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Botucatu – SP
Julho/ 2013
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE
COMISSÃO EXAMINADORA
Presidente e Orientadora
Membro
Membro
St. Exupery
iv
A Deus, pela vida e pela certeza de Sua constante presença ao meu lado.
Aos meus pais Alexandre e Rení, pelo apoio e incentivo de cada dia, por serem meu
porto seguro e exemplo de caráter, amor e família.
À minha irmã Juliana, a melhor amiga que alguém pode sonhar em ter.
v
AGRADECIMENTOS
A Ivana (Xevs) pela sincera amizade nestes anos de Botucatu, e por ter me
acolhido tão bem quando cheguei. Meu presentinho 2011. Sem você as coisas seriam
bem mais difíceis.
LISTA DE TABELAS
Tabela 5- Média e desvio padrão dos exames laboratoriais dos Sapajus apella. 32
Tabela 6- Média e desvio padrão do IR das artérias arqueadas (arq) e renais ... 37
Tabela 8- Média e desvio padrão da VPS das artérias arqueadas (ARQ) e renal.
............................................................................................................................. 40
Tabela 9- Média e desvio padrão da VPS das artérias interlobares (IL). ............. 40
vii
LISTA DE FIGURAS
Figura 17- Doppler espectral renal de Sapajus apella. Seta demonstrando local
onde se realiza a mensuração da VPS. ............................................................... 38
Figura 18- Gráfico demonstrando a média com desvio padrão da VPS das
artérias arqueadas (ARQ) de rim esquerdo (RE) e rim direito (RD), em polo médio
(M), cranial (CR) e caudal (CD). ........................................................................... 39
Figura 21- Doppler espectral renal de Sapajus apella. Seta demonstrando local
onde se realiza a mensuração da VDF ................................................................ 40
ix
LISTA DE ABREVIAÇÕES
IP – índice de pulsatlidade
MHz – megaheartz
Mg/dl- miligramas / decilitros
PRF – frequência de repetição de pulso
FMVZ – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia.
UNESP – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
CEMPAS – Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Selvagens
® - marca registrada
EDTA - ácido etilenodiamino tetra-acético
SISBIO - Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade
Comp – comprimento
Esp – espessura
Larg – largura
EC – espessura cortical
Vol – volume
AR – arqueada
IL- interlobar
Cr- cranial
M- médio
Cd – caudal
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 1
3 OBJETIVOS ................................................................................................................... 24
4.1 ANIMAIS............................................................................................................................... 26
5 RESULTADOS ................................................................................................................. 30
6 DISCUSSÃO .................................................................................................................... 43
7 CONCLUSÕES ................................................................................................................ 49
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 51
ANEXOS.............................................................................................................................. 64
CARANDINA, L.S. Dopplerfluxometria renal em macaco prego (Sapajus apella) de
cativeiro. Botucatu, 2013. 94 p. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Medicina
Veterinária e Zootecnia, Campus de Botucatu, Universidade Estadual Paulista.
RESUMO
ABSTRACT
The capuchin monkeys are widely distributed in Brazil. There are only few
studies on this species, that do not allow a normal range on various parameters,
including renal Doppler. This study evaluated ten capuchin monkeys on
ultrasound B-mode and Doppler, in order to standardize ultrasound B-mode and
Doppler renal values of this specie. The animals were anesthetized with Ketamine
and Miadzolam as premedication and Isoflurane for maintenance. On Doppler
analysis, resistivity index values presented statistical differences between the left
and right kidney on renal, inrterlobar and arcuate arteries. VPS also showed
statistical difference between the interlobar arteries and arcuate arteries. VDF
showed no statistical difference between left and right kidney. The difference
between these values was attributed to anesthesia time and capture related
stress. Thus, it is concluded that Doppler ultrasonography is useful in monitoring
renal diseases. However, when undergoing anesthesia, the anesthetic protocol
and the level of stress can directly influence the calculation of the resistivity index.
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DE LITERATURA
Sapajus xanthosternos
Sapajus robustus
Sapajus nigritus
Sapajus cay
Fonte: Adaptação de Alfaro et al (2012)
7
O suprimento vascular dos rins se faz através dos ramos da aorta abdominal,
as artérias renais esquerda e direita. As artérias renais originam-se da parede
lateral da aorta (DYCE et al, 2010).
Tabela 3. Valores de referência de bioquímicos para Sapajus apella, de acordo com diferentes
autores.
