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l GABINETE DO DEPUTADO JORGE VIANNA . 'n.' n'"'


'secretanãiky)Mlã

PI 581/2019
PROMETO
DE LEI N(

(Do Senhor Deputado Jorge Vianna)

Dispõe sobre o direito ao descarte de


seringas, agulhas, lancetar, tiras e demais
materiais perfurocortantes ou
contaminantes em locais e estabelecimentos
de grande circulação de pessoasno âmbito
do Distrito Federal.

A Câmara Legislativa do Distrito Federal decreta

Art. lo Os estabelecimentos de grande circulação de pessoas, localizados no Distrito

Federal, devem assegurar aos consumidores, locais e recipientes apropriados para o


descarte de seringas, agulhas, lancetas, tiras e demais materiais congêneres
perfurocortantesou contaminantes.

i lo O dispostono c:?pufaplica-se,entre outros estabelecimentos,


a:

1 - só(zopó'7y6e/7áersou congênere;

11- unidades de saúde;


111- unidadesde ensino;
IV - rodoviárias;

V - aeroportos.

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Praça Municipal - Quadra 2 - Lote 5 - CEP 70.094-902 Brasília-DF
Tel. (61) 3348-8000
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MAltA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
GABINETEDO DEPUTADOJORGEVIANNA

$ 2o Os estabelecimentos devem informar aos consumidores o direito a que se refere


o caput:

1- em local

a) de fácil visualização;

b) nos banheiros;

11- de maneira destacada

Art. 2o Os estabelecimentos deverão garantir recipientes específicospara os materiais


de que trata o c;3pz./fdoart. lo, distinto do lixo comum ou do lixo reciclável.

Pa/;áynaÁo
z;nÁ:o.Os recipientes devem ser de material rígido e inquebrável, resistente
à perfuração, com abertura que não permita que os objetos, uma vez descartados,
possam ser removidos ou reaproveitados, salvo pelos responsáveis pelo destino dos
resíduos.

Art. 3o O descumprimento do disposto nesta lei sujeita os infratores às sanções


previstasno art. 40 da Lei no 5.418, de 24 de novembrode 2014, bem como na Lei
federal no 8.078/1990 - Código de Defesa do Consumidor.

Art. 4o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Setor Prolecolo Legislativo


Art. 5o Revogam-se as disposiçõesem contrário.
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Folha i~-i'.!Z2:'.'{3./
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JUSTIFICAÇÃO

C)presente prqeto de lei objetiva efetivar, entre outros, os princípios constitucionais


da defesa do consumidor(inciso V do art. 158 da Lei Orgânicado Distrito Federal
LODF)e da igualdade(capuz do art. 5o da ConstituiçãoFederal)

O Distrito Federal possui em seu ordenamento jurídico algumas leis que tratam do
descarte de resíduos relacionados à saúde, inclusive agulhas e medicamentos, mas

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nenhuma delas é dirigida aos locais e estabelecimentos de grande circulação

Praça Municipal -- Quadra


Brasília-DF
Tel.(61) 3348-8000
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CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
GABINETEDO DEPUTADOJORGEVIANNA F

A Lei Ro 2.199, de 30 de dezembro de 1998, (áspõê soZzne a oÓnz©a&o/?idade caos


:stabelecimentos médicos, odontológicos, veterinários e congêneres disporem de
:quipamento para descarte seguro de agulhas injetáveis usadas. Como cowsxada
ementa
e do art. lo da lei, a norma é dirigida a hospitais, clínicas médicas,
odontológicas
e veterinárias, hemocentros, farmácias, drogarias, laboratórios e demais
estabelecimentos que manuseiam agulhas injetáveis

A Lei Ro3.359, de 15 de junho de 2004, (glspãesoánea oÓ/7©aá0/7bdade


da a(áoÇ:jóde
)lano de Gerenciamentodos Resíduosdos Serviçosde Saúde no âmbito do Distrito
Ae(dana/Nos termos do art. lo, os estabelecimentos prestadores de serviços de saúde
ficam obrigados a adotar plano de gerenciamento de resíduos.

