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SESMT/CIPA/PPRA

Calçados X ltda.

I. NR-04 – SESMT – Serviço Especializado em


Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho
A indústria Calçados X ltda. deverá constituir o SESMT de acordo com a NR-04,
como segue:
engenheiro de segurança – 1*
médico do trabalho – 1*
técnicos de segurança – 3

* tempo parcial (mínimo 3 horas)

II. NR-05 – CIPA – Comissão Interna de Prevenção


de Acidentes
A indústria Calçados X ltda. deverá constituir a CIPA conforme as determinações da
NR-05, como segue:
Representantes dos Empregados (eleitos em escrutínio secreto):
6 efetivos
5 suplentes

Representantes do Empregador (indicados pelo empregador):


O empregador deverá garantir que seus indicados tenham representação necessária
para a discussão e encaminhamento das soluções de questões de segurança e saúde no
trabalho analisadas na CIPA.

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Quadro 8 – Arranjo físico: Calçados X ltda.
Representação do mapa de risco
Postura e
10 conforto Postura e
térmico conforto 70
Queda , térmico
iluminamento e 10 Corte
Ruído
arranjo físico corte das mãos e
Almoxarifado iluminamento 70 Ruído
Postura e Ruído
10 conforto Preparação / Pesponto
térmico
90
Modelagem 20
Postura e Vapores
conforto orgânicos Postura e
Perfuração e 10 Ruído térmico conforto
corte das mãos térmico
90 Perfuração,
corte das Bordados
20
Ruído mãos, batidas,
Postura e
conforto
e iluminamento 20 Perfuração e
Distribuição Ruído iluminamento
Pré-fresado térmico

Perfuração, 20 Ruído
corte das mãos
Depósito de

arranjo físico e
Inflamáveis

e iluminamento iluminamento
20 Batidas,
Postura e
Ruído conforto prensamento
60 térmico
Esteira Montagem

Vapores
Postura e orgânicos Manutenção
conforto e poeiras Oléo mineral Graxas e
térmico 20 solventes
Incêndio, 140
explosão, Produtos Perfuração,
queda, químicos Ruído
corte das
arranjo físico e em geral mãos, batidas, 30
iluminamento e iluminamento Corte das
Postura e
conforto mãos, batidas,
Ruído e térmico arranjo físico e
Vibração iluminamento
Revisão
Ruído Expedição
Postura e 140
conforto 20
térmico Ruído Postura e Vapores Postura e
conforto orgânicos conforto
02 Moinho térmico térmico
Prensagem Vapores
das mãos, orgânicos
queimaduras e poeiras
iluminamento,
corte e batida Ruído

Postura e 28
conforto Prensagem
térmico das mãos,
Vapores 28 Injetoras queimaduras
orgânicos iluminamento,
e poeiras corte e batida

Riscos Físicos
Risco Grande
Riscos Químicos
Riscos Biológicos
Risco Médio
Riscos Ergonômicos
Risco Pequeno Riscos de Acidentes

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PPRA
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

Calçados X ltda.

São Paulo, 99 de janeiro de 9999


Calçados X ltda.
Rua Sapatos Felizes, 99

At.: Sr. Diretor Sapato

Vimos, por meio desta, encaminhar o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA
para sua análise e providências cabíveis no que tange ao cumprimento das ações propostas,
conforme consta no cronograma aprovado por V.Sa., em reunião datada em dia/mês/ano.
O programa deverá ser alterado quando houver mudança no processo de trabalho, arranjo
físico, maquinário, exposição a outros riscos ocupacionais ou mudança do ramo de atividade.
É de responsabilidade da empresa comunicar a este departamento tais mudanças.
Colocamo-nos à disposição para quaisquer outros esclarecimentos que se fizerem necessários.

Atenciosamente,

De acordo,
Salto Silva
Responsável pela Empresa Engenheiro de Segurança

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Índice

I. Objetivo

II. Apresentação

III. Levantamento da empresa

IV. Histórico
4.1 Forma do documento
4.2 Riscos ambientais

V. Planejamento do PPRA

VI. Prioridades e metas de avaliação e controle


6.1 Prioridades
6.2 Implantação de medidas de controle e avaliação de
sua eficácia
6.3 Registro e divulgação dos dados

VII. Estrutura da empresa

VIII.Reconhecimento dos riscos


8.1 Análise qualitativa
8.2 Análise quantitativa

IX. Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação


9.1 Implantação das medidas de controle e avaliação de
sua eficácia
9.2 Cronograma proposto

X. Conclusão

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I. Objetivo

Em atendimento à Portaria 3.214, Norma Regulamentadora nº 09, estamos desenvolven-


do o PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais na Indústria de Calçados X ltda.
Este documento constitui um compromisso da empresa com sua comunidade, tendo co-
mo objetivo primordial a preservação da saúde e da qualidade de vida de seus funcionári-
os através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle dos riscos
ambientais existentes, ou que venham a existir no ambiente de trabalho, considerando a
proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
A empresa assumirá o compromisso de que o conteúdo deste documento seja efetiva-
mente cumprido, sendo de sua responsabilidade a execução do presente Programa.
Os trabalhadores deverão estar cientes dos riscos a que estão expostos, atendendo assim
à legislação vigente e viabilizando a participação de todos, empregador e empregados, na im-
plantação e execução do PPRA para que o Programa atinja o seu objetivo.

II. Apresentação

Foi executada a cobertura de um ciclo de trabalho, no qual fui (fomos) recepcionado(s) por:

Sr. Diretor Sapato Diretor


Sr. Chefe Depe Chefe de Departamento Pessoal
Sr. Gerente Sapatos Gerente de Produção

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III. Levantamento da empresa

Razão Social: Calçados X ltda.


Local da Visita: Rua Sapatos Felizes, 99
CEP: 99999-999
Telefone: 0XX-99-999-9999
Fax: 0XX-99-999-9999
CGC: 99.999.999/0001-10
Inscrição Estadual: 999.999.999-999
Código Nacional de
Atividade Econômica (CNAE) NR-05: 19.3
N° Funcionários: 600
Grau de Risco: 03
Número da CIPA: 009260
Eleição: 09/03/9999
Posse: 09/04/9999
Área Construída: 2.583 m2
Área do Terreno: 8.600 m2
Piso: Cerâmica
Parede: Alvenaria revestida em cerâmica
Cobertura: Telha de fibrocimento
Aeração: Natural
Iluminação: Natural e artificial
Horário de Trabalho: Administrativo: 08:00-12:00/13:00-17:00h
Produção: 06:00-11:00/13:00-16:00h

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IV. Histórico

Planejar as atividades a serem desenvolvidas no decorrer do período de janeiro a


dezembro de 9999 objetivando a prevenção dos riscos ambientais, levantados através de
várias ações, com a participação de toda a comunidade.
O Programa, além de cumprir o seu objetivo principal, que é preservar a saúde e a
integridade dos trabalhadores, deve também considerar a proteção do meio ambiente e dos
recursos naturais existentes.

■ 4.1. Forma do Documento


Trata-se de um planejamento de ações integradas com os setores responsáveis pelo
desenvolvimento do Programa, principalmente com o Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional.

■ 4.2. Riscos Ambientais


São considerados como riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos
existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou
intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.

4.2.1. Agentes Físicos são diversas formas de energia a que possam estar expostos os
trabalhadores, tais como ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas externas,
radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som.

4.2.2. Agentes Químicos são substâncias compostas ou produtos que possam penetrar
no organismo pela via respiratória, na forma de poeira, fumo, névoas, neblinas, gases ou
vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser
absorvidos pelo organismo, através da pele ou por ingestão.

4.2.3. Agentes Biológicos são bactérias, fungos, bacilos, parasitas protozoários, vírus,
entre outros.

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V. Planejamento do PPRA

■ Antecipação e Reconhecimento dos Riscos

5.1. A antecipação deverá envolver análise de projetos de novas instalações, métodos e


processos de trabalho, ou de modificação dos já existentes, visando identificar os riscos
potenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação.
O processo de reconhecimento consiste em avaliar qualitativa e/ou quantitativamente os
riscos ambientais existentes, devendo ser aplicáveis os seguintes itens:
a) identificação;
b) determinação e localização das fontes geradoras;
c) identificação das trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de
trabalho;
d) identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos;
e) caracterização das atividades e do tipo de exposição;
f) obtenção de dados existentes na empresa indicativos de possível comprometimento
da saúde, decorrentes do trabalho;
g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na
literatura técnica;
h) descrição das medidas de controle já existentes.

5.2. Sempre que necessário, deverá ser feita a avaliação quantitativa dos riscos
envolvidos, para:
a) comprovar o controle da exposição ou a inexistência dos riscos identificados na
etapa de reconhecimento;
b) dimensionar a exposição dos trabalhadores;
c) verificar a eficácia das medidas de controle.

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VI. Prioridades e Metas de avaliação
e controle

■ 6.1. Prioridades
Estudos de todos os setores da empresa que apresentaram, na fase de antecipação e re-
conhecimento, risco potencial à saúde dos trabalhadores e ordenação destes em função da
prioridade, levando em consideração o aspecto de gravidade do risco.
O controle, na medida do possível, deverá ser constituído de medidas de proteção cole-
tiva, com objetivo de eliminar ou reduzir a formação ou a utilização dos agentes prejudici-
ais à saúde.

■ 6.2. Implantação de Medidas de Controle


e Avaliação de sua Eficácia
O estabelecimento de prioridades conterá todas as medidas necessárias e suficientes
para eliminação, minimização ou controle dos riscos ambientais.
Sua eficácia deverá ser observada por meio de avaliações periódicas e análises por par-
te do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, que deverá subsidiar a reformu-
lação, por ocasião do replanejamento.

■ 6.3. Registro e Divulgação dos Dados

6.3.1. Os registros dos dados constantes neste documento deverão ser mantidos por 20
(vinte) anos, e o registro de dados deverá estar sempre disponível aos trabalhadores
interessados, ou seus representantes, e às autoridades competentes.

6.3.2. Os dados deverão ser divulgados aos trabalhadores e conter os riscos ambientais
que possam ocorrer nos locais de trabalho, bem como informações sobre os meios
disponíveis para preveni-los ou limitá-los.

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VII. Estrutura da empresa

A empresa Calçados X, localizada em terreno de 8.600 m2, com área construída de


2.573 m2, possui 600 funcionários e produz 4.000 calçados/dia.
A empresa está subdividida conforme os setores discriminados abaixo:

Setor Nº de funcionários
Administração 80
Almoxarifado/Depósito de inflamáveis 10
Modelagem 10
Corte 70
Injetoras/Moinho 30
Bordado 20
Distribuição interna/externa 20
Preparação e pesponto 90
Pré-fresado 60
Montagem/esteira 140
Controle de qualidade 20
Expedição 30
Manutenção 20

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Quadro 9 – Arranjo físico Calçados X ltda.
(identificação de pontos de nível de pressão sonora e nível de iluminação).

11 13 15 17 19 21 23 25 27 29
12 14 16 18 20 22 24 26 28 30
2 5 6 7
1
Almoxarifado 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49
3 4 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50
162 Corte
160 161 51 53 55 57 59 61 10
Modelagem 52 54 56 58 60 62
163 122
164
121
159 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140

Bordados
168 124
165 141 142 143 144 145 146 147 148149150151 152 123
166 167
Preparação / Pesponto 126
73 75
129 125
74 76 Distribuição 180
155 128
77 211 181
79 127
182 153 156
78 210 177 170
8 105 209 183 157 172 173
Depósito de
Inflamáveis

Pré-fresado 208 154 158


Esteira Montagem 184 171
82 207 169
81 185 Manutenção
206
87 80 179
186 176
83 205
90 85 187 174
9 204 178 175
84 86 188
91 203 189 212
88 89 202
94 190
201
93 104 92 191 213
200 67 63
103 96
192 68 64
95 101 97 199
193 69
Expedição
102 100 99 98 198
194 Revisão
195 71 65
196 214
Moinho 120 66
197 72 215
70

108 Injetoras
109 118
111 113 115
110 112 114
106
116
107

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 91


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Quadro 10 – Fluxograma da indústria Calçados X ltda.

Almoxarifado
Modelagem Depósito de
Corte
Inflamáveis

Injetoras

Montagem Distribuição Preparação e


Pesponto

Pré-fresado Bordado

Expedição Manutenção

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VIII. Reconhecimento dos riscos

■ 8.1. Análise Qualitativa

■ Setor Recebimento/Almoxarifado

Máquinas e equipamentos: carrinho hidráulico, “pallets”, escadas portáteis,


microcomputador, mesa, bancada, máquina de classificar couro, máquina de medir couro.

Nº de funcionários: 10

Quadro 11 – Funções: almoxarife e auxiliares.


Funções Atividades Riscos

Organiza e/ou executa os trabalhos Físico: ruído e iluminamento


de almoxarifado, como recebimento, Ergonômico: postura,
estocagem, distribuição, registro e carregamento de objetos e
Almoxarife inventário de matérias-primas e conforto térmico
mercadorias compradas ou Acidentes: quedas, arranjo
fabricadas, supervisão do depósito físico, eletricidade, incêndio e
de inflamáveis explosão

Físico: ruído e iluminamento


Ergonômico: postura,
carregamento de objetos e
Auxiliar Auxilia o setor no que for necessário conforto térmico
Acidentes: quedas, arranjo
físico, eletricidade, incêndio e
explosão

Quantificação: medições de ruído e iluminação.

Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração de


laudos ergonômico e de eletricidade; rebaixar as calhas de iluminação a uma altura de
2,80 m do piso; pintar o ambiente com cores claras.

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■ Setor Planejamento/Modelagem

Máquinas e equipamentos: pranchetas, máquinas de pesponto, de corte, facão,


chanfradeira, bancada, computadores e mesa.

Nº de funcionários: 10

Quadro 12 – Funções: modelista, auxiliar de modelagem e pespontadeira.


Funções Atividades Riscos
Confecciona matrizes de calçados
Físico: ruído e iluminamento
seguindo desenhos e
Ergonômico: postura e conforto
especificações, utilizando madeira,
Modelista metal ou papelão para guiar o corte
térmico
Acidentes: perfuração e corte
e a montagem das diferentes partes
das mãos
dos calçados

Físico: ruído e iluminamento


Químico: vapores orgânicos
Auxiliar de Auxilia o setor no que for
Ergonômico: postura e conforto
necessário, corta, costura, carimba
modelagem térmico
e cola
Acidentes: perfuração e corte
das mãos

Físico: ruído e iluminamento


Químico: vapores orgânicos
Utiliza a máquina pespontadeira,
Ergonômico: postura e conforto
Pespontadeira chanfradeira, para fazer a costura
térmico
do cabedal e desbaste das peças
Acidentes: perfuração e corte
das mãos

Quantificação: medições de ruído, calor, agentes químicos e iluminamento.

Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração de


laudos ergonômicos; colocar iluminação suplementar; pintar o ambiente com cores claras;
adquirir banqueta e cadeira ergonômicas com encosto lombar, com regulagem de altura e
providenciar descanso para os pés.

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■ Setor Corte

Máquinas e equipamentos: balancins e bancadas.

Nº de funcionários: 70

Quadro 13 – Funções: cortadores e auxiliar de corte.


Funções Atividades Riscos
Organiza e/ou executa os trabalhos
de almoxarifado, como recebimento, Fisico: ruído e iluminamento
estocagem, distribuição, registro e Ergonômico: postura e conforto
Cortador inventário de matérias-primas e térmico
mercadorias compradas ou Acidentes: corte das mãos e
fabricadas, supervisiona do depósito eletricidade
de inflamáveis

Fisico: ruído e iluminamento


Auxiliar Auxilia na execução das mesmas Ergonômico: postura e conforto
tarefas do cortador no que térmico
de corte for necessário Acidentes: corte das mãos e
eletricidade

Quantificação: medições de ruído, calor e iluminamento.

Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração de


laudos ergonômico e de eletricidade; rebaixar as calhas de iluminação a uma altura de
2,80 m do piso; pintar o ambiente com cores claras; protetor auricular de inserção ou con-
cha; colocação de assentos para serem utilizados por todos durante as pausas.

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■ Setor Bordado

Máquinas e equipamentos: bancadas de preparação e máquinas de bordar

Nº de funcionários: 20

Quadro 14 – Funções: bordadeiras e auxiliares de bordadeira.


Funções Atividades Riscos
Físico: ruído e iluminamento
Ergonômico: postura e conforto
Recebe a ordem de serviço, com o
Bordadeira modelo do desenho a ser bordado
térmico
Acidentes: corte das mãos e
eletricidade

Físico: ruído e iluminamento


Auxiliar de Ergonômico: postura e conforto
Auxilia a bordadeira no que for
térmico
bordadeira necessário
Acidentes: corte das mãos e
eletricidade

Quantificação: medições de ruído, calor e iluminamento.

Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; rebaixar as


calhas de iluminação a uma altura de 2,80 m do piso; pintar o ambiente com cores claras;
protetor auricular de inserção ou concha; treinamento; colocação de assentos para serem
utilizados por todos durante as pausas.

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SESMT/CIPA/PPRA
■ Setor Injetoras e Moinho

Máquinas e equipamentos: moinho, injetora.

Nº de funcionários: 30

Quadro 15 – Funções: operadores de injetoras, operadores de moinho e


ajudantes gerais.
Funções Atividades Riscos
Fisico: ruído, calor e
iluminamento
Químico: vapores*
Operador de Opera máquina injetora, manejando Ergonômico: postura e conforto
injetoras dispositivo de controle para moldar térmico
Acidentes: corte, queimadura,
prensagem das mãos e
eletricidade

Fisico: ruído e iluminamento


Químico: poeiras
Operador de Opera máquina de moinho, para
Ergonômico: postura e conforto
moagem de plástico e resíduos a
moinho térmico
serem utilizados nas injetoras
Acidentes: corte dos dedos e
mãos e eletricidade

Físico: ruído e iluminamento


Químico: poeiras
Ajudante geral/ Ergonômico: postura e conforto
Auxilia o setor no que for necessário térmico
Misturador Acidentes: corte, queimadura,
prensagem das mãos,
eletricidade
* Emissão de gases tóxicos que ocorre com o descontrole da temperatura.

Quantificação: medições de ruído, calor e iluminamento.

Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração de


laudos ergonômico e de eletricidade; rebaixar as calhas de iluminação a uma altura de
2,80 m do piso; pintar o ambiente com cores claras; implementação de sistema de ventila-
ção geral diluidora; utilização de protetor auricular; isolamento do moinho; treinamento pa-
ra carregamento de peso; uso de luvas apropriadas; providenciar suporte para sacos de li-
xo para uso na moagem.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 97


SESMT/CIPA/PPRA
■ As injetoras deverão atender às cláusulas estipuladas na Convenção Coletiva de Segu-
rança e Saúde das Máquinas Injetoras de Plásticos no que tange às proteções neces-
sárias e à capacitação dos operadores das máquinas injetoras por meio de cursos.
■ Os controles termostáticos devem ser constantemente checados para evitar falhas no
sistema que acarretem temperaturas acima da faixa de 200 a 300 °C. Desta forma, os
produtos da degradação térmica não são liberados para o local de trabalho.
■ Os trabalhadores que manipulam misturadores e moinhos em geral estão expostos a
poeiras suspensas no ar e deverão utilizar protetor respiratório apropriado.

