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Alterações Epigenéticas
A epigenética refere-se a alterações reversíveis e hereditárias na expressão gênica que ocorrem sem mutação.
Tais alterações envolvem modificações pós-tradução das histonas e a metilação do DNA, afetando a expressão
gênica. No genoma normal, algumas partes não são expressas, sendo silenciadas por metilação e por
modificação nas histonas que levam a compactação do DNA em heterocromatina.
Os genes supressores de tumor são silenciados por hipermetilação das sequencias promotoras, em vez de
mutação. Ex.: o locus (CDKN2A) codifica dos supressores de tumor p14 e p16, sendo que eles são silenciados
numa série de cânceres como colon e gástrico. Esse locus produz dois genes supressores de tumor que afetam
as vias da p53 e da RB, gerando um efeito agradável para o câncer, que remove dois pontos de checagem
numa única alteração.
As alterações da cromatina que contribuem para a carcinogênese são menos bem compreendidas. Estudos
atuais demostram que há um código nas histonas e que diversas modificações nas extremidades das histonas
como acetilação e metilação, levam a ativação ou repressão da transcrição. Diversas enzimas modificadoras
de cromatina como a EZH2 estão superexpressas nos carcinomas de mama. Eles fazem parte de um complexo
multiproteico e a sua superexpressão pode levar a repressão de genes supressores de tumor como a p21.
mRNA e Câncer
Os miRNA são pequenos RNA, não codificantes, de fita única, com 22 nucleotídeos de comprimento, que são
incorporados ao complexo de silenciamento induzidos por RNA. Os miRNA medeiam o reconhecimento
sequência-especifico de mRNA e através da ação do complexo de silenciamento induzido por RNA, medeiam
o silenciamento gênico pós-transcricional. Eles controlam a diferenciação, o crescimento e a sobrevivência
celular.
Os miRNA sofrem mudanças em sua expressão nas células cancerosas, sendo que frequentes amplificações e
deleções são encontradas nos locus de miRNA. Os miRNA podem participar da transformação neoplásica,
quer seja pelo aumento da expressão dos oncogenes ou pela diminuição da expressão de genes supressores de
tumor. Se o miRNA inibe a tradução de um ongonese, haverá uma redução na quantidade ou função daquele
miRNA, e levará a uma superprodução de oncogênicos, agindo como supressor de tumor, já se o alvo de um
miRNA é um supressor de tumor, então a superatividade do miRNA pode reduzir a proteina supressora de
tumor, a agir como oncogene.