Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Darkness
Série Novas Especies
https://secure.avaaz.org/po/petition/Queremos_os_Li
vros_da_Escritora_Laurann_Dohner_no_Brasil/
https://www.facebook.com/NovasEspeciesLaurannDohner
https://www.facebook.com/groups/Lauranndohnerescritora/
Livro 12 da Série Novas Espécies
Darkness
Laurann Dohner
SINOPSE:
O chefe de Kat quer acabar com a ONE. Ela é enviada para Homeland disfarçada,
mas tudo dá errado tão logo ela passa pelo portão principal. Ela é arrastada por um
enorme, poderoso e sexy Nova Espécie, mas ela não está assustada. Ele a deixa
ligada e as coisas esquentam rapidamente entre eles. Agora, ela apenas espera que
ele não quebre seu coração.
Darkness admira a coragem de Kat, mas ele não pode acreditar em nada do que ela
diga. Ele não estivera com uma fêmea por anos, porque sabia que estava muito
danificado. Ele não daria um bom companheiro, apesar do seu desejo de possuí-la de
todas as formas. Darkness temia perder o controle, a única coisa que definia sua vida.
Ele não acha que pode derrubar as paredes de proteção que construiu, mesmo por ela.
Katrina Perkins mal conteve a raiva que se revolvia dentro dela. Robert Mason, seu
chefe, sempre a fez querer pode erguer a arma e atirar no bastardo. Não era uma
questão dela querer meter uma bala nele, tudo se resumia a que parte do corpo dele ela
queria apontar primeiro. Era uma difícil decisão todo o tempo entre as bolas dele ou a
boca grande. Ela prendeu as mãos atrás das costas para resistir à urgência de acertar
ambos.
— Vou provar que aqueles bastardos Novas Espécies são criminosos. Eles usam o
status soberano para fugir com essas merdas. Não mais!
Katrina assistia os passos do chefe. Ela queria colocar o pé para fora e derrubá-lo toda
vez que ele compassava. Frequentemente ele divagava sobre as paranoicas e idiotas
teorias de que os Novas Espécies era os reais inimigos públicos número um. Estava
cansada de ouvir isso. Robert esteve em lágrimas por dias depois que ela ficou em cima
dele por ordenar outros agentes a rastrear os movimentos de um homem chamado
Jeremiah Boris, mais conhecido como Jerry Boris. O cara parecia ter desaparecido e
seu chefe acreditava que a ONE estava envolvida. Isso parecia pessoal para Kat, no
entanto, como se seu chefe conhecesse o cara ou tivesse um interesse especial.
— Vou continuar cavando até que possa provar que eles participaram do
desaparecimento de Jerry, mesmo que seja a última coisa que eu faça. – Ele lançou a
ela um olhar raivoso. – Ele trabalha para eles.
— Na prisão Fuller.
— Eu nunca ouvi sobre esse lugar. – Aquilo a havia surpreendido. – Como a ONE está
ligada a uma prisão?
— Isso é confidencial. – Ele abaixou a voz. – De modo não oficial, é o lugar onde eles
encarceraram qualquer um que costumava trabalhar para as Indústrias Mercile.
O respeito pelo chefe diminuiu ainda mais. Ela seria demitida e ele a colocaria em
problemas se ela compartilhasse informações restritas do jeito que ele fazia. Kat não se
intrometeu, não querendo ser parte da quebra de conduta dele. A curiosidade a puxou,
no entanto, a fazendo imaginar onde estava localizada e se a ONE realmente lidava
com ela.
— Jerry é um bom homem, mas ele estava com medo deles.
Kat manteve os lábios selados, se recusando a ser atraída. Qualquer um que fosse
amigo de Mason não poderia ser integro. Ela imagina como ele ganhara a posição
desde que ele fora transferido para liderar o departamento dela. Mason era imprudente,
muito emotivo, um chute nas bolas, na opinião dela. A única explicação que Kat podia
pensar era que ele beijara a bunda de algum maioral, chantageado o caminho para o
topo ou era relacionado com alguém importante o suficiente para pedir alguns favores.
— Eles também fazem coisas vis com as mulheres. Acho que eles as drogam e as
viciam em algo parecido com a heroína. Essa é a única razão porque as mulheres iriam
permitir que aqueles bastardos enfiassem as picaretas nelas.
— Senhor, eu não acredito que isso seja verdade. – Ela decidiu ser racional novamente.
– Assisti a poucas mulheres entrevistadas na televisão e não peguei nenhum sinal de
que elas estavam drogadas.
— Talvez seja uma coisa hormonal. – Seu superior resmungou, recomeçando a andar. –
Você sabe, tornando-as malucas. Alguém deveria ser insana para permitir que um
daqueles animais a tomasse. Isso é doente. As mulheres poderiam muito bem ficar de
quatro na frente dos seus cães e apenas evitar a ONE completamente.
Kat flexionou os dedos, que estavam quase alcançando sua arma novamente, e odiou
seu chefe com paixão. Ela levou aquele insulto pessoalmente.
— Não é culpa deles, o que eles são, senhor. Eles foram criados pelas Indústrias
Mercile e não tinham nada a dizer quando alguém misturou os genes deles. Foi contra a
vontade deles. Eles são vitimas.
— Certo. Você tem um cachorro. – Ele olhou para ela. – Você é amante de animais.
Você provavelmente quer protestar pelo procedimento de matar cachorros que matam
pessoas quando atacam.
— Vou colocar você em uma missão, agente especial Perkins. – Um brilho iluminou os
olhos de Mason. – Estou enviado você a Homeland, disfarçada. Você vai descobrir os
segredos deles e expor aqueles bastardos animais por o que eles são. Também quero
que você localize informações sobre Jerry Boris. Ele é provavelmente um prisioneiro
lá. Você vai ajuda-lo a escapar, se o localizar.
— Você é perfeita para essa missão. – Ele acenou. – Você é muito atraente, vão cair
sobre você como abelha no mel. Você parece muito feminina, então eles não irão
perceber o quão difícil você é. – Ele gargalhou. – Você será muito útil.
Ela estava muito atordoada para até mesmo socar o filho da puta pelo que ele dissera.
Ele está perdendo a porra da mente? Isso não a surpreenderia, pelo menos.
— Eu fiz uma verificação completa de seus antecedentes, não há razão para alarme.
Você parece um pouco pálida, mas é perfeita. Sou o único que sabe seu segredo. Temos
um inferno de coisas em comum, Perkins. – Ele piscou e a sacudiu um pouco.
— Aqueles animais bastardos irão querer te foder, mas você é imune a eles. Tenho
certeza que sua namorada vai entender que você está em uma missão. Ambos somos os
homens em nossas famílias e eu apenas digo a minha namorada como isso é. Preciso
que você finja ser uma mulher de verdade enquanto estiver lá. Espero que isso não seja
difícil para você. Inferno, em uma piscadela eu poderia fingir achar um homem
atraente, então estou confiante de que você vai jogar direitinho.
Kat olhou para Robert Mason e apenas acenou, entorpecida. O idiota pensava que sua
colega de quarto e melhor amiga de longa data era sua amante. Ela teve que batalhar
com a urgência de rir na cara estúpida dele. Oh, isso é apenas impagável. Espere até
que eu conte a Missy.
— Eu adoro pregar idiotas na parede. – Ela sorriu e então fechou a boca. Como você.
Capítulo Um
Darkness olhou para o espelho. Vapor preenchia o pequeno banheiro pela água
correndo, mas ele permanecia parado lá, ao invés de estar sob o jato d’água. Um pouco
de sangue seco marcava uma bochecha e sua testa.
Ele olhou para baixo, para as mãos, onde ele agarrou a borda da pia. Uma junta estava
inchada com a força do soco. Jerry Boris estava vivo, mas precisava de atendimento
médico. Parte dele se arrependia por não ter matado o bastardo, outra parte estava
surpresa que ele fora capaz de parar. A porta se abriu atrás dele e virou a cabeça para
olhar para a fêmea.
— Estou bem, Bluebird. – Ele não viu horror no olhar dela, apenas tristeza e
preocupação.
— Eles o enviaram para o Centro Médico. Você fez o que tinha que fazer. A força
tarefa vai montar um time e colocar o local sob vigilância. Eles querem mais fatos antes
de recuperar a Presente. A pessoa que tem ela pode ter mais homens e eles querem
localizá-los e entrar com tudo, no caso dela ter sido movida, se ela estiver viva.
— Obrigado. Vou tomar um banho e então vou retornar ao meu posto. – Ele se afastou
da pia, alcançando a camisa ensanguentada para removê-la.
— Você quer companhia? Eu sei que foi duro para você, mas ele se recusou a quebrar.
Algumas vezes a violência é a única solução.
— Como é que você sabe? – Ele lamentou as palavras tão logo elas saíram dos seus
lábios. Não era culpa dela que o interrogatório acabara daquele jeito. O humano havia
se recusado a entregar a localização da Presente até que foi forçado a se decidir por sua
vida. – Me desculpe isso foi desnecessário.
— Você é gentil, Darkness. Você tenta esconder isso, mas eu sei que você não gostou
de machucar aquele humano. Você não pode sair da sala rápido o suficiente uma vez
que ele disse o que precisávamos saber. Tive que me controlar para não força-lo a falar.
Você provavelmente salvou uma vida. A Presente talvez seja recuperada por causa de
suas ações.
— Eu poderia fazer você esquecer o que aconteceu. – Ela olhou para o corpo dele.
— Você poderia me distrair por pouco tempo, mas eu nunca vou esquecer.
— É muito duro consigo mesmo. – Ela olhou dentro dos olhos dele.
— Você é. – Ela insistiu. – Não sei muito sobre seus antecedentes porque você não fala
sobre isso, mas eu percebi que foi mais difícil do que a maior parte de nós enfrentou.
Quer conversar? Não vou repetir nada do que você disser. Você deveria ter alguém
para colocar pra fora. Esta é uma parte importante do processo de cura.
— Isso não ajuda quando você não vai nem mesmo tentar. – Ela se aproximou. –
Deixe-me acalmá-lo. Estou oferecendo amizade e conforto.
— Tudo bem. – O queixo dela se ergueu. – Não precisamos compartilhar sexo, mas
você poderia conversar comigo.
— O que você quer saber? – A raiva surgiu, mas ele a sufocou. As intenções de
Bluebird eram boas, ele aceitava e confiava nisso. – Fui treinado para matar e a
violência que você enfrentou foi apenas o começo do que enfrentei. Isso me fez
congelar por dentro. Me recuso a permitir que alguém se aproxime.
— Então você sabe qual é o problema. Mudança. Somos livres agora para fazer
qualquer coisa possível, se quisermos isso.
— Não quero depender dos outros ou me preocupar demasiadamente sobre nada. Gosto
de estar entorpecido.
— Eu o faço, mas há uma linha que não vou cruzar. – Ele apontou uma linha no chão
entre eles. – Aqui está uma. Preciso me banhar e voltar ao meu posto. Agradeço sua
oferta, mas eu declino. Não leve isso de modo pessoal. Não é.
— Não sou do seu tipo? Todo mundo tem uma preferência. As Presentes te apetecem?
Ou talvez uma das primatas? Estamos cercados de humanos, também. Elas são
pequenas e mais suaves que as fêmeas Espécies. Posso falar com algumas delas para
descobrir se alguma delas está interessada em compartilhar sexo.
— Mas que droga. - Darkness correu os dedos pelos cabelos, esquecendo que estavam
ensanguentados. Ele precisava cortá-los, quase estavam tocando seus ombros, mais
longos do que ele gostava, e eram quase outra lembrança do passado do qual ele queria
distância. – Não é isso tampouco. Você é a segunda pessoal que me pergunta isso, sou
atraído por fêmeas. É só que...
— Eu não quero sentir tanto novamente e fêmeas são uma fraqueza. – Ele deixou as
mãos cair ao lado do corpo e suspirou. – Eu confiei uma vez e a pessoa com quem eu
me importava pagou o preço. Algo dentro de mim morreu e não estou sofrendo sua
perda. Gosto de ser solitário e no controle. Sou livre e essa é minha escolha.
— Não. Isso é apenas uma lembrança do passado. O único momento em que sou
completamente livre é quando estou sozinho.
— Lamento pelo que foi feito com você, Darkness. – Ela olhou para ele. – Apenas
saiba que nos preocupamos com você e se você algum dia mudar de ideia, tudo o que
tem que fazer é se aproximar. Nós estaremos lá.
Bluebird se virou, mas pausou na porta para olhar por sobre o ombro.
— Ninguém vai te culpar se você terminar com essa merda e for para casa. Isso foi
intenso para todos.
— Eu sou diferente. – Ele relembrou a ela. – Dê-me quinze minutos e vou estar de
volta no uniforme.
— Você é teimoso. – Ela sorriu apesar disso. – Você tem meu respeito.
Darkness a assistiu ir embora e se despiu do resto das roupas. A última coisa que queria
era ir para casa e ouvir o silêncio. Ele odiara cada momento dentro da sala de
interrogatório. Boris fora um verdadeiro filho da puta que mereceu cada coisa que
havia feito, mas o fato de que ele tinha gostado de infligir dor no pedaço de merda não
caiu bem nele.
Ele esfregou a pele e lavou os cabelos, levou apenas dez minutos para se vestir e voltar
para a Segurança. Darkness olhou ao redor, mas ninguém parecia surpreso ou
desconfortável por sua chegada. Bluebird foi a única que sorriu do seu assento na frente
das telas dos monitores que providenciavam imagens ao redor de Homeland.
— Estou feliz que não sou o cara que vai responder a todas as questões. – Flame
acenou em simpatia. – A força-tarefa saiu para se reunir na sede. Quer saber o que
temos? – Ele apontou para os dois machos do outro lado da sala, com a atenção fixada
nos computadores. – Eles estão rastreando toda informação que podem consegui sobre
o nome que Boris nos deu.
Darkness não queria estar envolvido. Ele tinha obtido a localização da Presente, não era
seu trabalho ir atrás dela. Gostava de ficar nas terras da ONE.
— Nada mais. – Flame segurou um aparelho eletrônico portátil, rolando-o enquanto lia.
– Ah, o novo instrutor está a caminho e vai chegar logo.
— Um forense. – Excitação enlaçou a voz de Flame. – Tiger pediu alguém para vir nos
ensinar sobre os procedimentos policiais para pegar evidências. Isso vai ser divertido.
— Você não assistiu aqueles seriados na televisão? Vamos resolver crimes antes que
você saiba disso. Estou olhando para o futuro para aprender como pegar impressões
digitais.
— Que crimes? Isto é Homeland. É com o mundo lá fora que precisamos nos preocupar
e a força-tarefa lida com isso.
Arrependimento pulou dentro de Darkness. Ele não queria acabar com as coisas boas
para os outros machos.
— Eu não assisto muito televisão, mas tenho certeza que é muito interessante se isso
ganhou por maioria de votos. Vou ter certeza de parar para checar isso. Talvez eu possa
aprender algo novo e tenho certeza que vou encontrar as matérias úteis.
— Vou aceitar sua palavra sobre isso. Onde o instrutor vai ficar? As acomodações
humanas estão prontas? Os antecedentes foram checados?
— Foi de último minuto, mas tenho certeza que estamos com isso.
— Bom trabalho, fodão. Eu ouvi que você quebrou aquele filho da puta e o fez
guinchar como o porco que ele é. – Ela parou, erguendo a mão acima da cabeça.
— Maravilha. – Ela sorriu. – O forense? Mal posso esperar. Fiz uma lista de questões
que quero perguntar, começando com o porquê demora tanto para pegar os resultados
toxicológicos depois de uma autopsia. Sabia que pode demorar semanas?
— Não.
— Ele já está aqui? Assim que poderia pegar o cérebro dele.
— Ótimo. Eu vou servir e trabalhar no portão. – Breeze caminhou poucos passos antes
de se virar, um sorriso no rosto. – Odeio vestir o colete, mas não quero que os humanos
se apaixonem por mim. Eles não podem lidar com tudo isso. – Ela piscou antes de
desaparecer dentro de uma das salas.
Os cantos de sua boca se ergueram, mas Darkness se recusou a rir. Breeze sempre
surpreendia, dizendo coisas escandalosas. Ela deixava todos à vontade – um presente
raro. O seu foi incutir medo nos outros. Aquela observação apurada escureceu sua
disposição enquanto cruzava a sala, vendo os monitores.
— Bom.
A porta se abriu novamente e Trey Roberts entrou. O humano líder do time da força-
tarefa olhou ao redor, finalmente encontrando sua figura e se aproximou. Darkness se
tencionou.
— Idiotas como ele não morrem facilmente. – Trey sacudiu a cabeça. – Estou aqui para
trabalhar com os caras para procurar por mais pistas sobre nosso alvo. Tim quer que
alguém transmita as informações enquanto ele está planejando um plano de ataque com
o resto do time.
— Eles estão trabalhando logo ali, sinta-se em casa. Sabe onde a geladeira e a máquina
de café estão localizadas.
— Inferno, não. Apenas uma observação. Vou me fazer útil e sair do seu caminho.
Bom trabalho lá. Tim talvez não tenha dito, mas eu vou.
Darkness assistiu o humano se juntar aos dois machos nos computadores antes de se
virar e ir para a sala onde eles mantinham os equipamentos. Ele colocou uma roupa a
prova de balas, pegou um colete e foi lá para fora.
Ele subiu a escada para a passarela perto do topo da parede e olhou para cima enquanto
erguia a arma, suas intenções de parecer intimidador. Um olhar mostrou a ele dois
carros e uma Van na linha, esperando para serem revistadas antes de entrar no primeiro
portão. Ele suspirou. Era chato andar na parede, mas era melhor que olhar para o teto a
partir de sua cama.
*****
— Olá. Sou Katryn Decker, mas pode me chamar de Kat. Sou do laboratório de crimes
em Bakersfield. Sou a consultora.
Ele aceitou a licença dela e tocou no aparelho de comunicação colocado em sua orelha,
ele falou suavemente o suficiente para que ela não pudesse ouvir suas palavras. Isso era
um processo para verificar a identificação dela, uma vez que era esperada em
Homeland. Kat olhou para os portões que se fechavam atrás dela e olhou para o
segundo a cem metros na frente dela. Havia um espaçoso caminho separando os lados
do seu carro alugado da guarita e mais paredes.
— Então, vocês têm muitas pessoas no primeiro portão, passando um veículo por vez, e
checam novamente eles nesta área? – Ele deslizou a luva acima do lado do
comunicador, mas não disse nada. – Desculpe, estou apenas curiosa. Sou de um
laboratório de crimes, lembra?
— Você precisa sair e deixar o motor ligado. Nosso pessoal vai levar seu carro e então
precisamos te revistar, uma fêmea irá fazer isso. Apenas se afaste do seu carro e ela vai
se encontrar com você. – Ele apontou para as marcas que haviam sido pintadas no
asfalto.
Kat aceitou a licença e foi para frente. Ele colocou em ponto morto no centro do
espaço, isso fazia sentido. Eles tinham uma sala para colocar o veículo e era uma boa
área vazia se alguém dirigisse com explosivos dentro. Ela colocou o carro no
estacionamento e deixou o veículo.
O coração de Kat bateu mais forte com a excitação de ter uma interação com uma das
mulheres Nova Espécie. Elas eram guardadas e não se sabia muito sobre elas, nenhuma
fotografia foi tirada e ninguém sabia como elas se pareciam. Ela sorriu.
— Por que você está tão feliz? – A figura pausou a poucos passos dela, a voz era um
pouco rude, mas definitivamente era de uma mulher.
— Estou apenas feliz de estar aqui. Estou ansiosa para conhecer os Nova Espécie. Sou
Kat Decker, do laboratório em Bakersfield.
— Fui avisada sobre quem você é. Estamos ansiosos por suas aulas. – O tom dela se
suavizou. – Eu amo as séries de crimes.
— Não é exatamente do jeito que você vê na TV. Aqueles shows tem um monte de
equipamentos de alta tecnologia que nós realmente não usamos.
— Oh.
— As aulas serão divertidas, apesar disso. Gastei dois dias olhando coisas para ensinar.
– Kat não queria desapontar a ONE. Ela poderia estar lá sob falsas pretensões, mas ela
havia decidido fazer disso mais. Robert Mason poderia beijar sua bunda, ao invés disso,
se ela ia seguir as ordens exatas dele. Ela via isso como uma espécie de férias, uma
onde ela teria interação com Novas Espécies e compartilharia alguns dos seus
conhecimentos em como combater as últimas tendências do crime.
— Apenas se você planeja chutar minha bunda, porque todos vocês parecem estar em
ótima forma.
— Sou Rusty. – A Nova Especie alta riu.
— ONE é a sigla para Organização Novas Espécies, certo? – Kat sacudiu a mão.
— Muito legal.
Kat se virou e separou as pernas, ela alcançou os bolsos da frente e removeu os cigarros
e o isqueiro. Ela os deixou no teto do carro para clara verificação. Isso era uma
lembrança de por que ela havia vindo para Homeland e quão dividida ela se sentia
sobre isso. Fumar era um péssimo hábito que ela voltava quando estava muito
estressada na vida. Ela separou os braços abertos e colocou em cima do carro. A revista
foi realizada e Rusty até mesmo checou seu maço de cigarros e o isqueiro, os
devolvendo quando ela terminou.
Kat entrou no carro para pegá-la. Rusty colocou a bolsa de mão sob o capô do carro e
cuidadosamente procurou dentro enquanto Kat assistia.
— Posso fazer uma sugestão? – Kat se recusou a pegá-la, perguntando ao invés disso.
Kat aceitou a bolsa e a colocou de volta ao capô, ela chamou Rusty para mais perto.
— Você não quer apenas examinar o conteúdo. Você precisa procurar na bolsa como
um todo. Estou aqui para ensinar seus oficiais os últimos truques de criminalística e
esse é um deles. Coloquei algumas coisas dentro da bolsa para ver se vocês as
encontrariam. Você perdeu isso. Veja.
Kat colocou as coisas para fora e então entregou a bolsa de volta para Rusty.
— Eu vejo. – Kat acenou. – Eu poderia ter matado alguém se eu fosse um cara mal.
Choque a imobilizou por preciosos segundos enquanto a Van tentava dirigir sobre a
barreira de metal caída. Os guardas ao longo do topo das paredes abriram fogo, as balas
deles ricochetearam nos lados do veículo. Rusty pegou Kat e ambas caíram na grama
próximas ao carro dela.
Kat ergueu a cabeça e tomou o desdobramento infernal. Duas das vans ficaram enfiadas
nos portões danificados, mas não demorou para que estivessem livres. Elas se
afastarem e então dirigiram mudando as barras e avançaram novamente. Uma parte do
portão aguentou, mas estava quase limpo ali.
A vista muito perto para ser confortável, que ela tinha não revelou nenhum sinal de
mais explosivos colocados na frente. O motorista estava provavelmente querendo usar
o poder do motor e forçando uma brecha no segundo portão, mas o carro alugado dela
estava no caminho. Ele tinha que dirigir ao redor dele e isso o atrasaria muito.
Kat se virou para olhar para a mulher Nova Espécie que a havia levado ao chão, um
olhar revelou que Rusty estava bem e os soldados Novas Espécies estavam avançando
quando a van bateu no carro dela. O motor continuava funcionando. Ela ficou de
joelhos e engatinhou até a porta aberta do carro, puxando o freio de mão e o acionando.
Isso não iria parar a van, mas iria fazer o empurrar do seu carro um pouco mais difícil.
Kat saiu do carro, deslizando na bunda, um instante antes que ele fosse empurrado. Sua
atenção se fixou na van. Balas continuavam batendo nela, não fazendo nenhum dano,
exceto pelo que parecia algumas poucas marcas.
Kat virou a cabeça enquanto a Nova Espécie ficava de pé. Ela ergueu a arma, mas não
atirou na van. Kat reagiu, seus anos de treinamento assumindo antes que ela pudesse
pensar. Ela tomou a arma da mão de Rusty, ergueu e puxou a trava.
Ela atirou no para-brisas onde viu os dois homens sentados. Os dois usavam roupas de
assalto com as faces completamente cobertas. A janela do veiculo permaneceu, o que
significava que ela não poderia causar nenhum dano, mas eles também não. Movimento
na traseira da van a assegurou que lá haviam mais bastardos. Ela avançou, ignorando as
balas, esperando que os guardas nas paredes não a marcassem como alvo.
O motorista virou a cabeça quando ela parou próxima a porta dele. Ela puxou com uma
mão, mas estava travada. Ela pegou a arma com as duas mãos. Ele pressionou sobre o
pedal, pneus guinchando, e o cheiro da borracha queimada a assaltou enquanto ele
empurrava o carro alugado poucos metros. Kat se moveu com isso e escaneou a porta
por uma brecha. A trava estava exposta, então ela atirou nela. O tiro pareceu
surpreender o motorista e ela talvez o tenha atingido, mas a bala não faria muito dano
com a roupa que ele usava. Ela abriu a porta e procurou por dois pedaços de pele
reveladas na garganta dele quando ele olhou para o lado dela e cometeu o erro de olhar
para a parede, erguendo a cabeça. Ela atirou.
O passageiro se virou para pegar o rifle de assalto militar para atirar nela, mas se travou
no centro da divisão, entre os assentos. Ela atirou nele, mas a bala não acertou o rosto
dele. Ele não se afastou. O motorista se sacudiu, sangue escorrendo das roupas dele.
Ele não estava usando um cinto. Kat agarrou uma das alças do colete dele e abriu com
força, ela se virou enquanto ele caia, colocando o lado dela contra a van, fora da linha
do passageiro. O motorista caiu no chão enquanto ela o soltava.
Balas caíram na porta aberta ao lado dela e ela sabia que se ela procurasse atirar no
passageiro novamente, ele iria acertá-la. Ela se focou no homem morto aos seus pés,
ela se curvou, tomando cuidado para se manter fora da porta aberta da van ainda
funcionando, mas ela não estava mais se movendo para frente. O carro dela impedia
isso. Kat ergueu a arma livre do aperto e pegou dois objetos que pareciam granadas.
Ai, caralho. Eles não estavam de brincadeira. Ela deixou as armas na grama e pegou os
dois explosivos. Eles eram caseiros, pelo que ela achava, mas pareciam mortais. Kat
não tinha tempo para ponderar o tempo exato para o que eles planejaram ou o que iriam
fazer. Ela sentia que os outros assaltantes iriam sair em qualquer segundo e atacar, viu
os relógios e usou os polegares para ativá-los, rezando para que eles não detonassem
instantaneamente. Ela se arriscou a se expor quando os jogou para dentro e se projetou
para deixar a porta. Ela bateu isso fechada, girando e correndo para longe.
Um deles seguiu as ordens se escondendo sob um tipo de barreira que eles construíram
próxima à guarita, mas o segundo se manteve avançando.
— Isso vai explodir. – Ela gritou. Pelo menos, esperou que fosse. Isso seria muito ruim
se ela apenas pegasse duas armas químicas, pensando que eles eram aparelhos
explosivos. Ela tivera pouquíssimos segundos para examiná-los.
O guarda que continuava vindo até ela tinha que ter pelo menos dois metros de altura.
Ele não estava apontando a arma para ela, o que era um benção. Ela tapou os ouvidos
quando os braços dele se abriram como se quisessem agarrá-la, mas ela agarrou os
quadris dele. Isso levou o ar de seus pulmões quando bateu contra os músculos sólidos.
Lembrando ela de bater contra uma parede em alta velocidade. Os dois foram para o
chão.
BOOM!
O som quase a ensurdeceu e algo bateu em suas costas. Kat não tinha certeza se fora
acertada por um objeto voando ou se foi apenas o choque da explosão. Seus ouvidos
zumbiam, ela se sentia entorpecida e tinha uma ligeira impressão de que estava
machucada. O corpo grande abaixo dela se moveu, ela ficou esparramada em cima
dele. Ele rolou e ela subitamente sentiu o desconfortável asfalto nas costas, o peso dele
á prendeu enquanto ela lutava para abrir os olhos, nem mesmo notando que eles
estavam fechados até agora.
Sua audição melhorou um pouco com o trauma diminuído. O guarda era pesado, á
prendendo entre ele e o chão, ele virou a cabeça para olhar atrás dele. Kat olhou para a
garganta forte dele, revelada apesar da face coberta, e até mesmo notou o queixo
quadrado dele. As narinas se alargaram e um som de assobio preencheu o ar.
— Filho da puta. – A voz dele alcançou os ouvidos dela. Havia uma rudeza nisso que
ela não estava certa de ser humana. Muito profunda, quase um rosnar.
Ele se ergueu e Kat sugou o ar, os pulmões se afogando por oxigênio. Ela pegou o
primeiro olhar para a van, o que sobrara dela, quando ele rolou nos joelhos para ficar de
pé.
Kat se sentou o suficiente para olhar a destruição. As janelas haviam voado para fora da
van e as portas traseiras estavam abertas, chamas saiam de ambos os lados e uma
fumaça negra subia. Um corpo caia perto da porta do motorista – o homem que ela
havia atingido na garganta. Ele não estava se movendo e ela não esperava que ele
fizesse isso. A bala que atirou nele tinha sido sua morte.
Sua atenção retornou para a van e o objeto negro caído atrás, no chão. Ela foi capaz de
focar o suficiente para saber o que era aquilo. A bílis se ergueu enquanto ela
identificava pedaços de cabeça e braços. Ele não estava se movendo. Kat lidou com a
urgência de vomitar. Caiu sobre ela o fato de que tinha matado pelo menos três
pessoas, sem contar o passageiro que havia saído pelo outro lado antes da explosão. O
guarda da ONE se moveu, mas ela não conseguia desviar o olhar da van incendiada.
Ordens foram enviadas nas suas costas, mas ela as ignorou. Eu fiz isso. Eu os matei.
Isso a atingiu e Kat não conseguiu forçar seus membros a se mover. Kat não piscou
quando o guarda se virou e a ergueu pelos braços, ele facilmente a colocou sobre os pés
instáveis. Ela balançou um pouco, mas travou os joelhos. Seu treinamento demandava
que ela lidasse com isso e seguisse com o programa, mas tudo o que podia fazer era ver
a van incendiada. Ela podia sentir o cheiro de carne queimada sobre tudo aquilo e o que
mais estivesse no fogo.
A sensação das algemas sendo presas nos pulsos finalmente a tiraram do choque. Ela
virou a cabeça e olhou para o guarda, ele era muito mais alto que ela e musculoso. Ele
prendera as algemas nos pulsos dela na frente ao invés de atrás das costas e agora
colocava a chave entre eles.
— Você explodiu a van. – Ele murmurou. – Você roubou a arma de um dos meus
oficiais. Quem é você?
Kat virou a cabeça. Oficias de preto corriam adiante com extintores, tentando acabar
com a fumaça. Ela queria ordenar que eles se afastassem no caso do tanque de gasolina
não ter explodido ainda, mas eles mantinham uma distância segura. O Nova Espécie ao
seu lado esperava uma resposta. Ela lembrou disso e olhou pra ele.
Kat piscou interiormente com o tom rude dele. Sua mente começou a funcionar
novamente e ela percebeu que tinha fodido tudo. Ela teria rido se fosse outra pessoa
que tivesse feito o que ela tinha feito e então clamado que era apenas uma piada dos
forenses. Ela não lamentava suas ações, no entanto.
Ele a virou e uma mão firmemente se fixou no seu antebraço, antes que ele a
empurrasse gentilmente.
— Mova-se.
Foi como um choque que ela viu a destruição feita à guarita. Parte do teto caíra, um
lado inteiro na van que havia feito tanto estrago.
— Eu sinto muito, Darkness. – Rusty correu para frente. Kat identificou-a por sua
forma e pelo coldre vazio.
— Deixa disso. – Ele estalou. – Leve-a para uma cela. Tenho que checar nosso pessoal.
Deixe-a de roupas intimas e tenha a maldita certeza de que ela não está escondendo
nada.
Kat admitiu que ela seguiu o conselho dele também, apesar de que ela sabia que não
era dirigido a ela.
— Eu acho que não. Preciso checar. Mova-se. Leve-a agora e vigie-a de perto.
Ninguém vai ficar próximo dela até eu chegar lá. Eu vou interroga-la.
Rusty pegou as algemas dela e acenou. Kat seguiu-a ao redor da construção danificada,
pegando todos os detalhes. Oficiais haviam corrido para a cena e ela pegou os
movimentos a partir de uma janela intacta quando eles rodearam aquele lado. Um
homem estava erguendo a sessão do teto do chão.
Kat não tinha palavras enquanto era escoltada para o fundo do longo prédio. Era menor
do que a aparência de frente sugeria, mais oficiais saiam de dentro em trajes completos.
Eles não tiveram tempo de parar ou questionar quem ela era enquanto Rusty apenas a
puxava contra a parede para sair do caminho deles.
Kat não discutiu. Ela precisava pensar em uma boa mentira para explicar o que havia
feito.
— Silêncio. – Ela rosnou. – Você ouviu Darkness. Nenhuma conversa até que ele
venha. Ele estará aqui para te interrogar.
Isso não parecia soar muito bem, de jeito nenhum. Ela foi levada para um corredor até
um canto do prédio e a porta foi aberta. Kat olhou ao redor da sala – talvez quinze por
dez metros – não havia espelhos de dois lados. Uma cadeira fora colocada no chão
próximo a um dreno. Havia um gancho na parte superior da parede atrás de um lado e
uma longa mesa com duas cadeiras no outro. As paredes e a cela eram lacradas com um
duro e cinzento piso de concreto.
O primeiro sinal de medo bateu na espinha de Kat. Não era como nenhuma sala de
interrogatório que ela visitou alguma vez em uma estação de policia. Isso a lembrou de
mais de uma que havia visto em um filme. Os guardas tinham quase surrado o
prisioneiro até a morte, sangue havia espirrado nas paredes e no chão daquela sala, o
dreno no chão fazendo a limpeza mais fácil. Ela realmente esperava que a ONE não
fosse similar ao filme e tomou notas.
— Remova tudo, menos sutiã a calcinha. – Rusty puxou uma chave e retirou as
algemas.
Kat piscou ao pensamento de uma busca em sua cavidade, mas ela não resistiu. A sala
estava fria enquanto ela ficava nua, colocando as roupas em um canto da mesa, os
sapatos próximos a ela. Kat olhou para Rusty, imaginando se era uma regra manter o
protetor facial e a capa.
Ela estava longe de estar bem, mas nada físico estava machucado, exceto um pequeno
latejar em suas costas. Isso não parecia importante, no entanto, ou sério. Suas emoções
estavam uma bagunça, mas um médico não poderia ajudar com isso.
— Estou bem.
— Sente-se. – Ela se sentou, Rusty pegou suas roupas e sapatos. — Não se levante,
fique aqui. Darkness vai estar aqui logo.
Rusty se foi no próximo instante, o clique do metal era uma certeza de que ela fechou a
porta. Kat olhou ao redor da sala sombriamente. Pelo menos, não há procura nas
cavidades. Essa foi á única boa noticia para Kat.
Capítulo Dois
Darkness se despiu do uniforme e colocou uma regata e calças de moletom com ONE
impresso em branco no material preto. Isso não era o traje ideal para um interrogatório,
mas os armários foram danificados na explosão. Ele descartou o uniforme e deixou cair
em um monte no chão, coberto de poeira e pó de gesso. O quarto de trocas estava
lotado de outros Espécies.
— Aqui vamos nós. Esse é todo o suprimento que temos em mãos. Está muito quente
para agasalhos.
— Todo mundo está bem. – Flame entrou na sala. – O último dos nossos oficiais foi
contabilizado. Há apenas pequenos ferimentos.
— Quatro morreram, mas um está quase vivo. – Flame segurou seu olhar. – Ele foi
levado de helicóptero para uma unidade de trauma no mundo exterior. Ele sofreu
queimaduras graves e ferimentos internos. Nosso time médico não acredita que ele vá
sobreviver.
— Que pena. Eu tinha algumas questões para eles. – Nenhuma simpatia pelas mortes
alcançou Darkness.
— Fizemos uma barricada nos portões da frente – Snow parou ao seu lado, retirando o
uniforme. – Homeland está oficialmente fechada. Justice está lidando com a mídia
enquanto Fury está esperando a força-tarefa se juntar para começar a investigação. Trey
já está aqui, então ele vai falar com Tim. – Ele espirrou. – Acho que nunca mais vou
cheirar nada em meu nariz. Inalei muito daquela merda.
— A poeira não era toxica. – Bluebird começou a recolher os uniformes sujos. – Pelo
menos, foi o que Trey disse. Era mais densa por causa do colapso no prédio. Ele disse
que os novos prédios não possuem materiais venenosos.
— Bom saber. – Snow espirrou novamente. – Mas eu estava falando sobre a fumaça do
fogo.
— Oh. – Ela pausou os braços lotados. – Vou pegar mais roupas para o suporte. – Ela
girou e correu para fora.
— Estão todos bem? – Rusty foi a próxima a entrar.
— Disse a você para ficar com a prisioneira. – Darkness deu um passo á frente,
pegando a atenção de Rusty.
— Ela está trancada na sala de interrogatório numero três. Era a mais longe das
danificadas. Ela não estava carregando nada na roupa, chequei e peguei como
evidência. Ela quer água. Eu posso dar um pouco a ela?
— Desculpe-me? – Snow estava se vestindo também, mas pausou e olhou para ele.
— Se você quiser ir lá onde as luzes das celas colidiram com os armários de metal e se
arriscar a ser eletrocutado para recuperar minhas coisas, fique a vontade. – Darkness
apontou para onde a sala de roupas dos machos ficava. – Não tenho tempo para correr
até em casa e voltar, tampouco. Nós precisamos de respostas. Nós fomos atacados.
— Quer ajuda? – Flirt se moveu para frente, quase trocando o uniforme por roupas de
corrida. – Dois de nós talvez intimide mais o homem.
— É uma mulher. – Darkness olhou para frente. – Vou lidar com isso sozinho.
— Pensei que você não interrogava fêmeas. Gostaria de me voluntariar para fazer isso.
– Snow estava colocando a camisa.
— Vou fazer uma exceção dessa vez, eu vi o que ela fez. Ela foi muito bem treinada e
um soldado não é apenas uma mulher. Eles são de longe os mais perigosos.
— Não.
Darkness não quis esperar um minuto a mais por mais conversa. Ele precisava de
respostas e iria consegui-las, não importava o que tivesse que fazer. A raiva apareceu
enquanto ele manobrou ao redor do prédio. Todos os Espécies tinham ouvido as
notícias e correram para lá. Ele os ultrapassou, sentindo um pouco de orgulho pela
unidade e calma que eles mostravam apesar das circunstâncias.
Ele pausou fora da porta da sala de interrogatório e se afundou no fato de que tinha que
entrar lá e fazer o que fosse preciso para fazer a fêmea falar. Homeland fora atacada e
isso poderia ter custado á vida de muitos Espécies. Ele estava no caminho para retirar o
motorista da van, mas admitia que isso provavelmente, custaria a sua própria vida. Ele
tinha pulado do topo da parede para o telhado do prédio de segurança uma vez que
ficou claro que as balas eram inúteis. A fêmea havia feito o trabalho dele, ao invés
disso.
Por quê? As táticas dela foram claras, muito precisas. Ela tinha treinamento que não
deveria possuir. Ele tinha que ser pressionado além do limite para fazer o que ela
fizera, ele se virou e sacudiu o telefone, a Segurança atendeu no segundo toque.
Ele ouviu sua raiva se construindo. Darkness precisava parar de pensar nela como uma
fêmea. Ela era uma ameaça. Ele precisava se lembrar disso. As táticas normais não
iriam funcionar. Ele teria que ser mais esperto que ela e a manter de guarda baixa, um
plano se formou e ele puxou respirações calmantes. A raiva era a última coisa que ele
precisava usar contra alguém com a provável base dela.
****
Kat manteve os olhos fechados e tentou ignorar o ar frio. A adrenalina a havia drenado
emocionalmente. Era uma reação normal sob circunstâncias tensas. Ela apenas tinha
encarado a morte, tinha tomado á vida do motorista que atirou e provavelmente os
companheiros dele. Pelo menos dois deles, com certeza. O cara saindo por trás não foi
torrado.
Kat piscou com a comparação com comida que a mente dela criara e mudou o peso na
cadeira de metal. Não a ajudava que não estivesse quente. Ela se debateu em andar pela
sala, mas se decidiu contra isso. O risco de levantar mais suspeitas pelos ONE era
muito alto se ela falhasse em agir e bancar a assustada e tímida ratinha. Era o que eles
iriam esperar e o que ela precisava para dar a eles se tivesse alguma chance de
recuperar sua identidade falsa.
Kat tomou notas dos densos e musculosos braços dele e os ombros realmente largos. A
regata se erguia acima da parte superior do corpo dele e descia abaixo, para onde ele
tinha amarrado os laços da calça preta. Eles não estavam amarrados, os laços brancos
apenas pendiam livres. Ele tinha pernas fortes e bem torneadas, evidentes mesmo
através do material mais grosso, e pelo menos um pé gigantesco descalço. O olhar
muito casual que atirou não era o que ela esperava.
— Quem é você?
Isso confirmou a identidade dele. Kat nunca esqueceria aquela voz profunda.
A porta bateu, selando os dois lá dentro. Ela olhou para isso, esperando que se abrisse
uma segunda vez.
— Não era suposto que uma mulher esteja presente? – Ela se focou no rosto dele.
Darkness permaneceu lá, a poucos passos da porta.
— Você percebeu que não está mais dentro dos Estados Unidos? Você está no território
da ONE uma vez que passou pelos portões. Diga-me a verdade porque, acredite em
mim, você não quer que eu te faça falar. Suas leis de interrogatório não são aplicadas
aqui. – Um som suave, ameaçador veio dele. Não era exatamente um rosnado, mas não
era amigável também.
— Você não pode me matar. – Medo subiu pela espinha de Kat, mas ela o empurrou
para baixo.
Darkness se aproximou e ergueu a cabeça o suficiente para que ela desse uma boa
olhada no rosto dele. A respiração parou nos pulmões. Ele tinha um dos rostos mais
masculinos que ela tinha visto. Os ossos da face eram pronunciados, possivelmente um
índio americano. O queixo quadrado estava sob um par de lábios cheios em um ângulo
severo, duelando com o pestanejar dos seus olhos. Foi á forma dos olhos dele, no
entanto, que realmente a assustou. Justice North tinha a forma de gato, mas as dele não
eram nem mesmo próximas em crueldade. Kat continuava não sabendo a exata cor
daqueles olhos, mas ela apostava que eram castanhos escuros. Cílios inusitadamente
longos rodeava-os.
Respire, droga. Kat sugou o ar, forçando os pulmões a trabalhar novamente. O jeito
que ele se vestia era uma tática para tirá-la do jogo. Ela precisava se manter inteira, isso
era difícil de fazer com aquela expressão de predador esperando que ela caísse na
armadilha.
— Eu realmente poderia. Você está pronta para falar a verdade agora? Quem você
realmente é? O que está fazendo aqui?
— Meu nome é Kat Decker – Ela mentiu. – Cheque minha licença de motorista. Ligue
para meu chefe. Pediram que eu viesse para Homeland por duas semanas para ministrar
aulas forenses e mostrar a sua segurança um pouco das coisas novas no comportamento
criminal.
— Você é do Exército? Marinha? Forças Especiais? – Ele deu mais um passo para
perto.
Darkness rosnou.
Kat tentou não reagir, mas falhou. Seu corpo se tencionou pelo som ameaçador e
perigoso. O desenho da sala não a fez se sentir segura de jeito nenhum. Não havia
câmeras ali. Ela procurara por todos os sinais de como eles poderiam monitorá-la, mas
não encontrou nenhum. Eles estavam realmente sozinhos na sala.
A boca dele se pressionou em uma fina linha raivosa, assegurando que ele não estava
acreditando naquela besteira. Ela tentou novamente.
— Eu amo ver filmes. Explodir tudo e atirar em tudo para salvar o mundo e esses tipo
de coisa. Você acredita que quando eu era criança, eu queria ser uma estrela de filme de
ação? – Ela não pôde resistir. – Bruce Willis é meu ídolo.
As mãos dele se fechados nos lados, á única reação dele. Kat talvez tivesse ido longe
demais com sua resposta, mas esperava que ele tivesse senso de humor. Ele não tinha.
— Não estou no clima para ficar jogando. Leve minhas palavras como um aviso.
Minha paciência está quase no fim.
Kat respirou fundo e exalou devagar. Ela sabia que estava em um gelo fino e que tinha
que dar a ele algo válido.
— As balas estavam batendo na van. Não era preciso ser um gênio para descobrir que
era blindada. Eu gritei para que parassem a chuva de balas, mas acho que ninguém me
ouviu como todo aquele barulho. Talvez eles não tenham visto isso do ângulo que
estavam, mas eu estava tipo muito perto e era pessoal, desde que eles estavam tentando
liberar o portão. Percebi que eles iam precisar tirar meu carro do caminho para atacar
seu segundo portão.
— Eu não sabia. Fiz uma aposta educada. Era apenas senso comum, eu apenas queria
pará-los. Suas balas não estavam funcionando, então peguei a arma de Rusty e procurei
por um ponto fraco. Eles não blindaram a trava da porta do motorista. – Ela hesitou. –
Vi que o motorista e o passageiro estavam usando roupas de assalto completas. Algo
devia ser feito bem rápido eu reagi antes que pudesse pensar nisso. Lembro da última
vez que os veículos passaram pelos seus portões. Quantos morreram? Dezesseis
pessoas?
Kat o estudou e estava claro que Darkness não apreciou ser lembrado da brecha que foi
feita depois que Homeland se abriu primeiro.
— Porque eu não sou uma idiota. – Kat estava começando a ficar irritada. – Foi pelo
jeito que eles pareceram pra mim. Eu não tinha muito certeza do que eles fariam, mas
obviamente significava que eles fariam algo contra a ONE. Eu usei contra eles, ao
invés disso.
— Por que você não tinha certeza do que eles iam fazer? – Uma das sobrancelhas dele
se arqueou.
— Eles eram como explosivos caseiros com relógios é isso que quis dizer. Eu não vi
nenhum cilindro, o que iria indicar uma arma química, então assumi que eles iriam
entrar e boom! Eu estava certa. Eu não tinha exatamente muito tempo para lidar com
isso, uma vez que eu estava na mira do passageiro, que estava tentando me matar.
— Quatro humanos foram mortos dentro da van e o quinto que sobrou não vai viver
por muito tempo. – Darkness endireitou a postura e cruzou os braços acima do peito.
Eles eram caras maus, mas isso ainda a atingiu com força. Ela nunca tinha matado
alguém antes. O treinamento que tivera não cobria a realidade de ter aquelas noticias.
Kat acenou com força, não confiando na própria voz. Os idiotas talvez tivessem
merecido aquilo, mas a realidade era cruel. Eles provavelmente tinham família e
amigos que iam sofrer a perda deles. Mesmo o sem-coração tem mães.
— Sim. – Kat cresceu na defensiva porque isso cresceu seu acordo com o estresse. –
Você entende que eles não iriam derrubar seus portões em um veiculo armado, usando
roupas de combate militar, para trazer cupcakes e mensagens de amor? Eu estava
tentando proteger os Novas Espécies.
Darkness se moveu rápido o suficiente para fazer Kat retroceder quando ele fechou a
distância entre eles, se dobrou e agarrou os lados da cadeira dela. Ele colocou o rosto
quase nariz com nariz com ela. Os olhos de Darkness eram sombreados com a cabeça
para frente, mas eles pareciam muito ameaçadores, Kat tentou ir para trás, mas não
havia lugar nenhum para ir com a cadeira de metal pressionada firmemente contra sua
espinha.
— Você espera que eu acredite que você é uma técnica criminal de um laboratório,
quando você apenas lidou sozinha com cinco homens? – Darkness rosnou
profundamente pela garganta, provando que não era completamente humano.
— Sou realmente boa em meu trabalho. Eu vi um monte de coisas ruins e não esqueça
meu amor por filmes de ação. – Kat forçou um sorriso e ignorou as batidas rápidas do
seu coração.
Darkness assobiou, soprando nela com o cheiro de chocolate e menta. Kat esperava que
sua respiração cheirasse tão bem quanto, desde que seus lábios estavam separados. A
urgência de olhar para a boca dele era forte para superar, mas ela lamentou tão logo fez
isso. Seus olhos se arregalaram de surpresa e medo ao sinal das duas longas e terríveis
presas.
— Ai, caralho. – Ela não queria ter dito isso tão alto.
O lábio superior de Darkness se ergueu para dar a Kat uma melhor visão delas. Tinha
que ser de propósito. As próximas palavras mataram qualquer dúvida.
— Eu não sou como você. – O tom dele se aprofundou. – Vou te mostrar misericórdia
se começar a me dar respostas honestas. Aqueles homens foram enviados aqui para
morrer como idiotas para que acreditássemos em você?
— O quê? – Isso a arrancou do estupor causado pelas presas assustadoras dele. Kat
olhou dentro dos olhos de Darkness.
— Você me ouviu. Foi um tipo de show planejado para ganhar nossa confiança?
— Você está drogado? – Ela estivera excitada em visitar Homeland, mas isso tinha se
tornado um pesadelo. Sua cobertura estava muito ferrada, a menos que ela pudesse se
sair dessa situação. Ser acusada de ser conivente com as intenções idiotas em matar os
Novas Espécies ligou seu modo vadia. — Eu não sei se você correu da casa de guarda
ou se já estava do lado de fora, mas aquele idiota no banco do passageiro tentou
realmente me transformar em queijo suíço. Aqueles explosivos poderiam ter escapado
de minhas mãos antes que eu os jogasse dentro da van. Eu poderia ter sido jogada para
longe junto com aqueles idiotas. Como se atreve? – Kat olhou para ele. – Tá pensando
que é o único que está tendo um dia ruim? Eu apenas queria vir para Homeland me
divertir um pouco, conhecer Novas Espécies e ensinar algumas aulas. Essa era minha
única agenda. Agora, estou trancada em uma sala com um paranoico idiota.
O silêncio era absoluto. Kat repassou o que havia dito a ele e fechou os olhos. Merda.
Se controle, droga. Estou me quebrando tão rápido quanto um recruta no primeiro dia
de treinamento.
— Abra caminho para cima. – Ele rosnou, se aproximando o suficiente para pegar o
rosto dela. – Te desafio. Mostre-me quão bem treinada uma técnica de laboratório é no
combate mano a mano.
Kat permaneceu deitada, ele não a havia machucado. Ela talvez tivesse uma contusão
ou outra na bunda para superfície dura quando ele a largou lá, mas era uma extensão
dela. A superfície da mesa estava fria. Darkness manteve um aperto firme na corrente
para manter os braços dela restritos acima da cabeça. Era imperativo que ela acalmasse
a situação nervosa. Kat poderia usar as pernas, dobrando-as e chutando-o, tentando
manda-lo para trás, mas isso iria apenas provar que ela não era quem dizia ser.
— Me desculpe se chamei você de idiota. Estava apenas chateada que você me acusou
de uma coisa horrível. Arrisquei minha vida lá fora. Isso não foi encenação.
Darkness se abaixou e agarrou a frente das calças, Kat tinha esquecido que vestia
apenas calcinha e um sutiã naquele momento. Medo real a pegou de que ele a atacaria
sexualmente. Darkness era um enorme bastardo, realmente forte, e provavelmente
pesaria o dobro dela. Ela era violenta, mas duvidava que pudesse lutar com ele por
muito tempo. Todos os músculos se enrijeceram em preparação para, pelo menos,
tentar. Darkness não expôs o pênis, ao invés disso ele arrancou o cordão do moletom.
Kat visivelmente relaxou até que ele começou a prendê-la a algo acima de sua cabeça.
Ela se virou o suficiente para olhar pra cima e ver o anel parafusado e então olhou para
o rosto dele.
— Tendo certeza que você vai ficar exatamente onde quero você.
Kat puxou as algemas, mas a corda a impediu. Ela olhou para os lados da mesa, mas
não poderia rolar sem cair contra as cadeiras à esquerda ou à direita.
— Quem você realmente é? Vamos parar com esse jogo. Sua identidade era boa, mas
meus oficiais são melhores. Alguém fodeu com tudo quando eles criaram sua história.
Nossa checagem de segurança rastreou você até três anos atrás e então acabou. Não há
nada sobre você.
Kat olhou dentro dos olhos dele, esperando que estivesse blefando, mas viu a verdade
refletida neles. Merda. O rato bastardo do Mason tinha fodido com os papeis e, de fato,
tinha explodido sua cobertura.
Kat entrou em pânico, mas tentou mascarar suas feições, fortemente pensando em algo
para dizer.
— Você não parece morta. – Darkness deu um passo á frente e olhou para os peitos
dela. – Está respirando. – Seu olhar se encontrou com o dela. – Qual seu nome
verdadeiro? Quem mandou você e por quê?
— Deve ter havido um terrível engano. – Era tudo o que ela podia dizer. Kat foi pega e
Robert Manson a tinha colocado em uma bagunça infernal. Sua identidade falsa fora
um trabalho urgente e confuso.
Kat lambeu os lábios, tentada a dizer a ele a verdade. Mason nunca deveria tê-la
enviado disfarçada à Homeland. Isso provavelmente faria os dois serem demitidos, mas
seria pior se ela falasse. Ninguém queria uma agente trabalhando para eles se ela
quebrasse sob pressão. Darkness estava apenas fazendo seu trabalho e era muito bom
nisso. Kat o respeitava.
— Você parece tão suave e frágil. – Ele pausou, olhando para ela. – Deixe-me dizer
algumas coisas a você sobre mim. Você já ouviu falar de um humano chamado Darwin
Havings?
Kat travou as feições, mas seu coração deu um pulo. Harvings era atualmente o número
trinta e dois na lista dos mais procurados do Departamento de Segurança de Homeland.
Ele tinha sido um bastardo rico com negócios baseados no Oriente Médio e ligação
com os países de terceiro mundo. Ele também era suspeito de investir pesadamente nas
Indústrias Mercile. A última associação que tinha ouvido falar dele sob o olhar duro
das autoridades e o que eles tinham descoberto era algo muito ruim, mas não havia
evidência. Os rumores eram de que Havings estava envolvido com o tráfico sexual e de
drogas, eles também encontraram indicações de que ele talvez fosse culpado por roubar
do exército americano no Afeganistão e vender as armas roubadas aos rebeldes. Isso o
colocou na lista de procurados.
— Não. Ele é uma estrela de ação? – Uma técnica de um laboratório criminal não
deveria estar familiarizada com o nome, porque ele não estava nos noticiários.
Kat teve que se lembrar de regularizar a respiração, algo que era muito difícil de fazer
desde que estava freneticamente tentando entender como aquele encontro era possível.
Por quê? Como? Quando? Uma suspeita horrível a pegou de que seu estúpido chefe
poderia estar certo. Eles têm negócios com Havings? A ONE seria o local ideal para
ele se esconder. Nós não temos jurisdição em Homeland ou na Reserva. Ele pode se
esconder de nós dentro dos portões e aqui não poderia haver uma droga de coisa que
pudéssemos fazer sobre isso.
— Por quê? – Kat relaxou ligeiramente. Isso significava que tinha acontecido no
passado, quando Darkness era um prisioneiro na companhia. Havings tinha tido acesso
aos Novas Espécies então. Essa conexão continua ativa?
Jesus. Um pouco do controle caiu e Kat sabia que sua expressão revelava a simpatia
que ela sentia.
— Nós sabíamos que tirá-los mataria nossos irmãos se nós não seguíssemos as ordens.
— Isso é fodido. – E também uma tática terrorista – uma muito extrema. Ela não
mencionou a última parte.
Darkness balançou a cabeça e a ergueu novamente, o nariz dele se alargou enquanto
deslizou contra a garganta dela. Darkness inalou, parecendo cheirá-la. Kat não
protestou, mas isso a fez olhá-lo de um novo jeito. Isso era um pouco sexual.
— Somos protetores dos nossos por natureza e eles usaram isso. – Darkness sussurrou.
– Quer saber o que eles fizeram conosco?
— Claro. – Seu estômago se retorceu com uma sensação ruim de que ela não iria gostar
da resposta.
— Eles nos ensinaram como lutar e matar. Nós éramos quatro armas vivas com
reflexos mais rápidos, corpos mais fortes e sentidos mais afiados que os humanos. –
Darkness ergueu a cabeça e foi para o outro lado do pescoço de Kat, inalando
novamente. Isso colocou o peito dele em contato com os seios dela. – Nossos
professores eram mercenários com sotaques estranhos. Eles eram brutais.
Porra. Os sotaques estranhos que ele falou eram característicos. Darvin Havings
apenas contratava seus guarda-costas dos contatos no Oriente Médio, eram os tipos
usualmente ligados a assassinatos planejados. Eram realmente péssimas notícias que
eles tinham treinado Darkness. Kat poderia apenas imaginar as coisas a que ele foi
sujeitado.
— Aprendi tudo sobre como torturar alguém até que me contassem qualquer coisa que
eu quisesse saber.
Suspeitas confirmadas. Kat puxou outra respiração profunda, tremendo por dentro,
assustada. Tinha sido treinada para aguentar tortura, mas não ao tipo de coisa pesada
que ele provavelmente aprendeu. Darkness iria usar isso para quebra-la? Se sim, ele iria
fazer qualquer coisa que funcionasse para ter as respostas. Significava que isso poderia
ficar feio e perigoso, com a possibilidade de perder partes do corpo ou a morte.
— Você está assustada, posso sentir o cheiro disso. Apenas me diga a verdade. –
Darkness se moveu novamente até que pudesse olhar diretamente nos olhos de Kat.
— É por isso que está me cheirando? – Ela não tinha certeza do que fazer.
— Eu posso ter um tempo para pensar sobre isso? – Kat realmente não precisava da
lembrança.
— Quer que eu espere enquanto se recupera para vir com mais mentiras convincentes?
– As sobrancelhas dele se ergueram.
— Você viu o que queremos que veja. Eu não sou Justice North.
Kat podia acreditar nisso. O senhor North parecia muito amigável, até mesmo fofinho
na televisão. Ele mostrava um rápido senso de humor e uma personalidade fácil de
lidar. Darkness não tinha nenhuma dessas coisas.
Ele separou os lábios e mostrou as presas novamente. Kat olhou para elas e então
esperou que ele não estava implicando em usá-la para mordê-la. Isso provavelmente
iria doer como o inferno.
Lágrimas reais encheram os olhos de Kat e não havia nada que ela pudesse fazer, mas
piscou-as de volta. Darkness era um mestre em infligir medo, desde que ela acreditou
em cada palavra que ele disse.
— Juro por minha vida que cada palavra que disse é absolutamente verdade.
— Quis dizer para não chorar. – Darkness fechou os olhos e ergueu o queixo para olhar
para longe. – Porra.
A reação dele deixou Kat atônita. Darkness ou era um ator maravilhoso ou um mestre
na decepção. Por outro lado, ela pensou que ele estava sentindo um pouco de simpatia.
Darkness olhou para ela novamente e a expressão torturada no rosto dele esfaqueou o
coração dela.
— Não posso fazer isso. – Ele balançou a cabeça. – Não vale a pena minha alma, ou o
que sobrou dela.
