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ITBI – Imposto sobre a transmissão de bens imóveis por título oneroso
pode-se dizer que o legislador, ao disciplinar sobre o ITBI, pode contemplar as três variáveis contidas no protótipo
constitucional, vale dizer, erigir por hipótese de incidência desse imposto:
transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física;
transmissão de direitos reais sobre imóveis exceto os de garantia;
cessão de direitos à sua aquisição.
Imunidades específicas:
O § 2º, inciso I, do artigo 156 da Constituição Federal prevê que o ITBI não deverá incidir sobre a transmissão de
bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão
de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses
casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens
imóveis ou arrendamento mercantil.
Critério temporal:
Critério espacial:
Pode-se dizer que sendo o ITBI, imposto de competência dos municípios, o local da ocorrência do fato gerador é o
do município onde se localiza o imóvel objeto de transmissão, ou ao qual está ligada a cessão de direitos.
Critério Pessoal:
Sujeito ativo:
Sujeito passivo:
Segundo o artigo 42 do CTN, as leis municipais podem escolher como contribuinte do imposto qualquer das partes
envolvidas na operação tributária.
Art. 42. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei.
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Dessa forma, a lei municipal pode estabelecer que o contribuinte do imposto de transmissão seja o comprador ou o
vendedor do bem. A maioria da legislação dos Municípios tem eleito como contribuinte do ITBI o comprador.
Critério Quantitativo:
Base de cálculo:
Extrai-se do artigo 38 que a base de cálculo do ITBI é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos.
O valor venal corresponde ao valor de mercado do imóvel. Dessa forma, a base de cálculo do imóvel não irá,
necessariamente, corresponder ao valor pelo qual se efetuou a transação.
Alíquotas:
Critério Temporal:
Critério Espacial
Regra: art. 3º da LC nº 116/03 – Município em que estiver localizado o estabelecimento do prestador de serviço, se
não houver no município de domicílio do prestador do serviço, exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a XXV,
quando o imposto será devido no local:
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I – do estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço ou, na falta de estabelecimento, onde ele estiver
domiciliado, na hipótese do § 1o do art. 1o desta Lei Complementar;
II – da instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas, no caso dos serviços descritos no subitem
3.05 da lista anexa;
III – da execução da obra, no caso dos serviços descritos no subitem 7.02 e 7.19 da lista anexa;
IV – da demolição, no caso dos serviços descritos no subitem 7.04 da lista anexa;
V – das edificações em geral, estradas, pontes, portos e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem
7.05 da lista anexa;
VI – da execução da varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação final
de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer, no caso dos serviços descritos no subitem 7.09 da lista anexa;
VII – da execução da limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, pis-
cinas, parques, jardins e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.10 da lista anexa;
VIII – da execução da decoração e jardinagem, do corte e poda de árvores, no caso dos serviços descritos no
subitem 7.11 da lista anexa;
IX – do controle e tratamento do efluente de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e biológicos, no caso
dos serviços descritos no subitem 7.12 da lista anexa;
X – (VETADO)
XI – (VETADO)
XII - do florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação, reparação de solo, plantio, silagem, colheita, corte,
descascamento de árvores, silvicultura, exploração florestal e serviços congêneres indissociáveis da formação, ma-
nutenção e colheita de florestas para quaisquer fins e por quaisquer meios; (Redação dada pela Lei Complementar
nº 157, de 2016)
XIII – da execução dos serviços de escoramento, contenção de encostas e congêneres, no caso dos serviços des-
critos no subitem 7.17 da lista anexa;
XIV – da limpeza e dragagem, no caso dos serviços descritos no subitem 7.18 da lista anexa;
XV – onde o bem estiver guardado ou estacionado, no caso dos serviços descritos no subitem 11.01 da lista anexa;
XVI - dos bens, dos semoventes ou do domicílio das pessoas vigiados, segurados ou monitorados, no caso dos
serviços descritos no subitem 11.02 da lista anexa; (Redação dada pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
XVII – do armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda do bem, no caso dos serviços descritos
no subitem 11.04 da lista anexa;
XVIII – da execução dos serviços de diversão, lazer, entretenimento e congêneres, no caso dos serviços descritos
nos subitens do item 12, exceto o 12.13, da lista anexa;
XIX - do Município onde está sendo executado o transporte, no caso dos serviços descritos pelo item 16 da lista
anexa; (Redação dada pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
XX – do estabelecimento do tomador da mão-de-obra ou, na falta de estabelecimento, onde ele estiver domiciliado,
no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.05 da lista anexa;
XXI – da feira, exposição, congresso ou congênere a que se referir o planejamento, organização e administração,
no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.10 da lista anexa;
XXII – do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário, ferroviário ou metroviário, no caso dos serviços descritos
pelo item 20 da lista anexa.
