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RESUMO
O EKD – Enterprise Knowledge Development – é uma metodologia que fornece uma forma sistemática e controlada de analisar, entender, desenvolver
e documentar uma organização. Infelizmente não possui uma sintaxe e semântica bem definidas, dificultando análises mais complexas dos modelos.
Como resultado, o modelo de processos de negócio do EKD pode ser ambíguo e de difícil análise, principalmente em sistemas mais complexos, não
sendo possível verificar a consistência e completude do modelo. Neste trabalho, esses problemas serão tratados sob uma abordagem baseada em
redes de Petri. Assim, este trabalho tem como objetivo apresentar o mapeamento do modelo de processos de negócios do EKD em redes de Petri.
O mapeamento permitirá que o modelo de processos de negócios do EKD seja analisado de forma que seja possível verificar a consistência e com-
pletude do modelo.
PALAVRAS-CHAVE
Modelo de processos de negócios, formalização do modelo de processos de negócio, redes de Petri, modelagem organizacional, EKD.
KEY WORDS
Business process model, Petri nets, enterprise modeling, assessment of business process model, EKD.
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Desde que Zisman (1977) usou redes de Petri para mo- seada em Aalst (1999), uma definição formal do Modelo de
delar workflow pela primeira vez, muitos autores publica- Processos de Negócio do EKD (MPN-EKD). Dessa forma,
ram trabalhos que procuravam, também, integrar os dois foi possível descrever os requisitos que um Modelo de Pro-
assuntos. Entre eles, podem-se mencionar: Chrzastowski- cessos de Negócio deve satisfazer para que o mapeamento
Wachtel et al. (2003); Rinderle et al. (2003); Chen-Burger e seja desenvolvido.
Stader (2003); Cindio et al. (1988); Li et al. (1993); Ferscha Para essa definição formal do Modelo de Processos de
(1994); Merz et al. (1995); Schömig e Rau (1995); Ellis Negócio foi criado um conjunto de conectores para o Modelo
e Nutt (1996); Nutt (1996); Wikarski (1996); Oberweis de Processos de Negócio do EKD. O conjunto de conectores
(1997); Aalst (1998); Adam et al. (1998); Badouel e Oliver é representado por C e é composto por CAND, COR , CJ, CS, CIP
(1998); Dehnert (2003); Aalst e Hee (2002); Eshuis e Deh- e CPI. Os conectores COR e CAND foram criados para identi-
nert (2003); Grigova (2003); Verbeck et al. (2002). Aalst e ficar escolha (exclusiva) e paralelismo para que os casos de
Hee (2002) afirmam que existem diversas razões para usar paralelismo e escolha não sejam modelados exatamente da
redes de Petri para modelagem de processos de negócio: mesma forma, criando ambigüidades e dificuldades de com-
1. Semântica formal: um processo de negócio especificado preensão. Os conectores CJ e CS definem conectores do tipo
em uma rede de Petri tem definição clara e precisa, por join e split. Para descrever a natureza do fluxo dos processos
serem a semântica da rede de Petri clássica e suas exten- e de suas interações existe um conjunto de termos, utilizados
sões definidas formalmente. em Workflow Management Coalition (1996) e em Aalst e
2. Natureza gráfica: rede de Petri é uma linguagem gráfica Hee (2002), que são apresentados a seguir:
intuitiva e de fácil aprendizado. A natureza gráfica tam- - AND-Split: ponto em que, de uma única linha de fluxo,
bém apóia a comunicação com usuários finais. partem duas ou mais linhas que são executadas em para-
3. Expressividade: redes de Petri suportam todas as primi- lelo.
tivas necessárias para modelar um processo de negócio. - AND-Join: ponto em que duas ou mais atividades, exe-
Todas as construções das rotas presentes nos sistemas de cutando em paralelo, convergem em uma única linha de
gerenciamento de processos de negócio atuais podem fluxo comum.
ser modeladas. Além disso, o fato de os estados serem - OR-Split: ponto em que uma única linha de fluxo faz uma
representados explicitamente permite escolhas explícitas decisão entre um número de opções.
na modelagem de processos. - OR-Join: ponto no qual uma atividade que possui um nú-
4. Propriedades: nas últimas três décadas, muitas pessoas mero de alternativas direciona-se para uma única opção.
têm investigado as propriedades básicas de redes de Petri. - De acordo com essas definições de AND-Split, AND-Join,
A fundamentação matemática firme permite algumas OR-Split e OR-Join, as construções da Figura 1 não são
conclusões e verificações importantes. permitidas no MPN-EKD formal.
