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UNIVERSIDADE DO VALE DO SÃO FRANCISCO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL


DISCIPLINA: Nutrição de Ruminantes
DOCENTE: Drº. Daniel Menezes

ADITIVOS NA NUTRIÇÃO DE
RUMINANTES

Discentes: Bruna Yasnaia


Fernanda Costa
1
•INTRODUÇÃO
- Conceito
- Importância
- Classes de aditivos
- Produção de Metano no rúmen
- Excreção de nitrogênio
- Objetivos da manipulação ruminal
•ADITIVOS
-IONÓFOROS
- ADITIVOS MICROBIANOS
-PROBIÓTICOS E ENZIMAS
- SUPLEMENTAÇÃO COM ÁCIDOS GRAXOS
- EXTRATOS NATURAIS DE PLANTAS
-PRÓPOLIS
•CONSIDERAÇÕES FINAIS
2
Introdução

Metano 2 a 12% de
Calor energia perdida

Ác. Graxos e Amônia


proteína
microbiana

3
Produção de metano
Produzido
durante a
Síntese de AGVs H+ fermentação
das hexoses
Matéria
orgânica
microbiana

Excesso
H+
eliminado H+ H+
através do
metano H+ H+

(Baker, 1999)
4
BALANÇO ESTIQUIOMÉTRICO DOS AVGs, CO2 E METANO

ACETATO E
Produz metano
BUTIRATO

PROPIONATO Retira H+ do Reduz a


meio formação de
metano

(Wolin, 1960) 5
Produção de metano

Alterações da
dieta

Manipulação da
Níveis de
microflora
ingestão
ruminal
Produção
de
metano
Tipo e
Adição de
quantidade de
lipídeos
CHO

Processamento
da forragem

(Jonhson e Jonhson, 1995) 6


Produção de metano

CH4 Eficiência da
fermentação
Perda de energia dos
sistemas de produção
ruminal

Efeito Cerca de 15%


do
Estufa aquecimento
global

(Cotton e Pelke, 1995) 7


Compostos Nitrogenados
20 a 30%, proteína do
leite e carne
Gado de
leite Restante excretado
pelas fezes e urina
Nitrogênio
consumido
diariamente

Gado de
corte Eficiência do uso de N,
próximo de 10%

8
Compostos Nitrogenados

Baixa eficiência de conversão do N da dieta em


proteína do leite e da carne

Proveniente da interação do
Resultado de N com a fonte de CHO para
extensa degradação um ótimo crescimento
de proteína no microbiano e do
rúmen metabolismo pós-absortivo
do animal

Altas taxas de
produção e
absorção de amônia
9
Compostos Nitrogenados

N perdido

Lixiviado para Emitido para


lençois atmosfera
freáticos

10
Objetivos da Manipulação Ruminal

1. Melhorar os processos benéficos;

2.Minimizar, eliminar ou alterar processos ineficientes;

3.Minimizar, eliminar ou alterar os processos


prejudiciais para o animal hospedeiro.
11
ADITIVOS ALIMENTARES – Redução dos custos da produção animal.

“Substância intencionalmente adicionada ao alimento, com


finalidade de conservar, intensificar ou modificar suas
propriedades, desde que não prejudique seu valor nutritivo,
como os antibióticos, corantes, conservantes, antioxidantes e
outros”.

“Decreto 76.986 de 06 de janeiro de 1976”

12
Categoria dos Aditivos

1.Ionóforos;

2.Antibióticos não ionóforos;

3.Supressão de estrus

4.Tampões;

5.Outros.
13
Aditivos Liberados no Brasil

a) Tampões

b) Ionóforos

c) Antibióticos não ionóforos

d) Enzimas fibrolíticas

e) Leveduras

f) Lipídeos

g) Própolis

h) Outros
14
Ionóforos

• 120 tipos de ionóforos

Monensina

Aprovados
Laidlomicina
para Lasalocida
propionato
ruminantes

Salinomicina

15
Ação dos Ionóforos no Rúmen

Gram+, produtoras de ác. Acético,


butírico e láctico e H2.

Gram-, produtoras de ác, succínico


ou que fermentam ác. Láctico.

