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SÃO CRISTÓVÃO
2019
BIANCA OLIVEIRA MEDEIROS
SÃO CRISTÓVÃO
2019
2
Resumo:
A transferência de calor tem como sua força motriz o gradiente de temperatura e
se dá por três mecanismos: condução, convecção e radiação. A transferência de calor por
convecção pode ser classificada segundo a natureza do escoamento do fluido, é chamado
de convecção forçada quando o escoamento do fluido é causado por um meio externo, tal
como bombas e sopradores. Diversas são as aplicações da transferência de calor por
convecção forçada, entre elas pode-se citar o uso de fluídos refrigerantes em
equipamentos eletrônicos visando sua segurança e manutenção através da remoção de
calor e na indústria de alimentos durante a fritura de muitos alimentos e a necessidade do
conhecimento do coeficiente de convecção forçada para que seja preservada a qualidade
dos alimentos durante o processo. Dessa forma foi objetivo desse estudo a determinação
dos coeficientes de transferência de calor do escoamento cruzado de ar em um cilindro
assim como o valor desses coeficientes com correlações encontradas na literatura, a fim
de comparar os dois resultados obtidos. Para a análise no regime permanente os
coeficientes médios obtidos para as velocidades nominais de 1,3 m/s; 3,2 m/s e 4,7 m/s
foram respectivamente: 42,25 W/m2.K ; 61,29 W/m2.K e 71,84 W/m2.K. Em Comparação
com os coeficientes calculados através de correlações obteve-se um erro relativo de 44%
a 63%. Através de um ajuste não-linear pode-se obter os valores dos coeficientes
convectivos para o regime transiente, estes são: 21,59 W/m2.K; 33,51 W/m2.K e 37,51,
para as respectivas velocidades nominais: 1,3 m/s; 3,2 m/s e 4,7 m/s.
3
LISTA DE TABELAS
4
Tabela 17 – Dados experimentais de temperatura colhidos em regime transiente para cada
velocidade média nominal do soprador axial....................................................................32
Tabela 18 – Dados experimentais utilizados para plotagem dos gráficos para cada
velocidade média nominal do soprador axial....................................................................35
Tabela 19 – Parâmetro “a”, coeficiente de correlação e de convecção encontrados para
cada velocidade nominal do ar.........................................................................................38
Tabela 20 – Valores de capacidade calorífica para o alumínio. (Çengel & Ghajar,
2012)................................................................................................................................40
Tabela 21 – Número de Biot calculado para diferentes coeficientes de convecção
encontrados a partir do ajuste...........................................................................................41
Tabela 22 – Fluxos convectivo, radiativo e total referente a cada velocidade e influência
do fluxo radiativo no fluxo total.......................................................................................42
5
LISTA DE FIGURAS
Figura 5 - Visão lateral do aparato experimental e visão frontal do túnel de vento ...........19
Figura 6 - Pontos do coeficiente convectivo médio em função da velocidade média
nominal............................................................................................................................25
Figura 7 - Pontos dos adimensionais Nu em função de Re.............................................27
........................................................................................................................................37
Figura 10 - Diferença das temperaturas do corpo cilíndrico obtidas experimentalmente
em relação a temperatura do ar (T-T∞) em função do tempo (t) para a velocidade de
4,7m/s.............................................................................................................................38
6
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO........................................................................................................................ 8
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................................... 9
2.1 Transferência de Calor ........................................................................................................ 9
2.2 Coeficiente de Película (h)....................................................................................................10
2.3 Escoamento cruzado em cilindros...................................................................................... 11
2.4 Adimensionais..................................................................................................................... 14
2.4.1. Número de Reynolds.........................................................................................................14
2.4.2. Número de Biot..................................................................................................................14
2.4.3. Número de Nusselt........................................................................................................... 14
2.4.4. Número de Prandtl...........................................................................................................14
