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Comissão
Autores:
Anna Manoudi, Anne Mari Nevala-Hall, Agota Scharle, Marton Csillag, Helen Metcalfe, Claire
Duchemin, Ines Maulart
Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
O relatório baseia-se nos contributos fornecidos pelos SPE da UE em resposta aos 2014 SPE.
Questionário, durante o período de março a maio de 2014.
O conteúdo do presente documento não reflete necessariamente a posição ou a opinião da Comissão Europeia ou da ICF GHK.Nem a Comissão
Europeia nem qualquer pessoa/organização que atue em nome da Comissão é responsável pela utilização que possa ser feita de qualquer
Índice
Junho de 2014 ................................................................................................................... 1
Índice ................................................................................................................................ 2
Síntese .............................................................................................................................. 2
1 Introdução .................................................................................................................. 2
2 Metodologia ............................................................................................................... 2
3 Características do Modelo de Empresa do PSE ............................................................. 3
3.1 Modelos organizacionais dos SPE ...............................................................................................................3
3.1.1 Autonomia e descentralização............................................................................... 3
3.1.4 Exercício de funções, parcerias e gestão da informação ....................................... 5
3.2 Recursos do PSE .............................................................................................................................................6
3.2.1 Recursos financeiros ............................................................................................. 6
3.2.2 Recursos humanos ................................................................................................. 7
3.3 Clientes/clientes e serviços ..............................................................................................................................7
3.3.1 Candidatos a emprego ........................................................................................... 7
3.3.2 Casloads ................................................................................................................ 9
3.3.3 Empregadores ........................................................................................................ 9
3.3.4 Outros clientes ..................................................................................................... 10
3.3.5 Integração do emprego e da prestação de prestações .......................................... 10
3.4 Políticas ativas do mercado de trabalho ........................................................................................................11
3.4.1 Prazos para a prestação de serviços aos clientes nas diferentes fases de
intervenção ........................................................................................................................ 12
3.5 Ofertas de emprego .......................................................................................................................................13
3.5.1 Correspondência entre oferta e procura — quota de mercado dos SPE ............. 13
4 Análise do papel dos SPE na implementação da Garantia para a Juventude ...............14
4.1 O papel dos SPE na Garantia para a Juventude ...........................................................................................15
4.1.1 Papel na gestão e coordenação da Garantia para a Juventude ............................ 15
4.1.2 O papel global dos SPE na implementação da Garantia para a Juventude e
medidas conexas................................................................................................................ 16
4.1.3 O papel dos SPE no contacto com os NEET....................................................... 18
4.1.4 O papel de garantia da qualidade das ofertas aos jovens .................................... 21
4.1.5 O papel dos SPE no âmbito da parceria mais vasta no âmbito da Garantia para a
Juventude .......................................................................................................................... 22
4.2 primeiras indicações sobre o efeito da Garantia para a Juventude nos SPE ....................................................23
5 Conclusões ................................................................................................................24
Anexo 1 Referências .........................................................................................................27
Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
Lista de acrónimos
Jovens que não trabalham, não estudam e não seguem uma formação — ONG ligadas ao emprego ou à
PSE — Serviço Público de Emprego AEmprego — Serviço Público de Emprego em França PME — Pequenas e
i
Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
Síntese
Tendo em conta os desafios gerados pelos mercados de trabalho transitórios, os SPE devem prosseguir uma
política de ativação com resultados sustentáveis, tal como indicado no documento de 2020 da Estratégia para os
Serviços Públicos de Emprego (SPE).Ao mesmo tempo, os SPE têm de se centrar mais no lado da procura do
mercado de trabalho, uma vez que os empregadores enfrentam crescentes dificuldades de recrutamento. Além
disso, com a introdução da Garantia para a Juventude, os SPE têm de adaptar o seu modelo de negócio para
responder aos desafios do desemprego dos jovens e cooperar e ajudar a coordenar os esforços de uma série de
intervenientes. O objetivo deste estudo é analisar de que forma os SPE são organizados, as suas principais
tarefas, o âmbito das suas competências, os clientes e os serviços e a medida em que os SPE estão a adaptar o
seu modelo de negócio para responder a estes requisitos. O estudo visa fornecer uma base de informação para
apoiar o trabalho da recém-criada rede de SPE da UE.Baseia-se na análise das informações fornecidas por 30
serviços públicos de emprego através de um questionário concluído entre fevereiro e maio de 2014.
A primeira componente dos diferentes modelos de organização é a de saber se os SPE são juridicamente
autónomos do governo, ou seja, se são agências executivas (geralmente sob o controlo direto do Ministério do
Trabalho) ou organismos públicos autónomos. A segunda dimensão dos modelos de organização é a
descentralização dos níveis das organizações dos SPE.A terceira dimensão dos modelos organizacionais diz
respeito à questão de saber se os parceiros sociais têm ou não um papel de supervisão nos SPE.
A estrutura de gestão dos SPE está em grande medida relacionada com as três dimensões acima descritas: isto
é, a relação com o governo, a descentralização e a participação dos parceiros sociais. Podem distinguir-se três
grandes classes de estruturas de gestão: países em que os SPE fazem parte de um ministério ou são uma
agência de execução governamental; países com tradições de Estado de bem-estar baseadas em seguros, em
que os SPE são uma instituição pública autónoma; e os países com uma estrutura de gestão altamente
descentralizada (localmente).
Os objetivos de desempenho adotados pelos SPE podem ser classificados em duas dimensões: se se trata de
indicadores de resultados (por oposição a indicadores de processos ou de atividade) e se são
específicos/quantitativos (por oposição a uma declaração geral sobre o objetivo).Nove países utilizam objetivos de
desempenho quantitativos baseados nos resultados, que podem contribuir para níveis mais elevados de
responsabilização.
Em termos da combinação de recursos financeiros dos SPE, os padrões observados são que nos países onde o
orçamento do SPE inclui prestações de desemprego ou pagamentos de subsídios de desemprego, as
contribuições para a segurança social tendem a ser a principal fonte de financiamento e o FSE desempenha uma
parte importante do orçamento do SPE, especialmente nos novos Estados-Membros.
A percentagem de pessoal que trabalha nos serviços regionais/locais está diretamente relacionada com a
organização institucional e a hierarquia dos SPE, bem como com a dimensão do território mantido. Na grande
maioria dos casos, 65 % ou mais do pessoal foi empregado por delegações regionais/locais. Verificou-se também
que, em quase todos os SPE, 65 % ou mais do pessoal trabalha em contacto direto com os clientes (com a
notável exceção de CZ e MT).Em termos de «profundidade» dos serviços, a carga de trabalho dos clientes da
linha da frente varia entre 928 clientes por ano na Eslováquia e 135 clientes por ano na Alemanha.
No que se refere à base de clientes dos SPE, os SPE em toda a UE estão cada vez mais centrados na ativação
de grupos difíceis de chegar aos grupos, em vez de apenas prestarem serviços à clientela tradicional dos
desempregados que solicitam prestações de desemprego. Com base nas respostas ao questionário, as práticas
de avaliação não são generalizadas em todos os SPE: 19 comunicaram que efetuam a avaliação dos serviços
prestados aos desempregados sob uma forma, mas oito SPE ainda não estabeleceram culturas de avaliação em
vigor.
Os SPE entram regularmente em contacto com os empregadores através do registo de ofertas de emprego e, em
todos os países, prestam informações gerais sobre as possibilidades de recrutamento, a disponibilidade de
subsídios salariais, etc. um total de 20 SPE também presta assistência aos empregadores no que diz respeito às
tarefas em matéria de recursos humanos, incluindo pré-seleção de (desempregados) candidatos a emprego,
aconselhamento geral sobre práticas de recrutamento ou apoio à formação dos trabalhadores. Todos os SPE
utilizam alguma forma de segmentação dos seus clientes, em geral
1 COM (2013) 430 final, Decisão do Parlamento Europeu e do Conselho relativa à cooperação reforçada entre os
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Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
serviços públicos de emprego, Bruxelas, 17.06.2013, com base na indústria, na região ou na dimensão, mas
apenas um pequeno número oferece serviços específicos a grupos específicos de empregadores; 19 SPE
avaliam a eficácia dos seus serviços prestados aos empregadores.
Em termos de outros clientes, a obrigação de alguns grupos de beneficiários de prestações sociais se registarem
nos SPE é um método alternativo de garantir que também podem ser visados por serviços de ativação e 13 SPE
declararam que utilizam esta oportunidade para chegar a uma população muito maior de pessoas não
empregadas do que as pessoas elegíveis para o subsídio de desemprego. No entanto, a integração dos SPE e
das agências de segurança social não é universal: os subsídios de desemprego não são administrados por 12
serviços públicos de emprego.
O estudo analisou também as respostas dos SPE em relação ao papel dos SPE na implementação da Garantia
para a Juventude. As principais conclusões são que os SPE são intervenientes centrais na implementação da
Garantia para a Juventude em quase todos os países da UE.De acordo com as respostas dos serviços públicos
de emprego, os SPE são o principal prestador de serviços da Garantia para a Juventude e são responsáveis pela
coordenação da parceria pertinente em 13 países da UE.O Ministério do Trabalho tende a responsabilizar a
gestão e a coordenação na maioria dos restantes países.
