Você está na página 1de 169

IHCIDEMCIA DE.

HAWIFESTAÇÕES P A T O L ~ G I C A S
EH UNIDADES ESCOLARES M A REGIAO DE
PORTO ALEGRE
- R E C O M E M D A Ç ~ E SPARA PROJETO, E X E C U C Ã Q
B MAWUTENÇÃO -

RUY ALBERTO CREMOWINI

Dissertação apresentada ao corpo docente do Curso de


Pós-Graduação em Engenharia C i v i l d a E s c o l a de E n g e n h a r i a da
Universidade F e d e r a l do R i o Grande do S u l , como p a r t e d o s r e -
q u i s i t o s p a r a a o b t e n ç ã o d o t i t u l o ie MESTRE EM ENGENHARIA.

Porto Alegre
M a r ç o d e 1988
E s t a d i s s e r t a ç ã o foi julgada adequada p a r a a obtenção
do t i t u l o d e MESTRE EM ENGENHARIA e a p r o v a d a em s u a f o r m a f i -
n a l pelo O r i e n t a d o r e p e l o Curso de Pós-Graduação.

Prof. S y l l a s G r a z i d /
Orientador

Coordenador do Curso d e P6s-Graduação em Eng-Civil

BANCA E X A M I N A D O R A

- Prof, S y l l a s Grazia
M . S c . p e l a Southern Methodist University

- P r o f . Paulo Roberto do Lago Helene


Doutor p e l a USP/SP

- P r o f . R e i n a l d o R o e s c h da S i l v a
M.Sc. p e l a Universidade d e Montreal
AGRADECIMENTOS

A o s p r o f e s s o r e s q u e contribuíram p a r a a e l a b o r a ç ã o

d e s t e trabalho.

Ao C N P q e C A P E S q u e contribuíram s o b a f o r m a d e

b o l s a de e s t u d o s , n o p e r i o d o 8 5 / 8 7 .

iii
.*.
L I S T A DE FZGURAS.c........-....-...................+.~...,.~..YL1L

L I S T A DE T A B E L A S . - -

RESUMO ......... i . . . . i . . .

1. C O N C E I T O S BAsIcos.,..........~.........~ . .. ... I
1.1. Desempenho ......................... ..*..*.... 1

1.1.1. Definiçao
- ..................... .......... 1
A #

1,1.2, E x i g e n c i a s d o U s u a r i o .............*.e....d.... 2
1.1.3.
,.,
Condiçoes de Exposiçao
- ........................ 5
1.1.4. ~ é t o d od e E s p e c i f i c a ç ã o p o r D e s e m p e n h o . . - -.... 6
i.2. Durabilidade. .................................
- ...... 1 2
1.2.1. Definiçao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 2
1.2.2. A s p e c t o s ~ c o n Ô r n i c o s d a Durabilidade.. ......... 14
1.2.3. D u r a b i l i d a d e como c r i t é r i o d e Deçernpenho.,.,..l6
1.2.4.
-
Previsao da Vida O t i l . . - . . - . . . . . . . . . . . - . . . . .1 9
1.
-
Manutençao ...,,.........,,.. ....... , . . .2 3
1.3.1.
-
D e f i n i ç a o .............. ......, ...... 2 3
1.3.2. S i s t e m a s d e M a n u t e n ç ã o .......... ..... . . - 2 5
1.4. P a t o l o g i a ..................... ....... .......... 30
1.4.1. Definiçao
-............-.....................*.. 3 0
1.4.2. O P r o c e s s o C o n s t r u t i v o .......... ...... 3 0
1.4.3. ~ l a s s i f i c a ~ ãd o s D e f e i t o s ....,... .. .... 3 1
1 . 4 . 3 , 1 . Q u a n t o a O r i g e m ...................... 3 1
1.4.3.2. Quanto as C a u s a s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 3
1.4.3.3. Quanto 2 ~ v o l u ~ ã cn io T e m p o ........... 3 3
1.4.3.4. Quanto ao Desempenho A f e t a d o . - - 34
1.4.3.5. Quanto aos P a r t i c i p a n t e s do
Projeto .............................. 3 4
1.4.4. Incidência de ~ a n i f e s t a ~ õ e ~s a t o l õ ~ i c .a.s. . . . . 36
v
1.4,5, lIiagnÓs t i c o d o s D e f e i . t o s .......
2 . LEVANTAMENTO DAS L N C L D ~ N C I A S ........*.*. .........
2.1. I n r r o d u ~ a .o . * . . . . . . . . * . . . . . . . . *
w
.......
M e t o d a l o g i a ..........................
4

2.2. Criterios e
2.2.1. ~ u a n t i f i c a ~ ã doa s T i p o l o g i a s d e P r o j e -
tos Arquitetonicos
*
............................ 4 3
2.2.2. R e v i s ã o dos Q u e ç t i a n ~ r i o s... ........ . . 4 4
. T a b u l a s ã o e ~ n á l i s ed o s D a d o s ........ ...*......5 3
2.3.1. V a l i d a d e d a s R e s p o s t a s O b t i d a s .. .. - 5 3
2.3.2. ~ n á l i s ede D a d o s .............. ... 5 5

3.1. A p r e s e n r a ~ ã ocios R e s u l t a d o s . ......... .. . . . . . .5 7


3.2. ~ n á i i s e dos R e s u l t a d o s
-
.... ..................... 6 1
3.3. Manifestaçoes m a i s G r a v e s .. ...*............-....... 63
3.3.1. Quanto a Segurança E s t r u t u r a l * . . . . . . . . . . . . 6 3

3 . 3 . 2 . Quanto a o F u n c i o n a m e n t o . . ..... .... 6 4


3.3.3. Quanto a o Custo.. ...*.. . . . .6 8

4.1. Segurança E s t r u t u r a l .......................... m . s * m m e 7 8

4.2. F u n c i o n a m e n t o ........................... . . . . . . 80
4.2.1. C o b e r t u r a ( t e l h a 6 e c a l h a s ) ..... .... 8 1
4 . 2 . 2 . P i s o s ( s o a l h o s ) ..................... .... 8 3
4.2.3. I n s t a l a ç õ e s ~ l é t r i c a se ~ i d r á u l i c a ...
s .... 8 5
4.3. C u s t o s . .................................... .... 9 0
4.3.1. D e f e i t o s e m P i n t u r a ...... ....... .... 9 0
4.3.2. Obras E x i s t e n t e s e Novas ............ .... 9 3
4.4. S i s t e m a d e ~ a n u t e n ç ã ad e p r é d i o s E s c o l a r e s ... . .95
4.4.1. D e t e r m i n a ç ã o d e Cuç t o d e M a n u t e n ç ã o
de Paredes de M a d e i r a ............... .. . . 9 7
4.4.1. L . Idade a t é 20 anos ........ ..97
4.4.1.2. Idade i g u a l a 2 0 a n o s ................ 1 0 3
4.4.2. Degradação
~ ~ u a ~ Õdee s dos C o m p o n e n t e s
de ~ d i f i c a ç õ e sE s c o l a r e s............
4.4.2.1. ~ n â l i s ed o s Resultados.. .....
ANEXO I .L I S T A DE ESCOLAS UTILIZADAS N O
LEVANTAMENTO DE IMCLDENCIAS ........................ 1 1 3
A N E X O 11 .QUESTIONARIO UTILIZADO N O L E V A N -
TAMENTO DE INCIDENCLAS ...........................1 1 9
A N E X O 111 .MATRIZ-RESUMO E QUESTIONARIO
KODIFICADO P R O P O S T O .............................. 1 4 3
BIBLIOGRAFIA .................................................150
LISTA DE FIGURAS

1.1 - ~ é t o d od e a p l i c a ç ã o d o c o n c e i t o d e d e s e m p e n h o . . . .
1.2 - E s q u e m a de s i s t e m a dinamico.
*
.....................
1.3 -
-
Funçao desempenho x t e m p o . . ..................-.
1 . 4 - ~ n f l u ê n c i ad a d u r a b i l i d a d e no c i c l o d e v i d a
C

economica da e d i f i c a ç a o . .
d

............................. 15
1 . 5 - ~ n f l u ê n c i ad a d u r a b i l i d a d e n o s c u s t o s g l o b a i s
d a edificaçao
P
.

......................................... 15
1 . , 6 - V a r i a ç z a d a s p r o p r i e d a d e s d o s m a t e r i a i s com a
t e m p o .....,.......ll..................m......,......~.2~
1.7 - ~ n l fu ê n c i a d o s s e r v i ç o s d e m a n u t e n ç ã o no e n v e -
l h e c i m e n t o dos componentes da e d i f i c a ç a o . .
*
............ 2 1
1.8 - Metodologia p a r a a avaliação da d u r a b i l i d a d e d e
*
materiais d e c o n s t r u ç ã o de base o r g a n i c a ..............22
1 . 9 - T i p o s de c u r v a s de d e s e m p e n h o . . . . , . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 4
-
1.10 - T i p o s e p r o c e d i m e n t o s de s e r v i ç o s d e manutençao.. ..... 2 6
1.11 - ~ n â l i s ed e c u s t o s e . s e r v i ç o s d e m a n u l e n ~ ã o ............ 2 9
1.12 - ~ n c i d ê n c i ad e m a n i f e s t a ç õ e s p a t o l Õ g i c a s n a
#

Belgica ..................................,*,,...,
1.13 - E s t r u t u r a g e r a l p a r a s o l u ç ã o d e problemas p a t o l ó -
gicos. ..................................

3.1 - Número de mani£estaçÕes p o r elemento


w
d a edificaga~...................~..............~~~~+~~o
3.2 - P o r c e n t a g e m d e manifestações p a t o 1 6 g i c a s p o r ele-
mente d a
-
edificaçao............,..........,,,.,..,,...61
3.3 - I n c i d ê n c i a de c u s t o s p o r elementos d a e d i f i c a F ã o - - - - - . 69
3.4 - 2'articipação p e r c e n t u a l d e custos p o r elemento
da edificaçao
- ................................... ,...h9
3.5 - ~ n c i d ê n c i ad e c u s t o s p o r e l e m e n t o s d e e d i f i c a ç G e s
e s c o l a r e s em m a d e i r a ............................
viii
3.6 - 1ncidêncj.a de c u s t o s p o r elementos de e d i f ica-
-
çoes escolares em a l v e n a r i a ....,...........,m.........73
3,7 - F ' a r t i c i p a ç ã o p e r c e n t u a l d e c u s t o s p o r elementa
d e edificaçÓes e s c o l a r e s em madeira ...........
3.8 - I ? a r t i c i p a s ? i o p e r c e n t u a l de c u s t o s p o r e l e m e n t o
d e e d i f i c a ç Õ e s e s c o l a r e s em alvenaria.. .......

-
~ d e n t i f i c a ~ ãe o c , o r r e ~ a od e d e f e i t o s e m f u n d a ç õ e s
tipo pilarete ................................... ..79
Identificasão e c o r r e ç ã o d e d e f e i t o s e m cobertura.....81
~ d e n t i f i c a ç ã oe c o r r e ç ã o d e d e f e i t o s e m s o a l h o s . . . . . 83
ldentEficação e
-
c o r r e ~ a od e defeitos em i n s t a -
-
laçoes eletricas....................,..-..e...
~ d e n t i f i c a ~ ãe o c o r r e ç ã o de d e f e i t o s e m i n s t a -
-
laçoes h i d r ~ u l i c a s . . . . . .......................
Curva d e d e g r a d a ç ã o t e ó r i c a para um cornponenre..
P r o c e s s o de cálculo de c u s t o s d e m a n u t e n f ã o .....
Ajuste d e regressão linear s i m p l e s para p a r e d e s
d e madeira. .....................................
A j u s t e d e regressão l i n e a r rnÜltipla para p a r e -
des de madeira ..................................
T e s t e g r á f i c a d e normalidade das r e s í d u o s ( p a p e l
de p r o b a b i l i d a d e ) - para paredes d e m a d e i r a . . . . .
~ o n s t â n c i ad o e r r o da e s t i m a t i v a p a r a
g a r c d e s d e madeira. ...........................
LISTA DE T A B E L A S

1.1 - Agentes a g r e s s i v o s As e d i f i c a ç õ e s e s e u s c o m p o -
n e n t e s . . . . . . . . . . . . . , . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . , ....
1.2 - Fatores de degradação .....................
1 . 3 - Levantamentos d a s c a u s a s dos defeitos na
edificaqão .....................................
1.4 - T i p o d e manifestação em conjuntos habitacionais
em SZo P a u l o ...................................

Capitulo i

2 . 1 - U n i v e r s o das Escolas d e Porto Alegre .............


p.2 - Cornposiqão d a amostra das Escolas d e Porto Alegre
u t i l i z a d a s no e s t u d o ... .........

? ' - M a n i f e s t a ç õ e s p a t o l d g i c a s e m p r é d i o s e s c o l a r e s d~
Porto Alegre ................................
3.2 - Comparação e n t r e p a r t i c i p a ç ã o p e r c e n t u a l de
manifestações e custos ..........................
3.3 - i n d i c e d e I m p o r t a n c i a p a r a o s elementos da e d i f i -
cação ..............................................
S.4 - Cornparaqão d e custos para e d i f i c a ç õ e s d e m a d e i r a
c alvenaria .....................................

Capitulo 4

4 . 1 - Recomendaçães para prevenção d e d e f e i t o s em fun-


daqões t i p o s pilaretes ..........................
4.2 - Recomenda5ões para prevenção de d e f e i t o s e m
cohertura ...................................
4.3 - Recornendaqões p a r a p r e v e n ç ã o d e d e f e i t o s p m
sualhos.. ... ... c . ~ . . . . * ~ , ~ . . ...........
4.4 - Recomendações p a r a prevenção de d e f e i t o s em
instalações elerricas . . . . . . . . , . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . . . - - - -8 8.
4.5 - R ~ c o m e n d a q õ e s para p r e v e n ç ã o d e d e f e i t o s e m
i n s t a l a ç õ e s h i d r 8 u l i c a s . . . . . . . . . . . . . . . . - . . . . . . . . . . . . . 6 -8-9.
4.6 - Correlação entre umidade relativa e execução d e
pintura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . . . . . . . . , . . . . . . . . 9 3
4.7 - D e f e i t o s e m pintura - recomendações para r e c u p e -
r a ç ã o e p r e v e n ~ ã o d e d e f e i t o s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
.
4.8 - Percentuais d e d e f e i t o s em paredes d e madeira . . . . . . . . . . 98
4.9 - Equações d e degradação d o s componentes da e d i -
f i c a ~ ã oe r e s u m o d a a n ã i i s e e s t a t i s t i r a ................ 104
RESUMO

Este estudo tem como objetivo f o r n e c e r subsidias p a r a


o desenvolvimento d e um sistema d e manutenção de prédios públi-
cos escolares, a partir d e informações fornecidas pelos usu8-
rios.

Visando estabelecer as b a s e s t e ó r i c a s para o e s t u d o


f o i r e a l i z a d a a r e v i s ã o b i b l i o g r Q fi c a , a b o r d a n d o as discipliiles
a t u a l m e n t e aplicadas à construção c i v i l ( ~ e s e r n p e n h o , Durabili-
dade e V i d a Ú t i l , Manutenção e P a t o l o g i a ) .

A p a r t i r dos resultados obtidos pelo levantamento


de incidCncias, foram i d e n t i f i c a d a s e d i a g n o s t i c a d a s a s m a n i -
E e s t ~ ç õ e çq u e f o s s e m m a i s s i g n i f i c a t i v a s e m r e l a ç ã o a a s p e c t o s
de s e g u r a n g a estrutural, funcionamento e custos.

Finalmente, foram desenvolvidas curvas d e d e g r a d a ç ã o


para o s componentes da e d i f i c a ç ã o , a s p u a i s foram u t i l i z a d a s
para a proposta de um sistema d e manutenção.
ABSTRACT

This s t u d y a i m s to p r o v i d e b a s i s f o r t h e d e v e l o p m e n r
o £ a maintenance s y s t e m f o r s c h o o l b u i l d i n g s in P o r t o A l e g r e ,
b a s e d on user's information.

A bibliographic r e v i e w w a s c o n d u c t e d ln t h e f o l l o w
fields o f building science (Performence Concept, Durability
and Service L i f e , Maintenance and Pathology). This enabled
the establishment o f the theorical b a s i s f o r t h e ç t u d y .

The most important d e f e c t s i n a number o £ school


buikdlngs w e r e d i a g n o s t i c a t e d ( S t r u c t u r a l S a f e t y , F u n c i o n a m e n t ,
Costs).

Finally, degradation curves f o r building c o m p o n e n t s


were developed. L h e s e c u r v e s were u s e d f o r t h e propasal o£ a
maintenance system.

xiii
A s e d i f i c a ç Õ e s s ã o c o n s t i t u i d a s d e m a t e r i a i s , que
q u a n d o e x p o s t o s a s c o n d i ç õ e s d o m e i o e d e u s o s e d e g r a d a m , de-
v e n d o p o r t a n t o s e r e m r e s t a u r a d a s e r n a n t i d a ç e m condições de
funcionamento.

Estes servifos d e manutenção i m p l i c a m em r e c u r s o s


f i s i c o s e f i n a n c e i r o s , e s e g u n d o S E E L E Y ~p~o d e m c h e g a r a 4 0 %
d a f o r ç a d e t r a b a l h o a n u a l e m p r e g a d a n a c o n s t r u ç ã o c i v i l na
Inglaterra. N o B r a s i l d e v i d o a s c o n d i ç õ e s de d e s e n v o l v i m e n t o
t é c n i c o , c u l t u r a l e s o c i a l , e s t e v a l a r p o d e s e r a i n d a maior.

A s a t i v i d a d e s d e manutenção e x e c u t a d a s ao longo d a
v i d a G t i l de u m a e d i f i c a ç ã o s ã o e m s u a m a i o r i a r e p e t i t i v a s e
c í c l i c a s , o q u e j u s t i f i c a a d e s e h v o l v i m e n t o d e s i s t e m a s d e ma-
nutensao, v i s a n d o o t i m i z a r a utilização de r e c u r s o s . Esta
o t i r n i z a ç ã o s e d á a t r a v é s do c o n h e c i m e n t o d a s c u r v a s d e d e g r a -
d a ç ã o d o s e l e m e n t o s d a e d i f i c a ç ã o , s e n d o p o s s i v e l com i s t o p r e -
v e r c u s t o s d e m a n u t e n ç ã o a n u a i s , bem como e v i t a r a p r o p a g a ç ã o
de defeitos, corrigindo-os logo que s u r j a m . I n f e l i z m e n t e no
B r a s i l , a m a i o r i a d o serviços de m a n u t e n ç ã o s o m e n t e
-
sao rea-
lizados a p õ s a c o n s t a t a ç ã o d a e x i s t ê n c i a d e d e f e i t o s , q u a n d o o
estágio d e degradação é e l e v a d o . É comum s e r e m n a t i c i a d a s in-
terdiçGeç d e p r z d i o s pÍiblicos devido a condições de
manutenção, o que além d e ampliar o s c u s t o s financeiros i n c i d e
em custos s o c i a i s , já que p r é d i o s f e c h a d o s deixam d e
atender a população.

U m s i s t e m a d e m a n u t e n ç ã o d e v e s e r a d a p t a d o as e o n d i -
ç Õ e s de e x p o s i ç ã o , a l é m de s e r e s p e c í f i c o 2 t e c n o l o g i a emprega-
d a na e d i f i c a ç ã o , o u s e j a , d e v e e x i s t i r u m s i s t e m a p a r a p r é d i o s
d e a l v e n a r i a e o u t r o p a r a p r é d i o s d e madeira. O s i s t e m a d e va-
n u t e n ç ã o d e v e s e r t a m b é m a d a p t a d o as funções dos p r é d i o s , cada
u m com s e u u s u á r i o e s p e c í f i c o .

xiv
A a d a p t a $ ã o a o meio e s p e c í f i c o é f e i t a a t r a v é s d e
#

l e v a n t a m e n t o s de m a n i f e s t a ç õ e s p a t o l ó g i c a s , a p o s a i d e n t i f i c a -
ç ã o d a s r i p o l o g i a s d e p r o j e t o que compõem o universo d e e ç t u d o
e e l a b o r a ç ã o d e curvas d e degradação dos d i v e r s o s componentes.
A t r a v é s d o s l e v a n t a m e n t o s d e manifestações é p o s s í v e l c o n h e c e r
os principais defeitos, e c o m isto s u b s i d i a r p r o c e d i m e n t o s de
identificação e b e m como p o s s i b i l i t a r a p r e v e n ç ã o .

C o m d a d o s o b t i d o s a p a r t i r d e um c o n v ê n i o f i r m a d o
e n t r e a S e c r e t a r i a d e Interior e Obras ~ G b l i c a s - R S ( S D O ) e o
Curso d e P Õ S - ~ r a d u a ~ ã em
o Engenharia C i v i l - Construção ( N O R T E ) ,
f o i r e a l i z a d o o l e v a n t a m e n t o e identificação d a s p r i n c i p a i s ma-
i a i f e s t a ç õ e s p a t o l Ó g i c a s em . p r é d i o s e s c o l a r e s l o c a l i z a d o s e m
P o r t o Alegre.

Baseando-se n e s t e levantamento, e s t a dissertasão o b j e t i v ~


d i a g n o s t i c a r a s r n a n i f e ~ t a ~ õ emsa i s g r a v e s , c o n s i d e r a n d o a s g e c -
t o s de s e g u r a n ç a e s t r u t u r a l , f u n c i o n a m e n t o e c u s t o , a l é m de e s -
t a b e l e c e r a s b a s e s p a r a o d e s e n v o l v i m e n t o d e u m s i s t e m a d e ma-
nutenção de prédios e s c o l a r e s ,

No c a p í t u l o I s ã o a b o r d a d o s o s c o n c e i t o s atuais d a s
disciplinas d a Construção C i v i l , o u s e j a : D e s e m p e n h o ; Durabilidade
e v i d a Ú t i l ; ~ a n u t e n ç ã o ;Patologia, v i s a n d o a p a r t i r d e r e v i s ã o
b i b l i o g r á f i c a e s t a b e l e c e r as b a s e s t e ó r i c a s d o e s t u d o .

No c a p í t u l o f I são apresentadas a metodologia e critG-


rios que foram utilizados para o levantamento e processamenlo
dos d a d o s .

No c a p i t u l o I11 o s r e s u l t a d o s s ã o a n a l i s a d o s i n i c i a -
l
m e n t e d e f o r m a g e r a l , e e m s e g u i d a i d e n t i f i c a n d o e d i a g n o s t i c a-
n
do a s m a n i f e s t a ç õ e s que c o m p r o m e t a m a s e g u r a n ç a e s t r u t u r a l e o
f u n c i o n a m e n t o n o r m a l d a s e s c o l a s , b e m como , c o n t r i b u a m s i g n i f i -
c a t ivamente nos custos d e m a n ~ t e n ~ ã o .

No c a p i t u l o ZV são apresentadas recomendaç6es para


projeto, e x e c u ç ã o e manutenção p a r a o b r a s n o v a s e j á executa-
das. A s recomendações foram baseadas nas manifes taçÕes desta-
cadas n o c a p Í t u l o anterior. N e s t a e t a p a do e s t u d o t a m b é m é
p r o p o s t a a b a s e p a r a a e x e c u ç ã o d e um s i s t e m a d e m a n u t e n ç ã o .
D e u m a maneira geral, o e s t u d o c o n s e g u i u atingir o s
objetivos, ou s e j a , i d e n t i f i c a r as m a n i f e s t a ç Ó e s p a t o l õ g i c a s
e m edificações e s c o l a r e s , f a z e r recomendações para p r o j e t o ,
execução e manutenGão e f i n a l m e n t e e s t a b e l e c e r as curvas de
d e g r a d a ç ã o para o s componentes da edifícação.

Os r e s u l t a d o s o b t i d o s foram s a t i s f a t Ó r i o s e v á l i d o s ,

embora o s d a d o s p o d e r i a m t e r s i d o o b t i d o s d e maneira a i n d a m a i s
rigorosa a p a r t i r de m o d i f i c a ç õ e s no q u e s t i o n á r i o u t i l i z a d o e
na f o r m a de preenchimento, s e n d o p o s s í v e l a p a r t i r d a i e l a b o r a r
s i s t e m a d e manutenção abrangentes a t o d o s o s t i p o s d e edifica-
-
çao.

xvi
1. C O N C E I T O S B'ÁSLCOS

1.1. Desempenho

-
Nas ú l t i m a s d é c a d a s s u r g i r a m muitas i n o v a ç o e s nas áreas
d o c o n h e c i m e n t o humano, e n t r e e l a s a i n d G s t r i a d a construção
civil. Novos produtos e novas t e c n o l o g i a s começaram a s e r usa-
d a s , e i n s ~ b s t i t u i ~ ã do
o tradicional sem q u e se tivesse total
conhecimento d e s u a s c a r a c t e r í s t i c a s p r i n c i p a i s . E s t e fato f e z
-
q u e as u n i d a d e s c o n s t r u E d a s com as i n o v a ç o e ç s e c o r n a s s e m um
l a b a r a t 8 r i o em e s c a l a real, e c o n s e q ü e n t e m e n t e f a z e n d o com
que a s e u u s u á r i o f o s s e o p r i n c i p a l p r e j u d i c a d o , no c a s o d e u m
possível fracasso d a inovação.

Nos m é t o d o s t r a d i c i o n a i s de construção, os materiais


e técnicas c o n s t r u t i v a s s ã o d e f i n i d o s p r e v i a m e n t e p e l a s e s p e c i -
ficasÕes e c a d e r n o s de e n c a r g o . Este p r o c e s s o s e torna f á c i l
q u a n d o o s materiais usados t e m s u a s c a r a c t e r í s t i c a s conhecidas
e as t e c n o l o g i a s d e s e n v o l v i d a s a o longo d o s anos. Entretanto,
quando as materiais e as t e c n o l o g i a s s ã o novos, o processo nao
-
C

e o mesmo, f i c a n d o o p r o j e t i s t a na d i l e m a d e u s a r a s i i i o v a ç Õ e s
sem c o n h e c ê - l a s e cair n o p r o b l e m a d e s c r i t o a n t e r i o r m e n t e , o u
nao fazer uso de inovações, r e s t r i n g i n d o com i s t o o d e ç e n v o l v i -
mento tecnolÕgico,

P a r a que n ã o o c o r r e s s e m p r o b l e m a s d e s t e t i p o , começou-
s e a procurar u m a forma d e a v a l i a ç ã o q u e p e r m i t i s s e a c o m p a r a ç a o
-
e n t r e as n o v a s t e c n o l o g i a s e as t r a d i c i o n a i s . Urna t e n t a t i v a f o i
rcZacianar funções a s e r e m c u m p r i d a s p e l a s e d i f i c a ç Õ e s , s e u s e l e -
mentos e c o n p o n e n t e s , não e s p e c i f i c a n d o q u a i s os meios p a r a
atingí-las .
J; u t i l i z a n d o este princgpio, o C S T C ~ d i z que o meio
mais efi de c o l o c a r d i v e r s a s s o l u ç õ e s o u a l t e r n a t i v a s p a r a
um p r o b l e m a e m m e s m o p é de i g u a l d a d e no m o m e n t o d a e s c o l h a , c o n -
s i s t e e m s u b s t i t u i r as e s p e c i f ã c a ç Õ e s p r e s c r i t i v a s p o r uma a b r i -
gação d e r e s u l t a d o , o u s e j a , r e l a c i o n a r a s p r o p r i e d a d e s que de-
v e a p r e s e n t a r d e t e r m i n a d a a l t e r n a t i v a , e m condPsÕes d e u s o e ex-
posição d e f i n i d a s , p a r a q u e as n e c e s s i d a d e s d o s u s u â r i o s s e j a m
satisfeitas,

S e g u n d o o CIB w601°, o c o n c e i t o de d e s e m p e n h o é a n t e s
d e t u d o o p r o c e ç s o de p e n s a r e t r a b a l h a r e m t e r m o s d e f i n s a o
*
i n v é s d e m e i o s , o q u e n a o s i g n i . f i c a que o s meios s ã o d e s c o n s i d e -
r a d o s , mas que sua c o a s i d e r a ç ã o o c o r r e através d o s fins alcan-
çados.

d c o n c e i t o d e desempenho f a c i l i t a o t r a b a l h o d o p r o -
j e t i s t a que ao e s c o l h e r determinada s o l u ç ã o sabe o que e s p e r a r
dela, d e s d e q u e s u a s c a r a c t e r í s t i c a s tenham s i d o d e f i n i d a s p e l o s
fabricantes e se possivel avalizadas p o r Órgãos f i s c a l i z a d o -
r e s , os q u a i s f i c a r i a m r e s p o n s á v e i s p o r revisões p e r i õ d i c a s d a
manutençao d e s t a s c a r a c t e r í s t i c a s . Do p o n t o d e v i s t a d o f a b r i -
c a n t e , o c o n c e i t o também l h e 6 f a v o r á v e l , j á q u e i r á o b t e r u m a
c o n c o r r ê n c i a mais definida para seus p r o d u t o s , uma v e z q u e os
,..
r e s u l t a d o s esperados serao sempre função do meio d e exposição e
do u s u z r i o .

U m a definição bastante u t i l i z a d a é a d a d a p e l o CIB',


s e g u n d o a q u a l d e s e m p e n h o em s e u s e n t i d o m a i s a m p l o significa
cornpartamento em u s o , e c a r a c t e r i z a q u e u m p r o d u t o d e v e a p r e s e n -
t a r c e r t a s propriedades que o capacitem a cumprir s u a função
quando s u j e i t o a certas a ç õ e s , Portanto quando q u i s e r m o s e s t a -
b e l e c e r n í v e i s d e d e s e m p e n h o a serem a l c a n ç a d o s , d e v e - s e ini-
c i a l m e n t e d e f i n i r m u i t o b e m as n e c e s s i d a d e s o u e x i g ê n c i a s d o s
u s u á r i o s e a s c o n d i F Ó e s de e x p o s i ç ã o .

As e x i g é n c i a s do u s u á r i o , s e g u n d o S O U Z A 3 6 s a- o as n e -
c e s s i d a d e s q u e devem s e r s a t i s f e i t a s p e l a e d i f i c a ç ã o . d e m a n e i -
r a q u e e s t e realize suas a t i v i d a d e s n o r m a l m e n t e .

P e l a s definições d e d e s e m p e n h o p o d e - s e notar que o


p r o c e s s o g i r a sempre e m torno do u s u á r i o e s u a s n e c e s s i d a d e s
p o r i s t o é i n t e r e s s a n t e d e f i n i r o q u e o u quem e l e e . Como u s u á -
r i o s , d e v e m s e r e n t e n d i d o s t o d o s o s e n v o l v i d o s com o e d i f í c i o ,
-
sejam h u m a n o s o u n a o , s e r e s v i v o s o u i n a n i m a d o s . Como e x e m p l o ,
em uma e s t u f a os u s u á r i o s s i 0 p l a n t a s , com n e c e s s i d a d e s i n e r e n -
r

tes ao s e u p r ó p r i o p r o c e s s o v i t a l ; p a r a um armazern, o u s u á r i o
p o d e s e r uma c a r g a d e c e r e a i s q u e n e c e s s i t e c o n d i ç õ e s d e e s t o -
cagem e s p e c í f i c a s .
Como u s u á r i o , d e v e m o s v e r n ã o s o m e n t e a q u e l e s eni c o n t a t o
d i r e t o com o e d i f z c i o , mas t a m b é m o e n t o r n o da e d i f i c a ç ã o , ou
seja, um e d i f í c i o a l t o p o d e v i r a f a z e r s o m b r a s o b r e o u t r o , di-
minuindo-lhe a insolação; uma f á b r i c a q u e e x p e l e fumaça t 8 x i c a
para a atmosfera pode causar problemas d e saúde a o s moradores
proximos, se n ã o forem p r e v i s t o s f i l t r o s d e c o n t r o l e d e p o l u i ç ã o
atmosférica.

A s e x i g ê n c i a s variam p a r a c a d a t i p o d e u s u á r i o , b e m
como c o n f o r n i e o tipo de p r é d i o , p o r exemplo os u s u á r i o s d e um
cinema t e m necessidades d i f e r e n t e s dos u s u á r i o s de um h o s p i t a l .

S e g u n d o o CIB", as exigências podem ser de a s p e c t o s


tzcnicos, fisiolÓgicos, psicológicos e sociolÕgicos. Os aspec-
tos t é c n i c o s s ã o a q u e l e s r e l a c i o n a d o s com o e d i f í c i o e m s i , t a i s
como: f a c i l i d a d e d e c o n s t r u ç ã o , c u s t o d e construção e utilização,
etc; os £ i s l o l Ó g i c o s são o s que i n f l u e n c i a m o u s u á r i o a nível
fzsico, como c o n d i ç õ e s de t e m p e r a t u r a , umidade, condições de
i Luminação. 0 s a s p e c t o s p s i c o l Ó g i c o s s ã o os r e l a c i o n a d o s com o
bem e s t a r m e n t a l d o u s u á r i o , p e r m i t i n d o q u e e l e d e s e m p e n h e s u a s
-
f u n ç a e s c o m a c o n c e n t r a ç ã o n e c e s s á r i a , ou s e j a , s ã o a q u e l e s q u e
-
c a u s a m s e n s a ç o e s o u i m p r e s s o e s des c o n f o r t á v e i s , corno e x e m p l o u m
L U ~ ~c o
On t z n u o e m n í v e i s s u p o r t á v e i s p e l o homem, mas q u e p o r
sua c o n s t â n c i a afeta o usuário; cores f o r t e s usadas e m p a r e d e s
de quartos o u salas destinadas a l e i t u r a o u e s t u d o , Finalmente
os aspectos s o c i o l Ó g i c o s são aqueles i m p o s t o s p e l a s o c i e d a d e ,
como p o r e x e m p l o a maior v a l o r i z a ç ã o d e uma e d i £ i c a ç ã o e m r e l a -
ção 2 una o u t r a , p o r estarem l o c a l i z a d a s em á r e a s consideradas
n o b r e s o u não,

Para abrigar o homem, a n o r m a 1 ~ 0 ~ ~ 6 l2i s4t a1 ~a s~ s e -


g u i n t e @ e~x i g z n c i a s e m r e l a ç ã o ã e d i f i c a ç ã o :
1. E x i g ê n c i a s d e E s t a b i l i d a d e
- e s t a b i l i d a d e e resistência e s t r u t u r a l

2. ~ x i ~ ê n c i ad se S e g u r a n ç a a o F o g o
- limitação do r i s c o do surgirnento e propagação d e
incêndios. ~ o n d i ~ õ ed se evacuação d o s u s u á r i o s

3 . ~ x i ~ ê n c i ad se Segurança a utilização
- s e g u r a n ç a d o u s u á r i o d u r a n t e o uso d a e d i f i c a ç ã o
e i n t r u s õ e s p o r animais e p e s s o a s e s t r a n h a s

4 . ~ x i ~ ê n c i ade
s Estanqueidade
- estanqueidade aos g a s e s , l í q u i d o s ou s Õ l i d o s

5 . ~ x l ~ ê n c i ade
s C o n f o r t o Higrotérnico
- t e m p e r a t u r a e umidade d o a r internos

6 . ~ x i ~ ê n c i adse P u r e z a do A r
- p u r e z a do ar e l i m i t a ç ã o d o s o d o r e s

7 . ~ x i g ê n c i a sd e C o n f o r t o V i s u a l
- claridade p a r a t r a b a l h o , d e s c a n s o e v i s t a do ex-
terior

8 . ~ x i ~ e n c i adse Conforta ~ c Ú s t i c o
- isolamento a c c s t i c o e níveis d e r u í d o

9. ~ x i ~ G n c i adse C o n f o r t o ~ á t i l
- r u g o s i d a d e , u m i d a d e e t e m p e r a t u r a das s u p e r f í -
cies

10. ~ x i g ê n c i a sde C o n f o r t o ~ n t r o ~ o d i n $ m i c o
- l i m i t a ç ã o de v i b r a ç ã e s e a c e l e r a ç õ e s e c o n f o r t o
n a s manobras dos componentes

1 1 . ~ x i g ê n c i a sd e Higiene
.
- abas t e c i m e n t o d e á g u a , e v a c u a ç a o d e m a t e r i a s u s a -
das

12. ~ x i ~ ê n c i ad se ~ d a ~ t a ~2 ãu ot i l i z a ç ã o
- número e tamanho d o s ambientes e a s r e l a F õ e s d o s
e s p a ç o s con c s e q u i p a m e n t o s

1 3 . ~ x i ~ è n c i ad es D u r a b i l i d a d e
- c o n s e r v a ç ã o dos elementos e componentes
1 4 . Economia
- custo de c o n s t r u ç ã o e u t i l i z a ç ã o

A s e x i g ê n c i a s podem s e r d e 2 t i p o s : a b s o l u t a s ou tela-

tlvas. As p r i m e i r a s s ã o a q u e l a s q u e devem s e r s e g u i d a s , i n d e p e n -
d e n t e m e n t e d o u s u á r i o o u do u s o d a e d i f i c a ç ã o , como as r e l a c i o n a -
das à s e g u r a n ç a . J á as r e l a t i v a s p o d e m t e r d i v e r s o s n í v e i s de
e x i g ê n c i a , p o r e x e m p l o , e m uma e d i f i c a ç ã o d e c u s t o m a i s b a i x o
pode-se a d m i t i r um nível d e c o n f o r t o h i g r o t é r r n i c o m e n o r q u e o de
uma r e s i d ê n c i a d e l u x o , d e s d e q u e acima d o l i m i t e a c e i t á v e l p a -
r a a s a c d e do u s u á r i o .