2.5.2 Urinálise
Os rins devem ser avaliados nos planos sagital e transversal, mas para a
avaliação completa dos rins, cortes suplementares como o coronal são
necessários (WIDMER et al, 2004; CARVALHO, 2004). Sempre deve-se examinar
os rins nos sentidos cranial a caudal e lateral a medial, com o intuito de avaliar
todas as regiões, incluindo córtex, medula e sistema coletor (Nyland et al, 2005).
Carvalho (2004) refere que existe uma variação de tamanho e volume renal
entre animais com o mesmo peso corpóreo, então as dimensões são julgadas
subjetivamente.
Em macacos- prego, um estudo realizado por Alves et al, 2007, onde foi
realizada a ultrassonografia renal de dez Sapajus apella, padronizou a média de
comprimento renal entre 6,24 + 0,31 cm, não havendo diferença entre rim direito e
esquerdo. Também foi padronizada a espessura média para a região cortical,
sendo de 0,75 + 0,11 cm. O estudo ainda mostrou, como descrito por Konde
(1989) e Carvalho (2004), que as estruturas visibilizadas em cães e gatos, como
região cortical, medular e pelve renal, também são visibilizadas em macacos-
prego, seguindo o mesmo padrão de ecogenicidade. A cápsula renal dos
macacos- prego é levemente hiperecogênica, segundo Alves (2007).
3 OBJETIVOS
4 MATERIAL E MÉTODOS
4.1 ANIMAIS
Este estudo foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA)
da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Universidade
Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), campus Botucatu, sob
protocolo número 208 / 2012 (anexo 1). Também teve sua aprovação pelo
Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade (SISBIO), sob protocolo
número 38801-1 (anexo 2).
No presente estudo foram avaliados 10 macacos- prego (Sapajus apella),
sendo três machos e sete fêmeas. Destes, oito adultos com idade acima de
quatro anos, e dois jovens com idade até quatro anos.
Os animais eram provenientes do CEMPAS (Centro de Medicina e Pesquisa
em Animais Selvagens) – FMVZ UNESP Botucatu, e não apresentavam doença
renal ou sistêmica. A higidez desses foi comprovada pela realização de
hemograma, exames bioquímicos de perfil enzimático renal (uréia e creatinina),
urinálise e ultrassonografia abdominal.
Os procedimentos foram realizados no Serviço de Radiologia Veterinária da
FMVZ- UNESP Botucatu, e para a realização dos exames ultrassonográficos, foi
utilizado um aparelho ultrassonográfico da marca Esaote®, modelo My Lab 30
VET GOLD, com transdutor multifrequencial linear (6 a 10 MHz). As imagens
foram gravadas em disco compacto.
• Ketamina – 10 mg/kg
creatinina.
4.4 URINÁLISE
Por meio de cistocentese guiada por ultrassonografia, foi coletado 5 ml de urina
após a coleta, com o kit de tiras reativas URI – TEST 11®, e a densidade urinária
• X View 2.
• PRF 1,4.
• Velocidade de 70%.
• Angulação menor ou igual a 60º.
• Artéria renal – mensurações realizadas na região hilar
• Artérias interlobares e arqueadas – mensuradas em polo cranial, médio e
caudal de cada rim.
Para calcular o IR, a VPS e a VDF da artéria renal, esta foi visibilizada em
região hilar do rim, o qual estava posicionado ultrassonograficamente em corte
transversal (figura 7).
velocidade diastólica final, foi realizado o teste T studant, com o intuito de realizar
5% (p< 0,05).
5 RESULTADOS
• Análises laboratoriais.
• Ultrassonografia modo – B.
• Ultrassonografia Doppler.
Tabela 5. Média e desvio padrão dos exames laboratoriais dos Sapajus apella
Creatinina
Média e desvio Uréia (mg/dl) D. Urinálise PH Urinálise
(mg/dl)
padrão
32,55 ± 10,23 0,76 ± 0,25 1021,60 ± 7,28 6,90 ± 0,55
.
O valor médio obtido para comprimento dos rins de Sapajus apella foi de: rim
esquerdo 3,17 ± 0,53 cm e rim direito 3,14 ± 0,47 cm. A espessura renal teve seu
valor médio de rim esquerdo 1,13 ± 0,24 cm e rim direito 1,24 ±0,20 cm. A largura
renal média do rim esquerdo foi de 1,18 ± 0,21 cm e do rim direito de 1,25 ± 0,18
cm (figura 9 e 10).
