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(A) a felicidade.
(B) o dever.
(D) a justiça.
Mill considera que a avaliação moral das ações deve ser feita
Imagine que o Luís precisa urgentemente de medicamentos e que a única maneira de os conseguir é pedir
dinheiro emprestado a um amigo rico, sem ter a intenção de lho pagar. Neste caso, o Luís decidiu adotar a
máxima «faz promessas enganadoras quando não há outra forma de resolver os teus problemas pessoais».
Esta máxima pode ser usada para fazer uma crítica à ética kantiana, dado ser razoável argumentar que a
máxima
(A) não é imoral, ainda que não seja racional querer universalizá-la.
(B) é imoral, ainda que venha a ter aprovação dos agentes envolvidos.
(C) devemos renunciar aos prazeres inferiores para não nos rebaixarmos à condição animal.
(D) são superiores os prazeres preferidos por quem tem competência para os apreciar.
Suponha que os valores apresentados nas situações A e B indicam o acesso aos bens primários dos
Indivíduo 1 Indivíduo 2
Situação A 4 4
Situação B 5 6
(B) a situação B é preferível, porque o total de acesso a bens e de felicidade dos dois indivíduos é maior.
(D) a situação B é preferível, porque o acesso aos bens primários do indivíduo menos favorecido é
superior
Na teoria da justiça de Rawls, o princípio da liberdade igual tem prioridade sobre o princípio da diferença.
Aceitar esta prioridade implica aceitar que
(A) as liberdades não podem ser negadas mesmo que impeçam a criação de riqueza que beneficiaria
os menos favorecidos.
(B) os incentivos ao crescimento da riqueza envolvem sempre o risco de serem negadas liberdades aos
menos favorecidos.
(C) as liberdades são indispensáveis à melhoria crescente do rendimento dos menos favorecidos.
(D) os incentivos ao crescimento da riqueza apenas limitam as liberdades dos menos favorecidos.
O caso seguinte serve para testar a teoria da justiça de Rawls.
Um indivíduo sofre de graves deficiências mentais, e um outro tem um grande talento matemático.
Estando satisfeitas as necessidades materiais de ambos, a sociedade dispõe de recursos adicionais que
permitem ajudar apenas um deles. Desse modo, ou o indivíduo com graves deficiências mentais terá um
apoio educativo suplementar, que não irá melhorar significativamente a sua vida, ou será proporcionada
uma educação superior ao indivíduo com talento matemático, que dela retirará a grande satisfação de
desenvolver todas as suas potencialidades nesse domínio.
Quem, contra Rawls, defender a opção de ajudar o indivíduo com talento matemático estará a pôr em
causa
Suponha que alguém prometeu fazer algo, não se apercebendo de que isso implicava violar um contrato.
Que problema levantaria este caso à ética de Kant?
(A) O primeiro princípio deverá ser desrespeitado, pois tem menos força do que o segundo.
(B) O segundo princípio deverá ser desrespeitado, pois tem menos força do que o primeiro.
(C) Os dois princípios deixam de ter importância moral, pois mostram não ser universalizáveis.
E se […] algumas pessoas preferissem apostar? E se vissem a vida como uma lotaria e quisessem certificar-
se de que haveria algumas posições muito atrativas para ocupar na sociedade? Em princípio, os jogadores
estão dispostos a correr o risco de ficarem pobres se, em contrapartida, tiverem a hipótese de serem
extremamente ricos. [...] Rawls acreditava que as pessoas sensatas não desejariam apostar as suas vidas
desta maneira. Talvez estivesse enganado a este respeito.
N. Warburton, Uma Pequena História da Filosofia, Lisboa, Edições 70, 2012, p. 228. (Texto adaptado)
Segundo Kant, a máxima de que devemos diminuir os outros para ver reconhecida a nossa superioridade
não está de acordo com o imperativo categórico, tal como é apresentado na fórmula da lei universal,
porque
De acordo com Kant, uma pessoa que, motivada pela obediência a um mandamento da religião que
professa, dá assistência a quem vive numa situação de pobreza
Identifique o princípio de justiça, proposto por Rawls, em nome do qual a solução apresentada é a correta.
