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Pode-se concluir que os estudos de Piaget, impulsiona a concepção biológica e naturalista,

ocorrendo implicações problemáticas e negativas para a educação escolar, segundo ele o


homem é um ser social, a inteligência é resultado da assimilação, equilíbrio, adaptação, sendo
o indivíduo quem conduz esse processo. O contra ponto é que o conhecimento resulta-se das
objetivações humanas, transmitido pelas gerações, para o ser humano humanizar-se, que
apropria-se do patrimônio cultural acumulado e não é transmitido hereditariamente, o
conhecimento da humanidade é fruto do processo histórico, vivenciado e modificado pelas
relações de poder.

O que é arte afro-brasileira e indígena?


A arte faz parte da cultura brasileira que nasce profundamente baseada nas
raízes das culturas indígenas e africanas, que percorreu um longo caminho
através dos séculos para que essa cultura fosse realmente conquistando
autonomia e singularidade própria em seus costumes.
Datada anterior a chegada dos colonizadores, a arte indígena ainda se mantém
viva até os dias atuais, um patrimônio sócio-cultural de um povo que
sobreviveu ao processo de colonização e desenvolvimento do Brasil,
compreende as diversas maneiras do índio expressar a sua cultura, possui
comportamentos e costumes próprios que as diferenciam uma tribo da outra,
como também interfere na maneira como eles produzem sua arte que é
expressa na cerâmica, máscaras, pintura corporal, cestaria e plumagem.
A cultura afro-brasileira remonta ao período colonial, quando o tráfico
transatlântico de escravos forçou milhões africanos a virem para o Brasil.
Inicialmente produzida localmente, sendo releituras e recriações das obras
vinda da cultura africana, com o passar do tempo, ficou-se eminente a herança
deixada pela cultura africana em variados aspectos na população brasileira.
Muito das artes e os elementos artísticos produzidos esculturalmente e
artesanalmente pelos afrodescendentes no período colonial e imperial, foi uma
união com as culturas presentes no convívio dos escravos, parte oriunda da
África, outra das relações entre os portugueses e indígenas. Como destaque as
esculturas e pinturas produzidas durante o período barroco, a arte musical foi
repassada e ensinada através dos atabaques, agogôs, tambores e berimbaus,
a música afro-brasileira é ainda disseminada através das religiões, dos ensinos
culturais e também pela capoeira.
Quais as principais características dessa arte?
A arte indígena é múltipla, diversificada, assume diferentes facetas, formas e
atributos, dependendo da localização, do povo e das suas tradições. Como
traço marcante é a dimensão coletiva, na qual o fazer artístico não se trata de
uma atividade individual, mas é partilhado. Assim a arte indígena está ligada à
vida em comunidade, às necessidades diárias, às celebrações, cerimônias e
rituais. Contudo apesar das peças apresentarem preocupações estéticas,
existe sempre um grande caráter utilitário, na qual os objetos são usados no
cotidiano.
A cultura afro-brasileira surge com a chegada dos escravos, caracteriza-se pela
fusão de elementos artísticos africanos, com os indígenas e portugueses, para
gerar novos componentes artísticos de uma magnífica arte afro-brasileira. Este
sincretismo expressa-se em vários momentos e modelos como na
indumentária, comida, desenho, escultura, religião, dança, folclore, festividades
populares e artes visuais com elementos
Qual a contribuição dos artistas contemporâneos para essa arte?
A arte indígena e afro-brasileira só iniciou o processo de valorização com o
movimento modernista, em 1920, na Semana de Arte Moderna, um movimento
de artistas que queria inovar os fazeres, buscando por uma nova estética
continua cada vez mais intensa, registrada nos movimentos culturais em São
Paulo - capital. Assim Mario de Andrade foi: escritor, poeta, romancista,
intelectual, crítico de arte e musicólogo, teve extrema importância como
incentivador da valorização da nossa cultura popular, do nosso folclore, das
nossas raízes; Portinari em sua obra registra a cultura afro-brasileira como
construtora e sígnica da marca, da identidade de nossa terra; Tarsila do Amaral
imprime na arte brasileira tonalidades especiais, ligada aos modernistas,
inspirou na criação do movimento antropofágico de Oswald de Andrade;
Carybé argentino naturalizado brasileiro realizou uma vasta produção de
desenhos, pinturas, gravuras, ilustrações, além de cerâmicas, murais e
mosaicos figurativos e representativos da cultura baiana; Mestre Didi sendo
escultor e escritor, participa de cultos religiosos de tradição africana. Publicou
livros sobre a cultura afro-brasileira e tornou-se um grande estudioso da cultura
africana e afro-brasileira.
O que fala a Lei 10.639/2003?
Publicada em 9 de janeiro de 2003, a Lei nº 10.639, alterou a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional, acrescentando ao currículo oficial da Rede de
Ensino a obrigatoriedade do tema “História e Cultura Afro-Brasileira”,
determinando, também, que o calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro
como “Dia Nacional da Consciência Negra”, ao dia da morte do líder quilombola
negro Zumbi em homenagem dos Palmares.
Seu texto versa sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana,
ressalta a importância da cultura negra na formação da sociedade brasileira,
uma vez que o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana no Brasil
sempre foi lembrado nas aulas de História com o tema da escravidão negra
africana. No presente texto pretendemos esboçar uma reflexão acerca da Lei
10.639/03, alterada pela Lei 11.645/08, que torna obrigatório o ensino da
história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas, públicas e
particulares, do ensino fundamental até o ensino médio.
PATRIMÔNIO MATERIAL E IMATERIAL

