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APOSTILA FORMAÇÃO DE BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL 2017

APOSTILA DE FORMAÇÃO DE
BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL
2017

BCI.RIBEIRO
FEBRABOM 003064

INSTRUTOR BOMBEIRO CIVIL


APOSTILA FORMAÇÃO DE BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL 2017

Conteúdo:

Aspectos Legais....................................................................1 à 5

Módulos..................................................................................Páginas

Primeiros Socorros.................................................................6 à 47

EPI e EPR ...............................................................................47 à 63

Equipamentos Auxiliares de PCI.........................................63 à 75

Salvamento Terrestre............................................................75 à 106

Produtos Perigosos ............................................................106 à 119

Fundamentos e Análise de Risco.......................................119 à 123

PCI e Atividades Operacionais do Bombeiro....................123 à 157

Leis e Alfabeto Fonético......................................................157 à 169


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AS PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES

A Lei Federal nº 11.901, de 12 de Janeiro de 2009

Art. 2º Considera-se Bombeiro Civil aquele que, habilitado nos termos desta Lei, exerça, em
caráter habitual, função remunerada e exclusiva de prevenção e combate a incêndio, como
empregado contratado diretamente por empresas privadas ou públicas, sociedades de
economia mista, ou empresas especializadas em prestação de serviços de prevenção e
combate a incêndio.

CBO - Classificação Brasileira de Ocupações do Ministério do Trabalho e Emprego

A Classificação Brasileira de Ocupações - CBO, instituída por portaria ministerial nº. 397, de 9
de outubro de 2002, tem por finalidade a identificação das ocupações no mercado de trabalho,
para fins classificatórios junto aos registros administrativos e domiciliares. Os efeitos de
uniformização pretendida pela Classificação Brasileira de Ocupações são de ordem
administrativa e não se estendem as relações de trabalho. Já a regulamentação da profissão,
diferentemente da CBO é realizada por meio de lei, cuja apreciação é feita pelo Congresso
Nacional, por meio de seus Deputados e Senadores , e levada à sanção do Presidente da
República.

ABNT-NBR 14.608 Bombeiro Profissional Civil –out.2007

A ABNT NBR 14608 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Segurança contra Incêndio
(ABNT/CB-24), pela comissão de Estudo de Brigada contra Incêndio (CE-24:203.02). O projeto
circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 02, de 28.08.2007, com o número de Projeto
ABNT NBR 14608, substitui a edição anterior 14608:2000.

Esta norma estabelece os requisitos para determinar o número mínimo de bombeiros


profissionais civis em uma planta, bem como sua FORMAÇÃO, QUALIFICAÇÃO,
RECICLAGEM E ATUAÇÃO.

ITCB 17, (instrução técnica do Corpo de Bombeiros de São Paulo) Anexo “ D”

É o documento técnico elaborado pelo CBPMESP que regulamenta as medidas de segurança


contra incêndio nas edificações e áreas de risco;

NR-23 - Proteção contra incêndios

A Norma Regulamentadora n. 23 - NR 23 - Proteção Contra Incêndios - estabelece os


procedimentos que todas as empresas devam possuir, no tocante à proteção contra incêndio,
saídas de emergência para os trabalhadores, equipamentos suficientes para combater o fogo e
pessoal treinado no uso correto.
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AVCB – Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros

Documento expedido pelo do Corpo de Bombeiros, após constatado que a planta está em
conformidade com o Projeto de Segurança Contra Incêndio e apresentando condições de
segurança para seus ocupantes.

Para edifícios residenciais deve ser renovado a cada 3 anos, e para edificação e/ou áreas
de risco com ocupação mista, onde haja local de reunião de público, cuja lotação seja
superior a 100 pessoas, o prazo de validade do AVCB é de 2 anos.

Artigo 28 - ELEVADOR DE EMERGÊNCIA

O elevador de emergência, sistema constante da ITCB de saídas de emergência nas


edificações, é exigido em todas as edificações com altura superior a 60 (sessenta) metros,
exceto quando se tratar:
I - das ocupações do Grupo A (residenciais), onde a exigência ocorrerá quando a altura for
superior a 80 (oitenta) metros;
II - das ocupações do Grupo H, divisão H-3 (hospitais e assemelhados), onde a exigência
ocorrerá quando a altura for superior a 12 (doze) metros.

Referências Normativas

ABNT NBR 11861, ABNT NBR 12779, ABNT 14023, ABNT 14277, ABTN NBR 15219.

APRESENTAÇÃO

Tendo em vista o crescente desenvolvimento industrial e a infinidade de produtos diariamente


utilizados em todos os campos da sociedade, tornaram-se mais rígidas as normas das
seguradoras, exigindo cada vez equipamentos mais sofisticados para o controle de
emergências diversas; além de uma prevenção cada vez mais eficiente em todos os
segmentos.

Mas de nada adianta um sem numero de equipamentos, de custos vultosos, sem a


presença de fator humano, que é de importância primordial para o bom funcionamento dos
sistemas e a intervenção nos mais diversos sinistros.

É função do Bombeiro Civil, além de cumprir suas obrigações como funcionário de


empresas, cumpre também seu papel como Cidadão do fogo, como Força Emergencial em
toda e qualquer situação onde a intervenção qualificada e corajosa se façam necessárias.

Para tanto, é necessário um constante treinamento e aperfeiçoamento daqueles que abraçam


a tão fascinante e gratificante profissão, adequando-se aos processos técnicos e legais
ocorridos diariamente no imenso quadro de PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS.
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INTRODUÇÃO

O GBRC, tem como objetivo formar profissionais com diferencial em caráter preventivo,
intensificando as ações de segurança.

A pronta resposta dos profissionais formados por esta instituição frente a situações
emergências antecederá de um planejamento, táticas e técnicas seguras de intervenções e
incursão em locais de sinistro de uma planta (empresa) ou evento onde aja a necessidade de
uma resposta imediata.

É bom ressaltar que os principio de incêndios devem ser combatidos por qualquer
funcionário da empresa, desde que possua habilidades no manuseio dos aparelhos extintores
de incêndio. Logo, quando o incêndio tiver alcançado maiores proporções, somente os
bombeiros terão condições de combatê-lo.

Diante disto compete a você que agora inicia um estudo do assunto, aprofundar-se
cada vez mais nas buscas do saber e transmitir seus conhecimentos aos seus companheiros
de empresa de como utilizar corretamente os equipamentos e recursos de combate a
incêndios.

Suas responsabilidades serão enormes diante dos perigos que poderão surgir ao longo de sua
carreira na profissão escolheu.

Caberá a você avaliar os riscos existentes, inspecionar os equipamentos de combate


ao fogo de ações direta ou indireta, orientar no sentido da prevenção contra incêndios,
cuidando assim não só do patrimônio mas fundamentalmente da preservação do meio
ambiente e da vida humana.

Neste sentido é de vital importância a integração da equipe de bombeiros com todo o


departamento e setores existentes na empresa.

Situações especiais de riscos tais como, manipulação e armazenagem de substâncias


de uso restrito exigem aplicações de técnicas especiais devendo nesses casos ser feita uma
pesquisa específica.

O PAPEL DO BOMBEIRO NA SOCIEDADE

A luta contra os sinistros data de tempos imemoriais. Descobrimentos arqueológicos


dão conhecimentos que enormes sinistros assolaram a humanidade. Magníficas cidades , tais
como Nínive, Jerico, Jerusalém na antigüidade foram devastadas por enormes sinistros,
restando somente cinzas e carvão para estudos.

Nestas épocas não havia meios, como hoje existem, para dar frente a este inimigo
voraz - o fogo - e em algumas vezes o incêndio termina quando tudo já fora consumido.

Entre esses incêndios podemos citar o de Roma, no ano de 64 AC, imposto pelo
imperador Nero. Temos o incêndio ocorrido em Londres em 1.798, que destituiu mais de 70 %
da cidade. Entre os séculos XVII e XVIII grandes incêndios devassaram tanto a Europa como a
Ásia.
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Em 1.750, um incêndio destruiu a cidade de Constantinopla, deixando um saldo de


mais de 10.000 vitimas fatais no inicio do século XVIII, em 1.812, a cidade de Moscou foi
destruída pelos seus habitantes, fugindo das tropas de Napoleão Bonaparte.

Na América no ano de 1.871, um violento incêndio destruiu a cidade de Boston, nos


Estados Unidos, deixando um saldo de 250 mortos e mais de 100.000 desabrigados.

A destruição total ocorreu na cidade de San Francisco, nos Estados unidos, onde após
um violento terremoto, irrompeu-se um incêndio, provocado pela destruição das canalizações
de gás de rua, não sendo possível seu controle uma vez que as tubulações hidráulicas também
haviam sido destruídas.

O mais trágico dos incêndios ocorreu na cidade de Tóquio, que chegou a atingir a
cidade de Yokahama, motivado pelo terremoto de 1.923 deixando o sinistro e dantesco saldo
de 70.000 mortos e cerca de um milhão de desabrigados. Foi o maior incêndio do século.

Modernamente ricas cidades, industrias, lojas hospitais escolas e outros estabelecimentos têm
sido devorado pelo fogo.

Ainda temos a lembrança do incêndio ocorrido na penitenciaria de Taubaté (SP) , em


1.961, deixando o saldo de 250 vitimas . No mesmo ano na cidade de Niterói (RJ), um incêndio
em um circo deixou mais de 350 vitimas fatal, e em sua maioria crianças. No dia 24 de
fevereiro de 1972 São Paulo vivia um dos seus maiores incêndios, o do edifício Andraus, com o
saldo de 16 mortos; Dois anos mais tarde , no dia dois de fevereiro de 1. 974, a cidade de São
Paulo revivia mais uma vez seu inferno, o edifício Joelma, desta vez com proporções maiores,
deixando o saldo de 198 mortos e mais de 300 feridos.

A sociedade cresceu intelectualmente e industrialmente, nas ultimas décadas. A


chamada revolução industrial foi o fator primordial para este crescimento. As maquinas e outros
meios da ciência proporcionaram à humanidade este crescimento. Isto implicou no crescimento
paralelamente de alguns recursos para se combater e prevenir sinistros. Normas foram criadas,
regras foram estabelecidas, objetivando dar mais segurança ao homem e à população em
geral que vive ou ocupa edificações industriais, comerciais, escolares, públicas ou privadas,
dando a extensão ao lar. Desta forma surge a figura do BOMBEIRO CIVIL (INDUSTRIAL),
embora sua denominação deva abranger não só os do setor industrial como também o
comercial e demais atividades da vida humana.

Devemos ter em mente, que este homem deve ser uma pessoa abnegada, com espírito
altruísta, deverá pensar e raciocinar em função de sua vida e na vida do seu próximo. Deverá
preservar sua vida, não se esquecendo que a vida de seu próximo é fator primordial de sua
função. Deverá ser comedido, para que possa raciocinar friamente e rapidamente dentro de
seu modo de agir e de suas ações.

Deverá ser tecnicamente instruído e aparelhado para suas funções.

Aliado ao bombeiro civil surge às indústrias de aparelhos e equipamentos de proteção e


combate a incêndios, que proliferaram os ensinamentos de segurança. Enfim prevaleceu o
lema - PREVENIR É MELHOR QUE REMEDIAR - já patenteado na mente humana.

Devemos ter em mente que a prevenção deve ser encarada desde o momento do
planejamento de uma edificação ao de uma cidade. A prevenção completa-se com outras
providencias, entre quais devemos destacar as vias de acesso horizontal e vertical ( escadas e
elevadores) isolados do corpo da edificação, previsões de sistemas racionais e eficientes de
prevenção e combate a incêndios. Todos os equipamentos a serem utilizados devem ser
criteriosamente planejados quanto ao risco a proteger, quanto à quantidade e qualidade; bem
como a sua racional distribuição pela ÀREA a proteger , sendo somente operados por pessoas
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devidamente capacitadas , pois caso contrario tronar-se-ão ineficazes e os objetivos não serão
atingidos. Segundos estudos realizados 90% dos incêndios não teriam ocorrido se fossem
tomadas as devidas precauções.

Assentemos e alicercemos a idéia genérica de que entendemos por prevenção e o que ela
abrange. Este é o papel do Bombeiro, tanto civil como Militar na sociedade. Devemos ser
ávidos na divulgação de que: O SINISTRO OCORRE QUANDO A PREVENÇÃO FALHA.

No calor inclemente do fogo, na implacável gélidas, a pujança do Bombeiro, seja ele civil ou
militar, nunca, jamais se deixou sucumbir. Intrépido, destemido, audaz e resoluto, o Bombeiro -
Severo Guardião da Vida e do Patrimônio dedica-se, cumprindo o seu dever.

“VIVER EM PAZ, É TER A CONSCIÊNCIA DO DEVER CUMPRIDO”

Primeiros Socorros

PRIMEIROS SOCORROS

É um atendimento imediato e provisório, realizado por pessoa com conhecimento básico para
tal ação, dado a pessoa vítima de acidente ou emergência clínica. Tem por objetivo manter a
vida e não agravar lesões já existentes.
ASSUMIR A SITUAÇÃO

- Evitar pânico e obter colaboração de outras pessoas dando ordens claras e concisas;
proceder à sinalização do local para evitar novos acidentes ou outras vítimas.

- Solicitar ajuda especializada, 193 ou 192.

- Caso tenha solicitado o Corpo de Bombeiros ou SAMU, aguardá-los no local.

- Manter os curiosos afastados.

PROTEGER O ACIDENTADO

- Observar rapidamente se existem perigos possíveis para o acidentado e para o socorrista nas
proximidades.

- Não alterar a posição em que se acha o acidentado, sem analisar previamente quanto à
conduta mais adequada a ser tomada.

- Tranqüilizar o acidentado.

- Se o acidentado estiver vomitando colocar o seu rosto lateralmente e manter as vias


respiratórias livres, desde que não indique lesão de coluna.
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- Se o acidentado estiver inconsciente, investigar se está respirando e se mantém a função


cardíaca.

- Se necessário, realizar Reanimação Cárdio-Pulmonar

- Afrouxar as vestes e cobrir o acidentado.

- Deve-se determinar o método apropriado para transportar o acidentado quando for


necessário.

LEGISLAÇÕES

CODIGO PENAL BRASILEIRO

ART. 135- OMISSÃO DE SOCORRO

Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal à criança abandonada
ou extraviada, ou pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou
não pedir nesses casos, o socorro da autoridade pública.

Pena- Detenção, de 1 a 6 meses, ou multa.

Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de


natureza grave, e triplicada, se resulta em morte.

BIOSSEGURANÇA

Para entendermos as técnicas utilizadas em biossegurança, devemos primeiramente saber o


seu conceito. BIOSSEGURANÇA – que significa vida + segurança, em sentido amplo é
conceituada como vida livre de perigos. Genericamente, medidas de segurança são ações
que contribuem para a segurança da vida no dia-a-dia das pessoas (exemplos: cintos de
segurança, faixa de pedestres). Assim, normas de biossegurança englobam todas as medidas
que evitam a evitar riscos físicos, químicos, ergonômicos, biológicos ou psicológicos.

RISCOS BIOLÓGICOS: Exposição à sangue, vômito, fezes, urina, podem conter


microorganismos que causam doenças.

RISCOS QUÍMICOS: Exposição à produtos tóxicos em contato com a vítima ou no ambiente


onde a mesma se encontra.

PROTEÇÃO INDIVIDUAL: Óculos de proteção, máscaras, luvas de procedimento, avental.

CUIDADOS AO ABORDAR A VÍTIMA

SEGURANÇA DO SOCORRISTA: Lavar as mãos antes e após qualquer contato com a


vítima e utilizar sempre equipamento de proteção individual:

SEGURANÇA DA VÍTIMA: Lavar as mãos antes e após qualquer contato com a vítima,
trocar as luvas de procedimentos antes de examinar outra vítima, descontaminar todo
material antes de utilizar na próxima vítima; utilizar preferencialmente material estéril para
curativo (compressas ou plásticos estéreis) em casos de feridas abertas.

ATENÇÃO
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É de responsabilidade de todos os socorristas limitar a possibilidade de infecção cruzada


entre as vítimas. No local da ocorrência recolher todo o material utilizado para o
atendimento à vítima. Considerar toda vítima como provável fonte de transmissão de
doença infecto-contagiosa.

ANATOMIA HUMANA

Anatomia é a ciência que trata da forma e da estrutura do corpo humano,


e Fisiologia é a parte da ciência que trata das funções orgânicas, processos ou atividades
vitais, como crescimento, nutrição, respiração, etc. O Socorrista deve aplicar os conhecimentos
de anatomia e fisiologia a ponto de conseguir olhar para o corpo de uma vítima e determinar
mentalmente as posições dos principais órgãos localizados no crânio, tórax e no abdômen.

O esqueleto humano Sistema Circulatório

Sistema Circulatório Cardíaco


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PROCEDIMENTOS EM LOCAIS DE EMERGÊNCIAS

REGRA DOS “3 s”

SCENE – CENA

Visualização do tipo de emergência e situações de risco

SITUATION- SITUAÇÃO

Verificação do número de acidentado, condições de risco mais apuradas e cinemática.

SECURITY – SEGURANÇA

Segurança do Socorrista, da Vítima e de terceiros.

IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS

Em locais de acidente, geralmente poderão surgir fatores que colocarão em risco o


atendimento às vitimas; por essa razão, o socorrista deve obter informações ao aproximar-se
do local da emergência, verificar as condições de segurança de local para si e para a vítima.
Situações como vazamento de combustível, queda de fios elétricos ou presença de gases
tóxicos podem comprometer seriamente o atendimento.

SINALIZAÇÃO E ISOLAMENTO DA ÁREA

Sinalização

Num acidente ou local de sinistro, uma das primeiras providências que devem ser adotadas é a
sinalização. O socorrista deverá ter em mente que locais de acidente, geralmente, são cenários
propícios para a ocorrência de novos acidentes. Para sinalizar um local de ocorrência, poderão
ser utilizado recursos diversos, como o próprio veiculo com seus dispositivos luminosos,
triângulo de segurança ou meios de fortuna.

Todo acidente pode gerar um local de crime, razão pela qual é dever preservá-lo para a devida
apuração de responsabilidade penal, pela autoridade policial. Só se justifica a alteração de
local de crime nas seguintes situações:
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1. Necessidade de socorro imediato às vítimas;


2. Risco de vida para as vítimas, para quem for prestar socorro ou outras pessoas;
3. Risco de novos acidentes;
4. Impossibilidade de outra forma de salvamento ou de acesso às vítimas.

Isolamento

Após a sinalização, deverá ser providenciado o isolamento da área onde se encontra a vítima,
levando-se em conta:

1. Restrição de acesso ao local onde se encontra a vítima;


2. Proteção da equipe de trabalho;
3. Evitar a obstrução do fluxo de trânsito, em vias públicas, sempre que possível;
4. Garantir rápido acesso e saída de veículos de socorro.

Figura – Sinalização e isolamento de local de ocorrência

TRIAGEM

Situação na qual o socorrista encontra-se sozinho com mais de uma vitima ou onde a demanda
de vitimas é maior que as condições de socorro. (método START)

EXAME DO ACIDENTADO

Análise Primária

A - Responsividade, coluna cervical, liberar VAS;

B - Constatar respiração (ver ouvir e sentir);


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C - Constatar circulação e grandes hemorragias;

D - Constatar consciência (AVDI + pupilas);

E - Expor e proteger a vítima.

Definição

A análise primária é o exame rápido realizado pelo socorrista para detectar problemas que
ameaçam a vida de vítimas de acidente ou enfermidade imprevista, a curto prazo.

Passos para a realização da análise primáriaOs eventuais problemas devem ser observados
pela ordem de importância:

1. Consciência – Chamar pelo menos três vezes, tocando simultaneamente no ombro


da vítima com uma mão, enquanto a outra apóia a cabeça, depois verificar se a vítima
está ou não consciente. Não se preocupar com o nível de consciência. Se a vítima não
responde, abrir as vias aéreas por meio de uma das três manobras (elevação do
queixo e extensão da cabeça, elevação da mandíbula ou tração do queixo).

Verificando a consciência

2) Respiração – Procurar ver, ouvir e sentir a respiração da vítima.

Verificando a respiração

3) Sinais de Circulação – Observar se há sinais de circulação, tais como respiração, tosse ou


movimento. Simultaneamente, palpar a artéria carótida da vítima, procurando a onda de
pulso.
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Verificando sinais de circulação – artéria


carótida

4) Grandes hemorragias – Observar e


verificar se existem grandes hemorragias que possam ameaçar a vida da vítima a curto prazo
e necessitem ser controladas de imediato.

Verificação visual de grandes hemorragias

A ANÁLISE PRIMÁRIA DEVE SER EFETUADA NO MÁXIMO EM 30 SEGUNDOS.

Se detectados eventuais riscos à vida da vítima, estes deverão ser controlados antes de se
proceder à análise secundária. O socorrista sempre deve chamar ajuda, caso a vítima esteja
inconsciente.

2. CUIDADOS ESPECIAIS PARA CASOS DE TRAUMA Posicionamento da vítima – A


melhor maneira de se realizar a análise primária é com a vítima na posição de decúbito dorsal.
Caso seja necessário, o socorrista deverá posicioná-la adequadamente.

Nos casos de trauma, antes de se iniciar a análise primária, o socorrista deve se preocupar em
imobilizar manualmente a cabeça da vítima para prevenir danos na medula espinhal.

ANÁLISE SECUNDÁRIA

É o exame realizado pelo socorrista para descobrir lesões ou enfermidades que poderão
ameaçar a vida da vítima.

A análise secundária serve para obter informações sobre o estado da vítima, por meio de uma
avaliação física feita no sentido da cabeça aos pés, análise dos dados obtidos durante a
entrevista e observação dos sinais
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vitais. É realizada após a análise primária, e não deve demorar mais que 5 minutos. Quando o
estado da vítima for crítico, o exame poderá ser realizado durante o transporte.

Finalidade da análise secundária

Descobrir qual o problema (lesão ou enfermidade) que afeta a vítima, para determinar o
tratamento de primeiros socorros mais adequado, por meio da observação dos sinais e
sintomas.

1. Sinal – É o reconhecimento objetivo do que se vê, se sente, se ouve, se palpa ao


examinar uma vítima.
2. Sintoma – Sensação manifestada pela vítima que pode corresponder a uma
enfermidade física ou mental, real ou imaginária. É o que a vítima relata sentir.

Etapas da análise secundária

A realização da análise secundária deve seguir 3 etapas inter-relacionadas:

1. Entrevista - É a obtenção de informações através do questionamento


direto da vítima, de testemunhas ou familiares acerca da natureza da
enfermidade ou tipo de lesão. Poderá ser seguido o roteiro abaixo,
para sua aplicação
2. Nome e idade da vítima (se menor, contatar os pais ou um adulto conhecido);
3. O que aconteceu, qual a natureza da enfermidade ou lesão?
4. O que pode ser observado?
5. O que aconteceu antes?
6. Existe algum outro problema ou enfermidade atual?

7. A vítima está fazendo algum tratamento médico?


8. A vítima toma algum remédio ou é alérgica à alguma substância?
9. Qual a última refeição da vítima?

2) Observação dos sinais vitais - Em princípio, os sinais vitais que devem ser observados
pelo socorrista são apenas a quantidade e a qualidade do pulso e da respiração. O pulso
poderá ser classificado em relação à freqüência e ao ritmo. É recomendável que seja seguido o
seguinte critério:

a) Pulso - A onda de pulso que coincide com cada contração cardíaca pode ser percebida
através da palpação de uma artéria. Em relação à freqüência, os valores normais do pulso em
repouso são:

Para vítimas com idade acima de 8 anos – adulto : de 60 a 100 bpm;

Para vítimas com idade entre 1 a 8 anos - criança: de 70 a 110 bpm;


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Para vítimas com idade inferior a 1 ano - bebês: de 150 a 180 bpm.

Dentro dos valores apresentados, o pulso será considerado normal, rápido ou lento.

Em relação ao ritmo, se os intervalos entre os batimentos forem todos iguais ao pulso, será
classificado como pulso regular. Se os intervalos forem diferentes, o pulso será irregular. Se o
batimento for facilmente percebido, será considerado forte; se o batimento não for facilmente
percebido, será considerado fraco.

Os batimentos cardíacos deverão ser verificados durante 30


segundos e multiplicados por dois para obter a freqüência cardíaca
durante 1 minuto, exceto se o pulso parecer irregular quanto ao ritmo,
quando deverá ser verificado durante 1 minuto completo.

Verificação de pulso.

TABELA PARA ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DA CIRCULAÇÃO

PULSO EM REPOUSO

NORMAL – de 60 a 80 bpm

LENTO – menor que 60 bpm


Adulto
RÁPIDO – maior que 80 bpm
(acima de 8 anos)

Criança NORMAL – de 80 a 140 bpm

(entre 1 e 8 anos) LENTO – menor que 80 bpm


FREQÜÊNCIA
RÁPIDO – maior que 140 bpm

NORMAL – de 120 a 160 bpm

LENTO – menor que 120 bpm


Bebê
RÁPIDO – maior que 160 bpm
(abaixo de 1 ano)

REGULAR – Intervalos entre os batimentos iguais

IRREGULAR – Intervalos entre os batimentos diferentes


RIT MO

INTENSIDADE FORTE – Batimentos facilmente palpáveis

FRACO – Dificuldade em sentir os batimentos cardíacos

b) Respiração - Para medir a respiração de uma vítima, o socorrista deverá contar seus
movimentos respiratórios por 30 segundos e multiplicá-los por dois. A respiração poderá ser
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classificada como normal, rápida ou lenta. Quando a respiração for irregular, deverá ser
verificada durante 1 minuto completo.

Os valores normais para respiração de vítimas em repouso são os seguintes:

1. Para vítimas adultas, com idade acima de 8 anos: de 12 a 20 rpm;


2. Para vítimas com idade entre 1 a 8 anos - criança: de 20 a 40 rpm;
3. Para vítimas com idade inferior a 1 ano – bebês: de 40 a 60 rpm.

A variação da freqüência respiratória determina se a respiração é normal, rápida ou lenta.

O socorrista também poderá observar outras


irregularidades, como respiração superficial, profunda, ruidosa,
assimétrica, etc. Nesse caso, será denominada respiração
regular ou irregular, de acordo com o que foi observado,
independente da freqüência. No caso de vítima consciente, o
socorrista deve verificar a respiração de forma discreta, sem que
a vítima perceba, pois, neste caso, poderá haver alterações nos movimentos respiratórios.

Para isso o socorrista pode simular que esta verificando o pulso e olhar discretamente no tórax,
contando os movimentos respiratórios.

Verificação de respiração.

TABELA PARA ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DA RESPIRAÇÃO

RESPIRAÇÃO EM REPOUSO

NORMAL – de 12 a 20 rpm

LENTO – menor que 12 rpm


Adulto
RÁPIDO – maior que 20 rpm
(acima de 8 anos)

NORMAL – de 20 a 40 rpm

LENTO – menor que 20 rpm


Criança
FREQÜÊNCIA
RÁPIDO – maior que 40 rpm
(entre 1 e 8 anos)

NORMAL – de 40 a 60 rpm
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LENTO – menor que 40 rpm


Bebê
RÁPIDO – maior que 60 rpm
(abaixo de 1 ano)

4. Exame da cabeça aos pés – Finalmente, o socorrista deve proceder a uma avaliação
no sentido da cabeça para os pés da vítima, observando, palpando, sentindo e ouvindo
sinais e sintomas, com o objetivo de procurar deformidades, assimetria, ruídos e
odores anormais, etc. que possam identificar a lesão ou a enfermidade sofrida.

Para orientar o exame, poderá se utilizar do seguinte roteiro:

a) Examinar a cabeça procurando cortes, deformidades, afundamentos ou outros sinais de


trauma, etc.

b) Inspecionar as orelhas e o nariz (saída de sangue e ou líquido cefalorraquidiano,


hematomas atrás da orelha, etc.);

c) Examinar a face, verificando a cor e temperatura da pele (quente, fria ou normal), os olhos
(diâmetro das pupilas), pálpebras descoloridas, equimoses (arroxeado) ao redor dos olhos;

d) Inspecionar o interior da boca, procurando corpos estranhos, sangue, vômito; avaliar a


presença de odores anormais, como no caso de coma diabético, alcoolismo etc.;

e) Avaliar a coluna cervical, procurando sangramentos, deformidades, pontos dolorosos à


palpação, etc.;

f) Avaliar a região do pescoço, verificando se há desvios de traquéia.

Exame da cabeça Exame da Face

Examinar o tórax: procurando por fraturas, ferimentos, assimetria.


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Examinar o abdome: procurando ferimentos, pontos dolorosos, rigidez, etc.

Lembrar dos quadrantes abdominais.

Examinar a pelve:

procurando fraturas e deformidades.

Examinar os membros inferiores, procurando fraturas, sinais de hemorragia, pontos


dolorosos. Checar a presença de pulso distal (extremidades), perfusão capilar e a sensibilidade
neurológica nos pés.

Exame dos membros inferiores


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SINAIS VITAIS

São todos os sinais que indicam a existência de vida, e pelos quais podemos ter a noção do
estado geral da vítima. Os sinais vitais do paciente são: temperatura, pulso, respiração e a
pressão arterial. Existem equipamentos próprios para a verificação de cada sinal vital, que
devem ser verificados com cautela e sempre que possível não comentá-lo com o paciente.

Temperatura:

É a medida do calor do corpo: é o equilíbrio entre o calor produzido e o calor perdido. Tempo
para deixar o termômetro no paciente é de 5 a 10 minutos.

Valor normal 36º á 37º.

Pulso e Respiração:

Devem ser verificados no mesmo procedimento, pois o paciente pode interferir, parando ou

alterando o
ritmo
respiratório.

Pressão Arterial
É a medida da força do sangue contra as paredes das artérias. A medida da pressão arterial
compreende a verificação da pressão máxima chamada sistólica e pressão mínima diastólica.
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- Valores normais:

Pressão sistólica: 140x90mmHg


Pressão diastólica:
90x60mmHg

Exa
minar os membros
superiores desde o ombro até a clavícula, e desta
até a ponta dos dedos, procurando por ferimentos, fraturas, deformidades, pontos dolorosos,
etc.;

Examinar a costas, quando conveniente, procurando hemorragias ou lesões óbvias.

1. – Regras para realização da análise secundária

Durante a análise secundária, o socorrista deverá ter em mente as seguintes regras:

1. Não provocar danos adicionais;


2. Suspeitar de lesão cervical em toda vítima de trauma consciente e também em toda
vítima inconsciente;
3. Observar o que pode ser considerado anormal na conduta da vítima;
4. Estar atento à mudança de estado de consciência da vítima;
5. Estar atento à mudança na cor da pele da vítima;
6. Observar eventuais deformidades e posições anormais ou inusuais;
7. Sempre que possível, informar a vítima sobre a avaliação que está sendo feita;
8. Não se esquecer de observar os sinais vitais;
9. Realizar o exame da cabeça aos pés;

Considerar como sinal de lesão na medula a falta de reflexos ou resposta apropriada a


qualquer função e a falta de movimentos e ou sensibilidade em membros.

OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA E ENGASGO

Ocorre por qualquer problema ou “corpo estranho” que impeça a entrada do ar aspirado nos
pulmões da vítima, sendo necessário identificar e eliminar a obstrução.
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RECONHECIMENTO

Sinal universal;

Dificuldade para falar;

Agitação.

TRATAMENTO:

Manobra de compressões subdiafragmatica:

a) Vítima consciente em pé ou sentada:

Posicione-se atrás da vítima;

Envolva a vítima com seus braços, cerre o punho de uma das mãos e o coloque no centro da
região epigástrica, logo acima do umbigo;

Espalme a outra mão e coloque-a sobre a primeira e comprima o abdome num movimento
rápido, direcionado para traz e para cima;

Repetir a compressão até a desobstrução ou a vítima tornar-se inconsciente.

b) Vítima inconsciente:

Posicionar a vítima em decúbito dorsal horizontal numa superfície rígida;

Posicionar-se de forma a apoiar os seus joelhos, um de cada lado da vítima na altura de suas
coxas;

Colocar sua mão sobre o abdome da vítima de forma a apoiar a região tênar e hipotênar da
mão entre o apêndice xifóide e a cicatriz umbilical, apoiando a outra mão sobre a primeira;

Comprimir o abdome num movimento rápido direcionado para baixo e em direção à cabeça,
efetuando 05 compressões.

Gestantes / Obesas

Existe uma variação nos casos de gestantes e de obesas onde a compressão deverá ser feita
no externo.

Bebês

Em caso manobras de bebês existe uma variação na seqüência:

Deitar o bebê de bruços sobre a palma de uma mão, e a outra dar 04 golpes entre as
omoplatas. Se não tiver resultado, realizar 04 pressões com 02 dedos no externo.
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PARADA RESPIRATÓRIA

Interrupção da respiração da vítima por paralisação do músculo diafragmático, motivada por


qualquer mal eventual.

Reconhecimento

Executar o “ver, ouvir e sentir”;

Identificar palidez e cianose.

TRATAMENTO

Liberar as vias aéreas e efetuar 01 (uma) ventilação a cada:

02 segundos para vítimas com idade abaixo de 28 dias;

03 segundos para vítimas com idade entre 28 dias e 08 anos;

05 segundos para vítimas com idade acima de 08 anos.

Obs.: Verificar pulso a cada 01 minuto.

PARADA Cárdio-respiratória E ReAnimaçÃO CÁRDIO PULMONAR

A Parada Cardiorrespiratória (PCR) é o estado em que o indivíduo se encontra com ausência


de batimentos cardíacos eficazes e ausência de respiração. Assim, quando o coração para de
bombear sangue,
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para o organismo, as células deixam de receber o oxigênio; com isso, os neurônios do sistema
nervoso central não suportam mais do que 06 minutos sem serem oxigenados e entram em
processo de necrose.

A ausência de movimentos cardíacos e respiratórios (parada cardiorrespiratória) é


denominada morte clínica. Nesse estado, é possível que uma vítima ainda possa ser
recuperada, devido a uma espécie de reserva vital de oxigênio que possuímos em nosso
organismo. O corpo humano pode permanecer alguns minutos sem respiração e circulação de
sangue; nesse tempo, que varia de pessoa para pessoa, devem ser imediatamente aplicadas
as manobras de reanimação. O tempo crítico para iniciar as manobras está relacionado a
fatores diversos, como a causa da parada cardiorrespiratória, compleição física da vítima, sua
condição de saúde, meio ambiente e outros, porém deve estar entre 4 a 6 minutos após a
morte clínica. Passado esse período, inicia-se a chamada morte cerebral, que é a
degeneração das células cerebrais pela falta de oxigenação. A morte cerebral é definitiva e
irreversível.

A parada cardiorrespiratória poderá ser conseqüência de uma obstrução da respiração.


Uma vítima poderá deixar de respirar devido a vários fatores, como: distúrbios neurológicos ou
musculares, intoxicação, afogamento, obstrução das vias aéreas por corpos estranhos ou pela
própria língua, etc.

É fundamental que haja o atendimento imediato de uma vítima com parada respiratória, para
evitar a parada cardíaca e a morte cerebral.

REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR – RCP

A reanimação cardiopulmonar – RCP - é a manobra de recuperação indicada para os


casos de parada cardiorrespiratória. Consiste na combinação da compressão torácica com a
ventilação artificial.
A intervenção de um socorrista com conhecimento de RCP no atendimento de uma vítima de
parada poderá significar a diferença entre vida e a morte. A aplicação correta da manobra de
RCP poderá, portanto, salvar uma vida. O conhecimento da técnica, a prática e a dedicação
poderão tornar um socorrista diferente dos demais.

Segundo a American Heart Association, no período de um ano, nos Estados Unidos, as


doenças cardiovasculares provocam cerca de 900.000 mortes, e destas quase 500.000
ocorrem em conseqüência de ataques cardíacos fulminantes. Aproximadamente dois terços
dessas mortes acontecem antes que as vítimas cheguem a um centro hospitalar. Muitas
poderiam ser evitadas se elas tivessem recebido atendimento imediato ou alguma pessoa com
conhecimento de RCP tivesse efetuado as manobras antes do socorro médico definitivo.

Corrente da Sobrevivência
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A aplicação da RCP deve ser imediata após a constatação da parada cardiorrespiratória, e,


embora ela por si só não seja suficiente para salvar uma vida, constitui-se um elo fundamental
da chamada corrente da sobrevivência. Corrente da sobrevivência é a denominação dos
recursos humanos e materiais necessários para manter a vítima em condições de receber
tratamento médico e suporte avançado de vida

Compreende desde o acionamento dos serviços de emergência, passando pelas manobras de


RCP, desfibrilação realizada no próprio local e finalmente a atenção de um especialista num
hospital. Para um socorrista, a participação nos primeiros elos da corrente, ou seja, o
acionamento do serviço de emergência médica e a realização da manobra de RCP, podem ser
tão importantes quanto o tratamento hospitalar de suporte avançado de vida.

RECONHECIMENTO

Inconsciência;

Ausência de respiração;

Ausência de circulação;

Pupilas dilatadas;

Palidez e cianose.

TRATAMENTO

 Coloque a vítima deitada de costas sobre superfície rígida.


 Coloque suas mãos sobrepostas no terço inferior do externo.
 Faça compressão sobre o externo de encontro à coluna.
 00 à 28 dias – 30 COMPRESSÕES x 02 INSUFLAÇÕES (120 bpm);
 28 dias à 08 anos – 30 COMPRESSÕES x 02 INSUFLAÇÕES (100 bpm);
 acima de 08 anos – 30 COMPRESSÕES x 02 INSUFLAÇÕES

 Para um ou dois socorrista, seguir a seqüência acima;


 À cada minuto verificar sinais vitais;
 Após recuperação dos batimentos cardíacos, leve imediatamente ao hospital.
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Obs.: Após cada DOIS MINUTOS OU 5 CICLOS verificar o pulso carotídeo, caso não
tenha os pulso, reiniciar o procedimento com a insuflação.

DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO - DEA

Os DEA são desfibriladores externos automáticos. No entanto, a palavra automático significa,


na verdade, semi-automático, já que a maioria dos DEA disponíveis no mercado “informam”
ao operador, através de mensagens pré-gravadas que o choque está indicado, mas não o
administra sem uma ação do socorrista (é necessário pressionar o botão de CHOQUE).

O DEA é conectado no paciente por meio de pás auto-adesivas. O aparelho está equipado
comum sistema de análise do ritmo baseado em microprocessadores patenteados. Quando é
detectada TV ou FV sem pulso, o sistema “indica” um choque por intermédio de mensagens
visuais ou sonoras. A maioria dos DEA opera da mesma forma e têm componentes similares.

Os aparelhos desfibriladores externos semi-automáticos são projetados para proporcionar um


choque elétrico que interrompe a atividade elétrica anormal de um coração doente. A
desfibrilação consiste no uso terapêutico da corrente elétrica, administrada em grande
intensidade e por períodos extremamente breves. O choque desfibrilador despolariza,
temporariamente, um coração que esteja pulsando de modo irregular, permitindo assim que
uma atividade de contração mais coordenada se inicie. Não se pretende com esse processo
parar o coração, mas sim eliminar certos ritmos letais e possibilitar as condições para que o
coração retorne ao ritmo normal, espontaneamente. Este
processo é chamado desfibrilação.

Indicação para seu uso:

O emprego do DEA somente estará indicado quando os


pacientes apresentarem os seguintes sinais clínicos:

 Ausência de resposta (inconsciente);


 Ausência de respiração efetiva;
 Ausência de reposta às 2 ventilações de resgate iniciais;

Ausência dos sinais de circulação.

Cuidados especiais:

São 5 as situações que podem requerer outras ações do socorrista antes ou durante a
operação de um DEA:

 A vítima tem menos de 1 ano.

Nesse caso é menos freqüente a existência de ritmos capazes de serem desfibriláveis, pois as
principais causas de parada cardíaca são devidas a problemas respiratórios em que as
medidas de prevenção de acidentes e a intervenção imediata do socorrista são os principais
elos da cadeia da sobrevivência. Outro fator é que os DEA são projetados para operar com
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cargas de energia muito além das cargas indicadas para uso em pessoas nessa faixa de idade
ou peso corporal. Não há evidências que indiquem o uso do DEA.

 A vítima está na água ou próxima dela (ex. na beira de uma piscina ou em um dia
de chuva com piso molhado).

A água é boa condutora de eletricidade. Um choque aplicado a uma vítima que se encontre na
água poderia ser conduzido por esta desde o DEA até os socorristas e os circunstantes que
tratam do indivíduo. Teoricamente, os socorristas ou as pessoas ao redor da vítima poderiam
receber um choque ou sofrer queimaduras menores, caso se encontre em contato com a vítima
ou a água lhe transmita o choque. É mais comum que a água sobre a pele da vítima torne-se
uma via direta de passagem de energia de um eletrodo a outro impossibilitando a transmissão
do choque no músculo cardíaco devido ao arco voltaico formado entre os pontos do eletrodo.

A vítima deve ser removida do local em que se encontra. Seque seu tórax antes da aplicação
das pás adesivas. Vítimas de submersão ou acidente aquático podem ter sofrido lesão de
coluna. Mantenha a imobilização cervical durante a manipulação da vítima.

 Existência de marca-passo implantado no tórax.

Os desfibriladores implantados (marcapasso cardíaco) que aplicam choques de baixa energia


diretamente no miocárdio são utilizados em pacientes com arritmias malignas, em risco de
morte súbita.

Esses aparelhos podem ser identificados imediatamente, porque criam uma protuberância dura
sob a pele, na região superior do tórax ou do abdome (geralmente, do lado esquerdo da
vítima). A protuberância tem metade do tamanho de uma caixa de fósforos pequena e está
coberto por uma pequena cicatriz. Se uma pá auto-adesiva é colocada diretamente sobre um
dispositivo médico implantado, este pode bloquear a administração do choque ao coração.

Caso identifique um desfibrilador implantado, coloque a pá auto-adesiva do DEA a, no mínimo,


2,5 centímetros dele. Depois, siga os passos de praxe para operar um DEA.

No entanto, se o marcapasso está aplicando choques no paciente (os músculos do indivíduo


contraem-se de forma similar à observada durante a desfibrilação externa), deixe transcorrer
de 30 a 60 segundos, para

que o dispositivo complete o ciclo de tratamento, antes de aplicar um choque com o DEA.
Lembre-se, no entanto, que a maioria dos DEA descarrega internamente o choque, se não é
utilizado em 30 segundos após a carga, sem risco para operador ou circunstantes.

 Adesivo de medicação na pele.

As pás do DEA não devem ser colocadas diretamente sobre um adesivo de medicação (ex.
adesivo de medicação cardíaca, nicotina, reposição hormonal, analgésica ou anti-hipertensiva).
O adesivo de medicação pode transferir energia da pá ao coração e provocar pequenas
queimaduras na pele. Remova o adesivo, limpe a pele e aplique as pás do DEA.

 Utilização de sistemas de oxigênio durante aplicação do DEA.

O oxigênio é um comburente e por questões de segurança não deve ser utilizado na presença
de fontes de calor ou eletricidade. Recomenda-se que seu uso seja suspenso durante a
aplicação de choques com o DEA.
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Procedimento :

Basicamente, os aparelhos desfibriladores externos semi-automáticos podem ser operados


a partir das seguintes medidas:

1. Ligue o DEA, em primeiro lugar (isso ativa as mensagens sonoras para guiá-lo em
todos os passos subseqüentes);
o Abra o estojo ou a tampa do DEA.
o
2. Fixe as pás auto-adesivas no tórax da vítima. (interrompa as compressões torácicas
imediatamente antes de faze-lo).
o Conecte a caixa do DEA com os cabos (em alguns modelos, os cabos estão
pré-conectados).
o Conecte os cabos do DEA com as pás auto-adesivas. (em alguns modelos, as
pás estão pré-cocnectadas).
o Retire a proteção plástica que está detrás das pás adesivas. Interrompa a
RCP.
o
o Aplique as pás auto-adesivas no tórax despido da vítima.
o Afaste-se do paciente e analise o ritmo cardíaco.
o Pressione o botão analisar (alguns DEA não precisam desse passo).
o Afaste-se sempre da vítima durante a análise. Assegure-se de que ninguém
esteja em contato com ela, nem mesmo a pessoa encarregada da respiração
de resgate.
o Afaste-se do paciente e pressione o botão choque, se a descarga estiver
indicada.
o Afaste-se da vítima antes de aplicar o choque; assegure-se que ninguém
esteja em contato com ela.
o Pressione o botão choque para aplicar a descarga somente quando o DEA
avisar que isso está indicado e ninguém estiver em contato com a vítima.
o Os três primeiros choques são dados numa seqüência de 200-300-360 joules
ou 200-200-360 joules. Todos os choques dados além desta seqüência serão
de 360 joules.
o
o A equipe médica que for em apoio às manobras de ressucitação determinará o
protocolo a ser seguido a partir da desfibrilação e, se for preciso, a remoção da
vítima.

