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O valor e a utilidade da filosofia têm sido, não raras vezes, postos sob suspeita. Uma visão acerca do filósofo é que ele
divaga e se perde em reflexões sobre questões abstratas, que nada têm a ver com o cotidiano das pessoas. Em relação
à natureza e à finalidade da filosofia, é correto afirmar que elas consistem:
no respeito ao mero pensar ou do saber viver virtuosamente segundo os critérios morais dos grandes líderes da
humanidade, sendo esse, propriamente dito, o sentido categórico da filosofia.
em um esforço intelectual, em termos gerais, para se interpretar o mundo e os eventos, compreender o próprio
homem e iluminar o agir que dele se espera.
na reflexão sobre valores e conceitos, como liberdade e virtude, que faz parte da atividade do filósofo e, nessa
medida, a filosofia se apresenta como uma sabedoria prática, que auxilia na orientação da vida moral e política,
proporcionando o bem viver.
em um consenso entre os cientistas porque, na investigação filosófica, o filósofo não verifica suas
hipóteses baseando-se na observação empírica e, portanto, a filosofia não contribui para o progresso do
conhecimento.
em teorias que se contradizem ao longo da sua história, pois os filósofos discordam de tudo e uns dos outros,
de modo que o pensamento crítico próprio da filosofia é o de pôr em dúvida toda afirmação, jamais chegando a
conclusões.
Respondido em 08/10/2019 20:27:52
Leia atentamente a seguinte proposição: "A justiça é uma espécie de meio-termo, porém não no mesmo sentido que
as outras virtudes, e sim porque se relaciona com uma quantia ou quantidade intermediária, enquanto a injustiça se
relaciona com os extremos. E justiça é aquilo em virtude do qual se diz que o homem justo pratica, por escolha própria,
o que é justo."
Este trecho, extraído de uma obra clássica da filosofia ocidental, trata de uma discussão da justiça considerada como:
Isto posto, é correto concluir que para Aristóteles a justiça deve sempre ser entendida como:
O direito que já nasce com o homem, o direto de viver, de liberdade e igualdade. É denominado também:
B. Direito Natural.
E. Direito Positivo.
C. Direito Ambiental.
A. Direito Material.
D. Direito Divino.
Respondido em 08/10/2019 20:31:26
Em relação às diferenças entre Direito Positivo e Direito Natural, assinale a alternativa INCORRETA:
A) O Direito Positivo tem eficácia apenas para as comunidades políticas em que é posto e o
Direito Natural é universal, tem validade geral.
B) O Direito Positivo, ao contrário do Direito Natural, é mutável.
C) O Direito Positivo é posto pelo Estado e não por uma força divina ou consequência lógica do
pensamento racional.
D) O Direito Positivo estabelece aquilo que é "bom" ou "mau" e não o que é útil, como faz o
Direito Natural.
As tendências de perfil ligado aos fatos dominavam o debate jurídico das primeiras décadas do século XX, quando surgiu a figura do
autor austríaco, Hans Kelsen, que mudaria por completo o foco do debate da Teoria Geral do Direito, ao questionar tais enfoques,
investindo na proposta de construção de uma metodologia própria para a Ciência do Direito. Neste diapasão, em sua importante
obra Teoria Pura do Direito, Kelsen concebe o Direito como uma "técnica social específica". Segundo o filósofo, na sua obra, não menos
relevante, O que é justiça?, menciona que esta técnica é caracterizada pelo fato de que a ordem social designada como "Direito" tenta
ocasionar certa conduta dos homens, considerada pelo legislador como desejável, provendo atos coercitivos como sanções no caso da
conduta oposta. Portanto, tal concepção corresponderia à definição kelseniana do Direito como:
O planejamento estratégico consiste na tomada de decisões antecipadas, levando em conta três filosofias de ação:
conservadora, otimizadora e prospectiva. A filosofia otimizadora é :
Os contratualismo de Thomas Hobbes (1588-1679) e de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) são formas distintas de
instituir e legitimar o Estado. Sendo que para Hobbes o objetivo é garantir a paz e para Rousseau, a essência do
homem, a liberdade. Desta forma é correto afirmar que
I. A argumentação hobbesiana em favor de uma autoridade soberana, instituída por um pacto, representa inequivocamente a defesa
de um regime político monarquista.
II. Dois dos grandes teóricos sobre o estado de natureza, Hobbes e Rousseau, partilham a convicção de que o afeto predominante nesse
estado de natureza seria o medo.
III. Um traço comum da filosofia política moderna é a idealização de um pacto que estabeleceria a passagem do estado de natureza
para o estado de sociedade.
A) apenas a afirmativa I.
E) apenas as afirmativas II e III.
D) apenas as afirmativas I e II.
B) apenas a afirmativa II.
C) apenas a afirmativa III
TESTE 1
1. Considerando-se o conhecimento metafísico, no que concerne ao conhecimento humano, é CORRETO afirmar que este:
3. O ensino de Filosofia deve propiciar a possibilidade da reflexão. Sobre o conceito de reflexão, é CORRETO afirmar que se trata
da(do):
operação lógica em que, de dados singulares suficientemente enumerados, inferimos uma verdade universal.
ato do conhecimento que se volta sobre si mesmo, tornando como objetivo seu próprio ato.
operação discursiva do pensamento que consiste em encadear logicamente juízos e deles tirar uma conclusão.
4. Correlacione:
(1) Ética
(2) Metafísica
(3) Lógica
(A) Aristóteles afirma que é a ciência do ¿ser enquanto ser¿, ou seja, será a ciência que investiga a realidade em seus traços mais
abrangentes e universais.
