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UM NOVO OLHAR – Desde Outra Perspectiva

Somos parte do Universo! Ao assumir que formamos


parte de um Universo cujas leis também nos incluem e em
absoluta referência interna, começamos a integrar essas
leis em uma aplicação pessoal. Tornando-nos receptores
conscientes de leis universais, permitimo-nos transcender o
estado de humanos apegados em crenças, mitos, dogmas,
ideologias e liturgias, para tornar-nos Auto Referentes e
livres das polaridades.

As regras do jogo

Será que conhecemos de fato as regras do jogo da vida?

Observar nossa parte inconsciente, quer dizer, dar-nos conta de nossos medos e
conflitos, nos fará conscientes, esta é a saída do labirinto. Compreender quais são as
regras do jogo da vida, fará que nossa carga emocional e existencial se alivie.

De modo geral compreendemos a vida como um lapso temporal entre o nascimento e


a morte do ser físico/biológico. E definimos a vida desde parâmetros fáceis de
reconhecer, tais como, exitosa, abundante, etc., ou desgraçada, cheia de carências.

Quando viemos a essa experiência física desde pequenos fomos sendo condicionados
para querer alcançar a vida exitosa e fugir da desgraça. Parece óbvio, é lógico, você
deve estar pensando, pois bem, hoje necessitamos saber que isso que chamamos
vida tem uma lógica, segue uma ordem, que é diversa do que até agora se acreditava.

Desse modo, o primeiro que precisamos saber é que tudo segue um ordenamento
prévio, não há casualidade, há causalidades. Não existe caos sem propósito, toda
causalidade é um propósito, um para quê. Uma finalidade, que nos escapa da
compreensão superficial.

Temos passado nossa existência em sobreviver, em ter mais de tudo: mais saúde,
mais bens materiais, mais família, mais amizades, mais coisas como sinal de êxito.
Estamos convencidos que esse é o objetivo da vida, quando nossa experiência
transcorre num amplo estado de bem estar.

O que queremos sustentar aqui é que a lógica que está oculta, que opera por trás
dessa experiência induz que aja crescimento, que todos evoluamos. Mas, evoluir para
onde, em que sentido? Até assumir a verdadeira realidade, como entender a lógica
que opera toda existência. Para isso necessitamos deixar um espaço para outras
possibilidades, que não são aquelas que nossas crenças, dogmas e liturgias nos
apontam.

Somos seres multidimensionais, que se identificam apenas com seu plano mais
concreto, o corpo. Aí está a distorção, nossa cegueira, já que há uma grande parte
nossa que ignoramos, que desconhecemos e é aquela que tem todas as soluções e
todas as respostas às perguntas de nossa vida. Aliás, é mais que isso, é nossa parte
que contém a pergunta que operacionaliza a realidade/resposta que vemos. Por tanto,
se aceitamos que somente existe o que veem nossos olhos, a informação que
recebemos dos meios de comunicação de massa, a informação que recebemos na
escola, na família; teremos uma perspectiva muito pequena do “filme”.

Dado que fomos condicionados desde infantes, com os ideais do correto e incorreto,
do que é ter êxito e que é ser fracassado, o que é bom e o que é mal, etc., é normal
validar o mesmo esquema repetitivo. Quando se cumprem os objetivos que marcam o
programa ideal, respiramos aliviados imaginando que temos uma boa vida.

Cremos que viver bem é cumprir com os objetivos idealizados e socioculturalmente


convencionados. De repente algo falha, um problema de saúde, perda de emprego,
morte de um ente querido, uma separação, um fracasso econômico e nosso mundo
desmorona; porque segundo o desenho idealizado de vida que temos em mente isso é
uma desgraça e o rechaçamos, nos deprimimos.

O que precisamos compreender é que ante uma situação de conflito, de algo que
vivemos como um problema, a saída é diferente do que pesávamos até agora, com
outra lógica. Todo contexto conflitivo é um recurso didático.

Primeiro: aceitar que a capacidade de perceber de maneira diferente é mais


importante que o conhecimento acumulado até agora e mais, as crises que nos
ocorrem têm como propósito que transcendamos expandindo nossa consciência.
Assim foi que o planeta e tudo que nele existe evoluiu ao longo de sua historia, caos
ordem, caos ordem... e nesse processo nos tornamos o que somos, sem que nos
déssemos conta disso.