Considerações importantes :

 Não é indicado para crianças menores de 8 anos tendo em vista que a causa mais
freqüente de parada cardíaca são problemas respiratórios que podem ser solucionados
com a RCP precoce;
 Não utilize em pessoas com menos de 25 quilos porque o equipamento não é
projetado para esse biótipo e pode causar lesões severas no paciente devido à alta
resistência ao fluxo da corrente elétrica;
 Vítimas de trauma requerem transporte imediato e o mesmo não deverá ser retardado
pela desfibrilação, visto que as causas mais freqüentes da parada cardíaca são os
traumatismos diretos nos órgãos alvos (cérebro, coração, pulmões);
 Medicamentos sob a forma de adesivos devem ser removidos antes de se iniciar a
desfibrilação porque pode produzir queimaduras no local da inserção ou interferir na
distribuição de energia ao coração do paciente;
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 Pacientes hipotérmicos podem não responder bem a desfibrilação. Existem protocolos


de emprego de DEA que indicam no máximo 3 choque consecutivos para tais
situações;
 Marca-passos podem alterar a eficiência do DEA. Nesse caso posicione o DEA a cerca
de 2,5 cm de distância desse dispositivo implantado no tórax do paciente;
 A utilização de um DEA em uma paciente grávida requer os mesmos cuidados que em
qualquer paciente, não havendo diferenciação de emprego;

Mantenha a conecção do DEA quando transportar um paciente em ambulância. Se houver


necessidade de analisar o paciente, pare o movimento do veículo, pois poderá o movimento
durante a análise criar uma falsa indicação de Fibrilação Ventricular.

ESTADO DE CHOQUE

É a deficiência do sistema circulatório em distribuir sangue para todo


o corpo, principalmente o cérebro, com acentuada depressão das
funções do organismo.

Sinais e sintomas: pele pálida fria e úmida, tremores frios

Lábios arroxeados, pupilas dilatadas., pulso rápido e fraco

Aumento da freqüência respiratória, perfusão capilar lenta ou nula

Tonturas e síncope e inconsciência

Tratamento: deitar a vítima em decúbito dorsal, elevando seus membros inferiores à


aproximadamente 30cm do solo, desde que não tenha sofrido trauma físico.

Atentar sempre para a possibilidade de existência de outras lesões associadas

Afrouxar as vestes, aquecer a vítima, transportá-la urgente para um hospital.

HEMORRAGIA
É a ruptura de vasos sangüíneos com extravasamento de sangue, podendo ser interna ou
externa.

RECONHECIMENTO

Interna: são mais difíceis de serem reconhecidas, pois o sangue se acumula nas partes ocas
do corpo.

Externa: de fácil visualização, dividindo-se em arterial, venosa e capilar.

TRATAMENTO:
Técnicas de Hemostasia:

Pressão direta no ferimento.

Elevação membro
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Compressão arterial Tamponamento (compressivo ou


oclusivo)

FERIMENTOS

Qualquer lesão resultante de agressão sofrida pelos tecidos, causada por agentes
externos de natureza diversa, cortantes, contundentes ou perfurantes, será considerada um
ferimento que poderá ser superficial ou profundo, aberto ou fechado.

O tratamento inicial consiste na aplicação imediata de curativos, que são quaisquer


materiais utilizados para cobrir ferimentos, visando a impedir a contaminação e controlar o
sangramento. O curativo poderá ser compressivo ou oclusivo. O compressivo – é aquele
aplicado sobre o ferimento com a finalidade de controlar um sangramento, sendo necessária a
pressão.

O oclusivo – aplicado com a finalidade de proteger o ferimento sem exercer pressão


ou com finalidades específicas; como nos casos de ferimentos abertos no tórax, eviscerações
ou ferimentos no olho.

REGRAS GERAIS PARA TRATAMENTO DE FERIMENTOS

1. Assegurar o controle de hemorragias;


2. Manusear curativos de forma a evitar contaminação;
3. Cobrir completamente os ferimentos;
4. Assegurar a fixação dos curativos, evitando, porém, apertá-los em demasia;

5. Evitar que pontas fiquem soltas após a fixação;


6. Evitar cobrir as extremidades dos dedos, a fim de permitir a checagem e o
monitoramento de alterações de perfusão capilar e sensibilidade;
7. Estar atento aos sinais e sintomas indicativos de estado de choque;
8. Umidificar curativos somente nos casos indicados.

REGRAS PARA TRATAMENTO DE FERIMENTOS ESPECÍFICOS:

a)Ferimento por arma branca – Classificado corto-contuso, pode ser profundo ou superficial e
provoca hemorragia externa ou interna.

Além dos cuidados gerais, o socorrista deve:

1. Acionar o Sistema de APH ou priorizar o transporte;


2. Tranqüilizar a vítima e colocá-la em decúbito dorsal;
3. Expor o ferimento, retirando ou cortando as vestes;
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4. Prevenir o estado de choque;


5. Suspeitar de lesões em órgãos internos.

b) Ferimento por arma de fogo – Classificado como perfuro-contuso, e pode provocar


hemorragia interna. Apresenta como característica um orifício de entrada, um trajeto com
graves

danos à vítima e pode transfixar o corpo ou permanecer alojado em suas estruturas. Além dos
cuidados gerais, o socorrista deve:

1. Acionar o Sistema de APH ou priorizar o transporte, especialmente nos ferimentos que


estejam em cavidades;
2. Tranqüilizar a vítima e colocá-la em decúbito dorsal;
3. Expor o ferimento, removendo ou cortando as vestes;
4. Não arrancar a roupa da vítima, mas sim cortá-la o necessário;
5. Verificar se existe orifício de saída;
6. Prevenir o estado de choque;
7. Suspeitar de fraturas em extremidades ou lesões na coluna (nesse caso, proceda à
devida imobilização ou evite movimentá-la).

c)Ferimento nos olhos – Pode provocar lesão irreversível, levando à cegueira.

1. Evitar a pressão direta sobre o globo ocular;


2. Aplicar curativo oclusivo em ambos os olhos, mesmo que apenas um olho tenha sido
afetado;
3. Quando houver objeto encravado, não removê-lo e sim estabilizá-lo, utilizando copo de
plástico, compressa ou outro objeto
4. Se houver protusão do globo ocular, não tentar recolocá-lo;
5. Tratar a protusão ocular da mesma forma que um objeto encravado;
6. Dar apoio emocional à vítima;
7. Prevenir o estado de choque;
8. Nunca explorar a órbita ocular para tentar inspecionar ou remover objetos do local.
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Ferimento no olho

d)Ferimento nas orelhas - Pode ser cortante, lacerante ou avulsão. O sangramento pela
orelha pode indicar traumatismo craniano.

Além dos cuidados gerais, o socorrista deve:

1. Controlar sangramentos externos;


2. Não remover objetos encravados;
3. Não interromper a saída de líquido e ou sangue pelo conduto auditivo externo.

Ferimento na orelha

e) Ferimento no nariz – Pode indicar fratura de crânio.

1. Acionar o Sistema de APH ou priorizar o transporte;


2. Manter a permeabilidade das vias aéreas e a estabilização da coluna cervical;
3. Não interromper a saída de líquido e ou sangue pelo nariz.

f) Ferimento aberto no tórax – Pode prejudicar a respiração porque permite a entrada de ar


na cavidade torácica (pneumotórax).

1. Acionar o Sistema de APH ou priorizar o transporte;


2. Se houver um objeto encravado, estabilizá-lo antes de movimentar a vítima;
3. Se o ferimento for perfurante e houver entrada de ar, utilizar um plástico para fazer
curativo oclusivo, deixando uma pequena abertura que servirá como válvula e permitirá
o mecanismo da respiração
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Evitar envolver o tórax da vítima com atadura para não prejudicar o


mecanismo da respiração;

4. Prevenir o estado de choque.

Ferimento no tórax

g) Ferimento na região abdominal – Pode ter como conseqüência a exposição de vísceras


(evisceração traumática) e lesões em órgãos internos.

1. Acionar o Sistema de APH ou priorizar o transporte;


2. Tranqüilizar a vítima e colocá-la em decúbito dorsal e manter as vias aéreas
permeáveis;

3. Não tocar nas vísceras ou tentar recolocá-la para dentro do corpo;


4. Cobrir o ferimento e as vísceras que estiverem expostas, com plástico limpo ou
curativo oclusivo
5. Redobrar os cuidados com a contaminação, durante a aplicação dos curativos;
6. Fixar o curativo, sem apertá-lo. Caso encharque de sangue, colocar outro por cima
sem retirar o primeiro;
7. Promover o aquecimento da vítima;
8. Prestar-lhe apoio emocional.

Evisceração traumática

Objetos encravados – Devem ser estabilizados na posição encontrada, independente da


região do corpo afetada.

Acionar o sistema de APH ou priorizar o transporte;

1. Controlar sangramentos externos;


2. Nunca remover o objeto ou permitir que a vítima o faça;
3. Estabilizar o objeto antes de movimentar a vítima.
4. Dar suporte emocional à vítima, durante o atendimento ou transporte.
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Vítima com objeto encravado

LESÕES MÚSCULO-ESQUELÉTICAS EM EXTREMIDADES

São lesões bastante comuns, decorrentes, em geral, de acidentes automobilísticos,


quedas ou acidentes esportivos. Podem causar danos a ossos, músculos, vasos sangüíneos e
nervos. Em alguns casos, podem levar ao estado de choque.

As principais lesões incluem:

1. Fratura – rompimento do tecido ósseo, que pode ser fechada ou aberta (exposta);
2. Luxação – deslocamento da extremidade óssea de uma articulação para fora do seu
lugar de origem;
3. Entorse – distensão brusca, violenta e exagerada dos ligamentos de uma articulação
(pode haver ou não rompimento do ligamento, porém não há afastamento das
extremidades ósseas).

Considerações gerais sobre lesões em extremidades

Pode ocorrer uma fratura, uma luxação e uma entorse na mesma vítima, em decorrência do
mesmo acidente. O socorrista deve sempre considerar a situação de maneira ampla (evitar
visão de túnel). Muitas vezes uma lesão óbvia como uma fratura exposta de braço, por
exemplo, pode despertar a atenção do socorrista, fazendo-o perder de vista outros problemas
graves que merecem prioridades, tais como obstrução de vias aéreas, sangramentos
importantes ou fratura de coluna.

Quando não houver perfusão capilar e pulso distal devido a uma fratura, o socorrista deve
priorizar o atendimento e transporte da vítima.

Reconhecimento de lesões músculo- esquelético em extremidades

Os sinais e sintomas gerais das lesões músculo-esquelético em extremidades são:

1. Dor local;
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2. Deformidade do membro afetado;


3. Incapacidade total ou parcial de movimentação do membro afetado;

4. Crepitação óssea (som estalos);


5. Edema (inchaço) ou hematoma;
6. Fragmentos ósseos expostos;
7. Perfusão capilar lenta ou nula;
8. Ausência de sensibilidade abaixo da lesão.

Sinais de fratura

hematoma

deformidade

hemorragia e exposição óssea

TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR PARA LESÕES MUSCULO-ESQUELÉTICOS EM


EXTREMIDADES

O principal procedimento a ser adotado em casos de lesões músculo-esqueléticos em


extremidades é a imobilização. Ela deve ser imediatamente providenciada para:

1. Evitar a dor, pela movimentação de fragmentos fraturados ou dos ligamentos no caso


de luxação ou entorse;
2. Prevenir complicações, como danos nos músculos, nervos, vasos sangüíneos,
causados pelo osso quebrado;
3. Evitar a laceração da pele para não tornar a fratura exposta.

Algumas regras para tratamento pré-hospitalar de lesões músculo-esqueléticos:

1. Expor o local da lesão, cortando, removendo ou dobrando as vestes da vítima;


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2. No caso de fratura exposta, cobrir o ferimento com curativo para controlar a


hemorragia, sem exercer pressão sobre o osso fraturado;
3. Não tentar recolocar o osso exposto para dentro do ferimento
4. Não retirar fragmentos ósseos do local;
5. Antes de imobilizar, verificar se há circulação (perfusão capilar e pulso distal) e
sensibilidade nas extremidades;
6. Utilizar meios adequados para a imobilização;
7. Imobilizar qualquer fratura, luxação ou entorse na posição em que for encontrada;
8. Sempre que possível, imobilizar uma articulação acima e outra abaixo da lesão, ou um
osso acima e outro abaixo, se a fratura for na articulação.

Equipamentos para imobilização

Sempre que possível, devem ser utilizados equipamentos apropriados para imobilizar, como
talas e goteiras, porém, se for necessário, o socorrista deve, com criatividade, utilizar-se de
objetos disponíveis no ambiente onde se encontra a vítima, como exemplos temos papelão,
cobertor, jornais, madeiras, etc., que podem ser utilizados para a imobilização de uma área
lesada.

Materiais que poderão ser utilizados para imobilizar:

1. Bandagem triangular – Pedaço de pano em forma de triângulo retângulo, com no


mínimo 90cm de lado, utilizado para confecção de tipóia.
2. Cobertor – Manta ou cobertor comum utilizado para imobilização de fraturas de bacia
(pélvis), coxa (fêmur) ou para complementar a imobilização de cabeça.
3. Tábua grande ou porta – Para servir de maca de coluna ou tala de corpo inteiro, deve
suportar o peso da vítima e permitir sua imobilização completa, deitada de costas.
4. Outros materiais – Papelão, jornal, pedaços de madeira, cabos de vassoura, até
mesmo as próprias roupas da vítima, poderão ser utilizados para imobilização.

Tratamento pré-hospitalar para alguns tipos de lesões músculo-esqueléticas em


extremidade

a) Fratura de braço (úmero)

Aplicar uma tala para imobilizar e fixá-la com uma tipóia feita de bandagens triangulares ou
com a própria roupa da vítima

Tipóia feita com bandagem triangular e roupa da própria vítima


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b) Fratura, luxação ou entorse em articulações

Em caso de fratura, luxação ou entorse em articulações, sempre imobilizar na posição


encontrada,

verificar o pulso distal e perfusão capilar. No caso do cotovelo, aplicar uma tala ou
bandagem triangular. No joelho, aplicar uma tala de papelão, fixar com tiras de pano e colocar
um cobertor dobrado entre as pernas.

fratura de joelho

cobertor

papelão rígido

tiras de pano
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c) Fratura de perna (fíbula e tíbia)

Imobilizar o joelho e o tornozelo da vítima. Aplicar uma tala para imobilizar na posição
que se encontrar. Verificar se há pulso distal e perfusão capilar .

Fratura de perna

talas de madeira nas laterais

fixação com tiras de pano


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complicações: lesões de nervos e artérias

tala sob a perna fraturada

Fratura de fêmur e fratura de pelve (bacia).

1. Imobilizar totalmente os membros inferiores, incluindo-se a articulação do quadril


2. Utilizar cobertores, talas rígidas grandes e bandagens triangulares ou tiras de pano
para fixação;

3. Nos casos de fraturas de pelve e fêmur com grande hemorragia, deve-se prevenir o
estado de choque e priorizar o transporte.

cobertor
fratura de fêmur e pelve

Tratamento pré-hospitalar para casos de amputação traumática

Amputação traumática é uma lesão onde ocorre a separação parcial ou total de uma estrutura
orgânica, geralmente ocorre nas extremidades.

O tratamento inicial deve ser rápido, pois a gravidade da lesão pode levar a vítima à
morte, devido à hemorragia. Também deve ser considerada a possibilidade de reimplante do
membro amputado o mais rápido possível.

No atendimento de uma amputação, o socorrista deve:

1. Acionar o Sistema de APH ou priorizar o transporte;


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2. Controlar o sangramento de imediato e prevenir o estado de choque;


3. Se a vítima estiver consciente, dar suporte emocional;
4. Envolver o segmento amputado com plástico limpo;
5. Manter o segmento amputado refrigerado, preferencialmente com cubos de gelo,
evitando o contato direto;
6. Não permitir que o segmento amputado entre em contato direto com água ou outra
substância.

Amputação traumática

QUEIMADURAS

Queimaduras são lesões produzidas no tecido de revestimento do organismo por agentes


térmicos, produtos químicos, irradiação ionizante, etc.

RECONHECIMENTO

Pode-se dividir a queimadura em graus, de acordo com a profundidade:

 1º Grau – atinge somente a epiderme, caracterizando-se por dor local e vermelhidão


da área atingida;
 2º Grau – atinge a epiderme e a derma, caracterizando-se por dor local, vermelhidão,
formação de bolhas d’água;
 3º Grau – atinge o tecido de revestimento alcançando o tecido muscular, podendo
chegar até o ósseo, caracterizando-se pela pele escurecida ou esbranquiçada, e as
vítimas queixam-se de muita dor.
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TRATAMENTO

 As queimaduras de 1º G podem ser banhadas com água fria em


abundância para amenizar a dor;
 Em queimaduras de 2º G, não perfurar as bolhas e resfriando também
com água;
 Para as queimaduras de 3ºG, retirar parte da roupa que não queimou e
esteja em volta da área queimada;
 Retirar anéis e pulseiras da vítima para não estrangularem as
extremidades dos membros quando incharem;

 Cobrir a área queimada com plástico estéril;


 Prevenir o estado de choque;
 Transportá-la urgente para um hospital
especializado.

EMERGÊNCIAS CLÍNICA

INFARTO agudo DO MIOCÁRDIO (iam)

Ocorre quando o suprimento de sangue para uma parte do músculo cardíaco é


significativamente reduzido ou interrompido. Normalmente isso ocorre como resultado da
obstrução ou espasmo de uma das artérias coronárias (artérias que suprem de sangue o
miocárdio).

Sinais e sintomas: Desconforto, pressão, aperto ou dor no centro do tórax que dura por mais
de 05 minutos ou que desaparece e volta; dor que se espalha para o pescoço, ombro e braços,
síncope, sudorese e respiração curta.

Tratamento: Informar-se se a vítima faz uso de algum medicamento; afrouxar as vestes;


manter a temperatura do corpo; monitorar os sinais vitais; posicionar a vítima o mais
confortável possível (senta ou reclinada); apoio psicológico (atento para a parada
cardiorrespiratória); e transportá-la urgente para o hospital.

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC)

O AVC, também conhecido como derrame cerebral, ocorre quando uma artéria que leva
sangue rico em oxigênio para o cérebro se rompe ou fica obstruída. Sem oxigênio, as células
nervosas na região afetada do cérebro não conseguem funcionar e morrem em minutos. As
células nervosas cerebrais não podem ser substituídas, provocando, em geral, lesões
permanentes.

Sinais e sintomas: Fraqueza, intumescimento (inchaço) ou paralisia da face; paralisia das


extremidades em um lado do corpo; redução da acuidade visual, especialmente em um dos
olhos e pupilas anisocóricas (desiguais),tontura e perda do equilíbrio; cefaléia repentina e
inexplicável; problemas para articular a fala ou entender a fala;
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Tratamento: Manter vias aéreas liberadas, cabeça num plano mais elevado que o corpo, não
dê líquidos, não superaqueça e transporte ao hospital mais próximo.

HIPOGLICEMIA

Significa baixa glicose no sangue. Isso pode causar uma série de sintomas desagradáveis e no
caso de hipoglicemia severa/grave pode levar à inconsciência, coma ou até a morte.

Sintomas: ansiedade, visão embaçada, frio, fraqueza, sonolência, respiração acelerada, suor
e até a inconsciência.

Tratamento: deve iniciar-se o mais prontamente possível. O objetivo imediato do tratamento é


elevar o açúcar no sangue, que se encontra muito baixo, restaurando o bem estar. Caso a
pessoa esteja consciente e capaz de engolir, oferecer-lhe um alimento como bala ou uma
bebida doce.

Se inconsciente, monitorar os sinais e vitais e transportar para um hospital mais próximo.

SÍNCOPE (desmaiado)

O mesmo que desmaio, síncope é um mal associado à redução de oxigênio no cérebro. Com
tal prejuízo, a pessoa perde a consciência e colapsa.

Sintomas: palidez, pulso fraco, Visão escurecida, tontura e perda de equilíbrio

Tratamento: Colocar a pessoa sentada (enquanto não perder a consciência) em local arejado
e ao abrigo do calor;

Afrouxar as vestes; Monitorar os sinais vitais.

CRISES convulsivas

As crises convulsivas resultam de estímulos anormais das células cerebrais. Diversas


condições clínicas desestabilizam ou irritam o cérebro, podendo levar à crise convulsiva,
incluindo: epilepsia, internação, envenenamento, trauma crânio-encefálico, febre alta em
crianças, entre outros.

Epilepsia: Não é uma doença mental e nem baixo nível de inteligência, nem contagiosa. Entre
as crises, a pessoa é normal.

Sinais e sintomas: Contrações involuntárias, bruscas, mal coordenadas, generalizadas ou


localizadas. Divide-se em tônicas e crônicas.

Tratamento: Proteger a vítima de queda, se possível, afastar todos os objetos ao redor que
possam machucá-la; manter a vítima em decúbito lateral, se possível; liberar vias aéreas,
protegendo sua cabeça; afrouxar as vestes; retirar adornos que possam machucá-las.

Evitar que a vítima se machuque, sem restringir seus movimentos.


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PARTO EMERGÊNCIAL

FASES DO PARTO

1. Primeira fase – Inicia-se com as contrações da mãe e termina quando


o feto entra no canal de nascimento (ocorre a dilatação completa do
colo do útero);
2. Segunda fase – Compreende desde o momento em que o feto está no
canal de nascimento, até que nasça;
3. Terceira fase – Compreende desde o momento do nascimento do
bebê até a expulsão da placenta, do cordão umbilical e dos restos de
revestimento do útero.

Avaliação da vítima em caso de parto de urgência

O socorrista deve considerar um parto de urgência como uma emergência médica, portanto
deve aplicar todas as regras gerais para atendimento. Isso inclui sua segurança e da vítima,
bem como o acionamento de ajuda especializada. Sempre que possível, deve-se evitar realizar
parto em locais

inapropriados. Se houver possibilidade, o transporte imediato deve ser priorizado. Entretanto,


se for absolutamente necessário realizá-lo, deverá ser utilizado um kit apropriado.

Para avaliar se o parto é iminente ou se há condições de transportar a vítima, o socorrista


deve:

1. Tranqüilizar a mãe e iniciar uma entrevista – nome, idade, período de gestão, número
de filhos e partos anteriores, etc.;
2. Perguntar sobre a gravidez. Se está sendo acompanhada por médico, se foi feito pré-
natal , se há alguma informação sobre a posição do feto, etc.;
3. Perguntar se é o primeiro parto – Normalmente o trabalho de parto leva cerca de 12
horas. Quando já houve um parto normal, o processo tende a ser mais rápido;
4. Perguntar quanto tempo faz que se iniciaram as contrações e o intervalo entre elas;
5. Questionar se houve perda de líquido (rompimento da bolsa);
6. Perguntar se a mãe sente o feto no canal de nascimento;
7. Avaliar a queixa de vontade de evacuar como sendo um sinal indicativo de parto
iminente.

Se ocorrerem 5 contrações no intervalo de 10 minutos, e a duração variar de 30 a 45


segundos cada uma, o parto poderá ser iminente. O socorrista deve se preparar para realizar o
tratamento pré-hospitalar, preparar a mãe e o ambiente.
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Realizar uma avaliação visual. Se não houver sinais de nascimento e o hospital for
relativamente perto, o socorrista deve optar por transportar a vítima, monitorando seus sinais
vitais.

visualização da cabeça do bebê

igura 76 – Sinais de parto iminente

posição ginecológica

1.2- Tratamentos pré-hospitalar para parto de urgência

1. Se o parto for iminente, solicitar autorização da gestante ou seu responsável para


assisti-lo no próprio local;
2. Assegurar a privacidade da vítima – escolher um local adequado;
3. Colocar a vítima em posição de parto – decúbito dorsal, joelhos flexionados pernas
afastada, pés apoiados, etc.;
4. Colocar todo o material necessário próximo para uso imediato do kit de parto;
5. Colocar um lençol ou pano limpo sob a vítima, um sob as nádegas, um sobre cada
membro e um sobre o abdome;
6. Sentir as contrações, colocando a palma da mão sobre o abdome da vítima, em cima
do umbigo;
7. Observar se a parte superior da cabeça do feto pode ser visualizada;
8. Explicar à vítima o que será feito, e como será feito. Lembrar que o trabalho de parto é
um acontecimento normal, e a vítima deve ficar relaxada e tranqüila;
9. Posicionar a parturiente com tórax elevado;
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10. Colocar as mãos em torno da cabeça do bebê. Separar amplamente os dedos da mão
e sustentar a cabeça do bebê;
11. Evitar puxar o bebê. O socorrista não deve puxá-lo, porque o nascimento se dá
naturalmente;
12. Se o cordão umbilical estiver envolvendo o pescoço do bebê, o socorrista deve liberá-lo
com muito cuidado;
13. Se a bolsa não se rompeu, o socorrista poderá fazê-lo, utilizando os próprios dedos.
Retirar restos da membrana da boca e nariz do bebê;
14. Geralmente a cabeça do bebê sai com a boca virada para baixo e logo se inicia uma
rotação, em geral, da direita para a esquerda. Isso facilitará a saída do ombro superior
e imediatamente todo o corpo. Sustentar o bebê durante esse processo;
15. Colocar o bebê deitado com a cabeça ligeiramente baixa. Isso se faz para permitir que
o sangue, os líquidos e o muco que se encontram na boca e no nariz do bebê saiam;
16. Anotar a data, o horário, o lugar do nascimento e o sexo do bebê.

Sequência do parto
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1.3 – Cuidados com recém-nascido:

1. Limpar as vias aéreas, utilizando uma compressa limpa ou utilizar os dedos como se
tivesse assoando o nariz;
2. Verificar a respiração (ver, sentir e ouvir);
3. Se dispuser de um kit e houver clamp e bisturi esterilizado, aplicar o primeiro clamp à
distância de 8cm (4 dedos) em relação ao bebê em direção à placenta, e o segundo à
distância de 4cm do primeiro clamp (2 dedos). Cortar entre eles;
4. Se não dispuser de material estéril, não deve cortar o cordão umbilical, aguardando a
saída da placenta, mantendo o bebê no mesmo nível da mãe. Após a saída da
placenta, envolva-a em lençol limpo e a mantenha acima do nível do bebê;
5. Secar, abrigar e manter aquecido o bebê, utilizando-se de um lençol ou um cobertor
limpo;
6. Entregar o bebê à mãe, assim que a mesma apresentar condições de ampará-lo.
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Cuidados com a mãe

(Inclui os cuidados para a expulsão da placenta (dequitação), controle de hemorragia vaginal e


proporcionar conforto e segurança à mãe).

1. Expulsão da placenta - Geralmente sai após uns 10 ou 15 minutos do nascimento.


Deve ser guardada para ser examinada pelos médicos. Pode não estar inteira, e se
isso ocorrer poderá provocar hemorragia grave no útero;
2. Controle da hemorragia vaginal - Colocar um pano limpo, toalha ou absorvente
higiênico na abertura da vagina da mãe. Não colocar nada dentro da vagina. Pedir para
a mãe manter as pernas unidas, mas não apertá-las. Palpar o abdome da mãe abaixo
do umbigo em direção às pernas, até sentir o útero contraído. Cuidadosamente
massagear, em movimentos circulares, a região do abdômen;
3. Conforto e segurança - Tranqüilizar a mãe e mantê-la aquecida e transporta-la
juntamente com o recém nascido para o hospital.
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Movimentação e transporte de vítimas traumatizadas

MOVIMENTAÇÃO DA VÍTIMA

Movimentação de uma vítima traumatizada é a troca justificada de sua posição em um


local de ocorrência. É a execução de movimento necessário para seu atendimento pré-
hospitalar ou seu translado provisório do local da ocorrência para um local mais seguro.

TRANSPORTE DE UMA VÍTIMA

Transportar significa transladar uma vítima de trauma do local da ocorrência para o


local do atendimento especializado ou definitivo.

PRINCÍPIOS GERAIS RELATIVOS À MOVIMENTAÇÃO E AO TRANSPORTE DE


UMA VÍTIMA

1. Não se deve movimentar uma vítima, a menos que seja absolutamente necessário
para seu atendimento ou haja um perigo real e iminente no local com incêndio, risco de
explosão, vazamento de gás, necessidade de RCP, outras vítimas em baixo ou a
vítima insiste em mover-se, etc.;
2. Sempre que possível, solicitar ajuda de outras pessoas para auxiliar na movimentação
de uma vítima. O socorrista sozinho deve evitar movimentar uma vítima de fratura ou
lesões graves;
3. A velocidade da movimentação depende do motivo que a exige: um parto complicado,
uma hemorragia interna, uma obstrução nas vias aéreas, etc.;
4. Em caso de movimentar uma vítima, o socorrista deve fazê-lo com cuidado, evitando
causar lesões adicionais;
5. Não se deve transportar uma vítima antes que ela tenha recebido o atendimento pré-
hospitalar necessário;
6. No atendimento pré-hospitalar para a o transporte de uma vítima de trauma, o
socorrista deve sempre observar os princípios da hora de ouro - Hora de Ouro - Uma
vítima de trauma tem 60 minutos, a contar do momento do acidente para ser
localizada, desencarcerada, imobilizada, transportada, dar entrada num pronto socorro
e ser entregue a um especialista;
7. O transporte da vítima é uma fase do atendimento, portanto deverá ser adequado ao
tipo de lesão que ela sofreu;
8. Utilizar o meio adequado para transportar uma vítima; se não houver ambulância,
adaptar um carro; se não houver uma maca, improvisar uma padiola, etc.
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TÉCNICAS PARA MOVIMENTAÇÃO DE UMA VÍTIMA

1. Levantamento de uma vítima inconsciente, deitada no solo, por apenas um


socorrista. Quando possível, sempre deverá ser solicitado o auxílio de outras
pessoas. Esse tipo de técnica poderá ser necessária para retirar uma vítima de local de
risco. Sendo assim, o socorrista somente deve aplicá-la se

houver absoluta necessidade. Para movimentar a vítima, o socorrista deverá deitar a seu lado,
envolvê-la com o braço, girar suavemente e levantar com a vítima nas costas.

2. Técnica da chave de Rauteck - Utilizada para movimentar uma vítima de acidente de


trânsito, nos casos em que houver perigo iminente de incêndio, explosão,
desabamento ou outros riscos, ou ainda houver a necessidade de aplicação de RCP.
Se a vítima estiver inconsciente, o socorrista deverá
3. considerá-la como portadora de lesão na coluna. Antes de iniciar a movimentação,
certificar-se de que os pés da vítima não estão presos nos pedais ou nas ferragens do
veículo.

Caso a vítima esteja


consciente e não houver risco
iminente, o socorrista deverá
apenas monitorar seus sinais vitais,
estabilizar manualmente seu
pescoço mantendo-o na posição
neutra e aguardar socorro
especializado.

Chave de Rauteck

4. Técnica do transporte de bombeiros – Apesar dessa denominação, trata-se de uma


técnica para movimentar uma vítima. Ela é realizada por apenas um socorrista, quando
houver necessidade de retirar a vítima de um local de perigo iminente. Deverá se
restringir apenas à movimentação necessária, evitando carregar a vítima por grandes
distâncias. Para a aplicá-la, a vítima deverá estar no solo, deitada de costas; caso seja
necessário, o socorrista poderá girá-la.
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Técnica de transporte de bombeiros

5. Técnica do arrastamento da vítima - Deve ser aplicada com a vítima no solo, deitada
de costas. Poderá ser utilizado um lençol ou cobertor para auxiliar o arrastamento.

Técnica de arrastamento

5. TÉCNICAS PARA TRANSPORTE DE UMA VÍTIMA

O transporte da vítima somente deve ser executado depois de realizado os


procedimentos de atendimento pré-hospitalar. A vítima deve ser então encaminhada para um
hospital ou entregue ao serviço especializado. Sempre que possível, é recomendável efetuar o
transporte com equipamento adequado,

como uma maca de ambulância, por exemplo. Se for absolutamente necessário efetuar
o transporte de uma vítima sem nenhum tipo de equipamento ou recurso, o socorrista deverá
solicitar ajuda a duas ou mais pessoas. Nesses casos, deverá também adotar precauções para
evitar o agravamento das lesões sofridas pela vítima.

Algumas técnicas poderão ser aplicadas, quando não houver recursos disponíveis, tais
como:

1. Transporte de apoio – Utilizado em casos de extrema necessidade, quando não


houver uma maca, padiola ou outro recurso possível para o transporte.

Técnica do transporte de apoio


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2. Transporte com padiola – Poderá ser utilizada uma padiola comum ou improvisada.

tipos de padiola

3. Transporte em prancha longa ou tábua de imobilização de coluna. Nesse tipo de


transporte, poderão ser utilizadas um prancha de madeira longa ou uma tábua
improvisada, como uma porta, por exemplo. O socorrista deve fazer essa imobilização
em caso de suspeita de lesão na coluna.
4. Transporte em prancha longa ou tábua de imobilização de coluna

colar cervical
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tirantes

apoio de cabeça

ATENDIMENTO A MULTIPLAS VÍTIMAS “MÉTODO START”

Esse método foi desenvolvido para o atendimento de ocorrências com múltiplas vítimas, pois
permite a rápida identificação daquelas vítimas que estão em grande risco de vida, seu
pronto atendimento e a prioridade de transporte dos envolvidos mais gravemente feridos. È
a abreviatura de Simple Triage And Rapid Treatment (Triagem Simples e Tratamento
Rápido).Sistema de triagem simples. Permite triar uma vítima em menos de um minuto.

O processo de triagem é usado quando a demanda de atenção supera nossa capacidade


de resposta e, portanto, devemos direcionar nossos esforços para salvar o maior número de
vítimas possível, escolhendo aquelas que apresentam maiores possibilidades de
sobrevivência. O primeiro a chegar na cena deve dedicar-se à seleção das vítimas,
enquanto chegam as unidades de apoio.
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CÓDIGO DE CORES NO PROCESSO DE TRIAGEM

Cor Vermelha Significa primeira prioridade:

São as vítimas que apresentam sinais e sintomas

que demonstram um estado crítico e necessitam

tratamento e transporte imediato.

Cor Amarela Significa segunda prioridade:

São as vítimas que apresentam sinais e sintomas que

permitem adiar a atenção e podem aguardar pelo

transporte.

Cor Verde Significa terceira prioridade:

São as vítimas que apresentam lesões menores ou

sinais e sintomas que não requerem atenção


imediata.

Cor Cinza Significa sem prioridade (morte clínica):

São as vítimas que apresentam lesões obviamente

mortais ou para identificação de cadáveres


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PASSOS A SEGUIR NA APLICAÇÃO DO MÉTODO START

PRIMEIRO PASSO

O socorrista entra na cena da emergência, identifica e conduz (poderá ser utilizado um


megafone para isso) as vítimas que podem caminhar para uma área de concentração
previamente delimitada. Estas vítimas receberão uma identificação verde, entretanto, esse não
é o momento de rotulá-las com etiquetas ou fitas, sendo que tal providência será realizada
posteriormente e de forma individual.

SEGUNDO PASSO

Os socorristas iniciam a avaliação das vítimas que permaneceram na cena de emergência e


que não apresentam condições de caminhar. Deverá ser avaliada a respiração. A respiração
está normal, rápida ou ausente ? Se está ausente, abra imediatamente as VAS, com a técnica
de “elevação do mento” para determinar se as respirações iniciam-se espontaneamente. Se a
vítima continua sem respirar, identifique-a com a etiqueta/fita de cor preta (Não perca tempo
tentando reanimar a vítima).

Se a vítima está inconsciente e necessita ajuda para manter as VAS abertas providencie
auxílio de voluntários que estejam na cena da emergência ( vítimas código verde podem
auxiliar ). Toda vítima inconsciente, em princípio, será classificada no final como código
vermelho, por não responder à ordens simples.

Avalie a freqüência respiratória de vítimas conscientes e caso sua freqüência respiratória seja
superior a 30 MRM, receberá uma etiqueta/fita de cor vermelha (nesses casos, tente conseguir
voluntários para manter abertas suas VAS). Caso a respiração esteja normal (menor de 30
MRM), vá ao passo seguinte.

TERCEIRO PASSO

Verifique a perfusão através da prova do enchimento capilar ou através da palpação do pulso


radial. Se o enchimento capilar é superior a 2 segundos ou se o pulso radial está ausente, a
vítima deverá receber a etiqueta/fita de cor vermelha. Se o enchimento capilar é inferior a 2
segundos ou se o pulso radial está presente, vá ao passo seguinte. Qualquer hemorragia grave
que ameace a vida deverá ser detido nesse momento. Posicione a vítima com as pernas
elevadas, salvo contra-indicações, para prevenir o choque (novamente tente conseguir
voluntários para fazer pressão direta sobre o local do sangramento e prevenir o choque).

QUARTO PASSO

Verifique o nível de consciência da vítima. Se a vítima não consegue executar ordens simples
emanadas pelo socorrista, deverá receber a etiqueta/fita de cor vermelha. Se a vítima executa
corretamente as ordens simples recebidas, receberá a etiqueta/fita de cor amarela.
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CARTÃO DE IDENTIFICAÇÃO

BOLSAS INTERNAS FIXADAS POR VELCRO E COLORIDAS CONFORME


ABAIXO:
BOLSA NA COR MARROM PARA MATERIAIS DE QUEIMADURAS

BOLSAS NA COR AZUL PARA MATERIAS DE VIAS AÉREAS

BOLSA NA COR VERMELHA PARA MATERIAIS DE ACESSO VENOSO

BOLSAS NA COR PRETA PARA MATERIAS DE APOIO

BOLSA TIPO (HOLSTER) COR PRETA PARA PORTA INSTRUMENTOS


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ANIMAIS PEÇONHENTOS

1 - ESCORPIÕES

Os escorpiões, dentre os aracnídeos, são os que


mais freqüentemente causam acidentes. Os mais
comuns no Brasil são: Tytius bahiensis (escorpião
preto) - fig. 1 eTytius serrulatus (escorpião
amarelo) - fig. 2.

Freqüentemente, a picada de escorpião é seguida de dor (moderada ou intensa) ou


formigamento do local do acidente.

Tais sintomas (dor, formigamento) podem ser tratados com analgésico ou bloqueios
anestésicos locais, além de observação do surgimento de outros sintomas por, no
mínimo, 6 a 12 horas, principalmente em crianças menores de 7 anos e idosos.

São sintomas de gravidade que merecem ser observados com atenção:

 Náuseas ou vômito
 Suor excessivo
 Agitação
 Tremores
 Salivação
 Aumento da freqüência cardíaca (taquicardia) e da pressão arterial,

Neste caso, procurar atendimento hospitalar o mais rápido possível, mantendo o


paciente em repouso, para avaliação da necessidade de soroterapia anti-escorpiônica,
levando o animal para identificação, se possível.

2 - ARANHAS

As principais aranhas causadoras de acidentes no Brasil, são


a Phoneutria (armadeira),
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a Loxosceles (aranha marrom),

a Lycosa (tarântula)

e a caranguejeira.

A armadeira quando surpreendida coloca-se em posição de ataque, apoiando-se nas


pernas traseiras, ergue as dianteiras e procura picar. A picada causa dor imediata,
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inchaço local, formigamento, sudorese no local da picada. Deve-se combater a dor


com analgésicos e observação rigorosa de sintomas.

A preocupação deve ser com o surgimento de vômitos, aumento da pressão arterial,


dificuldade respiratória, tremores, espasmos musculares, caracterizando acidente
grave. Assim, há necessidade de internação hospitalar e soroterapia.

A aranha marrom provoca menos acidentes, sendo pouco agressiva. Na hora da


picada a dor é fraca e despercebida, após 12 a 24 horas, dor local com inchaço,
naúseas, mal estar geral, manchas, bolhas e até necrose local. Nos casos graves, a
urina fica cor de coca-cola. Orienta-se procurar atendimento médico para avaliação.

A tarântula (aranha que vive em gramados ou jardins) pode provocar pequena dor
local, podendo evoluir para necrose. Utiliza-se analgésicos para tratamento da dor e
não há soroterapia específica, assim como para as caranguejeiras.

COMO EVITAR ACIDENTES POR ARANHAS E ESCORPIÕES

 Manter jardins e quintais limpos. Evitar o acúmulo de entulhos, lixo doméstico,


material e construção nas proximidades das casas, inclusive terrenos baldios.
 Evitar folhagens densas (trepadeiras, bananeiras e outras) junto às casas;
manter a grama aparada.
 Em zonas rurais, casas de campo, sacudir roupas e sapatos antes de usar.
 Não pôr a mão em buracos, sob pedras, sob troncos "podres".
 O uso de calçado e de luvas pode evitar acidentes.

 Vedar as soleiras das portas e janelas ao escurecer.

3 - COBRAS

A jararaca, também conhecida por caiçaca, jararacuçu, urutu ou cotiara, é uma cobra
que vive em locais úmidos, sendo responsável pelo maior número de acidentes. O
envenamento causado pela jararaca é chamado de botrópico.

O veneno dessa cobra provoca:

Manifestações Precoces, ou seja, até 3 horas do acidente:

 Dor imediata
 Inchaço, calor e vermelhidão no local picado
 Hemorragia no local da picada ou distante dela.
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Complicações:

 Bolhas, gangrena e abcesso


 Insuficiência renal aguda

A surucucu, também chamada de pico de jaca ou surucutinga, provoca reações


semelhantes ao veneno das jararacas (hemorragia, inchaço no local da picada,
diarréia). Essas cobras causam o chamado envenenamento laquético.

A cascavel, conhecida também como boicininga ou maracambóia , possue veneno


que não provoca importante reação no local da picada, mas pode levar à morte.O
envenenamento causado pela cascavel é chamado de crotálico.

A pessoa que recebeu uma picada pode apresentar:

Nas primeiras horas:

 dificuldade em abrir os olhos


 "visão dupla"ou "visão turva"
 dor muscular
 urina avermelhada

Após 6 - 12 horas:

 escurecimento da urina

Complicações:

 insuficiência renal aguda

A ação do veneno das cobras corais no organismo é muito rápida, os sinais e


sintomas aparecem em questão de minutos. O envenenamento é denominado
de elapídico.
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Sinais e sintomas:

 dificuldade em abrir os olhos


 "cara de bêbado"
 falta de ar
 dificuldade em engolir
 insuficiência respiratória aguda

MEDIDAS A SEREM TOMADAS

EM CASO DE ACIDENTES COM COBRAS

Muitas vezes, mesmo adotando cuidados de prevenção, podem ocorrer acidentes com
cobras. Como medida de primeiros socorros, até que se chegue ao serviço de saúde
para tratamento, recomenda-se:

 NÃO amarrar ou fazer torniquetes, o que impede a circulação do sangue,


podendo produzir necrose ou gangrena.
 NÃO colocar nenhuma substância, folhas ou qualquer produto na picada.
 NÃO cortar ou chupar o local da picada.
 NÃO dar bebida alcóolica ou querosene ao acidentado.
 Manter o acidentado em REPOUSO, evitando que ele ande, corra ou se
locomova, o que facilita a absorção do veneno. No caso de picadas em
braços ou pernas, é importante mantê-los em POSIÇÃO MAIS ELEVADA.
 Levar o acidentado para o centro de tratamento mais próximo, para
receber soro próprio (substância que neutraliza o veneno).
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EPI e EPR

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E RESPIRATÓRIA

Os equipamentos de proteção individual, usualmente identificados pela sigla EPI eos


equipamentos de proteção respiratória (EPR), formam os recursos amplamente empregados
para a segurança do trabalho nos serviços de bombeiro. Em virtude das particularidades que
envolvem tais serviços, são fundamentais para a preservação da incolumidade dos mesmos
contra os mais variados riscos, aos quais estão sujeitos no atendimento de ocorrências.

Primando pela qualidade do EPI/ EPR e segurança do usuário, além de ratificar a


confiabilidade no desempenho dos referidos materiais, é importante que os responsáveis pela
aquisição exijam que os EPI’s possuam o Certificado de Aprovação (CA) expedido pelo
Ministério do Trabalho e o Certificado de Registro de Fabricante (CRF), ou ainda as
certificações internacionais para equipamentos específicos.

Importante salientar que os equipamentos de proteção individual e de proteção

respiratória não impedem que um acidente ocorra, mas reduzem sobremaneira suas
conseqüências, evitando ou diminuindo as lesões físicas potenciais.

Os equipamentos de proteção individual e de proteção respiratória devem ter boa resistência,


simples manuseio e permitir condições de fácil manutenção.

O usuário do equipamento de proteção individual e de proteção respiratória deve atentar para o


fato de que cada equipamento foi concebido para uma finalidade específica, não podendo
desviar seu emprego e desrespeitar os limites de utilização.

Para a proteção do bombeiro em ocorrências que envolvam sua exposição a

ambientes com temperaturas elevadas, portanto sujeito aos efeitos nocivos do calor, são
necessários equipamentos de proteção individual que propiciem, efetivamente, a proteção de
toda superfície corporal.

Os equipamentos de proteção individual são compostos de:

1. capacete, que ofereça proteção adequada para a


cabeça, face e olhos quanto a exposições ao calor e a
impactos, sem contudo reduzir a capacidade de audição e
visibilidade por parte do bombeiro;

2. capuz, que ofereça proteção


adequada para a cabeça e
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pescoço quanto a exposições ao calor e que seja de fácil colocação bem como
confortável;

c) CONJUNTO DE SEGURANÇA PARA BOMBEIRO, COMPOSTO DE JAPONA E CALÇA,


CONFECCIONADO EM TECIDO DE ARAMIDA COM ISOLAMENTO TÉRMICO INTERNO,
ANTI-CHAMA, FIXO OU DESTACÁVEL COM REFLETIVO ANTI-CHAMA

d) calça, que ofereça proteção adequada para o quadril e membros inferiores

quanto a exposições ao calor, assim como razoável proteção química contra substâncias que
possam haver no local de ocorrência, sem contudo reduzir a capacidade de mobilidade do
bombeiro, devendo ainda ser confortável, leve e de fácil colocação;

e) luva, que ofereça proteção adequada para as mãos quanto a exposições ao

calor, objetos cortantes ou perfurantes e razoável proteção química contra substâncias que
possam haver no local de ocorrência, sem contudo reduzir a capacidade de maneabilidade do
bombeiro, devendo ainda ser confortável, leve e de fácil colocação;
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f) bota, que ofereça proteção adequada para os pés quanto a


exposições ao calor, objetos cortantes ou perfurantes, além de
razoável proteção contra substâncias químicas que possam haver
no local de ocorrência, sem contudo reduzir a capacidade de
maneabilidade do bombeiro, devendo ainda ser confortável, leve e
de fácil colocação.