A espessura da região cortical obteve valor médio de 0,38 ± 0,08 cm para rim
esquerdo e 0,37 ± 0,05 cm para rim direito (figura 11).
Rim IR IL M IR IL CR IR IL CD
Esquerdo 0,73 ± 0,07ª 0,70 ± 0,08a 0,68 ± 0,08a
Direito 0,68 ± 0,10b 0,65 ± 0,10a 0,70 ± 0,08 a
P 0,018 0,053 0,410
Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna não foram diferentes estatisticamente
entre si pelo Teste t (P>0,05).
Figura 18. Gráfico demonstrando a média com desvio padrão da VPS das
artérias arqueadas (ARQ) de rim esquerdo (RE) e rim direito (RD), em polo médio
(M), cranial (CR) e caudal (CD).
Tabela 8. Média e desvio padrão da VPS das artérias arqueadas (ARQ) e renal.
Rim V IL M V IL CR V IL CD
Esquerdo 0,21 ± 0,06ª 0,20 ± 0,05a 0,16 ± 0,05b
Direito 0,18 ± 0,07ª 0,19 ± 0,05a 0,18 ± 0,04a
P 0,122 0,455 0,017
Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna não foram diferentes estatisticamente entre si pelo
Teste t (P>0,05),
41
Figura 22. Gráfico demonstrando a média com desvio padrão da velocidade diastólica
final (VDF) das artérias arqueadas (ARQ) em rim esquerdo (RE) e rim direito (RD), em
polo médio (M), cranial (CR) e caudal (CD).
Figura 23. Gráfico demonstrando a média com desvio padrão da velocidade diastólica
final (VDF) das artérias renal em rim esquerdo (RE) e rim direito (RD), e das artérias
interlobares (IL) de RE e RD em polo médio (M), cranial (CR) e caudal (CD).
6 DISCUSSÃO
O tempo médio para a realização de cada exame foi de uma hora, sendo que
a avaliação do rim esquerdo foi com aproximadamente dez minutos após a
aplicação da medicação pré-anestésica, e a do rim direito em aproximadamente
quarenta minutos durante o período trans anestésico, o que pode ter influenciado
no fluxo sanguíneo renal, assim como referem RIVERS et al (1996), que citam
que o tempo e o protocolo anestésico podem influenciar no cálculo do IR dos
animais. Tais dados sugerem a necessidade de novos estudos, comparando o IR
do rim direito, exatamente no mesmo tempo que foi avaliado o rim esquerdo.
A avaliação de fluxo do rim direito também foi mais complexa devido ao seu
posicionamento mais cranial.
(2010). Ao estudo Doppler foi possível avaliar com precisão todas as artérias
citadas acima, principalmente com o Doppler colorido. Ao usar o Doppler pulsado,
a dificuldade de identificação do vaso foi maior.
7 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
ALFARO, J. L.; SILVA JR., J. S.; RYLANDS, A. B. How different are robust and
gracile capuchin monkeys? An argument for the use of Sapajus and Cebus.
American Journal of Primatology, v. 74, n.4, p. 273-286, 2012.
GUERIM, L.; GAZÊTA, G.S.; SERRA-FREIRE, N.M.; SÁ, L.M.; DIAS, J.L.C.
Cebus apella (Primata: Cebidae) as a new host for Fonsecalges johnjadini (Acari:
Psoroptidae, Cebalginae) with a description of anatomopathological aspects.
Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, v. 96, n. 4, p. 479- 481,
2001.
POSNIAK, M.A.; KELCZ, F.; D’ALESSANDRO, A.; OBERLEY, T.; STRATTA, R..
Sonography of renal transplants in dogs: the effect of acurate tubular necrosis,
cyclosporine nephrotoxicity, and accurate rejection on resistive index and renal
lengh. American Journal of Roentgenology. V. 158, p. 791, 1992.
55
REECE, W.O. Dukes fisiologia dos animais domésticos. 12ª ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. 926p
artigo. Caso pelo menos um dos autores não concorde com sua participação
como autor, o artigo será considerado como desistência de um dos autores e sua
tramitação encerrada.
Artigo científico
É o relato completo de um trabalho experimental. Baseia-se na premissa de
que os resultados são posteriores ao planejamento da pesquisa.