■ Setor Distribuição Interna e Externa

Máquinas e equipamentos: bancadas, mesa e microcomputador.

Nº de funcionários: 20

Quadro 16 – Funções: encarregado de distribuição e ajudante de distribuição.


Funções Atividades Riscos
Distribui o serviço para o setor de Físico: ruído e iluminamento
Encarregado de preparação e pesponto Ergonômico: postura e conforto
distribuição internamente e externamente (de térmico
acordo com o pedido) Acidentes: arranjo físico, queda

Físico: ruído e iluminamento


Ajudante de Ergonômico: postura e conforto
Auxilia o setor no que for necessário
distribuição térmico
Acidentes: arranjo físico e queda

Quantificação: medições de ruído, calor e iluminamento.

Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração de


laudo ergonômico; rebaixar as calhas de iluminação a uma altura de 2,80 m do piso; pintar
o ambiente com cores claras; utilização de protetor auricular; nivelamento do piso; melhoria
do arranjo físico.

98 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


SESMT/CIPA/PPRA
■ Setor de Preparação e Pesponto

Máquinas e equipamentos: máquina de costura, de rebater costura, de virar,


ziguezague, waster, overloque, de debruar, de refilar, de prensar fivelas, rachadeira, chan-
fradeira, interteladeira, picotadeira, pespontadeira e bancada.

Nº de funcionários: 90

Quadro 17 – Funções: pespontadeira, chanfradeira, overloquista, refiladora, auxiliar


de produção, picotadeira e passadora de cola.
Funções Atividades Riscos
Físico: ruído e iluminamento
Químico: vapores orgânicos
Executa o serviço de costura do
Ergonômico: postura e conforto
Pespontadeira cabedal e acabamento em geral em
térmico
máquinas apropriadas
Acidentes: perfuração e corte
das mãos

Físico: ruído e iluminamento


Químico: vapores orgânicos
Opera máquinas de overloque,
Overloquista fazendo a junção das peças
Ergonômico: postura e conforto
térmico
Acidentes: arranjo físico e queda

Físico: ruído e iluminamento


Opera máquinas de refiladeiras para Químico: vapores orgânicos
Refilador cortar os detalhes que compõem os Ergonômico: postura e conforto
calçados térmico
Acidentes: arranjo físico e queda

Físico: ruído e iluminamento


Chanfra as laterais das peças de Químico: vapores orgânicos
Chanfradeira couro de várias espessuras para Ergonômico: postura e conforto
facilitar o processo de união destas térmico
Acidentes: arranjo físico e queda

Físico: ruído e iluminamento


Químico: vapores orgânicos
Perfura o couro com vazadores de
Ergonômico: postura e conforto
Picotadeira vários modelos e tamanhos para dar
térmico
um efeito visual ao calçado
Acidentes: ferimento das mãos,
arranjo físico e queda

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 99


SESMT/CIPA/PPRA
(continuação – quadro 17)
Funções Atividades Riscos
Físico: ruído e iluminamento
Auxiliar de Químico: vapores orgânicos
Auxilia em todas as tarefas
Ergonômico: postura e conforto
produção existentes no setor
térmico
Acidentes: arranjo físico e queda

Físico: ruído e iluminamento


Passador Químico: vapores orgânicos
Passa cola manualmente nos
Ergonômico: postura e conforto
de cola detalhes dos calçados
térmico
Acidentes: arranjo físico e queda

Quantificação: medições de ruído, calor, agentes químicos e iluminamento.

Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração de


laudos ergonômico e de eletricidade; rebaixar as calhas de iluminação a uma altura de
2,80 m do piso; pintar o ambiente com cores claras; utilização de protetor auricular; sistema
de ventilação geral diluidora (a pesquisar); adquirir cadeiras ergonômicas.

100 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


SESMT/CIPA/PPRA
■ Setor Pré-fresado

Máquinas e equipamentos: prensas, balancins, fresa, lixadeiras, equalizadeira, bla-


queadeira e máquina de desenhar sola.

Nº de funcionários: 60

Quadro 18 – Funções: cortador, fresador, desenhador de fundo de sola, blaqueador,


ajudantes de produção, preparador de vira, preparador de salto e lixador.
Funções Atividades Riscos
Físico: ruído e iluminamento
Executa a função de montagem das
Ajudante de Químico: vapores orgânicos
solas e palmilhas de acordo com a
Ergonômico: postura e conforto
produção linha de produção, corte, colagem,
térmico
prensagem etc.
Acidentes: arranjo físico e queda

Físico: ruído e iluminamento


Utiliza-se do balancim para cortar a Ergonômico: postura e conforto
Cortador sola, entressola, enchimento térmico
Acidentes: arranjo físico e queda

Físico: ruído e iluminamento


Desenhador Utiliza a máquina ziguezague, que Ergonômico: postura e conforto
faz o desenho e a fantasia que vai térmico
de sola em volta do solado Acidentes: perfuração, arranjo
físico e queda

Físico: ruído e iluminamento


Chanfra as laterais das peças de Ergonômico: postura e conforto
Chanfradeira couro de várias espessuras para térmico
facilitar o processo de união destas Acidentes: perfuração, arranjo
físico e queda

Físico: ruído, vibração e


Faz a cama de salto, escala, confere, iluminamento
Fresador racha e equaliza a espessura do Ergonômico: postura e conforto
couro térmico
Acidentes: arranjo físico e queda

Físico: ruído, vibração e


iluminamento
Ergonômico: postura e conforto
Blaqueador Faz a costura do solado do sapato
térmico
Acidentes: arranjo físico, queda
e ferimento nas mãos

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 101


SESMT/CIPA/PPRA
(continuação – quadro 18)
Funções Atividades Riscos
Físico: ruído e iluminamento
Químico: poeiras
Desbasta o excesso do contorno do
Ergonômico: postura e conforto
Lixador solado e salto, dá melhor
térmico
acabamento ao solado e à giga
Acidentes: arranjo físico, queda
e ferimento nas mãos

Físico: ruído e iluminamento


Aplicador Passa cola (PVC) no canal do solado Químico: vapores orgânicos
e prepara-o para a colagem da vira Ergonômico: postura e conforto
de cola e do cabedal térmico
Acidentes: arranjo físico e queda

Físico: ruído e iluminamento


Preparador Químico: vapores orgânicos
Passa a cola-base para colagem da
Ergonômico: postura e conforto
de vira vira
térmico
Acidentes: arranjo físico e queda

Físico: ruído e iluminamento


Preparador Químico: vapores orgânicos
Escala e aspera o salto para
Ergonômico: postura e conforto
de salto colagem
térmico
Acidentes: arranjo físico e queda

Quantificação: medições de ruído, calor, agentes químicos e iluminamento.

Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração de


laudos ergonômico e de eletricidade; rebaixar as calhas de iluminação a uma altura de
2,80 m do piso; pintar o ambiente com cores claras; uso de óculos de segurança para
trabalhos na lixadeira; utilização de protetor auricular; sistema de ventilação geral diluidora
e/ou local exaustora (a pesquisar).

102 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


SESMT/CIPA/PPRA
■ Setor de Esteira/Montagem

Máquinas e equipamentos: máquina de grampear palmilhas, máquina de moldar


contraforte, molina, máquina de fechar lado, blaqueadeira, lixadeira, prensa de calcanhar,
rex, charuto, máquina de pregar salto, forno, lustradora, cabine de pintura e bancadas.

Nº de funcionários: 140

Quadro 19 – Funções: montadores e ajudantes gerais, blaqueadores, molineiros,


operadores de rex, enfumaçadores, montadores de contraforte, pregadores de
palmilha, enbonecadores, prensistas.

Funções Atividades Riscos


Fisico: ruído, vibração e
iluminamento
Executa a montagem manual do
Químico: vapores orgânicos
Montador sapato de acordo com a linha de
Ergonômico: postura e conforto
produção
térmico
Acidentes: ferimento das mãos

Fisico: ruído, vibração e


iluminamento
Auxilia o setor no que for necessário
Químico: vapores orgânicos
Ajudante geral (colagem, colocação de acessórios)
Ergonômico: postura e conforto
e na operação de prensa sorveteira
térmico
Acidentes: ferimento das mãos

Fisico: ruído, vibração e


iluminamento
Trabalha na blaqueadeira, fazendo a Ergonômico: postura e conforto
Blaqueador união do cabedal ao solado térmico
Acidentes: ferimento das mãos e
eletricidade

Fisico: ruído e iluminamento


Trabalha na máquina molina,
Ergonômico: postura e conforto
Molineiro fazendo a moldagem do cabedal ao
térmico
solado
Acidentes: eletricidade

Físico: ruído, vibração e


iluminamento
Operador Utilizando a máquina rex, retira as Ergonômico: postura e conforto
de rex rugas do sapato térmico
Acidentes: ferimento das mãos e
do rosto e eletricidade

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 103


SESMT/CIPA/PPRA
(continuação – quadro 19)
Funções Atividades Riscos
Físico: ruído e iluminamento
Executa a pintura do sapato, Químico: vapores orgânicos
aplicando intermediário (fixador de Ergonômico: postura e conforto
Enfumaçador brilho), utilizando-se da cabine de térmico
pintura Acidentes: dermatite de mãos e
eletricidade

Físico: ruído e iluminamento


Ergonômico: postura e conforto
Trabalha na lixa boneca, dando
Embonecador polimento à giga e ao salto
térmico
Acidentes: ferimento das mãos e
eletricidade

Físico: ruído e iluminamento


Montador Ergonômico: postura e conforto
Molda o contraforte no cabedal térmico
de contraforte Acidentes: ferimento das mãos e
eletricidade

Físico: ruído e iluminamento


Pregador Fixa a palmilha no molde com a Ergonômico: postura e conforto
máquina de pregar tacha e ajuda a térmico
de palmilha montar manualmente a palmilha Acidentes: ferimento das mãos e
eletricidade

Físico: ruído e iluminamento


Trabalha na prensa sorveteira para Ergonômico: postura e conforto
Prensista dar o choque térmico no calçado térmico
Acidentes: eletricidade

Quantificação: medições de ruído, calor, agentes químicos e iluminamento.

Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração de


laudos ergonômico e de eletricidade; rebaixar as calhas de iluminação a uma altura de
2,80 m do piso; pintar o ambiente com cores claras; utilização de protetor auricular; sistema
de ventilação geral diluidora (a pesquisar); sistema de ventilação local exaustora nas
lixadeiras e politrizes (no aguardo destas providências deverá ser utilizado protetor
respiratório com filtro para poeiras); implementar as pausas, e revezamento de atividades;
adquirir luvas sem falange distal e óculos de segurança; creme protetor para as mãos para
as atividades de pintura; providenciar suporte de apoio para a peça a ser pintada pelo
enfumaçador; uso de creme protetor para pintura em geral.

104 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


SESMT/CIPA/PPRA
■ Setor Controle de Qualidade

Máquinas e equipamentos: bancadas.

Nº de funcionários: 20

Quadro 20 – Funções: inspetor de qualidade e auxiliares.


Funções Atividades Riscos
Físico: ruído e iluminamento
Inspetor de Controla as peças produzidas no que Ergonômico: postura e conforto
qualidade tange à qualidade e à resistência térmico
Acidentes: arranjo físico

Físico: ruído e iluminamento


Auxilia o inspetor no que for Ergonômico: postura e conforto
Auxiliar necessário térmico
Acidentes: arranjo físico

Quantificação: medições de iluminamento.

Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração de


laudo ergonômico; rebaixar as calhas de iluminação a uma altura de 2,80 m do piso; pintar
o ambiente com cores claras.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 105


SESMT/CIPA/PPRA
■ Setor Embalagem/Expedição

Máquinas e equipamentos: fitadeira, máquina de fita de goma, bancadas.

Nº de funcionários: 30

Quadro 21 – Funções: encarregado de expedição, embalador e auxiliares.


Funções Atividades Riscos
Físico: ruído e iluminamento
Encarregado de Coordena as atividades do setor, Ergonômico: postura e conforto
expedição conforme os pedidos recebidos térmico
Acidentes: arranjo físico

Físico: ruído e iluminamento


Monta as embalagens, separa os
Ergonômico: postura e conforto
Embalador lotes dos clientes, embala e
térmico
despacha
Acidentes: arranjo físico

Físico: ruído e iluminamento


Auxilia nos serviços inerentes ao Ergonômico: postura e conforto
Auxiliar setor térmico
Acidentes: arranjo físico

Quantificação: medições de ruído, iluminamento.

Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração de


laudo ergonômico; rebaixar as calhas de iluminação a uma altura de 2,80 m do piso; pintar
o ambiente com cores claras; utilização de protetor auricular para os operadores
de fitadeiras.

106 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


SESMT/CIPA/PPRA
■ Setor Manutenção

Máquinas e equipamentos: torno, furadeira bancada, esmeril, bancada elétrica,


escadas portáteis e lixadeira.

Nº de funcionários: 20

Quadro 22 – Funções: encarregado de manutenção, mecânico de manutenção,


eletricista e ajudantes gerais.
Funções Atividades Riscos
Físico: ruído e iluminamento
Encarregado de Coordena os funcionários do setor, Ergonômico: postura e conforto
manutenção expedindo ordens de serviço térmico
Acidentes: arranjo físico

Físico: ruído e iluminamento


Ergonômico: postura e conforto
Executa todos os serviços de
Eletricista manutenção elétrica
térmico
Acidentes: queda, ferimento das
mãos e eletricidade

Físico: ruído e iluminamento


Químico: graxas e solventes
Biológico: oléo mineral
Mecânico de Executa os serviços de manutenção
Ergonômico: postura e conforto
das máquinas e equipamentos em
manutenção térmico
geral
Acidentes: dermatite de mãos,
eletricidade e ferimento das
mãos

Físico: ruído e iluminamento


Químico: graxas e solventes
Biológico: oléo mineral
Auxilia nas tarefas elétricas e Ergonômico: postura e conforto
Ajudante geral mecânicas em geral térmico
Acidentes: dermatite de mãos,
eletricidade e ferimento das
mãos

Quantificação: medições de ruído, iluminamento.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 107


SESMT/CIPA/PPRA
Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração de
laudos ergonômico e de eletricidade; pintar o ambiente com cores claras; protetor auricular
de inserção ou concha; creme protetor para as mãos; utilizar protetor respiratório com filtro
contra vapores orgânicos por ocasião do manuseio de solventes; utilização de óculos de
segurança para as operações em tornos, furadeiras, lixadeiras etc. Para o eletricista,
providenciar botas de segurança sem ilhoses e com biqueira de aço, porta-ferramentas,
luvas de alta tensão, exigir a qualificação do profissional e cinto de segurança para serviços
em altura, adquirir calçados de segurança com biqueira de aço para os serviços de
manutenção mecânica.

■ Setor Administração

Máquinas e equipamentos: computadores e impressoras, copiadoras, mesas.

Nº de funcionários: 80

Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração de


laudo ergonômico; reorganização do arranjo físico (embutir as fiações que se encontram
expostas em régua); adquirir cadeiras ergonômicas com encosto lombar e regulagem de
altura; observar posição ergonômica, mobiliários e equipamentos necessários (cadeiras,
mesas, suporte para os pés, punhos etc.) no uso do computador.

108 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


SESMT/CIPA/PPRA
Quadro 23 – Funções: gerente financeiro, chefe do departamento pessoal, gerente
de vendas, contador, secretárias, vendedores, auxiliares administrativos, telefonista,
office boy.

Funções Atividades Riscos


Exerce a gerência das operações Físico: iluminamento
Gerente financeiras da empresa, trabalhando Ergonômico: postura
financeiro em escritório e utilizando o Acidentes: quedas e arranjo
computador para consultas físico

Chefia as atividades relacionadas a


Chefe do uma seção de pessoal, organizando
Físico: iluminamento
Ergonômico: postura
departamento e orientando os trabalhos
Acidentes: quedas e arranjo
específicos. Uso de
pessoal microcomputador é eventual.
físico

Exerce a gerência das atividades Físico: iluminamento


Gerente de relacionadas a vendas, desenvolve Ergonômico: postura
vendas seu trabalho externamente e dentro Acidentes: quedas e arranjo
da empresa físico

Organiza e dirige os trabalhos


Físico: iluminamento
inerentes à contabilidade da
Ergonômico: postura
Contador empresa, trabalhando em escritório,
Acidentes: quedas e arranjo
utilizando o microcomputador para
físico
consultas

Executa tarefas relativas a


Físico: iluminamento
anotação, redação, utilizando o
Ergonômico: postura
Secretárias microcomputador com freqüência,
Acidentes: quedas e arranjo
atendimento de telefone e
físico
agendamento das atividades

Executa serviços de atendimento a


Físico: iluminamento
clientes em seus estabelecimentos
Ergonômico: postura
Vendedores comerciais. O trabalho é
Acidentes: quedas e arranjo
desenvolvido, basicamente, fora da
físico
empresa

Executa os serviços gerais de Físico: iluminamento


Auxiliares escritório, separação e classificação Ergonômico: postura e esforço
de documentos, digita textos e dá repetitivo
administrativos suporte em toda a parte Acidentes: quedas e arranjo
administrativa físico

Físico: iluminamento
Maneja mesa telefônica para
Ergonômico: postura
Telefonista estabelecer comunicações internas,
Acidentes: quedas e arranjo
locais e interurbanas
físico
Físico: iluminamento
Executa serviços externos (de Ergonômico: postura
Office boy banco, entrega de material) Acidentes: quedas e arranjo
físico

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 109


SESMT/CIPA/PPRA
8.2. Análise Quantitativa

8.2.1. Instrumental e Metodologia

A. Níveis de Pressão Sonora (ruído)


Os níveis de pressão sonora foram quantificados utilizando-se decibelímetros,
previamente calibrados.
As leituras foram efetuadas no circuito de compensação “A” e no circuito resposta lenta,
para ruído contínuo, na altura da zona auditiva dos trabalhadores, de acordo com as
instruções da Norma Regulamentadora nº 15, Anexo 01 (quadro 24).

B. Dosimetria de Ruído
Foi quantificada utilizando-se dosímetros, previamente calibrados.
As leituras foram efetuadas no circuito de compensação “A” e no circuito de resposta
lenta, na altura da zona auditiva dos trabalhadores (quadro 26).
Se, durante a jornada de trabalho, ocorrerem dois ou mais períodos de exposição a ruídos
de diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos, combinados, de forma que, se
a soma das seguintes frações:

C1 + C2 + C3…+ Cn
T1 + T2 + T3…+ Tn

exceder a unidade, a exposição estará acima do limite de tolerância (quadro 25).


Na equação acima temos: Cn, que indica o tempo total em que o trabalhador fica
exposto a um nível de ruído específico permissível; Tn, que indica a máxima exposição
diária segundo os limites de tolerância para ruído contínuo/intermitente.

110 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


SESMT/CIPA/PPRA
C. Níveis de Iluminamento (lux)
Os valores de iluminamento mínimo em serviço para iluminação foram quantificados
utilizando-se o aparelho Luxímetro, marca Gossen Pan Lux Eletronic 2, de fabricação alemã.
As leituras foram efetuadas de acordo com as instruções da Norma Regulamentadora nº
17, item 17.5.3, ou seja, medidas no campo de trabalho (quadro 24).