A s e x i g ê n c i a s do u s u á r i o s ã o e m g e r a l d i s p o s t a s e m t e r -
mos q u a l i t a t i v o s , p o r e x e m p l o : "a e d i f icação d e v e p r o v e r c o n d i -
SÓes s a t i s f a t Ó r i a s de c o n f o r t o higrotérmico". Pode-se n o t a r q u e
com def i n i s Õ e s d e s t e t i p o t o r n a - s e d i f i c i l e s t a b e l e c e r q u a i s ni-
v e i s são a c e i t á v e i s ou não. O nível mrnimo p a r a o exemplo pode
s e r e s t a b e l e c i d o com conhecimentos d a f i s i o l o g i a humana, mas e s -
t a b e l e c e r quando é c o n f o r t á v e l o u não é a l g o b e m mais c o m p l e x o .
E s t e s n í v e i s podem v a r i a r com o m e i o ( c o n d i G Õ c s d e e x p ~ s i ~ ã o )e
c o n f o r m e a s e x p e c t a t i v a s do u s u á r i o . P o r exemplo, enquanto um
m o r a d o r e m u m p a í s d a B f r i c a p o d e a c h a r 3 0 ' ~ u m a t e m p e r a t u r a con-
f o r t á v e l , u m e u r o p e u n ã o s e contentaria c o m t e m p e r a t u r a s a c i m a d e
O
2 5 C, e s t e e u m c a s o de c o n d i ç õ e s de e x p o s i ç ã o d i f e r e n t e s . Quan-
to i e x p e c t a t i v a , e l a é v a r i á v e l conforme a c u l t u r a e o n í v e l só-
cio-econÔmico d a u s u á r i o . Com i s t o c o n c l u i - s e que os n í v e i s de-
vem s e r e s t a b e l e c i d o s conforme o meio e os u s u á r i o s . O CIB" su-
g e r e que o s n q v e i s s e j a m e s t a b e l e c i d o s conforme o s p e r c e n t u a i s
d a p o p u l a ç ã o s a t i s f e i t o s , p o r e x e m p l o começando p o r 9 5 % . Estes
n í v e i s s ã o c h a m a d o s p a d r õ e s d e desempenho.

A s c o n d i ç z e s de e x p o s i ç ã o s ã o constituídas p e l a s ações
a t u a n t e s sobre o e d i f í c i o o u componente durante sua v i d a Ú t i l e
p o d e m s e r de 2 t i p o s : d e v i d a s 2 fenomenos n a t u r a i s e d e v i d a s a
u i i l i z a ~ ã o do e d i f í c i o . As p r i m e i r a s s ã o as que t e m o r i g e m no
m e i o f í s i c o e p o d e m s e r a chuva, v e n t o , r a d i a ç ã o s o l a r , n e v e ,
e r c , , e n q u a n t o as o u t r a s s ã o as c a u s a d a s pelo f o g o , cargas perma-
nentes, i m p a c t o s , a t a q u e s d e produtos q u I m i c o s , e t c .

A norma ISO ~ ~ 6 2 4 1 l~i s~t ,


a o s agentes agressivos
conforme s u a n a t u r e z a , como m o ~ t r aa TABELA 1.1.

A ~ Ó S serem reconhecidas e e s t a b e l e c i d a s as condições


d e e x p o s i ç ã o , deve-se quantificá-las, p o r e x e m p l o uma c o n s t r u -
i n d u s t r i a l e s t á s u j e i t a a uma q u a n t i d a d e " x " d e determinado
p r o d u t o agressivo. O p a s s o é prever o comportamento d o
elemento p e r a n t e e s t a s condições. I s t o p o d e s e r feito d e manei-
It
ra d i r e t a , a t r a v é s d e e n s a i o s em l a b o r a t ó r i o , o u in s i t u " , o u d e
maneira t e ó r i c a através d e modelos f í s i c o s e matemáticos. Com
os resultados pode-se p r e v e r o c o m p o r t a m e n t o em u s o d e u m e l e -
mento e recomendá-lo p a r a u s o similares. É importante s a l i e n t a r
q u e s e um p r o d u t o é insufictente p a r a r e s i s t i r 2 u m m e i o , p o d e
s e r e x c e l e n t e p a r a o u t r o , ou m e s m o um meio d o mesmo t i p o , mas
com c o n d i ç õ e s d e exposição menos s e v e r a s , portanto com e x i g ê n -
c i a s menores.

1.1.4. ~ é t o d od e ~ s ~ e c i f í c a ~pãoor Desempenho

Para q u e s e j a f e i t a uma e s p e c i f i c a ç ã o p o r d e s e m p e n h o
d e v e - s e s e g u i r u m p r o c e s s o ordenado, d e forma a c o n c i l i a r a s
n e c e s s i d a d e s d o u s u ã r i o e as c o n d i ç õ e s d e e x p o s i ç ã o e m um e l e -
mento p o s s i v e l d e s e r m a t e r i a l i z a d o . O esquema a s e g u i r m o s t r a
que a a p l i c a ç ã o do c o n c e i t o d e d e s e m p e n h o é um processo c o n t í -
n u o , com e t a p a s bem definidas, conforme m o s t r a a F I G U R A 1.1.
T A B E L A 1.1 - A g e n t e s a g r e s s i v o s às e d i f i c a -
ções e s e u s componentes.

ORIGEM EXTERNA INTERNA

NATUREZA Atmosfera Solo Ocupação Projeto

1) AGENTES ELX-
N ICOS
1.1) Gravidade cargas de ne- pressão do sobrecargas cargas perm-
ve, gelo, solo, p r e ~ de u t i l i z a - nentes
ígua da chuva são da H20 $20

1.2) Esforços e pressão de recalques, esforços de retraçÔes,


de£o maç& cange lamento escorrega- manobra fluência ,
impostas cu de água, di- mentos forças e
restringi- latação
- tér- deformações
das mica e h i - impostas
gros cópica

1.3) Energia vento, grani- impactos g o l p e de


cinStica zo, impactos internos , ariete
externos abrasão

I. 4 ) vibrasões ruzdos exter- terremoto, ruídos in- r u í d o s dos


e ruzdos nos, rajadas tráfego, ternos, vi edif :cios,
de vento, tro vibrações brasões d e vibrações
voes, aeronal de máquinas maquinas dos edifí-
,
ves explosões externas internas cios

2 ) AGENTES ELE-
TRU-MAGNOTICOS
2.1) ~ a d i a ~ ã o radiação so- lbpadas e painéis
lar, radia- equipamen- radiantes
tividade t o s radia-
tivos

2.2) Eletrici- ~ l u m i n a ~ ~ o fuga de - distribuição


dade corrente de corrente,
eletricidade
estática

2.3) Magnetismo - campos mag- campos mag-


néticos néticos

(continua)
(continuasão T A B E L A 1.1;

ORIGEM EXTERNA INTERNA

NATUREZA Atmosfera Solo 0cupaÇão Projeto

3) AGEYTES ar quente, -
congelamen calor emiti- calor, fogo
TEMCOS congelameoto to, calor do p o r ci- por sobrea-
choques ter- do solo garros e ou- quecimento
miCOS instalações
troscom
tos us-
Obie- eletrrcas
tiveis defeituosas

4.1) Água e ar Úmido, água super


- respingos d i ç tribuição
So l v e n t es condensação f icial,
aguas ub-
de água, -
condens açao ,
be água,
aguas s e r v i -
das chuvas
t erranea detergentes, das, i.nf il-
alcool , trasão
1
- agua d e la
A

- potenciais
vanderia eletroquhi-
(~ipoclgri- cos p o s i t i -
to de sodio), vos
água oxige-
nada

4.31 Redutores sulfetos agentes com- agentes com-


bustcveis , bus t í v ~ i s ,
&ni a potenciais
eletroqu~mi-
cos negativos
- -

4.4) Acidos ácido carbÔ- ácido hi- vinagre, & i d o ?ulfG-


nico, escre- c o , Zcido acido c;- r i c o , acido
mento de carbonico trico carbõni c o
pássaros,
ácido s u l £Ú-
I
I rico

4 . 5 ) Bases - cales
( carbona-
soda cáustt-
ca, hidroxl-
hjdr8xido d e
sodio, cirnen-

I
tos) do d e po_tãs- t o s , cales..
s i o e arrionia
.
1 4.6) Sais névoa
salina
nitratos,
fosfatos,
cloreto d e
s õ d i o (sal)
cloreto de
cálcio, s u l -
I
clore tos, f a t o s , gesso
sulfatos

4 . 7 ) Neutros poeira, calcáreos / gorduras, gordura, Óleo:


fuligem silica Óleos, tin- poeira, f u l i -
taç, p o e i r a gem

I 5) AGENTES 010-
LOGIC~S
5.1) Misrorganis- bactérias bactérias, bactérias,
p i a n t a s do-
mos,vegetais mofos,
f uggos , mes ti cas
ralzes
5a2l Animais i'setos , roedores animais domes-
passaros t i c o ~ homem
,
.-.. --
.,.+,-
.-,
LA
-.
- - -- ..-----
-,
-. . -.. .....
i EYllEllClli
DO
USURRI O
H ED111C10
OU
ELEMENTO
]t-1 COHD ICOES
EXPlrSlCRO 1

F I G U R A 1.1 - ~ é t o d od e a p l i c a s ã o d o c o n c e i t o d e d e s e m p e n h o .

1 ) D e f i n i r as e x i g ê n c i a s d o u s u á r i o e a s c o n d i ç õ e s d e

As exigências c o n f o r m e j á v i s t o , v a r i a m com o u s u á r i o
e s ã o f u n ç ã o d o meio, s e n d o q u e o p r o d u t o f i n a l s e r á i n f l u e n c i a -
do diretamente p e l o grau de precisão conseguido n e s t a e t a p a .

11) E s t a b e l e c e r o s r e q u i s i t o s d e d e s e m p e n h o

Os r e q u i s i k o s de desempenho s ã o as c o n d i ç õ e s a q u e o
e d i f í c i o o u e l e m e n t o s devem a t e n d e r , Eles s ã o d i s p o s t o s e m t e r -
r1
mos qualitativos, p o r exemplo: a e d i f i c a ç ã o d e v e p r o v e r confor-
t o a c G s t i r o a o u s u á r i o , em n í v e i s c o m p a t í v e i s com s u a s n e c e s ç i -
dades de d e s c a n s o n o t u r n o , considerando as c o n d i ç õ e s d e e x p o s i -
ção l o c a i s " .

111) Q u a n t i f i c a r o s c r i t é r i o s d e d e s e m p e n h o

~ r i t é r i o sde desempenho s ã o o b t i d o s quando o s r e q u i s i -


tas s ã o d e f i n i d o s em termos q u a n t i t a t i v o s , p e l o e x e m p l o a n t e r i o r
p o d e ser a l g o d o t i p o " a e d i f i c a ç ã o , a t r a v é s d e seus elementos,
d e v e p r o v e r u m n z v e ~d e r u i d o interno d e 40 d B , considerando que
no e x t e r i o r e s t e valor a t i n g e 70 dB". Pode-se n o t a r q u e o s cri-
t é r i o s podem t e r níveis d i f e r e n t e s , p o r e x e m p l o a exigência in-
t e r n a p o d e ser d i f e r e n t e d e 40 d B . E s t a v a r i a ç ã o nos n í v e i s
-
e

c o n h e c i d a como p a d r õ e s d e d e s e m p e n h o e podem s e r o b t i d o s s e g u n -
d o HARRISOA" de 5 formas:

a) ~ l é t o d oS u b j e t i v o - conhecimento c i e n t í f i c o d e e s -
pecialistas.

a) Ensaios - ensaios d i s p o n í v e i s que fixam os n í v e i s


d e desempenho a serem a l c a n ç a d o s .

c) ~ n á l i s eF u n c i o n a l - b a s e a d a nas f u n ç õ e s d a e l e m e n -
to e e s t a b e l e c e r os c r i t é r i o s mais importantes.

d ) ~ n á l i s edo C o m p o r t a m e n t o em Uso - b a s e a d a n a dura-


b i l i d a d e , p r o b l e m a s p a t o l ó g i c o s , p e s q u i s a s com u s u á r i o s , e t c .

e) E s t u d o das Necessidades dos sua rios - b a s e a d o e m


e s t u d o s d a s n e c e s s i d a d e s dos u s u á r i o s e na t r a n s f o r m a ç ã o d e s t a s
e m critérios d e desempenho.

Q u a l q u e r um dos m é t o d o s p o d e s e r u t i l i z a d a p a r a e ç t a -
b e l e c e r o s c r i t é r i o s d e d e s e m p e n h o , conforme a n e c e s s i d a d e ou
g r a u d e c o n h e c i m e n t o , m a s e l e s d e v e m s e r os m a i s p r e c i s o s p o s s í -
veis, pois segundo HANDLER~ q u a n t o mais p r e c i s a m e n t e f o r e m
e s t a b e l e c i d o s o s c r i t é r i o s , m a i s facilmente p o d e r - s e - á verificar
o q u a n t o o s o b j e t i v o s f o r a m atingidos.

IV) ~ e t o d o sd e ~ v a l i a ~ ãdoe D e s e m p e n h o
~ernpor o b j e t i v o verificar s e n e l e m e n t o a t i n g e o u não
- o b j e t i v o e s p e r a d o e podem s e r :

a ) E n s a i o s e medidas p a r a d e t e r m i n a ç ã o d a s p r o p r i e d a -
d e s das elementos,

s ã o e n s a i o s feitos e m l a b o r a t G r i o , sem s i m u l a r c o n -
..
d i s o e s d e e x p o s i ç ã o , c o m o b j e t i v o d e c a r a c t e r i z a r as p r o p r i e -
d a d e s d o s materiais (resistência 2 -
compressao, condutibilidade
térmica, e t c . ) são f e i t o s p a r a propriedades que nao variam
c , a m o meio.
b ) E n s a i o s e m e d i d a s d e desempenho

N e s t e c a s o , as c o n d i F Õ e s d e e x p o s i ç ã o s ã o s i m u l a d a s
de f o r m a a s e o b t e r uma r e s p o s t a d a r e a l i d a d e do m e i a .
P o d e m s e r f e i t o s em campo o u e m l a b o r a t ó r i o , a t r a v e s d e p r o t 6 t i -
pos.

c) ~ á l c u l o steóricos

E e s t u d a d o o modelo t e ó r i c o d e c o m p o r t a m e n t o d o e l -
e
merito. Conhecendo o m e c a n i s m o p e l o q u a l u m p r o c e s s o o c o r r e , p a -
de-se d e t e r m i n a r o n i v e l d e d e s e m p e n h o alcançado, como e x e m p l o
c á l c u l o d a t r a n s m i s s ã o d e r u i d o s a t r a v é s de u m a p a r e d e d e alve-
n a r i a m a c , i q a com 2 5 c m d e e s p e s s u r a .

É a etapa f i n a l , a q u a l consiste na análise dos r e s u l -


tadas obtidos, c o m p a r a n d o - o s com o s d e s e j a d o s , o u s e j a , é a ve-
r i f i c a ç ã o do atendimento dos c r i t é r i o s d e d e s e m p e n h o propostos.
Com e s t a a n á l i s e , é p o s s í v e l e s t a b e l e c e r u m s i s t e m a d i n â m i c o com
, u e c o r r i j a as e t a p a s a n t e r i o -
um mecanismo d e r e t r ~ a l i m e n t a ~ ã o q
res. HANDLER" um m o d e l o q u e sintetiza e s t e s i s t e m a d a
s e g u i n t e forma:

FIGURA 1 . 2 - Esquema de s i s t e m a d i n % n i c o .
onde:

objetivos - são os r e q u i s i t o s de desempenho


(qualir a t i v o s )
*
padrões d e desempenho - sao os critérios de de-
sempenho (quantitativos)
condicionantes - os elementos e x t e r n a s (condiFÕes
d e e x p o s i ç ã o , clima, e t c . )

- E n t r a d a - os e l e m e n t o s u t i l i z a d o s p a r a a t i n g i r o s o b j e t i v o s

- Processo - transformação d a e n t r a d a

- s a í d a - r e s u l t a d o s obtidos a p a r t i r d a entrada e processo.

A r e ~ r o a l i r n e n t a ~ ãpoo d e a g i r n a e n t r a d a , m o d i f i c a n d o
os e l e m e n t o s u t i l i z a d o s e como conseqUência, m a d i f i c a n d o o p r o -
c e s s o e a s a í d a . P o d e m o c o r r e r casos e m q u e a s r e s p o s t a s o b t i -
d a s , m e s m o com m o d i f i c a ç õ e s n a e n t r a d a , não a t e n d a m o s c r i t é r i o s
propostos. Neste caso a r e t r ~ a l i r n e n t a ~ ãpoo d e a g i r n a s r e s t r i -
-
SOES, modificando-as e c o m i s t o iniciando u m n o v o p r o c e s s o .

1.2. Durabilidade

Durabilidade u m t e m a q u e vem g a n h a n d o d e s t a q u e n o s
Ú l t i m o s anos, p o i s d e v i d o as c o n d i ç õ e s e c o n ô m i c a s m u n d i a i s co-
meçou-se a p r o c u r a r produzir e d i f i c a ç Õ e s d e menor c u s t o . A di-
m i n u i ç ã o d o s c u s t o s p a s s o u a s e r fator d e d e c i s ã o nos p r o j e t o s ,
s e n d o q u e e s t e e s f o r ç o a t i n g i u t o d o s os c u s t o s d e u m a e d i f ica-
ç ã o , d e s d e a s u a c o n s t r u ç ã o a t é o fim d e s e u p e r i o d o d e u s o .
U m a f o r m a e n c o n t r a d a p a r a q u e tal d i m i n u i ç ã o f o s s e p o s s í v e l , foi
a p e s q u i s a e desenvolvimento d e m a t e r i a i s que fossem mais d u r á -
veis.
Para uma p r i m e i r a d e f i n i ç ã o de d u r a b i l i d a d e pode ser
a d o t a d a a p r o p o s t a por PIHLAJAVAARA~' segundo a q u a l , d u ~ ~ b i l < -
dade é a c a p a c i d a d e d e u m m a t e r i a l em r e s i s t i r a m u d a n ç a s em
suas propriedades. C o m e s t a d e f i n i ç ã o , c o n s e g u e - s e a p e n a s Ler
u m a i d é i a g e r a l s o b r e o termo, sem e n t r e t a n t o q u e s t i o n a r q u e t i -
p o d e mudanças s e r i a m e s t a s , e m que c o n d i ç õ e s e l a s o c o r r e r i a m ,
&!a q u a n t o t e m p o , etc.
N a r e a l i d a d e , durabilidadeé uma c a r a c t e r í s t i c a d i f l -
c i l de s e r a v a l i a d a , p o i s seu significado é relativo j á que um
m a t e r i a l c o n s i d e r a d o d u r á v e l quando exposto a determinadas con-
d i ç õ e s , p o d e n ã o o s e r e m o u t r a s , como e x e m p l o o s materiais f e r -
rosos exposeos a ntnicis f e r a s m a r i n h a s o u a t m o s f e r a s rurais.
B a s e a d o nisto o C L B ~ 8 0 ' d~e f i n e q u e durabiZidads não e u m a
q u a l i d a d e a b s o l u t a d o material, e s i m u m t e r m o q u e expressa a
p e r c e p ç ã o humana d a q u a l i d a d e , a qual m u d a c o m o m e i o .

T e n t a n d o agrupar as d i f e r e n t e s d e f i n i ç 6 e s e e n f o q u a s
pode-se citar C A R R U T H E R S ~ , segundo o qual durabilidade p o d e
s e r t r a d u z i d a c o m o d e s e m p e n h o no t e m p o , o u s e j a , & a c a p a c i d a d e
d e u m a e d i f i c a ç ã o e s e u s c o m p o n e n t e s em m a n t e r e m s e u s d e s e m p e -
nhos i n i c i a i s em n í v e i s mínimos a c e i t á v e i s , q u e s e r i a m o s limi-
t e s m í n i m o s p a r a o s q u a i s as a t i v i d a d e s d e s e n v o l v i d a s pelos
u s u P r i o s c o n t i n u e m a s e r p o s s í v e i s d e serem e x e c u t a d a s .

Com e s t a Ú l t i m a definição pode ser s o b r e p o s t a a d e


d e g r a d a p ã o d e um e l e m e n t o , o u seja, a p e r d a p r o g r e s s i v a d a capa-

c i d a d e p a r a p r e s t a r o s e r v i s o a que f o i e estabelecer
a funsão d e s e m p e n h o no t e m p o . Esta função é determinada pela
v a r i a ç ã o d e propriedades e s p e c z f i c a s rnensuráveiç dos m a t e r i a i s
( i n d i c a d o r e s d e degradação) ao l o n g o d o tempo, a t e atingirem
u m v a l o r limite m í n i m o , a b a i x o do q u a l a e d i f i c a s ã o o u c o m p o n e n -
t e não a t e n d e a s exigências mínimas d e desempenho, Quando e s t e
v a l o r é atingido, o c o m p o n e n t e p e r d e u s u a capacidada de ser-
viço.

FIGURA 1.3 - ~ u n ~ ãd eos e m p e n h o x t e m p o .


O tempo no q u a l a edificação e seus c o m p o n e n t e s man-
t e m s u a c a p a c i d a d e d e s e r v i ç o é definido como v i d a iitiz. O

CIE ~ 8 0 " d e f i n e v i d a Ú t i l como o t e r m o q u e t e m m a i o r c a p a c i d a -


d e d e d e s c r e v e r o período d e p o i s d a instalação, durante o q u a l
t o d a s as p r o p r i e d a d e s d e um material, c o m p o n e n t e ou s i s t e m a
a t e n d e m o u excedem o s n í v e i s mínimos aceitáveis. Com i s t o t o r -
na-se possivel a comparação e n t r e alternativas d e p r o j e t o viçan-
d o a l c a n ç a r maior d u r a b i l i d a d e da e d i f i c a G ã o , j á q u e o t e m p o se-
r; um f a t o r comum à todo c o m p o n e n t e q u e t e n h a s u a v i d a Ú t i l d e -
terminada.

A s p e c t o s ~ c o n â m i c o sd a D u r a b i l i d a d e

E m relafão a e s t e s aspectos, d u r a b i l i d a d e e s t á r e l a c i -
o
n a d a com a v i d a econômica d a edificação e componentes, a qual
n ã o n e c e s s a r i a m e n t e é igual a v i d a Ú t i l . C o m p o n e n t e s que
-
nao
s ã o mais I n t e r e s s a n t e s economicamente, p o d e m t e r a i n d a uma l o n g a
vida 3 t i l . Isto pode ocorrer d e v i d o a obsolescência t é c n i c a ,
mudança d e normas t é c n i c a s , aumento das e x i g ê n c i a s d o s u s u ~ r i o s ,
s u r g i m e n t o d e p r o d u t o s similares com c u s t o i n i c i a l e f i n a l m e n o -
r e s , etc. E s t e f a t o p o d e o c o r r e r a t é m e s m o com a e d i f i c a ç ã o in-
teira, CARRUTHEKS afirma que em prédios que t e n h a m s u a v i d a
econÔrnfca v i n c u l a d a tecnologia a q u e forem destinados, e l a po-
d e ser relativamente c u r t a , j á q u e um avanço muito r á p i d o desta
t e c n o l o g i a pode l e v á - l o a n ã o s e r v i r m a i s s e u p r o p ó s i t o i n i c i a l , c-
o

mo Por exemplo centrais telefÔniças, f á b r i c a s , e t c .

A n í v e l e c o n Ô m i c o não & e x i g i d o q u e u m c o m p o n e n t e Ce-


nha v i d a ú t i l l o n g a , e s i m que 2 nível d e r e q u i s i t o de d e s e m p e -
nho econÔmico seus custos i n i c i a l , operaçao, r e p a r o s e s u b s t i -
t u i ç ã o sejam c o m p a t í v e i s com a r e n d a d o u s u á r i o . O importante
é considerar a edificação e seus componentes d e n t r o d e um c i c l o
econômico, o qual e n g l o b a t o d o s o s c u s t o s i n c i d e n t e s d u r a n t e a
v i d a econômica d a e d i f i ~ a ~ ã oo,u s e j a , seus custos globais.

A d u r a b i l i d a d e dos componentes v a i a f e t a r o c i c l o d e
v i d a e c o n ô m i c a d a e d i f i c a ç ã o , como e x e m p l i f i c a RAKHRA 3 1 .
_ . - .__--._ ---

_ _ _ I - r

=I
FIGURA 1 . 4 - 1 n f l u ê n c i . a d a d u r a b i l i d a d e no c i c l o
d e vida e c o n ô m i c a d a e d i f i c a ç ã o .

As c u r v a s Do e D r e p r e s e n t a m c u s t o s d e r e p a r o s du-
1
r a n t e a v i d a econômica de 2 componentes, é interessante n o t a r
que os c u s t a s diminuem p e r t o d o fim da vida, d e v i d o a ~rernência
de s u b s t i t u i ç ã o o u demalição. A d i f e r e n ç a To' T1 representa o
quanto um material dura mais que o o u t r o . Os c u s t o s g l o b a i s se-
rão a s á r e a s s o b D e D respectivamente, mais o c u s t o d e repo-
o 1'
s i Ç ã o em To e TI, o s quais trazidos a v a l o r p r e s e n t e mastrarão
a melhor alternativa.

O mesmo a u t o r d e m o n s t r a a influência d a d u r a b i l i d a d e
d o s materiais nos c u s t o s g l o b a i s d a e d i f i c a ç ã o , analisando a
d e g r a d a ç ã o d o material.

F I G U R A 1 . 5 - ~ n f l u ê n c i ad a d u r a b i l i d a d e n o s
custos g l o b a i s d a e d i f i c a ç ã o .
C o n s i d e r a n d o q u e e m t o o s d o i s m a t e r i a i s tenham a*

m e s m a s p r o p r i e d a d e s f í s i c a s e q u e a p a r t i r d e s t e i n s t a n t e come-
- -rt
çam a s e d e t e r i o r a r a t a x a s r e r ' , a s c u r v a s y t -
y, e e
e
-rft
Y: = Y, r e p r e s e n t a m o p r o c e s s o d e d e g r a d a ç ã o . P e l o grã-
f i c o conclui-se que y' t e m maior v i d a Ú t i l q u e y e a á r e a e n t r e
as 2 c u r v a s indica o s ganhos financeiros em s e u s a r y ' . Ganhe-
cendo o c u s t o i n i c i a l d e y e yt, é possível determinar qual
material s e r á m a i s vantajoso financeiramente.

Como f o i v i s t o , e x i s t e m c a s o s em q u e p o d e s e r m a i s
c o n v e n i e n t e s u b s t i t u i r u m componente a l g u m a s v e z e s d u r a n t e a v i -
d a Ú t i l d o e d i f í c i o , a o invés d e u s a r um o u t r o c o m d u r a b i l i d a d e
m a i o r , e n t r e t a n t o com c u s t o i n i c i a l maior. A e s c o l h a d a melhor
alternativa pode s e r feita p o r métodos d e análise econÔmica
( v a l o r p r e s e n t e , taxa d e r e t o r n o , etc.) . Segundo C A R R U T H E R S ~ ,
o s elementos e o s componentes d a @dificação são de 2 t i p o s , a

saber: e - s t r u t u r a i s ou n ã n - e s t r u t u r a i s . Como e s t r u t u r a l & d e f i -


n i d o o e l e m e n t o ou c o m p o n e n t e que s e r e m o v i d o c a u s a c o l a p s o to-
t a l ou p a r c i a l da e d i f i c a ç ã o e p o r t a n t o deve t e r d u r a b i l i d a d e
no m í n i m o i g u a l 2 vida Útil da e d i f i c a ç ã o . JS os componentes e
elementos não-estruturais s ã o o s que podem s e r r e m o v i d o s s e m
a f e t a r a e s t a b i l i d a d e estrutural da edificação e podem a p a r t i r
d e e s t u d o s econÔrnicos t e r s u a s u b s t i t u i ç ã o p r o g r a m a d a .

1.2.3. D u r a b i l i d a d e como Requisito d e Desempenho

A etapa de p r o j e t o é o momento do processo construtivo


no qual os :iiaterials e componentes &o selecionados e a l o c a d o s , v i s a r t d o
p r o d u z i r uma e d i f i c a ç õ o com d e s e m p e n h o s p r e v i s t o s , e n t r e eles
d u r a b i l i d a d e e economia. P a r a tanto o p r o j e t i s t a deve ter co-
n h e c i m e n t o d a s c a r a c t e r í s t i c a s f í s i c a s d o s m a t e r i a i s e como s e -
r á s u a i n t e r a $ ã o com o meio.
No p r o c e s s o d e seleção d e m a t e r i a i s , deve ser l e v a d o
e m c o n t a o e s t a b e l e c i d o por GARDEN 1 8
, s e g u n d o o q u e n e n h u m ma-
terial é d u r á v e l ou n ã o , é a i n t e r a ç ã o dos elementos d o meio
c o m e l e que d e t e r m i n a s u a d u r a b i l i d a d e . Portanto para e x i s t i r
u m p r o c e s s o d e d e g r a d a ç ã o em andamento, d e v e m h a v e r a l g u n s e l e -
-
m e n r o s n o m e i o a g i n d o s o b r e o material, e n t a o e l i m i n a n d n nu @i-
miaimizando e s t e s e l e m e n t o s a d e g r a d a ç ã o s e r á d i m i n u i d a . Como
e x e m p l o , p o d e s e r c i t a d o o c r e s c i m e n t o d e colônias de f u n g o s e m
materiais o r g â n i c o s , e l e só ocorre quando existirem condições i d e a i s d e
temperatura e umidade ou f a l t a r o tratamento do material com
uma s u b s t â n c i a fungicida. O projetista prevendo o c o n t r o l e d e
q u a l q u e r um d e s t e s f a t o r e s e s t a r á c o m b a t e n d o o a p o d r e c i m e n t o e
c o n s e q l l e n t e m e n t e aumentando a d u r a b i l i d a d e d o m a t e r i a l .

O u t r o a s p e c t o i m p o r t a n t e s o b r e o q u a l o p r o j e t i s t a de-
ve t e r d o m i n i o , é o mecanismo de d e g r a d a ç ã o dos m a t e r i a i s , que
.--
o CIB/RILEM'~ define como o s p r o c e s s o s o u ressoes q u e levam a
mudanças no n í v e l d e d e s e m p e n h o d o s m a t e r i a i s , componentes ou
sistemas.

A d u r a b i l i d a d e v a r i a com o m e i o , o qual é d e f i n i d o co-


mo as c o n d i ç õ e s c i r c u n d a n t e ç , mas p a r a d u r a b i l i d a d e , G A R D E N "
c o n s i d e r a 3 níveis de a n á l i s e . O p r i m e i r o é o ambiente, o qual
e n v o l v e t o d a a e d i f i c a ç ã o e s ã o as c o n d i ç õ e s a t m o s f ~ r i c a s , car-
.
r e g a r n e n t o e uso; o s e g u n d o é a n z v e l m a c r o , i s t o é, a p o r ç a o do
material, a Última é .a n í v e l micro, ou s e j a , são a s e s t r u t u -
r a s m i c r o s c Ó p i c a s d o material. O mesmo a u t o r a f i r m a q u e n e s t e
Último é que i n i c i a m os processos de degradasão.

Como j á f o i analisado, p a r a q u e estes processos ocor-


ram é n e c e s s á r i o que e x i s t a m e l e m e n t o s d o m e i o a g i n d o s o b r e o
m a t e r i a l , ou s e j a , f a t o r e s de degradação. A ASTM E-63z1 d e f i n e
f a t o r e s da degradação como ' I q u a l q u e r g r u p o d e f a t o r e s e x t e r n o s
q u e p o s s a a v i r a f e t a r o desempenho d o s m a t e r i a i s , c o m p o n e n t e s
ou sistemas c o n s t r u t i v o s " . E s t a definição t a m b é m foi a d o t a d a
p e l o CIB-w~o", que r e l a c i o n a os f a t o r e s conforme mostra a
TABELA 1.2.

D e n t r e e s t , e s f a t o r e s , não s e p o d e d e f i n i r qual o mais


i m p o r t a n t e para a d u r a b i l i d a d e , já q u e eles terão s u a i m p o r t ã n -
cia v a r i a n d o com o meio.
T A B E L A 1.2 - F a t o r e s d e degradação ASTM E 4 2 3 - 7 8 .

1- F a t o r e s a t m o s f é r i c o s
-
~ a d i a ~ ã os o l a r
nuclear
térmica
o Temperatura - elevação_
diminuiçao
ciclos
Água - sólida
liquida
vapor
i C o n s t i t u i n t e s normais do ar - gases
neb l i n a s
partículas
Gelo
i Vento

2. Fatores b i o l Ó g i c o s
e Microorganismos
o Fungos
~actérias

3. F a t o r e s d e carga ( s t r e s s )
o E s f o r ç o s permanentes
i Esforqos cíclicos
i E s f o r s o s randÔrnicos
e A ~ f ~c s i cO a de água ( c h u v a , g r a n i z o )
e A ~ f~i s iOc a d e v e n t o
i Movimento de outros agentes

4. F a t o r e s d e incompatibilidade

5. F a t o r e s d e u s o
Projeto
e P r o c e d i m e n t o s d e i n s t a l a ç ã o e manutenção
e Desgaste
Abuso n o u s o
1.2.4. P r e v i s ã o de Vida Ú t i l

A r e l a s ã o de c a d a t i p o d e m a t e r i a l com o m e i o com o
q u a l e s t á e x p o s t o o r i g i n a u m p r o c e s s o de d e g r a d a ç ã o d i f e r e n t e e
portanto, p e r í o d o s d e v i d a Ú t i l também d i f e r e n t e s . Quando os
m a t e r i a i s s ã o o s t r a d i c i o n a i s é p o s s ~ v e lt e r m a i o r conhecimento
sobre suas d u r a b i l i d a d e s , entretanto com o s u r g i m e n t o d e no-
v o s m a t e r i a i s e componentes, o u m e s m o c o n d i ç õ e s do m e i o q u e s e
a l t e r a m ( r a d i a ç ã o nuclear, poluentes, e t c . ) e s t a t a r e f a n ã o é
fácil. Visando resolver e s t e problema tentou-se desenvolver
m e t o d o l o g i a s q u e d e s s e m r e s u l t a d o s c o n f i á v e i s dos p e r í o d o s de
v i d a G t i l e d a d u r a b i l i d a d e d o s m a t e r i a i s e componentes.

A s m e t o d o l o g i a s f a z e m u s o d e 2 t i p o s d e análise:

a) ~ n á l i s ed e ~ a b o r a t õ r i o
b ) ~ n ã l i s ed e Campo

E b a s e a d a e m t e s t e s desenvolvidos e s e d i v i d e m e m 2
partes: I) m e d i ç ã o d a taxa d e e n v e l h e c i m e n t o ; 11) t e s t e s d e
A primeira é f e i t a pela medição d a
e n v e l h e c i m e n t o acelerado.
v a r i a ç ã o a o longo d o tempo d e p r o p r i e d a d e s r e l e v a n t e s d o mate-
r i a l o u c o m p o n e n t e 1 6 , e m r e l a s ã o ao d e s e m p e n h o r e q u e r i d o na e d i -
f i c a s ã o , como e x e m p l o em uma t e l h a p l á s t i c a p o d e s e r m e d i d a a
v a r i a ç ã o d e s u a transparência.

Cada p r o p r i e d a d e t e m uma c u r v a d e v a r i a ç ã o a o l o n g o
do tempo, FARHI c i t a os s e g u i n t e s exemplos ( F I G U R A 1.6):
material muito durável em rela-

'1- - - -- - - - -
k
O
-6 d
Nivel
mlnimo
ção a e s t a propriedade.
exemplo, a resistência
do aço.
Corno
â tração

4
m'
-3 t

- material em que a propriedade


varia exponencialmente com o
tempo. Como exemplo, alonga-
mento na ruptura de b o r r a c h a
Nível sintética quando exposta ao
mSnimo calor,

- material c u j a propriedade de-


cresce regularmente até o co-
lapso repentino. Como exemplo,
a resistencia a impactos de PVC
Nivel expostos a radiações U.V.
mlnimo

- material que a p r o p r i e d a d e de-


cresce linearmente com o tempo,
como exemplo, a v a r i a ão da c o r
E
em elementos d e PVC r r g i d o

F I G U R A 1.6 - variação das propriedades d o s


m a t e r i a i s com o t e m p o .
N e s t e Ú l t i m o c a s o , como a v a r i a ç ã o é l i n e a r , é p o s s í -
vel d e t e r m i n a r o t e m p o d e c o r r i d o a t é que a p r o p r i e d a d e d o m a t e -
r i a l o u componente a t i n j a v a l o r e s i n f e r i o r e s a o nível m í n i m o ,
e n t r e t a n t o d e v e s e r c o n s i d e r a d a a influência d e s e r v i ç o s de ma-
n u t e n ç ã o s o b r e o componente. F L A U Z I N O ' ~ r e p r e s e n t a e s t a i n f l u ê -
n
tia na s e g u i n t e curva:

5L tempo

FIGURA 1.7 - ~ n f l u ê n c i ados s e r v i ç o s d e m a n u t e n ç ã o no e n v e -


. I h e c i r n e n t o dos c o m p o n e n t e s d a e d i f i c a ç ã o .

