra extremidade da LT contribui para que a resistência vista pelo relé seja
maior (efeito infeed).
Nota: o efeito “infeed” não se manifesta para resistências do tipo “arco” que são
consideradas de tensão constante.
Isto é:
NOTA:
Lembrar que para ângulos de carga (eixo dos R, até 25 graus) o valor de R para faltas a
terra foi ajustado para 13 ohms secundários (65 ohms primários), conforme mostrado no
item 7.4.7 deste documento, que vale também para a zona reversa. Como o valor RG(Z4)
está ajustado em 7 ohms, prevalece esse último valor para a zona reversa, ao invés dos 13
ohms.
A segunda zona deve ser ajustada de tal modo que se tenha absoluta certeza que se
detecte curto circuito na barra de Alfa.
Terceira Zona
Ajuste X3 = 9 ohms
A zona reversa será ajustada apenas para, eventualmente, detectar curtos na barra 230
kV da SE Gama e 69 kV da SE Alfa, quando os 3 transformadores de Alfa estiverem
operando em paralelo. Para curtos entre fases isso será possível. Mas para curtos a
terra, há o “infeed” dos aterramentos em Alfa e a quarta zona pode não alcançar a barra
de Gama. Isso entretanto não deve preocupar pois:
Um eventual ajuste da zona reversa com alcance maior, poderia provocar isso e
inviabilizar o esquema de religamento automático monopolar na LT.
O alcance indutivo, será, então, ajustado para 4 ohms secundários e o resistivo para 7
ohms (tanto para faltas entre fases como para faltas a terra), com tempo de 3 s para
evitar qualquer problema de seletividade com as proteções da Outra Concessionária.
TR1 e TR2
8
Zona de Carga
7
TR3
Áreas DIRECIONAIS
3
2a. ZONA 0,5 s
SE Beta e Zona Sobrealcance
2 230 Carrier
1a. ZONA
-8 -6 2 4 6 7 13
-4 -2
R
4a. ZONA
3,0 s -2
ZONA REVERSA
164 de 195
7.4.9 68 POWER SWING DETECTION (secondary values)
Setting Group A
Haverá bloqueio por oscilação de potência para a primeira zona e para a zona de
sobrealcance do esquema POTT.
Por este ajuste, não haverá trip por oscilação de potência. O projeto elétrico está
configurado para “TRIP” mas, com este ajuste, não haverá comando da proteção para o
disjuntor.
Setting Group A
É adotado o esquema permissivo com sobrealcance (usando zona Z1B que será ajustado
igual à segunda Zona).
Setting Group A
50N/51N Ground OverCurrent (Secondary Values)
Addr. Setting Title Setting
ASPECTOS GERAIS
3101 50N/51N Ground Overcurrent is ON
3102 Block 50N/51N for Distance protection with single-phase Pickup
3103 Block 50N/51N for 1pole Dead time YES
3104A Stabilisation Slope with Iphase 10 %
3105 3I0 - Min threshold for Pilot Prot Schemes 0,35 A
3170 2nd harmonic ratio for inrush restraint 45 %
3171 Max.Current overriding inrush restraint 37,5 A
3172 SOTF Op.Mode with Pickup and direction
3173 Trip time delay after SOTF 0,00 sec
50N-1 NÃO UTILIZADO
3110 Operating mode 3I0>>> Inactive
3111 3I0>>> (pickup)
3112 T 3I0>>>
3113 3I0>>>Telep/BI Sem Efeito
3114 3I0>>>SOTF-TRIP
3115 3I0>>>InrushBlk
50N-2 NÃO UTILIZADO
3120 Operating mode 3I0>> Inactive
3121 3I0>> (pickup)
3122 T 3I0>>
3123 3I0>>Telep/BI Sem Efeito
3124 3I0>>SOTF-TRIP
3125 3I0>>InrushBlk
ON - Proteção ativa.
“with single phase Pickup” – A função direcional de terra será bloqueada quando houver
partida monofásica da proteção de distância. Isto é, a preferência é da proteção de distância
para seleção de fases para o religamento automático monopolar.
YES – Garantida de bloqueio da função quando um pólo está aberto para religamento
monopolar.
Adota-se valor de 0,35 A (140 A de terra, primários) que é bem menor que os 2,86 A.
Esses ajustes aplicam-se a linha ou circuito com transformador de potência, o que não
é o cado da Linha em análise. Ajunstam-se valores default.
Sem temporização intencional para fechamento sobre falta. Mas como a função não
será usada para techamento sobre falta, este ajuste não terá efeito.