16
Benefícios da ação biológica dos ionóforos

1. Aumento da eficiência do metabolismo da energia das


bactérias e/ou do animal, alterando a proporção dos
ácidos graxos voláteis produzidos no rúmen e diminuindo
a produção de metano;

2. Melhoria do metabolismo do N pelas bactérias e/ou do


animal, diminuindo a absorção de amônia e aumentando
a quantidade de proteína de origem alimentar que chega
ao intestino delgado;

3. Diminuição das desordens resultantes da fermentação


anormal do rúmen, como acidose e timpanismo.

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Mecanismo de ação dos ionóforos
Porinas
2ª membrana

Peptídio
glicano

Membrana
celular

Gram-negativa Gram-positiva 18
Mecanismo de ação dos ionóforos
Célula em condições normais

K+ H+ Na+
Na+ H+
K+
Na+ Na+
Na+
K+ H+ H+
H+
Na+

Na+

K+
Na+
K+ K+
K+ Na+ K+
Importante processo K+ K+
H+ K+
para síntese protéica e K+ H+
para tamponar o pH K+
intracelular.
19
Mecanismo de ação dos ionóforos
Ciclo de troca de cátions e prótons mediado pelo ionóforo

Meio externo Membrana celular


Meio interno

ATP
H+ H+
ADP + P
H+ H+
M
K+ K+
Baixa [K+]
Na+ Na+ Baixa o pH
M Aumenta [Na+]
H+ H+

20
O processo de ação dos ionóforos

Reduz as reservas
energéticas e a taxa de Menor capacidade
síntese de proteína de divisão celular

Há o aumento da
pressão osmótica Rompimento
celular e água penetra celular
em excesso

21
Efeitos do ionóforos na fermentação ruminal
Bactérias que produzem ác. Láctico, butírico, fórmico e
hidrogênio como principal produto final – susceptíveis aos
ionóforos;

Bactérias produtoras de ác. Succínico e propiônico e as que


fermentam lactato – resistentes aos ionóforos;

Mudança na proporção de ácidos graxos voláteis;

Diminuição da produção de metano;

Redução da concentração de amônia.

22
Efeitos do ionóforos no consumo de alimento e
desempenho animal
Tabela 1 - Efeito da monensina no desempenho de bovinos de corte
Sistema Ensaios Variável¹ Controle Monensina Mudança%²
Dados Americanos
Confinamento 228 GMD 1,09 1,1 1,6
CMS 8,27 7,73 -6,4
CA 8,09 7,43 -7,5
37 GMD 1,18 1,19 1,8
CMS 8,63 8,29 -4
CA 7,31 6,97 -5,6
Pastejo 24 GMD 0,61 0,69 -13,5
Dados Europeus
Confinamento 35 GMD 1,15 1,21 5,2
CA 7,54 7,15 -4
Pastejo 12 CMS 6,59 6,02 -8,7
GMD 0,79 0,89 13,7
¹GMD, ganho médio diário, kg/dia; CMS, consumo de matéria seca, kg/dia;
CA, conversão alimentar, kg alimento consumido/kg ganho; ²Mudança em
relação ao controle (Adaptado de Tedeschi et al., 2003).

23
Efeitos do ionóforos no consumo de alimento e
desempenho animal

Degrada-
Produção
ção da
de
Proporção proteína
metano
de da dieta
propionato

Maior
disponibilidade Poupar aminoácido
contribuirá destinado à
para diminuir o gliconeogênese e
incremento promover síntese de
calórico proteína corporal

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Controle de distúrbios nutricionais

Acidose, cetose Distúrbios na


e timpanismo fermentação
ruminal

Administração Sintomas
de ionóforos atenuados

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Toxidez e resistência
Riscos de intoxicação em ruminantes – Cuidados para evitar
erros na formulação e mistura dos componentes da dieta;

A monensina é rapidamente excretada após sua ingestão, com


mínimo acúmulo nos tecidos animais;

Há a possibilidade de que a taxa de excreção metabólica seja


excedida, e efeitos tóxicos surjam em animais que recebem
monensina na dieta ou em seres humanos que consomem
tecidos desses animais.

