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Análise

Crítica do
 
Contrato
Social
     
O Diagnóstico da Saúde Jurídica da
   
Sociedade
     
Esse serviço tem como função principal, o
diagnóstico da estrutura societária e
documental da sociedade, de forma
personalizada e sob o enfoque da área da
saúde, resultando na elaboração de um
relatório detalhado que espelha o raio-x da
estrutura societária da empresa, bem como,
orientações pontuais que têm o condão de
minimizar riscos, por vezes, sustentados por
   
uma documentação societária não
especializada na área da saúde.

Só para se ter uma idéia da dimensão e


alcance desses serviços, vale informar que a
ELP recebe todo o mês mais de 200 contratos
sociais de sociedades médico-hospitalares
para essa análise crítica, cujos interessados
estão espalhados por todo o Brasil.

Breve análise da função social do contrato

O presente trabalho tem por escopo discutir brevemente a


moderna função social do contrato. Em consonância com
os ditames legais e com a análise da moderna doutrina, e
ainda, buscando a interpretação jurisprudencial de tal
princípio.

Texto enviado ao JurisWay em 28/7/2009.


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1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA: FUNÇÃO SOCIAL DO


CONTRATO E A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE
Com a evolução histórica e conseqüente alteração do
panorama das sociedades, o Estado passou a adotar uma
postura cabalmente intervencionista, principalmente na
seara das relações econômicas. Por conta de tal
fenômeno, a função social do contrato moldou-se com
contornos mais específicos, haja vista integrar uma
doutrina maior, intitulada doutrina da função social, a qual
também tem em seu bojo a função social da propriedade.
Confluindo para tal entendimento da função social do
contrato alicerçada na função social da propriedade, a
doutrina de Gagliano e Pamplona Filho, assim dispõe: "o
contrato é figura que acompanha as mudanças de matizes
da propriedade, experimentando inegável interferência
deste direito". Deste modo, com a socialização da noção de
propriedade, analisada em consonância com o seu papel
social, pois foi erigida na Constituição Cidadã em seu art.
5º, inc. XXII, como um direito fundamental, tem-se em
relação aos contratos uma nova abordagem tanto em sua
elaboração, quanto em suas conseqüências fáticas para os
contratantes, e principalmente, em sua repercussão na
coletividade. E desde então, imperioso observar quanto aos
particulares na relação obrigacional, que tais alterações
tiveram efeitos diretos nos alicerces das relações
contratuais contemporâneas, haja vista a busca por uma
relação contratual equilibrada, e apartada de cláusulas
abusivas, que onerem excessivamente uma das partes. 2
DELIMITAÇÃO CONCEITUAL A função social do contrato,
uma abordagem inovadora do Código Civil de 2002,
coexiste no art. 421 com a liberdade de contratar, ou seja,
com a autonomia privada. Esta por sua vez, tem como
corolário o princípio constitucional da dignidade da pessoa
humana, e também, como o dos valores da solidariedade e
da construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Os princípios constitucionais que salvaguardam a função
social do contrato ressaltam a necessidade da concepção
do contrato não só da ótica econômica, mas também,
prezam pela análise de suas conseqüências para a
coletividade. Portanto, a autonomia da vontade ou
consensualismo baseia-se na liberdade das partes em
contratarem, limitando-se, no entanto, por disposições de
ordem pública e pela função social do contrato, as quais
visam à proteção dos interesses coletivos, ou seja, a uma
finalidade social. A realização de negócios jurídicos
bilaterais no ordenamento jurídico brasileiro é a expressão
e efetiva realização da liberdade de contratar - pactuar -,
trazendo benefícios às partes que o compõem, e ainda,
respeitando o interesse público, ou seja, os interesses dos
particulares versus os interesses da coletividade. Nos
dizeres de Maria Helena Diniz, a liberdade de contratual é
reconhecida, mas seu exercício está condicionado à função
social do contrato e implica em valores como a boa fé e a
probidade, dispostos no art. 422 do CC. Deste modo, a
função social do contrato é um instrumento jurídico apto a
proteção dos interesses da coletividade, diante de
particulares que decidam contratar, e também, a ordem
pública e os bons costumes são os limites impostos pelo
legislador a liberdade de contratar. Na mesma linha de
pensamento, Gagliano e Pamplona Filho apud EDUARDO
SENS SANTOS: "o contrato não pode ser entendido como
mera relação individual. É preciso atentar para os seus
efeitos sociais, econômicos, ambientais e até mesmo
culturais. Em outras palavras, tutelar o contrato unicamente
para garantir a equidade das relações negociais em nada
se aproxima da idéia de função social [...]". 3 FUNÇÃO
SOCIAL DO CONTRATO NO CÓDIGO CIVIL DE 1916
Cabe analisar que o Código Civil de 1916, por razões
históricas e até mesmo sociais, já que a sociedade
brasileira na época da elaboração do CC/1916 se dirigia no
sentido oposto a socialização da propriedade - vivia-se em
uma sociedade de economia rudimentar, pós-escravocrata
-, diante de tal panorama, omitiu-se a lei sobre a função
social da propriedade e do contrato. Valorizou-se sim, o
crédito e a propriedade, e também, mantendo-se a
qualquer custo a sociedade matrimonial, abstendo-se de
tratar ou atribuindo pouco valor aos princípios sociais, ou
seja, o respeito aos interesses, direitos e anseios da
coletividade brasileira. 4 FUNÇÃO SOCIAL DO
CONTRATO NO CÓDIGO CIVIL DE 2002 E A
AUTONOMIA DA VONTADE Tratando da função social do
contrato com enfoque especial na autonomia da vontade,
com interessante abordagem Arnaldo Rizzardo discute a
amplitude da autonomia da vontade, a qual gerou e gera
situações sociais conflitantes. Afirma tal doutrinador que
por conta da imperiosa segurança jurídica, é inderrogável a
liberdade contratual, mesmo diante da função social do
contrato. Assegurando as partes o necessário arcabouço
jurídico para estipularem cláusulas pertinentes ao negócio
a ser pactuado, e ainda, que lhes garanta o adimplemento
contratual. Ressalta que o direito pátrio vem sofrendo