(B) É o ramo da filosofia que cuida das regras do bem pensar, ou do pensar correto, sendo, portanto, um instrumento do pensar.
(C) Vem de Éthos, que significa, costumes, hábitos e valores de uma sociedade ou cultura.
(D) Tradicionalmente divide-se em duas grandes correntes gnosiológicas quanto à origem do conhecimento humano que são:
Racionalidade e Empirismo.
1 C, 2 A, 3 B, 4 D;
1 C, 2 B, 3 A, 4 D;
1 B, 2 A, 3 D, 4 C;
1 A, 2 B, 3 C, 4 D
1 D, 2 C, 3 A, 4 B
(C) um esforço racional para conceber o Universo como uma totalidade ordenada e dotada de sentido.
(A) uma visão de mundo de um povo, de uma civilização ou de uma cultura, nas quais ela corresponderia ao conjunto de
ideias, valores e práticas pelos quais uma sociedade apreende e compreende o mundo e a si mesma.
(E) uma visão particular de mundo em que predominam os valores e as opiniões individuais.
(B) uma sabedoria de vida, na medida em que aprende e ensina a controlar os desejos, sentimentos e impulsos e a
dirigir a própria vida de modo ético e sábio.
7. O valor e a utilidade da filosofia têm sido, não raras vezes, postos sob suspeita. Uma visão acerca do filósofo é que ele divaga e se
perde em reflexões sobre questões abstratas, que nada têm a ver com o cotidiano das pessoas. Em relação à natureza e à finalidade
da filosofia, é correto afirmar que elas consistem:
no respeito ao mero pensar ou do saber viver virtuosamente segundo os critérios morais dos grandes líderes da
humanidade, sendo esse, propriamente dito, o sentido categórico da filosofia.
em um esforço intelectual, em termos gerais, para se interpretar o mundo e os eventos, compreender o próprio homem
e iluminar o agir que dele se espera.
em um consenso entre os cientistas porque, na investigação filosófica, o filósofo não verifica suas hipóteses baseando-se
na observação empírica e, portanto, a filosofia não contribui para o progresso do conhecimento.
na reflexão sobre valores e conceitos, como liberdade e virtude, que faz parte da atividade do filósofo e, nessa medida, a
filosofia se apresenta como uma sabedoria prática, que auxilia na orientação da vida moral e política, proporcionando o
bem viver.
em teorias que se contradizem ao longo da sua história, pois os filósofos discordam de tudo e uns dos outros, de modo
que o pensamento crítico próprio da filosofia é o de pôr em dúvida toda afirmação, jamais chegando a conclusões.
TESTE 2
1. Muitos são os autores que discutem e conceituam ética. Uma das possíveis definições é de que ela seria uma parte da filosofia que
lida com a compreensão das noções e dos princípios que sustentam as bases da moralidade social e da vida individual. Em outras
palavras, trata‐se de uma reflexão sobre o valor das ações sociais consideradas tanto no âmbito coletivo quanto no âmbito
individual. Analise as afirmativas a seguir, marque V para as verdadeiras e F para as falsas.
( ) Sócrates, Platão e Aristóteles foram responsáveis por propor uma espécie de ¿estudo¿ sobre o que de fato poderia ser
compreendido como valores universais a todos os homens, buscando, dessa forma, ser correto, virtuoso, ético.
( ) Os sociólogos clássicos foram os primeiros a discutir sobre ética, num esforço pelo exercício de um pensamento crítico e
reflexivo quanto aos valores e costumes dos seres humanos.
( ) A ética seria uma reflexão acerca da influência que o código moral estabelecido exerce sobre a nossa subjetividade, nossa
forma de conduta.
F, V, F, V
V, V, F, F
V, V, V, V
V, F, V, V
F, F, V, F
2. "Há algo de fundamentalmente novo na maneira como os gregos puseram a serviço do seu problema último "da origem e essência
das coisas" as observações empíricas que receberam do Oriente e enriqueceram com as suas próprias, bem como no modo de
submeter ao pensamento teórico e casual o reino dos mitos, fundado na observação das realidades aparentes do mundo sensível:
os mitos sobre o nascimento do mundo."
Com base no texto acima proferido pelo filósofo alemão e estudioso da Grécia Antiga, Werner Jaeger, e, também, nos conhecimentos
estudados sobre a relação entre mito e filosofia na Grécia Antiga, é correto afirmar:
A filosofia e o mito sempre mantiveram uma relação de interdependência, uma vez que o pensamento filosófico necessita
do mito para se expressar.
A filosofia representa uma ruptura radical em relação aos mitos, tendo sido uma nova forma de pensamento plenamente
racional, desde a sua origem.
O mito busca respostas para problemas que são objeto da pesquisa filosófica e, nesse aspecto, é considerado parte
integrante da filosofia.
A filosofia, em que pese ser considerada como criação dos gregos, originou-se no Oriente, sob a influência da religião e,
apenas posteriormente, alcançou a Grécia.
3. Moral e Ética, muitas vezes, na linguagem cotidiana, são tidas como sinônimos; porém, para a Filosofia, compõem áreas distintas
do pensamento filosófico. Partindo desta constatação, estaria CORRETA a afirmação que se completa na alternativa:
Os estudos sobre Ética só tomaram fôlego no século XX com a obra de filósofos contemporâneos, como Michel Foucault e
Jean Paul Sartre.
Os filósofos pré-socráticos negaram a importância dos estudos sobre Ética.