A o b t e n ç ã o das c u r v a s c a r a c t e r í s t i c a s d a v a r i a ç ã o d e
c a d a p r o p r i e d a d e % r e a l i z a d a através do a c o m p a n h a m e n t o d e en-
s a i o s r e a l i z a d o s em condições ambientais e t e m p o r e a i s , o u s e -
ja, a t r a v é s d a exposição dos materiais e c o m p o n e n t e s ao m e i o a
q u e e s t a r ã o e x p o s t o s , entretanto, em m u i t o s c a s o s , e s t e p r o c e s -
so é m u i t o lento. Para contornar situações q u e exigissem muito
tempo, foram desenvolvidos t e s t e s d e envelhecimento a c e l e r a d o .
E s t e s t e s t e s c o n s i s t e m na e x p o s i ç ã o d o s c o m p o n e n t e s o u mate-
r i a i s a c o n d i ç õ e s artificiais que simulem o meio real e para
q u e s e o b t e n h a m r e s p o s t a s mais r á p i d a s , o s f a t o r e s d e d e g r a d a -
ç ã o t e m s u a i n t e n s i d a d e aumentada,

As informações o b t i d a s n o s 2 p r o c e s s o s s ã o a n a l i s a d a s
c o n j u n t a m e n t e e com i s t o é p o s s í v e l c h e g a r a m o d e l o s m a t e m á t i -
c o s que traduzam a d e g r a d a ç ã o d o componente, s e n d o assim possi-
v e l o b t e r u m a e s t i m a t i v a d e sua v i d a Ú t i l q u a n d o e x p o s t o a d e -
terminado meio.
F L A U Z I N O ' ~c i t a a m e t o d o l o g i a d e s e n v o l v i d a p e l o IPT-
SP p a r a a v a l i a r a d u r a b i l i d a d e de m a t e r i a i s d e c o n s t r u ç ã o de
b a s e o r g a n i c a , a qual e s t á r e p r e s e n t a d a a s e g u i r .
i

I EWOSJCRO R0 I
'RI1 1 !MPs"ll
PRODUTO - BNTEÇ
DO ENUELHECIBEHTO

i
EWDÇICBO 10 EXFOSICRO Elt
EIVELHECIIEHPO ESTRCID DE
YEttMb EHUE H C tl silo
k*Ud
I RHRLISE DOS RESULTRDDS I
COLETR DE
BHDSYRRÇ RPDS
P I DOS D
EHVEEHPC~n ~ i F o

PIGUKA 1.8 - ~ e t o d o l o g i apara avaliação da durabilidade de


materiais d e construção de base orgânica.

6 importante salientar que embora e s t e s e j a um c a s o


e s p e c i f i c o , o m6todo p o d e ser considerado g e r a l , j á que na
m a i o r p a r t e d a s v e z e s e l e s a b o r d a m o p - r o b l e m a d a mesma f o r m a ,
OU seja:

- identificação das propriedades relevantes e dos


agentes agressivos;
- determinação d o c o m p o r t a m e n t o a n t e s e a p ó s o e n v e -
lhecimento n a t u r a l e a c e l e r a d o .

b ) ~ n á l i s ed e Campo

E s t e t i p o de e s t u d o ao invés de p r e v e r a v i d a Ú t i l d o s
materiais e componentes, c o n s t a t a a r e a l i d a d e ou s e j a , o quanto
o material se degrada. Com e s t a a n á l i s e é p o s s í v e l ter i n f o r -
m a ç õ e s d a d e g r a d a ç ã o dos m a t e r i a i s e m c o n d i F Ó e s r e a i s d e e x p o -
s i ç ã o , com t o d o s o s agentes agressivos a t u a n d o e i n t e r - r e l a c i o -
n a n d o e n t r e si.

A p o p u l a ç ã o de e s t u d o p o d e s e r u m a t i p o l o g i a d e pro-
jeto, com a m e s m a i d a d e ou uma d e t e r m i n a d a á r e a g e o g r á -
fica. A definição d o tamanho d a p o p u l a ç ã o e f e i t a por métodos
estatzs ticos.

Como inconveniente, e s t e m é t o d o s ó p o d e s e r a p l i c a d o
a m a t e r i a i s q u e tem suas p r o p r i e d a d e s e reaçoes com o m e i o bem
conhecidas. N o c a s o d o s m a t e r i a i s n o v o s , d e v e s e r e c o r r e r ao
n é t o d o d e s c r i t o anteriormente.

F A R H I ~ ~d e s t a c a que a g r a n d e v a l i d a d e d e s t a análise
& q u e e l a p o s s i b i l i t a a c h e c a g e m d o s r e s u l t a d o s o b t i d o s e m la-
b o r a t ó r i o c o m o s c o n s e g u i d o s no campo, o u s e j a , p e r m i t e v e r i f i -
car s e o l a b o r a t ó r i o e s t á r e f l e t i n d o a r e a l i d a d e .

1.3.1. Def i n i c ã o

As e d i f i c a ~ õ e ss ã o c o n s t i t u í d a s p o r d i v e r s o s t i p o s d e
materiais e componentes, os q u a i s , conforme j á a n a l i s a d o , so£rem
um p r o c e s s o d e d e g r a d a ç ã o quando em c o n t a t o c o m o meio. Este
p r o c e s s o l e v a a uma p e r d a d e desempenho da e d i f i c a ç ã o a t é q u e s e
a t i n j a um n z v e l mínimo, a partir d o q u a l s e c a r a c t e r i z a um d e -

feito.

A s a t i v i d a d e s r e a l i z a d a s nos e q u i p a m e n t o s , c o m p o n e n t e s
e i n s t a l a ç õ e s de uma e d i f i c a ç ã o , p a r a que e s t a c o n t i n u e 2 cum-
p t i r &a funçóes a q u e foi destinada, s ã o d e f i n i d a s p o r P E R E Z
rorno m a n l i t c n ~ ? o . E s t a s a t i v i d a d e s podem s e r d e 2 t i p o s : manu-
-
tenção p r o p r i a m e n t e dita que e n g l o b a as operaçoes d e l i m p e z a ,
s u b s t i t u i ç ã o d e componentes c o m v i d a Ú t i l l i m i t a d a e r e t i f i c a -
s ; ~ de d e f e i t o s s u r g i d o s durante q u a l q u e r e t a p a d a c o n s t r u ç ã o ;
&

renovaçao q u e s ã o a t i v i d a d e s r e a l i z a d a s d e maneira a restaurar


a edificação e s e u s componentes, d e v o l v e n d o - l h e s seus desempe-
nhos i n i c i a i s , o u e m alguns c a s o s m o d i f i c a n d o - o s , também p o d e m
s e r chamadas de atividades d e restauração ou r e c u p e r a ç ã o .

O p r o c e s s o d e d e g r a d a ç ã o d e um componente p o d e ser es-

t i m a d o a t r a v é s d e curvas d e desempenho no tempo. O conhecimento


d e s t a s c u r v a s permite f a z e r uma programação d e a t i v i d a d e s de ma-
n u t e n ç ã o e desenvolver s i s t e m a s d e m a n ~ t e n ~ ã o .

Podem e x i s t i r c a s o s e m q u e as c u r v a s d e d e s e m p e n h o s e -
j a m diferentes d a c u r v a característica, como s e vê a seguir:

FIGURA 1.9 - T i p o s d e curvas d e desempenho.

A curva A & o caso de uma edificação que so£reu uma


p e r d a r e p e n t i n a d e s e u desempenho, afastando-se d o t r a ç a d o da
curva c a r a c t e r i s c i c a , como p o d e s e r o exemplo d e ~ r é d i o sq u e
tenham seu u s o a l t e r a d o . A curva B a p r e s e n t a uma e d i f i c a ç á o n a
qual o d e s e m p e n h o 6 insatisfatÕrio desde o inicio d e s u a v i d a
Útil, e p o d e s e r o c a s o d e e d i f i c a ç ã e s q u e p o s s u e m erros no
p r o c e s s o construção.
O c o n c e i t o d e manutensão admite s u b d i v i s õ e s e SEELEY"
ciea as a d o r a d a s p e l a norma i n g l e s a ~ ~ - 3 8 I 1 .S e g u n d o ela, a
-
m a n u t e n s ã o p o d e s e r p l a n e j a d a ou n a o , preventiva o u corretiva.
P a r t i n d o d e s t a c l a s s i f i c a ç ~ o , a m e s m a BS-3811 define ~ a n u t e n ~ ~ o
P l a n e j ada P r e v e n t i v a como as a t i v i d a d e s r e a l i z a d a s durante a
v i d a G t i l d a e d i f i c a C ã o , d e maneira a p r e v e r o s u r g i m e n t o d e u m
d e f e i t o e a s s e g u r a r s u a continuação
-
em o p e r a ç a o . Manutenção
Plane j zda Corretiva s ã o as a t i v i d a d e s realizadas p a r a r e c u p e r a r
o desempenho r e q u e r i d o , que p o d e s e r f e i t o p o r uma r e s t a u r a ç ã o
ou por s u b s t i t u i s ã o d o componente. Manutenção não p l a n e j a d a , e
-
d e f i n i d a p e l a rnesna n o r m a como a s a t i v i d a d e s r e a l i z a d a s p a r a
-
r e c u p e r a r o desempenho, o q u a l f o i diminuído p o r açoes e x t e r n a s .

O fluxograma a s e g u i r é u m a adaptação do p r o p o s t o por


C U L V E N O R e DWYER e citado por BROMILOW~ e s i n t e t i z a as s u b -
d i v i s õ e s d a m a n u t e n F ã o (vide F I G U R A 1. TO).

1.3.2, Sistemas de ~ a n u t e n ~ ã o

A s a t i v i d a d e s d e manutenção e x e c u t a d a s ao l o n g o d a
v i d a d e uma e d i f i c a ç ã o s ã o r e p e t i t i v a s e c í c l i c a s . , O s s i s t e m a s
d e m a n u t e n ç ã o s ã o d e s e n v o l v i d o s d e maneira a o t i m i z a r a utili-
-
z a l a o dos r e c u r s o s f í s i c o s e f i n a n c e i r o s , a p a r t i r d e uma p l a -
nificação anterior.

L ~ N N define sistema de manutenção como u m p r o c e -


d i m e n t o c i c l i c o , no q u a l s ã o e x e c u t a d a s a ç õ e s p r e v i a m e n t e p l a -
n e j a d a s , objetivando o s seguintes a s p e c t o s :

- manutenção o u aumento d e u m p a d r ã o d e d e s e m p e n h o e s -
tabelecido;
- minimização d e custos;
- s a t i s f a ç ã o d o s r e q u i s i t o s d o s u s u á r i o s , no t o c a n t e
a o c o n f o r t o e r a p i d e z na r e s o l u ç ã o d o s p r o b l e m a s .

U m s i s t e m a d e manutenção e s t á r e l a c i o n a d o c o m a manu-
tenção preventiva, ou s e j a , a s a t i v i d a d e s d e manutenção são rea-
l i z a d a s a n t e s q u e o c o m p o n e n t e a t i n j a u m n í v e l d e d e s e m p e n h o in-
f e r i o r a o l i m i t e m í n i m o , i s t o é, antes q u e s e caracterize o de-
feito, P a r a que e s t a ação p r e v e n t i v a s e j a p o s s i v e l , é n e c e s s a - #

r i o t e r conhecimento d o s p o s s í v e i s d e f e i t o s dos componentes.


Eles podem s e r d e v i d o s a d e g r a d a s ã o n a t u r a l d o m a t e r i a l , b e m
como 2 causas e x t e r n a s , t a i s como erros nas e t a p a s d e p r o j e t o ,
&

e x e c u ç a o o u mau uso das i n s t a l a ç õ e s (vandalismo, f a l t a d e manu-


tenção, e t c . ) .

0 DEFEITO
RELATADO?

CDAP ENTE
Fl
I IirZHUT EHCBO
IORRIIIYI1
PLANEJRDR
I

F I G U R A 1.10 - Tipos e p r o c e d i m e n t o s d e s e r -
viços d e manutenção.
A d e g r a d a g á o n a t u r a l p o d e s e r estimada a t r a v é s dos
e s t u d o s d a d u r a b i l i d a d e d o s componentes q u e d e t e r m i n a m c u r v a s
d e degradaGão. Os defeitos devidos a causas externas são i d e n -
-
t i f i c a d o s a p a r t i r d e levantamentos d e c a m p o , o s q u a i s s a o ana-
l i s a d o s em b a s e s e s t a t í s t i c a s e p r o b a b i l í s t i c a s . E s t e s levan-
tamentos são feitos d e maneira a identificar as causas e o r i g e n s
d a s d e f e i t o s , d e f o r m a a p e r m i t i r um d i a g n ó s t i c o c o r r e t o d o p r o -
b l e m a e é p o s s i v e l c o m e l e s c o n s i d e r a r conjuntamente a d e g r a d a -
ç ã o n a t u r a l e o s d e f e i t o s d e c a u s a s externas.

Os s i s t e m a s de manutenção d e v e r i a m s e r i m p l a n t a d o s p o r
Órgãos responsáveis p e l a c o n s t r u ç ã o e m a n u t e n ç ã o d e e d i f í c i o s
públicos. C o m o I s t o e n v o l v e u m a enorme quantidade d e d a d o s , os
c o m p u t a d o r e s são d e g r a n d e v a l i a p a r a a i m p l a n t a ç ã o e g e r e n c i a -
2 9
mento d o s s i s t e m a s de m a n u t e n ç ã o . Para PETTITT os o b j e t i v o s
p r i n c i p a i s d o u s o d o s c o m p u t a d o r e s seriam:

- arrnazenamento e p r o c e s s a m e n t o d e t o d o s o s componen-
t e s q u e s o f r e r a m s e r v i ç o s de manutenção e analisar s e u s c u s t o s ;

- analisar a freqUência e r e p e t i t i v i d a d e dos serviços


d e manutenção, p a r a com i s t o p r e v e r f u t u r a s i n t e r v e n ç õ e s e f o r -
n e c e r inf o r m a ç Õ e s s o b r e o comportamento d o s c o m p o n e n t e s p a r a o s
' projetistas,

U m s i s t e m a d e manutenção d e v e s e r m o n t a d o , d e m a n e i r a
-..
a p o s s i b i l i t a r um p r o c e s s o d e r e t ~ o a l i m e n t a ~ ã oe c o r r e ç a o . Pa-
12
ra DAMEN , um s i s t e m a deve s e r visto como um " ~ u a d r o " que re-
f l i t a as c o n s e q U & n c i a s f í s i c o - f i n a n c e i r a s d e u m n í v e l d e m a n u -
t e n ç ã o p r e t e n d i d o , a p a r t i r d e determinadas suposiçÓes ( d e g r a -
d a ç ã o d o s materiais). Para u m a melhoria o u a j u s t e d o s i s t e m a
s ã o n e c e s s ;rios checagens e correções periÓdicas das supos ições,
v i s a n d o a d a p t a r o Quadro 5 s n o v a s c o n d i ç õ e s q u e d a í p o s s a m s u r -
gir.

P a r a a i m p l a n t a ç ã o d e u m s i s t e m a c o m p u t a c i o n a l d e ma-
n u t e n ç ã o , DAMEN 12 d i v i d e e s t e processo nas seguintes e t a p a s :

L. P r e p a r a ç ã o do b a n c o d e d a d o s

Para p r e t e n d e r implantar um sistema d e manutenção e


necessário antes d e t u d o conhecer o que v a i s e r mantido. Quais
tipos d e e d i f i c i o s ? Qual a quantidade d e cada t i p o ? , e t c .
N e s t a e t a p a a l é m d a catalogação dos edifícios, e s t e s s ã o d i v i -
d i d o s em elementos e posteriormente e m componentes. Exemplo:
cobertura ,+ calhas e condutores .+. c a l h a s -t calhas d e PVC.

2. inspeção e programas de p r i o r i d a d e s

inspeção d e c a m p o para v e r i f i c a ç ã o d o estado de


,.
conservasao d o s e d i f í c i o s e a v e r b a n e c e s s á r i a para a c o r r e ç ã o
dos d e f e i t o s . A p a r t i r d i s t o deve ser feita uma análise de
p r i o r i d a d e s , d e s t i n a n d o v e r b a s primeiro componentes d a n i f i c a -
dos que em r i s c o os u s u á r i o s o u q u e o adiamento do r e p a r o
leve a i s t o . E m s e g u n d o l u g a r , o s c o m p o n e n t e s q u e n ã o s e n d o re-
p a r a d o s afetem o funcionamento normal do e d i £ ; c i o , e finalmente,
e m t e r c e i r o lugar, o s r e p a r o s e s t é t i c o s e componentes f u n c i o n a i s
secundários.

3. p r e p a r a ç ã o dos p l a n o s d e manute.nção

E a e t a p a em q u e é p l a n e j a d a a p e r i o d i c i d a d e de
manutenção e m u m h o r i z o n t e d e t e m p o , com d a d o s o b t i d o s a p a r t i r
d a i n s p e ç ã o d e campo e c o n h e c i m e n t o d o c o m p o r t a m e n t o d o s mate-
riais. É u m p r o c e s s o , c o n f o r r n e a n a l i s a d o anteriormente. q u e d e -
ve permitir correçoes
- .
4 . ~ o c a ~ ãd eo r e c u r s o s

O s p l a n o s de manutenção n e s t a e t a p a s ã o t r a n a f o r m a -
dos e m c u s t o s . ~ l é md a s a t i v i d a d e s p r e v i s t a s d e v e s e r d e s t i n a d a
u m a v e r b a e x t r a p a r a a t i v i d a d e s que s a b e - s e q u e s e r ã o n e c e s s á -
r i a s , m a s não & p o s s í v e l e s t a b e l e c e r quando. 0s c u s t o s t o t a i s
s ã o d i s t r i b u í d o s ano à ano, e m u m p r o c e s s o d e f l u x o d e c a i x a .

A e t a p a final, na q u a l t o d o o s i s t e m a é i m p l a n t a d o
nos computadores. Cada componente e p a r t e d o e d i f í c i o t e m u m
c ó d i g o q u e o i d e n t i f i c a , acompanhado d e u m c á d i g o p a r a a a t i v i -
d a d e a s e r r e a l i z a d a e s e u c u s t o a c a d a ano.

E importante s a l i e n t a r q u e para u m p r o g r a m a d e manu-


t e n ç ã o ser i m p l a n t a d o , d e v e s e r f e i t a uma a n á l i s e f i n a n c e i r a d e
maneira a comparar os c u s t o s de i m p l a n t a ç ã o , -
execuçao e controle
com o s b e n e f í c i o s p a s s i v e i s d e serem o b f idos. Segunda PEREZ' 8,
deve s e r e s t a b e l e c i d o u m n z v e l o t i m o fia r e l a ç ã o c u s t o x b e n e f í -
cio.

custos totais d e manuten-


ção e reposição

ui custos de manutenção
O
W
V1
5
U

custos de reposição

L
- -.... , L .
n í v e l - d- e . m a- n.-
-. . . ,
utenção
...

F I G U R A 1.11 - ~ n ã l i s ed e c u s t o s e s e r v i ç o s d e m a n u t e n ç ã o .

A manutenção é u m a a t i v i d a d e q u e e n v o l v e e n o r m e q u a n -
tia,de recursos. N a E u r o p a , cerca d e 1 1 3 d o s g a s t o s n a c o n s t r -
u
são feitos em P a r a BROMILOW e T U C K E R ~ , os
c u s t o s d e m a n u t e n ç ã o e o p e r a ç ã o de u m e d i f z c i o c o m e r c i a l , d u r a-
n
te s u a v i d a Ú t i l , c h e g a a s e r i g u a l a o s c u s t o s d e c o n s t r u ç ã o .
V i s a n d o e l i m i n a r o u m i n i m i z a r ao máximo a m a n u t e n s a o , s u r g i u n a
I n g l a t e r r a n o s anos 70, u m c o n c e i t o novo, a t e r o t e c n o l o g i a , P e -
l a definição d e BROMLLOW e T U C K E R ~ ,t e r o t e c n o l o g i a é o u s o ótimo
de r e c u r s o s t é c n i c o s , f i n a n c e i r o s , a d m i n i s t r a t i v o s , e t c , , duran-
te a v i d a Ü t i l d a e d i f i c a ç ã o , principalmente n a s atividades que
ocasionam g a s t o s repetitivos. E u m a t e c n o l o g i a q u e l e v a e m con-
*
ta o projeto, a manutenção e os c u s t o s d o s componentes e p r e v e
, m a n e i r a a c h e g a r a uma com-
um m e c a n i s m o d e r e t r ~ a l i m e n t a ~ ã o de
i b i n a ç ã o q u e m i n i m i z e o c u s t o t o t a l o u m a x i m i z e os b e n e f í c i o s .

Existem programas computacionais que f a z e m a avaliação


d e a l t e r n a t i v a s p a r a a c o n s t r u ç ã o d e uma e d i f i c a ç ã o 2 ' . Estes
p r o g r a m a s t r a b a l h a m com t é c n i c a s de a n á l i s e f i n a n c e i r a ( v a l o r
presente, t a x a de r e t o r n o , etc.), permitindo a comparação das
alternativas.
1.4. patologia

Conforme j 2 analisado, as e d i f i c a ç õ e s , seus elementos


e componentes e s t ã o s u j e i t o s a uma p e r d a d e d e s e m p e n h o . Este
p r o c e s s o p o d e s e r n a t u r a l a t r a v é s d a degradação inevitável, ou
p o d e s e r a c e l e r a d o p o r q u a i s q u e r outras razões q u e t e n h a m o r i -
gem n a s d i v e r s a s e t a p a s do p r o c e s s o c o n s t r u t i v o . C o n f o r m e de-
finiçao a n t e r i o r , q u a n d o u m c o m p o n e n t e não a l c a n ç a mais u m n;-
v e l m i n i m o de desempenho e s t á c a r a c t e r i z a d o u m d e f e i t o .

N e s t e e s t u d o f o r a m c o n s i d e r a d o s d e f e i t o s a s manifes-
t a ç õ e s que n ã o s e r e l a c i o n a s s e m com a d e g r a d a ç ã o n a t u r a l , p o i s
e m b o r a c o n c e i t u a l m e n t e e l e s tambern s e j a m a s s i m d e f i n i d o s , p o r
razões m e t o d o l Õ g i c a ç p r e f e r i u - s e analisá-los relacionando-os
com durabilidade e v i d a Útil.

A patoZogia das e d i f i c a ç õ e s é a área da e n g e n h a r i a


que s e o c u p a dos e d i f í c i o s e componentes que p o r alguma r a z ã o
p a s s e m a t e r um d e s e m p e n h o i n ç a t i s f a t o r i o , f a z e n d o u m a a n á l i s e
d o s d e f e i t o s a t r a v é s d e s e u s s i n t o m a s ou m a n i f e s t a ç õ e s p a t o l 8 -
g i c a s , s u a s o r i g e n s e c a u s a s , mecanismos de o c o r r ê n c i a e c o n s e -

1.4.2. O Processo Construtivo

O p r o c e s s o construtivo e n g l o b a um total d e 5 e t a p a s ,
a saber:

- programação
- Projeto
- ~xecu~ão
- Materiais
- Utilização

A s d u a s p r i m e i r a s podem s e r a g r u p a d a s sob o c o n c e i t o
de concepção. A ~ r o ~ r a r n a ~é ã ao e t a p a o n d e s ã o d e f i n i d o s , apar
t i r das n e c e s s i d a d e s d o s u s u á r i o s , o t i p o d a e d i f i c a ç ã o e t i p o
de utilização. N a e t a p a d e P r o j e t o as i n f o r m a ç õ e s a n t e r i o r e s
s a o relacionadas c o m o meio t é c n i c o , e s c o l h e n d o c o m p o n e n t e s e
m a t e r i a i s q u e tenham c a p a c i d a d e d e cumprir o s d e s e m p e n h o s reque-
ridos. A e t a p a d e ~ x e c u ~ ã oe ,s t á r e l a c i o n a d a d i r e t a m e n t e com a
mio-de-obra, a c o r r e t a execução d o s s e r v i ç o s , bem como com o ge-
renciamento do p r o c e s s o . N a etapa de M a t e r i a i s , os materiais
são a c e i t , o s para serem u s a d o s , baseando-se em e s p e c i f i c a f Õ e s
t é c n i c a s e métodos d e e n s a i o . E s t a etapa pode ser considerada
i s o l a d a , d e v i d o a s u a i m p o r t â n c i a , o u c o n s i d e r a d a como p a r t e
d a s e t a p a s d e P r o j e t o e ~ x e c u ~ ã o .A Ú l t i m a e t a p a , U f i l i z a F ã o ,
#

e r e l a c i o n a d a d i r e t a m e n t e com o u s u á r i o , c a b e n d o a e l e a c o r r e -
-
t a u t i l i z a ç ã o d a e d i f i c a ç ã o , que compreende a o p e r a ç a o e a manu-
tenção d a e d i f i c a ç ã o e s e u s componentes.

U m p r o g r a m a q u e v i s e a diminuição o u eliminação d e p r -
o
b l e m a s p a t o l ó g i c o s , d e v e a g i r d i r e t a m e n t e nas e t a p a s do p r o c e s s o
c o n s t r u t i v o , b e m como c r i a r u m s i s t e m a d e c o n t r o l e d e q u a l i d a d e
e f i c i e n t e e m c a d a u m a delas. Um s i s t e m a p a r a s e r e f i c i e n t e d e v e
p r i n c i p a l m e n t e t e r b e m d e £ i n i d o o nível d e q u a l i d a d e q u e s e p r e -
t e n d e . alcançar.

1.4.3. Classificacão dos Defeitos

O s d e £ e i t o s a d m i t e m d i v e r s a s maneiras de c l a s s i f i c a -
ç õ e s e sub-divisões. E n t r e elas temas:

1.4.3.1. Quanto a Origem

Os d e f e i t o s p o d e m t e r o r i g e m em q u a l q u e r e t a p a d o p r-
o
c e s s o construtivo e sua i n c i d ê n c i a e s t á r e l a c i o n a d a com o n í v e l
d e c o n t r o l e d e q u a l i d a d e e x e c u t a d o nas d i v e r s a s e t a p a s . Segun-
d o L I C H T E N S T E I N ~ ~q,u a n t o m a i s p e r t o d o inicio d o p r o c e s s o o d e
-
f e i t o o c o r r e r , m a i o r s e r á a d i f i c u l d a d e de c o r r e ç ã o .

Analisando a s e t a p a s do p r o c e s s o c o n s t r u t i v o , p e r c e -
b e - s e q u e o s d e f e i t o s q u e tenham o r i g e m n a programação s ã o e m
g e r a l r e l a c i o n a d a s com c o n s i d e r a ç õ e s e r r ô n e a s d a s n e c e s s i d a d e s
i n d i v i d u a i s e s o c i a i s d o u s u á r i o , bem como u m a a n a l i s e i n c o r r e -
t a dos r e q u i s i t o s de d e s e m p e n h o a s e r e m c u m p r i d o s ela edifica-
,.
çao.
Os d e f e i t o s com origem no p r o j e t o podem s e caracteri-
z a r p o r : b a i x a q u a l i d a d e d e m a t e r i a i s e s p e c i f i c a d o s , incompati-
b i l i d a d e e n t r e diferentes materiais, detalhamento i n s u f i c i e n t e ,
e r r o de dimensionamento e outras.

N a e t a p a d e e x e c u ç ã o , o s d e f e i t o s $ 2 0 em s u a m a i o r
p a r t e r e l a c i o n a d o s com a q u a l i d a d e d a mão-de-obra, na f a l t a de
c o n h e c i m e n t o t é c n i c o d a e x e c u ç ã o c o r r e t a d o s s e r v i ç o s e n o con-
t r o l e d a aceitação d o s serviços executados.
C

Na e t a p a d o s m a t e r i a i s e onde o c o n t r o l e d e q u a l i d a d e
é i n c i s i v a , p o i s cabe a e l e a aceitação o u não d o s materiais q u e
serão u t i l i z a d o s , b e m como f i s c a l i z a r s e e l e s e s t ã o . de acordo
com o e s p e c i f i c a d o no p r o j e t o e s e s u a utilização e s t á s e n d o f e i -
ta d e forma correta.

Como utilizasão d e v e s e r e n t e n d i d o além d a o p e r a ç ã o do


edifício, a s u a manutenção correta. O u s u á r i o , p o r desinforma-
ç ã o p o d e s e r o c a u s a d o r d o s d e f e i t o s , q u e p o d e m s e r dos s e g u i n -
tes tipos: operação incorreta d e elementos, sobrecarga, u t i l i -
zaç& não p r e v i s t a do e d i f í c i o e f a l t a d e manutenção.

Diversos Ó r g ã o s d e p e s q u i s a têm e x e c u t a d o p r o g r a m a s
d e levantamento d e manifestações p a t o l Ó g i c a s , visando conhecer
a origem d o s principais problemas. Com p r o c e d i m e n t o s d e s t e t i -
p o , é poss:vel e x e c u t a r a ç õ e s q u e e l i m i n e m o u p e l o menos d i m i -
n u a = a s f a l h a s , o q u e e m termos econômicos é f u n d a m e n t a l , p o i s
s e g u n d o E L D R I D G E ' ~ , 115 dos g a s t o s a n u a i s d a i n d G s t r i a d a c o n s -
t rução c i v i l , s ã o d e s t i n a d o s a r e p a r o s d e d e f e i t o s ocasionados-
nas etapas d o p r o c e s s o construtivo.

E n t r e estes e s t u d o s , existe que f o i d e s e n v o l v i d o p -


o e
10 I B F (Alemanha O c i d e n t a l ) , em 1 9 7 8 , q u e a n a l i s a a o r i g e m d o s
problemas na Alemanha O c i d e n t a l e o compara com resultados ob-
t i d o s p o r o u t r o s p a í s e s l g (TABELA 1.3).

E m b o r a as amostras e o s variem para cada e s -


tudo, é interessante n o t a r q u e o s percentuais r e s u l t a n t e s se
a s s e m e l h a r a m , o q u e r e f o r ç a a i d é i a d e s e f a z e r um c o n t r o l e m a i s
e f i c i e n t e d a q u a l i d a d e e i n t e r r e l a ç ã o das e t a p a s d o p r o c e s s o
construtivo.
T A B E L A 1.3 - Levantamento d a s c a u s a s d o s d e -
f e i t o s n a edificação.

Origem dos defeitos


país casos r
Execu-
a,
.
Mate- U t i l i - '
.

do Projeto OUtrOç
riais zaçao
Alemanha 78 1567 40,l 29,3 14,5 100
Ocid.
9,o 7,l
,

I3élgica 74-75 1200 49,O 22,0 15,O 9,o 5,O 100


- .

Dinamarca 72-77 601 34,6 22,2


1 25,O 1 8,7
I 7,5 100
I
.-
~ o m ê n i a 71-78 83s 37,8 20,4 23,1 10,6 a,1 100

~ugoslávia 7 6 - 7 8 117 34,O 24,2 21,6 12,2 8,O 100


J o

14
1.4.3.2. Q u a n t o as Causas

P o d e m s e r d e 2 tipos:

a Externas - quando a s a g e n t e s c a u s a d o r e s s ã o e x t e r -
nos, i s t o é, não s ã o devidos 2 s condições c o n s t r u t i v a s . Podem
s e r a g e n t e s a t m o s f é r i c o s , c h o q u e s com e l e m e n t o s , e t c .

internas - -
s a o a s que t e m o r i g e m no p r o c e s s o cons-
t r u t i v o , e podem s e r d e 3 tipos:
- congênitas: quando t e m o r i g e m na c o n c e p ç ã o , o u
seja, p r o j e t o e programação;
- construtivas: quando tem o r i g e m n a s e t a p a s de
c o n s t r u ç ã o p r o p r i a m e n t e dito, i n c l u i n d o m a t e r i a l e mão-de-obra;
- uso:
quando s ã o o c a s i o n a d a s p o r u s o i n d e v i d o ,
s e j a por s o b r e c a r g a ou u s o não e s p e c i f i c a d o no p r o j e t o .

1.4.3.3. Quanto 2 ~ v o l u ~ ãnoo Tempo l 4

P o d e m s e r de 2 t i p o s :

Escacionaíia - quando não h á c o n t i n u i d a d e o u a g r a v a -


mento d e s e u e s t a d o .

9 Progressiva - s ã o a s que a p r e s e n t a m e v o l u ç ã o c o m o

tempo e podem s e r d e 2 t i p o s :
- finita: é decr-escente no tempo, com o d e s a p a r e -
cimento d a c a u s a , a f a l h a r e g r i d e , t e n d e n d o a s e r e s t a c i o n á r i a ;
- infinita: & c r e s c e n t e com o t e m p o .

1.4.3.4. Quanto ao Desempenha A £ e t a d o

~ l a s s i f i c a ~ áp o
r o p o s t a por F R E E M A N " e d i v i d i d a em 3
a s p e c t o s , s e m p r e b a s e a n d o - s e na importância do d e f e i t o e no
desempenho a t i n g i d o .

o Afetando a aparência - qualquer d e f e i t o que a f e t e a


s u p e r f z c i e d e n a t u r e z a estgtica.

Afetando a seguranqa - qualquer d e f e i t o que e n v o l v a


r i s c o d e v i d a (.aspectos e s t r u t u r a i s ) .

a Afetando a habitabilidade - d e f e i t o s que diminuam a


c a p a c i d a d e funcional d a edificação e n ã o s e enquadram n o s 2 a s -
ectos a n t e r i o r e s .

1.4.3.5. Q u a n t o a o s P a r t i c i p a n t e s do P r o j e t o

~ l a s s i f i c a ~ ãuot i l i z a d a p o r B E S S E Y ~ , q u e a n a l i s a o s
d e f e i t o s q u e podem t e r origem nas r e l a ç õ e s e n t r e os ~ a r t i c i p a n -
t e s d o p r o j e t o d e uma e d i f i c a ç ã o . Segundo o a u t o r , os p a r t i c i -
pantes e n v o l v i d o s podem s e r 7 , a saber: proprietário; agentes
f i n a n c e i r o s ; a u t o r i d a d e s governamentais r e s p o n s á v e i s por n o r m a s ;
-
p r o j e t i s t a s ; c o n s t r u t o r e s , e m p r e i t e i r o s e s u b - e m p r e i t e i r o s ; mao-
de-obra, f o r n e c e d o r e s d e materiais e componentes, usuários.
E n t r e os d e f e i t o s l i s t a d o s temos:

C a p i t a l i n s u f i c i e n t e p a r a as n e c e s s i d a d e s do edifí-
cio,
- A g e n t e s envolvidos: proprietário, agente f i n a n c e i -
ro, p r o j e t i s t a s .
- Manifestasão: ,.,
v i s a n d o e c o n o m i a na c o n s t r u ç ã o , s a o
f e i t o s c o r t e s e diminuições n a s e x i g ê n c i a s d o e d i f í c i o , a c a r r e -
t a n d o c u s t o s d e m a n u t e n ç ã o e l e v a d o s no f u t u r o e d e s e m p e n h o n ã o
satisfatÓrio do e d i f í c i o .
a E s c o l h a i n c o r r e t a d e materiais.

- A g e n t e s envolvidos: proprietário, projetistas,


f o r n e c e d o r de m a t e r i a i s .
- Manifestação: não conhecimento das características
e p r o p r i e d a d e s dos m a t e r i a i s p o d e levar a i n c o m p a t i b i l i d a d e d e
uso d e 2 materiais. Os d e f e i t o s podem s e m a n i £ e s t a r p e l a e s c o -
l h a e r r a d a d e u m material p a r a d e t e r m i n a d o m e i o , l e v a n d o s e m p r e
a uma p e r d a d e d e s e m p e n h o d a edificação.

e Consideração inadequada dos fatores arnbientais.

- A g e n t e s envolvidos: projetistas.
- ~ a n i f e s t a ~ ã o : a a n z l i s e errônea dos e l e m e n t o s d o
meio, s e j a e l e d a s u p e r f í c i e como c o n d i ç õ e s c l i m á t i c a s , p o l u i -
ç ã o , ou do s u b - s o l o , como n a t u r e z a d o t e r r e n o , l e n ç o l f r e á t i c o
q u e p o d e l e v a r a a u m e n t o s s i g n i f i c a t i v o s dos c u s t o s d e manuten-
ç ã o o u a t é m e s m o o c o l a p s o d a edificação.

e C o n t r o l e d a mão-de-obra.

- A g e n t e s envolvidos: p r o j e t i s t a s , construtorec e
mão-de-obra.
- Manifestação: os p r o j e t o s devem ser d e t a l h a d o s o
s u f i c i e n t e , p a r a permitir a c o r r e t a execução dos s e r v i ç o s , c a -
b e n d o ao c o n s t r u t o r a f i s c a l i z a ç ã o d a e x e c u ç ã o c o r r e t a d o s s e r -
v i ç o s , b e m como o c o n t r o l e d a q u a l i d a d e d a mão-de-obra. O cons-
t r u t o r , a l é m d o p a p e l d e fiscalização, d e v e t a m b é m e v i t a r q u e a
tentativa d e o b t e r m a i o r produção a f e t e a qualidade dos ser-
visos.

e C o n t r o l e dos materiais.

- Agentes envolvidos: projetistas, empreiteiros,


fornecedores.
- Manifestas%o: o s m a t e r i a i s devem s e g u i r a s e s p e c i -
f i c a ç Õ e s e serem c h e c a d o s o u t e s t a d o s quando e n t r e g u e s . O uso
d e materiais não e s p e c i f i c a d o s s Ó d e v e s e r f e i t a com a u t o r i z a -
ção do p r o j e t i s t a .

a ~ a n u t e n ~ ãinadequada.
o
- A g e n t e s envolvidos: proprietários, u s u ã r i o s , pro-
jetistas.
- Manifestação: a manutenção d e v e s e r p r e v i s t a d e s d e
o projeto d e m a n e i r a a d i m i n u i r sua n e c e s s i d a d e e facilitar sua

e x e c u ç ã o quando n e c e s s á r i a . Ao p r o p r i e t á r i o e u s u á r i o , c a b e a
-
execuçao d a manutenção e v i t a n d o com i s t o q u e pequenos
problemas possam e v o l u i r d e forma a comprometer o desempenho d o
e d i f ;cio.

i Uso i n a d e q u a d o o u a l t e r a ç ã o d e u s o .

- Agentes envolvidos: proprietários, usu~rios.


- Manifestação: a f a l t a d e conhecimento d o u s o c o t r e -
t o d a e d i f i c a ç ã o e s e u s c o m p o n e n t e s , o u a a l t e r a ç ã o no t i p o d e
uso p r e v i s t o i n i c i a l m e n t e , pode levar a esforços n ã o previstos
no p r o j e t o , além d e afetar a funcionalidade do ediffcio.