De acordo com os questionários dos serviços públicos de emprego, os SPE são o principal organismo de
execução e/ou recurso da Garantia para a Juventude na maioria dos países, mesmo quando não detêm a
responsabilidade geral de gestão, ou são um parceiro fundamental na prestação de aconselhamento, apoio à
procura de emprego e/ou políticas ativas do mercado de trabalho.
O impacto da Garantia para a Juventude nos serviços dos SPE na maior parte dos países diz respeito a uma
melhoria/adaptação da oferta para ter mais em conta as necessidades dos jovens. Em cerca de metade dos
países que responderam, o SPE recrutou, atribuiu e/ou formou pessoal para trabalhar exclusivamente com a base
de clientes da Garantia para a Juventude. Por último, alguns países estão a realizar uma reorganização dos seus
serviços específicos para a juventude (BE-Actiris, HR, IT), ao passo que outros estão a introduzir novas medidas
ativas do mercado de trabalho (por exemplo, BE-Le Fom, CZ, HR, EE, EL, IT, PT, SI), tais como clubes de
emprego, e subsídios aos empregadores.
As «Core» intervenções dos SPE em relação à implementação da Garantia para a Juventude incluem a prestação
de orientações personalizadas, a avaliação individual das necessidades, a cooperação com os empregadores
para integrar os jovens no mercado de trabalho e os regimes de incentivos ao empregador. As intervenções
comuns dos SPE (na maioria dos Estados-Membros) incluem: programas de reintegração em contexto escolar
(serviços de encaminhamento, trabalho proativo em escolas e instituições de formação); e subsídios aos jovens
estagiários e aos trabalhadores, incluindo o apoio financeiro aos aprendizes. Além disso, alguns países (por
exemplo, ES, IT, MT, PT) também oferecem outras medidas, como o apoio prático e/ou financeiro a aspirantes a
empresários jovens.
Tendo em conta os elementos fundamentais da modernização dos SPE, tal como salientado no documento de
resultados da estratégia do SPE para 2020, o estudo identifica alguns domínios de progresso. Quase dois terços
dos SPE (19 em 30) referem ter um papel de coordenação principal para estimular a cooperação e a inovação
dos intervenientes no mercado de trabalho. Mais de metade do relatório do PSE refere que acompanham
regularmente a estrutura da procura de mão de obra, os requisitos em matéria de competências, a combinação de
ofertas de emprego e a sua relação com a composição dos candidatos a emprego. São oferecidos novos serviços
aos empregadores em 17 países. Por último, mas não menos importante, existe uma tendência observável para a
adoção de metas baseadas em resultados, que asseguram a responsabilização.
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Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
1 Introdução
A modernização dos serviços públicos de emprego (SPE) foi um elemento essencial da Estratégia
Europeia de Emprego. A reestruturação está em curso, uma vez que os SPE têm de adaptar
continuamente o seu papel para responder aos desafios do mercado de trabalho decorrentes de choques
económicos, mas também de alterações demográficas e tecnológicas. Todos os SPE europeus
aprovaram uma estratégia comum que descreve as alterações necessárias no papel e na função dos
SPE, a fim de contribuir para o cumprimento dos objetivos da UE para 2020 no documento de estratégia
dos SPE para 2020.
O documento de estratégia do SPE para 2020 afirma que os SPE devem seguir uma política de ativação
com resultados sustentáveis, tendo em conta os desafios gerados pela evolução dos mercados de
trabalho que exige um aumento das capacidades de integração e adaptação. Ao mesmo tempo, os SPE
têm de se centrar mais no lado da procura do mercado de trabalho, uma vez que os empregadores
enfrentam crescentes dificuldades de recrutamento. Além disso, com a introdução da Garantia para a
Juventude, os SPE têm de adaptar o seu modelo de negócio para responder aos desafios do
desemprego dos jovens e cooperar e ajudar a coordenar os esforços de uma série de intervenientes
através de um papel de direção.
3
O estudo é uma atualização do estudo anterior sobre os modelos empresariais dos SPE, realizado em
2011, com o objetivo de obter uma visão atualizada dos modelos organizativos e de financiamento dos
SPE, níveis de recursos humanos, combinação de serviços prestados aos clientes, e examinar em que
medida os SPE estão a adaptar o seu modelo de negócio para responder à evolução dos requisitos e dos
desafios do mercado de trabalho. O estudo fornecerá igualmente uma base de informação para apoiar o
trabalho da recém-criada rede de SPE a nível da UE1234.
O exercício de atualização visa finalmente obter informações adicionais sobre o papel dos SPE na
implementação da Garantia para a Juventude.
Contribuição dos serviços1 públicos de emprego para a UE 2020:Documento de Estratégia do SPE para 2020,
disponível em: http://ec.europa.eu/social/main.isp?catId=105&lanaId=en
2 os resultados do estudo de 2011 estão disponíveis em:
todos os jovens com menos de 25 anos recebam uma boa oferta de emprego, educação contínua, oportunidades de
aprendizagem ou estágio no prazo de quatro meses após terem terminado o ensino formal ou terem ficado
desempregados.
2
Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
Foi acrescentada ao estudo atualizado uma secção sobre o papel dos SPE na implementação da
Garantia para a Juventude, tendo em conta o crescente envolvimento dos SPE na implementação da
Garantia para a Juventude.
Os capítulos que se seguem apresentam um resumo dos resultados dos questionários preenchidos pelos
SPE.Os resultados agregados das respostas são apresentados na secção 3 e a análise do papel dos
SPE na Garantia para a Juventude pode ser consultada na secção 4.
É importante notar que a análise dos resultados tem algumas limitações, uma vez que a análise depende
das respostas dadas pelos SPE.Inevitavelmente, as respostas variaram em termos de atualidade,
qualidade, nível de pormenor fornecido, mas também em termos da forma como os SPE recolhem dados
em diferentes formatos (por exemplo, através de métodos diferentes ou utilizando definições
diferentes).Em alguns casos, os SPE utilizam definições diferentes, o que torna a comparabilidade dos
dados particularmente difícil (por exemplo, para estimar a quota de mercado dos SPE).Estes fatores
limitam a comparabilidade das respostas entre os diferentes países.
A grande maioria dos SPE é uma agência executiva (por exemplo, BG, CZ, HU, LT, UK), geralmente sob
a alçada do ministério nacional responsável pela política de emprego. As agências de execução estão
frequentemente associadas a processos centralizados de tomada de decisões e de desempenho
administrativo.
Por outro lado, os organismos públicos autónomos (por exemplo, AT, DE, EL, FI, SE) caracterizam-se por
decisões autónomas, autonomia financeira e responsabilização com base em obrigações contratuais. No
entanto, estes elementos surgem igualmente nos países onde os SPE são agências de execução através
da descentralização política e de gestão (por exemplo, BE, DK, ES).
5
tal inclui 28 Estados-Membros da UE, incluindo três serviços de emprego na Bélgica (Actiris, Le Fom e VDAB).
6 convém ter presente que os modelos de organização influenciam largamente os sistemas de governação dos
SPE, ou seja, a complexidade de (a) os agentes definidos e em que domínios, (b) determina os orçamentos das
ferramentas para atingir estes objetivos, (c) como são atribuídos os recursos e (d) como são os diferentes agentes
responsáveis pelas suas ações.
3
Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
Importa destacar dois exemplos de modelos de organização interessantes, que diferem de acordo com
as três dimensões acima mencionadas.
Em França, o serviço público de emprego (SPE) é uma instituição pública autónoma e os seus
principais objetivos são definidos por um acordo tripartido entre o governo, os SPE e o Fundo de
desemprego. O Conselho de Administração toma as decisões de gestão do Polo em que o governo, os
sindicatos e as organizações patronais têm igual representação. Embora os SPE regionais elaborem as
estratégias regionais sob a supervisão do diretor dos SPE, a tomada de decisões dos SPE é do topo
para a base, com um elemento de autonomia regional. No entanto, o nível inferior (o condado e
local) não tem autonomia financeira e de gestão limitada. A responsabilidade é assegurada por um
sistema de controlo administrativo complexo. Mais especificamente, a distribuição de atividades entre os
diferentes níveis ocorre em conformidade com o princípio da subsidiariedade. A nível nacional, o
Emprego para o Polo é essencialmente responsável pela conceção e desenvolvimento de políticas
nacionais funcionais, pela aplicação de alguns aspetos dessas políticas e pela avaliação dos resultados.
O nível regional é responsável pelo desenvolvimento da estratégia regional em conformidade com as
políticas nacionais, mas adaptando-os às necessidades regionais. O nível territorial assegura a
adaptação da estratégia regional às especificidades do território. O nível local está no centro da
prestação de serviços aos clientes (candidatos a emprego, beneficiários ou empregadores) que
representam as suas atividades principais.
■ Países com tradições de Estado-providência baseadas em seguros, em que os SPE são uma
instituição pública autónoma. Nestes casos, a estrutura de gestão é complexa com os conselhos de
administração no centro e com diferentes níveis de tomada de decisões a nível local. A gestão do
Emploi (FR) é um bom exemplo deste modelo. As principais decisões são tomadas pelo diretor
executivo e pelo conselho de administração, com uma auditoria financeira e um comité de avaliação
das políticas (composto por peritos externos), fornecendo análises e recomendações para ajudar o
processo de tomada de decisões. Ao mesmo tempo, a supervisão é realizada por um comité de
acompanhamento que assegura o cumprimento dos objetivos das convenções trienais. As decisões
a nível regional e territorial são também tomadas por um conselho de administração.