2.4.5. Número de Stanton...........................................................................................................15
2.4.6. Número de Peclet...............................................................................................................15
2.5 Correlações para o cálculo do coeficiente de transferência de calor em um escoamento
cruzado em cilindro....................................................................................................................15
2.6 Condução Transiente em um Cilindro...............................................................................17
2.7. Objetivos ............................................................................................................................ 19
3. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................ 19
3.1. Equipamentos e Materiais................................................................................................. 19
3.2. Métodos .............................................................................................................................. 20
3.2.1 Análise em Regime Transiente........................................................................................ 20
3.2.2 Análise em Regime Permanente........................................................................................20
4.RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................................... 21
4.1 Determinação do coeficiente convectivo médio...................................................................21
4.2 Determinação do perfil Nu versus Re...................................................................................25
4.2.1Cálculo dos adimensionais................................................................................................ 31
4.3 Determinação do Coeficiente de Convecção em Regime Transiente.............................. 39
4.4 Validação das hipóteses .......................................................................................................39
4.4.1 Hipótese de propriedades físicas constantes.................................................................. 40
4.4.2 Hipótese de aplicação ao modelo a parâmetros concentrados (MPC).........................41
4.4.3 Hipótese de taxa de radiação desprezível....................................................................... 41
5. CONCLUSÃO........................................................................................................................ 42
6. REFERÊNCIAS.................................................................................................................... 43
7
1. INTRODUÇÃO
8
construções, pás de turbina e no resfriamento de placas de plástico ou metal, tubos de
vapor e água quente e fios extrudados. Além disso, o escoamento externo sobre os tubos
de um trocador de calor casco e tubo devem ser considerados na análise e no projeto do
equipamento (Çengel & Ghajar, 2012).
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Transferência de Calor
Segundo Cengel (2012), calor é a forma de energia que pode ser transferida de
um sistema para outro em consequência da diferença de temperatura entre eles, a
transferência desta energia sempre se dá da maior temperatura para a menor temperatura.
A transferência de calor ocorre por três diferentes mecanismos: condução, radiação e
convecção, estes podem estarem combinados ou isolados dentro de um fenômeno
observado.
𝑑𝑇
𝑞 = 𝐾𝐴 (1)
𝑑𝑥
𝑞 = 𝜎𝐴(𝑇𝑆 4 − 𝑇 4 ) (2)
9
molecular aleatório (difusão), e através do movimento global ou macroscópico do fluido.
A transferência de calor por convecção pode ser classificada segundo a natureza do
escoamento do fluido, é chamado de convecção forçada quando o escoamento do fluido
é causado por um meio externo, tal como bombas e sopradores. Convecção natural é
denominada para o fenômeno em que o escoamento se dá devido a forças de empuxo,
originadas a partir de diferenças de massa específica na interface fluido/superfície. A
equação para a taxa de transferência de calor por convecção é dada pela lei de
resfriamento de Newton:
𝑞 = ℎ 𝐴 (𝑇 − 𝑇∞ ) (3)
10
superficial do tubo está relacionada com as forças de atrito, aumentando este haverá
maiores oscilações no fluido, proporcionando uma maior movimentação molecular e
maiores taxas de transferência de calor.
1
ℎ̅ = 𝐴𝑠 ∫ ℎ 𝑑𝐴𝑠 (4)
11
Figura 1 – Formação e separação da camada-limite sobre um cilindro circular em
escoamento cruzado (Fonte: Incropera & DeWitt, 2011).
12
A ocorrência de transição da camada limite, que depende do Número de
Reynolds, influencia significativamente a posição do ponto de separação. Considerando
ângulos medidos a partir do ponto de estagnação frontal do cilindro a separação do
escoamento ocorre a cerca de θ ≅ 80° quando a camada limite é laminar (𝑅𝑒𝐷 ≤
2𝑥10 5 ) e θ ≅ 140° quando é turbulenta (𝑅𝑒𝐷 ≥ 2𝑥10 5 ). O atraso na separação de
escoamentos turbulentos é causado pelas rápidas flutuações do fluido na direção
transversal, o que permite à camada limite turbulenta desenvolver-se ao longo da
superfície antes da separação ocorrer, resultando em menor arrasto de pressão (Incropera
& DeWitt, 2011; Çengel & Ghajar, 2012).