Não existe trabalhos na literatura que comprovem resistência


de bactérias ao uso de ionóforos.
26
ADITIVOS
MICROBIANOS

27
Atualidades
 Ionóforos e antibióticos
 Melhorar a função do sistema digestivo
 Utilizados em larga escala do Brasil e nos Estados Unidos
 União Europeia  São proibidos
 Interferir nas exportações de produtos de origem animal
para esses mercados
(Magnabosco et al,.2010)

28
Fonte: Google
ADITIVOS MICROBIANOS

 Uso de aditivos contendo células vivas de


microrganismos  tem sido resposta à demanda p/uso
de substâncias “naturais”

 Sejam...
 Promotoras do crescimento
 Melhores a eficiência da produção de ruminantes

 Espera-se...
 Prevenir o estabelecimento de microrganismos
indesejáveis ou
 Reestabelecer a microflora normal do trato digestório
 Esse procedimento é chamado de “probiose”
29
ADITIVOS MICROBIANOS
 São fonte de microrganismos vivos Bactérias, fungos
e leveduras

 Ação pode ser particularmente benéfica quando


aplicados a animais
 Condições de estresse
 Debilitados por doenças ou animais de um dia, cuja
flora intestinal se encontra em desenvolvimento

 Serve
• Reforçar ou restabelecer esta “probiose” quando for
quebrada por fatores como;
• Mudança de alimentação
• Estresse 30
ADITIVOS MICROBIANOS

 Dados publicados indicam que os aditivos


microbianos apresentam efeito positivo
 Produção de leite e o ganho de peso numa
magnitude semelhante aos ionóforos (7 a 8% de
aumento)

 Alterações no consumo de alimentos


 Na fermentação ruminal e na digestão
 são as prováveis causas responsáveis pelo

31
Fonte: Google
ADITIVOS MICROBIANOS

 Mais utilizados são os:


 Probióticos Prebióticos Leveduras

 Fontes alternativa promissora;


 Suplementação com ácidos graxos
 Ácidos orgânicos
 Extratos naturais da plantas( Taninos e saponinas)
 Própolis Fonte: Google imagens

 Muitos ainda estão sendo avaliados e incorporados a


ração animal para otimizar o desempenho dos animais,
melhorando a conversão alimentar

32
PROBIÓTICOS

 São suplementos alimentares compostos de cultura


definida de microrganismos vivos capazes de
instalar-se e proliferar-se no trato intestinal
agindo no crescimento

33
PROBIÓTICOS

 Podem conter bactérias totalmente conhecidas e


quantificadas ou culturas bacterianas não definidas
 Enterococcus
 Bacteróides
 Eubacterium
 Especialmente Lactobacillus e Bifidobacterium,
estão presentes em todas as misturas de culturas
definidas

34
PROBIÓTICOS
 Não se sabe...
 A composição total
 Nem a perfeita combinação entre as que melhor estimularam as
propriedades probióticas “in vivo”
 Estas combinações variam de 28 até 65 espécies bacterianas

 A eficácia dependente
 Quantidade e das características das cepas do microrganismo
utilizado na elaboração do produto a ser utilizado como aditivo
alimentar
 É importante
 Analise os probióticos como produtos separados (como os
antibióticos)

 Para que a máxima eficácia do produto seja atingida (Butolo, 2001)

35
PROBIÓTICOS
Segundo Gibson d Roberfroid (1995) um bom probiótico deve:
 
 Sobreviver às condições adversas do trato gastrintestinal (ação
da bile e dos outro sucos gástrico, pancreático e entérico)

 Não ser tóxico nem patogênico para o homem e para animais

 Ser estável durante a estocagem e permanecer viável por longos


períodos, nas condições normais de estocagem

 Ter capacidade antagônica às bactérias intestinais indesejáveis

 Promover efeitos comprovadamente benéficos ao hospedeiro

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PROBIÓTICOS
 O mecanismo de ação dos probióticos não esta definido

 Especula-se que um ou mais processos  alterariam a


atividade e a composição bacteriana intestinal

 Podem ser aplicados de várias formas, como: adicionadas


às rações; na água de bebida; em cápsula gelatinosas

 Os principais modos de ação descritos para os probióticos


são:
1. Competição por sítios de ligação
2. Produção de substancias antibacterianas e enzimas
3. Competição por nutrientes
4. Estímulo ao sistema imune
37
PROBIÓTICOS

1. Competição por sítios de ligação;

 Conhecido  "Exclusão Competitiva“

 Probióticos  Ocupam os sítios de ligação (receptores


ou pontos de ligação) na mucosa intestinal e ruminal

 Formando  uma barreira física às bactérias


patogênicas (maléficas)

 Assim, as bactérias patogênicas ficariam em menor


número pela competição

38
PROBIÓTICOS

2. Produção de substâncias antibacterianas


 Como as bacteriocinas
 ácidos orgânicos
 ácidos graxos voláteis de cadeia curta (propiônico,
acético, butírico, láctico)
 peróxido de hidrogênio