— Fingir que você é uma mulher do meu passado, então posso fazer efetivamente meu
trabalho. Eu realmente admirei suas habilidades lá fora. Não acho que poderia ter feito
tão bem como você fez ou lidar com aqueles humanos tão rapidamente. Ou você pensa
rápido em seus pés ou eram brilhantes e estratégicos movimentos. Você é uma das
melhores assassinas que já conheci, se esse é o caso. Se eu estou errado... – Ele olhou
para o peito de Kat. – Isso faz você excepcionalmente sexy.
Kat não sabia se deveria estar lisonjeada ou ofendida. Ela não disse nada.
— Eu duvido.
— Não me importo. Porque não usar um nome mais humano como Mary?
— Não foi o que meus pais escolheram, realmente foi uma homenagem a minha avó.
Ela morreu enquanto minha mãe estava grávida de mim. – Isso também era verdade. –
É apenas uma estranha coincidência.
— É muito óbvio, se você pensar sobre isso. Eu teria que ser idiota para escolher esse
nome e eu nem mesmo fiz conexão com gatos até que você tocou no assunto. Eu não
sou uma idiota. Eu teria feito um trabalho perfeito construindo uma identidade falsa
para mim mesma.
— Nisso eu acredito.
— Bom.
— Preto. – Ele estava testando-a, tentando avaliar expressões faciais ou no seu tom de
voz para determinar se ele poderia pegar um sinal de que ela mentia. Kat tinha feito a
mesma coisa com suspeitos. – Meus cabelos são castanhos, assim como meus olhos.
Tenho um metro e sessenta, não me irrite perguntando meu peso. Não vou falar. Todo
mundo mente discriminadamente sobre isso.
— Você tem sessenta e quatro quilos, não precisa. Ergui você da cadeira.
— Você aparenta ser mais leve, talvez quarenta e cinco, mas você tem um bom tônus
muscular. Isso me diz que você malha ou treina com frequência. – Darkness estudou os
seios de Kat. – Sem cirurgia plástica. – Ele ergueu a cabeça e parou, o olhar correndo
acima do estômago dela e pernas. – Sem crianças.
— Você tem cicatrizes. Seu antebraço, uma próxima a panturrilha. Elas são notáveis. É
isso que estou dizendo. Uma gravidez iria marcar você tanto e deixaria sinais. Seu
baixo-ventre e coxas são impecáveis, nenhum sinal de estrias.
— Não usa maquiagem. – O foco de Darkness retornou ao rosto dela. – Isso também
explica suas roupas simples. Nenhum laço nelas e seu sutiã não é desenhado para dar
aos seus seios uma aparência maior. Você não deseja chamar a atenção de um homem
para você mesma. Por que isso?
— Talvez eu não tenha tido tempo de me maquiar essa manhã. Assim como meu sutiã,
enchimentos são desconfortáveis como o inferno.
Darkness a olhou, sem expressão, e Kat iria amar saber o que ele estava pensando.
Darkness esperou que medo providenciasse o último puxão que ele precisava para que
a fêmea quebrasse. Tudo o que havia contado a ela era verdade. Ele a admirava. Uma
imagem passou do que iria acontecer se ele a transformasse em ossos quebrados. Ela
teria gritado. Ele se sentiu como o monstro que os humanos tinham tentando criar. Não
poderia bater nela.
Ela tinha olhos expressivos e bonitos. Darkness esperava que pudesse lê-la
corretamente e que os machos que haviam atacado os portões não estivessem com ela.
Iria irritá-lo muito se ela fosse má, ele já havia caído por uma fêmea que o havia traído.
Poderia usar aquela raiva em Kat, mas um olhar para a fragilidade crescente dela o
deixou gelado. Não haveria honra em machucar Kat. Ela era inútil e, droga, realmente
gostava dela.
A frustração veio depois. Era seu trabalho conseguir respostas e descobrir quem ela
realmente era, ele apenas não poderia fazer isso efetivamente. Considerou suas opções.
Outra pessoa iria ter que assumir seu lugar. Ele nem mesmo queria estar no prédio,
sabendo o que iria acontecer na sala de interrogatório. Uma onda de compaixão e
proteção o engolfou, um enjoo cresceu em seu estômago, pensando em outro macho
infligindo dor para fazer Kat falar.
Olhou dentro dos olhos dela, dividido entre o dever e o inesperado desejo de apenas
escolta-la para os portões. Isso colocaria um fim em tudo aquilo, mas não era possível.
Darkness decidiu tentar mais uma rodada de intimidação e medo.
Capítulo Três
— Tudo de mim. – Ele se afastou poucos passos da mesa. – Diga-me o que vê.
— Você é alto. – Kat olhou para o peito nu dele. – Muito em forma. – Os musculosos e
muito bem definidos, os músculos colocados ao redor do abdômen dele era perfeitos ao
longo do caminho para o cós do moletom dele. Kat subiu a atenção para o rosto dele.
— Nunca atraia um predador para um jogo que você não pode ganhar. – Ele
murmurou. – A ONE não será enganada com isso. Não quero te machucar porque tenho
um problema em bater em fêmeas, mas outros não terão o mesmo problema. Diga-me
tudo, toda a verdade, ou isso vai se tornar extremo.
— Não sei o que você quer dizer. – Ela realmente não sabia.
Darkness se aproximou e o coração de Kat pulou quando ele colocou as mãos na mesa
em cada lado dos seios dela e se abaixou. Ele pressionou o nariz contra a garganta dela,
inalando. Kat virou a cabeça para dar a ele mais acesso e para manter o rosto longe das
presas assustadoras.
— Posso cheirar seu medo, mesmo assim você não vai quebrar. Tudo bem. Vou trazer
outra pessoa aqui. – Ele se aproximou e segurou a corda, então puxou-a e ergueu os
braços de Kat, ajeitando-a em uma posição sentada. – Sugiro fortemente que fale com
quem vai me substituir. Eu iria odiar ver você dentro do Centro Médico. – Darkness a
deixou ir e olhou abaixo pelo corpo dela. – Algo tão bonito não deveria nunca ser
sangrado e agredido.
Darkness girou e caminhou até a porta. Afundou nela o que ia acontecer e Kat entrou
em pânico.
— Espere!
— Vai me contar a verdade? – Darkness parou e vagarosamente virou o rosto para ela.
— Já contei a você tudo o que posso. Isso foi o mais honesto que posso ser.
— Ou o quê?
— Oh. – Kat ficou aturdida por alguns segundos, deixando as palavras se afundarem.
Isso transformou as feições dele e Kat apenas notou quão bonito e divertido Darkness
era. Ela lançou seu próprio olhar apreciativo sobre o corpo dele. Darkness tinha o
melhor que ela já tinha visto e a ideia de ficar tão pessoalmente perto dele era de longe
muito apelativa.
— Você não parece com alguém que joga com as regras. – Aquilo saíra da minha boca.
Kat clareou a garganta, ligeiramente embaraçada pelo deslize. – Quero dizer, isso soa
melhor que uma surra.
Kat mordeu o lábio inferior enquanto Darkness segurava a maçaneta da porta, girando-
a e abrindo-a alguns centímetros.
Ele congelou.
— Talvez. – O olhar de Kat viajou através do corpo dele novamente. – Sabe que é
seriamente quente.
— Esse é um jogo perigoso, Kat. Se esse é seu nome. – Darkness avançou um passo,
pausou. As mãos em punho nos lados.
— Disse a você que é. Todos realmente me chamam assim. – Kat lambeu os lábios.
Darkness era o tipo de homem com quem ela sempre tinha fantasiado. Grande, sexy e
ele provavelmente não seguia as regras. Ela deslizou para fora da borda da mesa,
ignorando o comando para ela permanecer no lugar. Talvez nunca tivesse outra chance
para estar com alguém como ele. – Eu prefiro uma batalha de vontade a ser o destino
final de uma surra.
Darkness se aproximou e rosnou suavemente. Kat avançou, encontrando-o no meio do
caminho. Apenas alguns passos os separavam. Isso a deixou consciente do quão alto
Darkness era, o quão maior. Não estava com medo, no entanto. Darkness iria preferir
sair da sala a bater nela, isso o tornava mais apelativo. Muitos dos homens musculosos
que tinha encontrado eram valentões, Darkness tinha um senso de cavalheirismo. Isso
era um traço raro.
— Talvez. – Ela esperava que ele fosse para sua garganta novamente, gostara disso
antes, quando ele a cheirou.
Kat sufocou um gemido quando Darkness depositou um beijo leve abaixo de sua
orelha, os lábios dele eram suaves e a língua quente passeou por sua pele. Um arrepio
desceu por sua espinha quando ás pressas pressionou contra a garganta dela; ele não
mordeu, mas ao invés disso, usou-as para trilhar um caminho mais baixo para a curva
do pescoço de Kat.
Darkness usou a língua e os dentes para explorar a garganta e os ombros de Kat. Foi
maravilhoso e o corpo dela respondeu quando o peito dele tocou os seios dela.
Darkness era febrilmente quente, mas isso se sentia incrivelmente melhor, Kat poderia
estar fria, mas ele a aqueceria. Ela resistiu à urgência de erguer as mãos algemada e
passa-las ao redor do pescoço dele.
Darkness a beliscou com as presas, o corpo inteiro de Kat pulou com a sacudida
repentina da sensação. Não doeu, mas tinha sido forte o suficiente para dar um choque
em seu sistema. Darkness rosnou. Os seios de Kat endureceram onde eles o tocavam, o
material fino do seu sutiã não fazendo nada para diminuir a vibração que se originou do
peito dele. Os lábios de Darkness trilharam para cima, para o lóbulo de Kat, e ele parou
de beijá-la.
Kat tentou limpar a mente. Ele era bom. Quase tinha esquecido que continuava sendo
interrogada através da sedução. Ele estava ligado e ele tinha a voz mais sexy quando
falava com aquele sussurro rouco.
Ela tentou se virar para olhar para ele, mas Darkness abaixou a cabeça e começou a
beijar-lhe a garganta novamente. Ele acariciou a curva do quadril dela e os dedos dele
se engancharam por baixo do lado de sua calcinha, ele abaixou isso em um lado e Kat
estava muito consciente do material baixando, perigosamente perto de expor seu sexo.
— Sem preliminares reais primeiro? – Ela desejava realmente tê-lo tocando-a lá.
As mãos de Darkness se moveram e seus dedos brincaram com a pele que tinha
exposto, ele beliscou-a novamente na curva do ombro. Kat pulou novamente contra ele
e arquejou. Isso pareceu encorajá-lo a trilhar beijos quentes acima do pescoço dela
enquanto desenhava pequenos círculos com os dedos precariamente perto do seu sexo.
— Você quem disse que eu não deveria jogar de acordo com as regras. Não há ‘justo’
nessa sala, doçura.
Ele é cheio de merda. Isso fez Kat se zangar e ela se travou naquele sentimento,
esperando que aquilo iria ajuda-la a resistir a ele.
— Besteira.
Darkness virou a mão e abaixou, mantendo-a entre a calcinha de Kat e a pele até que
era a única coisa que cobria sua bu. A sensação da palma dele foi chocante, mas ele não
tinha terminado. Darkness traçou a linha da sua fenda e deslizou um dedo nos lábios da
boceta.
Kat tentou puxar os quadris do alcance dele, mas Darkness soltou as correntes e
prendeu os braços ao redor dos quadris de Kat, erguendo o corpo dela contra o dele.
Vagarosamente moveu os dedos o suficiente para pressionar contra o clitóris dela, Kat
gemeu com o prazer.
Kat descansou a testa contra o peito de Darkness e fechou os olhos. Batalhou com o
corpo, tentando bloquear o prazer que se irradiava em seu sistema, nunca tinha sido
treinada para resistir a um ataque no ponto mais sensível de seu corpo.
— Para quem você trabalha? Não minta, doçura. – O dedo acariciando seu clitóris
parou e Darkness cessou de beijar a garganta de Kat também.
— Sim.
— O laboratório criminal.
— Nesse passo, você estará me implorando para te fazer gozar em cinco minutos ou
menos. – A respiração quente dele arrepiou a pele de Kat. – Vou parar perto o
suficiente para sua paixão esfriar e vamos começar novamente. Posso fazer isso por
horas até que você esteja deslizando em suor e doendo tanto para gozar que vai me
contar qualquer coisa que eu queira saber apenas para fazer a agonia acabar. É nisso
que vai se transformar.
— Isso é mau.
Darkness ergueu o rosto e seus olhares se seguraram, os olhos dele eram lindos de um
jeito novo, sua voz saiu rouca.
— Sim.
Kat estava tentada para cuspir a verdade, ela não poderia lembrar de um tempo em que
quisesse mais um homem. Seu dia tinha sido insano e parecia apropriado para ela estar
nessa sala com Darkness, fazendo coisas que ia colocar os dois em problemas se seus
chefes descobrissem. Era completamente antiprofissional querer ter sexo com
Darkness. Ela não sentia que era errado, no entanto. Uma coisa era quebrar alguns
códigos morais, mas outra era acabar completamente com sua agência.
O olhar de Darkness baixou para onde os peitos deles estavam grudados, Kat olhou
para baixo e viu a forma como isso criou um monte de rachaduras. Ela olhou de volta
dentro dos olhos escuros dele.
— Essa será uma batalha de vontades que não vou olhar para frente, doçura.
Kat não entendeu. Darkness deve ter lido a confusão nos seus olhos ou na expressão.
— Você vai me implorar para te foder e vou querer isso, apesar de querer que você
mantenha seu silêncio. Tenho evitado fêmeas por muito tempo, mas você me tenta
como nenhuma outra. Estou dependendo da minha resolução de nunca ser guiado por
meus desejos sexuais novamente para me manter forte. Por outro lado...
— Por outro lado o quê? – A voz de Darkness diminuiu e Kat queria saber o que ele
iria falar.
— Você não quer me ver fazer. Terá mais do que pode lidar. Terá cento e vinte quilos
de um macho cru em sua bunda. – A cor dos olhos de Darkness pareceu escurecer antes
de se estreitar. – E quis dizer isso. Eu te levaria até a mesa, te viraria e foderia você
como nunca foi fodida antes. Não tenho certeza se poderia sobreviver a isso. Tenho
anos de uma incômoda frustração sexual e toda ela seria colocada em você.
Darkness virou á pélvis e pressionou a sua ereção contra o quadril de Kat. Mesmo
através do material ele se sentia realmente duro e grande. As palavras dele, o
significado por trás delas e a sensação de que o pau dele estava empolgado com a
tensão sexual. Isso apenas a ligou mais. Nenhum homem havia falado daquele jeito
com ela. Apostava que ele era o único cara que não era só conversa e podia se garantir.
— Pequenos gatos fingidos não deveriam brincar com as feras reais, as maiores. Você
entende? Não sou tão doméstico quanto você pensa.
O coração de Kat bateu mais rápido e ela selou os lábios, de outra forma, ela talvez
tivesse pedido a ele para fazer exatamente isso.
— Então, faça a nós dois um favor e apenas comece a falar a verdade, porque uma vez
que isso esquentar, pode terminar muito ruim. Vê como a honestidade funciona? É dar
a alguém a verdade absoluta. Eu vou te enlouquecer, mas não vou te foder. Talvez eu te
machuque.
Darkness era um cara grande, mas Kat não estava com medo, ela odiava ver o conflito
nos olhos dele, no entanto. Coloca-lo naquela situação era a última coisa que ela queria
fazer. Inexplicavelmente, ela realmente gostava de Darkness. Talvez pedir a ele para
seduzi-la não tivesse sido sua melhor ideia, ele tinha um trabalho para fazer e tinha
alguém para responder também.
— Meu nome é realmente Kat e vim aqui para ensinar. Eu nunca iria ferir seu pessoal.
Essa é uma verdade absoluta.
Ela hesitou, sabendo que ele não aceitaria a mentira porque era esperto. Era tentador
apenas dizer FB, mas não podia desistir daquilo. Seu chefe talvez a tivesse enviado
pelos interesses pessoais, mas ela não tinha planos de realmente expor a ONE ou tentar
encontrar sujeira neles.
— Não sou uma assassina ou alguém que iria querer alguém de Homeland ferido.
— Um idiota. – Kat estava deslizando ao redor da mentira para ele dando respostas
honestas, apenas não as que ele queria.
Kat não quis olhar para longe de Darkness, mas estava dentro do seu jogo e o
movimento de reflexo não pode ser recuperado, ela segurou o olhar dele novamente.
— Não sou uma grande fã do meu chefe. Ele realmente é um idiota, não sigo as ordens
dele ao pé da letra. Vim aqui para conhecer Novas Espécies e ensinar a eles ciência
forense. Nunca iria machucar suas pessoas. Não os quero feridos, eu juro.
— Estúpido. Eu também o chamo de perdedor. – Kat fechou os olhos, ela não mentiria
mais para Darkness, mas não poderia entregar o chefe, mesmo que ela não concordasse
com o porquê de ter sido enviada. Isso a colocou em um inferno de dilema moral.
Ela admirava os NE desde que eles foram libertados, lendo e assistindo tudo nas
notícias sobre as lutas deles. Ela era até uma fã. As conexões de Robert Mason com
eles ou as razões para o ódio dele não estavam claras, mas ela sabia que era muito
pessoal para ele. Kat era apenas um peão, mas isso não significava que ela iria fazer
algum movimento contra alguém de Homeland.
Kat fez como Darkness pediu e segurou o olhar dele. Eles eram realmente bonitos. Kat
acreditou em tudo o que ele contara a ela sobre seu passado, ter sobrevivido àquela
experiência infernal a fez admirá-lo como nunca. Homens menores teriam quebrado,
morrido durante o treinamento ou acabado com as vidas apenas para acabar com o
sofrimento. Darkness merecia seu respeito, especialmente desde que ela tinha a mais
absoluta certeza de que poderia adivinhar que ele teria que ser durão. Darkness não
estava batendo o inferno fora dela, quebrando ossos para apenas seus gritos ou
esfolando-a viva. Ele tinha que ter visto isso muitas vezes.
— Não vou contar a você. Eu quero, mas não posso. É uma questão de obrigação,
entende?
— Estamos num inferno de situação, não estamos? – Kat piscou as lágrimas de volta,
porque a situação era dilacerante. – Nunca quis ser considerada o cara mau por você.
Acho que é onde estamos agora, não é?
— Você não é o cara mau. Você é toda feminina. Vou fazer você consciente disso tanto
quando eu sou. Vamos continuar isso ou devo parar?
Darkness aproximou o rosto até que a respiração quente caísse nos lábios de Kat. Ela
queria que ele a beijasse, mas ele se afastou no último segundo e afundou o rosto na
curva do pescoço dela. Kat fechou os olhos e prendeu as mãos juntas quando a língua
de Darkness traçou seu lóbulo. Ele o sugou, rosnando para as vibrações brincarem com
os mamilos dela e os dedos retornaram ao clitóris para deslizar suavemente nele.
Kat queria correr as mãos pelos cabelos de Darkness e segurá-lo mais perto. Eles
pareciam sedosos e macios, mas ela não poderia alcança-los desde que os braços de
Darkness a preveniam de erguer os dela. Kat até mesmo separou as pernas para dar a
ele melhor acesso para brincar com seu sexo.
Ela estava perdida em sensações. A boca dele era o paraíso no seu pescoço, apenas um
segundo para construir o êxtase crescendo através de seu cérebro. Kat tentou segurar o
tanto quanto possível, na esperança de que iria suavizar a tensão sexual. Não fez. Ela
tencionou e gemeu quando não pode se segurar mais. Darkness rosnou em resposta e
pressionou a virilha contra ela, a sensação do pênis rígido dele a fez consciente de quão
vazia se sentia. Queria Darkness dentro dela. Apenas imaginar como seria senti-lo fez
sua boceta se contrair contra os dedos dele. Kat ia gozar.
Ele aliviou o clitóris de Kat e retirou as mãos da calcinha dela. Darkness agarrou as
cochas dela, dedos calosos acariciaram a pele sensível dos quadris de Kat, quase
tocando sua boceta; ele pausou ali e começou a beijar a garganta dela novamente.
Darkness correu os dedos ao longo do centro da calcinha dela para fora, brincando com
ela. As presas dele a beliscaram, ela pulou pelo tiro de prazer.
Kat permaneceu lá enquanto Darkness a explorava com a mão livre. Ele deixou sua
calcinha sozinha para brincar com a pele no baixo ventre que cobria seu monte e
esfregou, mas quando ela gemeu, ele se retraiu para o ventre dela, acariciando e então
começou o processo novamente.
Darkness estava no inferno. O cheiro que sua prisioneira exalava era forte o suficiente
para ameaçar seu controle. Ele combateu o desejo de deitar Kat no fim da mesa,
colocar as pernas dela separadas e apenas se empurrar até que pudesse realmente
descobrir se ela era tão deliciosa quando cheirava. Ele temia que estaria babando se
fosse canino.
Seu pau doeu. Ele estava duro como aço, duro e pesado de pura tortura trancado dentro
de suas calças, separou um pouco as pernas para aliviar a pressão em suas bolas. Elas
não iriam realmente se partir das pernas onde sempre tinham estado, mas se sentisse
como se fossem. Tentou ignorar tudo abaixo da cintura e se focar na sua pequena gata
fingida.
Suor havia brotado dela do jeito que ele sabia que iria, ele lambeu um pouco dele. Tão
suave. Darkness usou as presas para morder um tendão do ombro de Kat, não usou
muita força suficiente para quebrar a pele, mas ela gemeu em resposta. Os seios de Kat
se pressionaram duros contra o peito dele enquanto ela se esfregava contra ele, o
material fino do sutiã dela não fez nada para diminuir os impactos daqueles seios duros.
Não vá lá, Darkness relembrou a si mesmo. Ele não iria se arriscar a remover a lingerie
de Kat. Não confiava em suas resoluções se ela ficasse completamente nua. Darkness
teria sugado os seios dela e se movido mais abaixo no corpo dela. Isso poderia colocar
sua boca entre as pernas de Kat e ele não iria ser capaz de parar até que a virasse e a
fodesse.
Você está aqui para ter respostas, lembre-se disso. Tinha que manter isso em mente
quando pegou a si mesmo esfregando o pau contra o corpo de Kat. Mesmo aquela
minúscula quebra em seu controle o alarmou. Ele a queria tanto e não podia se lembrar
de desejar tanto outra mulher. Kat era forte e bonita. Delicada e humana, não esqueça
isso. Ela era uma ameaça desconhecida que tinha mentido sobre a identidade e
propósitos.
As memórias do passado ajudaram. Ele se voltou para a única mulher que confiou, que
o traiu. Ela tinha sido bonita também. Traiçoeira. Com o prazer vem á dor.
A porta da sala de interrogatório se abriu e Darkness afastou os lábios de sua gatinha
fingida e rosnou para a pessoa que ousou entrar depois que ele dera ordens para que
ninguém interferisse. Ele usou o corpo para bloquear o de Kat.
— Fora.
Snow não se moveu. Ele, ao invés disso, mudou as feições para esconder as emoções.
Snow tentou içar o pescoço para ver a fêmea, mas Darkness sabia que ele não podia ver
muito. O Espécie seria capaz de ouvi-la e cheirar seu desejo. Kat estava respirando
rapidamente, quase ofegante. Darkness rosnou para voltar ao seu foco. O macho
respondeu rosnando de volta quando seus olhares se cruzaram.
Darkness se virou e se ergueu para sua altura total. Ele teve que soltar Kat para fazer
isso, mas parou à direita para manter parte dela bloqueada da vista de Snow.
Snow hesitou, mas então se afastou. Ele deixou a porta aberta. Darkness tentou baixar o
temperamento, mas falhou. Ele se virou e olhou para Kat, ela olhava para ele e tinha
notado a atenção dele nos seios. Eles se erguiam e desciam com a respiração rápida
dela, uma linha fina de suor cobria a pele dela. Darkness gostaria de ter um tempo para
acalmar um pouco da tensão dela, mas Snow iria retornar.
Darkness cruzou a sala sem lançar um olhar para trás. Sentiu-se culpado por deixar Kat
naquelas condições, mesmo que não pudesse lidar com aquela emoção inútil. Ele
fechou a porta da sala de interrogatório, era a prova de sons, então Kat não iria ouvir
nada que eles dissessem. Darkness caminhou e usou o peito para empurrar Snow, era
uma mostra de dominância, mas ele estava furioso. Teria certeza de que a frente de
suas calças não fizessem contato com o macho, isso seria um desastre antes que seu
pênis se suavizasse.
— Que inferno é que você está fazendo lá? – Snow cambaleou, mas se endireitou, os
punhos se fechando ao seu lado.
— Você ia montá-la.
— Você prefere que eu batesse nela? Eu nunca trataria uma delas do jeito que trato um
macho. – Ele ergueu os ombros e olhou para Justice. – Eu não iria realmente montá-la.
Ela se recusou a contar para quem realmente trabalhava. Frustração sexual não
preenchida pode ser mais efetiva que infligir dor, se feita direito. Tem algum problema
com minhas táticas?
— Não, eu não molesto fêmeas. – Lançou um olhar sujo a Snow. – Ou bato nelas ou
inflijo algum tipo de dor nelas.
— O senador? – Darkness pestanejou. – O que o governo humano tem a ver com isso?
Ela é militar?
— Ele tinha um amigo no FBI. – Justice hesitou. – Parece que eles enviaram um agente
para Homeland hoje. Não está claro para o que foi enviada, mas temos certeza que ela é
agente deles.
— O senador não poderia ter dado mais detalhes? – Darkness queria voltar para Kat e
descobrir.
— Temos sorte que até mesmo soubemos que eles mandaram alguém aqui. O amigo de
Jacob sabe que Jessie vive aqui e estava preocupado com a segurança dela. Ele
perguntou se ela estava em perigo e se eles podiam ajudar desde que um dos agentes
havia sido escalado. – Justice pausou. – Ele pensou que nós solicitamos um dos agentes
deles. Não fizemos isso.
— Acredita que ela veio para sequestra á companheira de True para ser levada até o
FBI? – Darkness estava furioso.
— Vou escolta-la para os portões e jogá-la para fora. – Darkness se virou, mas Justice
segurou seu braço.
— Espere.
Darkness odiou o jeito que seu estômago se retorceu, ele olhou para Justice.
— Ela não causou ferimentos a nós. Você disse que ela trabalha para o FBI, isso
significa que ela recebeu ordens. Eles não são os únicos que concordamos, mas não
acredito que ela deve ser levada a uma cela ou transportada para Fuller. Permita-me
escolta-la para fora de Homeland. Ela voltará para o FBI de mãos vazias e será punição
o suficiente. Ela não é de Mercile ou uma mercenária contratada. Ela é uma aplicadora
da lei, mesmo que tão errada a missão dela seja. Também temos que agradecer a ela por
lidar efetivamente com a ameaça aos portões.
— Estava pensando mais além das linhas de permitir que ela fique e fingir que
acreditamos em sua falsa história. – Justice o soltou.
— Assumimos que ela veio aqui por Jeanie, mas e se ela tiver oura razão? Estou
curioso.
— Para que mais eles iriam mandar alguém aqui? – Nada disso fazia sentido para
Darkness.
— Gostaria de descobrir. Jeanie estará a salvo. Vamos permitir que a agente do FBI
ensine as classes enquanto mantemos um olho em cada movimento dela. Ela vai deixar
a guarda baixar e revelar a verdade. – Justice sorriu friamente. – Então vamos decidir o
que fazer sobre isso. Estou tendo a Segurança clonando o celular dela e instalando
programas de rastreio nas coisas delas para o caso dela deslizar em nossos escritórios
em algum momento. Vamos tê-la constantemente sobre vigilância controlada. Tenho
certeza, com o treinamento dela, ela pode pegar alguém em proximidade física. Vou
colocar alguém para ficar atento, no entanto, ou se ela começar a ficar suspeita.
— Eu poderia voltar lá e continuar trabalhando com ela. Vou descobrir o porquê dela
estar aqui e o que foi ordenada a fazer.
— Quer dizer que você quer apenas montá-la depois que ela ficar toda quente e suada?
– Snow devolveu.
— Entre naquela sala e respire profundamente. Você vai saber o que está acontecendo.
– Snow pestanejou. – Ele é bom em atrair uma fêmea. Eu não poderia lidar com
aquelas táticas se me fosse permitido interroga-la.
— Você não tem os antecedentes dele ou o controle acima das respostas físicas, Snow.
— Vi o tanto de controle que ele tem e você iria ver também se olhasse para o jeito
dele quando pisou no corredor. – Snow olhou para as calças de Darkness. – Ele está no
controle agora.
— Okay.
— Estou saindo agora. – Justice lançou um olhar aos dois. – Tenho algumas ligações
para fazer. A imprensa está ficando maluca com o que aconteceu nos portões e todas as
equipes da lei estão nos ligando para perguntar se precisamos de assistência. Não
lutem. Temos o suficiente com o que lidar, todos estamos estressados.
— Não consigo ver por que você não quer que eu entre lá com você.
— Não.
— Não quero andar pelo perímetro ou trabalhar nos portões. Quero fazer algo útil.
Darkness piscou, relaxando. Não gostou da ideia de que o macho tivesse um interesse
pessoal em Kat, mas não era sobre a fêmea, era sobre o emprego.
— Apenas os importantes.
— Você não é.
— Nosso pessoal teme você e você tem habilidades especiais. Ouviu Justice. Você
pode seduzir uma prisioneira e ele nem mesmo questiona isso. Eu seria mandado ao
Centro Médico para avaliação se fizesse isso. Eles ficariam preocupados sobre estar
tendo um colapso.
— Não forcei nada disso. - A frustração se ergueu, mas Darkness a sufocou. – Ela foi a
única a iniciar minhas ações. Vamos discutir isso mais tarde, agora Justice está certo.
Estamos todos estressados com o ataque. É normal se sentir ineficaz depois de algo tão
extraordinário. Você quer fazer algo para ajudar nosso povo.
Ele não era bom em lidar com machos que estavam experimentando perturbações
emocionais, mas gostava de Snow. O macho tinha personalidade fácil na maioria do
tempo e era sagaz, ele também não evitava contato visual, algo que Darkness apreciava.
— Vamos descobrir uma solução. Preciso voltar lá e agir como estúpido, isso vai ser
difícil. – Darkness sorriu.
— Não está sendo um bom dia. Por que não usa um pouco da sua energia ajudando
com a limpeza? A frente do prédio de segurança está uma bagunça, eles precisam
reconstruir o mais rápido possível e isso significa remover os escombros.
Darkness o assistiu ir e puxou poucas respirações. Kat, ou seja lá qual fosse o nome
real dela, trabalhava para o FBI. Isso aliviou os medos de que ela era uma matadora de
aluguel enviada por alguém associado aos inimigos, mas isso não fazia dela uma amiga
também. Ela tinha vindo a Homeland por uma razão desconhecida, ele ia descobrir qual
era. Apenas não iria fazer isso mantendo-a naquela mesa. Uma parte dele lamentou
isso, a outra parte se sentia aliviada. Ela era muito tentadora.
Ele abriu a porta e entrou, Kat deslizou para fora da mesa e o assistiu. Darkness fechou
a porta atrás dele e se aproximou dela vagarosamente.
— Precisamos conversar.
— Alguém na Segurança bagunçou tudo. Ele era novato. Alguns Espécies estão
aprendendo o trabalho deles e esse estava encarregado de chegar seus antecedentes. –
Ela aceitou a desculpa facilmente, se ele a leu certo. Kat precisava desesperadamente
que ele acreditasse na identidade falsa. – Outro correu suas informações tudo veio
como você disse. Seu nome é Kathryn Decker e você trabalha para o Departamento de
Polícia de Bakersfield como uma técnica criminal. – Ele fez uma careta, esperando que
isso se passasse por um show de arrependimento. – Peço desculpas.
Kat piscou rapidamente e Darkness quase viu a informação entrando na cabeça dela.
— Bom. – Ela lambeu os lábios e se endireitou, os ombros indo para trás. – Ótimo,
disse isso a você.
— Nem tem nada para desculpar, exceto por ser uma provocação. Vou sobreviver. – As
bochechas dela se coloriram e Kat quebrou o contato visual.
Darkness ainda podia cheirá-la, seu pau endureceu, mas ele rapidamente imaginou os
piores momentos em sua vida. Isso matou seu desejo sexual.
— Tenho certeza que você vai querer nos deixar agora, preferindo ser escoltada para os
portões. Seu carro está danificado, mas podemos providenciar sua ida para casa. Vamos
mandar o carro para a empresa onde você alugou depois que os reparos estiverem
feitos, é o mínimo que podemos fazer. – Ele sabia que ela não iria embora, Kat era
formidável e não se desapontou.
— Não, vim para ensinar as classes. Merda acontece, estou bem. Eu não ia reclamar se
tiver roupas, no entanto.
Darkness admirava o espírito dela, algumas fêmeas não iriam se recuperar tão
rapidamente de encarar uma situação para lidar com outra. O único defeito na armadura
dela era o pequeno tremor nas pernas, ele notava tudo sobre ela.
— Claro, fique aqui e vou recuperar suas roupas. Você prefere que outra pessoa traga
para você? Tenho certeza que não sou sua pessoa favorita. – Não pôde resistir
atormenta-la.
— Não me importo com quem traga elas. – Um rubor coloriu as bochechas dela
novamente, o queixo se ergueu quando ela segurou o olhar dele com determinação.
Kat era tão atraente. Darkness queria sorrir, mas manteve a careta no lugar.
— Há algo que posso fazer para acertar as coisas para você? – Ele propositalmente
baixou o olhar para o corpo dela. – Devo a você.
Darkness pegou a pequena parada na respiração de Kat e o jeito que os olhos dela se
arregalaram, ele a tinha chocado com a súbita oferta sexual. Kat não respondeu
imediatamente.
— Provavelmente é melhor para nós dois se deixarmos as coisas como estão, apenas
me dê algumas roupas, está frio aqui. Vai ser legal saber que minha mala sobreviveu,
então terei algo para vestir amanhã. Estava no porta-malas do meu carro.
— Vou procurar lá dentro. Relaxe, Kat. Bem vinda a Homeland. – Ele girou e
caminhou para a porta, pegando a regata descartada no caminho. – Alguém estará aqui
rapidamente com suas coisas, fique aqui. Há muitos machos lá fora que adorariam a
visão de você em coisas tão pequenas.
Darkness saiu e fechou a porta atrás dele, ele manteria um olho naquela fêmea e ela
estaria lidando com ele com frequência. Primeiro teria que mudar sua atual habitação,
ele estava ansioso para ver a surpresa de Kat quando ele se tornasse seu vizinho.
Capítulo Quatro
Kat caminhou ao redor da casa pequena depois da ducha e apreciou quão bem as
acomodações da ONE eram apesar dela não ter permissão para sair sem pegar o
telefone e pedir por uma escolta. Aos visitantes não era permitido andar em Homeland
sem um deles.
O chalé com dois quartos tinha mobília charmosa e era aconchegante, a mala dela tinha
sido procurada e entregue. Alguns novos danos se mostravam na mala de plástico, mas
Kat estava grata que tivesse sobrevivido à explosão. Todas as suas roupas tinham sido
colocada em uma das camas que ficavam na pequena área do pátio.
A campainha tocou e ela se tencionou, não esperando ninguém até de manhã. Abriu a
porta, no entanto, se sentido segura; a ONE tinha seguranças em sua bunda. Uma fêmea
estava parada lá, uma que não tinha encontrado antes, e segurava uma bandeja coberta.
— Darkness pediu para entregar seu jantar. Sei que você tem estoque de comida, mas
ele disse que esse é o jeito dele de se desculpar por ser cruel com você.
— Sou Kat, a propósito. – Ela andou para o lado e balançou o braço. – Entre.
— Sou Sunshine.
Isso surpreendeu Kat. As madeixas da mulher tinham que ter, pelo menos, seis cores
diferentes. Ela não mencionou que isso a lembrava do cachorro de sua vizinha ou que
ela quase parecia uma mistura de um gato quem eles pegaram o DNA. Kat nunca
olharia para Calicos do mesmo jeito novamente.
— Eu conheço o caminho, a maior parte desses chalés tem a mesma planta baixa. –
Sunshine caminhou para a cozinha e colocou a bandeja em cima do balcão – Você está
bem? Percebi que Darkness deve ter feito algo realmente ruim para me pedir para
entregar comida. Ele é assustador.
Kat tinha que admitir que não tinha pensado sobre muita coisa desde que tinha lhe sido
mostrado o chalé. Homens tinham morrido, eles tinham planejado machucar, mas não
significava que ela não teria algumas coisas com que lidar. O relatório que teria que
escrever quando retornasse para o escritório iria ser um pesadelo, ela também queria
olhar para os antecedentes deles. Isso provavelmente ajudaria a aliviar um pouco do
estresse sobre o incidente quando checasse os antecedentes.
— Tivemos sorte, nenhum dos nossos morreram, apesar de minha amiga Breeze ter
sido presa sob uma parte do teto. Caiu em cima dela.
— Sim, Breeze é durona. O telhado realmente caiu em cima das mesas, mas ela tinha
batido no chão primeiro, então isso não a acertou. Ela apenas precisou de um banho até
que fosse para casa. Os machos pegaram os únicos chuveiros funcionando, então todas
as fêmeas em serviço foram para o dormitório para se limpar. Breeze ficou apenas com
raiva que isso aconteceu.
— Os portões da frente estão fechados. Eles terão equipes vindo a noite para trabalhar
neles, mas vai levar pelo menos dois dias.
— Isso é rápido.
— Você acertou em cheio. – Kat queria mudar de assunto. – Sabe algo sobre as aulas
que supostamente vou começar a ensinar amanhã?
— Dançar?
— Cafeína.
— A maioria de nós não bebe álcool, tem um gosto horrível e como nosso metabolismo
é difícil ficar e permanecer bêbado. – Ela curvou os lábios e mostrou as presas. – Eu
não vejo a graça nisso. Álcool deixa você delirante e estúpido, qual é a graça nisso?
— Bom. Muitos de nós se inscreveram para sua aula. Raramente temos humanos que
querem ensinar aulas. Todos estão excitados, mas devo te avisar que muitos machos
estarão lá porque você é uma fêmea.
— Fique, estou adorando a companhia. Por que os caras estão vindo, porque sou uma
mulher?
— Fêmeas que aparecem procurando por um dos nossos machos para acasalar com
eles. – Sunshine tomou assento no balcão. – Muitas delas são va... O que isso diz? Uma
bola tímida de uma sacola cheia de amendoins?
Kat gargalhou, ela abriu a tampa sobre a bandeja e olhou para o maior pedaço de carne
que já tinha visto. Ele tinha que pesar pelo menos meio quilo.
— Uau.
— Não.
Sunshine encontrou talheres, cortou o bife no meio e colocou um no prato para Kat.
— Obrigado. – Kat sentou no balcão e abriu seu refrigerante. – Então, conte mais sobre
aquelas caçadoras de companheiros, estou curiosa.
— Elas mostram os peitos para nós. Caminhei nas paredes dos portões e elas podem
dizer qual de nós são machos e fêmeas. Estou cansada de ver seios.
— É como se um pequeno flash de seios fosse o suficiente para deixar nossos machos
em frenesi sexual. Talvez sim, se elas tentassem na Zona Selvagem. Alguns dos nossos
machos iriam gostar de ir para isso, aquelas humanas iriam lamentar se um daqueles
machos a pegassem e levassem para casa.
— Por quê?
A implicação de segredo pegou a natureza curiosa de Kat. Onde eles escondiam algo?
— Bom, acho que estaria tudo bem dizer que é chamada de Zona Selvagem por uma
razão. Alguns de nós não são tão civilizados quanto os outros. Eles foram duramente
maltratados por Mercile, então humanos não são amigos. Eles vivem lá para evitar
correr, excetos para companheiros. Ta... – Sunshine parou. – Uma companheira vive lá
há alguns anos. Claro que o companheiro dela é muito protetor, então ela está a salvo
de qualquer um sendo mau com ela.
— Então, como uma mulher poda lamentar terminar na Zona Selvagem? Estou curiosa.
— Oh. – Kat pegou um pedaço do seu bife, estava delicioso. Ela pensou sobre o que
tinha aprendido. – Eles apenas vão para isso, hum?
— Isso funciona para um sexo quente, mas eles são um pouco rudes. – Sunshine
gargalhou. – Não sei se um humano pode lidar com isso. Eles não iriam machuca-las
ou forçar, mas isso seria um passeio selvagem.
Darkness apareceu na cabeça de Kat. Ele disse que gostava de sexo duro.
— Quão duro?
— Nossos machos são fortes. Não compartilhei sexo com um de vocês, mas tenho visto
alguns pornôs na internet. – Ela assobiou. – Não quero compartilhar sexo com um dos
seus machos. Eu teria quebrado o maxilar dele se ele me chamasse de algumas coisas
que os ouvi dizer para suas parceiras eles são muito egoístas. – Ela acenou. – Já viu os
vídeos de massagem alguma vez? Eles brincam com as fêmeas, mas não as despem,
então empurram os paus nelas. Como isso é prazer mutuo? Eles encontram isso, mas as
fêmeas apenas recebem o eixo. Você notou minha insinuação lá?
Kat gargalhou.
— Muitos deles não sabem o que fazer quando vão para baixo de uma fêmea também.
Como é ser satisfatório que eles lambam seu clitóris? Isso parece irritante.
— Não como naqueles vídeos ou eles não teriam sexo com frequência. Eu nunca teria
sexo se metade daquelas merdas realmente acontecesse em um quarto. Aquelas coisas
que reviram o estômago.
— Você tem um companheiro? Não cheiro um macho em você, mas você tomou banho
recentemente.
Kat se mexeu no seu assento, relembrando da última conversa com a mãe. Tinha sido
mais uma palestra. Ela não estava dando netos à mulher e isso, aparentemente, era
decepcionante.
— Eu trabalho muito. Alguns homens são intimidados por meu trabalho e não apreciam
saber que eles vem em segundo lugar na minha lista de prioridades.
— Acho que a maioria se senti irritado ou negligenciado porque amo o que eu faço. Eu
admito que meu último relacionamento terminou por causa de um caso em que
trabalhei. Perdi a festa de aniversário dele e então o deixei na mão na semana do
casamento do melhor amigo dele por causa do trabalho. Ele me deu um ultimato e não
gostou da resposta.
Isso resumia a vida de Kat. O trabalho vinha primeiro e qualquer coisa em segundo.
— Não escolhi um ainda, isso vai ser difícil. Todos os machos com quem compartilhei
sexo, tem suas boas qualidades e defeitos.
— Não permito que eles durmam em minha cama. Isso implicaria em um compromisso
e não estou pronta para isso ainda. Nossos machos tendem a ficar possessivos
rapidamente se você não colocar limites. Eles os respeitam. Seu mundo é diferente do
meu. Compartilhar sexo com os machos é considerado ruim de onde você vem. Aqui? –
Sunshine sorriu. – Já viu nossos machos? Sou uma fêmea com um saudável apetite
sexual. Não temos que nos preocupar sobre doenças sexuais ou gravidez. Seria estranho
não compartilhar sexo com frequência com diferentes machos, a menos que eles
queiram uma companheira.
— Eu estava apenas curiosa. Não sei muito sobre NE. – Ela não era uma que julgava.
— Permitir a um macho passar a noite em sua cama pode dar a ele a ideia de que ele
pode apenas dormir lá todas as noites. Há algo que você deve ter ouvido. Dê a eles um
passo e eles vão levar uma milha. Eles são agressivos, então você deve ser tão
agressiva quanto. Lembre-se disso enquanto estiver aqui, porque alguns dos machos
virão atrás de você. Eles veem as humanas como mais submissas e fáceis de dominar.
— Chute os machos para fora de sua cama se permitir um compartilhar sexo com você,
diga a ele para ir embora depois, não se abrace com ele. Bom, a menos que ele seja um
primata. Eles tendem a precisar disso ou os sentimentos deles seriam feridos, mas corte
isso depois de cinco minutos. De outra forma, eles vão te pressionar para ficar. Eles
podem ser muito persuasivos.
Persuasivo era um eufemismo. Kat teria implorado que Darkness a fodesse se ele não
tivesse sido chamado para fora da sala de interrogatório. Ela estivera perigosamente
perto de se quebrar em pouco tempo. Ele tinha sido tão bom atormentando seu corpo
até que estava fisicamente doendo para gozar.
— Eles veem os casais acasalados e desejam ter alguém que dependa deles daquele
jeito.
— Como elas são dependentes? – A acusação de Mason apareceu, ele pensava que as
mulheres eram dependentes dos homens.
— Suas fêmeas gostam dos abraços constantes e do jeito que os machos são protetores
com elas. – Sunshine terminou sua metade do bife e pestanejou. – Chamamos isso de
irritante, mas suas fêmeas parecem pensar que é cativante quando eles rosnam para
outros machos que ficam perto delas. Os machos realmente parecem ansiar para que
uma fêmea os ame. – Ela pausou. – Nunca tivemos isso. Eles também do sentimento de
precisar de uma fêmea. Isso faz sentido? Ser a pessoa mais importante para outra
depois que fomos apenas números é uma coisa memorável.
— Eu deveria ir, estou escalada para uma troca essa noite. Estamos dobrando as
patrulhas e providenciando segurança para lidar com os trabalhadores humanos que
chegarão. Vejo você no bar amanhã, estou realmente ansiosa para aprender. – Sunshine
ofereceu a mão. – Foi bom conhecer você e obrigado por compartilhar seu bife.
— Agradeça a Darkness. Você nunca respondeu a minha pergunta, o que ele fez a
você?
Kat levou Sunshine até a porta e acenou um adeus, ela observou o Jeep deslizar pela
rua com um guarda dentro. Ele provavelmente estava lá para manter um olho nela.
Fechou e trancou a porta.
Não costumava se deitar cedo, seu trabalho a mantinha ocupada e quando estava em
casa, ela e Missy ficavam trabalhando na casa. Elas estavam começando a remodelar a
cozinha ultrapassada. Kat desejou ligar para a amiga, mas não poderia se arriscar. A
ONE tinha tido acesso ao seu novo telefone quando ela estivera na sala de
interrogatório e poderia estar de olho em cada ligação que ela fizesse, isso iria alertá-
los de sua verdadeira identidade.
Kat deu uma volta na casa, admirando-a. Lavou rapidamente os poucos pratos,
ignorando a máquina de lavar pratos, colocar uma na própria casa era um sonho, mas
ela não queria gastar isso com alguns pratos e talheres.
Era uma noite agradável e olhou para o céu, era lindo ver tantas estrelas, algo que
sentia saudade na cidade. Kat ia se virar quando o clarão de uma pequena luz pegou seu
olho e levou sua atenção para a casa ao lado, uma grande figura saiu das sombras e
Darkness encontrou seu olhar.
Ele segurava um cigarro nas mãos e parecia estar assistindo Kat enquanto o erguia para
os lábios, dando um trago e soltando a fumaça. Ela ficou surpresa que ele fumasse,
desde que não tinha visto muitos Espécies fazendo isso; também era uma lembrança de
que seus cigarros e o isqueiro não tinham sido devolvidos. Tinha alguns maços
guardados em sua mala, no entanto.
Darkness se moveu para perto e parou na parede de três metros que dividia os pátios,
entrando no dela. Ele parecia realmente alto e usava um pijama negro de seda sem
camisa, Kat tentou manter os olhos no alto e não admirar o peito dele. Ela não disse
nada enquanto ele se aproximava o suficiente para tocar, ergueu a cabeça para manter o
contato visual.
Darkness girou o pulso e ofereceu o cigarro a ela. Kat não hesitou, fumar era um dos
seus maus hábitos. Ela aceitou e tomou um longo trago, seus olhos se fecharam e ela
prendeu a fumaça nos pulmões antes de vagarosamente soltá-la. Olhou para Darkness e
ofereceu de volta.
Kat seguiu os movimentos dele e admitiu que ficando por um pouco de tempo para o
abdômen dele. Darkness tinha músculos ótimos, cada músculo disposto deliciosamente
na pele firme dele, ele pegou sua carteira e o isqueiro, segurando-os na palma.
— Todo mundo tem um vício. – Kat já tinha ouvido isso milhões de vezes. – Esse é o
meu. Não fumo todo o tempo, mas faço quando estou estressada. Tem sido uma
semana difícil pra mim. Não sabia que você fumava.
— Com certeza parece que sim. – Kat balançou uma sobrancelha e deu outra tragada
no dela.
— Então?
— Então está fumando meus cigarros? Como isso está indo para você?
Darkness deu outro trago, girou e caminhou até um vaso de plantas. Ele se abaixou,
mostrando uma bunda musculosa naquela seda, esticando as calças do pijama. Ele
amassou o cigarro na terra, girou e se aproximou dela novamente.
Kat não tentou pará-lo quando ele arrancou o cigarro dos seus dedos e sorriu.
— Encontre outro vício. – Ele alcançou os lados e pegou o maço dela e o isqueiro. –
Não vendemos cigarros aqui em Homeland.
Kat os tinha visto quando tinha desempacotado tudo, tinha pensado que precisasse de
pelo menos alguns maços para precisar estar em Homeland.
— Eu trouxe.
— Boa noite, Kat. Durma bem. Estarei na porta ao lado se precisar de mim. – Ele
depositou o maço nas mãos dela antes de retornar para o próprio pátio. Kat o assistiu
jogar seu cigarro fora antes dele entrar na casa pela lateral.
Ela permaneceu lá por alguns segundos antes de volta para dentro e ir diretamente para
o quarto principal. Tinha deixado sua mala no chão próximo a cama e a ergueu,
colocando-a no colchão. Ela a abriu e arquejou. Os quatro maços que trouxera não
estavam mais dentro da seção com zíper no canto, estava aberta e vazia.
Darkness deveria ter entrado e retirado eles, Kat examinou as janelas e descobriu que
um lado estava aberto. Ela travou os dentes e desejou saber que tipo de jogo o Nova
Espécie planejava.
— Merda.
Ele esperava que ela espancasse a porta dele e o mandasse devolver seus cigarros?
Talvez entrasse na casa dele para pegá-los de volta? Ela subitamente riu, estava tentada
a apenas fazer isso. Seu humor desapareceu, no entanto. Darkness talvez estivesse
tentando-a a fazer algo que a jogasse para fora de Homeland. Ela não podia arriscar.
Kat se sentou e assentiu, não seria a primeira vez que não poderia fumar. Ela
frequentemente levava chicletes também. Não tinha nenhum e imaginava se Homeland
tinha uma loja de conveniência aberta de noite. Ela duvidava.
— Droga.
Darkness olhou a tela e sorriu para o jeito frustrado de Kat. Ele se inclinou e descansou
contra os travesseiros macios, ajustando o laptop mais alto nas pernas. Imaginava se ela
iria confrontá-lo sobre o roubo, Kat não tinha achado as câmeras escondidas na casa ou
procurado por nenhuma; ele a tinha visto desde que ela chegara, com exceção do
banho. Darkness tinha usado o tempo para deslizar dentro da casa dela para ter acesso à
mala, queria que ela soubesse que estivera ali.
Kat entrou no quarto e fechou á porta, ela girou a fechadura e foi para o banheiro. Ele
tinha uma câmera lá, mas não a ativou. Ela merecia alguma privacidade. Podia ver o
telefone dela carregando na cômoda, poderia ter ligado á câmera se ela tivesse o levado
com ela, para saber o que iria fazer. Em poucos minutos, ela deixou o banheiro e puxou
a mala da cama.
Darkness riu com a mostra do temperamento dela. A perda dos cigarros iria irritá-la e
mantê-la desequilibrada, era o que ele precisava. Kat tinha cometido um erro. O celular
próximo a ele tocou e ele o alcançou, vendo que era da Segurança.
— Darkness.
— Achei que você gostaria de saber que estamos prontos para vigiar a localização da
Presente.
— Você conseguiu a localização dela do Boris, percebi que você ia gostar de uma
atualização. – O macho respondeu.
— Agradeço por isso.
— Não. Nunca desejei deixar as terras da ONE para me aventurar no mundo lá fora.
— Pensei que iria oferecer a você ao invés de Jaded, ele está voando hoje á noite.
— Ah. – Isso explicava tudo. Jaded tinha feito uma arrecadação de fundo para o resgate
de animais para a empresa dele. – Diga a ele para fazer o primeiro contato.
— Justice me contou o que Snow disse. Isso vai se tornar um problema? Está atraído
por essa fêmea?
— Não estou pensando puramente com o meu pau. – Isso o irritou. – Está me pedindo
para passar a investigação para mais alguém?
Darkness rangeu os dentes, não queria mentir, mas admitir a verdade talvez os fizessem
questionar seu julgamento.
— Entendo.
— Eu não respondi.
— Seu silêncio falou por você. Sei que você pode estar se sentindo solitário desde que
mantém todo mundo a um braço de distância. Isso vai ser um problema ou pode ser
imparcial em caso de necessidade?
— Meu trabalho é descobrir o que ela faz aqui em Homeland e entender a missão dela.
É exatamente o que planejo fazer.
— Isso é um fato. – Fury assinalou e pausou. – Acho que estou perguntando se você
está bem.
— Estou bem.
— Deixe-me saber se houver algo que possa fazer se isso der voltas. – Fury hesitou
novamente.
— Ela pode estar aqui para machucar, isso pode se tornar um conflito para você se
estiver altamente atraído por ela. Estou dizendo que estou aqui para você e estou
oferecendo ajuda se você se encontrar em problemas. É isso que a família faz.
— Que droga! – Fury rosnou. – Você já ajudou a salvar minha vida uma vez. Por que
insiste em negar nossa conexão? Eu tenho que estar morrendo novamente para que
você admita o que somos um para o outro?
— Ia dizer a você para vigiar as costas, mas você sempre faz. Apenas me deixe saber se
precisar de algo, e quero dizer qualquer coisa. Você tem meu apoio.
A culpa o envolveu, mas ele a puxou de volta. Fury era um bom macho, mas não queria
uma relação próxima com ele, apesar do laço de sangue pelo lado humano deles. Tinha
aprendido sua lição e não iria se arriscar a perder alguém que gostava daquele jeito
novamente.
Olhou para trás e relaxou vendo Kat enquanto ela levava o pijama para o banheiro, ele
achou divertido que ela fosse para lá para se trocar. O divertimento desapareceu quando
ponderou a ideia de que talvez ela estivesse alerta sobre as câmeras escondidas. Kat
deixou o banheiro alguns minutos depois, puxou as cobertas e subiu na cama.
Ela parecia pequena e perdida no colchão grande quando rolou para o lado em posição
fetal, era estranho que tivesse deixado as luzes ligadas. Darkness olhou para o relógio,
era mais cedo do que ele pensava que ela iria se deitar.
Esperou até que tivesse certeza de que Kat dormira e transferiu os dados das câmeras
para a Segurança e se levantou. Era muito tentador entrar novamente e compartilhar
aquela cama, uma abundância de energia o impulsionou a mudar de roupa e sair pela
porta do pátio. Não poderia resistir estar na casa ao lado.
— Droga.
Não havia como negar porque se sentia sufocado. Darkness forçou o olhar para longe
das janelas do quarto de Kat, pulou o muro e começou a correr. Ele precisava queimar
toda aquela tensão sexual ou iria acabar terminando o que tinha começado naquela sala
de interrogatório.
Capítulo Cinco
Kat estava emocionada que tivessem mais de cinquenta Novas Espécies lotando o bar,
ele era maior do que ela esperava. Os NE encheram as mesas ao longo da pista de
dança e na sessão mais alta próxima ao bar, alguns até mesmo permaneciam ao redor
das escadas. Kat sorriu e falou em voz alta para ter certeza que todos seriam capazes de
ouvi-la no fundo da sala.
Eles tinham sido receptivos a ‘cena do crime’ dela com o ‘corpo’ que tinha feito com
travesseiros, um cobertor e alguns cintos. Kat queria trazer um dos manequins em
tamanho real dos treinamentos de resgate, mas não tinha conseguido adquirir um a
tempo. Ela encenou um assalto que deu errado, teria sido legal mostrar a eles como
tratar uma cena do crime e coletar evidências.
— Alguma pergunta?
— Por que humanos roubam uns dos outros? – Uma mulher em uma mesa próxima
perguntou.
Kat girou, surpresa pela voz de Darkness, ele saiu das sombras atrás do palco e olhou
para ela. Darkness vestia uma camisa azul, jeans e um par de botas pretas, os braços
musculosos estavam à mostra, ele parecia bem. Seus olhares se encontraram e ele
pestanejou.
Ele pisou na pista de dança onde Kat estava e encarou os alunos dela.
— Nós somos gratos pelas coisas que temos, desde que nunca tivemos nada antes.
Alguns humanos são profundamente danificados e anseiam o que os outros tem, eles
irão roubar e algumas vezes matar para ter isso. Para alguns é uma falta de moral ou
orgulho, para outros é um esporte e alguns se tornam viciados em drogas. É um sistema
monetário baseado em dinheiro no mundo lá fora, então alguns adquirem esse dinheiro
pegando dos outros.
— É verdade que alguns machos machucam suas fêmeas e até mesmo as matam?
— Sim. Violência doméstica infelizmente é um crime comum. – Kat se virou e
localizou quem havia falado.
— Por quê? – Um macho questionou. – Machos são superiores em força e não há honra
em machucar uma fêmea. Elas deveriam ser protegidas.
— Elas poderiam matar o macho se ele atacasse. – Uma das mulheres assobiou do
canto. – Por que suas fêmeas não atacam de volta e derrubam os machos? Eu faria isso
se um deles me ameaçasse.
— Eles não são como nós. – Darkness comentou. – Os humanos acreditam que machos
e fêmeas são completamente iguais. – Ele riu. – Então, eles não valorizam as diferenças
ou levam em conta as limitações físicas.
— Iguais? – Um cara no bar disparou. – Machos são fisicamente mais fortes, enquanto
fêmeas são mais propensas a ser superiores em estratégias táticas. Todos temos nossas
forças, mas não são as mesmas.
— Você quer dizer que vocês machos são impulsivos enquanto que nós levamos tempo
para colocar tudo pra fora. – Uma das mulheres riu.
— Não esqueça do sexo. – Uma mulher adicionou e gargalhou. – Temos uma vantagem
lá também. – Ela se ergueu e desceu a mão pelo corpo. – Temos o que vocês querem.
— Nem todos os humanos cometem crimes. – Kat se ressentiu das palavras dele.
— Não todos, mas muitos deles. – Ele encolheu os ombros. – Vamos almoçar, a aula
está encerrada.
Kat ficou aturdida que Darkness tinha cortado seu pequeno tempo, isso também a
aborreceu. Seus estudantes começaram a conversar uns com os outros e ela se
aproximou, agarrando o braço de Darkness. Ele olhou para baixo para os dedos dela no
antebraço e então encontrou com o olhar de Kat.
— Podemos conversar? – Ela queria uma explicação por ele ter interrompido a aula
dela.
— Claro. – Darkness se moveu ao redor do palco. – Aqui atrás, a menos que queira ser
ouvida.
Kat o soltou e marchou para trás do palco, Darkness a seguiu e ela se virou para ele
quando tiveram privacidade.