importantes alterações no princípio da autonomia da
vontade, como p. ex., com o advento das leis 8078/90 - a
qual dispõe sobre a proteção do consumidor - e da lei
10406/02 que institui o Código Civil; passando o contrato a
subordinar-se a uma função social, impondo-se o interesse
público sobre o interesse privado. 4.1 Exegese do art. 421
do Código Civil de 2002 O art. 421 do CC trata
expressamente da liberdade de contratar, ressaltando a
função social do contrato, e assim, dispõe: "Art. 421. A
liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites
da função social do contrato." A norma em comento é
caracterizada como um comando de ordem pública e de
interesse social, constituindo como uma cláusula fronteiriça
da autonomia privada quando da realização de contratos.
Por sua natureza cogente, o juiz deverá aplicá-la de ofício a
qualquer tempo ou instância, já que não está sujeita aos
efeitos da preclusão. Corroborando a análise do citado
dispositivo da lei civil, é importante frisar por conta de sua
aceitação e recorrência doutrinária a Jornada I do STJ n.
23, cuja síntese: "A função social do contrato, prevista no
art. 421 do novo Código Civil, não elimina o princípio da
autonomia contratual, mas atenua ou reduz o alcance
desse princípio, quando presentes interesses
metaindividuais ou interesse individual relativo à dignidade
da pessoa humana". (grifo nosso) A função social ao ser
expressamente disposta no artigo, o constitui como uma
cláusula geral, cabendo ao juiz preencher as propositais
lacunas, analisando o caso concreto com base nos valores
jurídicos, sociais, econômicos, éticos e morais, norteadores
da sociedade. 5 ENFOQUE JURISPRUDENCIAL
Recorrentes em nossa jurisprudência são os julgados que
versam sobre revisão judicial do contrato, por conta do
desajuste do contrato com sua função social e também
com o princípio da boa fé objetiva. Por ser o art. 421 do CC
uma cláusula geral, o juiz pode revisar e modificar
cláusulas contratuais que coloquem as partes em
veemente desequilíbrio, conforme ementas: APELAÇÃO
CÍVEL. SEGURO DE VIDA COLETIVO. NÃO-
RENOVAÇÃO PELA SEGURADORA APÓS LONGO
PERÍODO DE CONTRATAÇÃO. CONFIGURADO
CONTRATO CATIVO. ABUSIVIDADE DA CLÁUSULA QUE
PREVÊ A POSSIBILIDADE DE NÃO-RENOVAÇÃO.
UNILATERALIDADE. APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA
FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO E DA BOA-FÉ.
SEGURADO IDOSO. MANUTENÇÃO DO CONTRATO. A
não-renovação do contrato da autora, que se afigura
contrato cativo, é abusiva, nos termos do art. 51, IV e XI, do
CDC, uma vez que desprovida de qualquer justificativa
plausível, quebrando a expectativa legítima da segurada de
dar continuidade a uma relação da qual se espera um
mínimo de segurança. Aplicabilidade do CDC à espécie
sub judice. Apelação desprovida. (Apelação Cível Nº
70022564363, Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do
RS, Relator: Artur Arnildo Ludwig, Julgado em 09/04/2009).
(grifo nosso) REINTEGRAÇÃO DE POSSE -
ARRENDAMENTO MERCANTIL - VALOR RESIDUAL
GARANTIDO - COBRANÇA ANTECIPADA,
CONCOMITANTE ÀS PRESTAÇÕES LOCATÍCIAS -
DESCARACTERIZAÇÃO DO CONTRATO PARA
COMPRA E VENDA A PRAZO - RECONHECIMENTO DE
OFÍCIO - PUBLICIZAÇÃO DO CONTRATO -
DESCABIMENTO DO INTERDITO POSSESSÓRIO -
CARÊNCIA DE AÇÃO - AUSÊNCIA DO INTERESSE DE
AGIR NA MODALIDADE ADEQUAÇÃO - EXTINÇÃO DO
PROCESSO - A cobrança antecipada do VRG desfigura o
contratode leasing, transmudando-o em uma compra e
venda a prazo, uma vez que, ao arrendatário, não resta
alternativa ao final do contrato senão a aquisição do bem. A
descaracterização do contrato de arrendamento mercantil
pode ser feita de ofício pelo órgão julgador, consoante a
teoria da função social do contrato, proclamada pela
doutrina e jurisprudência modernas, permitindo ao Estado a
intervenção naquele para assegurar a ordem pública
através da igualdade entre os contratantes. Uma vez
reconhecido o desvirtuamento do contrato de leasing para
uma compra e venda a prazo, inadequado é o ajuizamento
da ação de reintegração de posse pelo arrendante para
reaver o bem. Faltando-lhe a posse da coisa, ausente está
um dos requisitos para o manejo do interdito, impondo-se a
extinção do feito sem julgamento do mérito, com fulcro no
art. 267, VI, do CPC, por falta de interesse de agir na
modalidade adequação. (TJSC - AC 96.007266-7 - 4ª
C.Cív. - Rel. Des. Alcides Aguiar - J. 08.02.2001).
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA. CLÁUSULA DE
EXCLUSIVIDADE PÓS-CONTRATO. INVALIDADE.
EFEITOS DO CONTRATO. ABUSIVIDADE.
DESRESPEITO A PRINCÍPIOS CONTRATUAIS. MULTA
POR DESCUMPRIMENTO. AFASTAMENTO. A cláusula
que prevê que uma das partes está proibida, por seis
meses após a extinção do contrato, a contratar com
qualquer empresa concorrente é inválida, tendo em vista
que os efeitos do contrato só perduram durante sua
vigência e não após sua cessação. Tal cláusula, também, é
abusiva, haja vista afrontar os princípios da manutenção do
equilíbrio econômico do contrato, da boa-fé objetiva e da
função social do contrato, na medida em que estabelece
obrigações desproporcionais, privilegiando uma das partes
em detrimento da outra. Assim, sendo inválida e abusiva a
cláusula em que se baseia o pedido inicial de aplicação de
multa, por seu descumprimento, resta afastada tal
pretensão pecuniária. (TJMG - Apel. Cível
1.0024.06.124055-2/001 - Rel. Des. Luciano Pinto -
J.10.04.08). CONCLUSÃO Embora com uma breve
abordagem acerca da temática da função social do
contrato, é possível concluir a importância de tal disposição
legislativa, ressaltando-se a aplicabilidade a inúmeros
casos concretos, principalmente nas relações de consumo,
também regidas pelo Código de Defesa do Consumidor.
Hodiernamente, o primado do Direito é a busca da tutela
dos interesses sociais coletivos, portanto, não seria cabível
a omissão diante das relações contratuais realizadas por
particulares, as quais refletem direta ou indiretamente na
esfera dos interesses gerais. Buscando uma socialização
do contrato, e ainda, salvaguardar os interesses sociais,
colocam-se como limites a ordem pública e a função social
do contrato, as quais são princípios gerais que contribuem
para regular as relações entre contratantes e entre esses e
terceiros.