A Lei Ro5.591, de 23 de dezembrode 2015, esZaZ)eZece


/zyzas soóne(desça/ãede
medicamentoscomo medidade proteção ao meio ambiente e à saúde pública e dá
oz///a5 pnoL4i:d©y7cüs.
O art. lo da lei obriga hospitais e demais unidades de saúde.

públicos ou privados, a disponibilizar em suas dependências recipientes para que a


população realize o descarte de medicamentos inservíveis.

Embora louvável a existência dessas leis distritais, não há norma no âmbito do Distrito
Federal que preveja o direito de os usuários, consumidores e trabalhadores

descartarem esses materiais nos locais que, todos os dias, há grande aglomeração.

No Distrito Federal há milhares de pessoas que, todos os dias, utilizam seringas,


agulhas, lancetas e demais materiais perfurocortantes ou contaminados. Seria de todo
recomendável que esses milhares de brasilienses pudessem descartar esses materiais
o x..
nos locais e estabelecimentos de grande circulação de pessoas, como rodoviárias.
aeroportos, s»c;lcyzó'vg
ce/7/erse centros universitários.

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Essesresíduos com material biológico não podem ser descartados no lixo comum ou

3 % '' no lixo reciclável,


muitomenosdiretamentena natureza.Isso pelo risco de
Õ"ul.g contaminação tanto dos profissionais que lidam com o lixo (lixeiros, catadores,
(D } I'L prestadores de serviço em empresas de reciclagem) quanto do solo e dos cursos

a Praça Municipal -- Quadra 2 - Lote 5 - CEP 70.094-902


Tel.(61) 3348-8000
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Brasília-DF
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GABINETE DO DEPUTADOJORGEVIANNA

d'água

Vale destacar que, não havendo a disponibilização facilitada de locais para o descarte
desse material biológico, além da contaminação dos profissionais que lidam com
resíduos e do meio ambiente, qualquer um de nós pode, nos variados ambientes
públicos (parques, praças, estacionamentos),deparar-se com esses materiais e
objetos. Isso traz, portanto, um risco de contaminação de parcela da sociedade.
especialmente das crianças, que são mais vulneráveis a terem contato com materiais
dessanatureza.

Destaque-seque é razoável exigir-se desses locais de grande concentração de pessoas


que arquem com o custo que a medida ora proposta implica para suas atividades.
Dada a pouca monta do custo exigido e a grande relevância social da medida. é
adequado exigir-se desses estabelecimentos medida como essa.

A imposição de multa aos estabelecimentos se faz necessáriana medida em que, sendo


uma previsão meramente facultativa, muito provavelmente não será adotada, uma vez
que, como dito, há o incremento do custo, mesmo que em pequena escala. A escolha

da Lei Ro5.418, de 24 de novembrode 2014, não foi casual.Essalei (#sp(ãesoónea


)olítica Distritalde ResíduosSólidos e dá outras providências. Waseu çaQk\xKa\x. qxxe
compreende justamente o art. 40, a lei trata das proibições e punições

É importante ressaltar que essa matéria é da competência do Distrito Federal, é de


iniciativa comum de deputados distritais, não há lei distrital que trate do tema (como
já ressaltado), nem tampouco prqeto de lei tramitando que verse sobre o assunto.

Diante do exposto, solicito o apoio dos nobres colegas parlamentares para a aprovação
do presente projeto delei.

Sala das Sessões, em de

de 2019. ]gEr pífl:(l


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] I'-!'..g...:l.....uyu.

DEPUTADO JORGE VIANNA - PODEMOS/DF


Praça Municipal -- Quadra 2 -- Lote 5 -- CEP 70.094-902 -- Brasília-DF
Tel.(61) 3348-8000
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CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL

LEI NO 5.418, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2014


(Autoriado Projeto: DeputadoJoeValle)
Dispõe sobre a Política Distrital de
Resíduos Sólidos e dá outras
providências.