A Ética se aplica à disciplina filosófica que trata de estabelecer os fundamentos e a validade das normas
morais e dos juízos de valor ou de apreciação sobre as ações humanas, qualificando-as de boas ou más.
A Ética não chamou a atenção de filósofos gregos como Aristóteles.
4. Leia atentamente a seguinte proposição: "A justiça é uma espécie de meio-termo, porém não no mesmo sentido que as outras
virtudes, e sim porque se relaciona com uma quantia ou quantidade intermediária, enquanto a injustiça se relaciona com os
extremos. E justiça é aquilo em virtude do qual se diz que o homem justo pratica, por escolha própria, o que é justo."
Este trecho, extraído de uma obra clássica da filosofia ocidental, trata de uma discussão da justiça considerada como:
5. Em sua famosa obra - Ética a Nicômaco, Aristóteles afirma que a virtude é uma disposição de caráter relacionada com a escolha e
consiste numa mediania, isto é, a mediania relativa a nós, a qual é determinada por um princípio racional próprio do homem dotado
de sabedoria prática. Portanto com base no texto e no pensamento aristotélico, pode-se dizer que a virtude ética:
a) reside no meio termo, que consiste numa escolha situada entre o excesso e a falta.
c) consiste na eleição de um dos extremos como o mais adequado, isto é, ou o excesso ou a falta.
e) baseia-se no que é mais prazeroso em sintonia com o fato de que a natureza é que nos torna mais perfeitos.
6. Considere a seguinte afirmação de Aristóteles consagrada na sua obra Ética a Nicômaco: "Temos pois definido o justo e o injusto.
Após distingui-los assim um do outro, é evidente que a ação justa é intermediária entre o agir injustamente e o ser vítima da
injustiça; pois um deles é ter demais e o outro é ter demasiado pouco."
Isto posto, é correto concluir que para Aristóteles a justiça deve sempre ser entendida como:
7. A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses atributos não devem estar separados
como na inscrição existente em Delfos "das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o
que amamos". Todos estes atributos estão presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós a identificamos
como felicidade.
Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes atributos, Aristoteles a identifica como:
8. É a junção do bom caráter com a boa razão, ou seja, raciocínio desiderativo e desejo raciocinativo:
Prudência.
Justiça.
Imaginação.
Moral.
Ética.
TESTE 3
C) O Direito Positivo é posto pelo Estado e não por uma força divina ou consequência
lógica do pensamento racional.
B) O Direito Positivo, ao contrário do Direito Natural, é mutável.
A) O Direito Positivo tem eficácia apenas para as comunidades políticas em que é posto e
o Direito Natural é universal, tem validade geral.
E) O Direito natural, imutável e universalmente válido, é o fundamento da autoridade
legítima.
D) O Direito Positivo estabelece aquilo que é "bom" ou "mau" e não o que é útil, como faz
o Direito Natural.
2. É verdade que nas democracias o povo parece fazer o que quer, mas a liberdade política não
consiste nisso. Montesquieu
Liberdade é disposição de espírito pela qual a alma humana nunca pode ser aprisionada.
Liberdade significa o direito de agir segundo o seu livre arbítrio, de acordo com a própria vontade, desde que não
prejudique outra pessoa, é a sensação de estar livre e não depender de ninguém.
A liberdade consiste na forma de governo dos homens, e não no governo das leis.
3. O povo maltratado em geral, e contrariamente ao que é justo, estará disposto em qualquer ocasião a livrar-se do peso que o
esmaga. John Locke
O Art. 1º, parágrafo único, da Constituição Federal de 1988 afirma que todo o poder emana do povo, que o exerce por meio
de representantes eleitos ou diretamente¿. Muitos autores associam tal disposição ao conceito de direito de resistência, um
dos mais importantes da Filosofia do Direito, de John Locke.
Assinale a opção que melhor expressa tal conceito, conforme desenvolvido por Locke:
Sempre que os governantes agirem de forma a tentar tirar e destruir a propriedade do povo ou deixando-o miserável e
exposto aos seus maus tratos, ele poderá resistir.
O direito positivo deve estar isento de toda forma de influência da moral e da política. Uma vez que o povo
soberano produza as leis, diretamente ou por meio de seus representantes, elas devem resistir a qualquer forma
de interpretação ou aplicação de caráter moral e político.
A natureza humana não é capaz de resistir às mais poderosas investidas morais e humilhações, mesmo que os homens
se apoiem mutuamente
Apenas o contrato social, que tira o homem do estado de natureza e o coloca na sociedade política, é capaz de
resistir às ameaças externas e às ameaças internas, de tal forma que institui o direito de os governantes resistirem
a toda forma de guerra e rebelião.
A natureza humana é capaz de resistir às mais poderosas investidas morais e
humilhações, desde que os homens se apoiem mutuamente.
4. Para que a escola tenha uma filosofia inclusiva, é necessário que:
A gestão escolar elabore um Projeto Político Pedagógico, baseado nos saberes tradicionais e unilaterais.
Não exista uma rede de apoio criada pela gestão educacional, pois o aluno é um problema apenas do
professor de sala e não da escola toda.
A gestão escolar feche os olhos para as mudanças.
A gestão escolar feche os olhos para as mudanças e perpetue a ideia de que a escola é para quem se
molda às suas metodologias de ensino.
Seja revista a gestão escolar e essa revisão implica em substituir os papéis de teor controlador,
fiscalizador e burocrático dos gestores por um trabalho de apoio e orientação ao professor e a toda a
comunidade escolar.
E) As concepções de direito natural fazem apelo à ideia de justiça como fundamento de validade do direito.
