Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Portal Educação
CURSO DE
FISIOTERAPIA HOSPITALAR
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
36
CURSO DE
FISIOTERAPIA HOSPITALAR
MÓDULO II
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
37
MÓDULO II
6 TÉCNICAS FISIOTERAPÊUTICAS
7.1 VIBRAÇÃO
AN02FREV001/REV 4.0
38
acompanhar o movimento natural da caixa torácica durante a fase expiratória do
ciclo respiratório.
Embora a vibração seja considerada uma técnica segura, ela está
contraindicada em lactentes que apresentam desconforto respiratório durante a
manipulação, presença de enfisema pulmonar muito avançado, pneumotórax não
tratado e hemorragia alveolar.
AN02FREV001/REV 4.0
39
FIGURA 30 - POSIÇÃO EM CONCHA DA MÃO PARA A PERCUSSÃO
AN02FREV001/REV 4.0
40
FIGURA 31 - À ESQUERDA, POSTURAS DE DRENAGEM POSTURAL
CONVENCIONAL, E A DIREITA POSTURAS MODIFICADAS PARA O LACTENTE
2
FONTE: (Lannefors 2004) .
AN02FREV001/REV 4.0
41
FIGURA 32: HIPERINSUFLAÇÃO COM AMBU FIGURA 33:
VIBROCOMPRESSÃO NA FASE EXPIRATÓRIA
7.6 ASPIRAÇÃO
AN02FREV001/REV 4.0
42
Sistema de aspiração aberta: É um procedimento que deve ser estéril com
uma sonda de calibre adequado para cada paciente, conectada a um sistema de
vácuo, que deve ser introduzida de forma delicada na via aérea com observação
contínua dos sinais e sintomas do paciente. O tempo de aspiração deve ser o mais
curto possível por acarretar complicações como hipoxemia, alterações do ritmo
cardíaco, traumas e alterações de pressão arterial. Por isso é recomendada por
alguns autores uma pré-oxigenação.
Sistema de aspiração fechado: Só pode ser realizada em paciente com via
aérea artificial como TOT ou TQT. Sua indicação principal é para pacientes que
necessitam de altas pressões para ventilar e não podem ser despressurizados para
a toilet brônquica. A sonda fica protegida por um plástico e não tem contato com
meio externo, reduzindo o risco de contaminação e hipoxemia. Como dispensa o uso
de AMBU, a efetividade da aspiração é reduzida3. (Figura 35).
Ponta que
conecta no
vácuo.
Entrada
Ponta que
para
conecta no
instilação
TOT ou TQT.
de soro
fisiológico.
AN02FREV001/REV 4.0
43
7.7 TOSSE
AN02FREV001/REV 4.0
44
Distribuição ventilação/perfusão no adulto e no adolescente em decúbito
lateral5
Contraindicações:
AN02FREV001/REV 4.0
45
FIGURA 36: ELTGOL. OBSERVAR A POSIÇÃO DAS MÃOS E A BOCA
DA PACIENTE
AN02FREV001/REV 4.0
46
FIGURA 37 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DA DA
AN02FREV001/REV 4.0
47
9 TÉCNICAS DE REEXPANSÃO PULMONAR
Consiste em uma inspiração profunda até o VRI, lenta e uniforme por via
nasal, seguida por uma expiração oral lenta e uniforme até o VRE. O objetivo
principal é melhorar a amplitude ventilatória7.
AN02FREV001/REV 4.0
48
9.1.3 Inspiração em Tempos ou Fracionada
AN02FREV001/REV 4.0
49
9.1.7 Inspiração desde o Volume Residual
Expiração oral forçada até o volume residual, seguida de uma inspiração até
a capacidade inspiratória. Esse exercício promove um incremento da ventilação em
ápices pulmonares7.
AN02FREV001/REV 4.0
50
FIGURA 39 - ESPIRÔMETRO A FLUXO. FIGURA 40: ESPIRÔMETRO A
VOLUME
FONTE: Disponível em: <www. newmed. com.br>. Acesso em: 30 de Março de 2012.
FONTE: Disponível em: <www. newmed. com.br>. Acesso em: 30 de Março de 2012.
AN02FREV001/REV 4.0
51
A aplicação da RPPI pode trazer complicações e por isso deve ser bem
aplicada e compreendida pelo profissional. Cuidados com o posicionamento e na
regulação do equipamento interferem nos resultados da terapia. São complicações
principais:
Alcalose respiratória, quando por algum motivo, seja por má regulação
da sensibilidade, ou por má orientação dada ao paciente, este hiperventila,
provocando uma redução de CO2 sanguíneo abaixo de 35 mmHg, aumentando o ph
sanguíneo. Essa situação de desequilíbrio pode favorecer o aparecimento de
arritmias cardíacas.