13
Figura 3 – Variação do coeficiente local de transferência de calor ao longo da
circunferência de um cilindro circular para escoamento cruzado de ar (Fonte: Çengel &
Ghajar, 2012).
2.4 Adimensionais
ℎ 𝑁𝑢
𝑆𝑡 = = (9)
𝜌𝐶𝑝 𝑉 𝑅𝑒𝑃𝑟
Whitaker (1972)
1
1 2
0,4
𝜇∞ 4
𝑁𝑢 = (0,4𝑅𝑒𝐷 2 + 0,06𝑅𝑒𝐷 3 ) 𝑃𝑟 ( ) (11)
𝜇𝑤
𝜇
A correlação é válida para 1 ≤ 𝑅𝑒𝐷 ≤ 1,0𝑥10 5 ; 0,67 ≤ Pr ≤ 300 e 0,25 ≤ 𝜇∞ ≤ 5,2.
𝑤
15
Todas as propriedades físicas são avaliadas na temperatura do fluido 𝑇∞ , exceto 𝜇𝑤 que
é avaliada na temperatura da parede.
Zukauskas (1972)
1
𝑚 𝑃𝑟∞ 4
𝑁𝑢 = 𝐶𝑅𝑒𝐷 𝑃𝑟 𝑛 ( ) (12)
𝑃𝑟𝑤
𝑹𝒆𝑫 C M
1 a 40 0,75 0,4
40 a 1000 0,51 0,5
𝟏𝒙𝟏𝟎 𝟑 a 𝟐𝒙𝟏𝟎 𝟓 0,26 0,6
𝟐𝒙𝟏𝟎 𝟓 𝐚 𝟏𝒙𝟏𝟎 𝟔 0,076 0,7
Todas as propriedades físicas são avaliadas na temperatura do fluido 𝑇∞ , exceto 𝑃𝑟𝑤 que
é avaliada na temperatura da parede do sólido.
16
2.6 Condução Transiente em um Cilindro
Colocação do problema:
R
Z 𝑄̇𝑔
L
Figura 4 - Esquema de um cilindro semi-infinito exposto a um calor gerado constante e
à convecção que ocorre a partir do escoamento de ar.
𝑑𝑇
𝑄̇𝑔 𝑉 − 𝑞 ′′ 𝑐𝑜𝑛𝑣 𝐴𝑠 = 𝜌𝑉𝐶𝑝 (14)
𝑑𝑡
𝜋𝐷2 𝐿
𝑉= (15)
4
𝐴𝑠 = 𝜋𝐷𝐿 (16)
17
Dividindo toda a Equação (5) por 𝜌𝑉𝐶𝑝 e substituindo 𝑞 ′′ 𝑐𝑜𝑛𝑣 pelo calor
convectivo ℎ (𝑇 − 𝑇∞ ), temos:
𝑄̇𝑔 ℎ 𝐴𝑠(𝑇 − 𝑇∞ ) 𝑑𝑇
− = (17)
𝜌𝐶𝑝 𝜌𝑉𝐶𝑝 𝑑𝑡
ℎ 𝐴𝑠
𝑎= (18)
𝜌𝑉𝐶𝑝
𝑄̇𝑔
𝑏= (19)
𝜌𝐶𝑝
𝜃 = (𝑇 − 𝑇∞ ) (20)
𝑑𝜃
+ 𝑎𝜃 = 𝑏 (21)
𝑑𝑡
𝑏
Sendo a equação (12) não homogênea, define-se uma nova variável 𝜃 ∗ = 𝜃 − 𝑎
assim:
1 𝑑𝜃 ∗
+ 𝜃∗ = 0 (22)
𝑎 𝑑𝑡
𝜃∗ 𝑡
𝑑𝜃 ∗
∫ ∗
= − ∫ 𝑎 𝑑𝑡
𝜃∗ 0 𝜃 0
𝜃∗
ln ∗ = −𝑎𝑡
𝜃 0
𝜃∗
= 𝑒 −𝑎𝑡
𝜃∗0
18
𝑏 𝑏
(𝑇 − 𝑇∞ ) − = [(𝑇0 − 𝑇∞ ) − ] 𝑒 −𝑎𝑡 (23)
𝑎 𝑎
2.7 Objetivos
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Equipamentos e Materiais
19
1) Painel Elétrico- Dispondo de potenciômetro, controle de velocidade e indicadores
de temperatura do corpo dentro do cilindro e do ar;
2) Túnel de vento com soprador axial;
3) Anemômetro digital com termômetro Impac IP-720, medidor de ar em movimento
(vento) com range de temperatura entre 0,0 °C e 60,0 °C;
4) Corpo cilíndrico de alumínio com resistências ôhmicas perfeitamente distribuídas
em seu interior- Dimensões: Comprimento de 200 mm e diâmetro externo de 44
mm;
5) Sensor de temperatura deslizante localizado na superfície do cilindro;
6) Sensor de temperatura do tipo PT-100 inserido no Túnel de vento afim de obter
medidas da temperatura do ar.