59
Formatação do texto
NÃO deve conter subitens em qualquer das seções do artigo e deve ser
apresentado em Microsoft Word, em formato A4, com margem 3cm (superior,
inferior, direita e esquerda), em fonte Times New Roman tamanho 12 e em
espaçamento entrelinhas 1,5, em todas as páginas e seções do artigo (do título às
referências), com linhas numeradas.
Seções de um artigo
2. o texto do artigo em pdf NÃO deve conter o nome dos autores e filiação.
Resumo e Abstract. Deve ser o mesmo apresentado no cadastro contendo até
2000 dígitos incluindo os espaços, em um só parágrafo. Não repetir o título e não
acrescentar revisão de literatura. Incluir os principais resultados numéricos,
citando-os sem explicá-los, quando for o caso. Cada frase deve conter uma
informação. Atenção especial às conclusões.
Palavras-chave e Keywords. No máximo cinco.
Introdução. Explanação concisa, na qual são estabelecidos brevemente o
problema, sua pertinência e relevância e os objetivos do trabalho. Deve conter
poucas referências, suficientes para balizá-la.
Material e Métodos. Citar o desenho experimental, o material envolvido, a
descrição dos métodos usados ou referenciar corretamente os métodos já
publicados.
Nos trabalhos que envolvam animais e/ou organismos geneticamente modificados
deverá constar, obrigatoriamente, o número do protocolo de aprovação do Comitê
de Bioética e/ou de Biossegurança, quando for o caso.
Resultados. Apresentar clara e objetivamente os resultados encontrados.
Tabela. Conjunto de dados alfanuméricos ordenados em linhas e colunas. Usar
linhas horizontais na separação dos cabeçalhos e no final da tabela. O título da
tabela recebe inicialmente a palavra Tabela, seguida pelo número de ordem em
algarismo arábico e ponto (ex.: Tabela 1.). No texto a tabela deve ser referida
como Tab seguida de ponto e do número de ordem (ex.: Tab. 1), mesmo quando
se referir a várias tabelas (ex.: Tab. 1, 2 e 3). Pode ser apresentada em
espaçamento simples e fonte de tamanho menor que 12 (o menor tamanho aceito
é 8). A legenda da Tabela deve conter apenas o indispensável para o seu
entendimento. As tabelas devem ser, obrigatoriamente, inseridas no corpo do
texto preferencialmente após a sua primeira citação.
Figura. Compreende qualquer ilustração que apresente linhas e pontos:
desenho, fotografia, gráfico, fluxograma, esquema, etc. A legenda recebe
inicialmente a palavra Figura, seguida do número de ordem em algarismo arábico
e ponto (ex.: Figura 1.) e é referida no texto como Fig seguida de ponto e do
número de ordem (ex.: Fig.1), mesmo se referir a mais de uma figura (ex.: Fig. 1,
2 e 3). Além de inseridas no corpo do texto, fotografias e desenhos devem
também ser enviadas no formato jpg com alta qualidade, em um arquivo zipado,
61
Nota:
Recursos e diligências:
5 Luciana Carandina da SilvaA*, Roberta Valerino dos Santos A, Ramiro das Neves Dias
6 NetoA, Carlos Roberto Teixeira B, Vânia Maria de Vasconcelos MachadoB.
11 E-mail: lucianacarandina@uol.com.br
12
13 RESUMO
26
28
29
64
30 ABSTRACT
31
32 This study evaluated ten capuchin monkeys on ultrasound B-mode and Doppler, in
33 order to standardize ultrasound B-mode and Doppler renal values of this specie. On
34 Doppler analysis, resistivity index values presented statistical differences between the left
35 and right kidney on renal, inrterlobar and arcuate arteries. VPS also showed statistical
36 difference between the interlobar arteries and arcuate arteries. VDF showed no statistical
37 difference between left and right kidney. The difference between these values was
38 attributed to anesthesia time and capture related stress. Thus, it is concluded that Doppler
39 ultrasonography is useful in monitoring renal diseases. However, when undergoing
40 anesthesia, the anesthetic protocol and the level of stress can directly influence the
41 calculation of the resistivity index.
57 MATERIAIS E MÉTODOS
58
59 No presente estudo foram avaliados 10 macacos- prego (Sapajus apella), sendo três
60 machos e sete fêmeas. Destes, oito adultos com idade acima de quatro anos, e dois jovens
65
61 com idade até quatro anos. Para a realização dos exames ultrassonográficos, foi utilizado
62 um aparelho ultrassonográfico da marca Esaote®, modelo My Lab 30 VET GOLD, com
63 transdutor multifrequencial linear (6 a 10 MHz).