Segundo: as coisas não acontecem em nossa vida de forma arbitrária, o que nos
ocorre tem uma mensagem, é um impulso para evoluirmos em consciência. Por tanto,
devemos deixar um espaço em nós, considerando essa possibilidade.

No modelo de navegação que cada um de nós tem da vida, quando surge algo que
nos parece um problema, sempre há duas opções: resistir-nos e fugir ou,
compreender, aceitar e evoluir um degrau mais.

Quando ocorre algo que a nosso juízo consideramos “um mal” se põem em marcha
pensamentos e emoções que chamamos negativas, que nos fazem entrar em situação
estressante, nos resistimos, não queremos sofrer e isso nos divide internamente.
Compreender como “funcionamos” é a primeira chave para resignificar o que
entendemos como vida.

A negatividade, o medo, são mensageiros de um novo desafio em nossa vida, não


seguir com a crença de que os conflitos são um mal que devemos evitar, é uma forma
de fazer consciente nossa parte inconsciente. Como dizia C.G. Yung: “Enquanto nosso
inconsciente não se torna consciente, o subconsciente continuará comandando nossa
vida e a isso chamamos destino”.

Nossa biologia tem recursos para restabelecer o equilíbrio, porém quando começa
esse programa biológico ao que chamamos enfermidade e, dada a nossa ignorância a
respeito, isso nos coloca mais desesperados e evita que o equilíbrio se produza. O
corpo não cria malignidades, somente coloca em marcha programas para resolver de
forma biológica os conflitos percebidos.
O exposto até aqui nos leva a duas conclusões a considerar:

Assumir de verdade que a vida não é preocupar-nos por tudo e sim, estar dispostos a
soltar crenças e condicionamentos limitantes e dar-nos conta de quais são os
princípios universais que regem a existência. Para isso é fundamental estar
conscientemente disponível a mudança, aceitando o que vem, seja o isso que for.

Dar-se conta de que esse jogo, chamado vida nos pede colocar-nos disponíveis,
aceitar, auto-observar-nos e transcender as situações; isto nos levará a uma nova
versão de nós mesmo. Para isso devemos responsabilizar-nos pelo que ocorre em
nosso dia-a-dia e integrar os verdadeiros códigos universais que regem essa
existência. Ser responsáveis corresponde a conhecer nosso propósito original.

Uma dica: as crenças que seguimos e que viemos validando desde que nos
entendemos como pessoas, tipo: “a vida é uma luta”, “ostentar-nos para demonstrar
que valemos”, “se esforçar para ser sempre positivo”, não fazem mais que
obstacularizar nosso crescimento como seres livres que originalmente somos, é tempo
de desaprender, deixar as idéias cristalizadas e esses enlatados mentais para trás.

A saída desse labirinto é para dentro, já que todo poder vem de nosso interior, que
ainda não provamos e desconhecemos inteiramente. Demo-nos a oportunidade,
permitindo-nos pensar que as coisas podem ser de outra maneira, iremos descobrir
um mundo novo nessa outra via, cheio de potenciais. Para isso é preciso que nos
treinemos em outras práticas cotidianas, já que levamos toda vida sendo
condicionados para sentir-nos pequenos, dependentes de algo ou alguém externo e
limitado.

Já é tempo de assumir quem realmente somos, não consumir mais tempo em sentir-
nos vitima, passamos da etapa de buscar “fora” a solução de nossos problemas ao
momento de dar-nos conta que as respostas vêm de nosso interior e do futuro; esse é
o mapa que nos dá a Lei do Desdobramento do Espaço/Tempo, um mapa para
transitar pela vida como protagonistas e não como coadjuvantes. Isso é semelhante ao
Mito da Caverna de Platão.

O convite é para liberar-nos das amarras e sair do conhecido, para respirar ar puro e
entrar num espaço que nunca havíamos imaginado, mas que desde sempre existia e
que nos era encoberto por toda sorte de distrações para que não nos déssemos conta
de quem realmente somos para servir de massa de manobra a quem quer que seja o
interessado.

Nesse processo é fundamental que realizemos nossa própria aventura de


descobrimento, começando por aprender a escutar-nos, para ter coerência e não estar
dividido internamente entre o que queremos dizer e o que realmente dizemos. A partir
daí desperta um poder original que temos, para manifestar nossa criatividade e
construir um melhor futuro.

Com a compreensão de ser e não ser, desejando seu melhor sempre.

Marino Fank

WWW.AcademiaNovoSer.blogspot.com.br

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