A) O direito natural, em certa medida, consiste na tentativa de conferir uma roupagem de moralidade ou um aspecto de
justiça às normas de direito positivo.
B) Três vertentes principais procuram explicar os direitos naturais: cosmológica, teológica e filosófica.
C) Os juízos de valor compreendidos nas normas de direito natural não são acessíveis ao conhecimento racional.
6. A virtude é uma disposição para agir de uma maneira deliberada, consistindo numa mediania relativa a nós a qual é racionalmente
determinada e como a determinaria o homem prudente. Mas é uma mediana entre doisa vícios, um pelo excesso, outro pela falta.
I, IV e V
II, III e V
I, III e IV
I, III e V
consiste na identidade do interesse particular (da família e da sociedade civil) com o interesse geral (do Estado).
consiste no reconhecimento racional pelos indivíduos do que representa o interesse universal do Estado
I. As leis positivas que estão em conflito com a ordem moral objetiva (retirada dos direitos naturais) são
consideradas leis injustas e, nesse sentido, privadas tanto de validade moral, como de validade jurídica;
II. Os princípios do Direito natural são moralmente vinculante para os cidadãos e para os detentores do
poder, especialmente para os legisladores e juízes;
1. A filosofia da História-o primeiro tema da filosofia de Augusto Comte-foi sistematizada pelo próprio Comte na célebre "Lei dos Três
Estados" e tinha o objetivo de mostrar por que o pensamento positivista deve imperar entre os homens. Sobre a "Lei do Três
Estados" formulada por Comte, é correto afirmar que:
c) o estado positivista apresenta-se na "Lei dos Três Estados" como o momento em que a observação prevalece sobre a
imaginação e a argumentação, e na busca de leis imutáveis nos fenômenos observáveis.
a) Augusto Comte demonstra com essa lei que todas as ciências e o espírito humano desenvolvem-se na seguinte ordem
em três fases distintas ao longo da história: a positiva, a teológica e a metafísica.
b) na "Lei dos Três Estados" a argumentação desempenha um papel de primeiro plano no estado teológico. O estado
teológico, na sua visão, corresponde a uma etapa posterior ao estado positivo.
d) para Comte, o estado metafísico não tem contato com o estado teológico, pois somente o estado metafísico procura
soluções absolutas e universais para os problemas do homem.
2. Nos Princípios da Filosofia do Direito, Hegel apresenta o conceito de direito a partir das três fases da vontade, são elas: o direito
abstrato, a moralidade (moralidade subjetiva) e a eticidade (moralidade objetiva).
Assinale a alternativa que indica como a vontade encontra-se nas três fases, respectivamente: direito abstrato, moralidade e
eticidade.
Consubstanciada num objeto externo, como um dever concreto, refluída de volta a si mesma
Consubstanciada num objeto externo, refluída de volta a si mesma, como a união de vontade consubstanciada num
objeto externo e de vontade que reflui de volta a si mesma.
Além do imediato, como dever moral, como a união de vontade consubstanciada num objeto externo e de vontade que
reflui de volta a si mesma.
3. Em sua teoria da norma jurídica, Noberto Bobbio distingue as sanções jurídicas das sanções morais e sociais. Segundo esta distinção,
a sanção jurídica, diferentemente da sanção moral, é sempre uma resposta de grupo e, diferentemente da sanção social, a sanção
jurídica é regulada em geral com as mesmas formas e através das mesmas fontes de produção das regras primárias. Para o autor,
tal distinção oferece um critério para distinguir, por sua vez, as normas jurídicas das normas morais e das normas sociais.
Considerando-se este critério, pode-se afirmar que são normas jurídicas àquelas cuja execução é garantida por uma sanção:
E) externa e institucionalizada.
D) interna e informal.
B) interna e institucionalizada.
4. As tendências de perfil ligado aos fatos dominavam o debate jurídico das primeiras décadas do século XX, quando
surgiu a figura do autor austríaco, Hans Kelsen, que mudaria por completo o foco do debate da Teoria Geral do
Direito, investindo na proposta de construção de uma metodologia própria para a Ciência do Direito. Portanto,
tomando como base o pensamento de Hans Kelsen:
5. Para Hans Kelsen, em sua obra "Teoria Pura do Direito", é incorreto afirmar que:
E. Uma preocupação fundamental de Kelsen é com a estrutura lógica das normas jurídicas e não com o conteúdo
propriamente do direito.
B. Segundo Kelsen a "Norma Fundamental" não é uma norma escrita, é uma norma necessariamente pressuposta.
C. Kelsen defende e acredita na pureza do próprio direito, ou seja, para ele é possível um direito absolutamente puro.
A. Kelsen procura libertar a ciência do direito de todos os elementos que lhe são estranhos, fundamentando uma ciência
do direito autônoma.
6. "Todo Direito Positivo é Direito Objetivo, mas nem todo Direito Objetivo é Direito Positivo". Neste diapasão, a teoria
do Positivismo Jurídico engloba doutrinas que:
7. De acordo com o contratualismo proposto por Thomas Hobbes em sua obra Leviatã, o contrato
social só é possível em função de uma lei da natureza que expresse, segundo o autor, a própria
ideia de justiça.
Assinale a opção que, segundo o autor na obra em referência, apresenta esta lei da natureza.
Que os homens cumpram os pactos que celebrem.