■ Países com uma estrutura de gestão altamente descentralizada (localmente).A estrutura de gestão
dos SPE nesta categoria diverge ligeiramente dos modelos acima descritos. Por exemplo, como já
mencionado no caso da Polónia, os SPE fazem parte da autonomia administrativa provincial
(regional) e, como tal, sob o controlo direto do governador da província. Os parceiros sociais
participam nos conselhos locais do mercado de trabalho, que desempenham um papel consultivo.
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Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
desemprego; mais emprego; e assegurar a adequação entre a oferta e a procura de mão de obra, para
que os candidatos a emprego encontrem um emprego adequado.
Embora um grande número de SPE não especifique objetivos para além destes objetivos básicos, podem
ser identificadas algumas pequenas diferenças nos objetivos dos SPE.Há quatro tipos gerais de políticas
e metas estipuladas. Em primeiro lugar, vários SPE prestam especial atenção aos grupos mais afastados
do mercado de trabalho, incluindo os candidatos a emprego mais jovens ou mais velhos, as pessoas com
deficiência e os desempregados de longa duração (por exemplo: CZ, DK, PL, SE, UK).O segundo tipo de
objetivo consiste no desenvolvimento ou reforço de políticas ativas do mercado de trabalho,
nomeadamente programas de ativação (UK) ou programas de formação profissional (ES, PT).Em terceiro
lugar, é dada prioridade a um aumento geral da eficácia e da eficiência em FR, IT, LT.Por último, alguns
SPE mencionam o pagamento de prestações não profissionais adequadas, a fim de evitar a exclusão
social (por exemplo, NL).
Tal como já identificado no estudo de 2011, a participação dos gabinetes locais e regionais na fixação de
objetivos e no acompanhamento do desempenho tende a ser mais desenvolvida nos casos em que os
SPE são relativamente independentes das administrações públicas.
Entre 2011 e 2014, a definição de objetivos e a gestão por objetivos tornaram-se métodos de
gestão central para os organismos públicos modernos. No entanto, embora quase todos os SPE
utilizem anualmente objetivos de desempenho, existem grandes variações no número, tipo e conteúdo
desses objetivos7.
Os objetivos de desempenho adotados pelos SPE podem ser classificados em duas dimensões:
■ Se se trata de indicadores de resultados (por oposição a indicadores de processos ou de atividade);
e ainda
■ Se estes são específicos/quantitativos (por oposição a uma declaração geral sobre o objetivo).
Por exemplo, um objetivo geral baseado em atividades é «recolher mais dados sobre os candidatos a
emprego», ao passo que um objetivo quantitativo baseado nos resultados é «30 % dos novos
requerentes de prestações por incapacidade devem ser colocados no mercado de trabalho no prazo de
um ano».
Os tipos de objetivos de desempenho adotados pelos diferentes SPE estão resumidos no quadro infra.
Quadro 3.1 Objetivos de desempenho dos SPE
Objetivos em matéria Objetivos do
Resultados e objetivos do
de resultados processo/da atividade
processo
BE-Actiris, BE-Le
Objetivos gerais FOREM, CZ ES, EL,
HR
Objetivos quantitativos AT, CY, DE, EE, FI, HU, SE
Dez. NL, PT, RO, UK
IT, LV, LT
Objetivos gerais e BE-VDAB, BG, DK,
quantitativos FR, IE, SI
Os padrões acima referidos são importantes, uma vez que os objetivos de desempenho quantitativo
baseados em resultados podem contribuir para níveis mais elevados de responsabilização e eficácia das
atividades dos SPE.
Os SPE têm parcerias com um grande número de outras organizações. Estas inserem-se nas seguintes
5
Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
categorias principais:
A coordenação das várias atividades dos SPE exige um elevado nível de partilha de informações, o
acompanhamento dos progressos dos candidatos a emprego no sistema dos SPE (e ofertas de emprego)
conduz a enormes necessidades de recolha de dados. O inquérito só pode fornecer uma imagem parcial
da gestão destas questões. Embora os SPE procedam à compilação e ao armazenamento de uma
grande quantidade de informação sobre os candidatos a emprego, é menos claro de que forma as
informações acessíveis sobre as histórias profissionais dos candidatos a emprego, as ferramentas de
definição de perfis, etc., são destinadas aos funcionários que procuram obter um perfil durante as
operações do quotidiano. Os SPE também recorrem cada vez mais a sítios Web (juntamente com os
meios tradicionais de linhas telefónicas diretas, reuniões de informação, meios de comunicação
impressos, etc.) para partilhar informações sobre as atividades da organização no exterior. Vários SPE
também comunicaram a utilização das redes sociais para promover as suas atividades (por exemplo, BE-
Le Fom8); outros desenvolveram também aplicações móveis para que os candidatos a emprego
disponham de informações facilmente disponíveis sobre ofertas de emprego (por exemplo, BE-VDAB,
FR, SE).Além disso, o serviço automático em linha faz parte integrante da abordagem multicanais de
vários SPE (por exemplo, EE, NL, SE).
■ As contribuições para a segurança social são a fonte dominante de financiamento (80 % ou mais)
em: AT, DE, EE, IE, NL, RO; além de constituir mais de metade dos recursos financeiros dos SPE
em EL (67 %), FR, LT (ambos 60 %), PT, ES (ambos 55 %);
■ Os fundos sociais europeus são a maior fonte de financiamento na LV (85 %); desempenha um
papel importante em PT (40 %), LT e MT (ambos com 30 %); embora o FSE tenha uma importância
8 BE-Le Fom tem uma forte política de redes sociais que utiliza a publicação diária na sua página no Facebook para
chamar a atenção para as atividades, particularmente difíceis de preencher e para os serviços em linha dos SPE.
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Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
Como já referido no estudo de 2011, é difícil proceder a uma análise comparativa dos dados das
despesas, a menos que as despesas possam ser discriminadas por função pormenorizada. Há dois
fatores importantes que devem ser tidos em conta. Em primeiro lugar, quando o desemprego e outros
benefícios são pagos a partir dos orçamentos dos SPE, representam geralmente uma grande parte do
total, distorcendo as comparações com os países onde estes não são incluídos e que dominam as
alterações ao longo do tempo. Em segundo lugar, existem diferenças entre os países para determinar se
as despesas com medidas ativas do mercado de trabalho (por exemplo) financiadas pelo FSE são
contabilizadas no orçamento do SPE.
Verificou-se também que, em quase todos os SPE, 65 % ou mais do pessoal trabalham em contacto
direto com os clientes. As exceções notáveis são CZ; BE-Actiris, DK, MT e PL, com uma proporção
inferior à média do pessoal que gere diretamente os clientes.
Os dados de 2013 mostram que existe uma variação considerável entre os SPE na proporção do pessoal
diretamente envolvido no serviço de assistência aos clientes; esta percentagem varia amplamente entre
35 % (CZ) e mais de 85 % (SK, NL e AT).No total, 24 SPE forneceram estas informações, com uma
média de 69 % de pessoal de primeira linha por SPE.
A tendência de dar prioridade ao pessoal de primeira linha parece ter continuado nos últimos quatro
anos. Um quarto dos SPE (6 de um total de 23) aumentou a percentagem do seu pessoal que presta
serviços diretamente aos clientes em mais de 25 % e mais 10 dos SPE aumentaram esse pessoal até
10 %.Os aumentos percentuais mais elevados registaram-se em Malta, enquanto a República Checa
registou a percentagem mais elevada de diminuição do pessoal que serve diretamente os clientes entre
2012 e 2013.
Em termos de «profundidade» dos serviços ou da atenção dedicada aos clientes, a carga de trabalho é
analisada na secção 3.3.2
Entre 2012 e 2013, vinte e cinco SPE comunicaram alterações no número de efetivos. Os efetivos
aumentaram em dois terços (16) dos SPE em 2013 e diminuíram um terço (9) em 2013. Nos casos em
que estão disponíveis dados semelhantes para ambos os anos (17 SPE), mostra que, na sua maioria, a
escala das alterações de pessoal não foi exaustiva.
As razões para o aumento dos efetivos dos SPE em 2013 foram variadas. O requisito de pessoal
adicional foi principalmente impulsionado pela necessidade de poder responder de forma mais eficaz ao
aumento do número de desempregados registados nos SPE (por exemplo, da Croácia) ou de uma
ligação mais eficaz com os empregadores (por exemplo, a República Checa).Os cortes gerais no
financiamento da administração central e do pessoal de serviço público foram frequentemente citados
como a principal razão para a redução do pessoal dos serviços públicos de emprego em 2013. Esta foi a
experiência dos SPE em SE, IE, SI e BE-VDAB.
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Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
empregados em grupos específicos e lhes oferecem programas adaptados às suas necessidades. Nesta
secção, apresenta-se uma breve panorâmica da categorização mais utilizada pelos serviços públicos de
emprego. No entanto, em muitos casos, as informações fornecidas pelos SPE sobre a forma como
classificaram as não utilizadas eram insuficientes.
