Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Seção I
1 - INTRODUÇÃO
A invenção da turbina a gás e o desenvolvimento do seu projeto original foram feitos para
acionamento de aviões e pesquisas de propulsão a jato. O emprego de turbinas a gás para o
acionamento de compressores, bombas e geradores foi adaptado, mais tarde. Devido a sua
construção compacta , pequeno peso e a alta potência quando comparado com os motores
tradicionais de combustão interna seu uso tem sido muito difundido para aplicações industriais.
Em 1930 FRANK WHITTLE apresentou a primeira patente de uma turbina a gás para produzir
um jato de propulsão. A turbina WHITTLE formou as bases das modernas turbinas a gás.
A Turbina a gás é uma máquina térmica que utiliza o ar como fluido motriz para prover energia.
Para conseguir isto o ar que passa através da turbina deve ser acelerado; isto significa que a
velocidade ou energia cinética do ar é aumentada. Para obter esse aumento, primeiramente
aumenta-se a pressão e, em seguida, adiciona-se calor. Finalmente a energia gerada (aumento
de entalpia) é transformada em potência no eixo da turbina .
Uma turbina a gás produz energia a partir do resultado das seguintes etapas contínuas do ciclo
BRAYTON:
3. Expansão - Gases em alta temperatura e pressão são expandidos a uma alta velocidade
através dos estágios da turbina geradora de gás, que converte parte da energia dos gases em
potência no eixo para acionar o compressor de ar ( aproximadamente 2/3 da energia gerada
com a queima).
Em uma turbina (ciclo Brayton), essas etapas ocorrem continuamente em locais diferentes com
os processos de compressão, combustão, expansão e exaustão separados.
É importante notar que esta é a única etapa em que a energia pode ser extraída (trabalho
extraído do processo). Quando a válvula de exaustão abre, ponto 5 ao ponto2, resulta em uma
rápida queda de pressão a volume constante. O pistão então sobe forçando os gases
remanescentes para a exaustão ( ponto 2 ao ponto 1). O ciclo então é reiniciado.
As turbinas operam no ciclo Brayton (pressão constante) que comumente é denominado ciclo
aberto. As etapas deste ciclo são mostradas no gráfico P x V da figura 9. O ar é admitido e
comprimido do ponto 1 ao ponto 2 com conseqüente aumento de pressão e temperatura, e
redução do volume. Do ponto 2 ao 3 temos representado a combustão à pressão constante,
mas com um aumento acentuado do volume. Este aumento de volume se manifesta em
aumento de velocidade de escoamento dos gases, porque não há mudança acentuada na área
desta seção da turbina. A partir da combustão ocorre a expansão dos gases nas rodas da
turbina causando uma redução da pressão e temperatura e aumento de volume. Este processo
continua do ponto 4 ao 5 através da turbina de potência.
3.1- COMPRESSOR
O compressor axial permite obter altas vazões de ar, até 700 kg/s, e eficiência isoentrópica
muito boa, valores típicos entre 85 a 90 %, sendo por isso empregado em praticamente todas
as turbinas a gás de médio e grande porte.
Este processo é repetido nos estágios subsequentes do compressor sendo que cada estágio
promove um pequeno aumento de pressão.
As aletas estatoras do último estágio agem como pás guias de saída, que direcionam o ar em
um fluxo axial estabilizado para a carcaça traseira do compressor e seção de combustão.
O compressor é projetado para operar com alta eficiência em altas rotações. Para manter o
fluxo de ar estabilizado à baixa rotação, tem-se instalado, na entrada de ar, um conjunto de
aletas móveis guias de entrada (IGV - Inlet Guide Vanes), que automaticamente, altera o
ângulo de ataque das palhetas para o primeiro rotor. A eficiência é gradualmente aumentada
de acordo com o aumento da rotação. As válvulas de sangria estão instaladas para prevenir o
surge em baixas rotações.
A proteção quanto ao surge se dá através de válvulas de alívio instaladas nos últimos estágios,
que ficam abertas aliviando para atmosfera durante a fase de aceleração e parada do
compressor.
