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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL


FACULDADE DE ENGENHARIAS ARQUITETURA E URBANISMO E

UFMS GEOGRAFIA
LABORATÓRIO DE CONVERSÃO ELETROMECÃNICA DE ENERGIA
(Laboratório de Máquinas de Corrente Contínua)
Turma P2 – Realização: 7/11/2019 Entrega: 21/11/2019
Turma P1 – Realização: 31/10/2019 Entrega: 14/11/2019
Prof. João Onofre P. Pinto

Prática Nº 5

Características da Máquina de Corrente Contínua, Operando no Modo Motor, com Excitação


Série e com Excitação Composta

1. Objetivos
O objetivo deste experimento é verificar o comportamento externo da máquina de corrente contínua,
quando a mesma opera como motor, com excitação série e com excitação composta.

2. Introdução
A máquina de corrente contínua operando como motor, devido à grande facilidade com que
as mesma pode ser controlada, foi por muito tempo à preferida, quando se necessitava de controle de
torque ou de variação de velocidade. Com o advento da eletrônica de potência, tornou-se possível
obter das máquinas de corrente alternada performances de desempenho semelhantes aos da máquina
CC, entretanto, em algumas aplicações específicas, o motor de corrente contínua ainda tem grande
utilização.

3. Motor de Corrente Contínua com Excitação Série


No motor de corrente contínua, com excitação série, o enrolamento de campo é conectado em
série com o enrolamento de armadura, com ambos alimentados pela mesma fonte de corrente
contínua, conforme o circuito mostrado na Figura 1. Uma característica desse tipo de motor é que
sua velocidade tende para valores elevadíssimos quando o mesmo opera em vazio (sem carga no
eixo), o que requer cuidados especiais para que essa condição seja evitada.

3.1. Anote todas as grandezas das máquinas e dos instrumentos que considere necessárias à
realização do experimento.
3.2. Para evitar a operação em vazio do motor CC série, certifique-se que há carga
conectada no seu eixo (regulagem de cerca de 35% do valor máximo do Freio de
Focault).
3.3. Cuidando para que não sejam ultrapassados os valores das correntes limites (nominal
da MCC e amperímetro), aplique gradualmente tensão na armadura do motor CC.
3.4. Meça os valores de corrente de armadura e da velocidade, com a carga eletromagnética
com excitação correspondendo à máxima carga do motor CC (regulagem de cerca de 35%
do valor máximo do Freio de Focault). Anote os valores na Tabela 1.
3.5. Mantenha a tensão de armadura constante no valor ajustado em 3.3. Reduza a carga no
eixo da mesma (reduzindo o valor da corrente no Freio de Focault), de modo que a
corrente de armadura da máquina CC diminua desde o valor inicial até 5% do Freio de
Focault, para o qual a velocidade do motor não implique em riscos para o mesmo e para
os usuários. Para cada condição de carga, anote os valores das grandezas na Tabela 1.
Durante esta fase não deixe que a rotação da MCC supere o valor de 2400 rpm.
3.6. Analise os resultados obtidos e descreva suas conclusões, qualitativamente e
quantitativamente, a respeito do funcionamento da máquina de corrente contínua
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operando como motor, com excitação série. Foram verificadas diferenças significativas da
operação da máquina com excitação série se comparada com a operação com excitação
independente? Quais? São coerentes os resultados obtidos? Por quê?

Figura 1 - MCC com excitação série.

Tabela 1 – Motor CC com excitação série


Freio de
Máquina de Corrente Contínua
Foucault
Va (V ) I f ( A) I a ( A) n ( rpm ) Pent (W ) T ( N .m )

4. Motor de Corrente Contínua em Excitação Composta, com Enrolamento Shunt Alimentado por
Fonte Independente

Neste ensaio, o motor de corrente contínua com excitação composta terá seu enrolamento de
campo derivação (shunt) alimentado por fonte separada, enquanto que o enrolamento de campo
série é conectado em série com o enrolamento de armadura, conforme o circuito mostrado na Figura
2.