— Salvando sua bunda. Pensou realmente que eles não iriam questionar o porquê que
um humano rouba outro por algo tão pequeno quanto uma carteira quando você
planejou essa cena?
— Não está mais em seu mundo, Espécies não roubam outro Espécie. Ensine a eles
algo que realmente usem. Eles não resolverão um homicídio como aquele aqui.
— Tudo bem. Que tipos de crimes você enfrenta? – Kat tentou controlar o
temperamento.
— A maior parte disso acontece nos portões. Nós passamos aquelas investigações para
a força-tarefa humana.
— Culpe seu CSI. Isso deixou meu povo curioso sobre humanos e aquelas são as
reações que você irá ver frequentemente deles. Eles vão querer que você explique por
que humanos são tão fodidos. Boa sorte com isso.
Darkness deu um passo para frente e Kat recuou, encontrando uma parede lá. Ele
ergueu os braços e colocou uma palma da mão em cada lado de Kat, prendendo-a no
lugar.
— Não somos como você, nunca se esqueça disso. Sabe como fomos criados?
— Indústrias Mercile.
— Não quis dizer isso desse jeito. Quis dizer que vocês são fisicamente como nós, a
maior parte. – O coração de Kat doía por ele e pelos outros.
A mostra das presas não a assustou aquela altura, Kat podia contar que Darkness estava
com raiva e queria neutralizar a situação.
— Eu posso carregar duzentos e vinte e seis quilos sem realmente me esforçar. – Ele
murmurou. – Posso lidar com dor que iria deixar os do seu tipo gritando e
provavelmente desmaiando. Olha para seu lado. Vê aquela borda de três metros? Posso
alcança-la sem o uso de uma escada. Você não tem ideia do que podemos fazer porque
não publicamos isso, nosso tipo ainda tem medo de vocês. – Darkness a cheirou. –
Meus sentidos não são tão bons quanto de um canino, mas são de longe melhor do que
seus humanos comuns. Posso dizer que xampu, condicionador e sabonete você usou
essa manhã. Posso até mesmo identificar que tipo de sabão em pó você compra, seu
creme dental. – Inclinou a cabeça e a cutucou de lado. – Pare de usar perfume, isso não
é agradável para nós. Você borrifou um pouco disso em seu pescoço. – Darkness
ergueu a cabeça. – Posso cheirar um pouco de suas emoções se elas fossem fortes.
Medo. Desejo. Inferno, até mesmo raiva. Pode fazer algo assim?
Darkness se moveu tão rápido e Kat arquejou quando ele agarrou os quadris dela e a
ergueu do chão, ela se encontrou flutuando um metro do chão até que eles estavam com
o rosto no mesmo nível. Suas mãos automaticamente seguraram no topo dos ombros
dele.
Darkness rosnou e seu peito vibrou contra o dela. O baixo e perigoso som enviou
arrepios pela espinha de Kat e a cor dos olhos dele parecia mais escura. Isso poderia ser
um jogo de luz, desde que eles estavam longe das janelas, mas Darkness parecia
assustador. O coração de Kat disparou e ela imaginou se ele planejava machuca-la.
— Eu não vou. – Kat sabia que ele estava tentando provoca-la, mas não era tão burra.
O corpo de Darkness era tão duro e sólido quanto á parede a suas costas. Isso não seria
uma luta que ela ganharia.
Darkness puxou os quadris de Kat para mais perto e pressionou a virilha contra as
coxas dela, a forma rígida da ereção dele não podia ser confundida com mais nada. A
maioria das mulheres iria implorar para ser colocada para baixo ou pedir para que ele
se acalmasse. Kat pensou que ele era um pouco sexy quando era hostil.
— Não somos tão diferentes, no entanto. – Kat diminuiu o aperto nos ombros de
Darkness e correu os dedos para o peito dele. – Você me quer. Um ex-animal do circo
não estaria ostentando uma ereção por me ter tão perto.
— Lamento que seu plano de me intimidar e amedrontar não esteja funcionando. – Ela
não sentia nem um pouco, no entanto. – Espera que eu me derrame em lágrimas?
O pequeno rosnado que veio dos lábios separados de Darkness foi sexy, Kat gostou do
jeito que ele olhou para seus seios antes de encontrar seu olhar novamente. Ela traçou
as palmas das mãos para cima, para curvar os dedos no topo dos ombros deles.
— Você se sente como um homem para mim. Isso nos faz compatível como pessoas.
— Não. – Darkness murmurou.
— Não o quê?
— Me provoque.
— Estou apenas constatando o óbvio. – Kat estava tentada a fazer isso. – Você pode
continuar negando que somos compatíveis, mas seu corpo não acredita no que sua boca
está dizendo.
O aperto dele nela se suavizou e Kat escorregou pelo corpo dele. Darkness se afastou
no segundo que os pés dela tocaram o chão para soltá-la completamente.
— Ensine a eles os truques que seu povo usa para mentir e enganar nossos oficiais, é
assim que você pode ser útil. Rusty me contou o que você fez com sua bolsa. Mostre
tudo o que sabe. Amanhã diga a eles sobre as armas que eles não conhecem ainda.
— Não adoce os humanos também. Não lidamos com os bons, na maior parte. Diga a
eles sobre os piores de seu tipo.
— Vi os simpatizantes também.
— Acredita que todos eles estão lá com boas intenções? – Darkness inclinou a cabeça,
olhando profundamente dentro dos olhos dela. – O que o seu treinamento fala sobre
aqueles que tentam parecer inofensivos, quando de fato eles são um perigo para a
ONE?
Kat engoliu com força, sentindo que a pergunta era direcionada a ela. Darkness era
esperto, no entanto, e ela não iria ameaça-lo de outro jeito.
— É possível que alguns estejam fingindo ser amigáveis para espionar os que
realmente são ou para ganhar a confiança dos seus oficiais, na esperança de que eles
sejam capazes de lançar um ataque efetivo.
— Apenas não quero deixar eles com a impressão de que todas as pessoas são ruins.
Você já parece pensar desse jeito.
— Supostamente seu trabalho aqui é nos ajudar a aprender como nos proteger mais
efetivamente.
— Não confio em ninguém. Cometi o erro uma vez e aprendi, é como tenho
sobrevivido.
Kat imaginava quem o tinha traído, algo que ele tinha dito quando estavam na sala de
interrogatório puxou em sua memória.
— Uma mulher?
Kat deveria apenas deixar isso para lá, mas não podia. Havia algo sobre Darkness que a
fazia querer saber mais sobre ele.
— Você disse algo sobre fingir que eu era alguém para efetivamente fazer seu trabalho.
Tive a impressão que significava uma mulher, você disse que era uma fêmea do seu
passado.
— Li? – Não estava convencida. Ele era bom, no entanto, mantendo seu tom inalterado.
— Deixe-me de dar um pequeno conselho, doçura. Você é muito curiosa, mas suas
habilidades de observação são um pouco refinadas para seus antecedentes. Vou olhar
isso.
Darkness saiu e virou na lateral da área do bar. Kat abraçou os quadris e descansou
contra a parede, respirando profundamente algumas vezes. Era um aviso, pleno e
simples. Darkness suspeitava que ela não era quem dizia ser, ele tinha um ponto
também. Ela era treinada do jeito que uma técnica de laboratório de crimes não seria,
eles eram peritos em determinar datas e cenas, mas em se derramar em observações
comportamentais ou verbais e pistas.
Ela se afastou da parede e deixou os braços cair para os lados, Kat caminhou para fora
dos fundos do palco, forçou um sorriso e olhou ao redor do cômodo. Darkness não
estava em lugar nenhum para ser encontrado, mas muitos Nova Espécie pareciam
querer a atenção dela, o que indicava que eles queriam conversar. Era hora de ser
sociável.
— Pergunte.
*****
Darkness bateu os punhos no saco de areia sem se conter, a corda que mantinha isso
suspenso rangeu. O saco se afastou e voltou. Ele socou seu punho esquerdo nele. A
parte superior do saco se rasgou do gancho e o pesado conteúdo bateu no chão uns
cinco metros à frente.
Darkness travou o maxilar e girou vagarosamente para olhar Bluebird. Ela era a última
pessoa com quem queria falar, além de Kat.
— Olá. – Ela olhou para o saco e então para ele. – Isso é um monte de frustração. Há
algo que eu possa fazer para ajudar?
— Estou bem.
— Eu estava na aula mais cedo, vi você pegar nossa professora atrás do palco. Eu
estava curiosa, então me arrastei para frente o suficiente para ver o que estava
acontecendo. Você a quer.
— Como chegou a essa conclusão? Ela precisava ser instruída no seu ensinar aos
Espécies e estava irritada com minha intervenção durante a aula. – Darkness não gostou
de ser espionado.
— Então isso ia fazer você colocar as mãos em mim? – Bluebird arqueou uma
sobrancelha.
— Não quero compartilhar sexo. Disse a você para não levar isso de modo pessoal.
— Sou uma cuidadora. É minha natureza, parece. Eu lido com machos danificados com
problemas com raiva.
— Eu não sou um problema.
— O equipamento poderia dizer outra coisa se pudesse falar. Imagino que ele estaria
chorando agora, ou pelo menos gritando ai. – Ela olhou na direção do saco e sorriu.
— Estou atraída por você. Chame isso de uma falha em minha natureza, mas toda vez
que vejo machos muito agressivos, isso me deixa ligada.
— Verdade, mas você é mais do que os outros. Talvez eu tenha perdido o senso de
perigo que me deparo com um macho que não tem suas emoções sob controle.
— Estou no controle.
— Agora. – O sorriso dela desapareceu. – Você está no topo. Te vejo mais de perto que
os outros machos porque quero você. Falta pouco para você quebrar.
— Está me testando?
— Estou apenas provando o que eu disse. Você sente algo pela professora.
— Tudo bem. Estou atraído por ela, mas nunca iria agir. – Bluebird o tinha irritado.
— Por que não? Não a vejo chorando ou gritando por ajuda quando poderia ter. Isso
implica que ela não liga ter suas mãos nela.
— Tudo bem. – Bluebird deu um passo atrás. – Sabe que não tem que falar com ela
durante o sexo. Ela será a única aqui por um tempo, a menos que você pedir que ela
fique. Não vejo isso acontecendo desde que eu estava trabalhando no dia que ela
chegou, ambos sabemos que ela não é quem finge ser. Você nunca mostrou interesse
por uma fêmea antes, deveria tirar vantagem disso.
— Humanos nos usaram. – Bluebird deu de ombros. – Está caminhando em uma linha
fina, Darkness. Não me importo quão durão você é, todo mundo tem um ponto de
ruptura. Não preciso dizer a você qual é. – Ela pausou. – Talvez eu tenha. Você está
danificado, por suas próprias palavras. Você evita nossas fêmeas, mas ela não é uma de
nós. Ela não terá nenhuma expectativa, se é isso com o que está preocupado.
— Não quero dizer preocupações sexuais, tenho certeza que você está qualificado. Nós
esperamos sermos tratados de uma certa forma, mas ela não iria saber disso. – Bluebird
parecia apreciar a visão do copo dele. – Você está cheio de frustração sexual, posso
pegar isso de uma milha de distância. – Ela olhou nos seus olhos. – Se livrar de um
pouco disso nela e aliviar a pressão, você está prestes a ferver. Ela é perfeita para isso.
Você sabe que não pode confiar nela e ela está jogando. Acho que você é mestre nisso
também.
Bluebird se virou sem mais uma palavra e saiu andando. Darkness travou os dentes e
girou, querendo socar o saco novamente. Esse permanecia no chão, danificado.
— Porra.
Bluebird tinha um ponto. Alguns dele, realmente. Ele estava sexualmente frustrado.
Kat não era nada como as fêmeas Espécie e também não era uma humana inocente.
Tinha vindo a Homeland com uma agenda oculta. Um individuo altamente treinado
nunca ia levar o sexo de modo pessoal quando estava em um trabalho. Darkness não
poderia ferir os sentimentos dela e Kat não iria esperar nenhum compromisso.
Eu poderia tê-la. Seu pau saltou para a vida e isso o chateou. Era uma questão de
orgulho. Nunca iria cair em uma armadilha novamente, tinha custado muito a ele.
Sua fascinação por ela não era saudável. Ela era o exato tipo de fêmea que mais
precisava evitar. Isso o frustrava porque ela era o única que tinha pegado seu interesse.
Por que não podia ter criado uma obsessão com uma humana inofensiva?
A resposta veio rapidamente. Ele teria destruído alguma fêmea de coração suave com
seu jeito frio. Elas iriam querer estar com um macho que podia sentir e demonstrar
emoções, ele mantinha tudo dentro dele, onde era seguro. As memórias apareceram,
mas ele as escondeu de volta. Apenas traria dor relembrar a única fêmea que ele tinha
permitido chegar perto dele, ela o enganara e o preço tinha sido alto demais. Lição
aprendida.
Seu celular tocou e o atendeu cegamente.
— Darkness.
— Ouvi que você destruiu um pobre saco hoje. – Fury pausou. – O que ele fez a você?
— Não tem nada melhor para fazer com seu tempo? Acho que Ellie e sua prole iriam
gostar de você falando com eles.
— Pare.
— Não posso ajudar assim. – Fury rosnou de volta. – Queria que não fosse assim, mas
esses são os fatos.
— Essa fêmea está te pegando. Quer que eu a designe para outra pessoa?
— Pensa que é o único que tem experiência aqui? Há algumas coisas que não sabe
sobre mim.
Darkness viu Kat se erguer da cadeira e começar a lavar os pratos, ele manteve o olhar
na tela, mas estava curioso sobre a observação de Fury.
— Como o quê?
— Aquela fêmea é tão apaixonada por você que não vou comprar isso. – Aquilo
realmente divertiu Darkness. – Ela também é muito fácil de ler. Ela é tão perigosa
quando um gatinho.
— Estou sabendo. Ela estava lá para providenciar as evidências que explodiu a coisa
toda e nos libertou.
— Um técnico veio pra mim e entrou na minha cela. Ele... – Fury clareou a garganta. –
Ele fez coisas ruins e ia fazer piores.
— Eles eram idiotas.
Darkness fechou os olhos e se recostou, dor explodindo no peito. Essa foi uma coisa
que nunca tinha sido sujeitado. Um forte senso de compaixão se ergueu nele pelo que
Fury tinha sofrido.
— Sinto muito.
— Ellie. – Fury confirmou. – Ela o matou e então fez com que parecesse que eu tinha
feito aquilo antes que as drogas paralisantes que ele me deu fizessem efeito. Ela tinha
sido doce comigo até aquele momento, mas enquanto fui deixado lá indefeso,
percebendo o que ela havia feito, me senti traído.
— Não posso acreditar que ela fez isso. Quero dizer, você estava errado, certo?
Nenhuma fêmea é mais amável que ela é com você.
— Ela tinha conseguido evidências naquele dia que ela necessitava para salvar todos
nós. Ela tinha certeza que eu não seria morto pelo crime e tinha que me culpar, eles a
teriam matado se soubessem que ela tinha tirado a vida do macho. Eu não entendi
aquilo até que muito mais tarde. Eu a ataquei de primeira quando Homeland foi aberta,
foi a primeira vez que a vi desde o incidente. Eu não pude deixar isso para lá até
mesmo depois de descobrir a verdade. Ela tinha visto o que o macho tinha feito
comigo, foi uma coisa de orgulho e raiva. Eu nunca tive a chance de fazer o macho
pagar, ela se tornou um alvo para mim.
— Você a feriu? – Darkness estremeceu. – Não consigo ver você fazendo isso. Você
ama a fêmea.
— Eu estava fodido. – Fury admitiu. – Eu a tinha presa na minha cama, mas não pude
seguir os pensamentos com todas as coisas horríveis que queria fazer. Felizmente.
Continuo acordando suado em algumas noites, imaginando as horríveis consequências
se tivesse permitido que a raiva tomasse controle. Ela é minha vida. Eu a teria perdido
para sempre.
— Elas não se parecem em nada. – Darkness ergueu o laptop das pernas e se levantou
rapidamente. – Você está fora da linha com esse comentário.
— Ela está aqui com pretensões falsas por uma razão desconhecida. Você está atraído
por ela, mas sabe que ela vai nos trair de algum jeito. Estamos esperando isso. Isso
pode fazer você relembrar o passado, diga-me se estou errado sem mentir.
— Tudo bem. Tenho tido problemas com o passado, mas sei que ela não é Galina. Tive
a habilidade de ter minha vingança com ela.
— Você a matou?
— Não quero falar sobre isso. – Darkness travou o maxilar e girou, andando pelo
quarto pequeno.
— Não estou julgando você. Somos irmãos. – Fury murmurou. – Você fez o que tinha
que fazer.
— Isso fica mais fácil para você se disser isso? – Fury rosnou. – Nós somos irmãos,
nem todos nós fomos mortos. Eu continuo aqui.
— Esta bem, boa noite. Tenho um trabalho a fazer. – Ele desligou e resistiu a esmagar
o telefone.
Isso tocou apenas alguns segundos depois, ele olhou para baixo e viu o nome. Darkness
usou o polegar para desligar, não queria falar novamente com Fury. Não enquanto
estivesse de mau humor, ele estivera tentando há dias. Precisava ficar calmo, Fury tinha
ficado sob a sua pele. Darkness olhou para baixo, para o telefone um minuto depois e
viu a mensagem que tinha sido deixada, ele ligou e discou para a Segurança.
— Estou enviando a vocês as noticias do chalé da humana, vou dar uma corrida.
Estarei de volta em quarenta minutos.
— Pare.
— Família pode ser uma dor na bunda. – Fury deu um passo á frente.
— Estou cansado de esperar que você se cure o suficiente para lidar com o que os
testes revelaram. – Raiva passou pelas feições do macho. – Somos família. Talvez não
te incomode que você me reconheça, mas eu gostaria de ser parte de sua vida. Nós
somos os únicos laços de sangue que cada um tem, ninguém mais bateu com meu teste
de DNA.
— Sou canino e você é felino, grande coisa. – Fury ficou um pouco mais perto. – Eu
vejo uma semelhança. Nós dois terminamos com cabelos pretos e olhos castanhos,
temos o mesmo queixo também. Ganhamos esses traços dos nossos humanos. Você já
imaginou como eles eram? Eu já.
— Você alguma vez já pensou em colocar seu DNA fora daqui para ver se podemos
localizar uma compatibilidade humana e possivelmente encontrar outros parentes? Eles
tem registros de adoção que talvez nos ajude a encontrar relações próximas.
— Eu sim. Essas são coisas que famílias devem falar, podemos ter irmãos
completamente humanos.
— Não faça isso. – Darkness avançou até que estavam separados por um passo. – Eles
não são nada como nós. A conexão morreu no momento em que os humanos foram
pagos pela Mercile.
— Estou falando sobre as crianças que aqueles humanos podem ter tido. Não os pais
que fizeram a escolha. – Fury pestanejou.
— Como posso não fazer isso? Eu sei que não posso substituir os irmãos sangue-puro
que você perdeu. Não estou tentando fazer isso. Apenas quero ficar perto de você.
— Eles se pareciam conosco? Eles eram meus irmãos também. Diga-me algo pessoal
sobre eles.
— PARE! – Darkness não queria empurrar o macho, mas Fury tropeçou para trás, o
assegurando que foi exatamente o que tinha feito.
— Desculpe, eu não quero falar disso. – Darkness ergueu as mãos, não querendo lutar.
— Isso é muito ruim. – Fury deu um passo calculado para frente. – Tenho que arrancar
isso de você?
— Você vai me matar? – Fury chutou os sapatos. – Você segura tudo ai dentro. Pare de
se culpar por algo fora do seu controle. Sei que você culpa a si mesmo de alguma forma
pela morte deles, mas isso é apenas a culpa de ter sobrevivido.
— Então me faça entender. Diga-me tudo o que aconteceu quando eles te levaram da
Mercile. Por que você se culpa pela mortes dos nossos irmãos? Por que é tão idiota por
recusar a aceitar nosso vínculo? Diz pra mim, porque já estou cansado de esperar. Eu
mereço respostas.
— Então me conte mais sobre eles. – Fury rosnou. – Fale comigo, droga.
— Eu vou lá pra dentro. – Ele tentou caminhar ao redor do macho, mas Fury o segurou
pelo braço.
— Isso não está acabado, não vou embora até ter respostas.
Darkness olhou para baixo para a mão que tinha agarrado seu antebraço, ele segurou o
olhar furioso do macho.
Fury o soltou, Darkness relaxou. Ele entendia as frustrações do macho e não estava
nem mesmo surpreso por ela. Fury tinha repetidamente tentado fazer com que falasse,
ele apenas não queria compartilhar os detalhes. Isso poderia machucar o macho, a
última coisa que Darkness queria.
— Isso é besteira. Você vai me dizer tudo o que aconteceu quando vocês foram levados
de Mercile e exatamente como nosso irmãos morreram. Tudo o que sei são os
elementos mais básicos. Eles morreram lá e você foi o único que sobreviveu. Havia
uma fêmea humana lá que ajudou a treinar você, mas ela te traiu. Eu quero a
informação que você não vai compartilhar.
— Não me importo.
— É melhor que você nunca as encontre. Você não vai querer saber delas como eu sei,
então você nunca vai saber a perda que senti. Essa é uma coisa boa, seja grato por isso.
— É isso. – Fury rosnou. – Acha que eu não me importo? Nós somos família.
Compartilhe o fardo e tire isso do seu peito, então pode me aceitar como seu irmão.
Essas coisas são como uma parede entre nós e quero que ela caia.
Fury rosnou com raiva, o único aviso que Darkness teve antes que o macho atacasse.
Ele girou a tempo de pegar um punho no queixo. Isso o mandou cambaleando de volta,
a força do soco quase o fazendo cair. Darkness recobrou o equilíbrio e apoiou as
pernas.
— Pare com isso! – Ele gritou.
— Eu vou derrubar essa parede, mesmo que isso signifique que vamos terminar
sangrando, no Centro Médico. – Fury balançou a cabeça e ergueu os punhos, ele lançou
outro soco.
Darkness jogou a cabeça para o lado, quase perdendo um soco direto para sua boca. Ele
jogou um braço para fora e acertou Fury nas costelas, o macho cambaleou e rosnou. Ele
avançou, Darkness recuou.
— Irmãos lutam algumas vezes. – Fury balançou a mão na frente do peito, o chamando
para ir até ele. – Vamos descobrir quem é o mais durão, irmão.
A luta tinha começado. Fury agarrou sua camisa e o acertou nas costelas com o joelho.
Darkness rosnou, mas recuperou a vantagem quando conseguiu pousar um golpe no
queixo do macho. Fury cambaleou para trás, mas Darkness não se retirou daquela vez.
O macho queria lutar e ele estava nisso. Darkness agarrou Fury ao redor dos quadris,
levando os dois para o chão.
Eles rolaram, trocando socos. Ele ouviu alguém se aproximar, mas ignorou a audiência
que eles pareciam ter atraído até que os machos os separaram. A Segurança os havia
cercado rapidamente, ele olhou para Fury, que estava sendo segurado por dois outros
machos.
— Diga-me que isso não te faz se sentir bem. – Fury realmente riu, ele tinha sangue ao
redor da boca.
— Mas a discussão apenas começou. Estarei de volta na próxima noite e todas as noites
depois, até que trabalhemos para fora disso. – Fury avisou.
— Você é louco. – Darkness o acusou.
— Não. – Os machos restringindo Fury o soltaram. – Você poderia ter feito um inferno
de mais danos em mim se quisesse, mas sou seu irmão. Você estava brincando comigo
ou eu teria ossos quebrados. Já vi você lutar.
— Vejo você amanha a noite. Fale ou vamos começar isso novamente. – Fury acenou.
Darkness viu Fury caminhar para longe e ordenou que os machos fossem com ele. O
macho tinha enlouquecido se pensava que iam lutar novamente. O espantou que se
encontrou sorrindo, no entanto. Admirava Fury, ele até mesmo gostava dele. Darkness
se virou para entrar na casa para se banhar.
Kat estava parada na grama próxima ao pátio. Ele podia ver a expressão chocada dela e
dizia que ela estava chateada pelo jeito que abraçou seu corpo. Seu bom humor morreu,
sabendo que ela tinha assistido a luta. Ela se aproximou dele cautelosamente.
Darkness não queria lidar com ela ou com mais perguntas. Ele virou e caminhou em
direção ao lago, ergueu a camisa e limpou o sangue em sua boca e cabeça com o
material. A maioria era das juntas, Fury tinha um ponto. O sangue deles era
compartilhado, mesmo que fosse apenas do lado humano deles.
Sua audição aguçada pegou passos suaves e um caminhar feminino, Darkness diminui
os passos. Kat o tinha seguido, era tentador deixa-la para trás. Ela não teria uma chance
de encontra-lo se ele desaparecesse, mas a curiosidade se ergueu. Ele alcançou uma
área sombreada embaixo de uma árvore e se sentou no chão, olhando para a lagoa. As
luzes se refletiam nela, a água deslizando suavemente pelo vento.
Kat se aproximou, mas Darkness não virou a cabeça. Quando ela o alcançou, ele olhou
uma vez para ela, realmente prestando atenção na aparência dela. A camiseta gigante
que ela vestia devia ser três números maiores do que ela e uma delicada calça de
algodão abraçava as pernas dela, os pés descalços dela o fizeram pestanejar. Eles eram
provavelmente muito macios para caminhar descalça, desde que humanos raramente
não usavam sapatos. Não era da sua conta, a propósito. Kat tinha feito á escolha de
segui-lo dentro da noite.
Um súbito cansaço tomou conta dele. Darkness estava cansado, mas não era o tipo que
o sono poderia curar. Fury estivera certo. Ele tinha carregado um fardo sozinho e o
macho merecia saber a verdade, ele talvez não gostasse das repostas que receberia, isso
talvez até mesmo os fizesse inimigos.
Por que ele iria arriscar isso? Darkness quase desejou que pudesse voltar no tempo e
apenas dizer a verdade a Fury. Então ele saberia com certeza. Não é como se as coisas
pudessem ficar piores, ele era um solitário na ONE. Haviam barreiras mentais que ele
tinha colocado no lugar, talvez fosse hora de derrubá-las, como Fury tinha sugerido.
Kat se sentou embaixo da árvore, próxima ao homem taciturno que ela seguira.
Darkness virou a cabeça, a luz da lua passou o suficiente entre as folhas para que ela
visse a maior parte do rosto dele.
— Oi.
— Fiquei preocupada com você. – Kat deu de ombros, ficando mais confortável. –
Você está bem? Aquilo pareceu muito intenso. Você luta com outros Nova Espécie
com frequência?
— Por causa do que foi feito a você pelo cara que levou você e seus irmãos? – A
simpatia apareceu. Kat realmente odiava Darwin Havings naquele momento e esperava
que ele ferrasse tudo em algum momento e fizesse possível para que as autoridades o
capturassem. Ele nunca veria a liberdade novamente uma vez que o governo colocasse
as mãos nele.
— Sim.
Darkness não era a pessoa mais faladora. Kat olhou ao redor. O parque era abandonado
durante a noite e a água na frente dele parecia linda e os sons suaves foram se
acalmando. Ela olhou para ele.
— Demônios são as coisas mais horríveis para se viver. – Kat deixou aquela
informação afundar.
Darkness ficou em silêncio por alguns minutos e Kat imaginou se ele iria falar, talvez
tivesse sido um erro segui-lo, mas ela apenas não tinha sido capaz de resistir depois da
cena que tinha presenciado.
— Ele estava zangado porque eu não falo quando deveria. – As palavras de Darkness
foram ditas tão suavemente que Kat se esforçou para ouvi-las.
— Sim.
— Isso depende.
Kat esperou que Darkness dissesse algo mais, mas um minuto se passou. Ela
finalmente quebrou o silêncio.
— Do quê?
— Não entendi.
Ela imaginou novamente se ele continuava suspeitando de que ela não era quem dizia
ser.
— Estou fora agora. O que você disser vai permanecer entre nós. Sei que você não
confia em mim, mas você pode. – Ela queria dizer isso.
— Fury quer saber mais sobre o que aconteceu com meus irmãos.
— Na Reserva?
Darkness ficou quieto por alguns minutos.
Cenários ruins encheram a mente de Kat. Havings tinha matado eles? Eles tinham
retornado para as Indústrias Mercile e morrido lá? Alguns tinham morrido quando
foram invadidos pelas agências do governo. Outros tinham morrido durante as
tentativas de resgate nos outros locais. Tinha havido uma explosão ligado a um dos
centros associados com as Indústrias Mercile. Todo mundo tinha morrido, de acordo
com os novos relatórios. A ONE não tinha compartilhado muitas informações com o
público em geral, mas Kat tinha pegado o rumo com as pesquisas. A ONE tinha
tentando acessar os pisos inferiores da companhia, mas eles estavam cobertos de
explosivos; todos abaixo do chão tinham morrido antes que pudessem ser resgatados.
— Eu também. – Darkness olhou para além da água. – Fury queria que eu falasse sobre
eles, mas recusei.
— Por quê?
— Não é uma história feliz para contar, não quero que ele sofra. Ele é um bom macho.
— Desculpe, não queria dizer nada com isso. Apenas não esperava isso.
— Não.
Kat estava tentada a perguntar a ele para quem ele pensava que ela diria, mas se
conteve. Tinha ficado atordoada quando ouviu barulho e saiu para o pátio para ver
Darkness lutando com outro cara. A Segurança havia corrido para a cena e terminado
com aquilo rapidamente, mas ela tinha identificado o oponente dele. Fury North era
uma celebridade da ONE, quase tão popular tão bem conhecido quanto Justice North.
— Ele quer que fiquemos próximos, mas não permito que ninguém se aproxime.
Darkness talvez sofresse de problemas de estresse pós-traumático. Kat apostava que ele
tinha visto muita merda acontecer quando Havings o tinha. Nenhuma delas tinha sido
boa.
A carranca dele era resposta o suficiente. Kat selou os lábios, apenas para não falar que
procurar tratamento poderia ajudar.
Ela discordava. Darkness era um macho alfa e a maioria deles se recusava a admitir que
talvez tivessem questões duradouras e severas até que fosse tarde demais. Claro que
Darkness não era como nenhum que ela já tinha encontrado antes. A infância dele tinha
sido um pesadelo, então ele nunca tivera um tempo fácil nisso.
— Então você concorda em lutar com pessoas que se preocupam com você? Como isso
ajuda?
Muito justo.
— Sim. Eu não teria perguntado se não quisesse. – Kat se aproximou um pouco mais,
mas não o suficiente para tocá-lo.
— Mas Fury não vai deixar isso para lá. Ele vai continuar pressionando até que eu
conte a ele como eles morreram. Não quero que ele me odeie.
— Eu estava lá. – Darkness pausou, puxando poucas respirações. – Ele sabe disso, mas
não de tudo. Foi pedido que eu escrevesse um pequeno relatório, mas não inclui muitos
detalhes.
— Eles não falavam o nosso idioma. – Darkness parecia adivinhar para onde os
pensamentos dela tinham ido. – Eles estavam acampados nas montanhas. Chegamos á
noite. Eu não me senti tão ruim depois da terceira vez. Encontramos os restos de um
menino. Eles tinham mutilado e matado ele. Ele não podia ter mais que doze anos.
Kat piscou as lágrimas de volta, olhando para o lago também. A visão daquelas pobres
crianças deveria ter sido horrível. A urgência de alcançar e curvar os dedos sobre a mão
de Darkness – que continuavam segurando as pernas – a pegou, mas Kat resistiu.
— Essa é uma coisa boa. Algumas vezes isso te mantém aguentando, não importa o
quê.
O silêncio se esticou.
— Uma noite eles nos ordenaram para invadir um acampamento e matar todos. Fomos
para lá, mas eles não tinham homens armados. Havia apenas fêmeas com crianças. – A
voz de Darkness se aprofundou em um rosnado. – Elas ficaram aterrorizadas quando
nos viram.
Seu intestino se retorceu, Kat não queria realmente ouvir mais nada. Ela gostava muito
de Darkness.
— O que aconteceu?
Kat tinha a doentia impressão de que não ia gostar do que aconteceu depois.
— Número Quatro não sentiu dor. Foi muito rápido. – Ele pausou. – Boom!
— Foi quão rapidamente ele morreu quando eles detonaram o colar dele.
— Não levou mais que uma carga para separar a cabeça dele dos ombros.
Jesus. Ela se aproximou, os dedos traçando as costas das mãos de Darkness, tão mais
quentes e largas que as dela. Kat queria confortá-lo.
— Eles nos ordenaram ir novamente para matar a todos no acampamento. Eu olhei para
meus irmãos e vi a mesma emoção nos olhos deles que deveria estar na minha. Nós
recusamos.
As mãos de Darkness se viraram sob as dela e ele enlaçou os longos dedos ao redor dos
pequenos dela, segurando a mão dela. Darkness olhou para longe, olhando a noite
novamente.
— Eles ordenaram novamente que nós matássemos. – Número Dois deu um passo á
frente e disse que iria fazer isso. Os instintos de sobrevivência dele eram fortes, e ele
era muito convencido de que não importava quem morria. Ele apenas queria matar
alguém como vingança. Não importava a ele se eles eram inocentes. Eles eram
humanos, era o suficiente. Eu poderia ver que ele tinha estalado.
Kat não podia culpar o irmão de Darkness, mas estava horrorizada, sabendo que
Darkness tinha sido parte da morte de pessoas inocentes, apesar de ter sido forçado. Era
o pior cenário que nunca tinha esperado que alguém estivesse lá.
Darkness ficou silencioso e Kat o assistiu até que ele olhou para ela e subitamente se
aproximou.
— Você quer saber o porquê você deveria caminhar na direção contrária quando me
ver?
— Você não teve escolha, Darkness. Era uma situação de matar ou ser morto.
— Eu estourei o colar dele com minhas mãos nuas. – A voz dele se tornou um rosnado.
– Não poderia permitir que meu irmão matasse bebês e fêmeas indefesas. Nunca vou
esquecer o olhar nos olhos dele quando fui para frente e percebi o que tinha feito. Eu vi
traição e choque neles. – Darkness soltou a mão dela. – Eu não hesitei. Sabia que eles
iriam me matar antes que pudesse tirar se meus reflexos não fossem mais rápido que
dos humanos com o controle para meu colar.
Kat piscou as lágrimas de volta, seu peito se apertando com a emoção que ameaçava
sufoca-la. Queria dizer a ele que tinha feito á coisa certa, mas estava com medo de que
começasse a chorar se fizesse isso; levou tudo o que ela tinha para não se rasgar. Isso
quebrou o coração dela e fez Kat respeitá-lo ainda mais.
Kat ficou de joelhos, então de pé. Ela tremia toda, emocionalmente exausta.
— Você fez a coisa certa e acho que ele entenderia – Ela finalmente deixou sair. – Por
que eles permitiram que você vivesse?
— Você pegou isso. Eu sabia que eles eram espertos. Era um teste. – O tom de
Darkness saiu rouco. – Eles precisavam descobrir se iríamos seguir ordens ou morrer
primeiro. Eles não contavam com o fato de que eu estava preparado para matar meu
próprio irmão para salvar os outros. O teste foi considerado uma falha e fui mandado de
volta para Mercile para o mesmo destino que os outros Espécies, mas tive que sofrer
com a culpa do que tinha feito.
— Uma falha em que tipo de teste? – Isto era pior que cruel.
— Para ver se eles poderiam nos tornar assassinos sem mente para manter sobre o
controle deles. Isso não funcionou. Eles acreditavam que não tínhamos alma, mas
estavam errados.
— O passado não pode ser mudado. – Ele deu de ombros e virou a cabeça, não olhando
para ela, apenas olhando para a noite, seu rosto de perfil. – Vou te levar de volta para
seu chalé para ter certeza que você não se meta em problemas. Sabe que não está
permitida a andar por Homelando sem uma escolta. Vamos.
— De volta para seu chalé, Kat. – Ele virou para olhar pra ela. – Nunca mais me siga
ou pode me pegar em um momento quando não estou me sentindo muito falador. Não
quero que você se machuque se eu estiver na defensiva. Foi isso que causou a briga que
você viu.
— Você estaria errada. – Darkness correu os dedos pelos cabelos antes de empunhar as
mãos nos lados do corpo.
Kat poderia sentir o perigo, estava presente no ar quase como se fosse um cheiro ou
uma sensação, quase tangível. Ela se recusou a recuar, entretanto. Era provavelmente
estúpido, mas ela confiava nele com a vida dela. Darkness era torturado pelo passado,
mas era um bom homem.
A notícia deveria tê-la surpreendido mais, mas Kat relembrou a vibração que tivera
quando ele a interrogou e o que tinha dito depois da aula dela.
— Eu quero tanto você que algumas vezes tenho que lutar comigo mesmo para não te
pegar. – Darkness respirou profundamente e deixou isso sair vagarosamente.
O coração de Kat deu um pulo, ela estava atraída por ele, mas notou que ele tinha
mudado de assunto. Parte dela queria pressionar por uma resposta sobre a mulher, mas
estava com medo que ele a mandasse embora novamente.
— Vamos falar de sexo, certo? – Queria saber se eles estavam na mesma página.
— Eu não sou material para companheiro. – O olhar de Darkness baixou pelo corpo de
Kat, antes de se erguer para segurar o olhar curioso dela.
— Alguns do meu tipo escolheram humanas como companheiras. Eles não são tão
atormentados por dentro como eu sou. Eles se ajustaram melhor para a liberdade e
podem prover aquelas fêmeas com emoções positivas e delicadeza. Eu não posso,
contudo. Sou inquieto e não posso ter uma relação estável também. Não tenho um
coração, eu não me comprometo.
— Quer dizer que você dorme com outras mulheres. – O ar congelou dentro dos
pulmões de Kat antes que o ciúme passasse.
Darkness era quente. Kat discordava completamente das fêmeas Nova Espécie se elas
realmente pensavam isso dele.
— Eu não fico em um lugar por muito tempo. Me transfiro entre Homeland e a Reserva
com frequência. Vou visitar a Zona Selvagem por dias ou semanas algumas vezes sem
me preocupar de ficar dentro das cabanas colocadas lá. Eu gosto de dormir lá fora. As
companheiras precisam de um macho em tempo integral que sempre esteja lá para
protegê-las. Isso nunca acontecera comigo.
— Eu sou tipo muito boa para cuidar de mim mesma e não estou procurando por uma
relação longa também. Sou casada com meu trabalho, viajo muito também.
— Eu sou.
— Elas querem mais do que apenas compartilhar sexo com um macho.
— Você é um expert nelas? – Kat riu, divertida. – Se sim, aqui vai uma lição. Não
somos todas iguais.
Kat deu mais um passo para perto, tendo que erguer o queixo para continuar olhando
nos olhos dele, e sabia que estava brincando com fogo. Ele foi contundente. Kat o
queria, no entanto, e tinha querido desde que tinham se encontrado pela primeira vez.
Não havia tempo que ela podia se lembrar de estar tão atraída por um homem.
— Okay. Eu quero você, Darknees. Não estou procurando por um anel de casamento
ou um compromisso para a vida toda. Sou péssima com toda essa merda de
relacionamento, tentei e falhei nisso miseravelmente. Os homens tendem a se ressentir
do meu trabalho e sou independente depois disso. Eles também ficam irritados quando
sabem que poderia derrubá-los em uma luta.
— Você não me assusta. – Kat baixou o olhar para os poderosos braços de Darkness e
o corpo bem construindo, concordando. Ela ergueu a mão e a colocou no antebraço
dele. A pele de Darkness era quente ao toque, apenas como ele.
Darkness baixou a cabeça enquanto olhava para o rosto de Kat. Ela desejou poder ver
melhor os lindos olhos dele na noite escura. O cheiro da colônia masculina de
Darkness, ou seja lá o que cheirava tão bem, alcançou seu nariz. A urgência de se
aproximar se tornou mais forte.
— Na sua. As patrulhas estarão aqui logo. – Ele segurou o olhar dela. – Ou vou ter que
pegar você de pé.
Sexy. Kat totalmente podia fazer isso com ele na grama, mas não ia admitir aquilo.
— Vamos.
— Eu vou com algumas condições, Kat. – Ele se afastou e as mãos dele se foram.
— Você vai fazer o que eu disser quando se trata de sexo. – Darkness hesitou.
— Não foi isso que quis dizer. Vou prender suas mãos na cabeceira, então você não
pode me tocar. Vai concordar com isso?
— Por quê?
Tudo o que eles compartilharam naquela sala de interrogatório passou pela mente de
Kat.
— Quer repetir o que aconteceu entre nós antes, mas dessa vez você planeja terminar o
que começou?
— Não minta para mim nesse momento. Tudo o que sair da sua boca será a verdade
quando eu tiver você nua ou não diga nada.
O intenso olhar dele a lembrava o porquê ela estava realmente lá. Aquilo realmente
diminuiu sua vontade.
— Por que você quer me levar para a cama se acha que vou mentir pra você? É isso
que você está implicando.
— Isso é apenas sobre sexo. A confiança é conquistada, mas somos estranhos. Vou
fazer disso uma condição, Kat. Sem mentiras entre nós quando estivermos nus. Minta
para mim em qualquer outro momento e não vou levar isso para o lado pessoal, você
nunca vai querer que eu me sinta traído por você. Entende? Isso seria perigoso.
Kat entendia e isso a assustou. Darkness tinha deixado claro que suspeitava que ela
estava em Homeland por outras razões que ensinar aulas. Isso estava lá entre eles, mais
largos que a vida.
— Também, isso vai ficar apenas entre você e eu. Ninguém vai saber o que acontece
entre nós sexualmente. Você concorda?
Era uma barganha que esperava não se arrepender. Darkness tinha dado a ela a opção
de não falar nada se algo que ele perguntasse cruzasse a linha onde ela teria que mentir.
Kat apreciava isso, mas o silêncio ia falar mais do que apenas cuspir a verdade. Era
estúpido segui-lo de volta ao seu chalé, mas ela o queria o suficiente para arriscar isso.
Mesmo que significasse colocar sua carreira na linha.
Capítulo Sete
— Entre e lave esse perfume. – Darkness ordenou no momento em que entraram no
quintal dela.
— Esqueci o que você disse sobre isso irritar seu nariz. Quer se juntar a mim no
chuveiro? – Kat olhou para as mãos dele e rosto. – Você ainda tem sangue em você.
— Vou tomar banho na próxima porta e vou voltar em quinze minutos. Não se
incomode em colocar nada, apenas uma toalha. Deixe a porta de correr destrancada.
Ele esperava que ela protestasse. Kat era uma mulher de temperamento forte, mas
apenas acenou rapidamente.
A tela mostrou que Kat estava sentada na cama, ela não parecia se erguer para tomar
banho e ele imaginou se ela tinha mudado de ideia. Darkness bloqueou a vigilância,
então ninguém ia poder ver as câmeras que vigiavam todos os movimentos de Kat. Ele
preferia prevenir do que remediar. Se ergueu e entrou no banheiro, arrancando as
roupas.
Quando o sangue foi lavado, Darkness viu que a luta com Fury tinha deixado alguns
hematomas, havia alguns cortes pequenos nas mãos. Ele pôs um par de pijamas de
seda, entrou no quarto e se sentou na cama. Kat não estava na tela, ele mudou a
localização da vigilância até que a achou no banheiro.
Ela tinha lavado o cabelo, o corpo e tinha uma toalha ao redor de si mesma. As mãos
dela se ergueram e Kat permaneceu de pé na frente do espelho, olhando para seu
reflexo. Os lábios dela se moveram e Darkness ativou o som. Ela tinha algum tipo de
aparelho de escuta que eles não tinham encontrado para falar com quem quer que seja
que ela trabalhava? Isto o enfureceria, desde que tinha proposto não invadir a
privacidade dela naquele cômodo até agora.
— Tudo bem. – Kat sussurrou. – Você quer ele, ele quer você. O que é o pior que pode
acontecer? – Ela se endireitou e fechou os olhos, puxando algumas respirações. – Vou
lamentar isso, se eu amarelar. – Os olhos de Kat se abriram e ela olhou para frente
novamente, pegando seu reflexo. – Eu não sou um frango. Isso vai ser legal, ele não vai
me machucar.
Darkness estudou as orelhas dela, procurando por dispositivos de escuta, mas não viu
nenhum. Com quem ela está falando? Ele não podia ouvir ninguém mais.
— Okay, é o suficiente de conversa vital antes que ele apareça e me ouça falando
comigo mesma.
Darkness fechou o laptop e se e levantou. Uma viagem rápida até o banheiro garantiu a
ele o que queria e então saiu pela porta dos fundos, rapidamente escaneando a área para
ter certeza que ninguém o viu cruzando o jardim de Kat. Estava limpo de patrulhas,
então entrou na casa de Kat pela porta lateral, fechando e trancando atrás dele. Ele até
mesmo fechou a persiana sobre o vidro.
Kat se virou quando Darkness entrou no quarto, a expressão no rosto dela se acalmou e
ela tentou esconder o medo. O pequeno tremor nas mãos dela enquanto elas alcançaram
para retirar a toalha deu a ele o caminho das verdadeiras emoções dela. Kat notou as
mãos dele segurando a caixa de preservativos, as sobrancelhas dela se ergueram.
— Nós.
— Não tenho nenhuma doença e tudo o que vi e ouvi disseram que vocês são imunes a
doenças sexualmente transmissíveis. – Kat segurou seu olhar. – O que é essa besteira?
— Você quer que todos os Espécie na sua aula amanhã saibam que eu te fodi? Eles
vão, a menos que eu use isso. Não é minha preferência. Nosso senso de cheiro é tão
bom quanto eu disse que era. Você tem que se enfiar em um longo banho para ter
certeza que qualquer cheiro meu foi embora. Você está disposta a arriscar isso ou vai
preferir ser precavida? – Darkness olhou para a caixa e então para Kat. – Como eu
disse, quero que isso fique apenas entre nós.
— Eu entendo. – Kat respirou fundo.
— Eu procurei em sua mala antes que fosse entregue. Como você está indo sem seus
cigarros?
Darkness se virou, encontrando-as. Ele testou a força delas e ficou feliz com os
resultados, ele se aproximou da cabeceira.
Kat engoliu com força, mas permitiu que a toalha caísse no chão. Darkness podia ver a
cautela nela e manteve o olhar travado nela, então Kat não se sentiria desconfortável
estando completamente nua diante dele. Ele apenas olhou para o corpo dela quando Kat
deitou de costas na cama, erguendo os braços até que os dedos se curvassem ao redor
da madeira da cabeceira. Ela as agarrou um pouco apertado, novamente mostrando que
sua bravata era tensa.
— Calma. – Darkness se sentou no topo da cama, dando a ela as costas para ajuda-la a
se acalmar. – Não vou te machucar. Você terá um pouco de movimento do jeito que
coloco suas mãos na cabeceira.
— Certo. – Kat fechou os olhos. – Eu deveria confiar em você, mas você não confia em
mim.
— Vejo seu ponto, mas esses são meus termos. – Ele não estava sendo justo.
Kat tinha pulsos delicados. Darkness prendeu a meia-calça ao redor deles e atou o
material sedoso, então ele não iria apertar se ela lutasse. Ele manteve os braços dela
fechados juntos e os segurou na mesma barra.
A cabeceira era feita solidamente e Kat não seria forte o suficiente para se libertar.
Darkness se ergueu e alcançou os botões do seu pijama, Kat abriu os olhos e olhou para
ele. Darkness viu um pouco de medo no olhar dela, isso o fez pausar.
— Você vai gostar disso. – Ele decidiu esperar até mais tarde para se despir da calça.
Kat já estava desconfiada e ele tinha ouvido machos compartilhando que algumas
fêmeas eram intimidadas pelo tamanho dos seus paus. A última coisa que queria era
que Kat mudasse de ideia. – Relaxe.
— Mais fácil dizer do que fazer. – Kat murmurou, ela clareou a garganta e engoliu com
força. – Okay, o que mais Sr. Controle?
Darkness gostava do espírito de Kat. Ela estava um pouco assustada, mas se recusava a
dar isso a ele. Rodeou a cama, estudando-a. Kat era linda. O corpo dela estava em
forma, mas não era excessivamente musculoso; era muito menor que o de uma fêmea
Espécie, com mais ossos frágeis. A pele pálida dela provavelmente iria marcar
facilmente se ele não a tocasse com cuidado. Darkness usou os joelhos para apoiar o
peso na cama e se aproximou.
— Apenas assim, hum? – O rosnado baixo foi um aviso. – Okay, isso é tipo, muito
sexy.
— Dê-me alguns minutos e talvez me ouça rosnar. Você não se assusta com facilidade,
certo?
— Depende se você está com raiva ou não.
Darkness permitiu a ela ver algumas emoções em seu rosto, ele estava faminto, ele a
queria muito.
— Vou fazer sons porque sou um Espécie. Está preparada por isso?
Darkness quis gemer quando Kat molhou os lábios com a língua rosa. Ela afundou os
dentes superiores no lábio inferior depois.
— Vai ser tudo sobre prazer. Separe suas pernas bem afastadas e dobre-as para cima.
Dê-me acesso a você.
Kat hesitou apenas um segundo antes de seguir as ordens dele, ela parecia apelativa
como o inferno com a boceta exposta e naquela posição. Darkness deslizou no
estômago enquanto vinha para baixo na cama e escorregou os braços próximo aos
quadris dela, inclinou-se nos cotovelos e fechou as mãos no topo das pernas de Kat. Ele
a prendeu aberta, deixando o rosto centímetros longe da visão da doce, nua e macia
pele rosa. Kat não tinha cabelo ali.
— Dói como um filho da puta. Geralmente faço isso antes de sair de férias durante o
verão.
Aquilo provocou curiosidade, mas Darkness sufocou aquilo. Seu pau teimoso não
queria interrogar Kat naquele momento. Ele inclinou a cabeça, mais interessado no
sexo dela do que na conversa. Darkness tinha sentido saudades em estudar um fêmea...
E o gosto de uma. Kat era bonita de todo jeito. Ele molhou os lábios e abriu a boca,
consciente de suas presas; imaginou se Kat se lembraria delas. Ele a lembraria logo.
O aperto em seu peito e o formigamento e sua garganta avisaram a Darkness para
emudecer suas reações a Kat. Ele não iria ronronar. Talvez isso a alarmasse antes que
estivesse muito distraída para notar, lutou contra a urgência e ganhou.
— Estou tentando. Tem sido um longo tempo desde que tive alguém perto e
pessoalmente embaixo que não estivesse vestindo um jaleco. Isso foi no meu último
checkup alguns meses atrás.
— Quanto tempo faz que você não tem sexo? – Aquilo pegara o interesse de Darkness.
Darkness correu a ponta da língua sobre o rosado e carnudo pedaço de nervos, Kat
sugou o ar em uma respiração afiada e ele repetiu o processo, indo para ele vagarosa e
delicadamente. Ele precisava manter o controle ou os dois estariam com problemas,
tinha sido há anos que tinha se permitido o prazer do sexo. Darkness empurrou aqueles
pensamentos para longe, não querendo que o passado arruinasse o presente.
As pernas de Kat se tencionaram no seu aperto e ele a agarrou com mais firmeza. O
cheiro dela começava a mudar enquanto ele usava a ponta da língua para brincar com o
sexo dela, o cheiro suave do desejo e o aroma era um droga estimulante para ele. Kat
tentou se mexer no aperto de Darkness e os gemidos suaves dela aumentaram. A
cabeceira rangeu, mas ele não olhou para cima, tendo certeza que Kat não poderia se
libertar, mesmo que tentasse.
Darkness aplicou mais pressão, queria muito estar dentro dela para esperar. Ele teve
que ajustar os quadris para retirar o peso do seu pênis inchado, não poderia ficar mais
duro do que já estava. Ele rosnou, usando as vibrações para aumentar o prazer de Kat
enquanto pressionava a boca aberta contra o clitóris dela.
Kat pulou no seu aperto e gritou o nome dele. Darkness sugou o pequeno botão
novamente, gentilmente soltou Kat e ergueu a cabeça o suficiente para olhar para a
boceta dela. Estava encharcada, molhada e pronta para leva-lo. Darkness ergueu o
queixo e olhou para cima, a cabeça de Kat estava jogada para trás, sua boca aberta. Os
músculos dela começaram a relaxar, incluindo as pernas, continuavam presas por ele.
As deixou ir se sentou.
— Desculpe. – Kat abriu os olhos, a respiração vindo em rápidos arquejos.
— Gozei muito rápido, eu deveria estar embaraçada? – Ela sorriu, no entanto, um olhar
provocativo nos olhos. – Ou você está orgulhoso que é tão bom assim?
— Isso foi apenas um esquenta, preciso de você realmente molhada. – Darkness ficou
de joelhos, usou os polegares para arrancar os botões do pijama e o deixou cair, ele viu
o rosto de Kat enquanto revelava o pênis. A expressão dela congelou, levou alguns
segundos para reagir. Os lábios dela se abriram e Darkness podia ver a surpresa dela.
— Eu vou caber. – Ele retirou uma das camisinhas do rolo e jogou o resto dela perto do
topo da cama. Kat já não parecia tão certa ou corajosa, isso o divertiu. – Eu vou
devagar, você é durona. Eu prometi não te machucar.
— Não acho que essa seja uma opção. Você é super proporcional, isso é certo. Eu
aposto que aqueles pés grandes do seu tipo deveriam ser uma pista. Você tem
permissão para carregar isso?
— Eu pensei sobre virar você e não permitir que me visse. – Darkness riu, entendendo
a piada. Ele olhou para baixo e desenrolou a camisinha cuidadosamente, teve um
flashback do passado, mas rapidamente olhou para o rosto de Kat. Ela estava lá, não á
outra mulher que sempre o fazia usar camisinha. Darkness se focou nas pernas
separadas de Kat, ela tinha colocado o pé na cama, mas se mantinha aberta para ele. –
Eu serei gentil.
— É melhor que seja. – Kat mordeu o lábio inferior, estudando seu pênis.
Darkness teve que tomar uma decisão e escolheu deixar Kat de costas para ele, isso iria
colocar menos peso no pequeno corpo dela e ele poderia controlar melhor sua entrada
nela. Ele se abaixou e agarrou as panturrilhas dela, erguendo-a e girando-a antes que
Kat pudesse protestar. Darkness soltou as pernas dela.
— Deveria apenas ter me dito para ficar em meu estômago primeiro. – Kat arfou.
— Pensei que tivesse dito. – Darkness gargalhou novamente, divertido. – Disse que
queria deixar você me ver primeiro, entretanto. Você me viu.
Kat deslizou um pouco mais para perto da cabeceira e a agarrou com as mãos. A meia-
calça permitia aquele movimento, mas mantinha os pulsos dela separados. Kat olhou
por cima do ombro, incerteza passou pelo rosto dela por um segundo. Ele pegou a
emoção.
Darkness se aproximou e teve que colocar as pernas do lado de fora das dela. Kat era
menor e ele precisou separar as pernas para colocar seus quadris no mesmo nível. Kat
colocou o rosto para frente e enrijeceu, seus ombros se erguendo enquanto ela parecia
dar um aperto de morte na cabeceira. Estava claro que ela esperava um tratamento rude,
mas Darkness iria desapontá-la.
Ele se inclinou até que o peito descansou suavemente contra a espinha de Kat, ele
agarrou o topo de cabeceira ao lado de uma das mãos de Kat. Era uma lembrança da
diferença de tamanho deles. Darkness queria entrar nela, mas usou a outra mão para
alcançar entre as pernas separadas de Kat e brincar com o clitóris dela com os dedos.
Ela estava encharcada e se empurrou sob ele, provavelmente ainda um pouco sensível.
Darkness suavizou o toque, desenhando pequenos círculos. A postura de Kat relaxou e
ela abaixou a cabeça para descansar contra seus braços estendidos, a bunda dela
empinou e chamou a atenção de Darkness. Ela tinha uma bela bunda e isso fez seu
pênis se contrair. A latejante sensação de ter todo o sangue agrupado lá não era indolor,
mas ele dera sua palavra a Kat. Tinha sido um longo tempo e ele poderia esperar um
pouco mais para ter certeza que ela estaria querendo ele dentro dela tanto quanto ele
queria estar.
Suaves gemidos vieram dela e Kat se moveu sob ele, balançando ligeiramente.
Darkness soltou a cabeceira e se endireitou, ele continuou brincando com o clitóris
dela, no entanto, não aliviando. Ele agarrou o eixo e odiou o jeito que tremia
ligeiramente enquanto ia um pouco para trás e pressionou a cabeça do seu pau inchado
contra a entrada da boceta de Kat. Darkness baixou o olhar, olhando para baixo. Ela
parecia pequena e ele travou o maxilar, aplicou um pouco de pressão e foi devagar para
frente.
Não era um pedido para que ele parasse, então foi mais para frente. O desejo de entrar
no calor dela com todo o corpo era forte, isso seria muito bom, mas ele resistiu a
urgência. Darkness assistiu ela o tomando, a visão da cabeça do seu pau coberta pela
camisinha desaparecendo dentro da boceta de Kat o fez querer ronronar, combinado
com o calor e o ajuste apertado. Ela se sentia ótima. Ele tinha esquecido quão bom o
sexo era.
Darkness entrou profundamente e soltou o pau, não podia assistir mais. O sentimento
de estar dentro de Kat era muito bom e com a estimulação visual era quase demais para
aguentar. Ele olhou para frente novamente e agarrou cegamente a cabeceira, se
inclinando sob Kat, deixando-a debaixo dele.
Darkness balançou os quadris, indo mais profundamente dentro de Kat com cada
investida. Kat gemeu alto e disse o nome dele, seu controle começou a escorregar.
Darkness se moveu um pouco mais rápido, mas tendo certeza de ser gentil. Seu peito
vibrou e a garganta formigou, ele fez outra escolha. Permitiu que os lábios se
separassem e deixou os sons saírem, preferindo se focar em suas outras reações físicas.
Gentil. Ele repetiu a palavra de novo e de novo na cabeça.
Kat virou um pouco a cabeça e mordeu o braço, isso diminuiu um pouco os sons que
estava fazendo. Darkness estava dentro dela e continuava tocando seu clitóris, o prazer
era muito e seus músculos vaginais se apertaram com cada estocada dos quadris dele.
Darkness se movia mais rápido e isso aumentou consideravelmente o nível de êxtase, o
ronronar profundo próximo à orelha dela era um barulho de fundo e Kat sabia que tinha
vindo dele. Era sexy, uma adição à experiência.
Kat tentou se mover contra Darkness, indo para trás quando ele se lançava para frente,
mas o braço ao redor dos seus quadris se apertaram enquanto ele dedilhava seu clitóris
com mais pressão. Darkness a fodeu mais rápido, o clímax explodiu. Kat perdeu a
habilidade de pensar e nem mesmo se importou, o prazer bateu tão forte contra seu
cérebro e ela imaginou se realmente iria sobreviver, não pôde respirar de primeira.
O estímulo ao clitóris dela parou e Darkness enganchou sua cintura com um braço
musculoso, ele quase a ergueu fora dos joelhos e mais do peso dele pressionou para
baixo contra as costas dela. Respiração quente atingiu seu ombro e ele rosnou o nome
dela.