3.2 Métodos
20
3,2 3,3 3,2 3,0 3,2
Ao verificar que as temperaturas não alteravam-se mais com o tempo foi iniciado a
análise em regime permanente, com o auxílio do sensor de temperatura deslizante pode-
se coletar dados de temperatura na barra em nove posições, estas são: 80; 60; 40; 20; 0; -
20; -40;- 60; -80.
Após coletados os dados, aumentou-se a velocidade para resfriar mais rápido até
atingir a temperatura de cerca de 23ºC na superfície e alterar para uma nova velocidade.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Determinação do coeficiente convectivo médio
21
-20 79 53,15
-40 79 53,15
-60 80 53,65
-80 79 53,15
Média 78 52,98
60 63 45,35
40 63 45,35
20 63 45,35
0 63 45,35
27,7
-20 63 45,35
-40 63 45,35
-60 64 45,85
-80 63 45,35
Média 63 45,40
22
60 58 42,95
40 58 42,95
20 58 42,95
0 57 42,45
-20 58 42,95
-40 58 42,95
-60 59 43,45
-80 59 43,45
Média 58 43,00
𝑇𝑠 −𝑇∞
𝑇𝑓𝑖𝑙𝑚𝑒 = (24)
2
𝑄𝑐𝑜𝑛𝑣 = 𝑃 (25)
23
A potência fornecida pelas resistências foi calculada por:
𝑃 = 𝑈. 𝐼 (26)
𝐴𝑠 = 𝜋𝐷𝐿 (27)
60 𝑊
< ℎ >= = 42,25 2
0,028 . (78 − 27,3) 𝑚 .𝐾
24
Figura 6 – Pontos do coeficiente convectivo médio em função da velocidade
média nominal.
25
Tabela 8: Dados de Temperatura do filme média, a densidade (ρ), condutividade
térmica (k), difusividade térmica (α), viscosidade dinâmica (μ), viscosidade cinemática
(ν) e número de Prandtl (Pr), para cada velocidade média. Propriedades do ar a 1 atm.
Nusselt
O número de Nusselt (Nu), pode ser calculado conhecendo o comprimento
característico do cilindro, a condutividade térmica do fluido no filme e o coeficiente
médio de convecção, segundo a Equação (7). Como para velocidade média de 1,3 m/s:
42,25.0,044
𝑁𝑢 = = 78,37
0,02372
Esse adimensional representa a razão entre a taxa de transferência de calor por
convecção e a taxa de transferência de calor por condução (Incropera et al., 2008).
O número de Nusselt depende diretamente do coeficiente convectivo de
transferência de calor. Este, como demonstrado no tópico 4.1., depende da velocidade de
escoamento associada a convecção.
Reynolds
O número de Reynolds tem dependência direta da velocidade, portanto tem
dependência com o coeficiente convectivo. Esse adimensional é calculado pela Equação
(5), utilizando as propriedades físicas do fluido na temperatura média de filme dispostas
na Tabela (8). Exemplificando para a velocidade média de 1,3 m/s:
26
Tabela (9): Dados dos adimensionais Re e Nu, cada para velocidade média.