Conhecer e valorizar as manifestações artísticas do nosso país é muito


importante. Preservar o patrimônio material e imaterial também é fundamental.

É o testemunho vivo da herança cultural de gerações passadas que exerce


papel fundamental no momento presente e se projeta para o futuro,
transmitindo às gerações por vir as referências de um tempo e espaço
singulares, que jamais serão revividos, mas revisitados, criando consciência da
intercomunicabilidade da história.
MAIA, Felicia Assmar. Direito à memória: o patrimônio histórico, artístico,
cultural e o poder econômico.

Belém: Movendo Ideias, 2003.

O patrimônio imaterial se relaciona aos costumes de um povo, às crenças, às


músicas e às danças, entre outras manifestações culturais. Já o patrimônio
material diz respeito aos monumentos. Pesquise em sua cidade/região
registros sobre os patrimônios materiais e imateriais existentes.

Fotografe e monte uma apresentação em PowerPoint. Relate a história dos


patrimônios encontrados.

Importante:

Não se esqueça de fazer um eslaide para apresentar o trabalho e outro (no


final) com referências/créditos das imagens. Salve as imagens no formato PNG
ou JPG.
Congo
O Congo Capixaba é um gênero musical nascido no Espírito Santo, carrega
uma influência afrodescendente, os principais instrumentos utilizados para
produzir o som vem dos tambores de congo, cuíca e reco-reco.
Nasce exclusivamente dos negros escravos, a partir da necessidade dos
escravos cultivarem sai fé nos deuses das religiões de matriz africana, ao
mesmo tempo adorar os santos da Igreja Católica, como resultado de uma
maçante evangelização dos povos nativos, que eram forçados a abandonar
suas crenças e seguir apenas os princípios católicos. O Congo Capixaba só
entrou oficialmente nas festas culturais do estado em 1951, e nesse período as
bandas de congo começaram a crescer e ganhar espaço no Espírito Santo.
No município de Colatina temos duas bandas de Congo – Banda de Congo de
São Benedito de Paul de Graça Aranha e a Banda de Congo de São Benedito
de Paul de Colatina Velha. As apresentação no município acontecem
especialmente no mês de dezembro, com tambores, sanfonas, casacas,
triângulos e outros instrumentos e seguem o mesmo ritual. É com a realização
da “Fincada do Mastro”, uma brincadeira que reúne quem quer participar em
torno da procura do “mastro” (pedaço de madeira com poucos metros de
comprimento, enfeitado com bandeirinhas, flores e fitas, com um quadro ou
bandeira do santo no topo), e com o “mastro”, escondido em algum lugar do
vilarejo ou município, desde a festa de uma outra brincadeira que as bandas de
congo capixabas costumam realizar, que é a “Arrancada do Mastro”, que
ocorre sempre no mês de fevereiro. No dia 26, às 17 horas, cada cantinho do
lugarejo será vasculhado para achar e fincar na Praça, em frente à Igreja de
Nossa Senhora das Graças em Paul de Graça Aranha e Igreja de Nossa
Senhora do Perpétuo Socorro em Colatina Velha, o ponto de encontro da
grande festa.
O mastro permanece fincado até no dia da festa da “Arrancada do Mastro”,
quando será novamente escondido. A festa acontece sempre no final de
semana anterior ao Carnaval, quando o mastro é retirado da Praça e escondido
novamente. Tanto na Fincada quanto na Arrancada, tudo é feito com muitas
danças, cânticos e foguetes.

