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RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE

Kátia Rejane de Araújo Rodrigues Marcela Cristina Ozório


Procuradora-Geral de Justiça do Acre Promotora de Justiça
Coordenadora-Geral do Núcleo de Apoio Técnico - NAT
Celso Jerônimo de Souza
Corregedor-Geral Bernardo Fiterman Albano
Promotor de Justiça
Rodrigo Curti Coordenador Adjunto do Núcleo de Apoio Técnico – NAT
Secretário-Geral

Oswaldo D’Albuquerque Lima Neto


Procurador-Geral Adjunto para Assuntos Equipe Técnica (Coleta, Análise e Elaboração)
Administrativos e Institucionais
Aldo Colombo Júnior
Sammy Barbosa Lopes 3º SGT da Polícia Militar exercendo a função de
Procurador-Geral Adjunto para Assuntos Jurídicos Coordenador do Observatório de Análise Criminal do
Núcleo de Apoio Técnico – NAT
Álvaro Luiz Araújo Pereira
Subcorregedor-Geral Igor Ignácio Dias Lins
Assessor jurídico do MPAC (Observatório de Análise
Leandro Portela Steffen Criminal do Núcleo de Apoio Técnico – NAT)
Ouvidor-Geral
Ítalo Facundo Rola de Almeida
Assessor jurídico do MPAC (Observatório de Análise
Colégio de Procuradores: Criminal do Núcleo de Apoio Técnico – NAT)

Kátia Rejane de Araújo Rodrigues (Presidente) Marcos Cleyder Jansen


Celso Jerônimo de Souza Assessor jurídico do MPAC (Observatório de Análise
Criminal do Núcleo de Apoio Técnico – NAT)
Giselle Mubarac Detoni
Vanda Denir Milani Nogueira
Ubirajara Braga de Albuquerque Colaboradores
Williams João Silva
Edmar Azevedo Monteiro Filho Marcella Maria Moura de Souza
Patrícia de Amorim Rêgo Especialista em Execução Penal - IAPEN
Cosmo Lima de Souza
Nilber Chaves de Lima
Flávio Augusto Siqueira de Oliveira
3º SGT da Polícia Militar do Acre e Analista de Trânsito do
Sammy Barbosa Lopes DETRAN/AC
Carlos Roberto da Silva Maia
Oswaldo D’Albuquerque Lima Neto Moisés da Silva Costa
Gilcely Evangelista de Araújo Souza 2º SGT da Polícia Militar do Acre e Coordenador de
Álvaro Luiz Araújo Pereira Análise Criminal da ASSEIAC/PMAC
Rita de Cássia Nogueira Lima
Débora Araújo Facundes
João Marques Pires Agente da Polícia Civil do Acre
Danilo Lovisaro do Nascimento

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 9
1. VIOLÊNCIA NO BRASIL.............................................................................................................. 11
2. A VIOLÊNCIA NO ACRE ............................................................................................................. 12
2.1. MORTES VIOLENTAS INTENCIONAIS (MVI) ...................................................................... 12
2.2. HOMICÍDIOS DOLOSOS .......................................................................................................... 15
2.2.1. Onde?...........................................................................................................................20
2.2.2. Quando? .................................................................................................................................. 38
2.2.3. Quem? .........................................................................................................................41
2.2.4. Como? .........................................................................................................................46
2.2.5. Por quê? .................................................................................................................................. 47
2.2.6. Resumo do perfil dos homicídios dolosos ocorridos no Acre em 2017 ................ 49
2.3.ROUBO EM RIO BRANCO ........................................................................................................ 50
2.3.1. Roubo no tempo ..................................................................................................................... 51
2.3.2. Roubo no espaço .................................................................................................................. 54
2.3.3. Perfil do autor de roubo a partir dos registros do SIPEN .......................................... 57
2.4. INFORMAÇÕES DO SISTEMA PRISIONAL DO ACRE ...................................................... 61
2.5. ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA .................................................................................................. 67
2.5.1. Conceito................................................................................................................................... 67
2.5.3. Origem das Organizações Criminosas............................................................................ 68
2.5.4. Crime Organizado no Brasil ............................................................................................... 69
2.5.5. Crime Organizado no Acre ................................................................................................. 75
2.6. FRONTEIRA ................................................................................................................................ 78
2.6.1. Fronteira brasileira ............................................................................................................... 78
2.6.1.1. Histórico de atos normativos voltados para a faixa de fronteira brasileira .................. 79
2.6.1.2. A realidade da integração entre as instituições no tocante aos problemas de
Fronteira..................................................................................................................................80
2.6.1.3. Posicionamento do Ministério da Defesa quanto à atuação integrada com outros
órgãos na área de fronteira............................................................................................................... 81
2.6.1.4. Problemas enfrentados na região de fronteira do Brasil ............................................... 82
2.6.2. O Acre e a Tríplice Fronteira ................................................................................................. 83
2.6.2.1. Crimes da região de fronteira do Acre .............................................................................. 88
2.7. VIOLÊNCIA CONTRA MULHER .............................................................................................. 89
2.8. TRÂNSITO ................................................................................................................................... 99
2.8.1. Frota de veículos ................................................................................................................... 99
2.8.2. Vítimas fatais em acidentes de trânsito ........................................................................ 101
CONCLUSÃO ................................................................................................................................... 107
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................. 108

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Histórico da frequência absoluta de MVI’s ocorridos em todo o Estado. .............. 14


Gráfico 2: Histórico da taxa de MVI’s por 100 mil habitantes do Acre comparado ao histórico
da taxa nacional................................................................................................................... 14
Gráfico 3: Taxa de vítimas de homicídios dolosos por 100 mil habitantes do Estado do Acre
em relação à taxa dos demais Estados e a taxa nacional – 2017. ....................................... 17
Gráfico 4: Taxa de vítimas de homicídios dolosos por 100 mil habitantes dos Estados por
região comparada à taxa nacional – 2017 ........................................................................... 18
Gráfico 5: Histórico da taxa de vítimas de homicídios dolosos por 100 mil habitantes do Acre
comparado ao histórico da taxa nacional ............................................................................. 18
Gráfico 6: Histórico da taxa: contagem vítima e contagem ocorrência. ................................ 19
Gráfico 7: Histórico da frequência absoluta de vítimas de homicídios dolosos ocorridos em
todo o Estado....................................................................................................................... 19
Gráfico 8: Histórico de variação da frequência absoluta de vítimas de homicídios dolosos
ocorridos em todo o Estado do Acre. ................................................................................... 20
Gráfico 9: Homicídios Capital e Interior ................................................................................ 20
Gráfico 10: Homicídios ocorridos no Estado por perímetro rural e urbano ........................... 21
Gráfico 11: Homicídios Faixa de fronteira e linha de fronteira .............................................. 21
Gráfico 12: Homicídios por área dos CPO’s da Ocorrência.................................................. 22
Gráfico 13: Frequência relativa de homicídios por Regional da ocorrência .......................... 24
Gráfico 14: Histórico de vítimas de homicídios dolosos ocorridos em Rio Branco ................ 25
Gráfico 15: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos na área da 1ª Regional ................ 25
Gráfico 16: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos na área da 2ª Regional ................ 25
Gráfico 17: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos na área da 3ª Regional ................ 25
Gráfico 18: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos na área da 4ª Regional ................ 25
Gráfico 19: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos na área da 5ª Regional ................ 25
Gráfico 20:Histórico de vítimas de homicídios dolosos ocorridos na Regional Alto Acre ...... 26
Gráfico 21: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos em Assis Brasil ............................ 26
Gráfico 22: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos em Brasileia ................................. 26
Gráfico 23: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos em Epitaciolândia ........................ 26
Gráfico 24: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos em Xapuri .................................... 26
Gráfico 25: Histórico de vítimas de homicídios dolosos ocorridos na Regional Baixo Acre .. 27
Gráfico 26: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos em Acrelândia.............................. 27
Gráfico 27: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos em Capixaba ............................... 27
Gráfico 28: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos em Plácido de Castro .................. 27
Gráfico 29: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos em Senador Guiomard ................ 27
Gráfico 30: Histórico de vítimas de homicídios dolosos ocorridos na Regional Juruá .......... 28
Gráfico 31: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos em Cruzeiro do Sul ...................... 28
Gráfico 32: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos em marechal Thaumaturgo .......... 28
Gráfico 33: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos em Mâncio Lima .......................... 28
Gráfico 34: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos em Porto Walter ........................... 28
Gráfico 35: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos em Rodrigues Alves..................... 28
Gráfico 36: Histórico de vítimas de homicídios dolosos ocorridos na Regional Purus .......... 29
Gráfico 37: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos em Manoel Urbano ...................... 29
Gráfico 38: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos em Santa Rosa ............................ 29
Gráfico 39: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos em Sena Madureira ..................... 29
Gráfico 40: Histórico de vítimas de homicídios dolosos ocorridos na Regional
Tarauacá/Envira .................................................................................................................. 30
Gráfico 41: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos em Feijó....................................... 30
Gráfico 42: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos em Jordão ................................... 30
Gráfico 43: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos em Tarauacá ............................... 30

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


Gráfico 44: Comparativo mensal de Homicídios – 2016 e 2017 ........................................... 38
Gráfico 45: Homicídios por semestre ................................................................................... 38
Gráfico 46: Homicídios por quinzena do mês ....................................................................... 39
Gráfico 47: Homicídios por dia da semana (Versão 01) ....................................................... 39
Gráfico 48: Homicídios por dia da semana (Versão 02) ....................................................... 40
Gráfico 49: Homicídios por hora inteira da ocorrência.......................................................... 40
Gráfico 50: Homicídios por período do dia ........................................................................... 41
Gráfico 51: Homicídios por faixa etária da vítima ................................................................. 41
Gráfico 52: Frequência relativa de vítimas maiores e menores de idade ............................. 42
Gráfico 53: Homicídios por sexo da vítima ........................................................................... 42
Gráfico 54: Homicídios por faixa etária do autor .................................................................. 43
Gráfico 55: Frequência relativa de autores maiores e menores de idade ............................. 43
Gráfico 56: Homicídios por sexo do autor ............................................................................ 44
Gráfico 57: Homicídios por Instrumento utilizado para a prática do crime ............................ 46
Gráfico 58: Mortes por intervenção policial em serviço e fora de serviço ............................. 48
Gráfico 59: Histórico da frequência absoluta de roubos ocorridos em Rio Branco ............... 51
Gráfico 60: Frequência absoluta de roubos por mês de 2015 a 2017 .................................. 51
Gráfico 61: Histórico da frequência relativa de roubos por dia da semana da ocorrência .... 52
Gráfico 62: Histórico da frequência relativa de roubos por período do dia da ocorrência ..... 52
Gráfico 63: Histórico da frequência relativa de roubos por hora da ocorrência..................... 53
Gráfico 64: Roubos ocorridos na área da 1ª Regional – Por hora ........................................ 53
Gráfico 65: Roubos ocorridos na área da 2ª Regional – Por hora ........................................ 53
Gráfico 66: Roubos ocorridos na área da 3ª Regional – Por hora ........................................ 53
Gráfico 67: Roubos ocorridos na área da 4ª Regional – Por hora ........................................ 53
Gráfico 68: Roubos ocorridos na área da 5ª Regional – Por hora ........................................ 53
Gráfico 69: Histórico da frequência relativa de roubos por Regional da ocorrência .............. 54
Gráfico 70: Regional de endereço do reeducando que ingressou na URS-FOC por Roubo. 58
Gráfico 71: Histórico da frequência absoluta de latrocínios ocorridos no estado do Acre ..... 60
Gráfico 72: Gráfico da taxa de aprisionamento por unidade da federação - 2016 ................ 61
Gráfico 73: Histórico do efetivo carcerário dos presídios do estado ..................................... 63
Gráfico 74: Histórico de entradas e saídas na URS-FOC nos respectivos anos .................. 64
Gráfico 75: Frequência relativa de reeducando primário na URS-FOC ................................ 64
Gráfico 76: Histórico de notificações geradas durante atendimentos em unidades de saúde
do Acre com constatação de violência contra vítimas do sexo feminino .............................. 90
Gráfico 77: Histórico de notificações geradas durante atendimentos em unidades de saúde
do Acre com constatação de violência sexual contra vítimas do sexo feminino ................... 92
Gráfico 78: Histórico de notificações geradas durante atendimentos em unidades de saúde
do Acre com constatação de violência contra vítimas do sexo feminino gestantes .............. 96
Gráfico 79: Histórico da frota de veículos do estado ............................................................ 99
Gráfico 80: Histórico da variação da frota de veículos do estado do Acre ............................ 99
Gráfico 81: Histórico da frequência relativa da frota de veículos da Capital e interior do
estado do Acre................................................................................................................... 100
Gráfico 82: Histórico de vítimas fatais no trânsito .............................................................. 101
Gráfico 83: Histórico da taxa de vítimas fatais por 10 mil veículos – Estado ...................... 102
Gráfico 84: Histórico da taxa de vítimas fatais por 10 mil veículos - Capital ....................... 102
Gráfico 85: Histórico da taxa de vítimas fatais por 10 mil veículos – Interior ...................... 103
Gráfico 86: Frequência absoluta de vítimas fatais em acidentes de trânsito – Por
responsabilidade da via ..................................................................................................... 103
Gráfico 87: Responsabilidade de fiscalização da via do acidente com vítima fatal............. 104
Gráfico 88: Frequência relativa das vítimas fatais de acidentes de trânsito na Capital e no
interior ............................................................................................................................... 104
Gráfico 89: Frequência relativa das vítimas fatais de acidentes de trânsito pelo meio de
locomoção da vítima .......................................................................................................... 105

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


Gráfico 90: Frequência relativa das vítimas fatais de acidentes de trânsito pelo semestre da
ocorrência .......................................................................................................................... 105
Gráfico 91: Frequência relativa das vítimas fatais de acidentes de trânsito pelo dia da
semana da ocorrência ....................................................................................................... 106
Gráfico 92: Frequência relativa da das vítimas fatais de acidentes de trânsito pelo período do
dia da ocorrência ............................................................................................................... 106

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: TAXA DE VÍTIMAS DE HOMICÍDIOS DOLOSOS POR 100 MIL HABITANTES


POR ESTADO: Posição do Acre no Ranking Nacional e da Região Norte .......................... 15
Quadro 2: TAXA DE VÍTIMAS DE HOMICÍDIOS DOLOSOS POR 100 MIL HABITANTES
POR CAPITAL: Posição de Rio Branco no Ranking Nacional e da Região Norte ................ 16
Quadro 3: Histórico de homicídios por município ................................................................. 23
Quadro 4: Frequência absoluta de vítimas de homicídios por Regional da ocorrência......... 24
Quadro 5: Homicídio por tipo de local da ocorrência ............................................................ 31
Quadro 6: Homicídio por Regional e Município .................................................................... 32
Quadro 7: Homicídio por Regional e Bairro da Capital ......................................................... 33
Quadro 8: Frequência relativa da escolaridade do Reeducando que ingressou na URS-FOC
pela prática de homicídio ..................................................................................................... 44
Quadro 9: Frequência relativa do estado civil do Reeducando que ingressou na URS-FOC
pela prática de homicídio ..................................................................................................... 44
Quadro 10: Frequência relativa da raça/cor do Reeducando que ingressou na URS-FOC
pela prática de homicídio ..................................................................................................... 45
Quadro 11: Frequência relativa da quantidade de filhos declarada pelo Reeducando que
ingressou na URS-FOC pela prática de homicídio ............................................................... 45
Quadro 12: Frequência relativa da motivação identificada para o cometimento do homicídio
............................................................................................................................................ 47
Quadro 13: Resumo do perfil dos homicídios dolosos ocorridos no Acre em 2017 .............. 49
Quadro 14: 10 bairros de Cada Regional de Rio Branco com maior incidência de roubos no
ano de 2017......................................................................................................................... 54
Quadro 15: 10 bairros de Rio Branco com maior incidência de roubos nos respectivos anos
............................................................................................................................................ 55
Quadro 16: 10 tipos de local de Rio Branco com maior incidência de roubos nos respectivos
anos..................................................................................................................................... 56
Quadro 17: Histórico dos 10 bairros que mais residem ou residiam reeducandos que
ingressaram na URS-FOC por ter cometido roubo .............................................................. 57
Quadro 18: Histórico da frequência relativa da faixa etária dos reeducandos que
ingressaram na URS-FOC por roubo ................................................................................... 58
Quadro 19: Histórico da frequência relativa do nível de escolaridade dos reeducandos que
ingressaram na URS-FOC por roubo ................................................................................... 59
Quadro 20: Histórico da frequência relativa da cor/raça dos reeducandos que ingressaram
na URS-FOC por roubo ....................................................................................................... 59
Quadro 21: Histórico da frequência absoluta de latrocínios ocorridos no estado do Acre
distribuídos por município. ................................................................................................... 60
Quadro 22: Informações gerais e por estabelecimento prisional do Acre – março de 2018 . 63
Quadro 23: Entradas na URS-FOC 2015, 2016 e 2017 ....................................................... 65
Quadro 24: Histórica da frequência relativa dos 10 maiores motivos de entrada na URS-FOC
............................................................................................................................................ 66
Quadro 25: Distribuição regional e estadual das ORCRIMs atuantes no Brasil.................... 70
Quadro 26: Investigados e denunciados por ORCRIM conforme principais operações........ 77

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


Quadro 27: Arcabouço de atos normativos voltados para a fronteira ................................... 79
Quadro 28: 17 municípios do estado do Acre situados na linha de fronteira ........................ 84
Quadro 29: Trechos navegáveis dos principais rios que banham o Acre ............................. 87
Quadro 30: Frequência absoluta e relativa de notificações geradas durante atendimentos em
unidades de saúde do acre com constatação de violência contra vítimas do sexo feminino -
por faixa etária da vítima ...................................................................................................... 91
Quadro 31: Frequência absoluta e relativa de notificações geradas durante atendimentos em
unidades de saúde do Acre com constatação de violência contra vítimas do sexo feminino -
Por município da ocorrência ................................................................................................ 91
Quadro 32: Frequência absoluta e relativa de notificações geradas durante atendimentos em
unidades de saúde do Acre com constatação de violência contra vítimas do sexo feminino -
Por tipo de relação da vítima com o autor ............................................................................ 92
Quadro 33: Frequência absoluta e relativa de notificações geradas durante atendimentos em
unidades de saúde do Acre com constatação de violência sexual contra vítimas do sexo
feminino - por faixa etária da vítima ..................................................................................... 95
Quadro 34: Frequência absoluta e relativa de notificações geradas durante atendimentos em
unidades de saúde do Acre com constatação de violência sexual contra vítimas do sexo
feminino - Por município da ocorrência ................................................................................ 95
Quadro 35: Frequência absoluta e relativa de notificações geradas durante atendimentos em
unidades de saúde do Acre com constatação de violência sexual contra vítimas do sexo
feminino - Por tipo de relação da vítima com o autor ........................................................... 96
Quadro 36: Frequência absoluta e relativa de notificações geradas durante atendimentos em
unidades de saúde do Acre com constatação de violência contra vítimas do sexo feminino
gestantes - Por faixa etária da vítima ................................................................................... 97
Quadro 37: Histórico de vítimas fatais de trânsito por município .......................................... 98
Quadro 38: Histórico de vítimas fatais de trânsito por município ........................................ 101

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Mapa de pontos referentes aos homicídios ocorridos em Rio Branco em 2016 e
2017 com características de execução ................................................................................ 36
Figura 2: Mapa de Kernel referente aos homicídios ocorridos em Rio Branco em 2016 e
2017 com características de execução ................................................................................ 37
Figura 3: Mapa do Acre e seus limites com a Bolívia e o Peru............................................. 83
Figura 4: Mapa de distribuição Regional do Acre ................................................................. 84
Figura 5: Mapa com extensão da fronteira do Acre com a Bolívia e o Peru ......................... 85
Figura 6: Mapa hidrográfico do Acre .................................................................................... 86

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


INTRODUÇÃO

Segundo demonstram as fontes oficiais de divulgação de informações sobre


os índices de violência e criminalidade no Brasil, o país passa pelo seu pior momento
em se tratando de tal problemática. Instalou-se nos últimos anos uma guerra
permanente entre, inter e contra Organizações Criminosas (ORCRIMs), motivada pelo
domínio do tráfico de drogas e pelas necessárias intervenções policiais. Como reflexo
desta guerra, ocorreu uma explosão de crimes violentos que, em regra, constituem a
“dinâmica operacional” das facções.
No Estado do Acre, as variações nos homicídios e roubos apresentadas nos
últimos cinco anos sobreexcedem, consideravelmente, os níveis de aceitabilidade
social no que diz respeito à criminalidade.
Diante deste preocupante cenário, faz-se necessário um estudo que seja
capaz de dimensionar o problema e, consequentemente, instigar os gestores das
instituições corresponsáveis, no que tange à efetividade dos seus planos operativos.
Neste sentido, O Ministério Público do Acre, por meio do Observatório de
Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico, criou procedimentos metodológicos de
coleta, tratamento e análise de dados que permitem a geração e difusão de um
conhecimento válido e subsidiário no que diz respeito ao planejamento e avaliação de
ações preventivas e repressivas.
A confecção deste anuário é de grande relevância para compreendermos as
características dos principais crimes que causam sensação de insegurança à
população acreana, além de servir como fonte de consulta para as diversas
instituições com interesse na temática. De forma objetiva, ele representa um
instrumento consultivo que permite aos seus consumidores o acesso às informações
geradas a partir da análise do conjunto de variáveis relacionadas às Mortes Violentas
Intencionais (MVI), Homicídios Dolosos, Roubos, Sistema Prisional, Crime
Organizado, Fronteira, Violência Contra a Mulher e Acidentes de Trânsito, extraídas
das diversas fontes de registros.
Para este trabalho, foi considerado como período de análise o intervalo entre
os anos de 2006 e 2017 e foram utilizadas como fontes as bases dados do
Observatório de Análise Criminal do Ministério Público do Acre, do Centro Integrado
de Operações de Segurança Pública (CIOSP), do Departamento Estadual de Trânsito
RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE
9
do Acre (DETRAN/AC), do Sistema do Instituto Penitenciário do Acre
(SIPEN/IAPEN/ACRE), Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP/AC),
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), bancos de dados da
Polícia Civil e Polícia Militar, além das fontes informais de consulta que nem sempre
devem ser desprezadas.
A difusão do conhecimento produzido neste relatório é de fundamental
importância para o desenvolvimento de estratégias e para análise comportamental,
no espaço e no tempo, dos indicadores objetos deste estudo.

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


10
1. VIOLÊNCIA NO BRASIL

De acordo com o que aponta o resultado da pesquisa realizada pelo Instituto


Igarapé, publicada em abril de 2018, intitulada de “Citizen security in Latin America:
Facts and Figures” (Segurança cidadã na América Latina: fatos e números) 1 , a
América Latina, que é constituída por 20 países, ou seja, 10% do total de países do
mundo, território onde reside apenas 8% da população mundial, concentra 33% dos
homicídios ocorridos no planeta.
Em tal estudo, o Brasil posiciona-se com o maior número absoluto de vítimas
de homicídios dentre os 20 países mais violentos do mundo e, em se tratando de taxa
por grupo de 100 mil habitantes, o país aparece na 13ª posição no ranking,
considerando a ordem da maior taxa para a menor.
Por mais que não haja uniformidade entre os países em relação ao ano de
referência da ocorrência dos fatos, a disparidade entre o primeiro e o segundo
colocado no ranking dos números absolutos demonstra que o Brasil é um país de
intolerância no que diz respeito às relações interpessoais, fato este que o torna um
território epidemicamente homicida.
O estudo traz, também, o ranking das 50 cidades mais violentas do mundo,
sendo que 50% destas são cidades brasileiras. Dentre as cidades brasileiras, as que
mais se destacam como violentas são Marabá-PA (taxa: 76,7), Grande São Luís – MA
(taxa: 74,5) e Ananindeua – PA (taxa: 69,6). Importa ressaltar que a cidade de Rio
Branco não foi alcançada pela pesquisa. Contudo, se o município acreano
compusesse o conjunto de cidades alcançadas pelo estudo, a taxa computada em
2016 (59,9) colocaria a capital na 18ª posição dentre as 50 cidades com maiores taxas
de homicídios do mundo.
No Brasil, a comunidade de analistas criminais, em regra, utiliza como
parâmetro para dimensionar os níveis de violência e criminalidade dos Estados, as
publicações oficiais do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), do Mapa da
Violência e, mais recentemente, as publicações do Atlas da Violência.
Considerando o que há de mais recente sobre número de assassinatos no
país, tomou-se como base para este estudo a publicação do 12º Anuário do FBSP2,

1 https://igarape.org.br/wp-content/uploads/2018/04/Citizen-Security-in-Latin-America-Facts-and-
Figures.pdf
2 http://www.forumseguranca.org.br/publicacoes/anuario-brasileiro-de-seguranca-publica-2018/

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


11
que revela no seu infográfico um total de 63.880 Mortes Violentas Intencionais (MVI)
ocorridas em 2017 no Brasil. Este número representa uma taxa de 30,8 vítimas para
cada grupo de 100 mil habitantes. Em outras palavras, isto significa dizer que, a cada
dia do referido ano, 175 pessoas foram assassinadas no Brasil, ou seja, sete vítimas
por hora, uma vítima a cada 9 minutos.

2. A VIOLÊNCIA NO ACRE

A violência no estado do Acre adquiriu outros contornos considerando o que


vem ocorrendo nos últimos três anos. Até há pouco tempo, as ações de segurança
pública concentravam-se na prevenção e repressão de delitos que apresentavam
incidência com níveis toleráveis do ponto de vista analítico-criminal e social.
Ocorre que nos últimos anos houve uma explosão nos registros de crimes
violentos, com variações expressivas e sem precedentes.

2.1. MORTES VIOLENTAS INTENCIONAIS (MVI)

A sigla CVLI (Crimes Violentos Letais Intencionais) foi criada em 2006 pela
Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), vinculada ao Ministério da
Justiça (MJ), com a finalidade de agregar os crimes de maior relevância social, pois,
além do homicídio doloso, outros crimes devem ser contabilizados nas estatísticas de
letalidade.
Portanto, fazem parte dos Crimes Violentos Letais Intencionais o homicídio
doloso e demais crimes violentos e dolosos que resultem em morte, tais como o roubo
seguido de morte (latrocínio), estupro seguido de morte, lesão corporal dolosa seguida
de morte, entre outros3.
Em dezembro de 2016, a partir da “Proposta de equivalência entre os
indicadores de mortes violentas 4 ”, que tinha como objetivo a padronização de
indicadores sobre mortes violentas intencionais produzidos em âmbito nacional, o
Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) passou a adotar a expressão ‘Mortes

3Metodologia de contagem de Crimes Violentos Letais Intencionais (SENASP)


4
http://www.forumseguranca.org.br/wp-
content/uploads/2018/07/FBSP_equivalencia_indicadores_mvi_seguran%C3%A7a_saude_2016.pdf
RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE
12
Violentas Intencionais’ (MVI), que inclui na contabilização as mortes decorrentes de
intervenções policiais. Tal implementação pauta-se no resultado de um estudo que,
segundo o FBSP, chegou à seguinte conclusão:

[...] foi feita a discussão sobre o conceito de mortes violentas intencionais –


MVI, considerando que a restrição ao conceito de homicídio não é suficiente
para viabilizar a comparação entre os dados produzidos pelos sistemas de
informações estatísticas criminais das diferentes unidades da federação.
Como se viu, existem diferentes tipos de crimes que resultam em morte e
diferentes procedimentos de classificação desses eventos para fins
estatísticos, de modo que se faz necessário um indicador agregado que dê
conta do conjunto de crimes letais e de mortes violentas intencionais. Assim,
foi proposta uma tabela de correspondência que partiu das categorias penais
para a composição dos indicadores agregados de Crimes Violentos
Intencionais - CVLI e de Mortes Violentas Intencionais - MVI, superando
assim as principais divergências ou omissões que podem ocorrer
considerando os sistemas classificatórios das 27 unidades da federação, a
partir do seguinte entendimento:
 O conceito de CVLI contempla vários aspectos presentes nas
definições de crimes contra a pessoa e que afetam a sua integridade levando
à morte: ter intenção (dolo) de ferir ou de matar, assumir o risco de ferir ou de
matar, ter dolo ou assumir risco de perigo (gerar uma situação de risco
intencionalmente, com probabilidade de dano ao bem jurídico protegido, no
caso a vida);
 As mortes provocadas por policiais em intervenções legais devem ser
contabilizadas em um indicador separado - MDIP, podendo ser somadas ou
não ao indicador simples de Homicídio Doloso, a depender do critério adotado
pela unidade da federação. Na primeira opção, já passam a compor
automaticamente os CVLI, mas, na segunda, não, sendo então necessário
somar as MDIP aos CVLI para compor um indicador agregado final das
Mortes Violentas Intencionais - MVI que permitirá a comparabilidade com as
unidades da federação que seguem a primeira opção;
 O indicador agregado de MVI corresponde então ao conjunto de mortes
violentas intencionais, abrangendo todos os casos, independentemente de
considerações jurídicas tais como haver excludentes de ilicitude, resultar de
ações policiais ou outro tipo de exceção em termos jurídicos.

Neste trabalho, não será aprofundada a pesquisa sobre MVI’s. Contudo,


considerando as recomendações previstas na proposta de Equivalência dos
Indicadores de Morte Violenta Intencional nos Sistemas da Segurança (SINESP) e da
Saúde, assim como a necessidade de trazer informações que possibilitem a análise
comparativa com os números de MVI’s de outros estados da Federação, foram
desenvolvidos alguns gráficos de evolução histórica relacionados ao comportamento
do referido indicador no Estado do Acre.