3.2- COMBUSTOR
O combustor usado em uma turbina a gás pode ser: tubular, tubo-anular, anular ou externo.
A roda de turbina é o meio mais eficaz para transformar a energia contida em um fluxo de gás
a alta pressão e temperatura em trabalho no eixo.
O gás ao escoar através da turbina perde pressão e temperatura, à medida que se expande e
transforma sua energia em trabalho.
As turbinas empregadas em turbinas a gás são na grande maioria do tipo axiais por
apresentarem maior eficiência isoentrópica, variando entre 75 e 90 %.
A turbina pode ser equipada por vários estágios de palhetas estatoras e rotoras a depender da
aplicação ou projeto, lembrando que as palhetas estatoras são fixadas a carcaça da turbina e
as rotoras as rodas, que por conseguinte são fixadas ao eixo. De qualquer forma a energia
extraída pela roda de turbina é transmitida ao eixo que por sua vez transfere para o
compressor de ar, proporcionando assim a compressão de um volume de ar para a câmara de
combustão fechando o ciclo de funcionamento.
Para aplicação industrial os gases gerados pela turbina a gás é direcionado por meio de uma
peça de transição para uma turbina de potência, que é um conjunto de estágios de palhetas
estatoras e rotoras com a finalidade de extrair potência dos gases gerados pela turbina a gás
ou gerador de gás. Essa energia é transmitida para o equipamento acionado através de um
eixo utilizado um redutor de velocidade ( gerador elétrico ) ou um multiplicador ( compressores
).
As primeiras turbinas a gás fabricadas para aplicação industriais eram máquinas de construção
pesada, com projeto largamente derivado das práticas utilizadas na construção de turbinas a
vapor. Estas máquinas deram origem às atualmente chamadas turbinas industriais para serviço
pesado (industrial heavy duty gas turbines).
Essas turbinas têm como principais características: potência elevada; projetos com pouca
restrição quanto a peso e tamanho; carcaças pesadas de partição horizontal; mancais de
deslizamento; combustores de grande diâmetros boa durabilidade e fácil acesso para inspeção
e manutenção; palhetas de seção espessa; compressores e turbinas axiais com muitos
estágios; baixo nível de ruído, devido às baixas velocidades de admissão de ar normalmente
empregadas em seu projeto; baixa relação de compressão por estágio, propiciando larga faixa
de operação estável do compressor.
Suas principais vantagens são: longa vida útil, grande confiabilidade operacional, boa eficiência
térmica e baixo nível de ruído. Suas principais desvantagens são peso e tamanho.
As turbinas derivadas de aviação tem portanto dois componentes básicos: o gerador de gás e a
turbina de potência. O gerador de gás é uma turbina aeronáutica adaptada para queimar
combustível industrial. A turbina de potência é projetada e fabricada pelo chamado fornecedor
do pacote.
Esse é responsável pelo fornecimento, montagem e testes do conjunto completo, que inclui,
além do gerador de gás e da turbina de potência, todos os acessórios e sistemas auxiliares,
tais como: base e suportes, sistemas de óleo, sistema de combustível, instrumentação,
sistemas de proteção e controle, painéis, filtros de ar, dutos de admissão e descarga,
silenciadores, proteção acústica. O fornecedor normalmente entrega ao comprador o pacote
totalmente montado e testado em sua fábrica.