3111 Pickup:
3121 Pickup
FUNÇÃO 51N – Temporizada, será usada como retaguarda, com característica de tempo
inverso (normalmente inverso IEC)
Memória de Cálculo
IPickup = 0,40 A
0,14
t= *K onde:
( I / I Re f )0,02 − 1
t= tempo de operação em s
K= multiplicador de tempo
Critério
0,14
1,2 = *K O que resulta em K = 0,37
(3,25 / 0,4) 0, 02 − 1
I = 12410 A ( 31,02 A )
0,14
t= x0,37 = 0,57 t = 0,57 s
(31,02 / 0,40) 0,02 − 1
0,14
t= * 0,37 = 0,8 t = 0,8 s
(9,49 / 0,4) 0,02 − 1
Considerando que a função 67N é uma proteção de retaguarda para faltas com
elevada resistência de contato e considerando ainda as várias situações do sistema
para o qual o mesmo não deve operar, conclui-se que os ajustes estão satisfatórios.
DIRECTION - POLARIZAÇÃO
Setting Group A
85-67N Pilot Prot. Gnd. OverCurrent (Secondary Values)
Addr. Setting Title Setting
3201 85-67N Pilot Prot. for Dir. Ground O/C ON
3202 Line Configuration Two Terminals
3203A Time for send signal prolongation 0,05 sec
3208 Time delay for release after pickup 0,080 sec
3209A Transient Block: Duration external flt. 0,04 sec
3210A Transient Block: Blk T. after ext. flt. 0,05 sec
Setting Group A
Setting Group A
Esta função, desde que habilitada, é ativada quando de faltas no circuito de medição
de tensão (ficando a função de distância bloqueada por isso). Sendo ativada ela
serve de proteção de retaguarda por sobrecorrente.
T Iph>> = 0,3 s
T 3I0>> = 0,3 s
Desativar:
Desativar.
FUNÇÃO STUB
Desativar.
Setting Group A
Corrente de carga: 1356 A (3,39 A). A documentação técnica recomenda ajustar num valor
cerca de 2,5 x essa corrente. O ajuste será, então, 8,5 A.
Setting Group A
Demand Measurement Setup (Secondary Values)
Addr. Setting Title Setting
2801 Demand Calculation Intervals 60 Min per., 1 Sub.
2802 Demand Synchronization Time On the Hour
Setting Group A
Min/Max Measurement Setup (Secondary Values)
Addr. Setting Title Setting
2811 Automatic Cyclic Reset Function NO
2812 MinMax Reset Timer 0 min
2813 MinMax Reset Cycle Period 7 day(s)
2814 MinMax Start Reset Cycle in 1 Days
Setting Group A
Measurement Supervision (Secondary Values)
Addr. Setting Title Setting
2901 Measurement Supervision ON
2902A Voltage Threshold for Balance Monitoring 50 V
2903A Balance Factor for Voltage Monitor 0,75
2904A Current Threshold for Balance Monitoring 2,50 A
2905A Balance Factor for Current Monitor 0,50
2906A Summated Current Monitoring Threshold 0,50 A
2907A Summated Current Monitoring Factor 0,10
2910 Fuse Failure Monitor ON
2911A Minimum Voltage Threshold V> 30 V
2912A Maximum Current Threshold I< 0,50 A
2913A Maximum Voltage Threshold V< (3phase) 5V
2914A Differential Current Threshold (3phase) 0,50 A
2915 Voltage Failure Supervision with current supervision
2916A Delay Voltage Failure Supervision 3,00 sec
2921 VT mcb operating time 0 ms
Adotado valor default. A temporização ajustada aqui retarda a atuação da proteção em Z1.
Esquema e Filosofia
Nas saídas de linha para Beta serão utilizadas as funções de religamento automático
incorporadas nas próprias proteções multifuncionais 7SA6125.
Caso se opte somente pelo religamento automático monopolar, deverá ser reajustado o
endereço “3457 Dead time after 3pole trip = oo” e o “3460 Request for synchro-check after
3 pole AR = NO”.
Para a opção somente pelo religamento automático tripolar, reajustar o endereço “3456
Dead time after 1pole trip = oo”.
Setting Group A
79 Auto Reclosing (Secondary Values)
Addr. Setting Title Setting
3401 79 Auto-Reclose Function ON
3402 52-ready interrogation at 1st trip YES
3403 Reclaim time after successful AR cycle 180,00 sec
3404 AR blocking duration after manual close 60,00 sec
3406 Evolving fault recognition with Trip
3407 Evolving fault (during the dead time) stop 79
3408 AR start-signal monitoring time 0,20 sec
3409 Circuit Breaker (CB) Supervision Time 3,00 sec
3410 Send delay for remote close command oo sec
3411A Maximum dead time extension 2,00 sec
3450 Start of AR allowed in this cycle YES
Prevista pelo projeto, a supervisão do disjuntor, apesar de ser apenas pelos seus contatos.