L. 4.4. I n c i d ê n c i a d a s ~ a n i f e tsa ç Õ e s P a t o l Ó g i c a s

O levantamento d a s manifestaçÕes p a t o l ó g i c a s f o i sem-


pre. a b j e t o d e e s t u d o s d o s órgãos d e p e s q u i s a , p o i s conhecendo
o s d e f e i t o s é p o s s í v e l o b t e r i n f o r m a ç õ e s s o b r e s u a s c a u s a s , me-
d i d a s de recuperação, etc. Os d e f e i t o s s ã o a n a l i s a d o s p e l a s
s u a s manifestações, como p o r e x e m p l o : a p e n e t r a ç ã o d e á g u a d a
c h u v a p e l a s f a c h a d a s é u m d e f e i t o q u e tem como m a n i f e s t a ç ã o o
s u r g i m e n t o d e u m i d a d e e b o l o r no i n t e r i o r da e d i f i c a ç ã o .

O CSTC~ ', r e a l i z o u u m e s t u d o das m a n i f e ~ t a ~ õ e ps a t o -


l ó g i c a s baseado em consultas que l h e eram f e i t a s p o r p r o f i s s i o -
n a i s d o s e t o r da construção civil e proprietários. Foram cerca
d e 15000 c a s o s , s e n d o que 1200 m e r e c e r a m e s t u d o s , d i s c u s s õ e s e
p e s q u i s a s para serem formuladas r e s p o s t a s . Estes 1200 casos

d e r a m o s r e s u l t a d o s d e m o n s t r a d o s na F I G U R A 1.12,

O BRE'~, no 1970-74, r e a l i z o u u m l e v a n t a m e n t o
d e 5 1 0 c a s o s d e e d i f í c i o s com d e f e i t o s . O e s t u d o foi f e i t o p o r
o b s e r v a ç ã o d i r e t a e l e v o u em c o n t a o s d i v e r s o s t i p o s d e e d i f í -
cios. 0s r e s u l t a d o s o b t i d o s foram:

- Umidade - 50%
- Fissuras - 18%
- Descolamenros - 15%
37

11 umidade
- 32. g",:;;,
37.100.:.-:
Ea tissuras

mm descolamantos

.1:5.80X I§j ou tros


.16.00::'-:

FIGURA 1.12 - Incidência de manifestações patológicas.

No Brasil, estudo semelhante foi realizado pelo IPT-


SP em 197923, em 36 conjuntos habitacionais do Estado de são
Paulo. Neste estudo as manifestações foram analisados levando
em conta o tipo do edifício e a idade, e apresentou os seguin-
tes resultados:

TABELA 1.4 - Tipo de manifestações em conjuntos


habitacionais em são Paulo.

M 'f t es
Idade I
I 1 Descolamen-
Umidade Trncas
~ tos
1-3 42% 29% 29%
Casas
)
4-7 50 25 25
terreas I
I > 8 37 35 28

1-3 52 35 7
Apart -
\
mentos 4-7 86 14
I > 8 82 12 6
E interessante n o t a r que embora os 3 estudos tivessem
m e t o d o l o g i a s diferentes e s e tratassem d e r e a l i d a d e s d i s t i n t a s ,
as m a n i f e ç t a ç Õ e s tenderam a p e r c e n t u a i s s e m e l h a n t e s , c a b e n d o p o -
r
t a n t o e s t u d o s mais detalhados sobre e s t e s 3 tipos d e manifesta-
ções, d e s c o b r i n d o s u a s c a u s a s e mecanismos de o c o r r ê n c i a .

1.4.5. D i a g n Ó s t i c o dos efeitos

O d i a g n õ s t i c o dos p r o b l e m a s pode ser d e f i -


32
n i d o como a i d e n t i f i c a ç . ã o d a n a t u r e z a e o r i g e m d o s d e f e i t o s .
E n t r e t a n t o e s t e p r o c e s s a nem sempre é f á c i l , d e v i d o a c o n s t r u ç ã o
s e r u m p r o c e s s o q u e e n v o l v e . um grande n ú m e r o d e p a r t i c i p a n t e s ,
os projetos a p r e s e n t a r e m g r a n d e v a r i a b i l i d a d e , a q u a n t i d a d e de
m a t e r i a i s u t i l i z a d o s s e r m u i t o g r a n d e , as condições de e x p o s i -
-
çao variarem, etc.

Para c o n t o r n a r e s t e s problemas e o b t e r s o l u ç õ e s c o r r e -
tas, o d i a g n ó s t i c o deve s e r f e i t o em e t a p a s bem d e f i n i d a s , de
m a n e i r a a n ã o o b t e r uma r e s p o s t a e r r a d a , o q u e na m a i o r i a dos
casos a g r a v a o problema. E s t e s i s t e m a p e r m i t e q u e p e s s o a s com
e x p e r i ê n c i a e m c o n s t r u ç ã o c i v i l e c o n h e c i m e n t o s b á s i c o s de £i-
s i c a e q u í m i c a d o s m a t e r i a i s e m p r e g a d o s n a c o n s t r u ç ã o p o s s a re-
s o l v e r a maior p a r t e d o s p r o b l e m a s , n ã o s e n d o n e c e s s á r i o q u e e l a
s e j a um e s p e c i a l i s t a no assunto.
# -
Estes, s o serao necessários
quando o p r o b l e m a f o r de c o m p l e x i d a d e m u i t o g r a n d e , q u e e n v o l v a m
c o n h e c i m e n t o e s p e c í £ i e o de uma á r e a .

Um s i s t e m a d e diagnóstico d e manifestações p a t o l ó g i -
cas s e g u n d o LICHTENSTEIN'~, envolve 3 f a s e s :

a ) L e v a n t a m e n t o de s u b s í d i o s
b ) ~ i a ~ n ó s t i cd oa s i t u a ç ã o
c ) ~ e f i n i ~ ãd o
a conduta

a) L evantamento d e s u b s í d i o s

N e s t a f a s e , é r e u n i d o o maior n ú m e r o d e i n f o r m a ç õ e s
possível. Posteriormente é feita uma triagem para separar o
q u e realmente é importante.

E s t a s informações p o d e m s e r c o l e t a d a s d e 5 m a n e i r a s :
- observasão l o c a l - uma v i s t o r i a d a edificação e

do m e i o ambiente, preferencialmente j u n t o com um levantamento


f o t o g r ~ f i c oé capaz de fornecer muitos dados significativos a
-
s o l u ç ã o do problema. N a v i s t o r i a , o s s e n t i d o s humanos t ê m g r a-
n
de i m p o r t â n c i a , j á q u e o s defeitos podem s e r observados, o u ter
u m som ou odor c a r a c t e r í s t i c o . Mo levantamento d e campo, é im-

p o r t a n t e q u e s e j a m utilizados instrumentos q u e possam m e d i r a


amplitude dos d e f e i t o s , Entre e s t e s instrumentos podem e s t a r :
nzvel d e b o l h a , fio d e prumo, higrÔmetro, termÔmetro d e contato,
p a c o m e t r o , testemunhos para m e d i r e v o l u ç õ e s de f i s s u r a s , l u p a
graduada, e t c . ;

- ensaios in situ - e n s a i o s s i m p l e s r e a l i z a d o s n o 10-


cal
- e n s a i o s em l a b o r a t ó r i o - s ã o e n s a i o s r e a l i z a d o s com
amostras r e t i r a d a s do e d i f í c i o e a n a l i s a d a s e m l a b o r a t ó r i o ;

- informações. orais - informaçoes o b t i d a s com o s u s u-


a
-
rios e p r o j e t i s t a s , de maneira a d e s c o b r i r a e v o l u ç ã o do p r o b l-
e
ma, quando f o i n o t a d o pela p r i m e i r a v e z , s e alguma medida de
r e c u p e r a ç ã o j á foi tomada anteriormente e q u a l s e u r e s u l t a d o .
E m suma, é levantada a h i s t ó r i a do p r o b l e m a , o u seja, s u a ana-
mese ;
- informações e s c r i t a s - s ã o o b t i d a s a t r a v é s de e s t u -

do das p l a n t a s , cadernos d e encargos, e s p e c i f i c a ç Õ e s , d i á r i o s


d e obra, etc.

D e p e n d e n d o d a c o m p l e x i d a d e d e cada p r o b l e m a , p o d e s e r
p o s s í v e l chegar a um diagn6stico s e m utilizar t o d a s a s maneiras
d e o b t e r o s s u b s ~ d i o s , ou s e j a , muitos d a d o s p o d e m não s e r ne-
cessários. Em o u t r o s c a s o s p o d e s e r necessãrio o d e s e n v o l v i -
m e n t o de uma p e s q u i s a b i b l i o g r á f i c a ou mesmo l a b o r a t o r i a l p a r a

s e r p o s s z v e l c h e g a r a u m a conclusão.

No diagnóstico s ã o i d e n t i f i c a d o s a s o r i g e n s do p r o b l e
-
ma, s u a s manifestações, s u a s c a u s a s , fenomenos i n t e r v e n i e n t e s e
mecanismos d e o c o r r ê n c i a 2 5 , além de s u a e v o l u ç ã o no t e m p o , de-
sempenho afetados e s e possivel quais o s p a r t i c i p a n t e s d o pro-
cesso e n v o l v i d o s . Os fenômenos intervenientes s ã o o s a g e n t e s
q u e causam o p r o b l e m a (um p r o b l e m a d e u m i d a d e , p o d e t e r a chuva
como a g e n t e c a u s a d o r ) e mecanismo d e ocorrência é o processo
que s e d e s e n v o l v e a t é que as m a n i f e s t a ç Ó e s p o s s a m s e r p e r c e b i -
d a s , s ã o e m g e r a l p r o c e s s o s d e r e a ç ó e s qu;micas ou f í s i c a s . Co-

mo exemplo, p o d e - s e i m a g i n a r uma e d i f i c a ç ã o q u e t e n h a u m p t o b l e -
m a d e mofo no f o r r o . A causa poderia s e r uma t e l h a s o l t a . A
o r i g e m s e r i a a mão-de-obra de má qualidade. A c h u v a s e r i a o fe-

nomeno i n t e r v e n i e n t e , o m e c a n i s m o d e o c o r r ê n c i a , s e r i a a e n t r a d a
d e á g u a e f o r m a ç á o d e condiçóes f í s i c o - q u í m i c a s f a v o r á v e i s ao

s u r g i m e n t o d a manifestação, q u e s e r i a o mofo.

c) ~ e f i n i ç ã od e c o n d u t a

A ~ tÓe r ~ s i d o o b t i d o um diagnóstico, a Última fase é


definir o q u e fazer, u u s e j a , p r o g r a m a r uma i n t e r v e n ç ã o que res-
t a b e l e ç a o desempenho necessário d a edif i c a ç ã o . Entretanto p o -
d e m o c o r r e r c a s o s em q u e n ã o s e j a m a i s p o s s í v e l r e a l i z a r n e n b u -
ma i n t e r v e n ç ã o , d e v i d o - a o a d i a n t a d o e s t a d o d a e v o l u ç ã o d a rnani-
£estação, o u m e s m o que s e j a i n v i á v e l e c o n ô m i c a e t e c n i c a m e n t e a
intervenção. S e g u n d o HARRISON~', o c u s t o d o r e p a r o d e um d e f e i -
t o q u a n d o f e i t o l o g o no s e u s u r g i m e n t o & 1/10 do r e p a r o p o s t e -
rior.

De p o s s e d o diagnostico, d e v e s e r f e i t o u m p r o g n Ó s t i -
co do problema, d e maneira a determinar q u a l a melhor solução
para o case. Podem o c o r r e r c a s o s em que a s o l u ç ã o não s e j a c o -
nhecida, sendo n e c e s s ã r i a a realização d e p e s q u i s a s visando des-
c o b r i r uma que s e j a v i á v e l .

E importante a p ó s c a d a s o l u ç ã o o u não d e p r o b l e m a s de
patologia, armazenar o s d a d o s o b t i d o s t a i s como f o t o g x a f ias,
p r o c e d i m e n t o s utilizados, s o l u ç õ e s a d o t a d a s , etc., d e maneira a
que s e j a p o s s ~ v e l a t r a n s m i s s ã o .das i n f o r m a ç õ e s , as q u a i s u e l l i -
zadas em p a l e s t r a s , . e n s i n o universitário, cursos d e e s p e c i a l i z a -
podem c o n t r i b u i r para a m e l h o r i a d a q u a l i d a d e d a c o n s t r u ç ã o
c i v i l e conseqllentemente o nível d e s a t i s f a ç ã o do u s u á r i o .
Parte 1
UISTDRIA DO
LEURHTREHTO

Parte 2
DIIGNOSIICO

Parte 3
DEFIWICRO
da

F I G U R A 1.13 - Estrutura g e r a l para s o l u ç ã o d e


problemas patolÓgicos2 4 .
Em n o v e m b r o d e 1 9 8 5 , f o i p r o p o s t o p e l a U F R G S através
do Curso d e p ó s - ~ r a d u a ç ã o e m E n g e n h a r i a C i v i l
~onstru~ão -
(Núcleo O r i e n t a d o p a r a inovação d a ~ d i f i c a ~ ã o - ~ Secre-
~ ~ ~ ~ )
t a r i a d o I n t e r i o r e Obras ~ Ú b l i c a s ( S D O ) u m c o n v ê n i o a s e r i m -
plantado, q u e t e r i a como o b j e t i v o p r i n c i p a l o desenvolvimento
d e u m s i s t e m a d e manutenFão de p r é d i o s p Ú b l i c o s e s c o l a r e s .

O s d a d o s s e r i a m o b t i d o s a p a r t i r d e in£orrna$ães f o r -
n e c i d a s p e l o s u s u á r i o s , no c a s o o s d i r e t o r e s das escolas. As
informações seriam resultado d o p r e e n c h i m e n t o d e q u e s t i o n á r i o s
elaborados, distribuídos e c o l e t a d o s p e l a SDO.

O projeto originalmente previa 3 sub-projetos bási-


cos :
a) E s t u d o d a s p a t o l o g i a s d a construção.

b } ~ v a l i a ~ ãd oa d u r a b i l i d a d e d e m a t e r i a i s e compo-
nentes.
c) Desenvolvimento de u m s i s t e m a d e a p r o p r i a ç ã o d e
c u s tos d e manutenção.

D e v i d o a motivos de ordens d i v e r s a s , a i m p l a n t a ç ã o d o
c o n v ê n i o não f o i c o n c r e t i z a d a , f i c a n d o r e s t r i t o s o m e n t e ã d i s -
tribuição e r e c o l h i m e n t o dos questionários. E s t e estudo con-
s i s t e no a p r o v e i t a m e n t o d o s d a d o s e i n f o r m a ç Õ e s c o l e t a d a s com
v i s t a s a continuação das idé'ias o r i g i c a i s .

2.2. critérios e ~ e t o d o l o g i a

De posse dos questionários preenchidos, este e s t u d o


f o i d i v i d i d o em 3 e t a p a s :
1) ~ u a n t i if c a ç ã o d a s T i p o l o g i a s d e P r o j e t o s A r q u i t e -
tõnicos,
2) ~ e v i s ã od o s ~ u e s t i o n á r i o s .

3 . ~ a b u l a ~ ãe o ~ n á l i s ed e D a d o s , visando fornecer sub-


s í d i o s p a r a u m p r o g r a m a d e manutenção.

2.2.1. ~ u a n t i ifc a ç ã o d a s T i p o l o g i a s d e , P r o j e t o s ~ r q u i t e t ô n i c o s

Procurou-se c l a s s i f i c a r o s p r o j e t o s de maneira q u e a
d i v i s ã o r e p r e s e n t a s s e a m a i o r i a dos p r & d i o s , i d e n t i f i c a n d o as
d i v e r s a s t i p o l o g i a s , a s áreas c o n s t r u z d a s d e c a d a u m a d e l a s ,
a l é m de i d e n t i f i c a r as v a r i a ç õ e s no m é t o d o c o n s t r u t i v o e n a t e-
c
n o l o g i a empregada.

S e g u n d o este c r i t é r i o a classificaçáo u t i l i z a d a f o i a
seguinte:

- Prédios d e A l v e n a r i a e Alvenaria aparente


A l v e n a r i a Leves t i d a

- P r é d i o s de M a d e i r a p r é d i o s até 1 9 4 4 "Brizoletas"
r p r é d i o s pós-1964 "outrostt

A divisão nestes 2 grandes g r u p o s conseguiu in-


c l u i r a grande m a i o r i a dos p r é d i o s , embora e x i s t i s s e m p r é d i o s
c o n s t r u í d o s com p l a c a s d e f i b r a d e v i d r o , chapas d e cimento
a m i a n t o e a t é mesmo em m e t a l , o s q u a i s não c o n s t i t u e m q u a n t i -
dade significativa.

E importante s a l i e n t a r que a maioria das e s c o l a s s e


constituem d e v á r i o s p r é d i o s , em muitos c a s o s c o n s t r u i d o s em
épocas e t i p o l o g i a s de p r o j e t o deferentes.

Os p r é d i o s em alvenaria possuem maior área m é d i a q u e


os d e m a d e i r a , e p o d e m s e r , t & r r e o s o u não. Entretanto, d e v i d o
a f a l h a s n o p r e e n c h i m e n t o dos q u e s t i o n á r i o s , o p t o u - s e p o r nao
c o n s i d e r a r e s t a variãvel. A seguir é feita uma d e s c r i ç ã o d e
c a d a sistema construtivo:

- Alvenaria Aparente - e m sua maior p a r t e s ã o p r é d i o s


t é r r e o s e com ã r e a s m e n o r e s .
Em g e r a l v ã r i o s p r é d i o s d e s t e t i -
p o formam uma e s c o l a , o q u e a l e v a a o c u p a r t e r r e n o s d e g r a n d e s
Breas.
- Alvenaria Revestida - p o d e m s e r d e u m ou mais p a v i -
mentos e em g e r a l d e m a i o r e s á r e a s c o n s t r u í d a s . As e s c o l a s d e s -
t e t i p o , em s u a m a i o r p a r t e , são em prédios Únicos ou e m a l g u n s
casos 2 b l o c o s conjugados. São p r é d i o s mais antigos que o s d e
a l v e n a r i a aparente.

- Madeira " B r i z o l e t a " - são p r z d i o s construídos entre


1955 e 1964. s ã o p r é d i o s que se c a r a c t e r i z a m p o r p o s s u i r e m te-
l h a d o em t e l h a s cerâmicas em 2 águas, u m c o r r e d o r ou passarela
externa, p a r a o q u a l s ã o v o l t a d a s as s a l a s . As p a r e d e s são fei-
t a s e m - t á b u a s i n t e i r a s e as f u n d a ç õ e s em p i l a r e t e s d e c o n c r e t o ,
o n d e s e a p o i a m as p i l a r e s d e madeira,

- Madeira "outra" - s ã o ~ r é d i o s c o n s t r u i d o s após 1964,


mas possuem a m e s m a t i p o l o g i a d e p r o j e t o . As d i f e r e n ç a s e x i s -
t e n t e s e s t ã o nos s i s t e m a s c o n s t r u t i v o s empregados. Em a l g u n s
casos, a s p a r e d e s foram f e i t a s em p a i n é i s d e madeira, e m o u t r o s
a e s t r u t u r a e r a constitufda por p ó r t i c o s .

2.2.2. ~ e v i s ã od o s O u e s t i o n á r i o s

V i s a n d o o a p r o v e i t a m e n t o das i n f o r m a ç õ e s j á e x i s t e n -
tes, foram u s a d o s o s q u e s t i o n á r i o s p r o p o s t o s p e l a S D O . Entre-
t a n t o p a r a p e r m i t i r a utilização d e computadores na a n á l i s e d e
dados, f o r a m f e i t a s a l g u m a s s i m p l i f i c a ç Õ e s em c o m p o n e n t e s d e
p o u c a importância p a r a o desempenho g e r a l d o p r é d i o , bem como
f o r a m a g r u p a d o s o s c o m p o n e n t e s que p o s s u i s s e m m a n i f e s t a ç õ e s s e -
melhantes.

P a r a q u e as d a d o s s e a p r e s e n t a s s e m m a i s c o n c e n t r a d o s ,
e s t e s foram a g r u p a d o s s e g u n d o os elementos de uma edificação.
a saber:

a) ~unda~ões
b) Pisos
c) Paredes
d) Revestimentos
e ) Pintura
f ) Esquadrias
g) Cobertura
h ) 1ns t a l a ç õ e s ~ l é t r i c a s
i) Instalaç8es ~idro-Sanitárias
C a d a um d e s t e s e l e m e n t o s foi r e d i v i d i d o c o n f o r m e s e u s
c o a p o n e n t e s e manifestações p a t o l ó g i c a s . N e s t a f a s e foram E e i -
t a s a s s i m p l i f i c a ç õ e s no questionário.

N o questionário original e r a p e d i d o que s e c l a s s i f i -


casse os d e f e i t o s existentes conforme sua intensidade, pela
w

s e g u i n t e convençao:

não e x i s t e d e f e i t o

d e f e i t o com intensidade moderada

d e f e i t o c o m intensidade f o r t e

não e x i s t e o i t e m

F o i e l a b o r a d a uma matriz-resumo l e v a n d o em c o n t a as
s i m p l i f i c a ç Õ e s f e i t a s anteriormente.

P a r a d e t e r m i n a r as mani£estaçÕes p a t o l ó g i c a s realmente
s i g n i f i c a n t e s , s ó f o i c o n s i d e r a d o como d e f e i r u o s o , o componente que
a p r e s e n t a s s e defeito com intensidade forte. Isto f o i f e i t o d e v i d o a o
q u e s t i o n á r i o s e r muito d e t a l h a d o , podendo a s s i m permitir c o n c l u -
-
s o e s errõneas. P o r e x e m p l o , o elemento i n s t a l a ç õ e s h i d r á u l i c a s
a p r e s e n t a 50 c o m p o n e n t e s q u e p o d e m a p r e s e n t a r d e f e i t o s , sendo
q u e cada u m d e l e s a p r e s e n t a p e l o menos 3 opções d e defeito.
P a r t i n d o do p r i n c í p i o a d o t a d o q u e s e e x i s t e u m d e f e i t o e m u m
c o m p o n e n t e , o p r é d i o a p r e s e n t a d e f e i t o no elemento, c o r r i a - s e o
r i s c o d e t o d o s o s p r é d i o s apresentarem d e f e i t o s e m i n s t a l a ç õ e s
h i d r á u l i c a s , m e s m o q u e f o s s e u m a t o r n e i r a pingando. Este p r i n -
c I p i o foi adotado e m r a z ã o do q u e s t i o n á r i o p e d i r como r e s p o s t a
s e m p r e o e s t a d o g e r a l d e d e t e r m i n a d o elemento do p r é d i o , por
exemplo s e f o s s e respondido que as p a r e d e s d e m a d e i r a e s t a v a m e m
mau e s t a d o , significava que a s paredes apresentavam-se defeituo-
s a s d e forma g e n e r a l i z a d a n o p r é d i o .
F o r a m mantidos o s 2 t i p o s e x i s t e n t e s no q u e s t i o n á -
r i o o r i g i n a l (pilaretes e alicerces), Os d e f e i t o s f o r a m a g r u p a -
d o s em:
a. 1) P i l a r e t e s

- p i l a r e t e s c o m d e f e i t o e s t r u t u r a l - c a s o s e en-
contrassem t r i n c a d o s , q u e b r a d o s ou rachados ;
- p i l a r e t e s com d e f e i t o d e p r u m o - c a s o s e e n c o n -
t r a s s e m c o m p r o b l e m a s d e prumo;
-
- -
v e s s e m s i d o d e s c o b e r t o s ou d e s c a l ç a d o s p o r
-
p i l a r e t e s com d e f e i t o p o r e r o s a o
erosao;
quando ti-

- p i l a r e t e s sem d e f e i t o .

a.2) Alicerces

- alicerces com d e f e i t o e s t r u t u r a l ;
- a l i c e r c e s com d e f e i t o d e p r u m o ;
- a l i c e r c e s com d e f e i t o p o r e r o s a o ;
-
- alicerces sem d e f e i t o -

b ) PISOS

Dos v á r i o s t i p o s de p i s o s existentes foram c o n s i -


d e r a d o s 3 t i p o s q u e existiam na m a i o r p a r t e d o s prédios. Os p i -
sos escolhidos foram: s o a l h o s a r r a f e a d o e s o a l h o macho-fêmea
agrupados no componente Ünico s o a l h o ; tacos e p i s o cerãmico.
0s d e f e i t o s foram a g r u p a d o s d a s e g u i n t e forma:

b. 1 ) S o a l h o

- apodrecimento;
- quebra;
- com cupim;
- com d e f o r m a ç õ e s ;
- sem defeito.

O s d e m a i s d e f e i t o s não f o r a m c o n s i d e r a d o s p o r j á
estarem i n c l u í d o s n e s t a s manifestações, o que -.
p o d e r i a levar a
d u p l a c o n s i d e r a ç ã o d e d e f e i t o s , c o m o por e x e m p l o , o d e f e i t o r i s -
co d e a c i d e n t e p o d e s e r r e l a c i o n a d o com o s d e f e i t o s a p o d r e c i d o .
q u e b r a d a o u com d e f o r m a ç õ e s .
b.2) Tacos

- apodrecimento:
- com cupim;
- descolados;
- extraviados ;
- s e m defeito.

F o i f e i t a a d i s t i n ç ã o e n t r e t a c o s d e s c o l a d o s e ta-
cos e x t r a v i a d o s , em v i r t u d e d e e x i g i r e m a t i v i d a d e d e m a n u t e n ç ã o
distintas.

b . 3 ) cerâmica

- quebradas;
- descoladas;
- extraviadas;
- sem d e f e i t o .

A m e s m a consideração f e i r a p a r a o s t a c o s é v á l i d a
para cerâmica.

c) PAREDES

Foram considerados 3 t i p o s p r i n c i p a i s que a g r u p a s -


s e m a maior p a r t e dos p r é d i o s : t i j o l o a p a r e n t e , t i j o l o revesti-
do e madeira.

c. l} T i j o l o a p a r e n t e

- defeito e s t r u t u r a l - e n g l o b a as m a n i f e s t a ç õ e s
paredes t r i n c a d a s e rachadas. Os d e m a i s d e f e i t o s não f o r a m c o n -

siderados p o r j á estarem i n s e r i d o s , como e x e m p l o t i j o l o s q u e b r-


a
*
dos; u u p o r n a o existirem n a s e s c o l a s e s t u d a d a s ( t i j o l o e m f a l t a
ou s o l t o ) ;
- s e m defeito.

c . 2) T i j o l o r e v e s t i d o

- defeito estrutural;
- sem d e f e i t o .

E i m p o r t a n t e s a l i e n t a r que nos i t e n s do
r i o que r e l a c i o n a m d e f e i t o s em p a r e d e s d e a l v e n a r i a , s e j a ela
a p a r e n t e ou r e v e s t i d a , s ã o c o n s i d e r a d a s as m a n i f e s t a S Õ e s p a t o l õ -
g i c a e e x i e r e n t e s no e l e m e n t o p a r e d e , sem considerar seu r e v e s t i -
mento.
c . 3 ) Madeira

- apodrecimento;
- com cupim;
- extravio de tabuas
- tábuas quebradas;
- sem d e f e i t o .

A distinção e n t r e f a l t a d e t á b u a s e tábuas quebra-


das f o i feita, p o r exigirem s e r v i ç o s d e manutenção diferentes.

d ) REVESTIMENTOS

Foram c o n s i d e r a d o s o s 2 t i p o s e x i s t e n t e s no q u e s -
tionário: r e b o c o e a z u l e j o s .

d.1) Reboco

- trincado;
- com d e s colamentos ;
- s e m d efeito.

d . 2) Azu l e j o s

- trincado - que e n g l o b a o s c a s o s d e a z u l e j o s
quebrados c rachados ;
- faltando;
- sem d e f e i t o .

e ) PINTURA

~ o ic o n s i d e r a d a s e g u n d o o q u e s t i o n á r i o , d i v i d i d a
em externa e interna. Q u a n t o a análise dos d e f e i t o s f o i c o n s i -
d e r a d o s e u e s t a d o g e r a l , p o d e n d o s e r e l e bom, regular ou ruim,
c o n f o r m e a g r a v i d a d e da m a n i f e s t a ç ã o , o u s e j a , não e x i s t i s s e ;
não g e n e r a l i z a d a ou g r a n d e e x t e n s ã o , r e s p e c t i v a m e n t e .

e . 1) P i n t u r a e x t e r n a

- boa;
- regular;
- ruim.
e . 2 ) P i n t u r a interna

- boa;
- regular;
- ruim.

f) ESQUADRIAS

F o r a m d i v i d i d a s e m f e r r o e madeira p o r s e r e m o s ti-
p o s mais f r e q u e n t e s . F o r a m a g r u p a d o s t a m b é m , as f e r r a g e n s e
os vidros. 0 s d e f e i t o s f o r a m analisados d a s e g u i n t e forma:

f.1) P o r t a s d e madeira

- apodrecimento;
- quebra;
- com c u p i m ;
- sem d e f e i t o .

0s d e f e i t o s q u e s e r e l a c i o n a s s e m a p e ç a s d e s c o l a d a s
o u f a l t a n d o f o r a m a n a l i s a d o s como f e r r a g e n s .

£. 2 ) J a n e l a s d e madeira

- apodrecimento;
- quebra;
- sem defeito.

M a n t i v e r a m - s e a s m e s m a s c o n s i d e r a ç õ e s do i t e m a n t e -
rior.
f.3) Portas de ferro

- -
com c o r r o s a o ;
- sem d e f e i t o .

F o i c o n s i d e r a d o somente o p r o b l e m a d e c o r r o s ã o , já
q u e o s d e m a i s , t r a t a v a m sobre f e r r a g e n s .

f . 4 ) Janelas d e f e r r o

- *
com c o r r o s a o ;
- s e m defeito.

f. 5 ) F e r r a g e n s

- com d e f e i t o ;
- s e m defeito.
O c o m p o n e n t e f e r r a g e m e n g l o b a as f e c h a d u r a s d e ci-
lindro, c o m u n s , t r i n c o s e d e m a i s f e r r a g e n s d a s portas e j a n e l a s .
F o i considerada uma manifestação geral, p o i s e l a resume t o d a s a s
p o s s i b i l i d a d e s d o q u e s t i o n á r i o , j á que as d e m a i s eram: s u b s t i -
t u i r o elemento o u c o n s e r t a r , e e s t ã o r e l a c i o n a d o s j á com a s o p e
-
r a ç o e s d e manutenção.

f .6) Vidros

- quebra;
- sem d e f e i t o .

Foram agrupados t o d o s os t i p o s de v i d r o existentes


em cada p r é d i o .

g) COBERTURA

Agrupa os seguintes elementos d a c o b e r t u r a : ~echa-


m e n t o e x t e r n o ( t e l h a s ) , f e c h a m e n t o interno ( f o r r o ) e e l e m e n t o s
c o m p l e m e n t a r e s ( c a l h a s e condutores). ~ n f o r r n a ~ õ esso b r e a e s t a -
d o d a e s t r u t u r a d o t e l h a d o , que seriam i m p o r t a n t e s para o aspec-
to d e s e g u r a n ç a do p r é d i o , não f o r a m s o l i c i t a d a s no questioná-
rio.
g.1) Telhas

No q u e s t i o n á r i o o r i g i n a l existiam os s e g u i n t e s
tipos: b a r r o t i p o c a n o a , b a r r o t i p o f r a n c e s a , metal, ondulada,
cimento-amianto e o u t r o s t i p o s . Visando simplificar, elas f o -
ram a g r u p a d a s s e g u n d o o m a t e r i a l ( b a r r o o u f ibrocimento}, en-
q u a n t o as t e l h a s d e metal não foram consideradas p o r existirem
em pequeno número. 0s d e f e i t o s foram a g r u p a d o s e m 2 t i p o s p o s -
sEveis:

g. 1.1) T e l h a s de barro

- quebradas;
- extraviadas;
- sem defeito. .

E m b o r a em m u i t o s c a s o s as operações d e manutenção
d e t e l h a s quebradas e extraviadas sejam a s mesmas, preferiu-se
m a n t e r 2 m a n i f e s t a ç õ e s d i s t i n t a s e m v i r t u d e d a ~ r i r n e i r ae n g l o -
bar a s telhas r e c h a d a s , o que pode permitir reparos, sem q u e
haja necessidade de s u b s t i t u i ç ã o da t e l h a , no c a s o d a s t e l h a s
de fibra-cimento. Para a comparação e n t r e as duas alternati-
v a s ~ p t o u - s @ p o ~rn? ' - a mesma d i v i s ã o .
.,
L
g. 1.2) T e l h a s f ibro-cimento

- quebradas;
- extraviadas;
- sem d e f e i t o .

g.2) Forro

Os t i p o s considerados foram o s mais comumente en-


c o n t r a d o s nos p r é d i o s : t á b u a s macho-fêmea; c h a p a s e u c a t e x . Os
f a r r o s d e c o n c r e t o não foram considerados, p o i s o q u e s t i o n á r i o
p r e v i a a p e n a s aspectos referentes ao revestimento.

3.2.1) ~ á b u a smacho-fêmea

- apodrecimento;
- com c u p i m ;
- quebradas;
- sem defeito.

g.2.2) Chapas d e e u c a t e x

- quebradas - ( t r i n c a d a s / r a c h a d a s e com b u r a c o s ) ;
- e s t u f a d a s p e l a água - (estufadas e desprega-
das) ;
- extravio;
- sem d e f e i t o .

g . 3 ) C a l h a s e condutores

F o r a m a g r u p a d o s d e modo que resumisse t o d a s as


p o s s i b i l i d a d e s d e defeito.

- com d e £ e i t o ;
- sem d e f e i t o .

E s t e elemento f o i b a s t a n t e simplificado, p o i s e x i s -
t i a m no questionário m u i t a s manifestações que o c o r r i a m indepen-
dentemente do t i p o d e ~ r o j e t od e cada p r é d i o . Como exemplo, po-
demos c i t a r lâmpadas fluorescentes o u i n c a n d e s c e n t e s q u e i m a d a s ,
j á q u e s ã o componentes com v i d a Ú t i l limitada. Visando d a r uma
i d é i a r e a l d o e s t a d o d a s instalações elétricas d e cada prédio.
f o i f e i t a uma d i v i s ã o em 3 i t e n s p r i n c i p a i s : c h a v e s , t o m a d a s c

diejuntores; fios; c a i x a d e medidores e c a i x a d e disjuntores.


P a r a c a d a c o m p o n e n t e f o i c o n s i d e r a d o apenas a e x i s t ê n c i a d e de-
f e i t b s ou não, j á q u e é d i f i c i l determinar o t i p o d e defeito
que o s a t i n g e .

h.1) Chaves, t o m a d a s e disjuntores

- com defeito;
- s e m defeito.

h.2) Fios

- com d e f e i t o ;
- sem d e f e i t a .

h.3) Caixa d e m e d i d o r e s e c a i x a d e d i s j u n t o r e s

- com d e f e i t o ;
- sem d e f e i t o .

Em r e l a ç ã o a e s t e e l e m e n t o , o q u e s t i o n á r i o o r i g i -
n a l r e l a c i o n a 5 0 componentes passíveis d e terem d e f e i t o s , s e n d o
e s t e n ú m e r o muito grande. A q u i também foram f e i t a s v á r i a s sim-
p l i f i c a ç õ e s no s e n t i d o d e e n g l o b a r o s p r i n c i p a i s c o m p o n e n t e s d e
instalações h i d r o - s a n i t á r i a s . Alguns foram c o n s i d e r a d o s e m con-
j u n t o , enquanto o u t r o s descartados. ~ p Ó se s t a s c o n s i d e r a ç õ e s
. ,

f i c a r a m e s t a b e l e c i d o s o s s e g u i n t e s componentes e m a n i f e s t a ç õ e s :

i.1) Canos hidráulicos

- com v a z a m e n t o -
e n g l o b a o s vazamentos e o u t r o s
d e f e i t o s em c a n a l i z a ç õ e s n a s p a r e d e s , p i s o s , f o r r o s e p á t i o s ;
- sem d e f e i t o .

i.2) L o u ç a s

Foram agrupadas p o r p r é d i o , t o d a s as l o u ç a s e x i s -
t e n t e s n o questionário. Os d e f e i t o s foram agrupados d a s e g u i n -
te forma:
- quebradas;
- desprendimento;
- sem d e f e i t o .

i . 3 ) M e t a i s sanitários
F o r a m analisados d e f o r m a g e r a l em c a d a p r é d i o ;
- c o m vazamento;
- ,quebrados ;
- sem defeito.
i.4) Canos s a n i t g r i o s

S Ó f o i c o n s i d e r a d a a m a n i f e s t a ç ã o d e vazamento:

- com vazamento;
- sem d e f e i t o .

2.3, ~ a b u l a ~ ãe o ~ n á l i s ed e Dados

2.3.1. V a l i d a d e d a s Respostas O b t i d a s

A seguir a p r e s e n t a d o u m quadro q u e r e s u m e o u n i v e r s o
d o s p r é d i o s e s c o l a r e s d e p o r t o Alegre.

T A B E L A 2.1 - Universo d a s e s c o l a s d e P o r t o A l e g r e .

Ano d e Madeira Alvenaria Outros Total


construção 2 2 2
n? m no m2 n? rn no
< 55 4132 21 26638 64 3097 10 33867 9.5

-> 55 43879 238 186 130632 158 210368 582


- - -- ---
48011 259 157270 250 38954 168 244235 677

Conforme analisado anteriormente, s o m e n t e £ o r a m o b j e -


t o s d e e s t u d o o s p r & d i o s d e m a d e i r a e alvenaria. ~ l é md i s t o
optou-se também p o r c o n s i d e r a r somente o s prédios c o n s t r u í d o s
após 1955. Desta f o r m a e s p e r a - s e o b t e r i n f o r m a ç õ e s s o b r e a vi-
d a Ú t i l d o s c o m p o n e n t e s , j á que no p e r i o d o d e 30 a n o s , n o r m a l -
m e n t e c o m p o n e n t e s e m a t e r i a i s começam a a p r e s e n t a r s i n a i s d e
fadiga. Com e s t e p e r í o d o d e e s t u d o consegue-se também manter
uma u n i f o r m i d a d e d e p r o j e t o s , j á que é a p a r t i r d e 1 9 5 5 q u e s e
n o t a u m a t e n d ê n c i a d e r e p e t i ç ã o de t i p o l o g i a s d e p r o j e t o .