 Com ação antibacteriana  Especialmente, relação às


bactérias patogênicas
 Nutrem de prebióticos  que não foram total ou
parcialmente degradados pelos enzimas digestivos
normais ou, foram intencionalmente adicionados à
dieta
39
PROBIÓTICOS

3. Competição por nutrientes;


 Na escassez de nutrientes disponíveis no sistema digestivo
 Com os Probióticos  Favorecemos as bactérias benéficas
+[] e -patogênicas

4. Estímulo do sistema imune;


 A defesa imunológica do hospedeiro  diretamente
relacionada com a microbiota intestinal
 Um animal ou homem  não consegue sobreviver se não
desenvolver uma microbiota intestinal normal
 Alguns bactérias com o estímulo da resposta imune
(aumento de anticorpos)
 Ativação de macrófagos, proliferação de células T e
produção de interferon, entre outros...
40
PREBIÓTICOS
 São suplementos alimentares que estimulam o crescimento das
bactérias benéficas no trato digestivo  aumentam a ação
dos probióticos

 Gibson e Roberfroid (1995)

 São ingredientes alimentares não digeríveis que afetam


beneficamente o hospedeiro
 Estimulando seletivamente o crescimento
 Atividade de uma ou mais bactérias benéfica do rúmen
 Melhorando a saúde do seu hospedeiro

41
PREBIÓTICOS
 A principal ação  é estimular o crescimento e/ou
ativar o metabolismo de grupos de bactérias
benéficas do trato digestivo

 Agem intimamente relacionados aos Probióticos 


constituem o "alimento" das bactérias probióticas

 Esta não deixa resíduos nos produtos de origem


animal
 Não induz o desenvolvimento de resistência às drogas,
são produtos essencialmente naturais

42
PREBIÓTICOS

Este não pode ser;

 Hidrolisado ou absorvido nos segmentos iniciais do


trato digestório

 Deve ser capaz de alterar a microbiota intestinal,


favorecendo uma composição mais saudável

 E induzir efeito benéficos sistêmicos ou na luz


intestinal

43
PREBIÓTICOS

 EX: maior sucesso

 É a inativação do 3-hidroxi-4(H)-piridona (DHP)


 Synergistes jonesii
 Isoladas de cabras do Havaí, adaptados à forrageira
tropical Leucaena leucocephala
Fonte: Google
 Contém um aminoácidos não-proteico chamado imagens

mimosina
 Quando consumida por animais não adaptados de
outras
partes do mundo
 Conferiu proteção à toxidade do DHP
 O DHP liberado no rúmem de animais australianos
44
LEVEDURAS

 São fungos unicelulares

 são os principais agentes da fermentação alcoólica

 Especialmente do gênero Saccharomyce

 Ultimamente, empregadas como aditivos em


suplementos alimentares p/ruminantes

45
LEVEDURAS

 Parecem reunir as características mais favoráveis ao


emprego na alimentação animal

 Devido

 Riqueza em proteínas de alta qualidade (45 a 55%)


 carboidratos, lipídios
 E vitaminas do complexo B, contendo também
aminoácidos
(YOUSRI, 1982)

46
LEVEDURAS

 Basicamente, são as indústrias que fornecem leveduras


para alimentação animal
 Nas usinas de álcool resíduos  processados
secagem e posterior moagem = arraçoamento de
animais
(BERTO, 1985)

 Estão associados à suplementação com leveduras


 Aumento na [] de ácidos graxos voláteis
 Proporção molar de propionato
 [] de ácido lático no líquido ruminal
 Menor variação do pH pós-refeição e da amônia ruminal

47
LEVEDURAS
 Willians et al,. (1991)

 Adição de leveduras Aumentos na população de bactéria,


inclusive das celulolíticas (efeito + considerado)

 Diminuição do oxigênio no ambiente ruminal(capacidade das


levedura) (Newbold, 1996) + das celulolíticas, são
extremamente sensíveis ao oxigênio

 Add de levedura  degradação da fibra tem aumentado


(Erasmus et al,.2005)

 Mecanismo não esta definido (nem todas as cepas tem


melhorado a fermentação)
48
LEVEDURAS

 Sugere-se que a suplementação com leveduras


forneça no rúmem fatores de crescimento solúveis;
 Como ácidos orgânico
 Vitaminas B
 Aminoácidos que são exigidos por certos grupos de
microrganismos
(Guerzoni e Succi, 1972)

