1 Materiais para concreto armado

O concreto é o resultado da mistura de agregados com cimento e água, aditivos químicos (retardadores ou
aceleradores de pega e plastificantes, etc) e aditivos minerais (escórias de alto-forno, pozolanas, fillers calcários,
microssílica, etc) para melhorar as características do concreto.
A resistência do concreto depende: do consumo de cimento e de água na mistura, do grau de adensamento, dos
tipos de agregados e de aditivos. O concreto possui alta resistência à compressão, mas baixa resistência à tração,
em virtude disso, as barras de aço cumprem o papel de absorver os esforços de tração na estrutura. Essa união
entre concreto e armadura só é possível graças a aderência.

Em virtude da baixa resistência à tração, o concreto fissura na zona tracionada do elemento estrutural. A partir
daí é a armadura que passa a absorver os esforços de tração, isso impede a ruptura brusca da estrutura. O concreto
serve também para proteger as armaduras da corrosão através de um cobrimento mínimo conforme a
agressividade do meio.

Os coeficientes de dilatação térmica do concreto e do aço são quase iguais, mas se a estrutura ficar submetida a
temperaturas elevadas, deve-se adotar um cobrimento maior para reduzir a variação de temperatura das
armaduras.

2 Concreto

Os concretos são classificados em grupos de resistência, grupo I e grupo II, conforme a resistência característica à
compressão fck, são representados pela letra C seguida do número que representa o valor da resistência à
compressão que o concreto atingiu aos 28 dias de idade.

Em relação à massa específica do concreto, geralmente, para efeito de cálculo, adota-se o valor de 2400 kg/m³
para concreto simples e 2500 kg/m³ para concreto armado.

 Concreto armado – C20 ou superior, ou seja, fck 20Mpa ou superior.

 Concreto protendido – C25 ou superior.
 Obras provisórias ou concretos sem fins estruturais – C15.

3 Módulo de elasticidade
Quando não forem realizados ensaios, pode-se estimar o valor do módulo de elasticidade inicial usando as
expressões a seguir:

𝐸𝐶𝐼 = 𝛼𝐸 . 5600√𝑓𝑐𝑘 para Fck de 20 a 50 Mpa.

𝑓 1/3
𝐸𝐶𝐼 = 21,5. 103 . ∝𝐸 ( 10
𝑐𝑘
+ 1,25) , para Fck de 55 a 90 Mpa.

sendo

αE = 1,2 para basalto e diabásio

αE = 1,0 para granito e gnaisse
αE = 0,9 para calcário
αE = 0,7 para arenito
O módulo de deformação secante pode ser obtido segundo método de ensaio estabelecido na ABNT NBR 8522,
ou estimado pela expressão:

Sendo

Valores estimados de módulo de elasticidade em função da resistência

Classe de
C20 C25 C30 C35 C40 C45 C50 C60 C70 C80 C90
resistência

Eci 25 28 31 33 35 38 40 42 43 45 47

Ecs 21 24 27 29 32 34 37 40 42 45 47

αi 0,85 0,86 0,88 0,89 0,90 0,91 0,93 0,95 0,98 1,00 1,00