E&P-SSE/UN-BC/ST/EGMSE Seção I - 12
Apendice A Seção 1 – CICLOS TERMODINÂMICOS DA TURBINA A GÁS
A análise dos ciclos ideais e de turbinas a gás podem ser encontrados em diversos textos
clássicos de termodinâmica e somente um breve resumo será apresentado. No caso de ciclo
ideal, serão adotados as seguintes hipóteses simplificadoras :
O Ciclo Brayton
A turbina a gás é um dispositivo que converte calor em trabalho. O ciclo ideal é o Brayton cujo
processo consiste em três principais etapas: compressão do ar, adição de calor ao fluxo de ar
(combustão) e a expansão, conforme é mostrado nas figuras a seguir:
• Qe = vazão mássica dos gases de exaustão x calor específico dos gases da exaustão x T4
W = Potência líquida (útil) na ponta do eixo da turbina compressor Turbinas Câmara gases de
exaustãoCombustível
ArPotência Líquida
· hht = Qc W
Mas olhando-se, para a variação de energia que ocorre em cada etapa do ciclo da turbina a
gás que são : compressão , combustão e a expansão que ocorre nas turbinas, podemos
escrever:
ttcp ttcpttcp - t t -
- e,
introduzindo-se a relação isoentrópica entre pressão e a temperatura de um gás ideal ttp p,
onde K é o coeficiente isoentrópico, temos que a máxima eficiência que pode ser obtida em um
ciclo ideal de Bryton é:
æk
A eficiência do ciclo de uma turbina a gás e fortemente influenciado pela razão de compressão
(p2/p1), no compressor de ar . Se aumentarmos a pressão através do compressor o
rendimento global da turbina a gás irá aumentar em função do aumento da temperatura T3,
que por sua vez é limitante por considerações metalúrgicas das partes quentes da máquina. Na
realidade, esta eficiência dificilmente irá exceder 5%, em função do rejeito térmico na exaustão
da máquina, porque a temperatura de descarga é significativamente maior que a temperatura
ambiente. Assim, uma parte considerável da energia do combustível colocada na câmara de
combustão não poderá ser aproveitada dentro do ciclo Brayton.
E&P-SSE/UN-BC/ST/EGMSE Seção I - 14
Outra consideração que podemos fazer pelo diagrama T x S, do ciclo de Bryton, é que a adição
de calor na câmara de combustão, tem uma proporcionalidade direta com o trabalho útil
produzido. Desta forma, quanto maior for a temperatura na câmara de combustão (t3), para
uma mesma vazão mássica de ar, maior será a potência disponível na ponta do eixo da
turbina.
Denominamos ciclo real, aquele em que a compressão e a expansão são considerados como
transformações irreversíveis. Nas transformações reais ocorre aumento de entropia, mesmo
sem que haja intercâmbio de calor entre o sistema e o exterior. O desempenho dos ciclos reais
diferem consideravelmente do desempenho dos ciclos ideais pelas seguintes razões:
• À primeira vista pode parecer que a vazão mássica através da turbina é maior do que a do
compressor devido a injeção de combustível. Na prática, de um a dois por cento do ar
comprimido é retirado com o propósito de refrigerar os discos e as palhetas das partes
quentes. Além disso, a relação combustível/ar é da ordem de 0,01 a 0,02. Desta forma, para
cálculos preliminares, é possível assumir que a vazão mássica através do compressor de ar é
igual as das turbinas. Cumpre observar que turbinas aeronáuticas de última geração , operam
com temperaturas na turbina de alta pressão (HP) elevadas, o que demanda maior quantidade
de ar para refrigeração. Neste caso, a aproximação de vazão constante ao longo da turbina
seja constante, não é correta em caso de avaliação precisa.
Rendimento %
Vimos, no caso dos ciclos ideais que compressão e expansão ocorrem sem perdas. A
realidade, porém, é diferente e durante os processos termodinâmicos que ocorrem na turbina a
gás ocorre incremento de entropia .
Expansão
Outras perdas de potência inerentes a uma turbina a gás são as perdas mecânicas que
ocorrem nos mancais e selos , bem como a potência que é retirada diretamente no seu eixo
para o acionamento de bomba mecânica de óleo lubrificante.
Grandezas
VELOCIDADE - É uma grandeza que corresponde a relação entre o espaço percorrido e tempo
gasto para percorre-lo. É dividida em velocidade escalar e vetorial. A escalar expressa o valor,
enquanto a vetorial expressa o valor e o sentido.
rv e t=
PRESSÃO - É a relação entre uma força e a área na qual ela está atuando. Também pode ser
definida como sendo o número de choques das moléculas nas paredes de um recipiente por
unidade de tempo.