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


13
Gráfico 1: Histórico da frequência absoluta de MVI’s ocorrido em todo o Estado.
Histórico do total de Mortes Violentas Intencionais (MVI) Ocorridos no Acre

531

371

212 213 212


198 199 189
177 168 178
150

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Fonte: Observatório de Análise Criminal/NAT/MPAC

Gráfico 2: Histórico da taxa de MVI’s por 100 mil habitantes do Acre comparado ao histórico da taxa
nacional
Histórico da taxa de Mortes Violentas Intencionais (MVI) por 100 mil habitantes ocorridos no
Estado do Acre comparada ao histórico da taxa nacional

Taxa Brasil Taxa Acre


70,0

60,0 64,0

50,0

40,0 45,3
29,9 30,8
27,4 28,2 28,6
30,0 26,9
25,0

27,3 27,0 26,4


20,0 24,9
20,1
10,0

0,0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Fonte Acre: Observatório de Análise Criminal/NAT/MPAC


Fonte Brasil: Anuários do Fórum Brasileiro de Segurança Pública - FBSP

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


14
2.2. HOMICÍDIOS DOLOSOS

Dentre os crimes que mais causam sensação de insegurança, o homicídio é


aquele que impulsiona o clamor público por Justiça. Ele representa o limite da
violência interpessoal.
Considerado um indicador universal e objeto de pesquisa de vários estudiosos
da criminologia que investigam as causas e constituição da sua ocorrência, desde o
perfil dos envolvidos até as circunstâncias no espaço e no tempo, o homicídio
apresenta uma série de variáveis, que, correlacionadas, possibilitam ao analista
criminal a formulação de conhecimentos que orientam as ações preventivas, sejam
elas diretas ou indiretas.
As representações em gráficos e quadros a seguir possibilitarão ao leitor uma
avaliação do universo de variáveis que constituem as ocorrências de homicídios
dolosos no Estado do Acre.

Quadro 1: TAXA DE VÍTIMAS DE HOMICÍDIOS DOLOSOS POR 100 MIL HABITANTES POR
ESTADO: Posição do Acre no Ranking Nacional e da Região Norte
DEMONSTRATIVO DA TAXA DE VÍTIMAS DE HOMICÍDIOS DOLOSOS POR 100 MIL HABITANTES - POR ESTADO DA FEDERAÇÃO E REGIÃO NORTE - OREEM DA MAIOR
TAXA PARA A MENOR
2015 2016 2017
Posição no ranking

Posição no ranking

Posição no ranking

Posição no ranking

Posição no ranking

Posição no ranking
Taxa/100 mil hab.

Taxa/100 mil hab.

Taxa/100 mil hab.

Taxa/100 mil hab.

Taxa/100 mil hab.

Taxa/100 mil hab.


ESTADO - REGIÃO

ESTADO - REGIÃO

ESTADO - REGIÃO
ESTADO - BRASIL

ESTADO - BRASIL

ESTADO - BRASIL
NORTE

NORTE

1º Sergipe 53,3 1º Pará 41,0 1º Sergipe 57,6 1º Pará 44,1 1º Acre 60,5 1º NORTE
Acre 60,5
2º Alagoas 49,6 2º Amazonas 33,3 2º Alagoas 50,5 2º Acre 43,5 2º Ceará 55,9 2º Pará 45,7
Rio Grando do
3º Ceará 44,1 3º Amapá 33,1 3º 50,3 3º Amapá 39,2 3º Pernambuco 54,2 3º Amapá 44,1
Norte
Rio Grande do
4º Pará 41,0 4º Rondônia 29,6 4º Pernambuco 45,5 4º Roraima 37,3 4º 53,1 4º Roraima 40,6
Norte
Rio Grando do
5º 40,5 5º Tocantins 24,4 5º Pará 44,1 5º Rondônia 30,5 5º Alagoas 50,4 5º Amazonas 27,5
Norte
6º Goiás 40,1 6º Acre 23,9 6º Acre 43,5 6º Tocantins 27,9 6º Sergipe 49,0 6º Rondônia 26,6
7º Pernambuco 40,1 7º Roraima 14,6 7º Bahia 41,3 7º Amazonas 25,6 7º Pará 45,7 7º Tocantins 22,5
8º Mato Grosso 38,2 8º Amapá 39,2 8º Amapá 44,1
9º Bahia 37,5 9º Goiás 38,5 9º Roraima 40,6
10º Paraíba 37,0 10º Roraima 37,3 10º Bahia 39,2
11º Espirito Santo 35,4 11º Ceará 37,2 11º Espírito Santo 35,0
12º Amazonas 33,3 12º Mato Grosso 32,9 12º Goiás 33,3
13º Amapá 33,1 13º Paraíba 32,0 13º Rio de Janeiro 32,0
14º Rondônia 29,6 14º Rondônia 30,5 14º Paraíba 30,9
TAXA BRASIL = 25,6

TAXA BRASIL = 26,4

TAXA BRASIL = 26,9

15º Maranhão 29,1 15º Rio de Janeiro 30,3 15º Mato Grosso 29,5
TAXA ACRE = 23,9

TAXA ACRE = 43,5

TAXA ACRE = 60,5

BRASIL 25,6 16º Maranhão 29,8 16º Amazonas 27,5


16º Rio de Janeiro 25,4 17º Espirito Santo 29,7 17º Rondônia 26,6
17º Tocantins 24,4 18º Tocantins 27,9 18º Maranhão 25,9
18º Acre 23,9 BRASIL 26,4 BRASIL 26,9
19º Rio Grande do Sul 23,2 19º Amazonas 25,6 19º Rio Grande do Sul 25,3

20º Paraná 21,6 20º Rio Grande do Sul 25,3 20º Tocantins 22,5

Mato Grosso do
21º Distrito Federal 21,5 21º Paraná 22,2 21º 19,5
Sul
mato Grosso do mato Grosso do
22º 21,0 22º 21,4 22º Paraná 19,3
Sul Sul
23º Minas Gerais 20,0 23º Distrito Federal 20,3 23º Minas Gerais 18,8
24º Piauí 19,0 24º Piauí 20,0 24º Piauí 18,5
25º Roraima 14,6 25º Minas Gerais 20,0 25º Distrito Federal 16,6
26º Santa Catarina 12,1 26º Santa Catarina 13,0 26º Santa Catarina 14,1
27º São Paulo 8,9 27º São Paulo 8,2 27º São Paulo 7,8
Fonte: Anuários do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e Base de dados do Observatório de Violência e Criminalidade do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


15
Este quadro demonstra a posição do Acre no ranking nacional e regional da
taxa de vítimas de homicídios por grupo de 100 mil habitantes nos anos de 2015, 2016
e 2017.

Quadro 2: TAXA DE VÍTIMAS DE HOMICÍDIOS DOLOSOS POR 100 MIL HABITANTES POR
CAPITAL: Posição de Rio Branco no Ranking Nacional e da Região Norte
DEMONSTRATIVO DA TAXA DE VÍTIMAS DE HOMICÍDIOS DOLOSOS POR 100 MIL HABITANTES - POR CAPITAL DOS ESTADOS E DA REGIÃO NORTE - ORDEM DA MAIOR
TAXA PARA A MENOR

2015 2016 2017


CAPITAIS - REGIÃO

CAPITAIS - REGIÃO

CAPITAIS - REGIÃO
Posição no ranking

Posição no ranking

Posição no ranking

Posição no ranking

Posição no ranking

Posição no ranking
CAPITAIS - BRASIL

CAPITAIS - BRASIL

CAPITAIS - BRASIL
Taxa/100 mil hab.

Taxa/100 mil hab.

Taxa/100 mil hab.

Taxa/100 mil hab.

Taxa/100 mil hab.

Taxa/100 mil hab.


NORTE

NORTE

NORTE
1º São Paulo 8,8 1º Palmas 35,9 1º Aracaju 64,5 1º Belém 60,7 1º Rio Branco 80,1 1º Rio Branco 80,1
2º Florianópolis 10,9 2º Macapá 26,7 2º Belém 60,7 2º Rio Branco 59,9 2º Fortaleza 73,5 2º Belém 59,6
3º Campo Grande 15,2 3º Porto Velho 31,0 3º Rio Branco 59,9 3º Macapá 45,1 3º Belém 59,6 3º Macapá 52,9
4º Boa Vista 15,3 4º Rio Branco 32,4 4º Natal 56,4 4º Manaus 38,2 4º Maceió 57,1 4º Manaus 45,1
5º Rio de Janeiro 18,5 5º Manaus 48,0 5º Porto Alegre 53,0 5º Porto Velho 33,8 5º Macapá 52,9 5º Porto Velho 28,3
6º Vitória 20,8 6º Natal 49,0 6º São Luís 46,0 6º Palmas 33,2 6º Aracaju 50,3 6º Palmas 26,2
7º Brasília 21,6 7º Belém 50,2 7º Macapá 45,1 7º Boa Vista 15,6 7º Natal 50,0 7º Boa Vista ...
8º Curitiba 23,9 8º Maceió 43,9 8º Recife 46,8
9º Belo Horizonte 24,3 9º Salvador 43,9 9º Manaus 45,1
10º Macapá 26,7 10º João Pessoa 42,5 10º Salvador 44,9
TAXA CAPITAL 28,7 11º Teresina 40,2 11º Porto Alegre 44,4
TAXA RIO BRANCO = 32,4

TAXA RIO BRANCO = 59,9

TAXA RIO BRANCO = 80,1


11º Porto Velho 31,0 12º Recife 38,4 12º São Luís 36,6
TAXA CAPITAIS = 28,7

TAXA CAPITAIS = 27,4

TAXA CAPITAIS = 28,8


12º Rio Branco 32,4 13º Manaus 38,2 13º Teresina 34,0
13º Recife 34,1 14º Fortaleza 37 14º João Pessoa 33,9
14º Palmas 35,9 15º Porto Velho 33,8 15º Florianópolis 30,9
15º Teresina 38,7 16º Cuiabá 33,5 16º Goiânia 29,9
16º Goiânia 39,6 17º Palmas 33,2 TAXA CAPITAL 28,8
17º Cuiabá 40,0 18º Goiânia 31,2 17º Porto Velho 28,3
18º Porto Alegre 44,0 TAXA CAPITAL 27,4 18º Palmas 26,2
19º Salvador 44,2 19º Curitiba 24,7 19º Cuiabá 24,1
20º Manaus 48,0 20º Belo Horizonte 24,5 20º Vitória 23,7
21º Natal 49,0 21º Rio de Janeiro 20,5 21º Rio de Janeiro 22,9
22º Belém 50,2 22º Brasília 20,3 22º Belo Horizonte 21,7
23º Maceió 50,4 23º Campo Grande 17,2 23º Curitiba 19,4
24º Aracaju 53,9 24º Florianópolis 16,5 24º Brasília 16,6
25º São Luís 54,4 25º Boa Vista 15,6 25º Boa Vista ...
26º João Pessoa 58,4 26º Vitória 14,2 26º Campo Grande 13,0
27º Fortaleza 61,9 27º São Paulo 7,4 27º São Paulo 6,4
Fonte: Anuários do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e Base de dados do Observatório de Violência e Criminalidade do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre

Este quadro demonstra a posição da capital acreana, dentre as capitais do


país, no ranking nacional e regional da taxa de vítimas de homicídios por grupo de
100 mil habitantes nos anos de 2015, 2016 e 2017.

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


16
Gráfico 3: Taxa de vítimas de homicídios dolosos por 100 mil habitantes do Estado do Acre em relação
à taxa dos demais Estados e à taxa nacional – 2017.
Demonstrativo da taxa de vítimas de homicídios dolosos por 100 mil habitantes em relação à
taxa nacional - Ano-calendário 2017
Estados Brasil

70,0

60,5
60,0 55,9
54,2 53,1
50,4
49,0
50,0
45,7
44,1
40,6
39,2
40,0
35,0
33,3
32,0 30,9
29,5
30,0 27,5 26,6
25,9 25,3
22,5
Taxa Nacional = 26,9 19,5 19,3 18,8 18,5
20,0 16,6
14,1

10,0 7,8

0,0

Fonte: 12ª Edição do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (ano publicação 2018)

É comum os estados utilizarem como parâmetro a taxa nacional e


considerarem uma zona confortável estar abaixo dela. No entanto, vale ressaltar que
qualquer taxa superior a 10 vítimas por grupo de 100 mil habitantes é considerada
“epidêmica”, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Neste caso, os dados
do gráfico acima revelam que, no Brasil, apenas o Estado de São Paulo não
apresentou taxa epidêmica em 2017.

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


17
Gráfico 4: Taxa de vítimas de homicídios dolosos por 100 mil habitantes dos Estados por região
comparada à taxa nacional – 2017
Demonstrativo da taxa de vítimas de homicídios dolosos por 100 mil habitantes em
relação à taxa da região e a taxa nacional - Ano-calendário 2015
Estados Brasil (26,9)

60,5
55,9
54,2 53,1
50,4
49,0
45,7
44,1
40,6
39,2
35,0
33,3
30,9 32,0
29,5
27,7 26,6 25,9 25,3
22,5
18,5 19,5 18,8 19,3
16,6
14,1

7,8

PARANÁ
PARAÍBA

SANTA CATARINA
AMAZONAS
AMAPÁ

ALAGOAS

GOIÁS

MATO GROSSO
BAHIA

ESPIRITO SANTO
TOCANTINS

DISTRITO FEDERAL

RIO GRANDE DO SUL


ACRE

CEARÁ

SÃO PAULO
RONDÔNIA
PARÁ

MATO GROSSO DO SUL

RIO DE JANEIRO
PIAUÍ

SERGIPE

MINAS GERAIS
MARANHÃO
RORAIMA

PERNAMBUCO

RIO GRANDO DO NORTE

NORTE (TAXA: 38,1) NORDESTE (TAXA: 42,8) CENTRO-OESTE (TAXA: 26,9) SUDESTE (TAXA: 16,4) SUL (TAXA: 20,4)

Fonte: 12ª Edição do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (ano publicação 2018)
OBS: As taxas das regiões são resultantes da relação entre a frequência absoluta dos homicídios ocorridos nos estados que as compõem e a população estimada pelo IBGE para o ano de 2017

Este gráfico possibilita a comparação da taxa do Acre com a taxa dos demais
estados da região, assim como com a taxa média regional e nacional.

Gráfico 5: Histórico da taxa de vítimas de homicídios dolosos por 100 mil habitantes do Acre comparado
ao histórico da taxa nacional
Histórico da taxa de vítimas de homicídios dolosos por 100 mil habitantes ocorridos no Estado do
Acre comparada ao histórico da taxa nacional

Taxa Brasil Taxa Acre


70,0
60,5
60,0

50,0 43,5

40,0

30,0 25,9 25,4 26,6 25,6 26,4 26,9


25,2
23,5

20,0 22,9 25,2 24,2 24,3


23,6
18,6
10,0

0,0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Fonte Acre: Observatório de Análise Criminal/NAT/MPAC


Fonte Brasil: Anuários do Fórum Brasileiro de Segurança Pública - FBSP

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


18
Considerando a série histórica do gráfico, observa-se uma elevação
expressiva da taxa de vítimas de homicídios por grupo de 100 mil habitantes nos anos
de 2016 e 2017. A taxa apresentada em 2017 posicionou o Acre no topo do ranking
nacional com a maior taxa.

Gráfico 6: Histórico da taxa: contagem vítima e contagem ocorrência.


Histórico da taxa de vítimas e de ocorrências de homicidios dolosos
ocorridos no Acre por 100 mil habitantes

Taxa Acre (Vítimas) Taxa Acre (Ocorrências)


70,0
60,5
58,7
60,0

50,0
43,5 42,0

40,0

30,0 25,2 25,2 25,2 24,7 24,3 23,3


23,6 23,1 24,2 24,0
18,6 18,4
20,0

10,0

0,0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre

Gráfico 7: Histórico da frequência absoluta de vítimas de homicídios dolosos ocorridos em todo o


Estado.
Histórico do total de vítimas de homicídios dolosos ocorridos no Acre

503

356

186 185 196 191 195


168 169 179
155
135 139

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Fonte: Observatório de Análise Criminal/NAT/MPAC

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


19
Gráfico 8: Histórico de variação da frequência absoluta de vítimas de homicídios dolosos ocorridos em
todo o Estado do Acre.
Total e variação de vítimas de homicídios dolosos ocorridos nos
respectivos anos

503

356

185 179 196 191 195


139

25% 3%
29% 9% 3% 83% 41%

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017


Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre

Este gráfico demonstra que o número de homicídios apresentou variações


expressivas de crescimento nos anos de 2016 e 2017. Em três anos o número de
vítimas desta natureza aumentou 158%.

2.2.1. Onde?
Gráfico 9: Homicídios Capital e Interior

Histórico da frequência relativa de vítimas de homicídios dolosos -


Capital e Interior
2017 61% 39%
2016 63% 37%
2015 62% 38%
2014 61% 39%
2013 55% 45%
2012 47% 53%
2011 45% 55% CAPITAL
2010 43% 57% INTERIOR
2009 39% 61%
2008 40% 60%
2007 53% 47%
2006 53% 47%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre

O aumento contínuo de vítimas de homicídios dolosos ocorridos na capital


acreana relaciona-se diretamente com o aumento da violência urbana resultante dos
RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE
20
conflitos entre organizações criminosas. 94% dos homicídios ocorridos na capital em
2017 foram na área urbana e 70% com mudus operandi característico dos acertos
entre ORCRIMs.

Gráfico 10: Homicídios ocorridos no Estado por perímetro rural e urbano

Histórico da frequência relativa de vítimas de homicídios dolosos -


Rural e urbano
2017 16% 84%
2016 21% 79%
2015 22% 78%
2014 23% 77%
2013 20% 80%
2012 23% 77%
2011 29% 71% RURAL
2010 32% 68% URBANO
2009 33% 67%
2008 36% 64%
2007 28% 72%
2006 33% 67%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre

Gráfico 11: Homicídios Faixa de fronteira e linha de fronteira


Histórico da frequência relativa de vítimas de homicídios dolosos - Faixa
de fronteira e linha de fronteira
2017 70% 30%
2016 76% 24%
2015 75% 25%
2014 73% 27%
2013 65% 35%
2012 64% 36%
2011 56% 44% FAIXA DE FRONTEIRA
2010 57% 43% LINHA DE FRONTEIRA
2009 48% 52%
2008 55% 45%
2007 61% 39%
2006 67% 33%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre

No Estado do Acre todos os municípios encontram-se na faixa de fronteira.


Porém, quando falamos em linha de fronteira, ou seja, em municípios que são
limítrofes com outros países, apenas dezessete estão situados nestas condições,

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


21
sejam eles cidades-gêmeas ou apenas municípios lindeiros. Portanto, devido ao fato
de o município de Rio Branco concentrar 61% das ocorrências e está situado na faixa
de fronteira, isso eleva o percentual relativo do conjunto de municípios que não são
lindeiros, mesmo este conjunto sendo composto por apenas 5 municípios dos 22 que
compõem o Estado do Acre.

Gráfico 12: Homicídios por área dos CPO’s da Ocorrência

Histórico da frequência relativa de vítimas de homicídios dolosos


por Comando de Policiamento Operacional - CPO
2017 65% 25% 10%
2016 66% 20% 14%
2015 71% 18% 11%
2014 72% 17% 10%
2013 67% 18% 15%
2012 59% 28% 13% CPO - I
2011 57% 30% 13%
CPO - II
2010 57% 24% 19%
2009 52% 29% 19% CPO - III
2008 50% 31% 18%
2007 59% 21% 21%
2006 60% 19% 21%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre

Este gráfico possibilita avaliarmos a participação percentual do total de vítimas


de homicídios consumados por área de Comando de Policiamento Operacional (CPO)
da Polícia Militar. A título de informação, a composição do território dos CPO’s, até o
ano de 2015, foi a seguinte:
CPO-I – Rio Branco, Porto Acre e Bujari;
CPO-II – Municípios do Juruá, Purus e do Tarauacá/Envira; e
CPO-III – Senador Guiomard, Acrelândia, Capixaba, Plácido de Castro e todos os
municípios do Alto Acre.
 OBSERVAÇÃO: A redução do percentual relativo de homicídios ocorridos nos
dois últimos anos na área do CPO-I tem como causa a transferência da
Regional Purus, que deixou de integrar, no início do ano de 2016, o CPO-I para
integrar o CPO-II.

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


22
Quadro 3: Histórico de homicídios por
município

DEMONSTRATIVO HISTÓRICO DA FREQUÊNCIA ABSOLUTA DE VÍTIMAS DE HOMICÍDIO POR MUNICÍPIO


2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Total vítimas

Total vítimas

Total vítimas

Total vítimas

Total vítimas

Total vítimas

Total vítimas
Posição

Posição

Posição

Posição

Posição

Posição

Posição
MUNICÍPIO MUNICÍPIO MUNICÍPIO MUNICÍPIO MUNICÍPIO MUNICÍPIO MUNICÍPIO

1º RIO BRANCO 62 1º RIO BRANCO 84 1º RIO BRANCO 108 1º RIO BRANCO 116 1º RIO BRANCO 120 1º RIO BRANCO 226 1º RIO BRANCO 307
2ª CRUZEIRO DO SUL 16 2ª CRUZEIRO DO SUL 19 2ª SENA MADUREIRA 16 2ª TARAUACA 12 2ª TARAUACA 10 2ª CRUZEIRO DO SUL 23 2ª CRUZEIRO DO SUL 47
3ª SENA MADUREIRA 14 3ª TARAUACA 18 3ª FEIJO 10 3ª CRUZEIRO DO SUL 11 3ª CRUZEIRO DO SUL 10 3ª TARAUACA 22 3ª SENA MADUREIRA 22
4ª TARAUACA 11 4ª SENA MADUREIRA 12 4ª TARAUACA 10 4ª SENA MADUREIRA 9 4ª SENADOR GUIOMARD 9 4ª SENADOR GUIOMARD 14 4ª TARAUACA 21
5ª FEIJO 10 5ª EPITACIOLANDIA 6 5ª BRASILEIA 7 5ª PORTO ACRE 8 5ª SENA MADUREIRA 9 5ª FEIJO 9 5ª FEIJO 17
6ª BRASILEIA 7 6ª FEIJO 5 6ª CRUZEIRO DO SUL 7 6ª BRASILEIA 5 6ª BUJARI 7 6ª XAPURI 8 6ª PORTO ACRE 13
7ª XAPURI 3 7ª PLACIDO DE CASTRO 5 7ª EPITACIOLANDIA 5 7ª ACRELANDIA 5 7ª FEIJO 7 7ª SENA MADUREIRA 8 7ª SENADOR GUIOMARD 11
8ª CAPIXABA 2 8ª PORTO ACRE 5 8ª SENADOR GUIOMARD 5 8ª XAPURI 4 8ª CAPIXABA 4 8ª BRASILEIA 7 8ª BRASILEIA 11

9ª MARECHAL THAUMATURGO 2 9ª SENADOR GUIOMARD 5 9ª XAPURI 5 9ª FEIJO 4 9ª MANCIO LIMA 3 9ª ACRELANDIA 6 9ª XAPURI 7

10ª PLACIDO DE CASTRO 2 10ª BRASILEIA 4 10ª BUJARI 3 10ª MANOEL URBANO 4 10ª EPITACIOLANDIA 2 10ª JORDAO 5 10ª EPITACIOLANDIA 7
11ª PORTO ACRE 2 11ª MANOEL URBANO 3 11ª MANOEL URBANO 3 11ª RODRIGUES ALVES 3 11ª JORDAO 2 11ª PORTO ACRE 5 11ª CAPIXABA 6

12ª SENADOR GUIOMARD 2 12ª PORTO WALTER 3 12ª MARECHAL THAUMATURGO 3 12ª SENADOR GUIOMARD 2 12ª PLACIDO DE CASTRO 2 12ª CAPIXABA 5 12ª RODRIGUES ALVES 6

13ª ASSIS BRASIL 1 13ª JORDAO 3 13ª PLACIDO DE CASTRO 3 13ª EPITACIOLANDIA 2 13ª PORTO ACRE 2 13ª PLACIDO DE CASTRO 5 13ª ACRELANDIA 5
14ª EPITACIOLANDIA 1 14ª ACRELANDIA 1 14ª ACRELANDIA 2 14ª PLACIDO DE CASTRO 2 14ª RODRIGUES ALVES 1 14ª BUJARI 4 14ª BUJARI 5
15ª MANCIO LIMA 1 15ª ASSIS BRASIL 1 15ª MANCIO LIMA 2 15ª BUJARI 1 15ª BRASILEIA 1 15ª EPITACIOLANDIA 2 15ª PLACIDO DE CASTRO 4

16ª MANOEL URBANO 1 16ª BUJARI 1 16ª RODRIGUES ALVES 2 16ª MARECHAL THAUMATURGO 1 16ª ACRELANDIA 1 16ª MANCIO LIMA 2 16ª MANCIO LIMA 4

17ª RODRIGUES ALVES 1 17ª CAPIXABA 1 17ª ASSIS BRASIL 1 17ª JORDAO 1 17ª XAPURI 1 17ª ASSIS BRASIL 1 17ª PORTO WALTER 4

18ª ACRELANDIA 0 18ª MANCIO LIMA 1 18ª CAPIXABA 1 18ª MANCIO LIMA 1 18ª MARECHAL THAUMATURGO 1 18ª MARECHAL THAUMATURGO 1 18ª MANOEL URBANO 3

19ª BUJARI 0 19ª RODRIGUES ALVES 1 19ª PORTO ACRE 1 19ª CAPIXABA 0 19ª ASSIS BRASIL 1 19ª RODRIGUES ALVES 1 19ª JORDAO 2
20ª JORDAO 0 20ª XAPURI 1 20ª PORTO WALTER 1 20ª ASSIS BRASIL 0 20ª PORTO WALTER 1 20ª SANTA ROSA 1 20ª ASSIS BRASIL 1

21ª PORTO WALTER 0 21ª MARECHAL THAUMATURGO 21ª SANTA ROSA 1 21ª PORTO WALTER 0 21ª MANOEL URBANO 1 21ª PORTO WALTER 1 21ª MARECHAL THAUMATURGO 0

22ª SANTA ROSA 0 22ª SANTA ROSA 22ª JORDAO 0 22ª SANTA ROSA 0 22ª SANTA ROSA 0 22ª MANOEL URBANO 0 22ª SANTA ROSA 0

TOTAL ESTADO DO ACRE 138 TOTAL ESTADO DO ACRE 179 TOTAL ESTADO DO ACRE 196 TOTAL ESTADO DO ACRE 191 TOTAL ESTADO DO ACRE 195 TOTAL ESTADO DO ACRE 356 TOTAL ESTADO DO ACRE 503

Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


23
Gráfico 13: Frequência relativa de homicídios por Regional da ocorrência
Demonstrativo histórico da frequência relativa de homicídios dolosos
por Regional de Segurança Pública
2017 4,4% 19,7% 10,1% 15,9% 14,5% 5,2%5,2% 12,1% 5,0% 8,0%
2016 3,1% 23,3% 9,3% 14,6% 15,7% 5,1% 8,4% 7,9%2,5% 10,1% 1ª REGIONAL
2015 5,1% 23,1% 11,3% 13,8% 12,8% 2,6% 8,2% 8,2% 5,1% 9,7% 2ª REGIONAL
2014 5,2% 18,3% 11,5% 14,1% 16,2% 5,8%4,7% 8,4% 6,8% 8,9% 3ª REGIONAL
2013 5,1% 14,3% 7,7% 17,9% 12,2% 9,2% 5,6% 7,7% 10,2% 10,2% 4ª REGIONAL
2012 7,3% 11,7% 12,3% 8,4% 10,6% 6,7% 6,7% 13,4% 8,4% 14,5% 5ª REGIONAL
2011 2,9% 15,2% 8,7% 8,7% 10,9% 8,7% 4,3% 14,5% 10,9% 15,2% REGIONAL ALTO ACRE
2010 8,7% 9,8% 8,7% 9,3% 10,9% 6,0% 12,6% 13,7% 9,8% 10,4% REGIONAL BAIXO ACRE
2009 3,2% 10,2% 9,7% 9,7% 11,3% 11,3% 8,1% 22,6% 7,5% 6,5% REGIONAL JURUA
2008 4,1% 13,6% 7,7% 10,7% 9,5% 6,5% 11,8% 19,5% 4,7% 11,8%
REGIONAL PURUS
2007 3,9% 18,1% 10,3% 12,3% 11,0% 10,3% 10,3% 13,5% 3,2%7,1%
REGIONAL TARAUACA/ENVIRA
2006 6,5% 14,9% 10,1% 7,7% 17,9% 8,9% 11,9% 9,5% 3,0% 9,5%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre

Quadro 4: Frequência absoluta de vítimas de homicídios por Regional da ocorrência


Histórico da frequência absoluta de vítimas de homicídios dolosos por Regional de Segurança da Ocorrência

REGIONAIS 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

1ª REGIONAL 11 6 7 6 16 4 13 10 10 10 11 22
2ª REGIONAL 25 28 23 19 18 21 21 28 35 45 83 99
3ª REGIONAL 17 16 13 18 16 12 22 15 22 22 33 51
4ª REGIONAL 13 19 18 18 17 12 15 35 27 27 52 80
5ª REGIONAL 30 17 16 21 20 15 19 24 31 25 56 73
REGIONAL ALTO ACRE 15 16 11 21 11 12 12 18 11 5 18 26
REGIONAL BAIXO ACRE 20 16 20 15 23 6 12 11 9 16 30 26
REGIONAL JURUA 16 21 33 42 25 20 24 15 16 16 28 61
REGIONAL PURUS 5 5 8 14 18 15 15 20 13 10 9 25
REGIONAL TARAUACA/ENVIRA 16 11 20 12 19 21 26 20 17 19 36 40
Total Estado 168 155 169 186 183 138 179 196 191 195 356 503

Repetindo o que ocorreu em 2015 e 2016, a maior concentração de vítimas


de homicídios ocorridos em 2017 se deu na área da 2ª Regional de Segurança
Pública, com 19,7% do total de vítimas do Estado.