Além dos equipamentos de proteção individual (EPI) adequados para os serviços de


bombeiros, este Manual trata dos equipamentos de proteção respiratória utilizados nas
operações de combate a incêndio e salvamento.

Este trabalho restringe-se ao aparelho autônomo de ar respirável por se tratar do mais


adequado para o uso em serviços de bombeiros na atividade de combate a incêndio.

Além dos efeitos do calor proveniente dos incêndios, o bombeiro está exposto aos diversos
produtos da combustão, os quais são gases e vapores altamente tóxicos. Além das ocorrências
de combate a incêndio, diversas substâncias químicas perigosas podem estar presentes em
situações em que não há fogo. São as ocorrências típicas de salvamento em poço, galeria,
espaços confinados. A falta de proteção respiratória conduz a sintomas como cefaléia,
vertigens, náuseas, vômito, tosse, mal estar, irritação das vias aéreas superiores, dispnéia,
danos pulmonares, fibrose, enfisema, danos no sistema nervoso central, convulsões hepatite
tóxica, coma e até mesmo câncer.

O resultado da exposição varia de acordo com várias condições, principalmente a relação


dose versus tempo de exposição.

Limpeza e Higienização

Após cada utilização, os aparelhos autônomos de ar respirável devem ser limpos e


higienizados.

Para a limpeza da máscaras facial o procedimento é o seguinte:

a) desmontar a peça facial, removendo o diafragma de voz, membrana das válvulas, válvula de
demanda e qualquer outro componente recomendado pelo fabricante;

b) lavar a cobertura das vias respiratórias com solução aquosa de detergente para limpeza
normal a 43°C, ou com solução recomendada pelo fabricante. Usar somente escova macia
para remover sujeira;

c) enxaguar com água morna limpa (no máximo 43°C) e preferencialmente água corrente;
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d) quando o detergente não contém agente desinfetante, os componentes da máscara devem


ficar por 2 minutos numa solução de 50 ppm de cloro. Ela é obtida pela mistura de 1 ml de
água sanitária em 1 litro de água a 43°C;

e) enxaguar bem os componentes em água morna (43°C), preferencialmente água corrente, e


deixar a água escorrer. O enxague evita dermatite pela ação do desinfetante e evita a

deteriorização da borracha;

f) os componentes devem ser secos manualmente com o auxílio de um pano de algodão seco,
que não solte fios;

g) montar novamente a peça facial e recolocar os componentes desmontados e verificar se


todos os componentes estão funcionando perfeitamente e substituí-los, se necessário.

Trabalhos que exige o uso de EPR

TIPO DE GASES

GASES ASFIXIANTES

GLP

O gás liqüefeito de petróleo (GLP), é uma mistura de gases de hidrocarbonetos utilizado


como combustível em aplicações de aquecimento (como em fogões) e veículos. O GPL é uma
mistura dos gases propano e butano.O propano e o butano estão presentes no petróleo (crude) e no
gás natural, embora uma parte se obtenha durante a refinação de petróleo, sobretudo como
subproduto da destilação fraccionada catalítica.

ORIGEM:
O GLP é um dos sub-produtos do petróleo como a gasolina, diesel e os óleos lubrificantes, sendo
retirado do mesmo através de refino em uma refinaria de petróleo. Torna-se liquefeito apenas quando é
armazenado em bilhas/botijões ou tanques de aço em pressões de 6 a 8 atmosferas (6 a 8 kgf/cm²).
RISCOS: Por inalação pode causar tonteira, irritação nas vias aéreas e dificuldade respiratória
METANO
O metano (CH4) é um gás que não possui cor (incolor) nem cheiro (inodoro). È considerado um dos mais
simples hidrocarbonetos, possui pouca solubilidade na água e, quando adicionado ao ar, torna-se
altamente explosivo.
ORIGEM:

O metano é produzido através dos seguintes processos naturais: Decomposição de lixo orgânico,
digestão de animais herbívoros, metabolismo de certos tipos de bactérias, vulcões de lama e extração de
combustíveis minerais (principalmente o petróleo. Encontramos na atmosfera o gás metano na
proporção aproximada de 1,7 ppm (partículas por milhão). Como ele pode ser produzido.
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através de matéria orgânica, pode ser chamado de biogás. Desta forma, é utilizado como fonte de
energia.

Um dos aspectos negativos do metano é que ele participa da formação do efeito estufa, colaborando,
desta forma, para o aquecimento global.

RISCOS: Se inalado, o metano pode causar asfixia, parada cardíaca, inconsciência e até mesmo danos
no sistema nervoso central.

DIÓXIDO DE CARBONO

O dióxido de carbono é um gás ligeiramente inodoro, incolor e de sabor ácido. O CO 2 não é combustível
nem alimenta a combustão. É mais pesado que o ar e pode interagir de forma violenta com bases fortes,
especialmente em altas temperaturas.

ORIGEM:

O dióxido de carbono é obtido como subproduto de algumas combustões. Entretanto, deve passar por
um processo de purificação no qual são extraídos os restos de água, oxigênio, nitrogênio, argônio,
metano e etileno, entre outros.

RISCOS: É um gás incolor e inodoro que atua normalmente como um simples asfixiante e os seus
sintomas só se fazem sentir quando são atingidas concentrações tais que o CO2 ocupe o lugar do
oxigênio (O2). Os sintomas relacionados com uma sobre-exposição confundem-se facilmente com os da
fadiga e consistem essencialmente em aceleração da respiração, aumento do ritmo cardíaco, dores de
cabeça, suores, tonturas, fraqueza muscular, depressão mental, sonolência e ruídos nos ouvidos.
Concentrações de CO2 superiores a 10% podem produzir inconsciência em poucos minutos. A partir de
25% podem ocorrer convulsões e morte.

ACETILENO:

O acetileno é um gás incolor, inflamável e inodoro, quando no estado puro. O acetileno de grau industrial
contém rastros de impurezas como fosfina, arsina, sulfeto de hidrogênio e amoníaco e tem um odor
semelhante ao alho. O gás é ligeiramente mais leve que o ar e é solúvel em água e em algumas
substâncias orgânicas. O acetileno combinado com ar ou oxigênio produz uma chama quente, luminosa
e fumegante.

ORIGEM:

O acetileno pode ser produzido por meio da reação de carbureto de cálcio com água, ou por pirólise
(cracking) de vários hidrocarbonetos, a primeira alternativa é a mais comumente utilizada.
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RISCOS: Concentrações moderadas de vapor podem causar dor de cabeça, sonolência,


vertigem, náusea, vômito, excesso de salivação e inconsciência, em contato com os olhos
pode causar irritação.

GASES TÓXICOS

Monóxido de Carbono (CO)

È um gás levemente inflamável, incolor, inodoro e muito perigoso devido à sua grande toxicidade.

ORIGEM:

É produzido pela queima em condições de pouco oxigênio (combustão incompleta) e/ou alta temperatura
de carvão ou outros materiais ricos em carbono, como derivados de petróleo.

RISCOS: A exposição a doses relativamente elevadas em pessoas saudáveis pode provocar problemas de
visão, redução da capacidade de trabalho, redução da destreza manual, diminuição da capacidade de
aprendizagem, dificuldade na resolução de tarefas complexas ou mesmo matar por asfixia.

As concentrações abaixo de 400 ppm no ar causam dores de cabeça e acima deste valor são
potencialmente mortais, tanto para plantas e animais quanto para alguns microrganismos.

ÁCIDO SULFÍDRICO

È um ácido inorgânico, formado pela dissolução e a dissociação do sulfeto de hidrogênio (H2S, um gás que
cheira a ovos podres e é encontrado nos mesmos) O nome "ácido sulfídrico", só é dado quanto o sulfeto de
hidrogênio está diluído em água. Com bases fortes, foma sais, os sulfetos. Quando na forma de gás é
conhecido como sulfeto de hidrogênio ou gás sulfídrico.

ORIGEM:

O ácido sulfídrico ocorre naturalmente no petróleo cru, gás natural, gases vulcânicos, e mananciais de águas
termais (próximas a vulcões). Também pode ocorrer como resultado da degradação bacteriana
de matéria orgânica em

condições anaeróbicas. É produto de dejetos animais e humanos. As bactérias que se encontram na boca e
no trato gastrointestinal, produzem ácido sulfídrico, ao degradar materiais que contém proteínas vegetais e
animais. O ácido sulfídrico, pode ser produzidos por atividades industriais ], tais como processamento
alimentício, coquerias, fábricas de papel, curtumes e refinarias de petróleo. O ácido sulfídrico (H 2S) é um
gás inflamável, incolor, com odor característico a ovos podres(desagradável). Se conhece comumente como
ácido hidrosulfúrico.
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RISCOS: Causa irritação ao trato respiratório e mucosas das membranas. Sintomas incluem irritação do
nariz e garganta e fadiga respiratória. Pode causar edema pulmonar. Se ingerir pode causar severas
queimaduras na boca, garganta e estômago, levando à morte. Dor de garganta, vomito, diarréia, colapso
circulatório, pulsação fraca e rápida, baixa respiração e pouca urina se o ácido for ingerido. Se contato com a
pele os sintomas mais freqüentes são vermelhidão, dor e severas queimaduras. Pulsação fraca e rápida,
baixa respiração e pouca urina se o ácido for posto em contato com a pessoa.

Em contato com os olhos pode turvar a visão, causar vermelhidão, dor e severas queimaduras, podendo
causar cegueira. Por longa exposição aos vapores pode causar prejuízo aos dentes. A exposição crônica
pode causar câncer.

ACIDO CIANÍDRICO

O ácido cianídrico, também designado de ácido prússico, é um ácido fraco de fórmula HCN. Apresenta um
cheiro a amêndoas-amargas e é muito tóxico. A sua toxicidade deve-se a uma desativação das enzimas de
oxidação (oxidases) através da formação de complexos como o ferro que estas enzimas contêm,
bloqueando-se deste modo a cadeia de transporte de elétrons até ao oxigênio.
Este ácido encontra-se no glicósido amigdalina, nos caroços de alperce, nas amêndoas-amargas e frutos
semelhantes.
Os sais do ácido cianídrico são os cianetos, também muito tóxicos, como por exemplo o cianeto de potássio.

O ácido cianídrico obtém-se industrialmente fazendo passar uma mistura de azoto e água, ou amoníaco,
sobre carvão incandescente ou, no laboratório, fazendo cair sob a forma de gotas ácido sulfúrico
concentrado sobre cianeto de potássio.

RISCOS: Uma intoxicação com este ácido provoca um envenenamento imediato e, geralmente mortal. O
veneno combina-se com a hemoglobina, bloqueando o transporte de oxigênio e consequentemente a
respiração interna.

GASES IRRITANTES OU CORROSIVOS CLORO

É um elemento químico , encontrado em temperatura ambiente no estado gasoso. É um gás


extremamente tóxico e de odor irritante. O cloro é aplicado principalmente na purificação de
águas, no branqueamento durante a produção de papel e na preparação de diversos
compostos clorados,e também em tratamento de esgotos.

RISCOS: O cloro provoca irritação no sistema respiratório, especialmente em crianças. No


estado gasoso irrita as mucosas e no estado líquido queima a pele. Pode ser detectado no ar
pelo seu odor a partir de 3,5 ppm, sendo mortal a partir de 1.000 ppm.Uma exposição aguda a
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altas concentrações de cloro ( porém não letais ) pode provocar edema pulmonar, ou líquido
nos pulmões. Uma exposição crônica abaixo do

nível letal debilita os pulmões aumentando a suceptibilidade a outras enfermidades


pulmonares. Em muitos países é fixado o limite de exposição no trabalho em 0,5 ppm ( média
de 6 horas diárias, 40 horas semanais ).

AMONIA

Nome químico de substância composta por um átomo de nitrogênio e três de hidrogênio

a) Tipo Comercial, usada como matéria–prima no processamento químico, aí concluindo os

fertilizantes.

b) Tipo Refrigeração, para fins de refrigeração ou uso em que seja necessário um índice maior
de pureza.

c) Tipo Metalúrgico, para a geração de ambientes redutores na metalurgia

RISCOS: Perigos mais importante: Gás liqüefeito sob pressão, incolor, tóxico e agressivo ao
meio ambiente. Efeitos do produto: Efeito tóxico à saúde humana e provoca impactos
ambientais.

Efeitos adversos a saúde humana: Sua ação tóxica sobre as mucosas interrompe a respiração
e impede a visão, mesmo a baixas concentrações. Queimadura e asfixia.

Efeitos ambientais: Risco de intoxicação por contaminação hídrica e atmosférica, queima as

plantas por desidratação. Perigos físicos e químicos: Apresenta intensa avidez pela água. Na
temperatura ambiente evapora-se rapidamente. Perigos específicos: Desidratação e cegueira.

Principais sintomas: Sinais e sintomas de choque, tais como palidez, frio nas extremidades do
corpo, pulso rápido e fraco, paralisia muscular, alterações no ritmo e profundidade da
respiração, náuseas, vômitos, dor de cabeça, dor na garganta e parte superior do abdômen,
dispnéia e tosse. Em contatos corporais provoca irritação e queimaduras da pele e mucosas,
opacidade da córnea e do cristalino.

SISTEMA RESPIRATÓRIO

O sistema respiratório é constituído por um conjunto de órgãos que tornam possível a


respiração normal.
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Falando mais concretamente, é formado pelo nariz, boca, garganta, laringe, traquéia e os
brônquios, os quais constituem as vias respiratórias.

Por outro lado encontram-se os pulmões, cuja missão é enviar o oxigênio ao sangue e este de
transportar o oxigênio a todas as células do corpo.

É esta uma das principais funções do aparelho circulatório, de transportar o oxigênio através do
corpo humano em suas artérias e de recolher o produto da reação ou seja, o dióxido de
carbono - CO2, e levá-lo até os pulmões para ser expelido.

Integrando este sistema está também o diafragma e os músculos do peito, os quais têm por
objetivo provocar os movimentos respiratórios normais.

É o oxigênio que mantém acesa a chama da vida.

O cérebro é o encarregado de regular a função respiratória. Quando o cérebro necessita mais


oxigênio, envia estímulos aos músculos do peito e o diafragma por meio dos nervos, fazendo-
os funcionar com maior aceleração e vigor.

Comparando o corpo humano a uma máquina completa, pode-se concluir que um dos
parâmetros a assegurar o perfeito funcionamento, é a presença de “ar respirável”.

Ar respirável

O ar atmosférico que nos envolve, o ar natural (aqui considerado seco) pode ser representado
em números redondos, em porcentagem por volume de:

9,5% são consideradas inseguras para as exposições humanas devido aos efeitos nocivos nas
funções do organismo, processos mentais e coordenação muscular.

Gases imediatamente perigosos à vida

São contaminantes que podem estar presentes em concentrações perigosas, mesmo quando a
exposição for por um período curto.

Gases não imediatamente perigosos à vida

São contaminantes que podem ser respirados por um período curto, sem que ofereçam risco
de vida, porém podem causar desconforto e possivelmente danos quando respirados por um
período longo ou em períodos curtos, mas repetidos muitas vezes.

Classes de contaminantes gasosos

Quimicamente os contaminantes gasosos podem ser classificados como:

 Inertes

Não são metabolizados pelo organismo

Ex: Nitrogênio, Hélio, Argônio, Neônio, Dióxido De Carbono.


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 Ácidos

Podem causar irritações no sistema respiratório e provocar o aparecimento de edemas


pulmonares

Ex: Dióxido De Enxofre, Gás Sulfídrico, Ácido Clorídrico.

. Alcalinos

Idem ao Ácidos - Ex: Amônia E Aminas.

. Orgânicos

Podem existir como gases ou vapores de composto líquido orgânico. Ex: Acetona, Cloreto
De Vinila, Etc...

. Organo Metálicos,

Compostos metálicos combinados a grupos orgânicos.

Ex: Chumbo Tretaetile e Fósforo Orgânico.

As concentrações de oxigênio abaixo de 19,5% são consideradas inseguras para as


exposições humanas devido aos efeitos nocivos nas funções do organismo, processos mentais
e coordenação muscular.

Gases imediatamente perigosos à vida

São contaminantes que podem estar presentes em concentrações perigosas, mesmo quando a
exposição for por um período curto.

Gases não imediatamente perigosos à vida

São contaminantes que podem ser respirados por um período curto, sem que ofereçam risco
de vida, porém podem causar desconforto e possivelmente danos quando respirados por um
período longo ou em períodos curtos, mas repetidos muitas vezes.

Classes de contaminantes gasosos

Quimicamente os contaminantes gasosos podem ser classificados como:

Inertes

Não são metabolizados pelo organismo

Ex: Nitrogênio, Hélio, Argônio, Neônio, Dióxido De Carbono.

Ácidos

Podem causar irritações no sistema respiratório e provocar o aparecimento de edemas


pulmonares

Ex: Dióxido De Enxofre, Gás Sulfídrico, Ácido Clorídrico.

Alcalinos Idem ao Ácidos - Ex: Amônia E Aminas.


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Orgânicos

Podem existir como gases ou vapores de composto líquido orgânico. Ex: Acetona, Cloreto De
Vinila, Etc...

Organo Metálicos

Compostos metálicos combinados a grupos orgânicos.

Ex: Chumbo Tretaetile e Fósforo Orgânico.

Efeitos biológicos

Os gases e vapores podem ser classificados segundo a sua ação

sobre o organismo. Dividindo-se em 3 grupos:

Irritante

Produzem inflamação nos tecidos com que entra em contato direto: pele, olhos, via respiratória.

Ex: ácido clorídrico, sulfúrico, amônia, soda cáustica. o ponto de ação dos gases e vapores
irritantes é determinado pela solubilidade.

Anestésico

A maioria dos solventes pertencem a este grupo, uma propriedade comum a todos é o efeito
anestésico, devido a ação depressiva sobre o sistema nervoso central.

Ex: clorofórmio, éter; os quais podem provocar perda da sensibilidade, inconsciência e a morte.

Asfixiantes

Simples = Nitrogênio.

Químico = “CO “ - Monóxido de carbono.

Venenos sistêmicos

Podem causar danos aos órgãos e sistemas vitais do corpo humano.

Ex: vapores metálicos de Mercúrio, Arsênio, etc...

Poeiras causadoras de fibroses ou pneumoconioses

As quais não sendo absorvidas pela corrente sangüínea permanecem nos pulmões podendo
causar lesões sérias neste órgão.

Ex: Asbesto, Carvão, Bauxita, Sílica livre, etc...


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Partículas não tóxicas

Chamadas também de poeiras não agressivas, não causam fibroses, podem ser dissolvidas e
passar diretamente para a corrente sangüínea ou que podem permanecer nos pulmões, sem
causar efeitos nocivos locais ou sistêmicos.

Ex: Algodão, Lã, Farinhas, Poeiras de Couro, Pó de Madeira, etc...

“ Altas concentrações destes aerodispersóides devem ser considerados sempre com muita
atenção”.

Os aerodispersóides segundo suas propriedades físicas classificam-se em:

Névoas ou neblinas

Partículas líquidas em suspensão no ar, com dimensões que vão desde 5 a 100 mícrons.

Fumos

Partículas sólidas de origem orgânica. São encontradas em dimensões que vão de 0,01 a
0,3 mícrons.

Poeiras

Partículas sólidas geradas mecanicamente por manuseio, moagem, raspagem,


esmerilhamento, etc... São encontradas em dimensões perigosas que vão desde 0,5 a 10
mícrons.

Vapores Metálicos

Partículas sólidas condensadas. São encontradas em dimensões de 0,1 a 1 mícron.

Organismos vivos

Bactérias em suspensão no ar, com dimensões de 0,001 a 15 mícrons.

Mícron

Unidade de comprimento igual a uma milionésima parte do metro padrão.

Perigos das partículas

As dimensões das partículas expressas em mícrons, são de suma importância.

As partículas menores de 10 mícrons de diâmetro tem mais facilidade para penetrar no sistema
respiratório.

As partículas menores de 5 mícrons de diâmetro são mais fáceis de alcançar os pulmões.

Formas de expressão de quantidades de poluentes no ar

 PPM - (partes por milhão) 1 ppm de poluente corresponde a 1 cm3 de poluente por
metro cúbico de ar respirado. Assim, ao constatarmos que determinado ambiente tem
30 ppm de cloro, estamos respirando 30 cm3 desse gás por metro cúbico de ar que
respiramos.
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 Mg/m3 - Miligramas de poluente por metro cúbico de ar respirado.

 Mg/L - Miligramas de poluente por litro de ar respirado.

 MPPC - Milhões de partículas por pé cúbico de ar.

 outras de menor uso, entre elas a “porcentagem por volume” por

abranger grandes quantidades.

Trabalhos com proteção respiratória

Apesar de todo o esforço realizado, nem sempre será possível conseguir que certos locais de
trabalho estejam livres de contaminantes que vez e outra ou continuamente excedem os limites
de tolerância previstos. Nestes casos será inevitável um controle contínuo dos contaminantes.
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Sistemas de equipamentos de proteção respiratória

A variedade de tarefas que são realizadas com proteção respiratória é demasiadamente


grande para um único tipo universal de equipamento. Desenvolveu-se portanto, para atender
às inúmeras tarefas distintas, várias espécies diferentes de proteção respiratória.

Pelo efeito de sua proteção os equipamentos de proteção respiratória são divididos em 2


grupos principais, assim temos “os dependentes” que dependem do efeito do ar atmosférico

“os independentes”, aqueles que independem do efeito ao ar atmosférico ambiental.

Filtros

Os filtros de respiração retêm os poluentes do ar respirado, porém não fornecem

oxigênio.

Em decorrência deste fato só poderão

ser usados em atmosferas que contenham no mínimo 19,5% em volume de oxigênio.

Os filtros de respiração aparecem nas mais variadas formas construtivas.


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São concebidos como:

- Filtros de encaixe;

- Filtros de rosca;

- Filtros de cartucho.

Em lugares com deficiência de oxigênio ou com elevadas concentrações de contaminantes, é


obrigatório o uso de equipamentos que independem do meio atmosférico ambiental, tais como:

- Equipamento de respiração com linha de ar;

- Equipamentos autônomos de respiração a ar comprimido;

- Equipamentos autônomos de respiração com oxigênio.

Espécies de filtros

Filtros contra gases

Os filtros contra gases são recheados com carvão ativo, cuja estrutura porosa oferece uma
grande superfície.

Enquanto o ar respirado flui através da carga de carvão ativo do filtro, as moléculas do


contaminante são retidas na grande superfície do carvão ativo granulado.

Para muitos outros gases (por exemplo: amônia, cloro, dióxido de enxofre), o efeito de retenção
no filtro poderá ser melhorado com a impregnação do carvão com produtos químicos de
retenção, utilizando-se para tanto sais minerais e elementos alcalinos.

Filtros contra aerodispersóides

Os filtros contra aerodispersóides consistem de material fibroso microscopicamente fino.


Partículas sólidas e líquidas são retidas na superfície dessas fibras com grande eficiência.

Filtros combinados

Os filtros combinados formam a união de filtro contra gases e de filtro contra aerodispersóides
numa mesma unidade filtrante.

Oferecem proteção quando gases e aerodispersóides aparecem simultaneamente no


ambiente.

O ar inalado atravessa inicialmente o filtro contra aerodispersóides que retêm todas as


partículas em suspensão no ar.

Tempo de uso e saturação

Dependendo de suas dimensões e das condições de uso, os filtros de respiração são capazes
de reter uma certa quantidade de contaminantes.

Os filtros contra aerodispersóides em geral tendem a se fechar mais com o uso. A resistência
respiratória aumenta.
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Quando os filtros contra gases são usados até o limite, atingindo sua saturação, o usuário nota-
o em geral pela percepção do cheiro característico de um gás ou pela irritação da mucosa.

No uso de filtros combinados, dependendo da composição dos contaminantes, o filtro poderá


saturar pelo entupimento dos aerodispersóides e assim se notaria uma elevada resistência
respiratória ou o filtro se satura pelo elemento contaminante gasoso e a troca se fará quando
notado o primeiro cheiro de gás.

Armazenamento

O armazenamento de filtro contra gases ou combinados, novos, na embalagem original


de fabricação, e acondicionados convenientemente à vácuo, é de 3 anos após sua fabricação.

Após o vencimento desse prazo os filtros não devem ser usados.

Filtros contra aerodispersóides podem ser armazenados por tempo praticamente ilimitado.

Os filtros uma vez abertos, mesmo que nunca usados, devem ser substituídos dentro de um
prazo de 6 meses.

Treinamento

Para usar com segurança qualquer equipamento de proteção respiratória, é essencial que o
usuário tenha sido instruído corretamente sobre a seleção, uso e manutenção.

O treinamento deverá, no mínimo, incluir o seguinte:

- Instrução sobre a natureza dos perigos, bem como, uma apreciação do que poderia suceder
se não se usasse o equipamento correto.

Comentários sobre o porque esse é o modelo indicado para o fim específico.

- Comentários sobre a capacidade e limitações dos dispositivos ou equipamentos.

- Instrução e treinamento sobre o seu uso.

- Instrução teórica e pratica para reconhecer e saber enfrentar situações de emergência.

Inspeção

Todos os equipamentos deverão ser inspecionados periodicamente, antes e depois do seu


uso.

Manutenção

Todos os equipamentos de proteção respiratória deverão ser limpos e higienizados depois de


cada uso.

Reparos

A substituição de peças que não sejam aproveitáveis, qualquer reparo e a manutenção dos
equipamentos de proteção respiratória, deverá ser feita pela Segurança do Trabalho que
providenciará o contato com o órgão especializado e competente para tal.
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Método correto de uso

Para uso com segurança das máscaras faciais, existe um método padronizado e seguro cujos
passos passamos a mostrar:

- Carregue-a sempre pendurada pela alça de borracha,

pois estará sempre pronta para o uso;

- Segure a parte superior da máscara com as duas

mãos, tendo antes o cuidado de “soltar” totalmente

todos os tirantes;

- Coloque primeiramente o queixo, “vestindo” a

máscara totalmente, posicionando-a no lugar certo;

- Aperte os tirantes inferiores, puxando as tiras de

borracha auto-travantes;

- Faça a mesma operação com os tirantes superiores;

- Da mesma forma ajuste o tirante posicionado sobre o couro cabeludo.

Importante

- Faça o teste de vedação tampando seu bocal ou apertando a traquéia

da mascara.

- Se a máscara estiver bem ajustada, o contorno do equipamento

aderirá fortemente ao rosto, impedindo possíveis infiltrações de gases

para dentro da mascara.

- Se isso não ocorrer aperte novamente os tirantes, fazendo novo teste.

Obs.: Nas mascaras autônomas (faciais) este teste deverá ser feito com o suprimento de
ar fechado . Em seguida deverá ser colocado o filtro e/ou aberto o suprimento de ar.

Para retirar a máscara, aperte a parte interna da fivela dos tirantes de fixação de borracha,
fazendo a operação ao inverso:

 Tirante do couro cabeludo;


 Tirantes superiores;
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 Tirantes inferiores.

* O fato de você estar com o EPI adequado, não significa que está isento de se acidentar,
por isso: conheça a natureza do risco, estabeleça e mantenha o controle das medidas,
seja responsável pela sua segurança e a daqueles que dependem de Você.

Equipamentos e Auxiliares de
Combate a Incêndio

INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS DE PCI

As indústrias, comércios, edifícios devem adotar medidas de proteção que visam a


prevenção de sinistros e em sua ocorrência, a neutralização dos seus efeitos, danos ao
patrimônio e a coletividade.

A periculosidade do risco está ligada as condições de segurança contra incêndio. Estas


condições podem ser resumidas em ESTRUTURAIS e de PREVENÇÃO E COMBATE . A taxa
de risco é determinada, levando-se em conta três fatores fundamentais a saber:
LOCALIZAÇÃO, OCUPAÇÃO E CONSTRUÇÃO.

Um quarto fator de grande influencia na determinação das classes de ocupação é o


ISOLAMENTO.

A taxa é determinada, em principio, de acordo com as características de um mesmo risco


isolado. Dois ou mais edifícios ou locais constituem um mesmo risco isolado, quando estão em
comunicação entre si, formando um conjunto separado dos demais.

Os elementos estruturais e de proteção e combate ao fogo, constituem meios de evitar o


incêndio, dificultar ou retardar sua propagação.

Os elementos estruturais do risco são os que se referem ao material e técnica empregados na


construção das edificações. São de interesse das classes de construção e na resistência ao
fogo.

Os sistemas de prevenção e combate podem determinar a redução da taxa do risco onde se


encontram instalados, mediante procedimentos próprios
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INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS – DEFINIÇÕES

Instalações de PCI – são estruturas fixas que são projetadas junto com a edificação, e que se
destinam a Prevenção e Combate a Incêndio. Exemplos: escadas de incêndio; porta corta-
fogo; reservatórios e caixas d água; sistema de alarme; sistema automático de detecção e
alarme; etc.

Equipamentos de PCI – são aparelhos e apetrechos de uso individual ou coletivo, que se


destinam a auxiliar o homem na Prevenção e Combate a Incêndios. Exemplos: viaturas;
escadas portáteis; extintores e carretas-extintores; esguichos; mangueiras; máscaras; cordas;
material de arrombamento; etc.

CLASSIFICAÇÕES DE INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS DE PCI

Existe um grande numero de tipos de instalações e equipamentos de PCI, que podem ser
classificados em :

As instalações de PCI são classificadas em:

Fixas - São estruturas fixas a edificação destinada á prevenção, isolamento e combate a


incêndios. Como exemplos: reservatório e caixas d’água; paredes e portas corta-fogo; tetos e
pisos incombustíveis, pára-raios; escadas de evasão, etc.

Fixas automáticas – São estruturas fixas, que para entrarem em funcionamento não
dependem da intervenção humana. Como por exemplo: sistema hidráulico automático de
proteção; sistemas automáticos de detecção e alarme; sistemas automáticos de isolamento;
etc.

Fixas sob comando – São estruturas fixas, que para entrarem em funcionamento dependem
da intervenção humana. Como por exemplo: sistemas de alarme; sistemas hidráulicos sob
comando; portas corta-fogo; etc.

CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PCI

Móveis – São os equipamentos de uso coletivo, que se destinam a auxiliar o bombeiro, no


combate direto ou indireto ao incêndio. Exemplos: viaturas, extintores sobre rodas; carretas e
viaturas dotadas de autobomba; etc.

Portáteis – São os equipamentos de uso individual que se destinam a auxiliar diretamente o


bombeiro no combate ao fogo. Exemplos: extintores; cordas; escadas; máscaras de respiração;
materiais de arrombamento;

etc.

USO DAS INSTALAÇÕES DE PCI

Embora de grande importância para combater os incêndios, a simples existência de


instalações e equipamentos não indica que o perigo esteja afastado. Há necessidade de
adoção de medidas complementares de prevenção recomendadas para cada caso.

Ás instalações e equipamentos devem passar por revisões periódicas e mantidas em perfeitas


condições, a fim de evitar problemas em horas emergências, como registros e válvulas que não
abrem, mangueiras furadas, aparelhos extintores com carga fora de tempo de validade, etc.
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Não devem ter o seu acesso obstruído pela disposição de materiais e devem ser perfeitamente
sinalizados para sua perfeita visualização.

Em empresas onde há grande preciosidade, como de fabricação de explosivos e refinações de


petróleo, os cuidados contra incêndio devem ser maiores, pois, qualquer falha na prevenção
poderá acarretar a destruição das instalações e perdas de vida.

SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME

São dispositivo mecânico elétricos ou eletrônicos, que detectam e denunciam por sinais
luminosos e ou sonoros uma emergência. Os detectores de incêndios possuem alta
sensibilidade para luz; gazes; fumaça e aumento de temperatura; são constituídos de um
sistema ativado por um processo físico, químico ou de ambos, independentes da
intervenção humana.

Existem quatro tipos principais de detectores de incêndios, que podem ser encontrados todos
em um único sistema:

Detectores térmicos (calor )

Detectores infravermelhos (chamas)

Detectores fotoelétricos (fumaça)

Detectores de ionização aumento de carga elétrica (extinto).

Detectores térmicos

Reagem á energia calorífica desprendida pelo fogo. Tais ocorre ao aumento brusco da
temperatura ambiente (em geral para um acréscimo de cerca de 10º C por minuto).

Detectores infravermelhos

São usados nas áreas onde o fogo pode alastrar-se rapidamente, com pouco ou sem
estágio incipiente, (depósito de líquidos inflamáveis, salas de equipamentos de força,
etc.). Estes detectores reagem diretamente ás radiações de infravermelho emanadas das
chamas. Tais radiações precisam ser moduladas durante alguns segundos antes que o
detector acione o dispositivo sinalizador de alarme.

Detectores fotoelétricos

Reagem á alta concentrações de fumaça visível ( a mesma fumaça que o olho humano
pode ver) . São ineficazes onde há grande produção de fumaça, principalmente nos
primeiros estágios da combustão.

Detectores de ionização

Utilizam um principio segundo o qual a radiação “alfa” torna condutivo o ar no interior


do detector; quando então uma voltagem é aplicada e uma pequena corrente elétrica
começa a fluir. Quando os produtos da combustão penetram no

interior do detectar, o fluxo da corrente é reduzido, e em conseqüências o sinal de


alarme é acionado.
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Equipamento de controle

Uma instalação de detectores torna-se ineficiente quando não se conta com


equipamentos de controle. Estes são equipamentos eletrônicos os quais recebem os
sinais de alarmes enviados pelo sistema de detectores e fornece uma indicação visual
da zona atingida. O equipamento de controle tem também a função de comandar os
dispositivos audíveis de sinalização, tais como sirenes, campainhas, etc., a fim de alertar
o pessoal de toda a edificação. Além disto, o equipamento recebe, também, a sinalização
de defeitos dos circuitos externos e supervisiona seus próprios circuitos internos.

SISTEMA HIDRAULICO E AUTOMÁTICO DE PROTEÇÃO

São sistemas modernos utilizados nas grandes organizações industriais, comerciais, refinarias,
usinas, armazéns, etc. São de grande eficiência, porém suas instalações além de serem muito
dispendiosas são puramente técnicas. Funcionam pelo principio físico de

detecção de calor, fumaça, ou luz, independentemente do homem para a detecção e extinção


do fogo. Exigem manutenção adequada e constante para o perfeito funcionamento.

Estes tipos de sistema recebem a denominação errônea “Sprinklers” em forma genérica, pois o
sistema Sprinklers é para um agente extintor água, uma vez que o sistema também pode ter
como agente extintor: espuma, CO2 e agentes químicos secos.

Temos também o sistema MULSIFIRE, que se assemelha ao sistema Sprinklers, mas ao


contrario deste, fornece jatos de neblina de alta velocidade.

Nos locais onde são armazenados G.L.P , encontramos o sistema PROTECTOSPRAYM que
funciona aplicando água pulverizada sobre os tanques de armazenagem e a rede de tubulação
adjacente.

Dos sistemas acima mencionados, estudaremos especialmente a agente


extintora água (Sprinklers).

SISTEMA SPRINKLERS
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Consiste num sistema de chuveiros automáticos para fins de proteção contra incêndio é
definido como sistema fixo integrado, compreendendo os seguintes elementos: rede hidráulica
de distribuição que alimenta os chuveiros automáticos, após a válvula de alarme ou chave
detectara de fluxo d’água; rede de abastecimento das válvulas de alarme ou detectara de fluxo
d’água; abastecimento d’água.

A parte do sistema após as válvulas de alarme é formada por uma rede de tubulações fixas,
compreendendo tubulações de subida principal (onde é instalada a válvula de alarme ou chave
detectara de fluxo d’água, que controla e indica a operação do sistema), tubulações de subidas
e descida, tubulações gerais, tubulações sub-gerais e ramais. Ao longo destes ramais são
instalados os chuveiros automáticos para atender as seguintes condições:

Proteção total;

Mínima interferência à descarga de água;

Área máxima por chuveiro automático, de acordo com o risco a proteger posição em relação ao
teto ou telhado, para obter uma sensibilidade adequada de funcionamento, em função do
acumulo mais rápido de calor junto ao chuveiro automático. O dimensionamento da tubulação
após a válvula de alarme pode ser

determinada por tabelas, conforme o risco a proteger, ou por cálculos hidráulicos, respeitando
os parâmetros de densidade e área de operação de chuveiros funcionando simultaneamente.
O resultado de calculo da rede aparente do sistema se estende até os abastecimentos de
água, para serem determinadas suas dimensões.

O sistema de chuveiros automáticos processa a descarga de água sobre o foco de incêndio,


em uma densidade adequada para controlá-lo ou extingui-lo em seu estagio inicial.

Com simples operação de um ou mais bicos, ocorrem simultaneamente o funcionamento de


um alarme e o desencadeamento dos abastecimentos de água.

CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS

Sistema de tubo molhado;

Sistema de tubo seco;

Sistema de ação previa;

Sistema dilúvio;

Sistema combinado de tubo seco e ação previa.

SISTEMA DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS DE TUBO MOLHADO

Compreende uma rede de tubulação fixa, permanentemente com água sob pressão,
em cujos ramais são instalados os chuveiros automáticos; o sistema é controlado na
entrada, por válvulas de alarme cuja finalidade é fazer soar automaticamente um
alarme, quando da abertura de ou mais chuveiros atuados por um incêndio. O chuveiro
automático desempenha um papel simultâneo de detectar e combater o fogo. No
sistema de tubos molhado, a água somente é descarregada pelos que forem acionados
pelo fogo
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SISTEMA DE CHUVEIRO AUTOMÁTICO DE TUBO SECO

Compreende uma rede de tubulação fixa seca, mantida sob pressão de ar comprimido ou
nitrogênio, em cujos ramais são instalados os chuveiros automáticos. Este, a serem
acionados pelo fogo, libera o ar comprimido ou nitrogênio, fazendo abrir,
automaticamente, uma válvula chamada de válvula de tubo seco, instalada na entrada do
sistema. Esta válvula permite a entrada de água na rede de tubulação, a qual deve fluir
pelos chuveiros que foram acionados. O sistema de chuveiros automático de tubos seco
é aplicado em regiões sujeitas a temperaturas de congelamento da água.

SISTEMA DE AÇÃO PREVIA

Compreende uma rede de tubulação seca, que pode ser ou não sob pressão, em cujos ramais
são instalados os chuveiros automáticos, como um sistema convencional de tubo molhado. Na
mesma área protegida pelo sistema de chuveiro, é instalado um sistema de detecção da ação
do calor, de operação muito mais sensível, ligado a uma válvula especial instalada na entrada
da rede de tubulação. A atuação de quaisquer dos detectores, motivado por um principia de
incêndio, provoca automaticamente a abertura da válvula especial. Esta permite a entrada da
água na rede, que é descarregada através dos chuveiros automáticos que foram ativados pelo
fogo. A ação prévia do sistema de detecção faz soar simultânea e automaticamente um alarme
de incêndio, antes que se processe a abertura de quaisquer dos chuveiros automáticos.

Sistema Dilúvio

Compreendem uma rede de tubulação seca, cujos ramais são instalados chuveiros
abertos. Na mesma área protegida pelos chuveiros abertos, é instalado um sistema de
detecção do calor, ligado a uma válvula dilúvio instalada na entrada da rede de
tubulação. A atuação de quaisquer dos detectores, motivado por um principio de
incêndio, ou ainda a ação manual de controle remoto, provoca a abertura da válvula-
diluvio. Esta permite a entrada de água na rede, que é descarregada através de todos os
chuveiros abertos. Automática e simultaneamente, soa um alarme de incêndio.

Em casos especiais, o acionamento da válvula-diluvio pode ser feito através de um


sistema de detecção de gases especiais específicos.

SISTEMA COMBINADO DE TUBO SECO E AÇÃO PREVIA

Compreende uma rede de tubulação seca, contendo ar comprimido, em cujos ramais são
instalados os chuveiros automáticos. Na mesma área protegida pelo sistema de
chuveiros automáticos, é instalado um sistema de detecção de ação de efeito do calor,
de operação muito mais sensível que os chuveiros automáticos, ligado a uma válvula de
tubo seco instalada na entrada da rede de tubulação. A atuação de quaisquer dos
detectores provoca, simultaneamente, a abertura da válvula de tubo seco sem que
ocorra a perda da pressão do ar comprimido contido na rede de tubulação automática.

A atuação do sistema de detecção provoca também a abertura de válvulas de alivio de


ar, instaladas nos extremos das tubulações gerais da rede de chuveiros automáticos, o
que facilita o enchimento com água de toda a tubulação do sistema, procedendo,
geralmente, a abertura de quaisquer dos chuveiros automáticos.

Nota : em todos os chuveiros automáticos, o desenho do defletor determina a forma de


instalação a ser feita, se na posição em pé (upright) ou pendente. Os demais tipos devem
seguir as recomendações do fabricante.

Os chuveiros automáticos não podem ser pintados, pois a temperatura nominal de


funcionamento de seu elemento sensível sofre alterações. Somente os braços dos
corpos dos chuveiros automáticos, com elemento sensível do tipo solda para
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temperaturas nominais de funcionamento acima de 77ºC, são pintados pelo fabricante


para identificar estas temperaturas.

Tabela: classificação das temperaturas e codificações das cores dos chuveiros


automáticos com elemento termossensivel tipo ampola.

Temperatura máxima no Temperatura Classificação da Cor do liquido da


telhado (ºC ) recomendada do temperatura de ampola
chuveiro (ºC ) funcionamento do
chuveiro (ºC)

38 57 Ordinária Laranja

49 68 Ordinária Vermelha

60 79 Intermediaria Amarela

74 93 Intermediaria Verde

121 141 Alta Azul

152 182 Muito alta Roxa

175/238 204/260 Extra-alta Preta

Temperatura máxima no Temperatura Classificação da Cor dos braços do


telhado (ºC ) recomendada do temperatura de corpo do chuveiro
chuveiro (ºC ) funcionamento do
chuveiro (ºC)

38 57 a 77 Ordinária Incolor

66 79 a 107 Intermediaria Branca

107 121 a 149 Alta Azul

149 163 a 191 Muito alta Vermelha

191 204 a 246 Extra-alta Verde

246 260 a 302 Altíssima Laranja


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329 343 Altíssima Laranja

Tabela: Classificação das temperaturas e codificação das cores dos chuveiros


automáticos com elemento termossensivel tipo solda elíptica.

SISTEMA HIDRÁULICO DE PROTEÇÃO SOB COMANDO

São sistemas que para entrarem em funcionamento necessitam da intervenção humana.


Normalmente denominamos estes sistemas de “hidrantes” Hidrante é o ponto de tomada de
água de uma rede hidráulica de Combate a Incêndio, provido de registro de manobra e
requintes de engate rápido podendo ser 1 1/2 ou 2 ½ de acordo com risco do local a ser
protegido.

Nos sistemas hidráulicos sob comando encontramos os seguintes equipamentos:

ESGUICHO - peça metálica de várias formas destinadas a dar forma de direção ao jato. Há
vários tipos de esguicho.

AGULHETA - Peça metálica de corpo cilindro cônico


destinada a fornecer uma única forma de jato, ou seja jato
sólido.
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REGULAVÉL OU ELKART - esse tipo de esguicho é


utilizado quando se desejam as três formas de jato.
Girando-se a manopla no sentindo horário fecha-se a saída
de água , no sentido contrario abre-se à saída de água.

UNIVERSAL OU ROCKWOOD - Recebe esta denominação pelo fato de permitir a produção


de jatos compactos ; chuveiro e neblina. É constituído de um corpo semi-esférico com uma
válvula de bola e uma alavanca regulável.

(em desuso).

CANHÃO OU MONITOR - Quando se necessita de um jato compacto de grande volume e


alcance emprega-se o esguicho canhão.

PROPORCIONADOR DE ESPUMA - É destinado à produção de espuma mecânica. Possui um


dispositivo de captação de água; mangotinho ; ralo e aspirante. A redução do diâmetro do
esguicho na ligação com o mangotinho aumenta a velocidade da água, resultando em uma
pressão negativa que succiona o LGE.

DE ALTA PRESSÃO - Mais conhecido como “pistola” é empregado


em serviços que requeiram jatos em forma de neblina de alta
velocidade.
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NPU – este esguicho conjuga as formas proporcionador e lançador de espuma. Dotado


internamente de alertas onde insere o ar nas bolhas de espuma.

DERIVANTE – peça metálica de uma introdução e no mínimo duas expedições destinadas a


dividir uma linha adutora em no mínimo duas linhas de ataque.

CHAVES DE MANGUEIRA – peça destinada a auxiliar o bombeiro a atarraxar ou desatarraxar


engates rápidos quando estes estão difíceis de atarraxar ou desatarraxar.

