Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO
ABSTRACT
Introduction: Many intestinal and pathogenic intestinal epidemics of
inflammatory bowel and bone diseases have great potential for future
therapeutic pathways in intestinal bowel disease. Objective: To provide up-to-
date information on the beneficial role of probiotics in Inflammatory Bowel
Disease. Methodology: This is an integrative review carried out in the
databases SciELO, Pubmed, LILACS and ScienceDirect, with the aim of
sharing studies about the years 2008 to 2018. The descriptors used:
"probiotics", "ulcerative colitis", " Crohn's disease "and" Inflammatory Bowel
Diseases ". Results: Supplementation with probiotics presents results in the
improvement of the symptoms of IBD, in addition to reducing and recovering the
remission rates of the disease. Some studies have also shown the presence of
Artigo de Revisão Página |2
INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, as doenças inflamatórias intestinais (DII) surgiram
como uma das condições humanas mais estudadas relacionadas à microbiota
intestinal. As DII compreende tanto a doença de Crohn (DC) quanto à colite
ulcerativa (RC), que são inflamações crônicas no trato gastrointestinal e juntas
afetam mais de 3,6 milhões de pessoas (SARTOR, 2008; JOSTINS et al.,
2014). A patogênese subjacente permanece incerta, embora a teoria mais
amplamente aceita gira em torno de mudanças na resposta imune do
hospedeiro em indivíduos geneticamente suscetíveis à microbiota intestinal que
é desencadeada por estímulos ambientais (KNIGHTS et al., 2013).
METODOLOGIA
REFERENCIAL TEÓRICO
A doença inflamatória intestinal (DII) pode ser definida como uma doença
de fisiologia, microbiologia, imunologia e genética interrompidas. Esta doença
Artigo de Revisão Página |4
inclui principalmente a doença de Crohn (DC) e colite ulcerativa (CU), que são
caracterizadas por inflamação crônica do trato gastrointestinal. A doença de
Crohn e a colite ulcerativa diferem pela localização intestinal e características
da inflamação, sendo que a inflamação na DC ocorre em qualquer lugar no
trato gastrointestinal, enquanto que na CU começa no reto e se restringe ao
cólon (MULDER et al., 2014).
Nem a doença de Crohn nem a colite ulcerativa são fatais, mas ambas são
condições debilitantes: os pacientes afetados apresentam uma variedade de
sintomas associados à inflamação do intestino, incluindo dor abdominal, febre,
vômitos, diarréia, sangramento retal, anemia e perda de peso. Atualmente não
há cura conhecida, mas os sintomas podem ser controlados através de anti-
inflamatórios esteroidais ou imunossupressores para reduzir a inflamação,
mudanças na dieta para tentar remover os gatilhos ambientais e (em casos
graves) a cirurgia para remover porções danificadas do intestino (BAUMGART;
SANDBORN, 2007; BERNSTEIN et al., 2010).
Tabela 1. Estudos que avaliaram a suplementação com probióticos em indivíduos com Doença Inflamatória Intestinal (DII).
Teresina, PI. 2018.
SHADNOU Estudo Doença 8 semanas Iogurte (intervenção) contendo Aumento significativo no número de
SH, 2015 randomizad inflamatória 06 UFC (500mg) de Lactobacillus, Bifidobacterium e
o duplo cego intestinal n=2010 Lactobacillus Acidophilus e bacteriodetes nas fezes do grupo que
sendo n=22 Bifidobacterium em cada grama recebeu probióticos.
pacientes DC de iogurte. 250 g um vez/dia.
Artigo de Revisão P á g i n a | 10
Os estudos avaliados apresentam algum tipo de benefício para as doenças inflamatórias intestinais. Estes estudos
corroboram com os de Meijer e Dieleman (2011), que compararam diferentes tratamentos da Doença de Crohn, entre eles
tratamento com Saccharomyces boulardii como probiótico ou tratamento com Mesalazina, um anti-inflamatório
(grupo controle), demonstrando que o grupo ao que recebeu o probiótico exibiu um tempo de remissão
aumentado em comparação ao grupo controle, mostrando a eficiência do probiótico no tratamento da
doença.
Diversos estudos têm mostrado que Lactobacillus, Bifidobacterium, Clostridium, Porphyromonas e Bacteriodetes são as
bactérias que se encontram em maior número no cólon de indivíduos saudáveis. (IANNITTI, 2010; MARCHESI, 2015). Por outro
lado, pacientes com doença inflamatória intestinal têm uma redução nessa biodiversidade, especialmente nos filos Firmicutes e
Bacteriodetes (FRANK, 2011; SPOR, 2011). Como os probióticos tem se mostrado como uma opção de terapia nas DII é preciso
Artigo de Revisão P á g i n a | 11
determinar quais cepas têm melhor eficácia e se são mais efetivas sozinhas ou
em conjunto com outros probióticos, portanto, mais estudos sobre este tema
devem ser realizados (STOIDIS, 2011).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Essa revisão destaca o papel dos probióticos no tratamento das doenças
inflamatórias intestinais, que incluem a colite ulcerativa e a doença de Crohn.