Distensão abdominal, quando aplicado em pacientes pouco
cooperantes ou crianças, pode haver aerofagia e consequente distensão abdominal,
prejudicando a mecânica respiratória e favorecendo o aparecimento de refluxo
gastroesofágico.
Barotrauma, que é a ruptura alveolar por excesso de pressão aplicada
nas vias aéreas.
Diminuição do retorno venoso, devido à presença de pressão positiva
intratorácica, com a inspiração não há negativação da pressão pleural como durante
a respiração espontânea e consequente incremento do retorno venoso durante a
fase inspiratória do ciclo. Essa é uma complicação diretamente relacionada com a
volemia do paciente, ou seja, se ele estiver muito hipovolêmico ou desidratado, é
prejudicial à aplicação de pressão positiva, do contrário é benéfico para evitar e
auxiliar a correção de uma congestão pulmonar.
Hiperinsuflação pulmonar, no caso do paciente ser mal orientado, ou
equipamento mal ajustado, pode acontecer de não dar tempo de o paciente expirar
completamente e iniciar uma nova inspiração. Ocorre assim um aumento da CRF
cada vez maior e hiperinsuflação do pulmão que é prejudicial ao paciente.
AN02FREV001/REV 4.0
52
FIGURA 41 - ATELECTASIA TOTAL PULMÃO ESQUERDO.
FIGURA 42 - BAROTRAUMA, ENFISEMA SUBCUTÂNEO EXTENSO
AN02FREV001/REV 4.0
53
FIGURA 43 - APARELHO BIRD MARK 7® UTILIZADO PARA REALIZAR RPPI
Botão on/off
Regulação fluxo
Regulação da pressão
inspiratória
Regulação da
sensibilidade
Regulação da
fração inspirada
de O2 0,4 ou 1,0
AN02FREV001/REV 4.0
54
9.2.2 Máscara de Pep ou Epap (Pressão Positiva ao Final da Expiração em
Respiração Espontânea)
AN02FREV001/REV 4.0
55
FIGURA 44 - MÁSCARA DE PEP/EPAP EM ADULTO
2
FONTE: (Lannefors 2004) .
AN02FREV001/REV 4.0
56
FIGURA 46 - MÁSCARA DE PEP/EPAP
9
FONTE: (Prasad 1993) .
AN02FREV001/REV 4.0
57
FIGURA 48 - FLUTTER®E MECANISMO INTERNO COM ESFERA
9
FONTE: (Prasad 1993) .
AN02FREV001/REV 4.0
58
FIGURA 50 - PACIENTE CORRETAMENTE POSICIONADA EM CPAP COM
MÁSCARA NASAL
A CPAP pode ser feita tanto com equipamentos elétricos, como por
geradores de fluxo.
AN02FREV001/REV 4.0
59
FIGURA 52 - GERADOR DE FLUXO E MÁSCARA DE CPAP
As contraindicações são:
Hipoventilação;
Náuseas e vômitos;
Traumas de face;
Hipertensão intracraniana;
Pneumotórax não drenado;
Instabilidade hemodinâmica;
Rebaixamento do nível de consciência com incapacidade de proteção
de via aérea.
AN02FREV001/REV 4.0
60
9.2.5 Ventilação com Dois Níveis Pressóricos-Ventilação Não Invasiva (VNI)
São contraindicações:
Insuficiência respiratória;
Sonolência;
Não aceitação/adaptação do paciente;
Rebaixamento do nível de consciência;
Dificuldade de manter permeabilidade de vias aéreas/tosse ineficaz;
Náuseas/vômitos;
Sangramento digestivo alto;
Pós-operatório recente de cirurgia de face, via aérea superior ou
esôfago;
Sinusites/otites agudas;
AN02FREV001/REV 4.0
61
Sangramento nasal (epistaxe);
Instabilidade hemodinâmica com necessidade de droga vasotensora,
choque, arritmias complexas, infarto agudo do miocárdio;
Pneumotórax não drenado;
Uso controverso em pós-operatório de cirurgia gástrica e gravidez.
A ventilação com dois níveis pressóricos pode ser realizada por ventiladores
microprocessados que também são utilizados para ventilar invasivamente e,
portanto, são utilizados apenas em UTI por dependerem da rede de gás (ar
comprimido e Oxigênio) para funcionarem e pode ser realizada por equipamentos
próprios para VNI, como o BIPAP, que funcionam apenas com rede elétrica.