A cama rangeu alto enquanto Darkness se sacudia pela força com que gozou, Kat podia
senti-lo dentro dela, como se o pênis dele tivesse um pulso. Os impulsos dele se
desaceleraram até que Darkness descansou, enterrado profundamente, então eles
estavam completamente conectados. Um pouco do peso dele se aliviou das costas dela.
Os dois estavam suando enquanto se recuperavam e os sons ronronantes tinham parado.
Kat abriu os olhos e ergueu a cabeça para olhar para o braço, ela podia ver as marcas
dos seus próprios dentes marcando os bíceps, seus dedos estalaram quando ela soltou a
cabeceira.
Darkness saiu suavemente dela e Kat odiou a perda, temia que ele fosse apenas sair
dela e descer da cama. Darkness não fez isso, entretanto. Ele se manteve perto, as
pernas prendendo as dela entre as dele, o braço ao redor dos quadris dela permaneceu.
— Estou ótima. – Kat tremeu pelo tom rouco e profundo da voz dele. Ela mordeu o
lábio e virou a cabeça para olhar para ele.
— O quê?
Ele olhou para longe e clareou a garganta, o elogio quase parecendo embaraçá-lo.
— Os seus também.
— Eu ronrono. – A boca dele se mudou para uma linha fina. – Avisei você de que faço
sons que um humano não faz.
— Eles mudam! – Kat estudou os olhos de Darkness novamente. A cor estava mais
escura, os pontos amarelos tinham ido.
— O quê?
— A cor dos seus olhos. Eu permaneci pensando se tinha imaginado ou era apenas a
luz.
— Não, eu não terminei com você ainda. Disse a você que era um esquenta.
— Gosto de bundas firmes e você tem uma das melhores que já vi. – Kat riu.
Darkness hesitou, levantou a cabeça e baixou o queixo, ele olhou para baixo e de volta
para ela.
— E sobre a frente?
— Você tem que ter licença para portar uma arma. – Ela piscou. – Não tenho
reclamações, exceto que adoraria te tocar. – Kat apreciou abertamente o abdômen dele.
– Você não tem ideia do quanto quero traçar esses músculos com a ponta dos dedos.
Você quase está implorando por isso.
— Solte-me.
A piada dela não surtiu efeito quando Darkness nem mesmo tentou sorrir.
— É muito pessoal.
— E isso não é? Estamos nus e tão perto quanto duas pessoas podem ficar.
Darkness se ajustou um pouco mais para descansar no lado contra ela, uma mão se
abriu no estômago dela e deslizou até que cobriu a boceta dela. Ele brincou com o
clitóris com um lado do dedo.
Ficou difícil argumentar quando ele abaixou a cabeça e a boca se abriu no mamilo de
Kat. Darkness correu a língua ao redor da ponta e então os fechou sobre o bico, ele
sugou e Kat arfou, não esperando o choque de prazer.
— Isso não é justo. – Kat arqueou as costas para dar a ele mais acesso aos seios.
— Eu nunca disse que seria. – Darkness capturou o outro mamilo e o sugou, os dedos
acariciando o clitóris, circulando.
— Isso é muito bom. – Kat fechou os olhos e separou as pernas para dar melhor acesso
a ele.
Darkness sugou forte os seios dela, Kat pensou que doeria, mas ao invés disso, parecia
que estavam conectados à área sensível do seu clitóris. Era como se os nervos
terminassem no mesmo lugar. Ela gemeu e tentou se virar para ele, Darkness não
permitiu entretanto, colocando uma das pernas entre as dela para mantê-la no lugar.
Kat se contorcia na cama enquanto Darkness continuava a usar a boca e os dedos para
provoca-la. Suor brotou ao longo do corpo dela porque ele aliviava a pressão no clitóris
toda vez que ela se tencionava, pronta para gozar. Kat puxou as restrições, mas elas
aguentaram; ela queria correr as mãos pela pele dele.
Darkness ergueu a cabeça, soltando os seios dela. Os pontos amarelos estavam de volta
aos olhos dele e então era o olhar faminto que ela amava. Ele era um homem lindo
quando a tinha deixado ligada. Kat olhou para baixo do corpo dele. Darkness tinha
enfiado o pênis entre as pernas, mas não havia dúvidas de que estava duro novamente.
— Me deixa ir. – Ela pediu.
Darkness alcançou atrás dele, pegou a camisinha e usou os dentes para rasgar um dos
pacotes do rolo. Ele os largou atrás das costas e agarrou o topo do pacote, as presas
aparecendo, a coisa abriu com um puxão de cabeça e Darkness mudou os quadris para
longe dela. Ele separou as pernas e o pênis pulou livre, Darkness rolou a camisinha e
voltou para cima dela. Kat separou as pernas para acomodá-lo.
Ele entrou vagarosamente nela e Kat gemeu. Darkness se sentiu muito bem. Kat passou
as pernas ao redor dos quadris dele, abraçando-o perto desde que era o único jeito que
ele tinha permitido a ela segurá-lo.
Darkness inclinou os braços próximos aos dela e encostou o nariz no rosto dela. Kat
virou o rosto para dar mais acesso ao pescoço e ele a mordeu. A mordida afiada não
rompeu a pele – a sensação era muito boa. Kat enrolou as pernas ao redor dele e se
contorceu, pedindo a ele para se mover.
Kat queria perguntar porque ele pensava isso, o que significava, mas Darkness entrou
nela. Ela gritou. Ele pausou, profundamente enfiado dentro dela.
— Muito duro?
Darkness rosnou baixo e beijou o pescoço de Kat. Ele quase saiu do corpo dela e então
se lançou para frente. Isso colocou a bunda dela contra a cama, mas não havia dor.
Apenas prazer. Ninguém nunca tinha tomado Kat daquela forma. Ela gemeu e pegou os
ombros de Darkness com os dentes, mordendo-o.
O rosnado não a assustou e Kat lambeu a pele dele. Darkness tinha um gosto bom,
ligeiramente salgado e todo homem. Ele se moveu mais rápido, um pouco rude, e
beliscou o ombro dela novamente. Kat gemeu, erguendo as pernas um pouco mais alto
para dar mais espaço para movimento dos quadris. Darkness rolou os quadris um
pouco, entrando nela por um novo ângulo.
Kat gritou e ele a estocou mais duro, batendo naquele ponto de novo e de novo. Ela
agarrou as restrições de nylon e fechou os olhos, o prazer continuava batendo nela
enquanto a cabeceira batia na parede. Kat sabia como era sentir cento e vinte quilos de
um desencadeado e cru macho e isto era maravilhoso.
Capítulo Oito
Kat puxou a longa camisa de mangas compridas para cobrir as marcas em seus pulsos
da noite anterior, elas eram suaves, mas ainda visíveis. A pele não tinha realmente
marcado, mas estava um pouco irritada pelo nylon. Ela não queria ninguém
perguntando sobre a ligeira vermelhidão.
O segundo dia de aulas tinha sido melhor depois que tinha mostrado a todos o truque da
bolsa. Eles tinham aprendido sobre outros jeitos criminais de esconder itens para passar
por checagem de segurança. Não houve nenhum sinal de Darkness.
— Olá. – Um homem alto com olhos de gato se aproximou, ele tinha cabelos castanhos
claros e suaves olhos castanhos.
Kat tentou esconder a surpresa e demorou alguns segundos para responder. Sunshine a
tinha advertido que alguns homens se aproximariam dela e sabia que Novas Espécies
apenas diziam as coisas do jeito que eram. Ela teria considerado dar um tampa em um
cara normal por ser bruto, mas rejeitou aquela reação. Tinha encorajado todos a fazer
perguntas, de qualquer modo. Seu senso de humor se desencadeou.
— Tenho certeza que você daria, mas não obrigada. – Ele era um cara bonito, mas
havia apenas um homem em quem ela estava interessada.
Assustada, Kat virou a cabeça para encontrar Darkness parado a poucos passos dela.
— Vim pela porta dos fundos e fiquei nas sombras para observar suas lições. Você fez
um bom trabalho.
Era ligeiramente irritante como aquilo gerou um calor agradável. Kat não precisava da
aprovação dele, mas gostou.
Ferida. Kat não ia admitir um pouco de sensibilidade em algumas poucas áreas do seu
corpo.
— Bem.
As imagens passaram pela mente de Kat. Eles tinham feito sexo uma segunda vez e
então Darkness a tinha libertado. Ele entrara no banheiro dela para remover a
camisinha, mas ela ouviu a água correndo. Darkness ficara lá por alguns minutos, a
curiosidade a tinha levado a segui-lo. Ele estava parado ao lado do chuveiro com as
mãos dentro da água correndo e tinha olhado para ela.
— Isso é para você. A temperatura deve estar perfeita. – Darkness se endireitou. – Boa
noite, Kat.
Darkness tinha ido embora, levando o lixo do banheiro com ele. kat tinha relaxado no
chuveiro por um tempo e quando saiu, todo os traços de Darkness haviam sido
removidos. Ele tinha levando as camisinhas com ele, todas as embalagens vazias e até
mesmo tinha colocado a meia-calça de volta na gaveta.
— Você não respondeu. – Darkness chamou a atenção dela de volta para o presente. –
O banho ajudou?
— Meus pulsos estão ligeiramente irritados pelo nylon. – Kat hesitou. – Não é nada
grave, eu apenas não quero arriscar que alguém faça suposições ou tenha perguntas
sobre as marcas.
— Vou voltar com algo que não vai marcar sua pele. Você pode dizer apenas que elas
eram de quando você chegou a Homeland. Todo mundo sabe que você foi levada para
interrogatório.
— Estou de serviço.
— Oh.
— Talvez eu pare tarde, mas não tenho certeza se serei capaz disso. Você se importa?
— Não.
— Eu saio às onze. – Darkness baixou o olhar para á frente da camisa de Kat, seu foco
obviamente nos seios. – Preciso ir.
Kat assistiu ele cruzar o cômodo e parar para conversar com alguns homens, uma
mulher se aproximou dele e Kat odiou a sensação espinhosa que se ergueu. Ciúmes era
uma emoção que ela não gostava, mas estava lá. A mulher era bonita e sorriu para
Darkness, até mesmo se aproximando para correr os dedos ao longo do centro da
camisa dele. Darkness não recuou ou pareceu ligar.
Kat olhou para longe. Ele não iria deixa-la fazer isso com ele. Darkness teria bloqueado
as mãos dela se ela se aproximasse tanto. Ela não pôde se impedir de olhar de volta
para ele, á urgência era muito forte. Darkness continuava lá e agora a mulher falando
com ele tinha ficado mais perto, apenas alguns centímetros longe. Ela se aproximou
novamente e deixou a mão sobre o braço dele, acariciando. Darkness não reagiu de
forma nenhuma, apenas ficou lá permitindo que ela o tocasse.
— Babaca. – Kat murmurou, enfiando os objetos de plástico e o saco de gel que tinha
usado na demonstração de volta na bolsa.
Kat neutralizou as feições e forçou um sorriso, ela se recusou a olhar para Darkness.
Iria apenas enfurecê-la se aquela mulher ainda estivesse tocando ele.
— Eles podem sim. É horrível que você tenha que lidar com a maior parte do pior da
humanidade.
— Vá em frente.
— Você sabe o que aconteceu quando vim para Homeland. Quando fui levada sob
custódia eles prenderam minhas mãos na frente ao invés de atrás das costas. Uma
procura nas cavidades também não foi realizada. Isso é normal?
— Eu vejo onde você está indo com isso. – Sunshine sorriu. – Eu prestei muita atenção
em tudo o que você disse. Nós usualmente fazemos uma procura cuidadosa, mas
estávamos fora do jogo naquele dia. Esse é o jeito certo de dizer isso? Rusty estava
abalada, nós não costumamos ter fêmeas em custódia. Os machos não iriam cometer
esse erro.
— Okay.
— Eu posso ver se eles vão permitir você em um tour pela Segurança e ver os
procedimentos, se você quiser. Você pode encontrar um jeito de melhorá-los.
— Eu gostaria disso.
— Vou perguntar. Não vejo porque eles não iriam permitir isso, iria beneficiar a todos
nós. Temos a força-tarefa humana, mas eles geralmente checam os humanos antes que
os tragam pra nós. O líder do time teria gritado muito com Rusty se ele tivesse sabido
que ela deixou você sozinha e não seguiu os procedimentos ao pé da letra. - A voz de
Sunshine baixou. – Tim grita muitas vezes. Ele não é um homem agradável, mas é
porque ele é protetor com a gente. Somos tratados como crianças algumas vezes.
Tentamos manter nosso senso de humor sobre isso, especialmente com ele. As
intenções dele são boas.
— Tenho certeza que elas são. – Kat esperava que esse fosse o caso.
— Tim é devotado a ONE. – Sunshine parecia ter lido suas incertezas. – Ele é alto e
vocal para todos que cuida, eu me preocuparia se ele estivesse em silêncio. Ele é o que
você consideraria uma figura paterna e ele nos adotou. Sabemos que pais amorosos
podem ser severos, esse é Tim. Nós gostamos da lealdade dele, eu confiaria minha vida
a ele, assim como os outros Espécies.
— Isso é bom. – E também deixava Kat triste que os Nova Espécie nunca tivessem tido
pais. Ela esperava que, quem quer que Tim fosse, ele nunca deixasse a ONE cair. Eles
já tinham desapontamento o suficiente.
— Está com fome? Algumas das fêmeas queriam falar com você, mas não será sobre as
aulas. – Sunshine sorriu. – É sobre os machos humanos e sexo. Algumas delas estão
realmente curiosas. Fomos ordenadas a não perguntar nada aos membros da força-
tarefa enquanto eles estiverem de serviço e raramente passamos algum tempo junto
com alguns deles quando não estão. Tim os proibiu de interagir conosco de algum jeito
sexual, incluindo discutir sobre o tema. Também nos pediram para não incomodar as
fêmeas humanas acasaladas.
— Por quê?
— Fomos asseguradas que isso seria rude e não a melhor ideia perguntar a elas sobre
ter sexo com outros machos antes dela encontrarem os companheiros. Espécies são
extremamente possessivas. Breeze disse que um dos machos poderia pirar e decidir
“rastrear e colocar um pouco de dor no pobre bastardo”. Essas foram as exatas palavras
dela.
— Como está sua amiga? – Kat lembrou do nome. – Ela foi a que teve o teto caindo
sobre ele, certo?
— Ela está bem, queria vir para suas aulas, mas algo aconteceu. – Um brilho de humor
brilhou nos olhos de Sunshine. – Espero que você não seja tímida, Kat. Elas vão
perguntar a você tudo o que vier a cabeça.
— Okay. – Era melhor do que voltar para o chalé e ficar pensando sobre a interação de
Darkness com a outra mulher. – Mostre o caminho. – Kat enfiou o resto das coisas
dentro da bolsa. Darkness tinha saído e ela não viu a mulher que estivera com ele.
Imagens dos dois juntos passaram por sua mente e Kat odiou cada uma. Não era uma
conversa comprometedora que serviria para lembra-la que ele podia ter qualquer uma
que escolhesse. Isso não significava que ia trata-la errado. Kat seguiu Sunshine para a
área do bar e pegou a mulher que estivera cercando Darkness, ela era uma das quatro
sentadas na mesa. Pelo menos, ele não está em algum lugar fazendo sexo no ela. Isso
melhorou seu humor.
*****
Darkness permaneceu nos pés da cama observando Kat adormecida. Seu turno havia
terminado mais tarde do que o esperado. Um dos manifestantes tinha decidido que seria
uma boa ideia jogar latas fechadas de refrigerante nos oficiais no muro. O objetivo dele
tinha sido pobre, mas eles ligaram para a polícia local para levar o homem embora. Ele
tinha sido escalado para responder às questões da polícia, então se voluntariado para
limpar a bagunça, desde que isso iria atrair insetos.
O relógio na cabeceira de Kat mostrava que era apenas uma da manhã. Darkness tinha
lido os relatórios da Segurança e sabia que ela tivera uma aula marcada às onze. Seria
melhor se ele retornasse para casa e apenas caísse na cama. Continuou ali.
Kat fez um som suave no sono e rolou de costas, ela chutou o cobertor, um pé
escorregando para fora. Darkness sorriu e os dedos dele agarraram a roupa, ele aplicou
uma pequena pressão e suavemente removeu-a para manter o barulho no mínimo. Kat
continuava adormecida. Ele deixou a roupa cair no chão e se abaixou, removendo as
botas. Em minutos ele estava nu e caiu de joelhos, a visão de Kat o despertou o
suficiente para colocar uma camisinha. Darkness se aproximou e passou os dedos ao
redor do tornozelo de Kat, o humor brilhou. Ele queria descobrir se Kat iria reagir com
algumas medidas defensivas.
Ele a puxou forte, sacudindo o corpo dela na cama. Kat arfou e chutou cegamente, o pé
estava embaraçado na roupa de cama. Darkness o pegou e rosnou, Kat empurrou o
cobertor para fora da cabeça e se sentou o suficiente para olhar na direção dele. Estava
escuro como um breu, deixando-a cega.
— É melhor que seja você, Darkness. Caso contrário, vou chutar sua bunda.
— Pensei que você não viria. – Kat se jogou de volta na cama e olhou para o relógio.
— Fiquei preso. – Darkness soltou o tornozelo dela. – Por que você dorme com as
luzes acesas?
— Responda primeiro.
— É um lugar não familiar. Não há nada pior que acordar e esquecer onde você está.
Viajo muito, então esse foi um hábito que peguei. Agora, é sua vez.
— Aposto que você tem uma visão melhor. – Kat ergueu a mão na frente do rosto,
balançando-a. – Não posso ver nada. Vai ligar a luz do banheiro pelo menos?
— É uma camisola.
— Você está pedindo demais para um cara que não tem nada para dar. Com o que você
dorme?
— Certo. Você disse que algumas vezes vive na Reserva ou na Zona Selvagem. Estou
desapontada, pensando que você não corre ao redor da floresta pelado.
— Os outros machos não iriam gostar disso, apesar de que eles vestem muito poucos
nos meses de verão. – Darkness achou a observação de Kat divertida.
— Quão pequenas?
Darkness não gostou da ideia de Kat imaginando outros machos. Ele separou as pernas
dela até que os joelhos estivessem erguidos até o topo do colchão, ele a soltou, agarrou
o frágil lado da calcinha de Kat e rasgou facilmente o material, destruindo-o. Darkness
jogou a calcinha no chão, deixando Kat nua.
— Compre novas.
Darkness baixou a cabeça sobre o estômago reto de Kat, que estava exposto com a
camisola dela amontoada nas costelas. Ele queria os seios dela, mas ele se contentaria
por qualquer pedaço de pele.
O ligeiro protesto de Kat terminou no segundo em que Darkness abriu a boca para
trilhar a língua justo embaixo do seu umbigo, as mãos dele se abriram nas coxas dela,
deixando-as mais abetas e acariciou-as.
— Eu amo suas mãos. – Kat admitiu suavemente. – Sua boca não é ruim também.
Ele quase riu. Kat estava gracejando sobre o jeito que ele a tinha acordado. Darkness
parou de explorá-la com a língua e agarrou os joelhos dela, erguendo-os e descansou as
pernas dela acima dos ombros dele. Foi fácil deslizar as mãos embaixo da bunda de Kat
e erguer os quadris dela para a boca dele.
Kat puxou uma respiração afiada quando ele deslizou os lábios ao redor do clitóris dela
e lambeu o conjunto de nervos. Darkness rosnou, propositalmente criando vibrações
enquanto atacava sem misericórdia os sentidos dela. O cheiro de Kat mudou
rapidamente, a suavidade da necessidade dela se tornou intoxicante e os gemidos altos
delas aumentaram a agressividade dele. Darkness lambeu enquanto as coxas de Kat
pressionavam os lados do rosto dele, o segurando lá como se ele fosse parar. Nada
poderia tê-lo arrancado dela até que gritasse o nome dele.
Ele amou o jeito que ela contraiu os quadris quando o clímax a pegou e Kat empurrou a
boceta contra sua boca, os pés dela se cavaram em suas costas também. Darkness
abaixou a bunda de Kat na cama e a puxou, dando um aperto firme sob os joelhos dela
e quase a puxando para fora da cama. Ele olhou para baixo entre eles e ajustou os
quadris até que o pênis rígido estava na posição certa e então foi pra frente, entrando
nela.
Tentou ser gentil, mas quanto mais a fodia, menos controle ele conseguia manter.
Darkness aumentou o ritmo, os gemidos de Kat crescendo mais altos acima dos sons
que ele fazia. Kat gozou forte, seus músculos vaginais se apertando e soltando ao redor
do seu pau. Darkness deixou sua própria liberação ficando cego para tudo pelos
próximos segundos até que a magnitude disso passasse e apenas a respiração pesada
dos dois permanecia.
Darkness queria subir na cama com Kat e segurá-las nos braços, remover a camisola
dela e pressionar a pele com a dela. Apenas mantê-la perto. Kat relaxou debaixo dele e
Darkness soltou as pernas dela, foi um choque quando Kat subitamente o alcançou, os
dedos dela espalmando no peito e baixando para o estômago. Ele pulou, mas não se
afastou do corpo dela.
As mãos de Kat eram suaves e gentis, quase o acariciando. Darkness olhou para baixo,
vendo elas acariciarem sua pele. Seu pênis amolecido se agitou e isso o lembrou da
camisinha usada. Darkness capturou o pulso de Kat e removeu o toque.
— Não faça.
Ele a deixou ir e se afastou. A separação dos corpos o deixou se sentindo frio. Darkness
caminhou e entrou no banheiro, descartando a camisinha; ele hesitou por um minuto
inteiro, se debatendo. A coisa mais inteligente seria ir embora, mas não queria ir ainda.
Ele retornou para o quarto.
Kat tinha o abajur aceso e estava sentada contra a cabeceira com o cobertor cobrindo-a
dos seios para baixo. Ela sorriu.
Darkness não tinha certeza de como responder. O olhar de Kat se demorou em partes
dele, especialmente o peito e a virilha. Ele permaneceu lá, não se importando com o
exame dela. Kat poderia olhar tudo o que quisesse, mas Darkness não queria que ela o
tocasse. Era muito pessoal.
— Não. – Kat balançou a cabeça e ergueu uma mão, curvando um dedo. – Você
poderia vir aqui, no entanto, e se juntar a mim.
— Eu deveria ir para casa, você tem aula pela manhã e tenho uma reunião.
Isso endureceu a determinação de Darkness para se afastar da cama, era muito tentador
concordar.
— Eu não posso.
— É uma cama grande. – Ela se afastou um pouco para deixar mais espaço. – Até
mesmo vou deixar você escolher qual lado da cama quer.
— Tenho certeza que muitos machos estariam felizes de compartilhar sua cama. – O
chateava até mesmo dizer isso. Darkness quisera socar o macho felino que pediu para
compartilhar sexo com Kat, talvez tivesse se ela tivesse acertado a oferta. A raiva
correu sob a pele por apenas pensar sobre mais alguém deixando Kat nua.
— Não. – Darkness ficou tão surpreso que não pensou em esconder a reação, mas
mascarou as feições rapidamente.
— Eu a conheci hoje, também notei que ela tem permissão para te tocar.
Darkness notou o jeito que os dedos de Kat estavam presos na coberta e ligeira raiva no
tom.
— Você não está vestida e acho que essa é uma mentira. – Darkness rosnou. Ela tinha
esquecido o acordo de ser verdadeira quando estivesse nua? – Quer tentar novamente?
Você está agitada.
— Essa é uma maneira educada de colocar isso. Eu apenas assumi que você não
gostava de ninguém te tocando, mas acho que é apenas eu. Vou admitir que esse não é
o melhor sentimento do mundo.
O arrependimento apareceu, ele não estava sendo justo com Kat e sabia disso.
— Bluebird não me interessa. – Ele deveria ter deixado como estava, mas odiava o
jeito que Kat olhava para ele, como se a estivesse machucando; - Não sou imune a
você. Boa noite, Kat. Durma bem.
Darkness saiu antes que pudesse mudar de ideia, ele deu uma boa olhada no perímetro
antes de ir para casa. Tomou banho para remover o cheiro de Kat, mas a memória não
iria desaparecer. Ele se sentou na cama e olhou para o laptop que tinha deixado após
desligar a vigilância para a Segurança.
Kat estava deitada enrolada para o lado longe da lâmpada, os olhos dela estavam
fechados, mas a maneira inquieta que ela continuava se movendo garantiu que não
estava dormindo. Era como se ela não pudesse ficar confortável. Darkness ergueu o
laptop e o colocou no colo, seus dedos a apenas uma distância da tela traçando as linhas
do corpo de Kat. Ele queria tocá-la novamente.
Kat se sentou e afastou os cobertores. Darkness ficou tenso, parte dele esperando que
ela viesse atrás dele. Tinha dado a ela uma boa razão para ficar zangada. Kat era uma
fêmea de confronto. Darkness a rastreou para fora do quarto, mas ela não se aproximou
da porta. Ao invés disso, Kat montou um sanduiche e se sentou no sofá.
Foi fácil entrar na casa dela e pegar o edredom da cama dela. Ele se agachou próximo
ao sofá, assistindo Kat dormir. Darkness tomou cuidado para não acordá-la quando
agasalhou o material ao redor do corpo dela.
Darkness alcançou e ligou o volume para ouvir o aparelho na sala de Kat. A TV tinha
sido deixada ligada, o filme que ela estivera assistindo continuava a passar. Darkness
podia detectar a respiração suave de Kat, no entanto. Fechou os olhos, se focando nela
ao invés das vozes humanas. Deveria mudar a vigilância para a Segurança, mas não o
fez.
Capítulo Nove
— Aquela foi uma ótima aula. – Jinx sorriu. – Obrigado por almoçar com os machos
hoje.
— Obrigado por me convidar. – Kat sorriu para os dez machos que estavam espalhados
ao redor das três mesas que tinham sido colocadas em uma fila.
— Nós nos comportamos. – Flirt murmurou, lançando um olhar sujo para Jinx.
— Estou. – Kat deixou o guardanapo ao lado do prato, queria realmente sair daqui. Os
Nova Espécie eram legais, mas o jeito com que estavam olhando cada movimento seu
era um pouco desconcertante. Eles eram curiosos, ela entendia, mas isso a deixou mais
consciente de si mesma. Kat seguiu Jinx para fora e para o Jeep, ele a incentivou a
subir.
— Vamos às instalações de treinamento primeiro. Você tem que treinar para ser uma
técnica de um laboratório criminal? Fisicamente, quero dizer. Claro que você foi á
escola para aprender todas as técnicas que sabe.
Kat colocou o cinto de segurança, notando que Jinx não o fez. Ele apenas ligou o motor
e engatou a marcha, apenas olhando para trás uma vez para ter certeza que não bater
em alguém. Não havia ninguém.
— Bom. Não haverá nenhuma sessão agora, mas algumas vezes vamos lá para
trabalhar nossas frustrações ou energia extra.
Kat estudou o macho felino, ele tinha maravilhosos olhos azuis e uma personalidade
despreocupada. O corpo musculoso se mostrava em uma camisa e um jeans apertado
mostrava que ele estava em forma. Longos cabelos negros deslizaram livres nos
ombros dele enquanto eles dirigiam rápido, mal parando para uma volta. Kat agarrou os
lados do assento.
— Não. – Ele gargalhou. – Ele definitivamente é intimidante, mas é justo. É que apenas
ele nunca pediu nada a ninguém, então quero ter certeza de fazer exatamente o que ele
disse. Vamos fazer o tour nas salas de treinamento e então vou levar você para a
Segurança.
— Ainda não. Ele me atribuiu porque sentiu que você se sentiria mais confortável
porque ele não é apenas amigável. Ele pediu a Sunshine primeiro, mas ela não poderia
trocar de turno hoje. Eu era a segunda escolha.
— É isso. Não parece muito do lado de fora, mas isso abriga salas de boxe, pesos,
alguns escritórios, chuveiros e até mesmo uma sala para escalada. Foi uma adição que
fizemos depois que assumimos.
Kat pausou ao lado de Jinx enquanto ele usava um cartão para abrir a porta.
— É por razões de segurança. Esse lugar foi construído como uma base militar, mas foi
dada a nós quando foi terminada. Melhorias foram feitas. É para nos assegurar que se
os portões forem violados seremos capazes de ficar em segurança dentro dos prédios. –
Jinx bateu no vidro enquanto segurava a porta aberta. – Grau de armas é o que acho que
você pode chamar isso. Balas não perfuram o vidro e portas de metal descem em caso
de emergência. – Ele apontou, mostrando a Kat onde eles estariam escondidos dentro
do interior das portas.
— Impressionante.
— Não diga mais nada. – Ele riu. – Eu brinco que qualquer pessoa que me machucar
vai ter má sorte, mas a verdade é...
— Está tudo bem. Eu fui um dos sortudos. Os Espécie danificados eram geralmente
mortos, mas eles me pouparam por causa da minha inteligência e porque eu tinha uma
disposição agradável. Não era um lugar feliz em Mercile, mas você vivia mais se
jogasse o jogo deles. Eu era bom em fingir, não odiava ninguém que trabalhava lá.
— Isso foi feito pelos enfermeiros. Eu tinha sido levado por um dos cientistas para uma
bateria de testes e me deparei com outros enfermeiros escoltando uma fêmea. Um deles
a tinha encurralado e a estava chutando por alguma razão desconhecida, ela talvez
tivesse resistido a ir com eles ou um deles tivesse tentado tocá-la de modo errado. Os
outros estavam rindo e a ajudando a ficar presa. Eu ataquei para defende-la, todos eles
se viraram para mim com os bastões. Somos bons lutadores, mas dez contra um não é
muito justo. Eu não estava totalmente crescido.
— Você não fez isso. Não culpo todos os humanos pelas ações da Mercile ou as outras
instalações. Eu fui levado para um segundo local e então fui libertado, os humanos
planejaram mal o ataque deles. Eles deveriam ter estourado todas as instalações da
1
Desajeitado em inglês é traduzido como Clumsy.
2
Jinx em português significa mau-agouro, má sorte.
Mercile ao mesmo tempo, mas ao invés disso eles demoraram alguns dias. Isso deu
tempo para o pessoal transferir pequenos grupos antes que todos os locais fossem
encontrados.
— Sim. Vê? Alguns humanos são nossos heróis. – Ele assentiu, afagou-lhe a mão e se
afastou, quebrando o contato físico deles.
— Claro. – Jinx fechou a porta e desceu o corredor para uma sala cheia de esteiras. Ela
era obviamente usada para lutas e boxe.
— Como a maioria dos Nova Espécie são felinos ou caninos? Eu dificilmente vejo
algum dos primatas.
— Lá costumava ter mais Espécies primatas, mas apenas poucos saíram vivos. Eles
eram muito mais agressivos, com temperamento curto. – Jinx abriu uma porta. – Bem
vinda ao meu lugar favorito.
Kat entrou na sala e olhou para a parede de vinte metros, a superfície inteira tinha sido
dividida em três partes. A primeira era coberta por pedras, a segunda suavizada com
apoio para as mãos e a terceira parecia ser um penhasco plano com pequenas fissuras
que passavam por ele, como se a natureza as tivesse colocado lá.
— Nossa sala de escalada. Nós adicionamos isso, a parede original não era alta o
suficiente. Você gostaria de tentar uma? Sugiro as com apoio para as mãos, é a mais
fácil.
— Não vejo cordas de segurança em lugar nenhum. – Kat olhou para o teto.
— E onde estaria a graça disso? Jinx riu. – Assista, mas não fique diretamente abaixo
de mim. Não quero cair e bater em você. Isso iria machucar.
Jinx atravessou a sala e chutou os sapatos, em segundos ele estava subindo a parede de
pedras. Ele usava os dedos e pés para segurar o peso enquanto se mudava de cada apoio
de mão. Jinx fez isso até o topo em tempo recorde e voltou á cabeça para sorrir para ela
de cima.
— É divertido.
Jinx pulou e Kat arfou quando ele capotou no ar, caindo. Ele caiu agachado e se
ergueu.
— Fácil.
Ela estava muito aturdida para falar, Jinx se aproximou com uma risada.
— Felinos são bons em pular e aterrissagens. O chão é muito acolchoado. Eu não iria
querer fazer isso em um chão sólido. A densidade dos nossos ossos é mais forte que a
sua, mas podem se quebrar. Qualquer coisa acima de quinze metros é duvidosa.
— Isso é fácil. – Jinx riu. – Não me veja correndo em uma trave de equilíbrio de seis
polegadas. Não posso dar vinte passos sem perder um. Realmente quero conseguir um
pouco mais de você.
— Tente a com apoio de mão, vou te pegar se você cair. Você tem que escorregar para
fazer isso. Elas são para... – Ele ficou sério. – Hum, para iniciantes. Tenho fé em você.
— Okay. – Ela se curvou para remover os sapatos. – Eu sei que você tem um centro
médico aqui, certo? Talvez eu vá precisar dele. Odiaria ir para casa de muletas ou com
o braço em uma tipóia. - Ou morta. Aquela queda poderia matar um humano, não
importava quando acolchoado a esteira fosse.
— Talvez você queira deixar os sapatos. – Jinx clareou a garganta. – Seus pés são
humanos.
— E? – Kat se endireitou.
Jinx segurou sua mão e girou, estudando-a de perto. Uma das pontas dos dedos dele
correndo pelo interior dos dedos de Kat, ele pestanejou.
— Talvez você não deveria escalar. Não temos luvas, eu não tinha pensado nisso.
— Estou bem.
Kat agarrou um dos apoios de mão. Era curvado e coube confortavelmente seus dedos e
a aba parecia sólida, dentro e no topo até mesmo tinham bordas para ajudar o alpinista
a manter um aperto firme. Ela pegou um pouco mais alto. Não havia apoio de pés até
dois metros do chão então ela teve que usar a força dos braços para segurar seu peso até
que pudesse subir alto o suficiente para apoiar o pé.
— Já faz algum tempo. – Kat estava um pouco ofegante, mas era divertido. – Tinha
esquecido o quanto gostava disso.
— Vá com calma.
Kat virou a cabeça pra baixo para olhar Jinx. Ela estava a cinco metros do chão, ele
estava parado embaixo dela.
— Talvez você deveria se afastar para o caso de eu cair. Eu odiaria aterrissar em você.
— Apenas gire no ar, então vai cair do lado certo e vou pegar você. Deixe o corpo
tenso se isso acontecer.
— Acho que vou subir e então descer, não tenho a sua graça. Eu iria apenas me
estatelar. – Kat encarou a parede e se esticou para outro apoio.
Suas mãos deslizaram, mas Kat trabalhou para se recuperar desde que tinha um sólido
apoio dos pés. Ela virou a cabeça novamente e viu Darkness cruzando a sala. Ele
parecia furioso enquanto olhava para ela.
— O que está fazendo?
— Escalando.
— Disse a você para dar um tour a ela, não permitir que ela usasse nosso equipamento.
— Estou bem.
Darkness a ignorou e puxou Jinx para trás. Ele se apoiou no joelho e Kat arfou quando
ele pulou. Darkness alcançou a parede ao lado dela, segurando nos apoios de mão e
encontrando para os pés também. Ele manobrou próximo a ela e usou os braços para se
prender ao redor dela até que estivesse pressionado contra as costas dela.
O olhar no rosto dele não era algo que ela podia ignorar. Darkness estava zangado e os
olhos dele estavam quase pretos, ele se curvou um pouco e a agarrou.
— Posso pegar seu peso. Apenas solte uma mão e gire o corpo. Passe um braço ao
redor do meu pescoço e então o outro. Você não vai cair.
— Kat. – Ele assobiou. – Faça isso ou vou te arrancar e apenas cair de volta, então você
vai desabar sobre mim. Você pode se machucar desse jeito.
Darkness manteve os braços firmes e deu a Kat espaço para se mover, ela seguiu os
passos e terminou colada a ele. Darkness pressionou o corpo dela contra a parede e
soltou um dos braços para passa-lo sob a bunda dela e então a ergueu mais alto.
Kat fez isso, com a ajuda dele. Os braços dela estavam pressionados contra os ombros
dele. Darkness desceu devagar até que os pés alcançassem o chão, Kat liberou o aperto
e escorregou até que ficou de pé na frente dele.
— Eu estava bem.
Darkness rosnou baixo, mas fixou o olhar raivoso em Jinx.
— Vamos falar sobre isso mais tarde. Leve-a para a Segurança para finalizar o tour.
Não a deixe brincar com nossas armas enquanto estiver lá, no entanto, ou a coloque em
um uniforme e leve-a para o muro para descobrir quão rudes os protestantes são... Para
se divertir.
— Pode nos dar um minuto sozinhos, Jinx? Tenho algumas palavras para dizer a
Darkness que não são educadas.
— Hum, claro.
Kat esperou até que a porta se fechasse atrás dele, aquilo fora sugestão dela.
— Você não é Espécie. Poderia ter quebrado o pescoço se tivesse caído de tão alto.
— Eu teria ficado bem, você também foi muito rude com Jinx. Ele estava tentando
fazer nosso tour divertido. E estava até que você chegou. Ele está com problemas?
Aquilo realmente foi uma bagunça, Darkness. É minha culpa, eu insisti em subir. – Era
uma pequena mentira. Estou vestida.
— Não sei porque está agindo desse jeito. – Kat tentou não perder a paciência. –
Apenas não brigue com Jinx de novo, okay? Ele não fez nada de errado.
Darkness se moveu rápido e agarrou Kat pelos quadris, erguendo-a do chão. Ela bateu
contra o peito dele com força o suficiente para perder todo ar dos pulmões. Ele a
abraçou com tanta força que levou um segundo para sugar uma respiração.
Kat olhou dentro dos olhos de Darkness e sentiu um pouco de medo, o olhar frio neles
teriam congelado lava.
— Não.
O nariz dele se agitou.
— Está com ciúmes? – Kat abriu as mãos cautelosamente e colocou-as nos braços dele.
Darkness não disse uma palavra para admitir ou negar, apenas segurou o olhar dela.
Um pouco do medo suavizou. Kat tinha fé que Darkness não a machucaria desde que a
pior coisa que ele tinha feito era colocar os dois no nível dos olhos em um abraço de
urso que não fora doloroso.
— Não comece com jogos mentais. – Ele avisou suavemente. – Entende? Não sou um
macho que joga muito bem.
— Não.
— Ele não fez nada de errado. Para alguém que não se compromete, você está agindo
de modo irracional. Percebeu isso, não?
— Ele está esperando para te levar até a Segurança. – Ele a baixou até o chão e se
afastou, deixando Kat ir.
Como se pudesse. Kat deu um passo á frente, mas não tocou Darkness.
— Esteve preocupado.
— Sim.
— Okay, te vejo lá. – Kat saiu e cruzou a sala, se recusando a olhar para trás. Darkness
estava com ciúmes, quisesse ele admitir isso ou não. Ela abriu a porta. Jinx caminhava
pelo corredor, mas parou quando a viu. – Pronto para me mostrar os aparelhos da
Segurança?
— Ele não é amigável, você estava certo. – Kat se afastou, esperando afastar Jinx da
porta antes que Darkness aparecesse. Ele precisava de um tempo pra se acalmar e ela
queria analisar o que havia acontecido, deu cobertura a ele, entretanto. – Darkness está
preocupado, pensando em quão ruim seria me ver de volta ao trabalho no laboratório se
eu torcesse o tornozelo ou algo assim.
— Isso faz sentido. – Jinx caminhou rápido ao lado dela. – Ele sempre foi preocupado
com publicidade negativa. Alguns humanos poderiam nos acusar de te machucar
propositalmente.
Ele sufocou um rugido de raiva e se lançou do topo da parede, em queda livre. Ele se
tencionou antes do impacto com o chão, mas abaixou os joelhos apenas o suficiente
para prevenir um ferimento. Ele pousou, se erguendo em toda sua altura e então se
sentou, colocando as botas.
— Ciumento. – Isso o deixou vendo vermelho. Não o deixou com raiva que Kat o tinha
chamado disso, mas que ela tinha lido suas emoções corretamente. – Controle-se.
A porta se abriu e ergueu a cabeça naquela direção, esperando que Jinx tivesse vindo se
desculpar. Slade entrou e pausou.
— Estou saindo.
— Foi isso que os oficiais disseram, mas eu queria ter certeza. – Slade removeu o
celular e discou. – Tudo limpo.
— O que está acontecendo? – Darkness se ergueu.
A porta se abriu e Fury entrou com Forest e Salvation, os jovens machos estavam
rindo, a excitação clara. Darkness tentou não olhar para o filho de Fury, ele era uma
réplica do pai em tamanho miniatura. Os dois jovens o viram e congelaram.
— Você lutou com meu pai, mamãe está chateada. – O jovem macho o olhou
fixamente.
— Desculpe, ela estava zangada. Ela não gosta quando você luta.
— Não, ela não gosta. – Fury gargalhou. – É rude mencionar essas coisas. Espécies
lutam. É nossa natureza, mas não guardamos rancor. É apenas como os machos
trabalham as diferenças algumas vezes. Nenhum dano real foi feito, Darkness e eu
somos amigos.
— Pensei que vocês dois queriam escalar. – Slade os relembrou. – Menos conversa,
vão!
Os jovens machos correram para a área central da parede e pularam. Salvation pegou
um apoio de mão, mas Forest perdeu, passando a pouco de alcança-lo. Ele bateu no
chão e rosnou.
— Eu sou mais alto. – Salvation gargalhou. – Suba em mim. – Ele agarrou dois apoios,
permanecendo lá.
Forest pulou novamente, dessa vez agarrando o garoto maior nos quadris. Ele abraçou
Salvation pelo meio com um braço e então agarrou o ombro de Salvation. Forest se
esticou para cima até que pôde alcançar os apoios. Eles permaneceram próximos
juntos.
Fury assentiu.
Darkness sabia que deveria ir embora. Era um momento familiar, compartilhando entre
pais e filhos. No entanto, ele não foi embora. Darkness assistiu as crianças e ficou tenso
enquanto eles alcançavam a marca de dez metros.
— Eles alguma vez caem? – Ele se preocupou com ossos se quebrando pela altura.
— Algumas vezes, eles são durões. – Fury respondeu. – Somos bons em pegá-los.
— Forest se cansa mais facilmente, ele continua trabalhando a força da parte superior
do corpo. – Slade sussurrou. – Mas ele está melhorando.
Darkness se moveu para perto da parede, ele poderia subir mais rápido que um canino.
Podia também pular para alcança-los. Manteve o foco em cada movimento que as
crianças faziam, pronto para ir atrás delas se algum deles precisasse de assistência.
— Eles fazem isso com frequência, viemos até aqui a cada poucos dias. – Fury se
moveu para ficar ao lado de Darkness. – Eles não se machucaram ainda.
— Ainda. – Darkness destacou. – Vou ter certeza que aquelas redes sejam colocadas
neste fim de semana.
— Isso talvez encoraje a força-tarefa a vir aqui. – Slade se moveu para o outro lado
dele. – Trey é o único que já tentou isso. Ele não caiu, mas suou em bicas. – Slade
gargalhou. – Ele não tentou novamente, uma vez já foi o suficiente.
— Você se importa. – Fury tocou no braço de Darkness, ele virou a cabeça para ver o
macho sorrindo para ele.
— Não serão se machucarem. – Darkness suavizou seu tom, não querendo assustar as
crianças. – Eles estão muito no alto.
— Relaxe, veja. – Fury o tocou novamente. – Se mova um pouco para o lado e volte
três passos.
Darkness ficou tenso novamente, mas esperou isso quando Forest se soltou da parede e
caiu, ele se curvou em uma bola. Slade o pegou e o colocou no chão, fazendo cocegas
no processo. Os dois riram.
— Vê? – Fury piscou. – Nós os temos no chão. Eles não estão apenas aprendendo a
subir, mas a ganhar força nos músculos superiores no processo.
— Em caso de emergência eles sabem seguir ordens sem pausar para pensar, no
entanto. – Slade lançou a Darkness um olhar significativo. – Forest teria caído para
você se tivesse pedido, acreditando que você o pegaria.
— Não discutimos isso, eles são muito novos. – Fury balançou a cabeça. – As mães
deles...
Darkness entendeu, ele poderia terminar o que Fury não estava dizendo em voz alta. As
mães deles eram humanas e portanto, eles só tinham sido exposto ao amor.
Slade capturou o filho e o ergueu alto, colocando Forest ao alcance dos apoios de mão
na parede.
— Vai lá.
O filho dele riu e começou a escalar novamente. Salvation não teve que ser erguido, ele
correu para a parede e pulou, dessa vez se ajustando para pegar dois apoios de uma vez.
Ele rapidamente alcançou Forest, mas permaneceu próximo ao outro jovem.
— Salvation é mais alto e mais forte. Por que não sobe acima de Forest?
— Eles são um time. – Fury respondeu a pergunta. – Se Forest escorregar, Sal vai
ajuda-lo. – Ele lançou a Darkness um olhar aguçado. – Eles são como irmãos. Eles
sempre estarão lá um para o outro.
As palavras foram lançadas para marcar e atingiram o alvo. Darkness se sentiu culpado.
— Preciso ir, estou atrasado para meu turno. – Ele saiu rapidamente.
Capítulo Dez
Kat sorriu e olhou ao redor da sala principal na Segurança, as fileiras de monitores
eram impressionantes. Era um sistema top de linha. Ela se sentiu honrada por ter um
tour.
— É ótimo. – Ela apontou para uma parede. – Aqueles são todos os exteriores
monitorado lá?
— Sim. – Jinx assentiu. – Eles cobrem todas as sessões do muro. A sua esquerda está o
interior de Homeland nas áreas gerais. A direita são as áreas exteriores de Homeland,
além dos portões.
— Vocês têm muitas pessoas que tentam quebrar os muros em vários pontos?
— Não com frequência. Temos oficiais nos muros e os humanos os veem, isso os
intimida a maioria deles de tentar.
— E sobre o ar? – Kat já sabia a resposta, mas uma técnica de um laboratório de crimes
não saberia.
— Temos um raio de uma milha de área proibida para voo ao redor das terras da ONE.
Monitoramos de perto o tráfego aéreo, todos os pedidos precisam de aprovação
prioritária.
— Sem problemas. – Kat deixou isso passar. Ela sabia que os militares tinham
trabalhado com a ONE e que a força-tarefa deles protegiam as terras. Sua atenção se
desviou para a esquerda e ela assistiu os monitores cobrindo os portões da frente. Pelo
menos trinta pessoas estavam trabalhando para reparar o estrago, repavimentando o
chão e colocando novos portões. Uma cabeça vermelha pegou a atenção dela, havia
algo sobre ele que parecia familiar.
— Claro.
Kat caminhou para frente, esperando que isso não parecesse suspeito.
— Pode me mostrar? Tipo dê zoom nesse cara aqui? – Ela apontou para o trabalhador
da construção derramando concreto puro em cima da área atingida quando a van
explodiu.
A imagem foi enviada para um monitor mais largo na frente da sala e o operador do
sistema de segurança colocou o homem em um foco afiado para uma inspeção de perto.
O rosto do trabalhador da construção encheu a tela e ele olhou ao redor, erguendo o
queixo apenas o suficiente para que Kat desse uma boa olhada nele. Sua raiva chiou.
— Mostre a ela a mobilidade das câmeras. – Jinx pediu para a mulher nos controles.
— Falando nisso, tem algum jeito de falar com Darkness? Tenho uma pergunta para ele
e quero ter certeza que ele não está mais irritado com nós dois.
— Isso pode esperar. – Kat forçou um sorriso. – Estou pronta para ir agora. Muito
obrigado pelo tour.
— Vou te levar para sua escolta, que vai te levar de volta para seu chalé.
— Obrigado.
Jinx a deixou sair da Segurança e Kat ficou feliz por ver Sunshine esperando atrás da
roda do Jeep. Ela acenou para Jinx, agradecendo-o novamente, e subiu no banco do
passageiro. A mulher sorriu para ela.
— O quê?
— Vou te levar para casa a menos que aja outro lugar que você gostaria de ver. Estou
de serviço por mais algumas horas, mas eles me disseram para te legar a qualquer lugar
que queira.
— Você tem o número de Darkness? – Kat hesitou. – Realmente preciso perguntar algo
a ele.
— Claro. – A mulher alcançou dentro do bolso da camisa e tirou o celular. Ela tocou na
tela por pouco tempo e o ergueu.
— Dê-me um minuto.
O coração dela começou a pular enquanto ouvia o telefone tocar pela segunda vez. Era
estúpido e Kat sabia que deveria manter a boca fechada, estava colocando a própria
bunda na reta se realmente falasse para ele. A voz profunda de Darkness atendeu.
— É Kat.
— Por que você tem o telefone de uma fêmea? – Ele não parecia feliz.
— Eu o peguei com a permissão dela. Sunshine está a cinco metros, olhando para mim.
Apenas diga não e desligue. Você não pode fazer isso. Apenas mantenha a droga da
sua boca fechada.
Foda-se.
Kat fechou os olhos, a sensação doentia no estômago piorou. Tinha que decidir e isso
era difícil o suficiente.
Merda!
— Como você espera que eu confie em você se você não confia em mim? – Kat abriu
os olhos e se focou.
— Quer discutir isso agora? Eu disse que ia ver você mais tarde. – A irritação soava no
tom de Darkness.
— Estou confiando em você, porque isso pode me colocar em sérios apuros, está
entendendo?
— O que é?
Kat mordeu o lábio e então decidiu que já havia cruzado uma linha.
— Nós trabalhamos para o mesmo idiota. Estou colocando minha bunda na reta, é tudo
o que posso dizer.
— Eles são um perigo para a ONE?
— Eu não sei o porquê deles estarem aqui, essa é a verdade. Pode haver mais deles,
mas esses são os que reconheço. Eles talvez vieram para olhar dentro dos seus portões
para ver quanto dano foi feito. Eu apenas não sei.
— Como você sabe que eles estão aqui em primeiro lugar se não sabe o porquê
vieram? – Ele soava zangado.
Soou mais como uma ameaça. Kat girou silenciosamente e retornou para o Jeep, ela
entregou o telefone e subiu no banco do passageiro.
— Obrigado.
— Obrigado.
Kat não tinha certeza se deveria lamentar ou não o que tinha feito. Porque Robert
Mason mandaria outros agentes para ONE, disfarçados? O acesso deles seria limitado à
área onde eles estavam fingindo ser trabalhadores na construção. Eles planejavam
entrar para procurar por Jerry Boris? Kat realmente precisava descobrir qual era a
conexão dele com seu chefe. Por que o cara era tão importante que Mason arriscaria
enviar um grupo de agentes? Isso a incomodava.
— Você está bem? Realmente não parece muito bem. – Sunshine parou em frente ao
chalé.
— Acho que uma dor de cabeça está começando. – Não estava longe da verdade, seu
chefe era um dor. – Obrigado por ter me trazido.
Ela correu para dentro da casa e se pressionou contra a porta fechada, não se
incomodou em fechá-la. Darkness iria vir e tinha a sensação que seria logo. Ele iria
querer respostas que ela realmente não poderia dar. Já tinha dito muito.
Eles realmente tinham Jerry Boris? Se sim, ela acreditava que era por uma boa razão.
Por quê? Seria muito mais simples apenas perguntar a Darkness, mas isso também
significaria deixar todas as cartas dela na mesa.
— O que eu faço? – A casa silenciosa não respondeu a ela. Kat se afastou da porta e
caminhou para o quarto principal, ela trocou de roupa para uma confortável e enorme
camisa que parecia como uma camisola. Sua cabeça estava zumbindo com tantas
perguntas sem resposta. Que dilema. As ordens de Mason vinham contra as regras de
todos os jeitos.
— Ainda é meu dever. – Ela murmurou. – Mas não conta quando seu chefe está fora da
linha?
Kat entrou na cozinha e abriu a geladeira, que estava estocada com refrigerantes, leite,
suco e até mesmo vinho. Ela não bebia álcool com frequência, mas era tentador agarrar
a garrafa. Acabou escolhendo um refrigerante, a última coisa que precisava era ficar
uma bêbada falante. Era antiprofissional beber no trabalho, mas ela tinha jogado fora as
regras quando tinha feito sexo com Darkness.
A porta da frente bateu aberta quando Darkness entrou. Ela bateu fechada atrás dele
com força suficiente para sacudir a casa. Kat assistiu Darkness da divisão entre a sala e
a cozinha. Ele estava de uniforme, mas tinha deixado o capacete em algum lugar. A
única pele que estava à mostra era do pescoço, a expressão poderia ter congelado como
gelo.
Kat se virou para olhar Darkness e deu um passo atrás contra o balcão para dar um gole
no refrigerante. Ela cuspiu-o a poucos passos a frente.
— Estamos vestidos.
Darkness se lançou para frente e Kat ficou tensa, fechando os olhos. Ele não a tocou.
Ela bravamente o olhou e Darkness parou alguns passos á frente, olhando para baixo,
para ela. Kat relaxou. Eles olharam um ao outro por bons minutos.
— Eu não sei. – Kat olhou para o ponto branco na roupa dele. – Eu não pensei sobre
isso, no entanto arrisquei muito. Eu não ganho nenhum ponto? – Kat ergueu o olhar,
estudando os olhos bonitos de Darkness. Ele continuava furioso. – Vou assumir que
você os tem sob vigilância desde que está aqui?
— Sim.
— Eu apenas disse que eles estavam agindo de modo suspeito e que tinha um mau
pressentimento. – Darkness balançou a cabeça. – Dobramos nossos times lá fora para
manter um olho nos trabalhadores. Eles não serão capazes de fazer nada sem ser
notado. A presença maciça dos oficiais deveria dissuadi-los de tentar qualquer
atividade que possam ter planejado.
— Obrigado por manter meu nome longe disso. – Isso fez Kat se sentir um pouco
melhor.
Darkness pegou a bochecha dela, a sensação do couro contra a pele dela era estranha,
mas sexy.
— O que pode me dizer, Kat?
— Não muito.
— Não estive em contato com ninguém desde que cheguei em Homeland. Eu fiquei
surpresa, vendo-os aqui.
— Realmente não sei o porquê deles estarem aqui. – A frustração se ergueu. – Eu odeio
essa dança, você não?
— Eu não acho que eles deveriam estar aqui. – Kat escolheu as palavras
cuidadosamente.
— Não.
— Eu deveria ficar.
— Não ao pé da letra, nesse caso. Vim para dar aulas, isso é tudo.
— Sim ou não?
— Droga! – Ele agarrou os quadris dela, seu aperto gentil, e a colocou longe do balcão.
– Pra mim chega.
Kat arfou quando Darkness a ergueu e os ombros dele bateram no quadril dela. Ele a
ergueu e carregou nos ombros para o quarto principal. Kat não gritou ou protestou até
que ele a jogou na cama.
— Regras. – Darkness assobiou. – Sem roupas, sem mentiras. Retira a camisa antes que
eu o faça.
Kat ficou de joelhos e puxou a camisa pela cabeça, então desceu a calcinha e jogou-a
no chão. Darkness se despiu da calça, cueca a camisa. Ele respirou pesadamente
quando parou nu na frente de Kat, ainda parecendo furioso. Ele tirou as luvas por
último.
— Não. – Kat se sentou sob as pernas, olhando para ele. – Não posso dizer a você o
que quer, você me ouviu? Eu não tenho ideia de porque eles foram enviados. Tudo o
que posso pensar é que eles talvez queriam ver os danos em primeira mão.
— NÃO! – Seu próprio temperamento chamejou novamente. – Já disse a você que não
tive nenhuma associação com aqueles idiotas. Eu não estava em algum plano para
ganhar a confiança de vocês. Também não sou uma assassina. Não foi disso que você
me chamou? Totalmente não é verdade.
Kat o estudo dos pés a cabeça, Darkness estava semiereto e era bom de ver quando ele
estava nu e respirando pesadamente, mesmo que fosse por estar perdendo a paciência.
Kat podia ler as emoções pela linha tensa do corpo dele e pelo jeito que os lábios se
curvaram apenas o suficiente para ver as presas.
— Por quê?
— Porque sou estúpida, obviamente. Veja aonde isso me levou. Você está pronto para
se lançar em mim.
Por que ele acha que eles estão atrás de uma mulher?
— Seria um homem,
— Não.
— Você não vai contar a ninguém que estamos nisso, mas você tem problemas
mantendo esse segredo?
— Não.
— Nua, lembra? – Kat correu a mão pelo corpo. – Eu prometi nunca mentir para você
quando estivesse desse jeito. Não é um Espécie quem eles estão procurando.
— Um membro da força-tarefa?
— Você acha?
A linha estava lá, Kat podia vê-la mentalmente entre seu trabalho e Darkness.
— Não posso. – Ela se sentia mais frustrada do que assustada. – Estou apostando e já
disse muito, Darkness. Me dê um tempo, okay?
As mãos de Darkness serpenteou e agarrou o ombro de Kat, ele a empurrou e ela caiu
de costas. Kat arfou, mas então Darkness agarrou suas pernas, puxando-a na horizontal.
Ele ficou em cima dela, prendendo-a sob seu peso. Eles estavam nariz com nariz.
— Dê-me um nome.
— Não posso.
Kat assentiu.
— Então me diga.
— Não posso.
— Vá em frente e me morda. – Kat não lutou com ele. Darkness era muito forte e ela
sabia que isso seria um alvo. – Continuo não podendo fazer isso sem perder meu
emprego e ter isso em uma tempestade de problemas. Inferno, eu já estou nele se
aquela ligação vier à tona.
— Por que você iria assumir esse risco? – Um pouco da raiva dele desapareceu. –
Apenas me diga, Kat.
— Eu apenas planejava dar algumas aulas, isso é tudo. – Kat deveria saber que aquela
pergunta estava chegando.
— Eu não sei por que ele estaria aqui, mas tenho a impressão de que ele não ficaria
aqui se tivesse escolha. É tudo o que posso dizer.
— Essa é minha suposição. – Kat fechou os olhos. – Não é como se a ONE deixasse
que alguém mais soubesse o que está acontecendo ou por que eles manteriam alguém
aqui. É isso, não posso dizer mais nada.
— Não se tranque para mim. – Darkness desceu e correu o nariz ao longo da garganta
de Kat, rosnando suavemente.
Kat se mexeu embaixo de Darkness e abriu as mãos no peito dele, a pele firme e quente
era maravilhosa. Ela amava o corpo dele e todas as memórias vieram com a última vez
que ele a tivera nua debaixo dele.
— E sobre isso?
— Eu corri um risco hoje. Você não pode me agradecer pela indicação? Foi até mesmo
depois que você me deixou com raiva na sala de escalada. Como se eu fosse para cama
com o Jinx. Eu poderia te socar por isso. Apenas aconteceu de eu gostar de você por
uma razão que desconheço nesse momento.
Kat abriu os olhos quando Darkness ergueu a cabeça para longe do rosto dela,
apostando que deveria se arrepender. Toda a raiva tinha sumido do rosto dele enquanto
realmente sorria.
— Obrigado.
— Você queria a verdade, eu a dei a você. Espero que isso funcione dos dois lados.
— O que você pode me dizer? – Darkness olhou profundamente dentro dos olhos de
Kat. – Isso vai ficar aqui.
— Não.
Kat hesitou. Queria tanto confiar em Darkness que seu peito doeu de vontade, mas sua
carreira estava em jogo.