64 Os animais foram submetidos a jejum alimentar e hídrico por 12 horas antes do exame
65 devido a anestesia e para evitar a distensão gasosa, a qual dificultaria a visibilização
66 vascular abdominal. Após o preparo, os animais eram capturados com puçá, e em seguida
67 anestesiados com Ketamina 10 mg/kg, Midazolam 0,5 mg/ kg (via intramuscular), e
68 mantido em anestesia inalatória com Isoflurano.
69 A comprovação da higidez dos animais foi feita através de hemograma,uréia e
70 creatinina e urinálise.
88
89 RESULTADOS
90
91 Na ultrassonografia modo B, os valores obtidos foram: comprimento = 3,17 ± 0,53 cm
92 rim esquerdo e 3,14 ± 0,47 cm rim direito; espessura renal= 1,13 ± 0,24 cm e rim esquerdo
66
93 e 1,24 ±0,20 cm rim direito; largura renal = 1,18 ± 0,21 cm rim esquerdo e 1,25 ± 0,18 cm
94 rim direito; espessura da região cortical = 0,38 ± 0,08 rim esquerdo e 0,37 ± 0,05 cm rim
95 direito. Volume = 2,42 ± 0,97 ml rim esquerdo e 2,58 ± 0,9 ml rim direito. Não houve
96 diferença estatística entre as médias obtidas.
97 Durante a análise dopplervelocimétrica, foi realizada a mensuração do índice de
98 resistividade nas artérias renal esquerda (figura 1) e direita, das artérias interlobares
99 esquerda e direita (IL) em polo cranial (CR), médio (M) e caudal (CD), e das artérias
100 arqueadas (ARQ) esquerda e direita em polo cranial, médio e caudal. Os resultados estão
101 descritos nas figuras 2, 3 e 4. Aplicando o teste t student (P>0,05) às médias dos valores de
102 índice de resistividade, houve diferença estatística entre as artérias arqueadas direita e
103 esquerda em polo cranial, médio e caudal, assim como nas artérias renal direita e esquerda.
104 Nas artérias interlobares (IL), somente houve diferença estatística na artéria IL média.
105 A velocidade de pico sistólico (VPS) foi mensurada nas artérias renal esquerda e
106 direita, nas artérias interlobares e arqueadas em polo cranial, médio e caudal dos rins
107 direito e esquerdo. Os resultados estão demonstrados nas figuras 5, 6 e 7. Aplicando o
108 teste t student às médias dos valores de VPS das artérias interlobares (IL) e arqueadas
109 (ARQ) em polo cranial, médio e caudal, e das artérias renais, houve diferença estatística
110 entre artérias interlobares em polo caudal de rim esquerdo e direito, assim como artérias
111 arqueadas em polo médio e cranial de rim esquerdo e direito. O valor da VPS das artérias
112 renais esquerda e direita, com a aplicação do teste t student, não apresentou diferença
113 estatística.
114 A velocidade diastólica final (VDF) foi mensurada nas artérias renal esquerda e
115 direita, nas artérias interlobares e arqueadas em polo cranial, médio e caudal dos rins
116 direito e esquerdo. Os resultados foram descritos nas figuras 8, 9. Aplicando o teste t
117 student às médias dos valores de VDF das artérias interlobares (IL) e arqueadas (ARQ) em
118 polo cranial, médio e caudal, e das artérias renais, não houve diferença estatística entre rim
119 esquerdo e rim direito.
120
121 DISCUSSÃO
122
123 A ultrassonografia Doppler na Medicina Veterinária é um método recente e que ainda
124 há possibilidade de diversos estudos de padronização desta técnica. O presente estudo foi
67
128 O tempo médio para a realização de cada exame foi de uma hora, sendo que a
129 avaliação do rim esquerdo foi com aproximadamente dez minutos após a aplicação da
130 medicação pré-anestésica, e a do rim direito em aproximadamente quarenta minutos
131 durante o período trans anestésico, o que pode ter influenciado no fluxo sanguíneo renal,
132 assim como referem RIVERS et al (1996), que citam que o tempo e o protocolo anestésico
133 podem influenciar no cálculo do IR dos animais. Tais dados sugerem a necessidade de
134 novos estudos, comparando o IR do rim direito, exatamente no mesmo tempo que foi
135 avaliado o rim esquerdo.