C o n s i d e r a n d o as r e s t r i ç õ e s acima e d e s c a r t a n d o o s
questionários q u e a p r e s e n t a r a m erros de preenchimento ou f a l t a
de i n f o r m a ~ o e s . c h e g o u - s e a u m t o t a l d e 2 4 3 p r é d i o s , s o m a n d o
una á r e a d e 1 0 9 4 6 2 m
2
. T o m a n d o a g o r a como u n i v e r s o d e e s t u d o
s o m e n t e p r é d i o s d e m a d e i r a o u a l v e n a r i a , c o n s t r u í d o s d e 1955
e m d i a n t e , obteve-se:

TABELA 2 . 2 - C o m p o s i ç ã o d a a m o s t r a d e E s c o l a s de
P o r t o A l e g r e utilizadas no e s t u d o .

MADEIRA ALVENARIA TOTAL

constgg de
da (rn 1 prédios da
Amostra 32468 152 77477 91 109945 243

Área mGdia 213,60 851,40 452,50


P e r c e n t u a l do 59,O 48,9 62,7 57,3
73,7 63,9
total de p r é d i o s

Verifica-se q u e em t o d o s o s c a s o s a a m o s t r a s e l e c i o -
n a d a s u p e r a 4 8 % do total, o q u e a t o r n a b a s t a n t e s i g n i f i c a t i v a .
Observa-se t a m b é m que e m b o r a o s p r é d i o s d e m a d e i r a e x i s t a m e m
m a i o r quantidade, p o s s u e m á r e a t o t a l c o n s t r u í d a b e m m e n o r .

P a r a o b t e r uma c o n f i r m a ç ã o d a v a l i d a d e d a s r e s p o s t a s
o b t i d a s , foi r e a l i z a d a u m a a m o s t r a g e m a l e a t ó r i a d e 10 e s c o l a s ,
envolvendo 40 p r é d i o s . E s t e processo c o n s i s t i u na v i s i t a a
e s t a s e s c o l a s p a r a v e r i f i c a ç ã o de s e u s e s t a d o s d e c o n s e r v a ç ã o ,
baseando-se no q u e s t i o n á r i o . O s r e s u l t a d o s das v i s i t a s f o r a m
c o m p a r a d o s com a s r e s p o s t a s f o r n e c i d a s p e l o s u s u á r i o s e em sua
maior p a r te as confirmaram. Quando h a v i a m r e s u l t a d o s d i f e r e n -
t e s , f o r a m i n v e s t i g a d a s as c a u s a s e f o i p o s s í v e l c o n c l u i r q u e
e m a l g u n s p r é d i o s a s m a n i f e s t a ç õ e s tinham s i d o m a x i m i z a d a s p e l o s
d i r e t o r e s , e m -.uma t e n t a t i v a d e o b t e r e m v e r b a s o u s o l u ç Õ e s p a r a
os p r o b l e m a s d e suas e s c o l a s . Em outros casos a d i s c o r d â n c i a
o c o r r i a e m v i r t u d e d e haver um i n t e r v a l o d e t e m p o e n t r e o p r e -
enchimento dos questionários (novembro-85) e as v i s i t a s f e i t a s
(abril-861, p r a z o no q u a l a l g u n s d e f e i t o s h a v i a m s e i n t e n s i f i c a -
do o u haviam s i d o r e p a r a d o s . E n t r e t a n t o , mesmo n e s t e s casos
foi p o s s í v e l d e t e r m i n a r a v e r a c i d a d e d a s r e s p o s t a s a t r a v é s d e
informações d a d a s d i r e t a m e n t e p e l o s d i r e t o r e s .
2.3.2. ~ n á l i s e d e Dados

P a r a que o s d a d o s f o s s e m mais £ a c i l m e n t e m a n u s e a d o s ,
e l e s f o r a m p a s s a d o s p a r a a s matrizes-resumo. Portanto, para
c e d a e s c o l a e s t u d a d a e x i s t e u m a matriz-resuma, s e n d o q u e as ma-
n i f e s t a ~ õ e sp a t o l ó g i c a s e s t ã o s e p a r a d a s p o r p r é d i o s .

E m v i r t u d e d o grande .número d e d a d o s , o p t o u - s e p o r
u s a r o p r o g r a m a c o m p u t a c i o n a 1 D B A S E I I I ~ ,q u e p e r m i t i u o fácil
manuseio d o s d a d o s .

Os r e s u l t a d o s f o r a m o b t i d o s de d u a s f o r m a s a s a b e r :
a p r i m e i r a considera a manifestação nos elementos por p r é d i o
como u n i d a d e d e e s t u d o e a o u t r a l e v a e m c o n s i d e r a ç ã o a á r e a
dos prédios. 0s r e s u l t a d o s b a s e a d o s n a s á r e a s f o r a m c l a s s i f i -
c a d o s c o n f o r m e o a n o de c o n s t r u ç ã o d e c a d a ~ r é d i o , n u m a t e n t a -
t i v a d e e s t a b e l e c e r c u r v a s d e d e g r a d a ç ã o d o s d i v e r s o s componen-
t e s , n a s c o n d i ç õ e s e s p e c í f i c a s de exposição d a s e s c o l a s d e Por-
t o Alegre. Com isto i m a g i n a s e r p o s s Í v e 1 e s t a b e l e c e r parãme-
t r o s p a r a um s i s t e m a d e manutenção e f o r n e c e r s u b s í d i o s a n o v o s
projetos.

P a r a a análise d o s r e s u l t a d o s p e l a s á r e a s foram f e i -
2
t a s algumas s i m p l i f i c a ç Õ e s , d e m a n e i r a a t o r n a r o m como u n i d a -
de bãsica. Adotou-se q u e e x i s t e u m a r e l a ç ã o entre a q u a n t i d a d e
de componentes e x i s t e n t e s em c a d a p r é d i o e s u a á r e a c o n s t r u í d a .
E m a l g u n s c a s a s e s t a r e l a ç ã o é b a s t a n t e Ó b v i a , como p o r e x e m p l o :
a á r e a de p a r e d e s ; área de telhado. E m o u t r o s a r e l a ç ã o não &
tão t r a n s p a r e n t e , mas m e s m o a s s i m e l a f o i a d o t a d a , b a s e a n d o - s e
q u e e x i s t e uma p a d r o n i z a ç ã o dos p r é d i o s e s c o l a r e s , o u s e j a , exis-
t e u m t a m a n h o p a d r ã o d e s a l a d e a u l a , o q u e c o r r e s p o n d e a u m de-
t e r m i n a d o nÜmero de p o r t a s , j a n e l a s , etc.

P a r a determinados e l e m e n t o s , t a i s como m e t a i s sanitá-


rios, l o u ç a s , e t c . , supôs-se que a r e l a ç ã o era v á l i d a p o r aspec-
tos d e desempenho, o u s e j a , uma e s c o l a com um d e t e r m i n a d o n ú m e r o
d e alunos, d e v e ter u m a á r e a s u f i c i e n t e p a r a a b r i g á - l o s e um
n ú m e r o p r o p o r c i o n a l d e banheiros, et c .
P a r a que o s r e s u l t a d o s f o s s e m r e p r e s e n t a t i v o s d a s c o -
n
d i ç Õ e s d e e x p o s i ç ã o e u s o d e e s c o l a s , não foram a n a l i s a d o s e l e -
mentos. e componentes que s e localizavam e m s a l a de d i r e t o r e s ,
s a l a de p r o f e s s o r e s , o u s e j a , em ambientes e m q u e a s c o n d i ç õ e s
de u s o s ã o b a s t a n t e atenuadas.
3. D I A G N ~ S T I C O D A S M A N I F E S T A Ç ~ E SMAIS G R A V E S

3-1. A p r e s e n t a ç ã o d o s R e s u l t a d o s

A s e g u i r são apresentados o s r e s u l t a d o s durante t o d o


o p e r í o d o de e s t u d o , s e m determinar s u a e v o l u ç ã o no t e m p o , e
a g r u p a d o s s e g u n d o a divisão em e l e m e n t o s e s t a b e l e c i d a a n t e r i o r -
mente.
Os r e s u l t a d o s o b t i d o s f o r a m sempre u m a r e l a ç ã o p e r c e -
n
tua1 entre o t o t a l de que apresentassem determinado
e l e m e n t o o u componente com d e f e i t o e o t o t a l d e p r é d i o s q u e o s
possu~ssem. E s t a s r e l a ç õ e s permitem a comparação e n t r e a s d i -
f e r e n t e s s o l u ç õ e s utilizadas. ~arnbémforam o b t i d o s r e s u l t a d o s
que identificassem as naturezas d a s manifestações.

TABELA 3 . 1 - ~ a n i f e s t a ~ 8 e ps a t o l ó g i c a s e m p r e -
A

dios e s c o l a r e s em P o r t o A l e g r e .

Natureza das
manifes taçÕes
(2)
Estrutural - 37,2
Pilarete 152 Prumo - 27,9
~rosão - 34,9

1
Alicerce
E s t r u t u r a l - 25,O
Prumo
~rosão
- O
- 75,O

. PISOS M
7Soalho
Apodrecimento
Quebra
A ~ de
~
-
-
33,O
16,O
cupins - 2 6 , O
O

Com deformações - 25,O

(continua)
( c o n t i n u a ç ~ od a T A B E L A 3.1)

O 4 €1 I I
LI a caroo i a m 1 G?-
71 O I uiaio a
5*.:4o Natureza das aiaivi
.d oai oFr Bal WWPI
o -a a u u a m o udg LJ manif es taç& -r1i o
rl
a i0 o u G Fi mal
o*m.ri m ai3r o a
C ul
-4 k
w H n u G 2q-u o O d u u u w (21 E22
podrec cimento - O O
A ~ ~ cupins
de O - 11 ,O 1
A Tacos 65 9,2
Descolamento - 33,O 3
Extravio - 56,O 5
2. PISOS
P1 I
Quebra - 33,O 9
e cerâmica 61 18,O Descolamento - 30,O 8
A
Extravio - 37,O 10
lvenaria
A tevestida
46 13,o Estrutural - 100,O 6
Alvenaria
A revestida 45 6,7 Estrutural. - 100,0 3
3 ------A
PR
E
-
DES Apodrecimento - 38,l 45
~ ~ ã o d e c u p i n s- 3 7 , 3 44
M Madeira 152 36,2
F a l t a de tábuas 10,2 - 12
Quebra -14,4 17

A
Reboco Descolamento - 40,O 6
4 . REVES- 46 28,3
externo Fissuras - 60,O 9
-----OTNEMIT
M/A Azulejo 82 17,l
Trincas - 41,2 7
Descolamento - 58,8 10
Pintura
M
interna 152 75, O - -
5. P I N - Pintura
A
interna 91 78,O - -
TURA Pintura
M - -
externa
Pintura
152 68,4
-
A
externa 92 78,O -
Portas Apodrecimento - 34,l 29
M/A de 2 12 23,6 Quebra - 29,4
madeira 25
A Ç ~ Ode cupins - 36,5 31
'Ortas de
G.ESQUA- A
ferro 65
-
13,s corrosão - 100,o 9
DRIAS Janelas -
MIA de 1 77 i9,a
( Apodrecimento - 54,O 27
madeira Quebra - 46,O 23
A Janelas
89 16,9 -
I MIA
de ferro
Vidros 243 31,3
corrosão

Quebra -
100

100
15

74
M/A Ferragem 243 62,9 Quebra - 100 153

(continua)
( c ~ n t i n u a ç ã od a TABELA 3.1)

O 4 e1 1
m~
u a a 1 0 0 I m w i Natureza das
-o O ~ 1 1 ~ ) t ) m~ a o a w a m
C -A
o a
o
a
I
Q) o ~ i E Q ai +ao
Ou *U- i q w manifestações P W UJ
.r110
ai
r( .ri
Gioi
k O
ci
$d
W ~
O U
0.a.A
V ~
C rPiUJ
ai p i 3 k O o i
e-d
(21
d ui
O. Cd cd
W w u zw-do ~ P I U ~ O ' H Z E u
I

MIA
Telhas
de
barro
56 35,l
Quebra
Desvio
- 82,6
- 17,4 l94 I
7. CO- -
Telhas £i
187 24,6
Quebra - 84,b 44
BER- M/ A bro-ci-
mento Extravio - 1 5 , 4 8 t
TURA -
Forro Apodrecimento - 47,9 34
*/* fêmea
macho-
126 32,5
Quebra
cupins
~ ~ ã o d e -
-
38,O
14,l
27
L0
1
Forro Quebra
MIA Eucatex 122 27 E s t u f a m e n t o p / á g u a-- 3 491 9,761 19
20
I Extravio - 18,7 9

M/A Calha 78 17,O h


1 13 I

$.INSTA 243 39,5 - 95


LAÇÃÕ Cx. medid. -
M/A e d i s j u n t . . 243 7,o 17
ELETRICA
MIA Fios 2 43 13,2 - 33
--- Tubulaçoes
-
I
l
M/A hidráril. 189 27,5
-1
9 . I N S T A M/* Tubu laçoes 181 13,8 - j2
25
LA(;AO s ani t ;riaq
HIDBO- Quebra - 68,4
SANITA-
RIA
M/A Louças 181 10,5
Desprendimento - 31,6 1 I
Vazamento - 64,O 32
M/A Metais 181 27,6
Quebra - 36,O 18

esta coluna é apresentada o total de cada manifestação, identificando


sua natureza. H; casos em que o número d e manifestações é maior que o
d e prédios com d e f e i t o , porque pode ocorrer a manifestação d e um ou m a i s
tipos de defeitos por ~ r ê d i o .
Resumo

A s e g u i r é a p r e s e n t a d o o total d e d e £ e i t o s , mantendo-
se a divisão p r o p o s t a . ~ l é md i s s o também é mostrada a p a r t i c i -
p a ç ã o p e r c e n t u a l d e s t e s elementos.

FIGURA 3.1 - ~ < m e r od e m a n i f e s t a ç õ e s p a -


t o l õ g i c a s p o r elemento d a
edificação.
FIGURA 3.2 - P o r c e n t a g e m de manifestações p a t o -
l ó g i c a s por e l e m e n t o d a e d i f i c a ç ã o .

D o i s elementos s e destacam p o r a p r e s e n t a r e m percen-


t u a i s acima de 202, s ã o e l e s e s q u a d r i a s e pintura. Os reves-
t i m e n t o s apresentaram o menor percentual, e n t r e t a n t o deve s e r
r e s s a l t a d o q u e ele e n g l o b a apenas o r e b o c o externo e o s a z u l e -
jos. E m e s t u d o a s e r desenvolvido a i n d a n e s t e t r a b a l h o , p r e t e n -
de-se c o r r e l a c i o n a r o s p e r c e n t u a i s de incidência, com o s c u s t o s
d e m a n u t e n ç ã o , v i s a n d o determinar a real significância n o a s p e c -
t o f i n a n c e i r o d e c a d a elemento, p o i s p o d e o c o r r e r d e uma mani-

festação de a l t a i n c i d ê n c i a representar pouco e m termos de c u s t o


ou vice-versa.

3.2. ~ n á l i s e d o s R e s u l t a d o s

A partir d a TABELA 3 . 1 f o i r e a l i z a d a a análise d o s re


-
s u l t a d o s , o n d e ficaram evidenciadas algumas c o n c l u s Õ e s :
d

- ~ u n d a ~ õ e s :analisando, o s d e f e i t o s e m f u n d a ç õ e s , e
p o s s i v e l a £ i r m a r que a s o l u S ã o a l i c e r c e a p r e s e n t a m e l h o r compoz-
t a m e n t o e m uso. E n t r e os pilaretes os d e f - e i t o s causados p o r
erosão e de n a t u r e z a e s t r u t u r a l ( f i s s u r a s , r a c h a d u r a s e q u e b r a s )
tem m a i o r p a r t i c i p a ç ã o , enquanto nos a l i c e r c e s h â uma p r e d o m i -
nância dos d e f e i t o s c a u s a d o s p o r e r o s ã o .

- Pisos: p e l o s d a d o s d a TABELA 3.1, p o d e - s e afirmar


q u e o s t a c o s apresentam m e l h o r c o m p o r t a m e n t o e m uso q u e o s s o a -
lhos. N e s t e s a m a n i f e s t a ç ã o d e maior i n c i d ê n c i a & d e s o a l h o s
a p o d r e c i d o s , s e g u i d o s p e l a a ç ã o de c u p i n s e com deformações. E m
r e l a ç ã o a o s t a c o s observa-se q u e após o d e s c o l a m e n t o e x i s t e uma
e l e v a d a i n c i d & n c i a de e x t r a v i o , q u e p o d e r i a s e r r e d u z i d a p o r um
p r o g r a m a de m a n u t e n ç ã o * e r i Ó d i c a . ~ e n Ô m e n os e m e l h a n t e o c o r r e
com o s p i s o s r e v e s t i d o s c o m c e r z m i c a .

- Paredes: comparando o s d o i s s i s t e m a s c o n s t r u t i v o s
{ a l v e n a r i a e m a d e i r a ) , o b s e r v a - s e um m e l h o r c o m p o r t a m e n t o e m u s o
das paredes d e alvenaria. Ma c o m p a r a ç ã o d e p a r e d e s d e a l v e n a r i a
aparente e a l v e n a r i a revestida, deve-se l e v a r em c o n t a q u e a a v-
a
l i a ç ã o f o i f e i t a a t r a v é s do a p a r e c i m e n t o d e f i s s u r a s , o que n o
caso das paredes revestidas tornava d i f í c i l a diçtinFão entre a
f i s s u r a s e l o c a l i z a r no r e b o c o o u na alvenaria. Nas p a r e d e s de
m a d e i r a as m a n i f e s t a ç õ e s p o r a p o d r e c i m e n t o e a ç ã o d e c u p i n s a p r-
e
s e n t a m maior p e r c e n t u a l , i n d i c a n d o a u s ê n c i a d e t r a t a m e n t o e m a -
nutenção.

- Revestimentos: nos rebocos externos n o t a - s e uma i n -


c i d ê n c i a m a i o r d e f i s s u r a s , e n q u a n t o n o s a z u l e j o s o s m a i o r e s p r-
o
blemas s ã o o d e s c o l a m e n t o e e x t r a v i o d e peças.

- Pintura: observa-se i n c i d ê n c i a s s e m e l h a n t e s p a r a de-


f e i t o s e m p i n t u r a i n t e r n a d e p r G d i o s de m a d e i r a e a l v e n a r i a , en-
q u a n t o p a r a p i n t u r a e x t e r n a v e r i f i c a - s e uma d e g r a d a ç ã o m a i o r p a -
r a p r é d i o s de alvenaria.

- Esquadrias: v e r i f i c a - s e nas p o r t a s d e m a d e i r a o s
mesmos p r o b l e m a s das paredes d e m a d e i r a , e v i d e n c i a n d o n o v a m e n t e
a a u s ê n c i a de tratamento e manutenção. No c a s o de v i d r o s e f e r -
ragens os v a l o r e s ,apresentados f o r a m elevados, causados p o s s i v e l
-
mente p o r a t o s d e vandalismo, conforme r e l a t a d o p e l o s u s u á r i o s e
f i o c a s o d a s f e r r a g e n s , t a m b e m p o r c o n d i ç õ e s d e u s o intenso e
agressivo.

- Cobertura: analisando as t e l h a s d e f i b r o - c i m e n t o e

barro, e v i d e n c i a - s e u m m e l h o r c o m p o r t a m e n t o e m u s o d a s p r i m e i -
r a s , embora t e n h a m - a p r e s e n t a d o d i s t r i b u i ç õ e s d e m a n i f e s t a ç Õ e s
semelhantes. Nos f o r r o s verifica-se q u e a s o l u ç ã o e u c a t e x a p r -
e
s e n t o u melhores resultados. N o s f o r r o s macho-f êmea as m a i o r e s
-
i n c i d ê n c i a s s ã o d e a p o d r e c i m e n t o e açaa de c u p i n s - f a t o comum a
t o d o s e l e m e n t o s d e m a d e i r a , até aqui.

- Instalações: nas i n s t a l a ç õ e s hidso-sanitárias o b -


s e r v a - s e uma i n c i d ê n c i a m a i o r d e vazamentos n a s t u b u l a ç õ e s h i -
d r á u l i c a s e m e t a i s , devendo-se c o n s i d e r a r n o e n t a n t o q u e a re-
.
c u p e r a ç a o d a s t u b u l a ç õ e s é mais c o m p l e x a .

3 . 3 . Diagn6stico d a s M a n i f e s t a q õ e s m a i s Graves

3.3.1. Quanto Segurança Estrutural

Pela natureza do q u e s t i o n á r i o , t o r n o u - s e difí-


c i l d e t e r m i n a r rnani£estaçÕes q u e causassem r i s c o e s t r u t u r a l aos
prédios. Eram p o u c o s os' itens d a q u e s t i o n á r i o q u e r e l a c i o n a v a m
elementos e c o m p o n e n t e s com a s p e c t o s de s e g u r a n ç a e m e s m o a s s i m
nem sempre e r a f g c i l ao u s u á r i o r e c o n h e c e r os d e f e i t o s .

E n t r e e s t e s elementos e componentes teríamos as fuii-


d a ç õ e s e as p a r e d e s d e alvenaria. Sobre e s t a s < l t i m a s , . c o n v ~ m
manter as observações a n t e r i o r e s , s o b r e o reconhecimento de
f i s s u r a s n a s paredes pelos u s u á r i o s . E m r e l a ç ã o 2s f u n d a ç õ e s ,
o e s t u d o deve se c o n c e n t r a r nos p i l a r e t e s , p o i s os alicerces
alem de a p r e s e n t a r e m p e q u e n a i n c i d ê n c i a d e d e £ ei tos, t a m b é m o £ e-

recem d i f i c u l d a d e s ao reconhecimento.

~ n a l i s a n d oo s p i l a r e t e s o b s e r v a - s e u m a d i s t r i b u i ~ ã o
próxima d o s 3 d e f e i t o s a p r e s e n t a d o s ( e s t r u t u r a l , prumo e e r o s ã o ) ,
c o n f o r m e m o s t r a d o n a T A B E L A 3.1. P e l o número d e d e f e i t o s r e l a -
t a d o s , p o d e s e r o b s e r v a d o q u e e x i s t e m ~ r é d i o sc o m m a i s d e u m a
manifestasão, d o n d e pode s e r p r e s u m i d o q u e h a j a uma r e l a ç ã o d e
c a u s a e e f e i t o e n t r e eles. Exemplificando, em um p r é d i o q u e
apresentasse o s p i l a r e t e s descalçados p o r e r o s ã o , n o r m a l m e n t e
t a m b é m o s t e r i a f o r a d e prumo e como c o n s e q i i ê n c i a p o d e r i a m s u r -
g i r e s f o r ç o s n ã o previstos, o s q u a i s causariam as fissuras.
i r n relação à s f i s s u r a s , observou-se nas v i s i t a s à
campo que e m a l g u n s c a s o s e l a s s u r g i a m p o r m a l p o s i c i o n a m e n t o
d o s b a r r o t e s q u e dão a p o i o ao p i s o , o q u e também c a u s a r i a e s f o r -
ç o s não previstos.

P e l a a n á l i s e realizada poderiamos s u p o r que o s defei-


t o s nos p i l a r e t e s t ê m o r i g e m nas e t a p a s d e p r o j e t o e execução.
No p r o j e t o s e r i a m o s d e f e i t o s c a u s a d o s p o r e r o s ã o , p o i s as e s c o -
l a s q u e a p r e s e n t a r a m e s t e p r o b l e m a e r a m e m sua m a i o r p a r t e l o c a -
l i z a d a s e m t e r r e n o s a c i d e n t a d o s , p a r a os p u a i s d e v e r i a s e r p r e -
v i s t o u m sistema e f i c i e n t e d e drenagem s u p e r f i c i a l d a água d a s
chuvas. J á o s d e f e i t o s e s t r u t u r a i s e de prumo t e m m a i o r chance
d e surgirnento q u a n d o d a e x e c u ç ã o , p o i s é n e s t a f a s e que 6 f e i t a
a locasão dos p i l a r e t e ç e dos barrotes.

3.3.2. Q u a n t o ao Funcionamento

Normalmente a existência de q u a l q u e r d e f e i t o afeta o


d e s e m p e n h o de u m e l e m e n t o o u o f u n c i o n a m e n t o d e u m p r é d i o . En-
t r e t a n t o s e r ã o analisados a q u i o s elementos e componentes que
p o s s a m l e v a r à i n t e r d i ç ã o p a r c i a l o u t o t a l d e u m prédio. Entre
e s t e s itens, d e s t a c a m - s e :

a) C o b e r t u r a

O elemento c o b e r t u r a a g r u p a a s t e l h a s , f o r r o s e ca-
l h a s , e n t r e t a n t o o s componentes que devem merecer maior a t e n ç ã o
s ã o as t e l h a s e as c a l h a s , j á que os d e f e i t o s em f o r r o s p o d e m
s e r assumidos e m s u a maioria como consequência dos p r i m e i r o s .
A s t e l h a s q u e r s e j a m c e r â m i c a s o u de f i b r a - c i m e n t o
a p r e s e n t a r a m p e r c e n t u a i s d e d e f e i t o s e l e v a d o s (TABELA 3.1) e em
ambos os c a s o s a p r i n c i p a l m a n i f e s t a ç ã o r e l a t a d a e r a a e x i s t ê n -
c i a de t e l h a s q u e b r a d a s ( T A B E L A 3.1). A e x i s t ê n c i a deste d e f e i -
t o faz com q u e s e t o r n e p o s s í v e l a infiltração d e água de c h u v a
p a r a o i n t e r i o r do p r é d i o , c a u s a n d o com i s t o o a p o d r e c i m e n t o
dos f o r r o s e o s u r g i m e n t o de m o f o . E s t a s 2 conseqllências já são

s u f i c i e n t e s para t o r n a r o ambiente i n s a l u b r e , principalmente c o n


-
s i d e r a n d o - s e a s c o n d i ç õ e s c l i m ã t i c a s do R i o G r a n d e do S u l , e n t r e
tanto a principal conseqiiência é o surgimento d e goteiras, as
q u a i s dependendo de sua e x t e n s ã o podem i m p e d i r o u s o d a s salas
OU da g r z d i o s i n t e i r o s .
A e x i s t e n c i a d e telhas q u e b r a d a s p o d e s e r a t r i b u í d a a
d i v e r s a s c a u s a s , e n t r e elas :

- i n c l i n a ç ã o i n c o r r e t a , b e i r a l excessivo p o r erro d e
projeto, no c a s o d a s t e l h a s e m f i b r o - c i m e n t o ;
- m á q u a l i d a d e da m ã o - d e - o b r a q u e p o d e c a u s a r e r r o s
d e f i x a s ã o , e s p a s a m e n t o i n c o r r e t o e n t r e r i p a s , i n c l i n a ç ã o erra-
d a do t e l h a d o , e t c . ;
- c o n d i ç õ e s d e u s o t a i s como a s t e l h a s s e r e m a t i n g i d a s
p o r b o l a s ( f a t o c o m u m em p á t i o s d e educação f í s i c a ) e p e d r a s
(atos d e vandalismo), o u mesmo o trânsito d e p e s s o a s não quali-
f i c a d a s s o b r e o t e l h a d o em s e r v i ç o s de manutenção;
-
d

c o n d i ç õ e s climáticas s e v e r a s , p o i s s a o comuns no Rio


G r a n d e d o S u l o s v e n d a v a i s e as chuvas d e g r a n i z o ( o c o r r e r a m 7
v e z e s no inverno d e 8 7 ) .

N e s t e e s t u d o n ã o f o i p o s s í v e l d e t - e r m i n a r uma c a u s a d o -
minante, entretanto d e v i d o 2 a l e a t o r i e d a d e d a s demais, p o d e - s e
s u p o r que a p r i n c i p a l s e j a a q u a l i d a d e d a mão-de-obra, pois esta
é possível d e o c o r r e r em t o d o s os p r é d i o s . Considerando e s t a
a f i r m a ç ã o como c e r t a , o d e f e i t o t e r i a o r i g e m na e t a p a d e e x e c u -
-
ç a o e s e u c o n t r o l e d e v e s e r f e i t o a t r a v é s d a m e l h o r i a d a mão-de-
o b r a e m a i o r n í v e l de e x i g ê n c i a d a f i s c a l i z a ç ã o .

E m r e l a ç i o à s c a l h a s , foi a p e n a s r e l a t a d a a e x i s t ê n c i a
o u n ã o d e d e f e i t o e o v a l o r a p r e s e n t a d o f o i d e 172. E n t r e o s
d e £ e i t o s p o s s í v e i s d e o c o r r e r em c a l h a s e t u b o s d e q u e b r a , te-
mos: entupimento por f o l h a s , a m a s s a m e n t o s , furos o u r a s g o s .

A e x i s t ê n c i a de d e f e i t o s n a s c a l h a s , d a m e s m a forma
que as t e l h a s , p e r m i t e a infiltração da á g u a d a s chuvas p a r a o
i n t e r i o r da ~ r é d i o ,q u e r s e j a p e l o acúrnulo d e á g u a n o c a s o d o s
e n t u p i m e n t o s o u a t r a v g s dos f u r o s o u r a s g o ç e x i s t e n t e s .

E s t e s d e f e i t o s p o d e m t e r o r i g e m na e t a p a d e u s o e e m
a l g u n s c a s o s no p r o j e t o , já que p o d e t e r havido m a l d i m e n s i o n a -
m e n t o das s e ç õ e s . No p r i m e i r o c a s o c a b e r i a e x i s t i r u m s i s t e m a
d e manutenção p r e v e n t i v a , q u e r e a l i z a s s e p e r i o d i c a m e n t e uma re-
v i s ã o no s i s t e m a d e c o l e t o r e s pluviais.
D) Pisos

Continuando a a n á l i s e d e e l e m e n t o s q u e a f e t a m o
f u n c i o n a m e n t o d o s p r é d i o s , destacam-se o s p i s o s , mais e s p e c i f i -
camente os s o a l h o s . As manifes t a ç Õ e s a p r e s e n t a d a s p e l o s s o a l h o s
tota lizam 7 7 , 5 % dos d e £ e i t o s r e l a t a d o s n o s p i s o s ( T A B E L A 3.1).
E s t e e l e m e n t o f o i c o n s i d e r a d o importante principalmente p e l o s
t i p o s d e defeito que a p r e s e n t a , o s q u a i s podem l e v a r interdi-
ç ã o d e s a l a s de a u l a s , p o i s c o l o c a m em r i s c o a s e g u r a n ç a f í s i c a
dos u s u ~ r i o s . S e g u n d o a TABELA 3.1, as p r i n c i p a i s m a n i f e s t a -
-
çoes
-
sao: a p o d r e c i m e n t o , p r e s e n ç a d e c u p i n s e existência d e p i -
sos c o m d e f o r m a ç õ e s e com tábuas q u e b r a d a s .

P e l o s questionários e v i s i t a s 2 campo, foi verificado


que é comum a e x i s t ê n c i a d e mais de uma m a n i f e s t a ç ã o em u m mes-
mo p r é d i o , m o s t r a n d o t a l v e z uma r e l a ç ã o e n t r e elas. E x e m p l i f i-
cando, os sarrafos apodrecidos perdem r e s i s t ê n c i a , tornando-se
com i s t o mais s u s c e t í v e i s 2 quebras e c o n t r i b u i n d o para a de-
formação do p i s o . Analisando as c a u s a s p r o v á v e i s p a r a c a d a m a -
n i f e s t a ç ã o temos:

- p i s o apodrecido - ocorre p e l a presença d e água que


p o d e s e r p r o v e n i e n t e do s o l o ( c a u s a o a p o d r e c i m e n t o g e n e r a l i z a -
do d o p i s o ) ; d e c h u v a s d i r e t a s o u p e l o e s c o a m e n t o s u p e r f i c i a l
d a s chuvas (causa o apodrecimento das p o n t a s dos s a r r a f o s nas
p a s s a r e l a s e x t e r n a s d a s e s c o l a s d e madeira) ; d e l a v a g e n s cons-
t a n t e s com a b u n d â n c i a d e água e p r o d u t o s q u í m i c o s ;

- p i s o q u e b r a d o - p o d e o c o r r e r p o r mal dimensionamento
do e s p a ç a m e n t o e n t r e o s b a r r o t e s q u e s u s t e n t a m o s s a r r a f o s ; p o r
e n f r a q u e c i m e n t o d e v i d o ao a p o d r e c i m e n t o d o s s a r r a f o s ; fadiga
n a t u r a l d o s sarrafos;

- p i s o com c u p i m - não t r a t a m e n t o da m a d e i r a ;
- p i s o com d e f o r m a ç ã o - f a d i g a d o s sarrafos e / o u dos
b a r r o t e s d e s u s t e n t a ç ã o ; f a l h a s no d i m e n s i o n a m e n t o d o s b a r r o t e s ;
f a d i g a das tábuas.
~ n a l i s a n d oa origem d a s manifestações pode s e r d i t o
que e l a s p r o v a v e l m e n t e s u r g i r a m n a s e t a p a s d e p r o j e t o ( f a l h a s no
d i m e n s i o n a m e n t o dos s a r r a f o s e b a r r o t e s ) ; e x e c u ç ã o (não t r a t a -
mento d a madeira c o n t r a c u p i n s e umidade); u s o (lavagens e f a -
diga},
A s ins t a l a ç õ e s e l é t r i c a s e h i d r á u l i c a s a p r e s e n t a r a m
o mesmo p e r c e n t u a l d e d e f e i t o s (FIGURA, 3 . 2 ) e t a m b é m f o r a m con-
s i d e r a d a s como e l e m e n t o s que i m p e d e m o f u n c i o n a m e n t o n o r m a l d o s
prédios. E s t a afirmação s e j u s t i f i c a , pois que apresen-
t a m p r o b l e m a s e m i n s t a l a ç õ e s e l é t r i c a s e s t ã o s u j e i t o s a incên-
dios e a c i d e n t e s c o m o s usuários, p r i n c i p a l m e n t e c r i a n ç a s , en-
q u a n t o o s d e f e i t o s e m i n s t a l a ç õ e s h i d r á u l i c a s t o r n a m c r i t i c a s as
c o n d i ç õ e s d e h i g i e n e , f a v o r e c e m a. c o i i t a m i n a ç ã o d a á g u a p o t á v e l ,
etc.

N a s i n s t a l a ç õ e s elétri.cas, d o i s c o m p o n e n t e s s e d e s t a -
cam: a s c h a v e s / t o m a d a s e o s fios, q u e r e p r e s e n t a m 6 6 , 2 % e 22,IX
d o total de d e f e i t o s . E m ambos o s c a s o s , s o m e n t e e r a r e l a t a d a
no q u e s t i o n á r i o a e x i s t ê n c i a d e d e f e i t o s , e n t r e t a n t o a p a r t i r d e
v i s i t a s a c a m p o f o i p o s s í v e l determinar as ~ r i n c i ~ a mi as n i f e s t a -
-
çoes. A s c h a v e s / t o m a d a s a p r e s e n t a r a m - s e em sua m a i o r i a q u e b r a -
d a s o u t i n h a m s i d o r e t i r a d a s , enquanto o s f i o s a p r e s e n t a v a m - s e
d e s e n c a p a d o s , e x p o s t o s a o c o n t a t o com u s u á r i o o u d a n i f i c a d o s p o r
curto-circuicws.

0 s d e f e i t o s nas chaves e t o m a d a s s ã o c a u s a d o s p r i n c i -
p a l m e n t e p o r a t o s d e vandalismo, t e n d o p o r t a n t o o r i g e m na e t a p a
d e uso. ~ã os d e f e i t o s nos f i o s podem s e r o r i g i n a d o s n a s e t a p a s
de p r o j e t o , nos casos de curto-circuito causados por erros d e
*
d i m e n s i o n a m e n t o d e c a r g a s e b i t o l a s de f i o s ; e x e c u ç a o , q u a n d o
e l e s s c a p r e s e n t a m d e s e n c a p a d o s o u e x p o s t o s ao u s u ~ r i o , não ten-
do s i d o portanto utilizados elementos isolantes o u d e v i d a m e n t e
e n f i a d o s ; uso, e m c a s o s d e c u r t o - c i r c u i t o causados p o r sobrecar-
gas.

Nas i n s t a l a ç õ e s h i d r á u l i c a s também s ã o d e s t a c a d o s dois


elementos: os canos h i d r á u l i c o s com 3 5 , 6 % d o total d e d e f e i t o s
e o s m e t a i s s a n i t á r i o s com u m p e r c e n t u a l d e 3 4 , 2 (TABELA 3.1).
O Ú n i c o defeito r e l a t a d o nos canos é a e x i s t ê n c i a d e vazamentos,
que p o d e t e r o r i g e m na e t a p a d e e x e c u ç ã o , p o r f a l h a s d e c o l a g e r n ,
soldagem, e t c . O s vazamentos p o d e m também s e o r i g i n a r n a s e t a -
pas d e u s o (vandalismo, uso d e produtos quimicas), projeto (es-
p e c i f i c a ç ã o d e c a n o s f e i t o s com m a t e r i a i s não r e s i s t e n t e s 2 s f u -
t u r a s c o n d i ç õ e s de exposição, por e x e m p l o em 1 a h o r a t Õ r i o s ) . Nos
metais s a n i t á r i o s eram r e l a c i o n a d o s a e x i s t ê n c i a d e v a z a m e n t o s
e elementos q u e b r a d o s . Estes d e f e i t o s p o d e m t e r s e ' o r i g i n a d o
n a e t a p a d e uso, q u e r s e j a pelo d e s g a s t e n a t u r a l dos elementos
d e v e d a ç ã o , q u e r s e j a p o r vandalismo.

