Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
História
A ideia de pessoas artificiais data de épocas como a da lenda de Cadmus, que semeou
os dentes de um dragão que se transformaram em soldados, e do mito do Pigmalião, no
qual a estátua de Galateia se torna viva. Na mitologia clássica, o deus deformado da
metalurgia (Vulcano ou Hefesto) criou serventes mecânicos, variando de serventes
douradas inteligentes a mesas utilitárias de três pernas que poderiam se mover
por força própria. As lendas Judias se referem ao Golem, uma estátua de argila animada
através de mágica Cabalística. Similarmente, o Younger Edda, da Mitologia
escandinava conta que um gigante de argila, Mökkurkálfi ou Mistcalf, foi construído para
auxiliar o troll Hrungnir em um duelo com Thor, o Deus do Trovão.
O escritor checo Karel Čapek introduziu a palavra "Robô" em sua peça "R.U.R" (Rossum's
Universal Robots, cujo livro foi lançado no Brasil pela editora Hedra com o título A Fábrica
de Robôs),[4] encenada em 1921. O termo "robô" realmente não foi criado por Karel Čapek,
mas por seu irmão Josef, outro respeitado escritor checo. O termo "Robô" vem
da palavra checa "robota", que significa "trabalho forçado". Dentre as idéias mais antigas
que se conhecem sobre dispositivos automáticos, ou autômatos, data de 350 A.C., a
criada pelo matemático grego Arquitas de Tarento, amigo de Platão. Ele criou
um pássaro de madeira que batizou de “O Pombo”. O pássaro era propulsionado
por vapor e jatos de ar comprimido tendo, para muitos, mais méritos de ter sido a primeira
máquina a vapor do que a inventada por James Watt.
O primeiro projeto documentado de um autômato humanoide foi feito por Leonardo da
Vinci por volta do ano de 1495. As notas de Da Vinci, redescobertas nos anos 50,
continham desenhos detalhados de um cavaleiro mecânico que era aparentemente capaz
de sentar-se, mexer seus braços, mover sua cabeça e o maxilar. O projeto foi baseado em
sua pesquisa anatômica documentada no Homem Vitruviano. Não é conhecido se ele
tentou ou não construir o mecanismo (veja: Robô de Leonardo).
O primeiro autômato funcional foi criado em 1738 por Jacques de Vaucanson, que fez
um androide que tocava flauta, assim como um pato mecânico que comia e defecava. A
história "The Sandman" de E.T.A. Hoffmann traz uma mulher mecânica semelhante a uma
boneca, e "Steam Man of the Prairies", de Edward S. Ellis (1865) expressa a fascinação
americana com a industrialização. Uma onda de histórias sobre autômatos humanoides
culminou com a obra "Electric Man" (Homem Elétrico), de Luis Senarens (1885).
Uma vez que a tecnologia avançou a ponto de as pessoas preverem o uso das criaturas
mecânicas como força de trabalho, as respostas literárias ao conceito dos autômatos
(robôs) refletiu o medo dos seres humanos, de serem substituídos por suas próprias
criações. Frankenstein (1818), de Mary Shelley, muitas vezes considerado
o primeiro romance de ficção científica, se tornou sinônimo deste tema. Quando a peça de
Čapek RUR (1921) introduziu o conceito de uma linha de montagem que utilizava robôs
para tentar construir mais robôs, o tema recebeu uma conotação econômica e filosófica,
posteriormente propagada pelo filme clássico de Fritz Lang Metropolis (1927). Porém, na
década de 1940, o engenheiro químico Isaac Asimov começou a escrever diversas obras
sobre robôs domésticos educados e fieis ao ser humano, onde grande parte do temor do
domínio das máquinas (mecânicas) foi afastado parcialmente. Mas, os populares Blade
Runner (1982) e The Terminator (1984) são ícones deste temor. No século XXI, com os
robôs se tornando mais reais e perspectiva do surgimento de robôs inteligentes, uma
melhor compreensão das interações entre os robôs e o homens é abordada em filmes
modernos como A.I. (2001) de Spielberg e Eu, Robô (2004) de Proyas.
Muitos consideram o primeiro robô, segundo as definições modernas, como sendo o barco
teleoperado, similar a um ROV moderno, inventado por Nikola Tesla e demonstrado em
uma exibição no ano de 1898 no Madison Square Garden. Baseado em sua patente 613
809 para o "teleautomation", Tesla desejava desenvolver o "torpedo sem fio" para se
tornar um sistema de armas para a marinha estadunidense.