XXIII - do domicílio do tomador dos serviços dos subitens 4.22, 4.23 e 5.09; (Incluído pela Lei Complementar nº
157, de 2016)
XXIV - do domicílio do tomador do serviço no caso dos serviços prestados pelas administradoras de cartão de
crédito ou débito e demais descritos no subitem 15.01; (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
XXV - do domicílio do tomador dos serviços dos subitens 10.04 e 15.09. (Incluído pela Lei Complementar nº 157,
de 2016)
Critério Pessoal:
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Critério Quantitativo:
Impostos Estaduais
Critério material:
O comportamento humano suscetível de tributação pelo ITCMD é a transmissão causa mortis e doação de
quaisquer bens e direitos.
Quanto à transmissão causa mortis, é o próprio falecimento que determina a imediata transmissão desses bens ou
direitos aos seus herdeiros ou legatários. Isto porque no nosso ordenamento jurídico não se admite que um bem
não tenha proprietário ou possuidor.
Assim, pode-se afirmar que o fato gerador do ITCM ocorre na abertura da sucessão.
Critério temporal:
Com relação à doação pode-se afirmar que o ITCMD deve ser recolhido no momento em que há a efetiva
transmissão de propriedade. Assim, se for doado um bem móvel só haverá transmissão da propriedade quando for
realizada a tradição.
Agora, se a doação versar sobre bens imóveis, o momento para o recolhimento do ITCMD será do registro desses
bens no Cartório de Registro de Bens imóveis, pois só a partir desse momento é que se verifica a transmissão
de propriedade, conforme previsão no art. 1.245 do Código Civil.
O recolhimento do ITCMD, em virtude da transmissão de bens em decorrência de óbito, ocorre somente após a
homologação do cálculo, pois em que pese a abertura da sucessão ser o fato gerador do imposto de transmissão
causa mortis, neste momento não se faz surgir ainda o crédito tributário líquido e certo.
Por essa razão, o Supremo Tribunal Federal editou a Súmula 114 que estabelece: “O Imposto de Transmissão
Causa Mortis não é exigível antes da homologação do cálculo"
Critério espacial:
Pode-se afirmar que quando o ITCMD, previsto no artigo 155, inciso I da Carta Magna, incidir sobre a transmissão
de bens imóveis, competirá o seu recolhimento ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal, conforme
previsto no parágrafo primeiro do artigo ora mencionado. Se o de cujus possuía bens em vários Estados, a cada um
deles competirá o imposto, relativamente à transmissão do bem nele situado.
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Se a transmissão for de bens móveis, títulos e créditos, a competência para a cobrança do respectivo imposto será
do Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou onde tiver domicílio o doador, ou do Distrito
Federal.
Critério Pessoal:
O sujeito ativo do respectivo imposto é o Estado onde se encontrar o bem, quando o fato gerador de incidência
desse tributo recair sobre bem imóvel.
Com relação aos bens móveis, títulos e créditos, o sujeito ativo dessa relação será o Estado onde se processar o
inventário ou arrolamento, ou ainda, onde tiver domicílio o doador.
Sujeito Passivo:
O artigo 42 do CTN autoriza as leis dos Estados a elegerem qualquer das partes envolvidas no negócio como
contribuintes do imposto.