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


24
Gráfico 14: Histórico de vítimas de homicídios dolosos
ocorridos em Rio Branco
Histórico de vítimas de homicídios dolosos ocorridos em Rio Branco

307

226

116 120
108
89 82 78 84
68 73 63
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017
Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre

Gráfico 15: Histórico de vítimas de homicídios Gráfico 16: Histórico de vítimas de homicídios
ocorridos na área da 1ª Regional ocorridos na área da 2ª Regional
Histórico de vítimas de homicídios dolosos ocorridos na área da 1ª Regional Histórico de vítimas de homicídios dolosos ocorridos na área da 2ª Regional
de Segurança Pública (Capital) de Segurança Pública (Capital)

22
99
83
16
13
11 11
10 10 10 45
7 35
6 6 25 28 28
23 19 21 21
4 18
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre

Gráfico 17: Histórico de vítimas de homicídios Gráfico 18: Histórico de vítimas de homicídios
ocorridos na área da 3ª Regional ocorridos na área da 4ª Regional
Histórico de vítimas de homicídios dolosos ocorridos na área da 3ª Regional Histórico de vítimas de homicídios dolosos ocorridos na área da 4ª Regional
de Segurança Pública (Capital) de Segurança Pública (Capital)

80
51

33 52

22 22 22 35
17 16 18 16 27 27
13 13 15
19 18 18 17
13 12 15
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre

Gráfico 19: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos na área da 5ª Regional


Histórico de vítimas de homicídios dolosos ocorridos na área da 5ª Regional
de Segurança Pública (Capital)

73

56

30 31
24 25
21 20 19
17 16 15
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


25
Gráfico 20: Histórico de vítimas de homicídios dolosos ocorridos na Regional Alto Acre
Histórico de vítimas de homicídios dolosos ocorridos na área da Regional de
Segurança Pública do Alto Acre (Interior)

26

21
18 18
15 16

11 12 12 12 11

5
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017
Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre

Gráfico 21: Histórico de vítimas de homicídios Gráfico 22: Histórico de vítimas de homicídios
ocorridos em Assis Brasil ocorridos em Brasileia
Histórico de vítimas de homicídios dolosos em Assis Histórico de vítimas de homicídios dolosos em
Brasil/AC Brasiléia/AC

11
2
8
7 7 7
1 1 1 1 1 1 1 5 5
4

1
0
2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017
Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre

Gráfico 23: Histórico de vítimas de homicídios Gráfico 24: Histórico de vítimas de homicídios
ocorridos em Epitaciolândia ocorridos em Xapuri
Histórico de vítimas de homicídios dolosos em Histórico de vítimas de homicídios dolosos no
Epitaciolândia/AC Xapuri/AC

7
8
6
7
5 5 6
4 5
4
3
2 2 2
2
1 1 1
2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


26
Gráfico 25: Histórico de vítimas de homicídios dolosos ocorridos na Regional Baixo Acre
Histórico de vítimas de homicídios dolosos ocorridos na área da Regional de
Segurança Pública do Baixo Acre (Interior)

30
26
23
20 20
16 15 16
12 11
9
6
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017
Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre

Gráfico 26: Histórico de vítimas de homicídios Gráfico 27: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos
ocorridos em Acrelândia em Capixaba
Histórico de vítimas de homicídios dolosos em Histórico de vítimas de homicídios dolosos em
Acrelândia/AC Capixaba/AC

6 6
5 5 5 5
4 4 4

2 2
1 1 1 1 1
0 0
2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017
Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre

Gráfico 28: Histórico de vítimas de homicídios Gráfico 29: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos
ocorridos em Plácido de Castro em Senador Guiomard
Histórico de vítimas de homicídios dolosos em Histórico de vítimas de homicídios dolosos em
Plácido de Castro/AC Senador Guiomard/AC

8 14
11
5 5 5 9
4
3 6
5 5 5
2 2 2
2 2
2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


27
Gráfico 30: Histórico de vítimas de homicídios dolosos ocorridos
na Regional Juruá
Histórico de vítimas de homicídios dolosos ocorridos na área da Regional de
Segurança Pública do Juruá (Interior)

61

42
33
28
25 24
21 20
16 15 16 16
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017
Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre

Gráfico 31: Histórico de vítimas de homicídios Gráfico 32: Histórico de vítimas de homicídios
ocorridos em Cruzeiro do Sul ocorridos em Marechal Thaumaturgo
Histórico de vítimas de homicídios dolosos em Histórico de vítimas de homicídios dolosos em
Cruzeiro do Sul/AC Marechal Thaumaturgo/AC
47
3

27 2
21 23
19
16
11 10 1 1 1 1
7

0 0 0
2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017
Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre
Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre

Gráfico 33: Histórico de vítimas de homicídios Gráfico 34: Histórico de vítimas de homicídios
ocorridos em Mâncio Lima ocorridos em Porto Walter
Histórico de vítimas de homicídios dolosos em Histórico de vítimas de homicídios dolosos em Porto
Mâncio Lima/AC Walter/AC

7 4 4

4
3
2 2 1 1 1 1
1 1 1
0 0
0
2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017
2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre
Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre

Gráfico 35: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos em Rodrigues Alves


Histórico de vítimas de homicídios dolosos em
Rodrigues Alves/AC

3 3 3
2
1 1 1 1
2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


28
Gráfico 36: Histórico de vítimas de homicídios dolosos ocorridos na Regional Purus
Histórico de vítimas de homicídios dolosos ocorridos na área da Regional de
Segurança Pública do Purus (Interior)

25

20
18
14 15 15
13
10 9
8
5 5
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017
Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre

Gráfico 37: Histórico de vítimas de homicídios Gráfico 38: Histórico de vítimas de homicídios
ocorridos em Manoel Urbano ocorridos em Santa Rosa
Histórico de vítimas de homicídios dolosos em Histórico de vítimas de homicídios dolosos em Santa
Manoel Urbano/AC Rosa/AC

4 4 1 1 1 1

3 3 3

1 1

0 0 0 0 0 0
2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017
2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre

Gráfico 39: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos em Sena Madureira

Histórico de vítimas de homicídios dolosos em Sena


Madureira/AC

22

15 16
14
12
9 9 9 8
2009

2012

2013

2014

2015

2016
2010

2011

2017

Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


29
Gráfico 40: Histórico de vítimas de homicídios dolosos ocorridos na
Regional Tarauacá/Envira
Histórico de vítimas de homicídios dolosos ocorridos na área da Regional de
Segurança Pública do Tarauacá/Envira (Interior)

40
36

26
20 21 20
19 19
16 17
11 12
2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017
Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre

Gráfico 41: Histórico de vítimas de homicídios Gráfico 42: Histórico de vítimas de homicídios
ocorridos em Feijó ocorridos em Jordão
Histórico de vítimas de homicídios dolosos em Histórico de vítimas de homicídios dolosos em
Feijó/AC Jordão/AC
17
5

10 10
9 9 3
7 7
2 2 2
5
4
1
0 0 0
2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017
Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre

Gráfico 43: Histórico de vítimas de homicídios ocorridos em Tarauacá

Histórico de vítimas de homicídios dolosos em


Tarauacá/AC

22 21
18

11 12
10 10 10

3
2009

2012

2013

2014

2015

2016
2010

2011

2017

Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


30
Quadro 5: Homicídio por tipo de local da ocorrência
FREQUÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA DE VÍTIMAS DE HOMICÍDIOS DOLOSOS POR TIPO DE LOCAL DAS
OCORRÊNCIAS DOS RESPECTIVOS ANOS

TIPO DE LOCAL 2013 2014 2015 2016 2017


VIA PUBLICA 102 (52,0%) 88 (46,1%) 93 (47,7%) 152 (42,8%) 257 (51,1%)
RESIDENCIA 32 (16,3%) 42 (22,0%) 39 (20,0%) 90 (25,4%) 109 (21,7%)
RAMAL/ESTRADA/RODOVIA 16 (8,1%) 23 (12%) 12 (5,6%) 26 (7,3%) 31 (6,2%)
COLONIA/SERINGAL/FAZENDA/CHAC
ARA/COMUNIDADE
RURAL/COLOCACAO/SÍTIO/ÁREA DE 26 (13,3%) 19 (9,9%) 30 (15,4%) 46 (13,0%) 23 (4,6%)
FLORESTA/PROJETO DE
ASSENTAMENTO/ALDEIA INDÍGENA
COMERCIO 2 (1,0%) 2 (1,0%) 1 (0,5%) 7 (2,0%) 22 (4,4%)
IGARAPE 0 (0,0%) 0 (0,0%) 1 (0,5%) 1 (0,3%) 14 (2,8%)
BAR 2 (1,0%) 4 (2,1%) 6 (3,1%) 7 (2,0%) 11 (2,2%)
UNIDADE DE RECUPERÇÃO
SOCIAL/INSTITUTO SOCIOEDUCATIVO
2 (1,0%) 1 (0,5%) 3 (1,5%) 10 (2,8%) 10 (2,0%)

TERRENO BALDIO 6 (3,1%) 3 (1,6%) 3 (1,5%) 5 (1,4%) 7 (1,4%)


RIO 2 (1,0%) 3 (1,6%) 0 (0,0%) 3 (0,8%) 4 (0,8%)
QUADRA DE ESPORTES 0 (0,0%) 1 (0,5%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 3 (0,6%)
POSTO DE COMBUSTIVEL 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 2 (0,6%) 2 (0,4%)
PRACA PUBLICA 1 (0,5%) 1 (0,5%) 1 (0,5%) 0 (0,0%) 2 (0,4%)
CLUBE 0 (0,0%) 0 (0,0%) 2 (1,0%) 0 (0,0%) 2 (0,4%)
ORGAO PÚBLICO 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 1 (0,3%) 1 (0,2%)
PONTE 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 1 (0,2%)
ESCOLA 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 1 (0,2%)
MERCADO PUBLICO 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 1 (0,2%)
HOTEL 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 1 (0,2%)
AEROPORTO 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 1 (0,2%)
PRAIA 1 (0,5%) 1 (0,5%) 0 (0,0%) 2 (0,6%) (0,0%)
CASA NOTURNA 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 1 (0,3%) (0,0%)
PORTO 1 (0,5%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 1 (0,3%) (0,0%)
BALNEARIO 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 1 (0,3%) (0,0%)
ESTACIONAMENTO 0 (0,0%) 1 (0,5%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) (0,0%)
UNIVERSIDADE 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) (0,0%)
BARRANCO DE RIO 0 (0,0%) 0 (0,0%) 1 (0,5%) 0 (0,0%) (0,0%)
TERMINAL URBANO 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) (0,0%)
CERAMICA 1 (0,5%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) (0,0%)
PARQUE 0 (0,0%) 0 (0,0%) 1 (0,5%) 0 (0,0%) (0,0%)
POSTO DE LAVAGEM 0 (0,0%) 0 (0,0%) 1 (0,5%) 0 (0,0%) (0,0%)
CONDOMINIO RESIDENCIAL 0 (0,0%) 1 (0,5%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) (0,0%)
TERMINAL RODOVIARIO 1 (0,5%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) (0,0%)
DELEGACIA DE POLÍCIA 1 (0,5%) 0 (0,0%) 1 (0,5%) 0 (0,0%) (0,0%)
EMBARCACAO 0 (0,0%) 1 (0,5%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) (0,0%)
CASA LOTERICA 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) 0 (0,0%) (0,0%)
Total Geral 196 (100,0%) 191 (100,0%) 195 (100,0%) 355 (100,0%) 503 (100,0%)
Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


31
Quadro 6: Homicídio por Regional e Município

DISTRIBUIÇÃO HISTÓRICA DE HOMICÍDIOS DOLOSOS POR REGIONAL E MUNICÍPIO DA OCORRÊNCIA

REGIONAIS DE SEGURANÇA MUNICÍPIO 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
1ª REGIONAL RIO BRANCO 4 13 10 10 10 11 22
2ª REGIONAL RIO BRANCO 21 21 28 35 45 83 100
3ª REGIONAL RIO BRANCO 13 22 15 22 22 33 51
RIO BRANCO 12 14 32 26 20 48 78
4ª REGIONAL
BUJARI 0 1 3 1 7 4 5
RIO BRANCO 13 14 23 23 23 51 56
5ª REGIONAL
PORTO ACRE 2 5 1 8 2 5 13
REGIONAIS CAPITAL Total 65 90 112 125 129 235 325
XAPURI 3 1 5 4 1 8 7
BRASILEIA 7 4 7 5 1 7 11
REGIONAL ALTO ACRE
EPITACIOLANDIA 1 6 5 2 2 2 7
ASSIS BRASIL 1 1 1 0 1 1 1
REGIONAL ALTO ACRE Total 12 12 18 11 5 18 26
SENADOR GUIOMARD 2 5 5 2 9 14 11
ACRELANDIA 0 1 2 5 1 6 5
REGIONAL BAIXO ACRE
PLACIDO DE CASTRO 2 5 3 2 2 5 4
CAPIXABA 2 1 1 0 4 5 6
REGIONAL BAIXO ACRE Total 6 12 11 9 16 30 26
CRUZEIRO DO SUL 16 19 7 11 10 23 47
MANCIO LIMA 1 1 2 1 3 2 4
REGIONAL JURUA PORTO WALTER 0 3 1 0 1 1 4
RODRIGUES ALVES 1 1 2 3 1 1 6
MARECHAL THAUMATURGO 2 0 3 1 1 1 0
REGIONAL JURUA Total 20 24 15 16 16 28 61
SENA MADUREIRA 14 12 16 9 9 8 22
REGIONAL PURUS SANTA ROSA 0 0 1 0 0 1 0
MANOEL URBANO 1 3 3 4 1 0 3
REGIONAL PURUS Total 15 15 20 13 10 9 25
TARAUACA 11 18 10 12 10 22 21
REGIONAL TARAUACA/ENVIRA FEIJO 10 5 10 4 7 9 17
JORDAO 0 3 0 1 2 5 2
REGIONAL TARAUACA/ENVIRA Total 21 26 20 17 19 36 40
Total Geral 139 179 196 191 195 356 503
Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre
OBSERVAÇÃO: As vítimas de homicidios ocorridos nos municípios do Bujari e Porto Acre são incluídos, respectivamente, na
4ª e 5ª Regionais da capital.

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


32
Quadro 7: Homicídio por Regional e Bairro da Capital
DISTRIBUIÇÃO DE VÍTIMAS DE HOMICÍDIOS DOLOSOS POR REGIONAL E BAIRRO/CONJUNTO DE OCORRÊNCIA
DOS RESPECTIVOS ANOS
REGIONAL
BAIRRO (OCORRENCIA) 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Total geral
DA AREA
BOSQUE 0 1 0 0 2 0 8 11
CADEIA VELHA 1 2 2 2 0 1 6 14
DOM GIOCONDO 0 0 1 0 0 1 3 5
CENTRO 1 3 2 0 0 3 1 10
BAIXA DA HABITASA 0 0 1 0 1 1 1 4
ADALBERTO ARAGAO 0 0 0 1 0 1 1 3
MORADA DO SOL 0 0 0 2 0 0 1 3
TROPICAL 0 1 0 0 1 0 1 3
AVIARIO 0 0 0 0 0 2 2
1ª REGIONAL PAPOCO 2 2 0 2 0 1 7
IPASE 0 0 0 0 1 1 2
CONJ SÃO FRANCISCO 0 0 0 1 0 0 1
JOSE AUGUSTO 0 0 0 0 1 0 1
BAIXA DA COLINA 0 0 1 1 2 0 4
BAIXA DA CADEIA VELHA 0 1 1 0 0 0 2
BASE 0 2 2 0 0 0 4
VILA IVONETE/PROCON/SOLAR 0 1 0 0 0 0 1
CAPOEIRA 0 0 0 1 0 0 1
CASA NOVA 0 0 0 0 2 0 2
1ª REGIONAL Total 4 13 10 10 10 11 22 80

REGIONAL
BAIRRO (OCORRENCIA) 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Total geral
DA AREA
BELO JARDIM I E II 4 0 4 5 4 13 17 47
6 DE AGOSTO 2 3 4 4 1 2 15 31
VILA ACRE 2 0 3 1 3 11 10 30
CIDADE DO POVO 0 0 0 0 2 11 10 23
TAQUARI 1 5 4 8 7 9 9 43
LOTEAMENTO AMAPA 2 2 0 0 5 4 5 18
CIDADE NOVA 0 2 3 3 2 3 5 18
RECANTO DOS BURITIS 2 1 3 5 5 3 5 24
LOTEAMENTO ROSALINDA 0 0 1 1 0 2 5 9
CANAA 0 0 0 0 0 1 5 6
TRIANGULO NOVO 0 1 2 0 1 5 4 13
SANTA INES 3 0 0 2 3 5 2 15
TRIANGULO VELHO 0 1 0 0 0 0 2 3
2ª REGIONAL AREIAL 0 0 1 2 0 4 1 8
ZONA RURAL SUL 1 2 1 1 3 3 1 12
SANTA CECILIA 0 0 0 0 1 0 1 2
VILA SANTA MARIA 0 2 0 0 0 0 1 3
VILA ALBERT SAMPAIO 1 1
LOTEAMENTO SANTO AFONSO 1 1
LOTEAMENTO FARHAT 0 0 0 0 0 2 2
SANTA MARIA 1 0 0 0 3 2 6
BENFICA 0 0 0 0 1 1 2
QUINZE 0 0 1 0 2 1 4
COMARA 3 0 0 0 1 1 5
LOTEAMENTO SANTA HELENA 0 0 0 1 1 0 2
AMAPA 0 1 0 2 0 0 3
CORRENTE 0 1 1 0 0 0 2
2ª REGIONAL Total 21 21 28 35 45 83 100 333

Continua...

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


33
REGIONAL
BAIRRO (OCORRENCIA) 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Total geral
DA AREA
AYRTON SENNA 1 4 1 4 3 2 9 24
ZONA RURAL OESTE (Transacreana) 2 4 3 4 6 8 7 34
BAHIA NOVA E VELHA 1 3 1 3 0 3 6 17
JOAO EDUARDO I E II 2 1 1 2 2 4 5 17
SOBRAL 2 3 0 1 2 3 4 15
PLACIDO DE CASTRO 1 0 1 0 2 1 4 9
BOA VISTA 2 0 0 2 0 1 4 9
VOLTA SECA 3 3
GLORIA 0 0 0 0 1 0 3 4
3ª REGIONAL
AEROPORTO VELHO 0 1 1 1 3 2 2 10
BOA UNIAO 1 0 3 2 1 4 1 12
PISTA 0 1 0 0 0 2 1 4
PALHEIRAL 1 0 1 1 0 1 1 5
CABREUVA 0 0 1 0 0 1 1 3
PREVENTORIO 0 3 0 1 1 1 6
JOAO PAULO II 0 2 1 0 0 0 3
FLORESTA SUL 0 0 1 1 0 0 2
CONJ CARANDA 0 0 0 0 1 0 1
3ª REGIONAL Total 13 22 15 22 22 33 51 178

REGIONAL
BAIRRO (OCORRENCIA) 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Total geral
DA AREA
MOCINHA MAGALHAES 0 1 2 1 0 0 14 18
CALAFATE 0 4 5 3 1 4 6 23
NOVA ESTACAO 0 0 1 0 0 1 6 8
CONJ ESPERANCA 1 0 2 0 1 4 5 13
FLORESTA SUL 0 0 0 2 0 1 5 8
DISTRITO INDUSTRIAL (INCLUÍDOS OS DA URS-
3 0 1 3 4 10 5 26
FOC)
PORTAL DA AMAZONIA 0 0 2 0 0 1 4 7
ILSON RIBEIRO 0 2 3 2 1 1 4 13
HABITAR BRASIL 0 0 1 0 0 0 4 5
CONQUISTA 1 1 2 2 1 5 4 16
VILA CUSTODIO FREIRE 0 0 1 0 1 0 3 5
MANOEL JULIAO 0 0 0 0 1 0 3 4
NOVO HORIZONTE 0 0 0 0 0 2 2 4
CHACARA IPÊ 2 2
ESTACAO EXPERIMENTAL 2 0 1 1 1 2 1 8
LAELIA ALCANTARA 0 0 2 0 0 1 1 4
MAURO BITTAR/LBA/VILA BETEL 1 0 1 0 0 1 1 4
CONJ AROEIRA 0 0 1 0 0 1 1 3
CONJ JEQUITIBA 0 0 0 1 0 0 1 2
RUI LINO 0 0 0 0 1 0 1 2
4ª REGIONAL IVETE VARGAS 0 1 0 0 0 0 1 2
DOCA FURTADO 0 0 1 0 1 0 1 3
JARDIM DE ALAH 1 1
TUCUMA I E II 0 1 0 1 0 0 1 3
CONJ UNIVERSITARIO I, II E III 1 1 0 0 1 0 1 4
NOVA ESPERANCA 0 1 2 1 0 4 8
NOVO CALAFATE 0 0 0 1 0 3 4
PAZ 2 1 0 2 4 2 11
ABRAAO ALAB 0 0 1 1 0 1 3
PEDRO ROSENO 0 0 0 0 1 1 2
POLO AGROFLORESTAL GERALDO MESQUITA 0 0 0 0 0 1 1
ZONA RURAL NORTE 1 0 0 0 0 1 2
ISAURA PARENTE 0 0 0 0 0 1 1
GERALDO FLEMING 0 0 1 0 0 0 1
7º BEC 0 0 0 0 0 0 0
CONJ NOVA MORADA 0 0 0 0 1 0 1
PRIMAVERA 0 1 0 1 0 0 2
PARQUE DAS PALMEIRAS 0 0 0 1 0 0 1
CONJ TANGARA 0 0 0 0 0 0 0
RESIDENCIAL JOSE FURTADO 0 0 0 1 0 0 1
WALDEMAR MACIEL 0 0 1 1 0 0 2
CONJ BELA VISTA 0 0 1 1 0 0 2
4ª REGIONAL Total 12 14 32 26 20 48 78 230

Continua...

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


34
REGIONAL
BAIRRO (OCORRENCIA) 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Total geral
DA AREA
TANCREDO NEVES 0 1 1 4 1 5 7 19
JARDIM ELDORADO 1 1 2 1 2 8 6 21
MONTANHES 4 4 0 2 3 3 5 21
VITORIA 0 4 4 2 1 2 5 18
ZONA RURAL LESTE 0 0 0 0 1 4 4 9
JORGE LAVOCAT/CALADINHO 1 0 2 1 2 4 4 14
SÃO FRANCISCO 0 0 1 3 0 3 4 11
JARBAS PASSARINHO/APOLONIO SALES 0 0 0 0 0 1 4 5
CHICO MENDES 2 0 3 1 1 4 3 14
ALTO ALEGRE 2 1 4 1 0 2 3 13
WANDERLEY DANTAS 0 0 0 1 0 0 3 4
DEFESA CIVIL 0 0 2 4 2 1 2 11
ZONA RURAL NORTE 0 1 0 1 3 3 1 9
PLACAS 0 1 2 0 1 2 1 7
5ª REGIONAL OSCAR PASSOS 0 0 0 0 0 1 1 2
LOTEAMENTO SANTA LUZIA 1 0 0 0 1 1 1 4
VILA NOVA 0 0 0 0 1 0 1 2
RESIDENCIAL ANDIRA 1 1
IRINEU SERRA 0 0 0 0 0 4 4
RESIDENCIAL SANTA CRUZ 0 0 0 0 0 2 2
INVASAO DO PANORAMA 0 0 0 0 1 1 2
PANORAMA 0 0 0 0 1 0 1
LOTEAMENTO ALTAMIRA 0 0 0 0 1 0 1
RAIMUNDO MELO 0 1 0 0 1 0 2
LOTEAMENTO JAGUAR 0 0 1 0 0 0 1
CONJ XAVIER MAIA 1 0 0 1 0 0 2
LOTEAMENTO JARDIM SÃO FRANCISCO 0 0 0 1 0 0 1
PARQUE DOS SABIAS 1 0 0 0 0 0 1
ADALBERTO SENA 0 0 1 0 0 0 1
5ª REGIONAL Total 13 14 23 23 23 51 56 203

Total Rio Branco 63 84 108 116 120 226 307 1024

Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


35
Figura 1: Mapa de pontos referente aos homicídios ocorridos em Rio Branco em 2016 e 2017 com características de execução

Fonte: Assessoria de Inteligência e Análise Criminal da Polícia Militar.


RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE
36
Figura 2: Mapa de Kernel referente aos homicídios ocorridos em Rio Branco em 2016 e 2017 com características de execução

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


37
2.2.2. Quando?

Gráfico 44: Comparativo mensal de Homicídios – 2016 e 2017

Frequência absoluta mensal de homicídios dolosos ocorridos no


Estado do Acre nos respectivos anos
2016 (356) 2017 (503)

70

51 52
49
47
44 45 45
43
40
37 38
34
30 30
27 26 27
23 23 23
18 18 19

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre

Gráfico 45: Homicídios por semestre

Histórico da frequência relativa de vítimas de homicídios dolosos -


Por Semestre
2017 46,7% 53,3%
2016 36,9% 63,1%
2015 47,2% 52,8%
2014 55,5% 44,5%
2013 55,6% 44,4%
2012 51,4% 48,6%
2011 44,9% 55,1% 1º SEMESTRE
2010 53,6% 46,4% 2º SEMESTRE
2009 47,8% 52,2%
2008 58,0% 42,0%
2007 46,5% 53,5%
2006 47,0% 53,0%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


38
Gráfico 46: Homicídios por quinzena do mês

Histórico da frequência relativa de vítimas de homicídios dolosos -


Por quinzena do mês
2017 51,1% 48,9%
2016 51,8% 48,2%
2015 52,3% 47,7%
2014 46,6% 53,4%
2013 49,0% 51,0%
2012 45,8% 54,2%
2011 47,8% 52,2% 1ª QUINZENA
2010 49,2% 50,8% 2ª QUINZENA
2009 53,8% 46,2%
2008 52,7% 47,3%
2007 41,3% 58,7%
2006 56,0% 44,0%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre

Gráfico 47: Homicídios por dia da semana (Versão 01)


Histórico da frequência relativa de vítimas de
homicídios dolosos - Por dia da semana da ocorrência
35,0%

30,0%

25,0%
Título do Eixo

20,0%

15,0%

10,0%

5,0%

0,0%
dom seg ter qua qui sex sáb
2006 29,2% 13,1% 9,5% 7,1% 10,1% 9,5% 21,4%
2007 25,8% 16,8% 5,8% 11,6% 10,3% 7,1% 22,6%
2008 31,4% 13,6% 11,8% 7,1% 10,7% 9,5% 16,0%
2009 30,1% 14,5% 11,3% 5,4% 7,5% 11,8% 19,4%
2010 24,6% 13,7% 9,3% 9,8% 10,4% 16,4% 15,8%
2011 29,0% 9,4% 8,0% 10,1% 12,3% 13,0% 18,1%
2012 23,5% 13,4% 10,6% 7,8% 13,4% 11,7% 19,6%
2013 29,6% 10,2% 8,2% 12,2% 7,1% 12,2% 20,4%
2014 27,2% 12,6% 10,5% 8,9% 11,5% 12,0% 17,3%
2015 28,2% 17,4% 8,7% 7,2% 10,8% 12,8% 14,9%
2016 18,6% 14,1% 13,0% 10,7% 15,2% 12,1% 16,3%
2017 17,3% 15,7% 12,3% 14,9% 11,9% 10,1% 17,7%

Fonte: Observatóri o de Anál i se Cri mi nal do Núcl eo de Apoi o Técni co do Mi ni stéri o Públ ico do Acre

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


39
Gráfico 48: Homicídios por dia da semana (Versão 02)
Histórico da frequência relativa de vítimas de homicídios dolosos - Por dia da
semana da ocorrência

2017 17,3% 15,7% 12,3% 14,9% 11,9% 10,1% 17,7%


2016 18,6% 14,1% 13,0% 10,7% 15,2% 12,1% 16,3%
2015 28,2% 17,4% 8,7% 7,2% 10,8% 12,8% 14,9%
2014 27,2% 12,6% 10,5% 8,9% 11,5% 12,0% 17,3% dom
2013 29,6% 10,2% 8,2% 12,2% 7,1% 12,2% 20,4% seg
2012 23,5% 13,4% 10,6% 7,8% 13,4% 11,7% 19,6% ter
2011 29,0% 9,4% 8,0% 10,1% 12,3% 13,0% 18,1% qua
2010 24,6% 13,7% 9,3% 9,8% 10,4% 16,4% 15,8%
qui
2009 30,1% 14,5% 11,3% 5,4% 7,5% 11,8% 19,4%
sex
2008 31,4% 13,6% 11,8% 7,1% 10,7% 9,5% 16,0%
sáb
2007 25,8% 16,8% 5,8% 11,6% 10,3% 7,1% 22,6%
2006 29,2% 13,1% 9,5% 7,1% 10,1% 9,5% 21,4%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Fonte: Bancos de dados do Sistema Integrado de Segurança Pública - Polícia Civil e Polícia Militar

Gráfico 49: Homicídios por hora inteira da ocorrência


Histórico da frequência relativa de vítimas de homicídios dolosos - Por hora da ocorrência

18%

16%

14%

12%
Título do Eixo

10%

8%

6%

4%

2%

0%
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
2006 5% 8% 5% 4% 4% 1% 3% 1% 1% 1% 3% 4% 2% 2% 2% 6% 5% 8% 4% 6% 6% 5% 8% 7%
2007 2% 1% 5% 8% 1% 1% 2% 1% 1% 3% 3% 1% 3% 3% 2% 6% 3% 5% 8% 8% 10% 12% 8% 5%
2008 3% 5% 3% 7% 1% 1% 2% 1% 2% 2% 1% 2% 5% 4% 4% 5% 4% 1% 9% 8% 11% 6% 8% 7%
2009 3% 5% 5% 8% 2% 4% 0% 2% 1% 4% 3% 2% 2% 3% 3% 2% 6% 4% 5% 8% 5% 8% 6% 9%
2010 2% 3% 1% 5% 2% 3% 2% 1% 3% 3% 1% 2% 3% 2% 1% 4% 4% 6% 5% 7% 17% 11% 7% 5%
2011 2% 3% 8% 4% 5% 1% 2% 1% 1% 1% 4% 1% 3% 1% 4% 4% 4% 8% 7% 4% 14% 7% 7% 6%
2012 3% 6% 3% 5% 1% 5% 3% 1% 3% 2% 5% 2% 4% 3% 1% 2% 4% 3% 6% 6% 7% 8% 10% 8%
2013 2% 6% 6% 3% 3% 1% 2% 1% 4% 3% 4% 1% 4% 1% 2% 3% 3% 7% 4% 9% 10% 7% 7% 11%
2014 3% 1% 4% 4% 4% 3% 2% 1% 1% 2% 4% 3% 3% 3% 3% 2% 3% 5% 9% 12% 8% 8% 8% 6%
2015 3% 5% 5% 4% 1% 1% 3% 3% 2% 3% 2% 3% 3% 3% 3% 2% 5% 4% 8% 7% 9% 10% 8% 7%
2016 7% 5% 3% 6% 2% 3% 2% 1% 2% 3% 3% 3% 2% 3% 2% 3% 4% 5% 4% 8% 9% 7% 10% 5%
2017 1% 3% 2% 3% 2% 2% 3% 3% 3% 2% 4% 2% 2% 4% 4% 5% 5% 5% 3% 5% 9% 13% 8% 6%

Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


40
Gráfico 50: Homicídios por período do dia
Histórico da frequência relativa de vítimas de homicídios dolosos -
Por período do dia
60%

50%

40%
Título do Eixo

30%

20%

10%

0%
MADRUGADA MANHA TARDE NOITE
2006 26% 13% 26% 36%
2007 18% 10% 21% 51%
2008 20% 9% 22% 49%
2009 26% 11% 21% 42%
2010 16% 10% 21% 52%
2011 23% 9% 24% 44%
2012 23% 16% 18% 44%
2013 21% 14% 17% 48%
2014 18% 13% 18% 51%
2015 18% 14% 18% 49%
2016 25% 14% 18% 43%
2017 13% 18% 25% 44%

Fonte: Observatóri o de Anál i se Cri mi nal do Núcl eo de Apoi o Técni co do Mi ni stéri o Públ ico do Acre

2.2.3. Quem?

2.2.3.1. Perfil da Vítima de homicídio consumado

Gráfico 51: Homicídios por faixa etária da vítima


Histórico da frequência relativa de homicídios dolosos - faixa etária da vítima
30%

25%

20%

15%

10%

5%

0%
70 OU
0A4 5A9 10 A 14 15 A 19 20 A 24 25 A29 30 A 34 35 A 39 40 A 44 45 A 49 50 A 54 55 A 59 60 A 64 65 A 69
MAIS
2011 0% 0% 1% 14% 17% 18% 16% 14% 7% 5% 1% 4% 1% 1% 1%
2012 1% 1% 2% 15% 20% 17% 21% 8% 5% 4% 5% 1% 1% 0% 1%
2013 1% 1% 2% 15% 23% 20% 12% 11% 6% 4% 3% 1% 1% 1% 0%
2014 0% 0% 2% 16% 19% 19% 16% 12% 6% 4% 2% 3% 1% 0% 1%
2015 1% 0% 1% 13% 19% 20% 15% 9% 10% 2% 3% 3% 3% 0% 2%
2016 0% 0% 2% 21% 17% 19% 14% 9% 8% 3% 3% 1% 1% 1% 1%
2017 1% 0% 2% 21% 24% 17% 12% 10% 5% 3% 2% 2% 1% 0% 0%

Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre

A grande maioria das vítimas se concentra na faixa de idade de 15 a 29 anos.