3.3.3. Q u a n t o ao C u s t o

A análise d e c u s t o s f o i f e i t a 2 p a r t i r de r e l a t ó r i o s
d e v i s t o r i a s r e a l i z a d a s em o u t u b r o / 8 5 , p o r t é c n i c o s d a S D O a d i -
versas escolas. N e s t a s vistorias e r a v - e r i f i c a d a a n e c e s s i d a d e
d e manutenção nos e l e m e n t o s e c o m p o n e n t e s e o r ç a d o s e u c u s t o e m
um v a l o r reajustãvel (OTN). Para e s t e e s t u d o , o s e l e m e n t o s e
componentes f o r a m a g r u p a d o s s e g u n d o a d i v i s ã o a t é a q u i u t i l i z a -
d a , e o s p r é d i o s foram classificados segundo o fechamento e x t e r -
no. o u s e j a , m a d e i r a e alvenaria.

E! i m p o r t a n t e salientar q u e nem t o d a s as e s c o l a s vis-


t o r i a d a s p e l o s t é c n i c o s constavam do a r q u i v o u t i l i z a d o p a r a o ,

l e v a n t a m e n t o d a s m a n i f e s t a ç õ e s p a t o l ó g i c a s , portanto visando
p o s s i b i l i t a r o cruzamento d a s i n f o r m a S Õ e s d e c u s t o com a s d e p a -
tologia, s ó f o r a m analisadas as e s c o l a s q u e c o n s t a s s e m de ambos
arquivos.

A p a r t i r d e s t a c o n s i d e r a ç ã o , foram s e l e c i o n a d o s 75 p r-é
dias d e u m t o t a l de 1 7 6 r e l a t o r i o s e x i s t e n t e s , s e n d o 3 2 d e alve-
n a r i a e 4 3 d e madeira. E s t e s ~ r é d i o st o t a l i z a r a m 4 8 0 8 9 rn 2 , s e n -
2
do 3 8 4 8 9 m o u 80% d a á r e a t o t a l e m a l v e n a r i a e 9600 m2 e 2 0 % e m
2
madeira. Camo á r e a média, tem-se r e s p e c t i v a m e n t e 1202,8 m e
223,3 m
2
.
A s e g u i r é m o s t r a d o o total de c u s t o s , mantendo-se a
d i v i s ã o e m elementos e a p a r t i c i p a ç ã o percentual de cada um e é
f e i t a a c o m p a r a ç ã o e n t - r e a p a r t i c i p a ç ã o percentual de c u s t o s e
manifestações .
rn r t *&*+r-sar

F I G U R A 3 . -~ f n c i d ê n c i a d e c u s t o s p o r
elementos d a e d i f i c a ç ã o .

fundacoes

revesürnenbs

I pintrn
69 esquadrios

pamdes

E eoberhim

83 pisos

inat sletrlca

FIGURA 3.4 - P a r t i c i p a ç ã o percentual d e c u s t o s


p o r elemento da e d i f i c a ç ã o .
TABELA 3 . 2 - ~ o r n ~ a r a ~entre
ão p a r t i c i p a ç ã o percen-
tua1 d e manifestações e c u s t o s ,

~ a r t i c i ~ a ~pãe o
rcentual
d a s manifes t a ç o e s de c u s t o s

Elementos Elementos %
Pintura ---
39.47
Pintura 22.30 Cobertura 19,08

I Cobertura
--
1 12.681 1nstalaÇÓes h i d r á u l i c a s 10 , 7 9

Pisos 10,78 Esquadrias 10,59


1ns talações h i d r á u l i c a s 8,95 1nstal ações e l é t r i c a s 7,63
1nstalaÇÕes elétricas 8,90 Paredes 5,17
f aredes 7,78 Pisos 4,80
Revestimento 2,37
1 Revestimentos 1 1.961 ~unda~ões 0,lO

Visando determinar a real importbncia d e cada elemen-


t o n a manutenção dos p r é d i o s , f o i criado um i n d i c e d e Importân-
cia (1.1.). O 1.1. é o b t i d o p e l a m u l t i p l i c a ç ã o d o s p e r c e n t u a i s
obtidos em c a d a levantamento p a r a c a d a elemento. É importante
s a l i e n t a r que e s t e í n d i c e n ã o l e v a em c o n t a a g r a v i d a d e d o s d e -
f e i t o s , c o n s i d e r a n d o a p e n a s sua importancia e m r e l a s ã o a c u s t o s
e incidsncia.
-- .--.-. -- -. .. .
TABELA 3 . 3 - Í n d i c e d e Tmport%ncia p a r a os

e l e m e n t o s d a e d i f i c a ç ã o (1.1.).

Elementos 1.1.

Pintura 880,18
E s q u a d r i as 251,72
Cobertura 241,93
1nçtalaçÕes hidráulicas 96,57
~ n s t a l a ~ õ eesl é t r i c a s 67,91
Pisos 51,74
Paredes 40,22
Revestimentos 4,65

+
~unda~ões 0,29
P e l a a n á l i s e das TABELAS 3 . 2 e 3 . 3 , f o i p o s s í v e l fa-
z e r as s e g u i n t e s c o n s i d e r a ç õ e s :

- d o s 4 e l e m e n t o s q u e p o s s u e m maior p a r t i c i p a ç ã o d a s
m a n i f e s t a G Õ e s ( e ç q u a d r i a s , pintura, c o b e r t u r a e p i s o s ) , 3 se r-
e

p e t e m na d i s t r i b u i ç ã o d e c u s t o s e m b o r a não mantenham a s m e s m a s
posições. A exceção são os p i s o s que foram s u b s t i t u í d o s p e l a s
instalações h i d r á u l i c a s ;

- a p i n t u r a p o s s u i o maior 1.1. (880,18), s e n d o s u p e -


r i o r a o ç o m a t ó r i o dos d e m a i s (7'55,031;

- o elemento p i n t u r a p o s s u i 1.1. praticamente 3 , 5 v e -


z e s m a i o r q u e as e s q u a d r i a s (251,72) e c o b e r t u r a (241,931;

- os 2 elementos d e m e n o r p a r t i c i p a s ã o na d i s t r i b u i ç ã o
de manifestações ( f u n d a S õ e s e revestimento) s e r e p e t e m nos cus-
t o s e 1.1;

- a s e s q u a d r i a s a p r e s e n t a m m a i o r p e r c e n t u a l de mani-
festações (23,77%), e n t r e t a n t o encontra-se 2m 40 l u g a r na d i s -
t r i b u i ç ã o de custos. Este p e r c e n t u a l e l e v a d o s e d e v e as ferra-
g e n s , q u e e n t r e t a n t o n ã o têm p e s o e l e v a d o nos c u s t o s .

Uma anãlise importante a s e r desenvolvida a s e g u i r é


a comparação d a d i s t r i b u i ç ã o p e r c e n t u a l d e c u s t o s , s e g u n d o o
s i s t e m a construtivo. Espera-se que s e j a p o s s í v e l d e s t a m a n e i r a
i d e n t i f i c a r o s itens mais s i g n i f i c a t i v o s a c a d a s i s t e m a , no q u e
se refere aos custos d e manutenção, serão apresentados o s cus-
t o s e m O T N 1 s o r ç a d o s para cada elemento, a participação gercen-
t u a 1 e a r e l a ç ã o c u s t o / m2 .

Os c u s t o s d e manutenção t o t a l i z a r a m 1 1 2 7 1 8 OTN'S, s e n -
do que os d e a l v e n a r i a r e p r e s e n t a m 72,3% d e s t e t o t a l
com 8 1 4 6 4 O T N t s , e n q u a n t o o s d e m a d e i r a s o m a m 3 1 2 5 4 OTN's re-
presentando 27,7%. E i m p o r t a n t e a n a l i s a r a relação c u s t o / m 2 que
r e s u l t a em 2 , l O T N / m 2 e 3 , 3 O T N / ~ I ~ p a r a a s p r g d . i o s d e a l v e n a -
f i a e m a d e i r a , respectivamente, E s t a r e l a ç ã o p e r m i t e a f i r m a r
q u e no u n i v e r a o d e e s t u d o analisado o s c u s t o s d e manutenção sao -
mmnarss p e r a o s p r é d i o s d e a l v e n a r i a .
F I G U R A 3.5 - ~ n c i d ê n c i ad e c u s t o s p o r e l e -
mentos d e e d i f i c a ç õ e s e s c o l a -
r e s e m madeira.
F I G U R A 3 . 6 - ~ n c i d ê n c i ad e c u s t o s p o r ele-
mentos de e d i f i c a ç Õ e s e s c o l a -
r e s e m alvenaria.
inat
htdmulico

FIGURA 3.7 - ~ a r t i c i ~ a ~p eã roc e n t u a l d e c u s t o s p o r e l e -


m e n t o d e edificaçÕes e s c o l a r e s em m a d e i r a .

FIGURA 3 . 8 - ~ a r t i c i ~ a ~p eãr oc e n t u a l d e c u s t o s p o r e l e -
mento d e e d i f icaçÕes e s c o l a r e s em alvenaria.
TABELA 3 . 4 - c o m p a r a ç á o d e c u s t o s para e d i f i c a ç Õ e s d e
madeira e a l v e n a r i a .

CUSTOS - Madeira - 9600 mL - Alvenaria -, 38489 m2 . TOTAL


~ l Valor
em
~ Custo
~
em
Particip.W
~ ~
dos custos
Valor
-
em
Custo
em
~ a r t i c i p .%
das custos
,,
tos
OTN ' s
2
OTN ' s /m manut enFão OTN ' s OTN ' 8 /m
2
manuf enção OTN '

~ u n d a ~ õ e s 110 0,01 O , 35 O 0 O 110


Revesti- 330 2,87 2671
0,03 1,06 2341 0,06
mentos
34797 42,72 44492
Pintura 9695 1,Ol 31,02 0,90 -
Esqua- 12939
2994 0,31 9,58 8945 0,23 10,98
drias
1 paredes 4646 0,48 14,87 1187 0,03 1,46 5833
-..------ --
Cobertura 5106 0,53 16,34 16401 0,43 20,13 21507

Pisos 2704 0,28 8,65 2705 0,07 3,32 5409


Ins t a l . 8599
2596 0,27 8,30 6003 0,16 7,37
elétrica
Ins tal.
3073 0,32 9,83 9085 0,24 11,15 12158
liidrául.

I 31254 3,26 100 81464 2,12 100 112718 /

Pela a n á l i s e d e s e n v o l v i d a 6 p o s s í v e l c o n c l u i r que:

- o s elementos p i n t u r a e c o b e r t u r a têm a m a i o r parti-


c i p a ç ã o p e r c e n t u a l em ambas tecnologias, e a p r e s e n t a m r e l a ç õ e s
c u s t o / m 2 b a s t a n t e próximas;

- o elemento fundações é o d e menor p a r t i c i p a ç ã o nos


2 t i p o s , s e n d o nulo n o s p r é d i o s d e a l v e n a r i a . I s t o confirma as
c o n s i d e r a ç õ e s f e i t a s no l e , v a n t a m e n t o d a s m a n i f e s t a ~ Õ e s ( T A B E L A
3-11;
- o elemento p a r e d e s é substancialmente mais signifi-
c a t i v o nos p r é d i o s de madeira, em v i r t u d e d e s e r u m m a t e r i a l d e
d e g r a d a ç ã o b e m mais r ã p i d a que a a l v e n a r i a ;

- o e l e m e n t o p i s o s a p r e s e n t a a m e s m a p o s i ç ã o e m ambas
t e c n o l o g i a s , e n t r e t a n t o o p e r c e n t u a l e a r e l a $ ã o O T N / 2~ é b e m
maior nos p r é d i o s d e m a d e i r a . Os m o t i v o s s ã o o s m e s m o s d a s p a -
redes, ou s e j a , os
d e m a d e i r a têm p i s o de s o a l h o , o s
q u a i s t a m b é m s e degradam mais r a p i d a m e n t e q u e as cerâmicas e
tacos ;
- o elemento instalação e l é t r i c a a p r e s e n t a a r e l a ç ã o
2
OTN/rn e p e r c e n t u a i s m a i o r e s nos p r é d i o s d e m a d e i r a , e m b o r a
a
ocupe a 7- p o s i ç ã o de i m p o r t â n c i a , e m c o n t r a s t e a o 5 0 l u g a r nos
p r é d i o s de a l v e n a r i a . Isto ocorre possivelmente p e l o s prédios
d e m a d e i r a a p r e s e n t a r e m as i n s t a l a ç õ e s e l é t r i c a s e x t e r n a s 5s
paredes.

P e l a s observações f e i t a s , é possível concluir que a s


d i f e r e n ç a s d e c u s t o s ã o sensíveis, quando o s e l e m e n t o s v a r i a m
j untamente c o m a t e c n a l o g i a d e c o n s t r u ç ã o a d o t a d a , p o r e x e m p l o
nos p r é d i o s d e madeira os p i s o s s ã o s e m p r e s o a l h o , as f u n d a ç õ e s
s ã o pilaretes, além d a s p a r e d e s . Portanto, estudos q u e visem
d e s e n v o l v e r p r é d i o s com menor c u s t o , d e v e m s e c o n c e n t r a r p r i n -
c i p a l m e n t e n e s t e s e l e m e n t o s , analisando s e u c u s t o d e m a n u t e n ç ã o ,
b e m como s e u c u s t o inicial.
Nesta etapa do e s t u d o serão listadas recomendações pa-
ra p r o j e t o , execução e manutenção d e p r é d i o s e s c o l a r e s , c o n s i d e -
rando o b r a s n o v a s e e x i s t e n t e s . Diante da impossibilidade de
analisar t o d o s elementos que a p r e s e n t a s s e m d e f e i t o s , o estudo
s e r á r e s t r i t o à q u e l e s destacados a n t e r i o r m e n t e , o u s e j a , o s de-
f e i t o s q u e c o l o c a m em r i s c o a s e g u r a n ç a e s t r u t u r a l d o s p r é d i o s ,
i n t e r f e r e m n o f u n c i o n a m e n t o normal d o s p r é d i o s o u rêm p a r t i c i p a -
ç ã o s i g n i f i c a t i v a nos c u s t o s d e manutenção.

Em r e l a ç ã o a obras novas, não serão f e i t a s recomenda-


ç õ e s no s e n t i d o d e s u b s t i t ~ l ~ ãdoo s elementos u t i l i z a d o s , j á que
p a r a i s t o s e r i a m n e c e s s á r i o s e s t u d o s d e d e s e m p e n h o d o s n o v o s e l-
e
rnentos i n d i c a d o s como a l t e r n a t i v o s . As recomendações t r a t a r ã o
d e m e d i d a s e c u i d a d o s a serem t c m a d o s no p r o j e t o e e x e c u ç a o ,
que embora n a maior p a r t e dos casos são básicos do processo
construtivo.

Para obras j á exis t e n t e s serão f e i t a s recomendações


visando a identificação dos defeitos e p r o c e d i m e n t o s p a r a sua
,.,
correçao. E i m p o r t a n t e e s c l a r e c e r que n ã o se p r e t e n d e analisar
todas as c a u s a s possíveis dos d e f e i t o s o b s e r v a d o s , mas apenas
a q u e l a s q u e s e a p r e s e n t a r a m m a i s f r e q u e n t e m e n t e nos l e v a n t a m e n -
tos.

Os d e f e i t o s a n a l i s a d o s serão sempre referendados a


itens a b o r d a d o s no c a p í t u l o 3 , onde foram d i s c u t i d a s s u a s possí
-
v e i s causas e origens. S e m p r e que p o s s í v e l , as recomendaçies
estarão d i s p o s t a s em f o r m a de fluxogramas e q u a d r o s , d e maneira
que s e j a facilitada a identificação dos d e f e i t o s e suas corre-
-
çoes.
4 . I. Segurança E s t r u t u r a l

Conforme r e l a t a d o no i t e m 3 . 2 . 1 , p r a t i c a m e n t e n ã o fo-
ram d e s c r i t o s d e f e i t o s q u e c o m p r o m e t e s s e m a e s t r u t u r a d o s p r é -
dios. O Ú n i c o e l e m e n t o d e s t a c a d o foram as f u n d a ç õ e s com ê n f a s e
no t i p o PILARETE.
(so3;agap sop o o S a x ~ o s ) s a z u a ~ s ? x 3 s e x q o
- (E
b) Obras Novas

TABELA 4.1 - s a r a prevenção d e d e f e i t o s


~ e c o r n e n d a ~ õ ep
e m fundações tipo pilarete.

DEFEITO CAUSAS P R O V Á V E L S

1. Mov. termica barro- 1. ~ i ~ a ~dos ã op i l a r e -


t e s que apoiam o p i s o . t e s com b a r r o t e s com
materiais que a b s o r -
2. E r r o d e posicionamen - vam movimentação -
to dos b a r r o t e s . projeto.

3 . Deslocamento - d a p o s -
I
I
s ã o por e r o s a o .
i 2.
,
Maior c o n t r o l e n a
l o c a l i z a ç ã o d o s- b a r -
r o t e s - execucao.

3 . Drenagem s u p e r f i-
cial - p r o j e t o .

I. Erro de p a s i c i o n a - 1. M a i o r c o n t r o l e no
mento. posicionamento d a
-
mão-de-obra - e x e c u -
2. Deslocamento por çao.
erosao.
2. Drenagem s u p e r f i -
3 . Recalque. cial -
~rojeto.

3 . Conhecimento d a s
c a r a c t e r í s t i c a s do
terreno/compaceação
e f i c i e n t e- - p r o j e t o
e execuçao.

1. C a r r e g a m e n t o d o ma- I. Drenagem s u p e r f i c i a l
t e r i a l da base p o r eficiente - p r o j e t o .
água d a chuva.

4.2. Funcionamento

No i t e m 3.2.2 f o r a m a n a l i s a d o s o s e l e m e n t o s q u e in-
f l u e n c i a v a m o funcionamento normal d o s ~ r é d i o s , quando aprese;
tavam d e f e i t o s , s ã o e l e s :
CBLHAS EHYUPIDRÇ?
b) O b r a s Novas

TABELA 4 . 2 - ~ e c o r n e n d a ç õ e sp a r a p r e v e n ç ã o
de d e f e i t o s em c o b e r t u r a .

1. R e c o b r i r n e n t o s i n c o r - 1/2/3/4, S e g u i r orien-
retos. t a ç õ e s d e Normas T - ~ C

PASSAGEM n i c a s e Manuais d o
Fabricante - Projeto.
DE
3 , ~ u s ê n c i ad e elemen- 5 . D i m e n s i o n a m e n t o cor-
ÃGUA
t o s complementares
( p i n g a d e i r a s , alge-
reto - -
cuçao.
p r o j e t o e e x-
e

r o s a s , capeamentos).

4. Caimento i n c o r r e t o .

5. Calhas i n s u f i c i e n t e s .
1. E s p a ç a m e n t o i n c o r r e - l/2. Seguir oriectação
TELHA SOLTA to entre r i p a s e cai - d e N o r m a s ~ é c n i c a se
QUEBRADA OU bros. Manuais do F a b r i c a c -
RACHADA t*e - p r o j e t o e exccu
2. ~ i x a ~ ãi noc o r r e t a . çao.
- I
1

P a r ~o s t e l h a d o s , o p r i n c i p a l a s p e c t o d e m a n u t e n ç ã o
c o n s i d e r a n d ~que sua e x e c u ç ã o e s t e j a c o r r e t a , é a p e r i o d i c i d a -
de de v i s t o r i a s . E l a s devem o c o r r e r s e m p r e q u e acontecerem
vendavais, temporais e chuvas d e granizo, além d e i n t e r v a l o s
r e g u l a r e s p r o g r a m a d o s que visem d e t e c t a r d a n o s causados por
i m p a c t o s de b o l a s , p e d r a s , e t c . Deve s e r s a l i e n t a d o q u e e s t a s

v i s t o r i a s devem s e r realizadas p o r pessoas habilitadas, j á que


o trânsito s o b r e o t e l h a d o p o d e t a m b é m o c a s i o n a r quebra d e
telhas.
SORLHO
RF0DRECItIEHTí.t E
BPODREC IDO

EHTRE BI1RRíI7ES
I HCORRETO

I - UEBRR DOS

DA SECRO
1

FIGURA 4.3 - I d e n t i f i c a ç ã o e c o r r e ç ã o d e d e f e i t o s em s o a l h o s .
b) Obras Novas

TABELA 4 . 3 - ~ e c o m e n d a ~ ãpoa r a p r e v e n ç ã o
de d e f e i t o s em soalhos.

1 DEFEITO CAUSAS PROVAVEIS

1. C o n t a t o com s o l o 1. M a i o r a l t u r a d o s p i -
(umidade do solo). laretes - projero.

2. ~ n c i d ê n c i ad e chuva. 2. ~ x e c u ç ã od e b e i r a i s
d e tamanho a d e q u a d o /
Soalho 3. C o n t a t o com água d e c o l o c a ç ã o de p i n g a -
apadre- drenagem. deiras - projeto.
I cido 4. Lavagem c o m á g u a e m 3 . Evitar que h a j a acÚ-
abundzncia . nulo o u p r e s e n ç a de
água a t r a v é s d e ante
paros e d e s v i o s -
projeto.

4 . Usar panos u m e d e c i -
d o s o u l a v a r com me-
n o r frequência -
ma-
nutenção.

I Soalho
1. E s p a ç a m e n t o i n c o r r e
t o do b a r r o t e a m e n -
1. M a i o r r i g o r n o p r a j e -
to e e x e c u ç ã o - p r o j- e
to. to.
quebrado
I
OU 2, Apodrecimento d o 2. Idem p a r a s o a l h o apo-
cedendo
s o a l h o e l o u barro- drecido -
projeto.

3. Maior r i g o r no p r o j e -
3, seção i n s u f i c i e n t e to - p r o j e t o .
dos b a r r o t e s .

1. T r a t a m e n t o i n e x i s - 1. T r a t a r a m a d e i r a com
t e n t e o u i n s u f i c i e-
n p r o d u t o s cupinicidas
t e d a madeira. d e q u a l i d a d e cornpro-
vada - e x e c u ç a o ,
I
t
cupim 2. Madeira d e m á qua-
lidade.
Para a s i n s t a l a S Õ e s p o d e s e r o b s e r v a d o q u e o s p r i n c i -
p a i s p r o b l e m a s e s t ã o r e l a c i o n a d o s a atos d e v a n d a l i s m o , os q u a i s
são f r e q u e n t e s , conforme informações f o r n e c i d a s p e l o s f u n c i o n á -
rios das e s c o l a s . A s recomendações p o r t a n t o , devem t r a t a r sem-
p r e d e a s p e c t o s que d i f i c u l t e m o a c e s s o e m a n i p u l a ç ã o d o s e l e -
mentos p o r p e s s o a s e s t r a n h a s o u de e s p e c i f i c a ç Õ e s de e l e m e n t o s
capazes d e s u p o r t a r condições severas de u s o , além d e u m p r o g r a -
m a d e manutenção periódica.

a) Obras E x i s t e n t e s

a.1) lnstalaçÕes ~ l é t r i c a s
FIGURA 4 . 4 - I d e n t i f i c a ç ã o e c o r r e ç ã o d e d e f e i t o s em i n s t a l a ç õ e s elétricas.
r--=~~1 f=~~

I - ri
11
APRESENTAM

i MALFUNCIONIHIEN10
REPARAR OU
SUBSTnu IR

ri COMVAZAMENTO' s
L__-
Er~~UH~I~E
-
-
i
Il>

N
'--'
H

METAIS QUEBRADOS
, REPARAR OU
:.::
Cf)
rt
SUBSTITU IR Il>
f-'
Il>
v()
- . I r---~~~--I o,

~
ro
Cf)

I NEXImNlEs I .1 REPOR ~ ::r::


......
p..
"1
Il>\
c:
f-'

SOLTAS
.
-..,
FALTADE .
"
REPORELEMENTOS
......
()
Il>
DLHt8 DE FIXACAO Cf)

LOUCAS
." QUEBRADASOU . SUBSTITUIR
RACHADAS
I

y INEX~!EH!ES I i SUBmm l
FIGURA 4.5 - Identificação e correção de defei-
tos em instalaç~es hidr~ulicas.
OJ
-..J
b) Obras Novas

b. 1) 1nstalaçÕes ~ l é t r i c a s

TABELA 4.- - ~ e c o m e n d a ~ õ epsa r a prevenção d e


d e f e i t o s e m i n s t a l a ç õ e s elétricas.

0 DEFEITO s PREVENÇÃO

1. ~ ã o - d e - o b r a d e e x e c u 1. Maior - r i g o r na exe-
Fios
desencapa- ç ã o d e m á iqualidade, -
c u ç a o - fiscaliza-
dos - execuçao.

Fios 1. Vandalismo. 1. Usar e l e t r o d u t o s e


Externos à
complementos q u e d i -
tubulação f i c u l t e m c o n t a t o com
2. ~ i ~ a ~ Õ o ue esx t e n -
OU
s õ e s não p r e v i s t a s usuário - p r o j e t o .
caixas
2 . F i s c a l i z a r condkçÓes
de uso - execuçao.

1. S o b r e c a r g a , 1. F i s c a l i z a r candiçges
Curto-cir- de u s o - rnanutençao.
cuito 2. Dimensionamento
(fios / c h a - insuficiente. 2. Dimensionamento c o n -
ves e toma
das)
- forme normas d a s e -
gurança - p r o j e t o .

Tomadas / 1. Vandalismo. 1 . Usar e l e m e n t o s d e b o a


qualidade e a p r o p r i a -
chaves
quebradas d o s 2 u s o intensivo -
projeto.

Tomadas / 1. V a n d a l i s m o . 1. D i s p o r tornadas / c h a v e s
chaves
fora do a l c a n c-e d e
retiradas p e s ~ o a sque n a o s e j a m
I usuarios diretos -

i projeto.

I i
IABELA 4.5 - R e c o m e n d a ç õ e s p a r a p r e v e n ç ã o de d e -
feitos em i n s t a l a ç õ e s h i d r á u l i c a s .

DEFEITO

Metais L. D e s g a s t e d e elemen-
tos de v e d a ç ã o .
com 2. ~ s ~ e c i f i c a ~dãe o e l e -
vazamento 2. MZ qualidade. mentos a p r o p r i a d o s a
condições severas de
'uso - p r o j e t o .

1. vandalismo. 1/2. Especificação de


Metais elementos a p r o p r i a d o s
quebrados 2. ~á q u a l i d a d e . a condições severas
de u s o - ~ r o j e t o .

Metais 1. Vandalismo. 1. P r e v e r f e c h a m e n t o s
eficientes nos pe-
roubados rzodos fora de u s o
- projeto.

1. Vandalismo. 1. P r e v e r m e i o s q u e im-
'peçam a m~nipulação
Louças 2. F a l h a s n a coloca- das f i x a ç o e s - p r o -
soltas
-
çao. jeto.

2. Preenchimento d a base
com a r g a m a s s a , n i v e -
lamento e c o l o c a ç ã o
as f i x a ç õ e s - execu-
d-
$ao.

1. V a n d a l i s m o . 1. P r e v e r f e c h a m e n t o s dos
a m b i e n t e s nos p e r í o -
2. Louça s o l t a . dos fora d e u s o - p r o
Louças
jeto.
quebradas . Especificação d e ele-
mentos a p r o p r i a d o s a
condições severas de
uso - projero.

2 . Idem, louças s o l t a s .
4.3. C u s t o s (Pintura)

P e l a a n á l i s e realizada no item 3 . 2 . 3 o b s e r v o u - s e q u e a
p i n t u r a & o e l e m e n t o q u e p o s s u i maior p e s a nos s e r v i ç o s d e manu-
tensão. O s a l t o s v a l o r e s a p r e s e n t a d o s p r o v a v e l m e n t e eram e s t i -
*
m a t i v a s p a r a a r e n o v a ç a a t o t a l d a pintura, e v i d e n c i a n d o a i n e -
x i s t ê n c i a de um programa d e manutenção

Em virtude d e ser também o elemento d e m a i o r p a r t i c i -


-
paçao no l e v a n t a m e n t o d e i n c i d ê n c i a s , s e r á e s t u d a d o d e f o r m a
mais d e t a l h a d a .

4.3.1. Defeitos em Pintura

A pintura é o elemento r e s p o n s á v e l p e l a p r o t e ç ã o das


s u p e r f í c i e s , além d e ter funções- d e d e c o r a ç ã o , f a c i l i t a r a l i m -
peza e h i g i e n e .

A s s u p e r f z c i e s à s q u a i s s e a p l i c a a ~ i n t u r a ,o u s e j a ,
o substrato, são constituídas d e d i v e r s o s materiais, c a d a um
c o m c a r a c t e r í s t i c a s p r ó p r i a s , o q u e e x i g e que s e j a f e i t a u m a e s -
p e c i f i c a ç ã o d e p i n t u r a p a r a cada m a t e r i a l .

P a r a UEMOT03', o p e r í o d o d e 5 anos é s a t i s f a t Ó r i o p a r a
a d u r a b i l i d a d e d a s pinturas (a base de látex) em nossas c o n d i -
GÕes climáticas, p o r t a n t o , & d e f i n i d o como d e f e i t o d e p i n t u r a
q u a l q u e r p r o h l e j L a sério o c o r r i d o antes d e s t e período.

Segundo estudo desenvolvido no Building Research


~ I n g l a t e r r a , e U E M O T O ~ ' no B r a s i l , a s p r i n c i p a i s
~ s t a b l i s h e m e n tna
causas de de£eitos n a s p i n t u r a s s a o :
-
a) U m i d a d e

É c o n s i d e r a d a como o f a t o r mais i m p o r t a n t e p a r a s e r
a n a l i s a d o , t a n t o p a r a e x e c u ç ã o como p a r a a d u r a b i l i d a d e d a p i n -
tura.
A umidade p o d e ser o r i g i n a d a d u r a n t e a construção
d o p r é d i o , o u após s u a ocupação p o r i n f i l t r a ç ã o e c o n d e n s a ç â o .

A e x i s t ê n c i a d e u m i d a d e p o d e a c a r r e t a r em p r o b l e -
mas coma d e t e r i o r a ç ã o d o s m a t e r i a i s , t r a n s p o r t e d e s a i s , surgi-
mento d e mofo.
A umidade o r i g i n a d a d u r a n t e a construção é a que
m e r e c e m a i o r a t e n ç ã o , p o i s é comum a t o d a s e d i f i c a ç Õ e s d e a l v e -
naria e concreto. O BRE estima o t e m p o necessário para a s e -
cagem d e 5mm d e e s p e s s u r a em c e r c a d e 1 s e m a n a , o q u e t o r n a d i -
f í c i l a observância d o s p r a z o s d e secagem. , Visando a c e l e r a r es-
t e s prazos o BRE r e c o m e n d a a i n t e n s i f i c a r as c o n d i ç õ e s d e venti-
l a ç ã o e u s a r como p r i m e i r a p i n t u r a uma t i n t a d e a l t a p e r m e a b i l i -
dade.

b ) S a i s e AicaIis

Os p r o b l e m a s c a u s a d o s p e l a p r e s e n ç a d e s a i s s ã o ca-
r a c t e r i z a d o s p e l o s u r g i m e n t o d e manchas b r a n c a s n a s u p e r f í c i e ,
ou s e j a , eflorescências. 0 s s a i s e s t ã o p r e s e n t e s nos m a t e r i a i s
que c o n s t i t u e m o s t i j o l o s - , r e b o c a s e c o n c r e t o s e d u r a n t e a se-
c a g e m d e s t e s s u b s t r a t o s s ã o t r a n s p o r t a d o s até a s u p e r f í c i e p e l o
v a p o r dl.água.
O p r o b l e m a é originado p e l a a p l i c a ç ã o d e p i n t u r a
e m s u p e r f í c i e s não t o t a l m e n t e s e c a s e s u a remoção d e v e s e r f e i t a
a t r a v é s d e e s c o v a ç õ e s e l i m p e z a r e p e t i d a s vezes, a t é s e u d e s a p a -
recimento.

O s u r g i m e n t o d e manchas e d e s c a s c a m e n t o s em s u p e r -
f í c i e s p i n t a d a s 2 b a s e d e P V A e o retardamento d e s e c a g e m d e
tintas alquídicas (esmaltes e t i n t a à Ó l e o ) s ã o as caracterís-
t i c a s d o fen8meno d e saponificação. O p r o b l e m a s u r g e em v i r t u -
d e d o s á l c a l i s e x i s t e n t e s n a c a l e c i m e n t o r e a g i r e m com a a c i d e z
caracteristica de algumas r e s i n a s , em d e t e r m i n a d a s condisÕes d e
umidade. Como p r e v e n ç ã o d e v e s e r a p l i c a d a t i n t a d e f u n d o r e s i s -
t e n t e ou inibidora d a alcalinidade.

c) Instabilidade do S u b s t r a t o

são c o n s i d e r a d a s i n s t á v e i s as s u p e r f í c i e s d e con-
c r e t o o u r e b o c o a i n d a não t o t a l m e n t e c u r a d a s o u s u p e r f z c i e s s u -
jeitas 2 deterioração. As p r i m e i r a s s e c a r a c t e r i z a m p o r a p r e -
s e n t a r e m e l e v a d a u m i d a d e e a l c a l i n i d a d e , enquanto a s o u t r a s p o -
d e m a p r e s e n t a r expansão ou desagregação, conforme a umidade e
temperatura.
A a p l i c a ç ã o de tinta em s u p e r f í c i e s em c u r a , f o r m a
u m a remada i m p e r m e á v e l que i m p e d e o f l u x o d e v a p o r d'água cau-
s a n d o p e r d a d e a d e r ê n c i a e p u l v e r u l ê n c i a n a i n t e r f a c e da p e l í -
c u l a com a s u p e r f í c i e .

d ) ~ u s ê n c i ao u p r e p a r a ç ã o I n a d e q u a d a

A aplicaGão d a pintura deve ser p r e c e d i d a p e l a p r e -


paração a d e q u a d a d a s u p e r f í c i e , que deve possuir as s e g u i n t e s

- d e v e e s t a r l i m p a , s e c a e sem p o e i r a ;
- partes s o l t a s o u mal a d e r i d a s devem s e r elimina-
das ;
- g r a n d e s i m p e r f e i ç õ e s c o r r i g i d a s com r e b o c o ;
- n ã o deve a p r e s e n t a r gordura ou graxa;
- n ã o deve a p r e s e n t a r mofo;
- e m m a d e i r a , a s u p e r f c c i e d e v e e s t a r i s e n t a d e f a-
r
p a s e absorção hornageneizada.

0s c u i d a d o s a c i m a d e v e m s e r t o m a d o s p o i s a presen-
qa d a s s u b s t â n c i a s p r o v o c a v á r i o s tipos d e d e f e i t o s , e n t r e eles:

- o e superfícies pulverulentas d i f i c u l t a m a a d-
e
s ã o d a p e l í c u l a d e ~ i n t u r ae causam r i s c o d e d e s c o l a m e n t o e e s -
camações;
- a porosidade excessiva ou v a r i á v e l d i f i c u l t a a
uniformidade d e brilho e c o r , p o i s ocorre a a b s o r $ ã o d o v e i c u l o
d e t i n t a p e l o substrato, restando na s u p e r f í c i e somente pigmen-
tos, os quais formam uma camada p u l v e r u l e n l a ;
- a existência d e o u t r a s camadas de t i n t a d i f i c u l t a
a adesão. A s s u p e r f í c i e s devem s e r l i x a d a s e a tinta a a p l i c a r
d e v e s e r preferencialmente d o m e s m o t i p o que a existente, p o i s
t a m b é m é comum a i n c o m p a t i b i l i d a d e e n t r e a s t i n t a s , o que p r e j u -
d i c a a adesão.

e ) ~ o n d i ~ Õ e s ~ ~ e t e o r o l Ó ~Iin c
a daesq u a d a s

A o c o r r ê n c i a d e condições m e t e o r o f Ó g i c a s e x t r e m a s
(temperatura e u m i d a d e d o ar) p r e j u d i c a a a p l i c a ç ã o e s e c a g e m
d a s p i n t u r a s , segundo UEMOTO 3 9
, a pintura deve ser r e a l i z a d a e m
c o n d i ~ Õ e s d e t e m p e r a t u r a e n t r e 10O e 35'~, não d e v e s e r a p l i c a d a
e m d i a s c h u v o s o s ou v e n t o e x c e s s i v o . O B R E f a z as s e g u i n t e s
recomendações em r e l a ç ã o 2 u m i d a d e r e l a t i v a :
TABELA 4 . 6 - correlação e n t r e u m i d a d e r e l a t i v a e
-
execuqao de p i n t u r a .

Umidade relativa condiçÕeo da ~ecomenda~ão


% superf~cie

Umidade N pintar e
~ O

visível secar antes


d a pintura

Manchas d e ~ r e f e r i v e lnão p i n t a r
90-100 umidade embora s e j a possível,
com r i s c o de defeitos

Pintura p o s s í v e l 3 com
Em s e c a g e m , s e m riscos para os n i v e i s
s i n a i s de
umidade de umidade mais elevados

Sem restriGÕes

E) s e l e ç ã o Inadequada d a Tinta

A t i n t a deve ser selecionada segundo as c a r a c t e r í s -


t i c a s d o s u b s t r a t o e a s condifÕes de e x p o s i ç ã o , s o b r i s c o d a
diminuição da durabilidade.