<v> (m/s) Nu Re
1,3 78,37 3130,52
3,2 99,91 7898,19
4,7 118,07 11715,53
Dados das propriedades adaptados por interpolação de Çengel & Ghajar (2012).
<v> T∞ k∞ ρ∞ Ts
3 μ∞ (kg/m.s) Re∞ Pr∞ μs (kg/m.s)
(m/s) (°C) (W/m.K) (kg/m ) (°C)
28
1,3 27,3 0,02568 1,17 0,00001859 3614,77 0,7289 78 0,000020872
Dados das propriedades adaptados por interpolação de Çengel & Ghajar (2012).
Das Tabela (11) e Tabela (12), é possível comprovar a validade dos dados para
o uso da correlação. Os valores de Nu foram calculados pela Equação (11) e assim, foram
encontrados os valores de coeficiente convectivo médio pela Equação (7). Esses valores
também divergiram dos valores encontrados experimentalmente.
Correlação Zhukauskas
Na correlação de Zhukauskas, as propriedades físicas do fluido são calculadas
na temperatura da corrente de ar, exceto pelo Prs calculado na temperatura da superfície
do cilindro. Essa correlação propõe uma tabela de valores para as constantes apresentadas
nela. Visto que os valores das propriedades do fluido na corrente de ar são iguais aqueles
apresentados na Tabela (11), podemos encontrar as constantes sugeridas na correlação da
Equação (12).
Como para todas as velocidades Pr∞≤ 10, temos que n=0,37; e visto que a faixa
de 1,0.103 ≤ ReD ≤ 2,0.105, temos que C=0,26 e m=0,6.
Assim, podemos encontrar os valores de Nu e de <h> pela correlação,
representados na Tabela (13).
29
Tabela 13: Resultados para Nu e coeficiente convectivo para cada velocidade
nominal, encontrados pela correlação Zhukauskas.
30
4.3 Determinação do Coeficiente de Convecção em Regime Transiente
31
Tabela 17 – Dados experimentais de temperatura colhidos em regime transiente para
cada velocidade média nominal do soprador axial
32
1260 66 61 54
1290 66 61 55
1320 67 61 55
1350 67 61 55
1380 68 61 55
1410 68 62 55
1440 69 62 56
1470 69 62 56
1500 69 63 56
1530 70 63 56
1560 70 63 56
1590 70 63 56
1620 71 63 56
1650 71 63 56
1680 71 63 56
1710 71 63 56
1740 71 63 57
1770 71 63 57
1800 71 63 57
1830 72 - 57
1860 72 - 57
1890 72 - 57
1920 72 - 57
1950 73 -- 57
1980 73 - 57
2010 73 - 57
2040 73 - 57
2070 73 - 57
2100 74 - 57
2130 74 - 57
2160 74 - 57
2190 74 - 57
2220 74 - 57
2250 75 - -
2280 75 - -
2310 75 - -
2340 75 - -
2370 75 - -
2400 75 - -
2430 75 - -
2460 75 - -
2490 76 - -
2520 76 - -
2550 76 - -
2580 76 - -
2610 76 - -
33
2640 76 - -
2670 76 - -
2700 76 - -
2730 77 - -
2760 77 - -
2790 77 - -
2820 77 - -
2850 77 - -
2880 77 - -
2910 77 - -
2940 77 - -
2970 77 - -
3000 77 - -
34
Tabela 18 – Dados experimentais utilizados para plotagem dos gráficos para cada
velocidade média nominal do soprador axial.
35
2100 46,61 - - - -
2250 47,61 - - - -
2490 48,61 - - - -
2730 49,61 - - - -
36
Figura 8- Diferença das temperaturas do corpo cilíndrico obtidas experimentalmente em
relação a temperatura do ar (T-T∞) em função do tempo (t) para a velocidade de 1,3 m/s
37
Figura 10- Diferença das temperaturas do corpo cilíndrico obtidas experimentalmente
em relação a temperatura do ar (T-T∞) em função do tempo (t) para a velocidade de 4,7
m/s
0,000805𝑥2702𝑥0,000304𝑥903
ℎ= = 21,59 W/m2 K
0,027646
38
coeficientes de convecção encontrados aumentam com a elevação da velocidade do ar, o
que é esperado fisicamente, já que a elevação da velocidade do ar aumenta as taxas de
transferência de calor.