Em 2017, 62% das vítimas encontravam-se nessa faixa etária.
RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE
41
Gráfico 52: Frequência relativa de vítimas maiores e menores de idade

Histórico da frequência relativa de vítimas de homicídios dolosos -


Vítimas maiores e menores

2017 88% 12%

2016 86% 14%

2015 92% 8%

2014 93% 7%
Vítimas maiores
2013 91% 9%
Vítimas menores
2012 94% 6%

2011 94% 6%

2010 90% 10%

0% 20% 40% 60% 80% 100%


Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre

Gráfico 53: Homicídios por sexo da vítima


Histórico da frequência relativa de homicídios dolosos - Por sexo da vítima

2017 93% 7%
2016 93% 7%
2015 90% 10%
2014 91% 9%
2013 89% 11%
2012 90% 10% MASCULINO
2011 87% 13%
FEMININO
2010 91% 9%
2009 87% 13%
2008 89% 11%
2007 88% 12%
2006 90% 10%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


42
2.2.3.2. Perfil do autor de homicídio consumado
Gráfico 54: Homicídios por faixa etária do autor
Histórico da frequência relativa de homicídios dolosos - faixa etária do autor
45%

40%

35%

30%

25%

20%

15%

10%

5%

0%
10 A 14 15 A 19 20 A 24 25 A29 30 A 34 35 A 39 40 A 44 45 A 49 50 A 54 55 A 59 60 A 64 65 A 69 70 OU MAIS
2011 1% 30% 17% 20% 12% 11% 4% 1% 1% 1% 1% 0% 0%
2012 2% 27% 28% 20% 8% 8% 3% 2% 0% 1% 0% 0% 0%
2013 1% 29% 22% 18% 15% 8% 3% 1% 1% 0% 1% 0% 2%
2014 3% 26% 29% 21% 9% 5% 3% 3% 0% 0% 1% 0% 0%
2015 1% 21% 22% 25% 10% 10% 6% 1% 1% 1% 2% 0% 1%
2016 0% 24% 23% 18% 9% 15% 4% 3% 2% 1% 1% 0% 0%
2017 2% 39% 20% 13% 14% 4% 3% 0% 1% 1% 0% 0% 0%

Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre

Gráfico 55: Frequência relativa de autores maiores e menores de idade

Histórico da frequência relativa da menoridade ou maioridade dos


autores de homicídios dolosos
Autores, coautores e partícepes maiores Autores, coautores e partícipes menores

2017 75% 25%

2016 90% 10%

2015 94% 6%

2014 94% 6%

2013 91% 9%

2012 93% 7%

2011 92% 8%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre
OBSERVAÇÃO: O percentual foi calculado baseado na idade dos autores, coautores e partícepes identificados em investigações policiais.

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


43
Gráfico 56: Homicídios por sexo do autor
Histórico da frequência relativa de homicídios dolosos - Por sexo
do Autores, coautores e partícipes

2017 93% 7%

2016 95% 5%

2015 94% 6%

2014 98% 2% MASCULINO


2013 95% 5% FEMININO

2012 95% 5%

2011 95% 5%

0% 20% 40% 60% 80% 100%


Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre

Quadro 8: Frequência relativa da escolaridade do Reeducando que ingressou na URS-FOC pela prática
de homicídio
Frequência relativa de reeducandos autores de homicídios que ingressaram no presídio Francisco de Oliveira Conde nos
respectivos anos - Por nível de escolaridade declarada pelo reeducando

Nível de escolaridade declarado pelo reeducando 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Ensino Fundamental incompleto 59,2% 49,6% 57,7% 54,8% 62,3% 64,5% 64,0%
Ensino Fundamental completo 5,3% 11,5% 8,5% 5,2% 7,5% 7,5% 12,0%
Ensino médio incompleto 5,9% 9,9% 7,5% 6,5% 5,7% 8,9% 8,5%
Ensino médio completo 5,3% 8,4% 3,3% 6,5% 4,4% 7,5% 3,0%
Alfabetizado 4,6% 6,1% 8,5% 5,2% 8,2% 3,7% 5,0%
NAO INFORMADO 3,9% 4,6% 3,8% 15,5% 4,4% 3,7% 4,0%
Analfabeto 15,1% 8,4% 8,9% 6,5% 7,5% 2,8% 3,5%
Ensino Superior completo 0,7% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,9% 0,0%
Ensino Superior incompleto 0,0% 1,5% 1,9% 0,0% 0,0% 0,5% 0,0%
Total geral 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Fonte: Sistema de Informações Penitenciária - SIPEN

Quadro 9: Frequência relativa do estado civil do Reeducando que ingressou na URS-FOC pela prática
de homicídio
Frequência relativa de reeducandos autores de homicídios que ingressaram no presídio Francisco de Oliveira Conde nos
respectivos anos - Por Estado civil declarada pelo reeducando
Estado civil declarado pelo reeducando 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
SOLTEIRO (A) 44,1% 55,0% 59,6% 52,9% 57,9% 61,2% 65,0%
AMASEADO (A) 38,2% 35,9% 30,0% 29,7% 27,7% 25,7% 25,0%
CASADO (A) 15,1% 6,9% 8,5% 10,3% 9,4% 9,8% 9,5%
DIVORCIADO (A) 1,3% 0,8% 0,9% 0,6% 0,0% 0,5% 0,5%
NAO INFORMADO 1,3% 0,8% 0,0% 6,5% 4,4% 2,3% 0,0%
VIUVO (A) 0,0% 0,8% 0,9% 0,0% 0,6% 0,5% 0,0%
Total geral 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Fonte: Sistema de Informações Penitenciária - SIPEN

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


44
Quadro 10: Frequência relativa da raça/cor do Reeducando que ingressou na URS-FOC pela prática
de homicídio

Frequência relativa de reeducandos autores de homicídios que ingressaram no presídio Francisco


de Oliveira Conde nos respectivos anos - Por Raça/Cor do reeducando

Raça/cor do reeducando 2014 2015 2016 2017


Pardo(a) 87,1% 83,6% 86,4% 92,0%
Negro(a) 3,9% 5,7% 6,5% 4,0%
Branco(a) 5,8% 8,8% 5,6% 3,5%
Indigena (a) 0,0% 0,6% 0,0% 0,5%
NÃO INFORMADO 2,6% 1,3% 1,4% 0,0%
Amarelo(a) 0,6% 0,0% 0,0% 0,0%
Total geral 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Fonte: Sistema de Informações Penitenciária - SIPEN

Quadro 11: Frequência relativa da quantidade de filhos declarada pelo Reeducando que ingressou na
URS-FOC pela prática de homicídio
Frequência relativa de reeducandos autores de homicídios que ingressaram no presídio Francisco de Oliveira Conde nos
respectivos anos - Por quantidade de filhos declarado pelo reeducando
Quantidade de filhos declarado pelo reeducando 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
0 66,7% 67,7% 73,1% 81,3% 84,9% 82,0% 80,0%
1 15,4% 18,1% 11,9% 7,1% 6,9% 8,0% 5,0%
2 9,6% 7,1% 6,7% 3,9% 3,1% 5,0% 4,0%
3 3,2% 6,3% 5,2% 5,2% 1,9% 1,5% 2,0%
4 1,9% 0,8% 1,0% 1,9% 1,9% 2,0% 2,5%
5 0,6% 0,0% 1,0% 0,0% 0,6% 1,0% 0,0%
6 0,6% 0,0% 0,5% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
7 1,9% 0,0% 0,0% 0,6% 0,6% 0,5% 0,0%
8 0,0% 0,0% 0,5% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Nãi informado 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 6,5%
Total geral 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 93,5%
Fonte: Sistema de Informações Penitenciária - SIPEN

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


45
2.2.4. Como?

Gráfico 57: Homicídios por Instrumento utilizado para a prática do crime

Histórico da frequência relativa de homicídios dolosos - Por Instrumento


utilizado para a prática do delito

2017 76,9% 18,7% 4,4%


2016 64,7% 27,7% 7,6%
2015 53,3% 38,5% 8,2%
2014 54,5% 37,7% 7,9%
2013 48,0% 37,8% 14,3%
2012 45,8% 44,1% 10,1% ARMA DE FOGO
2011 38,4% 54,3% 7,2%
ARMA BRANCA
2010 38,3% 48,6% 13,1%
OUTROS
2009 37,6% 48,9% 13,4%
2008 34,3% 53,3% 12,4%
2007 37,4% 45,8% 16,8%
2006 33,9% 54,2% 11,9%
0% 20% 40% 60% 80% 100%

Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre

Observa-se neste gráfico que o instrumento mais utilizado para a prática de


homicídio consumado era a arma branca até o ano de 2011. Porém, a partir de 2012,
o número de homicídios consumados, em que os autores utilizaram arma de fogo para
consumar o crime, passou a ter a maior representação percentual. Isso demonstra
que a circulação de armas de fogo tem aumentado e que as ORCRIMs atuantes no
Estado têm se adequado aos padrões e modus de atuação das facções dos grandes
centros. É importante destacar que o percentual de utilização de arma de fogo
aumentou a partir do aumento de homicídios que apresentam as circunstâncias de
execução e que, na maioria dos casos, têm origem nos acertos de contas entre as
organizações criminosas que disputam o mercado e o território do tráfico de drogas.

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


46
2.2.5. Por quê?

Quadro 12: Frequência relativa da motivação identificada para o cometimento do homicídio


Frequência relativa por motivação de homicídios dolosos ocorridos nos respectivos anos em todo o Estado do
Acre
MOTIVAÇÕES 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
DROGA/ACERTO DE CONTAS 6,5% 9,7% 9,5% 5,4% 8,6% 13,7% 10,6% 12,2% 15,7% 31,8% 40,3% 49,5%
INDETERMINADA 6,0% 11,6% 13,6% 28,5% 24,3% 16,5% 17,9% 32,7% 35,1% 12,3% 18,3% 20,1%
FÚTIL 10,7% 18,1% 18,9% 17,7% 23,8% 23,0% 29,6% 21,4% 20,4% 19,0% 17,2% 10,9%
MORTE POR INTERVENÇÃO POLICIAL
EM SERVIÇO OU FORA DE SERVIÇO
0,0% 0,0% 1,2% 0,0% 0,0% 1,4% 2,8% 1,0% 2,1% 4,1% 7,3% 7,8%
BEBEDEIRA 42,3% 28,4% 22,5% 18,3% 15,1% 15,1% 6,1% 12,2% 9,9% 9,2% 4,5% 5,2%
VINGANCA 13,7% 10,3% 8,3% 11,3% 10,8% 8,6% 15,6% 9,2% 5,8% 11,8% 4,8% 2,8%
LEGITIMA DEFESA 0,0% 5,2% 3,6% 2,2% 4,3% 2,2% 3,4% 1,5% 0,0% 3,6% 2,0% 2,2%
PASSIONAL 10,7% 9,7% 13,6% 9,1% 8,6% 13,7% 7,8% 6,1% 7,3% 5,1% 5,6% 1,2%
TORPE 1,8% 0,6% 0,6% 1,1% 0,5% 5,0% 0,6% 1,5% 0,0% 0,0% 0,0% 0,4%
DISPUTA POR TERRA 1,2% 0,0% 0,6% 0,5% 0,5% 0,0% 0,6% 0,0% 0,0% 0,5% 0,0% 0,0%
INSANIDADE MENTAL 0,0% 0,0% 0,0% 0,5% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
MAUS TRATOS 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,6% 0,0% 0,0% 0,5% 0,0% 0,0%
PERVERSIDADE 0,6% 0,0% 0,0% 1,6% 0,0% 0,0% 0,6% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
RIXA 6,0% 5,8% 7,7% 3,8% 3,2% 0,7% 3,9% 2,0% 3,7% 2,1% 0,0% 0,0%
TORTURA 0,6% 0,6% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre

A classificação da motivação no quadro acima é interpretada no contexto das


circunstâncias fáticas imediatas em que se desenvolvem as ocorrências.
Não obstante as motivações previstas na legislação penal, o Observatório de
Análise Criminal do Ministério Público do Acre criou um sistema classificatório próprio
que permite uma análise de caráter mais etiológica dos homicídios.
Em se tratando dos dados do quadro acima, os crimes motivados por
“Droga/acertos de contas” em 2017 representaram 50% do total de motivações. No
tocante às mortes decorrentes de intervenções policiais, o percentual relativo de tal
motivação saltou de 4,1%, em 2015, para 7,8%, em 2017.

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


47
Gráfico 58: Mortes por intervenção policial em serviço e fora de serviço

Total de vítimas de homicídios dolosos ocorridos nos respectivos


anos decorrentes de interveção policial em serviço e fora de
serviço
39

26

8
5 4
2 2

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017


Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre

Em relação ao gráfico acima, os números demonstram um aumento de 388%


de mortes decorrentes de intervenções policiais, considerando os últimos três.
Desde 2015, momento em que explodiu a guerra entre as ORCRIMs no
Estado, observa-se um empoderamento por parte dos faccionados, pois, desde então,
passaram a enfrentar com extrema audácia as forças policiais. Devido a este fato, é
natural que haja mudança no formato das intervenções policiais, principalmente no
que tange ao uso legal, necessário e proporcional da força para garantir a segurança
imediata de si e/ou de terceiros. Na prática, o aumento da necessidade policial em
fazer uso de arma de fogo durante ocorrências, explica, de forma geral, o
recrudescimento das mortes decorrentes de intervenções.

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


48
2.2.6. Resumo do perfil dos homicídios dolosos ocorridos no Acre em 2017

Quadro 13: Resumo do perfil dos homicídios dolosos ocorridos no Acre em 2017
QUADRO RESUMIDO DO PERFIL DOS HOMICÍDIOS NO ACRE – ANO BASE
2017

ONDE? QUANDO? QUEM? COMO? POR QUE?

77% com o uso CAUSAS


62% vítimas com IMEDIATAS
61% na de arma de fogo
idade de 15 a 29 anos PREDOMINANTES
capital 53% no 2º
semestre
O conflito inter e
entre ORCRIM’s
88% vítimas maiores
84% em representou a
de idade 50%,
área aproximadament maior motivação
urbana e, com para os crimes de
51% na 2ª
circunstâncias homicídio dolosos
quinzena
que caracterizam em 2018. Das
do mês 93% vítimas do sexo
o modus de motivações
masculino
execução identificadas, 50%
65% no dos homicídios
CPO - I foram por acertos
de contas entre os
35% aos 72% autores com idade faccionados da
1/5 das sábados e de 15 a 29 anos mesma ORCRIM
ocorrências domingos ou entre
de homicídio 8% das vítimas faccionados de
foram na
área da 2ª
de homicídio ORCRIM’s rivais.
Regional 75% autores maiores foram mortas em Via de regra, os
de idade decorrência da enfrentamentos
necessidade de são de cunho
44% no interveção disciplinar (Inter-
73% em policial em
via pública período ORCRIM) e
serviço ou fora
e noturno 93% autores do sexo de serviço
mercadológico/
residência
masculino
territorial (Entre-
ORCRIM’s)

Fontes de dados: observatório de Violência e Criminalidade do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do
Acre e Instituições parceiras.

Este quadro revela o perfil dos homicídios ocorridos no Acre em 2017, a partir
das variáveis mais relevantes relacionadas a tempo, espaço, pessoas envolvidas e
causas predominantes.

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


49
2.3. ROUBO EM RIO BRANCO

Os registros de roubos ocorridos na capital demonstram um crescimento


contínuo considerando os últimos seis anos.
Considerando os últimos dez anos, o crescimento das ocorrências de roubo
na capital acreana foi de 168%. Já no tocante à variação de 2017 em relação ao ano
anterior (2016), o aumento apresentado foi de 29%. No último ano, foi registrado o
maior número de ocorrências deste crime considerando o legado de informações do
Centro Integrado de Operações em Segurança Pública – CIOSP.
A média diária de roubos em Rio Branco saltou de 15 ocorrências em 2016
para 20 em 2017. Isso significa dizer que no último ano ocorreram 4 roubos a cada 5
horas.
Historicamente, os roubos ocorridos na capital apresentam significante
incidência no período compreendido entre as 19 e 22 horas.
O modus operandi mais comum é a aproximação de dupla conduzindo
motocicleta ou bicicleta apontando arma de fogo ou arma branca, objetivando a
subtração de dinheiro e/ou objetos de fácil receptação, como é o caso dos aparelhos
celulares e motocicletas.
Em se tratando de latrocínio (roubo seguido de morte), em 2017 tivemos 27
assassinatos motivados por esta natureza criminal. Este número representa um
aumento de 93% em relação ao total de vítimas do ano anterior.
Em regra, os roubos que resultam em morte ocorrem pelo fato de a vítima ter
esboçado algum tipo de reação, na tentativa de frustrar a ocorrência, ou devido ao
interesse do autor em manter-se incógnito.
No geral, o que se observa na dinâmica dos roubos em Rio Branco é que não
se trata mais apenas de uma questão de oportunidade para o delinquente, e sim de
uma tarefa regular que integra o conjunto de ações criminosas desenvolvidas em prol
da supremacia e sustentabilidade econômica das ORCRIMs.

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


50
2.3.1. Roubo no tempo

Gráfico 59: Histórico da frequência absoluta de roubos ocorridos em Rio Branco


Histórico da frequência absoluta de roubos ocorridos em Rio Branco
8000
7267

7000

6000 5612

4810 4868
5000
3919
4000
3080 3093
2919
3000 2713 2651
2539

1789
2000

1000

0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Fonte: Centro Integrado de Operações em Segurança Pública - CIOSP

Gráfico 60: Frequência absoluta de roubos por mês de 2015 a 2017


Demonstrativo mensal da frequência absoluta e do desvio padrão de roubos ocorridos em Rio
Branco nos respectivos anos
Roubos em Rio Branco Polinômio (Roubos em Rio Branco)
900 824

800
713 699
686
700 658
602 608
576 584
600 522
511 497
485 486 482 489
463 466
500 440
461
439 435
455
435 439
409 411 423 406 411
379 376 380 377 373
400 353

300
200
100
0
jan
jan

abr

jan

abr

abr
ago
set

set

set
ago

ago
dez

dez
dez
fev

fev

fev
jun

jun

jun
mar

nov
nov

mar

mar

nov
mai

jul

out

mai

jul

out

mai

jul

out

2015 (4873) 2016 (5612) 2017 (7267)

Fonte: Centro Integrado de Operações em Segurança Pública - CIOSP

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


51
Gráfico 61: Histórico da frequência relativa de roubos por dia da semana da ocorrência
Histórico da frequência relativa de roubos ocorridos em Rio Branco - por
dia da semana da ocorrência

2017 11% 15% 15% 16% 15% 15% 13%


2016 12% 15% 15% 14% 15% 16% 14%
2015 11% 14% 16% 15% 15% 16% 13%
2014 12% 15% 15% 16% 14% 15% 13% 1 Domingo
2013 13% 16% 14% 14% 15% 14% 14% 2 Segunda-feira
2012 13% 15% 14% 14% 15% 14% 15% 3 Terça-feira
2011 12% 13% 14% 14% 15% 16% 16%
4 Quarta-feira
2010 12% 14% 15% 15% 15% 16% 14%
5 Quinta-feira
2009 13% 15% 14% 14% 15% 15% 15%
6 Sexta-feira
2008 12% 13% 15% 14% 14% 16% 16%
7 Sábado
2007 12% 15% 14% 13% 16% 15% 16%
2006 14% 11% 12% 13% 15% 16% 18%
0% 20% 40% 60% 80% 100%

Fonte: Centro Integrado de Operações em Segurança Pública - CIOSP

Esse gráfico demonstra que os roubos se distribuem de forma equânime nos


dias da semana.

Gráfico 62: Histórico da frequência relativa de roubos por período do dia da ocorrência
Histórico da frequência relativa de roubos ocorridos em Rio Branco -
Por período do dia da ocorrência
60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%
1 Madrugada 2 Manhã 3 Tarde 4 Noite
2006 17% 15% 20% 48%
2007 13% 17% 19% 51%
2008 12% 15% 22% 51%
2009 13% 15% 24% 48%
2010 13% 13% 26% 48%
2011 16% 16% 24% 44%
2012 16% 14% 23% 48%
2013 14% 14% 24% 48%
2014 9% 15% 24% 52%
2015 10% 16% 26% 48%
2016 12% 16% 29% 43%
2017 10% 18% 29% 42%

Fonte: Centro Integrado de Operações em Segurança Pública - CIOSP

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


52
Gráfico 63: Histórico da frequência relativa de roubos por hora da ocorrência
Histórico da frequência relativa de roubos ocorridos em Rio Branco - Por hora da
ocorrência
16%

14%

12%

10%
Título do Eixo

8%

6%

4%

2%

0%
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
2006 4% 4% 3% 3% 1% 2% 2% 2% 2% 2% 4% 4% 3% 4% 3% 3% 3% 3% 8% 12% 12% 8% 6% 4%
2007 3% 2% 2% 2% 1% 2% 2% 2% 2% 2% 4% 5% 4% 4% 3% 3% 3% 3% 7% 11% 12% 9% 7% 4%
2008 2% 2% 2% 2% 1% 2% 1% 1% 2% 2% 3% 5% 4% 4% 4% 4% 3% 3% 5% 11% 12% 11% 8% 4%
2009 3% 3% 2% 2% 1% 1% 1% 1% 2% 2% 4% 4% 5% 4% 4% 4% 4% 4% 3% 8% 13% 11% 8% 5%
2010 3% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 1% 1% 2% 3% 3% 5% 5% 5% 4% 4% 4% 3% 9% 13% 11% 7% 4%
2011 3% 3% 2% 2% 3% 2% 2% 2% 2% 2% 4% 5% 4% 5% 4% 4% 4% 3% 3% 8% 12% 9% 7% 5%
2012 4% 3% 2% 2% 2% 3% 2% 1% 2% 2% 4% 3% 4% 4% 5% 4% 3% 3% 3% 8% 11% 11% 9% 5%
2013 4% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 3% 4% 4% 4% 4% 4% 3% 3% 3% 7% 12% 11% 9% 6%
2014 2% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 2% 2% 4% 5% 5% 5% 4% 4% 3% 4% 7% 12% 13% 9% 7% 4%
2015 2% 2% 2% 2% 1% 1% 2% 2% 2% 3% 4% 4% 5% 4% 4% 4% 4% 4% 7% 11% 10% 9% 6% 4%
2016 3% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 3% 4% 6% 5% 5% 5% 4% 4% 5% 9% 10% 8% 7% 4%
2017 3% 2% 2% 2% 1% 1% 2% 3% 2% 3% 3% 4% 5% 5% 5% 5% 5% 4% 7% 9% 9% 7% 6% 4%
Fonte: Centro Integrado de Operações em Segurança Pública - CIOSP

Gráfico 64: Roubos ocorridos na Gráfico 65: Roubos ocorridos na Gráfico 66: Roubos ocorridos na
área da 1ª Regional – Por hora área da 2ª Regional – Por hora área da 3ª Regional – Por hora
Gráfico de roubos ocorridos em 2017 na área da 1ª Gráfico de roubos ocorridos em 2017 na área da 2ª Gráfico de roubos ocorridos em 2017 na área da 3ª
Regional - Por hora de maior incidência Regional - Por hora de maior incidência Regional - Por hora de maior incidência
00 00 00
23
10,0% 01 23
10,0% 01 23
10,0% 01
22 02 22 02 22 02
8,0% 8,0% 8,0%
21 03 21 03 21 03
6,0% 6,0% 6,0%
20 04 20 04 20 04
4,0% 4,0% 4,0%
19 05 19 05 19 05
2,0% 2,0% 2,0%
18 0,0% 06 18 0,0% 06 18 0,0% 06

17 07 17 07 17 07

16 08 16 08 16 08
15 09 15 09 15 09
14 10 14 10 14 10
13 11 13 11 13 11
12 12 12

Gráfico 67: Roubos ocorridos na Gráfico 68: Roubos ocorridos na


área da 4ª Regional – Por hora área da 5ª Regional – Por hora
Gráfico de roubos ocorridos em 2017 na área da 4ª Gráfico de roubos ocorridos em 2017 na área da 5ª
Regional - Por hora de maior incidência Regional - Por hora de maior incidência
00 00
23
10,0% 01 23
10,0% 01
22 02 22 02
8,0% 8,0%
21 03 21 03
6,0% 6,0%
20 04 20 04
4,0% 4,0%
19 05 19 05
2,0% 2,0%
18 0,0% 06 18 0,0% 06

17 07 17 07

16 08 16 08
15 09 15 09
14 10 14 10
13 11 13 11
12 12

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


53
2.3.2. Roubo no espaço

Gráfico 69: Histórico da frequência relativa de roubos por Regional da ocorrência


Histórico da frequência relativa de roubos ocorridos em Rio Branco - por
Regional da ocorrência

2017 13% 30% 11% 31% 15%

2016 12% 24% 11% 35% 18%

2015 14% 27% 11% 30% 18%

2014 16% 24% 12% 33% 15%

2013 18% 28% 12% 27% 16% 1ª REGIONAL


2012 20% 25% 13% 29% 12% 2ª REGIONAL
2011 19% 29% 15% 27% 11% 3ª REGIONAL
2010 22% 25% 12% 28% 14% 4ª REGIONAL
2009 23% 26% 14% 26% 10% 5ª REGIONAL
2008 20% 28% 15% 26% 11%

2007 21% 22% 15% 31% 12%

2006 20% 21% 20% 27% 13%

0% 20% 40% 60% 80% 100%


Fonte: Centro Integrado de Operações em Segurança Pública - CIOSP

Neste gráfico observa-se que a 2ª e 4ª Regionais, juntas, concentraram mais


de 60% dos roubos ocorridos na capital em 2017.