Fonte: Google 49
LEVEDURAS
 Em co-cultura de bactérias acetogêniicas e metanogênicas

 Sem adição de leveduras


 19% do hidrogênio foi usado para a síntese de acetato
 79% para a produção de metano

 Com adição de levedura


 70% do hidrogênio foi usado para produção de acetato
 Indicando que as espécies bacterianas acetogênicas foram
estimuladas
 E + eficiente na utilização do hidrogênio (Chaucheyras et al,.
1995c)

 Portanto, a suplementação com leveduras pode ser o caminho para


reduzir a emissão de metano e favorecer o desempenho animal

50
SUPLEMENTAÇÃO COM ÁCIDOS GRAXOS

 É realizada para aumentar a densidade energética


da dieta

 Baixar os custos

 Manipular a fermentação ruminal através de


alteração na digestão e absorção dos nutrientes

51
SUPLEMENTAÇÃO COM ÁCIDOS GRAXOS

 O fornecimento de lipídeos para os ruminantes


provoca;

 REDUÇÃO NA DIGESTIBILIDADE DA FIBRA

 decréscimo na concentração de protozoários

 aumento no conteúdo de ácidos graxos voláteis

 redução na produção de metano no rúmen, sendo esse


comportamento dependente de quantidade e da fonte
de lipídeo

52
SUPLEMENTAÇÃO COM ÁCIDOS GRAXOS

 Como fonte de acido graxos insaturados

 Canola com 60% de acido oleico (C18:1)

 Soja com 50% de linoleico (C18:2)


Fonte: Google
imagens
 Linhaça com 47% de linolênico (C18:3)

 Óleo de coco com 45% de ácido láurico (C12:0)

 Óleo de palma com 40% de palmítico (C16:0) também


possuem potencial para manipular a fermentação ruminal

53
(Hristov et al,.2003)
SUPLEMENTAÇÃO COM ÁCIDOS GRAXOS

 O valor crítico de teor de gordura na dieta estabelecido é de, no


máximo, 6% de EE na MS. atrapalham a degradação ruminal. Óleos
vegetais são mais tóxicos no rúmen do que gorduras animais 54
SUPLEMENTAÇÃO COM ÁCIDOS GRAXOS

 Os efeitos negativos na fermentação ruminal em


dietas com gordura acima do limite crítico
ocorreriam por dois principais motivos:

1) Efeito tóxico direto dos ácidos graxos aos


microrganismos e

2) Efeito físico pelo recobrimento das partículas


alimentares com gordura  redução do contato
destas com agentes de digestão

55
Fonte: Google
ÁCIDOS ORGÂNICOS

 São substancias potenciais para a utilização como


aditivos nutricionais para ruminantes, visando
melhoras na utilização de nutrientes, e nos
parâmetros ruminais

Ex: àc. orgânicos são o aspartato, cítrico,


succínico, pirúvico, málico e fumárico
(MARTIN, 1998)

56
ÁCIDOS ORGÂNICOS

 1ºestudo foi realizado in vitro


 Lineahn et al.
 Utilizando a adição de malato e fumarato, à meios de
cultura pura de Selenomonas ruminantium

 Observaram que a inclusão desses aditivos auxiliavam


 um maior crescimento bacteriano

57
ÁCIDOS ORGÂNICOS

 MARTIN et al,. 1998

 Não apresentam resíduos na carcaça

 São elementos que participam do ciclo natural de produção


de ácidos graxos voláteis no processo fermentativo
ruminal

 Os ácidos málico e fumárico são os mais estudados


 Presentes nos tecidos biológicos intermediários do ciclo
do ácido cítrico
(KHAMPA & WANAPAT, 2007)

Fonte: Google 58
ÁCIDOS ORGÂNICOS
 MÁLICOpromove a utilização de lactato pelas bactérias
Selenomonas ruminantium
 Predominantes no rúmen com até 51% do total de bactérias
 diminuição na concentração de ácido lático e por
consequência elevação do pH
(MARTIN et al., 2000)
 FUMÁRICO é considerado um dreno ativo de hidrogênio,
pois competem com as bactérias metanogênicas pelo H2,
diminuindo, portanto a produção de metano
(ASANUMA et al., 1999)
 Diminuição da metanogênese, ocorre um aumento na
produção de propionato e acetato
(LÓPEZ et al., 1999)