4.3.2. Obras Existentes e Novas

Para a identi£icação, r e c u p e r a ç a o e p r e v e n ç a o de d e -
-
f e i t o s eni p i n t u r a , f o i m o n t a d a a T A B E L A 4.8 onde foram des-
c r i t a s algumas manifestações analisadas a n t e r i o r m e n t e . A l é m das
a t i v i d a d e s de manutenção d e s c r i t a s , deve s e r p r e v i s t o um p r o g r a -
m a p r e v e n t i v o que i m p e ç a a p r o p a g a ç ã o d o s d e f e i t o s , b e m c o m o
s o l u c i o n e o s d e f e i t o s c a u s a d o s p o r v a n d a l i s m o , em s u a m a i o r p a r -
te d e efeito e s t é t i c o ( p i x a ç Õ e s ) .
TABELA 4.7 - Defeitos em p i n t u r a - recomendações pa-
-
r a recuperação e p r e v e n ç a o d e defeitos,

MANIFES
OBRAS EXISTENTES I OBRAS NOVAS
CAUSAS RECUPERAÇÃO PREVENÇÃO
TAÇÃO -
I

P e r d a de -ãgua atrás da -eliminar causa da umi - -aguardar s ecagem com-


adesão, d
p e l i c u l a asso dade, secagem e r e p i -
n pleta e usar tinta re
e s camaç ao c i a d a com at- ã tar ... a a l c a l i s --
sistente
e bolhas que de álca- execuçao
lis -retirar superfície
w
afetada, preparar e
fície - execuçao
-
da super-
-má prepar açao repintar

E£ lores-
cência
-existência e
t r a n s p o r t e de
-escovação r e p e t i d a
até desaparecimento
-secagem completa -
execuçao i
I sais

-ataque de -retirar superfície -secagem completa e ]


álcalis afetada e repintar t i n t a resistente-a
álcalis
projeto
- execuçao e I
I

-tempo insuf i- -raspagem da superf í- -hidratação c o r r e t a da

1
ficiente de cie, eliminar o e c a i - execução
hidratação da repintar
cal antes da
~ a p ~ i c a ~ ã o d o
reboco

1
I Manchas -presença de -lavar com solução d e da super-
amarel a- gordura, água e ácido muriã- f i c i e - execução
dar ] Õleo tico 10% e repintar

Manchas 1 -mofo e fungos -eliminar causa de -usar tinta anti-mo£ o


escuras umidade, usar subs- e aguardar secagem
tância f u n g i c i d a p / completa d a parede -
1avagem p r o j e t o e execução

I
4.4. S i s t e m a d e Manutenção d e p r é d i o s E s c o l a r e s

Um s i s t e m a d e manutenção t e m como u m d o s seus o b j e t ã -


v o s a o t i r n i z a ç ã o d e r e c u r s o s f í s i c o s e financeiros a t r a v é s do
c o n h e c i m e n t o das c u r v a s d e d e g r a d a ç ã o dos c o m p o n e n t e s da e d i f i -
.."
caçao. A p a r t i r d e s t a s curvas é possível estimar r e c u r s o s ne-
c e s s á r i o s a n u a l m e n t e , b e m como r e a l i z a r o p e r a ç õ e s d e m a n u t e n ç ã o
preventiva ou c o r r e t i v a , e v i t a n d o assim a propagação
d o s d e f e i t o s e c o n s e q u e n t e aumento de c u s t o s .

Um s i s t e m a d e manutenção d e v e r e u n i r t o d o s os c o m p o -
n e n t e s s i g n i f i c a t i v o s , quer s e j a q u a n t o a c u s t o s o u incidência.
N e s t e e s t u d o o b t e v e - s e o s elementos b á s i c o s p a r a a e l a b o r a ç ã o
d e s i s t e m a s d e manutenção, o u s e j a , a e l a b o r a ç ã o de curvas de
d e g r a d a ç ã o dos c o m p o n e n t e s .

I n i c i a l m e n t e a d m i t i u - s e q u e e x i s t e uma r e l a ç ã o e n t r e
a á r e a c o n s t r u í d a e os c o m p o n e n t e s , p o r e x e m p l o : a á r e a d e pa-
r e d e s d e madeira 6 proporcional 5 ãrea construída d e p r é d i o s d e
ciadeira. não s e f e z n e c e s s á r i o c o n h e c e r a ã r e a e x i s -
Com i s t o
tente d e p a r e d e s , o numero d e p o r t a s , etc.

P a r a a e l a b o r a ç ã o das c u r v a s de d e g r a d a ç ã o d o s compo-
n e n t e s f o r a m c o n c e b i d a s t a b e l a s , onde c o n s t a v a m a s s e g u i n t e s
informações :

- ano d e c o n s t r u ç ã o ;
- i d a d e dos p r é d i o s ;
- á r e a c o n s t r u í d a e m cada a n o , d e p r é d i o s q u e p o s s u i s -
sem o componente;
- á r e a c o n s t r u í d a a c u m u l a d a a t é d e t e r m i n a d o ano, d e
p r é d i o s que p o s u F s s e m o c o m p o n e n t e ;
-
á r e a com d e f e i t o e m c a d a a n o , d e ~ r é d i o sq u e p o s s u i -
s
s e m o componente;
- á r e a com d e f e i t o a c u m u l a d o , de p r é d i o s q u e p o s s u i s -
s c m o componente;
- r e l a ç ã o p e r c e n t u a l e n t r e á r e a com d e f e i t o a c u m u l a d a
a t é d e t e r m i n a d o a n o e área construída total.

A s c u r v a s s ã o do t i p o " % defeito x i d a d e " , e cada pon-


to 5 a r e l a ç ã o o b t i d a na Ú l t i m a c o l u n a d a s r e f e r i d a s t a b e l a s .
A ~ ~ aE cI o n f e c T ã a das c u r v a s e f e t u o u - s e u m a a n á l i s e e s t a t í s t i c a ,
v i s a n d o e s t a b e l e c e r sua v a l i d a d e , b e m como i d e n t i f i c a r a tendên-
c i a d e v a r i a ç ã o , através de métodos de r e g r e s s ã o . Conhecendo o
2
c u s t o d e r e p o s i ç ã o de l r n do componente é p o s s í v e l a s s o c i á - l o a o s
p e r c e n t u a i s o b t i d o s na curva ajustada e c a l c u l a r o s c u s t o s a n u a i s
de nanutenGão e p a r a cada f a i x a de i d a d e . Exemplificando:

- s e j a um c o m p o n e n t e q u e a p r e s e n t a a curva de d c g r a d a -
ção abaixo,

I tempo

FIGURA 4.6 - Curva d e d e g r a d a ç ã o t e ó r i c a p a r a u m c o m p o n e n t e ,

O componente a p r e s e n t a custo d e r e p o s i ç ã o i g u a l 2 I
u n i d a d e d e c u s t o p o r m2 (UC) e e x i s t e m N e s c a l a s q u e o p o s s u e m ,
t o t a l i z a n d o uma á r e a c o n s t r u í d a A T * P a r a uma idade I1 está
a s s o c i a d a u m p e r c e n t u a l d e m2 com d e f e i t o 59 e assim respecti-
1
vamente p a r a I e In. E x i s t e m p r é d i o s com i d a d e s 11, 12, ...,
I
n
com á r e a s c o n s t r u í d a s , A l , A 2 , ..., A,. P a r a a p r e v i s ã o d e cus-
t o s , tem-se o seguinte procediaento:
C área 2 Custo
Idade % % m
construída
i
*T %I ' A T = X1 X1 ' Uc
I %1

=2 22 *T %z 'AT = X2 x2 . Uc

FIGURA 4 . 7 - Processo d e c á l c u l o d e c u s t o s d e manutenção,

L
O custo t o t a l d e manutenção ( r e p o s i ç ã o ) p o r m de p r é -
dios com o c o m p o n e n t e e i d a d e i g u a l à IK s e r á :

Baseando-se no p r o c e s s o descrito, 2 procedimentos


p o d e m s e r a d o t a d o s , u m q u e d e t e r m i n e o c u s t o de m a n u t e n ç ã o p a r a
c o m p o n e n t e s até d e t e r m i n a d a i d a d e , e o u t r o que e s t a b e l e ç a o n
c u s t o s para cada f a i x a d e i d a d e .

Para m e l h o r entendimento, o p r o c e s s o será exernplif i c a -


do a s e g u i r com d a d o s reais.

-,.4 . 1 . ~ e t e r r n i n a ~ ãdoo C u s t o d e ~ a n u t e n ç ã od e P a r e d e s d e H a d e i r a

4.4.1.1. I d a d e até 2 0 - a n o s

A ~ a r t i rd o s d a d o s o b t i d o s n o s l e v a n t a m e n t o s foi mon-
tada a TABELA 4 . 9 . A s informações o b t i d a s f o r a m d i s p o s t a s e m
g r á f i c o v i s a n d o o b t e r a c u r v a de d e g r a d a ç ã o do c o m p o n e n t e (vi-
d e TABELA 4 . 9 ) .
TADELA 4 . 8 - P c r c e n t u a i s d e d e f e i t o s e m p a r e d e s d e madeira.

I Ali o Idade
Área
construída
P a r e d e s d e Madeira
Área
acumulada
Área
defeito
Área d e f e i t o
acumulada
% acumulada
tatal
85 1 2 82 2 82 O O 0.0
84 2 2 9 40 3222 O O O. 0
83 3 1707 4929 3 84 384 1.2
82 4 1223 6152 200 584 1.8
81 5 369 6521 369 953 2.9
80 6 3 80 6901 O 9 53 2.9
79 7 1127 8028 154 1107 3.4
73 8 O 8028 O 1107 3.4
77 9 1088 9 116 O 1107 3.4
76 1O 1697 10813 80 7 1914 5.9
75 I1 126 3 12076 O 1914 5.9
74 f2 5 74 12650 239 2193 6.8
73 13 798 13448 798 2991 9.3
72 14 664 14112 O 2991 9.3
71 15 1120 15232 O 2991 9.3
70 16 726 15958 O 2991 9.3
69 17 160 16118 O 2991 9.3
68 18 968 2 70 86 150 3141 9.7
67 19 6 85 17771 685 3826 11.8
66 20 190 17961 O 3826 11.8
65 21 813 18774 81 3 4639 14.4
64 22 796 19570 410 5049 15.6
63 23 858 20428 536 5 5 85 17.3
62 24 2414 22842 1560 7145 22.1
61 25 555 23397 151 7296 22.6
6O 26 532 23929 417 7713 23.9
59 27 2 85 2 4 2 14 2 85 7998 24.7
5. 8 28 3310 27524 1505 9 5 03 29.4
57 29 3782 31306 2 345 11848 36.7
56 30 602 31908 531 12379 38.3
55 31 417 32325 O 12379 38.3
Em seguida procedeu-se a análise e s t a t í s t i c a , atra-
v é s d e s é r i e s t e m p o r a i s ( c o n j u n t o d e o b s e r v a ç õ e s t o m a d a s em t e-
m
g o s d e t e r m i n a d o s e a i n t e r v a l o s r e g ~ l a r e s ~ ~ ) c,o m y = F(t).
A s s é r i e s temporais podem ser d e 4 t i p o s : a l e a t ó r i a s , sazonais,
c i c i i c a s e a l o n g o prazo ( s e c u l a r e s ) , s e n d o e s t e Ú l t i m o o q u e
d e f i n e as séries q u e s e d e s e n v o l v e m em um l o n g o p e r l o d o d e t e m -
p o e a d m i t e m o a j u s t e d e r e t a s d e tendência, o u s e j a , r e t a s em-
pregadas para a a v a l i a ç ã o e p r e v i s ã o d e valores d e " y " para um
d e t e r m i n a d o "t" , s e r v i n d o portanto a o s o b j e t i v o s p r o p o s t o s nes-
te estudo. P a r a a d e t e r m i n a ç ã o d a s r e t a s d e tendencia, u t i l i -
zou-se o m é t o d o dos mínimos q u a d r a d a s , visando identificar a
r e t a que melhor s e a d a p t e aos dados e x i s t e n t e s . Para esta d e -
t e r m i n a ç ã o foram utilizados 4 parârnetros:

R + coeficiente d e correlação que d e t e r m i n a o grau


d e ajustamento dos dados 2 equafão admitida37 e a medida d e re-
lação q u e p o d e existir e n t r e 2 v a r i á v e i s .

+ c o e f i c i e n t e d e deterrninaGão, d e t e r m i n a a pro-
porção da v a r i â n c i a d e Y27 que pode s e a t r i b u i r
-
2 regressa0
com a v a r i á v e l x 2 7

i t + u t i l i z a d o em r e g r e s s õ e s l i n e a r e s . O valor cal-
c u l a d o p a r a t d e v e s e r maior o u i g u a l a t a t e ó r i c o ( d i s t r i b u i -
ção de Student) p a r a um determinado n í v e l d e significãncia,
então se

a r e l a ç ã o e n t r e as v a r i á v e i s é significativa.
e F -+ utilizado em r e g r e s s õ e s l i n e a r e s m ú l t i p l a s para
verificar a significância d o modelo. Se F c a l c u l a d o f o r m a i o r
que F a para determinado n í v e l d e significância a r e g r e s s ã o é
v ã l i d a , então se

a r e l a ç ã o e n t r e as v a r i á v e i s é s i g n i f i c a t i v a .
Para s e v e r i f i c a r a v a l i d a d e d o m o d e l o , d e v e m s e r ve-
r i f i c a d o s a normalidade d o s erros e a constância d o e r r o p a d r ã o
d a estimativa. A normalidade é v e r i f i c a d a p e l a análise dos re-
srduos padronizados, usando o método g r á f i c o do p a p e l de proba-
b i l i d a d e , d e m a n e i r a q u e s e os p o n t o s s e aproximam d e u m a r e t a .
a distribuição é normal.
A c o n s t â n c i a d o e r r o p a d r ã o da e s t i m a t i v a é v e r i f i c a d a
através d e um t e s t e gráfico, no q u a l s ã o p i o t a d o s os r e s I d u o s e
o s v a l o r e s e s t i m a d o s em y , Os p o n t o s devem o c u p a r u m a f a i x a
aproximadamente h o r i z o n t a l , s e m d e m o n s t r a r nenhuma tendência.

N e s t e e s t u d o existem 3 1 o b s e r v a ç õ e s , portanto os va-


l o r e s t e Ó r i c o s d o s p a r â m e t r o s , p a r a um n í v e l d e s i g n i f i c â n c k a
de 0,95 são:

Utilizando o programa computacional STATGRAPHICS'~,


foram a j u s t a d o s 2 m o d e l o s d e regressão l i n e a r (simples e r n Ú l t i -
pla), v i s a n d o v e r i f i c a r o m o d e l o que r e s u l t a em m e l h o r a j u s t e ,
a p a r t i r d o s p a r â m e t r o s t e ó r i c o s e o s c a l c u l a d o s , b e m como t e s -
tar a n o r m a l i d a d e da distribuição.
Regressao para Paredes de Madeira
Y=-5,W.i.i. i 7*T

~ a r â m ter o s

FIGURA 4 . 8 - Ajuste d e r e g r e s s ã o linear s i m -


ples para paredes de madeira.

Regressao para Paredes de Madeira


Y=0,05-kTh2-Om3?*T+2.66
-- T I 1 1 1 1 1 1 1 r i l l ( r l l i 1 1 1 1
--
- -
L

-- .......*.-
-
-
-- . . . . . . . . * . * . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . n . . . . . . , . . /. .....**..........
d

".
w

-
--
I 1 1 1 t l l l ~ L 1 l l l l ~ ,
- l

FIGURA 4.9 - A j u s t e de regressão l i n e a r mcl-


t i p 2 a para paredes d e madeira.
F I G U R A 4.10 - Teste g r á f i c o de normalidade dos
r e s ~ d u o s( p a p e l d e p r o b a b i l i d a d e )
para paredes de madeira.

A r e g r e s s ã o m ú l t i p l a d e 2Q g r a u apresentou melhor
a j u s t e , s e n d o portanto a d o t a d a :

A s e g u i r procedeu-se o t e s t e de normalidade dos re-


síduos e c o n s t â n c i a d o erro (FIGURAS 4 . 1 0 e 4 . 1 1 ) .

P e l a e q u a ç ã o d e t e r m i n a - s e q u e e m 20 a n o s , 15,3% d a
-a r e a construída encontra-se com defeito, p o r t a n t o para recu-
perar as p a r e d e s d e m a d e i r a d a s e s c o l a s d e Porto A l e g r e com
i d a d e d e a t é 20 anos. t e r í a m o s :

Z
Custolm = UC

Custo,2o - 32325 x 0,153 . UC


Custo>20 - 4.946 UC.
Paredes de Madeira - Residu~ç

FIGURA 4 . 1 1 - C o n s t â n c i a d o e r r o padrão d e estima-


tiva para paredes d e madeira.

4.4.1.2. I d a d e i g u a l a 20 anos

Adotando-se a mesma e q u a ç ã o t e m - s e :

Custo = 32325 (0,153 - 0 , 1 3 7 ) UC


20
Custo = 517 UC
20

4.4.2. E y u a ~ õ e s d e ~ e g r a d a ~ ãdoo s C o m p o n e n t e s d a s ~ d i i cf a ç Õ e s
Escolares

Baseando-se no modelo desenvolvido e n o exemplo a p r e -


sentado, f o r a m d e t e r m i n a d a s a s e q u a ç õ e s de d e g r a d a ç ã o d o s com-
p o n e n t e s d a e d i f i c a ç ã o , e c a l c u l a d a s a s i d a d e s e m q u e e l e s atin
-
gem a l g u n s p e r c e n t u a i s (5, 10, 2 0 , 30, 40, 50%).

C o m e s t e p r o c e d i m e n t o pretende-se c o m p a r a r o c o m p a r t-
a
m e n t o e m u s o d o s componentes. Os r e s u l t a d o s f o r a m a p r e s e n t a d o s
na T A B E L A 4 . 1 0 .
TABELA 4 . 9 - Ecluações de d e g r a d a q ã o dos componentes da
e d i f i c a ç ã o e resumo de a n á l i s e e s t a t T s t i c a .

4
I I d a d e em que sao ~ ~ u a !e~ ã o I F
Elemento Componente a t i n g i d o s o s ~ e r c e tnu a i s degradaqao R t
52 10X 20X 30% 40% 50% 1
Pilaretes 15,6 22,6 32,2 39,S 45,5 50,8
2
y =0,02t -0,05t+0,94 - 0,95 - 310,26
~unda~ões
Alicerces* - - 1 -
- - - - - -

Soalho 10,L 15,8 19,8 28,4 32,8 36,4 y =0,04t2- 0 , 1 7 t + 2 , 5 - 0,95 - 302,26
Pisos Tacos 17,9 27,5 41,9 53,5 63,3 71,9 y =0,07t2-0,20t-0,90 - 0,88 - 114,29
~erâmic a 12,2 18,8 3L,9 45,1 58,2 71,4 y=-4,26+0,76t 0,93 0,87 13,76 -
- - -- - - - --
A l v . aparente* I - - - - - - - -
Paredes Alv. revestida* - - - - - - - - - -
Madeira 11,5 16,4 27,4 31,3 34,7 y =0,05t2 -0,37t + 2 , 6 6 - 0,97 - 468,34

iReboco 15,L 19,2 25,0 33,6 36,9 y =0,05t2 - 0 , 4 9 t + 1,O - 0,95 - 274,78
Revestimentos
Azulejos 11,O 19,3 36,O 69,3 86,O y =-1,61+0,60t O, 9 7 0,93 20.19 -
I
Externa 5,O 13,O 29,7 '46,3 á3,O 79,6 y =2,2 + 0,60t 0,98 0,95 23,lO -
Pintura -
Interna 1,8 12,9 1,49,2 7 , 85.6 y=I,Y2+0,55~ 0,95 0,91 17,09
1 I
] i 1

(continua)
c; não f o i obtida equação com v a l i d a d e estatística
Elemento
-r
Componente
I d a d e em que s a o
a t i n g i d o s os p e r c e n t u a i s
,
~ ~ u a $ ãd e
o
e
R t F i
degradação
5% 1 O X 20% 3 0 2 4 0 % 5 0 %
Portas de
madeira
10,3 f5,9 27,O 38,l 49,2 60,3 y=-4,3+0,86t 0,98 0,96 - 27,lO

I Portas de
ferro*
E s q u a d r i a s Janelas d e
madeira
-
8,8
1 - 1I ,I
14,0 21,0
I
-
26,2
-

30,9 34,4
I

y =0,04c
2
c0,OZt +1,92
I/ -
-
-
0,98
-
-
-
641,09
Janelas de
ferro /10,3 14,9 24,O 33,2 42,4 51,6 y=-6,20+ 1,09t 0,96 0,92 17,86 -
I Ferragens
Vidros
4,O
9,6
6,O
16,2
10,O
29,4
13,9
42,5
17,9
55,7
21,8 y =-5,20
68,8 y =-2,32
* 2,53t
+ 0,76t
0,99
0,97
0,98
0,94
43,18
21,81
-
-

Telhas 18,5 22,8/28,8 33,3 37,l 40,5 y-0,05r2-0,90t+4,53 - 0,83 - 67,54


eerAamicas
Te lh as
9,2 14,6 22,6 27,9 32,9 37,2 y=0,03t
2
+0,22t+O,42 - 0,96 - 370,91

Cobertura
1
fibro-cimento
Forro macho- I 13,2 I - -
fêmea
I 18,5
I 25,4 130,6
I
34,9 38,7 y =0,04c2 -0,31t c 2 , l O
I 0,98 702,80

I
Forro
Eucatcx*
Calhas
/ I 12,3116,4
-I -
22,2
-
26,7
-
3U,4
-
33,8 y=0,05t
2
-

-0,21t+0,03
-
-
-
0,95
-
-
-

291,26
I
(continua)

+r não f o i o b t i d a equação com validade estatística


-----r
--. .---
I d a d e em q u e a a o 1

Elemento Componente a t i n g i d o s os p e r c e n t u a i s I d eã o
~ ~ u a ~
degradação R R2 f F

(%aves /toma-
0,99 0,97 33,30 -
tores
natala ações
elétricas Fios 0,97 0,93 19,92
-
Caixas de me-
didores e
disjuntores
I
Canos
7,3 11,5 19,8 28,2 36,5 44,8 y =-3,84 + 1,21t 0,99 Q,98 40,13 -
hidráulicos
1nst al ações
hidráulicas
Canos
11,7 21,7 41,7 61,7 81,7 101,7 y =-0,85 + 0,51t 0,96 25,85 -
i sanitários 1

-
1 +
Louç as 15,2 25,9 47,2 68,4 89,7 110,9 y =-2,16 0,47t 0,95 0,91 17,12

Metais >,L Li,2 19,ó 27.9 16,2 44,ó y=-3,49+1,ZLt 0,98 0,95 23,95 -
A
C
e &

i n t e r e s s a n t e s a l i e n t a r q u e as e q u a ç o e s r e s u l t a m e m
v a l o r e s . t e ó r i c o s , s e n d o que a l g u n s p o d e m n ã o t e r significado
real, por e x e m p l o v a l o r e s a c i m a d e 80 a n o s d i f i c i l m e n t e s ã o atin
-
g i d o s , p o i s p r o v a v e l m e n t e antes d e s t e a e d i f i c a ç ã o po-
de ter f i n d a d o sua vida ;til.

O u t r o a s p e c t o a s e r r e s s a l t a d a é que a l g u n s componen-
tes a p r e s e n t a m e q u a ç õ e s com b o n s c o e f i c i e n t e s d e c o r r e l a ç ã o e
determinação, e n t r e t a n t o p o r s o £ r e r e r n s u b s t i t u i ç Õ e s a o l o n g o d a
v i d a G t i l d a e d i f i c a ç ã o , não e x i s t e s e n t i d o e m s u a análise a
partir de determinado período, cama p o r exemplo p i n t u r a i n t e r n a
e e x t e r n a a c i m a d e 1 0 anos.

6.4.2.1, ~ n á l i s ed o s R e s u l t a d o s

P r e t e n d e n d o comparar o s r e s u l t a d o s ( T A B E L A 4 . 1 0 ) o b t-
i
dos a t r a v é s d a s e q u a ç õ e s , bem como s u g e r i r um p e r c e n t u a l a s e r
t o m a d o d e base para a r e a l i z a ç ã o d e s e r v i ç o s d e m a n u t e n ç ã o , a d-
o
tou-se o v a l o r d e 1 0 % como p a r â m e t r o .

e fundações - os pilaretes atingem o v a l o r estabele-


cido aos 22,6 anos, e n q u a n t o a s a l i c e r c e s não a p r e s e n t a r a m va-
l i d a d e estatzstica.

e pisos - os t a c o s apresentaram m e l h o r desempenho, j á


que a t i n g e m L O X d e d e f e i t o s aos 2 7 , 5 anos, e n q u a n t o nos s o a l h o s
P n o s p i s o s cer*amicos e s t e v a l o r é a t i n g i d o a o s 1 5 , 8 e 18,8 anos
respectivamente. I? interessante s a l i e n t a r q u e embora e s t e s 2
Ú 1 ~ i m o scomponentes apresentem i d a d e s semelhantes p a r a o s p e r -
c e n t u a i s mais b a i x a s , a d i f e r e n ç a e n t r e e l e s é muito grande
quando a t i n g e m o v a l o r d e 5 O % , o u s e j a , 36,6 e 7 1 , 4 anos, res-
pectivamente.

e paredes - a s paredes de a l v e n a r i a não apresentaram


r e s u l t a d o s e s t a t ~ s t i c o ss a t i s f a t õ r i o s , e n q u a n t o a s p a r e d e s de
m a d e i r a a t i n g e m 10% a o s 1 6 , 4 a n o s , a l é m d e s e r p o s s í v e l o b s e r -
v a r uma s e m e l h a n ~ ab a s t a n t e g r a n d e com o s p i s o s d e s o a l h o ,
revestiaento - observa-se que o reboco e o s azule-
jos a t i n g e m 10% d e , d e f e i t o s em p e r í o d o s i g u a i s , e n t r e t a n t o nos
p e r c e n t u a i s m a i o r e s e x i s t e uma g r a n d e d i s p a r i d a d e .

pintura - verifica-se q u e t a n t o a p i n t u r a i n t e r n a
q u a n t o a e x t e r n a a o s 13,O a n o s atingem o p e r c e n t u a l e s t a b e l e -
cido. E m b o r a a i g u a l d a d e continue e x i s t i n d o p a r a o s p e r c e n t u a i s
m a i s elevados,
-
n a u devem s e r c o n s i d e r a d o s p o r não t e r e m valida-
de, conforme a n a l i s a d o a n t e r i o r m e n t e .

e esquadriaç - v e r i f i c a - s e que a p e r c e n t u a l d e 10% é


a t i n g i d o p e l a s p o r t a s de m a d e i r a aos 10,3 a n o s , e n q u a n t o a s
p o r t a s d e f e r r o n ã o a p r e s e n t a r a m validade e s t a t í s t i c a . E m re-
l a ç ã o 2 s j a n e l a s , v e r i f i c a - s e que as f e i t a s e m f e r r o a l c a n ç a m
e s t e percentual aos 14,9 anos, portanto 0 , 9 anos a p ó s a s j a n e -
l a s d e madeira. E n t r e t a n t o , verifica-se que e s t a t e n d ê n c i a não
se v e r i f i c a n o s p e r c e n t u a i s mais e l e v a d o s . E m relação as fer-
r a g e n s , o v a l o r d e 1 0 % é a t i n g i d o a o s 6 anos, sendo e s t e o m e n o r
p e r í o d o e n t r e t o d a s os demais componentes,

c o b e r t u r a - o b s e r v a - s e u m m e l h o r d e s e m p e n h o d a s te-
l h a s c e r â m i c a s , j á e s t a s a t i n g e m 10% d e d e f e i t o s a o s 2 2 , 8 a n o s ,
e n q u a n t o as t e l h a s de f i b r o - c i m e n t o o a t i n g e m a o s 1 4 , 6 anos.
Q u a n t o a o s f o r r o s , a alternativa d e e u c a t e x n ã o a p r e s e n t o u va-
l i d a d e e s t a t T s t i c a , e n q u a n t o nos forros e m t á b u a s m a c h o - f ê m e a
observa-se c o m p o r t a m e n t o s e m e l h a n t e aos d e m a i s c o m p o n e n t e s d e
t á b u a s (paredes e s o a l h o ) , ou s e j a , o percentual de 10% é a t i n -
g i d o a n t e s d o s 2 0 anos, e o v a l o r d e 5 0 % aproximadarnenire aos

3 5 anos.

o instalações e l é t r i c a s - verifica-se as c h a v e s , to-


madas e d i s j u n t o r e ç q u e a t i n g e m o p e r c e n t u a l e s t a b e l e c i d o a o s
8,ti anos, confirmando os a l t o s í n d i c e s d e d e f e i t o s encontrados
n o s levantamentos.

rn i n s t a l a ç õ e s h i d r á u l i c a s - observa-se q u e as tubula-
s o e s h i d r á u l i c a s , j u n t a m e n t e com o s m e t a i s a t i n g e m 10% d e de-
f e i t o aproximadamente aos 1 1 anos, e n q u a n t o n a s t u h u 1 a ç Õ e . s sa-
n i t á r i a s e l o u ç a s e s t e v a l o r é a l c a n ç a d o após 2 O a n o s .
É importante s a l i e n t a r q u e a a d o ç ã o d e um p e r c e n t u a l
(10%) v i s o u a p e n a s ' e s t a b e l e c e r um p a r â m e t r o d e c o m p a r a ç ã o d o
comportamento em uso entre as d i v e r s a s alternativas, entretan-
t o para a i m p l a n t a ç ã o d e um s i s t e m a d e m a n u t e n ç ã o p r e v e n t i v a ,
d e v e m s e r analisados p e r c e n t u a i s m e n o r e s , p o r e x e m p l o 1%. Des-
t a f o r m a o s i s t e m a a g i r a quando a i n c i d ê n c i a d a s m a n i f e s t a ç õ e s
for m l n i m a , e v i t a n d o as s u a s p r o p a g a ~ õ e s e c o n s e q ü e n t e a u m e n t o
d e custos. A adoção d e determinado percentual deve s e r f e i t o
a p b s a análise d o custo d e implantação e os beneflcios obtidos,
quer s e j a m financeiros ou sociais.
A m a n u t e n ç ã o de p r é d i o s publicas conforme analisado,
e n v o l v e g r a n d e s montantes d e r e c u r s o s f i s i c o s e f i n a n c e i r o s ,
e v i d e n c i a n d o com i s t o a i m p o r t â n c i a do d e s e n v o l v i m e n t o d e s i s -
temas d e m a n u t e n ç ã o .

O processo proposto serve i n i c i a l m e n t e d e b a s e meto-


d o l Ó g i c a p a r a a i m p l e m e n t a ç ã o de s i s t e m a s d e m a n u t e n ç ã o m a i s
desenvolvidos e completos.

O 1 , e v a n t a r n e n t o d e r n a n i f e ~ t a ~ õ eps a. t o l ó g i c a s a p a r t i r
d e i n f o r m a ç õ e s forneckdas p e l o s u s u á r i o s m o s t r o u s e r u m bom
instrumento para a a v a l i a ç ã o do e s t a d o d e degradação dos e d i -
f i e a ç õ e s e seus componentes, tendo e m v i s t a o s r e s u l t a d o s ob-
tidos, os q u a i s r e p r e s e n t a m d e maneira b a s t a n t e s i g n i f i c a t i v a
a r e a l i d a d e e n c o n t r a d a n a s e s c o l a s de Porto A l e g r e . A s equa-
-
çoes de d e g r a d a ç ã o d o s c o m p o n e n t e s e m sua m a i o r p a r t e t a m b é m
s e mostraram c o n f iáveis, tendo em v i s t a os parãmetros e s t a t í s -
t i c o s apresentados.

E n t r e as d e f i c i ê n c i a s d e s t e e s t u d o e s t ã o o s q u e s t i o -
n á r i o s utilizados pois, embora os r e s u l t a d o s tenham s i d o s a t i s -
f a t õ r i o s , apresentaram alguns aspectos negativos, dentre os
q u a i s podem s e r c i t a d o s : o m i s s ã o d e i n f o r m a ç õ e s i m p o r t a n t e s e m
r e l a ç ã o a a s p e c t o s d e segurança e s t r u t u r a l dos prédios; muitos
I l e n s r e d u n d a n t e s o u r e l a ç ã o d e c o m p o n e n t e s com p o u c a i m p o r t â n -
c i a no d e s e m p e n h o d o s p r é d i o s ; m u i t o e x t e n s o , f a z e n d o c o m q u e
t o r n a s s e cansativo o s e u p r e e n c h i m e n t o , o c a s i o n a n L o e r r o s e con-
seqllentemente a n a l a Ç ã o de diversos q u e s t i o n á r i o s . Como s u g e s -
t i a para a simplificação p o d e ser adotado u m questionãrio simi-
lar 2 m a t r i z - r e s u m o p r o p o s t a (Anexo 111).

P a r a q u e o s resultados apresenrem u m a confiabilidade


a i n d a maior, p o d e s e r s u g e r i d o o p r e e n c h i m e n t o d o s q u e s t i o n á -
r i o s ( n o s n o v o s m o l d e s p r o p o s t o s ) p o r p e s s o a s com m a i o r c o n h e -
c i m e n t o t é c n i c o , t a i s como e s t a g i á r i o s o u t é c n i c o s d o s Õrgãos
p c t l i c o e e n c a r r e g a d o s d e manutenção d e p r é d i o s . Outra p o s s i b i -

1:o
111

lidade seria manter o preenchimento ao encargo dos usuários,


sendo entretanto elaborado um roteiro relacionando os princi-
pais elementos e componentes da edificação e os defeitos que
ocorrem com maior freqU~ncia, al~m de explicar de forma resu-
mida suas formas de manifestações. Paralelamente ã distribui-
ção dos questionários e roteiros, poderiam ser realizadas reu-
uiões ou palestras visando esclarecer possíveis dificuldades.

Estes procedimentos visando obter maior confiabili-


dade se justificam, a partir do momento em que os resultados
obtidos sejam utilizados para a implementação de sistemas de
manutenção de prédios públicos pelos órgãos responsáveis, pois
quanto mais confiável for o sistema, melhor será a alocação de
recursos, melhores serão as condições de conservação dos pré-
dios, já que os defeitos serão corrigidos logo de seu surgimen-
to. Estes fatos que contribuem. para a diminuição dos gastos
de manutençao, além de manterem os pr~dios públicos cumprindo
as funções sociais a eles destinadas.

Os resultados obtidos a partir do levantamento evi-


denciaram a importincia da pintura, já que este elemento & res-
ponsável por 39,5% dos custos orçados para manutenção, além de
apresentar índice de Importincia (1.1.) superior ã soma dos ín-
dices dos demais elementos. Estes fatos confirmam as afirma-
- --
çoes feitas, que possivelmente a recuperaçao das pinturas so
ê realizada quando se encontram em elevado estado de degradação.
Os componentes de madeira (paredes, soalhos e forros)
apresentaram manifestaç;es semelhantes no levantamento de inci-
d~ncia, destacando o apodrecimento e ação de cupins, o que in-
dica aus~ncia de tratamento da madeira durante a execuç~o, bem
como manutenção durante a vida útil dos predios.

Ainda em relação aos componentes de madeira, observou-

se que as curvas de degradação se assemelham, indicando que o


valor de 50% de defeitos e atingido aproximadamente aos 35 anos,
valor que pode ser adotado para a vida útil destes componentes.

Em relação a comparaçao de custos entre os sistemas


construtivos (madeira e alvenaria), verifica-se que as maiores
diferenças entre as participaç~es percentuais dos elementos
ocorrem quando estes variam juntamente com o sistema construti-
vu adotado. E x e m p l i f i c a n d o , p o d e m s e r analisadas a s p a r e d e s ,
p o i s e l a s r e p r e s e n t a m 14,9% d o s c u s t o s d e m a n u t e n ç ã o e m p r é d i o s
de madeira, e n q u a n t o nos p r é d i o s de a l v e n a r i a e s t e v a l o r é 1,5X.

A s e g u i r s ã o s u g e r i d o s alguns e s t u d o s q u e c o m p l e r n e n -
tam e s t e t r a b a l h o o u contribuem para o desenvo~vimentodo tema
~ a n u t e n ~ ãdoe p r é d i o s ~ Ú b l i c o :s

- A j u s t e das c u r v a s de degradação das c o m p o n e n t e s , a


p a r t i r das m o d i f i c a ç õ e s s u g e r i d a s p a r a o s q u e s t i o n á r i o s .

- Determinação d a s c u r v a s d e d e s e m p e n h o dos çornponen-


teç, v i s a n d o a seleção e u t i l i z a ç ã o d o s que a p r e s e n t e m maior
d u r a b i l i d a d e e melhor desempenho econõmico.

- Desenvolvimento d e estudo semelhante a o u t r o s t i p o s


de p r é d i o s p i í b l i c o s ( c e n t r o s d e saúde, b i b l i o t e c a s , p r e s í d i o s ,
etc.) -

- ~ n ã l i s ed a i n f . l u ê : l c i a d o s s e r v i ç o s d e m a n u t e n ç ã o
r e a l i z a d o s o u n ã o , nos r e s u l t a d o s o b t i d o s .

- Desenvo l v i m e n t o d e e s t u d o s t é c n i c o s e econarnicoç
v i s a n d o a u t i l i z a ç ã o d e t i n t a s q u e a p r e s e n t e m m e l h o r coniporca-
mento e m uso, quando e x p o s t a s as c o n d i E o e s e s p e c í f i c a s d a s e s c 2
las,
2
- D e t e r m i n a ç ã o das r e l a ç õ e s c o m p o n e n t e /m ado t a d a s
neste t r a b a l h o , visando a a p r o p r i a ç ã o r e a l de c u s t o s .

- ~ m p l e m e n r a ç ã o do s i s t e m a de manutenção p r o p o s t o em
programas c o ~ ~ pauc ti o n a i s .
Finalizando, espera-se que e s t e estudo t e n h a alertado
para ii i m p o r t â n c i a d e u m s i s t e m a d e m a n u t e n ç ã o , ~ o i sa l e m d a me-
l h o r i a das condições dos p r é d i o s e d i m i n u i ç ã o d o s cus-
tos, u m s i s t e m a de m a n u t e n ç ã o i m p e d e q u e um p r é d i o d e i x e d e cum-
p r i r a função s o c i a l a ele d e s t i n a d a .

