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Poços de Caldas
2018
PAULA CÍCERA RAMOS
Poços de Caldas
2018
PAULA CÍCERA RAMOS
BANCA EXAMINADORA
RESUMO
ABSTRACT
Surgical Site Infections account for a large share of hospital infections. It is one of the
most feared complications arising from surgical procedures, since it is an episode
with very serious releases. The most common infections are urinary tract infections,
pneumonia, sepsis and surgical site infections. In Brazil, the probability of an
inpatient contracting an infection is approximately 10%. The follow-up of patients who
undergo surgical procedures is often terminated with their discharge, becoming
vacant what happens to the same after their discharge since there is control of
surveillance post-high epidemiology. Some risk factors should be considered in order
to avoid them, such as: patient's clinical status, pre-operative hospitalization time,
preexisting diseases, nutritional imbalance, use of immunosuppressants, age,
smoking and alcoholism. Orthopedics represents an important part of the number of
surgical procedures performed. However, most infections can be avoided when small
preventive measures are taken. And, nursing is key in this context, since these
professionals bridge the gap between patients and the multidisciplinary team when it
comes to surgical events. The primary objective of this study is to study the role of
nurses in the prevention of surgical site infections. The study is a literature review
with searches in the main databases. Thus, we conclude that infections of surgical
sites are considerable health problems. And, the nursing team and CCIH should
adopt preventive measures such as continuing education of the professionals
involved in the procedures that involve the pre and postoperative. With this, we can
avoid and decrease the indicators of infections of surgical sites.
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 8
2. BREVE CONTEXTO SOBRE INFECÇÕES DO SÍTIO CIRÚRGICO ................ 10
3. FATORES DE RISCO PARA INFECÇÕES DE SÍTIOS CIRÚRGICOS.............14
4. INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO EM CIRURGIA ORTOPÉDICA..................18
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 22
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 23
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1. INTRODUÇÃO
As infecções hospitalares, aquelas adquiridas durante o período de internação
de um paciente em um hospital, pode ser devido a algum tipo de procedimento
recebido e, até mesmo após alto do paciente. E, as Infecções de Sítio Cirúrgico
representam uma grande parcela dessas infecções hospitalares. Conhecer a
incidência e os principais fatores de riscos que estão associados a esse tipo de
infecção por complicação cirúrgica é dever da enfermagem.
A assistência cirúrgica vem acompanhada de riscos ao paciente,
configurando-se uma realidade constante. Dessa forma, cabe as equipes envolvidas
propor estratégias e estabelecer barreiras para que seja evitado o possível de
infecção, garantindo a segurança do paciente.
A infecção de sítio cirúrgico é uma das mais temidas complicações
decorrentes de procedimentos cirúrgicos, uma vez que destaca por se tratar de um
episódio com gravíssimos desfeches. Os pacientes que são expostos e adquirem
infecções apresentam duas vezes mais chances de ir a óbito que aqueles que se
recuperam dentro das normalidades.
A Organização Mundial de Saúde estabeleceu como meta para 2020, uma
redução de pelo menos 25% das taxas de infecção do sítio cirúrgico. E, essa ação
implicará em uma queda significativa nos riscos de morbidade e mortalidade dos
pacientes submetidos a algum procedimento com complicação.
Diante do exposto observa-se a Infecção de Sitio Cirúrgico como um ponto de
grande importância no conhecimento técnico científico da enfermagem, uma vez que
visa aprofundamento no conhecimento para garantir uma excelência na assistência
e segurança do paciente. O presente estuda buscou abordar a seguinte questão:
quais as medidas que são necessárias do ponto de vista da enfermagem para a
diminuição do índice de infecção de sitio cirúrgico?
Sendo assim, o trabalho apresenta como objetivo primário estudar o papel do
enfermeiro na prevenção das infecções de sitio cirúrgico. E, como objetivos
secundários almejam-se: descrever os aspectos gerais das infecções de sítios
cirúrgicos; apontar os fatores de risco para infecções do sítio cirúrgico; e por fim,
compreender os principais aspectos das infecções de sítio cirúrgico de cunho
ortopédico.