Leis de Newton
Energia
CALOR (Q) - Energia térmica em trânsito no sentido da maior para menor temperatura.
ENTALPIA (h) - É o nível energético em que um fluido se encontra. Podemos dizer que é a
soma da energia de pressão com a energia interna.
PESO MOLECULAR (PM) - É a massa de um mol de uma substância (1 mol eqüivale a 6,023 x
1023 moléculas). Um mol de qualquer gás ocupa 2,4 litros na Condições Normais de
Temperatura e Pressão (C.N.T.P.) ( 0 oC e 1 atm).
Z Vr
Vi =
CALOR ESPECÍFICO (c) - É o coeficiente que indica o grau de dificuldade de troca térmica. É
o calor necessário para que uma grama de um fluido varie de 14,5 oC para 15,5 oC. Para a
água, o calor específico é 1 cal/g oC.
- Calor específico a volume constante ( cv ) - É o calor necessário para que uma grama de um
gás varie 1°C, mantendo seu volume constante.
- Calor específico a pressão constante ( cp ) - É o calor necessário para que uma grama de um
gás varie 1°C, mantendo sua pressão constante.
Ao se aquecer um gás a volume constante a temperatura sobe mais rápido do que a pressão
constante, pois neste caso, além da temperatura subir, uma parte do calor cedido é
transformado em trabalho no deslocamento das moléculas para se manter a pressão. Com isso
a variação de temperatura é menor. Sendo assim o calor necessário para aquecer um gás a
pressão constante é maior do que a volume constante.
C Cp v>
cpv
Ex: Ao se deixar um botijão de gás exposto ao sol, sua temperatura irá aumentar,
proporcionando o aumento da pressão.
Ex: A bomba manual utilizada para encher pneu de bicicleta. Ao ser reduzido o volume para
deslocar o ar, a pressão sobe.
P n R TV
PV n R T= Û =
Equação da continuidade
Com base nesta equação podemos concluir que para uma vazão constante, se ocorrer uma
redução da seção transversal a velocidade é aumentada e vice-versa.
Leis da termodinâmica
Retrata a conservação da energia, onde fica esclarecido que a energia total do fluido não se
altera sem interação com o meio. E o meio somente interage com o sistema (fluido) através do
calor ou trabalho. Podemos dizer, que ao se aquecer um fluido e o mesmo realizar trabalho
(está recebendo calor e cedendo trabalho) a diferença entre o calor recebido e o trabalho
cedido é a variação da energia total do fluido. É o que fica efetivamente com o fluido.
Sendo
Como exemplo temos, que, ao se aquecer isobaricamente o gás num cilindro, a temperatura irá
aumentar e o gás irá se expandir realizando trabalho ao deslocar o êmbolo. A diferença entre o
calor recebido e o trabalho realizado pelo gás é a variação da energia total do gás.
trabalho de uma máquina que possua uma fonte quente ( alta temperatura ) e uma
Retrata a existência da máquina térmica, onde fica estabelecido que se pode extrair fonte fria (
baixa temperatura ). Quanto maior a diferença de temperatura entre as duas fontes, maior será
o trabalho extraído.
para líquidos r varia pouco e como S foi reduzido, a velocidade é aumentada, pois a vazão é
constante.
Seção I
As informações, contidas neste trabalho, são oriundas dos manuais de operação e manutenção
fornecidos pelos diversos fabricantes e empacotadores de turbomáquinas.
A caixa, em geral, é constituída de: - Filtros § TELAS : Usada para a retenção de insetos.
- JANELAS BY-PASS : Abre evitando a excessiva pressão negativa, devido a alta perda de
carga quando os filtros estão muitos sujos, evitando danos no Gerador de Gás (G) caso este
succione os dutos e/ou filtros.