E n t r e t a n t o d e v e s e r s a l i e n t a d o que p a r a a m e l h o r i a d o s
n i v e i s d e manutenção, o surgimento d o s d e f e i t o s devem s e r a t a c a -
dos e m sua origem, ou s e j a , o processo construtivo. Um maior
c o n t r o l e d e q u a l i d a d e entre as diversas e t a p a s p e r m i t i r á que h a -
j a uma r e a l m e l h o r i a n a q u a l i d a d e d a s e d i f i c a ç õ e s .
A N E X O

LISTA DE ESCOLAS UTILIZADAS NO


LEVANTAMENTO DE I N C L D ~ N C I A S
Page No. 1
01/22/88
ESCOLAS DE PORTO ALEGRE UTILIZADAS NO ESTUDO
ANO TIPO AREA(m2)

CUSTODIO DE HELLO I 55 BRIZOLETA


ROQUE GONZALES 1 55 BRIZOLETA
ODILA DA FONSECA 4 55 TIJOLO REVESTIDO
FABIQLA PINTO DOBNELES 1 56 BRIZQLETA
FASIOLA PlHTO DORNELES 2 56 BRIZOLETA
SANTOS DUMONT 4 56 BRIZOLETA
SANTOS DURQHT 5 56 BRIZOLETA
ARAGUA I A 2 57 BRIZOLETA
BAEPENLII i 57 BRIZOLETA
BRASILIA 1 57 BRIZOLETA
BRASILIA 2 57 BRIZOLETA
COELHO NETO 1 57 BRIZOLETA
CQELHO NETO 2 57 BRI ZQLETA
ERNESTO TOCCHETTO 1 57 BRIZOLETA
FERNANDQ FERRARI i 57 BRIZOLETA
JERONIHO DE ALBUQUERQUE i 57 BRIZOLETA
JERONIMO DE ALBUQUERQUE 2 57 BRJZOLETA
JEROHIMO DE ALBUQUERQUE 3 57 BRIZQLETA
JERONIMO DE ALBUQUERQUE 4 57 BRIZQLETA
JOSE LOUREIRO DA SILVA I 57 BRIZOLETA
PRUDENTE DE HORAIS 1 57 BRIZOLETA
ROBEBTO LANDELL DE BDURA 3 57 BRIZOLETA
A N A NER1 2 58 BRIZOLETA
AURELXO REIS i 58 BRIZOLETA
WURELIO REIS 2 58 BRIZOLETA
GENERAL NETO 58 BRIZDLETA
GENERAL SAHPA I Q 58 BRIZOLETA
MACHADO DE ASSIS 2 58 BRIZOLETA
MIGUEL JOSE PEREIRA I 58 BRIZOLETA
OSORIO DUQUE ESTRADA 4 58 BRIZOLETA
OSVALDO ARANHA 2 58 BRIZOLETA
RAFAELA REMIAO 3 58 BRIZOLETA
ROBERTQ LANDELL DE ROURA 1 58 BBIZDLETA
RODOLFO AHRONS 1 58 BRIZQLETA
RODOLFO AHRONS 2 58 BRIZOLETA
SOLIHOES 1 58 BRIZOLETA
VERA CRUZ 1 58 BRJZOLETA
VERA CRUZ 2 58 BRIZOLETA
IHACIO MONTANHA 1 58 TIJOLO REVESTIDO
PAULJNA MORESCO 58 TIJOLO REVESTIDO
ERHESTO TOCCHETTO 2 59 BRJZOLETA
3 DE OUTUBRO 60 BRIZOLETA
3 DE OUTUBRO 2 60 BRIZOLETA
AMA NERI 3 60 BRIZOLETA
CORONEL VILAGRAR 60 HADEIRA
PAROBE 1 68 TIJOLO REVESTIDO
PARQBE 3 60 TIJOLO REVESTIDO
ANA HERI 1 61 BRIZOLETA
BAEPENDI 2 61 BRIZOLETA
COELHO NETO 6 61 BRIZOLETA
CORREIA LfHA 62 BRIZOLETA
Page No. 2
01/ 2 2 / 8 8
ESCOLAS DE PORTO ALEGRE UTILIZADAS NO ESTUDO
ANO TIPO AREA ( m 2 )

FERNANDO FERRARI 2 62 BRIZOLETA


FRANCISCO DE LIHA E SILVA i 62 BRIZOLETA
FRAHCISCO DE LIHA E SILVA 2 6 2 BRIZOLETA
MIGUEL JOSE PEREIRA 2 62 BRIZOLETA
OSVALDO ARANHA 3 62 BRIZOLETA
OSVALDO ARAMHA 4 62 BRZZOLETA
PJAUI 1 62 BRIZOLETA
ROQUE GONZALES 3 62 BRIZOLETA
VISCONDE DO R I O GRANDE 5 62 BRIZOLETA
MABTINS RAHOS 62 TIJOLO REVESTIDO
AU9ELlO REIS 3 63 BRIZOLETA
MACHADO DE ASSIS i 63 BRIZOLETA
M A R I A THEREZA DA SILVEIRA 2 63 BRIZULETA
H A W I A THEREZA DA SILVEIRA 3 63 BRIZOLETA
FAB I OLA PIHTO DORNELES 3 63 TIJOLO REVESTIDO
M A R I A JOSE MABILDE 63 TIJOLO REVESTIDO
ALH BACELAR 1 64 BRIZOLETA
CGELHO NETO 4 64 BRIZOLETA
BENRIQUE FARJAT 1 64 BRIZOLETA
DDILA DA FONSECA 5 64 BRIZULETA
OSCAR PEREIRA 1 64 BRIZQLETA
PIA'JI 2 65 MADEIRA
PIAUI 3 65 MADEIRA
PIAUI 4 65 MADEIRA
BAHJA i 65 TIJOLO REVESTIDO
EDUARDO GOMES 65 TIJOLO REVESTIDQ
JULIO DE CASTILHOS i 65 TIJOLO REVESTIDO
SaElMDES 2 66 MADEIRA
JOSE FEI JO 66 TIJQLO REVESTIDO
RUBEM BERTA 66 TIJOLO REVESTIDO
MBRJMA HABTINS DE SOUZA 1 67 MADEIRA
HIGUEL JOSE PEREIRA 3 67 MADEIRA
YIGUEL JOSE PEREIRA 4 67 HADEIRA
PRUDENTE DE #ORAIS 2 67 MADEIRA
ROQUE GONZALES 4 67 TIJOLO A VISTA
JOSE CARLUS FEBREIRA 1 67 TIJQLO REVESTIDQ
JOSE CARLOS FERREIRA 2 67 TIJOLO REVESTIDO
EVA CARHIHATTI 2 68 MADEIRA
GREMIO MAUTICO UNIAO 68 MADEIRA
OSQBIO DUQUE ESTRADA 3 68 MADEIRA
OÇORiO DUQUE ESTRADA 5 68 HADEIRA
RCBERTO LANDELL DE HOURA 2 6 8 PIADEIRA
D. JQAO BECKER 68 TIJOLO REVESTIDO
LEBPOLDA BARNEWITZ 68 TIJOLO REVESTIDO
ODXLA DA FOASECA i 6 8 TIJOLO REVESTIDO
QDILA DA FONSECA 2 68 TIJOLO REVESTIDO
PADRE RAHBQ 6 8 TIJOLO REVESTJDQ
RECANTO DA ALEGRIA 68 TIJOLO REVESTiDO
SANTA LUZIA 6 8 TIJOLO REVESTIDO
90SE DO PATRDCINIO i 69 MADEIRA
J U L I O as CASTILHQS 2 69 TIJOLO REVESTIDO
Page No. 3
01 / 2 2 / 8 8
ESCOLAS DE PORTO ALEGRE UTILIZADAS MO ESTUDO

ROME ANO TIPO AREA l m 2 )

PADRE LEO i 69 TIJOLO REVESTIDO


PLORINDA TUBIHO 3 78 MADEIRA
JOSE DO PATROCIMIO 3 70 MADEIRA
LrOSE DO PATROCIIiIO 5 70 HADEIRA
HOTTA E SILVA 7 0 PIADEIRA
CUCLIDES D A CUNHA 70 T 1JOLQ B V I STA
KUEIAITA 1 7 0 TIJOLO A VISTA
LUCIANA DE ABREU f 70 TIJOLO A VISTA
OLEGARIO RARILNO f 7 0 TIJOLO A VISTA
OLEGARIO MARIANO 2 7 0 TIJOLO A VlSTW
HEROPHiLQ DE AZAMBUJA 7 0 TIJOLO REVESTIDO
IBFANTE D. HENRIQUE 70 TIJOLO REVESTIDO
EOHSEHHQR LEOPDLDO HOFF 3 7 0 TIJOLO REVESTIDO
PAROBE 2 7 0 TIJOLO REVESTIDO
SAHTOS DUBONT 2 7 0 TIJOLO REVESTIDO
SANTOS DUHONT I 70 TIJOLO REVESTIDO
ABAGUAIA i 71 MADEIRA
JOSE 80 PATROCIMIO 2 73. HADEIRA
VIOLETA BAGALHAES 1 7 1 MADE I R A
VISCONDE DO RIO GRAMDE 2 7i MADEIRA
ABJA MERI 3 7 2 RADEIRA
FRANCISCO DE LIMA E SILVA 3 72 HADEIRA
OSCAR PEREIRA 2 7 2 BADEIRA
LUCIANA DE ABREU 2 7 2 TIJOLO A VISTA
PADRE LE8 2 7 2 TIJOLO REVESTIDO
OSVALDO ARANHA 1 73 MADEIRA
PRUDENTE DE HORAIS 3 73 MADEIRA
SRRHEHTO LEITE i 73 HADEIRA
SARMENTO LEJ TE 2 73 MADEIRA
MUWAITA 2 73 TIJOLO A VISTA
PARANA 73 TIJOLO A VISTA
BATIAS DE ALBUQUERQUE 73 TIJOLO REVESTIDO
ALM BACELAR 2 7 4 MADEIRA
ALM BACELAR 3 7 4 MADEIRA
ALBERTO TORRES i 7 4 TIJOLO A VISTA
ALBERTO TORRES 2 7 4 TIJOLO A VISTA
OTAVIO ROCHA 1 74 TIJOLO A VISTA
OTAVIO ROCHA 2 74 TIJOLO A VISTA
VISCONDE DO R I O GRANDE 4 7 4 TIJOLO REVESTIDO
CIDADE JARDlH 2 7 5 MADEIRA
CIDADE JARD JM 3 75 MADEIRA
COELHO METO 5 75 MADEIRA
LANGENDONCX 75 MADEIRA
OSCAR PEREIRA 3 7 5 WADEIRA
SYLVIQ TORRES 75 MADEIRA
EVA CARHINATTI 4 75 TIJOLO REVESTIDO
JULIO DE CASTILHCS 3 75 TIJOLO REVESTIDO
COELHO NETO 7 76 MADEIRA
CUSTODIO DE MELLO 2 76 MADEIRA
GSORIO DUQUE ESTRADA 2 76 MADEIRA
OSVALDO ARANHA 5 76 MADEIRA
P a g e No. 4
09 6 2 2 / 8 8
ESCOLAS DE PORTQ ALEGRE UTILIZADAS HQ ESTUDQ
MQME ANO TIPO AREA (m2)

PADRE REUS i 76 MADEIRA


PADRE REUS 2 76 MADEIRA
VIOLETA MAGALHAES 2 76 MADEIRA
VISCONDE DO RIO GRANDE 3 76 HADEIRA
ALBERTO TORRES 4 76 TIJOLO A VISTA
PORTO ALEGRE 1 76 TIJOLO A VISTA
PORTQ ALEGRE 2 76 TIJOLO A VISTA
FLQRINDA TUBINO 1 76 TIJQLO REVESTIDO
FRANCISCO DE LIMA E SILVA 4 77 HADEI RA
JOSE LOUREIRO DA SILVA 2 77 MWDE IRA
OSCAR PEREIRA 4 77 HADEIRA
RAFAELW REBIAO 2 77 MADE IRA
AFONSO EHlLIO BASSOT i 77 TIJOLO A VISTA
AFDHSQ EHlLlU MASSOT 2 77 TIJOLO A VISTA
AFONSO EHILIO MASSOT 3 77 TIJOLO A VISTA
AFONSO EHILIO HASSQT 4 77 TIJOLO A VISTA
ELADIQ FERREIRA PAES 1 77 TIJOLO A VISTA
ELADIO FERREIRA PAES 2 77 TIJOLO A VISTA
ELWDI O FERREI RA PAES 3 77 TIJOLO A VISTA
ELADlO FERREIRA PAES 4 77 TIJOLO A VISTA
O T A V I O ROCHA 3 77 TIJOLO A VISTA
RXIIL PILLA 1 77 TIJOLO A VISTA
RAUL PILLA 2 77 TIJOLO A VJSTA
RAUL P ILLA 3 77 TIJOLO A VISTA
RAUL PILLA 4 77 TIJOLO A VJSTA
R A U L PiLLA 5 77 TIJOLO A VISTA
ERICO VERISSIMO 77 TIJOLO REVESTIDO
SANTA RITA DE CASSIA 1 78 TIJOLO A VISTA
A t # BACELAR 4 79 PIADE I RA
COELHO NETO 3 79 MADEIRA
CUSTODIO DE MELLQ 3 79 MADEIRA
GUSTAVO ARMBRUST 1 79 HADEI RA
MARIA THEREZA DA SILVEJRA 1 79 HÀDEIRA
OSCAR PEREIRA S 79 MADEIRA
QDI L A DA FONSECA 3 79 TJJQLO REVESTIDO
FLORINDA TUBINO 2 80 MADE I RA
LQHBA DO PINHEIRO 80 AADEI RA
OSCAR PEREIRA 6 80 MADEIRA
JOSE CARLQS FERREIRA 3 80 TIJOLO A VISTA
EVA CARHlNATTI f 80 TIJOLO REVESTIDO
EVA CARMINATTI 3 80 TIJOLQ REVESTIDO
HARINB BARTíRS DE SOUZA 2 81 PIADEIRA
050RJO DUQUE ESTRADA 1 81 MADEIRA
AEBERTQ TORRES 3 81 TIJOLO A VISTA
ALBERTO TORRES 5 89 TIJOLO A VISTA
GABRIELA MISTRAL i 81 TIJOLO A VISTA
GABRIELA MISTRAL 2 81 TIJOLQ A VISTA
GASRIELA MIÇTRAL 3 8 P TIJOLO A VISTA
GABRIELA HISTRAL 4 81 TIJOLO A VISTA
IMACIO HONTANHA 2 81 TIJOLO REVESTIDO
VISCONDE DO RIO GRANDE 1 81 TIJOLO REVESTIDO
Page No. 5
0%/22/88
ESCOLAS DE PORTO ALEGRE UTILIZADAS NO ESTUDO
ANO TIPO AREA l m 2 1

HUMAf TA 3 82 HADEI RA
LIDIA HOSCHETTI 2 82 MADEIRA
LIDIA HOSCWETTI 3 82 MADEIRA
PRUDENTE DE MORAIS 4 82 MADEIRA
TMEBEZA NORONHA DE CARVALHO 82 MADEIRA
BLEGARIO AARIANO 3 8 2 TIJOLO A VISTA
ALVARENGA PEIXOTO 1 82 TIJOLO REVESTIDO
CIDADE JARDIH 1 82 TIJOLO REVESTIDO
HOHSEHHOR LEOPOLDO HUFF i 82 TIJQLO REVESTIDO
HOHSENHOB LEOPOLDO HOFF 2 8 2 TIJOLO REVESTIDO
ALVARENGA PEIXORU 2 83 MADE f RA
AMITA GARIBALDI 83 MADEIRA
AU2ELIO REIS 4 83 WADE I RA
GUSTAVO ARHBRUST 2 83 MADEIRA
LOHBA DQ PINHEIRO 2 83 MADEIRA
BfiCHADO DE ASSIS 3 83 HADEIRA
OSQRIO DUQUE ESTRADA 6 83 HADEIRA
PAUL HARRIS 1 83 HADEIRA
PAUL HARRIS 2 83 MADEIRA
JOSE DO PATROCINIO 7 83 TIJOLO A V I S T A
PDRTO ALEGRE 3 83 TIJOLO A VISTA
ALR BACELAR 5 84 HADEIRA
ALVAREHGA PEIXOTO 3 84 MADEIRA
AMA NERI: 4 84 MADEIRA
BAHIA 2 84 MADEIRA
GUSTAVO ARRBRUST 3 84 MADEIRA
HENRIQUE FARJAT 2 8 4 IiIADEIRA
JUSE DO PATROCINIO 6 84 HADEIRA
JOSE LOUREIRO DA S I L V A 3 84 HADEIRA
LIDIA WOSCHETTI 1 84 MADEIRA
SANTA R 1 TA DE CASS I A 2 84 MADEIRA
SOL1 HOES 3 84 HADEI RA
V I O t E T A MAGALRAES 3 84 NADE1 RA
ANA NERI 5 85 MADEIRA
JERoHlMU DE ALBUQUERQUE 5 85 MADEIRA
JBSE DO PATROCINIO 4 85 TIJOLO A VISTA
PARAIBA 1 85 TIJQLO A VISTA
PARA IBA 2 85 TIJOLO A VISTA
PARAIBA 3 85 TIJOLO A VISTA
**A Total A**
A N E X O

q u ~ s ~ r o ~ Á sUTILIZADO
ro NO
LEVANTAMENTO DE INCZDENCIAS

.. .A_---.rli-4---------'-í
. I . . I , . ' I ,, i? ,a - , E *h ,.. ., ., . " ..". *-+.-.-
Os formulários anexos fazem p a r t e d a um p r o j e t o de p e s q u i -
s a amplo, envolvendo a SDOIRSc a UFRGS, que tem por o b j e t i v o
m e l h o r a r a q u a l i d a d e dos p r é d i o s p Ú b l i c o s , s e j a p e l a s e l e G 2 o de

p r o j e t o s mais adequados e d u r g v e i s como p e l a implantaG& d e uma


i
manutenção p l a n e j a d a , que e v i t e que o s p r é d i o s dccomponharn-s-

em u s o .

Neste e s t g d o d e e v a l i a F d o e fundamental o p&enchimcnto

d e s t e s f o r m u l ~ r i o spor parte das e s c o l a s , p r i n c i p a l m e n t e p o r q u e

0- u s u á r i o é o p a r t i c i p a n t e m a i s capacitado a i n d i c a r o s ~ r o b l c -

mas d-os p r é d i o s . A q u a l i d a d e d a s i n f o r m a ç õ e s d e p c n d e 2 0 ~ e f o r ç c ?

d e s p e n d i d o p e l a s e s c o l a s . E s t a qualidade i r 8 r e f l e t i r - s e nri foi:

ma e na v e l o c i d a d e cou que molificações s e r a o introduzidas


- no

p r o c e s s a d c c o t i a t r u ç ã o e manutenção d e p r & d i o s escolares, que

v i r a o e m benefício das e s c o l a s .

UFRGS e SDOIRS
. P a r a o p r e c n c 5 i a e n e o d o formulário e m anexo fino d a d a s a b a i -

xo a l ~ u r n a s i n ç t r u q i e s c o n a f i n a l i d o d e d e e s c l a r e s c e r o e i p o dc

i n f o r n a ç g o que é r o q u e r i d o *

h a n á l i s e d o s ? e f e i t o s d o s prccdios e s t á i n d i v i d u a l i z a d a p o r

bloco. P o r t a n t o , p i r a a a v a l i l i ç n o d e cada i t e ~ i id e v e SE conside-

rar c a d a b l o c o , c o r : um conjunto inteiro,

h numeração d : s b l o c o s n o f o r m u l a r i o d e v e sejiuir o numera-


ção do c r o q u i a n e x i t o .

D e n t r o dos i t c n s do fornit:l~rjo existem e s p a ç o s abertos p a r a

o u s u á r i o r e l a t a r r o b l ' e m a s q u e não tenhain s i d o a i e n c i o n a d o s . Es-

t e s cspaços d e v e m ser preenchidos, se necesszrio, identificando

o problema e avali5ado s u a i n t e n s i d a d e ,

P a r a a a v s l i a ; ã o d a ocorrência' e i n t e n s i d a d e d o s problemas .
o f o r n u l a r i o d e v e , ser p r e e n c h i d o c o m a s e g u i n t c convenção:

Quadro com t r a q s , s e não existir o i t e m no b l o c o . Este f a r n u -


I< -'
UCIO
-
C t a s t nntz d i s c r i r - i n z d o , r c l a c i o n u ~ d o itcns que i ~ c l u -
s i v e n ã o e x i s t e = c m t o d o s b l o c o s d e t o d a s a ç c o l p s . h'o caço de

não e x i s t i r o i ~ e m , p r e e n c h a o quadro com u m pequeno t r a ç o .

Q u a d r o em b r a n c a , s e n a o e x i s t i r o d e f e i t o , o u s c o defciro
p u d e r s e r c o n a i i e r a d o d e s y i r e z F v e 1 e m relacãci ao c o n j u n t o , p o r
e x e m p l o , u m t a c s de m a d e i r a s o l t o e m u m b l o c o d a e s c o l a .

Quadro EZI X, s e h o u v e r o d o f e i t o coa -m a d e r z i a intensidade.- c


c o n s i d e r a d o d e zsderada i n t e n s i d a d e um d e f e i t o o b s e r v ~ v c l e m
algumas partes t o p r é d i o e s c o l a r , por cxcmplo, t r i n c a s e111 al-

Quadro p i n t a d o , s e o d e f e i t o for - c e n e r n l i z . r d o . f considerado


g e n e r a l i z a d o o C e f c i t o q u e s c manifestar e m t o d o o p r é d i o e
é f a c i l n e n t e o b s e r v ~ v c,
l por exeinplo, g o t e i r a s g e n e r a l i z a d a s
pelo prédio.
- - - - . .

_ n i s c a r i " . a c identcs-

' de~~J&gJp
Fal.L1 69 $2-
. R 4 . s c ~d c a -

-**.-.- --

-.--. -----.__ ._

F:ilt:i d e trinco +
- - - - - . , . , . .. . . . .. .. . .- - - -.

- . . . , .-

' L . ... - - - . - - - -
*Ou€ DA ESCOLA

I
ELEtAf HTOS DO Pn'tQIO
, ti*
E DEFEITOS 1 2 3 4 5 t 3 -' rnuj

3 : 3 ~ 0 2 : : , 3 C OTJ-z,zT'13 315 TT JCLQS -- -.-


zl-&2:g.z2y L! a-. 3 ! " UQ5.U - .- -- - -.
A N E X O

MATRIZ-RESUMO E QUESTIONARIO
MODIFICADO PROPOSTO
NOME DA ESCOLA:

l0 I
-
Ano
prédios

de construção
1 2 3 4 5 6 7 8 9
I
Alvenaria aparente

I Alvenaria revestida
I?
Brizoleta
O
Madeira - outra
2
Á r e a (m )
E
L
E
M Componente
E prédio
N
T 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0
---------
1

a Pilaretes
I
F
'
-Defeito estrutural

-Fora de prumo
I
N
D -~ r o s ã a
I I
A -Sem defeito

Alicerces
I I
õ
E -Defeito e s t r u t u r a l
I
S
/ -Fora d e prumo
I I 1 I 1 1
-~rosão

-Sem d e f e i t o
I I I I I I
-
-
( c o n t inua)
Componente
E 1
=EM I Componente
E prédio
N
T 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
o
p Madeira
A -Apodrecimento
I
R - ~ ~ dãe ocupins
E
- F a l t a de tábuas
D
E -Quebra d e tábuas
S -Sem defeito
------- ----
o Reboco
i I I
EI
v
- Trincado
I I I
E - Com des colamentos
S
-Sem defeito
T -------
I
Azulejos
I
i
E
N -Trincado
1'
O -Faltando
S
-Sem d e f e i t o
- - - * * -
--
Externa

------
R
A i Interna I
-Boa

-Regular

-Ruim

(continua)
e
L
E
M Componente
E prédio
N
T 4 5 6 7 8 9 10
1 2 3
<
O
P o r t a s d e madeira

I '
-Apodrecimento I

-Quebra

deO cupins
- A ~ ~

E -Sem defeito

s
P o r t a s de ferro
Q
- com corrosao
- I I
U
- m a l funcionamento I I
A
I -sem d e f e i t o

R I J a n e l a s de madeira
I
I I
-Apodrecimento

-Quebra
I
A

s
- A ~ de
~ cupins
O

-Sem defeito

rn J a n e l a s de ferro

! -com corrosao
1 I
-mal funcionamento

ri ' 1
-sem d e f e i t o
- - --
Ferragens

- com
I de£ eito

-sem defeito
I
o Vidros
-quebrados
-sem d e f e i t o
E
L
E
pli Componente
E prédio
N
T 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
O
i T e l h a s cerãmicas
I I
I -quebra

-extravio
I
-sem defeito 1 1
C Telhas F-cimento

I O -quebra 1 1 I
I -extravio I I I
E -sem d e f e i t o 1 I
R F o r r o M.femea l
T -apodrecimento I
u
R
-ação de cupins

-quebra
-sem d e f e i t o
I1 ' I
IA
Forro e u c a t e x

-quebra I I I I I ' I
-estufado p/água I I I
-extravio I I
I - - - - - I-
-sem defeito

a F o r r o concreto
I
-defeito e s t r u t u r a l I
-manchas d e corrosão I 1
-sem defeito I I
I Calhas
-com defeito
e condutores

I
-eem dafeito
:
-
- --
-- 1
Componente
BIBLIOGRAFIA

1. AMERTCAN S O C I E T Y F O R T E S T I N G AND MATERZALS. S tandard


-
r e c o m m e n d e d p r a c t i c e f o r d e v e l o p i n g ç h o r t - t e r m accelerated
--
t e s t s for -- --
prediction o £ e h e s e r v i c e life of building
components and m a t e r i a l ~ : E 6 3 2 - 7 8 . P h i l a d e l p h i a , 1980.

2. BESSEY, G.E. -
A v o i d i n R f a u l t s and failures -
in b u i l d i n g s .
Garston, B u i l d i n g Research E s t a b l i s h m e n t , 1977. (Overseas
Building .Notes, 1 7 7 )

3 . BROMILOW, F.J. ---


The r o l e o £ maintenance in b u i l d i n g -
- life
c y c l e performancs. T r a b a l h o a p r e s e n t a d o n a International
Maintenance and Management C o a f e r e n c e . M e l b o u r n e a n d
Sidney, Mar. 1985. 15p.

4 . BROMILOW, F. J. & TUCKER, S.N. T e r o t e c h n o l o g i c a l optimality


in c o n s t r u c t i o n .
- Melbourne, C S I R O Division o £ B u i l d i n g
Research, 1 9 8 3 .

5. B U I L D I N G R E S E A R C H ESTABLISHMENT. P a i n t i n ~-
w-a l-
l s Part 2 -
F a i l u r e s and r e m e d i e s . Lancaster, The Construction Press,

6 . BYEBS, R . A . 111. b a n c o de d a d o s p a r a t o d a s as a p l i c a -
d B a s e -'
*
çoes. s ã o P a u l o , McGraw-Bill, 1985.

7. C A R R U T H E R S , J . F . S . The p e r f a r m a n c e with t i m e o £ c o m p o n e n t s .
In: I N T E R N A T I O N A L C O N F E R E N C E ON D U R A B I L I T Y OF B U I L D I N G
MATERIALS AND C O M P O N E N T S , l., Ottawa, Aug. 21-23, 1978.
Proceedings .. . Philadelphia, ASTM, 1980. p.98-105.
( A S T M S p e c i a l T e c h n i c a l P u b l i c a t i o n , 491).

8. C E N T R E S C I E N T I F I Q U E E T T E C H N l Q U E DE LA C O N S T R U C T I O N . ~uide

-
des gerformances -
du b a t i m e n t . Bruxelles, 1 9 7 6 . (~ompte
Rendu d'Etude e t d e R e c h e r c h e , 20)

9 , C O N S E I L I N T E R N A T I O N A L DU B Â T I M E N T P O U R LA R E C H E R C H E L'ETUDE
ET LA DOCUMENTATION.
-
T h e performance concept - its
and -
terminology . P a r i s , Cen t r e Scientifique et T e c h n i q u e d e
B â t i m e n t , 1975. (CIB R e p o r t , 32)
10. CONSLIL INTERNATIONAL DU BÃTIMENT POUR LA RECHERCHE L ~ E T U D E
ET LA DOCUMENTATION. W o r k i n g C o m m i s s i o n W60. W o r k i n g
-- -
w i t h t h e p e r f o r m a n c e a p p r o a c h in building. Rotterdam,
1982. 30p, (CIB R e p o r t , P u b l i c a t i o n , 6 4 )

11. C O N S E I L I N T E R N A T I O N A L D U B Â T I M E M T P O U R LA R E C H E R C H E L'ETUDE
ET L A D O C U M E N T A T I O N & REUNION I N T E R M A T I O N A L D E S
L A B O R A T O I R E S D'ESSAIS E T DE R E C H E R C H E S S U R L E S M A T È R ~ A U X
E T LES C O N S T R U C T I O N S .CIB W B O / R I L E M 71-PSL. - On
prediction - of s e r v i c e - e of b u i l d i n g m a t e r i a l s a n d
l i f-
cornponents. R o t t e r d a m , 1983. 4 8 p .

12. DAMEN, T. P l a n n i n g and b u d g e t i n g m a i n t e n a n c e a c t i v i t i e s .


In: S E M I N A R ON S Y S T E M S O F M A Z N T E N A N C E P L A N N I N G ,
Edinburgh, 21-23 Mar. - 1 9 8 3 . Proceedings ... I S . 1.p. 1
CIB, 1 9 8 3 . (CIB Proceedings. Publications, 7 3 )

13. ELDRIDGE, H.3. -


Common d e f e c t s in b u i l d i n g s . London, H e r
Majesty's S t a t i o n a r y Office, 1 9 7 6 .

1 4 . F A B I A M I , B, em edificios.
Lesões - são P a u l o , E s c o l a p o l i -
t é c n i c a d a USP, 1982. ( c a d e r n o s d e ~ o n s c r u ~ ã o4 ,)

15. F A R H I , E. M e t h o d o l o g i e s for a s s e s s i n g d u r a b i l i t y o f n e w
m a t e r i a l s and c o m p o n e n t s in b u i l d i n g . In: I N T E R N A T I O N A L
C O N F E R E N C E ON DURABILLTY OF B U I L D I N G MATERIALS A N D
C O M P O N E N T S , L., O t t a w a , Aug. 21-23, 1 9 78. Proceedings ...
Philadelphia, ASTM, 1980. p.97-7. (ASTM S p e c i a l T e c h n i c a l
PubLication, 691)

16. F L A U Z I N O , W.D. Durabilidade d e materiais e componentes d a s


edificaçÕes. d e ~ d i f i c a ~ õ e ss ã, o P a u l o ,
Tecnologia - IPT,
2:51-6, ago. 1985.

1 7 . FREEMAN, X.L. B u i l d i n g f a i l u r e p a t t e r n s --
and t h e i r
implications. Garston, B u i l d i n g R e s e a r c h E s t a b l i s h m e n t ,
1975. (BRE. C u r r e n t P a p e r , 30)

18. GARDEN, G.K. Design determines durability. In: I N T E R N A T I O N A L


C O N F E R E N C E O N D U R A B I L I T Y OF B U I L D I N G MATERIALS A N D
COMFONENTS, I. , O t t a w a , A u g . 2 1-23, 1 9 7 8 . P r o c e e d i n g s ..
~ h i l a d e l p h i a , ASTM, 1980. p.31-7. (ASTM S p e c i a l
T e c h n i c a l Publication, 691)
19. G R U N A U , E.B. e t alii. Lesiones -
en -
10s e d i f í c i o s : sintomas,
causas y reparacion. B a r c e l o n a , Ediciones CEAC, 1981.

2 0 . HANDLER, E. System approach to a r c h i t e c t u r e . N e w York,


American Elsevier, 1970. 184p.

21. HARRISON, H . W . A v o i d i n g f a u l t s in t r a d i t i o n a l h o u s i n g .
-
B R E N-
e w s , Garston, - 58:lO-2, 1 9 8 2 .

. S e t t i n g performance c r i t e r i a f o r building p r o d u c t s .
~ â t i r n e n tInternational, P a r i s , -
11 ( 2 ) : 106-13, Mar. / A p r .

2 3 . LOSHIMOTO, E. ~ n c i d ê n c i ad e m a n i f e s t a ç õ e s p a t o l Ó g i c a s e m
e d i f i c a ç Õ e s habitacionais. Tecnologia - de ~ d i f i c a ~ õ e s ,
são P a u l o , I P T , 2:109-12, ago, 1986.

24. JOHN, V . M . & AROZTEGUI, J.M. D u r a b i l i d a d e ----


e vida Ú t i l dos
edifícios. Porto Alegre, C P G E C J U F R G S ,1 9 8 5 . 30p.
(Caderno d e E n g e n h a r i a , 5 )

2 5 . LICHTENTSTEIN, N. B. Patologia -d a s cons truçÕes : procedimen-


t o s p a r a f o r m u l a s ã o do diagnóstico d e f a l h a s e d e f i n i ç ã o
d e conduta adequada 2 r e c u p e r a ç ã o de e d i f í c i o s . são Pau-
l o , E s c o l a P o l i t é c n i c a d a USP, 1985, 191p, D i s s . mestr.

2 6 . L ~ N N ,M . A . Swedish m a i n t e n a n c e planning. In: S E M I N A R O N


SYSTEMS O F M A I N T E N A N C E P L A N N I N G , E d i n b u r g h , 21-23 Mar.
1983. Proceedings .. . [ S . 1.p. 1 CIB, 1983. (CIB
Proceedings. Publications, 73)

~ n á l i s ee s t a t í s t i c a -
27. N A N N I , L . F . d e --
dados - uso -
com - t6cni-
de -

-
cas computacionais. P o r t o Alegre, CPGECJUFRGS, 1986.
( C a d e r n o Técnico, 30/81)

28. PEREZ, A.R. Manutenção d e e d i f í c i o s . ~ e c n o l o ~ di ea ~ d i f i -


-
cações, s ã o Paulo, I P T , -2 : 8 3 - 6 , ago. 1985.

29. PETTILT, R. Cornputer a i d s to h o u s i n g rnanagement. In:


S E M I N A R O N SYSTEMS O F M A I N T E N E N C E P L A N N I M G , E d i n b u r g h ,
21-23 Mar.1983. Proceedings ... [s.l,p.l CIB, 1983.
(CIB P r o c e e d i n g s . Publications, 73)
C O N F E R E N C E ON D U R A B I L I T Y O F B U I L D I N G M A T E R I A L S AN I)
C()MI)ONIINTS, I . , Ottawa, Aug. 21-23, 19 7 5 . l ' r C ? ~ i ? ~i ldi .
f : ~ + 4

Philadclpliia, ASTM, 1980. p .5-16. {AS'TM S p c c i ~ i


T e r l i n i c a l Piib li c a t i o n , úY1)

L . RAKHRA, A.S. Econoniic aspccts of tlie d u r n b i i i t y of b r i i lciini:


itiatcrial s : ali e x p l o r i i t o r y analysis. lii: LNTt.:KNAi'liiSill.
C O N F E R E N C E O N D U R A U I L I T Y O F B U I L D T N G M A T E K L A L S RNIi
CONPONENTS, l . , Ottawa, Aug. 2 1-23, 1 Y 78. I ' r u c e c c l i 11:;s ..
Philadelphia, ASTM, 1980. p.15-22. (ASiM S p e c i a l
T c c l i n i c : ~ l Publicntion, 6 9 1 )

32. R G Y G A E R T S , J. D i a g n o s t i c des cas de p a t l i o l o g i e d u b n t i m e n t .

-- 4 : 11-5,
CSTC K e v u e , bruxelles, - dec. 1980.

33. REYGAERTS, J.; GASPER, H,; DUTORDOIR, C .


errcurs dc conccption, dcfauts de constructiun, dcgats.

C.S.T.C. Revue, (3) :2-4, sepl. 1976.

34. SIIELEY , I. li. Uui l d i n g maintenence. l,oridon, >l;iclli 1 l ~ n ,


1982. 3 6 3 ~ .

35. SOUZA, R. de. A contribuição -


- du conceito -
d e d e s e r n p e n l ~ c-p
~-a r-
a
a
+
do edifício e suas p a r t e s :
avalias;~ - + -
n p l i c a ç ã u 2s jane-
13s de uso habitacional. são P a u l o , 1:scola P o l i t G c r i i ca

d a USP, 1 9 8 3 . Diss. mestr.

h, SOUZA, H. tIe 8 I I T ' I ' I U I I I R l F l l . l i O , C.V.


nlio d c s i s t e n i a s c o n s t r u t i v o s d c s t i r i a d o s
-;i -
Iicili i ~ ; i r ; : i i i po-
pular; conceituação e m e t o d o l o g i a , Tecnologia - E-
dc -difi-
cac;õcs-, S ~ P 3:59-62,
O aulo, I P T , - ago. 198h.

7. SPIEGEL, M. Estatística. 2.ed. S ~ P


O aulo, F f c G r a w - H i 11,
198b.

38. S T A T I Ç T I C A L GRAPHICS CORPORATION. Statgrnpiiics - htaris t i c a l


--

Graphics Çystem; ~ s e r ' sg u i d e . S . l., L'fBb.

li). L~l<MOl'O, L . i . . l>rubleiilas d e p i i i c u r a na culis triis;o ( : i i r i 1.


d e ~ d i i cf a ç Õ e s , S ã o P a u l o ,
Tecnologia - LPT, 3: 77-80,
-
ago. L986

Você também pode gostar