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offshore, reservatórios como caixas d’água, fundações, tetos de transição para suportar
cargas de pilares e ainda como elementos de contenção em subsolos. Em diversas
situações também é necessário realizar aberturas na alma das vigas-parede. Tais aberturas
são feitas frequentemente para permitir a acomodação de serviços como dutos de
ventilação, ar condicionado, abastecimendo de água, eletricidade, telecomunicações
(MANSUR, 1998; YANG, EUN, CHUNG, 2006; OSMAN et al., 2007, EL-
MAADDAWY e EL-ARISS, 2012).
Diversos estudos têm sido realizados para avaliar o comportamento e o efeito de aberturas
na alma vigas de concreto armado (KONG E SHARP, 1977; RAY, 1991; MANSUR
1998; MANSUR et al.; 1999; ASHOUR E RISHI 2000; TAN et al. 2001, YANG e
ASHOUR, 2008; YOO et al., 2011; CAMPIONE e MINAFÒ, 2012; YAHYA, 2014;
VIERA, 2018).
Mansur (1998), Mansur et al,. (1999) e Yang et al., (2006), verificaram que aberturas em
vigas-parede de concreto armado influenciam no fluxo normal de tensões, levando a
redução da capacidade de cisalhamento e rigidez, surgimentos de fissuras diagonais
precoces, as quais são causadas por elevadas concentrações de tensões no cantos das
aberturas, além de deflexões excesivas. A redução da capacidade de cisalhamento
depende do grau de interrupção dos caminhos de carga natural, que é a linha que conecta
os pontos de carga e apoio. Essa redução é mais expressiva quando a abertura interrompe
completamente o caminho de carga natural (Mansur e Alwis 1984; El-Maaddawy e
Sherif, 2009). Alterações na capacidade resistente de vigas-parede representam um grave
risco de segurança. Sendo necessário, recorrer a técnicas de reforço estrutural, de modo a
aumentar a capacidade resistente e contra balancear a redução de força
NSM (Near Surface Mounted) é outra técnica de reforço, que surgiu como alternativa a
EBR em superar o fenômeno de descolamento. Esta técnica consiste na colagem do FRP
em aberturas executadas na camada de cobrimento do concreto. Estudos realizados por
Rizzo e Lorenzis (2009) investigaram o efeito da técnica de reforço NSM e EBR no
reforço ao cisalhamento de vigas de concreto. Os autores verificaram que a técnica EBR
aumentou a capacidade de carga ao cisalhamento das vigas em torno de 16%, enquanto a
técnica NSM aumentou de 22% a 44%. Estudos realizados também por Blaschko e Zilch
(1999), El-Hacha e Rizkalla (2004), Barros et al., (2005), Carvalho (2010), Silva (2013)
evidenciaram que a técnica NSM apresenta maior eficácia quando comparada a EBR.
Embora experimentos tenham revelado o melhor desempenho da técnica NSM em relação
à EBR, especialmente em lidar com o fenômeno de descolamento, o descolamento ainda
é um problema nos métodos NSM e EBR (DE LORENZIS e NANNI, 2001; ARAM,
CZADERSKI, MOTAVALLI, 2008; BILOTTA et al.,2011).
O Modelo de Micro Treliça (MMT) é outro método utilizado para análise de estruturas.
Quando comparado ao MEF, é um método pouco utilizado. O MMT é uma ferramenta
computacional de análise por meio de microtreliças, que possui como ideia principal a
discretização do contínuo em elementos de barra. Considera somente os esforços de
tração e compressão, tornando-o mais simples. Estudos realizados por Salem (2004),
Nagarajan et al. (2009), Nagarajan, Jayadeep e Pillai (2010), Kiousis et al. (2010), Ilgadi
(2013), Zhong et al. (2016), Zhong et al. (2017), Nepomuceno (2012), Vieira (2013),
Marques (2017) e Vieira (2018), utilizaram discretizações em micro treliças para as
análises das estruturas. Vieira (2013) destaca que o MMT apresenta baixo custo
computacional, além da otimização da armadura, sendo possível colocar o aço em pontos
estratégicos de tal forma que os materiais tenham suas propriedades otimizadas ao
máximo.