5. Análise: as redes de Petri são caracterizadas pela disponi-
bilidade de muitas técnicas de análise. Claramente, esse é Os conectores CIP e CPI demonstram que um conector C é
um ponto positivo a favor do uso de redes de Petri para um caminho de um inf-set para um processo ou um caminho
modelagem de workflow. Essas técnicas podem ser usa- de um processo para um inf-set.
das para provar propriedades (segurança, deadlock, entre Os estados inicial e final não são especificados no Mo-
outras) e para calcular a métricas de performance (tempo delo de Processos de Negócio do EKD, foi necessário criar
de resposta, tempo de espera, taxa de ocupação). Dessa esses estados para que a formalização fosse efetivamente
forma, é possível avaliar workflows alternativos usando realizada. Essa situação será explicada no decorrer deste
ferramentas de análise baseadas em redes de Petri. artigo.
6. Não dependente de fornecedor: rede de Petri é uma fer-
ramenta de modelagem com estrutura para modelagem Definição 1. Um MPN-EKD é uma quíntupla (I, P, C, Q, A):
e análise independente de um vendedor. - I é um conjunto finito de inf-set (conjunto de informa-
ções);
- P é um conjunto finito de processos;
3. FORMALIZAÇÃO DO MODELO DE PROCESSOS - C é um conjunto finito de conectores lógicos;
DE NEGÓCIO - Q ∈ C → {AND, OR} é uma função que mapeia cada co-
nector dentro de um tipo de conector;
Para que seja possível realizar o mapeamento do Modelo - A ⊆ (I × P) ∪ (P × I) ∪ (I × C) ∪ (C × I) ∪(P × C) ∪(C ×
de Processos de Negócio em Redes de Petri foi criada, ba- P) é um conjunto de arcos.
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Um MPN-EKD é composto por três tipos de elementos: - CIP ⊆ C tal que c ∈ CIP se, e somente se, existe um caminho
inf-set – conjunto de informações (I), processos (P) e co- p = <n1, n2, n3>, tal que n1 ∈ I, n2 ∈ C, n3 ∈ P.
nectores (C). O tipo de cada conector é dado pela função Q: - CPI ⊆ C tal que c ∈ CPI se, e somente se, existe um caminho
Q(c) é o tipo (AND ou OR) de um conector c ∈ C. A relação p = <n1, n2, n3>, tal que n1 ∈ P, n2 ∈ C, n3 ∈ I.
A especifica um conjunto de arcos conectando processos,
conjunto de informações (inf-set) e conectores. A definição A definição 3 possibilita especificar requisitos adicionais
1 demonstra que não é permitido ter um arco conectando que um Modelo de Processos de Negócios do EKD deveria
dois processos ou dois inf-sets ou dois conectores. satisfazer.
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Cada processo tem ao menos um inf-set inicial e um inf-set fi- os inf-sets com lugares que foram incluídos para representar
nal, um arco de entrada e um arco de saída, para os dois nodos conectores ( LcPN).
n1 e n2 (ignorando a direção dos arcos). Um conector c é um
conector join (|c•| = 1 e |•c| ≥ 2) ou split(|•c| = 1 e |c•| ≥ 2). O TPN = P ∪( TcPN)
último requisito declara que o conector c é um caminho de
um inf-set para um processo ou um caminho de um processo O conjunto de transições (TPN) é formado pela união de
para um inf-set. O Modelo de Processos de Negócio do EKD todos os Processos com transições que foram incluídas para
é sintaticamente correto se todos os requisitos declarados na representar conectores ( TcPN).
definição 4 são satisfeitos.