Entretanto, em se tratando de causa mortis, somente poderão ser contribuintes do tributo os herdeiros ou legatários,
isto é, os beneficiados pela transmissão hereditária.
Critério Quantitativo:
Base de cálculo:
A base de cálculo do ITCMD será o valor venal dos bens ou direitos transmitidos. O valor venal do bem é aquele
valor pelo qual este pode ser negociado no mercado.
Porém, em se tratando de causa mortis, se no curso do inventário o Poder Público conferir novo valor venal ao
imóvel, será válido aquele em vigor na data da avaliação.
Aliás, neste sentido tem-se a Súmula 113 do Supremo Tribunal Federal: “O imposto de transmissão causa mortis é
calculado sobre o valor dos bens na data da avaliação”.
Alíquotas:
Da análise do artigo 155, § 1º, inciso IV da Constituição Federal, constata-se que as alíquotas máximas serão
fixadas pelo Senado Federal.
Neste sentido, o Senado Federal, na Resolução 9/92 determina que a alíquota máxima para o ITCMD seja de 8%,
autorizando dessa forma a progressividade do imposto.
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ICMS - Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Trans-
porte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS
Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir ICMS, nos termos do Art. 155, II e § § 2.º e 3º da CF.
Fato Gerador:
Imunidade Específica:
1) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no
exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e presta-
ções anteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
2) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos
dele derivados, e energia elétrica;
3) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º;
4) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de
recepção livre e gratuita;
ICMS
Sobre o ICMS é importante destacar que existem dois princípios que devem ser observados:
Princípio da Não Cumulatividade (Art. 155, §2.º da CF e Art. 19 da LC 87/1996): significa dizer que o ICMS será
compensado em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte inte-
restadual ou intermunicipal e de comunicação com o montante cobrado nas operações anteriores pelo mesmo ou
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por outro Estado. Vale destacar que esse princípio, em casos de isenções ou não incidência, não implica em crédito
para compensação com o montante devido nas operações seguintes e acarretará em anulação do crédito relativo
às operações anteriores;
Princípio da Seletividade (Art. 155, §2.º, da CF): tem como função orientar a estipulação das alíquotas diferenciadas
de ICMS, utilizando por base a seletividade, em função da essencialidade do produto. Esse princípio é utilizado para
justificar a redução da carga tributária dos produtos considerados essenciais. No ICMS PODE ser Seletivo!!
Imunidade Específica:
1) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no
exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e presta-
ções anteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
2) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos
dele derivados, e energia elétrica;
3) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º;
4) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de
recepção livre e gratuita;
Trata-se de Imposto de competência estadual e distrital, que poderá ser exigido em 1.º de janeiro de cada exercício,
sendo devido no local do registro do veículo. Esse imposto pode ser criado por lei ordinária.
Tem como característica respeitar o princípio da Anterioridade do exercício e a nonagesimal, todavia, em relação à
base de cálculo, esta respeita apenas a anterioridade do exercício.
Fato Gerador: A propriedade sobre veículos automotores. Ocorre, por ficção jurídica em 1.º de janeiro de cada ano.
Todavia, em caso de veículo zero KM ocorre no momento da aquisição.
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Alíquotas: Será estabelecida em lei ordinária estadual. Não há limite máximo, no entanto, o Senado Federal, por
meio de Resolução, estabelecerá as alíquotas mínimas, nos termos do Art. 155, §6.º, I da CF. Ademais, o IPVA
poderá ter alíquotas diferenciadas em razão do tipo e da utilização do veículo, nos termos do Art. 155, §6.º, I e II da
CF. Lançamento de ofício.
Impostos Federais
Impostos Federais
Competência exclusiva da União, instituídos por lei ordinária, NÃO respeitam as anterioridades – Cobrança Imedi-
ata. Alíquotas alteradas por decreto do poder executivo nos termos do Art.. 153, § 1º da CF.