— Teoricamente, há alguém aqui que meu chefe quer muito. Isso é pessoal para ele.
— Por quê?
— Eu não sei. Está me deixando louca. Como ele conhece essa pessoa e por que iria se
dar a todo esse trabalho para, hum... pedir a alguém para ajuda-lo a fugir?
— Você está aqui para ajudar alguém a escapar? – A expressão de Darkness endureceu.
— Eu planejo apenas dar aulas. Quantas vezes tenho que dizer isso?
Darkness girou e rolou de cima dela para deitar de lado próximo a ela. kat virou de lado
para vê-lo. Darkness olhou para o teto e as mãos dele se ajeitaram sob a cabeça, aquilo
matara o humor. Ele não parecia mais interessado em sexo.
— Eles não podem chegar a quem quer que seja, se ele está aqui. Eu não sei disso com
certeza, nem meu chefe. Ele suspeita.
Darkness se sentou e deixou á cama, Kat o assistiu com o coração pesado. Ele estava
com raiva novamente e ela sabia que seja lá qual relacionamento eles tinham iria
provavelmente terminar no momento em que ele saísse pela porta. Ele talvez a jogasse
para fora de Homeland. Kat tinha arriscado a carreira dizendo a ele sobre aqueles
agentes. Ele iria pendurá-la para secar com a ONE. Eles teriam aberto uma
investigação completa e eventualmente isso chegaria a Mason, seu chefe iria saber
onde colocar a culpa.
— Eu também. – Era como ela suspeitava, ele estava colocando isso exatamente entre
eles.
— Apenas me diga o nome do macho, Kat. Não me faça fazer isso. – Ele se aproximou,
algemas de plástico nas mãos. Darkness olhou delas para Kat.
Darkness a virou e Kat lutou, muito tarde, no entanto. Ele era mais rápido e mais forte,
prendendo-a com o joelho na bunda dela. Kat arfou enquanto Darkness a pressionava
contra a cama, segurando os pulsos dela atrás das costas. Em segundos ela estava
algemada, Kat virou de lado, olhando para ele.
Darkness fechou as calças e então se aproximou, batendo o lado de Kat no dele. Ele
pegou o canto do cobertor e passou ao redor dela.
Darkness a ergueu e Kat estava sobre os ombros dele novamente, o cobertor caiu no
rosto, cegando-a.
— Maldito seja! - Kat estava furiosa. – Tá pensando que vou correr? Dá um tempo. Já
vi seus procedimentos de segurança. Eu nunca escaparia de Homeland a menos que
alguém me permitisse sair pelo portão. Me bota no chão e deixa eu me vestir.
— Minha casa.
— Por quê? – Aquilo não parecia bom, mas era melhor que ser presa.
Darkness parou e a porta deslizante se abriu, os pés descalços de Kat sentiram a brisa
apesar dela não poder ver nada.
— Me leve de volta.
— Não. – Os braços fortes dele detrás das pernas dela a mantiveram no lugar quando
Darkness caminhou na pequena divisória entre as casas deles. Segundos depois ele
entrou na casa e fechou a porta.
Capítulo Onze
— Darkness, o que você vai fazer? – Kat odiou o jeito que sua voz tremeu.
— Você vai me machucar? – Isso foi um choque. Eles não tinham exatamente uma
relação sólida, mas eles tinham sentimentos. Darkness poderia tortura-la? Mutilar? Sua
mente foi instantaneamente para Darwin Havings e o que ele e seus assassinos tinham
feito a Darkness. Ele tinha sido ensinado pelo pior da humanidade, mas não era um
monstro. Kat não o via assim. Darkness era atormentado pelo passado. Um homem sem
remorso não iria ter arrependimentos, Darkness era um bom homem, com muitos deles.
Ele a desceu em algo macio, mas a rolou antes que Kat pudesse tentar avaliar onde
estava. Ela virou a cabeça, liberando-a do cobertor, para se encontrar em uma cama.
Virou-se o suficiente para olhar para Darkness, ele a olhava tristemente.
— Diz pra mim o nome do humano. Não vamos fazer isso, Kat.
— Que droga, Darkness. Eu já te disse muito. Quantos prisioneiros vocês tem aqui?
Procure por todos eles. Pelo menos desse jeito isso vai parecer genérico e não vou
colocar um alvo nas minhas costas se você vier com algo.
— Agradeço isso, agora entenda isso. Vou te fazer me contar tudo. Sem mais jogos ou
meias verdades. Não mais dando dicas. Você vai começar do começo e me contar tudo.
De outro modo... – A voz dele sumiu.
— Eu lamento ter tentado te ajudar. Pensei que éramos amigos. – Isso a chateou.
A dor aguda que aquela palavra criou realmente doeu, Kat ergueu o queixo.
— Tudo bem, meu nome é Kathryn Decker e eu trabalho para o laboratório de crimes
de Bakersfield. Você pode pegar suas regras e enfiá-las na bunda.
— Entendido.
Darkness atravessou o quarto para o closet, abriu uma porta e desapareceu dentro. Kat
lutou contra as lágrimas, tinha dormido com ele e começado a se preocupar com ele.
Darkness obviamente não tinha sentido nada por ela em retorno. Kat olhou para a
janela, as patrulhas vinham com frequência, mas seria perigoso se jogar através do
vidro, mesmo que fosse temperado, e esperava que os oficiais ouvissem o barulho e
viessem resgatá-la. Ela poderia provavelmente acabar nas instalações médicas deles,
Darkness iria permanecer com as mãos nela. Eles apenas a levariam para o interrogador
número um.
Darkness saiu do closet com uma sacola e a deixou no chão, Kat olhou para ela e então
assistiu Darkness deixar o quarto. Sua atenção retornou para a sacola, aquelas eram as
ferramentas dele. O que Darkness tinha planejado para ela? As possibilidades eram
horríveis e limitadas. Ele poderia quebrar ossos, arrancar os dentes ou a escavar com
uma faca. Kat tremeu, se sentindo exposta.
Ele pode estar blefando. Kat esperava que sim. Darkness retornou, carregando uma
cadeira de escritório. Kat pestanejou quando ele bateu a cadeira no chão e se
aproximou, Darkness girou para ela e se curvou, agarrando Kat pelo quadril; ela arfou
enquanto ele a erguia e colocava na cadeira.
Kat olhou para ela, tentando espiar. As mãos dela podiam estar atrás das costas, mas
isso não significava que estava indefesa. Darkness se moveu mais rápido do que Kat
achava ser possível, um braço passou ao redor de seus quadris e ela arfou enquanto era
presa na cadeira. Ele rosnou para ela, a fúria brilhando no rosto.
Darkness retirou laços elásticos e, embora Kat tenha lutado, segurou Kat na altura dos
cotovelos para os braços da cadeira, por trás. Ele facilmente a subjugou. Darkness se
ergueu e foi para a cama, agarrou um travesseiro e retornou. Ele foi para trás de Kat e
ela arquejou quando ele colocou o travesseiro entre a parte inferior das costas e a
cadeira. Darkness se endireitou, virou e caiu nos joelhos na frente de Kat, então pegou
mais laços elásticos da sacola.
Essa era uma boa indicação de que ele não queria infligir dor.
Ele ia ter certeza que ela não sairia da cadeira. Kat hesitou, mas fez isso. Seu nível de
medo tinha caído consideravelmente.
— Você está frustrado, entendo isso. Por que nós dois não nos acalmamos e
repensamos nisso?
Darkness prendeu seus tornozelos nas pernas da cadeira, então Kat não podia erguê-los.
Ele alcançou atrás dela e segurou o quadril, puxando a bunda dela para a ponta.
Darkness ajustou o travesseiro, então voltou e separou as pernas de Kat, expondo a
boceta. Kat tentou voltar, mas o travesseiro não iria permitir isso.
— Essa será uma sessão de tortura sexual? Ao invés de apenas seduzir para fora de
mim, como da última vez? Okay, nova abordagem. Isso está começando a parecer um
pouco bizarro. – Kat tentou usar o humor.
— Eu iria preferia isso à tortura real, a coisa toda de sangue e dor iria ser péssima. –
Kat permitiu que os sentimentos se mostrassem. – Nunca iria te perdoar.
— Você pensa que eu teria realmente machucado você? Que eu poderia? – A boca de
Darkness se torceu e ele pestanejou.
— Eu poderia, mas não vou. Nunca se esqueça disso. – As feições dele endureceram e
todas as emoções desapareceram.
Isso reafirmou a fé de Kat em Darkness e os sentimentos que tinha começado a ter por
ele. Darkness se curvou um pouco e alcançou dentro da sacola mais uma vez, ele se
endireitou e estendeu uma mordaça de bola. Kat tinha visto elas nos filmes de sexo.
— Sem chance.
— Abra a boca.
— Não quero que ninguém ouça seus gritos. Espécies tem excelente audição.
— Então isso é um ‘inferno, não’ – Kat cerrou os dentes e mostrou isso a ele separando
os lábios.
Darkness abaixou a mordaça e alcançou dentro da sacola novamente, pegando uma fita
adesiva.
— Essa vai doer. Seus lábios são sensíveis, Kat. De um jeito ou de outro, terei você
amordaçada.
— Por que está fazendo isso? Ambos sabemos que há limites no que podemos um para
o outro. Esse foi um acordo entre nós.
— Dá um tempo.
O queixo de Darkness abaixou e ele fechou os olhos, Kat relaxou. Seus instintos
estavam certos. Darkness não a machucaria quando ela tinha sido uma estranha, eles
tinham compartilhado momentos íntimos desde então. Darkness se abrira com ela e
tinham ficado mais próximos. Kat entendia as frustrações dele, senti-as também.
Darkness ergueu a cabeça e rosnou, agarrando próximo ao rosto dela com as presas
expostas. Kat arfou e foi para trás, não esperando isso. Darkness enfiou a borracha
entre os dentes dela. Kat tentou usar a língua para empurrar e virou a cabeça ao mesmo
tempo, Darkness agarrou os cabelos dela no topo do pescoço até que realmente doesse,
segurando-a parada enquanto a outra mão mantinha a borracha no lugar. Ele colocou
um pouco mais para dentro e então agarrou o queixo de Kat, segurando-o fechado ao
redor da bola; agarrou o laço sobre a cabeça e segurou.
Darkness a soltou e Kat tentou praguejar, isso saiu abafado. Ela foi para trás, tentando
esfregar os cabelos contra o encosto da cadeira, para mexer a amarração. Darkness
puxou-a para frente e balançou a cabeça. Ele a manteve lá enquanto pegou um grampo
e o ergueu, colocando atrás dela; isso se prendeu nos cabelos de Kat, segurando-os no
lugar. Ela fervilhava, olhando para ele.
Kat olhou para ele até que Darkness quebrou o contato visual, um profundo suspiro
veio dele. Olhou para cima, arrependimento curvando um pouco os lábios, então se
esticou e gentilmente removeu o grampo e a tira de couro, permitindo que Kat cuspisse
a mordaça.
— Tudo bem. Mantenha isso baixo. Não posso ficar firme com você me olhando desse
jeito.
— Obrigado.
— Apenas mantenha isso baixo, Kat. Quero dizer isso. De outro modo, teremos
companhia e prefiro que ninguém mais veja você amarrada a essa cadeira.
— Eu não iria gostar também. – Kat olhou abaixo para o corpo e murmurou o quão
ruim isso seria.
Kat olhou para ele em vez de falar. Darkness estava sendo um bastardo controlador,
mas não tanto quanto tinha sido. Ele se sentou sobre as pernas e olhou para baixo,
desabotoando a calça, ele a deixou, mas deixou a frente aberta, revelando uma linha de
pele bronzeada e a evidência de que não tivera tempo de colocar a cueca.
Kat testou os laços a segurando no lugar, mas não conseguiu se soltar. Não estava
exatamente desconfortável na cadeira acolchoada e as restrições não estavam muito
apertadas. Darkness agarrou as coxas de Kat e as separou, então se ergueu nos joelhos
para colocar os quadris entre elas para que Kat não pudesse fechá-la novamente.
Ela olhou dentro dos olhos dele e imaginou o que Darkness faria com ela, um pouco da
evidente diversão dele fugiu.
— Eu não vou entrar em você, apenas não queria minha calça roçando no meu pau
porque eu sei que vou reagir a você. Você tem um jeito de deixar um macho
desconfortável.
Darkness alcançou dentro da sacola que Kat tinha começado a odiar, ela virou a cabeça,
preocupada sobre o que ele tiraria da próxima vez. Darkness hesitou até que ela olhou
de volta para ele.
— Pensei que isso talvez chegasse a esse ponto e fiz umas pequenas compras com você
em mente. Entrega durante a noite é uma ótima opção que os humanos tem, eu gosto de
estar preparado. – Ele pausou. – As coisas mudaram entre nós agora. Eu conheço você
melhor e levei um monte de tempo estudando uma forma de como fazer isso.
Uma parte de Kat estava lisonjeada, tinha a suspeita de que aquela sacola continha
brinquedos sexuais. Nenhum homem tinha feito isso para ela antes e era excitante.
O segundo item que ele retirou a fez engolir com força. Kat olhou para o grande
vibrador, ele tinha uma cabeça arredondada de borracha e um longo cabo. Darkness a
permitiu olhar por alguns segundos antes de pegar o lubrificante, tirar a tampa e encher
a ponta do vibrador com o gel transparente.
— Eu vou te fazer gozar de novo e de novo. – A voz dele se aprofundou. – Está pronta,
minha pequena gata fingida.
— Sim.
Kat tivera fantasias sobre um homem fazendo isso a ela, mas Darkness ia tornar isso
realidade. Ela assentiu.
Darkness colocou o tubo de gel no chão e correu a ponta dos dedos pelos mamilos de
Kat, eles endureceram ao toque. Ele usou o polegar para circular a ponta e ela
respondeu instantaneamente.
Darkness ligou o vibrador, o som era alto na sala e Kat apostava que ele tinha baterias
novas para isso, desde que parecia estar na potência máxima. Kat ficou tensa quando
Darkness o abaixou e isso pairou centímetros acima de sua vagina. Ela olhou para
baixo e então para Darkness, o coração acelerou imediatamente e a excitação quase á
fez ofegar antes mesmo de começar.
Um braço passou ao redor dos seus quadris e Darkness muito a puxou até a ponta do
assento.
Kat ergueu o queixo, Darkness não tivera o nome por ela antes e não o teria agora. Esse
era um tipo de jogo extremamente sexy entre eles realmente, de um jeito distorcido. Ela
aceitou aquela revelação surpreendente e não lutou, queria que ele continuasse.
Darkness esfregou o vibrador contra o clitóris de Kat e ela gemeu. Os braços dele se
apertaram, segurando-a no lugar. Kat tentou agarrá-lo, apenas para ser lembrada de que
seus braços estavam presos, ela queria tocá-lo. Darkness aumentou a velocidade e Kat
gemeu mais alto, o orgasmo veio forte e rápido. Ela lançou a cabeça para trás e abriu os
olhos, olhando dentro dos olhos de Darkness enquanto o corpo se sacudia com a força
do orgasmo.
Ele afastou o vibrador e Kat relaxou, respirando fortemente. O olhar no rosto dele disse
a ela que ele foi afetado. Darkness tinha aquele olhar faminto e sexy que Kat tinha visto
antes. Ela olhou para baixo, notando que o pênis dele estava duro.
— Ainda não.
Darkness o pressionou contra o já sensível clitóris de Kat, ela gritou e tentou se afastar,
mas ele a segurou no lugar, forçando-a a sentir. Era muito, mas Kat não pôde dizer a
ele desde que nada entendível saia de sua boca. Darkness aumentou a velocidade e Kat
conheceu o inferno, doía de modo tão bom e ela gozou pela segunda vez. Ele desligou
o vibrador e se aproximou, pressionando o peito contra o dela e os lábios acariciaram a
orelha de Kat enquanto ela tentava pegar ar.
— Imagine uma hora disso. – Darkness rosnou. – Porra, você cheira bem. Eu poderia te
comer. Você está toda molhada, doçura. No entanto, foi por isso que escolhi o vibrador;
isso é sobre quebrar você, não eu. Um gosto e eu teria me perdido. – Um baque de luz
soou, Kat apostava que era o vibrador. Os dedos de Darkness brincaram com seu
clitóris e esfregaram a entrada do seu sexo. – Eu quero entrar.
— Diga-me o nome.
— Não posso. – Kat desejava poder, mas seu orgulho não iria permitir que ela
entregasse isso facilmente. Isso tinha se tornado uma batalha de vontades.
Um dos dedos de Darkness entrou em sua boceta e Kat gemeu, ele o deslizou e então
quase o tirou. Hesitou antes de se pressionar de volta, profundo.
— Você me quer?
Ela assentiu.
— Droga. – Darkness retirou o dedo. – É um inferno torturar você, não sei qual de nós
sofre mais.
— Quer me torturar um pouco mais? – Kat sorriu, ela suspeitava que Darkness tinha
iniciado a discussão porque ele gostava da disputa verbal tanto quanto estar no controle
dos encontros deles. A necessidade dele por respostas era seu trabalho, mas a
necessidade por esse jeito era o prazer dele. Ainda assim, Kat ficou feliz quando
Darkness removeu as restrições da cadeira.
Darkness liberou os tornozelos dela primeiro, então o tronco. Ele se ergueu e agarrou o
braço de Kat, ajudando-a a se levantar. Os joelhos dela tremeram um pouco e o
molhado descendo pelas pernas era uma prova de que Darkness era muito bom em
fazê-la gozar forte, duas vezes seguidas.
— Significa que estou feliz que tenho uma cama maior que as do seu chalé. É o
tamanho perfeito. – Ele se curvou e pegou o vibrador.
Kat o assistiu caminhar até a cama e agarrar um travesseiro, Darkness o deixou cair na
ponta do colchão e colocou o vibrador em cima dele com a ponta arredondada quase
caindo. Ele ligou o vibrador, se aproximando e pegando o braço de Kat.
Ela quase sentiu quando ele a empurrou para frente, ela tropeçou e então se encontrou
curvada na cama. Darkness agarrou os quadris de Kat e a colocou para baixo,
deixando-a de joelhos.
Uma das mãos dele deslizou entre a barriga de Kat e a cama, Darkness a ergueu dos
joelhos até que a maior parte do seu peso estivesse contra o braço dele. Darkness
agarrou o travesseiro com a mão livre e o deslizou para debaixo de Kat, ajustando-o e
então a abaixou. Kat arfou. O vibrador tinha terminado exatamente contra o clitóris. O
tecido aveludado do travesseiro manteve o plástico contra a curva do seu estômago, Kat
torceu as mãos atrás das costas.
Kat assentiu, selando os lábios. Hipersensível ou não, ela iria tentar. Darkness tinha um
jeito de fazê-la querer forçar os limites e tentar coisas novas.
Ele deixou as pernas dela abertas, impedindo os joelhos dela de tocar o chão com o
corpo pressionado contra a bunda dela. Uma mão se abriu na bunda de Kat enquanto
Darkness se afastava um pouco, colocando espaço entre eles. Isso a manteve no lugar.
Kat gemeu quando a larga cabeça do pau de Darkness se pressionou contra a entrada de
sua boceta. Ele entrou nela vagarosamente, agarrando seus quadris. Darkness a
manteve parada enquanto começou a se mover, entrando profundamente.
As vibrações contra seu clitóris combinadas com estar sendo fodida deixaram Kat
incapaz de pensar. Ela queria arranhar algo, mas suas mãos continuavam presas atrás
das costas. Encontrou o carpete com os dedos dos pés e tentou usar a tração para se
erguer do vibrador, Darkness não iria permitir isso, as mãos firmes nos seus quadris a
prendendo no lugar.
— Oh Deus. – Ela gemeu.
Darkness estava no paraíso e no inferno. Kat gemia mais alto e ele tinha a urgência de
gozar. Já tinha ficado excitado, vendo o rosto dela enquanto gozava duas vezes. Agora
que ela estava sob ele, ele dentro dela e isso era quase demais. Kat estava molhada e
quente, os músculos internos o segurando apertado e ele sabia que ela ia gozar
novamente. Ele rangeu os dentes, lembrando muito tarde que não tinha colocado uma
camisinha.
Darkness queria lançar sua semente dentro dela. Apenas pensar nisso deixava suas
bolas gritando pela liberação. Kat gritou e suas paredes vaginais começaram a
convulsionar ao redor do pau. Darkness a ergueu o suficiente para tirar Kat do vibrador
e a tranquilizou. Seu pau era puro aço, inchado, mas ele segurou sua própria liberação.
Puxou pequenas respirações, ouvindo a respiração de Kat enquanto ela se recuperava, e
se retirou do corpo dela.
Eu iria me sentir muito melhor se não tivesse saído. Darkness engoliu um rosnado, isso
o chateou. Ele sabia bem que não podia tocá-la sem uma camisinha, seria um pesadelo
se deixasse Kat grávida. Ela era alguém em que ele nunca poderia confiar, era do FBI e
enquanto pudesse força-la a ficar em Homeland até que ela tivesse o bebê, depois ela
teria a escolha de ir embora, sozinha. Uma criança Espécie nunca estaria a salvo no
mundo dela. Kat iria abandonar uma criança por sua liberdade? Ela iria contar ao
mundo que eles eram capazes de ter crianças? Darkness não sabia e nunca queria
descobrir. Isso colocaria todas as Espécies pequenas em risco e seria totalmente sua
culpa.
— Não, isso foi apenas acima da média. Acho que perdi células cerebrais. – Ela
gargalhou.
Darkness odiaria ter machucado Kat acidentalmente, apesar de saber que ela não era
quem dizia ser, ele a admirava. Muitas fêmeas provavelmente teriam protestado pelo
tratamento dele, Kat não parecia não se incomodar com a necessidade dele de controlar
o sexo.
— Continuo não podendo contar o nome pra você. O que vem mais? Posso ter alguns
minutos primeiro? Estou realmente sensível?
— Vamos tomar banho. – Darkness se afastou e ajudou Kat a se firmar nos pés.
— Essas já podem ser retiradas? – Ela se virou, mostrando as algemas. – É difícil lavar
as costas de outra forma.
Darkness caminhou para a cômoda e retirou uma faca, Kat não piscou quando ele e
aproximou e não viu medo. Ele cortou as algemas, ela sorriu e esfregou os pulsos.
Darkness se virou e jogou o fio plástico na cômoda.
— Siga-me.
— Terei que pegar algo para vestir ao voltar para casa. Não vou fazer a coisa de
deslizar sorrateira para casa, já vi seu sistema de vigilância. Eles filmam tudo em
Homeland. Os NE possuem aqueles vídeos mais engraçados para mostrar? Não quero
fazer parte dessa coleção.
Darkness não poderia ajudar, mas riu. Realmente gostava de Kat. Foi um lembrete
desagradável, no entanto, de que ele gostava dela um pouco demais. Ele pausou na
porta do banheiro.
Darkness não perdeu a reação de Kat. Desapontamento. Ela era fácil de ler quando a
guarda estava baixa.
Ele a tinha ferido, Darkness viu a ponta de dor nos olhos de Kat antes que ela a
escondesse.
— Certo, como se o que fizemos não fosse. – Kat passou por ele. – Que seja.
— Acho melhor fechar isso. Provavelmente vai ser muito pessoal me ver tomar banho,
a menos que você ache que vou roubar suas toalhas ou o sabonete.
Ela bateu a porta. Darkness ficou tentado a abri-la, dizer algo, mas ele permaneceu lá,
no entanto. Kat iria deixar Homeland em breve e ele não queria perdê-la, seria melhor
se o tempo deles fosse limitado a apenas sexo. Ele não iria comer o almoço com ela,
compartilhar as intimas tarefas domésticas ou permitir que ela dormisse na cama dele.
Darkness caminhou até a cadeira e a carregou de volta para o quarto vazio ao lado, o
som da água no banheiro o tentou. Ele poderia estar lá com ela, mas ao invés disso ele
limpou o quarto, escondendo todas as evidências do que eles compartilharam. Exceto o
aroma de Kat, isso enchia o quarto. Era ligeiramente tão forte quanto ás memórias dele
de tocá-la.
O chuveiro foi desligado e Darkness colocou um par de calças, não querendo estar nu
na frente de Kat. Ela saiu do banheiro usando uma toalha, a pele corada pela água
quente e o cabelo preso em outra toalha que estava enrolada ao redor da cabeça. Ela
parecia adorável e ele odiou notar.
— Já passamos disso.
— Ou você me conta ou terei oficiais para te pegar em vinte minutos. Isso significa,
fazer suas malas e deixar Homeland. Você não será permitida a voltar.
— Você quer dizer isso? – Kat olhou dentro dos olhos de Darkness, a cor se esvaindo
do rosto.
— Sim.
— Então agora você está trocando sexo por informação? – Um rubor cobria as
bochechas de Kat.
— Pense nisso como uma recompensa. Nunca mais vou te tocar novamente se você não
falar, Kat. É como isso vai ser. Você sabe o quão bom o sexo entre nós é e não vai
arriscar perder isso. Estive te estudando.
— O que isso significa?
— Vou fazer as malas. – A expressão de Kat se fechou, ela tentou caminhar ao redor de
Darkness para deixar o quarto.
Darkness quase desejou que Kat não tivesse olhado para ele, dor pura se mostrava nos
olhos dela.
— Você me teve sob vigilância como se eu fosse um tipo de criminosa, peguei o que
significa. Eu sou sua tarefa. Estou cansada desse jogo, Darkness. Pensei que havia algo
entre nós, mas tudo foi um movimento de xadrez para você. Você venceu.
Ela puxou forte e Darkness a soltou. Ele hesitou antes de segui-la pelo corredor.
— Kat?
—O que foi agora? Você quer sua toalha? – Kat parou e se virou, ela tirou a que estava
na cabeça jogou para ele. Isso bateu direto no peito. – Nunca mais diga que peguei algo
seu. Deus me livre de você dar algo a alguém.
— Você avisou. Apenas pensei que você tinha problemas, ao invés disso você tem gelo
dentro de você.
— Você é um excelente juiz de pessoas, foi treinado para ser. Eu fui tão fácil de ler?
Gostou de me ver quando eu não tinha conhecimento disso? Fez meu perfil?
— Besteira. Eu gritava ‘solitária’ para você? Pensei que você me queria porque estava
atraído por mim. Ao invés disso, era apenas um jogo mental para você. Ninguém pode
fechá-lo tão rápido e é real. Não foi difícil, foi? Você brincou comigo.
Darkness se moveu antes que pensasse, agarrando Kat pelos quadris e a ergueu. Ele a
segurou contra o peito e se recusou a soltá-la quando ela lutou. Darkness resmungou
quando Kat lhe deu uma cotovelada em sua costela e bateu com o calcanhar em sua
panturrilha, a cabeça dela indo para trás e quase o atingindo no queixo. Apenas seus
bons reflexos o salvaram de ser acertado, ela girou e caiu em cima do sofá; Darkness
virou Kat nos braços e caiu, acertando o estofado com ela embaixo dele.
Kat lhe deu um soco que sacudiu a maça do rosto. Doeu, mas Darkness agarrou o pulso
de Kat e o prendeu acima da cabeça dela. Kat tentou bater a palma da outra mão na
garganta dele, mas Darkness cuidou para captura-la antes que ela pudesse fazer contato.
Ele usou seu peso para prendê-la firmemente contra ele até que estivesse nariz com
nariz.
— Foda-se.
Darkness rosnou e olhou nos olhos de Kat, ela estava furiosa também.
— Ah, você fez isso por vontade própria. Eu te daria tapinhas nas costas, mas você é
muito forte. – Kat tentou quebra aperto nos pulsos, mas Darkness apenas a sacudiu
ligeiramente. Ela parou e ele liberou o aperto o suficiente para não machuca-la.
— Se acalme, Kat.
— Não quero que você vá embora acreditando que menti para você.
— Estamos vestidos... Bom, eu tenho uma toalha pelo menos. Isso é o que fazemos,
lembra?
— Não se atreva. Já estou cheia de ser ferrada por você. – Kat olhou ao redor da sala de
estar. – Existem câmeras aqui? O time de segurança está assistindo?
Kat realmente acreditava que ele tinha dormido com ela para ganhar uma vantagem.
Darkness abaixou o rosto e o esfregou contra o cabelo molhado dela. Kat cheirava
como ele depois de usar seu xampu e condicionador, isso o deixou ligado, mas se
recusou a ceder ao desejo. Kat tinha deixado claro que não queria mais sexo.
— Não, Kat. – Ele murmurou. – Isto é apenas eu e você, ninguém está assistindo. Finja
que não há roupas entre nós.
— Eu nunca quis ficar tão perto de uma fêmea novamente, mas não pude resistir a
você. A coisa mais esperta era nunca tocar você de jeito nenhum.
Ela se recusava a ouvir, Darkness deveria apenas deixar isso ficar daquele jeito, mas
não poderia. Kat não merecia ser magoada do jeito que ele tinha visto no quarto, ele
tinha sido usado antes e isso continuava doendo. Darkness não queria que ela saísse de
sua vida acreditando que ele tinha feito o mesmo com ela. Kat tinha confiado nele
quando o alertou sobre todos aqueles agentes, não estava certo do porque ela tinha feito
isso, mas isso não poderia beneficiá-la de jeito nenhum. Kat dissera que a confiança
corre em dois sentidos. Darkness não poderia contar a ela os segredos da ONE, mas
poderia compartilhar um dos dele próprio com ela. Isso poderia pelo menos torna-los
empatados.
— Darwin Havings era o chefe dela. Ela disse que ele a forçara a trabalhar para ele e
que ela estava ali apenas porque não tinha escolha. Eles usavam a família dela como
garantia. Ela tinha sido levada porque alguém pensou que sexo poderia ser um bom
incentivo para nos fazer mais fáceis de controlar. Mais tarde ela admitiu que o trabalho
dela, era ensinar como seduzir fêmeas para obter informações, ela disse que era uma
prostituta com experiência para me treinar para ser um amante hábil, mas isso era
supostamente para ser segredo.
Kat ficou mole embaixo dele e Darkness soltou os pulsos dela, se erguendo o suficiente
para ver o rosto dela. Kat olhava para ele, franzindo as sobrancelhas, isso retirou a raiva
e a dor que ele tinha visto antes. Darkness mudou seu peso, mas a manteve embaixo
dele.
— Eles a trouxeram a cada poucos dias para passar tempo comigo e podíamos planejar
como escapar com meus irmãos. – Darkness murmurou. – Eu pensei que poderia salvá-
los e ela.
Kat abaixou as mãos e as curvou ao redor dos ombros de Darkness, ela não lutou ou o
socou, então ele decidiu contar o resto da história.
— Acreditei que ela realmente me amava, acreditei nela sem questionar. Falamos sobre
tudo. Disse a ela sobre o que eles estavam nos obrigando a fazer e todos os meus
medos. Descobri depois que nada do que ela dizia era confiável. Ela me traiu desde
começo e isso custou a vida dos meus irmãos.
— Ninguém a forçou a estar lá. Ela estava recebendo um monte de dinheiro para
ganhar minha confiança. Eu fui aquele que disse a ela que tínhamos uma fraqueza por
fêmeas e crianças, foi por isso que eles nos mandaram para aquele acampamento. A
informação que ela conseguiu de mim nos colocou lá, então eles poderiam ver quão
longe nós poderíamos ser empurrados para descobrir nossos limites. Eu tive meus
irmãos mortos porque eu confiei na pessoa errada. Eu tenho que viver com isso.
— Não. – Darkness sacudiu a cabeça. – Não quero sua pena. Estou contando a você
porque eu prometi nunca mais permitir que outra fêmea ficasse perto de mim. Eu
recusei montar qualquer fêmea que eles trouxeram a minha cela depois que fui levado
de volta para Mercile. Eu teria pensado em meus irmãos e não poderia nem mesmo
ficar duro. Minha fraqueza por sexo com a fêmea os matou. Mercile acreditava que eu
era emocionalmente danificado, então eles pararam de trazer fêmeas para as
experiências de reprodução. Eu recusei cada fêmea que se ofereceu para compartilhar
sexo desde que fomos libertados. Nunca mais me acuse de não te querer, Kat. Você é a
primeira tentação que não pude recusar.
— Você apenas espera que eu vá embora depois disso? – Kat balançou a cabeça. – Sem
chance.
— Darwin Havings acreditava que a fêmea era uma ponta solta. – Darkness cerrou os
dentes. – Você sabe o que eles são. Ninguém associado com aquela bagunça queria ela
caminhando livre para contar a alguém sobre o que tinha acontecido naquele
acampamento. Nunca diga que aqueles humanos cruéis não tinham um distorcido senso
de justiça. Eles pensaram que era acertado me deixar ser o único a matá-la depois de
dar a ela a impressão que tinha sido trazida para mim, então poderia me assistir morrer.
Ela teve um real prazer em contar quão estúpido eu tinha sido em alguma vez confiar
nela e quão desapontador tinha sido que ela não tinha visto meus irmãos morrerem
também. Disse que poderia ganhar um prêmio por atuação, desde que dormir comigo
tinha sido revoltante. Você deveria ter visto a cara dela quando os guardas a deixaram
lá sozinha comigo. Eu a matei, Kat.
Darkness não viu censura no olhar de Kat e ela não retirou o seu toque.
— Eu agradeço, mas ambos sabemos que isso foi errado. Eu deveria ter deixado os
guardas a matarem, eles estavam sendo pagos para seguir ordens. Eu fiz isso por
vingança.
— Era uma situação difícil depois do que ela apenas disse a você. Você reagiu no calor
do momento, causado pela dor que sofreu pelo assassinato sem sentido dos seus
irmãos. Acho que você está sendo muito duro consigo mesmo.
— É como eu sou, isso é o que vou continuar sendo e não posso mudar. Dei a você
tudo o que tinha para dar, Kat. Isso tem que terminar. Não posso me apegar a você.
— Eu não me importaria.
Ele relaxou, abaixando um pouco do peso, e fechou os olhos. Queria que o momento
pudesse durar, mas apenas o permitiu ligeiramente e se ergueu de cima dela.
— Você não deveria retornar para casa em uma toalha. Vou trazer algumas roupas.
— Não tenho que ir. Continuo tendo aulas para dar, mas iria insistir que as câmeras
fossem retiradas do meu chalé.
— Sei que você é do FBI, Kat. Assim como a ONE. Você compartilhou informações
que não deveria ter comigo, então esse sou eu retornando sua confiança. Eu estaria
com problemas se eles soubessem que te contei isso. Queriam descobrir porque você
veio permitindo que você mantivesse a farsa. Essa coisa entre nós acaba hoje. Não
fique por mim porque não vou te ver novamente depois que deixar essa casa. Vá para
casa antes que faça algo que poderia te deixar com problemas com a ONE, não quero te
ver machucada. Eu volto logo.
Darkness se curvou, pegando a toalha molhada dela e caminhou pelo corredor. Ele
jogou a peça no banheiro antes de retirar uma camisa e um short da cômoda. Quando
retornou para a sala, Kat não estava lá. Ela tinha ido embora. Darkness amaldiçoou, ele
não fez a ligação para a Segurança. Teria que deixar isso para Kat se ela quisesse ficar
ou ir, mas ele iria manter sua palavra. Iria evita-la, isso era para o melhor.
Capítulo Doze
Kat saiu pelos portões, ignorando os idiotas a chamando do lado de fora. Seu humor
estava cheio o suficiente para ela estar grata por não ter sua arma, talvez ficasse tentada
a atirar na boca de um protestante. O taxi esperava do outro lado da rua, ela apenas
enfiou a mala no banco traseiro e subiu depois; cuspindo o nome da companhia de
carros de aluguel. O motorista acenou e se afastou da confusão.
A ONE tinha que ter sabido o tempo todo, o fato não deveria tê-la surpreendido.
Darkness tinha dado dicas o suficiente, um pouco das questões sem resposta
continuavam. Eles sabiam seu nome real? Mason sabia que sua identidade tinha sido
descoberta? Se sim, ele estaria zangado. Kat colocou o cinto de segurança e fechou os
olhos.
Era um procedimento escrever um relatório. Mason iria mastigar sua bunda de um lado
para outro quando ela olhasse para ele, apenas não queria lidar com isso. A corrida
curta terminou e ela pagou o motorista, levou apenas alguns minutos para recuperar o
carro do estacionamento onde o tinha deixado.
Kat sempre tinha seguido as regras, era algo que ela tinha acreditado. A vida era uma
droga, mas seu trabalho fazia sentido em todo aquele caos. Tinha entrado na agência
para fazer a diferença, para ajudar a fazer do mundo um lugar mais seguro. Kat sentia
que Mason a tinha colocado na categoria dos caras maus, a ONE já tinha sido vitimada
o suficiente.
Escuridão a perseguia enquanto dirigia, sentia como se suas entranhas tivessem sido
arrancadas. Kat acreditava no que Darkness tinha dito a ela, nenhuma simpatia surgiu
pela vadia que ele tinha matado. Darkness talvez se sentisse atormentado por isso, mas
isso era limpo e seco para ela. Que aquela mulher tivesse ficado próxima a Darkness e
ainda o machucado daquela forma, a enraiveceu. Isso apenas cimentou seu pensamento
de que era menos uma pessoa diabólica existindo no mundo, graças a Darkness. Kat
lamentou a perda dos irmãos dele também, doendo por ele.
Nada mais fazia sentido, queria apenas ir para casa e lamber suas feridas. Kat olhou a
sua volta, percebendo que tinha dirigido sem rumo. Levou alguns minutos para
descobrir onde estava e pegar a via expressa. Era exatamente onde ela deveria ir. Lar.
Poderia haver horas ou dias antes que Mason percebesse que ela não estava mais em
Homeland, Kat não tinha visto nenhum dos três agentes que tinha reconhecido quando
foi embora, apesar de, ele poderia ter outra vigilância nos portões. Ela olhou para o
espelho retrovisor, procurando pela parte traseira; poderia ter colocado um rastreador
em seu carro também. Kat debateu se deveria sair e pegar outro carro alugado, mas
abandonou a ideia. Se Mason quisesse encontra-la, ele iria fazer isso. Não tinha sequer
dinheiro suficiente para ficar em um hotel, suas identificações e cartões de crédito
poderia ser rastreados.
Kat saiu da estrada para pegar alguma comida no drive-thru, isso não ajudou seu
estômago aborrecido. A causa disso era saber que nunca veria Darkness novamente, ele
tinha entrado sob sua pele de um jeito enorme. Sempre tinha debochado quando ouvia
uma de suas amigas dizerem que elas se apaixonavam forte e rápido por algum cara,
aquilo nunca tinha sido sua experiência.
Kat tinha amado antes, mas seu orgulho vinha sempre em primeiro lugar, era uma
consequência de sua infância. O primeiro passo para a aceitação era compreender o
problema. Seus pais tinham se divorciado quando ela tinha oito anos, cada um casando
com cônjuges mais jovens no segundo casamento. Sua mãe tinha terminado com um
trapaceiro em série para quem ela sempre dava desculpas, isso tinha enojado Kat. A
mulher do seu pai o tinha pelas bolas também. Kat tinha jurado que ninguém a faria de
idiota e tinha se afastado de qualquer homem que não se conformasse com sua versão
ideal de namorado.
Darkness não era como ninguém que ela teria casado ou quisesse passar o resto da vida.
Ele caíra na categoria ‘inferno, não’. Ele não iria apoiar sua carreira, viver com ele em
Homeland não iria funcionar. Ele não poderia deixar a ONE para viver em seu mundo.
Ele não estava emocionalmente disponível.
Não haveria momentos de banhos brincalhões em um futuro com ele. Nada de dormir
nos dias de folga, aninhada contra ele. Isso significaria que Darkness realmente teria
que deixa-la muito próxima. Uma risada afiada se ergueu e Kat a sufocou. Darkness
nem mesmo iria deixar que ela o tocasse durante o sexo, ele sempre a restringia. Ele
poderia ser o cara do pôster para questões de controle, Kat já tinha um monte deles ela
própria.
Eles apenas faziam uma horrível combinação. Isso não diminuiu o pânico que ela
sentia. Aquela dor no peito e as lágrimas no canto dos olhos eram realmente uma vadia.
Tinha se apaixonado por ele.
Kat piscou com força a visão de sua casa quando ela entrou na rua, lutando contra a
urgência de chorar. Isso não era algo que ela fazia com frequência. Ver o carro de
Missy ajudou a juntar as emoções. Kat desligou o motor, pegou a mala e desceu.
— Está em casa? – Kat gritou quando entrou na casa, colocou a mala ao lado da porta e
a chutou para fechar.
— É melhor você ser um trabalhador braçal quente ou minha melhor amiga. – Missy
chamou do andar de cima. – Eu tenho uma arma.
— Obrigado. Seu cabelo em um rabo de cavalo e manchas de tinta em seus joelhos não
é seu melhor look também.
— O tipo que você não pode me contar? Apenas me diga que você não foi ao inferno e
voltou com todas essas roupas. Nada dessa coisa de balas ou nada mais, certo?
— Estou bem.
— Estou.
— Odeio seu trabalho, já mencionei isso antes?
— Constantemente.
— Não.
— Isso é bom, desde que eu comi o último pedaço de pizza na geladeira. Eu não
descongelei nada, não tinha nenhuma pista de quando você ia vir para casa. Você vai
ficar ou apenas parou para pegar um novo conjunto de roupas?
— Eu tecnicamente ainda estou na minha tarefa, mas não planejo deixar a casa em
breve. – Kat olhou ao redor da sala de estar. – Gosto da estante que você colocou aqui.
— Obrigado. – Missy sorriu. – Eu iria receber o crédito, mas realmente foi meu
cunhado. Eu não pude ter sentido de direção e Ângela parou aqui. Ele parecia entediado
ouvindo nossas fofocas, então eu fiz a coisa de irmãs colocando-o para trabalhar.
— Bom trabalho.
— Ele era um bundão mal-humorado, mas Ângela disse a ele para pôr uma rolha nisso.
– Missy se curvou e agarrou a mala de Kat. – Vamos lá, nós vamos desfazer essa mala.
Você não tem nenhum segredo aqui que não posso ver, tem?
— Você a desfaz então, vou assistir. Estou feliz que você esteja em casa.
— No adestrador, eles vão trazê-lo em uma hora. O cão sentiu sua faltam, mas ele vai
estar chateado quando vir para casa. Ele vai receber a tosa de verão e você sabe o quão
emburrado ele fixa quando o colocamos naquele trauma. Ele leva isso para o lado
pessoal.
Kat estava feliz de estar em casa, isso colocava de volta o senso de normalidade que ela
precisava desesperadamente na sua vida naquele momento. Kat seguiu Missy escada
acima e elas viraram a direita, seguindo pelo corredor até seu quartos. Um som
pequeno a parou, Missy se virou.
— Oh, esqueci. Estou sendo babá para George, o do outro lado da rua.
Kat voltou para localizar o som e olhou dentro do quarto de Missy. Um pequeno gato
cinza com uma bola de lã descansava na cama, ele olhou de volta para ela. Os olhos do
gato a lembraram de Darkness, apesar da cor azul deles.
— Butch amou Gus, esse é o nome do gatinho. Ele tem dez semanas, não é um inferno
de fofo? É um pesadelo nas cortinas, mas elas eram feias de todo jeito. Coloquei a
caixa de areia em meu quarto, então não se preocupe. Mantive a porta do seu quarto
fechada, não que ele deixe meu quarto. Ele é tipo um medroso por ser um gato. A mãe
de George ficou doente e ele não podia deixar Gus sozinho.
— Está bem.
— Você está branca como uma folha, não me diga que gatos te assustam. Sei que você
não é alérgica.
— Fico feliz que você pense assim, planejo mantê-lo. George meio que se cansou dele
e queria encontrar uma casa para ele. Butch adorou Gus e acho que ele ficaria de
coração partido se Gus fosse embora. – Missy bateu os cílios. – Posso mantê-lo?
— Sabia que éramos melhores amigas por uma razão. Você está em casa, Gus! – Missy
abriu a porta de Kat e colocou a mala no closet. – Isso significa que você também vai
limpar a caixa de areia?
— Posso lidar com isso. Apenas não me encha se ele atacar suas cortinas também,
realmente deveríamos queimá-las. Acho que ele odeia estampa de flores, o que não
posso culpa-lo.
Kat olhou para sua janela, as cortinas tinham vindo com a casa.
— Alguma vez pensou que deveríamos ficar envergonhadas? Quero dizer, há quanto
tempo moramos aqui? Ainda temos caixas que não desfizemos na garagem. Você está
mais fora do que aqui e meu nariz está geralmente enfiado na frente da tela do meu
computador, eu deveria apenas colocar uma cama no meu escritório lá em cima desde
que eu praticamente vivo lá. Somos workaholics que são malditamente preguiçosas
para consertar nossa casa. Percebi que, a este ritmo, talvez façamos algo legal com isso
em vinte anos ou mais. Eu estava apenas motivada a pintar o quarto de hóspedes
porque minha mãe ameaçou fazer uma visita, você sabe que ela ficaria puta se nós a
colocássemos em um quarto de cor verde lima.
— Você não está bem. – Missy sentou próxima a ela. – Nem mesmo vacilou quando
mencionei minha mãe. Ela te deixa louca.
— Isso é o chocolate do dia ou eu deveria abrir uma garrafa de vodca que nos deram no
natal? Quão ruim é?
— Droga. – Missy mordiscou o lábio inferior. – Você atirou naquele idiota do seu
chefe? Eu deveria assar biscoitos para o time da SWAT que talvez venha atrás de você?
Eu talvez os distraísse enquanto você escapa pelos fundos.
— Você disse a ele que não era um par de peitos? Sempre quis soca-lo. Não acredito
que ele pensou que nós estávamos nessa. Sem ofensas, mas quando eu transo ele tem
que ter um pênis e realmente ser um cara. Seu chefe é um agente de merda se ele não
descobriu que eu escrevo sob um pseudônimo depois de cavar em nossas vidas. Minhas
histórias são sobre ter sexo quente com homens. Isso iria ser uma dica, até mesmo para
aquele babaca.
— Bem. Terminei meu último livro e comecei um novo, é sobre um bonitão shifter
gato. Culpe Gus, eu culpo. Ele é tão bonitinho.
— Você gosta de ouvir sobre minhas histórias. Ele tem dois metros de altura,
musculoso e têm aqueles lindos olhos como Gus. Ele vai salvar a mulher que teve seu
carro preso na lama e ele tem que leva-la para casa porque uma tempestade os prendeu
quando as estradas alagaram. Ela está impressionada com todos aqueles músculos e
pula na cama com ele. A ficção é muito melhor que a realidade. Lembra do último cara
com quem eu dormi? Dois minutos no máximo com minhas pernas envolta dos quadris
dele e ele não poderia achar meu clitóris nem para salvar sua vida. Minha garota vai
transar com estilo.
— Sério. Pare. – Kat se aproximou e usou as costas da mão para dar uma pancada na
perna de Missy.
— Pessoas reais tem sexo. – Ela suspirou. – Você alguma vez já pensou em contratar
aqueles acompanhantes masculinos? Eu pensei sobre isso. Você iria me prender? Eu
poderia dizer que foi para propósitos de pesquisa. Isso ia colar? Você sabe, para ver se
eles realmente fazem sexo por dinheiro. Não sou policial então não estou obrigada a
prendê-lo se ele fizer. Então novamente, com minha sorte, ele teria um péssimo sexo
com minhas pernas envolta dele. Aposto que poderia pagar ele para uma das minhas
cenas de sexo e dizer a ele parar agir igual. Ouvi que alguns deles são atores.
— Quebrei as regras e fui para cama com alguém que não deveria ter ido.
— Outro agente?
— Escaldante.
— Ele estava na lista do mais procurados? Eu ainda deveria assar aqueles cookies?
Apenas lembre-se que a janela na lavanderia é a única que abre quando você a empurra.
— Nenhuma equipe da SWAT está vindo, desculpe te desapontar. Sei que você pensa
que eles são um tanto sexy. Pareço ser séria? Não quero sorrir.
— Eles são, em minha defesa. Por que você não está bem?
— Eu me apaixonei por ele, mas ele não é o tipo de cara para se assentar. – Kat não
olhou para longe.
— Ele talvez fosse capaz de me mudar. – Kat odiou o jeito que isso doeu.
— Oh querida, eu sinto muito. Talvez ele vai se erguer e vir bater em nossa porta.
Kat hesitou, quase desejando que aquilo fosse verdade. Darkness nunca iria ligar para
pedir sua volta, ele tinha deixado isso bem claro que tinham terminado. A urgência de
chorar retornou.
— Ele não vai. Eu quebrei protocolos enquanto estava disfarçada. Eu fodi tudo, Missy.
Posso perder meu emprego e agora eu nem mesmo acho que me importo.
— Pode enfrentar acusações criminais? – Sua amiga se aproximou e segurou sua mão.
— Acho que não. Não, a menos que meu chefe quiser maquiar algumas coisas pra mim
como uma vingança. Eu não iria colocar isso para ele. Supostamente deveria estar na
missão, mas não liguei para dizer que fui embora. Preciso apenas de alguns dias para
botar minha cabeça no lugar.
— Você começou a odiar seu trabalho. Sabe disso, certo? Desde que começou a ter
aquele babaca como chefe você tem estado miserável. – Missy respirou fundo. – Sabe
que pode confiar em minha com sua vida. Fale comigo. Precisa tirar isso do seu peito
ou isso vai te comer. Isso não vai longe.
— Calada.
— Desculpe, continue.
— Você pegou um Nova Espécie? – Missy ergueu a mão livre e a colocou contra o
coração.
— Apenas me conte.
Kat assentiu.
— Eu te odeio agora. – Missy agarrou Kat. – Não, eu te amo. Amo. Ele era bom de
cama? Não me esmague.
— Merda. – A alegria de Missy desapareceu rápido. – Ele não vai vir para nossa porta,
vai? Eles não deixam aquele lugar. – Ela esfregou o braço de Kat. – Eu sinto muito.
Que bastardo, eu nunca mais serei toda fangirl deles novamente.
— Não seja tão dramática. Não é como se ele não tivesse me dito que era apenas sexo.
Eu apenas não esperava sentir tanto e realmente fodi tudo com meu trabalho porque
isso me colocou contra ele. Escolhi ele no final.
— Ouvi que a ONE é tipo como outro país. Não acho que você dormindo com ele é
ilegal e não estava tecnicamente em solo americano. Acho que você está limpa dessa
coisa de quebra de conduta. Quero dizer, você não poderia ser demitida se viajasse para
o México e fixasse residência lá. Seria permitido ter sexo.
— Isso é ruim.
— Não sei.
— Obrigado.
— Droga. – Missy estreitou os olhos. – Essa foi eu brincando. Pense nesse quarto como
Vegas. O que é dito aqui, permanece aqui.
— Obrigado.
— Melhores amigas para sempre, lembra? Estou apenas feliz que você está falando
comigo. Você guarda muita coisa ai dentro, Kat. Fico o tempo todo preocupada
contigo.
*****
Darkness bateu a porta da frente. Kat tinha deixado Homeland. Ele tinha revisado a
sequência da Segurança, ela tinha entrado em um taxi após sair dos portões da frente.
Justice e Fury tinham perguntado a ele o porquê dela ter ido e teve que dizer algo.
Tinha compartilhado o que ela dissera a ele sobre os outros agentes, mas deixou claro
que isso poderia coloca-la em problemas. Ele até mesmo ofereceu a informação que
eles tinham discutido, apenas não disse a eles sobre o quê.
Ele caminhou até o sofá e se sentou, batendo as botas na mesa de café. A madeira
estalou e Darkness deslizou para o lado para olhar a nova rachadura ao longo do topo.
— Porra.
Odiava sentir como se tivesse traído a confiança de Kat. Os agentes que tinham
colocado como trabalhadores para consertar o dano no portão não seriam capazes de
fazer nada mais, eles tinham olhando muito ao redor – o interesse deles muito intenso,
mas não tinham tentado deixar a área do trabalho. Ele deveria ter mantido a boca
fechada. Culpa e arrependimento o comeram, então outra emoção. Nunca a veria
novamente e isso deixou um espaço vazio dentro dele.
Darkness foi para trás e fechou os olhos, ajustando os braços ao longo da almofada
lateral. Algo ondulou e ele se mexeu, abriu os olhos. Um pedaço de papel se projetava
debaixo da almofada. Darkness o puxou, era de um caderno que ele mantinha no balcão
da cozinha para escrever a lista de mercado quando seus suprimentos estavam
acabando. A letra não era dele, Darkness leu e amaldiçoou.
Ela deveria ter escrito isso quando ele tinha ido ao quarto para pegar algo para ela
vestir. Darkness olhou para o nome, enfurecido. Por que o FBI estaria interessado em
Jerry Boris? Isso erguia todo tipo de perguntas e alarmes.
Darkness retirou os pés da mesa e se ergueu, andou pela sala, segurando a nota dentro
do punho fechado. Kat estaria com problemas por dar a ele aquela informação. De
outro modo ela não teria desistido na cama. Por que ela?
Darkness parou e desdobrou o papel, relendo. Isso o enfureceu. Por que Kat não
poderia apenas ter dito a ele uma vez que decidiu compartilhar o nome? Eu iria tentar
tirar mais respostas dela. Iria insistir para ela permanecer mais. Kat tinha planejado
para que a nota fosse encontrada apenas depois que deixasse Homeland.
— Fury aqui.
— Darkness?
— Em casa.
Fury deveria ter deixado seu escritório tão logo desligou, a batida na porta veio mais
rápido do que ele esperava. Darkness a abriu a foi para o lado, permitindo ao macho
entrar na casa. O nariz de Fury queimou e ele se virou, um olhar especulativo nos
olhos.
— O quê?
— Merda.
— Você fez sexo com a agente do FBI. Não nos contou sobre isso, eu ainda posso
cheirá-la. É leve, mas consigo pegar.
Darkness cruzou a sala e sentou na mesa de café. Ele hesitou, não tendo certeza de
onde começar ou o que poderia ajudar.
— Acha que é o único macho que permitiu a uma fêmea ir embora e então se
arrependeu? Eu deveria fazer uma lista de nomes que estão vindo a minha mente?
Posso te lembrar de minha história com Ellie.
— Merda nenhuma. Você a montou, isso diz tudo. Acha que não faço disso meu
trabalho para manter meu controle sobre você? Você não deveria tê-la deixado tão
perto, a menos que pudesse se conter do seu desejo de tê-la. Você acha que é diferente,
mas poucos machos realmente querem descobrir a si mesmos dependentes de uma
fêmea. Eles lutam contra isso, é a natureza Espécie na maioria dos casos.
— Isso é besteira.
— Não.
— Eu a admiro e não quero que ela seja machucada porque assumiu riscos por mim.
— Já passamos por isso. Não é como se fossemos ligar para o FBI e perguntar se eles
enviaram agentes para Homeland. Eles querem fingir que isso não aconteceu e somos
bons nisso. Vamos apenas ser mais cuidadosos, intensificar nossos processos de
triagem e fazer checagens de antecedentes mais extensivas para múltiplas pesquisas.
Estamos sempre melhorando. Tudo o que podemos fazer é esperar para preveni-los de
fazer isso novamente.
— Entendido.
— Posso confiar em você? Isso talvez possa causar tensão com a ONE. Estou pedindo
a você para manter a informação entre nós. Eu não sei o que fazer.
— Em outras palavras, você está pedindo para manter informações que deveria ser
compartilhada. – Os olhos de Fury se estreitaram.
— Sim.
— Eu amo a ONE e faria tudo pelos Espécies, mas há uma exceção. – O macho se
inclinou para trás e soltou um suspiro. – Essa é minha família. Eles sempre vem antes e
em primeiro lugar. Você caiu nessa categoria, eu não vou trair sua confiança.
Darkness se levantou e cruzou a sala, recuperando o papel que tinha deixado virado no
balcão. Ele caminhou para Fury e o estendeu, o macho o pegou e leu as palavras. Fury
empalideceu. Darkness se sentou novamente na mesa de café.
— Kat implicou que estava sob ordens de procurar por um homem em Homeland e
ajuda-lo a fugir. Aqueles agentes que ela identificou nos portões talvez estejam sob as
mesmas ordens.
— Ela não sabe, acredito nisso. Ela parecia confusa e não sabia o motivo pelo qual o
seu chefe queria o homem, mas ela pensava que era pessoal.
— Acha que Boris ferrou alguém no FBI ou que ele talvez sabe algo potencialmente
danoso para eles?
— Está colocando isso muito suavemente. – Fury foi para frente e colocou a nota para
baixo. – Ela confiou em você não compartilhar a informação. Vejo porque você me
chamou. Está dividido entre nós e não trair essa confiança.
— Por quê?
— Ele tem as respostas, iria saber o porquê do FBI tem interesse nele. Dê-me uma hora
com o homem e não teremos que envolver ninguém mais que poderia machucar Kat de
alguma forma. Os canais oficiais iriam coloca-la em caminhos perigosos. Eles podem
acha-la e descobrir que ela deu o nome dele para mim.
— Ela sabe que ele está no Centro Médico? Ela fez algumas tours. Ela o viu?
— Ela não iria ter acesso permitido a áreas da base onde ele está sendo preso e mantive
controle sobre todos com quem ela conversou. Eu os entrevistei para ver o que ela
falou, tentando descobrir quem ela era realmente. Ela nunca perguntou sobre humanos
além das caçadoras de companheiros. Sunshine teve essa conversa com ela. Nunca foi
ao Centro Médico também, chequei duas vezes.
— Ele talvez ira falar com o senador e pedir a ele para fazer perguntas. Não. Você
disse que eu poderia confiar em você.
— Isso é maior do que a fêmea perdendo o emprego. Boris parece ser mais um
problema do que pensávamos. E se ele tiver ajuda de dentro do FBI com o esquema de
extorsões contra a ONE? Pagamos á ele muito dinheiro para recuperar outros Espécies.
Precisamos descobrir tudo o que pudermos para ter certeza que isso não é uma
possibilidade.
— Não sei o suficiente sobre Kat para entender todos os riscos que ela enfrenta, mas
não vou arriscar. Recuso-me a permitir que ela pague por deixar essa nota. Ela queria
me ajudar.
— Sim.
— Tive uma atualização hoje das condições dele. – Fury se ergueu, começando a
andar. – Ele não está estável o suficiente para deixar Homeland e ser transferido para
Fuller. – Ele pausou, estudando Darkness. – Ele pode morrer se você não for
cuidadoso. Ele não está na melhor saúde, especialmente depois da última vez que você
teve uma conversa com ele.
— Entendido.
— Eu não me importaria se ele morresse, mas odiaria tentar explicar porque você
estava coberto com o sangue dele ou porque te coloquei lá. Estaríamos os dois na frente
de Justice. Você compreende?
— Você é meu irmão. – Fury hesitou. – Mesmo que você não admita nossa conexão, eu
vou permanecer ao seu lado e isso significa protegendo sua fêmea também.
— Ela é a primeira coisa que você realmente se importou e por quem colocou sua
bunda na linha. Devo a ela por isso. – Fury deu de ombros.
— Vamos ver. Apenas mantenha em mente que nós conhecemos um senador e poderia
obter o nome real dela se ela não o deu a você. Isso significa que poderíamos localizá-
la e tê-la de volta.