59
EXTRATOS NATURAIS DE PLANTAS

 Várias plantas tem compostos secundários que as protegem


do ataque dos
 Fungos, bactérias, herbívoros e insetos

 TANINOS E SAPONINAS

 Presentes em algumas plantas tropicais, podem atuar nesse


processo

 Altos níveis Podem ter efeitos adversos na população


microbiana ruminal e na saúde animal

 Baixos níveis Apresentam potencial para melhorar a


fermentação ruminal
60
TANINOS

 Em ruminantes

 Podem produzir efeitos positivos

 Reduzindo a quantidade de proteína digerida no rúmen e

 Aumentar a quantidade de proteína disponível no intestino


delgado

 Eliminar parasitas

 Diminuir o timpanismo espumoso (consumindo alfafa)


(MUELLER-HARVEY, 2010)

61
TANINOS
 Para diminuir os efeitos deletérios  além do processo de
silagem

 PEREIRA FILHO et al. (2003)


 Avaliaram o tratamento da silagem de jurema-preta ( Mimosa
tenuiflora Wild)
 Add hidróxido de sódio  interferência na concentração de
taninos

 A [] de tanino total na MS do feno de jurema-preta

add hidróxido de sódio na solução alcalina

reduziu em até 27% o teor de tanino


62
SAPONINAS

 São glicosídios presente naturalmente em plantas de

Yucca schidigera (natural do


México)
Quillaja saponária (natural
do Chile)

Brachiaria decumbens

Medicago sativa (alfafa) +29 tipos de saponinas 63


SAPONINAS

 Essas substância têm sido pesquisada como


 Inibidores do crescimento de protozoários ruminais
 Moduladoras da fermentação ruminal em bovinos

 Ação detergente das saponinas parece ser


responsável pela morte dos protozoários do rúmen
(Makkar et al,.1998)

 As saponinas emulsificam os lipídeos da membrana


na sua permeabilidade e a morte da célula
(Wallace et al,.2002)

64
SAPONINAS

 REDUÇÃO População de protozoários


 A redução na produção de amônia
 Aumento na utilização do N da dieta( reciclagem do N
pelos protozoários)
 Aumento na eficiência de síntese de proteína
microbiana
 Mudança no perfil de ácidos graxos voláteis
 Diminuição na metanogênese

 Hess et al,.2003 observaram  aumento de 54% na


contagem de protozoários  redução de 20% na
produção in vitro de metano

65
SAPONINAS
 O mecanismo de ação
 Não é completamente conhecido
 Alteram a microbiota intestinal
 Atuam no metabolismo do nitrogênio
 Aumentam a permeabilidade de células da mucosa
intestinal
 Aumentam taxa de absorção intestinal
Curiosidade:

 Melhora do desempenho e a redução da produção de


amônia e o odor de fezes de animais domésticos

(DEMATTÊ FILHO, 2004)

66
PRÓPOLIS

 É uma substancia resinosa, coletada pelas abelhas


Apis mellifera, de diversas partes da planta como
broto, botões florais e exsudatos resinosos

 É conhecida, principalmente por suas propriedades


 Imunomodulatoria
 Antimicrobiana  Hipotensiva
 Antioxidante
 Cicatrizante
 Antiinflamatória
 Anestésica
 Anticarcinogênica
 anti-HIV
(PARK, 2001)
67
PRÓPOLIS

 1º trabalhos Somente em 2000-2001 na (UFV)

 Estudos tem demonstrado


 Própolis atua
 Inibição de bactérias gram-positivas

 Espera-se
 Adição em cultivo de microrganismos ruminais 
 Iniba o crescimento de bactérias proteolíticas da
mesma forma que o ionóforo monensina
(OLIVEIRA, 2004)

68
Considerações Finais
 Vários aditivos apresentam potencial para manipular o ambiente
ruminal, diminuindo a excreção de compostos nitrogenados e a
emissão de metano que, além de representarem ineficiência do
processo fermentativo do rúmen, constituem-se em importante
fontes de poluição ambiental.

 Com exceção dos ionóforos que já têm seu mecanismo de ação


bem definido, existe a necessidade de mais estudos para
estabelecer teores adequados de suplementação, interações
aditivos: microbiologia e entre os componentes da dieta, tipo de
dieta, tipo de animal e principalmente ação no longo prazo.

 Além disso, é necessário determinar os efeitos do uso desses


aditivos na saúde humana, efeitos residuais e transferência do
princípio-ativo através dos produtos de origem animal.

69

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