Quadro 14: 10 bairros de Cada Regional de Rio Branco com maior incidência de roubos no ano de
2017
Os 10 Bairros por Regional de Segurança da Capital com maior incidência de roubos ocorridos em 2017 conforme os registros do CIOSP

Total Total Total


Regional Bairro Regional Bairro Regional Bairro
ocorrências ocorrências ocorrências
BOSQUE 292 BELO JARDIM I E II 564 AEROPORTO VELHO 137
CENTRO 187 ZONA RURAL SUL 332 FLORESTA SUL 112
VILA IVONETE / PROCOM / SOLAR 73 AREIAL 240 JOAO EDUARDO I E II 89
CADEIA VELHA 59 TAQUARI 148 SOBRAL 78
1ª Regional

2ª Regional

3ª Regional

CAPOEIRA 51 6 DE AGOSTO 133 PISTA 64


AVIARIO 42 SANTA INES 124 BOA VISTA 63
MORADA DO SOL 37 TRIANGULO VELHO 108 JOAO PAULO II 57
DOM GIOCONDO 22 LOTEAMENTO SANTO AFONSO 94 BOA UNIAO 46
CONJUNTO GUIOMARD SANTOS 20 COMARA 81 AYRTON SENNA 29
BASE 18 CIDADE NOVA 57 BAHIA VELHA 27
Total Total
Regional Bairro Regional Bairro
ocorrências ocorrências
PORTAL DA AMAZONIA 186 LOTEAMENTO JAGUAR 86
ESTACAO EXPERIMENTAL 129 TANCREDO NEVES 82
ZONA RURAL NORTE 118 PLACAS 81
ABRAAO ALAB 115 MONTANHES 81 Fonte: Centro Integrado de Operações
4ª Regional

5ª Regional

CONJUNTO TUCUMA 113 ALTO ALEGRE 81 em Segurança Pública - CIOSP


NOVA ESTACAO 101 VITORIA 68
7 BEC 95 WANDERLEY DANTAS 65
CONJUNTO LAELIA ALCANTARA 89 JORGE LAVOCAT 60
DISTRITO INDUSTRIAL 88 CONJUNTO ADALBERTO SENA 60
NOVA ESPERANCA 86 ELDORADO 57

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


54
Quadro 15: 10 bairros de Rio Branco com maior incidência de roubos nos respectivos anos
Histórico de roubos ocorridos em Rio Branco considerando os 10 bairros
de maior incidência
Ano Bairro Total Ano Bairro Total
AEROPORTO VELHO 152 BOSQUE 152
BOSQUE 117 CENTRO 138
2006

2012
CENTRO 62 AEROPORTO VELHO 136
7 BEC 56 ZONA RURAL SUL 100
ZONA RURAL SUL 50 PORTAL DA AMAZONIA 96
ESTACAO EXPERIMENTAL 45 BELO JARDIM II 96
6 DE AGOSTO 44 TAQUARI 88
ABRAAO ALAB 41 7 BEC 81
VILA IVONETE / PROCOM / SOLAR 39 ESTACAO EXPERIMENTAL 79
SANTA INES 36 ABRAAO ALAB 78

BOSQUE 188 CENTRO 165


AEROPORTO VELHO 139 BOSQUE 162
2007

2013
CENTRO 87 AEROPORTO VELHO 146
6 DE AGOSTO 85 ZONA RURAL SUL 134
7 BEC 81 BELO JARDIM II 122
ESTACAO EXPERIMENTAL 79 PORTAL DA AMAZONIA 111
VILA IVONETE / PROCOM / SOLAR 73 6 DE AGOSTO 108
COMARA 72 TRIANGULO VELHO 107
TRIANGULO VELHO 65 7 BEC 103
ABRAAO ALAB 64 TAQUARI 100

AEROPORTO VELHO 172 ZONA RURAL SUL 227


BOSQUE 165 BOSQUE 191
2008

2014
COMARA 107 AEROPORTO VELHO 164
ZONA RURAL SUL 98 PORTAL DA AMAZONIA 146
CENTRO 98 BELO JARDIM II 146
6 DE AGOSTO 96 CENTRO 135
SANTA INES 88 7 BEC 107
TAQUARI 72 CONJUNTO TUCUMA 100
ESTACAO EXPERIMENTAL 66 AREIAL 97
BELO JARDIM II 66 ABRAAO ALAB 95

BOSQUE 181 ZONA RURAL SUL 304


AEROPORTO VELHO 174 BELO JARDIM II 220
2009

2015

CENTRO 147 BOSQUE 172


COMARA 139 PORTAL DA AMAZONIA 166
7 BEC 104 AEROPORTO VELHO 132
6 DE AGOSTO 99 CENTRO 132
ZONA RURAL SUL 89 AREIAL 125
TRIANGULO VELHO 80 CONJUNTO TUCUMA 107
TAQUARI 74 SANTA INES 100
SANTA INES 74 6 DE AGOSTO 99

BOSQUE 148 ZONA RURAL SUL 313


CENTRO 130 BELO JARDIM II 257
2010

2016

AEROPORTO VELHO 118 BOSQUE 235


COMARA 104 PORTAL DA AMAZONIA 190
ESTACAO EXPERIMENTAL 95 AEROPORTO VELHO 169
PORTAL DA AMAZONIA 89 CONJUNTO TUCUMA 139
6 DE AGOSTO 83 CENTRO 129
TRIANGULO VELHO 81 ZONA RURAL NORTE 111
ZONA RURAL SUL 80 FLORESTA SUL 99
BELO JARDIM II 80 AREIAL 99

AEROPORTO VELHO 139 BELO JARDIM I E II 566


CENTRO 132 ZONA RURAL SUL 332
2011

2017

BOSQUE 106 BOSQUE 299


TAQUARI 103 AREIAL 241
COMARA 92 CENTRO 188
BELO JARDIM II 83 PORTAL DA AMAZONIA 186
TRIANGULO VELHO 82 TAQUARI 148
ZONA RURAL SUL 77 AEROPORTO VELHO 138
PORTAL DA AMAZONIA 75 6 DE AGOSTO 136
6 DE AGOSTO 67 FLORESTA SUL 130
Fonte: CIOSP
OBS 1: A Zona Rural Sul compreende a extensão pertencente à Capital da Rodovia BR-364 sentido Porto Velho, da Rodovia BR-
317 (estrada de Boca do Acre), da Rodovia AC-40 e ramais adjacentes.
OBS 2: A Zona Rural Norte compreende a extensão pertencente à Capital da Rodovia AC-10 (Estrada de Porto Acre) e da
Estrada do Custódio Freire

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


55
Quadro 16: 10 tipos de local de Rio Branco com maior incidência de roubos nos respectivos anos
Histórico de roubos ocorridos em Rio Branco considerando os 10 tipos de
local de maior incidência
Ano Tipo de local Total Ano Tipo de local Total
VIA PÚBLICA 1137 VIA PÚBLICA 2218
RESIDÊNCIA PARTICULAR 228 RESIDÊNCIA PARTICULAR 276
2006

2012
ESTABELECIMENTO COMERCIAL 169 ESTABELECIMENTO COMERCIAL 272
POSTO DE COMBUSTÍVEL 55 POSTO DE COMBUSTÍVEL 154
PARQUE DA MATERNIDADE 50 PARQUE DA MATERNIDADE 29
OUTROS LOCAIS 30 OUTROS LOCAIS 26
DELEGACIA DE POLÍCIA 23 ZONA RURAL (CHÁCARA, FAZENDA,) 13
PONTE 17 ESCOLA 9
BOX PM 15 DELEGACIA DE POLÍCIA 9
BAR 9 PRAÇA PÚBLICA 9

VIA PÚBLICA 1616 VIA PÚBLICA 2751


RESIDÊNCIA PARTICULAR 309 ESTABELECIMENTO COMERCIAL 435
2007

2013
ESTABELECIMENTO COMERCIAL 239 RESIDÊNCIA PARTICULAR 358
POSTO DE COMBUSTÍVEL 97 POSTO DE COMBUSTÍVEL 98
OUTROS LOCAIS 69 PARQUE DA MATERNIDADE 48
PARQUE DA MATERNIDADE 37 OUTROS LOCAIS 46
BOX PM 25 ESCOLA 25
DELEGACIA DE POLÍCIA 23 PRAÇA PÚBLICA 20
PONTE 12 QUARTERÃO 19
ESCOLA 12 DELEGACIA DE POLÍCIA 15

VIA PÚBLICA 1849 VIA PÚBLICA 3470


RESIDÊNCIA PARTICULAR 252 RESIDÊNCIA PARTICULAR 391
2008

2014
ESTABELECIMENTO COMERCIAL 243 ESTABELECIMENTO COMERCIAL 312
OUTROS LOCAIS 73 OUTROS LOCAIS 78
POSTO DE COMBUSTÍVEL 57 PARQUE DA MATERNIDADE 46
PARQUE DA MATERNIDADE 36 POSTO DE COMBUSTÍVEL 44
PONTE 35 PRAÇA PÚBLICA 33
BOX PM 24 ESCOLA 17
DELEGACIA DE POLÍCIA 19 ZONA RURAL (CHÁCARA, FAZENDA,) 13
ESCOLA 17 BAR 12

VIA PÚBLICA 2107 VIA PÚBLICA 3705


RESIDÊNCIA PARTICULAR 309 RESIDÊNCIA PARTICULAR 495
2009

2015

ESTABELECIMENTO COMERCIAL 257 ESTABELECIMENTO COMERCIAL 347


POSTO DE COMBUSTÍVEL 114 OUTROS LOCAIS 71
OUTROS LOCAIS 67 POSTO DE COMBUSTÍVEL 57
PARQUE DA MATERNIDADE 48 PRAÇA PÚBLICA 29
PONTE 35 ESCOLA 23
DELEGACIA DE POLÍCIA 19 PARQUE DA MATERNIDADE 21
ESCOLA 17 ZONA RURAL (CHÁCARA, FAZENDA,) 21
BAR 14 BAR 10

VIA PÚBLICA 2111 VIA PÚBLICA 3918


ESTABELECIMENTO COMERCIAL 274 RESIDÊNCIA PARTICULAR 702
2010

2016

RESIDÊNCIA PARTICULAR 257 ESTABELECIMENTO COMERCIAL 593


POSTO DE COMBUSTÍVEL 72 OUTROS LOCAIS 103
PARQUE DA MATERNIDADE 40 POSTO DE COMBUSTÍVEL 95
OUTROS LOCAIS 26 ESCOLA 31
ESCOLA 22 ZONA RURAL (CHÁCARA, FAZENDA,) 23
DELEGACIA DE POLÍCIA 10 PARQUE DA MATERNIDADE 18
MOTEL 10 PRAÇA PÚBLICA 15
PRAÇA PÚBLICA 9 BAR 14

VIA PÚBLICA 1977 VIA PÚBLICA 5737


ESTABELECIMENTO COMERCIAL 242 RESIDÊNCIA PARTICULAR 715
2011

2017

RESIDÊNCIA PARTICULAR 215 ESTABELECIMENTO COMERCIAL 459


POSTO DE COMBUSTÍVEL 96 OUTROS LOCAIS 154
OUTROS LOCAIS 25 POSTO DE COMBUSTÍVEL 73
PARQUE DA MATERNIDADE 16 ZONA RURAL (CHÁCARA, FAZENDA,) 38
ESCOLA 15 ESCOLA 33
BAR 8 TRANSPORTE COLETIVO 27
PRAÇA PÚBLICA 8 PRAÇA PÚBLICA 24
TERMINAL URBANO 7 IGREJA 7
Fonte: CIOSPWEB

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


56
2.3.3. Perfil do autor de roubo a partir dos registros do SIPEN

Quadro 17: Histórico dos 10 bairros que mais residem ou residiam reeducandos que ingressaram na
URS-FOC por ter cometido roubo
Histórico dos 10 bairros de maior concentração de endereço de reeducando que
ingressaram nos respectivos anos na unidade de Recuperação Social Dr.
Francisco de Oliveira Conde - URS-FOC por ter cometido o crime de roubo

Ano Tipo de local Total Ano Tipo de local Total


SOBRAL 26 TAQUARI 35
TANCREDO NEVES 20 CIDADE NOVA 25
JOAO EDUARDO 16 BELO JARDIM I E II 23
2008

2013
TAQUARI 15 SOBRAL 19
6 DE AGOSTO 15 JOAO EDUARDO I E II 17
BELO JARDIM 14 RECANTO DOS BURITIS 15
CALAFATE 11 CALAFATE 14
ESTACAO EXPERIMENTAL 11 MONTANHES 12
CENTRO 9 VILA ACRE 11
SANTA INES 7 SAO FRANCISCO 11

SOBRAL 23 TAQUARI 19
TAQUARI 23 BELO JARDIM I E II 18
SANTA INES 21 JARDIM ELDORADO 15
2009

2014
JOAO EDUARDO 18 VILA ACRE 14
BELO JARDIM 18 MONTANHES 12
TANCREDO NEVES 16 AYRTON SENNA 11
RECANTO DOS BURITIS 15 CALAFATE 10
CONQUISTA 14 SEIS DE AGOSTO 10
TRIANGULO 13 CIDADE NOVA 10
6 DE AGOSTO 12 VITORIA 10

SOBRAL 26 JOAO EDUARDO I E II 25


JOAO EDUARDO 22 BELO JARDIM I E II 24
CALAFATE 19 TAQUARI 20
2010

2015

BELO JARDIM 17 VILA ACRE 19


TAQUARI 16 RECANTO DOS BURITIS 17
CIDADE NOVA 15 AYRTON SENNA 16
BAHIA 12 CONJUNTO ESPERANCA I,II E III 16
RECANTO DOS BURITIS 11 VITORIA 15
BOA UNIAO 11 CIDADE NOVA 14
AYRTON SENNA 10 SOBRAL 14

TAQUARI 24 TAQUARI 26
SOBRAL 22 BELO JARDIM I E II 22
CALAFATE 16 VILA ACRE 20
2011

2016

BELO JARDIM 14 TANCREDO NEVES 20


JOAO EDUARDO 10 BAHIA NOVA/VELHA 18
SANTA INES 10 VITORIA 17
AYRTON SENNA 9 CALAFATE 15
RECANTO DOS BURITIS 9 CIDADE DO POVO 15
VITORIA 9 SEIS DE AGOSTO 15
MONTANHES 8 ELDORADO 14

TAQUARI 17 BELO JARDIM I E II 29


BELO JARDIM 17 TAQUARI 27
ELDORADO 10 BAHIA NOVA/VELHA 23
2012

2017

CADEIA VELHA 10 CIDADE DO PAVO 18


ESPERANCA 10 JOAO EDUARDO 17
JOAO EDUARDO 9 CIDADE NOVA 17
CIDADE NOVA 9 RECANTO DOS BURITIS 16
CALAFATE 9 SOBRAL 16
SANTA INES 8 VILA ACRE 15
VILA ACRE 8 CALAFATE 15
OBS: A contagem aqui foi feita a partir das entradas e não de reeducandos

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


57
Gráfico 70: Regional de endereço do reeducando que ingressou na URS-FOC por Roubo
Histórico da frequência relativa de reeducandos por Regional de Segurança Pública onde
declararam residir - Somente os que ingressaram nos respectivos anos na URS-FOC por
terem cometido roubo

2017 7% 35% 21% 23% 14%

2016 5% 30% 19% 23% 23% 1ª REGIONAL

2ª REGIONAL
2015 6% 29% 21% 24% 20% 3ª REGIONAL

4ª REGIONAL
2014 8% 27% 16% 26% 23%
5ª REGIONAL

2013 7% 36% 21% 19% 17%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Fonte: Sistema de Informações Penitenciárias - SIPEN

Quadro 18: Histórico da frequência relativa da faixa etária dos reeducandos que ingressaram na URS-
FOC por roubo

Frequência relativa por faixa etária de reeducandos que ingressaram na Unidade de Recuperação Social Francisco de Oliveira Conde nos
respectivos anos por ter cometido o crime de roubo

Faixa etária 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017


18 A 24 59,9% 57,8% 57,6% 56,9% 57,7% 35,2% 51,7%
25 A29 21,3% 24,6% 21,3% 21,6% 25,9% 25,8% 24,7%
30 A 34 14,5% 13,7% 13,1% 12,3% 9,9% 16,7% 13,4%
35 A 39 1,6% 3,0% 5,0% 6,3% 4,9% 12,2% 4,8%
40 A 44 1,4% 0,6% 1,3% 2,2% 0,8% 3,8% 2,8%
45 A 49 0,6% 0,0% 0,7% 0,2% 0,5% 3,9% 0,6%
50 A 54 0,0% 0,0% 0,2% 0,2% 0,0% 1,4% 0,3%
55 A 59 0,0% 0,0% 0,2% 0,0% 0,2% 0,3% 0,0%
60 A 64 0,0% 0,0% 0,0% 0,2% 0,0% 0,3% 0,2%
65 A 69 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,3% 0,0%
70 OU MAIS 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,2% 0,3% 0,0%
NÃO INFORMADO 0,6% 0,3% 0,7% 0,0% 0,0% 0,0% 1,5%
Total geral 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Fonte: Sistema de Informações Penitenciária - SIPEN

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


58
Quadro 19: Histórico da frequência relativa do nível de escolaridade dos reeducandos que ingressaram
na URS-FOC por roubo

Frequência relativa por escolaridade dos reeducandos que ingressaram no Presídio Francisco de Oliveira Conde nos respectivos
anos pelo cometimento do crime de Roubo

Escolaridade 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017


Ensino fundamental incompleto 55,1% 54,3% 51,2% 50,2% 62,6% 63,6% 67,1%
Ensino fundamental completo 9,0% 7,3% 8,9% 7,7% 10,2% 9,7% 11,6%
Ensino médio incompleto 18,6% 13,7% 17,5% 14,5% 10,4% 7,7% 10,3%
Ensino médio completo 5,9% 9,3% 9,1% 7,5% 5,4% 7,0% 4,0%
Alfabetizado 4,3% 4,8% 5,1% 2,8% 4,8% 6,0% 2,8%
NAO INFORMADO 1,6% 4,2% 4,2% 12,9% 4,0% 3,0% 1,8%
Analfabeto 5,1% 5,8% 3,2% 3,4% 2,1% 1,9% 2,2%
Ensino Superior incompleto 0,5% 0,6% 0,8% 0,8% 0,3% 0,7% 0,1%
Ensino Superior completo 0,0% 0,0% 0,0% 0,2% 0,2% 0,4% 0,1%
Total geral 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Fonte: Sistema de Informações Penitenciária - SIPEN

Quadro 20: Histórico da frequência relativa da cor/raça dos reeducandos que ingressaram na URS-
FOC por roubo

COR/RAÇA do reeducando que ingressou nos respectivos anos na URS-FOC por roubo

COR/RAÇA 2014 2015 2016 2017

Pardo(a) 82,9% 86,0% 87,3% 89,3%

Negro(a) 8,7% 7,9% 5,8% 4,8%

Branco(a) 5,2% 5,4% 5,6% 4,7%

NÃO INFORMADO 3,2% 0,3% 1,1% 0,9%

Amarelo(a) 0,0% 0,3% 0,2% 0,3%

Total geral 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%


Fonte: Sistema de Informações Penitenciária - SIPEN

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


59
Gráfico 71: Histórico da frequência absoluta de latrocínios ocorridos no Estado do Acre

Histórico da frequência absoluta de Latrocínios ocorridos no Estado do


30
Acre
27

25

19
20

14 14
15 13 13
12 12
11
10
9 9
10

0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre

Quadro 21: Histórico da frequência absoluta de latrocínios ocorridos no Estado do Acre distribuídos por
município.
Latrocínios ocorridos no Estado do Acre nos respectivos anos - Por município

Município 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
ACRELANDIA 1 1 1 1
ASSIS BRASIL 1
BRASILEIA 1 1 1
BUJARI 1 1 2
CAPIXABA 1
CRUZEIRO DO SUL 1 1 1 1 2 2
EPITACIOLANDIA 1 1 1
FEIJO 1 1 2 1 1
JORDÃO
MANCIO LIMA 1 1 1
MANOEL URBANO 1 2
MAL THAUMATURGO
PLACIDO DE CASTRO 1 1 1
PORTO ACRE 1 1 1 1 1
PORTO WALTER
RIO BRANCO 5 12 6 9 10 2 5 7 14 7 8 13
RODRIGUES ALVES
SANTA ROSA 1 1
SENA MADUREIRA 2 1 2
SENADOR GUIOMARD 1 1 1 1 1
TARAUACA 1 1
XAPURI 1 2 1 3
Total geral 9 13 9 12 14 11 10 13 19 12 14 27

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


60
2.4. INFORMAÇÕES DO SISTEMA PRISIONAL DO ACRE

Segundo os dados do último relatório do Levantamento Nacional de


Informações Penitenciárias (INFOPEN), relativo a junho de 2016, em tal momento o
Estado do Acre ocupava a 2ª posição no ranking nacional, considerando a ordem da
maior taxa para a menor.
O gráfico a seguir ilustra a posição de cada Estado com as respectivas taxas.

Gráfico 72: Gráfico da taxa de aprisionamento por Unidade da Federação - 2016

Taxa de aprisionamento por Unidade da Federação


MS 696,7
ACRE 656,8
RO 606,1
SP 536,5
DF 510,3
ES 488,5
PR 459,9
RR 454,9
CE 385,6
PE 367,2
BRASIL 352,6
AP 342,6
MG 325,5
MT 313,5
SC 310,7
RJ 301,9
RS 300,1
AM 284,6
PB 284,5
RN 253,5
GO 252,6
SE 234,6
TO 226,2
AL 207,1
PA 171,8
MA 127
PI 125,6
BA 100,1

Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias, Junho/2016 - Infopen/DEPEN

Segundo informações repassadas pelo Instituto de Administração


Penitenciária do Acre (IAPEN/AC), a população prisional no Estado em dezembro de
2017 era de 5.970 reeducandos. Este efetivo carcerário representava em tal período

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


61
uma taxa de 719,6 presos por grupo de 100 mil habitantes. Em março de 2018 a
capacidade do sistema prisional do Estado era de 2.855 vagas.
Considerando tal capacidade e o número de presos reclusos, que era de
5.981, significa dizer que o sistema prisional do Acre apresentava em tal momento
uma razão 2,1 presos/vaga e, consequentemente, um déficit de 3.126 vagas. Mesmo
considerando o número de vagas previstas no projeto de reforma e ampliação (1.868
vagas em execução de obras), se o sistema mantiver a média da população carcerária
dos últimos dois anos, ainda assim terá um déficit de, aproximadamente, 1.258 vagas.
O encarceramento massivo impulsiona e propaga o poder de ORCRIMs no
Estado. Ainda segundo informações repassadas pelo IAPEN/AC, os presos recém-
chegados, via de regra, são distribuídos nos presídios do Acre conforme a facção que
declaram pertencer. Este procedimento representa, de certa forma, uma medida de
segurança no que tange à integridade física dos reeducandos.
Os gráficos e quadros a seguir apresentam algumas variáveis que possibilitam
aos leitores o acesso a um conhecimento que julgamos importante no que diz respeito
ao conjunto de dados que compõem as informações do Sistema Carcerário do Acre.

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


62
Quadro 22: Informações gerais e por estabelecimento prisional do Acre – março de 2018
INFORMAÇÕES DO SISTEMA PRISIONAL DO ACRE - MARÇO DE 2018
Défict (-) Nº de Ampliação
Nº de Nº de Nº de
Nº de superavit presos de vagas
Nome do Estabelecimento Prisional Sigla
vagas
presos
(+) de
presos presos
Semiabert em
MAR 2018 provisórios Fechado
vagas o andamento

Unidade de Recolhimento Provisório URP/RB 359 1669 -1310 1181 439 49 400
Unidade de Regime Fechado nº 01 URF-01/RB 343 1256 -913 3 1251 2
Unidade de Regime Fechado nº 03 URF-03/RB 73 57 16 7 46 1 400
Unidade de Regime Fechado Feminino URFF/RB 155 288 -133 128 144 16
Unidade de Regime Fechado nº 02 (RDD) URF-02/RB 144 64 80 24 40 0 156
Unidade de Regime Semiaberto nº 01 URS-01/RB 337 217 120 0 90 127
Unidade de Saúde Mental USM/RB 16 22 -6 14 8 0
Unidade Penitenciária Evaristo de Moraes (Masc) UPEM/SM 184 490 -306 256 203 31 312
Unidade Penitenciária nº 05 (Masc) UP5/FJ 56 152 -96 98 23 31
Unidade Penitenciária do Quinari UPQ/SG 784 608 176 16 576 16
Unidade Penitenciária Moacir Prado UPMP/TK 80 385 -305 191 194 0
Unidade Feminina de Tarauacá UF/TK 36 38 -2 20 18 0
200
Unidade Penitenciária Moacir Prado (Semiaberto) UPMP/TK 26 38 -12 0 0 38
Unidade Penitenciária Manoel Neri da Silva (Masc) UPMNS/CZS 168 592 -424 356 235 0
400
Unidade Penitenciária Guimarães Lima (Fem) UPMNS/CZS 36 16 20 11 5 0
Unidade Penitenciária Manoel Neri da Silva (Masc -
UPMNS/CZS 56 89 -33 0 0 89
Semiaberto)

Unidade Penitenciária Guimarães Lima (Fem - Semiaberto) UPMNS/CZS 2 0 2 0 0 0

Total Geral 2855 5981 -3126 2305 3272 400 1868


RESULTADOS ANALÍTICOS
Taxa de aprisionamento/100.000 habitantes - BRASIL 2016 353 presos para cada grupo de 100 mil habitantes
Taxa de ocupação prisional - BRASIL 2016 197,4%
Taxa de aprisionamento/100.000 habitantes - ACRE 2016 637 presos para cada grupo de 100 mil habitantes
Taxa de aprisionamento/100.000 habitantes - ACRE março
710 presos para cada grupo de 100 mil habitantes
2018
Taxa de ocupação prisional - ACRE 2016 182,20%
Taxa de ocupação prisional - ACRE março 2018 209,50%
Fonte informações prisionais do Acre: IAPEN/AC
Fonte informações prisionais do Brasil (Dados): DEPEN

Gráfico 73: Histórico do efetivo carcerário dos presídios do Estado


Histórico do Efetivo carcerário do Estado do Acre em dezembro dos respectivos
anos
7000
5970
6000
5203
5000 4829
4593
4033 4178
4000

3000

2000

1000

0
Em dez de 2012 Em dez de 2013 Em dez de 2014 Em dez de 2015 Em dez de 2016 Em dez de 2017

Fonte: Sistema de Informações Penitenciária - IAPEN/AC

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


63
Em 2017 houve um aumento de 15% da população carcerária no estado em
relação ao ano de 2016.

Gráfico 74: Histórico de entradas e saídas na URS-FOC nos respectivos anos


Histórico do número de entradas e saídas de reeducandos na URS-
FOC nos respectivos anos

nº entradas nº saídas
4500

4000 3842

3461 3449 3404


3500 3348 3253
3208 3140
3008 2987 3049
2924
3000 2819 2820

2500

2000

1500

1000

500

0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Fonte : Sistema de Informações Pe nitenciária - SIPEN

Gráfico 75: Frequência relativa de reeducando primário na URS-FOC


Histórico da frequência relativa de reeducando por condição de
entrada na URS-FOC

2017 36,2% 63,8%


2016 37,6% 62,4%
2015 37,6% 62,4%
2014 37,7% 62,3%
2013 43,1% 56,9%
2012 Entrada primária
42,5% 57,5%
reingresso
2011 49,8% 50,2%
2010 53,3% 46,7%
2009 49,1% 50,9%
2008 58,9% 41,1%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Fonte : Sistema de I nformações Pe nitenciárias - SI PEN

Em 2017, apenas 36,2% dos reeducandos ingressaram pela primeira vez, os


demais já tinham passagem.

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


64
Quadro 23: Entradas na URS-FOC 2015, 2016 e 2017

INFORMAÇÕES DE ENTRADAS NA URS-FOC EM 2015/ 2016/2017

ENTRADAS NA URS-FOC EM 2015 ENTRADAS NA URS-FOC EM 2016 ENTRADAS NA URS-FOC EM 2017

Nº de Nº de Nº de
nº de entradas entradas nº de entradas entradas nº de entradas entradas
2015 2016 2017
Entrou pela 1ª vez na URS 1296 Entrou pela 1ª vez na URS 1446 Entrou pela 1ª vez na URS 1247
Entrou pela 2ª vez na URS 660 Entrou pela 2ª vez na URS 788 Entrou pela 2ª vez na URS 683
Entrou pela 3ª vez na URS 458 Entrou pela 3ª vez na URS 525 Entrou pela 3ª vez na URS 448
Entrou pela 4ª vez na URS 370 Entrou pela 4ª vez na URS 380 Entrou pela 4ª vez na URS 308
Entrou pela 5ª vez na URS 248 Entrou pela 5ª vez na URS 259 Entrou pela 5ª vez na URS 262
Entrou pela 6ª vez na URS 180 Entrou pela 6ª vez na URS 175 Entrou pela 6ª vez na URS 172
Entrou pela 7ª vez na URS 91 Entrou pela 7ª vez na URS 119 Entrou pela 7ª vez na URS 106
Entrou pela 8ª vez na URS 65 Entrou pela 8ª vez na URS 63 Entrou pela 8ª vez na URS 75
Entrou pela 9ª vez na URS 33 Entrou pela 9ª vez na URS 87 Entrou pela 9ª vez na URS 75
Entrada superior a 9ª 48 Entrada superior a 9ª 42 Entrada superior a 9ª 28
Total entradas no geral 3449 Total entradas no geral 3884 Total entradas no geral 3404
Total dos que ingressaram Total dos que ingressaram Total dos que ingressaram
1296 1446 1247
pela 1ª vez pela 1ª vez pela 1ª vez
Total de reeduncandos que já Total de reeduncandos que já Total de reeduncandos que já
tinham passagem antes de tinham passagem antes de tinham passagem antes de
2153 2438 2157
2015 ou que apresentam mais 2016 ou que apresentam mais 2017 ou que apresentam mais
de um ingresso em 2015 de um ingresso em 2016 de um ingresso em 2017
% Já tinha passagem ou % Já tinha passagem ou % Já tinha passagem ou
62% 63% 63%
entrou novamente entrou novamente entrou novamente
Total de indivíduos que Total de indivíduos que Total de indivíduos que
3078 3493 3105
entraram entraram entraram
Total de reeducandos que
Reingresso em 2015 371 Total de reingresso em 2016 391 299
reingressaram em 2017

% reingresso em 2015 11% % reingresso em 2016 10% % reingresso em 2017 9%

Fonte: Sistema de Informações Penitenciárias - SIPEN

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


65
Quadro 24: Histórica da frequência relativa dos 10 maiores motivos de entrada na URS-FOC

Histórico dos 10 motivos de maior incidência de ingresso na Unidade de Recuperação Social Dr.
Francisco de Oliveira Conde - URS-FOC nos respectivos anos

% %
Ano Motivo da entrada relativo
Ano Motivo da entrada relativo
Tráfico nacional/internacional de entorpecentes 25,8% Tráfico nacional/internacional de entorpecentes 21,0%
Roubo s i mpl es /qua l i fi ca do 15,5% Roubo s i mpl es /qua l i fi ca do 18,9%
Furto s i mpl es /qua l i fi ca do 14,6% Furto s i mpl es /qua l i fi ca do 17,4%
Ho micídio simples/qualificado (Co nsumado e tentado ) 10,6% Ho micídio simples/qualificado (Co nsumado e tentado ) 8,2%
2008

2013
Lei Ma ri a da Penha 5,8% Lei Ma ri a da Penha 7,0%
PORTE/POSSE ILEGAL DE ARMA DE FOGO 4,3% PORTE/POSSE ILEGAL DE ARMA DE FOGO 4,5%
RECEPTACAO 2,1% Conduzir veículo automotor sob o efeito de alcool 3,8%
ESTUPRO 1,9% Es tupro 3,1%
ESTELIONATO 1,6% Amea ça 2,1%
LESAO CORPORAL 1,5% Recepta çã o 1,6%
OUTROS CRIMES 16,3% OUTROS CRIMES 12,5%

Tráfico nacional/internacional de entorpecentes 22,7% Tráfico nacional/internacional de entorpecentes 21,1%


Roubo s i mpl es /qua l i fi ca do 18,6% Roubo s i mpl es /qua l i fi ca do 20,2%
Furto s i mpl es /qua l i fi ca do 14,4% Furto s i mpl es /qua l i fi ca do 17,9%
Ho micídio simples/qualificado (Co nsumado e tentado ) 11,2% Ho micídio simples/qualificado (Co nsumado e tentado ) 8,3%
2009

