Mário Raul de Morais Andrade nasceu em São Paulo no
dia 9 de outubro de 1893.
Sua influência foi decisiva para o Modernismo se fixar definitivamente no Brasil.
Estudou música, foi professor de piano, compositor,
pesquisador (interessava-se pelas várias manifestações artísticas), estudou e escreveu sobre folclore, pintura (contribuindo para a renovação da arte brasileira), além de ter sido crítico de arte em jornais e revistas.
José Oswald de Sousa Andrade nasceu em 1890 e morreu em
1954. Foi jornalista, poeta, romancista e autor de peças teatrais. Escreveu poesias originais com humor, ironia e com uma linguagem coloquial, deixando de lado o purismo e artificialismo.
Como era crítico e debochado estava sempre pronto para
satirizar a burguesia (classe de onde veio).
Oswald defendia a valorização de nossas origens e de nosso
passado. Buscava uma língua brasileira que incorporasse os “erros” gramaticais, que para ele eram verdadeiras contribuições para a definição da nacionalidade.
Oswald propunha uma ruptura com os padrões da língua literária
culta.
Revoltou-se contra a poesia que se limitava a obedecer e copiar
certas fórmulas e padrões consagrados pelos tradicionalistas.
Manuel Bandeira, Oswald de Andrade e Mário de Andrade formam
o trio de escritores mais importantes da Primeira Fase Modernista (1922 – 1930). Esta fase é responsável pela divulgação e solidificação desse movimento no Brasil. Manuel Carneiro de Souza Filho, nasceu em 19 de abril de1886 em Pernambuco e depois mudou-se para o Rio de Janeiro com sua família.
Queria ser arquiteto, porém a tuberculose não permitiu. Passou por
vários lugares para se tratar, dentre eles a Suíça (entre 1916 – 1917). Lá, conheceu o escritor Paul Éluard, que estava internado na mesma clínica. Numa de suas conversas com Éluard, Manuel Bandeira ficou sabendo sobre as inovações artísticas que aconteciam na Europa e as possibilidades do verso livre na poesia. Aliás, hoje, Bandeira é considerado o Mestre do Verso Livre no Brasil.
Nascido no dia 25 de maio de 1901 na cidade de São Paulo,
Antônio Castilho de Alcântara Machado d’Oliveira, mais conhecido como Alcântara Machado, foi um escritor, jornalista e político brasileiro. Na capital de São Paulo, estudou e se formou no curso de Direito. Neste período, obteve a publicação de sua primeira crítica sobre literatura no Jornal do Comércio. Esse foi o passo inicial de Alcântara Machado no periódico, do qual se tornou colaborador assíduo, chegando ao cargo de redator-chefe anos depois. Após se formar advogado, não exerceu o ofício, pois já estava extremamente envolvido com o jornalismo e a produção de diversos estudos sobre a área cultural. Com a realização da Semana de Arte Moderna de 1922, começaram a ganhar destaque os movimentos de literatura modernista. Porém, Alcântara Machado não participara desta primeira manifestação do modernismo no Brasil. Apesar disso, acaba iniciando uma amizade com o escritor Oswald de Andrade e se torna mais um membro do movimento, virando um dos grandes ícones da Geração de 22 no que se refere à prosa.
Um dos maiores nomes da Literatura Brasileira e também da
segunda geração modernista no Brasil. Ela e Rachel de Queiroz foram as primeiras mulheres a conquistar o reconhecimento na nossa literatura.
Cecília Meireles nasceu no Rio de Janeiro, em 7 novembro de
1901. Em 1910, concluiu o curso primário e recebeu das mãos do poeta Olavo Bilac (o inspetor de ensino na época) uma medalha de ouro com seu nome gravado, prêmio pelo esforço e dedicação durante o curso. Alguns anos depois, formou-se em professora primária. Exercia o magistério ao mesmo tempo que colaborava com quase todos os jornais e revistas cariocas. Estudou também línguas, canto e violino.
Em 1919 (aos 18 anos), lançou seu 1º livro de poemas “Espectros”
(elogiado pela crítica).
Em 1934, organizou a primeira biblioteca infantil do país e em 1935
começou a lecionar Literatura Luso-Brasileira e Técnica e Crítica Literária na Universidade do Distrito Federal, a dar cursos e a fazer conferências em vários países.
Teve três filhas: Maria Elvira, Maria Mathilde e Maria Fernanda
(atriz que participou da novela Dona Beija, em 1986, da antiga Rede Manchete).
Embora seja mais conhecida como poetisa, nos deixou também
contos, crônicas, literatura infantil e folclore (chegou a ser reconhecida internacionalmente como uma grande conhecedora do assunto).
Cecília Meireles foi leitora, admiradora e tradutora dos poetas
Tagore (Hindu), Li Po (chinês) e Bashô (japonês).
Ela nunca esteve filiada a nenhum movimento literário, porém
algumas publicações iniciais (“Espectros”, “Baladas para El-Rei”) revelam alguma ligação com o Simbolismo.
Sua poesia é intimista e reflexiva (com um tom filosófico), de
profunda sensibilidade feminina. Em suas obras ela aborda temas como vida, amor e tempo. A musicalidade (uma das características do Simbolismo) também está presente em seus escritos.