8. Houve um tempo em que os ditos setores progressistas pautavam suas ações por filosofias coerentes. Pelo texto, podemos inferir
que uma filosofia é coerente quando:
3. "A justiça e a conformidade ao contrato consistem em algo com que a maioria dos homens parece concordar. Constitui um princípio julgado estender-
se até os esconderijos dos ladrões e às confederações dos maiores vilões; até os que se afastaram a tal ponto da própria humanidade conservam
entre si a fé e as regras da justiça."
Portanto, de acordo com Locke, até a mais precária coletividade depende de uma noção de justiça, pois tal noção:
4. Nasce a concepção de que o Estado, concebido como sociedade política, decorre de um contrato celebrado pelos indivíduos que,
desse modo, se transformam em cidadãos, porque aceitam ceder seus direitos naturais a um poder comum, o próprio Estado - o
Leviatã (o soberano), cuja autoridade passam a respeitar, sem qualquer tipo de contestação. Legitima o Estado Absoluto
(HOGEMANN, 2015).
Com base no texto e, principalmente, nos conhecimentos sobre a teoria contratualista de Hobbes, é correto afirmar:
B) O poder político tem como objetivo principal garantir a liberdade dos indivíduos.
5. Locke parte da concepção que os indivíduos isolados no estado de natureza unem-se mediante contrato social para constituir a
sociedade civil onde apenas o pacto torna legitimo o poder do Estado e onde os direitos naturais humanos subsistem para limitar o
poder deste Estado. Em vista disso, observado o pensamento acerca da teoria de Locke analise as assertivas abaixo, assinalando a
alternativa que condiz com tal pensamento:
I. A passagem do estado de natureza para a sociedade política ou civil, segundo Locke, é realizada mediante um contrato social,
através do qual os indivíduos singulares, livres e iguais dão seu consentimento para ingressar no estado civil.
II. O livre consentimento dos indivíduos para formar a sociedade, a proteção dos direitos naturais pelo governo, a subordinação dos
poderes, a limitação do poder e o direito à resistência são princípios fundamentais do liberalismo político de Locke.
III. A violação deliberada e sistemática dos direitos naturais e o uso contínuo da força sem amparo legal, segundo Locke, não são
suficientes para conferir legitimidade ao direito de resistência, pois o exercício de tal direito causaria a dissolução do estado civil e,
em consequência, o retorno ao estado de natureza.
IV. Os indivíduos consentem livremente, segundo Locke, em constituir a sociedade política com a finalidade de preservar e proteger,
com o amparo da lei, do arbítrio e da força comum de um corpo político unitário, os seus inalienáveis direitos naturais à vida, à
liberdade e à propriedade.
V. Da dissolução do poder legislativo, que é o poder no qual "se unem os membros de uma comunidade para formar um corpo vivo
e coerente", decorre, como consequência, a dissolução do estado de natureza.
I. A argumentação hobbesiana em favor de uma autoridade soberana, instituída por um pacto, representa inequivocamente a defesa
de um regime político monarquista.
II. Dois dos grandes teóricos sobre o estado de natureza, Hobbes e Rousseau, partilham a convicção de que o afeto predominante
nesse estado de natureza seria o medo.
III. Um traço comum da filosofia política moderna é a idealização de um pacto que estabeleceria a passagem do estado de natureza
para o estado de sociedade.
A) apenas a afirmativa I.
A) Montesquieu.
B) John Locke.
D) Hobbes.
C) Jean-Jacques Rousseau.
E) Kant.
8. Para Jean Jacques Rousseau todos os seres humanos são livres e partilham todos os bens existentes na natureza. Para o autor, os
problemas da pessoa humana começaram quando alguém pegou um pedaço de terra, cercou e se autoproclamou dono dessa terra.
E encontrou alguém ingênuo o bastante para acreditar nisso.
Com base no texto acima e nos conhecimentos teóricos sobre o contratualismo de Rousseau, assinale a alternativa correta:
E. Os princípios, que dirigem a conduta dos homens no estado civil, são os impulsos e apetites.
A. Por meio do contrato social, o homem adquire uma liberdade natural e um direito ilimitado.
1. Kant, na introdução de sua obra Fundamentação da Metafísica dos Costumes afirma: "Neste mundo e até também fora dele, nada
é possível pensar que possa ser considerado como bom sem limitação a não ser uma só coisa: uma boa vontade."
Tendo em vista a Ética Kantiana e o trecho, pode-se acertadamente dizer que:
2. Imannuel Kant na sua importante obra Fundamentação da Metafísica dos Costumes formula que: "o imperativo categórico é,
portanto só um único, que é este: Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei
universal." Portanto, segundo essa formulação do imperativo categórico por Kant, uma ação é considerada ética quando:
b) Ajusta os interesses egoístas de uns ao egoísmo dos outros, satisfazendo as exigências individuais de prazer e
felicidade.
d) Está subordinada à vontade de Deus, que preestabelece o caminho seguro para a ação humana.
c) É determinada pela lei da natureza, que tem como fundamento o princípio de auto-conservação.
e) A máxima que rege a ação pode ser universalizada, ou seja, quando a ação pode ser praticada por todos, sem
prejuízo da humanidade.
3. Para Immanuel Kant, o indivíduo moral não visa à felicidade em suas ações, mas ao cumprimento do dever
que o torna digno dela. Em sua obra Fundamentação da metafísica dos costumes, ele afirma que a busca por
assegurar a própria felicidade seria um dever indireto, por quê:
A boa vontade pode ser entendida a partir do dever e do querer autônomo. Dever é a necessidade
de uma ação feita por respeito à lei moral. A lei moral, porém, é dada pela racionalidade prática do
sujeito. Ter boa vontade é seguir o imperativo categórico da razão.