D. Exposição ao Calor
Para a avaliação do calor foram utilizados os seguintes aparelhos:
■ Termômetro de Bulbo Seco (tbs).
■ Termômetro de Globo (tg).
■ Termômetro de Bulbo Úmido Natural (tbn).
■ Aparelho para medição de conforto térmico – Heat Stress Monitor, marca
Reuterstokes, modelo RSS 214 – e calibrador de fabricação canadense.
■ Aparelho para medição de conforto térmico – Heat Stress Monitor, marca Quest,
modelo Q-15 – e calibrador de fabricação norte-americana.

De acordo com a Norma Regulamentadora nº 15, em seu Anexo 3, a exposição foi avali-
ada através do Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo (IBUTG). As medições foram
efetuadas no local onde permanece o trabalhador, à altura da região do corpo mais atingida.

E. Agentes Químicos
A exposição a solventes orgânicos na atmosfera de trabalho foi oriunda da evaporação
de formulações de solventes, colas, adesivos e tintas.
Para a avaliação da concentração desses agentes químicos na atmosfera de trabalho,
foi realizada amostragem de ar passiva na zona respiratória dos trabalhadores, com amos-
trador TRACEAIR OVM 2, marca K&M, e amostragem ativa no ambiente na altura da zona
respiratória dos funcionários, com bomba apropriada (Buck Genie, marca A. P. Buck), opera-
da em baixo fluxo, tendo como coletor tubo de carvão ativado (SKG, modelo 226-01).
Foram amostrados trabalhadores pelo critério de grupos homogêneos* de exposição.

* Pessoas que executam funções semelhantes

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 111


SESMT/CIPA/PPRA
As análises das amostras foram realizadas em laboratório especializado, utilizou-se a
técnica de cromatografia gasosa/coluna capilar. Os resultados foram expressos em concen-
tração (ppm) de tolueno e n-hexano, solventes mais freqüentes nos insumos considerados.
Amostragem pessoal, ativa, na zona respiratória dos trabalhadores, com bomba marca
“Buck Genie”, operada em baixo fluxo, tendo como coletor tubo de carvão ativado (méto-
do NIOSH – National Institute of Occupational Safety and Health). Reamostragem no mes-
mo indivíduo.

112 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


SESMT/CIPA/PPRA
Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento

Nível de Pressão Nível de NBR 5413


Ponto Locais Sonora dB(A) Iluminamento Mínimo LUX

■ Almoxarifado
001 Medir área de couro 77 1000 1000
002 Bancada de seleção do couro 1 74 1200 1000
003 Mesa 1 74 700 500
004 Mesa 2 74 1100 500
005 Bancada de seleção do couro 2 74 1500 1000
006 Bancada de seleção do couro 3 74 1450 1000
007 Bancada de seleção do couro 4 74 1000 1000
008 Corredor 74 80/100 200
009 Bancada de apoio 75 90 300

■ Setor de Corte
010 Mesa 80/86 140 500
011 Balancim 82/87 1300 1000
012 Bancada 82/87 350 1000
013 Balancim 82/87 300 1000
014 Bancada 82/87 390 1000
015 Balancim 82/85 900 1000
016 Bancada 82/85 700 1000
017 Balancim 80/86 1400 1000
018 Bancada 80/86 700 1000
019 Balancim 80/84 900 1000
020 Bancada 80/84 400 1000
021 Balancim 81/87 900 1000
022 Bancada 81/87 450 1000
023 Balancim 81/86 900 1000
024 Bancada 81/86 350 1000

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 113


SESMT/CIPA/PPRA
Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)

Nível de Pressão Nível de NBR 5413


Ponto Locais Sonora dB(A) Iluminamento Mínimo LUX

■ Setor de Corte (continuação)


025 Balancim 81/85 1000 1000
026 Bancada 81/85 400 1000
027 Balancim 81/84 1300 1000
028 Bancada 81/84 450 1000
029 Balancim 81/84 550 1000
030 Bancada 81/84 320 1000
031 Balancim 80/83 1000 1000
032 Bancada 80/83 450 1000
033 Balancim 81/84 1200 1000
034 Bancada 81/84 350 1000
035 Balancim 81/84 1300 1000
036 Bancada 81/84 250 1000
037 Balancim 81/85 1000 1000
038 Bancada 81/85 700 1000
039 Balancim 81/85 1000 1000
040 Bancada 81/85 450 1000
041 Balancim 81/85 750 1000
042 Bancada 81/85 450 1000
043 Balancim 81/85 1000 1000
044 Bancada 81/85 450 1000
045 Balancim 81/85 800 1000
046 Bancada 81/85 550 1000
047 Balancim 81/84 1000 1000
048 Bancada 81/84 400 1000
049 Balancim 81/84 700 1000
050 Bancada 81/84 400 1000

114 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


SESMT/CIPA/PPRA
Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)

Nível de Pressão Nível de NBR 5413


Ponto Locais Sonora dB(A) Iluminamento Mínimo LUX

■ Setor de Corte (continuação)


051 Balancim 81/85 1000 1000
052 Bancada 81/85 450 1000
053 Balancim 81/85 740 1000
054 Bancada 81/85 490 1000
055 Balancim 81/86 1000 1000
056 Bancada 81/86 450 1000
057 Balancim 81/86 900 1000
058 Bancada 81/86 450 1000
059 Balancim 81/87 1000 1000
060 Bancada 81/87 380 1000
061 Balancim 81/87 750 1000
062 Bancada 81/87 200 1000

■ Setor de Revisão
063 Bancada 1 80 1000 1000
064 Bancada 2 80 750 1000
065 Bancada 3 80 980 1000
066 Bancada 4 80 980 1000
067 Máquina de cortar aviamento 80/84 1000 1000
068 Bancada de colagem de aviamento 75/80 350/450 500
069 Bancada de pintura do afil 80 350 500
070 Máquina para rachar fia 86/89 500 500
071 Maquina lixadeira 96 350/450 500
072 Cabine de pintura 80/86 550 500

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 115


SESMT/CIPA/PPRA
Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)

Nível de Pressão Nível de NBR 5413


Ponto Locais Sonora dB(A) Iluminamento Mínimo LUX

■ Setor Pré-fresado
073 Balancim 1 93 560 1000
074 Bancada 1 93 600 1000
075 Balancim 2 98 850 1000
076 Bancada 2 98 800 1000
077 Máquina equalizadora 93 800 500
078 Máquina de rachar 90 1000 500
079 Máquina fresa 91/95 400 500
080 Máquina cama de salto 84 450 500
081 Máquina de desenhar sola 85 800 500
082 Máquina carimbadeira 85 800 500
083 Máquina vira falsa 85 600 500
084 Máquina de abrir canaleta 91 300 500
085 Máquina de asperar 85/90 400 500
086 Máquina de halogenar 84 300 500
087 Máquina de passar cola 85/90 150 500
088 Pinheirinho 85/90 300 500
089 Máquina prensa 89/90 150 500
090 Máquina de lixar/asperar 94 300 500
091 Máquina de passar cola base 90 600 500
092 Máquina de asperar borracha 90 700 500
093 Máquina blaqueadeira 94 800 1000
094 Máquina cola base 86 200 500
095 Máquina cola vira/solado 86 300 500
096 Máquina prensa 89/90 150 500
097 Máquina lixação de giga 89 600 500
098 Máquina boneca 1 91 700 500

116 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


SESMT/CIPA/PPRA
Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)

Nível de Pressão Nível de NBR 5413


Ponto Locais Sonora dB(A) Iluminamento Mínimo LUX

■ Setor Pré-fresado (continuação)


099 Máquina boneca 2 95 700 500
100 Máquina de frisar 94 200 500
101 Mesa de tinta 88 200 500
102 Forno de aquecimento 88 300 300
103 Máquina de queimar 88 800 500
104 Máquina de lustrar 92 150 500
105 Mesa de revisão 87 600 1000

■ Setor Injetoras
106 Injetora 1 75/85 250 500
107 Bancada 1 75/85 145 500
108 Injetora 2 80/84 300 500
109 Bancada 2 80/84 140 500
110 Injetora 3 80/86 350 500
111 Bancada 3 80/86 350 500
112 Injetora 4 80/86 350 500
113 Bancada 4 80/86 300 500
114 Injetora 5 80/86 350/450 500
115 Bancada 5 80/86 200 500
116 Injetora 6 80/88 320 500
117 Bancada 6 80/88 240 500
118 Injetora 7 80/86 250/300 500
119 Bancada 7 80/86 250/300 500
120 Moinho 97 550 500

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 117


SESMT/CIPA/PPRA
Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)

Nível de Pressão Nível de NBR 5413


Ponto Locais Sonora dB(A) Iluminamento Mínimo LUX

■ Setor Bordados
121 Máquina Bordadeira 84 350 1000
122 Bancada 83 250 1000
123 Máquina bordadeira 84 250 1000
124 Bancada 83 250 1000
125 Máquina bordadeira 84 600 1000
126 Bancada 84 550 1000
127 Máquina bordadeira 85 700 1000
128 Bancada 85 800 1000

■ Setor de Preparação/Pesponto
129 Máquina de rachar peça 82 720 500
130 Máquina chanfradeira 83 450 500
131 Máquina chanfradeira 84 700 500
132 Máquina chanfradeira 84 650 500
133 Máquina chanfradeira 84 550 500
134 Máquina chanfradeira 84 700 500
135 Máquina chanfradeira 84 280 500
136 Máquina chanfradeira 84 200 500
137 Máquina chanfradeira 84 240 500
138 Máquina chanfradeira 84 280 500
139 Máquina chanfradeira 84 650 500
140 Máquina chanfradeira 84 550 500
141 Máquina auxiliar 84 700 500
142 Máquina chanfradeira 84 720 500
143 Máquina auxiliar 83 700 500
144 Máquina auxiliar 83 500 500

118 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


SESMT/CIPA/PPRA
Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)

Nível de Pressão Nível de NBR 5413


Ponto Locais Sonora dB(A) Iluminamento Mínimo LUX

■ Setor de Preparação/Pesponto
145 Máquina rachadeira 84/85 700 500
146 Bancada conferência 81 450/1000 1000
147 Bancada conferência 81 300/900 1000
148 Máquina carimbadeira 83/89 500 500
149 Máquina carimbadeira 2 83/92 250 500
150 Máquina carimbadeira 83/87 300 500
151 Máquina carimbadeira 80/90 1000 500
152 Máquina carimbadeira 82/89 750 500
153 Máquina carimbadeira 82/92 500 500
154 Máquina carimbadeira 80/88 750 500
155 Máquina entertela 80/93 300 500
156 Máquina cambradeira 80/88 380 500
157 Máquina pesponto 85 800 1000
158 Máquina pesponto 85 750 1000

■ Modelagem
159 Bancada de corte 75 1000 1000
160 Máquina carimbadeira 80/87 350 500
161 Máquina entertela 80 400 500
162 Máquina chanfradeira 80 450 500
163 Bancada colagem 80 550 500
164 Máquina pesponto 84 1000 1000
165 Máquina ziguezague 86 1000 1000
166 Máquina dobra tiras 80 1000 500
167 Máquina tesoura 80 1000 500
168 Bancada 80 1200 500

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 119


SESMT/CIPA/PPRA
Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)

Nível de Pressão Nível de NBR 5413


Ponto Locais Sonora dB(A) Iluminamento Mínimo LUX

■ Setor Manutenção
169 Mesa 70 700 500
170 Esmeril 82 800 500
171 Furadeira de bancada 80 700 500
172 Bancada 75 700 500
173 Torno mecânico 84 400 1000
174 Torno revolver 85 750 1000
175 Fresa 85 700 500
176 Plaina 83 650 500
177 Máquina de solda 82 300 200
178 Bancada elétrica 81 600 500
179 Bancada mecânica 81 450 500

■ Setor Montagem/Esteira
180 Distribuição calçado na esteira 84/91 800 500
181 Máquina asperar base 97 400 500
182 Bancada de colagem 1 97 300 500
183 Bancada de colagem 2 90 200 500
184 Forno 92 300 500
185 Máquina calceira 92 300 500
186 Conformadeira de base 92 500 500
187 Retirada de taxa manual 92 600 500
188 Bancada queimar linha 93 400 500
189 Politriz 95 300/500 500
190 Bancada lavar calçado 94 300 500
191 Politriz 94 250 500
192 Cabine de pintura 1 97 700 1000

120 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


SESMT/CIPA/PPRA
Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)

Nível de Pressão Nível de NBR 5413


Ponto Locais Sonora dB(A) Iluminamento Mínimo LUX

■ Setor Montagem/Esteira (continuação)


193 Cabine de pintura 2 96 700 1000
194 Cabine de pintura 3 96 500 500
195 Lixadeira 97 250 500
196 Bancada colagem 92 500 500
197 Bancada monta caixa 89 300 500
198 Máquina sorveteira 95 180 500
199 Base para retirar da fôrma 89 180 500
200 Máquina blaqueadeira 107 200 1000
201 Máquina blaqueadeira 108 300 1000
202 Puxar linha manual 106 750 500
203 Bancada pintar canaleta 93 400 500
204 Máquina politriz 93/97 1000 500
205 Máquina pregar salto 103 100 500
206 Cabine de pintura (cera) 95 700 1000
207 Bancada colar calcanheira 95 300 500
208 Máquina politriz 93 240 500
209 Bancada para enrolar bambolim 93 220 500
210 Máquina politriz 92 300 500
211 Bancada de revisão 88 750 1000

■ Setor Expedição
212 Bancada de revisão 72 700 1000
213 Bancada de revisão 72 950 1000
214 Mesa 70 800 500
215 Bancada de encaixotamento 70 800 500

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 121


SESMT/CIPA/PPRA
Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)

Nível de Pressão Nível de NBR 5413


Ponto Locais Sonora dB(A) Iluminamento Mínimo LUX

■ Setor Administrativo
216 Mesa 1 65/75 300 500
217 Mesa computador 65/75 800 500
218 Mesa 2 65/75 550 500
219 Mesa computador 65/75 750 500
220 Mesa 3 65/75 650 500
221 Mesa computador 65/75 600 500
222 Mesa 4 65/75 350 500
223 Mesa 5 65/75 380 500
224 Mesa computador 65/75 350 500
225 Mesa 6 65/75 300 500
226 Máquina de datilografia 65/75 320 500
227 Mesa computador 65/75 250 500
228 Mesa 7 65/75 450 500
229 Mesa 8 60/64 600 500
230 Mesa computador 60/64 550 500
231 Mesa 9 59 550 500
232 Mesa computador 60 500 500
233 Mesa 10 60 450 500
234 Mesa computador 72 550 500
235 Mesa 11 68 500 500
236 Mesa 12 68 350 500
237 Mesa computador 70 350 500
238 Mesa 13 70 380 500
239 Máquina de datilografia 65/74 450 500
240 Mesa computador 72 430 500
241 Mesa 14 70 500 500

122 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


SESMT/CIPA/PPRA
Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)

Nível de Pressão Nível de NBR 5413


Ponto Locais Sonora dB(A) Iluminamento Mínimo LUX

■ Setor Administrativo (continuação)


242 Sala de reunião 50 350 300
243 Sala de vendas 60/74 600 500
244 Mesa computador 60/72 700 500
245 Mesa do departamento de pessoal 60/74 650 500
246 Mesa do contador 60/74 350 500
247 Mesa contas a pagar 65/76 480 500
248 Mesa contas a receber 65/76 520 500
249 Mesa da secretária da diretoria 60 600 500
250 Mesa do diretor técnico 60 620 500
251 Mesa do diretor financeiro 60 620 500
252 Sala da telefonista 70/82 300 500
253 Mesa da recepcionista 70/82 750 500
254 Mesa do diretor de produção 60/64 600 500

ABNT-NBR 5.413 – Norma brasileira registrada que visa estabelecer os valores de


Iluminação mínimos em serviço de luz artificial, em interiores, onde se realizam atividades
de comércio, indústria, ensino, esporte e outros.
Para análise do nível de pressão sonora foi usado o limite de tolerância para ruído
contínuo ou intermitente (quadro 25), de acordo com o Anexo 1 da Norma Regulamentadora
nº 15.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 123


SESMT/CIPA/PPRA
Quadro 25 – Tabela que mostra o limite de tolerância para ruído

Nível de Máxima exposição


ruído dB(A) diária permissível
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 30 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
Fonte: NR-15

124 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


SESMT/CIPA/PPRA
B. Dosimetria de Ruído
O critério de escolha dos postos que serão avaliados pela dosimetria é definido pelos fa-
tores “intensidade e oscilações de ruído de determinado posto de trabalho”, tendo como
objetivo determinar a dose de ruído recebida pelo trabalhador durante sua jornada de tra-
balho, além do que, trata-se de um documento legal que comprova a exposição ou não do
trabalhador aos limites estabelecidos por lei.

B-1 Quadro 26A – Distribuição e


cumulativo da dosimetria de
Nome: Sra. Calçado ruído do ponto B1.
Função: Pespontadeira Cumulativo
Setor: Pesponto Distribuição
dB(A) %
Distribuição
Data: 06/12/2000 %
Start: 07:00h 70 1,8 100,0
End.: 11:00h
75 69,8 98,2
Run.: 4:00h
Pause: 0:00h 80 19,2 28,4
Dose %: 15 85 6,6 9,2
Dose 8h%: 48
90 2,2 2,6
Lav dB(A): 79,6
Max L dB(A): 101,0 95 0,2 0,4
Max P dB(A): 138,9 100 0,0 0,2

B-2 Quadro 26B – Distribuição e


cumulativo da dosimetria de
Nome: Sr. Calçado ruído do ponto B2.
Função: Pregador de vira Cumulativo
Setor: Pré-fresado Distribuição
dB(A) %
Distribuição
Data: 14/02/2001 %
Start: 07:25h 70 0,0 100,0
End.: 10:32h
75 0,4 100,0
Run.: 3:02h
Pause: 0:05h 80 15,3 99,6
Dose %: 118 85 19,5 84,3
Dose 8h%: 311
90 17,9 64,8
Lav dB(A): 93,1
Max L dB(A): 101,4 95 46,9 46,9
Max P dB(A): 127,9 100 0,1 0,0

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 125


SESMT/CIPA/PPRA
Observações: Legendas usadas na dosimetria de ruído

8 horas = 85 dB(A) = 100% Dose


Dose 8 horas < 100% dentro dos limites por
Dose 8 horas > 100% acima dos limites por
Start = Início da medição em
End = Final da medição em
Run = Tempo de medição em
Pause = Parada do tempo da medição horas/minutos
= Representa a quantidade de energia recebida
Dose % pelo trabalhador, expressa em porcentagem
de dose permitida
= Representa o valor em % da dose extrapolada
Dose 8%
em um período de 8 horas
= Representa a energia média do nível sonoro
Lav ou Leq (nível durante um período de medição, ou seja, o de
sonoro contínuo ruído estabilizado contínuo que tem a mesma
equivalente) energia acústica que o ruído medido durante o
mesmo intervalo de tempo
= É o nível de pressão sonora máximo para um
Max L
período de medição
= É o pico de nível de pressão sonora máximo
Max P
para um período de medição

126 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


SESMT/CIPA/PPRA
Com relação à dosimetria, foi utilizado para interpretação dos resultados o quadro 27 a
seguir, conforme estabelece a norma da Fundacentro – NHT – 06 R/E, de 1985.