2014
Lei Ma ri a da Penha 5,6% Lei Ma ri a da Penha 5,7%
PORTE/POSSE ILEGAL DE ARMA DE FOGO 4,4% PORTE/POSSE ILEGAL DE ARMA DE FOGO 4,5%
CONTRABANDO/DESCAMINHO 2,2% Es tupro 2,6%
AMEACA 1,7% Recepta çã o 2,0%
RECEPTACAO 1,8% Conduzir veículo automotor sob o efeito de alcool 2,0%
INA DIM P LEM ENTO DA OB RIGA CA O A LIM ENTICIA 1,6% Amea ça 1,6%
OUTROS CRIMES 16,0% OUTROS CRIMES 14,1%
Tráfico nacional/internacional de entorpecentes 26,0% Tráfico nacional/internacional de entorpecentes 27,6%
Roubo s i mpl es /qua l i fi ca do 16,5% Roubo s i mpl es /qua l i fi ca do 24,2%
Furto s i mpl es /qua l i fi ca do 12,6% Furto s i mpl es /qua l i fi ca do 14,1%
Lei Ma ri a da Penha 7,8% Ho micídio simples/qualificado (Co nsumado e tentado ) 6,8%
2010

2015

Ho micídio simples/qualificado (Co nsumado e tentado ) 9,3% PORTE/POSSE ILEGAL DE ARMA DE FOGO 5,0%
PORTE/POSSE ILEGAL DE ARMA DE FOGO 4,3% Recepta çã o 3,6%
RECEPTACAO 2,5% Lei Ma ri a da Penha 3,2%
CONTRABANDO/DESCAMINHO 1,5% ESTUPRO 3,6%
LESAO CORPORAL 1,4% AMEACA 2,9%
ESTUPRO 1,4% LESAO CORPORAL 2,7%
OUTROS CRIMES 16,7% OUTROS CRIMES 6,2%

Tráfico nacional/internacional de entorpecentes 22,8% Tráfico nacional/internacional de entorpecentes 24,1%


Roubo s i mpl es /qua l i fi ca do 13,0% Roubo s i mpl es /qua l i fi ca do 23,0%
Furto s i mpl es /qua l i fi ca do 13,6% Furto s i mpl es /qua l i fi ca do 10,6%
Lei Ma ri a da Penha 4,3% Ho micídio simples/qualificado (Co nsumado e tentado ) 6,9%
2011

2016

AMEACA 3,8% PORTE/POSSE ILEGAL DE ARMA DE FOGO 5,1%


Ho micídio simples/qualificado (Co nsumado e tentado ) 6,3% LEI MARIA DA PENHA 3,4%
PORTE/POSSE ILEGAL DE ARMA DE FOGO 3,3% ESTUPRO 2,8%
LESAO CORPORAL 2,3% RECEPTAÇÃO 2,5%
ESTUPRO 2,8% ASSOCIAÇÃO/ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA 2,2%
RECEPTACAO 1,7% AMEACA 2,0%
OUTROS CRIMES 26,2% OUTROS CRIMES 17,5%

Tráfico nacional/internacional de entorpecentes 20,6% Roubo s i mpl es /qua l i fi ca do 22,2%


Roubo s i mpl es /qua l i fi ca do 13,1% Trá fi co na ci ona l /i nterna ci ona l de entorpecentes20,7%
Furto s i mpl es /qua l i fi ca do 13,0% Furto s i mpl es /qua l i fi ca do 6,9%
Lei Ma ri a da Penha 6,8% PORTE/POSSE ILEGAL DE ARMA DE FOGO 6,5%
2012

2017

Ho micídio simples/qualificado (Co nsumado e tentado ) 7,0% Ho micídio simples/qualificado (Co nsumado e tentado ) 4,7%
PORTE/POSSE ILEGAL DE ARMA DE FOGO 3,0% RECEPTAÇÃO 3,3%
RECEPTACAO 1,8% ESTUPRO 3,0%
AMEACA 1,8% LEI MARIA DA PENHA 2,5%
ESTUPRO 2,3% ASSOCIAÇÃO/ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA 1,9%
LESAO CORPORAL 1,5% LESAO CORPORAL 1,0%
OUTROS CRIMES 29,1% OUTROS CRIMES 27,2%
Fonte: SIPEN/IAPEN

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


66
2.5. ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

2.5.1. Conceito

A Lei n. 12.850/2013, no seu artigo 1º, § 1º, traz a definição do que deve ser
entendido como Organização Criminosa:

Art. 1º [...]
§ 1º - Considera-se Organização Criminosa a associação de 4 (quatro) ou
mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de
tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de
infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos,
ou que sejam de caráter transnacional.5

2.5.2. Características

Conforme assevera Luis Flávio Gomes, as organizações criminosas


apresentam as seguintes características:

[...] previsão de acumulação de riquezas indevida ou de forma ilícita;


hierarquia estrutural; planejamento empresarial envolvendo, por exemplo,
custo das atividades, forma de pagamento do pessoal, programação do fluxo
de mercadorias, planejamento dos itinerários, etc.; uso dos meios
tecnológicos sofisticados; recrutamento de pessoas e divisão funcional de
atividades; conexão estrutural ou funcional com o Poder Público ou com
agentes do Poder Público, a ponto de formar uma simbiose, decorrente do
seu alto poder de corrupção e do seu poder de influência. Nessa relação se
verifica tanto a participação direta de agentes do Poder Público nas
associações, quanto atitudes de favorecimento para o funcionamento das
organizações; ampla oferta de prestações sociais, no âmbito da saúde
publica, segurança, transportes, alimentação, alimentação e emprego;
divisão territorial das atividades ilícitas; alto poder de intimidação; real
capacidade para fraude, de forma a lesar o patrimônio publico ou coletivo;
conexão local, regional, nacional ou internacional com outra Organização
Criminosa [...]6.

5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12850.htm
6
GOMES, Luiz Flávio; CERVINI, Raúl, 1997 apud BRAZ, Graziela Palhares Torreão Graziela Palhares
Torreão. Crime Organizado x Direitos Fundamentais. Brasília: Brasília Jurídica, 1999. p. 32-33.

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


67
2.5.3. Origem das Organizações Criminosas
No contexto histórico sobre Organizações Criminosas (ORCRIMs), há
consenso entre historiadores de que os primeiros manifestos ocorreram durante o
regime feudal introduzido na Sicília na primeira metade do século XII, com o
surgimento da seita secreta denominada Beati Paoli, uma organização radical que
possuía estatuto e rituais próprios e que representa o marco do fenômeno proto-
mafioso.
Outras ORCRIMs que merecem ser destacadas dentro do contexto histórico
sobre o tema são a sociedade secreta chinesa denominada de "Tríades" e a
Organização Criminosa japonesa denominada de "Yakuza". A Tríades surge na China
durante o século XVI, com objetivo de expulsar invasores do império Ming e,
posteriormente, incentivar o cultivo da papoula e a exploração do mercado da heroína
e do lenocínio. Já a "Yakuza", esta surge no Japão, no século XVII objetivando a
exploração de várias atividades ilícitas, dentre as quais destacavam os cassinos, as
casas de prostituição, o tráfico de mulheres e a lavagem de dinheiro7.
Retomando os comentários sobre a máfia, do ponto de vista criminológico,
sua importância enquanto fenômeno criminal só assume relevância para o estudo
científico e começa a ser objeto de interesse a partir do século XIX.8
No início do século XX, a máfia italiana encontrou nos Estados Unidos o
ambiente favorável para expansão dos negócios ilícitos. A Lei Seca imposta no país
ensejou um mercado ilícito de bebidas alcoólicas e, consequentemente, atraiu a
criminalidade organizada italiana, fato este que deu origem à máfia ítalo-americana.
Dentre as máfias mais tradicionais e poderosas, merecem ser destacadas a
Cosa Nostra siciliana, a Camorra napolitana, a ‘Ndrangheta calabresa e, mais
recentemente, identifica-se uma quarta máfia, originária da Puglia, que é denominada
Sacra Corona Unita.

7 https://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=15358
8
Nesse sentido DICKIE, John. Cosa Nostra: storia della mafia siciliana. 9. ed. Traduzione di Giovanni
Ferrara degli Uberti Bari: Laterza, 2017. p. 39, que defende a tese, esposada por Franchetti, segundo
a qual a máfia na Sicília nasce em 1812, com a derrocada do feudalismo. Em igual sentido ROMANO,
Salvatore Francesco. Storia della mafia. Verona: Mondadori, 1966. p. 95-96, que prefere pontuar o
fenômeno ao surgimento da palavra máfia no século XIX. De acordo com a sua tese uma palavra se
consolida segundo se consolida o fenômeno histórico.
RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE
68
2.5.4. Crime Organizado no Brasil

No Brasil, o Crime Organizado teve origem entre o final do século XIX e o


começo do século XX, a partir da ação de bandos armados nômades que atuavam no
sertão nordestino, fenômeno este que ficou conhecido como “cangaço”. Seus
integrantes se organizavam hierarquicamente e contavam com o apoio de
fazendeiros, políticos e policiais corruptos, os quais garantiam o suporte logístico dos
bandos suprindo-os com armas e munições.
Em seguida, no início do século XX, o crime organizado começou a se
desenvolver através da prática do “jogo do bicho”, contravenção esta que ganhou
popularidade a partir do incentivo financeiro de policiais e políticos corruptos que
integravam tais grupos.9
Na década de 70, o presídio Cândido Mendes, na Ilha Grande, no litoral do
Rio de Janeiro, conhecido como o ‘Caldeirão do Diabo, recebeu vários presos
políticos, contrários ao regime militar e que resolveram se unir com presos comuns
violentos para lutar por direitos e ideais coletivos. Tal miscelânea deu origem à
Organização Criminosa denominada “Falange Vermelha”.
Já no final da década de 70 e início da década de 80, alguns remanescentes
da ORCRIM Falange Vermelha aliaram-se para formar um grupo contrário à
supremacia e poder daqueles que dominavam o mercado do tráfico de drogas no Rio
de Janeiro, surgindo assim a Organização Criminosa denominada “Comando
Vermelho” (CV). Três palavras de ordem da facção - "Paz, Justiça e Liberdade"-
sintetizam um conjunto de regras criadas e impostas à massa carcerária pelos
fundadores da ORCRIM. Foi um período de constante conflito dentro das prisões
cariocas, de assassinatos em disputas de quadrilhas rivais e de tortura 10.
Outra ORCRIM que merece ser destacada é o grupo autointitulado “Primeiro
Comando da Capital” (PCC ou 1533), fundado em 31 de agosto de 1993, na Casa de
Custódia de Taubaté-SP, popularmente conhecida pelos detentos como “masmorra”,
devido à severidade imposta no tratamento dos presos. Inicialmente, a facção era

9
https://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=15358
10http://www.ilhagrandehumanidades.com.br/sites/default/files/Marcelo%20Castaneda%20-

%20Monografia%20Origem%20da%20Falange%20na%20Ilha_0.pdf
RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE
69
integrada pelos fundadores, jogadores do mesmo time de futebol, que pretendiam
combater a opressão dentro do sistema prisional paulista e vingar as mortes dos cento
e onze presos, ocorridas em 02 de outubro de 1992, durante a intervenção na extinta
Casa de Detenção “Carandiru” em São Paulo11. O PCC, assim como o CV, também
tem como lema a luta pela liberdade, justiça e paz.
Hoje o PCC tem células nos 26 Estados e no Distrito Federal e ramificações
na Argentina, Peru, Colômbia e Venezuela12.
Segundo a WD Brasil, temos hoje no país, pelo menos, 83 ORCRIMs atuando
dentro e fora dos presídios13.
A seguir, será apresentado um quadro com distribuição das ORCRIMs
atuantes em cada região e Estado da Federação.

Quadro 25: Distribuição regional e estadual das ORCRIMs atuantes no Brasil

Quantidade e distribuição de ORCRIMs por Região e Estado de


atuação no Brasil

UF DE
Região ORCRIM
ATUAÇÃO
CV – Comando Vermelho
DF PCC – Primeiro Comando da Capital
PLD - Paz, Liberdade e Direito
Total de ORCRIMs atuantes no DF 3
GO PCC – Primeiro Comando da Capital
Total de ORCRIMs atuantes no GO 1
Centro- CV – Comando Vermelho
Oeste Grupo G
Manos
MS
PCC – Primeiro Comando da Capital
PCMS – Primeiro Comando do Mato Grosso do Sul
Primeiro Comando da Liberdade
Total de ORCRIMs atuantes no MS 6
MT Bad Boys

11 https://paulabigoli.jusbrasil.com.br/artigos/150336089/faccoes-criminosas-o-caso-do-pcc-primeiro-
comando-da-capital
12http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/dez-anos-apos-parar-sp-pcc-tem-bases-em-

todos-os-estados-e-seis-paises-39cv028gl66jliudgen0id0li
13
http://www.dw.com/pt-br/brasil-tem-pelo-menos-83-fac%C3%A7%C3%B5es-em-
pres%C3%ADdios/a-37151946
RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE
70
Baixada Cuiabana
Comando Verde
CV – Comando Vermelho
PCC – Primeiro Comando da Capital
Total de ORCRIMs atuantes no MT 5
Total de ORCRIMs atuantes no Centro-Oeste 10
UF DE
Região ORCRIM
ATUAÇÃO
Firma
AL
PCC – Primeiro Comando da Capital
Total de ORCRIMs atuantes no AL 2
Bonde do Ajeita
Bonde do Maluco
Caveira
Comando da Paz
Comando da Perna
BA CV – Comando Vermelho
DPM
Katiara
MPA
PCC – Primeiro Comando da Capital
TC – Terceiro Comando
Total de ORCRIMs atuantes no BA 11
ADA – Amigos dos Amigos
CV – Comando Vermelho
Nordeste CE Guardiões do Estado
PCC – Primeiro Comando da Capital
Primeiro Comando do Norte
Total de ORCRIMs atuantes no CE 5
ADM – Anjos da Morte
B40 – Bando dos 40
Bonde dos 300
Bondinho da Ilha
MA COM – Comando Organizado do Maranhão
CV – Comando Vermelho
PCC – Primeiro Comando da Capital
Primeiro Comando do Maranhão
Primeiro Grupo do Estreito
Total de ORCRIMs atuantes no MA 9
Al-Qaeda
Estados Unidos
PB
PCC – Primeiro Comando da Capital
SDC - Sindicato do Crime

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


71
Total de ORCRIMs atuantes no PB 4
Comando Norte/Nordeste
PE
PCC – Primeiro Comando da Capital
Total de ORCRIMs atuantes no PE 2
Bonde dos 40
Facção Criminosa de Teresina
PI PCC – Primeiro Comando da Capital
PCE – Primeiro Comando de Esperantina
PCM - Primeiro Comando de Campo Maior
Total de ORCRIMs atuantes no PI 5
PCC – Primeiro Comando da Capital
RN PCN - Primeiro Comando de Natal
SDC - Sindicato do Crime
Total de ORCRIMs atuantes no RN 3
Comando da Paz
SE PCC – Primeiro Comando da Capital
PCM - Primeiro Comando Metropolitano
Total de ORCRIMs atuantes no SE 3
Total de ORCRIMs atuantes no Nordeste 32
UF DE
Região ORCRIM
ATUAÇÃO
Bonde dos 13
CV – Comando Vermelho
AC
IFARA - Irmandade Força Ativa Responsabilidade Acreana
PCC – Primeiro Comando da Capital
Total de ORCRIMs atuantes no AC 4
300 Espartanos
Bonde dos 40
AM FDN - Família do Norte
PCC – Primeiro Comando da Capital
Primeiro Comando do Norte
Total de ORCRIMs atuantes no AM 5
Norte
CV – Comando Vermelho
AP GDA - Gangue da Ponte
PCC – Primeiro Comando da Capital
Total de ORCRIMs atuantes no AP 3
Bonde dos 30
Comando Classe A
CV – Comando Vermelho
PA
Equipe Rex
FDN - Família do Norte
PCC – Primeiro Comando da Capital
Total de ORCRIMs atuantes no PA 6

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


72
Amigos Leais
Crime Popular
RO
CV – Comando Vermelho
PCC – Primeiro Comando da Capital
Total de ORCRIMs atuantes no RO 4
CV – Comando Vermelho
FDN - Família do Norte
RR PCC – Primeiro Comando da Capital
Primeiro Comando da Mariola
Primeiro Comando do Norte
Total de ORCRIMs atuantes no RR 5
CV – Comando Vermelho
TO
PCC – Primeiro Comando da Capital
Total de ORCRIMs atuantes no TO 2
Total de ORCRIMs atuantes no Norte 15
UF DE
Região ORCRIM
ATUAÇÃO
ADA – Amigos dos Amigos
CV – Comando Vermelho
ES
PCC – Primeiro Comando da Capital
Primeiro Comando de Vitória
Total de ORCRIMs atuantes no ES 4
Comando Mineiro de Organizações Criminosas
PCC – Primeiro Comando da Capital
MG PJL - Paz, Justiça e Liberdade
Primeiro Comando das Minas Gerais
Primeiro Comando Mineiro
Total de ORCRIMs atuantes no MG 5
ADA – Amigos dos Amigos
Amigos de Israel
Sudeste
CV – Comando Vermelho
IDI – Inimigos dos inimigos
RJ Milícias
PCC – Primeiro Comando da Capital
Povo de Israel
TC – Terceiro Comando
TCC – Terceiro Comando da Capital
Total de ORCRIMs atuantes no RJ 10
CDL – Comando Democrático da Liberdade
Cerol Fino
SP CJVC – Comando Jovem Vermelho da Criminalidade
Comissão Democrática da Liberdade
CRBC – Comando Revolucionário Brasileiro da Criminalidade

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


73
Gaviões da Fiel
PCC – Primeiro Comando da Capital
Seita Satânica
TCC – Terceiro Comando da Capital
Total de ORCRIMs atuantes no SP 9
Total de ORCRIMs atuantes no Sudeste 21
UF DE
Região ORCRIM
ATUAÇÃO
PCC – Primeiro Comando da Capital
PR
Primeiro Comando do Paraná
Total de ORCRIMs atuantes no PR 2
Amigos Leais
Bala na Cara
CPC – Comando Pelo Certo
Manos
RS Os Abertos
Os Tauras
PCC – Primeiro Comando da Capital
Unidos Pela Paz
Sul V7
Total de ORCRIMs atuantes no RS 9
CL – Comando Leal
CV – Comando Vermelho
FRC (Força Revolucionária Catarinense)
PCC – Primeiro Comando da Capital
SC PCRV – Primeiro Crime Revolucionário Catarinense
PGC – Primeiro Grupo Catarinense
PGO – Primeiro Grupo de Oposição
PL- País Livre
Serpente Negra
Total de ORCRIMs atuantes no SC 9
Total de ORCRIMs atuantes no Sul 18

Total de ORCRIMs atuantes no Brasil 82

Fonte de dados: http://www.dw.com/pt-br/brasil-tem-pelo-menos-83-fac%C3%A7%C3%B5es-em-pres%C3%ADdios/a-


37151946
OBS 01: Foi acrescentada no quadro a ORCRIM denominada "IFARA" que atua no Estado do Acre.
OBS 02: O Observatório de Análise Criminal do Ministério Público identificou que a contagem de ORCRIMs disposta na
fonte, estava errada e, consequentemente, fez a devida correção.

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


74
2.5.5. Crime Organizado no Acre

A história do Crime Organizado contemporâneo, no Acre tem como marco o


período de atuação de grupos de extermínio no final da década de 80 e início da
década de 90. Tal período foi marcado pela atuação de um grupo denominado
“Esquadrão da Morte”, liderado por um Coronel da Polícia Militar do Acre, responsável
por ordenar a execução de várias pessoas que, direta e indiretamente, interferiam nos
interesses do esquadrão. O grupo atuava na cobrança de dívidas, acertos de contas,
contrabando de cigarros e tráfico de drogas. Somente no final da década de 90, por
meio da instalação de uma CPI, é que o líder e mais 46 integrantes da ORCRIM foram
presos, pondo fim no período conhecido como “Era Negra”14.
A partir daí, não foram mais constatadas, durante um longo período, ações
criminosas atribuídas a atuação de ORCRIMs no Estado do Acre.
Contudo, em outubro de 2012, a Polícia Civil do Acre iniciou investigação para
apurar um braço da ORCRIM paulista “Primeiro Comando da Capital” (PCC) que
estava desenvolvendo a formação de uma célula no Estado, fato este que deu origem
à operação denominada “Diáspora”. Após meses de investigação, o Grupo Especial
de Combate ao Crime Organizado (GAECO), em trabalho conjunto com a 9ª
Promotoria de Justiça Criminal do Ministério Público do Acre, ofereceu denúncia em
desfavor de 44 integrantes do PCC15. Até então, só havia constatação da atuação de
uma ORCRIM (PCC) no Estado do Acre.
Em 2013, traficantes locais que dominavam o comércio de drogas nos bairros
se reuniram com o objetivo de criar e fortalecer um grupo capaz de enfrentar o
processo de expansão do PCC no território acreano. Tal grupo, integrado por 13
criminosos, deu origem à ORCRIM denominada “Bonde dos 13” (B13).
Outra ORCRIM de origem local é a “Irmandade Força Ativa Responsabilidade
Acreana” (IFARA). Não há ainda informações detalhadas sobre a sua atuação. Sabe-
se apenas que ela não tem tanta expressividade numérica em relação aos integrantes,
mas que é uma ORCRIM que vem crescendo em aliança com outras ORCRIMs.

14
http://agazetadoacre.com/2013-11-29-16-34-15/
15
https://mp-ac.jusbrasil.com.br/noticias/100448217/mp-ac-desarticula-pcc-no-acre-e-oferece-
denuncia-contra-44-integrantes
RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE
75
Quanto à atuação da ORCRIM “Comando Vermelho” (CV) no Acre, as
primeiras manifestações foram constatadas nas investigações da Polícia Civil durante
a Operação “Êxodo”, iniciada no final de 2015 e executada em meados de 2016, com
o objetivo de desarticular as ações criminosas desenvolvidas pela ORCRIM no
Estado. Na ocasião, foram denunciados 46 faccionados que integravam a referida
ORCRIM.
Os primeiros registros de ações violentas desenvolvidas no Acre, pelas
supramencionadas ORCRIMs, ocorreram no período de 05 a 08 de outubro de 2015,
quando a ORCRIM B13, em retaliação à morte de dois de seus integrantes, iniciou
uma onda de atentados que deixou em pânico a população acreana. Foram quatro
dias de ataques ao patrimônio particular e público, com incêndio a veículos, a escolas
e disparos de arma de fogo contra Unidades de segurança Pública.
Desde então, desenvolveu-se no Estado do Acre uma guerra inter e entre
ORCRIMs, ocasionando uma explosão nos índices de crimes violentos, em especial
nos homicídios dolosos e roubos.
Em resposta a tais eventos, uma série de ações e operações de combate ao
Crime Organizado vem sendo desenvolvidas em todo o Estado do Acre. O quadro a
seguir apresenta os números das principais operações voltadas para a desarticulação
das ORCRIMs.

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


76
Quadro 26: Investigados e denunciados por ORCRIM conforme principais operações

Principais Operações de Combate ao Crime


Organizado no Acre - 2013 a 2107
Principais Operações Investigados Denunciados
Operação Diáspora 46 46
Operação Fim da Linha 1ª fase 540 165
Operação Fim da Linha 2ª fase 245 28
Operação Êxodos 1ª fase 94 46
Operação Êxodos 2ª fase 60 49
Operação Êxodos 3ª fase 25 25
Operação Sinistros 4 4
Operação Avalanche I 26 26
Operação Avalanche II 38 38
Operação Sintonia 182 138
Operação Hidra 51 29
Operação Lares 43 10
Operação Labor 26 26
Operação Midas 1ª fase - -
Operação Midas 2ª fase 23 13
Operação Midas 3ª fase - -
Operação Cartas Marcadas 10 10
Operação Leviatã 12 12
Denunciados Avulsos 151 151
Total investigados e
1576 816
denunciados
Fonte: Bases de dados do GAECO/MPAC

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


77
2.6. FRONTEIRA

2.6.1. Fronteira brasileira

Sobre a fronteira brasileira, o relatório de auditoria do Tribunal de Contas da


União (TC 020.053/2015-0)16, que avalia a governança das políticas públicas da faixa
de fronteira nacional, descreve de forma categórica as suas características, assim
como os entraves no que diz respeito à integração entre as forças de segurança e
suas responsabilidades.

[...] A faixa de fronteira corresponde a 27% do território nacional (2.357.850


km²) e caracteriza-se geograficamente por ser uma faixa de até 150 km de
largura ao longo dos 16.886 km de extensão da fronteira terrestre brasileira,
sendo 7.363 km em linha seca e 9.523 km em rios, lagos e canais ao longo
de 11 Estados da federação, que fazem divisa com 10 países da América do
Sul. Nessa área, há 23.415 km de rodovias federais e nela residem mais de
10 milhões de brasileiros, em 588 municípios, sendo 122 limítrofes, com 30
cidades gêmeas. Segundo a Constituição Federal é considerada fundamental
para defesa do território nacional e sua ocupação e utilização sofrem
restrições legais.
Por estar situada no lado oposto àquele onde se iniciou a ocupação do
território brasileiro, a costa do Atlântico, em cuja linha ou proximidades
desenvolveram-se os principais conglomerados urbanos e aparelhos
produtivos do país, a faixa de fronteira é muito menos povoada e
desenvolvida que a costa Leste, conquanto seja de vital importância para a
defesa nacional, para a segurança pública e para a integração com os países
limítrofes.
Salienta-se que a faixa de fronteira é uma área com características peculiares
que a diferenciam do restante do País, devido ao estreito contato com os
demais países da América do Sul, evidenciado principalmente nas cidades-
gêmeas, com modelos próprios de organização em meio às dificuldades que
sinalizam para a necessidade de se prestar tratamento especial a essa
região, que requer esforços coordenados, progressivos e continuados para a
promoção do seu desenvolvimento.
As unidades da federação localizadas na Amazônia Brasileira possuem
singularidades no que se refere à sua geografia, infraestrutura, aspectos
culturais e criminológicos[...]

16
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:3KZ0f3f-
Hu8J:portal.tcu.gov.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp%3FfileId%3D8A8182A1561E4260015652BB6
C8E783A+&cd=6&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br
RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE
78
2.6.1.1. Histórico de atos normativos voltados para a faixa de fronteira brasileira

Dentre os atos regulamentadores das políticas federais direcionadas à


fronteira, sintetiza-se, adiante, o histórico do arcabouço normativo específico para a
faixa limítrofe.

Quadro 27: Arcabouço de atos normativos voltados para a fronteira


LEI Nº 601/1850 Dispõe sobre as terras devolutas do Império
CONSTITUIÇÃO
Faixa de Fronteira de 150 Km
FEDERAL 1934/37
Dispõe sobre zonas indispensáveis à defesa do país e
Lei Nº 2.597/1955
dá outras providências.
Dispõe sobre a Faixa de Fronteira, altera o Decreto-lei
Lei Nº 6.634/1979 nº 1.135, de 3 de dezembro de 1970, e dá outras
providências.
Dispõe sobre a organização e o funcionamento do
Lei Nº 8.183/1991
Conselho de Defesa Nacional e dá outras providências.
Estabelece prazo para as ratificações de concessões e
Lei 9.871/1999 alienações de terras feitas pelos Estados na faixa de
fronteira, e dá outras providências.
Dispõe sobre as normas gerais para a organização, o
LC Nº 097/1999
preparo e o emprego das Forças Armadas.
Institui a Política Nacional de Desenvolvimento
Decreto Nº 6.047/2007
Regional – (PNDR) e dá outras providências.
Altera a Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999,
que “dispõe sobre as normas gerais para a organização,
o preparo e o emprego das Forças Armadas”, para criar
LC Nº 136/2010
o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e
disciplinar as atribuições do Ministro de Estado da
Defesa.
Decreto de 08 de Institui a Comissão Permanente para o Desenvolvimento
setembro de 2010 e a Integração da Faixa de Fronteira – CDIF.
Decreto Nº 7.496/2011 Institui o Plano Estratégico de Fronteiras.
Altera o Decreto no 7.496, de 8 de junho de 2011, que
institui o Plano Estratégico de Fronteiras.
Decreto Nº 7.638/2011
Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras
(ENAFRON).
Institui o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras e
Decreto Nº 8.903/2016 organiza a atuação de unidades da administração pública
federal para sua execução (PPIF).

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


79
2.6.1.2. A realidade da integração entre as instituições no tocante aos problemas
de Fronteira

Quanto às condições atuais de integração das instituições responsáveis e


corresponsáveis pelas questões de segurança na fronteira, o supramencionado
Relatório de auditoria do TCU (TC 014.387/2014-0) conclui que:

[...] Embora já se tenha um conjunto de estudos oficiais voltados para a região


de fronteira, com inúmeros desafios ainda a serem superados, não consta do
arcabouço normativo brasileiro uma política nacional para a faixa de fronteira,
formal e adequadamente instituída, com a competência e a legitimidade do
Congresso Nacional, para orientar as ações que dependem de atuação
coordenada das diversas agências encarregadas de promoverem o
desenvolvimento socioeconômico, a segurança e a integração daquele
espaço territorial.
O Decreto 7.496/2011, que instituiu o Plano Estratégico de Fronteiras (PEF),
estabelece que os órgãos e entidades federais, estaduais e municipais
envolvidos devem atuar de forma integrada (art. 2º, inc. I, art. 3º, inc. I e II,
art. 4º, inc. I, art. 6º, inc. VII e art. 7º § 2º) e que executarão ações conjuntas
(art. 3º, inc. II). Tal Plano uniu Defesa, Segurança Pública e Receita Federal,
passando a ser o marco legal de orientação das políticas de segurança para
a região.
Analisando o Decreto 8.903/2016, que instituiu o Programa de Proteção
Integrada de Fronteiras - PPIF, para o fortalecimento da prevenção, do
controle, da fiscalização e da repressão aos delitos transfronteiriços,
observamos que o ato normativo tem como objetivo elementar garantir a
integração e articulação entre os órgãos envolvidos direta e indiretamente
com a segurança nas áreas de fronteira. Dentre os desígnios previstos no
Decreto está o desenvolvimento de ações conjuntas entre os órgãos de
segurança pública, federais e estaduais, da Secretaria da Receita Federal do
Brasil e do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e o compartilhamento
de informações e ferramentas (art. 4º, inc. II e III).
Mesmo havendo um arcabouço normativo que sustenta a atuação na faixa
de fronteira, não percebemos a definição de uma estratégia, de âmbito
nacional, para a promoção do desenvolvimento, segurança e integração, que
permita a visão geral da atuação coordenada dos diversos órgãos e
instituições com atribuições naquele território. Percebemos que os atos
normativos estão lastreados na integração entre os órgãos e instituições
executores das políticas de segurança, desenvolvimento e integração da
faixa de fronteira, mas não estabelecem claramente suas competências,
atribuições, objetivos, responsabilidades, direitos e deveres nas esferas
federal, estadual e municipal.
Dessa forma, sem o devido direcionamento estratégico, as gestões das
unidades operacionais caminham isoladas, em meio às suas atribuições
institucionais e se desalinham entre si, em prejuízo à integração pretendida e
essencial para minimização dos problemas existentes.
São grandes os desafios enfrentados pelo conjunto de políticas públicas de
naturezas transversais que alcançam a fronteira brasileira, sobretudo pela
complexidade de áreas envolvidas, com elevados graus de interferências
mútuas, sob esforços coordenados constituídos em multiníveis.
As maiores dificuldades para os órgãos/entidades trabalharem de forma
integrada e articulada repousam nas seguintes causas:
RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE
80
 Necessidade de sigilo;
 Falta de confiança;
 Entraves de ordem legal;
 Cultura predominante;
 Corporativismo;
 Insuficiência de efetivos

Contudo, ainda que haja impedimentos para se normatizar a atuação dos


diversos órgãos, instituições e esferas de governo envolvidos, em
decorrência de inexistir uma política pública para a fronteira institucionalizada
por Lei, outras providências poderiam ser adotadas, como resultado de um
esforço conjunto que se proponha a enfrentar a questão, no sentido de suprir
essa necessidade e garantir maior efetividade à integração almejada [...]