Deixado ajuste default. Não é relevante pois o religamento não está ajustado com o tempo
morto adaptivo no terminal remoto.
Tempo dentro do qual deve ocorrer trip da proteção para iniciar o ciclo de religamento.
Prevista pelo projeto, a supervisão do disjuntor, apesar de ser apenas pelos seus contatos.
Setting Group A
25 Synchronism and Voltage Check (Secondary Values)
Addr. Setting Title Setting
3501 25 Synchronism and Voltage Check ON
3502 Voltage threshold dead line / bus 14 V
3503 Voltage threshold live line / bus 59 V
3504 Maximum permissible voltage 73 V
3507 Maximum duration of synchronism-check 1,00 sec
3508 Synchronous condition stability timer 0,00 sec
3510 Operating mode with AR with consideration of 52 closing time
3511 Maximum voltage difference 13,3 V
3512 Maximum frequency difference 0,15 Hz
3513 Maximum angle difference 20 °
3515A Live bus / live line and Sync before 79 YES
3516 Live bus / dead line check before 79 YES
3517 Dead bus / live line check before 79 YES
3518 Dead bus / dead line check before 79 NO
3519 Override of any check before 79 NO
3530 Operating mode with Man.Cl with consideration of 52 closing time
3531 Maximum voltage difference 13,3 V
3532 Maximum frequency difference 0,15 Hz
3533 Maximum angle difference 20 °
3535A Live bus / live line and Sync before MC NO
3536 Live bus / dead line check before Man.Cl NO
3537 Dead bus / live line check before Man.Cl NO
3538 Dead bus / dead line check before Man.Cl NO
3539 Override of any check before Man.Cl NO
Adotado 30o.
3515A Live bus / live line and Sync before 79: YES
Adotado 20o.
Setting Group A
Voltage Protection (Secondary Values)
Addr. Setting Title Setting
3701 Operating mode Vph-g overvoltage prot. ON
3702 59-1 Pickup Overvoltage (phase-ground) 79,7 V
3703 59-1 Time Delay 5,00 sec
3704 59-2 Pickup Overvoltage (phase-ground) 100,0 V
3705 59-2 Time Delay oo sec
3709A Reset ratio 0,98
3711 Operating mode Vph-ph overvoltage prot. ON
3712 59-1 Pickup Overvoltage (phase-phase) 149,5 V
3713 59-1 Time Delay 0,04 sec
3714 59-2 Pickup Overvoltage (phase-phase) 175,0 V
Bloqueado.
Adotado 40 ms de temporização.
Setting Group A
Fault Locator (Secondary Values)
Addr. Setting Title Setting
3802 Start fault locator with Trip
3805 Mutual coupling parall. line compensation YES
3806 Load Compensation YES
Default
TIME SYNCHRONIZATION
Time Synchronization
Addr. Setting Title Setting
Source of time synchronization IRIG B
Pulse via binary input: Not configured
Fault indication after: 2 Min. Configurar / Adequar
no campo conforme
Time format for display dd.mm.yy necessidade real
Offset to time signal 00:00
SERIAL PORTS
Serial Ports
Serial interface on PC:
Setting Title Setting
Address (operator interface device): 1
Frame: 8 E(vem) 1
Configurar /
Baud rate: 38400
Adequar no campo
COM interface: 1 conforme
-> Apply from necessidade real
Frame Baud Rate and Address settings: “Operator Interface”
tab
Serial Ports
VD addresses
VD address: 3
SIPROTEC SYS VD
1059 Configurar / Adequar no
address:
campo conforme
Proxy VD address: 1060 necessidade real
SIPROTEC T103 VD
0
address:
Serial Ports
Operator Interface
DIGSI link address: 1
Frame: 8 E(vem) 1
Baud rate: 38400 Configurar / Adequar no
Max. Max Gap: 0...50: 0 campo conforme
necessidade real
-> parameter settings
Access authorization at
interface for -> and test and
diagnostics
Serial Ports
Device PROFIBUS
Module Number: 1
Module ID: 1
Station Number: 12
Type: 1
Configurar / Adequar no
Length variable 1: 44 campo conforme
necessidade real
Length variable 2: 232
Control word 0
Device properties
MLFB 7SA61255BB617PR5-----------
VD address: 3
Device PROFIBUS 12
Configurar / Adequar no
Com. reference (CR): 0 campo conforme
necessidade real
VFD name: VFD <1>
Access point: S7ONLINE
• Sobretensão instantânea.
• Sobretensão temporizada.
• Falha de disjuntor
• Trip por oscilação de potência, caso configurado no relé
A transmissão desse sinal é limitada no tempo por relés auxiliares indicados no projeto
elétrico, denominados 62TX1 (proteção principal) e 62TX2 (proteção alternada).