Nos anos 30, a Westinghouse fez um robô humanoide conhecido como Elektro. Ele foi
exibido no World's Fair de 1939 e 1940.
O primeiro robô autônomo eletrônico foi criado por Grey Walter na Universidade de Bristol,
na Inglaterra, no ano de 1948.
Robótica
De acordo com a American Heritage Dictionary, a robótica é a ciência ou o estudo
da tecnologia associado com o projeto, fabricação, teoria e aplicação dos robôs. A
palavra robótica foi utilizada primeiramente impressa na história de ficção
científica de Isaac Asimov "Liar!" (1941). Nela, o autor se refere às 'três regras da robótica'
que posteriormente se tornaram as "Três Leis da Robótica" na publicação de ficção Eu,
Robô.
A robótica requer conhecimentos sobre eletrônica, mecânica e software. A parte mecânica
requer conhecimentos sobre cinemática, pneumática, hidráulica e a parte eletrônica e de
programação, conhecimentos sobre o tipo de unidade processadora a ser utilizada, que
podem ser microcontroladores ou CLPs. O processo padrão de criação de robôs começa
pela exploração dos sensores, algoritmos e atuadores que serão requeridos para o projeto.
Algumas ideias como a relação entre o peso do robô e sua fonte de alimentação primária
também são decisivas para o projeto.
Após a base mecânica estar montada, os sensores e as outras entradas e saídas do robô
são conectadas a um dispositivo que tomará as decisões, sendo mais comum o uso de um
microcontrolador como unidade de processamento. Este circuito avalia os sinais de
entrada e calcula a resposta apropriada para cada combinação, enviando sinais aos
atuadores de modo a causar uma ação ou reação. Os robôs são máquinas poderosas que
nos ajudam a vida atualmente.
Usos contemporâneos dos robôs
Robôs industriais.
Os robôs são utilizados para realizar trabalhos que são muitos pesados, sujos ou
perigosos para os seres humanos. Os robôs industriais nas linhas de produção são a
forma mais comum de robôs, porém isto vem mudando recentemente pela entrada de
robôs faxineiros e cortadores de grama. Em 2017, um robô de carga pessoal, que pode
transportar até 40 quilos de suprimentos de forma autônoma ou seguindo um operador
humano.[5] Outras aplicações incluem a limpeza de lixo tóxico, exploração subaquática
e espacial, cirurgias, mineração, busca e regaste e a busca de minas terrestres. Os robôs
também estão surgindo nas áreas de cuidados de saúde e entretenimento.
Os manipuladores industriais possuem capacidades de movimento similares
ao braço humano e são os mais comumente utilizados na indústria. As aplicações incluem
soldagem, pintura e carregamento de máquinas. A indústria automotiva é um dos campos
que mais se utiliza desta tecnologia, aonde os robôs são programados para substituir a
mão de obra humana em trabalhos repetitivos ou perigosos. A adoção generalizada deste
tipo de tecnologia, entretanto, foi atrasada devido à avaliabilidade de funcionários baratos
e aos altos requerimentos de capital dos robôs. Outra forma de robôs industriais é o AGVs
(Veículos Guiados Automaticamente). Os AGVs são utilizados em
estoques, hospitais, portos de contêineres, laboratórios, instalações de servidores, e
outras aplicações onde o risco, confiabilidade e segurança são fatores importantes. De
mesma forma, o patrulhamento autônomo e os robôs de segurança estão aparecendo
como parte de alguns prédios automatizados.
No começo do século XXI, os robôs domésticos começaram a surgir na mídia, com o
sucesso do Aibo, da Sony e uma série de fabricantes lançando seus aspiradores robóticos,
tais como a iRobot, Electrolux, Vileda e Karcher. Cerca de um milhão de unidades de
aspiradores foram vendidas em todo o mundo até o final de 2004. A iRobot planeja
produziu um robô de mapeamento similar no tamanho e forma aos aspiradores robóticos.
As corporações japonesas foram bem sucedidas em seus desenvolvimentos
de protótipos de robôs humanoides e planejam utilizar esta tecnologia não apenas nas
linhas de produção, mas também nos lares japoneses. Existem expectativas no Japão de
que os cuidados caseiros para a população idosa podem ser melhor realizados através da
robótica. No Brasil, por incentivo de políticas públicas, foi fundada uma indústria de robôs
denominada ARMTEC Tecnologia em Robótica , que desde 2004 vem gerando robôs
bombeiros, ROVs, de avaliação de pavimentos entre outros.
Os robôs também são comumente utilizados como uma forma de Arte de Alta Tecnologia.