Submissão ao dever e autonomia do querer se contradizem. Logo, são incompatíveis para funcionar
como princípios éticos ao mesmo tempo.
O homem não pode conhecer objetivamente, do ponto de vista da Crítica da razão pura, nem a
liberdade, nem a imortalidade da alma, nem a existência de Deus. Logo, esses três temas devem
ser excluídos da ética, na perspectiva de uma Crítica da razão prática.
A vontade é boa quando o homem age movido por suas paixões, e não quando quer e age movido
apenas pela consideração ou pelo respeito ao dever.
A boa vontade é um meio para um fim, valendo tanto quanto os resultados efetivos que ela alcança.
5. Como vários outros filósofos, Kant pensava que a moralidade poderia ser resumida em um princípio fundamental, diante de tal
pensamento e tendo em vista as afirmativas abaixo, assinale a opção que reflita o entendimento de moral na filosofia Kantiana.
A. Agir por dever é agir conforme a lei moral por respeito (sentimento puro).
D. Uma ação por interesse pode ser moral, desde que ela vise ao bem-comum.
E. Para Kant, a lei moral e a lei jurídica têm o mesmo conteúdo e a mesma forma.
B. A forma lógica do imperativo moral é hipotética.
6. Kant concebe a liberdade como um dos principais conceitos da ética, como autonomia. Isto posto, qual das alternativas abaixo
explicaria o que é, para Kant, ser livre?
C) Ser livre é não estar obrigado a nada nem ter limites para agir.
B) Ser livre é se autolegislar de acordo com a razão que, por ser a mesma em todos os seres humanos, implica em uma
ética universal.
D) Ser livre é escolher suas próprias regras, de forma que a ética será diferente para cada sujeito.
7. " imperativo categórico é portanto só um único, que é este: Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo
querer que ela se torne lei universal".
(KANT, Immaunuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. De Paulo Quintela. Lisboa: 70, 1995, p. 59).
Segundo essa formulação do imperativo categórico por Kant, uma açao é considerada ética quando:
É determinada pela lei da natureza, que tem como fundamento o princípio de autoconservação.
A máxima que rege a ação pode ser universalizada, ou seja, quando a ação pode ser praticada por todos sem prejuízo
da humanidade.
Ajusta os interesses egoístas de uns ao egoísmo dos outros, satisfazendo as exigências individuais de prazer e
felicidade.
Está subordinada à vontade de Deus, que preestabelece o caminho seguro para a ação humana.
8. "Quando a vontade é autônoma, ela pode ser vista como outorgando a sim mesma a lei, pois querendo o imperativo categórico,
ela é puramente racional e não dependente de qualquer desejo ou inclinação exterior à razão. (...) Na medida em que sou
autônomo, legislo para mim mesmo exatamente a mesma lei que todos outro ser racional autônomo legisla para si".
(WALKER, Ralph. Kant: Kant e a lei moral. Trad. De Oswaldo Giacóia Júnior. São Paulo: Unesp, 1999. P. 41.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre autonomia em Kant, considere as seguintes afirmativas:
I. A vontade autônoma, ao seguir sua própria lei, segue a razão pura prática.
II. Segundo o princípio da autonomia, as máximas escolhidas devem ser apenas aquelas que se podem querer como lei universal.
IV. A autonomia compreende toda escolha racional, inclusive a escoha dos meios para atingir o objeto do desejo.
I e II
II, III e IV
III e IV
II e III
I e IV
1. Para John Rawls, dois ¿princípios de justiça¿ emergem na posição original através de um acordo unânime. A partir daí podemos
afirmar que:
I - Cada pessoa tem um direito igual a um esquema plenamente adequado de liberdades básicas iguais que seja compatível com
um esquema similar de liberdade para todos;
II - As desigualdades sociais e econômicas devem satisfazer duas condições;
III - Primeiro, elas devem estar associadas a cargos e posições abertos a todos em condições de igualdade equitativa de
oportunidades;
IV - Segundo, elas devem ser para o maior benefício dos membros menos favorecidos da sociedade.
Das assertivas acima são corretas somente:
I, II e III
I, III e IV
I e II
I, II, III e IV
I e III
2. É uma característica fundamental da teoria da justiça de John Rawls, na Interpretação de Roberto Gargarella:
A eleição de um rol determinado e imutável de bens de vida que deve estar disponível a todos os membros da
sociedade, em qualquer época.
Minimização do papel do Estado junto à sociedade, cuja intervenção deve reservar-se a corrigir ilegalidades patentes.
Utilitarismo, na forma da postura que considera um ato como correto quando maximiza a felicidade geral.
A ideia de que a herança, por exemplo, só é justificável se fizer parte de um esquema que melhora as expectativas dos
membros menos favorecidos da sociedade.
A concepção de um Estado que privilegie a meritocracia, eis que é necessário recompensar adequadamente o esforço
individual que, se utilizado em todo seu potencial, terminará por favorecer toda a sociedade.
3.
Segundo Rawls, uma sociedade justa eliminaria toda a desigualdade natural entre os homens.
Em Rawls a justiça é definida como equidade, baseada em princípios formulados por sujeitos situados no que denominou
de "posição original".
Na teoria rawlsiana da justiça como equidade há uma prevalência do bem sobre o justo.
4.
Segundo Rawls, uma sociedade justa eliminaria toda a desigualdade natural entre os homens.
Na teoria rawlsiana da justiça como equidade há uma prevalência do bem sobre o justo.