Folias de Reis
Chamada de Reisado ou Festa de Santos Reis, a Folia de Reis é uma festa
tradicional e popular no Brasil. Sua origem associa-se a tradição cristã
originada em Portugal e Espanha trazida para o Brasil no século XIX, sua
função é celebrar a fé da religião católica, comemorar a visita dos três Reis
Magos (Gaspar, Melchior - ou Belchior- e Baltazar) ao menino Jesus. Acontece
durante o período de 12 dias - 24 de dezembro (véspera do nascimento de
Jesus) até o dia 06 de janeiro, data na qual os Reis Magos chegam a Belém.
Assim o Dia de reis é celebrado em 06 de janeiro, pois, segundo a Bíblia, foi
nesse dia que os Reis Magos conheceram Jesus. Nesta data as árvores, os
presépios, os adornos e as decorações natalinas são retiradas pelas famílias
que decoram suas casas para as festas de fim de ano, também é comum os
grupos de Folia de reis visitarem as casas de sua região, tocando músicas e
dançando para celebrar o nascimento de Jesus e o encontro com os três Reis
Magos.
No município de Colatina tem o grupo de Folia de Reis da comunidade de São
Paulo de Cachoeira de Baunilha, distrito de Baunilha. Que realiza todos os
eventos culturais descritos.
Sítio Histórico de Itapina
Saindo do centro da Cidade de Colatina e percorrendo uma distância de cerca
de 25 km, encontra-se um bucólico distrito às margens do Rio Doce: Itapina.
Um vilarejo histórico, do final do século XIX, já foi um dos mais importantes
produtores de café. Experimentou o auge e a decadência da produção e hoje
preserva um conjunto histórico e arquitetônico com edificações construídas em
estilos colonial brasileiro e art décor. O sítio histórico foi tombado pelo
Conselho Estadual de Cultura do Espírito Santo (CEC) em 2013 e é
reconhecido como Conjunto Histórico e Paisagístico de Itapina.
As ruas são de paralelepípedo, temos a ponte que nunca foi acabada, mas a
vista é privilegiada, como apenas a metade foi finalizada, hoje serve de mirante
para admirar a paisagem, o trilho de trem em Itapina. A Estrada de Ferro
Vitória-Minas e a balsa para a travessia pelo Rio Doce, que não dura 10
minutos.
Cristo Redentor de Colatina
O Cristo Redentor de Colatina foi inaugurado pela Prefeitura em 1975, no
bairro Cristo Redentor, hoje Bela Vista, na região central da cidade, na
administração do então prefeito Paulo Stefenoni. Construída pelo arquiteto,
desenhista, pintor e escultor autodidata, Antonio Francisco Moreira, chamado
de "artista operário", foi considerada na época a segunda maior estátua do
Brasil, ficando atrás apenas da do Cristo Redentor do Rio de Janeiro. Perde
para a do Rio em apenas 2,5 metros. A sua construção foi iniciada em 1974.
Tem altura total de 35,5 metros, a altura da estátua é de 20 metros, o pedestal
mede 15,5 metros, o comprimento das mãos tem 1,80 metro e a largura de
braço a braço é de 40 metros.
Pôr do Sol e a Ponte Floretino Avidos
A cidade de Colatina fica na região noroeste do Estado, a aproximadamente
131 km da capital Vitória. É uma área com tradição nos setores de móveis e
vestuário, mas que tem também no turismo uma atividade que traz movimento
para o município. Para acessar a região, basta seguir pela BR 101 ou pela BR
259. O pôr do sol, visto do centro da cidade, em específico da Ponte Florentino
Ávidos é um dos principais cartões-postais de Colatina.
E é de fato um belo espetáculo, que chegou a ser classificado, na década de
60, pela revista americana “Time”, como um dos mais bonitos do mundo. É o
símbolo da terra. A infraestrutura é completa para atender os visitantes com
hotéis e restaurantes.
A Ponte Floretino Avidos foi inaugurada em 1928, e com ela ocorreu a efetiva
colonização da região Norte do Estado. Foi iniciada para a construção da
Estrada de Ferro Norte do Rio Doce, de Colatina a São Mateus, que não foi
concluída. Liga as regiões norte e sul da cidade e forma com a avenida Beira-
Rio, o rio Doce e o pôr-do-sol o cartão postal de Colatina. O nome é em
homenagem ao governador do Estado da época, então presidente do Estado,
Florentino Avidos (1924-1928). Chama a atenção pelo seu comprimento,
devido à imensa largura do Rio Doce que corta toda a cidade.
CASA DA PARTEIRA PERINA ROGNONI
Localizada no sítio histórico de Itapina, tombado pelo Conselho Estadual de
Cultura, a Casa da Parteira foi construída em meados do século XX, e é um
dos imóveis do sítio de interesse de preservação. No espaço, existe um acervo
permanente de objetos e fotos que tratam da vida e obra da parteira Perina
Rognoni, além de resgatar a história e memória do distrito de Itapina.
Casario no distrito de Itapina, Colatina ES, jul. 2014

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