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2- Defeito na construção
No caso de vícios aparentes no imóvel, cabe ao consumidor entrar com
uma ação chamada “Obrigação de Fazer” contra a construtora. O prazo
para reclamação de portas quebradas ou paredes mal pintadas, entre
outros consertos, é de 90 dias após a entrega da chave.
Já para os defeitos ocultos, a queixa deve ser feita no prazo de um ano.
Se a incorporadora não solucionar o problema, o comprador tem até 20
anos para recorrer ao Judiciário, conforme decisão do Superior
Tribunal de Justiça. O pedido deve estar acompanhado do laudo
técnico de um engenheiro discriminando o erro.
3- Taxas abusivas
Para os consumidores lesados quanto ao Sati (Serviço de Assessoria
Técnica Imobiliária) e a comissão do corretor, o prazo para reclamar
em Juízo é de três anos e começa a contar após o seu pagamento total.
Nessa situação, cabe a devolução do dinheiro em dobro, acrescido de
correção monetária e juros.
A restituição deve acontecer de uma só vez, em até 15 dias. Após o
prazo, incide acréscimo de 10% de multa e se não for pago podem ser
penhorados os bens da imobiliária ou da construtora.
4- Juros indevidos
Para aqueles que enfrentam problemas com a cobrança de juros sobre
juros, o tempo para recorrer à Justiça é de cinco anos, a partir do
termino do contrato. Nesse caso, é essencial requisitar na esfera
judiciária, com base em jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça
e o Superior Tribunal Federal, a restituição dos encargos financeiros,
mesmo aqueles que já quitaram o pagamento do imóvel.
5- Metragem
Se na vistoria, ficar comprovado que há diferença no tamanho de
qualquer dos compartimentos do imóvel, superior a 5%, o dono do
imóvel pode exigir o complemento da área, o abatimento no valor ou
rescindir o contrato. Quando a quantia for devolvida, a restituição
deverá ser feita à vista, acrescida de multa e juros. Além disso, também
podem ser inclusos indenização, danos morais e materiais e lucro
cessante.
6- Rescisão de contrato
Ao anular o acordo por problema pessoal, inadimplência ou até mesmo
arrependimento, o dono do imóvel tem o direito de receber de volta
90% do valor já pago e de uma só vez. Já se o distrato ocorrer devido ao
atraso na obra ou irregularidade no empreendimento, o proprietário
deve receber 100% do valor com as devidas correções.