Em Rawls a justiça é definida como equidade e com leve teor do contratualismo do século XVII, para Rawls o conceito de
justiça como equidade trata-se de uma posição original de igualdade que corresponde ao estado de natureza na teoria
tradicional do contrato social.
5. É uma característica fundamental da teoria da justiça de John Rawls, na interpretação de Roberto Gargarella.
A ideia de que a herança, por exemplo, só é justificável se fizer parte de um esquema que melhora as expectativas dos
membros menos favorecidos da sociedade.
A eleição de um rol determinado e imutável de bens de vida que deve estar disponível a todos os membros da
sociedade, em qualquer época.
Utilitarismo, na forma da postura que considera um ato como correto quando maximiza a felicidade geral
Minimização do papel do Estado junto à sociedade, cuja intervenção deve reservar-se a corrigir ilegalidades patentes.
A concepção de um Estado que privilegie a meritocracia, eis que é necessário recompensar adequadamente o esforço
individula que, se utilizado em todo seu potencial, terminará por favorecer toda a sociedade.
6. Para Hegel, em Filosofia da História,
a razão governa a ação dos indivíduos, mas não governa sua história como história universal.
a história não é um processo racional, ela se torna um processo racional apenas no Ocidente.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria da ação comunicativa de Habermas, é correto afirmar
que:
Alguém que decide economizar dinheiro durante vários anos a fim de fazer uma viagem para os
Estados Unidos da América é um exemplo de racionalidade instrumental.
Contar uma mentira para outra pessoa buscando obter algo que desejamos e que sabemos que não
receberíamos se disséssemos a verdade é um exemplo de racionalidade comunicativa.
Um grupo de amigos que se reúne para decidir democraticamente o que irão fazer com o dinheiro
que ganharam em um bolão da Mega Sena é um exemplo de racionalidade instrumental.
Realizar um debate entre os alunos de turma da faculdade buscando decidir democraticamente a
melhor maneira de arrecadar fundos para o baile de formatura é um exemplo de racionalidade
instrumental.
Um adolescente que diz para seu pai que vai dormir na casa de um amigo, mas, na verdade, vai
para uma festa com amigos, é um exemplo de racionalidade comunicativa.
2. Uma moral racional se posiciona criticamente em relação a todas as orientações da ação, sejam elas naturais, autoevidentes,
institucionalizadas ou ancoradas em motivos através de padrões de socialização. No momento em que uma alternativa de ação e
seu pano de fundo normativo são expostos ao olhar crítico dessa moral, entra em cena a problematização. A moral da razão é
especializada em questões de justiça e aborda em princípio tudo à luz forte e restrita da universalidade.¿
(HABERMAS, Jürgen. Direito e democracia: entre facticidade e validade. v. I. Trad. Flávio Beno Siebeneichler. Rio de Janeiro:
Tempo Brasileiro, 1997. p. 149.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a moral em Habermas, é correto afirmar:
Os parâmetros de justiça para a avaliação crítica de normas pautam-se no princípio do direito divino.
O discurso moral se estende a todas as normas de ações passíveis de serem justificadas sob o ponto de vista da razão.
A validade universal das normas pauta-se no conteúdo dos valores, costumes e tradições praticados no interior das
comunidades locais.
A formação racional de normas de ação ocorre independentemente da efetivação de discursos e da autonomia pública.
A positivação da lei contida nos códigos, mesmo sem o consentimento da participação popular, garante a solução moral
de conflitos de ação.
A Corte Constitucional deve ¿entender a si mesma como protetora de um processo legislativo democrático, isto é, como protetora
de um processo de criação democrática do direito, e não como guardiã de uma suposta ordem suprapositiva de valores
substanciais. A função da Corte é velar para que se respeitem os procedimentos democráticos para uma formação da opinião e da
vontade políticas de tipo inclusivo, ou seja, em que todos possam intervir, sem assumir a mesma o papel de legislador
político¿. (Más Allá del Estado Nacional. Madrid: Trotta, 1997, p. 99)
O trecho citado, acerca da postura de um Tribunal Constitucional durante o seu processo de interpretação da Constituição,
corresponde à obra e concepção:
A utilização da Internet ampliou e fragmentou, simultaneamente, os nexos de comunicação. Isto impacta no modo como o diálogo é
construído entre os indivíduos numa sociedade democrática.
(Adaptado de: HABERMAS, J. O caos da esfera pública. Folha de São Paulo, 13 ago. 2006, Caderno Mais!, p.4-5.)
A partir dos conhecimentos sobre a ação comunicativa em Habermas, considere as afirmativas a seguir.
I.A manipulação das opiniões impede o consenso ao usar os interlocutores como meios e desconsiderar o ser humano como fim
em si mesmo.
II.A validade do que é decidido consensualmente assenta-se na negociação em que os interlocutores se instrumentalizam
reciprocamente em prol de interesses particulares.
III. Como regra do discurso que busca o entendimento, devem-se excluir os interlocutores que, de algum modo, são afetados pela
norma em questão.
IV. O projeto emancipatório dos indivíduos é construído a partir do diálogo e da argumentação que prima pelo entendimento mútuo.
6. A escolha de um discurso competente é um mecanismo da razão e do agir comunicativo. Esta abordagem é defendida por:
Paulo Freire
Pierre Levy
Pierre Bourdieu
Adorno e Hockheimer.