— Foi o melhor.
— Para quem?
— Nós dois.
— Vou apenas dizer que quero ver Boris e você vai me seguir para dentro. – Fury
balançou a cabeça. – Vou oferecer ao oficial uma pausa. – O macho pestanejou. – Você
talvez não tenha uma hora, mas vamos ver quanto tempo podemos conseguir. Trabalhe
rápido e tente não mata-lo.
— Respostas.
— Mais tarde. – Darkness assentiu abruptamente, o tempo tinha chegado para eles
falarem do passado.
— Claro.
Capítulo Treze
Darkness se aproximou da cela que segurava o homem, Boris estava deitado em uma
cama de hospital, as máquinas o monitorando não fazendo nenhum som enquanto o
homem dormia. Fury permaneceu próximo ao elevador. Darkness destrancou a porta.
— É sobre o tempo, eu preciso de mais morfina. Estou com dor. – Boris se agitou.
— SOCORRO!
Darkness pausou no fim da cama e sorriu friamente, tendo certeza que suas presas
apareceram.
— Ninguém pode te ouvir. Estou feliz que você lembrou de mim porque nós não
terminamos ainda.
— Eu não sei sobre o que você está falando. – O homem arquejou e um pouco do
sangue drenou do rosto.
— Te falei a verdade, a garota gato está exatamente onde eu disse. Você deve ter
encontrado ela. Eu subornei um dos guardas naquele estado e ele verificou que ela
estava lá e que estava viva.
— Não estou aqui pela Presente. – Darkness alcançou atrás das costas e retirou uma
lixa de unha que tinha enfiado na cintura. Ele ergueu uma mão e usou a ponta para
correr ao longo do polegar. – Fiquei desapontado que você sobreviveu. – Darkness
pausou e examinou a ponta de metal. – Ninguém aqui gosta de você. Tenho certeza que
você também não tem amigos em Fuller.
— Você vai me matar. – A voz de Jerry quebrou. – Você disse que não iria se eu
falasse.
— Eu disse que não iria contanto que você me desse á informação que eu quisesse e
não mentir.
— Você não mencionou o FBI. Estive ocupado desde que conversamos, procurando
dentro de toda sua vida. Eles enviaram agentes para tentar pegar a companheira de
True. Você lembra dela, não lembra? Jeanie não gosta de você também.
— O que eu disse sobre não mentir para mim? – Darkness se esticou e pegou a mão no
homem. Boris lutou, mas não efetivamente o suficiente para se livrar do aperto.
— SOCORRO! – Jerry gritou novamente, o som estridente foi doloroso para a audição
aguçada de Darkness.
Ele usou a lixa de unha para pressionar apenas sob a unha do indicador do homem.
— Você não odeia sujeira sob as unhas? Permita-me te ajudar com isso. – Darkness
golpeou a ponta na pele macia.
O homem gritou novamente e pulou na cama, Darkness olhou para o monitor cardíaco,
vendo os números dispararem. Ele sorriu e parou.
O homem choramingou.
— Este sou eu sendo agradável. Quer me ver chateado? Eu poderia remover cada unha
e começar com seus pés. – Darkness removeu o metal e soltou a mão do macho,
limpando a ponta sangrenta na coberta. – Ou talvez um dos seus olhos. Não é como se
você fosse ver a luz do dia onde será mandado, se sobreviver a essa conversa. Continue
me dizendo mentiras e você definitivamente não vai.
— Por favor, não faça isso. – Suor brotou da testa do homem e pânico se mostrou nos
olhos dele.
— Quero que você me diga tudo, já sei alguns detalhes. – Darkness blefou e mudou a
lixa de unha, correndo a ponta pela bochecha do homem e para baixo ao lado da boca.
– Minta uma vez e vai perder algo. Vai doer. Eu iria trazer uma faca, mas você não
merece ser cortado rapidamente. Quero que você sinta tudo.
— Quero o nome ou os nomes dos seus contatos no FBI. Quero saber porque eles dão
uma merda por você. Quero detalhes. Por que alguém iria querer te recuperar de nós?
Aquele plano falhou, a propósito. Não há resgate para você, Boris.
O homem engoliu com força. Darkness enfiou a ponta de metal na pele do homem,
abrindo um pequeno corte no queixo dele. Jerry gritou, Darkness pausou.
— Fale.
— Meu cunhado. – Ele soltou. – Robert Mason. Eu era casado com a irmã dele. Ele
teria tentado me ajudar.
— Por quê?
Jerry agarrou o pulso de Darkness, mas falhou e retirar as mãos para longe para
remover a lixa de unha do rosto. Era uma tentativa inútil desde que o humano estava
fraco. Isso enraiveceu Darkness, no entanto. Ele soltou a cabeça do homem e aplicou
pressão em dois dedos de Boris até que sentiu os ossos quebrados. Jerry gritou e perdeu
o aperto no pulso de Darkness.
— Robert sabia que eu trabalhava para vocês. – Jerry apressou as palavras. – Ele soube
o que aconteceu enquanto eu era diretor de Homeland. Ele mandou algumas das
pessoas dele para levar Jeanie Shiver porque disse a ele que ela era uma puta tentando
ajudar os NE a me demitir de Fuller. Disse a ele que a ONE guardava rancor porque
tentei provar que eles eram incompetentes para administrar Homeland. – Ele puxou
uma respiração. – Eu o avisei que vocês idiotas iriam tentar me fazer desaparecer. E eu
desapareci, mas ele sabe que eu estou aqui.
— Continue.
— Não sei o que mais você quer que eu diga. Robert é família. Ele iria fazer tudo o que
pudesse para me ajudar. Ele sabe que vocês bastardos iriam fazer isso comigo.
— Você extorquiu dinheiro de Homeland por informações para resgatar nosso povo.
Isso está com você.
— Você merecia a morte pelo que fez. – Darkness rosnou. – Você permitiu que
Espécies sofressem desnecessariamente enquanto jogava seus jogos e tentava trocar por
uma fêmea que apenas queria ajudar a resgatar meu tipo. Isso faz de você um pedaço
de merda.
— Robert vai me ter fora daqui. Ele tem jurisdição federal para me entregar a ele sob
custódia.
— Isso é apenas papel aqui, suas leis não se aplicam. – Darkness se aproximou.
As notícias irritaram Darkness. O rosnado suave de Fury era uma prova de que o
Espécie tinha ouvido a conversa.
— Muito ruim que você não será enviado para lá. – Darkness se aproximou e agarrou o
pescoço do homem. Era tentador quebrar o osso, uma boa sacudida e uma torção ia
terminar com a vida do homem. Talvez ele precisasse de mais informações mais tarde,
no entanto. Ele esticou seu aperto o suficiente para cortar o suprimento de ar do
humano, vendo o rosto dele mudar de cor e os olhos se arregalarem.
— Você pensa sobre o assunto, eu vou voltar. Quero mais informações. – Darkness
ergueu a lixa de unha para lembrar o babaca. – Na próxima vez vou trazer alicates.
Você não precisa de unhas e não precisa de pálpebras se não tiver olhos. Ou eu poderia
trazer um kit de costura. Poderia praticar colocando pontos em você.
Boris choramingou e seu corpo tremeu. Darkness saiu da cela e fechou a porta, girou e
atravessou a sala. Fury permanecia próximo ao elevador com os braços cruzados acima
do peito. Ele não disse nada enquanto inseria a chave para abrir o elevador seguro. Eles
entraram e esperaram as portas se fecharem.
— Não é pior que alguns cortes de papel, quebrei dois dedos. Ele me agarrou então o
agarrei de volta. Nós temos um nome e uma associação. Precisamos correr o nome
Robert Mason.
— Vai alertá-lo se procurarmos através dos canais regulares. Será espalhado sobre a
equipe médica sobre os novos ferimentos de Boris e tenho certeza que o humano vai
protestar pelo que você fez. O sogro de Justice talvez seja capaz de conseguir a
informação sem levantar nenhuma suspeita. Justice vai descobrir isso de outra forma.
Darkness considerou enquanto eles deixavam o Centro Médico, Fury já tinha mandado
um oficial para baixo para olhar Boris novamente.
— Eu poderia dizer que parei para checar o homem e peguei o nome. Deixamos Kat
fora disso.
— Feito. – Fury pausou ao lado do Jeep. – Vamos falar com Justice agora. É melhor
que ele ouça sobre nossa pequena visita de nós antes que o oficial relate isso.
— Apenas lembre-se que Kat ficar fora disso. – Darkness subiu no banco do
passageiro.
— Também vamos pelos nomes de todos os agentes que trabalham com Mason. Desse
jeito, pelo menos vamos descobrir qual o nome real de sua namorada. Acho que o
senador vai concordar com isso desde que Mason talvez se uma ameaça para a ONE se
ele está tentando recuperar seu cunhado.
— Ela não é minha namorada. – Darkness lançou um olhar a Fury. – Vai dirigir ou me
assediar?
— Acha que Mason ajudou Boris com o esquema de extorsão? – Fury ligou o motor.
— Eu não sei, mas a frequência cardíaca de Boris estava muito alta. Tive que encerrar
o interrogatório ou ele poderia ter tido um ataque cardíaco. Aquele é um homem fora
de forma. Vou voltar mais tarde, quando ele está mais estável. Peguei a informação que
mais precisávamos.
Darkness concordou silenciosamente. Mason iria estar em posição para dar ordens a
Kat. Darkness esperava que fotos acompanhassem o dossiê com os agentes envolvidos
com Mason, de outro modo ele teria que adivinhar quando visse a lista de nomes.
A corrida para a casa de Justice foi curta, Fury estacionou na calçada, desligou o motor,
mas hesitou.
— Jessie vai querer saber o que está acontecendo e é o pai dela quem precisamos
contatar.
Darkness seguiu Fury até a porta da frente e pressionou a campainha. Jessie atendeu,
ela sorria.
— Olá, eu não esperava vocês dois. Entrem. Justice está no telefone, mas vai desligar
em poucos minutos. – Ela os colocou para dentro.
Darkness espiou ao redor da acolhedora sala de estar, imagens do feliz casal acasalado
adornavam cada parede. O lugar cheirava a cookies recém-assados e o ligeiro cheiro de
sexo compartilhado. Darkness estudou Jessie, notando que o vestido dela estava
amassado em alguns lugares e o cabelo dela estava despenteado. Ele escondeu um
sorriso. Ela notou seu olhar e arqueou uma sobrancelha.
— Não me avalie. – Jessie sussurrou. – Ele teve um dia duro e quero deixa-lo melhor.
Sei que você pode cheirar o que fizemos, mas não precisa ser tão óbvio sobre isso.
Vocês machos solteiros são muito curiosos, Fury não faz isso.
— Sou mais esperto. – Fury gargalhou. – E tenho uma companheira que me encontra
na porta quando tenho um dia ruim. Vamos evitar sentar no sofá, meu nariz me diz
aonde você compartilharam sexo.
— Não deixe seu nariz te dizer mais nada, entendeu? Sigam-me para a sala de jantar,
eu apenas retirei alguns cookies. Estou assando milhões deles para amanhã.
— Vou assumir enquanto eles estiverem nas mini férias. Você é boa para ele, Jessie. –
Fury sorriu.
— Aquele fone está preso á orelha dele a menos que ele esteja no chuveiro, nu comigo
ou dormindo. – Ela apontou um dedo para Fury. – É melhor você não ligar a menos que
seja uma prioridade, urgência. Quero dizer isso. Quero que Justice relaxe, ele precisa se
divertir um pouco sem ouvir más notícias.
— Prometo.
— Então vai ser sua vez. Vocês caras precisam de alguns dias sozinhos juntos. Eu vou
ser a babá. Ellie disse que você dificilmente está em casa e que andou lutando com
outro macho. – Jessie olhou entre eles. – Espero que vocês dois trabalhem isso.
— Não precisa beijar minha bunda, já disse que vou ser a babá. Eu amo crianças. –
Jessie retornou com um prato de cookies, colocando-o na mesa. – Escavem, vou buscar
Justice. Sou a primeira a desejar que ele largue o telefone.
Jessie saiu para o escritório de Justice, Fury sorriu para Darkness. Ele franziu as
sobrancelhas de volta.
— O quê?
— Deveria ver o olhar na sua cara. Você continua olhando para tudo.
— Nem veio a minha, isso é como uma casa acasalada parece. Você esperava algo
diferente?
— Ela faz isso sempre que Ellie e eu queremos um tempo sozinhos. – Fury assentiu. –
Crianças podem interromper o sexo. Salvation faz isso com frequência, nós apreciamos
a pausa.
— Confia nela?
— Deveria aprender. Salvation é muito durão, mas você tem que manter um olho nele.
Ele é rápido e propenso a encontrar problemas. – Fury gargalhou. – Ele tentou saltar do
nosso telhado depois que o deixei hoje. Visitamos Valiant e Tammy um mês atrás e
Salvation assistiu o filho deles saltar da viga do teto para o sofá. Noble é um terror com
as garras e sobe em tudo.
— Eu fui atrás dele e expliquei as diferenças entre caninos e felinos, Ellie tinha me
ligado, eu estava perto. Ela teve que usar o banheiro e ele saiu porta afora. Ela o
encontrou no telhado. Conversei com ele sobre como poderia machucar a mãe dele se
fizesse isso novamente. Ela estava pronta para tentar pegá-lo.
— Eu sei. – Fury assentiu. – É para ela tentar lidar com uma criança Espécie. Ellie teve
que parar de se atracar com ele depois que Salvation a contundiu pesadamente. Ele não
entende o quão forte pode ser, estou no trabalho com frequência, ele cresce entediado.
Alguns dos meus amigos vem ajudar, eles o levam para o parque para correr e jogar.
Seria legal se ele tivesse um tio que poderia leva-lo para jogar quando estou muito
ocupado.
— Não fui feito para estar ao redor de uma criança. – Darkness fez uma careta. –
Salvation não poderia aprender nada bom de mim.
— Nós nunca saberemos com certeza a menos que você tente. Talvez isso seja uma boa
experiência se você ter suas próprias crianças.
— Disse o macho que está obcecado por uma fêmea. – Fury sacudiu a cabeça.
— Eu não estou.
— Assim como Jessie. – Darkness virou a cabeça, sua audição pegando os passos
ligeiros.
— Aqui vamos nós. – Fury murmurou. – Espero que ele não esteja chateado.
— Por que eu estaria? – Justice entrou na sala de jantar, segurando a mão de Jessie. – O
que vocês dois estão aprontando agora? Eu não vejo nenhum joguinho de socos.
****
— Então você tem isso. – Kat anunciou. – Ele é totalmente errado para mim em cada
sentido.
Missy passou manteiga nas torradas e deixou cair cada pedaço no prato. Ela se virou,
colocando o prato na mesa de jantar delas.
— Você teria problemas com qualquer cara normal de qualquer jeito. Posso ver porque
você ficou atraída por um NE.
— Você intimida os homens, então precisa de um cara forte que tome o controle.
— Ele está acima da média. – Kat ergueu sua torrada e a mordeu, ela mastigou e
suspirou.
— Ele se ergueu sobre você até que você disse a ele que enfiasse isso na bunda se ele
pensava que você ia se demitir do trabalho para fazê-lo feliz. Então vieram as lágrimas
e milhões de flores que ele enviou. Eu fui á única que tive que assinar por elas e ler os
cartões para você, desde que você estava muito ocupada com o trabalho para dirigir
para casa. Preciso te lembrar a coisa toda? Acho que não.
— Nós continuamos a ter os mesmos problemas. Eu fiz a ele um favor não ligando de
volta, ele era muito carente.
— Ele era, ele era muito legal, entretanto. Você precisa de alguém mais durão que você
e esses homens são difíceis de encontrar. Você não é pessoa mais fácil de se aproximar,
precisa de um homem que não vai permitir que você o mantenha emocionalmente
distante.
— Bom, Darkness sabe tudo sobre construir paredes e manter as pessoas fora. Eu
poderia pegar lições com ele.
— Exatamente. Ele te fez sentir quando você não queria, é isso que você precisa.
Ambos têm a cabeça dura e são teimosos. Isso soa como uma perfeita combinação para
mim.
— Não quero mais falar sobre isso, eu disse mais do que o suficiente na noite passada.
— Cala a boca.
— Você está no estágio da raiva ainda? – Missy jogou um pedaço da crosta em Kat. –
Nós realmente precisamos fazer algo sobre essa cozinha e não vou fazer isso sozinha.
Como você se sente sobre quebrar os armários?
— Não estou com humor.
— Você pode pagar por isso, mas eu não posso. Cinquenta a cinquenta, lembra? Eu
sinto muito. Estou esperando que essa nova série em que estou trabalhando vá para a
lista de best-seller, esse fogão é uma das coisas que mais precisamos trocar. Estou
cansada de ter que acender as bocas.
— Eu sou uma pobre artista, mas pelo menos posso pagar minhas contas. Por que me
demiti do meu emprego durante o dia novamente?
— Porque nós duas temos fé que você é uma excelente escritora. Dê mais tempos para
isso.
— Deveria ligar para Homeland e conversar com esse Darkness. – Missy limpou a
boca com um guardanapo. – Você parece miserável e apenas saiu de lá ontem. Apenas
admita que você tem essa coisa má por ele.
— Certo. – Missy rolou os olhos. – Porque você nunca foi exposta a caras quentes
antes no seu trabalho e você apenas arriscou sua bunda por todos eles. – Ela se
levantou. – Minta para você mesma, mas não se esqueça com quem está falando. Eu
vejo através de toda sua besteira.
— Algumas vezes você apenas sabe quando isso é certo, acredito nisso. Inferno, eu
faço livros sobre isso. Escrevo do meu coração e tenho esperanças de que vou
encontrar algum cara que me faça sentir. O amor é bagunçado e assustador, Kat. Não
será alguém que é seu tipo ou alguém de quem você pode se afastar, você estaria
miserável em um ano. Já vi isso acontecer antes. Essa é a primeira vez que você
conhece um cara que não pode controlar, que não se curva a sua força, e ele te fez
correr riscos que você nunca pensou que iria. Use essa sua inteligência e descubra isso
rápido porque, vamos combinar, você entendeu isso errado. Esse é o cara, vá atrás dele.
— Você não quer ele também, de acordo com você. Você dois estão cheios de
bobagens. Essa é a primeira vez que te vejo perdida, Kat. É por uma razão. Você
realmente sente algo por ele e isso te assusta pra caramba, você está realmente
precisando de um soco. Essa sou eu te dando isso. POW! – Missy sorriu. – Saco
entregue.
— Pensa que eu realmente iria te socar? Dá um tempo. Você ia chutar minha bunda.
— Isso é porque você sabe que não posso lutar e não seria divertido bater em alguém
que apenas cairia e gritaria. Pare de ser tão covarde e ligue para Darkness. Você estaria
em cima de mim se eu ficasse assim por um cara, mas é muito medrosa para dar uma
chance a isso.
— Qual é o seu lema? Ah sim. Merda acontece, lide com isso. Nenhum de vocês estava
procurando por alguém, mas ele te pegou. Você disse que ele evitou todas as mulheres
e não teve sexo por muito tempo. Ele quebrou a vida celibatária dele por você.
— Celibatária?
— Exatamente. Ele não pode resistir a você. Se ele é frio e controlador como você
disse, isso é grande. Você é um robô com seu trabalho e você quebrou as regras.
Grande, enorme. – Missy se afastou do balcão. – Pare de ser uma idiota e vá atrás dele.
Vocês dois parecem ser perfeitos um para o outro.
— Faça isso, eu vou escrever. Dê um grito se decidir quebrar as coisas, tenho minha
próprias frustrações para lidar.
— Sim, eu sempre penso. – Missy se despedaçou. – Tive minha chance, mas perdi. Ele
não teria se mudado para Nova York se eu não estivesse tão focada em terminar a
faculdade antes de me casar. O que eu faço com meu arrependimento? Nada. Ele e a
esposa apenas tiveram o quarto bebê deles.
— Procurei ele na internet, você deveria ver as belas fotos de família. Eles parecem
realmente felizes. Poderia ser eu com meu braço ao redor dele. Eu tenho um gato e um
cachorro, ao invés disso.
— Eu sei, mas apesar do que o babaca do seu chefe pensa, eu não faço isso com você. –
Missy sorriu, mas seu humor murchou. – Minha vida sexual envolve um vibrador. Eu
sei que namorados operados por bateria não deixam as roupas no chão ou roncam
durante o sono, mas eu lidaria com todos os defeitos que viriam com uma pessoa real a
qualquer dia da semana ao invés de ser tão solitária. Você não pode resolver isso para
mim.
— Eu entendo.
— Sei que você entende. Então, vá atrás daquele cara, Kat. Fique confusa e com medo
de quebrar o coração, pelo menos tente. Eu iria.
— Não posso exatamente aparecer nos portões de Homeland e eu não seria autorizada a
voltar. Ele deixou isso claro.
— Ligue e o atormente. Não deixe que ele te jogue para debaixo do tapete. Infernize
ele.
— Você vai fazer isso. – Missy saiu, caminhando pelo corredor para o escritório.
— Droga. – Kat fechou os olhos e suspirou, ela sentia falta de Darkness, mas seu
orgulho ia ser golpeado se ela tentasse ligar para ele.
Capítulo Quatorze
Justice olhou para Darkness depois da sua mesa enquanto desligava o telefone, ele
ergueu o papel onde tinha escrito e o passou.
— Essa é a lista de todos os nomes que o pai de Jessie pôde conseguir, ele cobrou um
monte de favores. Ele pode mandar o endereço se você puder identifica-la pelo nome.
Ele não foi capaz de conseguir idades ou descrições, mas pode pegar um ou dois
arquivos sem erguer a bandeira vermelha. Aqui estão todos que Mason poderiam
mandar.
Darkness aceitou a lista e leu cada nome, um o fez pausar. Os outros nomes não se
aproximaram, ele releu o nono nome novamente.
— Tem certeza?
— Ela disse que todo mundo realmente a chamava de Kat, com K. – Darkness olhou
para cima. – Katrina pode ser diminuída para Kat e ela usou o nome Kathryn Decker
para entrar em Homeland. Eles não tentam manter os primeiros nomes perto do real
quando estão disfarçados? Foi isso o que Tim me contou. Eles usam nomes similares
porque isso chama sua atenção mais fácil quando é falado.
— Concordo. – Justice pegou o celular e escreveu na tela. – Isso pode levar alguns
minutos.
— Por que você quer essa fêmea trazida até aqui? – Justice abaixou o telefone. – Você
foi o único que discutiu que deveríamos deixa-la ir em primeiro lugar.
— Não há nenhum registro bancário para mostrar nenhuma conexão entre Mason e os
pagamentos que fizemos para a conta falsa que Boris criou. Bom parece estar limpo.
— Não deveria haver. Mason é um homem esperto que pega os erros dos outros para
viver. Ele enviou agentes atrás de companheira de True e então mandou Kat.
— Você assume que ele quer informações de Jerry Boris. Eu concordo, eles estão
ligados pelo casamento de Boris com a irmã dele.
— Ele tem que saber que estamos correndo a ficha dele agora, não quero que ele vá
atrás de Kat em uma tentativa de silenciá-la. Boris tentou isso com Jeanie, Mason
poderia fazer o mesmo com Kat. Eles parecem ser homens que não ligam em ir atrás de
mulheres e permitir que elas os derrubem pelos seus crimes.
— Ela poderia ter respostas que precisamos. – Aquele não era o plano de Darkness,
mas ele apenas ergueu uma sobrancelha.
— Eu compreendo. Vamos esperar pelo arquivo dela para ter certeza que ela é á pessoa
certa. A última coisa que precisamos é trazer a pessoa errada.
— Quero quatro.
— Acredito que Mason é, ele tem agentes a sua disposição. Ele poderia ordenar que ela
fosse presa ou enviá-la para algum lugar. Pode também contratar alguém para pegá-la.
— Isso é possível se ele realmente está trabalhando com Jerry Boris, realmente odeio
esse homem. Você não foi capaz de confirmar a associação deles além dos laços
familiares enquanto esteve no Centro Médico?
— Ele mostrou sinais de alto estresse, eu não queria mata-lo. Você pediu que eu
tentasse mantê-lo vivo.
— Li os relatórios médicos atualizados. Você quebrou dois dedos dele e infligiu cortes.
— O macho não tem razão para tal. Por que vocÇe está trazendo isso?
— Ele te levou até Boris, tive a sensação que você usou essa culpa para leva-lo a
concordar. Você tem um problema com isso.
— Eu não uso emoções para forçar o macho a fazer alguma coisa. – Darkness se
ergueu. – Eu disse o porquê queria falar com Boris e ele concordou.
— Fury tem um ponto fraco no que diz respeito a você. – Justice se ergueu. – Nós dois
estamos cientes disso, mesmo que ele não esteja. Família é muito importante,
especialmente quando o compartilhamento de sangue está envolvido, isto é raro. Não
use Fury novamente.
— Responda as perguntas que ele tem, Darkness. Você deve isso a ele.
— Planejo isso.
— Bom. – Justice se sentou. – Faça isso agora enquanto esperamos que o arquivo
chegue. Vou te contatar tão logo isso chegue e tenha Tim liderando as quatro equipes.
— Eu vou liderar.
— Você não gosta de deixar a ONE. – Justice pareceu incapaz de esconder a surpresa.
— Vou fazer uma exceção, peço para ser colocado no comando da recuperação de Kat.
— Estou vendo, tudo bem. Tenho chamadas para fazer. – Um olhar calculado entrou na
expressão do outro macho.
Darkness saiu do escritório de Justice, mas não deixou o prédio, tinha que alcançar
Fury. O macho estava no telefone quando ele abriu a porta, mas acenou para que
Darkness se sentasse. Ele desligou um minuto depois.
— O que Justice disse?
— Acredito que sim, Justice está vendo com o senador o arquivo dela para ter certeza.
Ele concordou que eu possa ter quatro equipes para pegá-la. Estamos apenas esperando
a confirmação do nome e rosto bater.
— O nome dela era Galina. Ela era uma fêmea atrativa próxima aos seus trinta anos.
— Não. – Darkness exalou. – Ela era a fêmea contratada para entrar no acampamento
onde meus irmãos. – Ele pausou. – Nossos irmãos foram levados depois que nos
transportaram das Indústrias Mercile.
— Ela era alta, loira com bonitos olhos verde claros. Eu não sei se esse era o
verdadeiro nome dela, mas ela estava tão assustada. Eu podia cheirar o medo dela. Eles
a trouxeram para onde eu estava preso nas algemas, os guardas as removeram e um
deles colocou a arma, apontando para a cabeça dela. Ele disse para ela fazer o trabalho
dela ou ele atiraria nela. Eles a deixaram lá comigo. Eu não sabia o que pensar.
— Acreditei que sim. Ela caiu de joelhos e implorou para que eu não a matasse, eu não
estava preso. Todos nós tínhamos colares explosivos ao redor do pescoço, eles jogaram
um fora do acampamento quando chegamos pela primeira vez para nos mostrar o que
aconteceria se deixássemos o perímetro. Explodiria enquanto passasse pela área
marcada. Eles usaram um segundo colar ao redor de um cachorro para nos mostrar que
poderiam detonar se o homem no comando tocasse um botão, o cachorro era pequeno e
não sobrou muito. Nenhuma fechadura era necessária, sabíamos que escapar seria
impossível. Elas eram codificadas a cada seis horas e sem a senha elas se auto
detonavam, então pegar nossos captores não era uma possibilidade. O macho no
comando do código não estava em nosso acampamento, mas o vídeo monitorava toda a
área.
— É muito difícil para você contar isso? Realmente iria gostar de ouvir, mas não quero
que você sofra. – Fury o olhou sombriamente.
— A fêmea foi contratada para ter sexo comigo. – Darkness sacudiu a cabeça. – Eu não
queria tocar nela, mas ela começou a chorar, me dizendo que eles iriam matar ela e a
família se ela não fizesse seu trabalho. Rejeição significava a morte. Ela jurou que tinha
duas crianças pequenas sendo presas e que nos anos mais jovens ela tinha
compartilhado sexo com humanos em troca de dinheiro. Foi por isso que ela foi
sequestrada e levada para o acampamento.
— Isso me fez um pouco inclinado a tocá-la, sabendo que era forçada, mas eu senti
pena dela. Ela implorou a remover as roupas, contando-me sobre seus pequenos. Eles
eram bebês, de acordo com ela. Os dois estavam começando a engatinhar. Eu não a
ataquei, apenas fiquei lá quando ela começou a me tocar. Eu não tinha tido uma fêmea
em quase um ano, ela abaixou minha calça e respondi ao toque dela. Foi a primeira vez
que uma fêmea colocou a boca no meu pênis.
— Entendido. – Fury se mexeu na cadeira. – Isso é algo que eu não poderia ignorar.
— Eu não resisti quando ela foi trazida a mim a cada poucos dias. Eles já tinham me
ensinado como infligir dor, ela estava lá para me ensinar a seduzir fêmeas para pegar
informações. Isso e, segundo ela, me ajudar a manter meus níveis de agressividade
mais baixos desde que eu era o macho mais dominante. Nossos irmãos recebiam ordens
minhas.
Fury abriu a boca como seu quisesse fazer uma pergunta, mas reconsiderou e a fechou.
— Eles pareciam conosco. Nós éramos similares, mas eu era o mais alto e mais
agressivo. Eles nos forçavam a treinar juntos e lutar. Meus reflexos eram mais rápidos e
eu pegava as habilidades de lutas mais facilmente. Nenhum dos humanos iria se atrever
a disputar comigo. Eles tinham medo que eu os matasse.
— Eles trouxeram outras fêmeas, nunca as mesmas duas vezes e com menos
frequência. Galina foi atribuída somente a mim, acredito que eles queriam formar um
laço. – Ele pausou. – Funcionou.
— Nós começamos a planejar como resgatar os pequeninos dela e libertar meus irmãos
do acampamento. Eles a levaram para o acampamento secundário onde o macho no
comando nos monitorando era mantido. Ela me contou sobre a tenda e as muitas telas
que tinha visto, os guardas eram negligentes com ela desde que ela era uma mulher.
Comecei a ensinar a ela como lutar, eles não tinham câmeras dentro da tenda onde eu
era mantido. Eu estava desesperado para salvar os pequenos dela do mesmo jeito que
ela parecia estar. Era o plano dela, sua insistência de que poderíamos fazer isso.
— Isso deve ter sido infernal. – As mãos de Fury se fecharam e ele as escondeu.
— Foi. Estava nos rasgando por dentro. Quatro era mais sensível que os outros, ele
hesitava durante a matança. Tentamos cobri-lo e o manter junto. Ele cresceu
mentalmente instável, mas éramos capazes de esconder isso dos humanos. Dois tinha
problemas com raiva, ele gostava de matar um pouco demais. Ele via os humanos como
inimigos, tentamos esconder o defeito dele. Três era como você, Fury. – Darkness
sorriu, uma memória apreciativa surgindo. – Você me lembra ele.
— Como?
— Ele era muito razoável, mas o único para assistir de perto quando estava com raiva.
Ele iria pensar sobre isso antes de agir. – Darkness gargalhou. – Ele se ergueu para
mim e fez isso de um jeito que admirei, muito esperto e eu sempre o tinha minhas
costas. Éramos os mais próximos. Nós conversávamos muitos e ajudamos os outros
dois, trabalhando como um time para proteger as fraquezas deles. Ele podia me fazer
sorrir, ele tinha um ótimo senso de humor. – Darkness se ergueu e caminhou para a
pequena geladeira. – Posso?
— Fique à vontade.
— Eu não acho que você vai querer um laço comigo depois que ouvir. – Darkness
abaixou a lata.
— Tente.
— Acreditei em Galina, me abri e conversei com ela. Ela disse que me amava e me
senti muito ligado a ela. Compartilhei meus medos. Nós estávamos esperando por um
humano chamado Darwin Havings para leva-la do acampamento. Ele tinha muitos
guardas com ele e a segurança iria abrandar quando ele fosse embora. Isso poderia dar
a ela uma chance real de alcançar o macho monitorando nosso acampamento, o forçar a
dar os códigos para destravar nossos colares, e então poderíamos deixar nosso
acampamento para alcançar o dela. Ela me deu as direções detalhadas de como alcançá-
la, era apenas poucos milhas a frente. Planejávamos roubar os veículos deles para o
local dela. Ela disse que podia dirigir e que tinha amigos que poderiam nos esconder.
Trabalharíamos no resto depois.
— Havings ia embora em quatro dias. Esse foi o tempo que planejamos escapar. Ela foi
capaz de ter o tempo exato, dizendo que tinha ouvido de um dos guardas pessoais dele
fazendo o esquema. Todos nós estávamos excitados. Não tínhamos ideia do que nos
esperava no mundo lá fora, mas estávamos prontos para descobrir. Isso seria melhor do
que retornar a Mercile ou ficar ali, forçados a matar por eles. Ela deixou minha cama
para retornar para o acampamento dela e uma ordem veio para sairmos naquela noite
para atacar outro grupo de humanos. Ninguém era para ser deixado vivo.
— Não havia homens lá. – Darkness cerrou os dentes e puxou uma respiração
calmante. – Eram todos mulheres e crianças.
Fury não escondeu o olhar de alívio e Darkness não o culpou por sentir aquela emoção.
Horror se mostrou nas feições de Fury depois.
Darkness poderia apenas ter assentido, era o caminho mais fácil. Isso deixaria o macho
em paz em pensar que eles tinham morrido por uma boa razão.
— Três sabia o que ia acontecer, ele nem tentou correr. Não havia lugar para ir. Ele não
poderia atacar com sucesso e doze guardas tinham as armas prontas para abrir fogo se
ele se movesse. Ele foi o próximo a morrer.
Fury fechou os olhos e Darkness olhou para longe. Não poderia culpar o macho por não
ser mais capaz de olhar para ele. Darkness baixou a cabeça e olhou para as mãos – as
mesmas que tinham matado seu irmão.
Ele forçou a cabeça para cima e segurou o olhar do macho, lágrimas brilhavam nos
olhos de Fury, mas não vislumbrou ódio lá.
— Eu também.
— Eu teria feito o mesmo. Você não poderia permitir que ele se vingasse naqueles
inocentes.
— Porra. – Fury se aproximou e usou os dedos e polegares para afastar as lágrimas que
ameaçavam cair.
— Eu me desculpei com ela. Ela ia morrer por causa das minhas ações, pensei que se
eu atacasse eles iriam me matar e ela talvez vivesse. Fiquei tenso, preparado para fazer
isso.
— Eles provavelmente iriam matá-la de qualquer modo. – Fury sugou uma respiração.
— Ela riu, Fury. Ela me disse que eu deveria me desculpar por todas as vezes que ela
teve que fingir gostar do meu toque quando eu a revoltava. De primeira, pensei que ela
estava apenas dizendo as palavras para nos dar mais tempo, mas ela prosseguiu. Ela
tinha mentido para mim, tudo foi uma mentira. Ela trabalhou para eles por dinheiro. Ela
tinha tido bebês, mas me assegurou que tinha dado todos ao nascer desde que não era
do tipo maternal. Eu permaneci lá, chocado enquanto ela me censurou por ser estúpido
e como ela compartilhava tudo o que eu dizia com Darwin Havings. Ele sabia que nós
tínhamos fraquezas e ela foi trazida para ganhar minha confiança e descobri-las. Eles
nos mandaram para o acampamento sabendo que tinha apenas mulheres e crianças para
ver se tínhamos nos tornado as armas que eles queriam que fôssemos. Nós falhamos.
Fury rosnou.
— Tinham dito a ela que o teste estava acabado, o programa fechado e que eles iam me
matar. – Darkness olhou para as mãos. – Darwin Havings tinha prometido que ela
poderia me ver morrer e ela tinha vindo ver isso. Ela contou seu desapontamento por
não ver meus irmãos morrerem. – Darkness olhou para cima. – Darwin Havings entrou
na tenda e contou a ela que ela estava demitida. Eles não ia permitir que ela vendesse
informações sobre o que tinha feito parte e que ele nunca iria acreditar que ela manteria
sua palavra. Ele olhou para mim e disse que ela era a única mulher que eu não iria ligar
em matar. Eles a deixaram sozinha comigo.
— Matei. – Darkness não piscou. – Ela pegou uma faca e veio para mim, eu poderia tê-
la desarmado sem morrer. Eu não fiz isso. Ela tentou me esfaquear no coração, mas eu
fui mais rápido. Foram apenas alguns segundos. Eles nos treinaram para matar com
eficiência. Eu fiz isso sem dor e rápido.
Darkness tentou abri-la, mas a mão de Fury se encontrou pressionada contra ela. Ele se
virou e olhou nos olhos dele, o macho parado poucos passos dele.
— Você quer lutar? Eu não vou bater de volta. Eu mereço uma surra pelo menos.
— Você é meu irmão. – Fury afirmou. – Eu não quero te bater e não quero te causar
mais dor. Você carregou esse fardo por muito tempo, não mais. Deixe ir.
— Me abraça de volta.
— Você não pode me fazer te odiar e tenho certeza como o inferno de que não vou usar
o que aconteceu contra você. Confiar em alguém não é um crime, a culpa foi da
mulher. Você foi um macho melhor do que eu porque eu iria fazê-la sofrer. Você
entende?
— Eu teria nesse caso. – Fury veio para perto, olhando profundamente nos olhos de
Darkness. – Você foi mais gentil do que eu seria. Não tem ideia dos pensamentos
assassinos em minha mente quando Ellie passou aquele sangue do kit dela em minhas
mãos enquanto eu estava deitado lá, indefeso naquele chão. Foi uma coisa boa que eu
estava paralisado. Eu disse a você que a sequestrei para machuca-la. Eu não estava
pronto para matar naquele ponto, mas a vingança seria um inferno se minha atração por
ela não tivesse prevenido isso. Galina teve nossos irmãos mortos para um teste estupido
e dinheiro. – A respiração de Fury acelerou. – Você foi mais misericordioso, Darkness.
Acredite em mim.
— Eu até mesmo falhei com você nisso. Deveria ter tido uma vingança mais cruel por
nossos irmãos.
— Nunca mais diga isso novamente. – Fury segurou os braços de Darkness. – Estou
apenas dizendo que você acha que deveria ser punido por suas ações, mas não vejo
desse modo. Você nunca os deixou ou me deixou cair. Fez seu melhor para mantê-los
vivos e sobreviveu. A morte deles foi com aqueles humanos. Não havia como todos
vocês saírem de lá vivos pelo que você me disse, o teste estava condenado ao fracasso
se eles acreditavam que suas habilidades poderiam ser quebradas em um ponto sem
volta.
— Eu não acho que eu deveria ser punido, mas não há lugar para perdão ou redenção
também. Partes de mim morreram com nossos irmãos e com aquela mulher.
— Você salvou vidas, Darkness. Foque-se nisso. Você apenas nos ajudou a localizar a
Presente, nós a resgatamos hoje.
— Ela está surpreendentemente bem. – Fury fez uma careta. – Os humanos parecia
trata-la como se ela fosse um bichinho de estimação.
— Não que tenhamos sido alertado, mas os relatórios continuam chegando. Não
gostamos de ir com toda força com essas questões quando elas chegam. Os médicos
fizeram um check-up, no entanto, e ela é muito saudável. Não há sinais exteriores de
abuso ou cicatrizes para indicar nada severo no passado.
— Bom.
— E qual é?
— Ela não ficou satisfeita em ver outro Espécie. – Fury hesitou. – Há algum trauma no
passado dela envolvendo um macho. Não temos detalhes ainda, mas vamos apenas
dizer que Jaded a chateou. Ela olhou para ele e ficou aterrorizada.
— Não. Um humano foi atribuído para ficar com ela. Foi o pedido dela.
— Trisha?
— Nem nós, mas queremos que ela permaneça calma enquanto a trazemos para
Homeland. Precisamos ganhar a confiança dela. Ela se sente mais segura na presença
dele e essa é a parte importante.
— Nada ainda, eles estavam fora do pais. Temos humanos que foram atribuídos para
guardá-la e mantê-la prisioneira.
— Você quer que eu os questione?
— Isso está sendo cuidado. Quero que você dê a si mesmo uma pausa, Darkness. Deixe
o passado para trás e tenha um futuro.
— Elas não são iguais. Kat deixou aquela nota e deu a dica da conexão entre Boris e
Mason. Tenho certeza que não queriam que ela fizesse isso.
— Ou ela poderia ter escolhido dar a lealdade dela a você, ao invés disso.
— Nem todas as fêmeas são sem coração. – Fury sorriu afetuosamente. – Ellie é um
bom exemplo.
— Ela é especial.
— Você se importa com ela, mesmo que admita isso ou não. – Fury deixou cair as
mãos. – Você a quer protegida, ela é uma agente treinada. Ela poderia proteger a si
mesma se estivesse em perigo, mas você não vai dar uma chance. Você a quer onde
possa ter certeza que nenhum mal venha para ela. Acho que parte de você quer vê-la
novamente.
— Mason poderia ordenar que ela seja morta, para proteger a própria bunda. Ele a
mandou aqui atrás de Boris, isso teria que ter quebrado algumas leis. Ela poderia
testemunhar contra ele.
— Vou para casa e me banhar enquanto espero o arquivo chegar. – Darkness abriu a
porta. – Estou liderando as equipes para trazer Kat para cá tão logo termos confirmação
da identidade dela.
— Irmão?
— O quê? – Darkness vagarosamente se virou.
— Há muito que não sabemos sobre o outro, mas planejo que isso mude. Você não vai
mais me manter a distância. Isso está claro?
— Não vai acontecer. Ellie e eu vamos te convidar para o jantar em breve. Vamos
continuar perguntando até que você aceite. – Os cantos da boca de Fury se ergueram
um pouco. – Eu posso ser muito irritante.
Darkness sufocou um rosnado. Isso soou mais como uma ameaça do que um convite.
— Te conheço bem o suficiente para dizer que você está vomitando bobagens sobre
não ter uma ligação com Kat. Negar é perda de tempo, mas o arrependimento nunca
desaparece. Você tem uma segunda chance quando ela retornar para Homeland.
— Eu não vou gastar tempo com ela, planejo apenas trazer ela a salvo. – Darkness
deixou o escritório.
— Você me ouviu, ela pode ser sua única porção de felicidade. Seja um macho esperto
e reconheça essa possibilidade.
Darkness girou antes que pudesse dizer algo que ia lamentar. Fury não entendia. Ele
tinha boas intenções, mas Darkness nunca seria o tipo de Espécie para pegar uma
companheira. Ele não era ajustado para uma fêmea. Ele não tinha coração, isso tinha
sido destruído há muito tempo.
Capítulo Quinze
— Kat!
— SUV3s pretas apenas bloquearam as duas saídas da rua. – Missy abaixou a voz. – Eu
tinha pessoas vendo fora da janela e os vi. Eu estava brincando sobre a droga dos
cookies.
— Eles não seriam da SWAT, eles usam vans. – Kat chutou os cobertores e rolou para
fora da cama. – Você disse pretas?
— Sim. Sem luzes ou nada assim. Ele estão apenas sentados lá e ninguém saiu.
— Acha que eles te viram? – Kat pegou a forma de sua amiga próxima ao corredor.
— Não, eu estava tentando limpar a mente antes de ir pra cama e ver as vezes aquele
cara bonitão na rua correr em horários estranhos. Então eu vi ele se deter, sai da cama
para ver melhor. Lá estavam dois em cada final da rua, estacionado lado a lado,
bloqueando a estrada. Acha que eles estão vindo te prender? Eles são outros agentes,
certo?
— Quero que você vá para o sótão e se esconda. – Kat se moveu ao redor de Missy e
entrou no corredor. – Deixe Butch e Gus no seu quarto, então eles não vão entregar sua
localização. Feche a porta primeiro para os conter.
Kat caminhou para a janela e usou a ponta da arma para separa a cortina um
centímetros e olhou para fora. Ela tinha uma boa visão de um dos lados da rua, duas
SUVs pretas estavam lá. As portas estavam fechadas e eles não tinham luzes acesas.
Kat estudou os veículos.
3
SUV (Sport Utility Vehicle) – Veículo Utilitário Esportivo. São veículos semelhantes às camionetes, mas equipados
com tração nas quatro rodas para andar por todos os tipos de terreno. O mais utilizado por forças militares é o
Hummer. Os mais comuns são o Renault Duster e Ford EcoSport, além de outros do Jeep.
— DEA4 talvez? Eu disse a você que pensava que aqueles quatro caras da casa abaixo
pareciam com maconheiros. Talvez eles estejam cultivando plantas e eles vieram para
invadir a casa.
— O DEA não usa SUVs pretas com janelas tingidas ou essa estratégia. – Kat agarrou
a arma, ela ouviu algo e ergueu a cortina novamente. Todas as portas foram abertas nas
SUVs e homens vestindo trajes negros, incluindo capacete, saíram. Kat viu as letras
brancas no peito deles e os rifles de assalto colocado nos braços deles.
— É a ONE.
— Tem certeza?
Kat empurrou Missy, lançando-a através da entrada do sótão. Ela pausou na porta do
quarto de Missy, olhando para ver as cortinas puxadas para trás e luz suficiente da rua
se derramava dentro para assegurá-la que o cachorro e o gato continuavam dormindo
na cama. Ela fechou a porta e forçou Missy para frente.
— Eu não sei o porquê deles estarem aqui, mas não pode ser bom. Se esconda. Não
quero você envolvida.
Missy correu pelos pequenos degraus da escada, seu pé descalço quieto no carpete. Kat
fechou o painel e puxou a mesa na frente dele. Por que a ONE iria vir? Não era para
4
DEA (Drug Enforcement Administration) – Agência federal americana para a repressão e controle de narcóticos,
criado em 1973.
uma visita. Eles estavam no alto modo de tática e prontos para invadir sua casa no meio
da noite. Isso a chateou.
Ela correu para seu quarto, agarrou um vidro de perfume da cômoda e entrou no
corredor novamente. Ela espirrou isso algumas vezes enquanto se movia corredor
abaixo, Darkness tinha dito a ela que isso interferia no senso de cheiro deles. Kat
esperava que isso escondesse o rastro do cheiro de Missy.
Um suave pop soou do andar debaixo e Kat cerrou os dentes, parando no topo da
escada. Ela respirou fundo e desceu, estava escuro no andar debaixo, mas os primeiros
passos rangiam. Kat ergueu lentamente o cotovelo e esperou, o coração acelerou
enquanto ela deslizava a trava da arma e a agarrou firmemente com as duas mãos. Eles
pensavam que iriam surpreendê-la, mas seriam os únicos a serem pegos de surpresa.
Madeira estalou e ela ergueu o cotovelo, batendo na luz. A escada e o corredor abaixo
se acenderam. Kat viu o primeiro homem que veio à tona quando ela olhou ao redor do
topo da parede, mantendo a maior parte do corpo escondido.
— Parado, idiota! – Kat esperava que soasse tão zangada quanto estava.
O cara em roupa completa parou, o rosto escondido pelo capacete blindado. Kat ajustou
a mira, apontando para a área da garganta dele. Mais dois homens estavam atrás dele e
erguendo as armas, tentando pegar uma parte dela.
— Dê mais um passo e vou te acertar. O que estão fazendo na minha casa? O que a
ONE quer?
Um rosnar alto soou e um quarto homem apareceu, as mãos enluvadas dele agarraram
as barreiras dos rifles erguidos e as apontou para o chão. Os capacete dele foi erguido
enquanto ele parecia olhar para ela.
— Isso é como você faz uma visita, Darkness? – Kat reconheceu a voz, mas não
abaixou a arma. – O que está acontecendo?
— Pare de apontar a arma para Trey. – Darkness soltou as armas, alcançou o capacete o
arrancou para olhar para ela.
— Você entra na minha casa e tem o nervo de me dar ordens? – Kat se afastou
centímetros da parede, mas a maior parte do corpo estava coberta. – Não, por que estão
aqui?
— Precisamos conversar.
— Minha campainha funciona, assim como meu telefone. Você já ouviu falar sobre
essas coisas?
—Não. Explique pra mim porque você trouxe um time de assalto para dentro da minha
casa. Você veio me prender? Essas não são as terras da ONE, essa merda não funciona
aqui. Você me quer? Consiga um mandado e envie policiais de verdade para tirar
minha bunda daqui. Eu não vou de boa vontade.
— Por favor, coloque sua mira em mim pelo menos. Você está fazendo Trey transpirar.
Eu posso cheirá-lo. – Darkness fez uma careta.
Kat ajustou a ponta da arma, abaixando levemente então o cara se sentiu seguro para se
mover. Ele se moveu dois passos para trás, girou e caminhou para fora das vistas, ele
murmurou algo, mas foi muito baixo para que ela pegasse. Darkness virou a cabeça e
outros dois homens o deixaram parado sozinho.
— Não. – Kat mirou na perna dele, ela iria odiar ter que atirar nele, mas isso não
significava que não iria se ele a deixasse sem escolha. – O que está acontecendo? Por
que você está aqui para me prender?
— Sério? – Kat ergueu a cabeça e arqueou uma sobrancelha. – Você trouxe quatro
SUVs cheias da sua força-tarefa e entrou na minha casa como se eu fosse algum tipo
perigoso. Dá um tempo.
— Não há nenhuma, eu tenho um cachorro e um gato. Eles me deixaram saber que algo
estava acontecendo. – Era uma mentira, mas Kat não queria mencionar Missy. Os dois
animais estavam cochilando. Butch era um cão de guarda horrível, era um covarde e
dormia como morto quando ia para a cama. Iria lamber um intruso até a morte se
estivesse acordado. – Quais são as acusações?
— Não.
— Abaixe a arma. – Darkness deu outro passo e agarrou o corrimão.
— Comece a falar ou consiga andar, Darkness. Você não fez isso tudo por uma booty
call5. As pessoas usam o telefone nesses dias, apenas para você saber. Eu não fiz nada
errado, mas disse muito. Você me disse para ir embora e fui. Terminamos em bons
termos.
— Você quer dizer pelo grupo pesadamente armado que você trouxe para dentro de
minha casa? Não há uma segunda escada se eles estão procurando por isso e as janelas
nesse andar estão pintadas. O último dono era um idiota e eu nunca as troquei, essa é a
coisa bacana sobre aquecimento central e ar. Essa é a única coisa nessa casa que
funciona bem. Diga a eles para nem sequer tentar deslizar atrás de mim, eles não
podem. Eu também ficaria furiosa se eles machucassem meus animais.
— Isso foi legal de sua parte. Qual era o plano? Me pegar enquanto eu dormia? – Kat
odiava que eles poderiam ter feito apenas isso se Missy não tivesse hábitos estranhos
para lutar contra a insônia.
— Merda nenhuma. – Kat estreitou seu aperto na arma. – Você me colocou em perigo.
— Não por nós. Viemos para ter certeza que você estava a salvo e te levar de volta para
Homeland onde nossa segurança é muito melhor.
— Robert Mason é cunhado de Jerry Boris, essa é a conexão deles. Seu chefe é o irmão
da ex-esposa de Boris.
— Tudo bem, mas permaneça ai, fui clara? Vou atirar na sua perna. – Ela abaixou a
arma para o lado, mas estava pronta para erguê-la se ele tentasse avançar pelas escadas.
Kat não confiava mais em Darkness e se ressentia disso. – Fale.
5
Booty call – como mencionado na história de Brawn, é uma chamada feita de madrugada onde uma pessoa chama
a outra para transar sem compromisso. Apenas um bom sexo e depois ir embora.
— Jerry Boris foi o diretor de Homeland quando ela abriu.
— Ele é humano. Não governamos Homeland de primeira. Eles fizeram isso até que
assumimos.
— Okay, continue.
— Ele foi removido. Ele não gostava teve problemas com alguns deles.
— Não é exatamente um trabalho que ele deveria ter pelo som disso. Então você o
prendeu por ser um idiota?
— É onde enviamos os humanos que nos machucaram. Muitos deles são ex-
empregados da Mercile que caçamos. Boris era bom para o trabalho desde que ele
estaria responsável pelos humanos apenas. Alguém pensou que seria o lugar perfeito
para colocá-lo, era um movimento político para ter certeza que ele permaneceria em
silêncio.
— Peguei isso. Ele não poderia vomitar para a impressa se ainda estivesse
tecnicamente no trabalho. Por que não colocaram aqueles babacas em uma prisão
normal?
— E a noite não é nenhuma criança, nem é a arma em minha mão está ficando mais
leve.
Darkness rosnou.
— Descobrimos o que ele estava fazendo depois que ele tentou culpar uma humana
pelos crimes dele. Ele foi preso e estamos com ele em Homeland.
— Entendi. Então Mason quer ele livre porque eles estão relacionados. Isso é
antiprofissional. Que babaca.
— Acreditamos que Robert Mason talvez esteja trabalhando com Jerry Boris. É
possível que ele esteja ciente das atividades de Jerry e tente usar sua posição no FBI
para protegê-lo. A fêmea que Boris tentou culpar estava em Homeland e agentes do
FBI tentaram leva-la de nós. Ela era a única que poderia identificar Boris ao vê-lo, ele
estava usando um nome falso.
Kat nunca tinha gostado do seu chefe ou pensou muito dele. Ouvir que ele talvez
estivesse envolvido com algo tão baixo não foi uma surpresa.
Kat se debateu em responder, mas acreditava em Darkness. Seu chefe era um canalha.
— Ele queria algumas informações e procurar por Jerry Boris. Eu sabia que isso era
pessoal. Ele fez soar como se vocês eram bandidos que estavam sequestrando pessoa
inocentes quando não estavam drogando e estuprando mulheres.
— Eu não escrevi um, também não deixei exatamente Mason saber quando deixei
Homeland. Eu não estava preparada para lidar com ele ainda. Planejei ir na segunda-
feira e escrever o quão chato tudo era. – Ela deu de ombros. – Você sabe, como eu
nunca deixei o chalé, exceto para as aulas e não aprendi nada de importante. Ele iria
ficar zangado, mas ele me chama de um par de peitos e pensa que estou fazendo com
garotas. Ele não é minha pessoa favorita.
— Ele pensa que estou com mulheres. Eu não preciso dizer a você que não estou. Estou
esperando muito que isso exploda na cara dele, eu não sei como ele conseguiu a
posição. Ele é um tipo de joguete, mas ordens são ordens. Minha bunda foi mandada
para Homeland, eu tinha que ir. Como você descobriu que eu era do FBI?
— Sua identidade falsa era falha, nossos machos não cometeram um erro. Disse isso a
você para te fazer pensar que engolimos sua história.
— Compreensível. Eu quis acreditar que vocês acreditaram, jogo bem jogado. Você
deixou cair algumas dicas, entretanto.
— Minha colega de quarto espirrou um pouco disso antes de sair mais cedo. – Eles
olharam um para o outro. – Eu não concordei com o porquê fui enviada. Mason é um
bundão.
— Por quê?
— Você deveria ouvir a teoria dele de cachorro algumas vezes, eu não vou repetir isso.
Foi ruim o suficiente da primeira vez que ouvi, especialmente desde que eu tenho um.
Estou apostando que ele pulou os treinamentos de sensibilidade.
— Seu chefe pode querer te machucar para te manter quieta uma vez que venha à tona
que o ligamos a Boris.
— Ele enviou outros agentes também, o que você acha? Que ele vai virar o ninja
assassino e derrubar a todos? Eles não iriam tão longe, mas aposto que eles tinham
ordens similares as minhas. Ele não iria tentar silenciar tantos agentes.
Darkness virou a cabeça e murmurou algo que Kat não pôde ouvir, ela aumentou o
aperto em sua arma e pestanejou quando ele olhou atrás dela.
— A sua equipe está ficando impaciente? Por que você não diz a eles para saírem da
minha casa? Eu também gostaria de sugerir que você ligue da próxima vez se quer
conversar ao invés de vir com essa merda. É rude.
Vidro quebrou em algum lugar atrás dela e Kat girou, assustada. Um movimento pegou
seu olho e ela olhou para trás. Darkness saltou, se movendo mais rápido que a visão
dela podia rastrear, ele a agarrou e arrancou a arma de sua mão. Isso caiu no chão e ele
ergueu Kat, batendo as costas dela contra a parede.
— Eu te avisei que poderia fazer isso. Não é minha culpa se você esqueceu que eu não
tinha que caminhar a cada degrau para te alcançar.
— Estou te levando para Homeland, Kat. Isso vai fazer tudo mais simples se você
apenas cooperar.
— Eu sei, quero ter certeza que você está a salvo. Estou te levando e mantendo você
pelo tempo que achar necessário.
— Mason não virá atrás de mim. Ele vai estar muito ocupado em proteger a própria
bunda se tudo o que você disse é sólido. Preciso ir trabalhar na segunda.
— Fazendo o quê?
— Você não pode cobrir os anos que já coloquei no meu benefício de pensão. Já
pensou no que é isso?
— Você trouxe um time de assalto para minha casa. – Kat se aproximou até que seus
narizes quase se tocassem. – Eu já estou chateada.
Ela olhou para baixo, vendo as presas dele. Era uma lembrança das coisas que eles
tinham compartilhado e o quanto sentia falta dele. Darkness poderia ter alguém para
pegá-la, mas tinha vindo ele mesmo. Isso tinha que significar algo. A sensação dele
contra ela não poderia ser ignorada. No entanto. Kat entendeu completamente a relação
de amor e ódio nesse momento. Ela odiou como ele tinha vindo, mas amou vê-lo
novamente.
— Sexo não me faz concordar mais em ir com você. – O olhar dela se ergueu.
— Quem disse que eu estava tentando te seduzir? – Darkness sugou uma respiração
profunda, incapaz de esconder a reação surpresa pelas palavras de Kat.
— Você me tem presa na parede e está fazendo esses sons sexys. – Ela ergueu as
pernas e passou ao redor dos quadris de Darkness. A arma no coldre amarrado a perna
dele cavou um pouco a pele de Kat, então ela ajustou as pernas mais para cima,
cruzando os tornozelos atrás da espinha dele. – Você poderia apenas ter ligado se
queria me foder novamente. – Ela soltou os ombros de Darkness e fechou uma mão nos
cabelos dele. Kat puxou, sacudindo a cabeça de Darkness para cima e para o lado desde
que ele não esperava que ela fizesse isso. Ela pressionou o nariz contra a garganta dele
e inalou. – Que colônia você usa? Cheira bem.
— O que você disse para mim? – Kat sorriu ao som da voz dele se aprofundando. – Oh
sim. Você cheira tão bem que eu poderia apenas te comer.
As mãos de Darkness nos quadris de Kat perderam o aperto e deslizaram pra a bunda
dela, firmemente se curvando lá. Ele a puxou mais apertado contra a parede e Kat pôde
sentir a ereção dele contra sua boceta através das roupas que vestia.
— Kat, não.
— Pensei que você não ia mais me ver novamente? – Ela correu a ponta da língua na
pele dele, pausando exatamente abaixo do lóbulo da orelha de Darkness. – Você trouxe
as algemas, Senhor Controle? – Kat mordiscou o lóbulo de Darkness. – Controle isso. –
As mãos dela começaram a perambular pelo corpo dele onde quer que pudesse
alcançar.