MANGUEIRAS - Equipamento de combate a incêndio, constituído de um duto flexível dotado


de juntas de união, destinado a conduzir água sobre pressão.

tipo 1 - sintex predial PV COM UNIÃO DE ALUMÍNIO


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Mangueira de incêndio com reforço têxtil singelo confeccionado 100% em o de poliéster de alta
tenacidade, tecimento horizontal (tipo tela), na cor branca e tubo interno de borracha sintética,
na cor preta, com união de alumínio. Possui 50% do peso das mangueiras convencionais tipo 1
de mercado, compacta, muito fácil de manusear e resistente à deterioração por bolor e fungos.

tipo 1 - sintex predial PV

Mangueira de incêndio com reforço têxtil singelo confeccionado 100% em fio de poliéster de
alta tenacidade, tecimento horizontal (tipo tela), na cor branca e tubo interno de borracha
sintética, na cor preta. Leve, compacta e resistente à deterioração por bolor e fungos.

Aplicações: Edifícios de ocupação residencial.

tipo 2 - sintex n

Mangueira de capa simples tecida em fio de poliéster e tubo interno de borracha sintética.
Resistente e flexível, é adequada tanto a áreas internas como externas.

Aplicações: Edifícios comerciais e industriais ou Corpo de Bombeiros.

tipo 2 - sintex n/e

Mangueira de capa simples tecida em fio de poliéster e tubo interno de borracha sintética.
Resistente e flexível, é adequada tanto a áreas internas como externas. É uma mangueira tipo
2 com uma resistência a abrasão mais elevada.

Aplicações: Edifícios comerciais e industriais ou Corpo de Bombeiros.

tipo 3 - sintex dupla capa

Construção: Mangueira com duas capas tecidas em fio de poliéster e tubo interno de borracha
sintética. Resistência extra, própria para uso naval.
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Aplicações: Áreas navais e industriais ou Corpo de Bombeiros, em que é desejável uma maior
resistência à abrasão.

tipo 4 - sintex poly

Mangueira de capa simples tecida em fio de poliéster com revestimento externo em Tinta
Acrílica Especial, na cor vermelha. Versátil como as mangueiras tipo 2, com grande resistência
ao desgaste, indicado para ambientes industriais internos ou externos e Corpo de Bombeiros.

Aplicações: Área industrial, na qual é desejável uma maior resistência à abrasão.

tipo 4 - sintex plast

Mangueira de capa simples tecida em fio de poliéster com revestimento externo em PVC +
borracha nitrílica e tubo interno de borracha sintética. Resistente à abrasão e a produtos
químicos, é própria para o uso industrial.

Aplicações: Área industrial, na qual é desejável uma maior resistência à abrasão.

tipo 5 - sintex super premium

Mangueira com reforço têxtil tecido em fio sintético de alta tenacidade com revestimento
externo e tubo interno em borracha nitrílica, fabricada no processo de extrusão contínua TTW.
Maior resistência a perfurações, a cortes e a produtos químicos. Alta resistência à abrasão e
superfícies quentes. Não necessita lavagem e secagem.
Aplicações: Área industrial, na qual é desejável uma alta resistência à abrasão e superfícies
quentes.

sintex florestal

Mangueira com reforço têxtil tecido em fio sintético de alta tenacidade com revestimento
externo e tubo interno em borracha nitrílica, fabricada no processo de extrusão contínua TTW.
De fácil visualização, oferece proteção extra em aplicações muito abrasivas e em alta
temperatura. Não absorve umidade e não necessita lavagem e secagem. a mangueira Sintex
Florestal de 1" não é normalizada pela NBR 11861.
Aplicações: Incêndios florestais.
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sintex hv

Mangueira com reforço têxtil tecido em fio sintético de alta tenacidade com revestimento
externo e tubo interno em borracha nitrílica, fabricada no processo de extrusão contínua TTW.
Indicada para uso com altas vazões, longas distâncias e baixa perda de carga. Não necessita
lavagem e secagem. Esta mangueira não é normalizada pela NBR 11861.

sintex com união extra longa

A aplicação de mangueiras de incêndio em sistemas com pressão e vazão bastante elevadas,


dificultam a operação das linhas manuais e sujeitam o sistema à golpes de aríete. Nestas
condições, a probabilidade de ocorrer desempatamento das mangueiras de incêndio, com
diâmetros superiores à 1.1/2" é bastante provável, um golpe de aríete pode elevar em até sete
vezes a pressão estática de trabalho.
Para garantir segurança nas manobras de combate a incêndio nestas condições, a Kidde
desenvolveu as mangueiras Sintex com união extra-longa.

O revestimento interno do duto é um tubo de borracha que impermeabiliza a mangueira,


evitando que a água saia do seu interior. É vulcanizada a uma capa de fibra.

A capa do duto flexível é uma lona, confeccionada de fibras naturais ou sintéticas, que permite
a mangueira suportar alta pressão de trabalho, tração e as difíceis condições de serviços de
bombeiro.

As juntas de união são peças metálicas, fixadas nas extremidades das mangueiras, que
servem para unir lances entre si ou ligá-los a outros equipamentos hidráulicos, depois de
apoiadas nos encaixes.

APARELHOS EXTINTORES DE INCÊNDIO

São aparelhos de fácil manuseio, destinados a combater princípios de incêndios. Recebem o


nome do agente extintor que transporta em seu interior.

OS EXTINTORES PODEM SER:

Extintor de água:

Pressurizado.

Pressão injetada.

Manual tipo costal ou cisterna

Extintor de espuma

Mecânica (pressurizada)

Mecânica (pressão injetada) Química


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Extintor de pó químico seco:

Pressurizado

Pressão injetada.

Extintor de gás carbônico

Pressurização pela despressurização do gás

Extintor halogenado

Pressurização direta por N2.

Extintores portáteis – são recipientes metálicos dotados de cilindros e acessórios que possui
massa total inferior a 25 kg., e deve ser operador por uma pessoa.

Portátil de baixa pressão

Capacidade 10 litros

ÁGUA PRESSURIZADA Unidade extintora 10litros

Pressurização direta por N2

Para classe de incêndio A

Portátil de baixa pressão

Capacidade 10 litros

ÁGUA PRESSÃO INJETADA Unidade extintora 10 litros

Pressurização indireta por co2

Para classe de incêndio

Portátil de baixa pressão

Capacidade nominal de 9 litros

Unidade extintora 9 litros


ESPUMA MECANICA
PRESSURIZADA
LGE = AFFF

Pressurização direta por N2

Para classe de incêndio A e B

ESPUMA MECANICA PRESSÃO Portátil de baixa pressão


INJETADA
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Capacidade nominal de 9 litros

Unidade extintora 9 litros

LGE = AFFF

Pressurização indireta por co2

Para classe de incêndio A e B

Portátil de baixa pressão

Capacidade 10 litros

Unidade extintora 10 litros


ESPUMA QUÍMICA
Pressurização por reação entre soluções formadoras de co2 ( sulfato
de alumínio + bicarbonato de sódio + agente estabilizante)

Para classe de incêndio A e B

Portátil de alta pressão

Capacidade de 02 até 06 kg

GÁS CARBÔNICO Unidade extintora 06 kg ( ou 02 de 04kg)

Pressurização pela descompressão do gás carbônico

Para classe de B e C

Portátil de baixa pressão

Capacidade de 01 até 04 kg

Unidade extintora 02 kg
HALON
Pressurização direta por N2

Agente mais comum é o halon 1211

Para classe de incêndio B e C


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APARELHOS EXTINTORES SOBRE RODAS São recipientes metálicos montados nuns chassis sobre
rodas, dotados de cilindro e acessórios que possuem massa total superior a 25kg

Sobre rodas de baixa pressão

Capacidade de 50 litros

ESPUMA MECÂNICA Pressão injetada indireta por co2

Para classe de incêndio A e B

Sobre rodas de baixa pressão

Capacidade de 75 ou 150 litros


ESPUMA QUIMICA
Pressão por reação química

Para classe de incêndio A e B

Sobre rodas de baixa pressão

Capacidade a partir de 20 kg
PQS
Pressão injetada por co2

Para classe de incêndio B e C

sobre rodas de alta pressão

Capacidade a partir de 10 kg
CO2
Pressão pela descompressão do gás

Para classe de incêndio B e C

Salvamento Terrestre
ELEVADORES

Os elevadores constituem um conjunto com acionamento eletromecânico ou hidráulico,


destinados a realizar o transporte vertical de passageiros ou cargas entre os pavimentos de
uma edificação.

Casa de Máquinas
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Situada na parte superior do edifício, abriga todos os equipamentos que comandam e


controlam o elevador. Em projetos especiais pode estar localizada ao lado da

caixa ou embaixo, ao lado do poço. Alguns elevadores dispensam o uso da Casa de Máquinas
(Linha SmartMRL).

Painel de controle

Controla todas as funções do elevador, como estratégia de tráfego, velocidade e precisão nas
paradas.

Máquina de tração

Realiza o movimento de tração através de uma polia, a qual recebe os cabos de aço que
tracionam a cabina e o contrapeso.

Limitador de velocidade

Equipamento de segurança que proporciona a parada da cabina, sempre que esta exceder a
velocidade para seu funcionamento.

Caixa

Compreende o espaço entre a Casa de Máquinas e o piso do pavimento extremo inferior. É o


local onde se movimentam a cabina e o contrapeso.

Cabina

Tem como função transportar pessoas e cargas. A cabina é montada sobre uma plataforma,
em uma armação de aço constituída por duas longarinas fixadas em cabeçotes. O conjunto
cabina, armação e plataforma denomina-se carro.

Limitador de percurso

Garante o retardamento e a parada automáticos do elevador, a uma distância pré-determinada


do pavimento extremo ou próximo a ele.

Freio de segurança

Paralisa o elevador quando o limitador de velocidade é acionado. Isto ocorre em casos de


alterações bruscas da velocidade pré-determinada.

Contrapeso Armação metálica, suspensa pelos mesmos cabos de aço que realizam o
movimento da cabina. Está instalado ao fundo ou ao lado na caixa e tem por finalidade
contrabalançar o peso da cabina.
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Guias

Perfilados especiais instalados na caixa que mantêm o sentido da cabina e do contrapeso,


durante o movimento, permitindo o deslocamento suave e conforto aos passageiros.

Pavimentos

São os andares onde a cabina efetua paradas.

Portas de pavimento

De funcionamento automático, estão presentes em todos os pavimentos e se abrem apenas


com a chegada do elevador no pavimento solicitado. Existem portas de Abertura Central e
Portas de Abertura Lateral.

Trinco de porta

O trinco trava as portas no momento da partida da cabina. Possui sistemas que interrompem o
funcionamento do elevador sempre que uma porta de pavimento se encontrar aberta.

Botoeira de pavimento

Equipamento de comando que registra a chamada nos andares de acesso. Seus botões ou
teclas podem ser sensíveis ao toque ou micro curso.

Sinalização de pavimento

Equipamento opcional, pode estar localizado acima das portas de pavimento ou na própria
botoeira de chamada, informa aos usuários a posição e/ou o sentido de deslocamento da
cabina.

Poço

Extremo inferior da caixa.

Pára-choques

Equipamentos de segurança projetados para desacelerar a cabina ou contrapeso em


movimento de descida além de seu percurso normal.
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Porta de acesso ao poço

Para uso exclusivo dos técnicos da manutenção.

Cabina

Transporta pessoas ou cargas. É montada sobre uma plataforma, numa armação de aço
constituída por duas longarinas fixadas em cabeçotes (superior e inferior). No cabeçote inferior
está instalado o freio de segurança.

Sensor de proteção infravermelho

Recomendado para elevadores com portas simultâneas. Constituído de emissores e receptores


de raios infravermelhos.

Interfone

Liga a cabina com a portaria ou sala de controle, possibilitando a comunicação de voz.

Luz de emergência

Mantém a cabina iluminada em caso de falta de energia elétrica.

Botoeira

Equipamento de comando que registra a chamada dos andares de acesso. Seus botões ou
teclas podem ser sensíveis ao toque ou de micro-curso.

O que acontece ao acionar um botão do elevador?

Um sinal é enviado para os componentes da casa de máquinas, que irão:

1. Analisar a posição da cabina com a chamada registrada;

2. Determinar o sentido;

3. Checar os dispositivos de segurança;

4. Acionar os controles para o fechamento das portas;

5. Acionar o motor para movimentar a cabina;

6. Reduzir a velocidade ao se aproximar do andar de destino;

7. Executar a parada;

8. Acionar os freios no momento do nivelamento do motor

da cabina com o pavimento, mantendo o elevador parado;

9. Realizar a abertura das portas.


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IMPORTANTE:

A Segurança do usuário: além do freio normal, o elevador possui um dispositivo de


segurança interligado à cabina, para situações de emergência. Sua função é acionar

mecanicamente o freio de segurança e desligar o motor do elevador, caso este exceda a


velocidade permitida. Para mais informações, consulte a seção “Principais componentes do
elevador”.

COMPONENTES DE SEGURANÇA:

Aba de Soleira

Fixada na plataforma do elevador, a Aba de Soleira tem a função de fechar o vão criado entre a
plataforma do elevador e o piso do pavimento, quando ocorre algum problema técnico ou falta
de energia elétrica e o elevador fica estacionado entre dois andares. Este dispositivo torna o
resgate de passageiro muito mais seguro.

Luz de Emergência

Aumenta o conforto dos usuários, mantendo a cabina iluminada durante a falta de energia
elétrica. A Luz de Emergência é acionada assim que houver falha na corrente de energia.
Também permite o funcionamento do alarme sonoro e do intercomunicador. Para aumentar
ainda mais a segurança dos condôminos, usuários e funcionários do condomínio, os seus
elevadores Atlas Schindler possuem diversos componentes de segurança. Estes componentes
são exigidos por lei (Ver norma NM 207) e permite

viagens muito mais seguras e confortáveis.

Guarda-corpo sobre a cabina

É uma proteção instalada no topo da cabina que evita incidentes durantes as manutenções
realizadas sob cabina.

Ilhós

É uma proteção instalada na porta do elevador que evita a sua abertura quando a cabina não
estiver no local. O Ilhós só pode ser acionado através de uma chave especial de

emergência, que se encontra em poder das pessoas autorizadas.

Identificação em Braille

Permite a utilização dos elevadores por deficientes visuais. Além de estar de acordo com as
normas brasileiras, a Identificação em Braille promove a inclusão social.
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EMERGÊNCIA

Em caso de passageiro preso

1. Quando ouvir o alarme, dirigir-se ao local e comunicar que a situação não oferece perigo, e que já está sendo feito o
chamado para a Villarta.
2. Tal atitude irá tranquilizar e minimizar as inseguranças e fobias normais nestas situações.
3. Desligar a chave geral localizada no quadro de força do edifício ou na casa de máquinas.
4. Se a cabina estiver muito desnivelada não permita que ninguém saia do elevador e muito menos colabore no
sentido de colocar qualquer tipo de objeto para servir de apoio de saída que poderá ocasionar uma queda fatal no
poço. Aguarde a chegada do técnico para nivelação e retirada dos passageiros.
5. Não permitir a saída pela porta de emergência pois o passageiro correrá perigo no teto. Aguarde dentro do local.

6. Atenção: nunca tente nivelar a cabine através do acionamento manual dos freios pois o mesmo poderá causar
situações perigosas ou piorar o defeito.

Em caso de incêndio

1. Acionar imediatamente os bombeiros e a equipe de Técnicos de manutenção do elevador.


2. Acionar o dispositivo de operação de emergência e, se não houver, procurar estacionar os elevadores no térreo ou
andar mais conveniente e desligá-lo.

3. Informar aos bombeiros se os elevadores têm o dispositivo para funcionar em Serviço de Corpo de Bombeiros

PREVENÇÃO EM HELIPONTO

O HELICÓPTERO

A operação de aeronaves de asa rotativas requer da equipe de bombeiros um estado de


prontidão e atenção mais vigoroso, tendo em vista as características deste tipo de aeronave,
no que se referem a sua forma de sustentação e liberdade de movimentos.
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Diferentes dos aviões, os helicópteros têm a sua sustentação e o empuxo oriundos do giro do
rotor principal, que é a sua asa, daí o uso do termo aeronaves de asa rotativas.

Este sistema permite à aeronave uma liberdade de movimentos que os aviões não possuem,
permitindo a decolagem e o pouso em pequenas áreas, num eixo vertical ou inclinado, em qualquer
direção e intensidade do vento.

Nas situações de pouso e decolagem de um helicóptero, é maior a probabilidade de um

acidente em relação ao avião, tendo em vista que muitos fatores podem contribuir para que
haja o toque dos rotores com algum obstáculo o que inevitavelmente causará a destruição
parcial ou total do helicóptero e instalações ou equipamentos nas proximidades do acidente
assim como poderá resultar em lesões ou fatalidades para seus operadores e outras pessoas.

Os toques dos rotores com algum obstáculo ocasiona um desequilíbrio na aplicação de

forças variando de pequenos danos à destruição total, conforme a intensidade e forma do

impacto.

Nessas situações, o quadro final compõe-se de uma massa deforme na maioria das vezes,

com distribuição dos destroços estilhaçados num ângulo de 360º, a partir do centro do
acidente.

A área deve ser livre de obstáculos e destina-se a permitir o giro livre do helicóptero em

torno de seu eixo, em qualquer sentido, intencionalmente ou acidentalmente, evitando-se a

colisão com pessoas aguardando embarque, pessoas da equipe de apoio (reabastecimento,


fonte externa, bombeiro, balizador,etc) e equipamentos de apoio.

MODELOS DE HELICÓPTERO
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Eurocopter EC135 Agusta A109 Esquilo

Bell Jet Ranger 206 Robinson 22 Robinson 44

Para efeito de estudo dividiremos o helicóptero em duas partes básicas:

- ROTORES

- FUSELAGEM

Normalmente as aeronaves de asas rotativas possuem dois rotores: principal e de cauda.

Os rotores são mecanicamente ligados e apesar de ambos girarem ao mesmo tempo é

Significativa à diferença de rotação entre um e outro, podendo chegar à razão 1.7m. As pás
(dos rotores) são construídas em liga, metálicas especiais ou compostas de fibras e resinas,
sendo responsáveis pela sustentação e deslocamentos do helicóptero em vôo.O mínimo de
pásem um rotor são duas, variando conforme o tamanho, capacidade, peso e performance de
cada helicóptero.

ROTOR PRINCIPAL

Tem o maior giro no plano horizontal, a baixa rotação e é responsável pela sustentação

vertical e deslocamentos horizontais. Apesar de instalado na parte mais elevada do helicóptero,


as

pontas de suas pás podem atingir a altura de 1,60 acima do solo.

1 - PÁ;

2 - CABEÇA DO ROTOR PRINCIPAL;

3 – MOTOR TURBO EIXO;

4 – TRANSMISSÃO PRINCIPAL;

5 – PRATO CÍCLICO FIXO E ROTATIVO;

6 – BIELAS DE COMANDO DE PASSO;

7 – ENTRADA DE AR NO MOTOR;
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8 - ACOPLAMENTO MOTOR CAIXA DE TRANSMISSÃO PRINCÍPAL;

9 - EIXO DE TRANMISSÃO DO ROTOR DE CAUDA;

10 – RADIADOR DE ÓLEO DE TRANSMISSÃO.

PARTES TÉCNICAS DO ROTOR PRINCIPAL – 1

PARTES TÉCNICA DO ROTOR PRINCIPAL – 2

1- ENTRADA DE AR;

2- COMPRESSOR

3 - CÂMARA DE COMBUSTÃO;

4 - TURBINA;

5 - ESCAPAMENTO;

6 - EIXO DE TRANSMISSÃO;

7 – PAREDE FOGO

ROTOR DE CAUDA

Está localizado na parte traseira do helicóptero, gira no plano vertical em alta rotação e é
responsável pelo controle direcional do helicóptero, sendo
comandado pelos pedais do piloto.
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ROTOR DE CAUDA ENCARENADO ROTOR DE CAUDA

PERIGO – Suas pás são pequenas, mas podem chegar a menos de um metro do solo, e é

extremamente perigoso aproximar-se de um helicóptero pousado com os rotores em


movimento.

Quando menor for à visualização do piloto, maior será a condição de perigo na aproximação.

Desta forma é evidente que o setor de aproximação mais perigoso é a área junto ao rotor de
cauda, praticamente sem condições de visibilidade do piloto.

A fim de diminuir o número de acidentes provocados por impacto com o rotor de cauda, as
fábricas buscam constantemente o desenvolvimento de projetos de helicópteros com uma
proteção em torno do plano de rotação destas pás.

Pelo fato do rotor de cauda gira num plano vertical em relação ao solo e a uma velocidade
extremamente elevada, torna-se imperceptível ao menos avisado que por desconhecimento
poderá chocar-se com ele provocando um acidente com conseqüências fatais para si próprios,
além disso, o piloto sem a visualização poderá efetuar um giro com o helicóptero e atingir de
maneira involuntária aquele que se aproxima.

FUSELAGEM

Também para estudos e melhor compreensão dividiremos a fuselagem em três partes:

- CABINE;

- CONE DE CAUDA;

- ESQUIS OU TREM DE POUSO.

- CABINE

É o local onde ficam os pilotos, passageiros ou cargas, os equipamentos elétricos eletrônicos,


os comandos de vôos e acessórios.

Na parte superior traseira estão alojadas as turbinas, na parte inferior traseira estão os tanques
de combustíveis, na cabina estão alojados os sistemas hidráulicos, elétricos, ar condicionado e
eletrônico.

Na cabine se concentram quase todos os materiais da aeronave passíveis de combustão


(poltronas, carpetes, revestimento, etc.).
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CONE DE CAUDA

É uma estrutura metálica fixada na parte traseira da cabina e que tem como finalidade a

sustentação do rotor de cauda com seu sistema de transmissão.

ESQUIS E TREM DE POUSO

Esqui é o conjunto tubular metálico fixado na parte inferior do helicóptero, destinado a prover
seu apoio no solo. O sistema de trens de pouso é constituído por conjuntos de rodas e pneus.
Estes conjuntos são retráteis, acionados por um sistema hidráulicos. Possui componentes
inflamáveis, tais como pneus e fluido hidráulico.

ESQUI TREM DE POUSO

COMBUSTÍVEL

Os helicópteros podem ter um ou dois motores estes que podem ser convencional (pistão) ou a
reação (turbina), o que altera os tipos de combustível utilizado por elas, sendo avigas (gasolina
de aviação) e jet A1 (querosene) o que altera a dificuldade de extinção de incêndio. O
helicóptero como toda aeronave, tem como momento mais crítico do seu vôo, os
procedimentos de acionamento do motor, corte do motor, aproximação para pouso e
decolagem. Neste procedimento existe o risco do início de incêndio já que as temperaturas
alcançadas pelos motores são elevadas, além dos seus limites padrões.

HELIPONTO
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O HELIPONTO E SUA ORIGEM

Os helipontos começaram a chegará capital de São Paulo no início dos anos 70, mas eram
então encarados com suspeita pelas autoridades. Isso durou até os incêndios dos edifícios
Andraus (1972) e Joelma (1974), quando a ação corajosa de alguns pilotos de helicópteros
permitiu salvar muitas vidas e demonstrar a utilidade social dessas máquinas.

HELIPONTO E SUAS CARACTERÍSTICAS

As Marcas Oficiais dos mesmo modo que a localização e as dimensões, as marcas pintadas
nos helipontos obedecem à Portaria nº 18/GM5, e seguem um padrão internacionalmente
aceito.

Os helipontos podem ser quadrados ou circulares mas devem ter no centro a letra indicativa da
sua condição inserida num triângulo cuja a ponta está voltado para o norte magnético.

Essas letras são: ´´H`` para os helipontos públicos; ´´P`` para os helipontos privados; ´´M``

para os helipontos militares. Os helipontos que servem a hospitais não têm o triângulo mais
uma cruz com braço de 3m de largura e 3,50m de comprimento, tendo, no centro, a letra ´´H``.

Os helipontos de emergência possuem marca externa circular mas não têm letra pintada no
centro.

Todos os helipontos, porém, obrigatoriamente, precisam trazer pintado um número que indique
a carga máxima (em toneladas) a que resiste.

No caso de resistir a menos que 1 tonelada o número precedido de um zero indica a


resistência em quilos (exemplo: 07 indica que o heliponto pode receber helicópteros de, no
máximo, 700Kg).

INDICAÇÃO DE PESO COM MAIS DE UMA ALGARISMO


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INDICADOR DE VENTO (BIRUTA)

A biruta é formada por um cone de nylon, que deverá ficar acima do piso do heliponto, visível
de qualquer setor, com condições de girar livremente por ação do vento. No caso de heliponto
sinalizados para operação noturna, a biruta deverá ser iluminada.
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BIRUTA COM ILUMINAÇÃO EXTERNA BIRUTA COM ILUMINAÇÃO INTERNA

Conhecimento sobre aeronaves são:

a) Localização da(s) bateria(s);

b) localização dos sistemas de emergência e saber operá-la;

c) Localização dos tanques de combustíveis;

d) Compartimento de carga.

ACIDENTE NO HELIPONTO

SEM INCÊNDIO:

a) Cobrir com espuma todo combustível derramado;

b) Observar e tomar cuidado com motores e materiais aquecidos;

c) Tomar cuidado para não deslocar o combustível para as áreas ocupadas da cabina;

d) Evitar jatos diretos sobre líquidos inflamáveis;

e) Não dispondo de espuma é aconselhável o uso de água sob neblina;

f) Manter um bombeiro a postos em uma linha, com esguicho de neblina, enquanto durar a

operação de evacuação ou resgate;

COM INCÊNDIO

a) Atacar o fogo na área da cabine procurando obter o controle rapidamente;

b) Controlar o fogo nos líquidos inflamáveis derramados, para permitir a aproximação junto

à aeronave;

c) Dentro do possível efetuar a aproximação do fogo com o vento pelas costas;

d) A localização dos ocupantes e das chamas atuantes determinará o ponto de aplicação

dos agentes extintores;

e) Mantenha a cabina resfriada, mesmo após a extinção das chamas;

f) Mesmo após a extinção das chamas, mantenha um bombeiro operando uma linha, com

esguicho de neblina, enquanto durar a evacuação.


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FOGO EM MOTOR DE HELICÓPTERO

A metodologia operacional preconizada é para que os Bombeiros combaterem o fogo em


helicóptero utilizando jatos de espuma através de extintores carretas. O Bombeiro já estará
posicionado, poderá um auxiliar, devidamente equipado com seu EPI completo, se aproximar
tomando os cuidados necessários, e utilizar um extintor de CO2 para apagar o fogo em seu
início.

O fogo em turbinas pequenas com a aeronave no solo é geralmente controlado e é extinto com
um extintor de CO2 (desde que seja no início). Caso esta operação não obtiver sucesso,
deveremos utilizar espuma.

Alguns manuais de aeronaves recomendam que não se deve usar espuma nos tubos de
admissão ou escape dos motores a turbina, salvo quando não puder apagá-lo por meio de
outro agente extintor. Os agentes

extintores mais apropriados para combate a incêndio nos motores, desde que se disponha de
adequado regime de descarga, são os hidrocarbonetos e o CO2.

Quando um incêndio em um motor evoluir a ponto de ameaçar a estrutura adjacente da


aeronave, deve-se utilizar a espuma.

Os Bombeiros não devem se posicionar diretamente abaixo do motor a fim de evitar os riscos
provenientes de combustível derramado, metal derretido e fogo no solo.

COMPLEMENTAÇÃO

A medida mais eficiente nos casos de incêndio das câmaras de combustão consiste em
desligar os motores. Incêndios externos às câmaras de combustão dos motores à turbina,
porém localizados dentro da hélice , são combatidos com maior eficiência pelo sistema de
extinção de incêndio da própria turbina da aeronave.

Se o fogo persistir depois de ter esgotado o sistema de extinção da turbina, deve-se

combatê-lo com CO2 ou PQS. Externamente deve-se empregar água pulverizada ou espuma
para manter resfriada as estruturas adjacentes.

INCÊNDIO NO INTERIOR DA FUSELAGEM

Independente da causa da ignição, os incêndios no interior da aeronave (cabine de comando,


cabine de passageiros), envolvem materiais comuns como: forração acústica e térmica,
painéis, refugos (lixo), toalha de papel, isolante elétrico, etc. Ocorrem nas diversas partes da
fuselagem, geralmente entre a forração interna das cabines e o revestimento externo da
fuselagem ( em baixo dos assoalhos, por trás das paredes, nas cavidades do teto), dificultando
assim a sua descoberta.

Podem ocorrer nos compartimentos de carga, podendo ocorrer situações complicadas,


dependendo do tipo de carga transportada.

Quando o incêndio ocorrer em helicópteros desocupado, pode ocorrer o atraso na detecção do


fogo. Se as portas estiverem fechadas e a fuselagem ainda inteira, podemos encontrar a
combustão incompleta em seu interior. A configuração da fuselagem não é diferente de um
corredor estreito e comprido de edificação comum, contendo grande quantidade de
combustível.

Para se confirmar a existência e a localização aproximada do fogo, devemos fazer uma rápida
inspeção na fuselagem, observando através das janelas, verificando concentração de
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fumaça adjacente a fuselagem e empolamento de tinta.

SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA NO TREM DE POUSO

O uso abusivo dos freios, ou o seu travamento, faz a temperatura do conjunto do trem de
pouso elevar-se muito. Tal elevação pode provocar a ignição dos freios, o rompimento do selo
de segurança do pneu ou o estouro. A elevação da temperatura oriunda do freio, mais o atrito
da roda de magnésio com solo, quando o pneu estoura, pode provocar a ignição da roda de
magnésio. O rompimento de turbulações hidráulica de altíssima pressão faz com que o óleo
seja pulverizado sobre a superfície aquecida provocando a sua ignição. Os componentes do
sistemas de freios em chamas podem provocar a ignição dos pneus.

No caso da roda de magnésio incandescente, utilizar o PQS.

OBS: Nunca devemos usar agentes extintores que provoquem o resfriamento, pois se

usado, o magnésio incandescente se estilhaçará, lançando pedaços incandescentes de


maneira violenta, podendo provocar ignição de outros materiais combustíveis, com que por
ventura entra em contato, ou provoca ferimentos em pessoas atingidas pelos estilhaços. O fogo
nos compartimentos do trem de pouso devem ser combatidos observando-se mesmos
cuidados.

SUPERAQUECIMENTO DOS FREIOS:

Qualquer ocorrência na área dos trens de pouso é de grande risco para quem tente se

aproximar, pois existe uma grande quantidade de tubulações de óleo com pressão elevadas,
que ao estourarem, lançam jatos de óleo sob pressão que podem penetrar nas vestes e no
corpo, ocasionando sérias lesões e até a morte, ao entrarem em combustão ao atingirem
superfície aquecidas.

Além disto, existe o perigo do estilhaçamento da roda ou do estouro dos pneus. Em ambos

os casos, os fragmentos serão lançados lateralmente, o que nos obriga a realizar a


aproximação pela frente ou por trás do trem de pouso, protegido pela banda de rodagem dos
pneus, que são as partes mais resistentes.

Nos casos de superaquecimento dos freios, superaquecimento do trem de pouso e devido ao


uso exagerado dos freios ou travamento deles, deveremos se aproximar utilizando EPI
completo, deixar um Bombeiro com um extintor de PQS de sobreaviso posicionado e pronto
para possível intervenção, caso ocorra o fogo.
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SEGURANÇA OPERACIONAL

ÁREA DE RISCO

Deve-se ter atenção e cuidado, ao aproximar-se de um helicóptero em movimento no solo.


Devemos ter sempre em mente que quando menor a visibilidade do piloto, maior será a
condição de perigo na aproximação. O setor de aproximação mais perigosa é a área da
retaguarda do helicóptero, praticamente sem condições de visibilidade do piloto. Além do rotor
de cauda girar num plano vertical em relação do solo, e uma velocidade extremamente
elevada, é estritamente necessário que as pessoas sem nenhum conhecimento sejam
orientadas que tal aproximação poderá provocar um grave acidente a ele mesmo, sem falar
que o piloto não tiver visão de quem se aproxima, uma movimentação do aparelho poderá
atingi-lo.

Porém as pessoas deduzem que um helicóptero faz um giro no solo, e que este giro, é feito em
torno de um eixo imaginário que passa pela metade do seu comprimento. Existe um eixo
imaginário que passa pela metade do seu comprimento.

Existe um eixo imaginário sim, que fica na cabine onde se encontra o piloto, por isso ao realizar
um giro de 360º graus, o helicóptero descreverá um círculo, onde o centro é a cabina e a linha
da circunferência é a trajetória descrita pelo rotor de cauda.

Assim, aproximar-se do helicóptero pelas laterais ou pela frente, é mais seguro. O piloto poderá
vê-lo e ao mesmo tempo, estará longe do grande perigo que é o rotor de cauda. Estes setores
estão parcialmente no campo visual do piloto e não na sua totalidade. Num deslocamento
lateral do helicóptero, o mesmo poderá colidir com a pessoa que se aproxima, e causar-lhe um
acidente de serias conseqüências. Da mesma forma, se o plano do rotor principal for inclinado
para o lado, as pontas das pás poderão atingi-lô, pois em determinados helicópteros à
extremidade das pás alcançam 1,60m acima do solo.

O setor de aproximação frontal do helicóptero é uma aproximação de menor risco, por estar na
sua totalidade dentro do campo visual do piloto, com o rotor principal girando por ação das
turbinas, praticamente não existirá perigo de acidentes, pois as ações serão todas de domínio
do piloto. Mas, entretanto se a aproximação for frontal sob as vistas do piloto, com o rotor
principal girando, porém com as turbinas desligadas, girando apenas pela inércia ou por ação
do vento, e nestes casos sem domínio do piloto.

Nesta situação, por ação do vento, poderá ocorrer o abaixamento frontal do rotor principal e
atingir a pessoa que se aproxima.

OBS 1 : Este abaixamento só existirá pela inércia do vento com as turbinas desligadas.

OBS 2 : V.A -> (VENTO APARENTE) = É CONTRA;

V.E -> (VENTO EMINENTE) = A FAVOR.

O SETOR DE APROXIMAÇÃO FRONTAL DO HELICÓPTERO

É uma área considerada de menor risco por estar na sua totalidade dentro do campo visual do
piloto, com o rotor principal girando por ação das turbinas, praticamente não existirá perigo de
acidente, pois as ações serão todas de domínio do piloto. Mas entretanto, se aproximar pela
frente sob as vistas do piloto, com o rotor principal girando, porém com as turbinas desligadas,
girando apenas pela inércia ou ação do vento, neste caso sem domínio do piloto. Nesta
situação, por ação do vento, poderá ocorrer o abaixamento frontal do rotor principal e atingir a
pessoa que se aproxima.
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TÉCNICAS DE SEGURANÇA DE EMBARQUE E DESEMBARQUE DE PASSAGEIROS

Os passageiros ou tripulantes devem sempre se aproximar do helicóptero pela frente, jamais


se aproximar pela retaguarda;

NORMAS OPERACIONAIS

Atenção deve ser dada á pintura do helicóptero. Pois é inflamável e possui alto índice de
intoxicação, produzindo muita fumaça.

A equipe de apoio deverá ser constituída por duas ou três pessoas quando houver
condições; um sinalizador, um orientador de embarque e desembarque e um
Bombeiro. Este último deverá portar o extintor adequado, pronto para entrar em ação. Não
sendo possíveis duas pessoas especializadas na equipe, o próprio sinalizador deverá deixar os
extintores apostos, e estar preparado para utilizá-los.

Desta forma, em qualquer situação, os equipamentos complementares tais como: roupas de


proteção, materiais de arrombamento e de corte de cintos, deverão estar a mão para pronta
utilização se necessário.

Durante a partida o Bombeiro deverá estar apostos junto ao helicóptero, observando por
janelas de inspeções a seção traseira do compartimento do motor e informar ao piloto qualquer
vazamento ou indicio de fumaça. No caso de fogo combatê-lo “imediatamente”.

UNIDADE EXTINTORA

As UE´s (unidades extintoras) para combater tanto líquidos inflamáveis como produtos elétricos
serão: Espuma mecânica (EM, Carreta), extintores portáteis que são de Pó Químico

(PQS) e Gás carbônico (CO2).

EXTINTOR SOBRE RODAS EM HELIPONTOS


ELEVADOS, CUJO PESO SEJA IGUAL OU
SUPERIOR A 4500 Kg.

UNIDADE EXTINTORA COMPOSTO POR (02) PQS 12


Kg, (02) CO2 06 Kg, (01) PQS 70 Kg e EM 50 L. PARA
HELIPONTO DE ATÉ 4500 Kg
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UNIDADE EXTINTORA COMPOSTO POR (04) PQS 12 Kg, (02) CO2 06 Kg, (01) EM 50 L,
(01) CO2 50 Kg, (01) PQS 250 Kg. PARA HELIPONTO ACIMA DE 4500 Kg.

KIT ARROMBAMENTOS – MACHADO PICARETA, SERRA MANUAL DE METAIS, PÉ DE

CABRA, ESCADA ARTICULADA.


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QUANTIDADE DE EXTINTORES DE ACORDO COM A


CAPACIDADE EM KG DOHELIPONTO

ACIDENTE AERONÁUTICO

Toda ocorrência relacionada com a operação de uma aeronave, há vida entre o período em

que uma pessoa nela embarca co intenção de realizar um vôo, até o momento em que todas
as pessoas tenham dela desembarcado e, durante o qual, pelo menos uma das situações
abaixo ocorra:

a) qualquer pessoa sofra lesão grave ou morra como resultado de estar na aeronave, em

contato direto com qualquer uma de suas partes, incluindo aquelas que dela tenham se

desprendido, ou às suas conseqüências. Exceção é feita quando as lesões resultem de causas


naturais, forem auto ou por terceiros infligidas, ou forem causadas a pessoas que embarcam
clandestinamente e se acomodam em área que não as destinadas aos passageiros e
tripulantes;

b) a aeronave sofra dano ou falha estrutural que este adversamente a resistência estrutural,

o seu desempenho ou as suas características de vôo; exija a substituição de grandes

componentes ou a resistência realização de grandes componentes reparos no componente


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afetado. Exceção é feita para falha ou danos limitados ao motor, suas carenagens ou
acessórios; ou para danos limitados a hélices, pontas de asas, antenas, pneus, freios,
carenagens do trem, amassamentos leves e pequenas perfurações no revestimento das
aeronaves.

c)a aeronave seja considerada desaparecida ou local onde se encontre seja absolutamente

inacessível.

AERONAVES

Todo aparelho, manobrável em vôo, apto a se sustentar e a circular no espaço aéreo

mediante reações aerodinâmicas que não sejam as reações do ar contra a superfície.

COMISSÃO DE INVESTIGAÇÃO DE ACIDETE AERONÁUTICO (CIAA)

Grupo de pessoas designadas para investigar um acidente aeronáutico, devendo ser

adequado às características desse acidente.

COMISSÃO DE PREVENÇÃO DE ACIDENTE AERONÁUTICO (CPAA)

Grupo de pessoas de organização destinadas a gerenciar a segurança de Vôo naquele

âmbito, atuando na supervisão das tarefas específicas e das medidas destinadas a eliminar as
fontes de perigo em potencial.

DESINTERDIÇÃO DE PISTA

Ação coordenada para liberação de pista de pouso obstruída por acidente, incidente

Aeronáutico ou Ocorrência de solo.

ELEMENTOS DE INVESTIGAÇÃO

Aspecto, condições e situações observadas e considerada como de interesse de

avaliação e análise em uma investigação de Acidente, Incidente ou Ocorrência de solo.

ELEMENTOS POTENCIAL DE PERIGO

Circunstância que se caracteriza pela alta probabilidade de provocar ou contribuir para a

ocorrência de Acidente Aeronáutico.

ELEVADO POTENCIAL DE RECORRÊNCIA

Circunstância que provocou ou contribuiu para a ocorrências de um Acidente, de um Incidente


Aeronáutico ou de uma Ocorrência de Solo e que, pelas suas características, tem

grande probabilidade de se repetir.


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EMERGÊNCIA AERONÁUTICA

Compreende a situação em uma aeronave e seus ocupantes se encontram sob condições

de perigo, latente ou iminente, decorrente de sua operação, ou tenham sofrido suas

consequências. A emergência aeronáutica, em sua função de sua gradação, demanda a

preparação e a colocação em condições de uso imediato de meios diversos, tais como


hospitais, ambulâncias, médicos, paramédicos, bombeiros, polícias e outros.

31.1- FASE DE OPERAÇÃO

Classificação do grau da atividade aérea, classificadas de modo a permitir a identificação

das circunstâncias de operação da aeronaves.

São classificadas como se segue:

1. Operação de solo - quando há a realização de serviços de rampa,


manutenção, tratoramento ou preparação da aeronave, sem que alguém esteja
nela embarcada com a intenção de realizar o vôo. Esta fase inclui aeronave
estacionada, mesmo sem a realização de serviço ou atividade de qualquer
natureza.

b) Estacionamento - desde que alguém tenha embarcado para realizar o vôo, até o início

da movimentação da aeronave por meios próprios, e a partir do corte do motor, no local regular
para estacionamento. Esta fase inclui a operação de ´´push back``e a partida do motor, quando
realizada antes do início da fase de rolagem.

c) Partida do motor - do início dos cheques para a partida do motor até a conclusão dos

cheques exigidos após a partida, quando não realizados na fase de estacionamento ou de

rolagem. d) Cheque de motor ou rotor - do início ao término da realização dos procedimento


de verificação de funcionamento do motor, hélice ou rotor.

e) Rolagem - do inicio da movimentação da aeronave por meios próprio até o início da

corrida de decolagem e do término da corrida após o pouso até o estacionamento. Esta fase

inclui helicóptero taxiando sem contato com o solo.

f) Pairado - fase em que o helicóptero já deixou o contato com o solo, mas permanece

sem deslocamento horizontal ou vertical.


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g) Decolagem - do início da corrida da decolagem até a conclusão do 1º segmento de

aceleração ou dos procedimentos exigidos após a decolagem ou, no caso de helicóptero, a


partir do início de seu deslocamento para iniciar o vôo propriamente dito. Esta fase inclui, a
operação de desaceleração e parada da aeronave no caso de descontinuar (abortar) a
decolagem.

h) Subida - da conclusão do 1º segmento de aceleração da decolagem até a conclusão

dos procedimento (cheques) exigidos para o nivelamento.

i) Manobra - da conclusão dos cheques necessários à realização da manobras até o seu

término.

j) descida - do início dos cheques exigidos para descida até a entrada no circuito de

tráfego, o início da espera, o início do procedimento de aproximação IFR ou a realização de


vôo a baixa altura.

k) Espera - a partir de um fixo (ou ponto) designado como referência da órbita até o início

do procedimento IFR ou o prosseguimento da descida.

m) Aproximação Final - a partir de um fixo (ou ponto) de aproximação final em

procedimento IFR até ao ponto previsto para início de arremetida no ar ou à obtenção de

condições para o pouso (reta final).

n) Pouso - do momento em que a aeronave entra no efeito solo, após a aproximação para
pouso, até o toque com o trem de pouso, esquis ou flutuadores, ou até atingir a condição de
vôo pairado. Esta fase inclui o toque do helicóptero com o solo após o pairado, quando este
não e precedido por uma fase de rolagem.

o) Vôo a baixa altura - inclui a realização de qualquer tipo de vôo em altura abaixo da mínima
prevista para o vôo visual nas regras de tráfego aéreo.

FATOR CONTRIBUINTE

Condições (ato,fato,ou combinação deles) que, aliadas a outras, em seqüência ou como


conseqüência, conduz ocorrência de um Acidente, incidente Aeronáutico, ou de uma
Ocorrência de solo, ou que contribui para o agravamento de suas conseqüências. Os fatores
contribuintes classificam-se de acordo com a área de abordagem da Segurança de vôo.

Na área do Fator Humano

a) Aspecto fisiológico - é a participação de variáveis físicas ou fisiológicas no

desempenho da pessoa envolvida.

b) Aspecto psicológico - é a participação de variáveis psicológicas individuais,

psicossociais ou organizacionais no desempenho da pessoa envolvida.


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Na área do Fator Material

a) Deficiências de projeto - participação do projeto da aeronave ou componente, por

inadequação do material estabelecido; dos controles, luzes ou instrumentos devido à


interferência induzida pela sua forma, tamanho, instalação ou posicionamento; ou do
estabelecido inadequado de parâmetros de operação ou posicionamento; ou do
estabelecimento inadequado de parâmetros de operação ou de manutenção preventiva.

b) Deficiências fabricação - participação do processo de fabricação, por deficiência na

montagem, no material empregado ou no seu manuseio durante esse processo.

c) Deficiência manuseio do matéria - participação do material em questão, devido à falha

prematura decorrente de manuseio, estocagem ou utilização sob condições inadequadas até a


sua entrada em operação, provocando alteração no seu comportamento previsto em projeto.

INCIDENTE GRAVE

Incidente ocorrido, inclusive de tráfego aéreo, associada à operação de uma aeronave,

havendo intenção de vôo, que não cheque que se caracterizar como um acidente, mas que
afete ou afetar a segurança da operação.

Incidente ocorrido, as seguintes ocorrências caracterizam-se como incidente grave:

a) fogo ou fumaça no compartimento de passageiros, de carga ou fogo no motor, ainda

que tenha sido extinto com a utilização de extintores de incêndio;

b) situação que exijam o uso emergencial de oxigênio por tripulante.

c) decolagem interrompida em pista fechada ou ocupada por outra aeronave;

d) decolagem de pista ocupada por outra aeronave, sem separação segura;

e) pouso ou tentativa de pouso em pista fechada ou ocupada por outra aeronave

f) falha múltipla de um ou mais sistemas que afetem seriamente a operação da aeronaves

g) baixo nível de combustível, exigindo a declaração de emergência.

OCORRÊNCIA DE SOLO

Toda ocorrência envolvendo aeronave e não havendo intenção de vôo, da qual resulte

dano ou lesão.