AN02FREV001/REV 4.0
62
FIGURA 54 - EQUIPAMENTO COMPACTO PARA USO EXCLUSIVO DE VNI QUE
SÓ DEPENDE DA REDE ELÉTRICA PARA O FUNCIONAMENTO
A ventilação não invasiva é assim chamada por utilizar como interface uma
máscara e não uma prótese ventilatória como tubo orotraqueal ou traqueostomia.
Existem diversos tipos de interfaces para VNI, a escolha por uma delas depende da
tolerância do paciente e do grau de pressão que precisa ser atingido para melhora
do quadro clínico8, 10.
A máscara nasal é bem tolerada por lactentes, assim como os prongs
nasais, pois, até os seis meses de idade apresentam uma respiração predominante
nasal e por adultos que utilizam VNI rotineiramente por apneia do sono ou processo
de desmame. A máscara oronasal é mais bem indicada para insuficiência
respiratória de média intensidade, em adultos, que acabam por assumir uma
respiração mais oral e por permitir maiores níveis de pressão. Existe ainda a
máscara facial total ou total face, que está indicada para adultos com necessidade
de um uso mais contínuo, com intervalos curtos quando muito necessário. (Figuras
55, 56 e 57). O uso prolongado da máscara de VNI, sem os cuidados necessários e
AN02FREV001/REV 4.0
63
quando muito apertada contra a face do paciente, pode provocar lesões na pele
(escaras). 10.
AN02FREV001/REV 4.0
64
FIGURA 57 - BIPAP COM MÁSCARA ORONASAL
AN02FREV001/REV 4.0
65
9.3 EXPANSÃO PULMONAR COM TÉCNICA MANUAL NÃO CONVENCIONAL
5
FONTE: (Fisioterapia respiratória pediátrica. Guy Postiaux)
AN02FREV001/REV 4.0
66
FIGURA 60 - ADULTO REALIZANDO EDIC SEM INSPIRÔMETRO DE INCENTIVO
PARA EXPANSÃO DO PULMÃO SUPRALATERAL REGIÃO POSTERIOR
9.4.1 Ventilometria
AN02FREV001/REV 4.0
67
12 a 15 segundos. Os valores normais para um adulto variam de 120 a 180 l/min 11 e
valores inferiores a 20 l/min indicam uma resistência alta e incompatível com a
manutenção da ventilação espontânea. Essa premissa fica mais bem embasada
quando se relaciona a VVM com o volume minuto (VM), que é o volume corrente da
respiração em repouso multiplicado pela frequência respiratória, se esta relação for
inferior 1:2 é possível à manutenção da ventilação sem suporte ventilatório
mecânico. Caso ocorra da VVM ser inferior a duas vezes o volume minuto de
repouso, indica uma baixa resistência muscular respiratória à fadiga, até mesmo
para manutenção da respiração espontânea. 8
FIGURA 61 - VENTILÔMETRO
AN02FREV001/REV 4.0
68
avaliação dos músculos expiratórios (Pemáx), o paciente expira a partir da CPT,
após uma inspiração profunda7,11.
São considerados valores normais:
Adulto jovem Pimáx -90 a -120 cmH2O;
Adulto jovem Pemáx +100 a +150cmH2O.
Fraqueza muscular respiratória:
-70 a -45cmH2O
Fadiga muscular respiratória:
-40 a -25cmH2O
Falência muscular respiratória:
= ou< -20 cmH2O.
FIGURA 62 - MANOVACUÔMETRO
AN02FREV001/REV 4.0
69
e alta intensidade de estímulos favorecem o aumento da força muscular e a
hipertrofia. A endurance ocorre pelo mecanismo inverso, com baixas intensidades e
altas repetições, promovendo assim o aumento da capacidade oxidativa e da
resistência à fadiga11.
A força dos mm respiratórios só pode ser aumentada por treinamento
específico destes mm. Já a endurance pode ser aumentada também por treinamento
não específico como cicloergômetros e caminhadas com objetivo de trabalhar na
faixa de 60 a 80% da VVM.
Para o treinamento específico são utilizados resistores de carga linear e
alinear. Os resistores alineares são aparelhos pequenos com orifícios de diversos
tamanhos por meio dos quais o paciente respira. Os resistores lineares a resistência
são oferecidos por uma mola e são mais populares como o Threshold11.
A carga recomendada para o TMR é de 30 a 50% da Pimáx por 30
minutos/dia, porém, é fundamental determinar o melhor regime de treinamento para
cada grau de comprometimento pulmonar7,11.
FIGURA 63 - THRESHOLD®
FIM DO MÓDULO II
AN02FREV001/REV 4.0
70