Respeita:
a) Não cumulatividade – art. 153, §1, II da CF. Em cada operação desconta-se o imposto incidente na operação
anterior – utiliza-se como crédito o IPI pago na operação anterior.
b) Seletividade – art. 153, §3, I da CF. Haverá uma seleção dos produtos pelo critério de sua essencialidade;
quanto mais essencial para a vida do povo, menor será a tributação. O IPI DEVE ser Seletivo
Quanto aos princípios especiais – art.. 153 §2, I CF.O princípio da universalidade se aplica às rendas – todas as
rendas devem ser alcançadas pelo IR. Isso acontece hoje embora haja o fato do IR não tributar todas as rendas
com a mesma proporcionalidade. Há algumas distinções dependendo do tipo de rendimento. Os países menos
desenvolvidos tendem a tributar mais o trabalho do que o capital porque é mais fácil controlar este.
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Outro princípio é o da generalidade, que diz respeito aos contribuintes. Todos os contribuintes devem ser alcança-
dos na medida de sua capacidade contributiva. Aqueles que não possuem capacidade alguma não devem ser al-
cançados.
O princípio da progressividade. O IR sempre foi progressivo; Hoje possuímos 4 alíquotas, porém, continua exis-
tindo a alíquota máxima de 27,5%.
O IR tem como fato gerador (hipótese de incidência) a aquisição da renda ou de proventos de qualquer natureza,
entendidos como acréscimos patrimoniais não incluídos no primeiro. O legislador encara tanto renda como
proventos como acréscimo patrimonial.
Critério espacial - 2 adotados: territorial e renda universal. Fala-se em tributação da renda na fonte quando se
considera apenas a renda obtida de fontes. A tributação na renda mundial considera na renda adquirida de qualquer
lugar do país. Hoje, adota-se o critério da universalidade.
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São isentas de imposto de renda as indenizações de férias proporcionais e o respectivo adicional.
Competência da União. Deverá ser instituído por lei ordinária. Segue o princípio da anterioridade.
Não incide sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando quem as explore não tenha outro imóvel.
Lançamento por homologação e pode ser fiscalizado e arrecadado pelos Municípios, desde que haja convênio com
a União, sendo que neste caso 100% da arrecadação ficará com o Município. Se não houver convênio 50% da
arrecadação é destinada para o Município e os outros 50% para a União. Alíquotas variando conforme a função
social da terra.
Competência da União podendo ser criado por lei ordinária, não segue o princípio da anterioridade.
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Imposto Residual Art. 154, I da CF
Competência da União somente criado por lei Complementar, deve ser não-cumulativo e não pode ter base de
cálculo ou fato gerador de impostos já existentes.
Processo Tributário
Antes de falarmos sobre processo tributário, vamos comentar sobre a instituição de tributos.
A criação de tributos ocorrerá, via de regra, por meio de Lei Ordinária. No entanto, existem as exceções de tributos
que poderão ser instituídos por meio de Lei Complementar (são eles: Contribuição Social Residual, Empréstimo
Compulsório, Imposto sobre Grandes Fortunas e Imposto Residual). Ainda, de acordo com o artigo 62 § 2.º da CF,
a Medida Provisória poderá instituir tributo.
A Lei, quando instituir tributo, deverá estabelecer tudo o que for necessário para que ocorra no caso concreto.
Portanto, deverá estabelecer o fato gerador (verbo a ser praticado no “mundo concreto”), para assim nascer a obri-
gação tributária.
Com a obrigação tributária, surgem os sujeitos da relação jurídico-tributária, quais sejam: ativo e passivo.
Sujeito Ativo: aquele que tem o direito subjetivo de exigir o cumprimento da obrigação tributária.
Sujeito Passivo: aquele que tem o dever de pagar o tributo, ou seja, que deverá cumprir a obrigação tributária. O
sujeito passivo pode ser o contribuinte (que possui relação direta e imediata com o fato gerador) ou o responsável
(pelo qual, sem revestir a condição de contribuinte, possui uma relação indireta com o fato gerador, a lei impõe a
ele o dever de pagar o tributo).