TIPOS DE OCORRÊNCIA

Os acidentes, os incidente, os incidentes graves e as ocorrências de solo são classificado


conforme as características do primeiro evento na seqüência de suas formações.
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A classificação da ocorrência dentro dos três primeiros tipos, acidente, incidente ou incidente
grave, requer a intenção de vôo e dependente do grau de danos pessoais ou materiais dela
conseqüentes.

A classificação da ocorrência de solo implica inexistências de vôo e independe do grau de


danos.

Aeronave atingida por objeto - ocorrência em que a aeronave recebe o impacto de

objeto projetado. Este tipo inclui o ricochete de armamento de outra aeronave e o impacto
direto, não intencional, por tiro.

Alarme falso de fogo ou superaquecimento - ocorrência em que há acionamento

momentâneo de alarme de fogo ou superaquecimento, podendo levar o tripulante a adotar

procedimentos incorreto, afetando a operação segura da aeronave.

Causado por fenômeno meteorológico em vôo - ocorrência com aeronave em vôo em

que há interferência de fenômenos meteorológicos, podendo afetar a segurança de vôo.

Causado por fenômenos meteorológico no solo - ocorrência com aeronave no solo em

que há interferência de fenômeno meteorológico, podendo afetar a segurança de vôo.

Com hélice - ocorrência na alteração no funcionamento ou no desempenho das hélices

devido ao mau funcionamento ou a má operação. Este tipo não inclui a interferência por

fenômenos meteorológico e danos causados por objetos estranhos.

Com pára-brisas / janela - ocorrência de falha ou alteração no pára-brisa ou janela ou

no seu mecanismo de operação, decorrente de mau funcionamento ou má operação.

Com pessoal em vôo - ocorrência em que qualquer pessoa embarca sofra lesões como

conseqüência da operação da aeronave.

Com rotor - ocorrência de alteração no funcionamento ou no desempeno dos rotores

devido ao mau funcionamento ou má operação. Este tipo inclui a interferência por fenômenos

meteorológico e danos causados por objetos estranhos.

Com transporte de pessoal - ocorrência em que há interferência na operação da

aeronave provocada por pessoa sendo transportado.

Com trem de pouso - ocorrência da falha do trem de pouso, esqui ou flutuador e seus

componentes, decorrente de mau funcionamento ou má operação. Não inclui o pouso sem


trem.
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F.O.D - danos causados por corpos estranhos, decorrentes de sua ingestão pelo motor oude
sua presença em outro local da aeronave.

Estouro de pneu - ocorrência da falha do pneu provocado por deficiência na sua

estrutura, falha ou má operação dos freios ou sistema anti-derrapante (´´anti-skid``).

Falha de sistema / componentes - ocorrência em que há falha de um sistema /

componente necessários à condução segura da aeronave, por seu mau funcionamento ou má


operação.

Falha do motor em vôo - ocorrência em que há parada de motor, de reator ou redução

inadvertida de potência de motor em vôo. Este tipo não inclui a interferência por fenômeno
meteorológico e danos causados por objeto estranhos (F.O.D).

Falha estrutural - ocorrência em que há falha de alguma parte da estrutura da aeronave

ou que haja alteração na sua estrutura decorrente de circunstância da operação. Este tipo não
inclui ocorrência com o trem de pouso, esquis ou flutuador.

Fogo em vôo - ocorrência de incêndio de componente da aeronave em vôo. Este tipo não
inclui incêndio intencionalmente provocado ou consequente de ataque intencional de qualquer
natureza.

Fogo no solo - ocorrência de incêndio de componentes da aeronave no solo. Este tipo

não inclui incêndio intencionalmente provocado ou consequente de ataque intencional de


qualquer natureza.

Pouso brusco - ocorrência em que o pouso é realizado fora dos parâmetros normais de

operação, impondo um esforço excessivo a estrutura da aeronave.

Pouso em local não previsto - ocorrência em que o pouso ocorre em local diferente do

destino ou alternativa previsto, seja por erros operacionais, seja devido à possibilidade ou

surgimento de uma condição insegura.

Pouso sem trem - ocorrência em que a aeronave pousa com o trem de pouso ou

flutuadores recolhidos ou destravados.

Vazamento de combustível - ocorrência em que há vazamento de combustível utilizado

pela aeronave para a sua operação. Este tipo não inclui o vazamento de reservatório ou de
equipamento sendo transportado.

Vazamento de outros fluídos - ocorrência em que há vazamento de outros fluído


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utilizados pela aeronave para a sua operação. Este tipo não inclui o vazamento de reservatório
ou de equipamento sendo transportado.

GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS

AERONÁUTICA : Ciência ou arte de navegar no espaço em aparelho mais leve ou mais

pesados que o ar. Náutica é a arte de navegar.

AERÓSTATO : Categoria de aeronaves que se mantém no ar por flutuação.

AÉRODROMO : Área definida sobre a terra ou água, destinada à chegada, partida e

movimentação de aeronaves.

AERONAVE EM EMERGÊNCIA : Toda aeronave que se encontra em situação de perigo

latente ou eminente.

ÁREA DE POUSO : Parte de uma área de movimentos que está destinada ao pouso ou

decolagem.

AMORTECEDOR : Dispositivo usado no trem de pouso para reduzir os choques

transmitidos à fuselagem nas aterragens e rolagens.

ATERRAGEM : Ato de pousar com uma aeronave em uma área aterrada, asfaltada,

gramada etc.

AUTONOMIA : Máximo de horas a voar sem reabastecer.

BALÃO SONDA : Pequeno balão para pesquisas meteorológicas. É um aeróstato.

BEQUILHA : Roda traseira do avião que possui trem de pouso convencional. Serve para
facilitar o comando direcional do avião durante a rolagem. É também, a roda dianteira dos
aviões com trem de pouso tipo triciclo.

BIRUTA : Cone de pano, truncado, que é instalado na extremidade de um mastro para

fornecer indicações sobre a direção do vento.

CALÇO : Peça de madeira ou de metal empregada para imobilizar as rodas do avião no

solo. O avião está no calço quer dizer, tem os calços colocados nas rodas.

CARENAGEM : Peça, geralmente de metal, cujo feitio obedece, sempre que possível, a forma
fuselada. Atenuam a resistência ao avanço, sendo de fácil remoção para facilitar os trabalhos
de manutenção.

CARGA ÚTIL : Diferença entre o peso bruto e o peso vazio do avião. É representada pelo
peso do conjunto: combustível – óleo – tripulação – passageiro – bagagem.
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CÉLULA : Conjunto de todos os elementos de que se compõem um avião, exceto o grupo


motor propulsor ( motor e hélice).

COMANDANTE : O chefe da tripulação de uma aeronave, sob cuja responsabilidade

decorre toda a atividade a bordo.

COMANDOS : Conjunto de alavanca, cabos de aço e aerfólios empregados na função de


governo do avião.

CONTROLE REMOTO : Controle efetuado à distância, geralmente, por meio de dispositivos


eletro/eletrônicos.

CO-PILOTO : Membro da tripulação de avião, cuja função a bordo consiste em auxiliar


diretamente o comandante na condução do aparelho e substituí-lo eventualmente.

DECOLAGEM : Conjunto de operações executado pelo avião para deixar o solo.

FREIO : Dispositivo destinado a fazer cessar o movimento de rotação das rodas do trem de
aterragem do avião. Pode ser acionado pelo piloto e funciona por um sistema mecânico
simples ou hidráulico.

FUSELAGEM : Corpo do avião que recebe e transporta a carga útil.

HANGAR : Estrutura metálica ou de madeira, construída especialmente para abrigar

aeronaves.

HÉLICE : Dispositivo, cuja as pás são pequenos aerofólios que, transformando seus

movimentos de rotação em movimentos de translação, produzem a tração que movimenta o


avião, através do ar.

JANELA DE INSPEÇÃO : Abertura existente em determinados locais do revestimento do


avião, para facilitar a inspeção interna de certos sistemas. São cobertas por uma placa ou
portinholas do mesmo material do revestimento.

MANOBRAS : Qualquer movimento comandado do avião.

NACELE : Compartimento que se sobressai acima da fuselagem, dando maior visibilidade para
trás.

NOITE : Período compreendido entre as horas do pôr e do nascer do sol.

PAINEL DE INSTRUMENTOS : Planos situado à frente do piloto no qual se fixam os

mostradores de quase todos os instrumentos de bordo.

PILOTO AUTOMÁTICO : Mecanismo que substitui a ação do piloto sobre os comandos de um


avião em vôo

POUSO DE EMERGÊNCIA : Pouso em que o avião, de trem de pouso convencional, toca o


solo ao mesmo tempo com as rodas principais e a roda da bequilha.
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ROLAGEM (TÁXI) : Movimento do avião sobre o terreno em direção à cabeceira da pista a fim
de iniciar a decolagem.

TECO-TECO : Designação galhofeira dos aviões de fraca potência, tais como os pequenos
aviões de esporte e turismo.

TREM DE POUSO : Designação genérica do órgão do avião destinado a permitir as manobras


de decolagem e pouso e suportar o peso do aparelho, quando em repouso.

ESPAÇOS CONFINADOS

SÃO ESPAÇOS QUE POSSUEM ABERTURAS DE ENTRADA E SAÍDA

LIMITADAS;

NÃO POSSUEM VENTILAÇÃO NATURAL;

PODEM TER POUCO OU NENHUM OXIGÊNIO;

PODEM CONTER PRODUTOS TÓXICOS OU INFLAMÁVEIS;

PODEM CONTER OUTROS RISCOS, E NÃO SÃO FEITOS PARA OCUPAÇÃO CONTÍNUA
POR TRABALHADORES

ONDE É ENCONTRADO O ESPAÇO


CONFINADO?

¾ INDÚSTRIA DE PAPEL E CELULOSE.

¾ INDÚSTRIA GRÁFICA.

¾ INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA.

¾ INDÚSTRIA DA BORRACHA,

DO COURO E TÊXTIL.

¾ INDÚSTRIA NAVAL E

OPERAÇÕES MARÍTIMAS.

¾ INDÚSTRIAS QUÍMICAS E PETROQUÍMICAS.

Tanques de armazenamento

Tubulações
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ONDE É ENCONTRADO O ESPAÇO CONFINADO?

¾ SERVIÇOS DE GÁS.

¾ SERVIÇOS DE ÁGUAS E ESGOTO.

¾ SERVIÇOS DE ELETRICIDADE.

¾ SERVIÇOS DE TELEFONIA.

¾ CONSTRUÇÃO CIVIL.

¾ BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS.

¾ SIDERÚRGICAS E METALÚRGICAS.

TIPOS DE TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS:

¾ OBRAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL.

¾ MANUTENÇÃO, REPAROS, LIMPEZA

OU INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS

OU RESERVATÓRIOS.
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¾ OPERAÇÕES DE SALVAMENTO E RESGATE.

RISCOS QUANDO SE TRABALHA EM ESPAÇOS CONFINADOS:

FALTA OU EXCESSO DE OXIGÊNIO.

¾ INCÊNDIO OU EXPLOSÃO, PELA PRESENÇA

DE VAPORES E GASES INFLAMÁVEIS.

¾ INTOXICAÇÕES POR SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS.

¾ INFECÇÕES POR AGENTES BIOLÓGICOS.

¾ AFOGAMENTOS.

¾ SOTERRAMENTOS.

¾ QUEDAS.

¾ CHOQUES ELÉTRICOS.

TODOS ESTES RISCOS PODEM LEVAR A

MORTES OU DOENÇAS.

COMO EVITAR ACIDENTES EM ESPAÇOS CONFINADOS?

¾ CERTIFICANDO-SE QUE A SUA EMPRESA:

SEGUE A ¾ NBR 14.787 – “ESPAÇOS CONFINADOS –

PREVENÇÃO DE ACIDENTES,

PROCEDIMENTOS “E MEDIDAS DE PROTEÇÃO”.

E ATENDE A ¾ NR 18.20 – “LOCAIS CONFINADOS”.

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS

NBR – NORMA BRASILEIRA

MTE – MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO

NR – NORMA REGULAMENTADORA

QUANDO VOCÊ PODE ENTRAR EM UM ESPAÇO


CONFINADO?
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¾ SOMENTE QUANDO SUA EMPRESA FORNECER A

AUTORIZA AUTORIZAÇÃO NA FOLHA DE PERMISSÃO DE

ENTRADA,

¾ ESSA FOLHA DE PERMISSÃO DE ENTRADA É

EXIGIDA POR LEI E É EXECUTADA PELO

SUPERVISOR.

¾ O SERVIÇO A SER EXECUTADO DEVE SEMPRE

SER ACOMPANHADO POR UM VIGIA.

A EMPRESA DEVE PROVIDENCIAR:

TREINAMENTO A TODOS OS TRABALHADORES.

INSPEÇÃO PRÉVIA NO LOCAL.

A EMPRESA DEVE PROVIDENCIAR:

EXAMES MÉDICOS.

FOLHA DE PERMISSÃO DE ENTRADA.

¾ SUPERVISOR DE ENTRADA E VIGIA.

¾ SINALIZAÇÃO E ISOLAMENTO

DA ÁREA.

¾ EQUIPAMENTOS MEDIDORES DE OXIGÊNIO,

GASES E VAPORES TÓXICOS E INFLAMÁVEIS.

A EMPRESA DEVE PROVIDENCIAR:


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MEDIDAS DE SEGURANÇA – SUPERVISOR DE ENTRADA

O SUPERVISOR DE ENTRADA DEVE:

VERIFICAR OS RISCOS DE ACIDENTE

REALIZAR AS MEDIÇÕES DO NÍVEL DE OXIGÊNIO, GASES E VAPORES TÓXICOS E


INFLAMÁVEIS.

PROVIDENCIAR E MANTER OS EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA E DE RESGATE


NECESSÁRIOS.

RESPONSABILIZAR-SE PELAS INFORMAÇÕES CONTIDAS NA FOLHA DE PERMISSÃO DE


ENTRADA.

MEDIDAS DE SEGURANÇA – DESLIGAMENTO DE ENERGIA TRANCA E SINALIZAÇÃO

MEDIDAS DE SEGURANÇA – VIGIA

O VIGIA DEVE:

FICAR O TEMPO TODO EM

CONTATO COM A EQUIPE NO

INTERIOR DO ESPAÇO CONFINADO.

ACIONAR OS SERVIÇO DE RESGATE

E PRIMEIROS SOCORROS.

MEDIDAS DE SEGURANÇA – TESTES DO AR


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OS TESTES DO AR INTERNO SÃO MEDIÇÕES

PARA VERIFICAÇÃO DOS NÍVEIS DE OXIGÊNIO,

GASES E VAPORES TÓXICOS E INFLAMÁVEIS.

ANTES QUE O TRABALHADOR ENTRE EM UM

ESPAÇO CONFINADO, O SUPERVISOR DE

ENTRADA DEVE REALIZAR TESTES INICIAIS DO

AR INTERNO.

DURANTE AS MEDIÇÕES, O SUPERVISOR DE

ENTRADA DEVE ESTAR FORA DO ESPAÇO

CONFINADO.

MEDIDAS DE SEGURANÇA – VENTILAÇÃO

NÃO VENTILAR

ESPAÇOS CONFINADOS COM OXIGÊNIO

O USO DE OXIGÊNIO PARA VENTILAÇÃO DE LOCAL CONFINADO

AUMENTA O RISCO DE INCÊNDIO E EXPLOSÃO.

MEDIDAS DE SEGURANÇA – VENTILAÇÃO

DURANTE TODO

O TRABALHO NO

ESPAÇO CONFINADO

DEVE SER UTILIZADA

VENTILAÇÃO ADEQUADA PARA GARANTIR A


RENOVAÇÃO CONTÍNUA

DO AR.
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MEDIDAS DE SEGURANÇA – EPI

OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL –

EPIs DEVEM SERFORNECIDOS GRATUITAMENTE.

DEVEM SER UTILIZADOS EPIs ADEQUADOS PARA CADA SITUAÇÃO DE

RISCO EXISTENTE.

O TRABALHADOR DEVE SER TREINADO QUANTO AO USO ADEQUADO DO EPI.

MEDIDAS DE SEGURANÇA - OBJETOS PROIBIDOS

CIGARROS NUNCA FUME NO ESPAÇO CONFINADO!

TELEFONE CELULAR

NÃO DEVE SER UTILIZADO COMO

APARELHO DE COMUNICAÇÃO EM

ESPAÇO CONFINADO.

VELAS – FÓSFOROS - ISQUEIROS

NÃO DEVEM SER UTILIZADOS.

OBJETOS NECESSÁRIOS À

EXECUÇÃO DO TRABALHO QUE

PRODUZAM CALOR, CHAMAS OU

FAÍSCAS, DEVEM SER PREVISTOS NA

FOLHA DE PERMISSÃO DE ENTRADA.

MEDIDAS DE SEGURANÇA - EQUIPAMENTOS ESPECIAIS

DEVEM SER FORNECIDOS EQUIPAMENTOS ESPECIAIS PARA TRABALHOS

EM ESPAÇOS CONFINADOS COMO:


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MEDIDAS DE EMERGÊNCIA E RESGATE

O EMPREGADOR DEVE ELABORAR

E IMPLANTAR PROCEDIMENTOS

DE EMERGÊNCIA E RESGATE

ADEQUADOS AO ESPAÇO

CONFINADO.

O EMPREGADOR DEVE FORNECER

EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS

QUE POSSIBILITEM MEIOS SEGUROS DE RESGATE.

OS TRABALHADORES DEVEM SER

TREINADOS PARA SITUAÇÕES DE

EMERGÊNCIA E RESGATE.

SITUAÇÃO DE TREINAMENTO COM SIMULAÇÃO DE

OPERAÇÃO DE SALVAMENTO E RESGATE.


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CABOS VOLTAS E NÓS

Nó Direito

Utiliza-se para unir duas cordas da mesma espessura.

Nó Direito Alceado

Como o Nó Direito Simples é utilizado para unir dois cabos da mesma espessura, porém
possui uma alça que desata o nó quando puxada. Geralmente é usado quando o nó direito não
é permanente e precisará ser desfeito mais tarde.

Nó de Escota

Utiliza-se para unir duas cordas de diferentes espessuras

Nó de Escota Alceado

Mesma utilidade do escota só que


mais fácil de desatar.

É muito utilizado para prender


bandeiras na adriça.

Nó de Correr
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Serve para fazer uma alça corrediça em uma corda.

Nó em Oito

Utiliza-se para evitar o desfiamento da ponta de uma corda. Utilizado também por montanhistas
para unir cordas (nó em oito duplo).

Volta da Ribeira

Utilizado para prender uma corda a um bastão (tronco,galhos, etc.) depois mantê-la sob
tensão.

Volta do Fiel

Nó inicial ou final de amarras. Não corre lateralmente e suporta bem a tensão. Permite amarrar
a corda a um ponto fixo.

Volta do Fiel Duplo

Utilizado para amarrar cabos de retenção e espias.


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Catau

Utiliza-se para reduzir o comprimento de uma corda sem cortá-la. Serve também para isolar
alguma parte danificada da corda, sem deixá-la sob tensão.

Nó Azelha

É usado para suspender prumo, formar uma alça fixa no meio de um cabo ou asa, ou
destinado a pendurar um cabo. É dado na ponta de um cabo; não poderá receber esforço; pois
será difícil de desfazer. Outras vezes é feito em ponto poído do cabo para substituir o catau.

Nó Arnez
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É utilizado para fazer uma alça fixa no meio de uma corda (sem utilizar as pontas)

Balso pelo Seio

Serve para fazer duas alças fixas do mesmo tamanho em uma corda.

Fateixa

Serve para prender um cabo a uma argola.

Laís de Guia

Utilizado para fazer uma alça fixa (e bastante segura) tendo em mãos apenas uma ponta da
corda.

Nó de Pescador
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Muito prático para ligar cabos finos e meio duros ou molhados, como linhas de pesca, cordas
corrediças, delgadas, rígidas, cabos metálicos e até cabos de couro.

Volta Redonda com Cotes

Utilizado para prender uma corda a um bastão.

Volta do Salteador

Utilizado para prender uma corda a um bastão, com uma ponta fixa e outra que quando puxada
desata o nó.

Moringa

O Nó de Moringa é utilizado para amarrar um cabo em um gargalo de garrafa ou jarro. É


seguro e resistente.

Nó de Frade

Este Nó é usado para criar um tensor na corda. Pode servir para preparar uma roldana ou
auxiliar na subida de uma corda como nó de apoio. Também pode ser usado para a
transmissão de código morse.

Enfardador
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O Nó Enfardador permite ser sempre ajustado quando é


necessário manter uma corda ou cabo sempre esticado. Numa falsa baiana, por exemplo, ao
receber peso o cabo afrouxa, com este nó e possível esticá-lo novamente com firmeza ser
desfazer completamente o nó.

Falcaça

A Falcaça é feita na ponta de um cabo evitando que ele comece a desmanchar com o uso e o
tempo. Pode ser feita com linha grossa.

Cadeirinha de Bombeiro

Este Nó é bastante utilizado por bombeiros (como á indica o nome) para salvamentos. Seus
dois seios servem para se encaixar os pés.

Nó Balso pelo Seio

É o Nó dado em cabos dobrados, de modo que fiquem duas alças firmes, também usado em
casos de salvamento, ficando as pontas
livres para o trabalho de descer e guiar o
paciente.

Arme a laçada conforme o esquema, deixando a ponta de trabalho com tamanho suficiente
para executar as voltas. Realize finalmente e, ao fazer a última volta, introduza a ponta de
trabalho na laçada superior do Nó. Em seguida puxe a laçada inferior pelo lado correspondente
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à ponta de trabalho para apertá-la e conservar as voltas seguras. O laço é regulado


movimentando-se o lado da corda correspondente à sua parte fixa.

Amarra Quadrada

É usada para unir dois paus mais ou menos em ângulo reto. O cabo deve medir
aproximadamente 70 vezes o diâmetro do pau mais grosso. Começa-se com uma volta do fiel
bem firme, no pau que vai suportar o maior esforço. A ponta que sobra da volta do fiel deve ser
torcida com o cabo, concluindo-se a amarra com outra volta do fiel no pau oposto ao que
recebeu a primeira.

Amarra paralela.

Utilizado para emendar dois pedaços de madeira. A construção é simples, da mesma forma
que Falcaçar um cabo com exceção de que no final deve ser utilizado um Nó Direito para
reforçar a amarra.

Amarra Diagonal

A amarra diagonal é feita em madeiras que se cruzam, formando um ângulo qualquer; e assim
como a amarra quadrada é empregada na maioria das pioneiras. Sua construção segue o
mesmo princípio da amarra quadrada, com exceção de que a diagonal inicia-se com volta da
Ribeira e suas voltas são transversais às madeiras.
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Produtos Perigosos

PRODUTOS PERIGOSOS

É todo produto relacionado na Resolução Nº 204/04 da ANTT, ou que represente risco para a
saúde das pessoas, para a segurança pública ou para o meio ambiente.

A Resolução esclarece, além das informações gerais, os números ONU e de risco, a classe de
risco, o risco subsidiário dos produtos.

MEDIDAS DE SEGURANÇA

Medidas preventivas imediatas: são os primeiros cuidados necessários a serem observados

quando uma equipe de atendimento chega ao local do acidente e/ou vazamento, e para os
quais

deve estar atenta. Por exemplo: necessidade de evitar contato com o produto, evacuação da
área, etc.

Equipamentos de proteção individual (EPI): são os recomendados pelo manual do CHRIS .

Entretanto, foi feita uma pesquisa adicional, para se adaptar os equipamentos recomendados
e usados ao mercado nacional. Tendo em vista que, um acidente tanto pode envolver
vazamentos com altas concentrações do produto derramado, como pode gerar apenas
emanações, são descritos neste tópico os dois tipos de equipamentos recomendados para as
duas situações. A diferença básica está no equipamento de proteção do sistema respiratório.

RISCOS AO FOGO

Ações a serem tomadas quando o produto entra em combustão: são feitas


recomendações
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quanto ao tipo de agentes extintores a serem usados, bem como o tipo de resfriamento
adequado.

Comportamento do produto no fogo:

Descreve o comportamento característico do produto no caso de aumentar significativamente o


seu perigo em situações de fogo, tais como: formação de fumaças densas, nuvens de vapor
inflamável e possibilidade de polimerização e explosão.

Produtos perigosos da reação de combustão:

Para o caso de ocorrência de reação de combustão, são descritos os casos em que a


decomposição do produto gera gases tóxicos ou irritantes. Também

é mencionada a formação de tais gases por simples evaporação.

Agentes de extinção que não podem ser usados :

São os agentes não recomendados no combate ao fogo por serem ineficazes ou por reagirem
com o produto químico gerando um perigo adicional.

Limite de inflamabilidade no ar:

são as concentrações de vapor ou de gases no ar, abaixo ou acima das quais a propagação da
chama não ocorre. Inferior: é a concentração mínima abaixo da qual a quantidade de vapor é
muito pequena (mistura pobre) para queimar ou explodir. Superior: é a concentração acima da
qual a quantidade de vapor é muito grande (mistura rica) para queimar ou explodir. Os limites
de inflamabilidade são expressos em porcentagem por volume de vapor no ar.

Para qualquer gás, 1% em volume é igual a 10.000 ppm (partes por milhão).
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Ponto de fulgor:

É a menor temperatura na qual um líquido combustível ou inflamável desprende vapores em


quantidade suficiente para que a mistura vapor-ar, logo acima de sua superfície, propague uma
chama a partir de uma fonte de ignição. Os vapores liberados a essa temperatura não são, no
entanto, suficientes para dar continuidade a combustão. A pressão atmosférica influi
diretamente nesta determinação.

Temperatura de ignição: é a temperatura mínima na qual o produto irá queimar sem que uma
chama ou faísca esteja presente. É algumas vezes chamada de T (Temperatura) de auto-
ignição.

Taxa de queima: o valor apresentado é a taxa (em milímetros/min), na qual a profundidade de


uma poça do produto líquido diminui enquanto ele queima.

Taxa de evaporação (éter=1): a taxa de evaporação foi determinada tomando-se como


referência a taxa de evaporação do éter etílico, cujo valor é igual a 1. Quanto maior o número
apresentado, menor é a taxa de evaporação. Por exemplo: o benzeno tem uma taxa de
evaporação igual a 2,8; isto significa que ele leva 2,8 vezes mais tempo para evaporar que o
éter etílico.

NFPA (National Fire Protection Association é o sistema recomendado para a identificação


de perigos de fogo em materiais. Prevê informação de advertência básica para o combate ao
fogo em plantas industriais e estocagem. Esta classificação tem como parâmetros os itens:
perigo à saúde, inflamabilidade e instabilidade, avaliados do grau 0 (zero) a 4(quatro). As
definições destes graus encontram-se a seguir.

Perigos à saúde

É a probabilidade de o material causar, direta ou indiretamente, ferimentos ou danos


permanentes ou temporários ou incapacidade devido a uma exposição por contato, inalação ou
ingestão.
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Graus de perigos:

Os graus de perigos à saúde devem ser classificados de acordo com as possíveis severidades
dos efeitos à exposição numa emergência. Os critérios de cada grau de perigo estão listados
em uma ordem de prioridade baseada na probabilidade de exposição. Para a determinação do
valor referente ao perigo à saúde, devem-se considerar os dados a partir de todas as vias de
exposição.

Materiais que, em condições de emergência, podem ser letais. Deve-se considerar o


seguinte critério para avaliá-los:

- Gases cujo CL50 para toxicidade aguda devido à inalação for menor ou igual a 1000 partes
por milhão (ppm);

- Quaisquer líquidos cuja concentração de vapor saturado a 20ºC for iguais ou maiores que dez
vezes sua CL50 para toxicidade aguda devido à inalação, se o valor de CL50 for menor ou
igual a 1000 partes por milhão (ppm);

- Pós e névoas cujo CL50 para toxicidade aguda devido à inalação for menor ou igual a 0,5
miligramas por litro (mg/L);

- Materiais cujo DL50 para toxicidade aguda cutânea for menor ou igual a 40 miligramas por
quilograma (mg/kg);

- Materiais cujo DL50 para toxicidade aguda oral for menor ou igual a 5 miligramas por
quilograma (mg/kg).

Materiais que, sob condições de emergência, podem causar ferimentos ou danos sérios
ou permanentes. Deve-se considerar o seguinte critério para avaliá-los:

- Gases cujo CL50 para toxicidade aguda devido à inalação for maior a 1000 partes por milhão
(ppm), porém menor ou igual a 3000 partes por milhão (ppm);

- Quaisquer líquidos cuja concentração de vapor saturado a 20ºC for igual ou maior que sua
CL50 para toxicidade aguda devido à inalação, se o valor de CL50 for menor ou igual a 3000
partes por milhão (ppm) e não se encaixar no critério de grau de perigo 4;-

Pós e névoas cujo CL50 para toxicidade aguda devido à inalação for maior a 0,5 miligramas
por litro (mg/L), porém menor ou igual a 2 miligramas por litro (mg/L);
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Materiais cujo LD50 para toxicidade aguda cutânea for maior a 40 miligramas por quilograma
(mg/kg), porém menor ou igual a 200 miligramas por quilograma (mg/kg);

- Materiais que são corrosivos às vias respiratórias;

- Materiais que são corrosivos aos olhos ou causam a opacidade irreversível da córnea;

- Materiais que são severamente irritantes e/ou corrosivos à pele;

- Materiais cujo DL50 para toxicidade aguda oral for maior a 5 miligramas por quilograma
(mg/kg), porém menor ou igual a 50 miligramas por quilograma (mg/kg).

Materiais que, sob condições de emergência, podem causar incapacidade temporária ou


sequelas.

Deve-se considerar o seguinte critério para avaliá-los:

- Gases cujo CL50 para toxicidade aguda devido à inalação for maior a 3000 partes por milhão
(ppm), porém menor ou igual a 5000 partes por milhão (ppm);

- Quaisquer líquidos cuja concentração de vapor saturado a 20ºC for igual ou maior que um
quinto (1/5) da sua CL50 para toxicidade aguda devido à inalação, se o valor de

CL50 for menor ou igual a 5000 partes por milhão (ppm) e não se encaixar no critério de grau
de perigo 3 ou grau de perigo 4;

- Pós e névoas cujo CL50 para toxicidade aguda devido à inalação for maior a

2 miligramas por litro (mg/L), porém menor ou igual a 10 miligramas por litro (mg/L);

- Materiais cujo DL50 para toxicidade aguda cutânea for maior a 200 miligramas por quilograma
(mg/kg), porém menor ou igual a 1000 miligramas por quilograma (mg/kg);

- Materiais que são irritantes às vias respiratórias;

- Materiais que causam irritação, porém ferimentos ou danos reversíveis aos olhos;

- Materiais que são irritantes primários à pele ou sensibilizantes;


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- Materiais cujo DL50 para toxicidade aguda oral for maior a 50 miligramas por quilograma
(mg/kg), porém menor ou igual a 500 miligramas por quilograma (mg/kg).

Materiais que, sob condições de emergência, podem causar irritação significativa.

 Deve-se considerar o seguinte critério para avaliá-los:

 - Gases e vapores cujo CLC50 para toxicidade aguda devido à inalação for maior a
5000 partes por milhão (ppm), porém menor ou igual a 10.000 partes por milhão (ppm);
 - Pós e névoas cujo CL50 para toxicidade aguda devido à inalação for maior a 10
miligramas por litro (mg/L), porém menor ou igual a 200 miligramas por litro (mg/L);
 - Materiais cujo DL50 para toxicidade aguda cutânea for maior a 1000 miligramas por
quilograma (mg/kg), porém menor ou igual a 2000 miligramas por quilograma (mg/kg);
 - Materiais que são levemente irritantes às vias respiratórias, aos olhos e à pele;
 - Materiais cujo LD50 para toxicidade aguda oral for maior a 500 miligramas por
 quilograma (mg/kg), porém menor ou igual a 2000 miligramas por quilograma
 (mg/kg).
 - Materiais que, sob condições de emergência, não oferecem perigos maiores do que
quaisquer materiais combustíveis. Deve-se considerar o seguinte critério para avaliá-
los:
 - Gases e vapores cujo CL50 para toxicidade aguda devido à inalação for maior a
10.000 partes por milhão (ppm);
 - Pós e névoas cujo CL50 para toxicidade aguda devido à inalação for maior a
 200 miligramas por litro (mg/L);
 - Materiais cujo DL50 para toxicidade aguda cutânea for maior a 2000 miligramas por
quilograma (mg/kg);
 - Materiais cujo DL50 para toxicidade aguda oral for maior a 2000 miligramas por
quilograma (mg/kg);
 - Essencialmente não são irritantes às vias respiratórias, olhos e pele.

Perigo quanto à inflamabilidade

Graus de perigos: Os graus de perigos devem ser classificados quanto à susceptibilidade do


material ao fogo como segue:
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- Materiais que irão vaporizar rapidamente ou completamente à temperatura ambiente e


pressão atmosférica ou que serão facilmente dispersados no ar e que irão queimar facilmente.
Isto inclui:

- Gases inflamáveis;

- Materiais criogênicos inflamáveis;

- Qualquer líquido ou material gasoso liquefeito que possui ponto de fulgor abaixo de 22,8ºC e
ponto de ebulição abaixo de 37,8ºC;

- Materiais que sofrem combustão espontânea quando exposto ao ar.

Líquidos e sólidos que podem ignizar sob praticamente todas as condições de


temperatura ambiente.

Estes materiais produzem atmosféricas perigosas com o ar sob praticamente

qualquer temperatura ou ainda que não seja influenciado pela temperatura, são rapidamente
iguinizados sob praticamente todas as condições. Isto inclui:

- Líquidos com ponto de fulgor abaixo de 22,8ºC e ponto de ebulição acima ou igual a 37,8ºC
ou líquidos que possuem ponto de fulgor acima ou iguais a 22,8ºC e abaixo de 37,8ºC;

- Materiais que pela sua forma física ou pelas condições ambientais podem formar misturas
explosivas com o ar e que são rapidamente dispersos no ar;

- Materiais que queimam extremamente rápido, usualmente pela razão de já possuir oxigênio
(por exemplo, nitrocelulose seca e muitos peróxidos orgânicos).

- Materiais que devem ser moderadamente aquecidos ou expostos a temperaturas


relativamente altas antes da combustão ocorrer. Estes materiais não formam atmosferas
perigosas com o ar sob condições normais, porém sob temperaturas elevadas ou sob
aquecimento moderado podem liberar vapores em quantidade suficiente para produzir uma
atmosfera perigosa com o ar. Isto inclui:

- Líquidos com ponto de fulgor acima ou igual a 37,8ºC e abaixo de 93,4ºC;

- Materiais sólidos na forma de pó grosso que queimam rapidamente, porém geralmente não
formam atmosféricas explosivas com o ar;

- Materiais sólidos em forma de fibras ou tiras (pedaços) que queimam facilmente e podem
formar “flash fire”, tais como algodão e sisal;

- Sólidos e semi-sólidos que rapidamente liberam vapores inflamáveis.


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- Materiais que devem ser pré-aquecidos antes que a ignição possa ocorrer.

Estes materiais requerem um pré-aquecimento considerável, sob quaisquer condições de


temperatura antes de iguinizar e ocorrer a combustão. Isto inclui:

- Materiais que queimarão no ar se expostos a temperaturas de 815,5ºC por um período igual


ou menor a 5 minutos;

- Líquidos sólidos e semi-sólidos que possuem ponto de fulgor acima ou iguais a 93,4ºC;

- Líquidos com ponto de fulgor acima de 35ºC que não mantém a combustão quando testados
usando o Method of Testing for Sustained Combustibility, por 49 CFR, Parte 173, Apêndice H,
ou o UN Recommendations on the Transport of Dangerous Goods, 8ª Edição Revisada;

- Líquidos com ponto de fulgor acima de 35ºC em uma solução miscível com água ou uma
dispersão com água e um líquido ou sólido não combustível em concentração maior do que
85% em massa;

- Líquidos que não possuem ponto de combustão quando testados pela ASTM D92 Standard
Test Method for Flash Point and Fire Point by Cleveland Open Cup, acima do ponto de ebulição
do líquido ou acima da temperatura, na qual a amostra sendo testada muda de fase;

- Maioria dos materiais combustíveis.

- Materiais que não queimam. Isto inclui qualquer material que não entra em combustão com o
ar quando exposto a uma temperatura de 815,5ºC por um período de 5 minutos.

Perigos quanto à instabilidade (reatividade)

É Um material instável é aquele que pode reagir violentamente com a água. Reações com
outros materiais também podem resultar numa liberação violenta de energia, porém isto está
além do escopo deste critério.
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Um material instável é aquele que no estado puro ou comercial, irá polimerizar, decompor ou
condensar vigorosamente, tornando-se auto-reativo ou de outra maneira reage violentamente
sob condições de choque, pressão ou temperatura. Isto não é aplicado para a classificação e
avaliação dos peróxidos orgânicos. Para a obtenção de informações mais específicas a
respeito dos perigos quanto à instabilidade dos peróxidos orgânicos, consultar o NFPA
43B, Code for the Storage of Organic Peroxide Formulations.

Graus de Perigos: Os graus de perigos devem ser classificados de acordo com a facilidade, a
taxa e a quantidade de energia liberada, como segue:

- Materiais que são capazes de detonar ou sofrer decomposição explosiva ou reação explosiva,
rapidamente, a temperaturas e pressões normais. Isto inclui materiais que são sensíveis a
choques térmicos ou mecânicos localizados a temperaturas e pressões normais.

Materiais que possuem power density instantânea (produto do calor de reação e taxa de
reação) a 250ºC acima ou igual a 1000 W/mL.

- Materiais que são capazes de detonar ou sofrer decomposição explosiva ou reação explosiva,
porém requerem uma forte fonte inicializadora ou que devem ser aquecidos em confinamento
antes da inicialização. Isto inclui:

- Materiais que possuem uma power density instantânea (produto do calor de reação e taxa de
reação) a 250ºC maio ou igual a 100 W/mL e menor a 1000 W/mL;

- Materiais que são sensíveis a choques térmicos ou mecânicos a elevadas temperaturas e


pressões;

- Materiais que explodem em contato com a água sem requerer calor ou confinamento.

- Materiais que reagem rápido e violentamente a pressões e temperaturas elevadas. Isto inclui:

- Materiais que possuem uma power density instantânea (produto do calor de reação e taxa de
reação) a 250ºC maior ou igual a 10 W/mL e menor a 100 W/mL;

- Materiais que reagem violentamente com água ou formam misturas potencialmente


explosivas com água.

- Materiais que são normalmente estáveis, porém podem se tornar instáveis a temperaturas e
pressões elevadas. Isto inclui:

- Materiais que possuem uma power density instantânea (produto do calor de reação e taxa de
reação) a 250ºC maior ou igual a 0,01 W/mL e menor a 10 W/mL;

- Materiais que reagem vigorosamente com a água, porém não violentamente;


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- Materiais que mudam ou decompõem quando expostos ao ar, luz ou umidade.

- Materiais que são normalmente estáveis, mesmo em condições de fogo. Isto inclui:

- Materiais que possuem uma power density instantânea (produto do calor de reação e taxa de
reação) a 250ºC menor a 0,01 W/mL;

- Materiais que não reagem com a água;

- Materiais que não exibem um gráfico de exoterma a temperaturas iguais ou inferiores a

500ºC quando testadas por calorímetros de varredura diferencial.

Cargas Perigosas

Produto perigoso é toda e qualquer substância que, dadas, às suas características físicas e
químicas, possa oferecer, quando em transporte, riscos a segurança pública, saúde de
pessoas e meio ambiente, de acordo com os critérios de classificação da ONU, publicados
através da Portaria nº 204/97 do Ministério dos Transportes. A classificação desses produtos é
feita com base no tipo de risco que apresentam.

Número de Risco

Os números que indicam o tipo e a intensidade do risco, são formados por dois ou três
algarismos. A importância do risco é registrada da esquerda para a direita.Os algarismos que
compõem os números de risco têm o seguinte significado:

2 Emissão de gás devido a pressão ou a reação química;


3 Inflamabilidade de líquidos (vapores) e gases, ou líquido sujeito a auto-aquecimento
4 Inflamabilidade de sólidos, ou sólidos sujeitos a auto-aquecimento;
5 Efeito oxidante (favorece incêndio);
6 Toxicidade;
7 Radioatividade;
8 Corrosividade;
9 Risco de violenta reação espontânea.

A letra "X" antes dos algarismos significa que a substância reage perigosamente com água.
A repetição de um número indica, em geral, aumento da intensidade daquele risco específico.
Quando o risco associado a uma substância puder ser adequadamente indicado por um único
número, este será seguido por zero (0).
As combinações de números a seguir têm significado especial: 22, 323, 333, 362, X362, 382,
X382, 423, 44, 462, 482, 539 e 90 (ver relação a seguir).NÚMEROS DE RISCO e seus
respectivos significados:

20 Gás inerte
22 Gás refrigerado
223 Gás inflamável refrigerado
225 Gás oxidante (favorece incêndios), refrigerado
23 Gás inflamável
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236 Gás inflamável, tóxico


239 Gás inflamável, sujeito a violenta reação espontânea
25 Gás oxidante (favorece incêndios)
26 Gás tóxico
265 Gás tóxico, oxidante (favorece incêndios)
266 Gás muito tóxico
268 Gás tóxico, corrosivo
286 Gás corrosivo, tóxico
30 Líquido inflamável (PFg entre 23ºC e 60,5ºC), ou líquido sujeito a auto-aquecimento
323 Líquido inflamável, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis
X323 Líquido inflamável, que reage perigosamente com água, desprendendo gases inflamáveis (*)
33 Líquido muito inflamável (PFg < 23ºC )
333 Líquido pirofórico
X333 Líquido pirofórico, que reage perigosamente com água (*)
336 Líquido muito inflamável, tóxico
338 Líquido muito inflamável, corrosivo
X338 Líquido muito inflamável, corrosivo, que reage perigosamente com água (*)
339 Líquido muito inflamável, sujeito a violenta reação espontânea
36 Líquido sujeito a auto-aquecimento, tóxico
362 Líquido inflamável, tóxico, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis
X362 Líquido inflamável, tóxico, que reage perigosamente com água, desprendendo gases
inflamáveis (*)
38 Líquido sujeito a auto-aquecimento, corrosivo
382 Líquido inflamável, corrosivo, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis
X382 Líquido inflamável, corrosivo, que reage perigosamente com água, desprendendo gases
inflamáveis(*)
39 Líquido inflamável, sujeito a violenta reação espontânea
40 Sólido inflamável, ou sólido sujeito a auto-aquecimento
423 Sólido que reage com água, desprendendo gases inflamáveis
X423 Sólido inflamável, que reage perigosamente com água, desprendendo gases
inflamáveis (*)
44 Sólido inflamável, que a uma temperatura elevada se encontra em estado fundido
446 Sólido inflamável, tóxico, que a uma temperatura elevada se encontra em estado
fundido
46 Sólido inflamável, ou sólido sujeito a auto-aquecimento, tóxico
462 Sólido tóxico, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis
48 Sólido inflamável, ou sólido sujeito a auto-aquecimento, corrosivo

482 Sólido corrosivo, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis
50 Produto oxidante (favorece incêndios)
539 Peróxido orgânico, inflamável
55 Produto muito oxidante (favorece incêndios)
556 Produto muito oxidante (favorece incêndios), tóxico
558 Produto muito oxidante (favorece incêndios), corrosivo
559
Produto muito oxidante (favorece incêndios), sujeito a violenta reação espontânea

56 Produto oxidante (favorece incêndios), tóxico


568 Produto oxidante (favorece incêndios), tóxico, corrosivo
58 Produto oxidante (favorece incêndios), corrosivo
59
Produto oxidante (favorece incêndios), sujeito a violenta reação espontânea
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60 Produto tóxico ou nocivo


63 Produto tóxico ou nocivo, inflamável (PFg entre 23ºC e 60,5ºC)
638 Produto tóxico ou nocivo, inflamável (PFg entre 23ºC e 60,5ºC), corrosivo
639 Produto tóxico ou nocivo, inflamável (PFg entre 23ºC e 60,5ºC), sujeito a violenta reação
espontânea
66 Produto muito tóxico
663 Produto muito tóxico, inflamável (PFg até 60,5ºC)
68 Produto tóxico ou nocivo, corrosivo
69 Produto tóxico ou nocivo, sujeito a violenta reação espontânea
70 Material radioativo
72 Gás radioativo
723 Gás radioativo, inflamável
73 Líquido radioativo, inflamável (PFg até 60,5ºC)
74 Sólido radioativo, inflamável
75 Material radioativo, oxidante
76 Material radioativo, tóxico
78 Material radioativo, corrosivo

80 Produto corrosivo
X80 Produto corrosivo, que reage perigosamente com água(*)
83 Produto corrosivo, inflamável (PFg entre 23ºC e 60,5ºC)
X83 Produto corrosivo, inflamável (PFg entre 23ºC e 60,5ºC), que reage perigosamente com
água(*)
839
Produto corrosivo, inflamável (PFg entre 23ºC e 60,5ºC), sujeito a violenta reação
espontânea
X839 Produto corrosivo, inflamável (PFg entre 23ºC e 60,5ºC), sujeito a violenta reação
espontânea e que reage perigosamente com água(*)
85 Produto corrosivo, oxidante (favorece incêndios)
856 Produto corrosivo, oxidante (favorece incêndios), tóxico
86 Produto corrosivo, tóxico
88 Produto muito corrosivo
X88 Produto muito corrosivo, que reage perigosamente com água(*)
883 Produto muito corrosivo, inflamável (PFg entre 23ºC e 60,5ºC)
885 Produto muito corrosivo, oxidante (favorece incêndios)
886 Produto muito corrosivo, tóxico
X886 Produto muito corrosivo, tóxico, que reage perigosamente com água(*)
89 Produto corrosivo, sujeito a violenta reação espontânea
90 Produtos perigosos diversos
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Legislação Transportes Produtos Perigosos

Portaria MT nº 204/1997, de 20/05/1997, publicada em 26/05/1997.