Quadro 27 – Avaliação da exposição ocupacional ao ruído.

Valor da Dose Situação da Consideração Nível de


8 horas(%) Exposição Técnica da Situação Recomendação
10 a 50 aceitável — desejável, não prioritária

60 a 80 aceitável de atenção de rotina

90 a 100 temporariamente séria preferencial

110 a 300 inaceitável crítica urgente

acima de 300 inaceitável de emergência imediata

qualquer, havendo inaceitável,


níveis individuais recomenda-se de emergência imediata
acima de 115 dB(A) interromper

C. Medições de Calor
O único local passível de possuir fonte de calor nesta indústria calçadista será o setor
de injetoras (quadro 28). Para comprovar a inexistência desta fonte, a exposição ao calor foi
avaliada através do “Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo” (IBUTG), conforme
determina a legislação.

Quadro 28 – Medições de calor.


Setor Sala 4 – Área Produção – Injetora
IBUTG 29,4 °C
TBN 26,0 °C
TBS 33,5 °C
TG 37,3 °C
Tipo de atividade Moderado
IBUTG = Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo ºC.
TBN = Temperatura de Bulbo Úmido Natural ºC.
TBS = Temperatura de Bulbo Seco ºC.
TG = Temperatura de Globo ºC.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 127


SESMT/CIPA/PPRA
As medições foram efetuadas no local onde permanece o trabalhador, na altura da re-
gião do corpo mais atingida. Foi considerado como atividade moderada o trabalho intermi-
tente com períodos de descanso no próprio local (quadro 29).

Quadro 29 – Limites de tolerância, conforme NR-15 – Anexo 3

Regime de trabalho intermitente Tipo de Atividade


com descanso no próprio local de
trabalho (por hora) Leve Moderada Pesada

Trabalho contínuo até 30,0 até 26,7 até 25,0

45 minutos trabalho
30,1 a 30,6 26,8 a 28,0 25,1 a 25,9
15 minutos descanso

30 minutos trabalho
30,7 a 31,4 28,1 a 29,4 26,0 a 27,9
30 minutos descanso

15 minutos trabalho
31,5 a 32,2 29,5 a 31,1 28,0 a 30,0
45 minutos descanso

Não é permitido o trabalho sem a adoção


acima de 32,2 acima de 31,1 acima de 30,0
das medidas adequadas de controle

O valor obtido de 29,4 °C está acima do limite de tolerância de 26,7 °C.

D. Avaliação Química
As concentrações de tolueno e n-hexano no ambiente de trabalho foram quantificadas
por amostragem ativa no ambiente à altura média da zona respiratória dos trabalhadores,
obtendo os resultados apresentados no quadro 30.
No quadro 31 estão apresentadas as concentrações de tolueno e n-hexano das amostras
coletadas de forma passiva na zona respiratória dos trabalhadores.

128 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


SESMT/CIPA/PPRA
Quadro 30 – Resposta ao instrumental e metodologia.

Amostragem ativa de áreas


Resultados (ppm)
Setor/Fonte Ponto
tolueno n-hexano
13 25 <10
corte 25 19 <10
37 31 <10
fonte: cola
49 14 14
70 funcionários 51 <10 19
59 18 14

66 14 19
revisão 72 <10 11
fonte: solventes 63 39 21
20 funcionários 69 37 18
63 28 22

142 25 21
148 31 23
preparação e pesponto 138 14 19
fonte: cola 140 <10 33
90 funcionários 134 39 14
130 18 22

75 43 <10
83 37 <10
pré-fresado 95 39 <10
fonte: cola 82 33 <10
60 funcionários 98 42 <10
77 39 <10
94 52 <10

185 36 28
210 40 32
183 39 34
205 35 30
191 34 29
esteira/montagem 198 37 24
187 39 28
fonte: cola e solventes
200 34 21
140 funcionários 209 39 28
199 32 24
197 28 22
194 34 27
192 34 28
182 35 26

168 39 21
modelagem 161 37 18
fonte: solventes, colas e outros 162 28 22
164 19 24
20 funcionários 168 31 23
165 14 19
limites de tolerância 78 50*
* ACGIH – American Conference of Governmental Industrial Hygienists

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 129


SESMT/CIPA/PPRA
Quadro 31 – Amostragem passiva de funcionários em seus postos (pontos) de trabalho.

Resultados (ppm)
Setor/Fonte Ponto
tolueno n-hexano
17 31 17
62 23 16
30 51 11
corte 41 24 19
fonte: cola 38 16 25
25 25 14
70 funcionários 46 34 17
54 24 12
11 19 18
52 27 14
revisão 64 24 19
fonte: solventes 70 16 12
20 funcionários 68 25 18

147 31 23
preparação e pesponto 152 24 19
130 25 28
fonte: cola 133 30 14
90 funcionários 137 34 17
143 42 26

104 54 <10
105 31 <10
pré-fresado 89 33 <10
98 29 <10
fonte: cola 90 34 <10
60 funcionários 81 34 <10
73 25 <10
76 46 <10

211 27 21
209 26 23
204 32 27
201 29 24
198 35 26
196 34 25
esteira/montagem 195 37 24
fonte: cola, solventes e halogenantes 185 29 23
206 24 19
140 funcionários 194 29 21
188 22 24
186 28 19
190 24 17
181 34 21
183 27 18
207 32 16

165 24 19
modelagem 160 16 12
fonte: solventes, colas e outros 162 25 18
168 31 23
20 funcionários 159 24 19
166 25 28

limites de tolerância 78 50*


* ACGIH – American Conference of Governmental Industrial Hygienists

130 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


SESMT/CIPA/PPRA
IX. Estabelecimento de prioridades e metas
de avaliação

Os riscos avaliados no item anterior (VIII. Reconhecimento de riscos) servem de base


para as prioridades nas medidas de controle que serão propostas.

■ 9.1. Implantação das medidas de controle e avaliação


de sua eficácia

9.1.1. Agentes Químicos

9.1.1.1. Minimização do Risco


■ A minimização e/ou a neutralização do risco deverão ser feitas preferencialmente
com a adoção de medidas de proteção coletiva, tais como sistema de ventilação lo-
cal exaustora nos pontos em que forem encontrados níveis acima do limite de tole-
rância, ou ainda sistemas de ventilação geral diluidora em casos específicos.
■ Para todos os produtos químicos manuseados na empresa, independentemente de
ser um agente de risco, deverá ser feita a normalização quanto aos cuidados e
primeiros socorros necessários em caso de acidente, dando conhecimento aos
funcionários que o manuseiam.
■ No manuseio de solventes orgânicos em geral, gasolina, querosene, recomendamos
o uso de cremes protetores adequados. É importante ressaltar que, no momento da
compra, deverá ser salientada a substância manuseada, para que seja adquirido o
produto mais adequado.
■ Por ocasião da utilização de solventes orgânicos em geral, thinner, gasolina, quero-
sene, tintas, colas, deverão ser utilizados protetores respiratórios com filtros especí-
ficos aos vapores orgânicos, manipulados sempre que não houver equipamento de
proteção coletiva eficiente.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 131


SESMT/CIPA/PPRA
9.1.1.2. Controle de Pessoal
No período transitório, não há como deixar os trabalhadores da fábrica desprotegidos. As-
sim sendo, os trabalhadores deverão utilizar os protetores mencionados em itens anteriores.
Por ocasião da compra, deverão ser observados o peso, o conforto e a eficiência do produto.
Vale ressaltar que os filtros dos protetores respiratórios recomendados têm um período de va-
lidade e, uma vez saturados, deverão ser trocados imediatamente.
Cabe-nos ainda informar que, mesmo com a utilização de protetores respiratórios, os fun-
cionários deverão ser submetidos a exames médicos peródicos, conforme especifica o
PCMSO (NR-07) elaborado pela empresa.

9.1.2. Agentes Físicos


Visando proteger a saúde do trabalhador, o atendimento da legislação vigente, a otimização
dos recursos da empresa e a minimização dos Riscos Potenciais de Acidentes e Doenças Ocu-
pacionais, sugerimos que, nos setores em que o nível de pressão sonora ultrapasse 85 dB(A) pa-
ra uma jornada de 8 (oito) horas de exposição, deve-se efetuar um estudo com base em:

9.1.2.1. Controle da Fonte


Manutenção constante no tocante não só à troca de peças desgastadas, mas também
quanto à lubrificação.

9.1.2.2. Enclausuramento
Estudar a possibilidade de enclausuramento dos moinhos (injetoras).

9.1.2.3. Controle de Pessoal


Os trabalhadores da produção deverão utilizar protetores auriculares.
Cabe-nos ainda informar que, mesmo com a utilização de protetores individuais, os fun-
cionários que estão expostos a ruído intenso deverão submeter-se a testes audiométricos to-
nais pelo menos para a freqüência de 500, 1.000, 2.000, 3.000, 4.000, 6.000 e 8.000Hz, por
ocasião dos exames médicos admissional, periódico, demissional, de mudança de função e
retorno ao trabalho, conforme a Norma Regulamentadora nº 07 do Ministério do Trabalho.

132 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


SESMT/CIPA/PPRA
9.1.3. Agentes Biológicos
Deverão ser providenciados exames recomendados no PCMSO.

9.1.4. Outros Agentes


■ A legislação se reporta às iluminâncias constantes na NBR 5.413 da ABNT, que reco-
menda valores mínimos em função do tipo de tarefa executada. No item 6.3.3 estão
tabelados os valores medidos e o mínimo de iluminância para cada posto de traba-
lho. Assim, pode-se constatar a existência de muitos locais na empresa em que os
valores medidos encontram-se abaixo dos mínimos estabelecidos e, conseqüente-
mente, seria necessário estudo para revisão do sistema de distribuição das luminá-
rias ou ampliação do número de lâmpadas.
■ Faz-se urgente a instalação de extintores adequados ao tipo de uso. Para tanto, deve-
rá ser feito um dimensionamento dos extintores com a locação correta destes em plan-
ta e posterior instalação in loco. Além disso, deverão ser revisados periodicamente.
■ Os funcionários deverão ser treinados quanto ao uso dos extintores.
■ Deverá ser feita revisão periódica das instalações elétricas da empresa.
■ Para o uso dos computadores, deverão ser providenciadas cadeiras adequadas com as-
sento e encosto ajustáveis à altura da bancada ou mesa em que está instalado.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 133


SESMT/CIPA/PPRA
Quadro 32 – 9.2. Cronograma Proposto

Eventos
Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan
propostos/Mês

compra dos EPIs X

treinamento quanto
X
ao uso dos EPIs
dimensionamento e
instalação dos X
extintores
constituição da
X
brigada de incêndio
adequação das
X
luminárias

PCMSO X

ajuste das máquinas


objetivando redução X
de ruído
enclausuramento do
X
moinho
substituição das
X
cadeiras
replanejamento do
X
PPRA

134 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


SESMT/CIPA/PPRA
X. Conclusão

Todas as ações propostas no cronograma (quadro 32) e executadas pela empresa deve-
rão ser devidamente documentadas.
Por exemplo, no caso dos equipamentos de proteção individual, abre-se uma pasta com
as notas fiscais de compra e respectivos CAs (Certificado de Aprovação a ser fornecido pe-
la empresa fornecedora) e de outros serviços propostos.
O PPRA e ações a serem desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresa
são de responsabilidade do empregador.
A operacionalização do PPRA consiste em ações executivas e de controle. É um proces-
so contínuo, devendo, portanto, ter um coordenador.
Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma análi-
se global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização de reajustes neces-
sários e esclarecimentos de novas metas e prioridades.
Este trabalho visa estabelecer parâmetros que permitam adaptação das condições de
trabalho dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e
desempenho eficiente.
Reafirmamos, portanto, que as providências que forem tomadas no sentido de eliminar
a insalubridade e/ou riscos não constituem gastos e sim investimentos.
Este cronograma foi discutido e aprovado em reunião, com a presença dos senhores Di-
retor Sapato, Gerente Sapatos, chefe DEPE, engenheiro coordenador, engenheiro de segu-
rança, médico coordenador e representantes da CIPA, em 99/04/99.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 135


SESMT/CIPA/PPRA
Responsabilidades

Do empregador: Estabelecer, implantar e assegurar o cumprimento do PPRA como


atividade permanente da empresa.

Dos empregados: Colaborar e participar na implantação e execução do PPRA; seguir as


orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA; informar ao seu hierárqui-
co direto ocorrências que, a seu julgamento, possam implicar riscos à saúde dos trabalhadores.

São Paulo, 01 de maio de 9999.

Verifico Segurança Técnico Seguro


Eng.º Verifico Segurança Téc. Técnico Seguro
CREA 99.999 CREA 9.999

Teo Seguro Trabalho Seguros Técnicos


Téc. Teo Seguro Trabalho Téc. Seguros Técnicos
CREA 99.99 CREA 999

136 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


PCMSO
Calçados X ltda.

São Paulo, 99 de janeiro de 9999.

Calçados X ltda.

At.: Sr. Fazedor de Sapatos

Encaminhamos para sua apreciação o Programa de Controle Médico de Saúde


Ocupacional (PCMSO) para os funcionários da empresa Calçados X ltda.
O programa consta essencialmente de exames médicos e foi elaborado tendo como
subsídios: a visita aos postos de trabalho em 99/99/9999 e as informações técnicas
recebidas pela empresa nesta data.
O programa poderá ser alterado se houver mudança no processo de trabalho,
maquinário, exposição a outros riscos ocupacionais ou mudança do ramo de atividade. É de
responsabilidade da empresa comunicar a este Serviço Médico tais mudanças.
Após o recebimento de todos os resultados dos exames complementares e
conclusão do atendimento, o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) será emitido em duas
vias, sendo a primeira via da empresa e a segunda, do trabalhador.
Os casos suspeitos ou diagnosticados de moléstia ocupacional deverão ser
notificados ao INSS através da emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT
pela empresa. Após a alta da perícia médica, deverão retornar pessoalmente ao Serviço
Médico, munidos da Comunicação de Resultado de Exame Médico – CREM/CPMAT
fornecida pelo INSS.
O atendimento só será concluído após estes procedimentos.
Solicitamos que dúvidas ou informações em relação ao atendimento sejam
esclarecidas pelo telefone: 0-XX-99-999.9999.

Atenciosamente,

Saúde Sapatos
Dr. Saúde Sapatos
CRM 99.999
Setor Médico de Saúde do Trabalhador

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 137


PCMSO

Modelo de:
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
PCMSO/NR-7
Validade: janeiro/9999 a dezembro/9999

1. Identificação da empresa
Empresa: Calçados X ltda.
CGC: 99.999.999/9999-99
Endereço: Rua Sapatos Felizes, nº 99
Telefone: 0-XX-99 - 999.9999
CNAE: 19,3
Atividade: Fabricação de calçados
Grau de risco: 03
Total de funcionários: 600
Jornada de trabalho:
Administrativo: 08:00/12:00 - 13:00/17:00 horas
Produção: 06:00/11:00 - 13:00/16:00 horas
Médico: Dr. Saúde Sapatos
CRM: 99.999
Telefone: 0-XX-99 - 999.9999

■ Setores da empresa
Almoxarifado 10 funcionários
Modelagem 10 funcionários
Corte 70 funcionários
Bordado 20 funcionários
Moinho/Injetoras 30 funcionários
Distribuição interna/externa 20 funcionários
Preparação/Pesponto 90 funcionários
Pré-fresado 60 funcionários
Esteira/Montagem 140 funcionários
Controle de qualidade 20 funcionários
Expedição 30 funcionários
Manutenção 20 funcionários
Administração 80 funcionários

138 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


PCMSO

2. Desenvolvimento do PCMSO

■ 2.1. Compete ao empregador:


a) Garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como zelar pela
sua eficácia.
b) Custear, sem ônus para o empregado, todos os procedimentos relacionados ao PCMSO.
Os órgãos de fiscalização poderão exigir os comprovantes destas despesas, que deve-
rão ser guardados e organizados para serem apresentados em caso de solicitação.
c) Indicar, entre os médicos dos Serviços Especializados em Engenharia e Segurança e
Medicina do Trabalho – SESMT da empresa, um coordenador responsável pela exe-
cução do PCMSO.
d) No caso de a empresa estar desobrigada de manter médico do trabalho, de acordo
com a NR-4, deverá o empregador indicar médico do trabalho, empregado ou não da
empresa, para coordenar o PCMSO.

■ 2.2. Compete ao médico coordenador:


a) Planejar e realizar os exames previstos ou delegar a execução para outro médico fa-
miliarizado com o programa.
b) Não há necessidade de o médico coordenador estar inscrito no Ministério do Trabalho,
porém, deve estar inscrito no Conselho Regional de Medicina (CRM) da unidade da fe-
deração na qual atua e ser preferencialmente especializado em medicina do trabalho.
c) Os exames complementares devem ser realizados por profissionais e/ou entidades
devidamente capacitados, equipados e qualificados.

Obs: O programa não necessita ser homologado ou registrado nas DRTs, porém deve
ficar em local disponível na empresa e, se houver, nas filiais.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 139


PCMSO
■ 2.3. Os exames médicos ocupacionais que deverão
ser realizados são os seguintes:

1. Exame médico admissional


Conforme determina a NR-7, item 7.4.1, deverá ser realizado antes que o trabalhador as-
suma as atividades. O exame admissional constará de:
1. Exame clínico ocupacional.
2. Exames complementares realizados de acordo com os termos especificados na
NR-7, conforme os riscos ocupacionais do setor onde irá trabalhar.
3. Outros exames, a critério médico, considerando os empregos anteriores do
funcionário ou as alterações encontradas no exame clínico.

2. Exame médico periódico


Deverá ser realizado conforme determina a NR-7, item 7.4.3.2.
O exame periódico constará de:
1. Exame clínico ocupacional.
2. Exames complementares realizados de acordo com os termos especificados na
NR-7, conforme os riscos ocupacionais do setor onde trabalha.
3. Outros exames, a critério médico, considerando as alterações encontradas no
exame clínico.

3. Exame médico de retorno ao trabalho


Conforme determina a NR-7, item 7.4.3.3, deverá ser realizado obrigatoriamente no pri-
meiro dia da volta ao trabalho do trabalhador ausente por período igual ou superior a 30
(trinta) dias, por motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto.
O exame médico de retorno ao trabalho constará de:
1. Exame clínico ocupacional.
2. Outros, dependendo do motivo do afastamento e da função exercida.

140 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


PCMSO
4. Exame médico de mudança de função
Conforme determina a NR-7, item 7.4.3.4, será obrigatoriamente realizado antes da da-
ta da mudança. Para este fim, entende-se por mudança de função toda e qualquer altera-
ção da atividade, posto de trabalho ou setor que implique a exposição do trabalhador a ris-
co diferente daquele a que estava exposto antes da mudança.
1. Exame clínico ocupacional.
2. Outros, conforme a mudança de riscos a que estará exposto.

5. Exame médico demissional


Conforme determina a NR-7, item 7.4.3.5, será obrigatoriamente realizado até a data da
homologação, desde que o último exame médico ocupacional tenha sido realizado há mais
de 90 dias, ou conforme negociação coletiva da categoria.
O exame médico demissional constará de:
1. Exame clínico ocupacional.
2. Exames complementares, conforme os riscos ocupacionais do setor onde trabalhou.
3. Outros exames, a critério médico, considerando as alterações encontradas no
exame clínico.