FPN = (A ∩ ((I × P) ∪ (P × I))) ∪ ( FcPN)
4. MAPEAMENTO DO MODELO DE PROCESSOS O conjunto de arcos da rede (FPN) é formado pelos arcos
DE NEGÓCIO EM REDES DE PETRI do modelo que vão de I a P e de P a I e a união dos arcos
incluídos para representar conectores ( FcPN).
Nesta seção, será apresentado o procedimento de mapea-
mento do Modelo de Processos de Negócio em redes de Petri. A seguir serão apresentadas as definições de LcPN, TcPN e
PN
O procedimento de mapeamento foi desenvolvido baseado Fc de acordo com as regras de mapeamento relacionadas
em redes de Petri lugar/transição. ao tipo de conectores do MPN-EKD. Em seguida a cada
As definições (1) e (4) apresentadas apenas relatam a definição são apresentados exemplos que representam as
sintaxe de um modelo de Processos de Negócio do EKD e regras utilizadas para mapear os conectores do MPN-EKD
não a semântica. em redes de Petri.
Os lugares representam inf-sets ou são construções ne-
cessárias para modelar o comportamento do conector do Regra 1
MPN-EKD. As transições representam processos ou estão c ∈ CIP∩CJ∩CAND
representando o comportamento do conector. Cada conec-
tor c ∈ C corresponde a lugares, transições e/ou arcos. Quando o conector c pertence a CIP (caminho de inf-set
O conector pode corresponder a um número de arcos da para processo) intersecção de CJ (join) intersecção de CAND,
rede de Petri ou uma pequena rede de lugares e transições. as definições de LcPN, TcPN e FcPN são as seguintes:
O conector OR corresponde ao comportamento de um
lugar. O conector AND corresponde ao comportamento de 1.1 LcPN = ∅
uma transição. Na definição 5 o elemento Lugar de redes de 1.2 TcPN = ∅
Petri será representado por L para evitar confusão com o 1.3 FcPN = {(x, y)|x∈•c e y∈c•}
P de processo de MPN-EKD. A definição 5, apresentada a
seguir, demonstra como é o mapeamento dos conectores do A equação 1.1 determina que para representar esse conec-
MPN-EKD desenvolvido neste trabalho. tor não é necessário acrescentar lugares. A equação 1.2 de-
No contexto do MPN-EKD os arcos sempre têm peso termina que para representar esse conector não é necessário
igual a 1 porque lugares correspondem a condições. Em acrescentar transições. A equação 1.3 determina que os arcos
uma rede de Petri que corresponde a um MPN-EKD correto que vão do conjunto de entrada do conector ao conjunto de
(sound) um lugar nunca conterá múltiplas marcas. A rede é saída do conector.
segura. Os estados com múltiplas marcas em um lugar são Nesse sentido, observa-se que o conector AND-join cor-
resultados de erros de projeto. Para capturar esses erros é responde a dois ou mais arcos em redes de Petri se, e somen-
necessário considerar redes não-seguras. te se, a saída é um processo. Na Figura 2 é apresentado um
exemplo de mapeamento do conector c ∈ CIP∩CJ∩CAND.
Definição 5. Considere um MPN-EKD = (I,P,C,Q,A).
N(EKD)=(LPN, TPN, FPN) é uma rede de Petri gerada pelo Regra 2
MPN-EKD:
c ∈ CPI∩CJ∩CAND
LPN = I ∪( LcPN)
Quando o conector c pertence a CPI (caminho de processo
O conjunto de lugares (LPN) é formado pela união de todos para inf-set) intersecção de CJ (join) intersecção de CAND, as
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definições de LcPN, TcPN e FcPN são as seguintes: ao conector e entre a transição e o lugar de saída do co-
nector.