O presente estudo trata-se de uma de revisão de literatura com buscas nas
principais bases de dados, como: Biblioteca Virtual de Saúde (BVS),
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meios de contaminação da ferida cirúrgica por esses patógenos podem ser pelos
instrumentos cirúrgicos, por contaminação da prótese, pelo contado da equipe
cirúrgica com o sítio cirúrgico ou pela falha na paramentação e assepsia antes do
procedimento (SANTOS et al., 2015).
A Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar ressalta
que o principal meio de prevenir as infecções hospitalares é investigar os principais
fatores relacionados a sua incidência. Um bom processo preventivo auxilia para que
até 20% dos casos sejam evitados (SANTOS et al., 2015).
Segundo Motta et al. (2017) a Organização Mundial de saúde apresentou o
Programa Cirurgias Seguras Salvam Vidas que apresentam eixos que visam a
prevenção da infecção de sítios cirúrgicos. Dentre os eixos contamos com equipes
cirúrgicas seguras, emprego de indicadores da assistência cirúrgica e um modelo de
anestesia segura. A prevenção versus avaliação de indicadores visa a segurança
do paciente cirúrgico, uma vez que potencializa a fundamentação racional e
planejamento de serviços.
Para que sejam controladas as infecções de sítios cirúrgicos é necessário,
primeiramente, identificar os fatores de riscos. Os fatores de riscos estão
relacionados ao hospedeiro, microrganismo e ao ambiente, e a enfermagem deve
planejar e programar ações como banho, controle de medicamentos, controle pré-
operatório e cuidados com o sitio de incisão (ERCOLE et al, 2011).
A notificação de infecção cirúrgica não fornece taxas fiéis, pois a relação dos
eventos, muitas vezes, está restrita ao período que o paciente permaneceu na
instituição hospitalar. Essa falha nos registros cria uma falsa realidade que não está
ocorrendo adversidades (SANTOS et al., 2015).
O perioperatório obtém sucesso, ou seja, a não apresentação de riscos de
infecção hospitalar quando a instituição utilizada de indicadores para mensurar a
qualidade da assistência oferecida ao paciente. Esses indicadores são
contextualizados como unidade de medida frente a uma atividade, a fim de,
monitorar e avaliar as ações realizadas (GEBRIM et al., 2016).
O enfermeiro é fundamental no gerenciamento de indicadores de qualidade
no perioperatório. A função destes profissionais neste contexto é apoiar a logística
no centro cirúrgico com o objetivo de prevenção de infecção futura, essas funções
englobam o controle ambiental, controle de assepsia e controle de material.
Enquanto que, o indiciador recomendado de prevenção de infecção de ferida
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cirúrgica são as taxas de infecção de cirurgia limpa, uma vez que esse tipo de
procedimento o indicador avalia os principais pontos com potencial de infecção em
cirurgia (GEBRIM et al., 2016).
O acompanhamento de pacientes que passam por procedimentos cirúrgicos
muitas vezes é encerrado com sua alta, ficando vago o que acontece com o mesmo
após sua alta uma vez que não há o controle de vigilância epidemiologia pós alta.
Contudo, a existe uma incidência de infecção de sitio cirúrgico pós alta de 12 a 84%,
que é sabido devido aos casos de retorno ambulatorial, contato telefônico, carta
questionário e pela acurácia (OLIVEIRA; CIOSAK, 2004).
14
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com o que foi exposto neste trabalho, concluímos que as infecções
de sítio cirúrgico é um sério problema de saúde. Contudo, maiorias das infecções
podem ser evitadas quando adotada pequenas medidas preventivas no pré e pós-
operatório.
A enfermagem é peça chave no contexto preventivo, uma vez que esses
profissionais são ponte entre os pacientes e a equipe multidisciplinar quando se trata
de eventos cirúrgicos. Para tal, as equipes de enfermagem devem estar sempre
atualizadas e preparadas para ações afirmativas na prevenção de infecção de sitio
cirúrgico.
Essas ações afirmativas envolvem eventos de educação continuada aos
demais profissionais que fazem parte da equipe hospitalar. Além disso, o
acompanhamento do paciente após sua alta é uma medida que deve ser
considerada com intuito de prevenir infecções após alta, principalmente quando
envolve cirurgias complexas como as ortopédicas.
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REFERÊNCIAS
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