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NP1

MORAL ÉTICA
Não vou fazer porque é proibido ou não é Não vou fazer porque não vai pegar bem
certo (seria antiético)

Regras Sociais Consciência

Correntes de pensamentos que explicam a vocação do homem para viver em


sociedade são:

Contratualista e Naturalista

Um grupo de pessoas, ainda que numeroso pode ser considerado uma sociedade?

Não! Só tiverem os elementos de caracterização para ser uma sociedade.

Quais os elementos necessários para que um grupo de pessoas possa ser


considerado uma sociedade?

São eles, a finalidade, manifestações ordenadas e o poder social. ​(Segundo Dallari)

TEORIA NATURALISTA​ (impulso TEORIA CONTRATUALISTA


natural) (ato de escolha)
Origem das
Sociedades A sociedade é uma condição A sociedade é um produto de
essencial da vida humana, um acordo de vontades
e dos inerente a ela. devido a interesses.
Agrupamentos
Sociais
Aristóteles, Cícero, São Tomás de Platão, Thomas Hobbes e
Aquino e Ranelletti Jean-Jacques Rousseau

● Finalidade social
Para que um grupo de pessoas seja considerado como uma sociedade, deve ter como
objetivo uma ​finalidade comum. ​(Ato de escolha, objetivo conscientemente estabelecido)

Duas correntes tratam desse assunto:


Determinismo: ​negam a possibilidade de escolha. Para eles o homem está submetido a
uma série de leis naturais, têm medo da mudança, a toda novidades imprevista.

Finalismo: ​um ato de vontade. Essa finalidade deverá ser algo, um valor, um bem, que
todos considerem como tal, ou seja a finalidade social é o bem comum, entretanto é preciso
estabelecer uma ideia precisa do que seja o ​bem comum​.

Bem comum
O bem comum consiste no conjunto de todas as condições de vida social que consistam e
favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade humana.

Bem comum tem a ver com​ mínimo ético

Mínimo ético - ​teoria de ​Georg Jellinek a


​ firma que o Direito seria um conjunto mínimo de
regras morais obrigatórias para a sobrevivência da moral e consequentemente, da
sociedade.

● Manifestações Ordenadas
É necessário que as atividades do grupo se desenvolvam com:
• reiteração
• ordem
• adequação

Reiteração ​(atos - bem comum)


Tendo em vista que em cada momento e lugar surgem fatores que influem na noção de
bem comum, se manifestem visando a consecução de sua finalidade, num todo harmônico.

Ordem ​(normas de conduta social)


Atuação da sociedade deve ser ordenada, ou seja, organizada segundo as normas tendo
como objetivo a finalidade social.

Adequação ​(equilíbrio)
Além da reiteração e da ordem, é também necessário que as ações do grupo sejam
adequadas para atingir o fim almejado (bem-comum). A superexaltação (exagero) de um
fator em detrimento de outros (ordem pública, fatores econômicos etc.) gera desvios e,
portanto, inadequação das atividades sociais em relação à finalidade, prejudicando a busca
do bem comum.

● Poder social
Poder social é a habilidade potencial ou capacidade de um indivíduo (o agente) influenciar
uma ou mais pessoas (o alvo), de forma comunicativa, harmônica ou mesmo coercitiva.
Consiste na faculdade de alguém impor a sua vontade a outrem.

Elementos do Estado
O Estado é constituído de três elementos originários e indissociáveis:
● Povo​: é o seu componente humano, demográfico;
● Território​: a sua base física, geográfica;
● Governo soberano​: o elemento condutor do Estado, que detém e exerce o poder
absoluto de autodeterminação e auto-organização emanado do Povo.

O Estado é formado pelo povo, em determinado território e organizado sob sua livre
vontade soberana.

Estado de Direito
a conduta das pessoas que dirigem a atividade estatal passa a ser sobre as regras
previstas nas constituições e nas leis, não mais na simples vontade dos governantes.

TERRITÓRIO

Natureza jurídica do território:


Conforme Paulo Bonavides, há quatro teorias para explicar a natureza jurídica do território:

Território - Patrimônio (Dominium):


O território seria propriedade do (dominium) do Estado. É uma concepção medieval, pois
nessa época os Senhores e os Reis eram considerados proprietários de seus domínios.

Território - Objeto (Dominium + Público):


O Estado exercia um direito real de caráter público, chamado domínio eminente, sobre o
território. Para ser combinado com domínio útil exercido pelo cidadão.