O peito de Darkness começou a vibrar e os dedos dele se flexionaram, ele fez um som
de estrondo profundo e tentou mover a cabeça para longe. Kat agarrou o outro lado do
rosto de Darkness com a mão livre e o manteve no lugar. Ela soltou a orelha dele e foi
para o pescoço, beijando-o e usando os dentes para beliscar suavemente. As pernas dela
voltaram a apertar a cintura dele e se mexeu contra ele.
— Eu não sabia se íamos encontrar outro time. Queria homens o suficiente comigo
para assegurar que podia te tirar. Penso que Mason iria tentar te matar.
Kat parou de beijá-lo e colocou a cabeça para trás, olhando dentro do olhos dele.
Darkness realmente pensava que ela estava em perigo, isso não era como se ele
estivesse apenas querendo vê-la novamente. Parte dela ficou triste, mas o fato de que
ele tinha ido tão longe para ter certeza que ela estava a salvo aqueceu seu coração.
— Podemos discutir isso mais tarde? – Darkness fechou os olhos e depois olhou
corredor abaixo. – Precisamos ir.
— Darkness?
— Eu vou ficar na sua casa com você se eu retornar a Homeland desde que estou
supostamente em tamanho perigo.
— Não.
— Eu talvez lave suas costas enquanto estivermos lá.
— Eu não vou deixar um bando de caras me sequestrarem, mas talvez permita isso se
você concordar.
— Não.
Kat lambeu os lábios e gostou do jeito que Darkness notou, ela pressionou a boca da
arma de Darkness contra a perna dele, seu polegar assegurando que a trava estava no
lugar.
— Eu peguei sua arma, doçura. Você estava um tanto distraído. Concorda com meus
termos depois de tudo?
— Eu não vou. – Kat colocou o tambor para trás. – Isso não vem ao caso. Nunca mais
me subestime, bebê. Concorde com meus termos ou não estou saindo com você.
— Eu permitiria isso, seria apenas uma lista simbólica. Um de nós iria se machucar se
realmente fossemos para isso. Concorde com meus termos ou saia da minha casa.
— Você é teimosa.
— Você também é. Acho que talvez seja por isso que sou atraída por você. Você quer
uma mulher que dê um pouco, mas não muito.
— Tudo exceto sua teimosia. As fêmeas humanas deveriam ser supostamente mais
passivas.
— Você estaria tão entediado se eu fosse. – Kat gargalhou.
— Você é. – Kat devolveu a arma dele para o coldre e se aproximou para segurar o
rosto dele. – Mesmo que você não queira admitir. Quer que eu vá com você? Nós
dormimos juntos e compartilhamos duchas. Não acredito que estou em perigo, mas se
você quer cobrir minha bunda, é melhor ser no sentido literal. – Kat piscou.
— Eu posso pelo menos trocar meu pijama primeiro e pegar algumas coisas?
— Por quê? De acordo com os seus termos, não teremos razoes para usar roupas.
Tenho a equipe pronta para recuperar seus animais e consertar a janela quebrada, eles
lançaram uma pedra para te distrair.
— Deixe-os. Minha colega de quarto vai voltar pela manhã, ela pode lidar com a janela
quebrada também. – Kat não queria envolver Missy. Não acreditava que seu chefe era
uma ameaça, apesar do que Darkness alegava. – Os bichinhos são mais dela do que
meu, de todo jeito. Vou apenas colocar a mesa na porta do meu quarto assim eles não
entram lá. O cachorro pode torcer a maçaneta com a boca e quero que eles tenham um
acidente no meu piso se ela chegar atrasada. Os bichinhos dela, o xixi dela.
Kat caminhou para a mesa que escondia a entrada do sótão e a puxou, isso permitiria
que Missy saísse.
— Vou para Homeland com você, sei que esse será legal. Estarei de volta em poucos
dias. – As paredes eram finas então ela tinha certeza que Missy poderia escutá-la. Kat
puxou a mesa para a frente da porta. – Vamos. – Quanto mais rápido eles saíssem,
menos chance de Missy ser encontrada.
— Essa não é a entrada da frente. – Kat anunciou, olhando para fora das janelas.
— Não, não é. Temos alguns caminho escondidos. – Darkness se sentou ao lado dela
na segunda linha de assentos. – Essa é a casa que compramos.
— Siga-me, Kat.
Ela deslizou no assento, cuidando da sua longa camisola, não expondo muito das suas
pernas. Ela parou e esperou que eles entrassem na casa, Darkness pegou seu cotovelo, a
virando para a porta exterior.
— Estamos indo para o quintal e entrando em Homeland por esse caminho. – Ele a
informou suavemente. – Eu poderia te carregar, disse a você para colocar sapatos.
Kat queria deixar a casa rapidamente, havia uma longa lista de coisas que desejou
poder embalar.
— Estou bem. – O quintal estava escuro e grama suave cobria seus pés. – Tão longe.
Um assobio baixo soou de um dos três homens, estava escuro, mas Kat podia ver
formas. Uma seção da parede coberta com aparentes videiras se abriu, mostrando uma
estrada atrás dela. Seu lado profissional não gostou que eles tinham caminhos
escondidos em Homeland.
— Elas cercam.
Kat deixou o quintal e viu que a estrada não era grande e as parede maciças estava do
outro lado dela.
— Ótimo.
Cordas caíram do topo, batendo no chão. Kat assistiu um homem segurando uma delas
e subir mão a mão, ela cerrou os dentes. Odiava admitir, mas tinha sido um longo
tempo dede que tinha treinado e não tinha sido de madrugada a última vez que tinha
escalado uma parede.
— Eu vejo um problema.
— Sessenta e dois.
— Perto o suficiente, apenas segure firme e não solte. Os oficiais acima de nós vão te
pegar quando eu estiver ao alcance. Eles vão te subir o resto do caminho para prevenir
que sua pele seja arranhada pelos tijolos.
— Mason pode tê-los vigiados. Não quero que ele saiba onde você está, é mais seguro
desse jeito.
— Você é tão profundo. – Kat esperava que ele não perdesse o sarcasmo.
— Você me deixa cair e vou ficar chateada. – Kat colocou o rosto contra o pescoço
quente de Darkness, o uniforme dele era volumoso.
Isso era o inferno da questão, ela confiava. De outro modo, não teria concordado em ir
com ele. Kat tinha querido vê-lo novamente.
— Okay.
— Eles alcançaram o topo. Pronta?
— Bom.
Darkness soltou Kat e caminhou para frente, pausou e depois uma corda bateu nas
costa de Kat, ela se agarrou mais apertado. Os braços de Darkness ficaram tensos e Kat
bateu os olhos fechados. De jeito nenhuma ela queria espiar, seria insano para qualquer
um segurar o peso de outra pessoa enquanto subia. Eles nem mesmo estavam presos
juntos. Darkness meio que saltou e Kat travou as pernas apertadas ao redor dele,
também sendo cuidadosa para não sufocá-lo com seus medos. Os braços dele ficaram
tensos enquanto usava a força para puxá-los para cima, de mão em mão.
— Porra.
Kat ergueu a cabeça e espiou, duas figuras negras estavam acima dela no topo da
parede, uma se curvou e a alcançou. Kat tinha que soltar Darkness e confiar em
estranhos. Não era sua primeira escolha, mas era o único jeito de sair dali. Levou muita
coragem aliviar o aperto e se esticar. Uma mão firme e enluvada agarrou ao redor do
seu pulso.
— Eu a peguei.
— Dê a eles seu outro braço e então me solte de suas pernas. – Darkness apressou.
Darkness curvou as pernas, formando uma espécie de assento para ela quando Kat o
soltou. Outra mão enluvada pegou um aperto firme em seu pulso, Kat liberou o aperto
de suas pernas em Darkness e os homens a puxaram para cima.
Kat virou a cabeça e engoliu com força, havia uma mureta na parede de fora, mas não
havia mais nada além de vazio atrás dela. Mais alguns passos e teria tropeçado na
parede e caindo em qualquer coisa lá embaixo.
— Obrigado.
— O que você está fazendo, Book? – Darkness fez o resto do caminho para cima e se
precipitou, arrancando Kat do aperto do homem a mantendo imóvel.
— Me coloca no chão. – Kat não lutou, mas agarrou freneticamente uma parte dele
para se segurar, isso subiu um pouco o pequeno tecido de sua roupa. Ela estava com
medo de que ele a deixaria cair da parede.
— Calada, Kat. Estamos indo para as escadas, é o jeito mais seguro de te descer.
— Eu posso caminhar. – Ela fechou os olhos e ficou pendurada lá. Isso não era honrado
e ela mentalmente pensou em todos os meios de se vingar.
— Essa não é uma seção bem iluminada. – Outro macho a informou. – Você quase caiu
uma vez, nós podemos ver.
E eu não. Kat se aquietou e soube quando eles alcançaram as escadas, pelo som que as
botas de Darkness faziam enquanto eles desciam, elas eram de metal e um pouco
frágeis. Ela se lembrou de umas frágeis que havia usado uma vez para subir em um
avião e estava grata por não poder ver. Darkness finalmente parou de descer e pausou.
— Obrigado.
— Foi bom ter uma aventura. – O cara que tinha falado antes respondeu. – Você vai
levá-la para uma cela, Darkness?
— Ela não é uma prisioneira, isso foi para a proteção dela. Vou levá-la para minha
casa. Você vai deixar a Segurança saber, Book?
— Claro, também vou informar aos Suprimento que você vai precisar de coisas para a
fêmea.
— Eu vou cuidar disso. – Darkness não a colocou para baixo, mas virou rápido o
suficiente para fazê-la ficar tonta, ele se moveu rápido. Darkness provavelmente
considerava isso caminhar, mas ela estaria correndo naquele passo.
— Você está descalça, não estamos muito longe do dormitório dos homens.
— Ótimo, você pode caminhar comigo na frente de um monte de caras então eles
podem ver minhas pernas e bunda nuas.
— O quão longe estamos da sua casa? – Ele continuou andando e não respondeu. –
Olá?
— O chalé ao lado de onde você estava não é minha casa, foi onde eu fiquei para
permanecer mais perto de você. Eu vivo nos dormitórios. – Darkness passou o outro
braço ao redor das costas dos joelhos de Kat, cobrindo mais da pele dela.
— Fantástico. Não é um monte de caras Nova Espécie vivendo lá? – Kat imaginou uma
casa de fraternidade na sua cabeça. – Isso apenas continua ficando cada vez melhor.
— Estou te levando pelas portas dos fundos, não devemos entrar em contato com
ninguém mais a essa hora. Eles estão ou no turno ou dormindo.
Darkness parou e soltou um braço, um bip pôde ser ouvido e Kat sabia que ele tinha
abrido uma porta com seu cartão ID, eles entraram em um corredor mal iluminado.
— Está testando minha paciência, Kat. Eu não estou no meu melhor humor, você
ordenou que compartilhássemos o quarto então é isso que você vai ter.
Ele tinha um ponto. Kat tinha pensado que eles iriam para a casa dele, no entanto, não
para um prédio cheio de outros homens. Ela piscou, esperando que ele não tivesse um
colega de quarto, isso seria estranho, seria pior se eles nem mesmo tinha seu próprio
quarto. Eles entraram em um elevador, mas estava vazio. Era um alivio. As portas se
abriram e Darkness pisou em um chão acarpetado e caminhou pelo corredor antes de
pausar na frente de uma porta.
Um outro bip soou e a porta se abriu, ele a colocou para dentro e se curvou, colocando-
a de pé. Kat se ergueu e retirou os cabelos do rosto, a porta se fechou e ela se virou,
olhando a pequena sala de estar. A área da cozinha estava à esquerda e uma porta
aberta estava do outro lado do cômodo.
— É isso, bem vinda a minha casa. – Darkness não soava feliz. – É de um quarto e
consideravelmente pequeno que o chalé, o banheiro é através do quarto. Tem comida
na geladeira se você estiver com fome e tem bebidas também se estiver com sede.
— Tudo o que preciso é de um sofá, TV e cama. Não passo muito tempo aqui.
— Não precisa de mais que isso, entendi. – Kat suspirou, se sentindo nervosa. – Eu não
fico muito em casa também.
— Você estaria mais confortável em seu chalé. Diga-me quando estiver pronta para ir
para lá. – Ele caminhou pela sala e entrou no quarto.
Kat o seguiu, ele ligou a luz e se sentou na cama grande. Ela o assistiu retirar as luvas e
então as botas, Darkness se ergueu e puxou a camisa pela cabeça, revelando o
estômago plano e o peito. O olhar escuro dele a prendeu onde estava de pé.
— Eu vou tomar banho, estou suando depois de subir a parede. Eu durmo no lado da
cama mais próximo da porta e não abra minha mesa de cabeceira. Essa é uma regra.
— Por que está tão zangado? – Kat assentiu. – Você foi o cara que me forçou a vir para
cá.
A água correu no outro cômodo e ela olhou para a porta, podia imaginar como o resto
da noite seria. Darkness iria sair e provavelmente apagar as luzes, ignorando-a. Isso
seria estúpido. Mason não era um perigo para ela então não precisava ficar ali.
Darkness estava apenas sendo paranoico.
Kat se ergueu e caminhou para a porta do banheiro, seu temperamento explodiu. Testou
a maçaneta e ela girou em sua mão, uma respiração profunda e empurrou aberta,
caminhando dentro para o ambiente fumegante. A porta do chuveiro era de vidro e
Darkness se erguia totalmente nu sob o jato de água quente. Ele virou a cabeça e os
olhos se estreitaram.
Kat agarrou a ponta da camisa, puxando-a pela cabeça e a deixou no balcão, seus
polegares empurraram a calcinha e ela se curvou, puxando-a para baixo.
Darkness pareceu chocado quando ela se endireitou e cruzou o cômodo pequeno, ela
abriu a porta e entrou com ele. Darkness teve que se mover para dar espaço, um
rosnado suave veio dele, mas o pênis se sacudiu e ele permaneceu olhando para baixo,
para o corpo dela.
Kat viu sabonete líquido na prateleira embutida na parede e o agarrou, ela derramou um
pouco na palma e ergueu o queixo.
Ela foi direto para o ponto bom, Kat deu um passo à frente e envolveu a mão ensaboada
ao redor do pênis dele. Darkness arquejou e foi para trás, as costas batendo no azulejo,
Kat se pressionou contra ele e esfregou seu eixo.
— Quero ter certeza que você está realmente limpo. – O eixo dele ficou mais rígido na
mão dela, crescendo mais largo e mais espesso. Mais duro. As mãos dela trilharam da
base para o topo. – Você não quer conversar? Tudo bem. – Kat olhou para baixo entre
eles e então ajustou sua postura até que a cabeça do pênis dele pincelou seu estômago,
a água correu entre eles.
Darkness não a tocou, mas apenas permaneceu lá permitindo que Kat brincasse com
ele. Ela usou a outra mão para admirar o abdômen, era algo que teria querido fazer para
sempre e a luz permitia a ela ver o modo que os músculos se tencionavam e soltavam
pela sua pequena exploração.
Darkness tinha um pênis perfeito, ele ficou vermelho quando ficou realmente duro. Um
pouco do sabão foi lavado, fazendo-a alcançar o frasco novamente. Kat notou o jeito
que Darkness respirou mais rápido, ele mantinha as mãos cerradas nos lados, coluna e
bunda firmemente pressionada contra o azulejo. Kat colocou mais sabonete e correu
um pouco acima do estômago dele, trilhando costelas acima. Ela massageou seu eixo
novamente, até mesmo correndo a mão mais para baixo.
Darkness rosnou quando ela gentilmente cobriu as bolas dele e separou as pernas para
permitir isso. Kat se sentiu vitoriosa e olhou para o rosto dele, os olhos estavam
fechados, os lábios separados e um quase sorriso. Ela ergueu o pênis dele mais para
cima e ficou mais perto, então a cabeça a parte inferior do eixo dele se esfregou contra
o estômago dela. Sua atenção se focou nos mamilos dele, Kat não pôde resistir e foi
para um deles com a boca.
Kat soltou aquele mamilo e foi para o outro, era para que ele soubesse como era ser
torturado um pouco. Darkness tinha feito isso com ela muitas vezes. Kat curvou os
dedos ao redor do eixo dele e o apertou com pressão suficiente que sabia ser muito boa,
ela o acariciou de cima para baixo.
Darkness passou os braços ao redor dela, uma mão cobrindo a bunda dela e os dedos
dele se enfiaram na pele dela. Ele deslocou os quadris, forçando o pau contra a pele
dela. Kat sugou mais rápido o mamilo dele, correndo os dentes em cima da ponta
rígida.
A outra mão de Darkness se agarrou nos cabelos de Kat e ele puxou, não foi o
suficiente para doer, mas ela o soltou da boca e olhou para cima. Darkness baixou o
queixo e olhou para ela, paixão endurecia as feições dele, mas a fome se mostrava nos
olhos.
— Maldita.
Ele fechou os olhos e deixou a cabeça para trás, sêmen quente se lançou na barriga
dela. Kat olhou para baixo, olhando ele gozar. O estômago de Darkness tremeu, os
músculos rolando um pouco sob a pele, mas a visão do pênis dele pegou a maior parte
de sua atenção. Ele gozou forte. Darkness soltou a bunda de Kat e gentilmente fechou
as mãos acima dela, a apressando para soltar seu eixo. Kat abriu os dedos.
Darkness soltou o cabelo de Kat, alcançando e agarrando a ducha móvel. Ele se moveu
subitamente e Kat teria deslizado no azulejo, mas ele a virou e pressionou de costas,
prendendo-a na parede fria de azulejo. Darkness se moveu mais perto, o corpo a
prendendo no canto, o pé cobrindo um dos dela, firmemente se segurando entre ele.
Darkness soltou o quadril de Kat e se curvou um pouco, a encaixando sob um joelho.
Ele a ergueu até que Kat se ergueu em um pé.
— O que vo-ahhh!
A pressão da água bateu contra seu clitóris, foi chocante, súbito e maravilhoso.
Darkness segurou o bocal contra a boceta dela. Kat o agarrou mais apertado e travou os
joelhos para não cair.
— Que pena. – Darkness rosnou. Ele curvou a cabeça e empurrou o rosto de Kat para o
lado. A boca quente dele mordeu abaixo na garganta dela, doeu ligeiramente, mas era
gostoso também. Ele rosnou, movendo o bocal um pouco para afaga-la um pouco com
a água.
— Porra. – Kat ia gozar rápido e duro, os quadris se sacudiram e isso apenas fez ficar
mais intenso. Ela apenas não pôde mais segurar, era impossível com tanta carga
excessiva de pressão. – Darkness! – Ela gritou o nome dele quando tudo dentro dela
explodiu.
A perna de Kat veio abaixo, mas ela não caiu. A ducha bateu no azulejo ao invés disso
e os braços fortes de Darkness a pegaram ao redor dos quadris. Ele a ergueu, soltando o
pé preso ao mesmo tempo. Kat passou os braços ao redor do pescoço dele e apenas
arquejou.
— Você me pegou. A pior coisa que pode acontecer é se um de nós deslizar aqui.
Água caiu neles pelo bocal do chuveiro, Darkness alcançou atrás deles e o desligou.
Darkness segurou Kat e emudeceu o rugido que queria sair, jogar a cabeça para trás e
deixar sair sua frustração seria bom. Quase tão bom quanto as mãos dela tinham sido
nele. Seu pau endureceu novamente e ele queria foder Kat, ver o clímax dela sempre
fazia isso com ele.
Ele usou os ombros para abrir a porta de vidro, ele caminhou para fora do box e do piso
de azulejo. A água iria encharcar, mas ele não ligava. Kat tinha deixado a porta do
banheiro aberta, então ele apenas entrou no quarto e a jogou na cama.
Kat arfou, não esperando isso. Inferno, ele pôde relacionar. Darkness veio atrás dela,
apenas caindo na cama. Agarrou as pernas dela e as separou, expondo a boceta de Kat,
precisava prova-la. Bateu a alternativa. Ele não tinha camisinhas em casa e era muito
tarde para pedir algumas nos Suprimentos. Teria que ir ao Centro Médico,
provavelmente acordar alguém.
Darkness empurrou o rosto e correu a língua pelas dobras de Kat, o sabor suave dela o
deixou maluco. Uma das mãos dela cobriu seus cabelos molhados, agarrando um
punhado, ele não ligava se ela puxasse um pouco. Nada ia distraí-lo. Apressou a língua
sobre o clitóris dela e usou as presas para empurrar um pouco da carne suave para trás
para expor mais área carnuda, ele pressionou a língua e rapidamente esfregou.
Kat gemeu e mudou as pernas, um pé terminando nas costas de Darkness. Ela se movia
sob ele, os quadris rolando. Darkness a pressionou para baixo, prendendo-a.
Ronronos partiram dele e não desencorajou os sons, isso iria aumentar o prazer dela se
ele vibrasse. Darkness moveu os quadris, o pênis duro e dolorido, ajudou um pouco se
esfregar contra o cobertor, mas estar dentro dela seria muito melhor.
Kat gozou, dizendo o nome dele. Darkness rosnou e arrastou-se até ela, não sendo
gentil quando agarrou os braços dela e os puxou para os lados. Ele usou o braço para
prendê-la lá e separou as pernas entre as dela, forçando-as abertas. Darkness ergueu a
bunda e se mexeu até que a ponta do seu pau encontrou o paraíso. Ele entrou em Kat.
Darkness viu o rosto dela, Kat estava molhada, quente e nada estava entre eles. Ele a
fodeu duro e rápido, incapaz de fazer nada menos. Entretanto ele não viu dor, apenas
prazer mudando o rosto dela. Kat girava a cabeça e fazia sons que o incentivavam a ser
até mesmo um pouco mais rude do que deveria.
A cama rangeu, seu vizinho poderia ouvir a cabeceira batendo na parede, mas ele não
ligava. Ele teria que bater em Smiley se o macho discordasse. A boceta de Kat se
apertou ligeiramente ao seu redor até que ele teve que diminuir um pouco. Ela estava
tão apertada que ele teve que lutar para se mover. Darkness rosnou, soltando um dos
braços dela, foi para baixo e agarrou-a sob os joelhos. Ele se ergueu, deixando mais
fácil para ele se mover.
Kat gozou. O braço dela se prendeu ao redor do pescoço dele e ela enfiou o rosto contra
o ombro dele, gritando. Darkness começou a gozar, mas rosnou e saiu dela, virando os
quadris, seu sêmen cobriu a perna de Kat. Ele sabia que não tinha feito isso a tempo,
um pouco estava dentro dela.
— Filho da puta. – Darkness soltou Kat e rolou para longe, ficando de pé. A coisa mais
próxima para socar era a parede, seus punhos bateram nela. Gesso encheu suas juntas.
Ela era a culpada. Não sabia disso, mas era. Ele virou, rosnando.
— Você não deveria ter vindo atrás de mim no chuveiro. Você sempre tem que
empurrar.
Kat se sentou no meio da cama, os mamilos estavam frisados e havia arrepios na pele
ainda úmida dela. Significava que ela estava com frio agora que eles não estavam
distraídos. Darkness invadiu o banheiro e puxou uma das toalhas do pegador, ele virou
e perdeu o passo no azulejo liso, quase caindo antes de recuperar o equilíbrio. Era
apenas mais uma lembrança de como ela o deixara louco. Uma mancha larga de água
vinha do chuveiro por todo o caminho do carpete no quarto, Darkness fez o caminho
até a cama e jogou a toalha para Kat.
— Cubra-se. Não posso te ver nua agora. – Isso apenas ressaltava o que eles tinham
feito e como ele tinha perdido o controle.
— Estávamos tempo um tempo ótimo e agora você está rasgando a mão. Está
sangrando. O que eu fiz? Eu disse algo? Eu estava tipo desligada.
Darkness continuou sem dizer nada. Ele não poderia. Não iria.
Kat olhou para ele uma vez que a toalha estava passada ao seu redor, apertada para
manter-se no lugar entre os seios. Ela se aproximou cuidadosamente dele e olhou para
cima para seu rosto. Darkness não se moveu.
— Todos vão ouvir que estamos compartilhando sua casa. – A voz de Kat se suavizou
um tom. – Eles provavelmente nos ouviram fazendo sexo também, nós somos um tipo
alto. O segredo já foi. – Darkness odiou quando lágrimas encheram os olhos de Kat, ela
piscou de volta, entretanto. – Seu idiota.
Isso o surpreendeu. Kat ergueu a mão e lhe deu um tapa no braço, Darkness olhou para
onde ela tinha acertado e de volta para ela. Tinha doído, mas não o suficiente para
machucar.
— As camisinhas não eram porque você estava preocupado que alguém iria cheirar
você em mim. Você me pode me engravidar. Deveria ter me dito, eu não sou uma
retardada. Posso fazer as contas. – O queixo dela se projetou. – Negue isso, vá em
frente.
Kat se afastou e quase tropeçou, Darkness se moveu, pegando-a pelo braço para ajudar
a se estabilizar. Ela saiu do seu aperto e mais lágrimas apareceram, ela piscou essas
também.
— Isso iria colocar nossos pequenos em perigo. Eles poderiam tentar sequestra-los e os
vender. A Mercile tentou nos criar por uma razão, mas falhou. Isso ajudou a impedir
que alguns dos piores fanáticos de vir atrás de nós quando eles pensaram que essa
geração vai morrer inteira eventualmente.
Kat se recusava a olhar para ele, o corpo dela tremia, mas ele não estava certo se era
físico ou emocional desde que não podia ver o rosto dela. Kat puxou uma respiração e
virou.
— Existem crianças em Homeland? – A raiva não foi uma surpresa quando ela olhou
para ele.
— Existem?
— O quê? Acha que vou contar para a imprensa? Qual parte de ‘eu nunca iria ferir a
ONE’ você não entendeu? Pensa tão pouco de mim que honestamente acredita que eu
poria crianças em risco? Jesus! Então para adicionar um insulto a ferida, você
casualmente menciona a pílula do dia seguinte? Você é realmente um bastardo.
— Não se preocupe, eu sou uma mulher esperta. Pego as coisas fácil. – A mão de Kat
se abriu acima do estômago. –Se sua pequena deslizada de controle tiver
consequências, elas não serão suas. Você não quer que ninguém entre. Qual é o
protocolo?
— Eu não entendo.
— O que você vai fazer se eu engravidar. – Ela empalideceu. – Eles não podem me
forçar a abortar, podem? – Kat se afastou, ficando mais perto do lado da cama para
colocar mais espaço entre eles.
Darkness assentiu.
Darkness permaneceu de pé enquanto ela se aproximava dele, quase esperava que ele
batesse nele novamente, mas Kat o surpreendeu quando pressionou a testa contra seu
peito. Ela apenas ficou lá. Darkness teve a urgência de colocar os braços ao redor dela,
apenas hesitando por um momento antes de seguir seus instintos e fazer isso. Kat não
se afastou.
— Qual é o protocolo?
— Eu não sei.
— O que você faz quando pensa que talvez tenha acidentalmente engravidado alguém
ou que há uma chance disso?
— Eu nunca tive isso acontecendo antes. Deveríamos ir até o Centro Médico e te testar,
Kat.
— Certo, teste de gravidez. Eles podem ser capazes de dizer em poucas semanas. Acho
que não estarei de volta ao trabalho na segunda. – Kat riu, mas isso soou áspero e
eriçado. – Talvez eu precise daquele emprego na ONE depois de tudo.
Ela ergueu a cabeça para longe dele, mas não olhou para cima.
— Estou cansada, não dormi muito bem na noite passada e apenas duas horas hoje. –
Ela caminhou ao redor dele e entrou no seu banheiro.
Darkness a seguiu com o olhar, Kat secou os cabelos e colocou a camisola de volta. A
calcinha continuou no chão desde que estava molhada, Kat se virou e finalmente olhou
para ele.
— Ótimo. – Kat bufou. – Agora você vai compartilhar algo pessoal, esqueça isso. Lide
com mau hálito até que possa me trazer uma nova. – Kat saiu do banheiro e cruzou o
quarto, olhando a cama. – Temos os lençóis molhados. Tem um adicional?
— Por que não vai limpar suas juntas? Elas não pararam de sangrar. Vou lidar com
isso, apenas me diga onde elas estão. Você continua querendo o lado da cama ao lado
da porta? Assumo que você faz isso por questões de segurança.
Ela pausou.
— Tudo vai parecer melhor de manhã. Esse é um lema que quero realmente acreditar
agora. Apenas... Não vamos falar mais essa noite.
Capítulo Dezessete
Kat continuou cambaleante pela noite passada. Darkness retornou ao apartamento com
algumas sacolas nas mãos, ele fechou e trancou a porta atrás dele.
— Obrigado.
— Vou te fazer algo para comer. – Ele entrou na cozinha e usou o balcão para remover
as embalagens.
— Esse não é um bom café da manhã, eu sei como fazer omeletes. Peguei ovos,
presunto e queijo para eles. Me da dez minutos.
— Não, obrigado.
— Estou cansada de brincar de jogos verbais com você. Eu não vou comer nada que
você faça.
— Não aconteceu de você passar no Centro Médico e pegar algumas pílulas para
colocar na minha comida sem que eu saiba, não é? – Ela olhou o rosto dele em busca
de reação.
— Pensa que eu faria isso? – A boca de Darkness virou uma linha fina.
— Eu não tenho ideia do que você é capaz, eu estava pensando enquanto você estava
fora. Eu quero ser levada para a área de hóspedes. Estou anulando os termos que pedi,
não quero mais viver com você. Não tenho ideia de como me sinto agora, mas serei
maldita se você tomar uma decisão por mim, Senhor Controle.
— Eu nunca faria isso. É sua escolha se você quer a pílula. – Darkness se moveu
rápido, caindo de joelhos na frente dela e se aproximou. Ele rosnou.
Kat não fez nada mais além de piscar. Darkness tinha dormido com ela, mas
permanecido do lado dele. Ele tinha abraçado a si mesma, não querendo tocá-la. Não
tinha sido um bom jeito de passar a primeira noite deles como colegas de quarto, o
conceito de ter um bebê era assustador, mas ela não o odiava. As circunstâncias não
poderiam ser piores. Os olhos de Darkness estavam quase negros e ele parecia zangado,
não era nada novo.
— Foda-se, não. – Uma nova suspeita bateu. – Outra mulher fez isso?
— Não.
— Apenas cale a boca agora. – Isso a fez se sentir ligeiramente melhor, mas o insulto
doeu. – Eu lembro o que você mantem nas gavetas da cabeceira. Não me faça atirar em
você.
Darkness se afastou.
— Realmente pensa tão pouco de mim? Que eu passaria por uma gravidez e
abandonaria o bebê com você? Quero ser levada para a habitação dos hóspedes agora.
— Eu não quis dizer do jeito que soou, apenas não vejo você sendo feliz aqui. Você
disse que sua carreira era a coisa mais importante para você.
— Era. Então eu a mandei para o inferno porque pensei que você era especial. Meu
erro. Lição aprendida. Robert Mason vai ter certeza disso, logo antes que a bunda dele
for chutada também, quando todos os detalhes vierem a tona do que ele me mandou
aqui para fazer. Ouviu esse som? É a minha carreira escorrendo ralo abaixo.
— Sinto muito.
— Me leve para a habitação de hóspedes logo depois que eu pegar algo para vestir e
escovar meus dentes. – Kat se ergueu, tendo certeza que não iria pisar em Darkness. –
Com quem eu falo sobre ser contratada? – Ela pausou na porta do quarto e o estudou. –
Pode me ajudar a conseguir um emprego aqui?
— Sim.
— Isso seria ótimo. – Ela mordeu o lábio. – Eu tenho que ir para a Reserva se estiver
grávida?
Kat entrou no quarto e pausou, não tendo certeza do que fazer. Sua vida tinha se
tornado uma bagunça. Isso a lembrou de Missy. Como ia explicar porque não podia
voltar para casa nunca mais? Mentir diretamente seria necessário, mas iria quebrar seu
coração. Elas eram como irmãs. A casa delas era metade de sua responsabilidade, como
Missy iria fazer os pagamentos? Ela não poderia fazer isso sem ela. A casa seria
hipotecada. Sua melhor amiga iria odiá-la e estaria sem casa. Seu joelhos fraquejaram,
Kat caminhou para a cama e se sentou.
A chance de estar grávida eram pequenas. Quais são as chances? Kat sempre tinha tido
sexo com proteção quando saia com alguém e considerava se envolver com ele. Tinha
pulado nisso com Darkness porque ele tinha sido muito quente. Era de conhecimento
comum que os NE não carregavam doenças e não eram capazes de ter crianças. Isso
provou a teoria de que nada estava escrito em pedra.
— Fale comigo. – Ele não saiu, ao invés disso cruzou o quarto. – Odeio de ver desse
jeito.
Kat deveria ter pedido a ele que saísse, mas ao invés disso ela deslizou na cama e ele
arfou quando ela se jogou em cima dele. Darkness passou os braços ao redor dela e
então os moveu para a cama, ele se sentou e ela subiu no seu colo.
Darkness descansou o queixo no topo da cabeça de Kat. Ela ficou lá. Os braços dele se
estreitaram e ele a ajustou um pouco em seu colo, os movendo para perto da cabeceira
até que descansou contra ela. Foi bom quando ele acariciou suas costas, Kat relaxou.
— Eu estou perturbada.
— Vou fazer uma ligação e descobrir o quão mais rápido podemos descobrir se você
está grávida.
— Okay. Fale sobre mau momento e duas pessoas que não deveriam procriar.
— A criança não teria nenhuma deficiência porque você é humana e eu sou Espécie.
Minha genética iria dominar a sua. Ele nasceria Espécie. – Darkness ficou tenso.
— Quis dizer porque nós dois somos workaholics e não exatamente um casal se
relacionando. – Kat ficou tensa e olhou para cima, ela o liberou e se afastou. –
Obrigado por me abraçar, estou bem agora. Quase esqueci o quão anti-humanos você é.
— Deficiências. Mantenha isso. – Kat olhou para a mesa de cabeceira para fazer um
ponto e então de volta para ele. – Deus, você é um bundão. Vou tomar banho. Pode me
trazer, por favor, aquela escova de dentes e encontrar algo para eu vestir? Eu não quero
ter que ir para o chalé de camisola e calcinhas molhadas. – Ela saiu naquela hora, antes
que realmente ficasse maluca.
Kat bateu a porta do banheiro, mas não a trancou. Realmente queria escovar os dentes e
ter algo para vestir, seria difícil para Darkness trazer as coisas para ela se não
conseguisse alcança-la. Ela ligou o chuveiro e deu um passo para dentro, esperando que
isso iria esfriar seu temperamento enquanto ajustava a temperatura da água para um
pouco fria que ela normalmente gostava. Darkness apenas a chateou. Ele tinha
momentos onde ela lembrava porque tinha se apaixonado por ele e então ele acabava
com isso abrindo a boca.
Apaixonado por ele. Tente caída. Quebrou seu coração que Darkness nuca fosse
realmente corresponder aos seus sentimentos. Ele não iria permitir que ninguém
quebrasse aquelas barreiras emocionais dele. Tinha sido idiota pensar que vivendo com
ele e fazê-lo a conhecer melhor iria funcionar.
Darkness proferiu uma maldição e alcançou o telefone ao lado da cama, ele discou o
número de Trisha em casa e ela atendeu no segundo toque.
— Alô?
— Você não quer que eu mencione isso para Slade, em outras palavras. Pode mandar,
estou curiosa. Ele já saiu, então não vai ouvir nada.
— Eu cometi um erro.
Ele hesitou.
— Oh. Você e a agente do FBI? Okay. – Trisha pausou. – Cinco dias do tempo do
seu... Hm... Acidente. A camisinha rasgou?
— Tudo bem. Um teste de sangue vai nos dizer em cinco dias. Quando isso aconteceu?
Posso agendar vocês para vir.
— Será preciso?
— Sim. Eu teria o resultado em três dias, mas cinco tem mais certeza. Os níveis de
hormônios Espécie batem forte quando uma mulher está carregando um do seu tipo.
Eles também tem gestação acelerada. Você é felino, então isso seria de vinte semanas
de gestação ou algo próximo. Isso iria depender de quão teimoso o bebê pode ser.
Alguns vêm um pouco mais cedo enquanto outros gostam de ficar uma semana ou
mais.
— Nem mesmo ela? – Trisha pausou novamente. – Há opções, você precisa dizer a ela.
Ela tem que fazer uma escolha.
— Eu já a informei, ela não quer tomar uma pílula.
— Ela sabe que você pode engravidá-la? Vai ter que informar a alguém na Segurança,
Darkness. E se ela quiser ir embora? Ou contar a alguém lá fora?
Darkness se ergueu, foi para a cozinha e pegou a nova escova de dentes. Ele parou
próximo à cômoda para encontrar uma camisa e um par dos seus shorts de exercício
para Kat. Darkness entrou no banheiro e os colocou no balcão, ele parou à visão de Kat
com a cabeça enfiada debaixo do jato de água, o cheiro do condicionador dela enchia o
cômodo. Sua atenção desceu para os seios de Kat, seu pau endureceu. Darkness se
virou antes que ela o pegasse admirando-a e deixou o banheiro.
Ele saiu do apartamento e foi corredor abaixo onde bateu na porta ao lado do elevador.
Book atendeu, vestindo cueca, obviamente pronto para dormir depois de se trocar. O
macho arqueou uma sobrancelha.
— Obrigado.
— Não estou surpreso. Você pareceu querer arrancar meu braço na última noite quando
segurei a fêmea para impedi-la de cair da parede.
Darkness girou e caminhou para longe, Book gargalhou. Darkness resistiu a bater à
porta quando retornou para seu apartamento, não gostava de divertir outros machos. Ele
trancou a porta e levou a caixa para o quarto, colocou a caixa na gaveta ao lado de suas
duas armas e se sentou na cama. O chuveiro continuava ligado no outro quarto.
Kat iria embora, ela permaneceria em Homeland, mas não mais em sua casa. Isso
deveria fazê-lo se sentir aliviado, mas não se sentiu. Ela estaria sozinha. Outros machos
das aulas dela iriam ouvir que ela voltou. Sua memória lembrou do felino no bar que
tinha se oferecido para compartilhar sexo com Kat, outros iriam também. Ele rosnou.
Tinha ferido os sentimentos de Kat e a insultado. Ela tinha levado seu comentário sobre
o bebê errado, ele não queria dizer aquilo como uma ofensa. Queria apenas assegurar a
ela que a criança iria ser saudável e forte se eles criassem uma. Darkness se ergueu e
caminhou para a porta do banheiro, colocando a mão na maçaneta, a água foi desligada
no outro cômodo e ele permaneceu lá, ouvindo Kat se movendo.
Darkness soltou a maçaneta e recuou, sentando no final da cama. Ele esperou. Kat
tomou um tempo, mas finalmente apareceu. A pele dela estava rosa do banho, o cabelo
escuro molhado e as roupas dele estavam grandes no corpo pequeno dela. Kat pausou
quando o viu olhando para ela.
Darkness deveria escolta-la para a habitação de hóspedes, eles tinham preparado isso
para ela quando ele e as equipes tinham deixado Homeland para pegá-la. Ele
permaneceu sentado.
— Você disse ele. – Kat ergueu ligeiramente a cabeça. – Quando falou sobre o bebê.
Ele. Por que disse isso?
— Não. Como eu disse, eles levam nossos genes. Os filhos se parecem muito similares
aos pais, quase réplicas em miniatura. Nenhum deles é totalmente crescido ainda, mas
parece que eles talvez sejam distintamente perto. Eu não vi nenhuma das características
das mães no rosto deles.
— Você está arquejando, respire devagar. – Kat parou na frente dele e se curvou, as
mãos em seus ombros. – Está tendo um ataque de pânico.
— Sim, bem, você está dando uma grande impressão. Apenas respire para dentro e para
fora. Devagar. Você tem uma sacola de papel?
— Toda vez que quero te odiar por agir como um robô, você faz algo inesperado. – Kat
hesitou e o surpreendeu se sentando no seu colo, Darkness agarrou os quadris dela para
ela não cair para trás. – Há apenas uma pequena chance de eu estar grávida, lembra?
No pior caso, esse não será o fim do mundo. De qualquer modo, estou chegando aos
trinta então meio que já é hora que eu teria considerado ter um bebê. Minha mãe vai
ficar emocionada, não tenho certeza se isso é bom ou ruim. Eu não posso ficar ao redor
dela mais que um dia sem ficar desejando ter sido adotada, ela é realmente uma pessoa
negativa. – Kat correu as mãos pelo braço dele. – Não vou esperar nada de você.
Darkness não gostou das emoções que sentiu, entretanto. Raiva. Dor. Mas não alivio.
— Te renegar?
— Sou dona de metade daquela casa onde você entrou, Missy não pode fazer os
pagamentos sozinha. Eu não posso empurrar isso nela. Ela é uma artista esfomeada. –
Kat sorriu. – Pelo menos é como ela chama a si mesma. Missy tem abundância de
comida, é apenas que ela não faz o que eu faço e os ganhos dela podem ser erráticos,
dependendo de como os romances dela são vendidos.
— Romances?
— Ela escreve histórias sensuais de romance. – Darkness parecia confuso. – Preciso
ligar para ela, não vou mencionar nada sobre essa bagunça. Preciso apenas dizer a ela
que estou bem.
— Ela sabe onde eu estou. – Kat hesitou. – Ela estava lá na noite passada. Eu não
queria ela envolvida então tive que escondê-la. Ela não vai contar a ninguém. Eu confio
em Missy com minha vida, Darkness. Temos sido melhores amigas desde o nono ano,
nós duas tivemos péssimas vidas em casa e nos juntamos.
— Você vai ficar zangada e não quero que você fique. – Darkness lambeu os lábios,
considerando.
— Estou calma.
Darkness continuou hesitando. Kat estava de bom humor, no seu colo. Ele não queria
que ela gritasse ou o atingisse novamente. Não tinha doído, mas isso estava fora de
questão.
— Uma equipe fez uma varredura em sua casa na noite passada depois que saímos.
Apenas três equipes retornaram conosco para Homeland, uma permaneceu para ter
certeza que ninguém viria atrás de você. Nós os acomodamos lá.
— Ela está bem, Snow a pegou, mas não a machucou. Ouvi sobre isso essa manhã
quando corri os recados.
— Você esperou até agora para me contar? – Kat parecia zangada. – Onde ela está?
— Em sua casa, a equipe está lá com ela. falei diretamente com Snow. Ele é um bom
macho. Ela ficou assustada por apenas alguns segundos quando ele apareceu atrás dela.
Ele percebeu que ela vivia lá porque o cheiro dela estava em todos os lugares e ela
estava pouco vestida, ele sabia que ela não era uma intrusa. Snow jurou que ela está
bem tendo a equipe lá e que ela não mandou que fossem embora.
— Não, eles deram a ela caminho livre pela casa. Eles vão permanecer lá para o caso
de alguém vir atrás de você, ela estará protegida. Eu queria eles capturados se alguém
aparecesse.
Kat empurrou, surpreendendo Darkness o suficiente que ele foi para trás. Kat subiu
nele, alcançando o telefone na mesa de cabeceira.
— Ela está bem. Suas linhas telefônicas não são seguras. – Ele segurou os pulsos dela e
rolou, a prendendo debaixo dele. – Eu vou configurá-lo se você insistir em falar com
ela.
Kat não lutou e seu corpo flexível o fez consciente dela como uma fêmea. A camisa
emprestada dele delineou a forma dos seios de Kat, chamando sua atenção.
— Que olhar? – Darkness olhou para cima para ver Kat pestanejando.
— Você sabe qual. Seus olhos estão mudando de cor novamente. Já tive meu limite de
um erro por dia e já chegamos nisso.
— Eu trouxe camisinhas.
— Isso foi legal da sua parte. Um pouco presunçoso também. O que te faz pensar que
quero transar com você?
— Você pediu para viver comigo. – Darkness gostava de um desafio e Kat sempre
providenciava isso. – Você assumiu que eu não iria te tocar?
Darkness quase esperou que Kat o agarrasse quando ela se aproximou e cobriu o rosto
dele, ao invés disso ela o acariciou.
— Não entendo você. Você sabe que é confuso, certo? Em um minuto você é gelado,
no segundo é quente.
— Você me deixa louco, eu não sei se eu deveria te deixar ir ou não. – Ele queria ser
honesto. – Você tem me confundido.
— Pelo menos estamos sentindo as mesmas coisas. – Kat olhou para seus lábios. – O
beijo ainda está fora da mesa? Você tem a melhor boca.
— Não estou pronto para isso ainda. – Era como se sentia e queria ser honesto.
— Pelo menos você está me deixando te tocar, é um progresso. Você tem o cabelo
sedoso. Gosto de quão quente você é também, como se estivesse sempre com febre. Eu
estava com frio na noite passada, mas não sabia como você reagiria se eu me curvasse
para você. Você teria me deixado fazer isso ou iria sair da cama?
— Eu teria segurado você, mas sabia que você estava com raiva. Foi por isso que fiquei
o mais longe possível.
— Estou surpresa que você não escondeu as facas, você não é a pessoa mais confiante.
Eu estava brincando quando ameacei te acertar.
Darkness não gostou de ser relembrado do passado. O ela que ela se referia foi claro –
Galina.
— Sei disso.
— Por quê?
— Estou cansada de pisar em ovos e você sendo cauteloso com tudo que falo.
— Entendo isso, realmente entendo. Pessoas mentem para mim todo o tempo no meu
trabalho. Entretanto, não estamos no dever agora. Isso é apenas eu e você, Darkness.
Estou disposta a subir na borda por você. Pode pelo menos faz o mesmo por mim?
— Eu posso ser com você, vou te dizer como me sinto também. Talvez você não fique
confortável com isso, mas um de nós tem que fazer isso. Não vai ser fácil para mim
também, então lembre disso. Você me fez querer correr riscos, estou esperando te
inspirar para fazer o mesmo algum dia.
— Aqui vai. – Os seios dela se puxaram contra o peito dele quando ela inalou
profundamente. Kat deixou a respiração sair antes de falar. – Eu estava atraída por você
e pensei que poderia apenas ser feliz com o sexo. Eu não esperava as coisas que você
me fez sentir, elas correram da raiva, frustração para apenas querer que você me abrace.
Eu não vejo como ficar mais próxima de você, mas eu quero. Não quero uma série de
noites ou seja lá do que você chama isso. Eu quero mais.
Darkness reagiu do mesmo jeito que tinha feito quando percebeu que eles talvez tinham
criado uma criança. Sua respiração cresceu rapidamente e seu coração disparou. Ele
não poderia falar, não tinha nem mesmo certeza do que pensar.
— Diminua sua respiração, não tenha outro ataque de pânico. – Kat segurou as
bochechas dele. – Eu apenas disse o que eu quero, sei que você não está preparado para
isso. Essa sou eu expressando meus sentimentos. – Ela sugou o ar e respirou
vagarosamente. – Faça o que eu faço.
Kat permaneceu respirando daquela forma e ele a imitou, isso ajudou muito e as
desconfortáveis dificuldades físicas passaram. Kat sorriu e acariciou suas bochechas.
— É por isso que não posso te dar mais. – Darkness não queria ferir Kat, mas ela queria
honestidade. – Eu não tenho ataques de pânico.
— Não posso fazer isso. – A raiva surgiu, ele tentou se erguer e sair de perto dela, mas
Kat se recusou a soltar seu rosto. Darkness pausou.
— É assustador e uma bagunça quando se começa a se apaixonar por alguém,
Darkness. Ouvi isso de alguém que me deu uma sacudida, essa é a sua. Você pode fugir
fisicamente de mim, mas isso não vai fazer você parar de pensar em mim. É uma via de
duas mãos. – Kat abriu as mãos. – É sua escolha se permaneço aqui ou mudo para a
habitação de hóspedes. Pode pelo menos pensar sobre isso por cinco minutos antes de
tomar uma decisão?
Darkness rolou para fora da cama e escapou para a sala, ele compassou, considerando
as palavras de Kat. Ela não o seguiu. Ele se manteve olhando para a porta, mas ela
permitiu a ele ter espaço. Darkness xingou, a urgência de bater em algo apareceu, mas
ele reprimiu. Kat o deixava louco. Seu primeiro instinto foi pedir a ela para que saísse,
mas ele admitiu bem lá no fundo que não queria que ela fosse. Este foi o mais indeciso
que ele esteve em anos.
Capítulo Dezoito
Darkness continuava no apartamento, mas o silêncio no outro cômodo enervava Kat. O
que Darkness iria decidir? Ela permaneceu na cama para dar a ele tempo para pensar.
Kat se sentou depois de cinco minutos, deslizando da cama e tentou espiar pela porta.
Darkness compassava entre a cozinha e a porta da frente, a expressão tempestuosa. Ela
descansou contra a porta, o observando. Darkness era lindo, mas não era seu tipo,
Missy tinha acertado. Ela não tinha ideia de como lidar com ele, nem mesmo pensava
que isso era possível. Darkness era uma carta selvagem e ela não poderia nunca esperar
adivinhar o que ele faria em seguida. O nariz dele se mexeu e Darkness parou, virando
a cabeça em sua direção.
— É um começo.
— Eu odiaria isso.
— Bom.
— Algumas pessoas chamariam isso de algo menos lisonjeiro, como estúpida para não
correr quando você está com raiva. – Kat se afastou da parede. – Você ainda vai fazer
omeletes? Estou com fome, pássaros comem pão. Eu realmente tenho um apetite.
— Vamos esquecer isso por agora. Por que se preocupar sobre o que provavelmente
não vai acontecer? Você trouxe camisinhas, vamos usá-las.
— Liguei para um dos médicos. Um exame de sangue pode responder essa questão em
cinco dias.
— Isso é rápido.
— Vamos discutir isso se você estiver gravida. Quando menos souber, melhor.
— Quer dizer que isso é confidencial e que está com medo de que eu conte para
alguém.
— Não se ofenda. – Darkness segurou uma cartela de ovos nas mãos e assentiu. –
Tenho que informar à ONE que você sabe sobre as crianças.
— Não somos tão severos, uma clausula de confidencialidade iria ajudar. Isso iria
aliviar um pouco das preocupações deles, suas leis do mundo exterior não funcionam
aqui, mas as nossas funcionam no seu.
— Peguei isso. – Darkness sorriu. – Vamos pegar qualquer vantagem que pudermos.
— Não culpo vocês, os NE aguentaram merda a maior parte da vida. É hora da mesa
ser virada.
Darkness sorriu, o som profundo e maravilhoso, isso animou o rosto dele também. Kat
amou ver isso.
— Eu sei como abrir latas e aquecer o que tem dentro, nunca aprendi a cozinhar. Missy
continua me alimentando, ela é uma cozinheira fantástica e ama isso. Gosto de tudo que
você disse. O que você acha de comida enlatada e sopas? Eu tenho alguns deles.
— É sim.
— Conte-me sobre Snow. Há qualquer chance dele pegar ela como companheira e
trazê-la para cá? Ela poderia nos alimentar.
— O quê? É uma pergunta válida. Ela é solteira e sempre reclamou sobre quão sozinha
ela é. Já vi seu pessoal. Ela não teria chance se ele decidisse trazê-la para casa. Missy
provavelmente ia dirigir o carro para ele.
— Ele é solteiro, mas não tenho ideia se ele quer uma companheira.
— Talvez ele queira se ela assar cookies, disse que aquela garota ama cozinhar. Ele lê?
— Ela escreve sexo quente em seus livros e sempre pede a todos que encontra para lê-
los. Espero que ele tenha senso de humor.
— Missy não é como eu, somos completamente opostas. Ela é passiva. Ele não iria
caminhar ao redor dela e quebrar seu coração, iria?
— Eu não sei.
— Você chutaria a bunda dele por mim se ele fizer? – Kat riu, o provocando.
— Não se ele realmente quebrar o coração dela, então talvez eu realmente tentasse
chutar a bunda dele de verdade. Você iria me ajudar? Talvez segurar os braços dele,
então ele não iria me pulverizar com alguns socos?
— Eu os mataria.
— Quer realmente comer ou terminar em minha cama? – Darkness colocou uma panela
no fogão e olhou para longe.
— Vamos comer primeiro, você disse que estava com fome. Pare de me distrair.
— Não. – Kat se virou. – Você tem uma máquina e uma secadora? Precisamos fazer
algo sobre o seu cobertor úmido e eu poderia usar roupas limpas que não cheiram como
se tivessem apenas saído de uma sacola, o que elas foram. Obrigado por me trazer
algumas coisas.
— Vou lidar com isso depois que comermos. Elas estão no andar de baixo, no primeiro
andar.
— Não.
— Isto é quebrar as regras? – Após a resposta afiada, Kat girou para olhar Darkness.
— Esse é o dormitório dos homens, o primeiro andar estará lotado de machos nessa
hora do dia.
— Mulheres não são permitidas?
— Elas são, mas você não vai caminhar ao redor deles sem mim.
— Certo, eu preciso de uma escolta. Apenas assumi que seria legal contanto que eu
permanecesse dentro do prédio.
— Não é por isso, alguns deles vão se aproximar de você para sexo. – Um tom de
Darkness se aprofundou para um rosnar. – Quer a verdade? Eu machucaria alguém.
— Tire suas roupas se você arruinar o café da manhã, eu ainda vou continuar
impressionada.
Darkness praguejou suavemente e lambeu o polegar, Kat sabia que ele tinha se
queimado. Ela não poderia ajudar, mas riu.
— Desculpe, eu vou para o quarto. Me chama quando isso ficar pronto. Você está bem?
– Ela se virou, indo para o outro cômodo.
Kat sorriu enquanto entrava no quarto e retirou as cobertas da cama, isso precisava ser
lavado também. Darkness não iria deixar que ela lavasse, mas pelo menos poderia
deixar isso pronto para ele. Sua manhã tinha começado ruim, mas tinha ficado um
pouco melhor. Darkness tinha deixado ela ficar. Os dois estavam fazendo um esforço
para ver como viver junto iria ser.
Kat procurou no quarto dele e encontrou um cesto de roupa no fundo do closet, foi
triste ver apenas os uniformes dele pendurados no closet. Ela olhou para a cômoda alta,
assumindo que ele guardava a maioria de suas roupas casuais. Kat jogou o bolo de
roupas no contêiner de plástico, o ajustou e carregou para a porta da frente, onde o
colocou.
— Sim. – Kat foi atrás das toalhas que tinham usado e das roupas dele da noite
anterior, menos o colete, e adicionou tudo à pilha. – Onde estão suas roupas sujas?
— Lavei todas ontem, eu tinha tempo para matar enquanto esperava seu arquivo do
FBI.
— Meu arquivo? – Aquilo matou seu bom humor, ela se aproximou do balcão.
— Sim.
— Temos contatos em seu mundo que são capazes de obter isso. – Darkness colocou a
comida nos pratos.
— Quem?
— A plataforma política dele é a ONE e seus direitos. Ele também é pai de Jessie
North?
— Sim.
— Você tem um bom arquivo, não há atividade criminosa em seu passado e seu
supervisor anterior pareceu gostar de você pelas suas avaliações. Você não é muito
próxima a sua família. – Ele pausou. – Você...
— Eu geralmente como com o prato em meu colo. – Darkness ergueu os dois pratos e
veio ao redor da divisória.
— Você precisa de uma mesa de café. – Kat aceitou o prato que ele ofereceu e apenas
se sentou no chão.
— Você tem muitas delas. – Darkness olhou para ela. – O que quer saber?
— Alguém vive aqui quando você está na Reserva? – Kat olhou ao redor.
— Okay.
— Estava apenas imaginando onde eu teria que viver se você tivesse que ir para lá. – A
expressão de Darkness ficou tensa e os olhos dele escureceram. – O quê? Planeja ficar
muito lá? – Kat baixou o olhar. – Vamos comer, isso parece realmente bom.
Eles comeram em silêncio, estavam quase terminando quando o telefone tocou. Kat
começou a se levantar, mas Darkness apenas ficou de pé e atendeu na cozinha. Ele
falou baixo e então desligou.
— Fury quer falar comigo no escritório dele. Ele está assumindo enquanto Justice está
de férias por alguns dias.
— Ele foi para a Reserva com a companheira dele. – Darkness pegou o prato e colocou
no balcão. – Não saia do apartamento ou faça chamadas. Posso confiar que você fará
como estou pedindo?
— Sim, quero falar com Missy, mas farei isso quando você me trazer uma linha segura.
Te ouvi mais cedo.
Kat o assistiu ir e terminou sua omelete. Ela iria manter sua palavra.
*****
— O que posso fazer por você? – Darkness se sentou no escritório de Fury, ele tinha
feito pequenas paradas no caminho.
— Eu tinha recados.
— Há algo que você queira me dizer? – Fury veio para frente e colocou os cotovelos na
mesa, descansando o queixo nos pulsos.
— Não.
— Nada aconteceu no mundo lá fora. Uma equipe continua lá, mas eu chequei no meu
caminho até aqui. Eles estão bem, está quieto e ninguém tentou entrar na casa que eles
estão ocupando.
— Você não a levou para a habitação de hóspedes. – Fury pestanejou. – Tive um oficial
sem um trabalho desde que ele tinha sido encarregado no dever lá fora para manter um
olho nela. – Ele ergueu a cabeça e bateu um dedo no arquivo. – Esse é um relatório de
perturbação no dormitório masculino. O macho abaixo do seu apartamento reportou
barulhos altos vindos de sua casa. Ele ficou com muito medo de se aproximar de sua
porta. Ele é um primata vindo da Reserva, está aqui apenas algumas semanas por ano.
Aquilo enfureceu Darkness e ele decidiu falar com o macho que se atreveu a discutir.
— Não, eu posso quase ouvir sua mente. Você tem Katrina Perkins em sua casa. Ela
não está na área de hóspedes então estou assumindo que ela continua lá.
— Não quebrei nenhuma regra, pedi a um dos machos para manter um olho nela em
minha porta. Kat está segura, eu segui o protocolo.
— Ela insistiu. Essas foram as condições dela para retornar a Homeland comigo.
Os olhos de Fury se arregalaram, ele se recuperou do olhar atônito mais rápido.
— Ela é uma fêmea humana. Você poderia tê-la subjugado facilmente e apenas forçado
ela para vir contigo.
— E as perturbações em sua casa? – O macho teve os nervos de rir. – Acho que ela não
estava feliz lá? – Fury estudou Darkness. – Eu não vejo ferimentos.
— Tenho coisas melhores a fazer do que ser o alvo do seu divertimento. – Darkness
rosnou e se ergueu.
— Não para a ONE, assuntos de família. O que está acontecendo? Fale comigo.
— O que está errado com todo mundo? – A frustração se ergueu. – Por que todo mundo
está pedindo para que eu fale? Ela está aqui e bem. Não estou quebrando as regras
tendo ela na minha casa e tenho um macho a vendo desde que ela não é uma
companheira. Isso é tudo que você precisa saber.
Darkness bateu a bunda na cadeira e essa rangeu sob seu peso, ele cruzou os braços.
— Trisha ligou.
— Nunca machucaria Kat. – Darkness pulou de pé, resistindo à urgência de socar Fury.