10 Tal pode ser explicado pelo facto de os SPE checos terem assumido funções de outras autoridades públicas em
2012 e de um grande número de funcionários dos SPE ter de ser transferido para essas tarefas em oposição ao
serviço de assistência a candidatos a emprego diretamente como pessoal de primeira linha.
■ Elegível para as prestações de desemprego;
■ Idade: jovens e candidatos a emprego mais velhos;
■ Deficientes de saúde/deficientes.
Além disso, alguns SPE também registam grupos mais específicos. Estes incluem os migrantes legais
(AT), as mulheres que regressam da licença de maternidade (BG, IE), os ex-toxicodependentes (LV) e os
ex-infratores (EE).
É atualmente uma prática aceite que os clientes considerados mais difíceis de colocar, após uma
entrevista inicial, recebem mais apoio intensivo do seu conselheiro. Esta prática foi recentemente
formalizada em alguns países. Por exemplo, tanto em França como na Irlanda (em FR é utilizada uma
entrevista de rastreio, enquanto na IE é utilizado um modelo de caracterização estatística), os candidatos
a emprego dividem-se em três grupos e os SPE são formalmente obrigados a fornecer diferentes tipos de
serviços aos clientes destes grupos. Embora se estime que os clientes que se estima terem uma
probabilidade reduzida de se tornarem desempregados de longa duração recebem consultas diretas e
aconselhamento em matéria de estratégias de procura de emprego, os clientes mais vulneráveis
recebem aconselhamento intensivo, oportunidades de formação e são visados com serviços de ativação
adicionais.
Por último, alguns SPE oferecem também serviços aos que atualmente não estão classificados como
desempregados. Na maior parte dos casos, os serviços públicos de emprego oferecem aconselhamento
e informação sobre ofertas de emprego a quem está a mudar de emprego (é o caso na BE-Le Fom) e
estudantes (é o caso de AT, BE- Actiris, BE-VDAB, DE, EE, FI, HR, LV, NL, SI, PL).
O questionário solicitou igualmente aos SPE informações sobre os tipos de «serviços» prestados aos
seus clientes. Todos os SPE oferecem aconselhamento complexo e aconselhamento em matéria de
procura de emprego aos seus clientes desempregados, e há uma variação relativamente baixa nos
serviços públicos de emprego nos tipos de serviços que prestam. Esta homogeneidade pode ocultar as
diferenças entre os SPE na forma como estes serviços são intensivos ou eficazes, mas não é possível
avaliar este facto com base nas informações fornecidas nas respostas ao questionário.
A avaliação dos diferentes serviços é essencial para avaliar a sua eficácia e, em última análise, para
definir o que é a utilização mais eficiente dos fundos públicos. No entanto, com base nas respostas ao
questionário, as práticas de avaliação não são generalizadas em todos os SPE: 19 SPE informaram que
efetuam a avaliação dos serviços prestados aos desempregados sob uma determinada forma. Isto é feito
principalmente por uma avaliação interna que analisa os resultados para os clientes. AT e MT utilizam
inquéritos junto dos candidatos a emprego, enquanto BG utiliza visitas a escritórios como métodos de
avaliação de serviços. Em contrapartida, oito SPE (a maioria dos «novos» Estados-Membros) não
parecem ter ainda criado culturas de avaliação.
O quadro seguinte resume as práticas de avaliação dos SPE que avaliam a eficácia dos serviços que
oferecem aos candidatos a emprego.
Países que não CY, CZ, HU, IE, LV, RO, SK, EL
8
Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
3.3.2 Casloads
Vale a pena resumir o número de processos típicos do pessoal do SPE que serve diretamente os
clientes. Esta estatística está relacionada com a variedade de grupos visados pelos SPE, a «largura» dos
serviços prestados e a medida em que os serviços são prestados a clientes em parceria com outras
organizações.
Dezasseis serviços públicos de emprego forneceram informações sobre este tema, tendo 13 apresentado
uma estimativa do número de casos definidos como número de clientes por cliente, por ano. Verificou-se
uma variação considerável no número de casos de efetivos notificados; estes valores variaram entre os
casos mais elevados de SK e os mais baixos de DE e EE.Em média, o número de processos em média
(170-180 clientes/ano) é relativamente baixo (a clientes por ano); um número um pouco mais elevado
(210-250 clientes/ano) em FI, IT, PL; E em alguns países (CZ, FR910, LT, MT) há processos que
ultrapassam o dobro da categoria «baixo» (350-390 clientes/ano), com processos superiores a 500
clientes/ano em BE-Actiris, EL, HR, IE e PT.
Os processos são também classificados por alguns SPE de acordo com a categoria de clientes (em
termos de idade, estatuto social, duração do desemprego, deficiência ou desvantagem) ou em função do
tipo de serviço ou regime. Por exemplo, os SPE na Alemanha comunicaram um número de casos de 75
para os clientes da integração do mercado com menos de 25 anos e um número de pessoas com mais
de 25 anos de idade de 150 anos. Em Malta, o número de clientes dos principais clientes é de 396 e de
214 para os clientes do trabalho apoiado. Na Finlândia, o número de desempregados registados é de 209
e o número de candidatos a emprego é de 114 por candidato a emprego.
3.3.3 Empregadores
Embora a estratégia do SPE para 2020 saliente a necessidade de centrar a atenção nas questões do
lado da procura, o que isto significa na prática merece mais atenção, tendo em conta as dificuldades de
recrutamento. É igualmente necessário que os SPE contribuam para facilitar a transição entre a
aprendizagem e o trabalho e para aumentar a participação das pessoas vulneráveis no mercado de
trabalho, o que também exige uma cooperação estreita com os empregadores.
Um total de 20 SPE comunicou que também oferece aos empregadores assistência em tarefas de
recursos humanos, incluindo a pré-seleção de (desempregados) candidatos a emprego, conselhos gerais
sobre práticas de recrutamento ou apoio à formação dos trabalhadores. Os SPE entram regularmente em
contacto com os empregadores através do registo de ofertas de emprego e, em todos os países, prestam
informações gerais sobre as possibilidades de recrutamento, a disponibilidade de subsídios salariais, etc.
a diferença entre os SPE reside na riqueza dos serviços que fornecem para além das informações gerais.
Estão disponíveis serviços de aconselhamento adicionais para as empresas que estão a efetuar grandes
reestruturações em sete serviços públicos de emprego.
Todos os SPE utilizam alguma forma de segmentação na sua abordagem aos clientes dos
empregadores, o que se baseia geralmente na indústria, na região ou na dimensão. Poucos serviços
públicos de emprego oferecem serviços específicos a determinados
grupos de empregadores. É necessária investigação futura para identificar a prevalência e o conteúdo de
12
programas adaptados às PME.
9
vale a pena notar que os números de casos específicos para os clientes em diferentes «grupos de risco» de se
tornarem desempregados de longa duração variam, com 45 clientes/SPE para os clientes mais vulneráveis a 182
clientes/SPE para os clientes que se espera que efetuem uma procura independente de emprego.
10 uma recente conferência de Diálogo do PSE, realizada em março de 2014, chamou a atenção para esta questão,
em http://ec.europa.eu/social/main.isp?lanqId=en&catId=1005&newsId=2043&furtherNews=yes
9
Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
Sim AT, BE-Actiris, BE-Le Fom, BE-VDAB, BG, CZ, DE, EE, FI, FR, HR, HU, IT,
LV, MT, NL, PL, PT, SE, SI
Não CY, DK, EL, IE, LT, RO, SK, UK
Outros serviços (por exemplo, reestruturação)
Sim AT, BE-VDAB, EE, FIN, HU, LT, SI
Não BE-Le Fom, BG, CY, CZ, DE, DK, FR, EL, HR, IE, IT, LV, MT, NL, PL, PT, RO,
SE, SK, UK
Um grande número de SPE (19) informa que realizam atividades para avaliar a eficácia dos serviços
prestados aos empregadores. Em 12 dos 19 SPE que realizam essas avaliações, são efetuados
inquéritos regulares sobre a satisfação, enquanto em quatro países esta avaliação é realizada
internamente. Não é surpreendente que sejam, na sua esmagadora maioria, os SPE que oferecem
serviços adicionais aos empregadores que recolhem informações sobre a sua eficácia, pelo que
podemos partir do princípio de que são estes os SPE que atribuem especial atenção às boas relações
com os empregadores.
Por último, alguns SPE oferecem também serviços aos que atualmente não estão classificados como
desempregados. Na maior parte dos casos, os SPE prestam aconselhamento e informação sobre ofertas
de emprego àqueles que estão a mudar de emprego e de estudantes (AT, BE-Actiris, BE-VDAB, CZ, DE,
EE, FI, HR, LV, NL, SI, PL).
Tal como mencionado anteriormente, nos últimos anos, verifica-se uma tendência crescente no sentido
de orientar as políticas de ativação não só para os clientes elegíveis para as prestações de desemprego
(e para a assistência no desemprego), mas também para outros grupos não empregados que recebem
prestações sociais. Por outras palavras, mais países estão a criar «balcões únicos».O exemplo mais
10
Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
recente é o novo serviço «Intreo» estabelecido na Irlanda em 2013, segundo o qual os candidatos a
emprego devem inscrever-se apenas nos SPE para aceder a uma série de serviços e pagamentos de
apoio ao rendimento.