Aprova as Instruções Complementares aos Regulamentos dos Transportes Rodoviários e
Ferroviários de Produtos Perigosos(as Instruções foram publicadas, na sua íntegra, no
Suplemento ao Diário Oficial da União de n.º 98, de 26.05.1997).
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VIDE:
Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos
(GEIPOT)

O MINISTRO DE ESTADO DOS TRANSPORTES, INTERINO, no uso das atribuições que lhe
são conferidas pelo art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição Federal, e tendo em vista
o disposto no art. 3º do Decreto nº 96.044, de 18 de maio de 1988, e no art. 2º do Decreto nº
98.973, de 21 de fevereiro de 1990, resolve:

I - Aprovar as anexas Instruções Complementares aos Regulamentos dos Transportes


Rodoviários e Ferroviários de Produtos Perigosos.

II - Conceder os seguintes prazos para entrada em vigor das disposições referentes aos
padrões de desempenho fixados para embalagens:

a) três anos para embalagens novas; e

b) cinco anos para embalagens já produzidas, ou que venham a sê-lo no prazo previsto na
alínea anterior, e passíveis de reutilização.

III - Conceder prazo de dois anos, a partir da data de aprovação pelo Conselho Nacional de
Trânsito, para entrada em vigor do programa de reciclagem periódica destinado a condutores
de veículos automotores utilizados no transporte de produtos perigosos.

IV - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as Portarias nº 291, de
31 de maio de 1988, e nº 111, de 5 de março de 1990, e demais disposições em contrário.

Produtos perigosos

Todos que atuam em medicina pré-hospitalar, resgate e salvamento sabem que a avaliação da
cena é a primeira e fundamental regra do atendimento. Todo atendimento deve ser iniciado
pela avaliação da cena da emergência. Ao aproximar-se do local do evento, antes de iniciar o
contato direto com a vítima, o socorrista deverá verificar os riscos potenciais existentes, as
condições de segurança para si e para os demais envolvidos e prevenir-se escolhendo
adequadamente seus equipamentos de proteção individual (EPIs).

Neste aspecto o conhecimento acerca de Produtos Perigosos é de fundamental importância. É


fato que existem muito mais cargas perigosa trafegando pelas estradas brasileiras do que
normalmente se imagina. Em algum trechos, a relação diária chega a mais de uma carga por
minuto.

Um acidente envolvendo carga (produto) perigoso pode ser catastrófico para a população e/ou
para o meio ambiente. É obrigação das equipes de resgate o conhecimento das normas
vigentes e adoção das primeiras medidas preconizadas.

A diversidade de produtos perigosos que são transportados em nossas rodovias


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é enorme, o que torna praticamente impossível a memorização de todos eles.

Neste sentido, em 1994 a ABIQUIM (Associação Brasileira da Indústria Química) desenvolveu


um "Manual de Emergências" para ser utilizado por profissionais envolvidos em segurança e
atendimentos emergenciais. Este manual foi originalmente concebido

para o uso em acidentes com produtos perigosos durante o transporte (estradas, ferrovias,
etc.) e deve ser carga obrigatória em viaturas de resgate.

SEGUNDO O MANUAL A SEQÜÊNCIA DO ATENDIMENTO A UM ACIDENTE


ENVOLVENDO PRODUTOS PERIGOSOS DEVE SER A SEGUINTE:

SEQÜÊNCIA DO ATENDIMENTO

CHEGANDO AO LOCAL

- Mantenha distância segura, não seja mais uma vítima.

- Permaneça de costas para o vento para evitar a inalação de fumaça, vapores ou gases.

IDENTIFIQUE O PRODUTO

- Consulte os painéis de segurança, rótulos de risco, nota fiscal e as páginas amarelas do


manual.

ISOLE A ÁREA

- Afaste os curiosos e consulte o guia laranja correspondente e páginas verdes, se necessário.

- Evacue a área comprometida

DECIDA SOBRE SUA ENTRADA NO LOCAL

- Verifique EPI's necessários.

- Verifique sua própria capacitação para a ação.


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- Não arrisque sua segurança.

- Nunca toque no produto derramado nem ande sobre o mesmo.

IDENTIFICANDO A CARGA E SUA PERICULOSIDADE:

Os veículos que rodam pelas estradas brasileiras transportando produtos

perigosos devem, obrigatoriamente, ostentar painéis e rótulo bem visíveis,

indicando o que carregam e que perigo é inerente a esse material.


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O painel de segurança tem cor laranja, numero em preto e forma retangular.

Com 30cm de altura e 40cm de comprimento, esta placa é a chave para a

identificação da carga perigosa. Existem dois números inscritos horizontalmente nesses


painéis. O da parte superior é o chamado número de risco e o da parte inferior identifica o
produto de acordo com uma extensa tabela estabelecida pela ONU, portanto, de valor
internacional.

Número de risco:

O aprendizado do idioma dos números de risco, requer o conhecimento de

apenas duas tabelas, que têm muito a ver entre si, facilitando a memorização. Cabe ressaltar
que o número de risco não deve ser lido como uma só unidade. Por exemplo, 336 não significa
" trezentos e trinta e seis", mas sim "três, três, seis".

O PRIMEIRO ALGARISMO SIGNIFICA:

Número Significado

2 Gás

3 Liquido inflamável

4 Sólido inflamável

5 Substâncias oxidantes ou peróxido orgânicos

6 Substância tóxica
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7 Substância radioativa

8 Substância corrosiva

OS SEGUNDO E TERCEIRO ALGARISMOS SIGNIFICAM:

Número Significado

0 Ausência de risco

1 Explosivo

2 Emana gases

3 Inflamável

5 Oxidante

6 Tóxico

7 Radioativo

8 Corrosivo

9 Perigoso,de reação violenta por decomposição

Desta forma, a primeira tabela, relativa ao primeiro algarismo, apresenta o risco principal do
produto. A segunda tabela é relativa aos riscos subsidiários. Os painéis de segurança podem
apresentar dois ou três desses números. A presença da letra "X" precedendo o número de
risco indica que a substância é perigosa quando molhada.

X423

1428
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Exemplo:

X= perigoso quando molhado

4 = sólido inflamável

2 = emana gases

3 = inflamável

1428 = Número ONU = sódio

Número ONU:

Como já foi dito o número ONU identifica o produto de acordo com uma extensa tabela.

Por exemplo:

1561 = Trióxido de arsênio

1466 = Nitrato férrico

1322 = Metaldeído

1033 = Éter dimetílico.

Rótulo de risco:
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O rótulo de risco tem formato de losango e traz informações sobre o produto. A classificação
dos produtos perigosos no Brasil, para efeito de transporte é determinada pela portaria 291, de
31 de maio de 1988.

Conforme a portaria 291, os produtos perigosos são divididos, segundo parâmetro da ONU, em
nove classes:

CLASSE 1 Explosivos

Subclasse 1.1 Substâncias e artefatos com risco de explosão em massa

Subclasse 1.2 Substâncias e artefatos com risco de projeção

Subclasse 1.3 Substâncias e artefatos com risco predominante de fogo

Subclasse 1.4 Substâncias e artefatos que não apresentam risco

significativo

Subclasse 1.5 Substâncias pouco sensíveis

Subclasse 1.6 Substâncias extremamente insensíveis

CLASSE 2 Gases

Subclasse 2.1 Gases inflamáveis

Subclasse 2.2 Gases comprimidos, não tóxicos e não inflamáveis

Subclasse 2.3 Gases tóxicos por inalação

CLASSE 3 Líquidos inflamáveis


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CLASSE 4

Sólidos inflamáveis; Substância sujeitas a combustão espontânea; Substância que em


contato com a água emitem gases inflamáveis

Subclasse 4.1 Sólido inflamáveis

Subclasse 4.2 Substâncias sujeitas a combustão espontânea

Subclasse 4.3 Substâncias que, em contato com a água, emitem gases

inflamáveis

CLASSE 5 Substâncias Oxidantes; Peróxido Orgânicos

Subclasse 5.1 Substâncias oxidantes

Subclasse 5.2 Peróxidos orgânicos

CLASSE 6 Substância tóxicas; Substâncias infectantes

Subclasse 6.1 Substâncias tóxicas

Subclasse 6.2 Substâncias infectantes

CLASSE 7 Substância Radioativas

CLASSE 8 Substâncias Corrosivas

CLASSE 9 Substâncias Perigosas Diversas


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EXEMPLOS DE RÓTULOS DE RISCO:


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MAIORES INFORMAÇÕES NO SITE SOBRE PRODUTOS PERIGOSOS:

http://www.cetesb.sp.gov.br/emergencia/produtos/g_tecnico.pdf

FRASES E INDICAÇÕES DE SUBSTÂNCAS E PREPARAÇÕES PERIGOSAS.

www.dq.ua.pt/ReadObject.aspx?Obj=2395

Todo cuidado é pouco, lembre-se que a VIDA é uma só !

FUNDAMENTOS DA ANÁLISE DE RISCOS

DEFINIÇÕES

Acidente – acontecimento não desejado que pode vir a resultar em danos físicos, lesões,
doença, morte, agressões ao meio ambiente, prejuízos na produção, etc.
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Riscos De origem elétrica;

 De queda;
 Transporte e com equipamentos;
 Ataques de insetos;
 Riscos Ocupacionais;
 Riscos Ergonômicos;
 Ataque de animais peçonhentos/domésticos

Riscos de origem elétrica

Choque elétrico;

Campo elétrico;

Campo eletromagnético.

Riscos de queda

As quedas, conseqüência de choques elétricos, de utilização inadequada de equipamentos de


elevação (escadas, cestas, plataformas), falta ou uso inadequado de EPI, falta de treinamento
dos trabalhadores, falta de delimitação e de sinalização do canteiro do serviço e ataque de
insetos.

Riscos no transporte e com equipamentos

Veículos a caminho dos locais de trabalho em campo, o deslocamento diário dos


trabalhadores até os efetivos pontos de prestação de serviços.

Esses deslocamentos expõem os trabalhadores aos riscos característicos das vias de


transporte.

Riscos de ataques de insetos, Animais peçonhentos/domésticos


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Na execução de serviços em torres, postes, subestações, usinas, leitura de medidores,


serviços de poda de árvores e outros pode ocorrer ataques de insetos, tais como abelhas e
formigas.

Riscos ocupacionais Consideram-se riscos ocupacionais, os agentes existentes nos


ambientes de trabalho, capazes de causar danos à saúde do empregado.
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Riscos ergonômicos

Biomecânicos: posturas inadequadas de trabalho, levando a intensas solicitações musculares,


levantamento e transporte de carga, etc.

Organizacionais: “pressão psicológica” para atendimento a emergências ou a situações com


períodos de tempo rigidamente estabelecidos, pressões da população com falta do
fornecimento de energia elétrica.

Psicossociais: elevada exigência cognitiva necessária ao exercício das atividades.

Ambientais: risco ambiental compreende os físicos, químicos e biológicos; esta terminologia


fica inadequada, deve-se separar os riscos provenientes de causas naturais (raios, chuva,
terremotos, ciclones, ventanias, inundações, etc.).

Definições

o Risco: capacidade de uma grandeza com potencial para causar lesões ou


danos à saúde das pessoas. Os riscos podem ser eliminados ou controlado.

 Perigo: situação ou condição de risco com probabilidade de causar lesão física ou


dano à saúde das pessoas por ausência de medidas de controle.

Definições

o Causa de acidente é a qualificação da ação, frente a um risco/perigo, que


contribuiu para um dano seja pessoal ou impessoal.
Ex.: A avenida com grande movimento não constitui uma causa do acidente,
porém o ato de atravessá-lá com pressa, pode ser considerado como uma das
causas.
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o Controle é uma ação que visa eliminar/controlar o risco ou quando isso não é
possível, reduzir a níveis aceitáveis o risco na execução de uma determinada
etapa do trabalho, seja através da adoção de materiais, ferramentas,
equipamentos ou metodologia apropriada.

Planejamento

Antes da fase de execução, serão analisados os riscos potenciais. Este trabalho é realizado
através da Análise Preliminar de Risco – APR, no mínimo, as seguintes informações:

o Descrição detalhada das etapas dentro de um serviço, operação ou


atividade;
o Identificação dos riscos existentes em cada etapa;
o Medidas de segurança para a realização de todas as etapas dos serviços, no
sentido de reduzir e/ou eliminar riscos existentes (técnicas de execução,
equipamentos a serem utilizados, EPC, EPI, etc.);

o Número de profissionais necessários para a execução dos serviços com


segurança.

Análise Preliminar de Risco (APR)

o Trata-se de uma técnica de análise prévia de riscos.


o Análise Preliminar de Risco é uma visão do trabalho a ser executado, que
permite a identificação dos riscos envolvidos em cada passo da tarefa, e ainda
propicia condição para evita-los ou conviver com eles em segurança.
o Por se tratar de uma técnica aplicável à todas as atividades, a técnica de
Análise Preliminar de Risco é o fato de promover e estimular o trabalho em
equipe e a responsabilidade solidária.

ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO


(APR)
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,,,,,,,,,,,

Check list

o O objetivo é criar o hábito de verificar os itens de segurança antes de iniciar


as atividades, auxiliando na prevenção dos acidentes e no planejamento
das tarefas, enfocando os aspectos de segurança.

o Será preenchido de acordo com as regras de Segurança do Trabalho. “A


Equipe somente iniciará a atividade, após realizar a identificação de todos
os riscos, medidas de controle e após concluir o respectivo planejamento da
atividade”.
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PCI e Atividades Operacionais do Bombeiro

BREVE HISTÓRIA DO FOGO

“Quando olhamos para as chamas do fogareiro ou de um palito de fósforo, nunca


paramos para perguntar: “o que é o fogo” “como surgiu o fogo” “ o que ocorre dentro daquela
luminosidade ”.

Para que possamos responder estas perguntas, devemos retornar no tempo , até uma
Era em que o nosso Universo não passava de uma enorme nuvem de poeiras e partículas que
giravam em torno do eixo dessa nuvem. Quanto mais girava em torno de seu eixo gravitacional
, esta nuvem ia concentrando-se em seu centro , comprimindo as partículas e a poeira. Esta
compressão fazia com que as partículas sólidas atritassem entre si, e este atrito das partículas,
gerava-se certo tipo de energia térmica, ou mais conhecida - calor. Este calor foi aumentando a
certo ponto em que obrigou as partículas se incandescerem, forçando assim a estas reagirem
entre si que gerou mais calor. Neste momento, temos a idéia de quando surgiu o fogo.

Já estamos localizados de quando surgiu o fogo. Durante bilhões de anos assim


permaneceu nosso Universo, até que surgiu nosso planeta Terra, e nela surgiu o homem.
Agora respondamos a pergunta: “Quando o fogo se integrou à vida do homem” A principio o
homem desconhecia a utilidade do fogo; Conhecia-o como sendo algo da natureza que
causava destruição. Não conseguia explicar sua origem.

Até que um dia, alguém sentado sobre uma pedra viu um relâmpago que incendiou
uma arvore, como não tinha ainda conhecimento das ciências, analisou dentro de sua
capacidade de raciocínio que aquilo que estava na arvore era um presente dos Céus.

Assim passou a ter o fogo como sendo algo dado dos Céus para ele. E passou a
adorá-lo como algo divino e descobriu que ele lhe seria útil, pois aqueceria sua caverna; que
não precisava comer mais alimentos crus; e que poderia fabricar armas.

Aqui o fogo começa a integra a vida Com a evolução humana, a capacidade de


raciocínio ampliou-se e o homem descobriu que também poderia “fabricar” o fogo atritando dois
pedaços de paus ou batendo uma
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pedra contra outra (sílex) produzindo faíscas. Mas ainda assim o fogo parecia como
algo divino, permanecendo assim, por muitos e muitos anos.

Tanto que em todas as mitologias das civilizações humanas encontramos referencias


ao fogo como sendo algo divino , um presente dos deuses.

Podemos ver na mitologia nórdica, a referência ao deus Thor, senhor dos raios e do
fogo; na mitologia greco-romana temos a referencia a Prometeu, o semideus que teria roubado
o fogo do monte-

Olimpo e o dado ao homem. Na mitologia dos indígenas Brasileiros, encontramos a


referencia a Anhangá - o demônio do fogo.

E assim caminhava a humanidade, até que em meados do séc. XIV surge uma classe
de “pensadores” que buscavam esclarecimentos quanto ao universo em que moravam, e entre
essas procuras eles passaram a fazer experiências com compostos elementais, ou seja,
FOGO, ÁGUA, TERRA e AR, na busca desenfreada pela “pedra filosofal” e do “ Elixir da longa
vida” Estas experiências criaram uma ciência hermenêutica chamada de alquimia, dando base
para a origem de uma ciência química.

Dentro da química, com o ilustre químico do séc. XVII Antonie Laurant du Lavoisier,
considerado pai da química por suas leis básicas da química moderna, até hoje estudadas e
usadas, descobriu que certas substancias quando misturadas, produzem calor. E a partir dai
conseguiu-se dar uma definição ao fogo, que deixou de ser encarado como algo divino para ser
encarado como simples fenômeno da natureza.

TEORIA DO FOGO

Como vimos no capítulo anterior o fogo possui uma explicação científica, mas mesmo
assim ainda continua sendo um fator de temor para o homem. Neste capítulo será estudada “o
que é o fogo “ , “como se desenvolve”, “sua forma de propagação”.
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QUÍMICA DO FOGO

DEFINIÇÃO

O fogo é a manifestação de uma combustão rápida e persistente acompanhada da


emissão de luz e energia térmica (calor) .
FOGO - reação química entre dois elementos, cujo produto final é luz, calor e substâncias, formadas
pelo realinhamento dos átomos das substancias originais.

Portanto temos como definição:

Para que possamos entender a definição de fogo devemos verificar o que é uma
reação química.

Por definição, reação química é a transformação que se produz quando diversas espécies
químicas são colocadas em contato, ou quando uma única espécie química recebe uma
contribuição externa de energia, e que se traduz pelo aparecimento de espécies químicas
novas. Como exemplo: quando misturamos hidróxido de sódio (NaOH) com acido clorídrico
(HCL) obteremos cloreto de sódio (NaCl) e uma molécula de H2O e mais uma certa quantidade
de energia que é liberada para o meio ambiente.

Como percebemos o fogo ou combustão ocorre a nível de átomos das


substancias envolvidas.
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Como a combustão (fogo) ocorre normalmente entre átomos de carbono ( C ) e de oxigênio


(02 ) dizemos então que a combustão é uma Reação de Oxidação e que pode ser traduzida na
seguinte equação química:

Portanto quando uma molécula-grama de carbono ( C ) reage com uma molécula-


grama de oxigênio (02) é produzido uma molécula-grama de anidrido carbônico ( CO2 ) e é
liberado uma grande quantidade de calor na ordem de 7.830 kcal. A esta quantidade de
energia liberada damos o nome de “calor de reação”

Para que ocorra a combustão há a necessidade de que a substancia seja ela solida ou
liquida, desprenda os átomos que formam as suas moléculas. Isto se dá através do
fornecimento de mais energia para os átomos que assim se tornam radicais livres, em
conseqüência irão reagir com o oxigênio gerando a combustão.

Embora a combustão ocorra normalmente entre o carbono e o oxigênio, podemos ter


combustão, embora em pequeno número, que não segue a regra acima, como por exemplo,
antimônio (At) em presença de gás clorídrico ( Cl ).

Apenas um pequeno numera de substancias solidas podem reagir diretamente com o


oxigênio, tais como: fósforo (P) , potássio (K), sódio (Na), bário (Ba), cálcio (Ca) lítio (Li), etc. -
as demais substancias solidas ou liquidas, tais como papel, tecido, madeira, celulose, gasolina,
éter, petróleo, etc. devem primeiramente libertar radicais livres para depois produzirem a
combustão.

Substancias que em condições normais de pressão e temperatura ( gases) como por exemplo
hélio (He) hidrogênio (H) metano (CH4) etc. queimam em uma combustão especial assumindo
a forma de explosão.

ESTADO FÍSICO DA MATÉRIA


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Matéria por definição é tudo que tem massa e que ocupa lugar no espaço. Matéria é a
substancia que liberará radicais livres para que possa ocorrer a combustão. Portanto devemos
verificar que podemos encontrar a matéria em três estados físicos:

1. - Estado Solido - É o estado da matéria no qual os átomos oscilam em torno de posições


fixas, seja com uma distribuição arbitraria ( sólidos amorfos) , seja ordenada ( cristais ) . Ex.
papel, madeira , ferro, aço, tecido, etc.

2. - Estado Liquido É o estado da matéria onde as moléculas dotadas de grande mobilidade,


fazem-no tomar a forma do recipiente que o contem. Ex. gasolina, água, petróleo, etc.

3. Estado Gasoso - É o estado da matéria onde o volume do recipiente é ocupado por todas
as moléculas desta. Ex. : hidrogênio, hélio, acetileno, metano, butano, propano, etc.

GLP envasado, é o GLP comercializado em recipientes transportáveis de 2 a 90kg. Ideal para


residências e estabelecimentos comerciais e industriais de pequeno e médio porte, de acordo
com sua demanda.

Botijão P-2

Adequado para uso em soldas, iluminação e fogareiros de acampamento e quiosques 2 kg 4,8


L L=24 cm Ø=21 cm

Botijão P-13
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Dimensionado para atender ao consumo mensal de uma família média de 5 pessoas 13 kg 31L
L=46 cm Ø=36 cm

Cilindro P-20

Especial para empilhadeiras 20 kg 48 L L=89 cm Ø=31 cm

Cilindro P-45
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Largamente empregado em prédios, condomínios e no comércio 45 kg 108 L L=130 cm Ø=37


cm

Cilindro P-90

Largamente empregado em prédios, condomínios e no comércio 90 kg 216 L L=121 cm Ø=56


cm

Sobre o GLP

Qual a diferença entre o gás de cozinha, GLP, gás natural e gás manufaturado?

"Gás de cozinha" é o nome popular dado ao GLP devido a amplitude de seu uso em domicílios
através de botijões de 13 kg, ou seja é o mesmo gás. É composto basicamente de propano e
butano e obtido através da destilação do petróleo.
Gás Natural é composto basicamente de metano e é limitado ao alcance dos gasodutos. Seu
poder calorífico é de 9400 kcal/m³ e é encontrado em depósitos subterrâneos na natureza
associadas ou não ao petróleo.
Gás Manufaturado é um produto obtido do carvão ou através do craqueamento do gás natural
ou da nafta. Seu poder calorífico é de 3900 kcal/m³.

Qual é a equivalência em kg para 1 m³ de GLP?


Em média 1 m³ equivale a 2,5 kg de GLP.

O GLP pode ser utilizado para aplicações industriais?


Amplamente. O conceito de gás de cozinha já foi ultrapassado e agora o GLP é uma
importante alternativa na matriz energética brasileira também para as indústrias. A
Supergasbrás mantém uma equipe de engenheiros especializados para oferecer uma solução
econômica para a utilização do GLP na indústria, no comércio ou mesmo em seu condomínio.
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Qual o poder calorífico do GLP?


Em média o poder calorífico superior do GLP é de 28.000 kcal/m³ (base unidade de volume) ou
11.920 kcal/kg (base unidade de massa).

O GLP contido em um botijão é o mesmo GLP utilizado em tanques estacionários do


sistema de fornecimento à granel?

Sim, é o mesmo gás. O que muda é a forma de fornecimento, nos botijões e cilindros ocorre a
troca quando estão vazios. Nos tanques ocorre o abastecimento no local onde estão instalados
através de modernos veículos de abastecimento.

O GLP pode ser utilizado como energético para aparelhos de refrigeração?


Sim. O GLP fornecido pela Supergasbrás pode ser diretamente usado em chillers de absorção
com capacidade acima de 50 TRs. É um processo economicamente interessante para o cliente
quando comparados os custos de GLP com a energia elétrica. Ideal para shoppings, colégios,
hospitais, indústrias e outros grandes espaços. É também uma grande alternativa em épocas
de crise energética.

O gás no interior do botijão se encontra em estado gasoso ou líquido?


O gás acondicionado no interior do botijão cheio se encontra 85% em estado líquido e 15% em
estado gasoso. Isto garante espaço de segurança para evitar a pressão elevada no interior do
recipiente, não devendo nunca ser ultrapassado este limite máximo de enchimento.

Todo botijão de gás da Supergasbrás é revisado antes de voltar ao consumo?


Sim, para a sua segurança, todo botijão Supergasbrás é submetido a rigorosos testes e
controle de qualidade, garantindo um excelente e seguro desempenho. Ao apresentar algum
tipo de problema o botijão é imediatamente submetido a uma seqüência de procedimentos de
recuperação: retirada da válvula; lavagem interna do recipiente com água em alta pressão;
remoção da(s) peça(s) acessória(s) com defeito, lixamento dos ressaltos de solda; recolocação
de válvula e do plugue-fusível caso tenha sido retirado; marcação de tara; pintura do vasilhame
e por fim o teste de vazamento.

Como funciona a válvula do botijão?


A válvula permite a saída do GLP, abrindo e fechando automaticamente toda vez que o
regulador for conectado ou desconectado do botijão.
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Para que serve o pino existente ao lado da válvula no botijão?


Esse pino é chamado de plugue-fusível, é um dispositivo de segurança para esse tipo de
recipiente. Produzido em liga metálica, esse dispositivo derrete quando exposto à temperaturas
acima de 78° C, permitindo a liberação do gás para evitar a ruptura do recipiente caso esteja
envolto ao fogo.

Quais são os acessórios que devem ser usados para a correto instalação do botijão?
Basicamente são dois os acessórios necessários para a instalação de um botijão: a mangueira,
o regulador e as abraçadeiras para a fixação das mangueiras.

Existe alguma especificação para a escolha desses itens?


Sim. A mangueira a ser usada deve ser aquela normatizada, feita de plástico (PVC)
transparente, com uma tarja amarela onde estão gravados o prazo de validade (5 anos) e o
código NBR-8613, uma garantia de que foi fabricado segundo padrões técnicos de segurança.
Esta mangueira é a recomendação básica, porém, outra de melhor qualidade poderá ser
utilizada, como por exemplo a de tramas de aço.

A mangueira pode ser de qualquer comprimento?


Não. O comprimento máximo da mangueira é de 1,25 metros, conforme determina a norma
NBR-8613.

Existe alguma regra para acender o queimador do fogão?


Sim, primeiro abra o registro de gás do regulador, só então acenda o fósforo ou acendedor
elétrico, aproximando-o do queimador. Feito isso, então gire o botão do queimador. Para a sua
segurança evite ligar primeiro o queimador para depois acender o fósforo ou se certificar do
perfeito funcionamento do acendedor.

Por que a chama fica irregular no queimador do fogão?


Na maioria das vezes a causa da chama sair irregular do queimador se dá pelo fato destes não
se encontrarem limpos e regulados. Mantenha os queimadores limpos e regulados, do
contrário além da chama sair irregular, poderá se apagar, provocando vazamento de gás. Se
necessário acione a assistência técnica do fabricante do fogão.
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Qualquer um pode fazer uma instalação de gás?


Não. Procure usar somente pessoas tecnicamente habilitadas para realizar consertos ou
modificações nas instalações de gás.

O botijão reserva pode ficar guardado no armário da cozinha?


Não. O botijão reserva deve ser colocado em local arejado, protegido contra o sol, chuva e
umidade, para evitar danos ao recipiente tal como ferrugem. Nunca guarde o botijão em local
fechado.

O que fazer em caso de dúvida quanto ao peso do botijão?


Em caso de dúvida, não retire o lacre do botijão e ligue para o seu distribuidor.

O que fazer quando precisar mudar de lado a instalação do botijão? Posso passar a
mangueira por trás do fogão? Sendo necessário mudar de lado a entrada de gás do fogão,
chame a assistência técnica do fabricante do fogão. Nunca encoste ou passe a mangueira por
trás do fogão. O calor pode danificar o plástico da mangueira, provocando vazamentos.
Quando for necessário passar a tubulação de gás por trás do fogão ou quando a distância for
maior que 1,25 m, utilize tubo de aço ou de cobre, conforme norma da ABNT - NBR-13932, ao
invés de mangueira de PVC.

Existe algum local impróprio para instalação do fogão?


Não instale o fogão próximo a locais de circulação de ar, tais como: portas e corredores. O
vento pode apagar a chama do queimador, provocando o vazamento de gás e nem em locais
confinados, tais como armários sob a pia.

Como devo transportar o botijão?


Ao transportar o botijão faça-o sempre em posição vertical e em veículo aberto.

Quando o gás estiver acabando, posso virar o botijão?


Nunca deite ou vire o botijão, pois caso ainda exista algum resíduo de gás, ele poderá escoar
na fase líquida, o que prejudica a função do regulador de pressão, podendo provocar graves
acidentes.

Para fazer a troca de botijão posso usar alguma ferramenta?


Não. Use apenas as mãos para esta operação (podendo utilizar-se de um pano), pois o uso de
ferramentas poderá danificar o equipamento, além de representar risco de faíscas indesejáveis.
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Como devo proceder para a troca do botijão?


Antes de iniciar a troca de botijão, feche todos os queimadores e o registro geral de gás e
certifique-se de que não há nenhuma fonte de ignição próxima. Feito isso, primeiro desatarraxe
a borboleta do regulador do botijão vazio. Retire o lacre do botijão cheio, em seguida utilize a
ponta do lacre para retirar o disco central que cobre a válvula, introduzindo a aba do lacre na
fenda do disco central. Gire no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio, até que o disco
saia. Ao retirar o lacre do botijão cheio, verifique a existência do anel de vedação (de
borracha), na parte inferior da rosca do recipiente. Caso não exista o anel de vedação, não
coloque o regulador. Interrompa a instalação e chame a assistência técnica do seu distribuidor.
Encaixe o regulador verticalmente sobre a válvula do botijão cheio. Ao acertar a posição da
borboleta, evite inclinar o regulador. Gire a borboleta para a direção do sentido do relógio.
Atarraxe a borboleta do regulador sobre a válvula, não esquecendo de realizar o teste de
vazamento com água e sabão antes de iniciar o uso do fogão.

O que devo observar durante o teste de vazamento?


Ao passar uma esponja com água e sabão sobre a conexão da borboleta do registro com a
válvula, você poderá observar a existência ou não de bolhas de ar na espuma. Outra forma é
verificando a existência de chiado de escapamento ou a presença de cheiro característico do
gás no ambiente. Nunca use fósforo ou qualquer tipo de chama para verificar se há
vazamentos. Isso pode provocar graves acidentes.

Em caso de vazamento de gás como proceder?


Abra portas e janelas para aumentar a ventilação;
Não ligue nem desligue qualquer equipamento elétrico ou interruptores evitando faíscas ou
centelhas;
No caso de persistir o vazamento desatarraxe a rosca do regulador, e solicite a presença da
Assistência Técnica da Supergasbrás.

Persistindo o vazamento, após desatarraxar a rosca, se possível, retirar imediatamente o


botijão para fora da casa, colocando-o em local arejado, longe de fontes de ignição e calor.
Alerte as pessoas próximas sobre o perigo e chame urgentemente a Assistência Técnica ou o
Corpo de Bombeiros.
Se não localizar vazamentos, mas continuar com dúvidas chame a Supergasbrás para avaliar
as instalações. Este serviço requer equipamentos e mão-de-obra especializados.
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TIPOS DE COMBUSTÃO

Para que tenhamos a combustão não basta suas substancias reagentes, mas que também
esteja presente, condições propicias para que exista a ignição e continuação das reações
químicas, as quais podem ser classificadas em :

 Combustão lenta
 Combustão simples
 Deflagração
 Detonação
 Explosão

O parâmetro empregado para classificar as combustões é a velocidade de propagação.

Velocidade de Propagação - é definida como a velocidade de deslocamento da frente de


reação, ou a velocidade de deslocamento da fronteira entre a área queimada (zona de
combustão) e área ainda não atingida pela reação.

CLASSIFICAÇÃO DAS COMBUSTÕES

Combustão Lenta - A energia despendida na reação é dissipada no meio ambiente sem criar
um aumento de temperatura na área atingida (não ocorre a reação em cadeia). É o que ocorre
com a ferrugem (oxidação do ferro) ou com o papel, quando fica amarelado. A propagação
ocorre lentamente, com velocidade praticamente nula.

Combustão Simples - há percepção visual do deslocamento da frente de reação, porém a


velocidade de propagação é inferior a 1m/s. Os incêndios normais como a combustão da
madeira, papel, algodão, são exemplos de combustão simples, onde a energia desprendida na
reação é dissipada, indo parte para o meio ambiente e sendo parte utilizada para manter a
reação, ativando a mistura gasosa.

Deflagração - a velocidade de propagação é superior a 1m/s. mas inferior a 400 m/s. Surge o
fenômeno de elevação da pressão com valores limitados entre 1 a 10 vezes a pressão inicial.
Ocorre a deflagração com a pólvora, misturas de pós combustíveis e vapores de líquidos
inflamáveis.
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Detonação - a velocidade de propagação é superior a 400 m/s. pela descontinuidade das


ondas de pressão geradas, cria-se uma onda de choque que pode atingir até 100 vezes a
pressão inicial. Ocorre com explosivos industrial, como a nitroglicerina, e em circunstancias
especiais com mistura de gases e vapores em locais confinados.

Explosão - O termo explosão pode ser aplicado genericamente aos fenômenos onde o
surgimento de ondas de pressão produzem efeitos destrutivos. Deve-se observar que muitos
autores denominam como explosão à ocorrência de deflagração ou de detonação, pois em
qualquer dos dois casos aparecem efeitos destrutivos, quando o ambiente onde ocorre ä
reação não pode suportar a pressão gerada.

Elementos essenciais do fogo - Tetraedro do fogo - condições propicias para a


combustão

Sendo a combustão uma reação química devemos ter no mínimo dois elementos que reagem
entre si, além do que, deve haver condições propicias para que ela ocorra. A estes elementos
que reagem entre si, e as condições propicias para que ocorra a combustão damos o nome
de elementos essenciais do fogo, isto quer dizer que na falta de um deles, não haverá
combustão.
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Os elementos essenciais do fogo são:

 Combustível
 Comburente
 Calor
 Reação em Cadeia

Combustível - é a substância que tem a capacidade de queimar ao contato com o oxigênio ou


com gás que contenha oxigênio, produzindo a combustão.

Normalmente são conhecidos como combustível as substancias que queimam utilizando


oxigênio do ar como comburente. No entanto certas substancias que são conhecidas como
incombustíveis, em casos especiais, podem se comportar como tal. Citamos como exemplo, o
aço, não é considerado combustível porem sob a forma de fios finos ( palha de aço ), e em
ambiente riquíssimos em oxigênio, podem queimar com grande rapidez, desprendendo luz e
calor. Ha várias classificações para os combustíveis, entretanto vamos enumerar somente as
que mais nos interessa.

CLASSIFICAÇÃO DOS COMBUSTÍVEIS QUANTO AO ESTADO FÍSICO

Acima vimos que combustível pode ser qualquer substancia, que em presença do oxigênio ou
não, pode gerar a combustão. Portanto encontramos os combustíveis de acordo com os três
estados da matéria:

Sólidos - carvão, madeira, papel, tecido, aço, etc.

Líquidos - gasolina, álcool, éter, óleo de linhaça, etc.


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Gasoso - etano, metano, acetileno, etc.

Existem combustíveis que para queimarem, passam primeiro do estado sólido para o estado
líquido, como a parafina. Um aspecto muito importante da questão é que quando, um
combustível sólido ou liquido entra em combustão, o que queima realmente não é à parte
sólida ou liquida, mas sim os gases desprendidos por este.

Observamos uma vela queimando, sua chama não se origina diretamente no pavio, mas sim
um pouco acima deste, ou seja da coluna gasosa que se origina da parafina aquecida e se
eleva alem do pavio.

Classificação dos combustíveis quanto à volatilidade

 Voláteis - são os combustíveis líquidos que a temperatura ambiente, desprendem


vapores capazes de inflamarem; como por exemplo: álcool, éter, gasolina, acetona,
benzina, etc.
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 Não Voláteis - São os combustíveis líquidos que para desprender vapores inflamáveis,
necessitam de aquecimento acima da temperatura ambiente. Como por exemplo: óleo
de linhaça, óleo lubrificante, sacarose, glicose, etc.

Os combustíveis voláteis são os mais perigosos, e por isso devem ser armazenados e
manuseados com cuidados especiais.

Comburente

Diz-se comburente, a substância que, combinando-se com outra, faz ocorrer à combustão
desta ultima.

Pela definição acima, concluímos que comburente é o elemento que reage com o combustível
gerando a combustão.

Normalmente o comburente é gás oxigênio ( O2 ), mas como já estudamos anteriormente


podemos ter ocorrência de combustão sem que o comburente seja o oxigênio, no caso do
metal antimônio em presença do gás cloro.

Para que ocorra a combustão o comburente deve estar a uma determinada porcentagem no ar,
normalmente esta porcentagem é de 21% , pois nosso ar é composto de 77 % de nitrogênio
(N) 21 % de oxigênio (O2) , 1 % de vapor d água (H2O) , 0,93 % de argônio (Ar) e 0,07 % de
outros gases.

E quanto maior a concentração de oxigênio mais intensa são as chamas da combustão.

Para provarmos a necessidade de existência do oxigênio na combustão, façamos a seguinte


experiência: - sobre uma vela acesa emborquemos um copo. Vamos verificando que
gradativamente a chama da vela vai diminuindo a ponto de extinguir-se totalmente.

Analisando o resultado de nossa experiência:

 Quando acendemos a vela tínhamos 21% de oxigênio diluído no ar.


 Quando emborcamos o copo sobre ela, confinamos uma porção do ar contendo
também 21% de O2.
 Com desenrolar da reação, o oxigênio baixou sua concentração aumentando a taxa de
gás carbônico (CO2) .
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 Ao termino de um espaço de tempo à concentração de oxigênio chegou a certo ponto


em que não foi mais possível sustentar a combustão, e esta extinguir-se.

para que entendamos a conclusão da


experiência, vejamos o gráfico abaixo.

Analisando o gráfico, vemos que o 0 seg. o oxigênio estava ao 21% e o CO 2 encontra-se há um


pouco mais de 10 %, no 4º seg. o O2 estava a menos de 20 % enquanto o CO2 já estava a
mais de 15 % . Já no 5º seg. tínhamos oxigênio a 15 % enquanto o gás carbônico já atingia
quase 20 % . no 10º seg. o gás carbônico atingiu a concentração de 20 % e o oxigênio já
estava a menos de 10 % . no 12º seg. já não tínhamos mais combustão.

Então concluímos que no 12º segundo a proporção de diluição de oxigênio no ar confinado


sobre o copo não mais era suficiente pra manter a combustão e esta se extinguiu.
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Calor

Energia que se transfere de um sistema para outro, sem transporte de massa, e que
não corresponde á execução de um trabalho mecânico.

Pela definição de calor, verificamos que este é o elemento que irá ativar a combustão ,
fazendo com que se desassocie os átomos das moléculas que compõe o combustível, gerando
a combustão e incentivando a sua propagação.

O calor pode provocar:

 elevação de temperatura,
 aumento do volume dos corpos,
 mudança do estado físico da matéria.

Ha casos de materiais em que a própria temperatura ambiente já serve com fonte de calor,
como o magnésio, ou o fósforo amarelo.

Poder Calorífico ou Calor da Combustão

Durante uma combustão, seja ela completa ou incompleta é desprendida uma certa
quantidade de energia térmica, que será liberada para o meio ambiente. Esta quantidade de
energia é o calor que sentimos quando nos aproximamos do fogo.

Este calor liberado para o meio ambiente denominamos de “Calor de combustão”, ou


tecnicamente, de “Poder calorífico”

Poder calorífico - é a quantidade de calor liberada para o meio ambiente, por uma combustão
completa ou incompleta de uma substancia qualquer. Ela é medida em metros cúbicos ( m 3 )
ou em quilocalorias ( kcal) .

Calor específico ou Calor de massa


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Sendo o calor uma forma de energia que pode ser transferido de sistemas, tendo a
propriedade de causar aumento de temperatura, ; dilatar corpos ; fundir ; volatizar; decompor
um corpo ; ele implica em movimento molecular. Este movimento molecular causa atrito que
gera uma quantidade de calor próprio de cada corpo. A esta quantidade de calor própria em
cada substancia, damos o nome de “Calor específico” ou “Calor de massa” , que definimos
como:

Calor Específico - é a quantidade de calor gerada pelo atrito dos átomos que compõe a
substância, mantendo-a estável.

Para que uma substância entre em combustão, deve-se alterar o seu calor específico, o que se
fará com auxilio de uma fonte externa de calor qualquer, como exemplo um palito de fósforo
aceso.

Reação em cadeia

Quando aproximamos uma fonte de calor qualquer de uma substância, esta irá transferir calor
para esta substância, a ponto de alterar o seu calor específico, a qual passará a liberar radicais
livres que irão reagir com o comburente, gerando mais calor. Este calor terá parte dele liberado
para o meio ambiente (poder calorífico) e parte será transferida para outras moléculas que
liberarão radicais livres, que reagirão com o comburente gerando mais calor, que parte será
liberado para o meio ambiente e parte transferida para outras moléculas da substância.

Notamos aqui que o calor vai sendo transferido de camada de moléculas para outra em
um processo continuo. É dessa forma que o fogo caminha sobre o combustível, seja ele sólido
ou liquido.

Ao processo de transferência de calor de uma camada de molécula para outra em uma


substância durante a reação de oxidação, damos o nome de “reação em cadeia”. Portanto
definimos reação em cadeia como:

Reação em cadeia - é o processo de transferência de calor de molécula do combustível, gerando


radicais livres, os quais reagirão com comburente gerando a combustão e incentivando a sua
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propagação.

Essa reação vai ter uma velocidade de propagação relacionada com diversos fatores, tais
como:

 Temperatura ambiente;
 Umidade do ar;
 Características químicas do combustível;
 Forma física do combustível ( sólido bruto ou partícula do líquido volátil, etc.);
 Condições de ventilação; comportamento do combustível, etc.

Condições propícias para combustão

Além dos elementos essenciais do fogo, há a necessidade de que as condições em


que esses elementos se apresentam, sejam propícias para o início da combustão.

Se uma pessoa trabalha em um escritório iluminado com uma lâmpada incandescente de 100
watts e, além disso ela fuma haverá no ambiente:

 combustível: mesa, cadeira, papel, etc.;


 comburente: oxigênio presente no ar ambiente;
 calor: representado pela lâmpada acesa e pelo cigarro aceso.

Apesar de estes três elementos estarem presentes no ambiente, só ocorrerá incêndio se, por
distração da pessoa esta encostar papel no cigarro aceso, por exemplo.

Neste caso o cigarro aquecerá o papel e este começará a liberar vapores que, em contato com
a fonte de calor ( brasa do cigarro ), se combinará com o oxigênio do ar e entrará em
combustão.

Importante - somente quando o combustível se apresentar sob a forma de vapor ( ou gás), ele
poderá, normalmente entrar em ignição. Se este combustível estiver no estado sólido ou
líquido, haverá a necessidade de que comece a liberar radicais livres.
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A. sólido aquecimento vapor C. sólido aquecimento líquido aquecimento vapor

exemplo: papel exemplo: parafina

B. líquido aquecimento vapor D. gás ( já entra no estado físico adequado á


combustão )
exemplo: óleo combustível
exemplo: acetileno

Esquematicamente teremos:

Quanto ao oxigênio, ele deverá estar presente no ambiente em porcentagens


adequadas.

Para cada combustível haverá a necessidade da presença de uma porcentagem mínima de


oxigênio, a partir do qual a mistura poderá entrar em combustão. A concentração de oxigênio
abaixo do limite inviabiliza a combustão, pois a mistura combustível - comburente estará muito
“pobre”.
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Tetraedro do fogo

Para que haja combustão é necessário a presença simultânea dos três elementos essenciais
nas devidas proporções: combustível, comburente e calor.

A clássica figura do “Triângulo do Fogo” ilustra bem os três elementos essenciais para que
haja a combustão.

Desta forma, para que o fogo se mantenha é necessário à presença desses quatro elementos.
com a retirada de um deles, cessará a combustão.

Por isso, definimos Tetraedro do fogo como:

Tetraedro do fogo - é a representação gráfica da


união dos quatros elementos essenciais do fogo,
dando origem ä combustão.

Pontos de Temperatura Crítica


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Como vimos toda matéria é composta por átomos, e este por sua vez possui um movimento
próprio que gera um atrito e este atrito vem a gerar um calor próprio que a mantém estável.

Também vimos que para ocorrer à combustão deve haver a presença de uma fonte externa de
calor que irá transferir calor para as moléculas da matéria, que liberará radicais livres.

Para que ocorra esta liberação de radicais livres, deve haver alteração do calor específico da
matéria. Esta liberação começará quando se atingir uma determinada temperatura, que irá
variar de combustível para combustível.

Esta temperatura que provocará alteração no calor específico denominou de “Pontos de


Temperatura Crítica”.