136 Os valores obtidos do IR e VPS do rim esquerdo foram elevados quando comparados
137 aos valores do rim direito. Estes resultados evidenciam a ação renal da Ketamina,
138 contemplando a citação de Silva et al (2010), que referem que a Ketamina apresenta seu
139 pico plasmático em aproximadamente trinta minutos.
140 Durante a ultrassonografia modo B, os resultados obtidos foram inferiores aos valores
141 já descrito por Alves et al (2007). Porém, Alves et al (2007) não citam os pesos dos
142 animais avaliados; desta forma, atribui-se as diferença citadas acima, possivelmente ao
143 peso dos animais avaliados. No presente trabalho, foi mensurada a espessura renal, ainda
144 não descrita anteriormente nesta espécie.
145 No estudo Doppler, a maior dificuldade encontrada para a sua realização foi à
146 necessidade de anestesia dos animais, pois já é conhecido que o protocolo anestésico
147 influencia diretamente na análise da velocidade, e consequentemente na análise do índice
148 de resistividade. Desta forma, sabe-se que estudos dopplervelocimétricos renais de Sapajus
149 apella, com diferentes protocolos anestésicos do utilizado no estudo, possam resultar em
150 diferentes resultados dos valores obtidos, sendo assim, os valores descritos no presente
151 trabalho, são para o protocolo: Ketamina 10 mg/kg, Midazolam 0,5 mg/kg
152 (intramuscular), e manutenção com anestesia inalatória utilizando Isoflurano.
153 De acordo com Melo et al (2006), há uma redução dos valores de velocidades
154 sistólica e diastólica dos ramos vasculares maiores para os menores devido a árvore arterial
155 renal dividir-se em segmentos cada vez menores e mais numerosos a medida em que o
68
156 fluxo progride em direção á periferia do órgão. Esse dado foi observado claramente no
157 presente estudo, visto que as velocidades sistólicas e diastólicas da artéria renal eram
158 maiores que das artérias interlobares, que eram maiores que das arqueadas.
159 Não houve diferença estatística entre rim esquerdo e direito, quando avaliada a
160 velocidade diastólica final. Porém, ao avaliar a velocidade de pico sistólico, houve
161 diferença entre as artérias interlobares caudal esquerda e direita, e entre as artérias
162 arqueadas média e cranial. Durante a avaliação do índice de resistividade, houve diferença
163 estatística em todos os parâmetros avaliados, exceto nas artérias interlobares cranial e
164 caudal. Estas diferenças estatísticas são atribuídas à diferença de tempo anestésico, a
165 pressão arterial e diminuição do estresse do animal, visto que, ao ser capturado e
166 anestesiado, durante a avaliação renal esquerda, observou-se uma velocidade e fluxo maior
167 do que quando o animal já estava com aproximadamente quarenta minutos de anestesia,
168 onde o estresse já havia diminuído e o pico de ação das drogas já havia ocorrido.
169 Rivers et al (1996), referem que há trabalhos que comprovam que gatos anestesiados
170 com ketamina não apresentam diferenças estatísticas na avaliação do índice de
171 resistividade, quando comparados com gatos não anestesiados. Nos cães e humanos, este
172 dado não é valido. Rivers et al (1996) e Carvalho (2009) mencionam que a ação dos
173 anestésicos e sedativos ocasiona diminuição do índice de resistividade das artérias
174 intrarenais. Observou-se neste estudo, notória a influência do protocolo anestésico
175 utilizado em relação à avaliação dopplervelocimétrica, visto que os valores de IR e VPS
176 foram diferentes estatisticamente entre rim direito e rim esquerdo.
177 Até o presente momento, não foram referidos na literatura valores de referência
178 dopplervelocimétricos em Sapajus apella. Desta forma, os valores obtidos no presente
179 trabalho não foram comparados. Compilaram-se assim os valores dopplervelocimétricos
180 renais de referência em macacos- prego, o que permite traçar estudos futuros sobre a
181 repercussão hemodinâmica nas nefropatias, contribuindo para um diagnóstico preciso, nas
182 ocorrências das alterações vasculares renais da espécie.
183
184 CONCLUSÃO
187 Estes valores são de suma importância, pois auxiliam com precisão o diagnóstico
188 de doenças, quando estas estiverem presentes, contribuindo para melhor
189 manutenção e preservação da espécie.