Obs.: De modo geral, não podem ser demitidos trabalhadores doentes e trabalhadoras
gestantes.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 141


PCMSO
■ 2.4. Monitoramento biológico indicado por riscos
No desenvolvimento deste PCMSO, considerou-se a observação dos riscos com exames
a serem realizados de acordo com o quadro 33 abaixo. A seguir, serão expostos os parâme-
tros químicos e físicos (quadro 34) usados neste monitoramento, conforme orientação da
NR-7, adaptada somente para parâmetros avaliados.

Quadro 33 – Monitoramento biológico com exames indicado por riscos ambientais.

Riscos Tipo de Exame Código do Exame


Ergonômico Exame clínico 1

Físico – Ruído Audiometria 2

Físico – Calor Exame clínico 1

Físico – Vibração Exame clínico 1

Biológico – Vírus, fungos e bactérias Exame clínico 1

Dosagem de ácido hipúrico


Químico – Tolueno 3
na urina

Dosagem de 2,5 hexanodiona


Químico – N-hexano 4
na urina

Dosagem de metil-etil-cetona
Químico – Metil-etil-cetona 5
na urina

Critério técnico
Químico – Outras substâncias 6
após identificação

Químico – Poeiras
Raio X de tórax e espirometria 7
(aerodispersóides não fibrogênicos)

Risco de acidentes Exame clínico 1

Outros exames complementares


8
indicados a critério médico

142 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


PCMSO
Quadro 34 – Parâmetros para controle biológico da exposição
a alguns agentes químicos (Quadro I – NR-7).

Indicador Índice
Indicador
Agente Biológico Valor de Biológico Método
Biológico Amostragem Interpretação Vigência
Químico Material Análise
Referência Máximo Analítico
Biológico Permitido

Indica que o
Metil- Final do último
Metil-etil- Cromatografia ambiente está Até 12
etil- Urina 2 mg/l dia de jornada
cetona gasosa saturado da meses
cetona de trabalho
substância EE

Indica que o
Final do último
N- 2,5 5 mg/g de Cromatografia ambiente está Até 18
Urina dia de jornada
hexano hexanodiona creatinina gasosa saturado da meses
de trabalho
substância EE

Final do último
Cromatografia dia de jornada
de trabalho. Indica que o
Até gasosa ou
Ácido 2,5 g/g de ambiente está
Tolueno Urina 1,5 g/g de cromatografia Pode-se fazer a
hipúrico creatinina saturado da
creatinina líquida de alto diferença entre
substância EE
desempenho pré e pós-
jornada

Significado:
EE – O indicador biológico é capaz de indicar uma exposição ambiental acima do limite
de tolerância, mas não possui, isoladamente, significado clínico ou toxicológico próprio, ou
seja, não indica doença, nem está associado a um efeito ou disfunção de qualquer
sistema biológico.
Fonte de dados do quadro 33 retirada da NR-7, adaptação somente para parâme-
tros avaliados.
“A periodicidade de avaliação dos indicadores biológicos do quadro I deverá ser, no mí-
nimo, semestral, podendo ser reduzida a critério do médico coordenador, ou por notificação
do médico agente da inspeção do trabalho, ou mediante negociação coletiva de trabalho.”
(NR-7, item 7.4.2.1)

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 143


PCMSO
Quadro 35 – Parâmetros para monitorização da exposição ocupacional a alguns
riscos à saúde (Quadro II – NR-7).

Exame Periodicidade Método de Critério de


Risco Observações
Complementar dos Exames Execução Interpretação

Audiometria Admissional, Otoscopia prévia, Anexo I da NR-7, Independentemente


tonal via aérea 6 meses após repouso acústico Portaria 19, que do uso de EPI.
Freqüências: admissão e do trabalhador estabelece
500, 1.000, anual >14h, cabine diretrizes e
2.000, 3.000, acústica cf. OSHA parâmetros
4.000, 6.000 e 81-Apêndice D. mínimos para
Ruído 8.000Hz calibração do avaliação e
audiômetro acompanhamento
segundo a da audição em
Norma ISO 389/75 trabalhadores
ou ANSI 1969 expostos a níveis
de pressão sonora
elevados*.
Telerradiografia Admissional, Radiografia em Classificação
do tórax trienal se posição póstero- internacional da
exposição anterior, técnica OIT para
<15 anos, preconizada pela radiografias.
bienal se OIT, 1980.
exposição
Aerodispersóides >15 anos
não fibrogênicos

Espirometria Admissional Técnica


e bienal. preconizada pela
American Thoracic
Society, 1987

*Texto adaptado na NR-7, deste manual.


Fonte de dados do quadro 35 retirada da NR-7 e da Portaria 19 (adaptação somente para parâmetros avaliados).

144 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


PCMSO
■ 2.5. Exames necessários e sua correlação com os
riscos ocupacionais
Apresentação de quadros demonstrativos por setor de trabalho, mostrando as funções,
os riscos ambientais, o tipo de monitoramento recomendado e sua periodicidade.

■ Setor de Almoxarifado
Quadro 36 – Funções: almoxarife e auxiliares

N° de funcionários: 10
Funções Riscos Monitoramento Periodicidade
Físico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Ergonômico: postura, Outros exames A critério médico.
carregamento de complementares
objetos e conforto indicados a critério
Almoxarife térmico médico.
Acidentes: quedas,
arranjo físico,
eletricidade,
incêndio e explosão

Físico: ruído e Exame clínico. Anual.


iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Ergonômico: postura, Outros exames A critério médico.
carregamento de complementares
objetos e conforto indicados a critério
Auxiliar de térmico médico.
almoxarifado Acidentes: quedas,
arranjo físico,
eletricidade,
incêndio e explosão

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 145


PCMSO
■ Setor Planejamento e Modelagem
Quadro 37 – Funções: modelista, auxiliar de modelagem e pespontadeira.

N° de funcionários: 10
Funções Riscos Monitoramento Periodicidade
Físico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Ergonômico: postura e Outros exames A critério médico.
conforto térmico complementares
Modelista Acidentes: perfuração indicados a critério
e corte das mãos médico.

Físico: ruído e Exame clínico. Anual.


iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Químico: vapores Dosagem de ácido Semestral.
orgânicos hipúrico na urina.
Ergonômico: postura e Dosagem de 2,5 Semestral.
conforto térmico hexanodiona na urina.
Acidentes: perfuração Dosagem de metil-etil- Semestral.
Auxiliar de e corte das mãos cetona na urina.
modelagem Outras substâncias A critério médico.
indicadas a critério
técnico após
identificação.
Outros exames A critério médico.
complementares
indicados a critério
médico.
Físico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Químico: vapores Dosagem de ácido Semestral.
orgânicos hipúrico na urina.
Ergonômico: postura e Dosagem de 2,5 Semestral.
conforto térmico hexanodiona na urina.
Acidentes: perfuração Dosagem de metil-etil- Semestral.
e corte das mãos cetona na urina.
Pespontadeira Outras substâncias A critério médico.
indicadas a critério
técnico após
identificação.
Outros exames A critério médico.
complementares
indicados a critério
médico.

146 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


PCMSO
■ Setor Corte
Quadro 38 – Funções: cortadores e auxiliares de corte.

N° de funcionários: 70
Funções Riscos Monitoramento Periodicidade
Fisico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Ergonômico: postura e Outros exames A critério médico.
Cortador conforto térmico complementares
Acidentes: corte das indicados a critério
mãos e eletricidade médico.

Fisico: ruído e Exame clínico. Anual.


iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Auxiliar Ergonômico: postura e Outros exames A critério médico.
conforto térmico complementares
de corte Acidentes: corte das indicados a critério
mãos e eletricidade médico.

■ Setor de Bordado
Quadro 39 – Funções: bordadeiras e auxiliares de bordados.

N° de funcionários: 20
Funções Riscos Monitoramento Periodicidade
Físico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Ergonômico: postura e Outros exames A critério médico.
Bordadeira conforto térmico complementares
Acidentes: corte das indicados a critério
mãos e eletricidade médico.

Físico: ruído e Exame clínico. Anual.


iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Auxiliar de Ergonômico: postura e Outros exames A critério médico.
conforto térmico complementares
bordadeira Acidentes: corte das indicados a critério
mãos e eletricidade médico.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 147


PCMSO
■ Setor Injetoras/Moinho
Quadro 40 – Funções: operadores de injetoras, operadores de moinho
e ajudantes gerais

N° de funcionários: 30
Funções Riscos Monitoramento Periodicidade
Fisico: ruído, calor e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Químico: vapores * Dosagem de ácido Semestral.
Ergonômico: postura e hipúrico na urina.
conforto térmico Dosagem de 2,5 Semestral.
Acidentes: corte, hexanodiona na urina.
queimadura, Dosagem de metil-etil- Semestral.
Operador de prensagem das mãos cetona na urina.
injetoras e eletricidade Outras substâncias A critério médico.
indicadas a critério
técnico após
identificação.
Outros exames A critério médico.
complementares
indicados a critério
médico.
Fisico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Químico: poeiras Raio X do tórax. Admissional,
Ergonômico: postura e trienal para
conforto térmico exposição <15 anos.
Operador de Acidentes : corte dos bienal para
moinho dedos e mãos e exposição >15 anos.
eletricidade Espirometria. Admissional, bienal.
Outros exames A critério médico.
complementares
indicados a critério
médico.
Físico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Químico: poeiras Raio X do tórax. Admissional,
Ergonômico: postura e s trienal para
conforto térmico exposição <15 anos.
Ajudante geral/ Acidentes : corte, bienal para
Misturador queimadura, exposição >15 anos.
prensagem das mãos Espirometria. Admissional, bienal.
e eletricidade Outros exames A critério médico.
complementares
indicados a critério
médico.

* Emissão de gases tóxicos que pode ocorrer com o descontrole da temperatura.

148 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


PCMSO
■ Setor Distribuição Interna e Externa
Quadro 41 – Funções: encarregado de distribuição e ajudante de distribuição.

N° de funcionários: 20
Funções Riscos Monitoramento Periodicidade
Físico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Encarregado de Ergonômico: postura e Outros exames A critério médico.
conforto térmico complementares
distribuição Acidentes: arranjo indicados a critério
físico e queda médico.

Físico: ruído e Exame clínico. Anual.


iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Ajudante de Ergonômico: postura e Outros exames A critério médico.
conforto térmico complementares
distribuição Acidentes: arranjo indicados a critério
físico e queda médico.

■ Setor Preparação e Pesponto


Quadro 42 – Funções: pespontadeira, chanfradeira, overloquista, refiladora, auxiliar
de produção, picotadeira e passadora de cola.

N° de funcionários: 90
Funções Riscos Monitoramento Periodicidade
Físico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Químico: vapores Dosagem de ácido Semestral.
orgânicos hipúrico na urina.
Ergonômico: postura e Dosagem de 2,5 Semestral.
conforto térmico hexanodiona na urina.
Acidentes: perfuração Dosagem de metil-etil- Semestral.
e corte das mãos cetona na urina.
Pespontadeira Outras substâncias A critério médico.
indicadas a critério
técnico após
identificação.
Outros exames A critério médico.
complementares
indicados a critério
médico.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 149


PCMSO
(continuação – quadro 42)
Funções Riscos Monitoramento Periodicidade
Físico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Químico: vapores Dosagem de ácido Semestral.
orgânicos hipúrico na urina.
Ergonômico: postura e Dosagem de 2,5 Semestral.
conforto térmico hexanodiona na urina.
Acidentes: perfuração Dosagem de metil-etil- Semestral.
e corte das mãos cetona na urina.
Overloquista Outras substâncias A critério médico.
indicadas a critério
técnico após
identificação.
Outros exames A critério médico.
complementares
indicados a critério
médico.
Físico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Químico: vapores Dosagem de ácido Semestral.
orgânicos hipúrico na urina.
Ergonômico: postura e Dosagem de 2,5 Semestral.
conforto térmico hexanodiona na urina.
Acidentes: perfuração Dosagem de metil-etil- Semestral.
e corte das mãos cetona na urina.
Refilador Outras substâncias A critério médico.
indicadas a critério
técnico após
identificação.
Outros exames A critério médico.
complementares
indicados a critério
médico.
Físico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Químico: vapores Outros exames A critério médico.
orgânicos complementares
Chanfradeira Ergonômico: postura e indicados a critério
conforto térmico médico.
Acidentes: perfuração
e corte das mãos
Físico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Químico: vapores Outros exames A critério médico.
orgânicos complementares
Picotadeira Ergonômico: postura e indicados a critério
conforto térmico médico.
Acidentes: perfuração
e corte das mãos

150 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


PCMSO
(continuação – quadro 42)
Funções Riscos Monitoramento Periodicidade
Físico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Químico: vapores Dosagem de ácido Semestral.
orgânicos hipúrico na urina.
Ergonômico: postura e Dosagem de 2,5 Semestral.
conforto térmico hexanodiona na urina.
Acidentes: perfuração Dosagem de metil-etil- Semestral.
Auxiliar de e corte das mãos cetona na urina.
produção Outras substâncias A critério médico.
indicadas a critério
técnico após
identificação.
Outros exames A critério médico.
complementares
indicados a critério
médico.
Físico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Químico: vapores Dosagem de ácido Semestral.
orgânicos hipúrico na urina.
Ergonômico: postura e Dosagem de 2,5 Semestral.
conforto térmico hexanodiona na urina.
Acidentes: perfuração Dosagem de metil-etil- Semestral.
Passador e corte das mãos cetona na urina.
de cola Outras substâncias A critério médico.
indicadas a critério
técnico após
identificação.
Outros exames A critério médico.
complementares
indicados a critério
médico.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 151


PCMSO
■ Setor Pré-fresado
Quadro 43 – Funções: cortador, fresador, desenhador de fundo de sola, blaqueador,
ajudantes de produção, preparador de vira, preparador de salto
e lixador.

N° de funcionários: 60
Funções Riscos Monitoramento Periodicidade
Físico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Químico: vapores Dosagem de ácido Semestral.
orgânicos hipúrico na urina.
Ergonômico: postura e Dosagem de 2,5 Semestral.
conforto térmico hexanodiona na urina.
Acidentes: arranjo Dosagem de metil-etil- Semestral.
Ajudante de físico e queda. cetona na urina.
Outras substâncias A critério médico.
produção indicadas a critério
técnico após
identificação.
Outros exames A critério médico.
complementares
indicados a critério
médico.

Físico: ruído e Exame clínico. Anual.


iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Ergonômico: postura e Outros exames A critério médico.
Cortador conforto térmico complementares
Acidentes: arranjo indicados a critério
físico e queda. médico.

Físico: ruído e Exame clínico. Anual.


iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Ergonômico: postura e Outros exames A critério médico.
Desenhador conforto térmico complementares
de sola Acidentes: indicados a critério
perfuração, arranjo médico.
físico e queda.

Físico: ruído, vibração Exame clínico. Anual.


e iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Ergonômico: postura e Outros exames A critério médico.
conforto térmico complementares
Fresador Acidentes: arranjo indicados a critério
físico e queda. médico.

152 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


PCMSO
(continuação – quadro 43)

Funções Riscos Monitoramento Periodicidade


Físico: ruído, vibração Exame clínico. Anual.
e iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Ergonômico: postura e Outros exames A critério médico.
conforto térmico complementares
Blaqueador Acidentes: arranjo indicados a critério
físico, queda e médico.
ferimento nas mãos

Físico: ruído e Exame clínico. Anual.


iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Químico: poeiras Raio X do tórax. Admissional,
Ergonômico: postura e Outros exames trienal para
conforto térmico complementares exposição <15 anos.
Acidentes: arranjo indicados a critério bienal para
Lixador físico, queda e médico. exposição >15 anos.
ferimento nas mãos
Espirometria. Admissional, bienal.
Outros exames A critério médico.
complementares
indicados a critério
médico.
Físico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Químico: vapores Dosagem de ácido Semestral.
orgânicos hipúrico na urina.
Ergonômico: postura e Dosagem de 2,5 Semestral.
conforto térmico hexanodiona na urina.
Acidentes: arranjo Dosagem de metil-etil- Semestral.
Aplicador físico e queda cetona na urina.
Outras substâncias A critério médico.
de cola indicadas a critério
técnico após
identificação.
Outros exames A critério médico.
complementares
indicados a critério
médico.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 153


PCMSO
(continuação – quadro 43)

Funções Riscos Monitoramento Periodicidade


Físico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Químico: vapores Dosagem de ácido Semestral.
orgânicos hipúrico na urina.
Ergonômico: postura e Dosagem de 2,5 Semestral.
conforto térmico hexanodiona na urina.
Acidentes: arranjo Dosagem de metil-etil- Semestral.
Preparador físico e queda cetona na urina.
de vira Outras substâncias a A critério médico.
critério técnico após
identificação.
Outros exames A critério médico.
complementares
indicados a critério
médico.
Físico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Químico: vapores Dosagem de ácido Semestral.
orgânicos hipúrico na urina.
Ergonômico: postura e Dosagem de 2,5 Semestral.
conforto térmico hexanodiona na urina.
Acidentes: arranjo Dosagem de metil-etil- Semestral.
físico e queda cetona na urina.
Outras substâncias A critério médico.
indicadas a critério
Preparador técnico após
identificação.
de salto Outros exames A critério médico.
complementares
indicados a critério
médico.
Raio X do tórax. Admissional,
trienal para
exposição <15 anos,
bienal para
exposição >15 anos.
Espirometria. Admissional, bienal.

154 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


PCMSO
■ Setor de Esteira e Montagem
Quadro 44 – Funções: montadores, ajudantes gerais, blaqueadores, molineiros,
operadores de rex, enfumaçadores, montadores de contraforte, pregadores de
palmilha, embonecadores, prensistas.

