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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR DO EGREGIO TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

IMPETRANTE, nacionalidade, estado civil,


profissão, inscrito na OAB/RJ, sob o número, com endereço
profissional, na rua, número, bairro, cidade, UF, CEP, e-mail, vem
respeitosamente perante Vossa Excelência, invocando os
benefícios do artigo 5°, parágrafos 1° e 7°, inciso III da Lei 8.906/94,
e com fundamento nos artigos 647 e 648 do CPP, e artigo 5° inciso
LXVIII da CRFB/88, impetrar a presente ordem de

HABEAS CORPUS

em favor de MICHAEL DA SILVA, nacionalidade, casado, profissão,


portador da carteira de identidade, número, inscrito no CPF sob o
número, residente e domiciliado na rua, número, bairro, cidade,
UF, CEP, contra ato de autoridade coatora o Excelentíssimo
Senhor Doutor Juiz de Direito da 22° Vara Criminal da Capital,
tendo em vista as seguintes razoes de fato é de direito a seguir
expostas:
I – DOS FATOS
O Paciente foi preso em flagrante dia 10 de julho de 2016 pela
prática do crime previsto no artigo 16°, paragrafo único da Lei
10.826/03 é artigo 28° da Lei 11.343/06.
Vale ressaltar que no auto de prisão em flagrante constavam
os depoimentos dos policiais que efetuaram a prisão.
A prisão só aconteceu em razão de que a Angelina da Silva,
ora esposa do Paciente realizou uma notitia criminis, sustentando
que o Paciente possuía armas dentro de casa com numeração
raspada e isso a assustava.
Diante da conhecimento e permissão da esposa do Paciente,
os policiais se dirigiram a casa onde o casal residia e após uma
busca no imóvel, acharam 3 (três) revólveres calibre 38 (trinta e
oito) com a numeração raspada, em um armário dentro do
quarto, e em outro armário, acharam 50 (cinquenta) munições, em
seguida encontraram um papelote contendo 0,9 decigramas de
cocaína.
O auto de prisão em flagrante foi devidamente lavrado e
distribuído ao juízo da 22° Vara Criminal da Capital, onde foi
requerida sua liberdade provisória, que foi negada pelo juiz ao
argumento que se tratava de crime grave, haja vista o preso
possuir 3 (três) revólveres com numeração raspada em sua
residência e em razão do depoimento da sua esposa que afirmou
que ele é um homem agressivo.
O Paciente não tem nenhuma anotação na folha de
antecedentes.

II – DO DIREITO

DOS BONS ANTECEDENTES E DA AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DA


PRISÃO PREVENTIVA

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Cumpre ressaltar, antes de qualquer coisa, e acima de tudo que
o Paciente é uma pessoa íntegra, de bons antecedentes e que
jamais respondeu a qualquer processo.
Não bastasse os antecedentes, o Paciente possui residência fixa,
e é pai de família, assim, não apresenta como medida justa o
encarceramento de uma pessoa cuja a conduta sempre foi
honesta.
De acordo com o disposto no parágrafo único do artigo 310 do
CPP, o juiz poderá conceder ao réu a liberdade provisória,
mediante termo de comparecimento a todos os atos do processo,
sob pena de revogação, uma vez verificado a inocorrência de
qualquer das hipóteses que autorizam a prisão preventiva.
É de se aplicar aqui também, o princípio constitucional de que
ninguém será considerado culpado antes do trânsito em julgado
da sentença penal condenatória (CF. art. 5º, LVII). A prisão do
Paciente representa desrespeito a tal norma constitucional,
constituindo-se em um irreparável prejuízo à sua pessoa, pelos
gravames que uma prisão temporária traz.
Por fim, o indeferimento, pois, do direito do Paciente em
aguardar em liberdade o desenrolar de seu processo constitui
constrangimento ilegal, uma vez preenchidas as exigências legais
para a concessão da liberdade provisória do mesmo.

III – DO PEDIDO
Por esses motivos, o impetrante pleiteia a concessão da
ordem de Habeas Corpus, revogando a prisão preventiva
decretada, com a consequente expedição de alvará de soltura.

Neste termos,
pede deferimento

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Local/data
Advogado/OAB

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