Denominamos de temperatura critica porque a determinado ponto começa a causar mudanças


no estado físico da matéria. Portanto:

Os pontos de temperatura crítica são três:

 Ponto de fulgor;
 Ponto de combustão;
 Ponto de ignição.

Os pontos de fulgor e o de combustão possuem uma interdependência entre si, ao passo que o
ponto de ignição não terá relação alguma com os demais.

Ponto de fulgor - é a temperatura mínima na qual uma substância qualquer, em presença de


uma fonte externa de calor irá liberar radicais livres que reagirão com o comburente, gerando a
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combustão, mas se retiramos a fonte externa de calor a combustão não se manterá, pois a
quantidade de calor não foi suficiente para dar inicio a reação em cadeia.

Notamos que com a retirada da fonte de calor, a combustão não se mantém, isto devido à
quantidade de calor fornecida pela fonte de calor não foi suficiente para manter a reação em
cadeia.

O ponto de fulgor varia para cada combustível, conforme sua composição química, como por
exemplo, a gasolina tem seu ponto de fulgor em - 42,2 0 C, ao passo que o asfalto possui o
ponto de fulgor de 204 0 C.

Ponto de combustão - é a temperatura mínima em que os combustíveis, em contato com uma


fonte externa de calor qualquer libera radicais livres, que reagirão com o comburente dando
origem à combustão, mas se retirarmos a fonte de calor à combustão se manterá, uma vez
que a quantidade de calor fornecida foi suficiente para dar inicio á reação em cadeia.

A diferença mais visível entre o ponto de fulgor e o ponto de combustão é que no primeiro a
combustão não se mantém devido á quantidade de calor fornecida e isto implicaria que a fonte
de calor permanecesse próxima da substância para haver continuidade na combustão;
enquanto que no ponto de combustão mesmo com a fonte afastada, a combustão se manterá
devido á quantidade de calor fornecida.

E a segunda diferença é que ponto o de combustão também varia de combustível para


combustível à medida que varia o ponto de fulgor. Durante uma combustão ocorre tanto o
ponto de fulgor para iniciar a combustão como também ocorre o ponto de combustão nesta
mesma substância.

O ponto de combustão varia do ponto de fulgor na ordem de 30 C a 40 C.

Ponto de ignição - é a temperatura mínima na qual os combustíveis liberam radicais que irão
reagir com o comburente, dando origem á combustão que se manterá, independente de uma
fonte externa de calor próxima ou não.

No ponto de ignição notamos que não há necessidade de que a fonte de calor esteja próxima
do combustível, bastando que o ar ambiente esteja aquecido á elevada temperatura para que o
combustível atinja seu ponto de ignição.

Como no ponto de fulgor o ponto de ignição também varia de matéria para matéria
dependendo de sua composição química.
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É de suma importância que o bombeiro conheça o ponto de fulgor e o ponto de ignição


dos materiais utilizados, armazenados e manuseados na Empresa, para tanto nas
próximas páginas teremos os pontos de fulgor e ponto de ignição dos materiais mais
usuais nas empresas

CORPO FÓRMULA QUÍMICA PONTO DE FUGOR PONTO DE IGNIÇÃO

Acetaldeído CH3 CH ( OC2 H3 ) -27ºC 185º C

Acetado etílico CH3COOC3H2 -4,4ºC 426º C

Acetato metálico CH3COOCH3 -10º C 454º C

Acetato vínilico CH3CHOOCCH3 -7,7º C 426º C

Acetona CH3COCH -17,7º C 538º C

Acetileno C2H2 GÁS 335º C

Ácido acético CH3COOH 40º C 426º C

Ácido benzóico C6H5COOH 121º C 573,5º C

Ácido carbônico ( fenol ) C6H5OH 79,5º C 714º C

Ácido cianídrico HCN -17,7º C 538º C

Acido picricio (NO2) –3C.H = (OH) Explosivo 300ºC

Álcool etílico C2 H5 OH 12,6ºC 371ºC

Álcool metálico ( metanol ) CH2OH 11,1º C 426º C

Amônia NH (GÁS) 650º C

Anilia C2H5NH2 75º C 538º C

Asfalto 204º C 484º C

Benzeno C6H3 -11,1º C 538º C

Benzina -17,7º C

Bissulfeto de carbono CS -30º C 100º C

Betona C4H11 -60º C 429º C

Cânfora C2H16CO 83º C 466º C

Cera de canaúba 282º C

Cloreto de etíla C2H5C3 -50º C 518º C


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Cloreto vínilico CH2CHC3 -6,6º C

Clódio C12H16O3 a -17,7º C


C16H12O(NO)2

Diclorobenzeno C3H4CCL 65,5º C

Enxofre S 207º C 232ºC

Estireno C6H6CHCH1 32,1º C 489º C

Etana C2H6 GÁS 510º C

Éter etílico C2H2OCH3 -45º C 180º C

Etileno C2H4 GÁS 510º C

Cânfora C2H16CO 83º C 466º C

CORPO FÓRMULA QUÍMICA PONTO DE PONTO DE


FUGOR IGNIÇÃO

Cera de canaúba 282º C

Cloreto de etíla C2H5C3 -50º C 518º C

Cloreto vínilico CH2CHC3 -6,6º C

Clódio C12H16O3 a C16H12O(NO)2 -17,7º C

Diclorobenzeno C3H4CCL 65,5º C

Enxofre S 207º C 232ºC

Estireno C6H6CHCH1 32,1º C 489º C

Etana C2H6 GÁS 510º C

Éter etílico C2H2OCH3 -45º C 180º C

Etileno C2H4 GÁS 510º C

Fósforo amarelo P 29,9º c

Fósforo vermelho P 260º c

Formaldeído (solução gás a 37% de CH2O 54º C 429º C


água )

Gás de iluminação GÁS 589º C


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Gasolina C5H12 a C3H2 -42º C 257º C

Glicerina HOCH2CHOCH2OH 160º C 392º C

Hexana C6H14 GÁS 260º C

Hidrogênio H GÁS 584,5º C

Isobutana (CH3) 3CH GÁS 543º C

Isoprene CH2=C(CH)-CH=CH -55º C 219º C

Lacas -17º C 26,8º C

Lanolina 238º C 445º C

Metana CH2 GÁS 537º C

Monóxido de carbono CO GÁS 537º C

Nafta de Hulha 37,3º C 510º C

Nafta de petróleo 26,8º C

Naftalina 80º C 558º C

Nitrocelulose (unido com solvente) 4,4º C

Octana C6H 15,6º C 232º C

Óleo combustível 110º C 407º C

Óleo de creosoto 73,5º C 335,5º C

Óleo de amendoim 282º C 445º C

Óleo de algodão 252º C 343º C

Óleo lubrificante mineral 260º C

Óleo lubrificante ( leve ) 160º C

Óleo lubrificante ( pesado ) 232º C

Óleo de mamona 229º C 449º C

Óleo de milho 254º C 393º C

Óleo de oliva 224,5º C 343º C

Óleo de peixe 215º C

Óleo de pinho 78º C

Óleo de tempera 149º C

Óleo de tungue 289º C 457º C


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Óleo vegetal hidrogenado 321º C

Parafina 199º C 308º C

Pentana CH3 (CH3 ) CH -40º C 308º C

Propano C3H GÁS 465,5º C

Propano C3H GÁS 496,5º C

Querosene 73,5º C 254º C

Resina de pinho 188º C

Solvente ( tipo varsol ) 43º C 232º C

Sesquissulfeto de fósforo P4S 100º C

Toluneno 4,4º C 552º C

Verniz 26,8º C

Xilol C6H4 (CH3 ) 17,1º C 482º C

FORMAS DE PROPAGAÇÃO DO CALOR

Sendo o calor uma forma de energia, sabemos que pode ser transferido de um sistema para
outro, ou de uma molécula para outra. Esta transmissão ou transferência de calor pode dar-se
de três formas:

1. CONDUÇÃO

2. CONVECÇÃO

3. IRRADIAÇÃO

CONDUÇÃO - é a transmissão de calor de molécula para molécula ; ou de substancia para


substancia sem que haja espaço físico entre elas.

Dizemos que na condução não existe espaço físico entre os combustíveis ou entre as
moléculas. Na realidade existe um ínfimo espaço físico, mas devido às suas proporções este
pode ser desprezado.
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A taxa de transmissão de condução do calor vai depender basicamente da condutividade


térmica do material, bem como de sua superfície e espessura. Ë importante destacar a
necessidade de existência de um meio físico para a transmissão do calor.

Alguns corpos são bons condutores de calor, tal como os metais, ao passo que outros como a
madeira, papel, carvão, são maus condutores de calor .

Corpos bons condutores de calor

Abaixo estão relacionados alguns corpos por ordem decrescente de condutividade de


calor : prata; cobre; ouro; zinco; estanho; ferro; platina; etc.

Corpos isolantes de calor

Temos abaixo uma relação alguns corpos por ordem crescente de isolância de
calor: vidro; mármore; porcelana; carvão; madeira; substâncias orgânicas vegetais (cânhamo,
algodão, etc.); substâncias orgânico animal ( seda, pluma, sebo, etc.).

Por Convecção - É a transmissão de calor que se dá através de massas de ar ou de líquidos,


que indo de uma zona de combustão, carregada de calor, para uma zona não atingida, ali
aquece o ar ambiente a ponto de provocar o ponto de ignição de um combustível qualquer
nesta área.
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O exemplo clássico de convecção é o secador de cabelos, onde uma corrente de ar frio é


absorvida por uma ventoinha que empurra este para um sistema de resistência que aquecem o
ar e a própria ventoinha projeta esta massa de ar aquecida para os cabelos.

O mesmo acontece em incêndios de edifícios, onde massas de ar são aquecidas nos andares
inferiores incendiados, e por estarem aquecidas tende a subir pelos vãos verticais do edifício (
fosso de elevadores,

vãos de escadas, clarabóias de ventilação, etc.) aquecendo o ar ambiente dos andares


superiores, provocando novos focos de incêndio.

Incêndio secundário

Incêndio primário
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Por Irradiação - Sendo o calor uma forma de energia, este “caminha” no espaço através de
ondas eletromagnéticas, mais conhecidas como raios caloríficos.

Esta é a forma de transmissão de calor do Sol para a Terra, pois entre a Terra e o Sol
não há qualquer meio físico de transmissão de calor.

Também temos a transmissão de calor por irradiação quando acendemos uma lâmpada
incandescente.

Quando a corrente elétrica passa pelo filamento de tungstênio da lâmpada este se incandesce
emitindo luz e calor.

Ora como sentimos calor na palma da mão se a aproximarmos da lâmpada, se dentro do bulbo
não há ar ou outro meio físico de transmissão? Dizemos então que o calor chegou á palma de
nossa mão pela irradiação do calor emitido pelo filamento de tungstênio aquecido.

A finalidade de se conhecer os processos de transmissão do calor é que como já vimos, um


dos três elementos essenciais do fogo é o calor e este, geralmente, é o que mais dificulta a
ação dos bombeiros durante os trabalho.

Nos locais de incêndio deve-se ter o devido cuidado com as paredes, tubulações de água ou
esgoto, sistemas de aquecimento interno, etc., pois por condução poderão provocar incêndios
em materiais em contato com estes. Por qualquer de um dos três processos o calor poderá
causar aumento de pressão e, em conseqüência explosão de cilindros de gás, caldeiras etc.

Combate ao Fogo
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A prevenção de incêndios é obtida pela aplicação de um conjunto de medidas que evitem a


ocorrência do fogo. Nos processos que exigem material em combustão, a prevenção é obtida
através do controle de áreas e, principalmente minimizando-se a quantidade necessária de
combustível para manter a operação do sistema.

Como, praticamente, o triângulo do fogo (combustível - comburente - calor ) pode ser


encontrado em qualquer ambiente, na maioria dos casos a prevenção somente é possível pela
eliminação das condições propícias, evitando-se a reação em cadeia.

Os métodos são:

 Atuação sobre o combustível;


 Atuação sobre a fonte de calor;
 Atuação sobre a mistura do combustível;
 Comburente;

Estes tópicos serão os assuntos que veremos mais adiante.

Quando, por qualquer motivo, a prevenção falha os bombeiros devem estar preparados para o
combate ao principio de incêndio, o mais rápido possível, pois quanto mais tempo durar o
incêndio, maiores serão as conseqüências.

Para que o combate seja eficaz, é necessário que:

A) - Existam equipamentos de combate a incêndios em quantidade suficiente e adequada ao


tipo de material em combustão;

B) - Que o pessoal ( bombeiros e brigadistas ) saibam como usar eficazmente estes


equipamentos e possam avaliar sua capacidade de extinção.

Como já visto, o fogo é um tipo de queima de uma reação química, enfim de uma oxidação,
que provoca alterações profundas nas substâncias que se queimam.

Um pedaço de papel ou madeira que se inflama transforma - se em uma outra substância


completamente diferente. O mesmo acontece com óleo, com gasolina, ou com o gás que
pegue fogo.
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A palavra oxidação significa também queima. A oxidação pode ser lenta como o caso de
ferrugem, tratando-se de uma queima lenta, sem chamas. Já a combustão do papel, há
chamas, sendo uma oxidação rápida. Na detonação da dinamite, a queima, a oxidação é
instantânea e violenta. Chama-se oxidação, porque é o oxigênio que entra na transformação,
ajudando a queima das substâncias.

O tipo de queima, de oxidação que interessa a este estudo é a que apresenta chamas e ou
brasas.

Métodos de Extinção do Fogo

Combustível Comburente

FOGO Para que tenhamos a oxidação é necessário que


os elementos - combustível - comburente - calor -
estejam juntos para que ocorra a reação em
Calor cadeia, e em conseqüência á combustão se
propague por todo o combustível.
Triângulo do fogo
Como percebemos para que a combustão se
extinga, deve haver toda a consumação do
combustível ou do comburente, ou “interfiramos”
no processo, a fim de extinguir o fogo.

O fato de “interferirmos” no processo de oxidação de um corpo denominamos


de: “Processo de Extinção do Fogo”, que poderá ser feito de quatro formas:

 Retirada do combustível ou isolamento;


 Retirada do comburente ou abafamento;

 Retirada do calor ou resfriamento;


 Quebra da reação em cadeia ou extinção.
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De tudo, conclui-se que, impedindo-se a ligação dos vértices do Triângulo do fogo, ou seja, dos
elementos essenciais indispensáveis, este não surgirá, ou deixará de existir se já teve inicio.

Quando em um poço de petróleo, que está em chamas, é provocada uma explosão, o objetivo
é afastar momentaneamente o comburente e com isto extinguir-se o fogo.

Em um local onde há combustíveis líquidos, e se lê a placa “Proibido Fumar”.

DANGER NO SMOKING

O que se deseja é controlar o calor, pois a brasa do cigarro servirá como fonte de calor para
inicio da combustão.

No incêndio de matas, quando fazemos os chamados “aceiros”, o que estamos controlando é o


combustível, a fim de se evitar que o fogo tenha mais campo de propagação.

O que se deseja é controlar o calor, pois a brasa do cigarro servirá como fonte de calor para
inicio da combustão.

No incêndio de matas, quando fazemos os chamados “aceiros”, o que estamos controlando é o


combustível, a fim de se evitar que o fogo tenha mais campo de propagação.

Basicamente temos os quatro métodos para a extinção do fogo são:


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Ação de resfriamento: diminui-se a temperatura a níveis inferiores ao ponto de fulgor do


combustível, evitando-se a emissão de radicais livres deixando assim de haver condições para
a combustão.

Ação de abafamento: é resultante da retirada do comburente da zona de combustão pela


aplicação de um agente extintor que deslocará da superfície do combustível o ar comburente.
Devemos, contudo notar que existem certos combustíveis, tais como o nitrato de celulose, a
pólvora, os quais podem queimar sem a presença do comburente livre do ar. Nestes casos
devemos aplicar outro método de extinção, para obtermos êxito na extinção.

Ação de isolamento: consiste na retirada ou no controle do combustível que está queimando


ou ainda não entrou em combustão retirando-os da zona de combustão, sem a necessidade de
utilizar-se qualquer tipo de agente extintor. Este método é puramente mecânico uma vez que
necessita mais da força física do bombeiro do que da ação de um agente extintor.

Ação de extinção química: consiste em aplicarmos um agente extintor especial que irá reagir
com o combustível ou com seus radicais livres, gerando compostos mais estáveis, evitando
assim a geração de mais calor, interrompendo desta forma a reação em cadeia. Nestes casos
devemos ter a cautela de utilizar estes agentes extintores, munidos de aparelhos de proteção
individual de respiração, uma vez que os agentes extintores ou seus produtos finais são na
maioria das vezes mais tóxicos do que a própria combustão.

Classificação de Incêndio

A expansão de todos os ramos da tecnologia moderna durante as últimas décadas tem sido
enorme, principalmente no campo da química industrial. Certamente a indústria penetra em
todos os aspectos das nossas vidas, porque cada descoberta em laboratórios, indústria, ou
universidade, pode dar resultando á

descoberta de um material especial, ou de nova aplicação para um composto ou substância. O


campo dos plásticos é o exemplo mais comum, pois até início da década de 50 era
considerado um subproduto industrial sem utilidade comercial. Hoje, entretanto está integrado
praticamente em 90 % de nossas vidas.
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Para o homem ligado á prevenção e combate a incêndios são de suma importância ter
conhecimento desses novos produtos ou substâncias. Isto o obriga a conhecer e tornar-se
familiarizado com as suas características de combustibilidade, e de risco de incêndio em sua

fabricação mesmo que este seja considerado incombustível; como acostumar-se com seu
comportamento quando envolvido em fogo.

Diante disto foi feita uma tentativa de agrupar-se os combustíveis por suas características e
comportamento similares durante a combustão, a fim de facilitar assim a aplicação de técnicas
comuns de extinção para cada grupo

A este agrupamento deu-se o nome de “Tabela Universal de Classificação de Incêndios”.


Aonde foram obtidos 04 grupos de incêndios, como podemos ver abaixo.

Esta tabela não é tão completa, pois as características são generalizadas não especificando
certas limitações para os agentes extintores, ou certas características particulares de
comportamento da combustão dos líquidos inflamáveis.

TABELA UNIVERSAL DE INCÊNDIOS

CLASSE “ A “ - São incêndios em sólidos que queimam em superfície e profundidade,


deixando resíduos. Ex.: papel, madeira, tecido, carvão. Sendo representada por um triângulo
verde com a letra A
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CLASSE “ B “ - Líquidos inflamáveis que queimam somente em superfície e não deixam


resíduos. Ex.; petróleo, querosene, acetona, gasolina, glicose, etc. representada por um
retângulo vermelho com a letra B.
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CLASSE “ C “ - São incêndios em equipamentos elétricos energizados. Ex.: curto-circuito em


motor elétrico. Representada por um circulo azul com a letra C

CLASSE “ D “ - São incêndios em metais pirofóricos. Ex.: potássio ( P ), titânio ( Ti), magnésio
(Mg),etc. representada por uma estrela amarela com a D
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CLASSE K - Classificação do fogo em óleo e gordura em cozinhas.

A classificação de incêndios não pode ser rígida e cada risco deve ser considerado
separadamente. Por exemplo: Incêndio em madeira e papel pertence á Classe “A “ e são
melhor extintos com a ação resfriadora da água. Por outro lado, os incêndios em acetona
gasolina, são da Classe “B “e a ação abafadora da espuma é melhor maneira de extingui-lo.
Mas a acetona tem a propriedade de dissolver a espuma química, portanto somente poderá ser
extinto por ação de uma espuma especial. Os líquidos combustíveis como óleos lubrificantes
tem um comportamento diferente quando em combustão se misturados á gasolina ou á
acetona, enquanto a glicerina possui um comportamento atípico dos demais.

CAUSAS DE INCÊNDIOS
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Causas de Incêndios - São fatores e ou fenômenos quaisquer que determinam o início de um


incêndio. Vários são estes fatores ou fenômenos, e poderíamos permanecer dias a fins
discutindo sobre esses fatores ou fenômenos. Cabe ao bombeiro, como homem de prevenção
e combate a incêndio, identifica-los a fim de evitar o principio de um incêndio.

Para efeitos didáticos as Causas de Incêndios foram agrupadas em três grandes grupos:

GRUPOS DE CAUSAS DE INCÊNDIOS

Causas Ignoradas - São causas de incêndios, cujos fatores, que deram causas de incêndio
não consegue determinar mesmo por perícia.

 Causas Naturais - São causas de incêndio, cujos fatores que a determinaram são
fenômenos naturais. Ex.: relâmpagos; combustão espontânea; reações químicas;
decomposição de matéria orgânica; etc.

 Causas Artificiais - São causas de incêndios, cujos fatores que a determinaram foram
causados pela intervenção humana. Ex.: descuido de velas; falta de lubrificação em
eixos de transmissão; condutores elétricos não especificados para a carga a receber;
etc.

ESTUDO DOS AGENTES EXTINTORES AGENTES EXTINTORES


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São substancias solidas, liquidas ou gasosas, as quais tem a propriedade de extinguir a


combustão quer por abafamento; quer por resfriamento; quer por extinção química ou por elas
concomitantemente combinadas.

NÚMERO DE EXTINTORES QUE


CAPACIDADE DOS
SUBSTÂNCIAS CONSTITUEM
EXTINTORES
UNIDADE EXTINTORA

10 litros
1
Espuma
2
5 litros

Água Pressurizada
1
10 litros
2
ou Água Gás

06 quilos
04 quilos 1
02 quilos 2
Gás Carbônico (CO2)
3
4
01 quilo
04 quilos 1
Pó Químico Seco 02 quilos 2
01 quilo 3
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ANEXO DO ITEM 23.14 – DA NR - 23

MARCA: TIPO: EXTINTOR N.º:


ATIVO FIXO: LOCAL: ABNT N.º:
HISTÓRICO
Código e reparos
Data Recebido Inspecionado Reparado Instrução Incêndio
1. Substituição de Gatilho

2. Substituição de Difusor

3. Mangote

4. Válvula de Segurança

5. Válvula Completa

6. Válvula Cilindro
Adicional

7. Pintura

8. Manômetro

9. Teste Hidrostático

10. Recarregado

11. Usado em Incêndio

12. Usado em Instrução

13. Diversos

CONTROLE DE EXTINTORES
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PRINCIPAIS AGENTES EXTINTORES

1. - ÁGUA

2. - ESPUMA QUÍMICA

3. - ESPUMA MECÂNICA

4. - GÁS CARBÔNICO ( CO2 )

5. - PÓ QUÍMICO SECO

6. - PÓ QUÍMICO SECO ESPECIAL

7. - COMPOSTOS HALOGENADOS
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CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES EXTINTORES

Os agentes extintores possuem sua classificação pelas ações primaria que agem na extinção
do fogo. Portanto temos:

1. - Os que ABAFAM : Espuma Mecânica; Pó químico Seco; Pó Químico Seco Especial; Gás
carbônico; vapor D’água.

2. - Os que RESFRIAM: Água e Espuma Mecânica

3. - Os que QUEBRAM A REAÇÃO EM CADEIA: Compostos Halogenados

ÁGUA

É o agente extintor mais abundante na natureza. Age principalmente por resfriamento. Devido
a sua propriedade de absorver grande quantidade de calor. Atua também por abafamento
(dependendo da forma como é aplicada, neblina, jato continuo etc.) A água é agente extintor
mais empregado, em virtude do seu baixo custo e da facilidade de obtenção. Em Razão da
existência de sais minerais em sua composição química, a água conduz eletricidade e seu
usuário , em presença de materiais energizados, pode sofre choque elétrico. Quando utilizada
em combate a fogo em líquidos inflamáveis, há o risco de ocorrer transbordamento do liquido
que está queimando ou mesmo um “boi over” aumentando assim a área do incêndio.

 Jato sólido
 Neblina de alta velocidade
 Neblina de baixa velocidade

Jato sólido
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É o jorro de água produzido sob alta pressão, por meio de um esguicho com orifício de
descarga circular. Sob esta forma a água atinge o material incendiado com velocidade, e
penetra no seu interior. Por este motivo é o meio mais usado e mais eficiente para a extinção
de incêndio de classe “A” onde o material fibroso que queima tem que ser bem encharcado
para se garantir a extinção total.

Em algumas circunstancias como por exemplo, incêndio em madeira, colchões, travesseiros,


etc. para que seja totalmente extinto, precisa-se mergulhar estes materiais em baldes com
água para apagar as brasas que permanecem no interior destes materiais.

Neblina

Tanto de alta como de baixa velocidade é aplicada sob a forma de minúsculas gotículas por
esguichos especiais chamados pulverizadores. As neblinas podem ser utilizadas para extinção
de incêndios de classe “A” reduzindo as chamas superficiais e permitindo que os homens se
aproximem mais do foco do incêndio, o que facilitará sua extinção com jato sólido. As neblinas
são altamente eficazes para a extinção de incêndios de classe “B” , onde o jato sólido não tem
a maior ação extintora pelo contrario, aumenta mais o volume dos incêndios classe “B” pelo
turbilionamento que provoca no liquido inflamado.

Em casos de incêndios da classe “C” se não houver nenhum outro meio mais adequado, a
água poderá ser utilizada somente em forma neblina de baixa velocidade, que é a forma em
que ela tem menor poder de penetração no interior do equipamento, e portanto, menor
probabilidade de causar curto-circuito.

A água sob qualquer das três formas em que é empregada ( jato solido, neblina de alta ou
baixa velocidade) extingue o fogo por resfriamento, isto é, baixando a temperatura de ignição
do material que esta queimando.
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Quando se aplica água sobre material incendiado, e portanto aquecido, parte desta água se
transforma em vapor. O vapor tem a ação primaria de abafamento.

Dizemos então que a água tem a função de resfriamento e a função secundária de extinção
por abafamento.

ESPUMA

É o agente extintor especifico para a classe “B” . Esta tipa de agente extintora é produzida por
dois métodos básicos que os caracterizam como:

espuma química

espuma mecânica

espuma mecânica especial.

ESPUMA QUÍMICA

É um agregado de bolhas, contendo no seu interior CO2, obtidas a partir da reação


química entre soluções aquosas contendo – 1º solução bicarbonato de sódio ; 2º sulfato
de alumínio + alcaçuz. Ë a mais consistente e produz camadas mais resistentes sobre o
fogo. Em virtude dessa maior consistência, no qual é projetada, por isso não contorna
obstáculos encontrados.

ESPUMA MECÂNICA

É um agregado de bolhas contendo em seu interior ar, obtida a partir do turbilionamento


de solução aquosa contendo um agente saponáceo (LGE) .

Sendo menos compacta que a química, produz uma camada menos resistente sobre o
fogo. Ao ser aplicada, não ira se acumular sobre as paredes e contornará rapidamente
os obstáculos formando uma camada continua.
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ESPUMA MECÂNICA ESPECIAL

É um agregado de bolhas contendo no seu interior ar, que é obtida a partir do


turbilionamento de uma solução aquosa contendo água e compostos orgânicos, que lhe
da resistência a decomposição . este tipo de espuma é ideal para incêndios que
envolvam combustíveis de baixo ponto de fulgor, os quais tem a propriedade de
dissolver as espumas anteriores.

Estes tipos de espumas como vimos formam-se da mistura de um pó ou de um liquido


especial com mais de 90% de água. Quando estas espumas são aplicadas sobre o
liquido inflamado, devido a sua pequena densidade, flutuam e formam uma cobertura,
isolando a superfície do liquido incendiado do ar atmosférico. O incêndio se extinguirá,
principalmente por abafamento, e devido a sua alta taxa de água, esta irá agir por
resfriamento. Dizemos que a espuma extingue o fogo, primariamente por abafamento, e
secundariamente por resfriamento.

GÁS CARBÔNICO OU ANIDRIDO CARBÔNICO CO2

É o gás anidrido carbônico proveniente da combustão de qualquer material que


contenha ( C ) na sua constituição.

Por ser mal condutor de eletricidade é de uso especifico de classe “C” . o seu uso é
eficaz em principio de incêndio de qualquer classe de incêndio. Em instalações fixas
também pode ser usado para incêndios da classe “B” em :

1. Praças de máquinas;
2. Coletores de descarga de motores
3. Armazéns de tintas
4. Tanques de combustíveis, etc.

Por ser o CO2 um gás inerte, isto é, um gás que não alimenta a combustão, ele é muito
empregado como agente extintor por abafamento, criando ao redor do material em chamas
uma atmosfera rica em CO2 e, por conseguinte, pobre em oxigênio, o que não permite
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continuar a combustão. Para ser usado no combate a incêndio, o CO2 vem comprimido sob a
forma líquida em um cilindro metálico.

Quando sofre uma descompressão brusca, vaporiza-se de tal forma que a sua temperatura
desce a vários graus abaixo de zero ( -79º C ) atingindo a forma de névoa carbônica ( gelo
seco ).

Se for utilizado nos incêndios numa temperatura tão baixa, haverá um certo tipo de
resfriamento que auxiliará a extinção do mesmo. Entretanto o CO2 extingue o fogo
primariamente por abafamento e secundariamente porresfriamento.

AGENTES QUÍMICOS SECOS

São produtos químicos pulverizados os quais tem a propriedade de extinguir o fogo por
abafamento.

Quando aplicado sobre a superfície do combustível, o agente químico seco forma uma
névoa de pó, que deslocará o ar rico em oxigênio em seguida assentará esta névoa
sobre a superfície do combustível evitando contato dos radicais livres com o
comburente.

Estudos mais recentes, porém. Indicam que o bicarbonato de sódio quando em contato com o
fogo descompõe-se reagindo com os radicais livres e gerando compostos mais estáveis, o que
indica que os agentes químicos secos agem também pela quebra da reação em cadeia.

OS AGENTES QUÍMICOS MAIS USUAIS SÃO:

Dizemos então que o agente químico seco extingue o fogo por abafamento e dizemos então
que os Agentes Extintores Químicos Secos extinguem o fogo por abafamento e
secundariamente por extinção química.

VAPOR

Usa-se vapor para extingue incêndios de classe “ B ” principalmente em:


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Porões e praças de caldeiras

Porões de praças de navios a vapor

Quando o incêndio se mostra insensível a outros métodos, usa-se então o vapor. Nesse caso,
o seu uso obriga o isolamento da área, que nessa ocasião ficará totalmente fechada.

Para extingue um incêndio usando vapor deve-se tomar as seguintes providencias.

Só poderá se abrir à área novamente, quando se estiver certeza que a temperatura no seu
interior caiu até próximo do normal e o fogo foi totalmente debelado.

Se isto não acontecer, o oxigênio do ar que entra pela porta reativará o incêndio.

AGENTES HALOGENADOS

Denominamos de agentes halogenados a um grupo de agentes extintores que são produtos


químicos pulverizados que tem a propriedade de extingue o fogo por extinção química.

Estes agentes quando aplicados sobre a superfície da combustão, reagem diretamente com o
combustível ou com seus radicais livres gerando compostos estáveis que evitam a reação em
cadeia.

Por ser um grupo de agentes extintores, podemos ter agentes de carga sólida (pó químico) ex.
tetra cloreto de carbono; carga liquida clorobromotrifluorometano – carga gasosa.- Halon 1211

Embora estes agentes sejam indicados para o uso em centros de processamentos de dados,
laboratórios, aviação, navegação. Indústrias automobilísticas, instalações radiofônica e de
televisão, hoje tem seu uso restrito, uma vez que pode ser mais tóxicos do que seus próprios
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produtos de ação. Portanto a utilização destes agentes extintores requer que o Bombeiro esteja
equipado com mascaras de respiração artificial, ou equipamento autônomo.

LIMITAÇÕES DOS AGENTES EXTINTORES

Os agentes extintores são os meios de que dispomos para extingui os incêndios. Quando
utilizados incorretamente, podem causar mais prejuízos do que benefícios.

Embora sejam eficazes para extinção de incêndios, os agentes extintores possuem também
certas propriedades que limitam seu uso no combate a incêndios, que deve ser observado
atentamente pelo homem de prevenção e combate a incêndios.

Abaixo citaremos as principais limitações que possuem cada um dos agentes extintor

ÁGUA

Aparentemente o mais inócuo dos agentes extintores, entretanto, oferece alguns riscos que
devem ser evitados:

Condutividade elétrica – a água é uma boa condutora de energia elétrica, portanto nunca
deverá ser utilizada em incêndios de classe “ C ”

Tensão superficial – a superfície da água possui uma película causada por sua tensão
superficial, que evita a sua penetração em combustíveis sólidos, para reduzirmos sua tensão
superficial devemos adicionar a água um agente umectante.

Reatividade – em geral a água não deve ser utilizada em incêndios que envolvam carbonatos,
peróxido, sódios metálicos, magnésio pulverizado, etc. , uma vez que reage violentamente com
estes produtos Químicos.

Baixa viscosidade – a água possui uma baixa viscosidade, e faz com que escoe facilmente e
rapidamente, dificultando assim a sua capacidade de cobrir o fogo. Nestes casos é necessário
aplicar a água por um período de tempo mais prolongado e em grande volume.

ESPUMA
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É realmente o agente extintor mais inócuo que existe, mais certos cuidados devem ser
tomados quanto:

Condutividade elétrica – por ser 90% a base de água a espuma conduz também eletricidade,
portanto nunca deverá ser utilizado em incêndios de classe “C”.

Risco de explosão – não se deve utilizar a espuma em incêndios que envolvam gás liqüefeito
de petróleo tais como: butano, propano, butadeino etc. pois estes decompõem violentamente a
espuma causando explosão por liberação rápida de energia.

Óleos de alta viscosidade em alta temperatura – é desaconselhável o uso de espuma em


recipientes que contenham óleos de alta viscosidade, tipo bunker oil , que tenham permanecido
por muito tempo em alta temperatura, pois essa aplicação poderá causar o boil over.

ANIDRIDO CARBONICO OU CO2

O anidrido carbônico mais conhecido gás carbônico ou CO2, como agente extintor tem
relativamente poucas limitações.

Toxidade – embora o gás carbônico não seja tóxico, pode em determinada concentração
causar desmaios e em concentrações maiores causar a morte. A uma concentração de 9%
p.p.m pode causar desmaios, e a 15% p.p.m pode provocar morte por asfixia se a vitima
permanecer por mais três minutos a esta concentração.

Superfícies quentes ou braseiros – incêndios aparentemente extintos por CO2 podem sofrer
reignição, se no local permanecer superfícies quentes ou braseiros.
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Material contendo oxigênio – embora seja um agente extintor por excelência, o gás carbônico
pouco será útil para se extinguir incêndios que envolvam moléculas de oxigênio ligadas a sua
estrutura molecular, tais como: nitrato de celulose, nitrato de carbono (pólvora negra), etc.

Metais pirofóricos – incêndios que envolvam metais pirofóricos: como sódio , potássio, pó de
magnésio, oxido nitroso, não podem ser extintos por CO2, pois estes decompõem o gás
carbônico.

AGENTES QUIMICOS SECOS

Embora sejam tóxicos os agentes químicos secos possuem duas limitações.

Perigo de asfixia – quando em recinto fechado, o uso da quantidade de agentes químicos


secos deve ser controlada, pois o uso de quantidades excessivas podem provocar asfixia do
operador.

Corrosividade – pode ser à base de hidróxidos e monofosfato, os agentes químicos, quando


aplicados sobre o fogo, se decompõem produzindo vapor d’água e sais, estes sais corroem as
partes metálicas, se permanecerem por muito tempo sobre eles, portanto após a extinção todo
o material elétrico devera ser limpo

AGENTES HALOGENADOS

Os agentes halogenados apresentam as seguintes limitações:

Toxidade – uma vez que os agentes halogenados reagem com fragmentos moleculares do
combustível, interrompendo a transmissão de calor intramolecular, em certos casos produzem
produtos mais estáveis, mas que se tornam mais perigosos ou tóxicos do que o próprio agente
extintor. Citamos como exemplo o tetracloreto de carbono, que por si só é tóxico e quando é
aplicado sobre o fogo o gás “ fosfagênio” altamente toxico. Portanto o uso destes agentes
requer o uso de equipamentos de proteção individual (P.A)
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Fator de corrosão – alguns dos agentes halogenados apresentam fator de


corrosão, principalmente quando umedecidos. Por exemplo – brometo de metila (pó químico)
ataca com severidade o alumínio e suas ligas, e com poucas insignificância o aço, mas quando
umedecido, gera o acido hidrobrômico, que ataca com severidade o aço com inoxidável. O
clobrometano como na maioria dos agentes a base de cloro e bromo, Não corrói o aço, bronze
e chumbo, mas ataca o alumínio, magnésio e quando umedecido ataca com severidade o ferro.
O tetra cloreto de carbono é corrosivo principalmente quando umedecido, pois gera o acido
clorídrico. Os agentes mais estáveis são à base de flúor, entretanto quando umedecido ataca o
bronze e corroem o aço, pois geram acido fluorídrico.

AGENTES EXTINTORES NOVOS

AGENTE EXTINTOR INERGEN

INERGEN é um gás inerte, não corrosivo, não combustível e não reagente com a maioria das
substâncias. Contêm apenas gases de ocorrência natural na atmosfera não contribui para o
aquecimento da atmosfera (efeito estufa) e não representa risco para camada de Ozônio.
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Obtido pela mistura de três gases; Nitrogênio (52%), Argônio (40%) e Dióxido de Carbono
(8%), o agente extintor INERGEN extingue o fogo reduzindo o nível de Oxigênio, no ambiente,
abaixo do ponto de sustentação da combustão.

Quando INERGEN é descarregado em uma sala, introduz uma mistura apropriada de gases de
modo a permitir a respiração em uma atmosfera com baixo nível de Oxigênio, estimulando a
capacidade do corpo humano de assimilar Oxigênio. A atmosfera normal de uma sala contém
21% de Oxigênio e menos de 1% de Dióxido de Carbono. Se a quantidade do primeiro for
reduzida abaixo de 15%, a maioria dos combustíveis não mais queimara. O INERGEN irá
reduzir o nível do Oxigênio do ambiente para 12,5% enquanto eleva a concentração de Dióxido
de Carbono para 4%. O aumento da quantidade de Dióxido de Carbono aumenta a taxa
respiratória e a capacidade de absorção de Oxigênio do organismo. Em síntese, o corpo
humano é estimulado, pelo Dióxido de Carbono, a respirar mais rápida e profundamente, para
compensar a redução de Oxigênio na atmosfera.

IMPACTO AMBIENTAL

INERGEN é uma mistura de três gases normalmente encontrada na natureza; Nitrogênio,


Argônio e Dióxido de Carbono.

Em decorrência disto, não ataca a camada de Ozônio E não contribui para o aquecimento
global da atmosfera , ao contrário das substancias químicas que possuem longo tempo de vida
na atmosfera.

Uma vez que o INERGEN é composto de gases atmosféricos, não possui os problemas de
toxicidade associados aos agentes alternativos ao Halon, originários de processos químicos,
nem produz subprodutos perigosos como ácidos fluorídricos nos produtos que contem flúor em
sua formulação, resultante da decomposição térmica pela exposição ao fogo (razão pela qual a
NFPA-2001 Cap. 3 Parágrafo 3.8.1.2 determina que estes produtos devem ser lançados em no
máximo 10 Seg.).

Existem também, ao contrário dos agentes químicos alternativos, limitações quanto aos testes
de sistemas e obrigatoriedade de recuperação do agente (NFPA 2001 Cap. 4 Parágrafo 4.1.4).

APLICAÇÃO

O agente extintor INERGEN é aplicado em áreas confinadas sendo particularmente útil em


riscos onde é desejável ou essencial um agente extintor não condutivo, onde obstáculos
exigem a utilização de um agente gasoso, onde um agente limpo se faz necessário ou ainda
onde a área de risco é normalmente ocupada e exige um agente não-tóxico.

As seguintes áreas são típicas para o uso do Agente Extintor INERGEN:


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Data Center;

Pisos falsos;

Fitotecas;

Áreas de processos;

Salas de controle;

Áreas normalmente, ocupadas ou não;

Contento equipamento elétrico ou eletrônico sensível ou insubstituível;

Áreas enclausuradas.

NORMA REGULAMENTADORA 23 - NR 23

PROTEÇÃO CONTRA INCENDIOS

23.1 Disposições gerais.


23.1.1 Todas as empresas deverão possuir:
a) proteção contra incêndio;
b) saídas suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço, em caso de
incêndio;
c) equipamento suficiente para combater o fogo em seu início;
d) pessoas adestradas no uso correto desses equipamentos.
Saídas

23.2 Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e dispostas


de modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com
rapidez e segurança, em caso de emergência. (123.001-8 / I3)
23.2.1 A largura mínima das aberturas de saída deverá ser de 1,20m (um metro e
vinte centímetros). (123.002-6 / I2)
23.2.2 O sentido de abertura da porta não poderá ser para o interior do local de
trabalho. (123.003-4 / I1)
23.2.3 Onde não for possível o acesso imediato às saídas, deverão existir, em caráter
permanente e completamente desobstruídos, circulações internas ou corredores de
acesso contínuos e seguros, com largura mínima de 1,20m (um metro e vinte
centímetros). (123.004-2 / I2)
23.2.4 Quando não for possível atingir, diretamente, as portas de saída, deverão
existir, em caráter permanente, vias de passagem ou corredores, com largura mínima
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de 1,20m (um metro e vinte centímetros) sempre rigorosamente desobstruídos.


(123.005-0 / I2)
23.2.5 As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas
por meio de placas ou sinais luminosos, indicando a direção da saída. (123.006-9 / I1)
23.2.6 As saídas devem ser dispostas de tal forma que, entre elas e qualquer local de
trabalho não se tenha de percorrer distância maior que 15,00m (quinze metros) nas de
risco grande e 30,00m (trinta metros) nas de risco médio ou pequeno. (123.007-7 / I2)
23.2.6.1 Estas distâncias poderão ser modificadas, para mais ou menos, a critério da
autoridade competente em segurança do trabalho, se houver instalações de chuveiros
(sprinklers), automáticos, e segundo a natureza do risco.
23.2.7 As saídas e as vias de circulação não devem comportar escadas nem degraus;
as passagens serão bem iluminadas. (123.008-5 / I2)
23.2.8 Os pisos, de níveis diferentes, deverão ter rampas que os contornem
suavemente e, neste caso, deverá ser colocado um "aviso" no início da rampa, no
sentido do da descida. (123.009-3 / I2)
23.2.9 Escadas em espiral, de mãos ou externas de madeira, não serão consideradas
partes de uma saída.
23.3 Portas.
23.3.1 As portas de saída devem ser de batentes ou portas corrediças horizontais, a
critério da autoridade competente em segurança do trabalho. (123.010-7 / I2)

23.3.2 As portas verticais, as de enrolar e as giratórias não serão permitidas em


comunicações internas. (123.011-5 / I3)
23.3.3 Todas as portas de batente, tanto as de saída como as de comunicações
internas, devem:
a) abrir no sentido da saída; (123.012-3 / I2)
b) situar-se de tal modo que, ao se abrirem, não impeçam as vias de passagem.
(123.013-1 / I2)

23.3.4 As portas que conduzem às escadas devem ser dispostas de maneira a não
diminuírem a largura efetiva dessas escadas. (123.014-0 / I2).
23.3.5 As portas de saída devem ser dispostas de maneira a serem visíveis, ficando
terminantemente proibido qualquer obstáculo, mesmo ocasional, que entrave o seu
acesso ou a sua vista. (123.015-8 / I2)
23.3.6 Nenhuma porta de entrada, ou saída, ou de emergência de um estabelecimento
ou local de trabalho, deverá ser fechada a chave, aferrolhada ou presa durante as
horas de trabalho. (123.016-6 / I2)
23.3.7 Durante as horas de trabalho, poderão ser fechadas com dispositivos de
segurança, que permitam a qualquer pessoa abri-las facilmente do interior do
estabelecimento ou do local de trabalho. (123.017-4 / I2)
23.3.7.1 Em hipótese alguma, as portas de emergência deverão ser fechadas pelo
lado externo, mesmo fora do horário de trabalho. (123.018-2 / I3)
23.4 Escadas.
23.4.1 Todas as escadas, plataformas e patamares deverão ser feitos com materiais
incombustíveis e resistentes ao fogo. (123.019-0 / I2)
23.5 Ascensores.
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23.5.1 Os poços e monta-cargas respectivos, nas construções de mais de 2 (dois)


pavimentos, devem ser inteiramente de material resistente ao fogo. (123.020-4 / I2)
23.6 Portas corta-fogo.
23.6.1 As caixas de escadas deverão ser providas de portas corta-fogo, fechando-se
automaticamente e podendo ser abertas facilmente pelos 2 (dois) lados. (123.021-2 /
I3)
23.7 Combate ao fogo.
23.7.1 Tão cedo o fogo se manifeste, cabe:
a) acionar o sistema de alarme;
b) chamar imediatamente o Corpo de Bombeiros;
c) desligar máquinas e aparelhos elétricos, quando a operação do desligamento não
envolver riscos adicionais;
d) atacá-lo, o mais rapidamente possível, pelos meios adequados.
23.7.2 As máquinas e aparelhos elétricos que não devam ser desligados em caso de
incêndio deverão conter placa com aviso referente a este fato, próximo à chave de
interrupção. (123.022-0 / I1)
23.7.3 Poderão ser exigidos, para certos tipos de indústria ou de atividade em que seja
grande o risco de incêndio, requisitos especiais de construção, tais como portas e
paredes corta-fogo ou diques ao redor de reservatórios elevados de inflamáveis.
23.8 Exercício de alerta.
23.8.1 Os exercícios de combate ao fogo deverão ser feitos periodicamente,
objetivando:
a) que o pessoal grave o significado do sinal de alarme; (123.023-9 / I2)
b) que a evacuação do local se faça em boa ordem; (123.024-7 / I2)
c) que seja evitado qualquer pânico; (123.025-5 / I2)
d) que sejam atribuídas tarefas e responsabilidades específicas aos empregados;
(123.026-3 / I2)
e) que seja verificado se a sirene de alarme foi ouvida em todas as áreas. (123.027-1 /
I2).
23.8.2 Os exercícios deverão ser realizados sob a direção de um grupo de pessoas,
capazes de prepará-los e dirigi-los, comportando um chefe e ajudantes em número
necessário, segundo as características do estabelecimento. (123.028-0 / I1)
23.8.3 Os planos de exercício de alerta deverão ser preparados como se fossem para
um caso real de incêndio. (123.029-8 / I1)
23.8.4 Nas fábricas que mantenham equipes organizadas de bombeiros, os exercícios
devem se realizar periodicamente, de preferência, sem aviso e se aproximando, o
mais possível, das condições reais de luta contra o incêndio. (123.030-1 / I1)
23.8.5 As fábricas ou estabelecimentos que não mantenham equipes de bombeiros
deverão ter alguns membros do pessoal operário, bem como os guardas e vigias,
especialmente exercitados no correto manejo do material de luta contra o fogo e o seu
emprego. (123.031-0 / I1).