N° de funcionários: 140
Funções Riscos Monitoramento Periodicidade
Físico: ruído, vibração Exame clínico. Anual
e iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Ergonômico: postura e Dosagem de ácido Semestral.
conforto térmico hipúrico na urina.
Acidentes: arranjo Dosagem de 2,5 Semestral.
físico, queda e hexanodiona na urina.
ferimento nas mãos Dosagem de metil-etil- Semestral.
cetona na urina.
Montador Outras substâncias A critério médico.
indicadas a critério
técnico após
identificação.
Outros exames A critério médico.
complementares
indicados a critério
médico.
Fisico: ruído e Exame clínico. Anual
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Químico: vapores Dosagem de ácido Semestral.
orgânicos hipúrico na urina.
Ergonômico: postura e Dosagem de 2,5 Semestral.
conforto térmico hexanodiona na urina.
Acidentes: ferimento Dosagem de metil-etil- Semestral.
das mãos cetona na urina.
Ajudante geral Outras substâncias A critério médico.
indicadas a critério
técnico após
identificação.
Outros exames A critério médico.
complementares
indicados a critério
médico.
Fisico: ruído, vibração Exame clínico. Anual.
e iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Ergonômico: postura e Outros exames A critério médico.
Blaqueador conforto térmico complementares
Acidentes: ferimento indicados a critério
das mãos e eletricidade médico.
Fisico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Ergonômico: postura e Outros exames A critério médico.
Molineiro conforto térmico complementares
Acidentes: indicados a critério
eletricidade médico.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 155


PCMSO
(continuação – quadro 44)
Funções Riscos Monitoramento Periodicidade
Físico: ruído, vibração Exame clínico. Anual.
e iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Ergonômico: postura e Outros exames A critério médico.
Operador conforto térmico complementares
de rex Acidentes: ferimento indicados a critério
das mãos, no rosto e médico.
eletricidade
Físico: ruído e Exame clínico. Anual
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Químico: vapores Dosagem de ácido Semestral.
orgânicos hipúrico na urina.
Ergonômico: postura e Dosagem de 2,5 Semestral.
conforto térmico hexanodiona na urina.
Acidentes: dermatite Dosagem de metil-etil- Semestral.
de mãos e eletricidade cetona na urina.
Enfumaçador Outras substâncias A critério médico.
indicadas a critério
técnico após
identificação.
Outros exames A critério médico.
complementares
indicados a critério
médico.
Físico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Ergonômico: postura e Outros exames A critério médico.
Embonecador conforto térmico complementares
Acidentes: ferimento indicados a critério
das mãos e eletricidade médico.
Físico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Montador Ergonômico: postura e Outros exames A critério médico.
de contraforte conforto térmico complementares
Acidentes: ferimento indicados a critério
das mãos e eletricidade médico.
Físico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Pregador Ergonômico: postura e Outros exames A critério médico.
de palmilha conforto térmico complementares
Acidentes: ferimento indicados a critério
das mãos e eletricidade médico.
Físico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Ergonômico: postura e Outros exames A critério médico.
Prensista conforto térmico complementares
Acidentes: indicados a critério
eletricidade médico.

156 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


PCMSO
■ Setor de Controle de Qualidade
Quadro 45 – Funções: inspetor de qualidade e auxiliares.

N° de funcionários: 20
Funções Riscos Monitoramento Periodicidade
Físico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Inspetor de Ergonômico: postura e Outros exames A critério médico.
conforto térmico complementares
qualidade Acidentes: arranjo indicados a critério
físico médico.

Físico: ruído e Exame clínico. Anual.


iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Ergonômico: postura e Outros exames A critério médico.
Auxiliar conforto térmico complementares
Acidentes: arranjo indicados a critério
físico médico.

■ Setor de Embalagem/Expedição
Quadro 46 – Funções: encarregado de expedição, embalador e auxiliares.

N° de funcionários: 30
Funções Riscos Monitoramento Periodicidade
Físico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Encarregado Ergonômico: postura e Outros exames A critério médico.
conforto térmico complementares
de expedição Acidentes: arranjo indicados a critério
físico médico.

Físico: ruído e Exame clínico. Anual.


iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Ergonômico: postura e Outros exames A critério médico.
Embalador conforto térmico complementares
Acidentes: arranjo indicados a critério
físico médico.

Físico: ruído e Exame clínico. Anual.


iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Ergonômico: postura e Outros exames A critério médico.
Auxiliar conforto térmico complementares
Acidentes: arranjo indicados a critério
físico médico.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 157


PCMSO
■ Setor de Manutenção
Quadro 47 – Funções: encarregado de manutenção, mecânico de manutenção,
eletricista e ajudantes gerais.

N° de funcionários: 20
Funções Riscos Monitoramento Periodicidade
Físico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Encarregado de Ergonômico: postura e Outros exames A critério médico.
manutenção conforto térmico complementares
Acidentes: arranjo indicados a critério
físico médico.
Físico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Ergonômico: postura e Outros exames A critério médico.
Eletricista conforto térmico complementares
Acidentes: queda, indicados a critério
ferimento nas mãos e médico.
eletricidade
Físico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Químico: graxas e Dosagem de ácido Semestral.
solventes hipúrico na urina.
Biológico: óleo Dosagem de 2,5 Semestral.
mineral hexanodiona na urina.
Ergonômico: postura e Dosagem de metil-etil- Semestral.
Mecânico de conforto térmico cetona na urina.
manutenção Acidentes: dermatite Outras substâncias A critério médico.
de mãos, eletricidade indicadas a critério
e ferimento nas mãos técnico após
identificação.
Outros exames A critério médico.
complementares
indicados a critério
médico.
Físico: ruído e Exame clínico. Anual.
iluminamento Audiometria. Conforme Portaria 19.
Químico: graxas e Dosagem de ácido Semestral.
solventes hipúrico na urina.
Biológico: oléo Dosagem de 2,5 Semestral.
mineral hexanodiona na urina.
Ergonômico: postura e Dosagem de metil-etil- Semestral.
conforto térmico cetona na urina.
Ajudante geral Acidentes: dermatite Outras substâncias A critério médico.
de mãos, eletricidade indicadas a critério
e ferimento nas mãos técnico após
identificação.
Outros exames A critério médico.
complementares
indicados a critério
médico.

158 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


PCMSO
■ Setor Administraçâo
Quadro 48 – funções: gerente financeiro, chefe do departamento pessoal, gerente
de vendas, contador, secretárias, vendedores, auxiliares administrativos,
telefonista e office boy.

N° de funcionários: 80
Funções Riscos Monitoramento Periodicidade
Físico: iluminamento Exame clínico. Anual.
Gerente Ergonômico: postura Outros exames comple- A critério médico.
financeiro Acidentes: queda e mentares indicados a
arranjo físico critério médico.

Chefe do Físico: iluminamento Exame clínico. Anual.


Ergonômico: postura Outros exames comple- A critério médico.
departamento Acidentes: queda e mentares indicados a
pessoal arranjo físico critério médico.
Físico: iluminamento Exame clínico. Anual.
Gerente de Ergonômico: postura Outros exames comple- A critério médico.
vendas Acidentes: queda e mentares indicados a
arranjo físico critério médico.
Físico: iluminamento Exame clínico. Anual.
Ergonômico: postura Outros exames comple- A critério médico.
Contador Acidentes: queda e mentares indicados a
arranjo físico critério médico.
Físico: iluminamento Exame clínico. Anual.
Ergonômico: postura e Outros exames comple- A critério médico.
Secretárias esforço repetitivo mentares indicados a
Acidentes: queda e critério médico.
arranjo físico
Físico: iluminamento Exame clínico. Anual.
Ergonômico: postura Outros exames comple- A critério médico.
Vendedores Acidentes: queda e mentares indicados a
arranjo físico critério médico.
Físico: iluminamento Exame clínico. Anual.
Ergonômico: postura e Outros exames comple- A critério médico.
Auxiliares esforço repetitivo mentares indicados a
administrativos Acidentes: queda e critério médico.
arranjo físico
Físico: iluminamento Exame clínico. Anual.
Ergonômico: postura Outros exames comple- A critério médico.
Telefonista Acidentes: queda e mentares indicados a
arranjo físico critério médico.
Físico: iluminamento Exame clínico. Anual.
Ergonômico: postura Outros exames comple- A critério médico.
Office boy Acidentes: queda e mentares indicados a
arranjo físico critério médico.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 159


PCMSO
Orientações relativas ao atendimento:
1. Previsão de atendimento: 60 dias úteis (exame periódico).
2. 10 funcionários por dia, às 7 horas, para os exames médicos.
3. Os funcionários deverão trazer a carteira profissional e o documento de identidade.
4. Para os exames de retorno ao trabalho deverão trazer CREM/CPMAT (Comunicado de
Resultado de Exame Médico) emitido pelo INSS e a carteira profissional.
5. Para os exames de mudança de função deverão trazer um comunicado da empresa
informando a atual e a futura função.
6. O encaminhamento deverá ser feito através de guia em duas vias emitida pela em-
presa, contendo a identificação, o setor, a função e o tipo de exame a ser realizado
(admissional, periódico, de mudança de função, de retorno ao trabalho ou demissio-
nal). Uma via será protocolada e devolvida ao profissional para ser apresentada na
empresa e a outra será arquivada neste serviço para controle.

160 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


PCMSO
Relatório Anual do PCMSO
Exames periódicos previstos conforme número atual de funcionários, 600, na data da
elaboração do Relatório Anual (quadros 49 e 50). Não há previsão para exames admissio-
nais, demissionais, de mudança de função e de retorno ao trabalho. Este relatório é plane-
jado pelo médico após um ano de trabalho. As letras foram usadas (de A a BJ) para identi-
ficar os resultados de exames alterados.
Período de janeiro/9999 a dezembro/9999.

Quadro 49 – Planejamento do relatório anual.


Número de
Número Resultados Número de
Número de
Natureza do Anual de Anormais X Exames para
Setor/Funções Exames
Resultados
100 ÷ Número o Ano
Exame Anormais
Realizados Anual de Seguinte
Exames

Administração A x 100
Avaliação clínica 80 A 80
80 funcionários 80
B x 100
Avaliação clínica 10 B 10
Almoxarifado 10
10 funcionários C x 100
Audiometria 10 C 10
10
Planejamento e Modelagem – 10 funcionários
D x 100
Avaliação clínica 2 D 2
Modelista 2
2 funcionários E x 100
Audiometria 2 E 2
2
F x 100
Avaliação clínica 8 F 8
8
Auxiliar de
G x 100
Modelagem Audiometria 8 G 8
8
2 funcionários
Dosagens de 2,5
H x 100
hexanodiona, ácido 48 H 48
Pespontadeiras 48
hipúrico e MEC
6 funcionários
TGO, TGP, γGT, I x 100
80 I 80
uréia e creatinina 80
J x 100
Avaliação clínica 70 J 70
Corte 70
70 funcionários K x 100
Audiometria 70 K 70
70
L x 100
Avaliação clínica 20 L 20
Bordado 20
20 funcionários M x 100
Audiometria 20 K 20
20

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 161


PCMSO
(continuação – quadro 49)
Número de
Número Resultados Número de
Número de
Natureza do Anual de Anormais X Exames
Setor/Funções Exames
Resultados
100 ÷ Número para o Ano
Exame Anormais
Realizados Anual de Seguinte
Exames

Injetoras e Moinho – 30 funcionários


N x 100
Avaliação clínica 28 N 28
28
O x 100
Audiometria 28 O 28
Operador de 28
Injetora Dosagens de 2,5
28 funcionários P x 100
hexanodiona, ácido 168 P 168
168
hipúrico e MEC
TGO, TGP, γGT, Q x 100
280 Q 280
uréia e creatinina 280
Operador de R x 100
Avaliação clínica 2 R 2
moinho 2
1 funcionário S x 100
Audiometria 2 S 2
Ajudante 2
Geral/Misturador Raio X do tórax e T x 100
1 funcionário 2 T 2
espirometria 2
U x 100
Distribuição Avaliação clínica 20 U 20
20
Interna/Externa
20 funcionários V x 20
Audiometria 20 V 20
20
Preparação e Pesponto – 90 funcionários
Chanfradeira W x 100
Avaliação clínica 20 W 20
10 funcionários 20
Picotadeira X x 100
Audiometria 20 X 20
10 funcionários 20

Auxiliar de Y x 100
Avaliação clínica 70 Y 70
produção 70
20 funcionários
Z x 100
Passador de cola Audiometria 70 Z 70
70
20 funcionários
Pespontadeira
Dosagens de 2,5
10 funcionários AA x 100
hexanodiona, ácido 420 AA 420
Overloquista 420
hipúrico e MEC.
10 funcionários
Refilador TGO, TGP, γGT, AB x 100
10 funcionários 700 AB 700
uréia e creatinina 700

162 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


PCMSO
(continuação – quadro 49)
Número de
Número Resultados Número de
Número de
Natureza do Anual de Anormais X Exames
Setor/Funções Exames
Resultados
100 ÷ Número para o Ano
Exame Anormais
Realizados Anual de Seguinte
Exames

Pré-Fresado – 60 funcionários
AC x 100
Avaliação clínica 20 AC 20
Ajudante de 20
Produção AD x 100
Audiometria 20 AD 20
10 funcionários 20
Aplicador de cola Dosagens de 2,5
5 funcionários AE x 100
hexanodiona, ácido 120 AE 120
120
Preparador de vira hipúrico e MEC
5 funcionários TGO, TGP, γGT, AF x 100
200 AF 200
uréia e creatinina 200

Cortador
10 funcionários AG x 100
Avaliação clínica 22 AG 22
Desenhador de sola 22
2 funcionários
Fresador
5 funcionários AH x 100
Blaqueador Audiometria 22 AH 22
22
5 funcionários

AI x 100
Avaliação clínica 10 AI 10
10
AJ x 100
Audiometria 10 AJ 10
Lixador 10
10 funcionários AK x 100
Raio X do tórax e 10
10 + 10 AK e AL 10 + 10
espirometria AL x 100
10
AM x 100
Avaliação clínica 8 AM 8
8
AN x 100
Audiometria 8 AN 8
8
Dosagens de 2,5
AO x 100
hexanodiona, ácido 48 AO 48
Preparador de salto hipúrico e MEC 48
8 funcionários
TGO, TGP, γGT, AP x 100
80 AP 80
uréia e creatinina 80
AQ x 100
Raio X do tórax e 8
8+8 AQ e AR 8+8
espirometria AR x 100
8

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 163


PCMSO
(continuação – quadro 49)
Número de
Número Resultados Número de
Número de
Natureza do Anual de Anormais X Exames
Setor/Funções Exames
Resultados
100 ÷ Número para o Ano
Exame Anormais
Realizados Anual de Seguinte
Exames

Esteira e Montagem – 140 funcionários


AS x 100
Avaliação clínica 90 AS 90
90
Montador
AT x 100
30 funcionários Audiometria 90 AT 90
90
Ajudante Geral
30 funcionários Dosagens de 2,5
AU x 100
hexanodiona, ácido 630 AU 630
Enfumaçador 630
hipúrico e MEC
10 funcionários
TGO, TGP, γGT, AV x 100
900 AV 900
uréia e creatinina 900

Blaqueador
5 funcionários
Molineiro
5 funcionários AX x 100
Avaliação clínica 50 AX 50
Operador de Rex 50
5 funcionários
Embonecador
10 funcionários
Montador de
Contraforte
15 funcionários
Pregador de AZ x 100
Palmilha Audiometria 50 AZ 50
50
20 funcionários
Prensista
10 funcionários

BA x 100
Controle de Avaliação clínica 20 BA 20
20
Qualidade
20 funcionários BB x 100
Audiometria 20 BB 20
20
BC x 100
Embalagem e Avaliação clínica 30 BC 30
30
Expedição
30 funcionários BD x 100
Audiometria 30 BD 30
30

164 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


PCMSO
(continuação – quadro 49)
Número de
Número Resultados Número de
Número de
Natureza do Anual de Anormais X Exames
Setor/Funções Exames
Resultados
100 ÷ Número para o Ano
Exame Anormais
Realizados Anual de Seguinte
Exames

Manutenção – 20 funcionários
Encarregado de BE x 100
Manutenção Avaliação clínica 4 BE 4
4
2 funcionários
Eletricista BF x 100
Audiometria 4 BF 4
2 funcionários 4
BG x 100
Avaliação clínica 16 BG 16
16
Mecânico de
BH x 100
Manutenção Audiometria 16 BH 16
16
4 funcionários
Dosagens de 2,5
BI x 100
hexanodiona, ácido 96 BI 96
Ajudante Geral 96
hipúrico e MEC
12 funcionários
TGO, TGP, γGT, BJ x 100
160 BJ 160
uréia e creatinina 160

3. Programas Complementares de Saúde

I. PCA
Programa de Conservação Auditiva – PCA

I.A. Objetivo
Prevenir a instalação ou a evolução de perdas da audição, junto a uma equipe multidis-
ciplinar (engenheiro, médico, fonoaudiólogo, técnico de segurança, químico, entre outros).

I.B. Atividades
I.B.1. Avaliação e monitoramento da exposição (ruído e/ou
produtos químicos)
• Avaliar a presença de ruído e produto(s) químico(s) no ambiente e a exposição
individual a estes.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 165


PCMSO
• Avaliar a interferência do ruído na comunicação oral dos trabalhadores e na atenção
para sinais sonoros de alerta.
• Identificar os setores de risco, o tempo de exposição ao(s) risco(s).
• Identificar os tipos de ruído (contínuo, intermitente ou de impacto) e a exposição
(direta, de fundo e refletida).
• Identificar as fontes emissoras de ruído.
• Avaliar a presença de produtos químicos no ambiente e a exposição individual.

I.B.2. Medidas de controle ambiental e organizativas


• Alterações propostas pela engenharia, conforme Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais (PPRA).

I.B.3. Avaliação e monitoramento audiológico


• Realização de exames audiométricos de referência e de seqüência, conforme
proposto pela Portaria nº 19 (anexo Quadro II – NR-7).
• Verificar a eficácia das medidas de controle.

I.B.4. Uso de protetores auriculares


• Indicação, orientação e treinamento do uso destes.

I.B.5. Aspectos educativos


• Campanhas e palestras preventivas referentes à saúde do trabalhador enfocando o
aparelho auditivo e a voz.

I.B.6. Avaliação da eficácia do programa


• Deve ser realizada periodicamente, buscando o aperfeiçoamento do programa.

166 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


PCMSO
II. Primeiros Socorros
“Todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à prestação de
primeiros socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida. Manter
esse material guardado em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada para esse
fim.” (NR-7, item 7.5.1)

A empresa deverá promover palestras educativas e treinamentos para que seus traba-
lhadores possam estar preparados para as intercorrências e acidentes durante sua jornada
de trabalho.
Sugestões para material do estojo de primeiros socorros:
1. Ataduras de crepe (10, 15 e 20 cm de largura)
2. Compressas de gaze
3. Tesoura de ponta romba
4. Luvas cirúrgicas descartáveis
5. Esparadrapos
6. Curativos adesivos
7. Solução anti-séptica (não alcoólica)
8. Vaselina líquida
9. Soro fisiológico (500 ml)
10. Máscara e ambú para ressuscitação respiratória
11. Talas para imobilização
12. Maca rígida para transporte de acidentados, modelo bombeiros
13. Colar cervical
14. Sabão de coco ou sabonete neutro para lavar ferimentos

III. Programa de Higiene Pessoal


Palestras educativas periódicas, orientando os trabalhadores para a sua higiene pessoal,
prevenindo, desta forma, patologias comumente encontradas entre os trabalhadores.
Estas orientações englobam cuidados com uniforme de trabalho, vestimentas pessoais,
higiene oral e corporal.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 167


PCMSO
IV. Programa de Alimentação Saudável
Orientação aos trabalhadores para se alimentarem de forma adequada. Desta maneira,
evitarão doenças nutricionais e carenciais, gastrintestinais e do metabolismo. Poderá inclu-
ir orientação dietética dada por nutricionista, refeições realizadas na empresa e diversifica-
ção dos alimentos para cada refeição. Aproveitamento de alimentos alternativos.

V. Programas Preventivos
De acordo com levantamentos estatísticos realizados pelos médicos, diagnosticar as
patologias mais freqüentes na população e então programar palestras para orientar quanto
à prevenção.
Poderão ser abordados os temas: hipertensão arterial, cardiopatias, diabetes, obesida-
de, desnutrição protéico-calórica e outros.

4. Informações Complementares

1. Sempre há a necessidade de se realizar o PCMSO – Programa de Controle Médico de


Saúde Ocupacional. Basta, para isso, ter pelo menos 1 (um) funcionário registrado.

