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AO

MERETÍSSIMO JUIZ DE DIREITO DO


TRIBUNAL PROVINCIAL DE LUANDA
SALA DO CÍVEL E ADMINISTRATIVO.

LUANDA

PROCESSO Nº91/2016-A

Danila Idalina Figueiredo Catimba, de Nacionalidade


Angolana, Residente em Luanda, na rua Dr Agostinho Neto
nº173, Zona 12, Bairro Kinanga , Ingombotas , portador do
B.I nº 002456450CA039, emitido aos 16/09/2016, pela
Direcção Nacional de Identificação, podendo ser notificada
por intermédio dos seus mandatários judicias, com
escritório na Rua da Liga Africana, Bairro Maculusso,
Prédio 2, 2º Andar, adiante designada por Autora.

Vem intentar:

ACÇÃO DECLARATIVA DE CONDENAÇÃO PARA PAGAMENTO DE QUANTIA


CERTA.

CONTRA:

PEROTEU DE JESUS BALTAZAR JOÃO, residente em Luanda, Bairro


Zango 03, casa s/nº, município de Viana, telemóvel
923664054, adiante designado por Réu,

O que faz nos termos e com os fundamentos seguintes:


Dos factos:

A autora é proprietária de um imóvel situado no Bairro


Camama, Condomínio do Sonho da casa própria.

Deu de arrendamento o mesmo imóvel ao réu, com base na boa


fé e na confiança.

3.º

O réu viveu no imóvel em questão durante 5 anos.

4.º

O valor da renda mensal acordada é de AKZ 45.000,00


(Quarenta e Cinco mil kwanzas).

5.º

Sucede que, o réu por negligência começou a vandalizar o


imóvel em questão, o que causou a deterioração do mesmo.
(Vide doc. 1).

6.º

De referir que, o réu ficou no imóvel 10 meses sem pagar


rendas, o que perfaz um valor de AKZ 450.000,00
(Quatrocentos e Cinquenta Mil kwanzas).

7.º

Estupefacta, a Autora, e atendendo à tudo que foi


inicialmente acordado, várias vezes tentou contactar,
sucede, porém, que o Réu nunca foi honesto, iludiu várias
vezes a Autora com falsas promessas sobre a resolução do
assunto.

Uma vez que este nada dizia a autora recorreu a Sala do


Cível e Administrativo do Tribunal Provincial de Luanda
para Dirimir o dissídio. (Doc. 2)

O réu foi notificado pelo tribunal e comprometeu-se a


pagar.

10º

Acontece que, até a presente data o réu não cumpriu com a


orientação do Tribunal.

11º

O réu lavrou uma declaração de confissão e reconhecimento


da dívida existente na altura porque este havia retido as
chaves da residente. (Doc. 3)

DO DIREITO:

12º

Nos termos do estipulado artigo 798º do código civil, o


devedor que falte culposamente com a obrigação torna-se
responsável pelo prejuízo que causa ao credor.

13º

A conduta do réu é censurável nos termos da lei, pelo facto


de estar em incumprimento da obrigação, isto é, o pagamento
das rendas.

14º
O dever de indemnizar compreende não só o prejuízo causado,
como os benefícios que o Autor deixou de ter em virtude da
lesão como prevê o artigo 564º do Código Civil, visto que a
falta de prestação devida por parte do Réu, originou
consequências muito graves a autora, sendo que deixou de
arrendar o imóvel as outras pessoas devido ao estado em que
o autor o deixou.

15º

O ónus de provar que a falta de cumprimento da obrigação


não procede de culpa sua, recai ao devedor, conforme vem
estipulado no artigo 798º do Código civil, em detrimento
disso o Réu evita o contacto com a Autora.

16º

A simples mora nos termos do artigo 804º n.º1 do código


civil, constitui o devedor na obrigação de reparar os danos
causados ao credor, tendo a Autora a faculdade, de resolver
o contrato, exigir a restituição da sua prestação por
inteiro, e não apenas na medida do enriquecimento do Réu
mas, acrescerá os benefícios que deixou de ter em virtude
da lesão.

17º

O n.º 2 do artigo supracitado prevê que o devedor fica


constituído em mora quando por causa que lhe seja
imputável, a prestação, ainda possível, não foi cumprida no
tempo devido.

18º

O Réu deveria cumprir com suas obrigações, uma vez que a


autora sempre se pautou com base na boa-fé e na confiança.

19º

E como se não bastasse o Autor abandonou o imóvel sem


devolver a chave a autora.

20º
As rendas em atraso até a presente data não foram pagas, ao
que se acresce os danos causados pelo mau uso do imóvel,
destruindo vários meios do mesmo, que precisam de ser
repostos para que o mesmo se torne habitável. (docs. 4 e
5).

DO PEDIDO:

Nestes termos, nos melhores de direito


e sempre com mui douto suprimento do
meritíssimo juiz de direito deve
a presente acção declarativa de
condenação, ser julgada procedente
e provada, e consequentemente:

A)declarar-se a, condenação do réu ao


pagamento das rendas em atraso no valor
de akz 450.000,00 (quatrocentos e
cinquenta mil kwanzas).

B) que seja o réu condenado ao


pagamento da quantia monetária de akz
683.678,00 (seiscentos e oitenta e três
mil seiscentos e setenta e oito
kwanzas).

c)que seja o réu condenado a pagar os


juros de mora, sem prejuízo da
indemnização devida por perdas e danos
decorrentes de lucros cessantes no
valor a determinar na fase de execução
da sentença.

JUNTA: Duplicados legais, procuração forense e 5


documentos.

Valor da Acção: AKZ 1.604.533,85 (um milhão seiscentos e


quatro mil quinhentos e trinta e três kwanzas, e oitenta e
cinco cêntimos).

Os Advogados
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APOLINÁRIO QUINTA GALVÃO QUINTAS
Cédula nº1854 Cédula nº1856
NIF:100508092HO0325 NiF:100518126HO030

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