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Leandro
1 Liberino Silvaa
https://orcid.org/0000-0001-9346-2666
Modificação do perfil da silicose na mineração
Leandro Portes Cury Limab subterrânea de ouro em Minas Gerais
https://orcid.org/0000-0002-2704-6338
Cristovam Chiaradia Barbosac Changes on the silicosis profile in underground
https://orcid.org/0000-0003-3982-3867
Aluisio Diniz Machadoc gold mining in Minas Gerais, Brazil
https://orcid.org/0000-0002-1053-4589
Adriano Starling Moscic
https://orcid.org/0000-0002-9314-7436
Francisco das Chagas Lima e Silvad
Resumo
https://orcid.org/0000-0002-6991-1465
Danielle Nunes Pinto Della Torree Introdução: Minas Gerais é o estado brasileiro com maior registro de casos
https://orcid.org/0000-0002-8022-2505 de silicose, sendo grande parte proveniente de casuísticas acumuladas
Andréa Maria Silveiraf das minerações de ouro. Objetivos: descrever e analisar temporalmente a
https://orcid.org/0000-0001-9629-9200
ocorrência de silicose na mineração de ouro identificando fatores ocupacionais
Ana Paula Scalia Carneiroe relacionados. Métodos: estudo transversal com 1.020 ex-mineiros da região
https://orcid.org/0000-0002-6220-6077`
de Nova Lima/MG, avaliados entre 1995 e 2011. Resultados: o diagnóstico
de silicose foi confirmado em 19,7% dos avaliados. Nenhum caso da doença
a Santa Casa de Belo Horizonte, Centro
foi identificado em indivíduos que trabalharam apenas na superfície. A
de Diagnóstico e Tratamento. Belo prevalência no grupo que trabalhou até 5 anos no subterrâneo foi de 3,8% e no
Horizonte, MG, Brasil.
b Faculdade de Ciências Médicas de
grupo com mais de 20 anos de trabalho nesse local foi de 44,2%. Os admitidos
para trabalho subterrâneo até 1950 apresentaram prevalência de 57,9%. Entre
Minas Gerais, Departamento de Medicina
Ocupacional. Belo Horizonte, MG, Brasil. os admitidos após 1990, não houve registro de casos. Conclusão: verificou-se
c Justiça do Trabalho. Belo Horizonte, uma queda expressiva na ocorrência de silicose no período analisado. Uma vez
MG, Brasil. que a doença é sabidamente dose-dependente, é esperado que a diminuição
d Santa Casa de Belo Horizonte, Núcleo dos níveis de exposição, obtido pelas melhorias dos ambientes ocupacionais,
de Pós-Graduação e Pesquisa. Belo tenha refletido nestes resultados. É fundamental que tais medidas continuem
Horizonte, MG, Brasil. a ser adotadas na mineração e em outros ramos de atividade visando reduzir a
e Universidade Federal de Minas
ocorrência da doença.
Gerais, Hospital das Clínicas, Serviço
Especializado em Saúde do Trabalhador Palavras-chave: pneumoconiose; silicose; doenças ocupacionais; mineração;
(SEST). Belo Horizonte, MG, Brasil. ouro.
f Universidade Federal de Minas Gerais,
Figura 1 Distribuição do ano de início da exposição à sílica dos avaliados, Nova Lima/MG
Tabela 1 Profusão radiológica de pequenas opacidades em 12 subcategorias e presença de grandes opacidades (de
acordo com o padrão OIT) segundo a duração da exposição em subterrâneo, Nova Lima/MG, 1995-2011
Tempo de exposição (anos)
Profusão Frequência 0-5 5,1-10 10,1-20 Maior que 20,1
n (%) n (%) n (%) n (%)
0/0 601 311 (51,7) 124 (20,6) 145 (24,1) 21 (3,5)
0/1 82 23 (28,0) 16 (19,5) 35 (42,7) 8 (9,8)
1/0 30 1 (3,3) 3 (10,0) 24 (80,0) 2 (6,7)
1/1 36 3 (8,3) 10 (27,8) 21 (58,3) 2 (5,6)
1/2 14 2 (14,3) 1 (7,1) 8 (57,1) 3 (21,4)
2/1 10 0 (0) 3 (30,0) 6 (60,0) 1 (10,0)
2/2 18 2 (11,1) 3 (16,7) 12 (66,7) 1 (5,6)
2/3 7 1 (14,3) 0 (0,0) 6 (85,7) 0 (0)
3/2 4 0 (0,0) 0 (0,0) 3 (75,0) 1 (25,0)
3/3 5 0 (0) 0 (0,0) 4 (80,0) 1 (20,0)
Grandes opacidades 26 2 (7,7) 2 (7,7) 18 (69,2) 4 (15,4)
Total (%) 833 (100) 344 (41,3) 163 (19,6) 282 (33,8) 44 (5,3)
Figura 3 Prevalência da silicose em faixas de tempo da exposição no subterrâneo, 833 indivíduos, Nova Lima/MG
Figura 4 Prevalência de silicose segundo a década de início da exposição à sílica no subterrâneo da mineração, 833
indivíduos, Nova Lima/MG
Contribuições de autoria
Silva LL, Lima LPC, Carneiro APS contribuíram na concepção e planejamento, na análise e interpretação
dos dados, na elaboração do texto, na revisão crítica do conteúdo e na aprovação da versão final do manuscrito.
Silveira AM, Torre DNPD, Silva FCL contribuíram na análise e interpretação dos dados, na elaboração do texto,
na revisão crítica do conteúdo e na aprovação da versão final do manuscrito. Barbosa CC, Machado AD, Mosci
AS contribuíram na concepção e planejamento, na revisão crítica do conteúdo, e na aprovação da versão final
do manuscrito.
Referências
1. Leung CC, Yu IT, Chen W. Silicosis. The Lancet 2. Carneiro APS, Algranti E. Silicose e doenças não
[periódicos na Internet]. 2012 [acesso em 2018 malignas relacionadas à sílica. In: Santos UP,
abr 27];379(9830):2008-18. Disponível em: https:// organizador. Pneumologia ocupacional ilustrada:
www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS01 fotos e fatos. Rio de Janeiro: Atheneu; 2013. p. 81-9.
40-6736(12)60235-9/fulltext DOI: 10.1016/S0140- 3. American Thoracic Society. Adverse effects
6736(12)60235-9 of crystalline silica exposure. Am J Respir