Quer salvar seu histórico de conversas no


MSN?
Para guardar seu histórico de conversas no MSN basta ativar a opção de salvar as
conversas....para isto você precisa seguir as seguintes instruções:

 Entre no MSN Messenger e vá até o menu Arquivo depois Ferramentas depois Opções;
OBS: Se o menu não estiver disponível você deverá usar a opção Ativar Menu

 Vá até o item Mensagens e veja do lado direito a seção "Histórico de mensagens";


 Assinale a opção: Manter um histórico das minhas conversas automaticamente;
 Na parte inferior você terá a opção:

-Salvar minhas conversas nesta pasta. Aqui você deverá selecionar a pasta no seu computador
onde as conversas serão salvas. De um OK para confirmar.

Pronto!!!!A partir deste momentoí toda vez que alguém chamar você no MSN ou você chamar
alguém será criado um arquivo nesta pasta com o histórico das conversas.

Você irá observar que ele criará um arquivo para cada contato e cada nova conversa ele irá
adicionando no histórico deste arquivo.

Para visualizar o histórico das conversas no MSN:

 Entre no MSN e clique no menu arquivo e depois em Exibir histórico de mensagens


 Selecione o contato que deseja ver o histórico e clique em OK.

Atenção

 O histórico das conversas no MSN passa a ser criado apenas quando a opção acima
citada for marcada.
 Há situações que as conversas não vão para o histórico. Quando o micro é desligado
bruscamente, por exemplo.
 O histórico é salvo no seu micro, portanto se você usa o MSN em vários micros você
terá um histórico em cada micro.
 Se mais de uma pessoa usar o MSN no mesmo micro, é necessário que cada uma
delas, ou seja, cada conta do MSN ative a opção para guardar o histórico das
mensagens.
 O Histórico das mensagens são individuais, isto é, cada conta do MSN tem o seu
próprio histórico.
 Não é possível recurar mensagens anteriores à ativação do Salvar histórico.

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