Este duto conduz o ar, reduzindo a seção que é grande no filtro, para a entrada do compressor
do Gerador de Gás. Sendo revestido acusticamente (para evitar a propagação dos ruídos de
alta freqüência devido a aspiração). Deve ser inspecionado regularmente, principalmente na
parte interna, para poder verificar a sua integridade e o perfeito estado de limpeza.
Este duto elimina os gases “queimados” da turbina para a chaminé e/ou algum sistema de
recuperação de calor. Suportando a alta temperatura dos gases de escape (400 a 500 ºC),. O
duto é normalmente constituído em aço carbono refratário ou de aço inox, revestido de lã de
rocha, para proteção acústica e térmica, com externa de chapa de aço inoxidável.
Reduzir o nível de ruído devido a passagem, em alta velocidade, do ar na sucção e dos gases
na descarga.
A medição da perda de carga no duto de sucção versus a rotação do Gerador de Gás corrigida
pela temperatura do ar na sucção permite definir o nível de sujeira do compressor de ar.
É um invólucro para isolar a turbina, tendo como principal função a proteção acústica
diminuindo o ruído até níveis aceitáveis, máximo de 85 D.B. a 1 metro do hood. Como funções
secundárias temos a proteção térmica e o aumento da eficiência no combate a incêndio.
·• PAREDES:: CHAPA EXTERNA : De aço carbono pintada ou de aço inox.
Duas a quatro grandes para manutenção e diversas portas menores de acesso com abertura
anti-pânico e visor.
Retira o calor, dissipado pelo processo de combustão na câmara do Gerador de Gás, da caixa
acústica, mantendo a temperatura inferior a 60/70 ºC, evitando danos aos equipamentos
(eletrônicos ou não) instalados no interior do hood. Integrado ao sistema de ar de ventilação
temos o sistema de detecção de fogo e gás.
Permitir a extinção do fogo. No caso de hood utiliza-se o CO2, caso contrário utiliza-se o pó
químico.
O óleo usado no sistema de óleo lubrificante das turbinas industriais é o mineral (tipo Lubrax
TR-46), nas turbinas aero-derivadas, além do sistema de óleo lubrificante mineral temos um
sistema de óleo lubrificante exclusivo para o G que utiliza o óleo sintético. A constituição de
ambos os sistemas são semelhantes.
No sistema com óleo mineral o tanque tem grande capacidade, sendo este de 4.0 a 20.0 litros,
principalmente se o mesmo tanque atende também ao sistema de óleo de selagem dos
compressores de gás. O volume do tanque de óleo sintético é de 300 a 500 litros. Os
reservatórios são feitos de aço carbono ou inox e possuem suspiro para ventar os vapores
sendo, as vezes, equipados com recuperadores de névoa.
Fornece o óleo ao sistema com pressão adequada. No sistema de lubrificação com óleo
sintético normalmente encontramos duas bombas e no sistema com óleo mineral são três, a
saber:
•• TROCADOR DE CALOR:: Normalmente são duplos com válvulas de três vias permitindo a
troca/alinhamento do trocador com a turbina em operação. Os vários tipos de trocadores
existente podem ser aplicados no sistema de óleo lubrificante. No trocador tipo água/óleo é
importante que a pressão do óleo seja superior a pressão da água, isto evita a contaminação
do óleo pela água.
São duplos com válvulas de três vias para permitir a troca em operação, os elementos são,
normalmente, do tipo cartucho com capacidade de filtragem de 10 a 70 micra absolutos.
São duplos com válvulas de três vias, os elementos com capacidade de filtragem de 3 a 30
micra absolutos.
PRESSOSTATO (PSL/PSLL): Alarme e/ou trip devido a baixa pressão do óleo de comando.