Por meio da ocorrência do fato gerador, surge o crédito tributário. Assim, pode-se afirmar que o Sujeito Ativo possui
um crédito tributário para com o Sujeito Passivo. Esse Crédito Tributário é constituído por meio do lançamento. O
lançamento tributário pode ser: de ofício, por declaração ou por homologação.
Uma vez constituído o crédito tributário esse poderá ser exigido pelo sujeito ativo, vez que a obrigação torna-se
líquida, certa e exigível. Assim, o sujeito passivo deverá pagar o crédito, sob pena de sofrer os efeitos de mora.
Ação Declaratória
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Tem por finalidade buscar o Poder Judiciário para declarar sobre a existência ou inexistência de relação jurídica.
Está prevista no art. 19 do CPC.
Ação Anulatória
A ação anulatória tem previsão no art. 38 da Lei nº 6.830-80 e visa desconstituir um crédito tributário já devidamente
constituído, por meio do lançamento, por estar eivado de ilegalidade, inconstitucionalidade ou outros vícios.
Por essa razão, para o cabimento desta ação, deve-se partir do pressuposto da existência de lançamento ou de ato
administrativo de cobrança (autuação, notificação, CDA, guias de pagamento, carnê de imposto ou de decisão
administrativa).
A sentença proferida na ação anulatória tem natureza declaratória e constitutiva negativa, uma vez que visa
desconstituir o lançamento tributário.
O Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade de exigência de depósito para admissibilidade de
ações. Por essa razão, não é necessário realizar o depósito do montante exigido pelo fisco para ajuizar uma ação
anulatória, pois não é mais condição de sua admissibilidade.
STF - Súmula Vinculante nº 28 - É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade
de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade do crédito tributário.
A realização de depósito pelo contribuinte não é condição de admissibilidade da ação anulatória, conquanto, vale
ressaltar que a mera propositura dessa demanda não suspende a exigibilidade do crédito tributário. Assim, como já
existe um lançamento tributário, ainda que seja proposta ação anulatória, o fisco poderá ajuizar uma execução fiscal.
Para suspender a exigibilidade do crédito tributário, e assim evitar a propositura de execução fiscal, o contribuinte
deverá conseguir a concessão de tutela antecipada ou realizar o depósito do montante integral do crédito.
Embargos à Execução
Os Embargos à execução é a defesa do contribuinte frente à execução fiscal. Trata-se de uma ação autônoma,
distribuída por dependência aos autos de execução fiscal e visa desconstituir o título executivo fiscal. Tem previsão
no art. 16 da Lei nº 6.830-80.
Para sua propositura, é necessário que seja realizada a garantia prévia do juízo, nos termos do art. 16, da Lei n°
6.830/80, através de penhora, carta-fiança ou depósito integral.
O prazo para oferecer os embargos é de 30 dias a contar da intimação da penhora, da juntada da carta-fiança ou
da efetivação do depósito integral, conforme art. 16, da Lei nº 6.830/80.
Exceção de pré-executividade
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A exceção de pré-executividade é outra modalidade de defesa do contribuinte frente à propositura de execução
fiscal pelo fisco.
Esse instrumento permite ao executado formular defesa dentro do processo de execução, por meio de simples
petição, evitando a obrigatoriedade de garantir o juízo.
A exceção de pré-executividade tem fundamento legal no art. 5.°, XXXIV, “a” e XXXV, da CF e súmula 393, do STJ.
É necessário que a matéria abordada na exceção de pré-executividade seja conhecida de ofício pelo juiz, e não
comporte dilação probatória.
STJ – Súmula 393 - A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente às matérias
conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória.
A título de exemplo, podemos citar que as matérias que podem ser conhecidas de ofício são:
(i) Na hipótese de faltar certeza, liquidez e inexigibilidade do título executivo, art. 204, do CTN;
(ii) Quando presentes as causas impeditivas do crédito tributário: imunidade, isenção ou anistia, nos termos do art.
175, do CTN;
(iii) Casos de extinção do crédito tributário, nos termos do art. 156, V, do CTN.
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