193 • O estudo Doppler mostrou-se eficiente na avaliação da perfusão renal, porém, como
194 toda técnica, possui limitações: a movimentação do animal, o protocolo anestésico
195 utilizado para contenção química e o estresse de captura do animal.
196
197 AGRADECIMENTOS
198
199 À CAPES pelo apoio financeiro em forma de bolsa de mestrado, o que possibilitou a
200 realização deste trabalho.
201
202 Este trabalho foi aprovado pelo SISBIO e Comitê de Ética FMVZ- UNESP Botucatu.
203
204 REFERÊNCIAS
205
206 ALVES, F. R. et al. Avaliação ultra-sonográfica do sistema urinário, figado e útero do
207 macaco-prego, Cebus apella. Pesquisa Veterinária Brasileira. v.27, n.9, p. 377-382,
208 2007.
209
210 CARVALHO, C.F. Dopplervelocimetria renal em gatos persa. 2009. 103p. Tese
211 (Doutorado). Universidade de São Paulo.
212
213 MELO, M.B. et al. Dopplerfluxometria das artérias renais: valores normais das
214 velocidades sistólica e diastólica e do índice resistivo nas artérias renais principais.
215 Arquivo Brasileiro de Medicina Veteinária e Zootecnia, v.58, n.4. p. 691- 693, 2006.
216
70
217 NYLAND, T. G.; MATTOON, J. S.; HERRGESELL, E. J.; WISNER E. R. Trato urinário
218 In: NYLAND, T. G.; MATTOON, J. S. Ultra-som diagnóstico em pequenos animais.
219 São Paulo: Roca, 2005. p. 161-198.
220
221 RIVERS, B. J.; WALTER, P. A.; O’BRIEN. T. D.; POLZIN, D. J. Duplex Doppler
222 estimation of pourcelot resistive index in arcuate arteries of sedated normal cats. Journal
223 of Veterinary Internal Medicine, v. 10, n. 1, p. 28-33, 1996.
224
225 SILVA, F.C.C.; DANTAS, R.T.; CITÓ, M.C.O.; SILVA, M.I.G.; VASCONCELOS,
226 S.M.M.; FONTELES, M.M.F.; GIANA, S.B.V.; SOUZA, F.B.F. Ketamina, da anestesia
227 ao uso abusivo: artigo de revisão. Revista Neurociencia 2010, v. 18, n. 2, p. 227-237
228
229
230
231
236
237 Figura 2. Gráfico demonstrando a média com desvio padrão do índice
238 de resistividade das artérias arqueadas (ARQ) em rim esquerdo (RE) e
239 rim direito (RD), em polo médio (M), cranial (CR) e caudal (CD).
240
241
242
243 Figura 3. Gráfico demonstrando a média com desvio padrão do índice
244 de resistividade das artérias renais em rim esquerdo (RE) e rim direito
245 (RD).
246
72
247
248 Figura 4. Gráfico demonstrando a média com desvio padrão do índice de
249 resistividade das artérias interlobares (IL) em rim esquerdo (RE) e rim
250 direito (RD), em polo médio (M), cranial (CR) e caudal (CD).
251
252
253
254
255 Figura 5. Gráfico demonstrando a média com desvio padrão da VPS das
256 artérias arqueadas (ARQ) de rim esquerdo (RE) e rim direito (RD), em polo
257 médio (M), cranial (CR) e caudal (CD).
258
259
73
260
261
266
267
268
269 Figura 7. Gráfico demonstrando a média com desvio padrão da velocidade
270 de pico sistólico (VPS) das artérias interlobares em rim esquerdo (RE) e rim
271 direito (RD), em polo médio (M), cranial (CR) e caudal (CD).
272
273
274
275
74
276
277
281
286
ANEXOS
65
ATESTADO
Atesto para os devidos fins, que o Projeto de Pesquisa "Avaliação do trato urinário
de Cebus Apella por meio de dopplervelocimetria" Protocolo n° 208/2012-CEUA,
de Luciana Carandina da Silva, aluno(a) do Programa de Pós-Graduação em
Medicina Veterinária, Mestrado, desta Faculdade, está de acordo com os Princípios
Éticos na Experimentação Animal e foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de
Animais (CEUA) desta Faculdade. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, em
09 de novembro de 2012.