2. Não existe a necessidade de haver um médico do trabalho coordenador em empresa


do ramo calçadista (grau de risco 3) que tenha até 10 (dez) funcionários.

3. A partir de 500 (quinhentos) funcionários, há a necessidade da empresa, de grau de


risco 3, possuir em seu quadro de pessoal um profissional médico do trabalho.

168 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


PCMSO
Quadro 50 – Modelo de ASO

SERVIÇO MÉDICO DE SAÚDE DO TRABALHADOR


ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL

( ) ADMISSIONAL ( X ) PERIÓDICO ( ) DEMISSIONAL

( ) DE MUDANÇA DE FUNÇÃO ( ) DE RETORNO AO TRABALHO

Atesto que o(a) Sr.(a) FAZEDOR CALÇADO, Prontuário n° 9999, portador(a) do RG 9.999.999-9, CTPS
999/99, com idade de 39 anos, foi clinicamente examinado(a) em 99 de janeiro de 9999, no Setor Médico de
Saúde do Trabalhador, sendo considerado(a):

( X ) APTO ( ) INAPTO

para exercer a função de MONTADOR, no Setor de ESTEIRA/ MONTAGEM,


na Empresa CALÇADOS X LTDA.

Exames complementares a que foi submetido(a):

AVALIAÇÃO CLÍNICA: 99 de janeiro de 9999


AUDIOMETRIA: 99 de janeiro de 9999
URINA I: 99 de janeiro de 9999
TGO/TGP/GAMA GT: 99 de janeiro de 9999
URÉIA/CREATININA: 99 de janeiro de 9999
METIL-ETIL-CETONA: 99 de janeiro de 9999

Riscos ocupacionais a que está exposto(a): TOLUENO, N-HEXANO, METIL-ETIL-CETONA,


RUÍDO, REPETIÇÃO DE MOVIMENTOS E POSTURAS INADEQUADAS.

Recomendações/observações: ----
VALIDADE DESTE ATESTADO: 99 DE JULHO DE 9999.

São Paulo, 99 de janeiro de 9999.

Recebi cópia:
Fazedor Calçado

CALÇADOS X LTDA. – RUA SAPATOS FELIZES N° 99 – TELEFONE: 0XX99-999-9999

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 169


170 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
Perfil das Empresas Pesquisadas
Perfil das indústrias calçadistas analisadas
nas cidades de Birigüi, Franca e Jaú

Para a elaboração deste manual, foram pesquisadas 6 empresas em Jaú, 6 empresas em


Franca e 5 empresas em Birigüi, perfazendo um total de 17 empresas.
A classificação foi baseada no número do CGC de cada empresa.
Foram feitas avaliações nas áreas de Engenharia de Segurança do Trabalho, Toxicologia
Industrial, Medicina Ocupacional e Fonoaudiologia.
Na avaliação de campo executada pela Engenharia, foi utilizada a metodologia qualita-
tiva e quantitativa. Nas análises qualitativas foram avaliados mão-de-obra, funções, edifi-
cações, máquinas, acidentes de trabalho, agentes ergonômicos, agentes biológicos e agen-
tes químicos. Nas análises quantitativas foram avaliados o ruído, o calor, a velocidade do
ar, o conforto térmico, o iluminamento e os agentes químicos.
Foram utilizados equipamentos específicos para as análises, conforme segue:

Quadro 51 – Equipamentos específicos utilizados para as análises.

Descrição Modelo
Dosímetro da marca Bruel Kjaer 4436
Decibelímetro da marca Simpson 886
Decibelímetro da marca Bruel Kjaer 2235
Decibelímetro da marca Bruel Kjaer 2236
Conforto térmico da marca Quest Q-15
Conforto térmico da marca Reuter Stokes RSS-214
Luxímetro da marca Gossen PANLUX II
Amostrador passivo Traceair-Ovm2 K&M
Bomba de amostragem Buckgenie AP BUCK
Tubos de carvão ativado 226-01 SKC
Calibrador da marca A.P. Buck MINIBUCK
3000 "POCKET
Termohigroanemômetro da marca Kerstel
WEATHER METER"

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 171


Perfil das Empresas Pesquisadas
Na avaliação médica foram utilizadas fichas contendo dados pessoais dos funcionários,
tempo de empresa, antecedentes familiares, queixas relativas a problemas de saúde, cita-
ções de uso de equipamento de proteção individual, ocorrências de afastamentos por aci-
dentes e/ou doenças, uso de medicamentos para diversas patologias, antecedentes de do-
enças pregressas, e foram realizados exames clínicos completos para cada funcionário, per-
fazendo um total de 1.617 funcionários avaliados, além de exames complementares audio-
métricos e análise de material biológico.
Estabeleceram-se como parâmetros no levantamento de dados as queixas referidas dos
trabalhadores e as informações encontradas no exame clínico, distribuindo-as na Classifi-
cação Internacional de Doenças (CID-10) através da identificação do código referente a ca-
da aparelho ou sistema do corpo humano, como segue:

Quadro 52 – Classificação Internacional de Doenças – lista tabular de inclusões e


subcategorias de quatro caracteres.

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias


II. Neoplasias (tumores)
III. Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitários
IV. Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas
V. Transtornos mentais e comportamentais
Definições relativas ao Capítulo V – Transtornos mentais e comportamentais
VI. Doenças do sistema nervoso
VII. Doenças do olho e anexos
VIII. Doenças do ouvido e da apófise mastóide
IX. Doenças do aparelho circulatório
X. Doenças do aparelho respiratório
XI. Doenças do aparelho digestivo
XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo
XIII. Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo
XIV. Doenças do aparelho geniturinário
XV. Gravidez, parto e puerpério
XVI. Algumas afecções originadas no período perinatal
XVII. Malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas
XVIII. Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratórios não classificados em
outra parte
XIX. Lesões, envenenamento e algumas outras conseqüências de causas externas
XX. Causas externas de morbidade e de mortalidade
XXI. Fatores que influenciam o estado de saúde e o contato com o serviço de saúde

172 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


Perfil das Empresas Pesquisadas
Os exames audiométricos foram feitos para possibilitar a realização de pesquisa de da-
dos clínicos e ocupacionais e procuraram atender à Portaria nº 19, de 19/04/1998 (Anexo I).
Todos os exames foram realizados em cabina acústica adaptada em unidade móvel ou
cabina acústica desmontável instalada dentro das empresas, com audiômetro marca Inter
Acoustics modelo AD27, calibrado segundo Norma ANSI.
Para a análise química do material biológico, foram coletadas amostras de urina para
dosagem de ácido hipúrico (avaliação de tolueno), utilizando-se de cromatografia a gás em
coluna empacotada e de 2,5 hexanodiona (avaliação de n-hexano), utilizando-se de croma-
tografia e gás em coluna capilar. Nas análises de creatinina (fator de correção), utilizou-se
espectrofotometria UV visível.
As características predominantes verificadas nos dados coletados das empresas
calçadistas foram:

■ Mão-de-obra
Nas indústrias avaliadas, aproximadamente 60% da mão-de-obra é masculina (figura
32). Trata-se de uma população jovem, sendo 70% compreendida entre 18 e 34 anos, e 24%
entre 35 e 50 anos (figura 33).

%
100
Sexo feminino
90
Sexo masculino
80

70 68
60
61
50
51 49
40 39
30
32
20

10

Birigüi Franca Jaú


(620 funcionários) (666 funcionários) (306 funcionários)
Figura 32 – Distribuição percentual da população avaliada segundo o sexo, por cidade.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 173


Perfil das Empresas Pesquisadas
%
100

50

40

30

20 19,53 18,15
16,21 13,88
10 5,72 8,61 6,91
5,72
0,13 2,70 1,44 0,38 0,31 0,25
0 0,06
os

18

22

26

30

34

38

42

46

50

54

58

62

66

70
an

a
18

22

26

30

34

38

42

46

50

54

58

62

66
14
14
<

Figura 33 – Distribuição percentual da população avaliada segundo a faixa etária .

O grau de escolaridade da população entrevistada está demonstrado na figura 34 abaixo:

%
100

50

40
39,39
30

20 15,26 17,71 22,87


10
0,19 2,32 2,14 0,06 0,06
0
pl u

pl or
pl u
pl u
pl u

pl or
to

pl o

pl o
m gra

m gra
m gra
m gra

m eri

m çã

m çã
m eri
o

o
o
be

o
o

a
et

et
et
et
et

et

et

et
co ua

co ua
co up
co p
fa

co 1º

co 2º
co 2º
co 1º

in su
al

in ad

ad
s
an

gr

gr
s-

s-
in
in

Figura 34 – Distribuição percentual dos resultados obtidos segundo o grau de escolaridade.

174 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


Perfil das Empresas Pesquisadas
Nas cidades de Birigüi e Jaú, a mão-de-obra é em sua maioria oriunda da lavoura, e o
treinamento é feito na própria indústria durante o decorrer do trabalho. Franca dispõe de
escola de formação de profissionais do SENAI, possibilitando um treinamento especializado
da mão-de-obra, além do aprendizado desenvolvido na própria indústria.
O Índice de Massa Corpórea (IMC) é obtido através da divisão do peso do indivíduo em
quilogramas, pela altura em metros elevada ao quadrado. Os casos que apresentaram IMC
maior que 30 foram orientados a procurar atendimento especializado e tratamento, para
evitar as complicações da obesidade (figura 35).

%
100
IMC < 20 - indivíduo de baixo peso
90 IMC entre 20/25 - indivíduo normal
IMC entre 25/30 - indivíduo com sobrepeso
80 IMC > 30 - indivíduo obeso
70 NR - dados insuficientes para cálculo de IMC

60
49 50 53
50

40

30 28
20 17 20 21 20
14
10 9 5 7 5 1
0
1

Birigüi (705 exames) Franca (608 exames) Jaú (304 exames)

Figura 35 – Distribuição percentual dos resultados obtidos segundo o índice de massa corpórea
dos trabalhadores avaliados, por cidade.

Foi avaliado o índice de massa corpórea (IMC), verificando-se que a maior porcentagem
de trabalhadores encontra-se dentro da faixa de normalidade.

■ Funções
As funções com maior número de trabalhadores avaliados são montadores, cortadores,
pespontadeiras, lixadores, blaqueadores, requistas, molineiros e auxiliares em geral. Obser-
vou-se que a maioria é denominada de acordo com as tarefas executadas e não com o car-
go e/ou função existente oficialmente no CBO (Código Brasileiro de Ocupações).

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 175


Perfil das Empresas Pesquisadas
■ Edificações
Os tipos de edificações avaliadas nas cidades acima referidas apresentam, em sua maio-
ria, ventilação apenas natural e iluminação natural complementada por artificial. Em geral, não
há preocupação quanto ao conforto térmico, sendo de grande incidência coberturas tipo côn-
cavas com telhados metálicos sem revestimento termo-acústico. As aberturas para ventilação
são projetadas quanto ao seu dimensionamento e o seu posicionamento de forma inadequada.

■ Máquinas
Nas indústrias calçadistas encontram-se máquinas como balancim, pespontadeira, ra-
chadeira, chanfradeira, politriz, picotadeira, carimbadeira, calceira, molina, prensa sorvetei-
ra, blaqueadeira, rex, ziguezague, charuto, máquina de vira falsa, de passar cola, de pregar
palmilha, de moldar contraforte, de prensar calcanhar, de pregar salto, lixadeira comum e
lixadeira tipo boneca. As empresas que possuem setor de pré-fresado, além das máquinas
acima citadas, possuem outras como equalizadeira, fresa, prensa, máquina de abrir canale-
ta, de asperar, entre outras. Em Birigüi, muitas empresas possuem setor de injeção, com
máquinas injetoras, misturadores e moinhos.
Observamos que a maioria das empresas não possui setor de manutenção que execute
um trabalho preventivo em suas máquinas, havendo apenas manutenção corretiva, que mui-
tas vezes, é terceirizada.

■ Exposição aos Riscos Ambientais

Ergonomia
A grande preocupação hoje na indústria calçadista é oriunda dos afastamentos gerados
principalmente por doenças ocupacionais relacionadas ao trabalho, podendo ser decorren-
tes de problemas ergonômicos (figura 36).
Os problemas ergonômicos encontrados são comuns às cidades de Birigüi, Franca e Jaú,
gerados principalmente pela ausência de pausas, trabalho em pé, postura inadequada, re-
petitividade de movimentos, mobiliário inadequado (assentos e altura de bancadas) e ine-
xistência de rodízio de funções em tarefas especializadas.

176 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


Perfil das Empresas Pesquisadas

%
100
Condições boas
90
Condições razoáveis
80 Condições ruins

70

60

50
52
41 42
40 37 33
30
22 22 26 25
20

10

Birigüi (27 postos) Franca (60 postos) Jaú (45 postos)

Figura 36 – Distribuição percentual das análises ergonômicas por cidade.

A biomecânica (figura 37) está relacionada com a força muscular dispendida pelo
trabalhador para vencer uma determinada resistência.

%
100
Condições boas
90
Condições razoáveis
80 Condições ruins

70

60

50

40
41 44 40 38
33 33 29
30 27
20
15
10

Birigüi (27postos) Franca (60 postos) Jaú (45 postos)

Figura 37 – Distribuição percentual das análises biomecânicas por cidade.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 177


Perfil das Empresas Pesquisadas
Problemas relacionados à biomecânica apareceram nas situações descritas abaixo de
maneira isolada ou associada:
■ Sustentação de pesos com membros superiores para se evitar deslocamento na
vertical ou na horizontal.
■ Trabalhos estáticos ou com elevação dos braços acima do nível dos ombros, ou ainda
em trabalho na posição em pé agravado quando da necessidade de apertar pedais.
Foram analisados aspectos da lombalgia (figura 38) originários principalmente do
levantamento de pesos.

%
100
95
90 89 Condições boas =
Baixo risco de lombalgia
80
81 Condições razoáveis =
Moderado risco de lombalgia
70 Condições ruins =
Alto rico de lombalgia
60

50

40

30

20
15 11
10
4 5
0 0 0
Birigüi (27 postos) Franca (60 postos) Jaú (45 postos)

Figura 38 – Distribuição percentual dos riscos de lombalgia por cidade.

Os riscos de lombalgia encontrados nas indústrias calçadistas de maneira geral são pe-
quenos, com exceção dos trabalhos desenvolvidos em moinhos na recuperação de materi-
al para injetoras.
Foi avaliado o sistema osteomuscular (figura 39), que levou em consideração a inspeção,
palpação e movimentação da coluna vertebral, membros superiores e membros inferiores.
A constatação de alterações na deambulação ou presença de deformidades nestes segmen-
tos corpóreos foi em cerca de 11%.
As alterações do sistema osteomuscular na sua maioria foram levantados em época de
baixa produtividade.

178 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


Perfil das Empresas Pesquisadas
%
100

30

20
13 10 10
10

Birigüi (705 exames) Franca (608 exames) Jaú (304 exames)


Figura 39 – Distribuição percentual das alterações do sistema osteomuscular por cidade.

Ruído
As empresas avaliadas apresentaram níveis de pressão sonora (ruído) que ultrapassam
os limites de tolerância. A cidade de Franca apresentou um maior número de setores ruido-
sos devido ao processo de trabalho utilizar máquinas com níveis de pressão sonora mais
elevados, conhecidas como máquinas blaqueadeira e rex, chegando a atingir 113 dB(A). Na
ocasião da coleta dos dados, Jaú estava voltada para a produção de sandálias, não utilizan-
do as máquinas acima citadas.
As características das edificações aliadas à falta de manutenção preventiva nas máqui-
nas são também fatores responsáveis pelo aumento dos níveis de ruído (figura 40).
Os trabalhadores apresentaram queixas fisiológicas auditivas e não auditivas, psicoló-
gicas e sociais, também relacionadas ao ruído.
% Acima do limite de tolerância 85 dB(A)
100 Dentro do limite de tolerância 85 dB(A)

90 88 85
80

70
65
60

50

40
35
30

20
12 15
10

Birigüi (1.481 pontos) Franca (1.371 pontos) Jaú (808 pontos)

Figura 40 – Distribuição percentual dos pontos dos níveis de pressão sonora por cidade.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 179


Perfil das Empresas Pesquisadas
Uma das queixas fisiológicas auditivas analisadas nos exames audiométricos foi a
alteração auditiva sugestiva de Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR) (figura 41).
A população de trabalhadores avaliados foi predominantemente jovem (inferior a 30
anos). Vale ressaltar que a população que permanece exposta a ruído intenso sem que me-
didas preventivas sejam tomadas provavelmente terá um índice de alteração auditiva su-
gestiva de PAIR agravado.
% Audição normal
100 Alteração auditiva não sugestiva de PAIR
Alteração auditiva sugestiva de PAIR
90

80 81 79
70
67
60

50

40

30

20 19 18
14
10 10 9
3
0

Birigüi (620 exames) Franca (666 exames) Jaú (306 exames)

Figura 41 – Distribuição percentual dos resultados obtidos nos exames audiométricos.

Os dados dos efeitos fisiológicos não auditivos (figura 42) a seguir foram obtidos atra-
vés de queixas dos funcionários no questionário aplicado ou por achados de exame clínico.

%
100 Alteração osteo-articular muscular
 Alteração circulatória
50 Alteração digestiva

40

30 28
20
13 13 11 13 11
10 6 7 6
0

Birigüi (705 exames) Franca (608 exames) Jaú (304 exames)


Figura 42 – Distribuição percentual dos efeitos fisiológicos não auditivos da exposição ao ruído.

180 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


Perfil das Empresas Pesquisadas
A grande maioria relata que o nervosismo é o efeito psicológico (figura 43) que mais in-
comoda o dia-a-dia dos trabalhadores.
%
100
Nervosismo
90 Irritação
Ansiedade
80

70 65
60 57 57 57
50 48 45 44
40 39 40
30

20

10

Birigüi (620 exames) Franca (666 exames) Jaú (306 exames)

Figura 43 – Distribuição percentual dos efeitos psicológicos da exposição ao ruído.

Segundo a figura 44 abaixo, observa-se que pessoas que trabalham expostas ao ruído
intenso apresentam queixas relacionadas ao seu convívio social, uma vez que relatam dimi-
nuição de concentração e memória, resultando no isolamento social.
%
100
Isolamento social
90 Diminuição da concentração
Diminuição da memória
80

70

60

50

40
33
30
25 28 27
20 17 17 15 15 18
10

Birigüi (620 exames) Franca (666 exames) Jaú (306 exames)

Figura 44 – Distribuição percentual dos efeitos sociais da exposição ao ruído.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 181


Perfil das Empresas Pesquisadas
Verifica-se na figura 45 que a atividade de lazer predominante da população pesquisada
é freqüentar shows musicais, compatível com a faixa etária (inferior a 30 anos).
%
100 Freqüentar shows musicais
 Freqüentar cultos religiosos
70 Uso de walkman/discman

60
53
50
46
40
36
30 28 26
20
23
12
10
6 6
0

Birigüi (620 exames) Franca (666 exames) Jaú (306 exames)

Figura 45 – Distribuição percentual dos hábitos auditivos extraocupacionais dos trabalhadores.