O sistema de partida tem duas funções. A primeira é retirar o Gerador de Gás (G) da inércia e
leva-lo a uma determinada rotação conhecida como velocidade de purga ou de ventilação ou
de crank, e o mantém nessa rotação durante a fase conhecida como fase de purga ou de purga
(30 a 180 segundos) permitindo a “limpeza” interna da turbina com o ar limpo. A segunda
função acontecerá durante a fase de partida, logo após a fase de purga, é auxiliar na
aceleração do Gerador de Gás durante a ignição e início da formação dos gases de exaustão,
até a velocidade de Idle, conhecida também como velocidade de macha lenta ou rotação de
sustentação, após atingir esta velocidade o sistema de partida é desligado.
A função do sistema de partida é o mesmo em qualquer turbina a gás, porém a sua
implementação física pode ser diferente para o mesmo modelo de turbina, adequando-se a
necessidade do usuário.
Fornece o torque necessário ao Gerador de Gás (G), sendo os mais utilizados na Petrobras:
Transmite a força somente no sentido do sistema de partida para o Gerador de Gás (G),
desaclopando mecanicamente o sistema quando a rotação do G é maior do que a do sistema
de partida.
Foto de um sistema de partida com a aplicação de motor elétrico com variador de freqüência
Fornecer o combustível gasoso ( gás natural ) ou líquido (diesel) dentro da pressão e
temperatura, vazão e características necessárias para o atendimento aos diversos regimes
operacionais da turbina.
A qualidade do combustível é fundamental para a vida útil dos componentes da parte quente,
contaminantes diminuem a vida útil dos injetores, câmara de combustão, peça de transição
(transition piece), distribuição HP e LP e rotores HP e LP, acarretando falhas prematuras. É
importante durante a fase de projeto, anterior a aquisição da turbomáquina, o envio da análise
da composição do(s) combustível(eis) aos futuros fornecedores. A composição definirá os tipos
de proteções (coating) a serem aplicados na superfície dos componentes e estabelece a vida
útil dos mesmos e os ciclos de manutenções.
Quando há dois sistemas de combustível (gás natural e diesel por exemplo), a transferência de
combustível é feita automaticamente com a turbina em operação e sem variação de
velocidade. Normalmente o inicio da comutação é automática quando há problema no
fornecimento do combustível “principal”, o inicio do retorno é, normalmente, manual.
E&P-SSE/UN-BC/ST/EGMSE Seção I - 19
· VÁLVULA MANUAL: Isolar o pacote, principalmente em caso de manutenção ou hibernação
da turbina.
E&P-SSE/UN-BC/ST/EGMSE Seção I - 20
VÁLVULA DE PURGA: Encontrada no sistema gás, purga rapidamente o gás existente no
sistema quando da parada da turbina.
TERMOSTATO (TSL/TSLL): Alarme e/ou trip devido a baixa temperatura do gás combustível.
CAIXA DE IGNIÇÃO: Envia energia elétrica para a vela, existente na tocha, permitindo a
centelha.
Ajustar a vazão do compressor de ar do gerador de gás, mantendo sua curva de desempenho
na máxima eficiência de acordo com condição operacional exigida pelo processo e evitando os
fenômenos aerodinâmicos, tais como stall e surge, principalmente este último e pode causar
graves danos a turbina a gás. Outra função do sistema é a selagem dos mancais e
resfriamento das palhetas das turbinas.
São palhetas estatoras que permite rotacionar, em relação ao seu eixo de fixação. Isto permite
variar o ângulo de incidência do ar, diminuindo ou aumentando a eficiência do estágio
compressor e consequentemente controlando o volume de fluxo de ar.
Seção I
• SURGE (é um fenomeno, a variável lida costuma ser variação da vazão e/ou pressão de ar)
Os mancais são componentes importante para o bom funcionamento da turbina, o peso dos
conjuntos rotores e a alta velocidade de rotação aliada a alta temperatura que estes mancais
estão sujeitos, principalmente no mancal traseiro G, mostra o grande esforço que estão sujeitos
durante o funcionamentos da turbina.