39
Figura 11- Variação da condutividade térmica de sólidos, líquidos e gases com
a temperatura. Fonte: Çengel & Ghajar (2012)
T (K) cp (J/kg.K)
300 903
350 926*
*valor obtido por interpolação
40
do volume e área superficial disposto na Tabela 16 obtendo-se um valor de 0,011 m. Em
posse desses dados, a Tabela 21 apresenta os números de Biot calculados cujos cálculos
são exemplificados abaixo para a menor velocidade.
0,000304
𝐿𝑐 = = 0,011 𝑚
0,027646
21,59𝑥0,011
𝐵𝑖 = = 0,001
237
A partir do número de Biot obtido na Tabela 21 e tendo em vista que o valor foi
menor que 0,1 é possível validar a hipótese de parâmetros concentrados utilizada.
41
Tabela 22 – Fluxos convectivo, radiativo e total referente a cada velocidade e
influência do fluxo radiativo no fluxo total
Influência
′′
𝑊 ′′
𝑊 ′′
𝑊
V (m/s) 𝑞𝑐𝑜𝑛𝑣 ( 2) 𝑞𝑟𝑎𝑑 ( 2) 𝑞𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ( 2) fluxo radiativo
𝑚 𝑚 𝑚
(%)
1,3 2099,82 11,69 2111,51 0,55
3,2 2163,54 7,77 2171,31 0,36
4,7 2090,54 6,23 2096,77 0,30
5. CONCLUSÃO
Os objetivos propostos neste estudo foram realizados com êxito. Os coeficientes
calculados para o regime permanente através da lei de resfriamento de Newton para as
velocidades nominais para as velocidades nominais de 1,3 m/s; 3,2 m/s e 4,7 m/s foram
respectivamente: 42,25 W/m2.K ; 61,29 W/m2.K e 71,84 W/m2.K, todos estes se
encontram em conformidade física com os valores de coeficientes convectivos para gases
que são encontrados na literatura na faixa de 25 W/m2.K a 250 W/m2.K. Observou-se
que os coeficientes aumentavam a medida que a velocidade nominal também aumentou,
42
isso pode ser explicado pelo fato que de em maiores velocidades, a remoção de ar
aquecido ao redor do corpo cilíndrico quente é maior.
Os adimensionais por sua vez também demonstraram uma elevação com o aumento
da velocidade, mais uma vez mostrando-se fisicamente coerente com o esperado, visto
que, ao aumentar a velocidade, as forças viscosas possuem menos influencia no
escoamento impactando no aumento do número de Reynolds (razão entre as forças
inerciais e viscosas).
6. REFERÊNCIAS
43
Tirado, D. F.; Acevedo, D.; Guzmán, L. E. Coeficientes Convectivos de
Transferencia de Calor durante el Freído de Láminas de Tilapia (Oreochromis niloticus).
Información Tecnológica, v. 24, p. 41-46, 2013.
Incropera, F. P. Convection Heat Transfer in Electronic Equipment Cooling.
Journal of Heat Transfer, v. 110, p. 1097 - 1110, 1988.
Churchill, S. W.; Bernstein, M. A Correlating Equation for ForcedConvection
From Gases and Liquids to a Circular Cylinder in Crossflow. Journal of Heat Transfer,
v. 99, p. 301-305, 1977.
Whitaker, S. Forced Convection Heat Transfer Correlations for Flow In Pipes,
Past Flat Plates, Single e Cylinders, Single Spheres, and for Flow In Packed Beds and
Tube Bundles. AIChE Journal, vol. 18, p. 361 -371, 1972.
Zukauskas, A. Convection Heat Transfer in Cross Flow. Advances in Heat Transfer.
Hartnett, J. P.; Irvine, Jr, T. F. New York: Academic Press, 1972.
44