Quadro 3.5: prestações de desemprego e outras prestações sociais e requisitos de registo para
diferentes grupos
Pagamento de prestações
Sim AT, CZ, DE, DK, EE, ES, FR, EL, HR, HU, IE, NL, PL, RO, SK, SI, UK
No BE-Actiris, BE-Le Fom, BE-VDAB, BG, CY, FIN, IT, LV, LT, MT, PT, SE
13 Nota: em alguns países, a distinção entre assistência ao desemprego e prestações sociais ou rendimento mínimo
já não é possível.
Pagamento de prestações
Outras prestações sociais
Sim BE-VDAB, CZ, DE, ES, FR, EL, HR, IE, NL, SK, UK
Não, AT, BE-Actiris, BE-Le Forestm, BG, CY, DK, EE, FIN, HU, IT, LV, LT, MT, PT, RO,
SE, SI
Registo para pessoas diferentes do desempregado
Sim, AT, BE-Actiris, BE-VDAB, BG, CZ, DK, FR, HU, IE, IT, LT, NL, PL, PT, RO, SE, SI,
SK, UK
Não BE-Le Forestm, CY, EE, FIN, LV, MT
Clientes adicionais (por exemplo, candidatos à procura de um emprego, estudantes)
Sim, AT, BE-Actiris, BE-VDAB, BG, CZ, DE, EE, HU, IE, FI, EL, HR, LV, NL, SI
Na BE-Fom, CY, FR, IT, LT, MT, PT, RO, SE, UK
11
Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
notáveis são a Dinamarca, os Países Baixos e o Reino Unido. Nos dois primeiros países, os SPE apenas
assumem um papel regulador e a disposição dos PM é da responsabilidade dos municípios, enquanto no
Reino Unido os contratos dos SPE com agências privadas. Dois recentes desenvolvimentos
interessantes são a introdução do programa «Job Path Programme» na Irlanda, onde os serviços de
emprego para candidatos a emprego que se encontram mais afastados do mercado de trabalho podem
ser contratados a prestadores privados, com taxas ligadas aos resultados dos candidatos a emprego. Ao
contrário, em FR, após um período de experimentação com a externalização de serviços, nos últimos
cinco anos:
14 Uma exceção importante é NL, em que os SPE não são responsáveis pela adoção de medidas ativas, tal foi
delegado nos municípios.
15 Uma investigação mais aprofundada sobre o conteúdo exato destes programas de obras públicas poderá ser
frutuosa no futuro, uma vez que estas podem variar consoante sejam obrigatórias para os beneficiários de
prestações sociais e se ofereçam serviços adicionais.
a participação de prestadores privados diminuiu um terço e os serviços para os candidatos a emprego
mais vulneráveis foram reintegrados nos SPE.
3.4.1 Prazos para a prestação de serviços aos clientes nas diferentes fases de intervenção
A maior parte dos SPE tem metas em vigor para o tratamento de pedidos de prestações, a realização de
uma primeira entrevista, a compilação de planos de ação individuais (IAP) com clientes ou a colocação
de um cliente desempregado numa medida ativa do mercado de trabalho.
Em 2013, um total de 18 serviços públicos de emprego forneceu algumas informações sobre os prazos
para essas intervenções.
Há uma variação considerável entre os SPE em termos de prazos de trabalho para os clientes
desempregados. Que incluem:
■ Os objetivos para o tratamento dos pedidos de benefícios variam entre 8 dias e 30 dias; muitos SPE
não tratam os pedidos de prestações.
■ Cerca de metade dos SPE pretende obter uma primeira entrevista no prazo de 15 dias.
■ Os objetivos de preparação de um PAI variam entre um mês e um máximo de 6 meses.
■ Apenas um número limitado de SPE tem prazos de colocação de desempregados em políticas
ativas do mercado de
trabalho
(BE-VDAB, CZ, LT, PT).
■ Em alguns casos, os objetivos variam em função da categoria de clientes (por exemplo, DE).
■ UK difere da maioria dos SPE na medida em que visa uma primeira entrevista e um plano de ação
em 3.
dias.
De forma mais pormenorizada, a programação da primeira entrevista, bem como a análise da existência
e do calendário de assinatura de um PAI, constituem medidas bastante positivas do compromisso formal
de um determinado SPE relativamente à urgência da ativação dos desempregados. 1112Em todos os
países, a primeira entrevista com o desempregado deve ser realizada no prazo de um mês a contar do
registo inicial: na BG, RO, SE, UK, deve ser realizada na primeira semana após o registo; na DE, EE, FI,
FR, HR, HU, LT, PT, SI está prevista para o final da segunda semana; os SPE da BE, MT e PL dispõem
de um prazo de um mês.
Há mais variações no que diz respeito ao calendário (e à existência) dos PAI.A criação de um PAI é feita
11 note-se que a verificação da elegibilidade das prestações é frequentemente consagrada aos organismos de
segurança social, em que os SPE não são diretamente responsáveis pelo pagamento do subsídio de
desemprego.Infelizmente, é muito reduzido o número de relatórios dos SPE que visam prazos de colocação em
medidas ativas, pelo que não é possível efetuar uma análise comparativa desta questão.
12 tal é, em grande medida, o caso nos países em que a comunicação de ofertas de emprego é obrigatória por lei
(por exemplo, a Hungria e a Roménia), uma vez que os SPE não parecem dispor dos instrumentos necessários para
verificar a abertura de vagas.
12
Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
no primeiro mês após o registo do desempregado em nove países (BE-Actiris, BG, DE, EE, FI, FR, MT,
PT, RO, SE, SI, UK), enquanto o prazo visado é de 2-3 meses noutro semestre (BE-Le Fom, BE-VDAB,
HR, LT, PL).Dois países da Europa Central destacam-se, tal como na CZ e na SK, o prazo de 5 e 6
meses, respetivamente, para o estabelecimento de PAI e, na Hungria, apenas os desempregados que
participam em programas de ativação complexos (uma minoria de desempregados) são obrigados a
assinar esse acordo.
A fim de analisar o sucesso dos SPE na correspondência entre oferta e procura de emprego, a análise
transforma as quotas de mercado dos SPE na subsecção seguinte.
Os métodos utilizados para este efeito variam consideravelmente entre os SPE, que vão desde estudos
de peritos até aos inquéritos aos empregadores.
Quadro 3.6: oferta e procura de correspondência
Monitorização dos requisitos em matéria de competências
Sim AT, BE-Le Fom, BE-VDAB, BG, DK, FI, HU, HR, IT, LT, LV,
NL, PL, PT, RO, SL
Não CY, CZ, EE, FR, IE, MT, SE, SK, UK
Informações sobre o mercado para futuras necessidades de formação
Sim AT, BE-Actiris, BE-Le Forestm, BG, FR
DE, DK, EE, FI, , HR, HU,
IT, LV, MT, PL, SE, SL, UK
Não CY, CZ, GR, IE, LT, NL, PT, RO, SK
O questionário de 2014 do PSE recolheu dados sobre a quota de mercado dos serviços públicos de
emprego, definida como uma percentagem de «colocações de SPE em percentagem de todas as
contratações na economia».Em resposta, 14 serviços públicos de emprego forneceram alguns dados
sobre a quota de mercado, de acordo com esta definição, para o ano de 2013, com a participação mais
vasta entre os SPE.
13
Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
Muitos SPE fizeram observações sobre os desafios associados à estimativa ou à comunicação das
quotas de mercado. Por exemplo, a República Checa e Chipre comunicaram que não estão disponíveis
dados sobre todas as contratações e todas as ofertas de emprego em toda a economia, ao passo que as
estimativas da quota de mercado na Hungria se baseiam num inquérito por amostragem aos
empregadores. Outros desafios incluídos: os empregadores deixam de ser obrigados a comunicar todas
as ofertas de emprego (CZ, SK, SI); a existência de fortes flutuações sazonais (DE); muitos empregos
temporários que não foram notificados como ofertas de emprego (NL); e as transições de um contrato de
trabalho para outro com os mesmos empregadores, ou as mudanças de emprego nas empresas não são
registadas como vagas (HR).Estes fatores influenciam a validade das estimativas da quota de mercado.
Recomendação do13 Conselho, de 22 de abril de 2013, relativa ao estabelecimento de uma Garantia para a
Juventude (2013/C 120/01).
Comissão14 Europeia (2014), «A Garantia para a Juventude», «Making it», p. 1.
Implementação e/ou coordenação de ofertas/políticas ativas do mercado de trabalho ativas, remissão para outros serviços
O papel de implementação dos SPE é mais limitado num pequeno número de países.Por exemplo, o
papel dos SPE neerlandeses limita-se à prestação de apoio ao emprego para os jovens beneficiários de
subsídios de desemprego.Os SPE na região de Bruxelas (Actiris), Croácia, Luxemburgo e Eslovénia têm
a responsabilidade de implementar um conjunto específico de serviços e programas, mas também estão
envolvidos vários outros organismos de execução.A título de exemplo, as medidas da GJ na região de
Bruxelas estão divididas em sete categorias e Actiris (Bélgica) gere ou cogere dois fluxos, mas apenas
14
Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
recebam uma boa oferta de emprego, educação contínua, oportunidades de aprendizagem ou estágio
no prazo de quatro meses após terem terminado o ensino formal ou terem ficado desempregados. Os
Estados-Membros foram convidados a apresentar um Plano de Implementação da Garantia para a
Juventude (YGIP) que define os planos e as modalidades de parceria de cada Estado-Membro para a
execução da GJ.Em meados de maio de 2014, os 28 Estados-Membros tinham apresentado os seus
YDGE.