Na Turbina industrial (heavy duty), normalmente, são usados mancais de deslizamento do tipo
“tilt pad”, as pastilhas são de aço revestidos de metal patente (liga que contem estanho e
chumbo) e . Dependendo da sua composição, este material começa a “escoar” a partir de 140
°C. Por razões de segurança, sua temperatura é limitada, geralmente em 125 °C para trip e em
110 °C para alarme, quando a medição é efetuada diretamente nos mancais. Usualmente, são
usados termopares ou RTD´s para este fim. A temperatura do óleo no header é na faixa de 40°
a 60°C.
É comum, contudo, a medição de temperatura indireta nos retornos de óleo dos mancais,
apesar de não ser uma medição tão precisa quanto a leitura direta. Neste caso. O valor de
alarme situa-se em 115°C para trip e 90 °C para alarme.
No mancal de rolamento a suportação é pontual, ou seja, tem área reduzida. O que acarreta
Como o contato neste tipo de mancal é pontual, é alta a tensão que estes mancais são
submetidos, podendo levar a desgastes excessivos, tanto que é utilizado detetor de limalhas
para verificar o estado de desgaste dos referidos mancais.
As partes quentes da turbina, constituídas pelos injetores de combustível (fuel nozzles),
câmara de combustão (combustion chamber), peça de transição (transition piece), distribuições
(nozzles) e rotores (rotors) são submetidos a temperaturas muito altas devido à combustão e a
conseqüente passagem dos gases. Os vários materiais, utilizados são resistentes às altas
temperaturas, porém existem limites aos quais não podem ser ultrapassados durante a
operação da máquina. A expectativa de vida útil das partes quentes reduz-se a metade caso
opere a máquina com 20 a 25°C acima da Temperatura dos Gases de Exautão (EGT).
Conforme norma API 616, recomenda o uso de termopares duplos ou a medição por dois
grupos de termopares, sendo um grupo para controle e supervisão (proteção )e o outro grupo
somente para proteção da máquina e através de um circuito redundante e externo ao circuito
aonde se realiza o controle.
A norma API 616 exige duplo sensores de velocidade PT, sendo que um sensor para controle e
supervisão/intertravamento e o outro é usado exclusivamente para proteção máquina, através
de um circuito redundante e externo ao circuito que realiza o controle.
Os sensor são constituído de uma bobina no qual passa uma corrente elétrica criando um
campo magnético, o sensor esta montado junto a uma roda dentada acoplada ao eixo ou da
turbinas G ou da PT. A roda dentada ao girar permitirá a variação do fluxo magnético. Quando
o sensor esta num vale, da roda dentada, a relutância magnética é alta, portanto o fluxo
magnético é baixo, quando o sensor esta próximo ao dente, a relutância é baixa e
consequentemente o fluxo é alto, com a variação do fluxo magnético O sensor enviara ao
painel é um trem de pulsos de freqüência proporcional à velocidade da turbina.
E&P-SSE/UN-BC/ST/EGMSE Seção I - 5
Devido a alta rotação do gerador de gás (G) e da turbina de potência (PT) e as folgas entre
estas partes rotativas e as partes estacionárias serem muito pequenas, na ordem de 0,1 a 0,6
m, a monitorarão das vibrações é importantíssima.
Vibrações elevadas podem aumentar o desgaste dos mancais, roçamento das partes móveis
nas partes fixas, esforços cíclicos elevados, fadiga, etc. levando a queda na eficiência e dano
permanente e com isso elevado índice de indisponibilidade.
Este sensor é constituído de uma bobina na ponta (Tip) de um probe, a função da bobina é
produzir um campo magnético próximo ao eixo da máquina.
Uma vez que o eixo é feito de material magnético (aço), o campo magnético terá a sua
amplitude variada em função da distância do sensor ao eixo, ou seja, o eixo ao se aproximar da
ponta do sensor, diminui a relutância magnética com o conseqüente aumento do campo
magnético, a variação do campo magnético acarreta a indução de uma tensão. Esta tensão é
função da distância da ponta (Tip) do sensor ao eixo monitorado. Como o sensor mede a
distância ao eixo, ele mede efetivamente a amplitude vibração do eixo em relação à carcaça.