Território - Espaço [Imperium (Pessoas) + Dominium]:


Segundo Jellinek, o poder que o estado exerce sobre o território é um poder exercido sobre
pessoas, ou seja, de imperium. Esse poder difere do poder exercido sobre coisas, que é o
dominium.

Território - competência: (​É a teoria mais aceita atualmente).

Território é a base física, o ​âmbito geográfico​ da nação, onde​ ocorre a validade​ da sua
ordem jurídica​ (Hans Kelsen)

Limites do território:

Sobre o mar - ​ no caso do Brasil é de 12 milhas do Estado Brasileiro, o que por vários
séculos o critério era o alcance de um tiro de canhão. O Brasil utiliza 200 milhas para fins
econômicos.

A jurisdição do Brasil no mar territorial é soberana, exceto no que tange a jurisdição civil e
penal em navio mercante estrangeiro em passagem inocente, cuja jurisdição é do Estado de
bandeira (princípio da jurisdição do Estado de bandeira).
Espaço aéreo - ​O espaço aéreo de um país é a porção da atmosfera que se sobrepõe ao
território desse país, incluindo o território marítimo, e seu subsolo.

Terra firme e subsolo


Fala-se que o solo pertence ao proprietário, e o subsolo, à União, no entanto, a União, na
verdade, é titular do domínio sobre as jazidas que possivelmente existam no solo ou no
subsolo.

Extraterritorialidade - ​auto limitação da própria soberania abrindo exceções à soberania de


outro Estado.

NP2

Lei ou pena de Talião


A lei de talião, também dita pena de talião, consiste na rigorosa reciprocidade do crime e da
pena. A perspectiva da lei de talião é o de que uma pessoa que feriu outra pessoa deve ser
penalizada em grau semelhante, e a pessoa que infligir tal punição deve ser a parte lesada.

Princípio da proporcionalidade da pena


Beccaria​ já no século XVIII sustentava a necessidade de haver uma proporção entre os
delitos e as penas. ... A proporcionalidade concreta (individualização judicial), como o nome
já diz, é aquela feita pelo julgador no momento da aplicação da pena.

O princípio da proporcionalidade exige que se faça um juízo de ponderação sobre a relação


existente entre o bem que é lesionado ou posto em perigo (gravidade do fato) e o bem de
que pode alguém ser privado (gravidade da pena).

O ​Código Penal ​estabelece regras para a determinação das equivalências.

A ideia moderna da pena, não é fazer mal para quem fez o mal, mas, pelo contrário, ensinar
o criminoso o caminho do bem, reeducando-o. A meta é ressocializar essa pessoa.

FORMA DE ESTADO

Federação
Federação faz-se através da união de diversos Estados que, embora percam sua soberania
em relação ao Estado Federativo, mantém sua autonomia.

FORMAS DE GOVERNO

O povo tem o direito (às vezes o dever), de escolher seus governantes, participando da
administração de forma direta ou indireta, dependendo do sistema de governo. Os
governantes, escolhidos pelo povo administram o Estado visando o bem comum.
SISTEMAS DE GOVERNO

Presidencialismo

Modelo de sistema em que há concentração do chefe de governo e o chefe de Estado na


figura de uma pessoa só, o Presidente, mas não deve jamais ser confundido com
monarquia, pois neste sistema os governantes devem ser escolhido pelo povo,
pressupondo assim, a democracia (regime de governo).

REGIME DE GOVERNO

Democracia
Regime democrático pode ser entendido como aquele em que o poder é emanado do povo,
um regime que proporciona voz e ação à população através da criação de leis,
fiscalização,escolha dos representantes e etc.

DIREITOS POLÍTICOS

Cidadão, hoje, é o indivíduo titular dos direitos políticos de votar e ser votado. Nacionalidade
é pressuposto da cidadania, pois só o titular da nacionalidade brasileira pode ser cidadão. ...
O direito eleitoral ativo cuida do eleitor e de sua atividade; o direito eleitoral passivo
refere-se aos elegíveis e aos eleitos.

CASSAÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS


Art. 15
É vedada a ​cassação dos Direitos políticos​, cuja perda ou suspensão só se dará nos
casos de:

I. Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;


II. Incapacidade civil absoluta;
III. condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV. recusa a cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, art. 5°, Vlll;
V. Improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4°.

Explicando o art. 15° Inciso lll. ​(caiu na prova)


A Constituição Federal prevê, como uma das hipóteses de ​suspensão de direitos
políticos​, a ​condenação​ criminal ​transitada em julgado​.
A duração da suspensão é a mesma da pena, independentemente do tipo de regime que o
condenado cumpra – inclusive a prisão domiciliar.

