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Joly Braga Santos queria criar um próprio estilo e por isso a sua Obra seria um
resultado dessa criação. Não se denomina como um compositor mas sim um inventor
de música. Neste documentário é primeiramente apresentada a ópera “Trilogia das Três
Barcas”. Alguns artistas comentam a sua participação nesta opera e o seu contacto com
o compositor. Joly Braga Santos agrada a Pedro Freiras Branco por ser o primeiro
maestro a dirigir as suas música levando o conhecimento das suas obras para outros
países. Braga Santos elogia Freitas Branco, tanto como músico como pessoa: “como
músico era um génio, como pessoa encantava conversar com ele”.
As suas filhas, Piedade Belard da Fonseca e Leonor Braga Santos, contam
histórias sobre os momentos em família e afirmam Joly Braga Santos como a bondade
em pessoa com uma enorme generosidade.
Luís de Freitas Branco refere Braga Santos como uma “generosidade cultural” e
Alexandre Delgado confirma dizendo que este sempre se quis dirigir ao homem comum
que via na melodia a razão de ser da música.
Breves declarações do Escultor Lagoa Henriques: caracteriza o compositor como um
“homem singular, que é um exemplo notável (...) do que constitui o fundamento das
nações humanas”.
Joly Braga Santos refere que o seu interesse pela música surgiu aos seus 3 anos, os
seus brinquedos eram instrumentos musicais.
Nuno Barreiros fala sobre amizade entre Luís de Freitas Branco e Joly, “houve um
convívio muito intenso e muito seguido e muito intimo durante muitos anos. E o Luís
Freitas Branco viu logo no Joly capacidade excecionais de compositor e o Joly viu nele
também alguém que o podia compreender e que o estimulava”
Almeida Gonçalves, em 1947 convida Joly a passar as férias de Verão em Santarém.
Refere momentos de composição de Joly, Almeida pensa que terá sido a Segunda
Sinfonia. Conta que Joly, nos seus passeios levava sempre um papel de música e lápis:
este ficava uns longos momentos minutos imóvel e escrevia aquilo em que pensava.
Joly Braga Santos contrapôs a sua experiência e a sua obra. Alargou o horizonte
musical até aspetos físicos não explorados. “Apanhei um período de perturbação geral da
mentalidade da ideias de tudo na Europa nos primeiros anos da minha criação”- Joly
Braga Santos.
Álvaro Cassuto diz que toda a música de Braga Santos é sinfónica, no sentido em que
tem como base um sentido de construção e arquitetura invulgar na produção musical
portuguesa deste século, retirando a música de Luís de Freitas Branco, mentor de Joly.
Álvaro Cassuto divide as 6 sinfonias de Braga Santos em dois períodos: as quatro
primeiras, compostas em períodos de juventude e depois, a quinta e a sexta sinfonias
possuem uma nova linguagem musical influenciada pelas técnicas musicais do século
XX.
Nuno Barreiros finaliza o documentário abordando a obra Staccatto-Brillante
referindo que esta não é uma das obras fundamentais da carreira de Joly Braga Santos,
mas afirma que é uma obra que espelha perfeitamente a personalidade do compositor,
“uma maneira muito direta que ele consegue sempre de comunicar com o público”.