23.9 Classes de fogo.


23.9.1 Será adotada, para efeito de facilidade na aplicação das presentes disposições,
a seguinte classificação de fogo:
Classe A - são materiais de fácil combustão com a propriedade de queimarem em sua
superfície e profundidade, e que deixam resíduos, como: tecidos, madeira, papel, fibra,
etc.;
Classe B - são considerados inflamáveis os produtos que queimem somente em sua
superfície, não deixando resíduos, como óleo, graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc.;
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Classe C - quando ocorrem em equipamentos elétricos energizados como motores,


transformadores, quadros de distribuição, fios, etc.
23.9.2 Classe D - elementos pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio.
23.10 Extinção por meio de água.
23.10.1 Nos estabelecimentos industriais de 50 (cinqüenta) ou mais empregados, deve
haver um aprisionamento conveniente de água sob pressão, a fim de, a qualquer
tempo, extinguir os começos de fogo de Classe A. (123.032-8 / I2)
23.10.2 Os pontos de captação de água deverão ser facilmente acessíveis, e situados
ou protegidos de maneira a não poderem ser danificados. (123.033-6 / I2)
23.10.3 Os pontos de captação de água e os encanamentos de alimentação deverão
ser experimentados, freqüentemente, a fim de evitar o acúmulo de resíduos. (123.034-
4 / I2)
"23.10.4 A água nunca será empregada:

a) nos fogos de Classe B, salvo quando pulverizada sob a forma de neblina;

b) nos fogos de Classe C, salvo quando se tratar de água pulverizada; e,

c) nos fogos de Classe D.

23.10.5 Os chuveiros automáticos ("splinklers") devem ter seus registros sempre


abertos e só poderão ser fechados em caso de manutenção ou inspeção, com ordem
do responsável pela manutenção ou inspeção.

23.10.5.1 Deve existir um espaço livre de pelo menos 1,00 m (um metro) abaixo e ao
redor dos pontos de saída dos chuveiros automáticos ("splinklers"), a fim de assegurar
a dispersão eficaz da água."

23.11 Extintores.
23.11.1 Em todos os estabelecimentos ou locais de trabalho só devem ser utilizados
extintores de incêndio que obedeçam às normas brasileiras ou regulamentos técnicos
do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO,
garantindo essa exigência pela aposição nos aparelhos de identificação de
conformidade de órgãos de certificação credenciados pelo INMETRO. (123.037-9 / I2)
23.12 Extintores portáteis.
23.12.1 Todos os estabelecimentos, mesmo os dotados de chuveiros automáticos,
deverão ser providos de extintores portáteis, a fim de combater o fogo em seu início.
Tais aparelhos devem ser apropriados à classe do fogo a extinguir. (123.038-7 / I3)
23.13 Tipos de extintores portáteis.
23.13.1 O extintor tipo "Espuma" será usado nos fogos de Classe A e B. (123.039-5 /
I2)
23.13.2 O extintor tipo "Dióxido de Carbono" será usado, preferencialmente, nos fogos
das Classes B e C, embora possa ser usado também nos fogos de Classe A em seu
início. (123.040-9 / I2).

23.13.3 O extintor tipo "Químico Seco" usar-se-á nos fogos das Classes B e C. As
unidades de tipo maior de 60 a 150 kg deverão ser montadas sobre rodas. Nos
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incêndios Classe D, será usado o extintor tipo "Químico Seco", porém o pó químico
será especial para cada material. (123.041-7 / I2)
23.13.4 O extintor tipo "Água Pressurizada", ou "Água-Gás", deve ser usado em fogos
Classe A, com capacidade variável entre 10 (dez) e 18 (dezoito) litros. (123.042-5 / I2)
23.13.5 Outros tipos de extintores portáteis só serão admitidos com a prévia
autorização da autoridade competente em matéria de segurança do trabalho.
(123.043-3 / I2)
23.13.6 Método de abafamento por meio de areia (balde areia) poderá ser usado como
variante nos fogos das Classes B e D. (123.044-1 / I2)
23.13.7 Método de abafamento por meio de limalha de ferro fundido poderá ser usado
como variante nos fogos Classe D. (123.045-0 / I2)
23.14 Inspeção dos extintores.
23.14.1 Todo extintor deverá ter 1 (uma) ficha de controle de inspeção (ver modelo no
anexo). (123.046-8 / I2)
23.14.2 Cada extintor deverá ser inspecionado visualmente a cada mês, examinando-
se o seu aspecto externo, os lacres, os manômetros, quando o extintor for do tipo
pressurizado, verificando se o bico e válvulas de alívio não estão entupidos. (123.047-
6 / I2)
23.14.3 Cada extintor deverá ter uma etiqueta de identificação presa ao seu bojo, com
data em que foi carregado, data para recarga e número de identificação. Essa etiqueta
deverá ser protegida convenientemente a fim de evitar que esses dados sejam
danificados. (123.048-4 / I2)
23.14.4 Os cilindros dos extintores de pressão injetada deverão ser pesados
semestralmente. Se a perda de peso for além de 10% (dez por cento) do peso original,
deverá ser providenciada a sua recarga. (123.049-2/I2).
23.14.5 O extintor tipo "Espuma" deverá ser recarregado anualmente. (123.050-6 / I2)
23.14.6. As operações de recarga dos extintores deverão ser feitas de acordo com
normas técnicas oficiais vigentes no País. (123.051-4 / I2).

23.15 Quantidade de extintores.


23.15.1 Nas ocupações ou locais de trabalho, a quantidade de extintores será
determinada pelas condições seguintes, estabelecidas para uma unidade extintora
conforme o item 23.16. (123.052-2 / I2)

23.17 Localização e Sinalização dos Extintores.


23.17.1 Os extintores deverão ser colocados em locais: (123.055-7 / I1)
a) de fácil visualização;
b) de fácil acesso;
c) onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso.
23.17.2 Os locais destinados aos extintores devem ser assinalados por um círculo
vermelho ou por uma seta larga, vermelha, com bordas amarelas. (123.056-5 / I1)
23.17.3 Deverá ser pintada de vermelho uma larga área do piso embaixo do extintor, a
qual não poderá ser obstruída por forma nenhuma. Essa área deverá ser no mínimo
de 1,00m x 1,00m (um metro x um metro). (123.057-3 / I1)
23.17.4 Os extintores não deverão ter sua parte superior a mais de 1,60m (um metro e
sessenta centímetros) acima do piso. Os baldes não deverão ter seus rebordos a
menos de 0,60m (sessenta centímetros) nem a mais de 1,50m (um metro e cinqüenta
centímetros) acima do piso. (123.058-1 / I1)
23.17.5 Os extintores não deverão ser localizados nas paredes das escadas.
(123.059-0 /
23.17.6 Os extintores sobre rodas deverão ter garantido sempre o livre acesso a
qualquer ponto de fábrica. (123.060-3 / I1).

23.17.7 Os extintores não poderão ser encobertos por pilhas de materiais. (123.061-1 /
I1)
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23.18 Sistemas de alarme.


23.18.1 Nos estabelecimentos de riscos elevados ou médios, deverá haver um
sistema de alarme capaz de dar sinais perceptíveis em todos os locais da construção.
(123.062-0 / I3)

23.18.2 Cada pavimento do estabelecimento deverá ser provido de um número


suficiente de pontos capazes de pôr em ação o sistema de alarme adotado. (123.063-
8 / I2)
23.18.3 As campainhas ou sirenes de alarme deverão emitir um som distinto em
tonalidade e altura, de todos os outros dispositivos acústicos do estabelecimento.
(123.064-6 / I1)
23.18.4 Os botões de acionamento de alarme devem ser colocados nas áreas comuns
dos acessos dos pavimentos. (123.065-4 / I1)
23.18.5 Os botões de acionamento devem ser colocados em lugar visível e no interior
de caixas lacradas com tampa de vidro ou plástico, facilmente quebrável. Esta caixa
deverá conter a inscrição "Quebrar em caso de emergência". (123.066-2 / I1)

(*) Instituto de Resseguros do Brasil


23.15.1.1 Independentemente da área ocupada, deverá existir pelo menos 2 (dois)
extintores para cada pavimento. (123.053-0 / I2)
23.16 Unidade extintora. (123.054-9 / I2)

Fenômenos do Fogo

Flashover

A teoria do flashover diz que durante o crescimento do incêndio, o calor da combustão


poderá aquecer gradualmente todos os materiais combustíveis presentes no ambiente
e fazer com que eles alcancem, simultaneamente, seu ponto de ignição, produzindo a
queima instantânea e concomitante desses materiais (dita, ignição súbita generalizada
ou inflamação generalizada). Isso acontece porque a camada de gases do incêndio
(gases aquecidos) que se cria no teto da edificação durante a fase de crescimento do
fogo irradia calor para os materiais combustíveis situados longe da origem do fogo
(zona de pressão positiva). Esse calor irradiado produz a pirólise dos materiais
combustíveis do ambiente. Os gases que se produzem durante este período se
aquecem até a temperatura de ignição e ocorre o flashover, ficando toda a área
envolvida pelas chamas.

Flashover
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Backdraft

A diminuição da oferta de oxigênio (limitação da ventilação) poderá gerar o acúmulo


de significativas proporções de gases inflamáveis, produtos parciais da combustão e
das partículas de carbonoparticulado ainda não queimadas. Se estes gases
acumulados forem oxigenados por uma corrente de ar proveniente de alguma abertura
no compartimento produzirão uma deflagração repentina. Esta explosão que se move
através do ambiente e para fora da abertura é denominada de ignição explosiva, termo
que em inglês é denominada de backdraft ou backdraught.

Backdraft
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Bleve

BLEVE (Boiling Liquid Expanding Vapour Explosion)


ou “Bola de Fogo” é uma combinação de incêndio e explosão, com uma emissão
intensa de calor radiante, em um intervalo de tempo muito pequeno. É uma
explosão de gás ou vapor em expansão proveniente de um líquido em ebulição.
Pode ser definido como o mais grave modo de falha de um recipiente: sua ruptura
em dois ou mais pedaços, no momento em que o conteúdo líquido está acima do
seu ponto de ebulição à pressão atmosférica normal, geralmente resultante de uma
exposição de recipiente a um incêndio.

Bleve

Boil Over

Boil Over: fenômeno que ocorre devido ao armazenamento de água no fundo de um


recipiente,sob combustíveis inflamáveis, sendo que água empurra o combustível
aquecido, para cima ,durante um incêndio,espalhando e arremessando-o a grandes
distância.

Boil Over
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LEI Nº 11.901, DE 12 DE JANEIRO DE 2009

DOU de 13.1.2009

Dispõe sobre a profissão de Bombeiro Civil e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o O exercício da profissão de Bombeiro Civil reger-se-á pelo disposto nesta Lei.

Art. 2o Considera-se Bombeiro Civil aquele que, habilitado nos termos desta Lei,
exerça, em caráter habitual, função remunerada e exclusiva de prevenção e combate a
incêndio, como empregado contratado diretamente por empresas privadas ou públicas,
sociedades de economia mista, ou empresas especializadas em prestação de serviços de
prevenção e combate a incêndio.

§ 1o (VETADO)

§ 2o No atendimento a sinistros em que atuem, em conjunto, os Bombeiros Civis e o


Corpo de Bombeiros Militar, a coordenação e a direção das ações caberão, com
exclusividade e em qualquer hipótese, à corporação militar.

Art. 3o (VETADO)

Art. 4o As funções de Bombeiro Civil são assim classificadas:

I - Bombeiro Civil, nível básico, combatente direto ou não do fogo;

II - Bombeiro Civil Líder, o formado como técnico em prevenção e combate a incêndio,


em nível de ensino médio, comandante de guarnição em seu horário de trabalho;

III - Bombeiro Civil Mestre, o formado em engenharia com especialização em


prevenção e combate a incêndio, responsável pelo Departamento de Prevenção e
Combate a Incêndio.

Art. 5o A jornada do Bombeiro Civil é de 12 (doze) horas de trabalho por 36 (trinta e


seis) horas de descanso, num total de 36 (trinta e seis) horas semanais.

Art. 6o É assegurado ao Bombeiro Civil:

I - uniforme especial a expensas do empregador;

II - seguro de vida em grupo, estipulado pelo empregador;


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III - adicional de periculosidade de 30% (trinta por cento) do salário mensal sem os
acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa;

IV - o direito à reciclagem periódica.

Art. 7o (VETADO)

Art. 8o As empresas especializadas e os cursos de formação de Bombeiro Civil, bem


como os cursos técnicos de segundo grau de prevenção e combate a incêndio que
infringirem as disposições desta Lei, ficarão sujeitos às seguintes penalidades:

I - advertência;

II - (VETADO)

III - proibição temporária de funcionamento;

IV - cancelamento da autorização e registro para funcionar.

Art. 9o As empresas e demais entidades que se utilizem do serviço de Bombeiro Civil


poderão firmar convênios com os Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, dos
Territórios e do Distrito Federal, para assistência técnica a seus profissionais.

Art. 10. (VETADO)

Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 12 de janeiro de 2009; 188o da Independência e 121o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA


Tarso Genro
Carlos Lupi
João Bernardo de Azevedo Bringel
José Antonio Dias Toffoli

Alfabeto Internacional Fonético

A ALFA AL FAH N NOVEMBER NO VEMM BER


B BRAVO BRA VO O OSCAR OSS KAR
C CHARLIE CHAR LI P PAPA PAH PAH
D DELTA DEL TAH Q QUEBEC KE BEK
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E ECHO EK O R ROMEO RO MIO


F FOXTROT FOX TROTT S SIERRA SI ER RAH
G GOLF GOLF T TANGO TANG GO
H HOTEL HO TELL U UNIFORM YOU NI FORM
I INDIA IN DI AH V VICTOR VIK TOR
J JULIETT DJOU LI ETT W WHISKEY OUISS KI
K KILO KI LO X X-RAY EKSS REI
L LIMA LI MAH Y YANKEE YANG KI
M MIKE MA IK Z ZOULOU ZOU LOU

QRA - Nome da estação ou operador.

QTH - Localização fixa ou de momento.

QAP - Na escuta.

QTS - Queira transmitir seu indicativo de chamada.

QSL - Compreendido.

TKS - Obrigado.

QRU - Mensagem urgente.

QRX - Aguarde na freqüência.

QRZ - Fala quem chamou.

QTQ - Transmitir mais rapidamente.

QRS - Transmitir mais lentamente.

QRL - Canal ocupado.

QRO - Aumentar potência da estação.

QRP - Diminuir potência da estação.


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QSN - Você me ouviu.

QSP - Retransmissão da mensagem ( Ponte ).

QTR - Horário.

QTI - Destino rumo.

QRT - Fora do ar .

QTC - Mensagem.

QRV - As suas ordens.

QSO - Contato.

QTA - Cancelar a mensagem.

QSJ - Dinheiro.

QRM- Interferência de outra estação ou efeitos atmosféricos.

QRN - Interferência por estática ou efeitos atmosféricos.

QTO - Sanitário.

QAR - Abandonar escuta.

QRB - A que distancia aproximada esta da minha estação.

QRE - Qual a hora estimada de chegada.

QRF - Está regressando a... ( lugar ) ?

QTJ - Qual a sua velocidade?

QRD - Onde vai e de onde vem ?

QUB - Informar sua visibilidade.

QSC - Sua embarcação é de carga ?

QTY - A caminho do local do acidente.

QTU - Qual o horário de funcionamento da estação?

QTF - Recebeu sinal de perigo transmitido por estação móvel

QTN - A que horas saiu de... ( lugar ).


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QSY - Mudar para outra freqüência.

QRG - Freqüência exata.

QUM - O tráfico de perigo terminou?

QSQ - Tem médico a bordo?

QSI - Consegue interromper minha transmissão.

QSK - Pode ouvir-me entre seus sinais?

QSM - Devo repetir a mensagem?

QUD - Receber sinal de urgência.

NIL - Nada nenhuma.

QSG - Devo transmitir...telegramas de uma vez.

QUA - Notícias.

QSU - Transmita ou respondem tantos... kc/s.

QSV - Devo transmitir uma série de v`s nesta freqüência ou...kc/s ou...mc/s?

QSW - Vai transmitir nesta freqüência ou em...kc/s ou mc/s com emissões do tipo?

QSX - Quer escutar a... ( indicativo de chamada em kc/s ou mc/s ) ?

QTV - Devo fazer a escuta por você na freq ....kc/s às... horas?

QSB - A intensidade dos meus sinais varia?

QRW - Devo avisar a... que você está chamando em ...kc/s?

QSA - Valor da transmissão :1 muito fraca, 2 fraca, 3 regular, 4 forte, 5 ótima .

QRK - Legibilidade dos sinais : 1. Legível, 2. Legível com intermitência, 3. Legível com
Dificuldade, 4. Legível .

QRI - Qual a tonalidade da minha estação.

QRH - Esta havendo variação de freq. na estação.

QRC - Que organização liquida as contas de sua estação.

QSB - Seus sinais estão sumindo.

QSD - Minha manipulação é defeituosa ?

QRY - Qual minha ordem de vez ?


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QRR - Está pronto para operação automática transmita por minuto ?

QSZ - Tenho que transmitir cada palavra ou grupo, duas vezes .

QTB - Concorda com minha contagem de palavra?

QTE - Qual a minha marcação verdadeira em relação a voçê?

QTF - Indicar a posição da estação (latitude e longitude ).

QTK - Qual a velocidade da aeronave em relação a superfície da terra.

QTO - Já decolou, já zarpou de...( ponto ). (Banheiro).

QTP - Vai pousar ou aterrisar ?Ou vai aportar em...?

QTQ - Pode comunicar-se através de código Morse?

QTX - Quer manter sua estação no ar até que eu avise.

QUG - Será forçado a pousar ou aterrisar?

QUH - De a pressão barométrica atual ao nível do mar.

QUI - Suas luzes de navegação estão acesas?

QUJ - Quer indicar a proa verdadeira que devo seguir para dirigir-me em sua direção?

QUK - Pode me informar sobre as condições do mar em... ( lugar ou coordenadas )?

QUL - Quer me informar as vagas observadas em... ( lugar ou coordenadas )?

QUN - Solicito as embarcações que se encontram em minhas proximidades imediatas ou nas


proximidades de latitude... e longitude que indiquem sua posição ,rumo e velocidade deve
efetivar busca de : 1 aeronave, 2 navio, 3 barco salva vidas, 4 veiculo.

QUP - 1. Refletores, 2. Rastro de fumaça

QUQ - Devo orientar meu refletor quase verticalmente para uma nuvem piscando se Possível.

QUR - Os sobreviventes :1. receberão salva vidas, 2. foram resgatados.

QUO - Nas proximidades de latitude... longitude... ( ou de acordo com qualquer outra indicação
)? Indicar sua posição por meio de:

QUS - Avistou os sobreviventes ou os destroços? Em caso positivo (posição).

QUT - O local do acidente já foi assinalado?

QUU - Quer que dirija o navio ou a aeronave para minha posição?

QUV - Qual a minha marcação magnética com relação a...?(graus às ...hs).


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QUX - Quer indicar a proa magnética que devo seguir para me dirigir à sua posição.

GLOSSÁRIO DO INCÊNDIO

ABAFADOR: haste de madeira geralmente contendo tiras de mangueira ou até


mesmo ramos vegetais verdes, usada para apagar fogo em mato. É também
conhecida como “vassoura-de-bruxa”.
ABAFAMENTO: ato de abafar o fogo; uma das três técnicas de extinção de
incêndio.
ABALO: diz-se do tremor causado pela natureza ou por fadiga de estrutura.
ABASTECIMENTO: suprimento de água durante um incêndio, imprescindível para
o extermínio do mesmo.
ABRAÇADEIRA: também conhecida como “tapa-furos”, é confeccionada em couro
envolto por tiras, usada para tapar mangueiras furadas; chapa de ferro usada para
segurar paredes ou vigas de madeiramento.
ABRASÃO: desgaste por fricção; raspagem.
ACEIRO: limpeza destinada a impedir acesso do fogo a cercas, árvores, casas,
etc., mediante roçada, carpa, desobstrução.

ACERAR: afiar; aguçar; amolar.


ACETILENO: gás formado pela ação da água sobre a hulha; etino.
ACETONA: líquido inflamável e volátil, obtido por destilação seca.
ACHA: peça de madeira rachada para o fogo.
AÇO: liga de ferro com carbono que se torna extremamente dura quando, depois
de aquecida, é esfriada repentinamente.
ACONDICIONAR: arranjar, arrumar; preservar contra deteriorização (cordas,
cabos ou mangueiras).
ACOPLAR: unir, ligar, juntar.
AÇUDE: construção destinada a preservar águas pluviais.
ADAPTAÇÃO: qualquer peça usada para suprir dificuldades de encaixe; peça usada
por bombeiros para ligar ou unir mangueiras com juntas de união diferentes.

ADUCHAR: ato de enrolar a mangueira de forma a permitir que a mesma


permaneça bem acondicionada, e propiciando uma forma fácil de transportá-la e
prepará-la para uso com rapidez; diz-se de todo acondicionamento de material com
o objetivo de preservá-lo.
ADUTORA: canal, galeria ou encanamento que leva água de um manancial para
um reservatório; diz-se da linha de mangueira principal para o combate a um
incêndio (a que leva água para as linhas de ataque direto).
AERODUTO: duto de ar nas instalações de ventilação.
AFERIR: medir; conferir; calibrar.
AGENTE EXTINTOR: que age, que exerce, que produz efeito sobre o fogo,
extingüindo-o.
ÁGUA: líquido formado de dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio, sem cor,
cheiro ou sabor, transparente em seu estado de pureza; agente extintor universal.
AGULHETA: tipo de esguicho de jato sólido e único, sem regulagem de proporções
ou demanda.
ALAGAMENTO: enchente de água; inundação de terras.
ALARME: aviso de algum perigo; dispositivo usado para alertar ou acionar alguém
sobre um perigo.
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ALASTRAR: estender; espalhar (o fogo).


ALAVANCA: barra inflexível, reta ou curva, apoiada ou fixa num ponto de apoio
fora de sua extensão, e destinada a mover, levantar ou sustentar qualquer corpo.
ALAVANCA CYBORG: espécie de alavanca multi-uso, possuindo uma extremidade
afilada e chata formando uma lâmina, cuja lateral estende-se um punção, e em seu
topo predomina uma superfície chata. Na outra extremidade há uma unha afiada
com entalhe em “V”. É também conhecida como “Quic-bar”.
ALCATRÃO: substância obtida pela destilação da madeira, turfa ou carvão mineral.
ALICATE: pequena ferramenta torquês, geralmente terminada em ponta mais ou
menos estreita, com variadas utilidades como prender, segurar ou cortar objetos.
ALICERCE: maciço de alvenaria que serve de base às paredes de um edifício.
ALVARÁ: documento passado por uma autoridade judiciária ou administrativa, que
contém ordem ou autorização para a prática de determinados atos.
ALVENARIA: obra feita de pedras e tijolos ligados por argamassa, cimento, etc.
AMIANTO: silicato refratário ao fogo e aos ácidos; asbesto.
AMÔNIA: solução aquosa do gás amoníaco.
AMONÍACO: gás incolor, de odor intenso e picante, muito solúvel em água,
resultante de uma combinação de nitrogênio e hidrogênio, de fórmula NH2.
ANCORAGEM: ato ou efeito de se ancorar; amarra feita com o intuito de pendurar
algo, ou manter a segurança de algo ou alguém.
ANDAIME: estrado de madeira ou metal, provisório, de que se utilizam os
pedreiros para erguerem um edifício.
ANEMÔMETRO: aparelho de medir a velocidade e a força dos ventos.
ANTEPARO: peça que se põe diante de alguma coisa ou de alguém para
resguardar.
APARELHO DE HIDRANTE: artefato para expedição de água, geralmente em
forma de “T”, usado sempre em hidrante do tipo subterrâneo, com rosca em sua
extremidade de acoplamento, para fácil e rápido manuseio.
AQUEDUTO: canal, galeria ou encanamento destinado a conduzir água de um
lugar para outro.
AR COMPRIMIDO: ar engarrafado em cilindro, sob pressão, usado por bombeiros
para proteção respiratória em casos de incêndio.
ARCO VOLTAICO: ocorre quando a energia elétrica procura um caminho para
“terra” e “salta” de um ponto energizado para um condutor em contato com o solo.
ARVORAR: ato de erguer, levantar ou elevar a escada de bombeiros.
ATAQUE: diz-se do ato do bombeiro que avança sobre o incêndio, com o intuito de
exterminá-lo; denomina-se linhas de ataque as mangueiras que são usadas para o
extermínio do incêndio.
BACKDRAFT: através de uma queima lenta e pobre em oxigênio, o fogo fica
confinado por algum tempo, sem alimentação do comburente. Quando o
comburente entra no local, ocorre uma explosão, onde é dada esta denominação
para o fenômeno.
BALACLAVA: gorro justo de malha de lã, em forma de elmo, que cobre a cabeça,
o pescoço e os ombros.
BANDÓ: espécie de protetor posterior da nuca, usado junto ao capacete, de
material refratário.
BANZO: cada uma das duas peças longitudinais principais da escada, onde de
encaixam os degraus.
BARBARÁ: espécie de hidrante, também conhecido como “de coluna”, cuja
abertura é feita por um registro tipo gaveta, possuindo uma expedição de 100mm e
duas de 63mm.

BLEVE: sigla de “Boiling Liquid Expanding Vapor Explosion”, acerca de um


fenômeno que ocorre em recipientes com líquidos inflamáveis sob pressão,
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explodindo devido a queda de resistência das paredes do cilindro.


BLOCO CONTRA FRICÇÃO: peça destinada a eliminar o atrito das mangueiras
com quinas ou cantos abrasivos.
BOIL OVER: fenômeno que ocorre devido ao armazenamento de água no fundo de
um recipiente, sob combustíveis inflamáveis, sendo que a água empurra o
combustível quente para cima, durante um incêndio, espalhando-o e
arremessando-o a grandes distâncias.
BOLSÃO: tem por finalidade carregar escombros durante o rescaldo ou servir de
recipiente para imersão de materiais em brasa.
BOMBA DE INCÊNDIO: equipamento constituído de bomba d’água hidráulica
acoplada a motor próprio (moto-bomba). Pode ser fixa, transportável por veículo ou
portátil.
BOMBA FLUTUANTE: motobomba utilizada para drenagem de água de
pavimentos subterrâneos, alagamentos, etc.
BOTA: um dos itens do Equipamento de Proteção Individual do bombeiro, podendo
ser de borracha ou couro.
CABEÇA: denominação dada a parte do incêndio florestal que se propaga com
maior rapidez, caminhando no sentido do vento. O fogo ali queima com maior
facilidade.
CABO DA VIDA: cabo solteiro feito de material sintético, de 12mm de diâmetro e
6 metros de comprimento, destinado à proteção individual do bombeiro.
CALOR: forma de energia que se transfere de um sistema para outro graças à
diferença de temperatura entre eles. Um dos quatro itens do tetraedro do fogo,
indispensável para o incêndio.
CANHÃO: esguicho constituído de um corpo tronco de cone montado sobre uma
base coletora por meio de junta móvel. É empregado quando de necessita de jato
contínuo de grande alcance e volume.
CAPA DE PINO: peça metálica em forma trapezoidal, com uma tomada quadrada,
que tem por finalidade acoplar a chave “T” no registro do hidrante, para que este
não gire em falso.
CAPACETE: um dos itens do Equipamento de Proteção Individual do bombeiro.
CHAVE “T”: ferramenta que consiste em uma barra de ferro com munhões em
forma de “T”, e em sua parte inferior, uma tomada quadrada para o acoplamento
ao registro do hidrante.
CHUVEIRO: forma de jato d’água, ideal para resfriamento.
CHUVEIRO AUTOMÁTICO: também conhecido como “sprinkler”, é um sistema de
proteção contra incêndio que, através de uma rede de distribuição de água, por
tubulação, é acionado por meio automático.
COLETOR: peça que se destina a conduzir, para uma só linha, água proveniente de
duas ou mais linhas, ocasionando, então, mais pressão.
COLUNA D’ÁGUA: linha de mangueira que consiste em recalcar água até um
esguicho na extremidade superior da edificação.
COMBATE: técnica de extinção do incêndio, formada por linhas de ataque.
COMBURENTE: um dos quatro itens do tetraedro do fogo, fundamental para se
obtê-lo. É o elemento que possibilita vida às chamas e intensifica a combustão. O
exemplo mais comum é o oxigênio.
COMBUSTÃO: reação química de oxidação, auto-sustentável, com liberação de luz,
calor, fumaça e gases.
COMBUSTÍVEL: um dos quatro itens do tetraedro do fogo. É toda a substância
capaz de queimar e alimentar a combustão, sendo o elemento que serve para a
propagação do fogo.
CONDUÇÃO: forma de propagação de calor. É a transferência de calor através de
um corpo sólido de molécula a molécula.
CONFINAMENTO: cercar o fogo, delimitá-lo em ambiente fechado para esgotar a
reserva de oxigênio, e, conseqüentemente, extingui-lo.
CONVECÇÃO: forma de propagação de calor. É a transferência de calor pelo
movimento ascendente de massas de gases ou de líquidos dentro de si próprios.
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CORRETOR DE FIOS: conhecido também como “troca-fios”, é utilizado na


correção de padrões de fios diferentes entre duas juntas do tipo rosca, sendo
empregado na rosca macho.
CORTA-A-FRIO: ferramenta para cortar telas, correntes, cadeados e outras peças
metálicas.
COSTAS OU RETAGUARDA: parte do incêndio florestal que situa-se em posição
oposta à cabeça. Queima com pouca intensidade e pode se propagar contra o vento
ou em declives.

CROQUE: ferramenta constituída de uma haste comprida, geralmente de madeira


ou plástico rígido, tendo na sua extremidade uma peça metálica com ponta e fisga.
DEDO: parte do incêndio florestal, que se predomina por faixa longa e estreita que
se propaga rapidamente a partir do foco principal.
DERIVANTE: peça metálica destinada a dividir uma linha de mangueira em outras
de igual diâmetro ou de diâmetro inferior.
DESABAMENTO: queda ou desmoronamento de estrutura sólida.
EDUTOR: peça metálica com introdução de 38mm e expedição de 63mm,
possuindo uma válvula de retenção que impede o alagamento do compartimento,
caso haja queda de pressão na introdução ou alguma obstrução no tubo de
descarga.
EMPATAÇÃO: nome dado à fixação, sob pressão, da junta de união de engate
rápido no duto da mangueira.
ENTRELINHAS: equipamento acoplado numa linha de mangueira para adicionar o
líquido gerador de espuma à água para o combate ao incêndio.
ENXADA: ferramenta de sapa que consiste em uma lâmina de metal, com um
orifício em sua parte oposta em que se encaixa um cabo de madeira no sentido
perpendicular. Usada para revolver ou cavar a terra e rescaldos.
ENXADÃO: parente da enxada, com variação no tamanho.
EPI: sigla de “Equipamento de Proteção Individual”.
EPR: sigla de “Equipamento de Proteção Respiratória”.
ESCADA: os tipos de escadas que os bombeiros utilizam são: simples, de gancho,
prolongável (constituída de dois corpos ligados entre si), crochê (dobrável) e de
bombeiro (leve e com um único banzo).
ESCORA: peça geralmente de madeira ou de metal, utilizada para proteger
estruturas em colapso.
ESCORAMENTO: operação emergencial para impedir o processo de desarticulação
ou desabamento de uma construção.
ESGUICHO: peça metálica adaptada à extremidade da linha de mangueira,
destinada a dar forma e controlar o jato d’água. Os bombeiros utilizam os tipos
agulheta, regulável, universal, canhão, monitor, pescoço de ganso, proporcionador
de espuma e lançador de espuma.
ESPUMA: agente extintor e uma das formas de aplicação de água, sendo
constituída por um aglomerado de bolhas de ar ou gás, formada por solução
aquosa, apagando o fogo por abafamento e resfriamento.
ESTRANGULADOR: utilizado para permitir contenção do fluxo da água que passa
por uma linha de mangueira, sem que haja necessidade de parar o funcionamento
da bomba de incêndio ou de fechar registros.
EXPLOSÃO: arrebentação súbita, violenta e ruidosa provocada pela libertação de
um gás ou pela expansão repentina de um corpo sólido que, no processo, se faz em
pedaços.
EXTINÇÃO: fase do combate ao incêndio em que o fogo é completamente
apagado, para posteriormente dar-se início ao rescaldo.
EXTINTOR DE INCÊNDIO: aparelho portátil de fácil manuseio, destinado a
combater princípios de incêndio.
FACÃO: ferramenta semelhante a faca, porém maior que esta, utilizada
principalmente em vegetações.
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FILTRO: peça metálica acoplada nas extremidades de admissões de bombas de


incêndio, para evitar que nelas entrem corpos estranhos.
FLANCO: a lateral do incêndio florestal que separa a cabeça das costas ou
retaguarda. A partir do flanco, forma-se o dedo.
FLASHOVER: fenômeno apresentado quando, na fase de queima livre de um
incêndio, o fogo aquece gradualmente todos os combustíveis do ambiente. Quando
determinados combustíveis atingem seu ponto de ignição, simultaneamente,
haverá uma queima instantânea desses produtos, o que poderá acarretar uma
explosão ambiental.
FOCO: ponto central de onde provém o fogo.
FOCO SECUNDÁRIO: provocado por fagulhas que o vento leva além da cabeça ou
por materiais incandescentes, durante o incêndio florestal.
FOGO: fenômeno que consiste no desprendimento de calor e luz produzidos pela
combustão de um corpo.
FRANCALETE: cinto de couro estreito e de comprimento variado dotado de fivela e
passador, utilizado na fixação de mangueiras e outros equipamentos.

FUMAÇA: porção de vapor resultante de um corpo em chamas.


GADANHO: espécie de “garfo” de sapa com dentes de ferro, utilizado no rescaldo
para arrastar ou remover materiais.
GLP: sigla de “Gás Liquefeito de Petróleo”, mais conhecido como “gás de cozinha”.
GOLPE DE ARÍETE: força ocasionada quando o fluxo da água, através de uma
tubulação ou mangueira, é interrompido de súbito. A súbita interrupção do fluxo
determina a mudança de sentido da pressão, sendo instantaneamente duplicada,
acarretando sérios danos aos equipamentos hidráulicos e à bomba de incêndio. Tal
acidente pode ser evitado com o uso da válvula de retenção.
HALON: agente extintor de compostos químicos formados por elementos
halogênios (flúor, cloro, bromo e iodo).
HIDRANTE: dispositivo colocado na rede de distribuição de água, permitindo sua
captação pelos bombeiros para combate a incêndio. Pode ser encontrado nas
versões de coluna (barbará) e subterrâneo.
HT: sigla para “hand-talk”, rádio portátil com bateria recarregável usado pelo
bombeiro.
INCÊNDIO: fogo de origem acidental, geralmente sem controle.
IRRADIAÇÃO: uma das formas de propagação de calor, transmitida por ondas de
energia calorífica que se deslocam através do espaço.
ISOLAMENTO: método cercar o fogo, impedindo sua propagação; manter a
integridade de um local.
JATO: forma da água ao sair do esguicho. Pode ser sólido ou contínuo, chuveiro e
neblina.
JUNTA DE UNIÃO: peça metálica utilizada para efetuar a conexão de mangueiras,
mangotes e mangotinhos entre si e a outros equipamentos hidráulicos.
LANÇADOR DE ESPUMA: espécie de esguicho que tem por finalidade produzir
espuma por baixa pressão, através de um dispositivo que arrasta o ar para seu
interior, adicionando-o à mistura por meio de batimento, que dará como resultado
a espuma.
LANCE: fração de mangueira que vai de uma a outra junta de união.
LANÇO: corpo da escada, compreendido geralmente por dois banzos.
LGE: sigla de “Líquido Gerador de Espuma”.
LINGA: cabo curto de aço com alças em suas extremidades, que tem por objetivo
laçar algum objeto para transporte, içamento ou arrasto.
LINHA: conjunto de mangueiras acopladas, que formam um sistema para conduzir
água. Subdivide-se em adutora, ataque e siamesa.
LUVAS: item do “Equipamento de Proteção Individual” do bombeiro. Pode ser de
raspa, PVC, nitrílica e de borracha. Também há a luva de procedimentos, usadas
em primeiros socorros, compostas de látex.
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MACETE DE BORRACHA: martelo de borracha maciça e cabo de madeira, que tem


por finalidade auxiliar o acoplamento de peças com junta de união de rosca,
através de batidas nos munhões, sem, contudo, danificá-las.
MACHADO: instrumento constituído de cunha de ferro em um dos lados, com cabo
de madeira, destinado ao corte de árvores ou arrombamento.
MALHO: grande martelo, de cabeça pesada, sem unhas e sem orelhas, usado em
arrombamentos.
MANANCIAL: lago, nascente ou fonte d’água.
MANGOTE: duto de borracha, reforçado com armação interna de arame de aço,
para resistir, sem se fechar, quando utilizado em sucção de água.
MANGOTINHO: tubo flexível de borracha, reforçado para resistir a pressões
elevadas e dotado de esguicho próprio. Geralmente é pré-conectado à bomba de
incêndio, e utilizado em pequenos focos.
MANGUEIRA: equipamento de combate a incêndio, constituído de um duto flexível
dotado de juntas de união, destinado a conduzir água sob pressão. Seu
revestimento interno é um tubo de borracha, e o externo uma capa de lona
confeccionada de fibras naturais.
MANGUEIROTE: mangueira especial utilizada para o abastecimento de viaturas
em hidrantes. Em suas extremidades observa-se juntas de união de rosca fêmea,
dotadas de munhões para fácil acoplamento.
MANILHA: peça de metal em forma de “U”, com furos em suas extremidades, por
onde passa uma espécie de ferrolho, destinada a prender amarras.
MARRETA: espécie de pequeno malho.
MARTELETE: ferramenta utilizada para cortar ou perfurar metais e alvenaria. É
encontrado nas versões hidráulico e pneumático.

MÁSCARA AUTÔNOMA: equipamento constituído de máscara facial, válvula de


demanda e traquéia, acoplados a um cilindro de ar-comprimido respirável,
utilizados em ambientes com alta concentração de fumaça.
MONITOR: esguicho de grande vazão, abastecido por duas ou mais linhas
siamesas.
MOTO-ABRASIVO: aparelho com motor dois tempos que, mediante fricção,
produz cortes em materiais metálicos e em alvenarias.
MOTOBOMBA: equipamento constituído de bomba d’água hidráulica acoplada a
motor próprio. Pode ser fixa, transportável por veículo ou portátil.
MOTO-EXPANSOR: aparelho com motor próprio, constituído com uma tela onde é
lançada a pré-mistura, e de uma hélice, que funciona como ventilador, projetando
uma corrente de ar também sobre a tela e a pré-mistura, formando a espuma.
MUNHÃO: haste que tem por objetivo facilitar a pegada manual para diversos fins.
NEBLINA: forma de jato d’água gerado por fragmentação da mesma em partículas
finamente divididas, através do mecanismo do esguicho.
OXIGÊNIO: elemento químico mais abundante na crosta terrestre, indispensável à
vida dos animais e vegetais. É o comburente mais comum.
PÁ: utensílio de sapa que consiste numa folha de metal larga ou grande colher,
adaptado a um cabo comprido, utilizado para escavar ou remover terra e rescaldo.
PÁ DE ESCOTA: pequena pá que pode se transformar em pequena enxada,
destinada a

trabalhos que exigem cuidado, como soterramento.


PASSADEIRA: lona de grande proporção destinada a proteger materiais durante a
operação de rescaldo.
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PASSAGEM DE NÍVEL: equipamento confeccionado de metal ou madeira que


possui um canal central para a colocação de mangueira, protegendo-a e permitindo
o tráfego de veículos sobre as linhas de mangueiras dispostas no solo.
PÉ-DE-CABRA: espécie de alavanca que em uma de suas extremidades apresenta
uma unha curva em forma de gancho, e à outra extremidade uma unha chata.
PESCOÇO DE GANSO: espécie de esguicho longo em forma de “L”, com jato de
chuveiro, que tem objetivo proteger a linha de ataque durante o combate ao
incêndio.
PICARETA: instrumento que consiste em uma peça de ferro com duas pontas
aguçadas, da qual se estende um cabo de madeira, que tem por objetivo cavar
terra ou remover pedras.
PIROFÓRICO: metal combustível.
PIRÓLISE: transformação por aquecimento de uma mistura ou de um composto
orgânico em outras substâncias.
PITOT: aparelho constituído de manômetro que serve para medir a pressão de
cilindros.
PÓ QUÍMICO SECO: agente extintor formado por substâncias constituídas de
bicarbonato de sódio, bicarbonato de potássio ou cloreto de potássio.
PORÃO: esguicho próprio para extinguir incêndios em pavimentos inferiores de
difícil acesso, que produz jato chuveiro.
PRESSÃO: é a força que se aplica na água para esta fluir através de mangueiras,
tubulações e esguichos, de uma extremidade a outra.
PROPORCIONADOR DE ESPUMA: espécie de esguicho que reúne o lançador de
espuma e o entrelinhas em uma única peça.
RALO: peça metálica que situa-se na introdução da bomba de incêndio para
impedir a entrada de detritos em suspensão na água.
REAÇÃO EM CADEIA: um dos itens do tetraedro do fogo, que torna a queima
auto-sustentável.
REDUÇÃO: peça metálica utilizada para a conexão de juntas de união de diâmetros
diferentes.
REGISTRO DE RECALQUE: extensão da rede hidráulica, constituído de uma
conexão (introdução) e registro de paragem em uma caixa de alvenaria fechada por
tampa metálica, situando-se abaixo do nível do solo (no passeio), junto à entrada
principal da edificação.
REIGNIÇÃO: nova ignição de incêndio já combatido e extinto, que dá-se devido à
brasas e focos escondidos não encontrados no rescaldo.
RESCALDO: fase do seviço de combate a incêndio em que se localizam focos de
fogo escondidos ou brasas que poderão tornar-se novos focos.
RESFRIAMENTO: método de extinção de incêndio que consiste em diminuir a
temperatura do material combustível que está queimando, diminuindo,
conseqüentemente, a liberação de gases ou vapores inflamáveis.

SALVATAGEM: conjunto de ações que visa diminuir os danos causados pelo fogo,
pela água e pela fumaça durante e após o combate ao incêndio.
SAPA: conjunto de ferramentas usadas em escavações ou remoções (pá, enxada,
gadanho, etc.).
SIAMESA: espécie de linha composta por duas ou mais mangueiras adutoras,
destinadas a conduzir água da fonte de abastecimento para um coletor, e deste, em
uma única linha, aumentando o volume de água a ser utilizada.
SINISTRO: acontecimento que causa dano, perda, sofrimento ou morte; acidente;
desastre; incêndio.
SPRINKLER: também conhecido como chuveiro automático.
SUPLEMENTO DE UNIÃO: peça metálica utilizada na correção de acoplamentos
de juntas de rosca, quando há encontro de duas roscas macho ou duas roscas
fêmea.
SUPORTE DE MANGUEIRA: peça metálica com uma tira de couro ou nylon,
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utilizada para fixar a linha de mangueira na escada.


TAMPÃO: peça metálica que destina-se a vedar as expedições desprovidas de
registro que estejam em uso, e a proteger as extremidades das uniões contra
eventuais golpes que possam danificá-las.
TETRAEDRO DO FOGO: esquema de quatro faces para exemplificar os quatro
elementos

essenciais do fogo: calor, combustível, comburente e reação em cadeia.


TORRE D’ÁGUA: linha de mangueira ou tubulação que consiste em recalcar água
até um esguicho na extremidade superior da viatura aérea.
VÁLVULA DE RETENÇÃO: peça metálica utilizada para permitir uma única direção
do fluxo da água, possibilitando que se forme coluna d’água em operações de
sucção e recalque. Impede o golpe de aríete.
VASSOURA-DE-BRUXA: denominação popular do “abafador”, utilizado em
incêndio florestal.
VENTILAÇÃO: remoção e dispersão sistemática de fumaça, gases e vapores
quentes de um local confinado, proporcionando a troca dos produtos da combustão
por ar fresco, facilitando, assim, a ação dos bombeiros durante o combate ao
incêndio.

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