A Garantia para a Juventude (GJ) visa dar aos jovens uma oportunidade real de aumentar a sua
empregabilidade, com vista a uma integração sustentável no mercado de trabalho. Quando
adequadamente concebida, executada e financiada, a GJ pode levar os jovens num percurso
apoiado, começando pela orientação e avaliação, dando seguimento à formação, à educação, à
reabilitação, à experiência profissional e ao emprego. Este capítulo tem um duplo objetivo:
■ Analisar o papel dos SPE na Garantia para a Juventude, desde a gestão e execução globais, ao
trabalho de proximidade, à definição de normas de qualidade e ao papel global no âmbito da
parceria para a GJ.
■ Informar sobre as primeiras indicações sobre o efeito da Garantia para a Juventude nos serviços
públicos e nos modelos empresariais, complementando a análise geral sobre a evolução do
modelo de negócio dos serviços públicos de emprego.
15
Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
4.1.2 O papel global dos SPE na implementação da Garantia para a Juventude e medidas conexas
O quadro 4.2 infra mostra exemplos de responsabilidades que os diferentes SPE assumiram na
execução da Garantia para a Juventude e medidas associadas.
Acompanhamento e
avaliação
16
Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
17
Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
Quadro 4.3 — Discriminação das intervenções no contexto de uma Garantia para a Juventude e
medidas conexas
Em contexto Em contexto Subsídios aos
Personalizado Plano de ação Subsídios aos
laboral escolar empregados/estagi
orientações individual empregadores
integração integração
ários
EM
BE-VDAB
BE-Foram
BE-Actiris
BG
HR
CY
CZ
DK
EE
FI
EL
FR
DE
HU
IT
MT
NL
LU
LV
LT
PL
PT
RO
SK
SI
ES
SE
UK
Fonte: ICF com base nas respostas dadas aos questionários dos SPE
18
Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
em trabalho proativo com alunos e estudantes e/ou trabalham com jovens NEET que não
estão registados nos SPE.
Quadro 4.4 SPE envolvidos no trabalho de proximidade com os NEET
Intervenção do PSE no trabalho de proximidade
Sim EE, DE, LT
Sim BE-VDAB, DK, EL, FI, FR, HR, HU, IE, IT, LU, MT, PL, PT, SE, SI
(indireto) CY,
Não AT, BE- BEFom, BG, CZ, ES, LV, NL, RO, SK, UK, CY
Actiris,
Na maioria dos casos, a participação dos SPE no trabalho de proximidade com os NEET não registados
é informal; o quadro regulamentar não os obriga a fazê-lo. É também frequentemente indireto e
executado sob a forma de projetos ou em parceria com outras agências.
Existem cinco canais principais através dos quais os SPE estão envolvidos no trabalho de proximidade
com os jovens não registados:
■ Os SPE da Irlanda e de Malta estão indiretamente envolvidos na orientação dos jovens com idade
inferior a 18 anos, que não estão a aprender nem a ganhar, em programas de estabelecimento
de segunda oportunidade.
■ Em alguns países, os SPE fazem parte de parcerias locais com vários organismos para
identificar, acompanhar e estabelecer uma relação com os jovens desengatados e orientá-los para
os serviços públicos de emprego e outros serviços de apoio «gerais» (por exemplo, a Dinamarca e a
Finlândia).O PSE na Flandres (BE-VDAB) participou recentemente com uma parceria local
semelhante e os SPE na Grécia e em Portugal têm planos semelhantes para o futuro. Um trabalho
semelhante é realizado em muitas das maiores cidades da Suécia através de projetos que reúnem
conselheiros de emprego dos SPE com os representantes da polícia, da educação e dos serviços
sociais para combater os jovens em risco de exclusão social e em risco de serem recrutados em
redes criminosas. Outro projeto de SPE sueco conseguiu recrutar e formar jovens do grupo-alvo
para realizar trabalho de proximidade em concertos, eventos desportivos e nas escolas.
■ Os SPE também cooperam com estruturas especializadas que interagem com os jovens,
incluindo os jovens em risco.Em França, os SPE trabalham em estreita parceria com os centros
locais de juventude (missões locais) que lidam com os jovens com dificuldades em termos de
inclusão socioeconómica e podem, por conseguinte, remeter para os SPE.Na Polónia, o contacto
com jovens NEET será estabelecido principalmente através do projeto local de trabalho voluntário
que presta apoio aos jovens desfavorecidos. O 11 Alfa OHP tem uma experiência significativa na
sensibilização, com mais de 900 unidades operacionais localizadas em todo o país, principalmente
em pequenas cidades, em estreito contacto com escolas, centros educativos, igrejas, várias
instituições e autoridades locais.
Todos os SPE não estão tão envolvidos no trabalho proativo com os NEET.Em alguns países, não foi
identificada qualquer necessidade significativa, uma vez que o número de NEET não registados nos SPE
19
Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
é considerado reduzido (por exemplo, a Croácia e a República Checa).Em alguns outros países, foram
criados mecanismos de sensibilização separados para realizar este tipo de trabalho com os jovens
desembraiados. Trata-se geralmente de agências, centros ou profissionais encarregados da
responsabilidade pelo trabalho de proximidade. Na Áustria, este trabalho é realizado por treinadores de
jovens e assistentes sociais. Na Croácia, o processo de execução da GJ conduziu ao desenvolvimento
de novos serviços de sensibilização. Os centros de orientação profissional ao longo da vida (CNISK) —
estabelecidos em 2013 — estão a realizar algum trabalho de sensibilização e estão previstos esforços
mais sistemáticos no âmbito do novo regime. Os SPE húngaros também querem continuar a desenvolver
a rede de mentor-rede no seio dos SPE para incluir não só o registo, o aconselhamento, o planeamento e
o apoio aos jovens que se registem junto dos SPE, mas também a ligação com as instituições educativas
e sociais locais, as organizações de jovens e os empregadores, a fim de estabelecer estratégias de
sensibilização mais eficazes.
Apenas um terço dos países participantes no inquérito dispõem de algum tipo de mecanismo para a
partilha de informações sobre os jovens que abandonaram a escola mas não encontraram
emprego nem estão registados nos SPE.A Áustria, a Dinamarca, a Finlândia, a Alemanha, a Grécia,
a Irlanda, a Itália e Malta dispõem de mecanismos de partilha de dados existentes e a Bélgica (Le Fom),
Chipre, a Croácia e Portugal estão nos primeiros dias de desenvolvimento de tais práticas. O modelo
dinamarquês pode ser realçado como um exemplo de boas práticas, uma vez que se baseia numa base
de dados exaustiva e atualizada dos jovens e na sua educação e estatuto profissional. A base de dados é
acompanhada por uma legislação que estipula que todos os NEET devem ser
20
Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
Os SPE de 13 países realizaram trabalhos para especificar ou definir «uma oferta de boa
qualidade».A individualização da oferta e a personalização da via para o emprego é salientada
como estando no centro de uma boa oferta de qualidade na maioria dos países, especialmente na
Croácia, na Dinamarca, na Finlândia, na Grécia, no Luxemburgo e na Eslovénia. Na Áustria e no Reino
Unido, são estabelecidos requisitos específicos sobre a qualidade das medidas de ativação nos contratos
com os diferentes prestadores de serviços da GJ.Na BE-Le Fom, a qualidade das medidas de
ativação é estabelecida em contratos com prestadores de serviços da GJ, bem como no quadro jurídico
(isto é, decreto).Isto pode dizer respeito ao conteúdo da formação ministrada no âmbito da GJ ou à
qualidade e formação de professores e formadores, por exemplo. No Reino Unido, os módulos de
educação e formação devem satisfazer os requisitos relativos ao tempo de contacto e aos conteúdos
adequados para aumentar a empregabilidade. Podem ser impostas sanções aos prestadores que não
cumpram as normas exigidas. Na Bélgica — Forem, as ofertas de formação de boa qualidade referem-se
a cursos certificados, enquanto a Hungria está atualmente a desenvolver um novo mecanismo de
prestação de serviços, que inclui também elementos de garantia da qualidade. Por último, na Dinamarca,
na Finlândia e em Portugal, uma boa oferta também está relacionada com os prazos de ativação em
termos de calendário da primeira entrevista e de uma oferta ativa.
Nem todos os países tomaram ainda medidas específicas para definir explicitamente uma « qualidade», não sendo
necessário que os métodos de garantia de qualidade existentes sejam considerados suficientes ou tenha sido
demasiado cedo para efetuar esse trabalho.
Os principais métodos utilizados para assegurar a oferta de ofertas de boa qualidade — e, de um modo
mais geral, um padrão elevado de serviços públicos de emprego específicos para os jovens — incluem:
■ Inquéritos regulares sobre a satisfação dos clientes (por exemplo, AT, BE-VDAB, LV, SE).