(Resposta: princípio da oportunidade justa)
A Maria sempre gostou muito de crianças e chegou a pensar em trabalhar como voluntária numa
associação de apoio a crianças doentes, mas acabou por concluir que seria muito difícil conciliar esse
trabalho com os estudos. Entretanto, ela soube que o voluntariado era muito valorizado nas entrevistas de
emprego. Por essa razão, decidiu contactar uma conhecida associação de apoio a crianças doentes e
conseguiu ser admitida, passando a conciliar o trabalho de voluntariado com os estudos. Pela sua
dedicação e pela sua simpatia, a Maria destacou-se desde o primeiro momento como uma das voluntárias
favoritas das crianças e das famílias.
O apoio dado pela Maria às crianças doentes e às suas famílias tem valor moral?
O José é um bom aluno, mas sente-se inseguro quando tem de utilizar fórmulas memorizadas. Ao ser
informado de que o enunciado do teste final de Física não iria incluir uma lista com as fórmulas, decidiu
levar uma pequena cábula com as fórmulas mais complexas, para o caso de se esquecer de alguma. Ainda
assim, o José acabou por não usar a cábula, errando algumas fórmulas, pois teve receio de ser apanhado a
copiar.
Será que, de acordo com Kant, a decisão do José tem valor moral? Justifique a sua resposta. (2ª Fase 2019)
Uma pessoa, por uma série de desgraças, chegou ao desespero [...]. A sua máxima […] é a seguinte: Por
amor de mim mesmo, admito como princípio que, se a vida, prolongando-se, me ameaça mais com
desgraças do que me promete alegrias, devo encurtá-la. [...] Vê-se então [...] que uma natureza cuja lei
fosse destruir a vida em virtude do mesmo sentimento cujo objetivo é suscitar a sua conservação se
contradiria a si mesma.
I. Kant, Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Lisboa, Edições 70, 1986, p. 63.
1.1. Explique como Kant, recorrendo à fórmula da lei universal do imperativo categórico, condena o
1.2. Segundo Kant, uma pessoa que, nas circunstâncias descritas no texto, optasse pelo suicídio agiria de
O objetivo da posição original é excluir aqueles princípios que seria racional tentar fazer aprovar [...] em
função do conhecimento de certos dados que são irrelevantes do ponto de vista da justiça.
J. Rawls, Uma Teoria da Justiça, Lisboa, Editorial Presença, 2001, p. 38 (texto adaptado).
Explique a afirmação de Rawls. Na sua resposta, dê pelo menos um exemplo de dados irrelevantes na
escolha dos princípios da justiça. (1ª Fase 2018)
Aquele que diz uma mentira, por muito bem-intencionado que possa ser, tem de ser responsável pelas suas
consequências […], ainda que estas possam ter sido imprevisíveis; pois a veracidade é um dever que tem de
ser entendido como a base de todos os deveres decorrentes de um contrato, cuja lei se torna incerta e
inútil caso se admita a menor exceção. Por conseguinte, ser verídico (honesto) em todas as declarações é
um mandamento sagrado da razão […].
I. Kant, «Sobre um Suposto Direito de Mentir por Amor à Humanidade», in A Paz Perpétua e Outros
Opúsculos, Lisboa, Edições 70, 1989, pp. 175-176 (texto adaptado).
Todos os moralistas reconhecem que mesmo a regra de dizer a verdade, sagrada como é, admite a
possibilidade de exceções, verificando-se a principal quando ocultar um facto (por exemplo, ocultar
informação a um malfeitor ou más notícias a uma pessoa muito doente) iria salvar uma pessoa
(especialmente uma pessoa que não nós próprios) de um mal maior e imerecido, e quando só é possível
realizar a ocultação negando a verdade.
Confronte as posições de Kant e de Mill, expressas nos textos anteriores, acerca da regra de dizer a
verdade.
Na sua resposta, integre adequadamente a informação dos textos. (2ª Fase 2018)
Atente no problema apresentado no caso seguinte.
Qual das duas programações referidas seria adotada por um defensor da ética de Mill? Justifique. (1ª Fase
2017)