2.1 LcPN = { lxc | x ∈ •c} Neste caso, o conector AND-join tem o comportamento
2.2 TcPN = {tc} de uma transição. É acrescentado um lugar para cada pro-
2.3 FcPN = {(x,lxc)|x ∈•c}∪ {( lxc, tc)|x ∈•c}∪ {(tc, x)|x ∈c•} cesso de entrada do conector. Na Figura 3 é apresentado um
exemplo de mapeamento do conector c ∈ CPI∩CJ∩CAND.
Na equação 2.1 é determinado que para representar
esse conector é necessário acrescentar um lugar para Regra 3
cada processo de entrada do conector. Na equação 2.2 é
indicado que para representar esse conector é necessário c ∈ CIP∩CJ∩COR
acrescentar uma transição. Na equação 2.3 é determinado
que para representar esse conector é necessário acrescen- Quando o conector c pertence a CIP (caminho de inf-set
tar arcos que ligam as transições aos lugares de entrada para processo) intersecção de CJ (join) intersecção de COR, as
do conector, entre os lugares e a transição correspondente definições de LcPN, TcPN e FcPN são as seguintes:
Figura 2: Exemplo de Mapeamento do CAND entre dois ou mais inf-sets para um processo.
Figura 3: Exemplo de Mapeamento do CAND entre dois ou mais processos para um inf-set.
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3.1 LcPN = {lc} que o conjunto de arcos está entre o conjunto de entrada e
3.2 TcPN = { txc | x ∈ •c} o conjunto de saída.
3.3 FcPN = {( x, txc)|x ∈•c}∪ {(txc,lc)|x ∈•c}∪ {(lc,x)|x ∈c•} O conector OR-join corresponde a dois ou mais arcos em
redes de Petri se, e somente se, o conector é CPI. Na Figura
Na equação 3.1 é determinado que para representar este 5 é apresentado um exemplo de mapeamento do conector c
conector é necessário acrescentar um lugar. Na equação 3.2 é ∈ CIP∩CJ∩COR.
estabelecido que para representar este conector é necessário
acrescentar uma transição para cada inf-set de entrada do Regra 5
conector. Na equação 3.3 é determinado que para represen-
tar este conector é necessário acrescentar um conjunto de c ∈ CIP ∩Cs∩CAND
arcos dos lugares às transições de entrada do conector, entre
as transições e o lugar que corresponde ao conector e entre Quando o conector c pertence a CIP (caminho de inf-set
o lugar e a transição de saída do conector. para processo) intersecção de CS (join) intersecção de CAND,
O conector OR-join tem o comportamento de um lugar as definições de LcPN, TcPN e FcPN são as seguintes:
quando o conector é CIP. Na Figura 4 é apresentado um
exemplo de mapeamento do conector c ∈ CIP∩CJ∩COR. 5.1 LcPN = { lxc | x ∈ c•}
5.2 TcPN = {tc}
Regra 4 5.3 FcPN = {(x, tc)|x∈•c}∪{(tc, lxc)|x∈c•}∪{(lxc, x)|x∈c•}
Figura 4: Exemplo de Mapeamento COR entre dois ou mais inf-sets para um processo.
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Figura 5: Exemplo de Mapeamento COR entre dois ou mais processos para um inf-set.
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é determinado que não é necessário acrescentar transições definições de LcPN, TcPN e FcPN são as seguintes:
para representar esse conector. Na equação 7.3 é apresentado
que o conjunto de arcos está entre o conjunto de entrada e 8.1 LcPN = {lc}
o conjunto de saída. 8.2 TcPN = { txc | x ∈ c•}
O conector OR-split corresponde a um número de arcos 8.3 FcPN = {(x,lc)|x∈•c}∪{(lc,txc)|x∈c•}∪{(txc, x)|x∈c•}
em redes de Petri se, e somente se, a saída são dois ou mais
processos. Na Figura 8 é apresentado um exemplo de mapea- Na equação 8.1 é determinado que para representar este
mento do conector c ∈ CIP∩Cs∩COR. conector é necessário acrescentar um lugar. Na equação 8.2 é
apresentado que é necessário acrescentar uma transição para
Regra 8 cada inf-set de saída do conector. Na equação 8.3 é determi-
nado que o conjunto de arcos deve estar entre a transição
c ∈ CIP∩Cs∩COR. inicial e o lugar correspondente ao conector, entre o lugar
e as transições de saída do conector e entre as transições de
Quando o conector c pertence a CPI (caminho de processo saída do conector e os lugares.
