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ENAST 2018 – NATAL/RN

CLUBES DE ASTRONOMIA ESCOLARES:


UMA PROPOSTA DE ENSINO NÃO FORMAL

José Ricardo Pereira da


Silva

• Escola Estadual Prof. Pedro Alexandrino


• Clube de Astronomia São Pedro
• Programa de Pós-Gradu. em Ensino de
Ciências e Matemática – CCET / UFRN
RESUMO
A contemplação dos céus está presente desde o início da
humanidade. A importância da astronomia é inegável:
compressão de nosso lugar no Universo; estações do ano;
marés; comunicação por satélites, etc. Mas como se dá a
Educação em Astronomia? Reconhecendo as deficiências da
Educação Básica, propomos o ensino não-formal através de
Clubes de Astronomia Escolares.

Palavras-chave: ensino não formal, clube de astronomia,


educação em astronomia.
QUESTÃO FOCAL

Quais contribuições o
ensino não formal,
através de clubes de
astronomia escolares,
pode dar à educação
em astronomia,
sobretudo no espaço
escolar?
OBJETIVOS

 Analisar de que forma os clubes de


astronomia podem contribuir para
educação em astronomia no espaço
escolar;
 Fomentar e subsidiar, teórica e
praticamente, professores das ciências
para criarem clubes de astronomia nas
escolas;
 Incentivar a disseminação dos saberes
científicos em astronomia na
comunidade escolar, e
consequentemente na sociedade.
JUSTIFICATIVA
O dia e a noite, os intervalos de tempo que duram as semanas, os
meses e os anos, a cor do céu, o piscar das estrelas, o calor do
Sol, as fases da Lua, a maré alta, a passagem de um cometa, o
riscar de uma estrela cadente, a comunicação por satélite, a
possibilidade de vida extraterrestre... Dentre muitos outros, esses
temas fazem parte do nosso cotidiano.
JUSTIFICATIVA
JUSTIFICATIVA
“Lamentavelmente, percebemos que na cultura humana contemporânea, o
espaço acima de nossas cabeças tem sido ignorado. Ao contrário de nossos
ancestrais, que tinham um contato direto com a natureza e com as coisas do
céu, uma intimidade vivencial, o homem moderno, especialmente aquele que
vive nos grandes centros urbanos, tem se distanciado da experiência direta
com o ambiente que nos cerca. Referimo-nos a uma experiência de
contemplação, de indagação, redescobertas, de espanto perante as
maravilhas e desafios que o cosmo nos impõe.” (SCHIVANI, 2010, p.21).
JUSTIFICATIVA

 A astronomia é pouca ou quase nunca


trabalhada durante a educação formal em
sala de aula;
 Os conceitos de astronomia fundamental
deixam de ser considerados ou são pouco
contemplados durante a trajetória
formativa do aluno do ensino fundamental
e médio;
 Pouca relevância dos conceitos
astronômicos na formação dos futuros
professores;
 Deficiência nos materiais didáticos
utilizados no ensino de astronomia;
REFERENCIAL TEÓRICO

ENSINO NÃO FORMAL (SCHIVANI,


2010, p.48)

 não-obrigatória;
 publico em geral (aberto a todos);
 publico heterogêneo (diferentes
graus acadêmicos);
 currículo adaptável;
 espaço físico diferenciado;
 novidade;
 maior motivação;
 organização diferenciada;
REFERENCIAL TEÓRICO
ENSINO NÃO FORMAL EM ASTRONOMIA (SCHIVANI, 2010, p.69)

As ações e atividades que acompanhamos apontam ser possível que


pessoas “comuns” possam (re)descobrir o universo ao seu redor, “ler” o céu
de uma maneira diferente de quando elas só viam pontos luminosos sem
significados. Acreditamos que fomentar esse “despertar” configura-se como
sendo um dos principais papéis e potencialidades dos clubes.
METODOLOGIA
“Se você pedir ao pessoal para desenhar no chão de um salão o
mapa do Brasil com giz, vale mais do que você levar o melhor
mapa do Brasil comprado na loja da esquina. Porque o mapa da
parede eles olham, enquanto no mapa do chão eles se colocam
dentro. Eles andam do Nordeste para o Sul, do Sul para o Norte, e
isso tem outro efeito.” (BETTO, 2004, p.59).
METODOLOGIA
Nem as melhores fotos, vídeos, livros ou documentários de
astronomia, podem substituir o ato de olhar para o céu à noite, e poder
contemplar estrelas, planetas, constelações, e até mesmo galáxias,
aglomerados de estrelas, nebulosas, etc., pois, “vê-los de seu bairro, a
olho nu ou através das lentes de um binóculo ou telescópio, é outra
coisa completamente diferente.” (SCHIVANI, 2010, p.114).
VOLTANDO À QUESTÃO FOCAL
Quais contribuições o ensino não formal, através de clubes
de astronomia escolares, pode dar à educação em
astronomia, sobre tudo no espaço escolar?
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS

BETTO, F. (2004). In: Essa escola chamada vida. Depoimentos ao repórter Ricardo
Kotscho. FREIRE, P.; BETTO, F. 14º Edição. Editora Ática. São Paulo – SP.

DELIZOICOV, D. (1991). Conhecimento, tensões e transições. S. Paulo, Faculdade de


Educação da USP. Tese de doutorado (MINEO).

SCHIVANI, MILTON T. (2010). Educação não formal no processo de ensino e difusão da


Astronomia: ações e papéis dos clubes e associações de astrônomos amadores.
Dissertação (Mestrado), Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IFUSP).

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