CAPITULOI
DAS DISPOSIÇÕESGERAIS

a l J-/;áy .zifZÃ:O.
As disposições desta Lei são aplicadas em consonância com
Sólidos íi' .Lz-.iw, ae z ae agosto de 2010 - Política Nacional de Resíduos

Art. 2o Para os efeitos desta Lei, entende-se por:

:.:::iE RELIêlES:il!:HHU
11- área contaminada: local onde há contaminação causada
H '''' pela
I'''lv disposição
iul-rVJl\'Cl\J/
ç--l

regular ou irregular, de quaisquer substâncias ou resíduos;

dica'-.:''111- área ÓMacontaminada:área contaminadacujos responsáveispela


.P - 1= V ' 'W= T VIV 1= \+l\P4

disposição não sejam identificáveis ou individualizáveis;

n! ü8 e:;hlgl=
=gs.JE«;:'::.m.Jvlm«:
V - coleta seletiva: coleta de resíduos sólidos previamente senrenâdos
conforme sua constituição ou composição; ' ' '' ''''-''- -'=--'y'-uva

i :::iÜHEl:iHB:im
m::mll::sm:u

p*'' p"l'F'F :l'T:U'~l}


;:ln tq'.g..b .S..2€.JX--
22

CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL

... Art 40. Sem prejuko de sanções civis e penais, as atividades geradoras,

1 - multa simples ou diária, correspondente, no mínimo, a R$5.000,00 e, no


máximo, a R$5.000.000,00, agravada no caso de reincidência específ:ica;

r Público;erda ou restrição de incentivos e benefkios fiscais concedidos pelo

estabelecimento oficial de crédito; de participação em linhas de financiamento em


IV - suspensão da atividade;
V - embargo de obras;
VI - cassação de licença ambiental.

:s! $3 3 H311:1Bil'is:n
CAPITULOX
DAEDUCAÇÃOAMBIENTAL
Art. 41. Para os efeitos desta Lei, educação ambiental deve ser entendida
na forma prevista na Lei federal no 9.795, de 27 de abril de 1999.

contínua de ramas de educação não formal devem prever a capacitação


como um todo. cs ue rridtenais reuttllzaveis e recicláveis, além da sociedade civil

Art. 44. A formação continuada de professores de todas as áreas Ha\fa


contemplaratemática dosresíduossólidOS. ' ' ' '--- -- "---u-' u''"'

de Edusólidos
devem ser e aboradas em gão executor da Política Disüital

Art. 47. O Distrito Federal deve incentivar estudos, projetos e programas


que enfoquem problemas sanitários, socioeconQlNfp?
t,.calo Leclislatlvo e ambientais, estimular e
8}" '=T?+ ;...hg
t'( 0. .b .b
6
CÂMARA
LEGISLATIVA
D ESTRITO F ED [ RAL
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Unidade responsável: Secretaria Legislativa

Assunto: Distribuição do Projeto de Leí ne 587/19 que "Dispõe sobre o


direito ao descarte de seringas, agulhas, lancetas, tiras e demais materiais
perfurocortantes ou contaminantes em locais e estabelecimentosde
grande circulação de pessoas no âmbito do Distrito Federal"

Autoria: Deputado(a) Jorge Vianna (PODEMOS)

Ao SPLpara indexações, em seguida ao SACP,para conhecimento e


providências protocolares, informando que a matéria tramitará, em análise
de mérito, na CDC(RICA art. 66, 1,"a") e na CESC(RICA art. 69, 1,"a") e, em
análise de admissíbilidade na CCJ(RICAart. 63, 1).

Em 22/08/19

MARÇÉLO FREDERICO M. BASTOU


Matrícula 13.821
Assessor Especial

m
r'
r Protocolo Legislativo

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