182 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


Perfil das Empresas Pesquisadas
Calor
As avaliações de campo foram realizadas nos meses de outubro a março, período em
que a temperatura é predominantemente elevada nessas regiões.
As medições de temperatura apresentaram valores de IBTUG acima do limite de tolerân-
cia, que é de 26,7 ºC para atividades moderadas, chegando a atingir 40,1 ºC, fator extrema-
mente preocupante (figura 46).
%
100
Acima do limite de tolerância
90 89 Dentro do limite de tolerância -
26,7 ºC para trabalho moderado
80 79
70

60
53
50 47
40

30

20
21
10
11
0

Birigüi (46 setores) Franca (33 setores) Jaú (32 setores)

Figura 46 – Distribuição percentual do conforto térmico – Tipo de atividade moderada.

A equipe médica avaliou alterações do aparelho circulatório (figura 47), de pele e de ní-
veis pressóricos, que também podem ser influenciadas pelas temperaturas elevadas.

%
100

40

30 28
20
13
10 7
0

Birigüi (705 exames) Franca (608 exames) Jaú (304 exames)


Figura 47 – Distribuição percentual das alterações do aparelho circulatório
dos trabalhadores por cidade.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 183


Perfil das Empresas Pesquisadas
Estas alterações englobam as queixas referidas em relação ao sistema circulatório, como
alterações da pressão arterial, presença de varicosidades ou varizes de membros inferiores.
Pode-se observar que em Birigüi ocorreram mais alterações relativas ao sistema osteo-
articular muscular e em Franca do sistema circulatório (figura 42).
Analisando-se as alterações em relação à pele, há uma série de aspectos que devem ser
levados em consideração:
■ Condições precárias de higiene corporal que podem predispor a infecções
cutâneas (figura 48).
■ Vestuário com manutenção deficiente facilitando a contaminação com que
substâncias fiquem em contato com a pele por maior tempo.
■ Causas indiretas ou fatores predisponentes:
■ Idade – a pele do indivíduo idoso em geral é mais espessa que a do jovem,
protegendo-o mais.
■ Sexo – as mulheres parecem ter graus menos intensos de dermatoses e de
remissão mais rápida.
■ Raça – as pessoas de pele clara têm menor proteção solar.
■ Clima – calor e umidade podem predispor ao aparecimento de dermatoses
infecciosas e não infecciosas.
■ Antecedentes de doenças – indivíduos atópicos toleram muito pouco tempe-
raturas elevadas e estão propensos a desenvolver dermatoses do tipo irritativo.
Já os portadores de acne ou eczema seborréico pioram seus quadros em contato
com a óleos, ceras e graxas.
■ Condições de trabalho – trabalhadores que não utilizam equipamentos de pro-
teção individual entram mais em contato com produtos que podem sensibilizá-los
.
■ Causas diretas:
■ Agentes químicos – substâncias orgânicas (solventes) e inorgânicas que podem
ser irritantes e sensibilizantes.
■ Agentes físicos – radiações ionizantes, raios solares, vibrações, que podem
provocar lesões do tipo calosidade, e temperatura.

184 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


Perfil das Empresas Pesquisadas
■ Agentes de acidentes – ação friccional geralmente nas polpas digitais,
eletricidade, traumatismos (escoriações até cortes).
■ Agentes biológicos – bactérias, fungos e leveduras.

%
100

50

40
35
30

20
15 16
10

Birigüi (705 exames) Franca (608 exames) Jaú (304 exames)

Figura 48 – Distribuição percentual das alterações de pele dos trabalhadores por cidade.

O estudo realizado baseou-se no levantamento dos níveis pressóricos (figura 49) cons-
tantes da avaliação clínica. O critério estabelecido para se considerar o indivíduo dentro da
normalidade foi o de apresentar pressão arterial diastólica (mínima) até 90 mmHg e pres-
são arterial sistólica (máxima) até 140 mmHg.

%
100

90 86 90 Níveis pressóricos
alterados no momento
80 80 da avaliação
Níveis pressóricos
70 dentro da normlidade
NR - dados
60 insuficientes para
conclusão
50

40

30

20 20
11
10
3 5 5
0 0
Birigüi (705 exames) Franca (608 exames) Jaú (304 exames)

Figura 49 – Distribuição percentual dos níveis pressóricos dos trabalhadores por cidade.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 185


Perfil das Empresas Pesquisadas
Os trabalhadores que apresentaram valores alterados foram orientados a fazer acompa-
nhamento médico com o intuito de efetuar a confirmação da alteração da pressão arterial.

Iluminação
Conforme medições realizadas, observou-se que as empresas analisadas apresentam
grandes deficiências de iluminamento (figura 50) na maioria dos setores, o que pode possi-
bilitar a fadiga, acarretando o aumento do índice de acidentes do trabalho e a diminuição
da qualidade e da produtividade.

Os fatores que mais contribuem para esta situação são:


■ Luminárias mal posicionadas quanto à altura e à distribuição.
■ Falta de iluminação suplementar nas máquinas.
■ Paredes e telhados escuros.
■ Baixos níveis de iluminação natural.

%
100 Dentro dos índices de iluminância conforme NBR 5.413
Abaixo dos índices de iluminância
90

80

70
62 65
60

50
52 48
40 38 35
30

20

10

Birigüi (893 pontos) Franca (1.061 pontos) Jaú (556 pontos)

Figura 50 – Distribuição percentual dos índices de iluminância por cidade.

186 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


Perfil das Empresas Pesquisadas
Os dados da figura 51 foram obtidos através de observações de alterações de conjuntiva
e queixas de acuidade visual.

%
100

50

40

30

20
9
10
4 1
0

Birigüi (705 exames) Franca (608 exames) Jaú (304 exames)

Figura 51 – Distribuição percentual das alterações visuais dos trabalhadores por cidade.

Biológico
O risco biológico está presente nas tarefas de limpeza e faxina dos sanitários.

Químico
O risco químico foi avaliado em relação à exposição ocupacional a tolueno e n-hexano,
solventes freqüentemente encontrados nas formulações dos produtos químicos utilizados
na produção de calçados. Esta avaliação ocorreu pela análise das concentrações nos ambi-
entes e pelos efeitos nos funcionários.
Para a determinação das concentrações nos ambientes, foram coletadas amostras de ar
de forma passiva, com monitores fixados junto à zona respiratória de aproximadamente
10% dos funcionários, e, de forma ativa, utilizando-se bombas com monitores estrategica-
mente distribuídos pelos ambientes da produção. Estas amostras foram analisadas em la-
boratório de toxicologia por cromatografia a gás em coluna capilar e os resultados foram
comparados aos limites de tolerância estabelecidos, 78 ppm para tolueno e 50 ppm para n-
hexano, considerando que 50% destes limites correspondem aos limites de ação. Através
destas análises, observou-se também a presença de acetona e de acetato de etila e/ou me-
til-etil-cetona.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 187


Perfil das Empresas Pesquisadas
Para a determinação dos efeitos da exposição, foi colhida uma amostra de urina de apro-
ximadamente 30% dos funcionários da produção (quadro 54). Estas amostras foram anali-
sadas em laboratório de toxicologia por cromatografia a gás em coluna empacotada e em
coluna capilar para a determinação de ácido hipúrico e 2,5 hexanodiona que avaliam tolu-
eno e n-hexano. Os resultados foram corrigidos pelo valor de creatinina, determinada por
espectrofotometria UV/V, conforme disposição legal (NR-7).

Quadro 53 – Número de amostras colhidas para análise.


N de amostras
o
Birigüi Franca Jaú Total
Urina 158 140 259 557
Ar passivo 51 62 50 163
Ar ativo 46 63 53 162

Análise das amostras de ar


Através destas análises, foi detectada qualitativamente a presença de acetona e de ace-
tato de etila nos ambientes. Desta constatação qualitativa sugere-se uma investigação
mais detalhada para a determinação das concentrações desses solventes orgânicos, bem
como para a avaliação de impregnações por outras substâncias.
Na comparação por cidade observou-se que as empresas visitadas em Franca apresen-
taram mais ambientes inadequados, tanto em relação a tolueno quanto em relação a n-he-
xano, enquanto que as de Birigüi apresentaram situação oposta, como mostram as figuras
52 e 53.

188 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


Perfil das Empresas Pesquisadas

%
100
95 92 Resultados abaixo
90 87 do nível de ação
Resultados no nível
80 78 de ação
70 Resultados acima
do limite de
60 tolerância

50

40

30

20
15
10 7 6 9
2 3 2 4
0

Birigüi (101 amostras) Franca (129 amostras) Jaú (103 amostras) Total (333 amostras)

Figura 52 – Distribuição percentual de amostras com concentração de tolueno acima dos limites
de ação e de tolerância, por cidade.

%
100
100
92 91 Resultados abaixo
90
84 do nível de ação
Resultados no nível
80
de ação
70 Resultados acima
do limite de
60 tolerância

50

40

30

20

10 8 8 5 5
3 4
0 0 0

Birigüi (101 amostras) Franca (129 amostras) Jaú (103 amostras) Total (333 amostras)

Figura 53 – Distribuição percentual de amostras com concentração de n-hexano acima dos limites
de ação e de tolerância, por cidade.

Na comparação por setor, foi observado pela análise de tolueno que o setor pré-fresado
apresenta a maior incidência de ambientes inadequados, seguido por acabamento, monta-

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 189


Perfil das Empresas Pesquisadas
gem e pesponto, enquanto pela análise de n-hexano o setor de pesponto é o de maior inci-
dência de ambientes inadequados, seguido por acabamento e montagem, como mostram as
figuras 54 e 55.

%
100 100
91 88 Resultados abaixo
90 87 do nível de ação
Resultados no nível
80
de ação
70 69 Resultados acima
do limite de
60 tolerância

50

40

30

20 17
14 13
10 6 3 8
4
0 0 0 0
Pré-fresado Pesponto Montagem Acabamento Outros
(42 amostras) (68 amostras) (160 amostras) (30 amostras) (33 amostras)
Figura 54 – Distribuição percentual de amostras com concentração de tolueno acima dos limites
de ação e de tolerância, por setor.

%
100 100 100
91 90 Resultados abaixo
90 do nível de ação
82 Resultados no nível
80
de ação
70 Resultados acima
do limite de
60 tolerância

50

40

30

20
13 10
10
5 4 5
0 0 0 0 0 0
Pré-fresado Pesponto Montagem Acabamento Outros
(42 amostras) (68 amostras) (160 amostras) (30 amostras) (33 amostras)
Figura 55 – Distribuição percentual de amostras com concentração de n-hexano acima dos limites
de ação e de tolerância, por setor.

190 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


Perfil das Empresas Pesquisadas
Foi detectada qualitativamente a presença de acetona e de acetato de etila ou metil-ce-
tona nos ambientes avaliados, principalmente os da cidade de Birigüi, como ilustram as fi-
guras 56 e 57.

%
100
99
90
90
80 78 81
70

60

50

40

30

20

10

Birigüi Franca Jaú Total

Figura 56 – Demonstrativo por cidade da porcentagem de amostras que continham acetona.

%
100

90

80

70
64
60

50 38
40

30 31
20 20
10

Birigüi Franca Jaú Total


Figura 57 – Demonstrativo por cidade da porcentagem de amostras que continham
acetato de etila e/ou metil-etil-cetona.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 191


Perfil das Empresas Pesquisadas
Os setores pré-fresado, montagem, pesponto e acabamento foram os ambientes que
apresentaram a maior incidência da presença de acetona, como ilustram as figuras 58 e 59.

%
100 95 91 95
90

80

70 70
60

50 45
40

30

20

10

Pré-fresado Pesponto Montagem Acabamento Outros

Figura 58 – Demonstrativo por setor da porcentagem de amostras que continham acetona.

%
100

90

80

70

60

50
45
40 40 40
30 27
20
15
10

Pré-fresado Pesponto Montagem Acabamento Outros

Figura 59 - Demonstrativo por setor da porcentagem de amostras que continham acetato de etila
e/ou metil-etil-cetona.

192 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


Perfil das Empresas Pesquisadas
Análise em material biológico
Foram observados resultados semelhantes em relação à concentração da exposição ocu-
pacional nos funcionários, em que apenas 1% das amostras de urina coletadas apresenta
valores de ácido hipúrico acima do valor de referência (1,5 g/g de creatinina). Nenhuma
amostra apresentou valores acima dos índices biológicos máximos permitidos. Não há va-
lor de referência para 2,5 hexanodiona.

Comparativo das entrevistas com funcionários


Foi aplicado um questionário a cerca de 20% da população trabalhadora avaliada clini-
camente e a empresários (quadro 54), visando obter informações sobre as relações sociais
entre os funcionários e suas condições de trabalho.

Quadro 54 – Número de entrevistas realizadas por cidade.


Trabalhadores Entrevistas com
Cidade entrevistados empregador
Birigüi 120 3
Franca 116 5
Jaú 53 6
Analisando o quadro 55, observa-se que os trabalhadores iniciaram as atividades laborais
na faixa abaixo dos 15 anos de idade, caracterizando “trabalho infantil”. Segundo a OIT – Or-
ganização Internacional do Trabalho, quanto mais jovem ingressa no trabalho, mais vulnerá-
vel fica o trabalhador aos riscos físicos, químicos e de outros tipos que podem incidir nos lo-
cais de trabalho, assim como fica sujeito à exploração econômica de seu trabalho.

Quadro 55 – Características dos trabalhadores (média em anos).


Tempo em que
Idade de
Idade dos Tempo na trabalha na
Cidade trabalhadores
ingresso no
empresa atual indústria
trabalho
calçadista
Birigüi 28 14 4 7
Franca 31 13 4 14
Jaú 24 14 6 6

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 193


Perfil das Empresas Pesquisadas
Pela ordem de preferência apresentada no quadro 56, nos fatores relacionados observa-
se que a assistência médica está colocada como a que menos agrada aos trabalhadores. Os
fatores que foram relatados pelos funcionários são:
■ Alto custo do plano de saúde.
■ Mau atendimento pelos postos de saúde e hospitais regionais.
■ Demora para agendamento das consultas.
■ Maior permanência do médico na empresa (quando da existência deste).
■ Necessidade da contratação de médico.
■ Montagem de ambulatório (quando há médico na empresa).

Quadro 56 – Relação de fatores que agradam mais ao trabalhador,


em ordem decrescente.

Birigüi Franca Jaú


Colegas Colegas Horário
Horário Estabilidade Estabilidade
Chefia Chefia Colegas
Proximidade de casa Horário Máquina que usa
Estabilidade Salário Material de trabalho
Máquina que usa Material de trabalho Salário
Salário Máquina que usa Proximidade de casa
Assistência médica Proximidade de casa Assistência médica
Material de trabalho Assistência médica Chefia

Observa-se no quadro 57 que existe a preocupação dos trabalhadores em relação à ven-


tilação no ambiente de trabalho para melhorar a saúde. Na cidade de Jaú não foi avaliado
o fator creche.

194 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


Perfil das Empresas Pesquisadas
Quadro 57 – Relação dos fatores que melhor contribuem para a saúde do
trabalhador, em ordem decrescente.
Birigüi Franca Jaú
Ventilação Alimentação Ventilação
Ganhar mais Ventilação Ganhar mais
Pausas Ganhar mais Pausas
Refeitório* Usar EPI Refeitório
Creche* Transporte Alimentação
Usar EPI Pausas Transporte
Transporte Refeitório Usar EPI
Alimentação Creche —
* Tiveram o mesmo valor

No quadro 58 observa-se que os trabalhadores apresentam preocupação em relação aos


fatores prejudiciais à saúde, como o ruído, a cola e a posição de trabalho.

Quadro 58 – Relação dos fatores considerados prejudiciais à saúde do trabalhador,


em ordem decrescente.

Birigüi Franca Jaú


Ruído Ruído Cola
Cola Posição de trabalho Posição de trabalho
Risco de acidente Risco de acidente Ruído
Posição de trabalho Ritmo de produção Risco de acidente
Ritmo de produção Cola Ritmo de produção
Colegas Colegas Colegas
Chefia Chefia Chefia

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 195


Perfil das Empresas Pesquisadas
Os trabalhadores amostrados foram questionados sobre os itens relacionados no quadro
59, sendo-lhes solicitado que dessem notas de zero a dez, de acordo com sua percepção de
ruim a ótimo. Conforme demonstrado abaixo, o trabalhador valoriza o seu desempenho no
trabalho atual.

Quadro 59 – Relação de itens selecionados em função da satisfação do


trabalhador, em ordem decrescente.
Birigüi Franca Jaú
Trabalho atual Trabalho atual Trabalho atual
Ritmo de produção Fadiga Ritmo de produção
Serviço médico Serviço médico
Hospital regional
da empresa da empresa
SUS SUS Hospital regional
Serviço médico
Hospital regional SUS
da empresa
Fadiga Ritmo de produção Fadiga

Demonstrativos dos trabalhos realizados (quadros 60, 61, 62 e 63


e figura 60)

Quadro 60 – Engenharia Ocupacional


Conforto Ergonomia Total de
Nº de Medições de ruído Iluminação Calor
Cidade Func. pontos pontos
térmico postos medições
Pontos Dosimetria V.U.T.* avaliados por empresa
Birigüi 949 1.481 064 893 053 057 027 2.577

Franca 792 1.331 077 1.061 036 037 060 2.602

Jaú 314 807 061 556 032 064 045 1.565

Total 2.055 3.619 202 2.510 123 158 132 6.744


*VUT = Velocidade de movimentação do ar/Umidade/Temperatura.

196 SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista


Perfil das Empresas Pesquisadas
Quadro 61 – Medicina do trabalho.
Alterações encontradas nas avaliações médicas nos diferentes sistemas orgânicos
Nº de func. Total
Cidade examinados Alterados
I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII XIII XIV XV XV* XVI XVII XVIII XIX XX XXI

Birigüi 705 02 01 12 72 06 16 25 10 92 39 42 107 93 26 02 07 00 02 68 00 00 00 622

Franca 608 03 04 03 51 04 13 55 05 167 37 80 213 65 13 10 02 00 06 59 00 00 00 790

Jaú 304 00 00 01 10 01 07 02 06 21 21 18 48 33 11 02 00 00 00 06 01 01 00 189

Total 1.617 05 05 16 133 11 36 82 21 280 97 140 368 191 50 14 09 00 08 133 01 01 00 1.601

Quadro 62– Fonoaudiologia ocupacional.

Nº de Total de exames
Cidade funcionários realizados
Birigüi 949 620
Franca 792 666
Jaú 314 306
Total 2.055 1.592

Quadro 63 – Química.

Amostras Amostras ambientais


Cidade biológicas Passiva Ativa
Birigüi 158 51 50
Franca 140 65 64
Jaú 259 50 53
Total 557 166 167

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista 197


198
Número de trabalhadores

0
100
200
300
400
500
600
en

cr
in
as
,n no
ut rm
r. m
al
et 524
ab
ól
ol ic
ho as
ap e

133
ar an
el ex
ho os
ap ci

82
ar rc
el ul
ho at
ór
re io
sp
280

ap ira
pe ar
el tó
le ho rio
e di
te ge
ci
Perfil das Empresas Pesquisadas

do st
sis ivo
su
te bc
97 140

m
a ut
ân
os
ap te eo
ar om
368

el us
ho cu

Figura 60 – Alterações dos sistemas orgânicos.


ou ge la
tro ni r
to
191

ss ur
in in
ai ár
se io
50

sin
to
m
as
133

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista

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