■ Avaliação interna ou externa da GJ, serviços específicos para a juventude ou políticas ativas do
mercado de trabalho em geral (por exemplo, BE-VDAB, DE, DK, ES, FI, HR, IE, UK).
Atualmente,15 os seguintes países não dispõem de um sistema deste tipo:Belgo-Actiris, Bélgica-VDAB, Bulgária,
República Checa, Letónia, Países Baixos, Roménia, Eslováquia, Eslovénia (onde tal sistema existia mas a sua
utilização já não é possível devido à legislação em matéria de proteção de dados), Espanha, Suécia, Reino Unido
De16 acordo com a Recomendação do Conselho, a oferta é de emprego, formação contínua, aprendizagem ou
estágio.
2
Comissão17 Europeia (2014), The Youth Guarantee, Making it Happen.P2.
3
Comissão Europeia (2014), The Youth Guarantee, Making it Happen.P2.
21
Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
■ formação de conselheiros para o emprego dos jovens (por exemplo, SI), acompanhamento dos
jovens candidatos a emprego por uma equipa específica (LU).
■ Reforço da coordenação entre os diferentes serviços dos SPE responsáveis pela formação, contratos
subsidiados, etc. (ES, LU).
4.1.5 O papel dos SPE no âmbito da parceria mais vasta no âmbito da Garantia para a Juventude
Os principais parceiros estratégicos e de execução da GJ — para além dos SPE — incluem organizações
públicas, semipúblicas, privadas e do terceiro setor (ver figura 4.6 infra).
De acordo com os questionários dos serviços públicos de emprego, todos os SPE, com exceção dos da
Áustria e dos Países Baixos, têm planos para reforçar as parcerias existentes 24.Em última análise,
pretende-se garantir que existe uma abordagem de parceria eficaz à prestação de serviços em todas as
organizações, que irá libertar sinergias, aumentar a eficiência e evitar a duplicação de
atividades.As parcerias atuais são consideradas suficientemente fortes e diversificadas na Áustria e nos
Países Baixos, a fim de não exigir mais desenvolvimento, e os SPE nestes países estão centrados
noutras prioridades.
Pretende-se uma colaboração mais estreita e significativa, em especial com os SPE, por um lado, e as
organizações de juventude e outras ONG, os empregadores, os parceiros sociais, as escolas
e os prestadores de formação, por outro. Os SPE da Bélgica (BE-VDAB), da República Checa,
da Hungria e da Eslovénia, por exemplo, procuram estreitar os laços com as organizações de
juventude. Na Flandres, o papel do conselho de juventude flamengo já vai além da
informação e da consulta e estende-se ao teste dos serviços de Garantia para a Juventude e
dos serviços de comunicação com os jovens que beneficiam dos serviços da GJ.
Na maioria dos países, os principais parceiros dos SPE para a implementação da Garantia para a
Juventude incluem uma série de organizações públicas.Em França, tal inclui a rede de centros locais
de juventude (missões locais), mas também diferentes estruturas envolvidas no combate ao ensino
precoce e na prestação de oportunidades de «segunda oportunidade» aos jovens NEET.As parcerias
criadas pelos SPE franceses (também antes do lançamento da GJ) visam apoiar os jovens que
enfrentam múltiplas barreiras ao acesso ao emprego.
24 Análise não inclui os seguintes países: Bulgária, Chipre, França, Luxemburgo, Polónia, Espanha.
22
Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
As ONG que trabalham na integração social ou no mercado de trabalho dos jovens ou de grupos
marginalizados de jovens, como os ciganos, desempenham um papel importante, em especial nos países
com uma oferta pública menos extensa de serviços de assistência social, bem como em países onde as
ONG têm uma longa tradição, sendo um importante parceiro de prestação de serviços para a juventude.
Esses parceiros podem acrescentar valor real, dispondo dos canais de divulgação necessários para
aproximar os grupos de jovens e outras experiências e conhecimentos do trabalho com os jovens.
Na Estónia, na Letónia e em Malta, os SPE estão interessados em estabelecer relações mais estreitas
com os empregadores a fim de aumentar o número de empregadores que oferecem estágios
e outras oportunidades de aprendizagem baseadas no trabalho para os clientes da GJ.O EUIF
(Estónia), por exemplo, assinou nove acordos de parceria, abrangendo, entre outros, estágios com
grandes empresas em diferentes setores económicos desde 2012 e ambicionam estabelecer acordos
semelhantes com os maiores empregadores em todos os setores-chave. Os SPE na Croácia, Alemanha,
Grécia, Hungria e Luxemburgo esperam uma melhor ligação com os parceiros sociais, enquanto os SPE
em Itália e na Eslováquia procuram uma colaboração mais estreita com as agências de recrutamento
privadas.
Pretende-se estreitar os laços com os prestadores de serviços de educação, formação e
orientação, a fim de dar um contributo positivo para a agenda do ensino da escola e, por
conseguinte, impedir, em última análise, os jovens de necessitar de GJ.Os SPE em França, no
Luxemburgo e na Polónia estão já a cooperar, por exemplo, com diferentes categorias de prestadores de
serviços de orientação profissional.
Em termos gerais, os trabalhos recentes em torno de parcerias têm-se centrado em muitos
países em estruturas de nível macro. Refletindo a mesma abordagem a nível local, será
necessário algum tempo.Na Irlanda, espera-se que o processo seja facilitado pelo envolvimento
sistemático e direto dos representantes locais das partes interessadas nacionais. Em Portugal, estão a
ser realizados eventos regionais e sub-regionais de divulgação da informação para divulgar a
sensibilização entre as partes interessadas a nível local e regional. Os serviços locais de emprego na
Hungria acolherão uma «rede», cuja missão consistirá em reforçar as parcerias locais existentes. Na
Dinamarca, mais de 35 milhões de coroas dinamarquesas (cerca de 5 milhões de euros) foram criados a
nível central para que os SPE reforcem a abordagem de parceria dos jovens não qualificados.
4.2 primeiras indicações sobre o efeito da Garantia para a Juventude nos SPE
Os questionários dos serviços públicos de emprego forneceram indicações precoces sobre os efeitos da
GJ nos serviços públicos de emprego. A maior parte dos serviços públicos de emprego que não tinham
implementado uma Garantia para a Juventude ou outros serviços relevantes de emprego juvenil antes de
2013 indicaram que a implementação do seu Plano de Implementação da Juventude para a Juventude se
encontra ainda numa fase inicial e em fase de desenvolvimento. De um modo geral, a execução da GJ
conduziu a mudanças concretas na maioria dos SPE, embora não em todos. Alguns optaram por
uma reorganização completa dos seus serviços específicos de SPE, enquanto outros optaram por
acrescentar ou reforçar os serviços existentes para os jovens. Outros melhoraram os canais de
comunicação específicos para os jovens e têm contratado e formado pessoal de primeira linha para
trabalhar exclusivamente com clientes da GJ.
Mais especificamente, o lançamento da GJ conduziu/está a conduzir à reorganização dos serviços de
SPE específicos para a juventude na Bélgica, na Croácia e em Itália. Em Itália, o modelo da GJ será
um dos pilares centrais da reorganização em curso dos SPE.Actiris na Bélgica criou um novo serviço em
2013, denominado «Serviço de Garantia para a Juventude», uma segunda linha de serviços de apoio ao
emprego com treinadores de emprego destinados exclusivamente aos jovens à procura de emprego.
Para além da criação deste serviço dedicado, o Actiris volta a organizar serviços locais (serviços com o
cliente), de modo a criar tempo dedicado ao aconselhamento presencial e ao apoio aos clientes da
GJ.Foram lançados novos gabinetes para a juventude na Croácia e na Alemanha.
Os serviços existentes foram alterados para ter mais em conta as necessidades dos jovens
ou o modelo da GJ, por exemplo, na Bélgica, Bélgica -LE, Bélgica-VDAB, Croácia, Estónia, Finlândia,
França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Portugal, Eslováquia, Eslovénia e
Espanha. Tal inclui melhorias na rapidez e na facilidade dos serviços de registo, a melhoria da orientação
personalizada de um conselheiro de emprego em termos de calendário, conteúdo e disponibilidade, e
mais oportunidades de aprendizagem em contexto laboral e de segunda oportunidade. Na Eslovénia, por
exemplo, o processo de aconselhamento foi revisto, a fim de o adaptar às necessidades dos jovens
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Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
desempregados. Em França, são esperadas adaptações aos serviços existentes; Os objetivos dos SPE
incluem a oferta de ofertas de emprego adaptadas ao grupo-alvo e a adaptação do conteúdo das
entrevistas à situação específica dos jovens.
Para além das mudanças de serviço dos serviços públicos de emprego, foram introduzidas novas
medidas ativas do mercado de trabalho para complementar as intervenções existentes de
numerosos SPE em toda a Europa, incluindo a Bélgica e a Polónia, a Croácia, a República Checa, a
Estónia, a Grécia, a Itália, Portugal e a Eslovénia. Estes incluem clubes de emprego, escolas de trabalho
ativas e instituições de formação e subsídios aos empregadores, para citar apenas alguns.