2.6.1.3. Posicionamento do Ministério da Defesa quanto à atuação integrada com


outros órgãos na área de fronteira

O relatório de auditoria operacional do Tribunal de Contas da União (TC


014.387/2014-0), com o objetivo avaliar os aspectos de governança do
conjunto de políticas públicas para o fortalecimento da faixa de fronteira, foi
encaminhado aos gestores dos órgãos responsáveis pelo desenvolvimento
das políticas públicas voltadas para área de fronteira para que fizessem as
considerações diante dos resultados obtidos. Extraímos as respostas dos
gestores do Ministério da Defesa (Ofícios de números 0547 a 0554 e
0572/2015-TCU/SECEX-MS), assim como a análise do TCU, como forma de
entendermos a dinâmica atual das ações integradas que envolvem as forças
armadas e quais os problemas que dificultam uma integração mais efetiva.
Considerações do Ministério da Defesa em relação a auditoria:
[...] ressaltou o crescente interesse de outras agências em integrar suas
ações à Operações Ágata, que, dessa maneira, passam a abranger um maior
número de ilícitos praticados na faixa de fronteira, como por exemplo os
relacionados com o meio ambiente, aviação civil e vigilância sanitária. Para
dar ênfase a essa afirmação relacionou os órgãos convidados a participar da
Operação Ágata 9, recém-concluída.
Esclareceu que são constituídos Comandos de cada área de operação nas
Operações Ágata, os quais realizam o seu planejamento, procurando
adequar as necessidades e disponibilidades dos diversos órgãos envolvidos,
que durante a execução são ativados os Centros de Coordenação de
Operações, onde há a participação dos órgãos e agências integrantes da
operação que, no nível regional, desempenham o papel do Centro de
Operações Conjuntas - COC, ao qual devem reportar-se.
Explanou que as Forças Armadas empregam técnicas operacionais comuns
a outras operações como as de Garantia da lei e da Ordem, no caso do
Exército, as de inspeção naval, no caso da Marinha e de interceptação, no
caso da Aeronáutica, e que todos esses procedimentos já fazem parte das
instruções de formação de seus quadros, de modo que todos os trabalhos de
planejamento e condução da operação seguem os métodos previstos para o
trabalho de estado-maior (conjunto ou singular), transmitido nas escolas de
formação e em cursos de aperfeiçoamento;
Terminando sua manifestação aduziu que as Operações ÁGATA procuram,
ainda, atingir o objetivo de ampliar a cooperação internacional, a exemplo da
última operação, que contou com observadores de todos os países

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


81
fronteiriços da área de operações teve ações coordenadas e simultâneas com
a Armada Boliviana [...]
Análise da auditoria do TCU:
[...] é nesse ponto que ganham importância os aspectos levantados pela
Secretaria da Receita Federal do Brasil, referentes à dificuldade de
operacionalização com as Forças Armadas, pela falta de autonomia dos seus
Comandantes Locais ou Regionais para tomada de decisão e confirmação de
participação, em razão de dependerem de autorizações em diversos níveis.
Essa dependência excessiva de um comando central engessa a realização
de ações conjuntas locais e prejudica – eventualmente inviabiliza – a
tempestividade de ações integradas[...]

2.6.1.4. Problemas enfrentados na região de fronteira do Brasil

O desenho atual das políticas públicas destinadas ao fortalecimento da faixa


de fronteira objetiva minimizar os problemas já diagnosticados e aproveitar
oportunidades mapeadas nas áreas de desenvolvimento, integração e segurança.
Em se tratando dos fatores genéricos que constituem os principais problemas
da região em comento, podemos destacar:

 Baixa densidade demográfica;


 Ocorrência de crimes transnacionais;
 Existência de conflitos fundiários;
 Injustiça social;
 Imigração com reflexos diretos nas áreas de segurança, saúde,
educação, emprego e assistência social.

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


82
2.6.2. O Acre e a Tríplice Fronteira

O Acre está situado no extremo sudoeste da Amazônia brasileira. Sua


superfície territorial é de 164.221,4 km2, correspondente a 4% da área amazônica
brasileira e a 1,9% do território nacional. Com uma extensão territorial de 445 km no
sentido norte-sul e 809 km entre seus extremos Leste-Oeste, faz divisa com os países
Peru e a Bolívia e, nacionalmente, com os Estados do Amazonas e de Rondônia.

Figura 3: Mapa do Acre e seus limites com a Bolívia e o Peru

O Acre está dividido em cinco Regionais Político-Administrativas e em 10


Regionais de Segurança Pública, a saber: Alto Acre; Baixo Acre; Purus;
Tarauacá/Envira e Juruá

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


83
Figura 4: Mapa de distribuição Regional do Acre

Quadro 28: 17 municípios do Estado do Acre situados na linha de fronteira

17 municípios do Acre situados na linha de fronteira

Municípios
Tipo de Fronteira
Assis Brasil Cidade Gêmea - Peru/Bolívia
Brasiléia/Epitaciolândia Cidade Gêmea - Bolívia
Capixaba Município Lindeiro - Bolívia
Acrelândia Município Lindeiro - Bolívia
Plácido de Castro Município Lindeiro - Bolívia
Sena Madureira Município Lindeiro - Bolívia
Santa Rosa Cidade Gêmea - Peru
Manoel Urbano Município Lindeiro - Peru
Feijó Município Lindeiro - Peru
Jordão Município Lindeiro - Peru
Marechal Thaumaturgo Município Lindeiro - Peru
Cruzeiro do Sul Município Lindeiro - Peru
Rodrigues Alves Município Lindeiro - Peru
Porto Walter Município Lindeiro - Peru
Mâncio Lima Município Lindeiro - Peru
Xapuri Município Lindeiro - Bolívia

O Estado possui uma extensa faixa de fronteira com a Bolívia (618 km) e com
o Peru (1.350 km). Esses países, juntos, são responsáveis por mais de 10% do cultivo
RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE
84
de coca do mundo. Matérias jornalísticas apontam que a Bolívia tornou-se um território
prioritário para as redes internacionais de traficantes expandirem seus negócios. Tais
fatos demonstram a vulnerabilidade a que está exposto o Estado do Acre.

Figura 5: Mapa com extensão da fronteira do Acre com a Bolívia e o Peru

No Acre existem várias vias terrestres e hidrovias que dão acesso aos países
andinos. Devido à cobertura insuficiente de fiscalizações, os criminosos preferem
trafegar através de ramais e hidrovias, visto que a presença da polícia nesses locais
fica comprometida em razão de algumas dificuldades como a capacidade logística e
operacional, que são insuficientes para atender à demanda mínima verificada em tais
localidades. A vasta malha hidroviária, especialmente observada na região do Alto
Acre, Purus e Juruá, apresenta-se como acesso atrativo para os traficantes de
entorpecentes oriundos de países vizinhos, Peru e Bolívia, no Estado e,
consequentemente, no país.

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


85
Figura 6: Mapa hidrográfico do Acre

Os principais rios no Estado totalizam uma média de nove, afora os igarapés.


São rios navegáveis apenas em épocas de cheias, período que vai de janeiro a maio
aproximadamente, e boa parte deles faz divisa internacional, alguns com suas
nascentes no Peru e outros na Bolívia.

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


86
O quadro a seguir relaciona os trechos navegáveis dos rios:

Quadro 29: Trechos navegáveis dos principais rios que banham o Acre

O Acre é o quarto Estado, na Amazônica Legal, de maior preservação da


cobertura florestal. O Estado possui muitas “colocações”, sendo todas elas ocupadas
RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE
87
por pequenos povoados, conhecidos como populações tradicionais: ribeirinhos,
colonos, indígenas e produtores familiares, que têm acesso às áreas urbanas de suas
cidades após muitas horas de caminhada em “estradas de seringas”, varadouros e
ramais. Quando não, por rios, em épocas de águas altas, sendo tais vias de acesso
caracterizadas por matas muito fechadas propícias para o fluxo de pessoas
clandestinas e não clandestinas, drogas e contrabandos.
Os aspectos geográficos supracitados reafirmam as dificuldades com as quais
os órgãos estaduais se deparam na oferta do serviço de segurança às comunidades
longínquas e isoladas, bem como no combate ao narcotráfico e demais crimes
fronteiriços.

2.6.2.1. Crimes da região de fronteira do Acre

Os crimes mais comuns da região de fronteira do Acre com os países vizinhos são:

 Abigeato;
 Contrabando de armas e munições;
 Refúgio de criminosos;
 Roubo e furto de veículos;
 Tráfico de drogas;
 Imigração clandestina;
 Prostituição, com exploração sexual infanto-juvenil binacionalmente;
 Exploração ilegal de recursos naturais;
 Homicídios.

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


88
2.7. VIOLÊNCIA CONTRA MULHER

As desigualdades entre homens e mulheres foram construídas com o passar


de longos anos, visualizando-se uma construção sociocultural sem qualquer base
compreensível. Tais diferenças encontraram campo fértil para serem transformadas
em atos de discriminação e violência. A violência contra a mulher caracteriza-se por
quaisquer atos violentos que tenham como sua determinação o gênero.
Para Saffioti17, o conceito de violência contra a mulher inclui qualquer tipo de
violência praticada contra mulheres de qualquer idade, em qualquer âmbito, seja ele
privado ou público, em que estejam excluídos os homens.
Em linha com a análise de Saffioti, Ballone18, ao tratar da violência contra a
mulher, dispõe:

Qualquer ato, omissão ou conduta que serve para infligir sofrimentos físicos,
sexuais ou mentais, direta ou indiretamente, por meio de enganos, ameaças,
coação ou qualquer outro meio, a qualquer mulher, e tendo por objetivo e
como efeito intimidá-la, puni-la ou humilhá-la, ou mantê-la nos papéis
estereotipados ligados ao seu sexo, ou recusar-lhe a dignidade humana, a
autonomia sexual, a integridade física, mental e moral, ou abalar a sua
segurança pessoal, o seu amor próprio ou a sua personalidade, ou diminuir
as suas capacidades físicas ou intelectuais.

A violência contra a mulher é uma relação de força que transforma as


diferenças entre os sexos em desigualdade com o objetivo de afirmar e reafirmar a
dominação masculina. Logo, a violência consiste na maneira pela qual os homens
exercem o controle sobre as mulheres.
A violência contra a mulher é um fenômeno tão generalizado, que não basta
procurar suas origens nas perturbações individuais. É preciso se perguntar por que
esse fenômeno encontra um terreno tão favorável para se manifestar e por que
encontra tão pouca resistência para continuar a se reproduzir.
Este capítulo tem por objetivo dimensionar o nível de violência contra a mulher
no Acre, a partir da análise das notificações geradas em atendimentos nas unidades
de saúde do Estado e registradas no Sistema de Informação de Agravos de

17 SAFFIOTI, H. I. B.; ALMEIDA, S. S. Violência de gênero: poder e impotência. Rio de Janeiro:


Revinter, 1995.
18 BALLONE G.J, ORTOLANI I.V, MOURA E.C. Violência Doméstica. 2008. Disponível em:

<http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=89> acesso em 05 nov 2018.


RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE
89
Notificação (SINAN). Este Observatório de Análise Criminal descreverá as
características epidemiológicas dos casos notificados no período de 2012 a 2017.
Importa salientar que os números referentes à violência sexual são resultantes
da seleção da variável denominada, no banco de dados do SINAN, como
“VIOL_SEXU”, com a seleção da opção “1”, que, conforme o dicionário de dados
significa “Sim”, ou seja, que houve violência sexual contra a paciente atendida.
Serão utilizados a seguir gráficos e quadros constando variáveis que
possibilitam ao leitor identificar em que medida se apresenta no Estado do Acre a
problemática em questão. Tal conteúdo representa apenas um recorte de um grande
universo de dados (SINAN), que em momento posterior será explorado de forma mais
detalhada.

Gráfico 76: Histórico de notificações geradas durante atendimentos em unidades de saúde do Acre
com constatação de violência contra vítimas do sexo feminino
Histórico de notificações geradas durante atendimentos em unidades de saúde
do Acre com constatação de violência contra vítimas do sexo feminino

1327

1184
1121

998
898

672

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Fonte: SINAN/SESACRE

O gráfico acima demonstra que o número de notificações de violência contra


vítimas do sexo feminino vem aumentando de forma contínua, considerando os anos
em análise.

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


90
Quadro 30: Frequência absoluta e relativa de notificações geradas durante atendimentos em unidades
de saúde do Acre com constatação de violência contra vítimas do sexo feminino - por faixa etária da
vítima
FREQUÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA DE NOTIFICAÇÕES GERADAS DURANTE ATENDIMENTOS EM UNIDADES DE SAÚDE DO ACRE
COM CONSTATAÇÃO DE VIOLÊNCIA CONTRA VÍTIMAS DO SEXO FEMININO - POR FAIXA ETÁRIA DA VÍTIMA

65 OU NÃO
ANO NOTIFICAÇÃO 0 A 11 12 A 17 18 A 24 25 A 29 30 A 34 35 A 64 Total Geral
MAIS INFORMADO
2012 100 (15%) 288 (43%) 111 (17%) 58 (9%) 38 (6%) 54 (8%) 3 (0%) 20 (3%) 672 (100%)
2013 93 (10%) 473 (53%) 126 (14%) 49 (5%) 42 (5%) 80 (9%) 5 (1%) 30 (3%) 898 (100%)
2014 100 (10%) 550 (55%) 123 (12%) 68 (7%) 57 (6%) 75 (8%) 8 (1%) 17 (2%) 998 (100%)
2015 113 (10%) 600 (54%) 151 (13%) 86 (8%) 59 (5%) 99 (9%) 5 (0%) 8 (1%) 1121 (100%)
2016 78 (7%) 669 (57%) 153 (13%) 86 (7%) 77 (7%) 111 (9%) 6 (1%) 4 (0%) 1184 (100%)
2017 63 (5%) 736 (55%) 186 (14%) 102 (8%) 78 (6%) 150 (11%) 6 (0%) 6 (0%) 1327 (100%)
Fonte: SINAN/SESACRE

Neste quadro observa-se a expressiva representação percentual de


notificações de violência contra vítimas com idade compreendida entre os 12 e 17
anos. Em regra, mais de 50% das pacientes vítimas encontravam-se na referida faixa
de idade quando atendidas em unidades de saúde do Estado.

Quadro 31: Frequência absoluta e relativa de notificações geradas durante atendimentos em unidades
de saúde do Acre com constatação de violência contra vítimas do sexo feminino - Por município da
ocorrência
FREQUÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA DE NOTIFICAÇÕES GERADAS DURANTE ATENDIMENTOS EM UNIDADES DE
SAÚDE DO ACRE COM CONSTATAÇÃO DE VIOLÊNCIA CONTRA VÍTIMAS DO SEXO FEMININO - POR MUNICÍPIO DA
OCORRÊNCIA

MUNICÍPIO 2012 2013 2014 2015 2016 2017


ACRELANDIA 6 (1%) 11 (1%) 7 (1%) 17 (2%) 12 (1%) 9 (1%)
ASSIS BRASIL 3 (0%) 6 (1%) 20 (2%) 13 (1%) 22 (2%) 42 (3%)
BRASILEIA 75 (11%) 84 (9%) 152 (15%) 138 (12%) 160 (14%) 189 (14%)
BUJARI 6 (1%) 5 (1%) 7 (1%) 5 (0%) 8 (1%) 5 (0%)
CAPIXABA 6 (1%) 3 (0%) 6 (1%) 4 (0%) 7 (1%) 15 (1%)
CRUZEIRO DO SUL 10 (1%) 36 (4%) 62 (6%) 82 (7%) 104 (9%) 75 (6%)
EPITACIOLANDIA 54 (8%) 27 (3%) 51 (5%) 59 (5%) 79 (7%) 113 (9%)
FEIJO 2 (0%) 5 (1%) 8 (1%) 6 (1%) 10 (1%) 6 (0%)
JORDAO (0%) 2 (0%) 7 (1%) 6 (1%) 19 (2%) 19 (1%)
MANCIO LIMA 1 (0%) 6 (1%) 5 (1%) 9 (1%) 4 (0%) 9 (1%)
MANOEL URBANO 10 (1%) 5 (1%) 9 (1%) 8 (1%) 11 (1%) 7 (1%)
MARECHAL THAUMATURGO (0%) (0%) 3 (0%) 9 (1%) 2 (0%) 3 (0%)
PLACIDO DE CASTRO 45 (7%) 33 (4%) 39 (4%) 61 (5%) 39 (3%) 24 (2%)
PORTO ACRE 14 (2%) 22 (2%) 12 (1%) 11 (1%) 16 (1%) 18 (1%)
PORTO WALTER (0%) 1 (0%) 4 (0%) 2 (0%) 5 (0%) 7 (1%)
RIO BRANCO 380 (57%) 343 (38%) 310 (31%) 334 (30%) 348 (29%) 415 (31%)
RODRIGUES ALVES (0%) 1 (0%) 7 (1%) 7 (1%) 6 (1%) 8 (1%)
SANTA ROSA 2 (0%) 1 (0%) (0%) 2 (0%) 3 (0%) 1 (0%)
SENA MADUREIRA 4 (1%) 8 (1%) 18 (2%) 6 (1%) 29 (2%) 8 (1%)
SENADOR GUIOMARD 6 (1%) 18 (2%) 11 (1%) 11 (1%) 8 (1%) 16 (1%)
TARAUACA 21 (3%) 52 (6%) 24 (2%) 20 (2%) 106 (9%) 184 (14%)
XAPURI 2 (0%) 89 (10%) 119 (12%) 122 (11%) 156 (13%) 124 (9%)
NÃO INFORMADO 13 (2%) 140 (16%) 117 (12%) 189 (17%) 30 (3%) 30 (3%)
TOTAL ESTADO 672 (100%) 898 (100%) 998 (100%) 1121 (100%) 1184 (100%) 1327 (100%)
Fonte: SINAN/SESACRE

O quadro acima demonstra que os municípios de Rio Branco, Brasileia e


Tarauacá foram os que concentraram o maior volume de ocorrências de violência em
2017. Tal concentração pode estar relacionada a fatores ligados à localização e tipo
da unidade de saúde.
RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE
91
Quadro 32: Frequência absoluta e relativa de notificações geradas durante atendimentos em unidades
de saúde do Acre com constatação de violência contra vítimas do sexo feminino - Por tipo de relação
da vítima com o autor
FREQUÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA DE NOTIFICAÇÕES GERADAS DURANTE ATENDIMENTOS EM UNIDADES DE SAÚDE DO ACRE COM
CONSTATAÇÃO DE VIOLÊNCIA CONTRA VÍTIMAS DO SEXO FEMININO - POR TIPO DE RELAÇÃO DA VÍTIMA COM O AUTOR

REL_PAI,C, REL_MAE,C, REL_PAD, REL_CON REL_EXC REL_NA REL_EXN REL_DES REL_CON REL_OUT
ANO NOTIFICAÇÃO Total geral
1 1 C,1 J,C,1 ON,C,1 MO,C,1 AM,C,1 CO,C,1 HEC,C,1 ROS,C,1
2012 22 (3%) 12 (2%) 37 (6%) 137 (20%) 45 (7%) 146 (22%) 20 (3%) 73 (11%) 101 (15%) 79 (12%) 672 (100%)
2013 29 (3%) 14 (2%) 19 (2%) 225 (25%) 32 (4%) 174 (19%) 33 (4%) 82 (9%) 163 (18%) 127 (14%) 898 (100%)
2014 15 (2%) 17 (2%) 22 (2%) 265 (27%) 56 (6%) 205 (21%) 34 (3%) 91 (9%) 133 (13%) 160 (16%) 998 (100%)
2015 24 (2%) 15 (1%) 31 (3%) 340 (30%) 44 (4%) 212 (19%) 33 (3%) 112 (10%) 174 (16%) 136 (12%) 1121 (100%)
2016 20 (2%) 13 (1%) 20 (2%) 356 (30%) 56 (5%) 273 (23%) 39 (3%) 102 (9%) 162 (14%) 143 (12%) 1184 (100%)
2017 22 (2%) 10 (1%) 13 (1%) 361 (27%) 56 (4%) 317 (24%) 34 (3%) 171 (13%) 178 (13%) 165 (12%) 1327 (100%)
Fonte: SINAN/SESACRE

O quadro acima demonstra que quem mais cometeu ato de violência contra
vítimas do sexo feminino, em 2017, foram os maridos e namorados.

Gráfico 77: Histórico de notificações geradas durante atendimentos em unidades de saúde do Acre
com constatação de violência sexual contra vítimas do sexo feminino
Histórico de notificações geradas durante atendimentos em unidades de saúde
do Acre com constatação de violência sexual contra vítimas do sexo feminino

759

672
641
605

518

388

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Fonte: SINAN/SESACRE

Dentro do universo das formas de violência contra as mulheres, merece


destaque o significante percentual dos casos em que há constatação de violência
sexual. Do total de 1.327 notificações de violência no ano de 2017, registradas em
unidades de saúde do Estado do Acre, há constatação de 759 casos em que houve
violência sexual, ou seja, em 57% dos casos ocorreu este tipo de violência.
Analisando de forma mais detalhada uma amostra dos casos deste tipo de
violência, foi identificado que uma parcela significativa das vítimas tinha idade inferior

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


92
a 14 anos e mantinha relação sexual com o autor de forma consentida e vivia, no
momento da violência presumida, em situação análoga à de união estável.
Segundo a Portaria Nº 204, de 17 de fevereiro de 2016, no seu anexo, em que
consta a Lista Nacional de Notificação Compulsória, os casos de violência sexual
(agravo 48.b) são classificados como sendo de notificação compulsória imediata, ou
seja, deve ocorrer em até 24 horas, a contar do atendimento. Ocorre que, por mais
que haja celeridade no fluxo das notificações, a referida portaria não prevê
comunicação para além das instâncias do sistema de saúde.
Não se sabe em que medida tais notificações de violência chegam ao
conhecimento do Ministério Público e, se necessário, ao conhecimento das
autoridades policiais competentes para apurar os fatos.
Nesse sentido, o Ministério da Saúde disponibilizou no seu site oficial as
seguintes orientações:

As unidades de saúde dos serviços públicos e privados devem notificar os


casos de violência que se enquadrarem no objeto de notificação da ficha, a
saber: “Caso suspeito ou confirmado de violência doméstica/intrafamiliar,
sexual, autoprovocada, tráfico de pessoas, trabalho escravo, trabalho infantil,
tortura, intervenção legal e violências homofóbicas contra mulheres e homens
em todas as idades. No caso de violência extrafamiliar/comunitária, somente
serão objetos de notificação as violências contra crianças, adolescentes,
mulheres, pessoas idosas, pessoa com deficiência, indígenas e população
LGBT.” (ficha de notificação de violências interpessoais e autoprovocadas).
A notificação compulsória de violências interpessoais e autoprovocadas no
âmbito da Saúde não é denúncia, mas sim um instrumento de garantia de
direitos. Após as etapas de acolhimento, atendimento e notificação, deve-se
proceder ao seguimento na rede de proteção social. Os casos suspeitos ou
confirmados de violência contra crianças, adolescentes e também contra
pessoas idosas devem ser notificados no SINAN e, além disso, é obrigatória
a comunicação ao Conselho Tutelar e/ou Ministério Público (no caso de
crianças e adolescentes) e ao Conselho Municipal do Idoso e/ou Ministério
Público no caso de pessoas idosas. O Conselho Tutelar e o Ministério Público
têm como atribuição verificar a situação da criança, adolescente ou da pessoa
idosa e acionar a Autoridade Policial e/ou a Justiça, quando houver
necessidade.[...] Ressalta-se que somente há previsão legal para
comunicação a outros órgãos dos casos de violência contra os públicos já
citados, a saber: crianças e adolescentes, pessoas idosas e deficientes. No
caso de mulheres adultas que estejam vivenciando situação de violência, e
que não sejam nem idosas nem deficientes, as equipes de saúde devem
informar sobre os serviços da rede de proteção social e sobre a importância
da denúncia, mas não devem encaminhar o caso sem a sua autorização. Em
todos os casos, o atendimento deve respeitar a autonomia da mulher e seu
direito de escolha e obedecer às normativas do Ministério da Saúde 19.

19
http://portalms.saude.gov.br/vigilancia-em-saude/vigilancia-de-violencias-e-acidentes-viva/vigilancia-
de-violencias/orientacoes-para-notificacao-e-atendimento
RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE
93
Em outra publicação do Ministério da Saúde, a orientação, no que tange às
notificações com constatação de violência sexual, é a seguinte:

Para os casos de violência sexual, a notificação imediata visa agilizar o


atendimento à pessoa que foi vítima e seu acesso à contracepção de
emergência e às medidas profiláticas de doenças sexualmente transmissíveis
e hepatites virais em até 72 horas da agressão, o mais precocemente
possível, de acordo com o preconizado na Norma técnica “Prevenção e
Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e
Adolescentes” e na “Linha de cuidado para a Atenção Integral à Saúde de
Crianças, Adolescentes e suas Famílias em Situação de Violências”. A
notificação imediata é fundamental para organização dos serviços a fim de
que seja garantido o acesso às medidas de prevenção dos agravos
resultantes da violência sexual em tempo oportuno. A notificação se dará a
partir do fluxo definido pela vigilância local, no qual o serviço de saúde notifica
via ficha de notificação, telefone, fax ou outro meio específico à vigilância
municipal e encaminha a pessoa que sofreu a violência para os serviços de
referência para violência sexual no setor saúde e rede de proteção. É
importante a agilidade deste fluxo para garantir que a vigilância tenha
conhecimento destes casos, e que eles sejam encaminhados ao seguimento
adequado. Portanto, é necessário articular a notificação do caso à vigilância
epidemiológica do município, imediatamente após o seu conhecimento com
o encaminhamento imediato da pessoa para a rede de atenção à saúde.
Paralelamente à notificação dos casos de violência doméstica, sexual e de
outras violências (incluindo as tentativas de suicídio) deve ser realizada a
comunicação do caso aos Conselhos Tutelares e ao Ministério Público, no
caso de violências contra crianças e adolescentes em conformidade com o
ECA; ao Conselho da Pessoa Idosa, ou ao Ministério Público ou à Delegacia
do Idoso, no caso de violência contra pessoas com 60 anos ou mais de
acordo com o Estatuto do Idoso e Lei nº 12.461/2011. No caso de violência
contra mulher, deve-se orientar a mulher a procurar os serviços da rede de
atendimento à mulher em situação de violência, tais como Delegacia de
Atendimento à Mulher e Centro de Referência da Mulher. A notificação
corresponde ao processo de informar o caso à vigilância em saúde do
município para a tomada de ações de saúde, já a comunicação diz respeito
ao ato de informar o caso aos órgãos de garantia de direitos para a tomada
das medidas de proteção20.

20
http://portalms.saude.gov.br/component/content/article/950-saude-de-a-a-z/violencia-e-
acidentes/43262-notificacao-compulsoria-imediata-dos-casos-de-violencia-sexual-e-tentativa-de-
suicidio
RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE
94
Quadro 33: Frequência absoluta e relativa de notificações geradas durante atendimentos em unidades
de saúde do Acre com constatação de violência sexual contra vítimas do sexo feminino - por faixa etária
da vítima
FREQUÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA DE NOTIFICAÇÕES GERADAS DURANTE ATENDIMENTOS EM UNIDADES DE SAÚDE DO ACRE
COM CONSTATAÇÃO DE VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA VÍTIMAS DO SEXO FEMININO - POR FAIXA ETÁRIA DA VÍTIMA

65 OU NÃO
ANO NOTIFICAÇÃO 0 A 11 12 A 17 18 A 24 25 A 29 30 A 34 35 A 64 Total Geral
MAIS INFORMADO
2012 82 (21%) 243 (63%) 29 (7%) 10 (3%) 7 (2%) 5 (1%) 1 (0%) 11 (3%) 388 (100%)
2013 62 (12%) 380 (73%) 34 (7%) 4 (1%) 8 (2%) 11 (2%) (0%) 19 (4%) 518 (100%)
2014 60 (10%) 470 (78%) 25 (4%) 20 (3%) 11 (2%) 12 (2%) 1 (0%) 6 (1%) 605 (100%)
2015 73 (11%) 493 (77%) 40 (6%) 10 (2%) 8 (1%) 11 (2%) (0%) 6 (1%) 641 (100%)
2016 54 (8%) 562 (84%) 31 (5%) 10 (1%) 4 (1%) 7 (1%) (0%) 4 (1%) 672 (100%)
2017 43 (6%) 642 (85%) 34 (4%) 11 (1%) 13 (2%) 13 (2%) (0%) 3 (0%) 759 (100%)
Fonte: SINAN/SESACRE

Outro dado relevante sobre as notificações com a constatação de violência


sexual é a representação percentual de vítimas com idade de 12 a 17 anos. Neste
trabalho, a idade foi definida a partir da subtração da data de atendimento e a data de
nascimento da paciente.
Fazendo uma análise mais específica das notificações envolvendo menores
de 14 anos, constatou-se que, em 25% dos casos, as pacientes encontravam-se com
idade que classifica o fato como estupro de vulnerável (art. 217-A, incluído no CPB
pela Lei 12.015/2009).