4.1. Anote todas as grandezas das máquinas e dos instrumentos que considere necessárias à
realização do experimento.
4.2. Alimente o circuito de campo derivação (shunt) do motor CC e ajuste a corrente no valor
nominal; ( I f = 0, 4 A ).
4.3. Ligue a fonte de alimentação CC da armadura e acelere o motor até alcançar a velocidade
nominal ( nn = _______ rpm ). Para isso, por meio do knob (potenciômetro) da fonte,
aumente gradativamente a tensão terminal ( Vt ) até alcançar nn . Anote também o valor da
tensão terminal para essa condição: ( Vt = _______ V ). Anote também os valores de
corrente de armadura e da velocidade na Tabela 2.
4.4. Mantenha a tensão de armadura constante no valor ajustado em 4.3, faça variar a carga no
eixo, de modo que a corrente do motor CC varie desde o valor em vazio até o valor de
plena carga. Para cada condição de carga, anote os valores das grandezas na Tabela 2. A
partir dos resultados, podemos dizer que a ligação composta testada é do tipo aditiva ou
subtrativa? Justifique sua resposta.
4.5. Pare o motor CC e inverta as conexões do campo série em relação ao campo derivação.
Ponha novamente a máquina em movimento e com a velocidade e corrente de campo
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shunt nos valores nominais, meça os valores de corrente de armadura e da velocidade,
ainda sem carga no eixo, e anote os valores na Tabela 3.
4.6. Novamente, mantenha a tensão de armadura constante no valor ajustado em 4.3, faça
variar a carga no eixo de modo que a corrente do motor CC varie desde o valor em vazio
até o valor de plena carga. Para cada condição de carga, anote os valores das grandezas na
Tabela 3. A partir dos resultados, podemos dizer que a ligação composta testada é do tipo
aditiva ou subtrativa? Justifique sua resposta.
4.7. Analise os resultados obtidos e descreva suas conclusões, qualitativamente e
quantitativamente, a respeito do funcionamento da máquina de corrente contínua
operando como motor, com excitação composta. Foram verificadas diferenças
significativas da operação da máquina com excitação composta se comparada com a
operação com excitação independente testada anteriormente e com excitação série?
Quais? São coerentes os resultados obtidos? Por quê?

Tabela 2 – Motor CC em excitação composta, com excitação shunt independente ___________


Freio de
Máquina de Corrente Contínua
Foucault
Va (V ) I f ( A) I a ( A) n ( rpm ) Pent (W ) T ( N .m )

Tabela 3 - Motor CC em excitação composta, com excitação shunt independente ___________


Freio de
Máquina de Corrente Contínua
Foucault
Va (V ) I f ( A) I a ( A) n ( rpm ) Pent (W ) T ( N .m )

Figura 2 – MCC com excitação composta.

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5. Informações Complementares

Gerador/Motor de CC Legenda:

− Potência: 0,5 kW; R1 – RR1: Armadura;


− Tensão de armadura: 170 Vcc;
− Tensão de excitação: 190 Vcc; C1 – C2: Campo do MCC;
− Velocidade: 1800 rpm;
− Ligações: Série/Shunt/Compound; CC1 – CC2: Compound;
− Funciona como motor e como
gerador; R2 – RR2: Polo Auxiliar;

CS1 – CS2: Campo série;

5.1. Motor CC (Gerador) série / shunt / composto


• Shunt
Deve-se conectar o fio Positivo (+) da alimentação ao Borne R1 e o fio Negativo (-) da
alimentação ao Borne R2.
Deve-se conectar o fio Positivo (+) da alimentação ao Borne (C1) e o fio Negativo (-) da
alimentação ao Borne C2.
*Para mudar o sentido de giro, troque a ligação do Borne R1 pelo RR1.

• Série
Deve-se conectar o fio Positivo (+) da alimentação ao Borne R1 e o fio Negativo (-) da
alimentação ao Borne CS1.
Deve-se interligar o Borne R2 com o CS2; e o Borne RR1 com o RR2.
Mantenha em aberto os Bornes C1 e C2
*Para mudar o sentido de giro, troque a ligação do Borne CS1 pelo CS2.
**Atentar para que o sentido de giro esteja no sentido horário (Vista frontal ao eixo do
motor).

• Composto com polo auxiliar ligado


Deve-se conectar o fio Positivo (+) da alimentação ao Borne RR1 e o fio Negativo (-) da
alimentação ao Borne CC2.
Deve-se interligar o Borne R2 com o CC1; e o Borne R1 com o RR2.
Deve-se conectar a fonte de alimentação do campo shunt, com o fio Positivo (+) de
alimentação ligado ao Borne C1; e o fio Negativo (-) de alimentação ligado ao Borne C2.
*Para mudar o sentido de giro, troque a ligação do Borne R1 pelo RR1.
**Atentar para que o sentido de giro esteja no sentido horário (Vista frontal ao eixo do
motor).

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