O pessoal do PSE foi recrutado, designado e/ou formado para trabalhar exclusivamente na
base de clientes da GJ em 17 países (ver quadro 4.7 infra); este desenvolvimento está
igualmente previsto em, pelo menos, um país adicional.
Quadro 4.7 Pessoal da Garantia para a Juventude
Pessoal especializado da GJ
BE (Actiris, Le Fom, VDAB), BG, DE, EE, EL, FI, HR, HU, IT, LU, LV, LT, PL, SI, SK,
SE, UK
No AT, CZ, DK, ES, FR, IE, LT, MT, NL, PT, RO, CY
Nota: Em França, prevê-se que os SPE disponham de conselheiros específicos para os jovens.
Em termos gerais, o pessoal da GJ pode ser dividido em dois grupos;
■ Pessoal de primeira linha que presta aconselhamento e apoio à procura de emprego (por exemplo,
BE-Actiris, BE- VDAB, BG, HR, HU, LU, LV, LT, SI, SE) ou ao pessoal de primeira linha que presta
serviços ou atividades novos ou adicionais da GJ (por exemplo, trabalho proativo com escolas)
(EE).Alguns países dispõem de quotas para o número de conselheiros de juventude em cada serviço
ou região do PSE (por exemplo, BG).Os países que introduziram ou estão a introduzir conselheiros
específicos para a juventude fizeram, normalmente, a reconversão de pessoal de primeira linha dos
serviços públicos de emprego ou de fundos do FSE para financiar novas posições.
Noutros países, o pessoal do SPE trabalha com uma série de requerentes e não há planos para dedicar
o tempo a alguns conselheiros para o trabalho com jovens. Na Dinamarca e na Suécia, cada serviço do
PSE tem o direito de organizar a entrega da GJ e de outros serviços da forma como desejam, desde que
cumpram a legislação relativa aos direitos e obrigações dos jovens.
Foram lançados novos canais e métodos de comunicação em BE-Actiris, BE-VDAB, Croácia e Eslovénia,
a fim de comunicar mais eficazmente com os jovens. Os novos canais de comunicação incluem
novos sítios Web para serviços de juventude, correio eletrónico, aplicações para telemóveis inteligentes,
mensagens de texto, redes sociais e Skype. A utilização de diferentes tecnologias da informação e canais
de comunicação (com base na Internet, com base em dispositivos móveis, sociais, etc.) pode ser
considerada métodos eficazes ao atingir os jovens grupos-alvo.
O impacto da GJ nos serviços dos SPE tem sido mínimo nos Países Baixos. Além disso, não
houve qualquer impacto da Recomendação do Conselho sobre os países com YG já estabelecidos ou
outros serviços relevantes de emprego de jovens, como a Áustria, a Dinamarca, a Finlândia e a Suécia,
uma vez que muitas das suas disposições existentes são já mais abrangentes ou ambiciosas do que as
introduzidas pela recomendação do Conselho. Os serviços de emprego dos jovens já estão bem
integrados nos serviços existentes dos SPE na República Checa, em Malta e no Reino Unido.
5 Conclusões
Com base na análise realizada em capítulos anteriores, há duas tendências que podem ser observadas
nos modelos empresariais dos SPE: uma tendência para aumentar o papel dos SPE na ativação de uma
base de clientes mais ampla e uma tendência para o aumento da descentralização dos serviços públicos
de emprego.
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Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
Nos últimos anos, verifica-se uma tendência crescente no sentido de orientar as políticas de ativação
para os clientes elegíveis para as prestações de desemprego (e a assistência ao desemprego) e para
outros grupos não empregados que recebem prestações sociais e, neste contexto, mais países estão a
criar «balcões únicos».Além disso, os SPE têm um papel fundamental a desempenhar na ativação
sustentável de grupos desfavorecidos, como os trabalhadores pouco qualificados ou os desempregados
de longa duração, enquanto o papel dos SPE está também a aumentar na ativação dos NEET, no
contexto da GJ.
É possível observar também uma tendência de descentralização e autonomia de gestão. A recente crise
económica teve um impacto setorial diferente em todas as regiões. Neste contexto, os SPE com poderes
de decisão autónomos descentralizados puderam responder de forma expedita e adequada. A respetiva
tendência para a descentralização política registou em alguns países a responsabilidade política dos SPE
locais. Estas abordagens também podem ajudar a garantir que os governos concedam financiamento
adequado para aumentar o pessoal dos SPE num período de desemprego crescente (especialmente em
estruturas centralizadas financiadas por fundos de seguro de desemprego, em que o financiamento é
pró-cíclico).
Por último, mas não menos importante, no que diz respeito ao papel dos SPE na execução da GJ,
verifica-se uma tendência observada de que a execução da GJ conduziu a mudanças concretas na
maioria dos SPE, embora não em todos. Alguns SPE optaram por uma reorganização completa dos seus
serviços para os jovens, enquanto outros optaram por acrescentar ou reforçar a sua oferta de serviços já
existente. Outros melhoraram os canais de comunicação específicos para os jovens e têm contratado e
formado pessoal de primeira linha para trabalhar exclusivamente com clientes da GJ.As «principais»
intervenções dos SPE em relação à execução da GJ incluem a prestação de orientações personalizadas,
a avaliação individual das necessidades, a cooperação com os empregadores para integrar os jovens no
trabalho e os regimes de incentivos aos empregadores.
Tendo em conta os elementos fundamentais da modernização dos SPE, tal como salientado no
documento de resultados da estratégia do SPE para 2020, o estudo identifica alguns domínios de
progresso.
■ Função de condução — parcerias:tal como sublinhado na estratégia do SPE para 2020, os SPE
desempenham um papel fundamental na promoção e gestão de parcerias entre os intervenientes no
mercado de trabalho. Quase dois terços dos SPE (19 em 30) referem ter um papel de coordenação
principal para estimular a cooperação e a inovação dos intervenientes no mercado de trabalho. A
introdução da Garantia para a Juventude e o papel central desempenhado pelos SPE na sua
execução oferecem aos SPE a oportunidade de reforçar o seu papel de facilitação e gestão das
parcerias. A subcontratação é também um meio através do qual os SPE podem trabalhar com outros
intervenientes no mercado de trabalho, a fim de poder adaptar-se mais rapidamente ao aumento do
número de casos e às alterações na base de clientes.
■ Ligações mais fortes com o lado da procura — novos serviços para os empregadores
(incluindo ligações com as PME):são oferecidos novos serviços aos empregadores em 17 países
(por exemplo, assistência em tarefas de RH, pré-seleção de candidatos, aconselhamento em matéria
de práticas de recrutamento, apoio à formação dos trabalhadores).Embora a maioria dos SPE preste
serviços (adaptados ou não) aos empregadores, nem todos avaliam estes serviços. Compreender
tanto a natureza da oferta de serviços do empregador como a medida em que satisfaz as
necessidades dos empregadores é essencial para o desenvolvimento de ligações mais
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Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
fortes e, de facto, de novos serviços. Poucos serviços públicos de emprego interagem diretamente
com as PME, pelo que há margem — como parte da função de condução — para que os SPE se
empenhem e compreendam as necessidades das PME.
■ Utilização dos objetivos de desempenho:a adoção de metas quantificadas baseadas nos resultados
assegura a responsabilização e contribui para a eficiência dos SPE.Os SPE que acompanham
regularmente o desempenho e fazem cálculos custo-benefício, têm mais facilidade em canalizar
recursos para as medidas mais eficazes e convencer os decisores políticos a fornecer aos SPE os
recursos necessários para dar resposta aos choques do mercado de trabalho. Até à data, quase
todos os SPE utilizam anualmente objetivos de desempenho. No entanto, nove SPE utilizam metas
quantitativas para os resultados (e outros seis utilizam esses objetivos juntamente com metas
baseadas no processo).Por conseguinte, há margem para que a maioria dos SPE se baseie nas
experiências dos SPE que já têm esses objetivos e que introduzem elas próprias metas.
O que precede pode ser complementado por outros instrumentos que os SPE têm à sua disposição para
responder aos desafios com que se deparam. Estas incluem a melhoria contínua das capacidades dos
SPE e as competências do pessoal dos SPE, bem como a criação e manutenção de relações baseadas
na confiança com as principais partes interessadas que tiram partido das competências das respetivas
partes interessadas para resolver problemas complexos do mercado de trabalho.
Por último, mas não menos importante, uma investigação empírica aprofundada que analise o impacto
das características específicas dos modelos empresariais dos SPE na eficácia dos SPE pode continuar a
apoiar o desempenho dos SPE e a prestar mais e diferentes serviços. Para o efeito, a nova Rede
Europeia de Serviços Públicos de Emprego proporcionará uma plataforma para a comparação do
desempenho dos SPE a nível europeu, identificando boas práticas e promovendo a aprendizagem mútua,
a fim de reforçar a capacidade e a eficiência dos serviços. Em especial, as atividades de aprendizagem
comparativa previstas no contexto da nova rede de SPE deverão fornecer informações factuais sobre o
desempenho dos SPE, que proporcionarão uma base factual útil para a aprendizagem mútua.
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Estudo de pequeno caso sobre modelos empresariais de SPE
Anexo 1 Referências
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