Quadro 34: Frequência absoluta e relativa de notificações geradas durante atendimentos em unidades
de saúde do Acre com constatação de violência sexual contra vítimas do sexo feminino - Por município
da ocorrência
FREQUÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA DE NOTIFICAÇÕES GERADAS DURANTE ATENDIMENTOS EM UNIDADES
DE SAÚDE DO ACRE COM CONSTATAÇÃO DE VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA VÍTIMAS DO SEXO FEMININO -
POR MUNICÍPIO DA OCORRÊNCIA
MUNICÍPIO 2012 2013 2014 2015 2016 2017
ACRELANDIA 5 (1%) 5 (1%) 7 (1%) 13 (2%) 9 (1%) 2 (0%)
ASSIS BRASIL 3 (1%) 2 (0%) 17 (3%) 11 (2%) 19 (3%) 31 (4%)
BRASILEIA 3 (1%) 19 (4%) 97 (16%) 100 (16%) 104 (15%) 144 (19%)
BUJARI 5 (1%) 4 (1%) 6 (1%) 2 (0%) 8 (1%) 4 (1%)
CAPIXABA 6 (2%) 3 (1%) 4 (1%) 4 (1%) 4 (1%) 7 (1%)
CRUZEIRO DO SUL 9 (2%) 22 (4%) 50 (8%) 41 (6%) 55 (8%) 48 (6%)
EPITACIOLANDIA 2 (1%) 6 (1%) 37 (6%) 29 (5%) 38 (6%) 51 (7%)
FEIJO 2 (1%) 5 (1%) 8 (1%) 5 (1%) 8 (1%) 4 (1%)
JORDAO (0%) 2 (0%) 5 (1%) 3 (0%) 6 (1%) 4 (1%)
MANCIO LIMA 1 (0%) 4 (1%) 4 (1%) 7 (1%) 2 (0%) 7 (1%)
MANOEL URBANO 5 (1%) 1 (0%) 2 (0%) 6 (1%) 7 (1%) 3 (0%)
MARECHAL THAUMATURGO (0%) (0%) 2 (0%) 8 (1%) 1 (0%) 3 (0%)
PLACIDO DE CASTRO 10 (3%) 11 (2%) 11 (2%) 24 (4%) 20 (3%) 9 (1%)
PORTO ACRE 12 (3%) 17 (3%) 8 (1%) 11 (2%) 8 (1%) 12 (2%)
PORTO WALTER (0%) (0%) 4 (1%) 1 (0%) 4 (1%) 3 (0%)
RIO BRANCO 280 (72%) 248 (48%) 183 (30%) 179 (28%) 175 (26%) 176 (23%)
RODRIGUES ALVES (0%) 1 (0%) 5 (1%) 6 (1%) 4 (1%) 7 (1%)
SANTA ROSA 1 (0%) 1 (0%) (0%) 1 (0%) 1 (0%) (0%)
SENA MADUREIRA 4 (1%) 8 (2%) 11 (2%) 1 (0%) 18 (3%) 2 (0%)
SENADOR GUIOMARD 5 (1%) 11 (2%) 9 (1%) 6 (1%) 7 (1%) 8 (1%)
TARAUACA 18 (5%) 49 (9%) 20 (3%) 16 (2%) 99 (15%) 174 (23%)
XAPURI 2 (1%) 21 (4%) 54 (9%) 42 (7%) 56 (8%) 41 (5%)
NÃO INFORMADO 15 (4%) 78 (15%) 61 10%) 125 (19%) 19 (3%) 19 (3%)
TOTAL ESTADO 388 (100%) 518 (100%) 605 (100%) 641 (100%) 672 (100%) 759 (100%)
Fonte: SINAN/SESACRE

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


95
Este quadro demonstra que os municípios de Rio Branco, Tarauacá e
Brasileia, juntos, concentram 65% das ocorrências de violência sexual notificadas em
unidades de saúde do Estado do Acre, no ano de 2017.

Quadro 35: Frequência absoluta e relativa de notificações geradas durante atendimentos em unidades
de saúde do Acre com constatação de violência sexual contra vítimas do sexo feminino - Por tipo de
relação da vítima com o autor
FREQUÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA DE NOTIFICAÇÕES GERADAS DURANTE ATENDIMENTOS EM UNIDADES DE SAÚDE DO ACRE COM
CONSTATAÇÃO DE VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA VÍTIMAS DO SEXO FEMININO - POR TIPO DE RELAÇÃO DA VÍTIMA COM O AUTOR

REL_PAI,C, REL_MAE,C, REL_PAD, REL_CON REL_EXC REL_NA REL_EXN REL_DES REL_CON REL_OUT
ANO NOTIFICAÇÃO Total geral
1 1 C,1 J,C,1 ON,C,1 MO,C,1 AM,C,1 CO,C,1 HEC,C,1 ROS,C,1
2012 13 (3%) 1 (0%) 34 (9%) 42 (11%) 7 (2%) 137 (35%) 13 (3%) 56 (14%) 48 (12%) 37 (10%) 388 (100%)
2013 19 (4%) (0%) 16 (3%) 115 (22%) 4 (1%) 155 (30%) 19 (4%) 56 (11%) 89 (17%) 45 (9%) 518 (100%)
2014 5 (1%) (0%) 17 (3%) 171 (28%) 15 (2%) 191 (32%) 26 (4%) 53 (9%) 64 (11%) 63 (10%) 605 (100%)
2015 14 (2%) (0%) 25 (4%) 200 (31%) 5 (1%) 191 (30%) 24 (4%) 58 (9%) 85 (13%) 39 (6%) 641 (100%)
2016 16 (2%) (0%) 16 (2%) 210 (31%) 6 (1%) 249 (37%) 30 (4%) 42 (6%) 61 (9%) 42 (6%) 672 (100%)
2017 9 (1%) 1 (0%) 10 (1%) 240 (32%) 7 (1%) 295 (39%) 22 (3%) 59 (8%) 76 (10%) 40 (5%) 759 (100%)
Fonte: SINAN/SESACRE

Este quadro demonstra que em 71% dos casos de 2017, com notificação de
violência sexual, o autor foi o marido ou o namorado. Ressalta-se, novamente, que
um percentual significativo (25%) das vítimas, quando atendidas, eram menores de
14 anos. Se considerarmos as vítimas com idade de 0 a 17, o percentual de vítimas
de violência sexual no período foi de 91%.

Gráfico 78: Histórico de notificações geradas durante atendimentos em unidades de saúde do Acre
com constatação de violência contra vítimas do sexo feminino gestantes
Histórico de notificações geradas durante atendimentos em unidades de saúde
do Acre com constatação de violência contra vítimas do sexo feminino
gestantes

592

516

437
417
371

238

2012 2013 2014 2015 2016 2017

Fonte: SINAN/SESACRE

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


96
Outro recorte que chama a atenção é o de violência contra mulheres
gestantes. Das 1.327 notificações de violência realizadas no ano 2017, em 45% dos
casos a vítima estava gestante.

Quadro 36: Frequência absoluta e relativa de notificações geradas durante atendimentos em unidades
de saúde do Acre com constatação de violência contra vítimas do sexo feminino gestantes - Por faixa
etária da vítima
FREQUÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA DE NOTIFICAÇÕES GERADAS DURANTE ATENDIMENTOS EM UNIDADES DE SAÚDE DO
ACRE COM CONSTATAÇÃO DE VIOLÊNCIA CONTRA VÍTIMAS DO SEXO FEMININO GESTANTES - POR FAIXA ETÁRIA DA
VÍTIMA
NÃO
ANO NOTIFICAÇÃO 0 A 11 12 A 17 18 A 24 25 A 29 30 A 34 35 A 64 Total Geral
INFORMADO
2012 3 (1%) 166 (70%) 33 (14%) 13 (5%) 10 (4%) 4 (2%) 9 (4%) 238 (100%)
2013 (0%) 293 (79%) 32 (9%) 9 (2%) 7 (2%) 7 (2%) 23 (6%) 371 (100%)
2014 5 (1%) 359 (82%) 32 (7%) 16 (4%) 12 (3%) 5 (1%) 8 (2%) 437 (100%)
2015 2 (0%) 357 (86%) 30 (7%) 12 (3%) 3 (1%) 8 (2%) 5 (1%) 417 (100%)
2016 2 (0%) 482 (93%) 14 (3%) 7 (1%) 9 (2%) 1 (0%) 1 (0%) 516 (100%)
2017 2 (0%) 535 (90%) 24 (4%) 16 (3%) 5 (1%) 7 (1%) 3 (1%) 592 (100%)
Fonte: SINAN/SESACRE

O quadro acima demonstra que das 592 notificações de violência contra


gestantes registradas em 2017, 90% tinham idade de 12 a 17 anos.

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


97
Quadro 37: Frequência absoluta e relativa de notificações geradas durante atendimentos em unidades
de saúde do Acre com constatação de violência contra vítimas do sexo feminino gestantes – Por
município da ocorrência
FREQUÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA DE NOTIFICAÇÕES GERADAS DURANTE ATENDIMENTOS EM UNIDADES
DE SAÚDE DO ACRE COM CONSTATAÇÃO DE VIOLÊNCIA CONTRA VÍTIMAS DO SEXO FEMININO GESTANTES -
POR MUNICÍPIO DA OCORRÊNCIA
MUNICÍPIO 2012 2013 2014 2015 2016 2017
ACRELANDIA 4 (2%) 4 (1%) 1 (0%) 4 (1%) 1 (0%) (0%)
ASSIS BRASIL 3 (1%) 2 (1%) 14 (3%) 11 (3%) 16 (3%) 28 (5%)
BRASILEIA 6 (3%) 24 (6%) 81 (19%) 83 (20%) 107 (21%) 137 (23%)
BUJARI 4 (2%) 2 (1%) 5 (1%) 2 (0%) 3 (1%) 3 (1%)
CAPIXABA 2 (1%) 1 (0%) 2 (0%) 2 (0%) 5 (1%) 11 (2%)
CRUZEIRO DO SUL 1 (0%) 26 (7%) 37 (8%) 19 (5%) 32 (6%) 23 (4%)
EPITACIOLANDIA 4 (2%) 8 (2%) 29 (7%) 23 (6%) 33 (6%) 49 (8%)
FEIJO 1 (0%) 4 (1%) 7 (2%) 3 (1%) 9 (2%) 4 (1%)
JORDAO (0%) 2 (1%) 2 (0%) 2 (0%) 2 (0%) 3 (1%)
MANCIO LIMA (0%) 4 (1%) 2 (0%) 5 (1%) 2 (0%) 3 (1%)
MANOEL URBANO 5 (2%) (0%) 1 (0%) 6 (1%) 3 (1%) 4 (1%)
MARECHAL THAUMATURGO (0%) (0%) 3 (1%) 3 (1%) 1 (0%) 2 (0%)
PLACIDO DE CASTRO 6 (3%) 8 (2%) 4 (1%) 23 (6%) 20 (4%) 8 (1%)
PORTO ACRE 10 (4%) 16 (4%) 5 (1%) 6 (1%) 6 (1%) 7 (1%)
PORTO WALTER (0%) 1 (0%) 2 (0%) 1 (0%) 3 (1%) 3 (1%)
RIO BRANCO 152 (64%) 110 (30%) 104 (24%) 79 (19%) 78 (15%) 76 (13%)
RODRIGUES ALVES (0%) 1 (0%) 3 (1%) 3 (1%) 2 (0%) 4 (1%)
SANTA ROSA 1 (0%) (0%) (0%) 1 (0%) 3 (1%) (0%)
SENA MADUREIRA 3 (1%) 6 (2%) 8 (2%) 1 (0%) 16 (3%) 2 (0%)
SENADOR GUIOMARD 2 (1%) 7 (2%) 5 (1%) 3 (1%) 3 (1%) 2 (0%)
TARAUACA 19 (8%) 46 (12%) 20 (5%) 13 (3%) 97 (19%) 159 (27%)
XAPURI 1 (0%) 19 (5%) 50 (11%) 40 (10%) 57 (11%) 50 (8%)
NÃO INFORMADO 14 (6%) 80 (21%) 52 (12%) 84 (20%) 17 (3%) 14 (3%)
TOTAL ESTADO 238 (100%) 371 (100%) 437 (100%) 417 (100%) 516 (100%) 592 (100%)
Fonte: SINAN/SESACRE

Neste quadro as cidades de Tarauacá e Brasiléia representam os municípios


do Acre com maior incidência de violência contra mulheres gestantes, segundo
notificações geradas durante atendimento nas unidades de saúde do Estado.

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


98
2.8. TRÂNSITO

2.8.1. Frota de veículos


Gráfico 79: Histórico da frota de veículos do Estado
Histórico da frota de veículos no Estado, Capital e interior
300000

250000

200000
Título do Eixo

150000

100000

50000

0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Acre 83162 95607 111407 130051 151371 170392 188259 205645 223205 239123 251556
Rio Branco 60440 69267 79916 92422 106427 118116 128742 138504 148156 156624 164251
interior 22722 26340 31491 37629 44944 52276 59517 67141 75049 82499 87305

Fonte: Bancos de dados do Sistema Integrado de Segurança Pública - Polícia Militar e DETRAN

Gráfico 80: Histórico da variação da frota de veículos do Estado do Acre


Histórico do aumento da frota em relação ao ano anterior

2016 para 2017 (aumento de


4,9%
12285 veículos)
2015 para 2016 (aumento de
5,2%
12433 veículos)
2014 para 2015 (aumento de
7,1%
15918 veículos)
2013 para 2014 (aumento de
8,5%
17560 veículos)
2012 para 2013 (aumento de
9,2%
17386 veículos)
2011 para 2012 (aumento de
10,5%
17867 veículos)
2010 para 2011 (aumento de
12,6%
19021 veículos)
2009 para 2010 (aumento de
16,4%
21320 veículos)
2008 para 2009 (aumento de
16,7%
18644 veículos)
2007 para 2008 (aumento de
16,5%
15800 veículos)
0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0% 14,0% 16,0% 18,0%

Fonte: DENATRAN

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


99
Gráfico 81: Histórico da frequência relativa da frota de veículos da Capital e interior do Estado do Acre
Histórico da frequência relativa da frota de veículos do Estado do Acre -
Capital e Interior
2017 65,0% 35,0%
2016 65,3% 34,7%
2015 65,5% 34,5%
2014 66,4% 33,6%
2013 67,4% 32,6%
2012 68,4% 31,6% Rio Branco

2011 69,3% 30,7% interior

2010 70,3% 29,7%


2009 71,1% 28,9%
2008 71,7% 28,3%
2007 72,4% 27,6%
2006 72,7% 27,3%

0% 20% 40% 60% 80% 100%


Fonte: DENATRAN

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


100
2.8.2. Vítimas fatais em acidentes de trânsito

Gráfico 82: Histórico de vítimas fatais no trânsito


Histórico de vítimas fatais em acidentes de trânsito ocorridos no Estado do Acre
200
179
180

160 149
137 140
134
140 126 129
124
120
101 103
96
100 86
80 82
80

60

40

20

0
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre e Assessoria de Inteligência e Anál ise Criminal
da PMAC

Quadro 38: Histórico de vítimas fatais de trânsito por município


Tabela demonstrativa do total de vítimas fatais em acidentes de trânsito ocorridos nos respectivos anos - por município do Acre

Município 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
ACRELANDIA 2 2 7 1 3 9 5 2 5 4 5 3
ASSIS BRASIL 1 1 3 2 3
BRASILEIA 3 4 3 2 7 5 7 4 4 3 5 1
BUJARI 1 6 3 4 9 7 2 2 6 3
CAPIXABA 3 1 4 1 3 3 5 6 4 3 2
CRUZEIRO DO SUL 8 14 17 10 16 16 13 16 18 15 16 6
EPITACIOLANDIA 4 5 7 2 3 4 7 4 1 5 3 2
FEIJO 1 2 4 2 2 7 2 2 4 4 2 2
JORDÃO 2
MANCIO LIMA 1 1 1 1 4 4 4 3 1 3 3 1
MANOEL URBANO 1 1 6 2 2 1 1
MARECHAL THAUMATURGO 1
PLACIDO DE CASTRO 3 6 2 1 4 8 4 6 2 3 1
PORTO ACRE 6 2 3 3 10 5 4 4 1 6 4
PORTO WALTER
RIO BRANCO 46 72 64 86 81 79 56 59 51 38 41 43
RODRIGUES ALVES 3 1 1 1 2 1 4
SANTA ROSA
SENA MADUREIRA 3 6 6 7 5 10 5 7 7 3 1 3
SENADOR GUIOMARD 2 4 4 3 1 9 12 5 6 3 13 4
TARAUACA 1 3 1 5 6 4 2 4 3 2 2
XAPURI 4 8 1 2 2 1 4 4 2 3
Total Estado 80 124 137 134 140 179 149 126 129 101 103 82
OBS: As células preenchidas de preto significam que não houve vítima fatal no município no referido ano.
Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre e Assessoria de Inteligência e Análise Criminal da
PMAC

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


101
Gráfico 83: Histórico da taxa de vítimas fatais por 10 mil veículos – Estado
Histórico da taxa por 10 mil veículos de vítimas fatais em acidentes de
trânsito ocorridos no Estado do Acre
14,0 13,0
12,3
12,0
10,3 10,4
9,6
10,0 9,2

7,9
8,0
6,1
5,8
6,0
4,2 4,1
4,0 3,1

2,0

0,0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre e Assessoria de
Inteligência e Análise Criminal da PMAC

Gráfico 84: Histórico da taxa de vítimas fatais por 10 mil veículos - Capital

Histórico da taxa por 10 mil veículos de vítimas fatais em acidentes de


trânsito ocorridos em Rio Branco
12,0
10,4

10,0 9,3

8,0
7,6 7,6
8,0
6,7

6,0

4,1 4,2
4,0 3,4
2,5 2,5 2,5

2,0

0,0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre e Assessoria de
Inteligência e Análise Criminal da PMAC

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


102
Gráfico 85: Histórico da taxa de vítimas fatais por 10 mil veículos – Interior
Histórico da taxa por 10 mil veículos de vítimas fatais em acidentes de
trânsito ocorridos no Interior do Estado
25,0 23,2

19,7
20,0 18,9

15,0 15,1
15,0 13,1
12,8

10,1 10,4
10,0
7,5 7,1

4,2
5,0

0,0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre e Assessoria de
Inteligência e Análise Criminal da PMAC

Gráfico 86: Frequência absoluta de vítimas fatais em acidentes de trânsito – Por responsabilidade da via
Frequência absoluta de vítimas fatais em acidentes de trânsito ocorridos no
Estado do Acre nos respectivos anos - Por responsabilidade da via
200

180

160

140
Título do Eixo

120

100

80

60

40

20

0
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Via Estadual 62 71 52 88 102 84 100 123 94 91 74 61 74 54
Via Federal 24 25 28 36 35 50 40 56 55 35 55 40 29 28
Via geral 86 96 80 124 137 134 140 179 149 126 129 101 103 82

Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre e Assessoria de
Inteligência e Análise Criminal da PMAC

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


103
Gráfico 87: Responsabilidade de fiscalização da via do acidente com vítima fatal
Histórico da frequência relativa de vítimas fatais em
acidentes de trânsito - Pela Responsabilidade da via

2017 65,9% 34,1%


2016 71,8% 28,2%
2015 60,4% 39,6%
2014 57,4% 42,6%
2013 72,2% 27,8%
2012 63,1% 36,9%
2011 68,7% 31,3% ESTADUAL
2010 71,4% 28,6%
2009 62,7% 37,3% FEDERAL
2008 74,5% 25,5%
2007 71,0% 29,0%
2006 65,0% 35,0%
2005 74,0% 26,0%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Fonte: Observatório de Análise Cri minal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre e Assessoria de
Inteligência e Análise Cri minal da PMAC

Gráfico 88: Frequência relativa das vítimas fatais de acidentes de trânsito na Capital e no interior

Histórico da frequência relativa de vítimas fatais em


acidentes de trânsito - Capital e Interior

2017 52,4% 47,6%


2016 39,8% 60,2%
2015 38,6% 61,4%
2014 39,5% 60,5%
2013 46,0% 54,0%
2012 37,6% 62,4%
2011 44,1% 55,9%
2010 57,9% 42,1% CAPITAL
2009 64,2% 35,8% INTERIOR
2008 46,7% 53,3%
2007 58,1% 41,9%
2006 57,5% 42,5%
2005 64,6% 35,4%
0% 20% 40% 60% 80% 100%

Fonte: Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre e
Assessoria de Inteligência e Análise Criminal da PMAC

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


104
Gráfico 89: Frequência relativa das vítimas fatais de acidentes de trânsito pelo meio de locomoção da
vítima
Histórico da frequência relativa de vítimas fatais em acidentes de trânsito -
por meio de locomoção da vítima

2017 17% 46% 29% 7%


2016 17% 55% 17% 11%
2015 24% 46% 23% 8%
2014 17% 46% 29% 7%
2013 21% 62% 10% 6% A PE
2012 28% 39% 22% 11% DE MOTOCICLETA
2011 27% 34% 31% 8% DE AUTOMOVEL
2010 26% 41% 26% 6% DE BICICLETA
2009 25% 33% 32% 10%
2008 22% 36% 31% 11%
2007 27% 23% 40% 11%

0% 20% 40% 60% 80% 100%


Fonte: Observatório de Análise Cri minal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre e Assessoria de
Inteligência e Análise Cri minal da PMAC

Gráfico 90: Frequência relativa das vítimas fatais de acidentes de trânsito pelo semestre da ocorrência
Histórico da frequência relativa de vítimas fatais em acidentes de
trânsito - por semestre da ocorrência

2017 39% 61%

2016 49% 51%

2015 39% 61%

2014 34% 66%

2013 51% 49% 1º SEMESTRE


2012 42% 58% 2º SEMESTRE

2011 42% 58%

2010 44% 56%

2009 40% 60%

0% 20% 40% 60% 80% 100%


Fonte: Observatório de Análise Cri minal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre e Assessoria de
Inteligência e Análise Cri minal da PMAC

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


105
Gráfico 91: Frequência relativa das vítimas fatais de acidentes de trânsito pelo dia da semana da
ocorrência
Histórico da frequência relativa de vítimas fatais em acidentes de
trânsito - por dia da semana da ocorrência

2017 30% 15% 6% 14% 6% 11% 18%

2016 24% 9% 8% 8% 10% 16% 24%

2015 20% 15% 13% 8% 7% 18% 20%


dom
2014 18% 11% 12% 14% 9% 19% 17% seg

2013 18% 9% 13% 12% 16% 13% 20% ter


qua
2012 27% 13% 10% 11% 11% 9% 20%
qui

2011 31% 11% 7% 10% 9% 12% 20% sex


sáb
2010 29% 13% 9% 9% 6% 9% 26%

2009 27% 13% 12% 7% 16% 8% 18%

0% 20% 40% 60% 80% 100%


Fonte: Observatório de Análise Cri minal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre e Assessoria de
Inteligência e Análise Cri minal da PMAC

Gráfico 92: Frequência relativa das vítimas fatais de acidentes de trânsito pelo período do dia da
ocorrência
Histórico da frequência relativa de vítimas fatais em acidentes de
trânsito - por período do dia da ocorrência

2017 25% 18% 28% 28%

2016 14% 20% 27% 38%

2015 9% 19% 37% 36%

2014 11% 23% 32% 34%


MADRUGADA
2013 13% 21% 27% 39%
MANHA

2012 14% 16% 34% 35% TARDE


NOITE
2011 18% 20% 33% 29%

2010 18% 27% 26% 29%

2009 20% 18% 28% 34%

0% 20% 40% 60% 80% 100%


Fonte : Observatório de Análise Cri minal do Núcleo de Apoio Técnico do Mi nistério Público do Acre e Assessoria de
I nte ligência e Análise Cri minal da PMAC

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


106
CONCLUSÃO

O avanço da violência no Acre não tem suscitado no Sistema Integrado de


Segurança Pública ideias capazes de minimizar os danos causados à sociedade local.
O que se percebe nos entes que compõem tal sistema equipara-se a um estado de
dormência, de entorpecimento, sendo que tal comportamento impulsiona as ações
reativas e, consequentemente, despreza o caráter preventivo característico das
estratégias exitosas.
Diante do preocupante cenário de violência instalado no Estado do Acre, cabe
a todas as esferas do poder público, envolvidas direta e indiretamente com o
desenvolvimento e execução das políticas públicas de segurança pública, reavaliarem
as estratégias e readequá-las no sentido de reestabelecer os níveis razoáveis da
criminalidade.
Para tanto, torna-se condicionante, para o sucesso das futuras ações, avançar
na produção de conhecimento a respeito dos fatores causais que constituem a
problemática em discurso.
A análise do conjunto de variáveis dos indicadores apresentados neste
trabalho representa o ponto de partida para um diagnóstico, com foco na elaboração
de um plano de ação, pautado no conceito de visão sistêmica.
Como segunda etapa desse novel processo, é necessário que se criem
mecanismos de avaliação capazes de medir a efetividade do plano a ser executado,
uma vez que a identificação dos percalços determinará, imediatamente, as
readequações necessárias.
Portanto, espera-se que este instrumento consultivo possa compor o conjunto
de informações e conhecimentos sobre a gênese e a dinâmica do fenômeno delitivo
no Estado do Acre, e, assim, orientar os tomadores de decisão para a proposição de
novas frentes repressivas diante da mudança de cenário em que os crimes vêm sendo
praticados, assim como eleger como meta a intensificação de atividades de
prevenção.

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


107
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A época em que o crime organizado silenciou as instituições do Acre. Disponível em:


<http://agazetadoacre.com/2013-11-29-16-34-15/> acesso em: 01 ago 2018.

Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 2017. 12ª Ed. Dispnível em:
<http://www.forumseguranca.org.br/publicacoes/10o-anuario-brasileiro-de-
seguranca-publica/> acesso em: 30 out 2018.

BALLONE G.J, ORTOLANI I.V, MOURA E.C. Violência Doméstica. 2008. Disponível
em: <http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=89> acesso em
05 nov 2018.

Base de dados de roubos ocorridos em Rio Branco. CIOSPWEB. Centro Integrado de


Operações de Segurança Pública – CIOSP. Rio Branco/AC. 2017. [acesso em: janeiro
de 2017]. Extrator de informação da base de dados. Atualizada diariamente e com
acesso restrito aos usuários credenciados.

Base de dados de roubos ocorridos em Rio Branco. SINESP-CAD. Centro Integrado


de Operações de Segurança Pública – CIOSP. Rio Branco/AC. 2018. [acesso em:
outubro de 2018]. Extrator de informação da base de dados. Atualizada diariamente e
com acesso restrito aos usuários credenciados.

Brasil tem pelo menos 83 facções em presídios. Disponível em: <


http://www.dw.com/pt-br/brasil-tem-pelo-menos-83-fac%C3%A7%C3%B5es-em-
pres%C3%ADdios/a-37151946> acesso em: 15 ago 2017.

Dez anos após parar SP, PCC tem bases em todos os estados e seis países.
Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/dez-anos-apos-
parar-sp-pcc-tem-bases-em-todos-os-estados-e-seis-paises-
39cv028gl66jliudgen0id0li> acesso em: 19 ago 2017.

DICKIE, John. Cosa Nostra: storia della mafia siciliana. 9. ed. Traduzione di Giovanni
Ferrara degli Uberti Bari: Laterza, 2017. p. 39, que defende a tese, esposada por
Franchetti, segundo a qual a máfia na Sicília nasce em 1812, com a derrocada do
feudalismo. Em igual sentido ROMANO, Salvatore Francesco. Storia della mafia.
Verona: Mondadori, 1966. p. 95-96, que prefere pontuar o fenômeno ao surgimento
da palavra máfia no século XIX. De acordo com a sua tese uma palavra se consolida
segundo se consolida o fenômeno histórico.

Estatísticas de Trânsito. Assessoria de Inteligência e Análise Criminal da Polícia Militar


- ASSEIAC. Rio Branco/AC. 2018. [acesso em: outubro de 2018]. Banco de dados em
EXCEL. Informações gerais de trânsito.

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES DE INDICADORES PRIORITÁRIOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE


108
Evolução Histórica da Organização Criminosa no Mundo e no Brasil. Disponível em:
<https://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=15358> acesso em: 16 ago 2018

Facções Criminosas: o caso do PCC - Primeiro Comando da Capital. Disponível em:


<https://paulabigoli.jusbrasil.com.br/artigos/150336089/faccoes-criminosas-o-caso-
do-pcc-primeiro-comando-da-capital> acesso em: 27 jul 2018.
FBSP_equivalencia_indicadores_mvi_segurança_saude_2016. Disponível em:
<http://www.forumseguranca.org.br/wp-
content/uploads/2017/06/FBSP_equivalencia_indicadores_mvi_seguran%C3%A7a_
saude_2016.pdf> acesso em: 03 ago 2018.

GOMES, Luiz Flávio; CERVINI, Raúl, 1997 apud BRAZ, Graziela Palhares Torreão
Graziela Palhares Torreão. Crime Organizado x Direitos Fundamentais. Brasília:
Brasília Jurídica, 1999. p. 32-33.

Metodologia de contagem de Crimes Violentos Letais Intencionais (SENASP).


Disponível em: <http://www.forumseguranca.org.br/wp-
content/uploads/2018/07/FBSP_equivalencia_indicadores_mvi_seguran%C3%A7a_
saude_2016.pdf > acesso em: 01out 2018.

MP/AC desarticula PCC no Acre e oferece denúncia contra 44 integrantes. Disponível


em: <https://mp-ac.jusbrasil.com.br/noticias/100448217/mp-ac-desarticula-pcc-no-
acre-e-oferece-denuncia-contra-44-integrantes> acesso em: 19 ago 2018.

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