para inf-set) intersecção de CS (join) intersecção de COR, as A única forma de existir um lugar com mais de um arco
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de cobertura da rede de Petri, que corresponde ao MPN- cedimentos eficientes de decisão para verificar a propriedade
EKD é suficiente para verificar soundness. Para MPN-EKD soundness de um MPN-EKD. Para guiar o usuário em pro-
complexos, o gráfico de cobertura pode tornar-se muito curar e corrigir defeitos em um projeto de um MPN-EKD, é
grande. Esse fenômeno é conhecido como o “problema de possível também suprir diagnósticos adicionais baseados na
explosão de estado”. Um MPN-EKD com 80 processos pode estrutura do MPN-EKD/redes de Petri.
facilmente ter mais de 200.000 marcações. Embora os com-
putadores atualmente tenham dificuldade para analisar grá-
ficos de cobertura desse tamanho, existem muitas técnicas 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
avançadas que exploram a estrutura de redes de Petri, nesse
caso gerada por um MPN-EKD. Essas técnicas permitem Neste trabalho, foi destacado que o principal problema
das abordagens de Modelagem Organizacional,
incluindo-se o EKD, é a ausência de técnicas de
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não podem ser prevenidas em um modelo de Processos de com este procedimento, foi possível verificar alguns requisi-
Negócio informal. Para resolver este problema, foi desenvol- tos que garantem se o processo foi modelado corretamente e
vido o Modelo de Processos de Negócio com uma semântica outros requisitos que permitem uma análise do processo.
formal. Para desenvolver essa semântica foi criado um con- Nesse sentido, como trabalho futuro, a partir do proce-
junto de conectores para o Modelo de Processos de Negócio dimento de mapeamento formal do Modelo de Processos
do EKD. O conjunto de conectores é representado por C e é de Negócio em redes de Petri será desenvolvida a primeira
composto por CAND, COR, CJ, CS, CIP e CPI. Os conectores COR versão do Método de Avaliação do Modelo de Processos de
e CAND são importantes para identificar escolha (exclusiva) Negócio do EKD.
e paralelismo para que os casos de paralelismo e escolha não A grande conveniência, como afirmado anteriormente,
sejam modelados exatamente da mesma forma, evitando no uso de redes de Petri na modelagem de processos de
ambigüidades e dificuldades de compreensão. Os conectores negócios é a possibilidade de um rastreamento minucioso e
CJ e CS definem conectores do tipo join e split. Os conectores não-ambíguo de cada etapa da operação.
CIP e CPI demonstram que um conector c é um caminho de Além disso, este trabalho mostra que as redes de Petri
um inf-set para um processo ou um caminho de um processo possibilitam uma representação matemática formal e dis-
para um inf-set. ponibilizam mecanismos de análise que tornam possíveis
Foram incluídos os estados inicial e final para possibili- a verificação da correção do modelo e a checagem de suas
tar que a formalização fosse efetivamente realizada. Esses propriedades.
estados não são especificados no Modelo de Processos de O fato de algumas construções não serem permitidas
Negócio do EKD original. pode ser considerado uma desvantagem da formalização do
Foi desenvolvido um procedimento de mapeamento for- MPN-EKD. Porém, durante o processo de modelagem essas
mal do Modelo de Processos de Negócio em redes de Petri. construções devem ser analisadas cuidadosamente, sendo
O procedimento de mapeamento foi desenvolvido baseado importante o discernimento da equipe ou pessoa que está
em redes de Petri lugar/transição. Por meio de um modelo de modelando para que o modelo seja desenvolvido de acordo
processos de negócio mapeado em redes de Petri de acordo com as definições criadas neste trabalho.
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SOBRE OS AUTORES
Silvia Inês Dallavalle de Pádua
Departamento de Administração
FEARP-USP
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