Pelo fato de o texto constitucional falar especificamente em trânsito em julgado, entende-se


que os ​presos provisórios​(prisões preventiva e temporária), mesmo encarcerados, ​podem
votar​.
Nesses casos, o indivíduo está detido por uma questão processual – prisões preventiva e
temporária – ou por já ter sido condenado em segunda instância, mesmo que estejam
pendentes recursos no STJ e STF. O mesmo se aplica aos jovens maiores de 16 que
cumprem medidas socioeducativas de internação.

PARTIDOS POLÍTICOS

Art. 17 l, ll e lll exemplificado

I - caráter nacional;
Não pode haver um partido político envolvendo só um Estado-membro ou município, ou o
Distrito Federal. Só poderá ser reconhecido como partido político aquele que tiver
repercussão em todo o país. Isso visa evitar que interesses de grupos minoritários tenham
legitimidade, em detrimento daqueles que representam toda a sociedade.

II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou


governo estrangeiros ou de subordinação a estes;​ (caiu na prova)
A soberania nacional é um princípio que limita o funcionamento dos
partidos políticos; não pode haver, portanto, partido político que
receba recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiro,
tampouco que se subordine a estes. Essa proibição visa impedir que os
interesses da República Federativa do Brasil fiquem subordinados ao
capital estrangeiro.

III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;


A prestação de contas à Justiça Eleitoral tem como objetivo impedir a existência de caixa
dois nos pleitos eleitorais. Com isso, as contas dos partidos seriam todas submetidas à
fiscalização financeira, em prol da moralidade pública.

IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.


Aos partidos políticos é assegurada autonomia para definir sua estrutura interna,
organização e funcionamento e para adotar critérios de escolha e o regime de suas
coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito
nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos normas de disciplina e
fidelidade partidária (§ 1º, art.17 CF).

§ 4° É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.

Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado​, e como tal a sua
constituição dar-se-á na forma da lei civil, através do registro do ato constitutivo no Registro
Civil de Pessoas Jurídicas. Após adquirirem personalidade jurídica, registrarão seus
estatutos no Tribunal Superior Eleitoral (§ 2º, art.17 CF).
Observados os requisitos mencionados, os partidos têm direito a recursos do fundo
partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei (§3º, art.17 CF). Além
disso, também se beneficiam da imunidade tributária que veda à União, aos Estados,
Distrito Federal e aos Municípios, instituir imposto sobre o patrimônio, renda ou serviços dos
partidos políticos, inclusive suas fundações.

O STF declarou inconstitucionais os dispositivos da lei 9096/95 (Lei dos Partidos Políticos)
que instituíram a chamada "cláusula de barreira", a qual "restringia o direito ao
funcionamento parlamentar, o acesso ao horário gratuito de rádio e de televisão e a
distribuição dos recursos do Fundo Partidário" (Notícias STF 07.12.2006).

A inconstitucionalidade decorre da tentativa de condicionar o funcionamento parlamentar a


determinado desempenho eleitoral, comprometendo a participação dos pequenos partidos
que não gozam das mesmas condições que os demais.
O entendimento foi o de que tais dispositivos violam o art.1º, V, o qual prevê que um dos
fundamentos da República é o pluralismo político.

De acordo com entendimento do STF a fidelidade partidária deve ser respeitada pelos
candidatos eleitos. Em tese, aquele que mudar de partido sem o motivo justificado perderá
o cargo eletivo. A mudança de partido caracteriza o desvio ético-político e pode gerar
desequilíbrio no parlamento. Não deixa de ser uma fraude a vontade do povo. Daí decorre
que a mudança poderia ser feita por justa causa, como foi o caso do Deputado Federal
Clodovil Hernandez. Com a morte do Deputado surgiu a questão de saber se o suplente
deveria ser do partido pelo qual ele se elegeu ou do novo partido em virtude da mudança
por justa causa.

O STF pronunciou-se no seguinte sentido: EMENTA: CONSTITUCIONAL. ELEITORAL.


FIDELIDADE PARTIDÁRIA. TROCA DE PARTIDO. JUSTA CAUSA RECONHECIDA.
POSTERIOR VACÂNCIA DO CARGO. MORTE DO PARLAMENTAR. SUCESSÃO.
LEGITIMIDADE. O reconhecimento da justa causa para transferência de partido político
afasta a perda do mandato eletivo por infidelidade partidária. Contudo, ela não transfere ao
novo partido o direito de sucessão à vaga. Segurança denegada. (MS 27.938, Rel. Min.
Joaquim Barbosa. j. 11.03.2010, Plenário, DJE de 30.04.2010.

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