Jürgen Habermas
1. O período pré-socrático é o ponto inicial das reflexões filosóficas. Suas discussões se prendem a Cosmologia, sendo
a determinação da physis (princípio eterno e imutável que se encontra na origem da natureza e de suas
transformações) ponto crucial de toda formulação filosófica. Em tal contexto, Leucipo e Demócrito afirmam ser a
realidade percebida pelos sentidos ilusória. Eles defendem que os sentidos apenas capturam uma realidade
superficial, mutável e transitória que acreditamos ser verdadeira. Mesmo que os sentidos apreendam "as mutações
das coisas, no fundo, os elementos primordiais que constituem essa realidade jamais se alteram." Assim, a realidade
é uma coisa e o real outra.
pela água.
pelo ilimitado.
pelo fogo.
pelos átomos.
"Para os comunitaristas, os liberais (universalistas) estariam simplesmente preocupados com a questão de como estabelecer
princípios de Justiça que poderiam determinar a submissão voluntária de todos os indivíduos racionais, mesmo de pessoas com
visões diferentes sobre a vida boa.
O que se estabelece como crítica é que, para os comunitaristas, os princípios morais só podem ser tematizados a partir de
sociedades reais, a partir das práticas que prevalecem nas sociedades reais. Para eles, em John Rawls, encontram-se premissas
abstratas de base como a liberdade e a igualdade que orientam (ou devem orientar) as práticas legítimas.
A questão colocada é que, na interpretação comunitarista, a prática tem precedência sobre a teoria, e não seria plausível que
pessoas que vivem em sociedades reais identifiquem princípios abstratos para sua existência. A crítica comunitarista aponta como
insuficiente a tentativa de identificar princípios abstratos de moralidade através dos quais sejam avaliadas as sociedades
existentes.
A questão-chave é a negação de princípios universais de Justiça que possam ser descobertos pela razão, pois, em sua avaliação,
as bases da moral não são encontradas na Filosofia, e, sim, na política".
(SILVEIRA, Denis Coitinho. "Teoria da Justiça de John Rawls: entre o Liberalismo e o Comunitarismo". In: Trans/Form/Ação, São
Paulo, 30(1): 169-190, 2007).
De acordo com o texto e com seus conhecimentos, assinale a alternativa que não corresponde à crítica comunitarista à teoria da
Justiça de Hawls:
Utiliza a ideia de um Estado neutro em relação aos valores morais, garantindo apenas a autonomia privada (liberdade
dos modernos) e não a autonomia pública (liberdade dos antigos), estando circunscrita a um subjetivismo ético liberal.
Embora liberal, aproximou-se do marxismo, tendo apenas nas suas obras mais maduras uma veia materialista que olha
para as comunidades reais.
Utiliza princípios universais (deontológicos) com a pretensão de aplicação em todas as sociedades, criando uma
supremacia dos direitos individuais em relação aos direitos coletivos.
Opera com uma concepção abstrata de pessoa que é consequência do modelo de representação da posição original sob
o véu da ignorância.
É uma teoria deontológica e procedimental, que utiliza uma concepção ética antiperfeccionista, estabelecendo uma
prioridade absoluta do justo em relação ao bem.
3. Leia as afirmações:
I. Entre a queda do Comunismo russo em 1989 e o triunfo o Liberalismo anglo-americano no mundo até 2007-2008, a
sociedade fica sem rumo para as suas novas esperanças, porque
II. Com a necessidade de contestar o Liberalismo, surge o Comunitarismo, para enriquecer os debates políticos do mundo
pós-guerra fria.
Sócrates: Mas dize-nos [se] preferes desenvolver toda a tese que queres demonstrar,
numa longa exposição ou empregar o método interrogativo?
Estrangeiro: Com um parceiro assim agradável e dócil, Sócrates, o método mais fácil é
esse mesmo; com um interlocutor. Do contrário, valeria mais a pena argumentar apenas
para si mesmo.
o empirismo, que acredita ser possível chegar ao saber por meio dos sentidos.
5. John Locke acreditava que o homem era uma criatura naturalmente "racional e social", com inclinação para o bem e um forte
senso de amor ao próximo e empatia pela dor alheia. Nesse sentido, o que motivaria o homem natural de Locke a se sujeitar ao
contrato social?
O homem natural para Locke, apesar de racional, não era invariavelmente "bom". O amor próprio e o
egoísmo ainda faziam parte de sua índole. Isso prejudicaria o estabelecimento de uma sociedade
harmoniosa sem que houvesse uma entidade de mediação de conflitos.
Nenhuma resposta está correta.
A perpetuação da paz natural que o ser humano e suas relações sociais proporcionavam no estado de natureza.
O texto engana-se. O homem natural de Locke jamais se sujeitaria ao contrato social, já que as liberdades individuais do
homem natural não seriam abandonadas.
6. Deodontologia é uma parte da Filosofia que trata dos princípios, fundamentos e sistemas de
moral. Uma teoria ética considerada unicamente em dever e direitos, onde se tem uma
obrigação moral imutável de se respeitar um conjunto de princípios definidos.
7. Thomas Hobbes acreditava que o ¿homem era o lobo do homem¿. O que Hobbes queria dizer com isso?
Que o ser humano passou a ver na figura do lobo um espelho de suas atividades sociais, de forma que, em algumas
sociedades, o lobo ainda é uma figura simbólica.
Que o homem é capaz de agir como predador de sua própria espécie, podendo ser cruel, vingativo e mau quando lhe
fosse conveniente em seu estado de natureza.
Que o homem, assim como os lobos, relacionavam-se em alcateias, formando uma hierarquia em que o objetivo comum
era a obtenção de alimento.
Que a amizade entre os seres humanos era comparável à relação próxima que os lobos possuem em uma alcateia.
proveniente da divindade.