Embora ainda existam dados controversos, a utilização de probióticos nas
doenças inflamatórias intestinais exerce efeitos benéficos sobre a microbiota, a
mucosa intestinal, inflamações e imunidade em geral e a segurança de sua
administração somado aos resultados positivos de vários ensaios
randomizados conduzidos nos últimos anos tem sido fortes argumentos para a
inclusão dos probióticos como uma abordagem nutricional no tratamento de
pacientes com doença de Crohn ou colite ulcerativa.
REFERÊNCIAS
ARRIETA, M. C.; STIEMSMA, L. T.; AMENYOGBE, N.; et al. The intestinal
microbiome in early life: health and disease. Front Immunol. v. 5, n. 427, 2014.
ASHRAF, R.; SHAH, N. P. Immune system stimulation by probiotic
microorganisms. Crit Rev Food Sci Nutr. v. 54, p. 938-956, 2014.
BAUMGART, D.; SANDBORN, W. Inflammatory bowel disease: clinical aspects
and established and evolving therapies. Lancet. v. 369, p. 1641-1657, 2007.
BERMUDEZ-BRITO, M.; PLAZA-DÍAZ, J.; MUÑOZ-QUEZADA, S.; et al.
Probiotic mechanisms of action. Annals of Nutrition and Metabolism. v. 61, n.
2, p. 160-174, 2012.
BERNSTEIN, C. N.; FRIED, M.; KRABSHUIS, J. H.; et al. World
gastroenterology organization practice guidelines for the diagnosis and
management of IBD in 2010. Inflamm. Bowel Disease. v. 16, n. 1, p. 112-124,
2010.
BERNSTEIN, C. N.; SHANAHAN, F. Disorders of a modern lifestyle: reconciling
the epidemiology of inflammatory bowel diseases. Gut.v. 57, p. 1185–91, 2008.
BORCHERS, A. T.; SELMI, C.; MEYERS, F. J.; et al Probiotics and immunity. J
Gastroenterol. v. 44, p. 26–46, 2009.
BOYLE, R. J.; ROBINS-BROWNE, R. M.; TANG, M. L. Probiotic use in clinical
practice: what are the risks? Am J Clin Nutr. v. 83, p. 1256-1256, 2006.
BUTEL, M. J.; Probiotics, gut microbiota and health. Médecine et maladies
infectieuses. p. 1-8, 2014.
DAVE, M.; HIGGINS, P. D.; MIDDHA, S. et al. The human gut microbiome:
current knowledge, challenges, and future directions. Transl Res. v. 160, p.
246-257, 2012.
FAO/WHO. Health and Nutritional Properties of Probiotics in Food
including Powder Milk with Live Lactic Acid Bacteria. 2001. Disponível em:
<ftp://ftp.fao.org/docrep/fao/009/a0512e/a0512e00.pdf> Acesso em 23 de
Junho de 2018.
FLOCH, M. H.; WALKER, W. A.; MADSEN, K.; et al. Recommendations for
probiotic use-2011 update. J Clin Gastroenterol. v. 45, suppl:S168–S171,
2011.
FRANK, D. N. Disease phenotype and genotype are associated with shifts in
intestinalassociated microbiota in inflammatory bowel diseases. Inflammatory
Bowel Diseases, v. 17,p. 1-12, 2011.
GARCIA, V. E.; LOURDES, de A. F. M.; OSWALDO, da G. T. H.; et al.
Influence of Saccharomyces boulardii on the intestinal permeability of patients
with Crohn’s disease in remission. Scand J Gastroenterol. v. 43, p. 842-848,
2008.
Artigo de Revisão P á g i n a | 13
HEDIN, C. R. H.; MULLARD, M.; SHARRATT, E.; et al. Probiotic and prebiotic
use in patients with inflammatory bowel disease: a case-control study.
Inflammatory Bowel Diseases. v. 16, n. 12, p. 2099–2108, 2010.
HOU, J. K.; ABRAHAM, B.; EL-SERAG, H. Dietary intake and risk of developing
inflammatory bowel disease: a systematic review of the literature. The
American Journal of Gastroenterology. v. 106, n. 4, p. 563–573, 2011.
HWANG, C.; ROSS, V.; MAHADEVAN, U. Popular exclusionary diets for
inflammatory bowel disease: the search for a dietary culprit. Inflammatory
Bowel Diseases. v. 20, n. 04, p. 732–741, 2014.
IANNITTI, T.; PALMIERI, B. Therapeutical use of probiotic formulations in
clinical practice. Clinical Nutrition, v. 29, p. 701 – 725, 2010.