— Nunca pensei que você iria fazer isso com intenção, mas você não seria o primeiro
macho que se preocupou que talvez tivesse ferido uma no calor da paixão. – Fury se
ergueu. – Trisha estava preocupada e sabia me contatar. Você é um macho difícil que
se recusa a aceitar ajuda de qualquer um. O que está acontecendo? Vai, por favor, me
dizer? Devemos ir para fora e lutar até que você esteja pronto para se abrir comigo
novamente?
— Ótimo. Ellie odeia quando bagunço minhas mãos. Ela gosta de segurá-las e crostas
não são a textura favorita dela. – Ele se sentou e virou a cadeira para olhar para
Darkness. – Por que Trisha está preocupada com você? As intenções dela eram boas,
ela se importa. Todos nós nos importamos.
— Eu entendo, mas temos que permanecer juntos. Tudo isso é novo. Você está atraído
por Kat?
— Estou sendo um amigo e um irmão. Ajuda a discutir coisas com outros que tem
experiência com elas. Eu tenho emoções por Ellie, é isso que está acontecendo com
você? Talvez isso te faça sentir como se estivesse perdendo a mente porque amor te faz
questionar sua sanidade. É normal. Você não está machucado, Kat também não, então
isso significa que talvez contatou Trisha para te avaliar. Você não está sofrendo uma
complicação.
— Não é isso.
Fury ficou em silêncio, como se estivesse esperando por uma explicação mais
expandida, se acalmando um pouco. Darkness respirou fundo e deixou sair.
— Perdi o controle.
— Não.
— Merda, quer que eu a cheire? Eu poderia dizer se ela está ovulando. – Fury se
aproximou e enviou um olhar simpático a ele. – Vai precisar contar a ela se ela está.
— Ela trabalha para o FBI. Para Robert Mason. – Fury se ergueu tão rápido que a
cadeira caiu para trás. – Seu idiota cabeça dura, está colocando Salvation e cada criança
em perigo. Vou trazê-la para cá. Ela precisa ser trancafiada até que possamos ter
certeza.
Darkness pulou da cadeira e agarrou Fury, os dois bateram no topo da mesa. Ele rosnou
no rosto de Fury e mal resistiu a socá-lo.
— Ninguém vai atrás de Kat. Ela não está colocando seu filho ou os outros em risco.
Darkness o deixou ir e se afastou para caminhar pelo cômodo, colocando espaço entre
eles.
Fury deslizou da mesa e olhou para os papeis bagunçados que tinham terminado no
chão, ele olhou para Darkness.
— Eu não ia machuca-la.
— Ela trabalha para o FBI, isso a faz muito consciente do tipo de perigo que nossas
crianças poderiam enfrentar. Ela está pronta para assinar os papéis de confidencialidade
para nos assegurar do seu silêncio. Já conversamos sobre isso. Deixei-os prontos, mas
não envie ninguém atrás dela. Você faz isso e eles vão terminar no Centro Médico.
Fury ajeitou a camisa e se manteve à distância. Sua raiva desapareceu e ele mascarou
suas feições.
— Acredito. – Caiu devagar em Darkness que ele não estava apenas defendendo Kat
para mantê-la segura. Ele confiava que ela manteria sua palavra. Ele realmente
confiava nela. – Porra. – Ele se moveu para frente e se curvou para pegar a pilha de
papéis. Ele não quis ir atrás do macho. – Desculpe, estou na borda.
— Aquela fêmea pode estar carregando seu filho. Você não pode apenas ignorar isso.
— Não estou soando os alarmes a menos que haja uma razão para tal. Fo um deslize.
— Você é.
— Me ressinto disso.
— Você não espera que eu acredite que você apenas colocou as informações de lado e
não está obcecado sobre o que vai fazer se ela estiver gravida. – Fury fechou a distância
entre ele e agarrou os braços de Darkness. – Você não quer que ninguém fique próximo
a você, mas talvez não tenha escolha. Esse vai ser seu filho. Você está assustado.
— Você não é diferente depois de tudo. – O macho tinha no rosto. – Negar é o primeiro
passo de se apaixonar por uma fêmea. Eu conheço os sinais. Vi isso no espelho depois
que Ellie veio para minha vida novamente. – Fury se afastou rápido, saindo da linha de
soco. – Você confia nela quando nem mesmo confia em mim e eu sou seu sangue.
— Papéis de companheiros?
— Concordância de confidencialidade. – Darkness parou na porta e se virou, seu olhar
mortal. – Sabia o que eu quis dizer. Não foda comigo, irmão.
— Diga a sua fêmea que eu disse olá. Vamos ter certeza de convidá-la para jantar
também, contigo. – Fury descansou o quadril contra o lado da mesa.
Sua audição não perdeu o som de mais risos do macho. Suas mãos se fecharam e ele
queria bater em algo.
Capítulo Dezenove
Kat sabia quando estava sendo evitada. Darkness definitivamente ficava longe do
apartamento tanto quanto possível. Um oficial tinha ficado postado lá fora no corredor,
ela tinha sido instruída a permanecer dentro ou um Nova Espécie poderia pará-la.
Tédio era um coisa horrível. Kat passou os canais e quase jogou o controle remoto na
televisão, não estava passando nada que ela quisesse assistir ou que pudesse distraí-la.
Pelos últimos três dias Darkness tinha saído cedo, permanecido longe e apenas vinha
para casa tarde da noite. Eles tinham sexo, mas isso envolvia algemas. Darkness
continuava mantendo o rosto dela longe do dele, restringindo-a então ela não podia
tocá-lo. Kat não poderia dizer que isso não tinha sido fantástico, apenas controlado e
um pouco frio. Darkness não queria conversar, apenas pronto para dormir depois. Ele
iria abraçar o topo da cama, de costas para ela.
A porta se abriu e ela virou a cabeça, surpresa ao vê-lo enquanto ainda havia luz do dia.
Kat apertou o botão mute e se ergueu.
— Olá.
— Oi. – Darkness bateu a porta. – Preciso trocar meu uniforme. Está quente de modo
incomum e suei enquanto estava na patrulha. – Ele caminhou pela sala até o quarto.
— Isso é mais do que você disse para mim desde a manhã depois que me trouxe até
aqui. Você está fora o tempo todo, estou perdendo a cabeça.
— Você queria morar comigo. – A boca dele se tencionou em uma careta. – Trabalho
muitas horas.
Kat fechou os olhos e contou até dez, Darkness tinha ido quando ela os abriu. Kat
entrou no quarto e o pegou retirando o uniforme, um limpo descansava na cama.
— Quero ser escoltada para os portões, vou precisar de algum dinheiro para ir para
casa. Você não me deixou pegar uma bolsa.
— Você não está indo embora. – Ele se sentou na cama, removendo as botas. –
Continuamos trabalhando para cuidar de Robert Mason.
— O que isso significa?
— Justice decidiu ir pelos canais apropriados desde que isso é do FBI. Não gostamos
de fazer inimigos e precisamos ficar em bons termos com eles. Fomos assegurados que
eles o estão investigando e ele está suspenso por um período. Eles retiraram o
passaporte dele também, para prevenir que deixe o país.
— Então eu não estou mais em perigo, até mesmo você pode ver isso. Estou indo para
casa.
— Posso, apenas vim aqui para passar um tempo com você. Isso não está acontecendo.
— Enquanto ele está sob investigação? Ele é um idiota, mas não um completo imbecil.
Disse a você que ele não vai me matar. Acredito que os outros agentes que ele enviou
para Homeland estão bem, certo?
A falta de resposta de Darkness foi uma resposta boa o suficiente. Ele a teria informado
imediatamente se algo tivesse acontecido com os outros agentes apenas para provar seu
ponto. O silêncio falou alto.
— Quero acesso ao telefone então. Vou ligar para Missy e ela vem me buscar.
— Não se passaram cinco dias. – Darkness fez um ponto olhando para o estômago
dela, ele olhou para seus olhos então. – Você não vai até que façamos o teste e isso dê
negativo.
— Tudo bem. – Kat tentou ser razoável. – Entendido. Você vai me escoltar até a área
de hóspedes ou eu deveria pedir ao cara no corredor?
— Seu chalé foi atribuído a outra pessoa, nós temos visitantes. Você vai permanecer
aqui. – Darkness removeu as botas, se ergueu e desceu as calças.
— Não há nenhum chalé livre, é isso. – Ele removeu a calça e colocou um par limpo.
Kat queria chama-lo de mentiroso, mas do jeito que Darkness vinha agindo, era como
se ele quisesse se livrar dela. Isso também poderia explicar o mau humor dele,
Darkness estava preso a ela.
— Ótimo. Maravilhoso. – Kat girou, marchando de volta para a sala. Dois minutos
mais tarde Darkness saiu do quarto.
— Certo. – Ela se recusava a olhar para ele. – Não se incomode em me acordar quando
chegar, estarei dormindo no sofá.
— Estou cansada de ser ferrada por você. – Kat olhou brevemente para ele.
— Isso foi antes de eu saber que a única interação que teríamos era você me acordando
para prender algemas em meus pulsos e me foder. Você nem mesmo conversa enquanto
isso. Prefiro apenas pular isso.
— Também gosto de conversar, passar um tempo com alguém e não sendo evitada.
Você não liga para minhas necessidades. Parece que está me punindo, Darkness. Eu já
tive o suficiente, você fica com o quarto e eu com o sofá. Tenha certeza de marcar o
exame de sangue para depois de amanhã. Estarei fora daqui no momento em que isso
ficar claro.
— É como eu sinto. – Um pouco da raiva de Kat desapareceu. – Eu não vim aqui para
ficar maluca. Eu nem mesmo deixei seu apartamento desde que me trouxe para cá, a
única coisa que vi lá fora foi da varanda. Não sou fã de televisão, mas é o único
entretenimento que tenho. Estou ficando uma louca agitada. Pensei que seriamos
capazes de conhecer um ao outro melhor.
— Eu quero mais que sexo, tenho certeza que deixei isso claro.
Isso doeu, Kat não queria mais brigar com ele. Darkness era teimoso e determinado a
mantê-la à distância de um braço.
— Você venceu, eu desisto. Pensei que havia algo mais entre nós, mas vejo que você
não vai permitir que isso aconteça. Você pode dormir sozinho a partir de agora, isso
deveria te impressionar. – Kat girou, entrando na cozinha.
Darkness esperou alguns minutos, mas então a porta abriu e fechou atrás dele. Kat fez
um sanduiche e sentou no sofá novamente, a dor surda em seu peito era
desapontamento e tristeza. Pelo menos ela tinha dado um tiro, sabendo que poderia
lamentar fazer esse esforço. Darkness não iria encontra-la na metade do caminho.
Seu apetite sumiu e ela praguejou. Jogando a comida no lixo, caminhou para a porta,
abriu-a e olhou para fora. Um Nova Espécie sentado em uma cadeira a quatro metros
segurava um aparelho eletrônico. Ele olhou para ela com curiosidade.
— Precisa de algo?
— Preciso esticar as pernas, aquela varanda não é grande o suficiente para fazer isso.
Gostaria de ver alguma luz do sol e respirar ar fresco. Você pode me levar até lá? Isso
tecnicamente não estaria quebrando as regras, certo? Não me faça implorar, eu não
seria bonita.
Ele hesitou por um momento e então fechou o aparelho, deixando-o contra a parede.
Ele se ergueu.
— Eu não tenho asas para voar e tenho certeza como o inferno que não iria pular por
causa de Darkness.
— Prazer te conhecer. – Kat pisou para fora e fechou a porta. – Me chame de Kat, é o
diminutivo de Katrina.
Kat puxou uma respiração profunda enquanto pisava na luz do sol. Era um dia quente,
apenas como Darkness tinha dito. A vista do telhado mostrou a ela mais de Homeland,
ela podia até mesmo apontar para as paredes que os cercavam do mundo lá fora. O
parque se mostrou à esquerda, à distância.
— Não se incomode, isso é ótimo. – Kat caminhou alguns passos para longe da porta e
se endireitou, virando o rosto para o sol, olhos fechados. Ela apenas ficou lá. Uma brisa
fina passou por ela, era muito bom estar fora do apartamento.
— Não, ele está fora a maior parte do tempo. – Kat virou para olhar para Field. – Ele é
amigável com todos?
— Esse é um jeito educado de colocar isso. – Kat girou para apreciar a vista.
Ela assentiu.
— Você vai dar mais aulas? Gostei de uma que fui capaz de assistir.
— Acho que não, estou indo para casa em poucos dias e duvido que vou voltar.
— Isso é uma vergonha. Não trabalho na Segurança, mas todo que trabalham lá
gostaram das suas aulas.
— Sou um enfermeiro. – Ele sorriu. – Darkness me pediu para ser um dos seus
guardas. Estou acostumado com fêmeas humanas, ele sabia que eu não seria uma
ameaça a você de forma nenhuma.
— Alguns dos nossos machos não iriam entender o que você vivendo nos aposentos
dele significa. – Ele corou. – Darkness não quer que nenhum macho cometa o erro de
acreditar que você está disponível para a aproximação deles desde que não é uma
companheira. Ele tinha a reputação de não ser o tipo de atacar outros machos. Nossos
machos costumam ver nossas fêmeas compartilhando sexo com outros machos. Nossas
fêmeas não tem relações monogâmicas, alguns machos iriam estar confusos sobre seu
status.
— Eu não sou nada para ele além de uma perturbação. – Kat deixou as informações se
assentarem.
— Ele ameaçou rasgar qualquer parte do corpo se eles tocarem em você. – Field mudou
o peso do corpo. – Ele se preocupa com você. Darkness também escolheu a dedo cada
macho responsável por ficar do outro lado da porta. O Centro Médico tem uma equipe
menor hoje porque estou aqui ao invés de estar lá.
— Você vive com ele, posso falar livremente? – O cara engoliu com força e olhou para
longe, parecendo desconfortável.
— Claro.
— Você é a primeira fêmea com quem Darkness compartilhou sexo desde que fomos
libertados. Ele as evitou ao ponto de outros acreditarem que talvez ele estivesse
interessado em machos. – As bochechas dele coraram. – Por favor, não diga a ele que
eu disse isso, ele tem um temperamento. Eu não sou um bom lutador. Foi por isso que
escolhi enfermagem como uma profissão. Ele me colocaria na sala de treinamento
mesmo assim.
— Não vou repetir nada do que você disse, prometo. – Isso confirmou o que Darkness
tinha dito a ela.
— Eu também fui ordenado a te dizer que não há nenhuma casa de hóspedes disponível
se você perguntar. – Field se aproximou e abaixou a voz. Ele lambeu os lábios e olhou
de volta para a porta aberta, então deu a ela um olhar intenso. – Isso é mentira.
— Ele queria que você ficasse com ele. Assumo pelas ordens que ele me deu quando
saiu que você talvez pedisse para ser movida. Ele não conversa muito, mas está claro
que você importa. Darkness é um bom macho, ele tem apenas dificuldades para se
relacionar. Ele mantem tudo dentro.
— Ele pediu para que você mentisse para mim? – Kat se aproximou dele e manteve a
voz baixa.
Field assentiu.
— Darkness é conhecido por sua honestidade, eu fiquei surpreso pela ordem. Minhas
apostas estão de que ele está desesperado para te manter dentro da casa dele. Darkness
talvez não se sinta confortável admitindo isso para você ou nem mesmo sabe como.
— Ele nunca está lá. Acha que ele passaria mais tempo comigo se este fosse o caso?
— Ele é Darkness. Estou contando a você porque eu odiaria que ele perdesse a única
coisa em que está interessado. Eu iria dizer a uma fêmea que ela era importante para
mim, mas ele? – Field suspirou. – Ele atribuiu você a oficiais que ele sabia que
estariam com muito medo de tocar a fêmea dele e pediu a eles para mentir para que ela
acreditasse que não havia outra opção além de permanecer na cama dele. Você
compreende? Ele é orgulhoso e teimoso, talvez esteja com medo da rejeição. Sei que
você se importa com ele, sou amigo de Book. Você pediu para morar com Darkness.
Ele ouviu a conversa de vocês na sua casa quando eles foram de trazer para Homeland.
Espécies tem audição excelente. Não desista de Darkness. Acredito que ele valha a
frustração e a raiva que deve ter te feito sentir.
— Empurre de volta, ele não vai te machucar. Aposto minha vida nisso. Ele precisa de
uma fêmea muito forte para lidar com ele. Eu sei qual era seu trabalho no mundo lá
fora, uma fêmea fraca não teria escolhido trabalhar para o FBI. Eu tenho amigas fêmeas
humanas que também escolheram carreiras dominadas pelos machos. Você é
acostumada a enfrentar adversidades. O macho vale isso, você obviamente não
encontrou um macho valioso para você até agora. Darkness iria valer.
— Obrigado por me contar tudo isso. – Kat estudou os olhos bonitos dele. – Não vou te
dedurar. Agradeço por isso.
— Todos nós deveríamos vir com um manual de instruções. – Field riu. – Seria muito
mais fácil se relacionar um com o outro, não seria? Eu tenho uma vantagem desde que
passo muito tempo com o staff médico humano. Darkness não é um típico e ele perdeu
mais que a maioria. Isso o faz extra teimoso sobre permitir que alguém se aproxime.
— O coração dele é mais largo do que ele gostaria que alguém soubesse. Já vi tais
reflexões em algumas das ações dele. Você tem apenas que empurrar para trás a
resistência dele.
— Eu precisava dessa conversa estimulante, isso é sobre jogar a toalha. Vamos voltar
para o apartamento. Tenho que pensar em um novo plano.
— Você talvez queira reformular isso no futuro. Espécies poderiam acreditar que você
quer dizer isso no sentido literal, que você está brincando com o coração dele, mas eu
entendo. – Ele sorriu. – Mantenha seu olho na bola e acerte o idiota para fora do
parque. Ele se importa com você.
*****
— Está tudo bem? – Darkness estudou Field. O macho se ergueu, assentiu e colocou
seu e-reader debaixo do braço. – Obrigado.
Ele parou na sua porta, mas pausou antes de entrar. Gostava de voltar para casa com
Kat em sua cama, mas ela iria estar dormindo no sofá. Era tudo culpa dele. Não podia
culpa-la por estar ressentida pelo seu tratamento. Kat estava presa no espaço pequeno e
isso iria irritar qualquer um. Darkness esperou até que Field atravessasse o corredor
antes de abrir a porta.
Sua visão de ajustou à sala escura, Kat não tinha deixado nenhuma luz para ele, outro
sinal de que continuava ressentida. Darkness fechou a porta e caminhou pelo cômodo
para olhar para o sofá. Kat não estava dormindo lá. Ele pestanejou e se aproximou do
quarto, a porta permanecia aberta e nenhuma luz e mostrava. Darkness hesitou na
entrada.
Kat descansava no lado dele da cama, quase caindo da borda. Darkness descansou
contra o batente da porta, aceitando que era alívio o que sentia. Kat estava lá, em sua
cama. Ele se voltou, removeu o colete e o jogou no sofá antes de remover as botas.
Seus pés doíam pelos turnos extras, isso o tinha mantido ocupado, no entanto, longe de
Kat. Ele retirou todas as roupas e retornou para o quarto para ficar de pé no fim da
cama, o olhar preso na forma dela. Kat dormia de bruços, o braço nu e as costas
revelando onde as cobertas não alcançavam. Ela não havia colocado uma das camisas
dele como uma barreira contra seu toque, os cabelos dela estavam espalhados acima da
cabeça, pousados no travesseiro. Uma das mãos dela estava curvada a poucos
centímetros do rosto, cada respiração leve e vagarosa sendo uma prova de que dormia
pacificamente.
Darkness imaginou se ela tinha rolado na cama durante o sono tinha propositalmente
pegado seu espaço para irritá-lo. Ele sorriu, apostando na segunda opção. Kat gostava
de empurrá-lo quando estava zangada. Algumas vezes sua rebelião era alta e óbvia,
mas ela tinha talento para pequenas mostras de desafio.
Ele foi para frente até que suas pernas pressionaram contra a parte baixa da cama,
queria passar por ela e girá-la. Precisava pegar as algemas, isso era o que tinha feito a
ela a cada noite.
Darkness segurou-a pelos pulso e os ergueu até uma das colunas da cabeceira. Ele
hesitou, apesar do seu pênis erguido. Queria Kat. As camisinhas estavam na cômoda
próxima a cama, tinha trazido mais no caso de gastar toda a caixa.
Kat se esticou e suas pernas se separaram alguns centímetros enquanto ela se apoiava
mais firme de bruços. Não houve mudança em sua respiração, Kat dormia. Darkness
rodeou a cama, desceu perto dela e capturou um punhado dos cabelos dela nos dedos.
Ele se aproximou e inalou.
— Merda.
Kat se agitou e abriu os olhos, Darkness permaneceu no lugar, mas soltou os cabelos
dela. Kat pestanejou um pouco, piscando, mas então ele entrou em foco.
— Oi.
Ela se sentou, cobrindo as curvas dos seios. Uma mão se aproximou, procurando pela
lâmpada. Darkness a pegou, segurando. Kat não tinha escolha, mas continuou lá.
— É mais fácil admitir que está errado quando não posso ver seu rosto. – Kat suspirou.
— Sim.
— Não tenho sido justo com você. – Darkness se ergueu e sentou no topo do colchão.
— Você quis me chatear, sou culpada por fazer a mesma coisa com você. Isso trouxe
uma reação e isso é melhor que o silêncio. Precisamos trabalhar em nossas habilidades
de conversação. Temos apenas dois volumes – alto ou mudo.
Darkness soltou a mão de Kat e passou o braço ao redor da cintura dela. Gostava dela
em seus braços. Ele descansou o queixo no topo da cabeça de Kat, isso parecia encaixar
lá.
— Sem discussão sobre isso, hein? – Kat ficou tensa em seu aperto. – Nada de dar e
receber?
— Te avisei desde o começo, Kat. Você é uma tentação que eu não poderia resistir,
mas nunca serei o tipo de macho que você precisa. Posso te dar sexo, é isso. Eu quero
ser honesto. Falei com Justice hoje e podemos encontrar um trabalho para você com a
ONE. Nosso povo gosta de você e aprovaram suas aulas. Ele vai te pegar como uma
instrutora em tempo integral.
— Para ensinar sobre os humanos em geral. Temos um débito com você pelo modo
como lidou com aqueles humanos na van. Você estava certa, eles poderiam ter infligido
muitos danos antes que os levássemos para fora. Não estávamos preparados para aquele
tipo de assalto, estamos agora.
— Você poderia viver em Homeland ou dirigir para sua própria casa à noite. Isso seria
sua escolha. Sempre é perigoso trabalhando para Homeland. Você teria que ser muito
cuidadosa ao seu redor para ter certeza que ninguém te siga até sua casa. É menos
perigoso que na Reserva. Lá há uma população de humanos menor, as residências
próximas de nós, gostam de nós, mas percebi que provavelmente não seria sua
preferência se mudar para tão longe. – Darkness correu as mãos pra cima e para baixo
na espinha de Kat. – Eu prefiro que você viva em Homeland. Nós poderíamos ver um
ao outro.
— Não, você seria atribuída a sua própria casa. Eu poderia te visitar depois dos meus
turnos às vezes.
— Entendo. – Kat relaxou. – Você seria capaz de me foder e então ir embora sempre
que estivesse no humor. – O tom ferido dela indicava que aquela não era uma opção.
Kat o empurrou e ela deixou cair os braços, Kat rolou para longe e foi para o outro lado
da cama.
— Estou cansada.
Kat puxou as cobertas, escondendo o corpo da visão de Darkness. O jeito que ela
ergueu os joelhos e manteve as costas para ele não deixou dúvidas de que não queria
ser tocada. Darkness estava desapontado, mas não surpreso. Kat queria um macho que
podia dar a ela todas as coisas que precisava. Esse nunca seria ele.
Darkness se ajeitou no lado oposto da cama, deitou de costas e olhou para o teto como
tinha feito milhares de vezes antes. O som da respiração irregular de Kat o machucou.
Ela não chorava, mas sua angústia era clara. Ele a tinha derrubado.
— Não sinta. – Kat fungou. – Eu fui a única que quis mudar as coisas.
— Você merece mais. – Darkness queria se aproximar e tocá-la. Ele não fez isso.
— Concordo.
~~~~~
Kat montou em seu colo, sorrindo para ele. Ela estava nua, os seios nus. Ele os
alcançou e os espalmou. Kat arqueou as costas, pressionando contra seu toque mais
firmemente. Os dois estavam nus. Seu pênis estava duro quando Kat passou os dedos
ao redor do eixo. Ela se ergueu, ajustando a posição do seu pau e se sentou sobre ele.
Darkness rosnou à sensação da boceta quente e molhada. Apertada. Ele olhou para o
rosto dela. Kat estava deslumbrante. As bochechas dela estavam coradas de paixão,
seus bonitos olhos quase fechados. Ela segurou o olhar dele e se moveu, pegando um
pouco mais do seu pau, se erguendo e descendo. O prazer se partiu através dele até que
Darkness não pôde mais aguentar. Ele correu as mãos costelas abaixo dela, curvo-os ao
redor dos quadris dela e a segurou lá enquanto ia para frente, fodendo-a mais duro e
profundamente. Gemidos saíram dos lábios partidos dela, o enlouquecendo.
Kat se aproximou e sua mão dedilhou o estômago dele e então mais para cima, para
brincar com um dos seus mamilos. Ela prendeu a ponta entre seu indicador e o polegar.
A sensação afiada quando o fez gozar, mas ela não estava lá ainda. Darkness cerrou os
dentes, ignorando o jeito que suas bolas se apertavam e queria explodir. Ele ajustou seu
aperto nela e pressionou o polegar contra o clitóris dela, esfregando.
Kat gemeu mais alto e sua boceta se apertou quase dolorosamente ao redor do eixo
dele. Kat se aproximou até próximo da cabeça dele com a outra mão. Ele pensou que
ela planejava pegar um aperto nos ombros dele para apoio, mas ela agarrou o
travesseiro sob a cabeça dele, ao invés disso. Darkness fechou os olhos, apenas
aproveitando a sensação de estar dentro dela, de tê-la o montando.
— Darkness?
Ele abriu os olhos ao som sexy da voz dela, mas não era mais Kat em cima dele –
Galina montava nele. Ela segurava uma faca na mão e a lâmina refletiu a luz enquanto
isso descia, a ponta entrou profundamente em seu peito. Agonia rasgou através dele e
ele rugiu pela força disso...
~~~~~
— Darkness!
A voz de Kat veio à direita dele e ela apertou seu bíceps. Darkness estava sentado na
escuridão, em sua cama. Ele estava respirando fortemente e suor cobria seu corpo. Ele
tinha tido um pesadelo, estava fresco, enrolado em sua mente. Levou cada grama de
controle para não atacar, ele trancou o corpo na posição, apenas permitindo o
movimento do peito enquanto arquejava.
— Você está bem? Acho que você está tendo um pesadelo. – Kat esfregou seus braços.
— Não. – Darkness se ajeitou para sair. Ele lutou contra a vontade de derrubá-la para
longe. – Pare de me tocar.
Ajudou quando Kat colocou a mão longe, mas isso poderia ter resultado em tragédia.
Ele talvez tivesse atacado Kat. Seu peito estava intacto, seu coração não tinha sido
rasgado pela lâmina de Galina. Ela estava morta, ele a tinha matado. Não era ela na
cama.
Ele se curvou, pegou sua roupa descartada e fugiu do quarto. Apenas colocou a calça,
carregando a camisa para fora do apartamento. Ele precisava se distanciar de Kat,
poderia tê-la matado. Ele não foi feito para um relacionamento com uma fêmea.
Capítulo Vinte
O humor de Kat estava sombrio enquanto ela esperava a médica loira entra na sala de
exame. Ela olhou para o relógio na parede. Os minutos passavam vagarosamente e ela
tinha certeza que esse tinha sido os vinte minutos mais longos de sua vida. A porta se
abriu e ela ficou tensa. Não foi a doutora Alli, como ela tinha se apresentado, quem
entrou. Darkness caminhou para dentro da sala.
Ele parecia quente no uniforme. No entanto, as feições dele estavam duras e o olhar
escuro a prender no assento ao lado da mesa de exame.
— Olá.
Isso é tudo que ele tem a dizer pra mim? Kat não o tinha visto desde que ele fugiu do
quarto na noite anterior. Mais tarde Field tinha aparecido, parecendo culpado e
arrependido, para informar a ela que tinha sido instruído para movê-la para a habitação
dos hóspedes.
Darkness não a queria mais em sua casa. Isso tinha doído, mas ela não estava surpresa.
— Já descobriu?
Darkness descansou contra a parede e cruzou uma bota sobre a outra. O silêncio dele a
chateou. Kat lidou em permanecer sentada, mas estava tentada a cruzar a distância de
poucos metros entre eles e o socar. Isso talvez a fizesse se sentir melhor, mas no final,
ela usou palavras ao invés disso.
— Da próxima vez, tenha bolas para chutar uma mulher para fora de sua casa você
mesmo.
Darkness pestanejou.
— Você me ouviu.
— E o que você vai fazer se eu estiver grávida? – Kat arqueou uma sobrancelha.
— Você sabe que eu nunca te machucaria ou permitiria que alguém o fizesse. Quis
dizer que a ONE e eu iriamos ter certeza que vocês dois estivessem providos e
protegidos.
— À distância.
— Estou assumindo que, qualquer que eu escolha, você estará no outro local?
Darkness não disse nada, isso respondeu à pergunta. Kat tinha apostado certo. A porta
se abriu e a doutora Alli entrou.
— Sim. – A loira pausou. – Tenho certeza. Os níveis de hormônios iriam estar cravados
se ela estivesse carregando um bebê Espécie. Eu poderia fazer uma ultrassonografia,
mas isso não é necessário.
— Isso é bom.
Kat olhou para Darkness. Ele está tentando me convencer ou a ele mesmo?
— Não vou te afastar de sua celebração, tenho um taxi para pegar. – Ela caminhou para
a porta e segurou a maçaneta.
Darkness subitamente caminhou atrás dela e bateu a mão na porta para mantê-la
fechada. Kat podia senti-lo perto. Se ela se virasse, eles iriam se tocar. Isso a fez
continuar, imaginando porque ele não estava abrindo a porta para ela.
— Kat. – Darkness murmurou.
Lágrimas encheram seus olhos. Kat esperava que ele dissesse que estava pronto para
tentar ter um relacionamento real, que tinha mudado de ideia. Ela não iria segurar a
respiração.
— O quê?
— Sim. – Kat se recusava a olhar para ele. – Agradeço a oferta, mas não. Vou
continuar no FBI se eles permitiram isso ou trabalhar em outro lugar depois que a
investigação estiver completa. Vou daqui a pouco falar com o supervisor no comando,
planejo ir para casa primeiro e pegar algumas roupas de verdade. – Kat olhou para
baixo para a camiseta da ONE e calças de moletom, menos para o logo dele. – Essa não
é a minha melhor roupa para impressionar.
Uma longa lista se formou na cabeça dela, começando por ele caindo de joelhos e
implorando para ela ficar.
— Não. A ONE me assegurou que vão pagar o taxi para me levar para casa. É tudo o
que eu preciso. Minha escolta vai me levar para um dos portões, eles querem evitar que
alguém me veja saindo.
— Eu...
— Você o quê? – Kat piscou as lágrimas de volta e virou. Darkness era tão alto e
grande. Ela sempre relembraria isso sobre ele, e como ele cheirava tão bem.
— Te desejo o melhor, Kat. – Dor passou pelos olhos de Darkness ou talvez fosse um
pensamento desejoso da parte de Kat.
— Você também. – Ela girou. – Tenho que ir se isso é tudo o que quis dizer.
Darkness soltou a porta e deu um passo atrás, Kat girou a maçaneta, abriu a porta e
escapou para o corredor em passos rápidos. Não quebre. Não dê a ele a satisfação de
saber que te machucou. Kat repetia isso na cabeça até que localizou sua escolta
próxima a porta da frente.
— Vamos embora.
O macho assentiu e a levou para o Jeep esperando. Kat estava deixando Homeland e
nunca iria voltar. Isso deveria fazer Darkness feliz. Ela estava miserável, mas não era
da conta dele. Isso endureceu um pouco seu coração. O portão se tornou uma porta na
parede com um único oficial Nova Espécie a ajudando, lá haviam alguns armados no
caminho em cima da parede.
— Está correto, certo? Sua mãe disse que você teve uma briga com seu namorado
quando ela ligou. Ela já pagou pelo cartão de crédito, então eu não me incomodei em
esperar enquanto você pegava mais de suas coisas.
— Vou voltar mais tarde. – Kat se recostou, era uma boa cobertura. – Ele precisa de
tempo para se acalmar.
— Eu sinto muito, querida. Os homens podem ser tão idiotas. – A motorista colocou o
carro em marcha.
— Sim, eles podem. – Kat pensou em Darkness. Ela não tinha ninguém a culpar além
de si mesma por esperar mais com Darkness. Isso não suavizava o coração partido,
entretanto. – Eu não quero conversar.
Kat tocou o estômago, deveria ser uma notícia fantástica que tinha evitado uma
gravidez não planejada. A ideia de ter um pequeno mini Darkness tinha estado em sua
mente com frequência e ela tinha começado a gostar do conceito. Ele tinha que estar
sentindo o oposto.
O táxi parou na frente da sua casa e Kat agradeceu a motorista e saiu, era bom estar em
casa. A pintura estava descascada e as janelas precisavam ser substituídas, mas era sua
casa. Missy iria estar feliz em vê-la. Ela teve que tocar a campainha desde que não
tinha as chaves.
Missy atendeu e instantaneamente sorriu.
— Quis ligar, mas não fui capaz. – Darkness tinha certeza disso. – Você está bem?
Um homem uniformizado caminhou pelo corredor para a sala de estar. Ele segurava
uma arma e as letras ONE colocadas no colete dele indicavam quem ele era. As feições
dele revelavam que ele não era um NE. O segundo cara que caminhou pelo corredor
vindo da cozinha era. Ele era alto, um macho de cabelos brancos com incomuns olhos
azuis.
— O que eles ainda fazem aqui? – Ela se direcionou para o oficial mais próximo,
evitando olhar para o NE novamente.
O temperamento de Kat explodiu. Darkness queria uma separação limpa e ela também.
— Kat. – Missy sussurrou. – Está tudo bem. Há quatro deles, dois estão dormindo
agora, enquanto esses estão no turno. Eles estão aqui para me proteger.
— Eu posso fazer isso. – Ela foi o rosto do homem uniformizado. – Cai fora da minha
casa. Não me faça pegar o telefone e chamar a polícia. Eu vou. Pegue sua equipe e vá.
Estou em casa. Vocês pegaram minhas armas?
— Não.
— Então caiam fora. Vocês tem cinco minutos. – Ela caminhou ao redor dele,
agarrando o pulso de Missy e a arrastando para a cozinha. – Vou fazer um sanduiche
para mim e é melhor vocês terem ido no tempo em que eu terminar de comer. Voltem
para a ONE.
— Você diga a Darkness para ir para o inferno. Ele me queria fora da vida dele e eu
estou. Isso significa que você caras estão saindo da minha casa.
— É melhor terem ido em cinco minutos ou vocês podem explicar para o departamento
de polícia e provavelmente para as estações de TV com as orelhas deles para os
escâneres dele sobre o porquê de vocês estarem aqui. Eu não quero ou preciso da
proteção da ONE. Vocês não querem chamar atenção que estão aqui. Eu iria chamar
isso de um acordo justo. Caiam fora! – Kat o empurrou na parede e caminhou para a
cozinha.
— Kat, eles são legais. Eles estão preocupados sobre Robert Mason. Eles vieram aqui
para nos manter seguras no caso dele aparecer.
— Ele não vai aparecer. – Kat virou, tentando acalmar seu temperamento. – Eu sou o
menor dos problemas dele. Ele foi suspenso e está sob investigação. Ele abusou de sua
posição, gastou dinheiro e o tempo dos agentes e eu nunca mais quero ouvir sobre
Novas Espécies nunca mais. Fui clara?
— Oh, Kat. – Missy a estudou, pena se mostrou em sua expressão. – Eu sinto muito.
— Não. – Ela avisou. – Nem mais uma palavra. – Seu tom se suavizou. – Não quero
falar sobre isso. Não quero falar sobre ele. Quero apenas comer e seguir com minha
vida, okay?
— Você faz isso. – Kat abriu a geladeira, olhando para o relógio acima do fogão. –
Cinco minutos, Missy. Quis dizer isso. Quero que eles vão embora.
Kat abriu um refrigerante e umas das saladas empacotadas que Missy gostava tanto, a
dor no peito iria eventualmente desaparecer. Ele não a tinha deixado com outra opção.
Definhar por um homem que nunca iria permitir a si mesmo de se aproximar dela era
uma perda de tempo. Ela assumira o risco, tentando por ele, mas essa era uma batalha
perdida.
— Droga. – Kat sussurrou. Não seria fácil superar Darkness. Nem um pouco.
*****
— Eles não tiveram escolha. – Fury foi para o lado de Snow. – Eles foram demitidos.
Não temos jurisdição para permanecer dentro de uma casa sem o consentimento do
dono. Nós temos os olhos em Robert Mason. Ele está indo entre o escritório do
advogado e casa, não fez nenhum movimento de retaliação contra sua Kat.
— Você está certo, ela não é. – Fury caminhou na frente dele. – Você a mandou
embora. Ela é uma oficial treinada. Você viu em primeira mão quão bem ela pode
cuidar de si mesma nos nossos portões. – Ele olhou para Snow. – Ela tem armas em
casa?
— Ela está armada. – Fury virou a cabeça para olhar incisivamente para Darkness. –
Ela pode lidar com um único humano se a situação surgir.
— A segurança na casa dela era uma piada. – Darkness não estava pronto para
concordar. – Pelo menos me permita enviar uma equipe para instalar um sistema.
— Não. – A cadeira de Justice rangeu. – Eu estava pronto para colocar uma equipe em
campo, mas Katrina Perkins deixou claro que não iria receber mais assistência nossa.
Devemos respeitar a decisão dela.
— Vou pagar por isso eu mesmo. – Darkness segurou o olhar do macho felino.
O macho saiu, fechando a porta atrás dele. Justice suspirou alto e se recostou.
— Você deveria ter pedido a ela para ficar se estava tão preocupado sobre a fêmea,
Darkness.
— Você queria ela fora da sua vida. – Fury bufou. – Deixe-a ir.
— Ela corre riscos. – Darkness argumentou.
— Você não tem isso em dois caminhos, irmão. – Fury se sentou e balançou a cabeça.
– Ela não é um tipo de humana indefesa. Você esteve com ela porque ela é durona.
Mason não deu nenhuma indicação de que ela está em perigo. O FBI o tem monitorado
de perto também. Eles compartilham as descobertas deles tão longe. A relação dele
com Jerry Boris foi a única razão dele procurar por ele, eles não encontraram nada
muito longe que indicasse que ele sabia ou fazia parte do que Boris fez com a ONE. Os
humanos podem ser fortemente leais a família. Sabe o que eu penso?
— Não quero saber. – Darkness lançou a ele um olhar sujo. – Estou saindo agora. – Ele
girou e marchou para a porta.
Foi uma surpresa quando Snow esperava do lado de fora do prédio, o macho se
aproximou com uma expressão sorridente.
— Não quero que ela fique em perigo. – Darkness se recusava a admitir mais.
Snow lambeu os lábios e olhou ao redor antes de deslizar a mão para dentro do colete.
Ele ofereceu um cartão.
— Aqui.
— O código de acesso para as imagens das câmeras que colocamos do lado de fora da
casa de Katrina Perkins. Eu não as removi. As câmeras do interior foram retiradas, mas
você terá uma visão completa da frente e dos fundos da propriedade.
— Eu gostei de Missy. – Snow hesitou. – Ela era legal e eu queria manter um olho
nela. Acho que isso importa mais para você do que pra mim. Eu a assustava muito para
pegar seu interesse.
— Obrigado.
— O quê?
— Você tinha uma fêmea, por que desistir dela? Foi por tudo que ela iria perder se
fizesse parte do nosso mundo?
— Eu não sou o tipo para companheiro.
— É difícil vencer o passado. Não há ponto no futuro se você não deixar ir.
— Todos nós somos em certos graus. Alguns danos são visíveis, alguns são
entranhados profundamente dentro de nossas almas. É parte de ser Espécie. Você não é
o macho menos propenso a ter uma companheira que já conheci. Valiant tem Tammy.
— Pronto e capaz de ser bem sucedido são duas coisas diferentes. Eles fizeram isso
funcionar. Aquele é o único macho com quem eu não poderia viver. – Snow sorriu. –
Acha que ela está surda agora, ouvindo os rugidos dele? Ele não é mais paciente e
calmo dos machos.
— Ele me assusta, assim como aos residentes da Zona Selvagem e eles não são
exatamente o que eu consideraria sãos. Isso fala de volumes, não fala?
Darkness teve um flashback de um momento com Kat. Ele quase pôde ouvir a voz dela.
Nós temos dois volumes. Alto ou mudo.
— Você é mais racional. Ele permite os sentimentos saírem em grande forma, até
demais. Ele não sabe balancear.
— Nem eu.
— Você tentou?
— Você se importar com aquela fêmea, isso é um fato. Já considerou que ela pode
encontrar algum humano? E se ele a machucar? Os humanos podem trair uma mulher,
eles carregam doenças sexuais também. Eu fui a umas das aulas dela. A violência
doméstica é um problema no mundo dela. Eu não acho que ela escolheria um humano
fraco para cruzar com ela. Ele poderia causar sérios danos ou matá-la.
— Já assistiu aos jornais deles? Eles mostram roubos e invasões de casas, estupros,
assassinatos e vários atos de violência. Não temos essas coisas em nossos territórios.
As paredes ao nosso redor nos protegem e nossas fêmeas da violência do mundo de
fora. É nosso dever como machos mantê-las seguras. Sua fêmea não está aqui.
— Você não perdeu seu temperamento antes de conhecê-la. – Snow sorriu. – Você teria
calmamente me corrigido. Ela já te mudou.
— Talvez você devesse ir para casa e dar uma boa olhada no espelho. – Snow sacudiu a
cabeça. – Está em negação. Minta para os outros, mas não para si mesmo.
Darkness assistiu o oficial caminhar para longe. Ele cerrou os punhos, zangado. Todos
permaneciam dando conselhos a ele e não era a primeira vez que tinha sido acusado de
não estar sendo honesto. Ele foi para casa e bateu a porta, traços ligeiros do aroma de
Kat permaneciam no quarto. Darkness respirou pela boca e entrou no banheiro,
acendendo a luz. Ele agarrou o balcão, inclinando-se para tomar o conselho de Snow.
O mesmo macho olhava de volta no espelho, ele não notou mudanças físicas. Tinha se
esquecido de cortar os cabelos, que agora caiam em seus ombros. A última coisa que
queria era se parecer com Fury ou com os irmãos que uma vez perdeu. Darkness fez
uma nota mental para ter aquilo feito logo e foi para o quarto. Ele estudou a cama, as
memórias de Kat eram inevitáveis.
Sentia saudades dela. Isso iria desaparecer com o tempo e ele voltaria a sua rotina
normal. Ir para o trabalho, voltar para casa e ficar sozinho. Ele ficou olhando para o
teto até adormecer, os pesadelos o acordariam em algum ponto. Ele iria tomar banho e
começar o dia novamente, isso tinha se tornado um círculo sem fim que já não tinha
qualquer apelo.
Darkness abriu o closet e retirou uma pasta. Kat não tinha tentado abri-la, ele tinha
checado. Ele colocou a combinação certa e retirou o laptop. Em minutos tinha se
plugado e colocado a vigilância de segurança – a frente e os fundos da casa de Kat na
tela dividida. Darkness removeu as botas, ficando confortável e se sentou na cama,
colocando o aparelho no colo.
Não houve nenhum sinal de vida até que o sol baixou. As luzes começaram a se
acender fora da casa, permitindo a ele rastrear movimentos. Uma mulher loira pausou
na frente de uma janela no segundo andar na frente, essa tinha que ser Missy. Ela olhou
para fora e virou, seus lábios se movendo.
Darkness odiou o modo que esperou que Kat iria entrar no campo de visão, a luz se
apagou e o tempo passou. Ele se ergueu e fez uma pequena refeição. Retornando para o
quarto, ele comeu enquanto continuava vendo a casa de Kat. O laptop coube na
mesinha, encarando a cama dele.
— Darkness.
— Já comi.
Era cedo, mas ele se deitou e virou para seu lado, sua atenção na tela do laptop. Talvez
não permitisse a si mesmo ser uma parte da vida dela, mas se sentia melhor assistindo-
a. Era melhor que olhar para o teto. Essa desculpa o fez se sentir melhor.
Capítulo Vinte e Um
Kat olhou para o relógio acima do fogão, já passava das onze. Ela imaginou se Missy
tinha uma fome súbita tarde da noite por pizza ou comida chinesa. Elas tinham comido
o jantar mais cedo e sua amiga estava determinada a escrever na maior parte da noite.
Geralmente a irritava quando elas tinham entrega de comida tão tarde, mas não tinha
que ir para o trabalho de manhã cedo.
Kat pegou um copo de leite e tomou um gole. Ela tinha dito adeus a Darkness e encheu
seu relatório sobre Robert Mason, não tinha sido seu melhor dia. A porta da frente se
fechou, o som suave, mas distinto.
— Isso cheira tão bem. – Missy caminhou carregando uma caixa de pizza. – Quer um
pedaço?
— Você é uma vadia. – Kat deu risada. – Isso vai dos meus lábios diretamente para
meus quadris se eu comer isso tão tarde.
— Então o quê?
— Me dá um pedaço. – Kat desceu seu copo e pegou dois pratos de papel do gabinete.
– Um pequeno.
— Você está bem? – Missy colocou o pedaço. – Você esteve em um péssimo humor
desde que veio para casa do trabalho.
— Eles trouxeram outro cara para assumir a posição de Mason. Ele está chateado.
Ganhei uma palestra e tive que escrever um relatório muito detalhado. Estou suspensa
com pagamento, eles vão me ligar quando tiverem terminado a investigação.
— Sim. – Kat mordeu um pedaço e mastigou. – Chavez ficou furioso que qualquer um
de nós iria, e eu citei “ouça o imbecil”. Tive que concordar. Eu deveria ter me recusado
terminantemente a ir disfarçada, mas todos estávamos entre a cruz e a espada.
— Ferrada se fizesse, ferrada se recusasse a obedecer ordens diretas.
— Exatamente.
— Não, sei que você precisa terminar seu livro e enviá-lo para seu editor.
— Tenho três dias para estourar esse limite e não acho que vou dormir muito. Esta é
para uma série de antologias, então que seja assim ou minha história não vai ter a data
certa. Eles vão escolher outro alguém para fazer parte disso.
— Estou indo para a cama, te vejo de manhã. Tente dormir um pouco, okay? – Kat
ergueu seu prato e o copo.
— Eles estão provavelmente dormindo, juro pra você que eles são os animais mais
preguiçosos.
— Eles se tornam hiperativos no meio da noite. – Missy gargalhou. – É uma coisa boa
que tenho horários estranhos.
Kat subiu as escadas e parou na porta de Missy para olhar. O cachorro dormia no
travesseiro de Missy, mas o gatinho estava no chão, mastigando um dos sapatos de
Missy. Kat piscou, grata que não era um dos dela, fechou a porta para evitar que o
pequeno destruidor da moda fosse para o quarto ao lado.
Kat foi para seu quarto, ela acendeu a luz com o cotovelo e cruzou o quarto até a
escrivaninha, ela colocou a comida para baixo. A porta da frente bateu alto. Kat
pausou, ouvindo. Missy não chamou, isso era estranho. Sua amiga sempre a deixava
saber quem estava na porta, era um hábito que Kat insistia.
— Missy?
Um arrepio correu por sua espinha quando ela não respondeu. Kat voltou e correu para
dentro do quarto, agarrando a arma de serviço e deslizando pelo corredor. Ela pausou
no topo das escadas.
— Missy?
Os segundos se passaram, Kat se abaixou para ouvir algo abaixo, mas tudo permanecia
queito.
O pânico apareceu. Por que Mason estaria na casa dela? Obviamente Darkness não
tinha sido paranoico em acreditar que o ex-chefe dela iria vir atrás dela. Kat lutou para
ficar calma.
— Não vou fazer nada até saber que Missy está bem.
— Kat? – A voz de Missy era suave e tensa. – Ele tem uma arma em minha cabeça.
Kat tentou pensar, mas tudo que podia imaginar era nele atirando em Missy.
— Isso é sua culpa, acreditei em você para fazer o trabalho. O que você fez ao invés
disso? Você me fodeu, disse aqueles animais que eu te enviei. Você não deveria ter
fodido comigo, Katrina.
Kat mordeu o lábio. As táticas normais não iriam funcionar com ele. Mason tinha tido
o mesmo treinamento, conhecia os mesmos truques.
— Isso não é verdade. Vamos conversar sobre isso, Mason. Tudo bem? Eu não fiz
nada. Fui para Homeland procurar por aquele homem que você queria que eu
encontrasse. Não pude encontrar nenhuma informação. – Ela tentou diminuir seus
batimentos cardíacos. – Eu fui escrever um relatório e foi quando descobri que você
tinha sido substituído. O que está acontecendo? Eles não me disseram nada.
— Estou sob investigação. Quero você aqui embaixo agora, Kat. Se eu ouvi sirenes ou
policiais, vou matar essa vadia. Eu não tenho nada a perder. Quero sua arma ou ela está
morta.
— Estou tentando descobrir porquê você está aqui. – Aquilo era honesto. Ele poderia
ter ido atrás de qualquer agente, mas tinha escolhido ela. – Precisa de ajuda? – Kat
mudou as táticas. Mason estava apreensivo e odiava a ONE. – Aqueles Nova Espécies
descobriram que estávamos tentando rebenta-los e vieram atrás de você?
Silêncio. Kat rezou para que ele caísse nisso. Mason tinha que estar desesperado para
aparecer na casa dela. ele estava procurando vingança? Apenas um alvo aleatório para a
merda confusa que tinha caído na própria cabeça dele? A vida de Missy dependia de
ser capaz de manipulá-lo.
— Quem mais sabia que você me enviou? – Kat não gostava do silêncio. – Foi apenas
eu quem você enviou para lá, certo? Ninguém mais? Tenho certeza que não vazei nada.
– Ela mentiu. Tinha apenas ampliado a lista de suspeitos para incluir os agentes que ele
tinha enviado como seu grupo. – Quem te falou sobre Homeland?
— Certo. – Kat ejetou o clipe e o tambor e colocou a trava. – Vou manda-la para baixo.
Kat jogou o clipe primeiro, então a arma segundos depois, se mantendo próxima da
parede, protegendo o corpo. No entanto tinha olhado para baixo, vendo os pés
descalços de Missy com os sapatos de Mason logo atrás dela. Ele a estava usando como
escudo os mantinha longe da linha de fogo.
— Está em meu quarto, peguei apenas minha arma do trabalho. Eu posso pegá-la?
Kat voou pelo corredor e pegou sua segunda arma no topo do closet. Ela puxou seu
celular do carregador e correu corredor abaixo. Kat teve certeza que tinha feito muito
barulho então ele poderia ouvir cada movimento seu e saber onde ela estava. A última
coisa que queria era ele ter tiques com a arma na cabeça de Missy.
Kat empurrou a arma para debaixo da axila e ativou o telefone, seu primeiro instinto
era ligar para o 911, mas eles talvez viessem com sirenes ou luzes. Também era
possível que seu ex-chefe estivesse escutando os canais deles.
— Eu peguei. – Ela gritou. – O que está acontecendo? Fale comigo, Mason. Estou um
pouco desconfiada de jogar minha última arma para baixo. Talvez você mate minha
namorada de qualquer jeito.
Kat passou pelos números e encontrou em que tinha programado quando Mason a tinha
mandado em missão. Ela bateu no ícone, usando o ombro para segurá-lo contra a orelha
enquanto agarrava a arma.
— Não até saber que você não vai matar nós duas.
— Você ligou para Homeland. – Uma voz profunda e alegre respondeu. – Como posso
te ajudar?
— Eu sei que você tem uma arma na cabeça da Missy, Mason. Apenas me diga por que
está em minha casa, eu só fui para Homeland como Katheyn Decker sob suas ordens.
Vamos conversar. Não vou desistir de minha arma até que saiba o que você quer ou
você poderia nos matar.
— Vou contar até dez e você vai jogar sua arma ou sua namorada morre. Um, dois...
— Eu sei que você vocês gravam essas coisas. – Ela sussurrou. – Ele vai atirar em
Missy ele ouvir sirenes. Não chame a polícia ou ela está morta. Apenas deixe seu canal
mudo e continue gravando.
Kat enfiou o celular na frente da calça, dentro da calcinha e removeu o clipe da arma.
— Lá vai, o clipe primeiro. Apenas se acalme. – Kat se aproximou e jogou, isso caiu
nos degraus. – A arma em seguida. – Ela jogou.
Mason virou o cano da arma para longe da cabeça de Missy e apontou para Kat.
— Vire-se.
Kat girou devagar, erguendo a blusa para mostrar que não tinha uma arma enfiada nas
calças. Elas eram largas, mas uma arma iriam ser muito pesada e volumosa para
esconder.
— Vê? Você tem minhas duas armas. – Kat manteve contato visual com ele. – Diz pra
mim o que é tudo isso.
— Tudo que você tinha que fazer era tirar Jerry de lá.
— Tentei procurar por ele, mas eles me vigiavam todo o tempo. Eles colocaram um
aparelho no tornozelo em mim. – Ela mentiu. – Ninguém iria me dizer nada e eu não
poderia caminhar dez passos sem eles sabendo exatamente onde eu estava. Acho que
você estava certo sobre eles. Estão escondendo algo lá. A segurança deles era a mais
alta. Posso te chamar de Robert?
— Não. – Ele olhou. – Tudo o que você tinha que fazer era a porra de uma coisa,
Perkins. Me trazer o Jerry.
— Eu tentei, realmente tentei. Eles vieram atrás de você? O que posso fazer pra te
ajudar? Precisa de um lugar pra ficar? Dinheiro? Eu não mantenho dinheiro aqui, mas
posso pegar algum. Eu quero te ajudar. – Kat esperava que parecesse sincera. – Eles
virão atrás de mim depois?
Mason pressionou os lábios em uma linha branca, a raiva mudando suas feições. Kat
esperou que ele tivesse um ataque cardíaco, isso iria resolver o problema. Ele olhou ao
redor e Kat aproveitou a oportunidade para olhar para Missy. Ela estava aterrorizada,
mas não parecia machucada. Kat se focou em Mason novamente.
— Eu não posso ajudar a menos que conheça a situação. O que estamos procurando?
Assumo que a ONE está atrás de você. Alguém em nosso departamento se virou contra
a gente. – Kat queria que ele pensasse neles como um time, não como inimigos. –
Minha bunda está na reta também.
— Você não está suspensa ou sob investigação. Eu tive que ir hoje e vi você saindo.
Foi como eu soube que você tinha saído. Você contou a eles?
— O que eu posso fazer? Você não tem que segurar uma arma em Missy, ela vai fazer
tudo o que eu pedir. Nós somos os homens em nossas famílias, lembra? – Ela estava
esperando para usar as palavras dele contra ele.
— Certo, qual é o plano? Estou com você. A ONE obviamente manda no FBI, eles
estão dando as cartas. Isso significa que nós dois estaremos em um mundo de merda.
— Certo, por que ele importa? Se a ONE vier atrás de nós, deveríamos deixar o país.
— Não sem meu dinheiro. – Raiva mudou as feições dele. – Aquele bastardo estupido
não deveria ter feito nada daquilo sem mim. A metade dos dois milhões e meio são é
minha. Ele vai abrir a boca fodida dele eventualmente ou ele está usando eles para se
esconder. Pensei de primeira que eles tinham pegado ele, mas depois que pensei sobre
isso, ele talvez me usou como fez com aquela garota. Eu não vou para a prisão.
Kat não tinha certeza de qual garota ele estava falando, mas o resto tinha começado a
fazer sentido.
— Eu arrumei as identidades falsas que ele usou, tendo certeza que ele cobria seus
rastros e disse a ele como pegar todo o dinheiro, então isso não seria rastreado. Aquele
idiota fez isso, então eu não pude acessar isso e agora ele está tentando ficar com tudo.
– Mason a estudou. – Vou dividir o dinheiro com você, foda-se o Jerry. Vou mata-lo
tão logo eu saiba para onde ele transferiu os fundos. Você está dentro, Perkins?
Estaremos ferrados de outra forma. Vamos para a prisão ou pior. Jerry e aqueles
animais não vão ganhar.
— Estou dentro.
Mason abaixou a arma para o lado e empurrou Missy para frente. Kat desceu o resto da
escada e segurou o braço de Missy, colocando-a detrás dela e manteve o aperto nela.
Missy poderia tentar correr e isso iria fazer com que Mason atirasse nela. Ele mantinha
um aperto forte na arma.
— Muito, eles me deram uma tour com um guarda. – Kat queria que Mason pensasse
que ela era útil ou ele mataria elas duas. – Quer que eu desenhe isso? Vi algumas casas
legais onde eles provavelmente colocam os VIPs. Ele provavelmente está lá se o estão
escondendo.
— Alguma fraqueza na segurança deles? – Ele enviou um olhar astuto na direção dela.
— Sim. – Kat assentiu. – Eles têm guardas apenas nas paredes, dentro é limpo de
guardas. Eles apenas mantiveram a coisa no tornozelo e atribuiram dois guardas que
estavam sempre na minha bunda.
— Eles pularam em cima de você, não pularam? – Mason olhava para a blusa de Kat. –
Você tem peitos lindos.
Custou um pouco para Kat se acalmar, ela esfregou o pulso de Missy com o polegar,
tentando reassegurá-la.
— Vamos pegar Jerry e ele vai nos dar aquele dinheiro. – Mason compassou
novamente.
*****
Darkness se sacudiu acordado quando o telefone tocou. Ele abriu os olhos, fitou a tela
do laptop longe a alguns centímetros. As luzes continuavam acesas dentro da casa de
Kat. Ele atendeu o telefone.
— Darkness aqui.
— Aqui é Book, temos um problema. Vá para a Segurança agora.
— Uma ligação chegou e continua rodando. Sua fêmea está atualmente planejando
entrar em Homeland com alguém chamado Mason. Ele está na casa dela e tem uma
arma na cabeça de Missy. Ela está mentindo para ele, presumo, desde que a maior parte
do que ela diz é besteira.
— Estou olhando para a casa dela. – Darkness quase deixou cair o telefone e girou para
olhar o laptop.
— Ele está dentro. – Book hesitou. – Bluebird está transcrevendo o que sabemos até
agora. Kat ligou dizendo que Mason tinha uma arma na cabeça de Missy e para gravar
a conversa. Estamos fazendo isso. Ela também disse para não chamar a polícia. Missy
ia ser atingida se a polícia humana chegar, colocamos um rastreio nisso imediatamente.
É um celular, mas a torre é na localização da casa dela e verifiquei o som da voz dela
eu mesmo. É real.
— Já fizemos isso, estaremos voando em dez minutos. Vou querer estar lá. Mova-se! –
Ele desligou.
Kat estava com problemas, ele a tinha avisado que Mason era um perigo. Kat tinha
ignorado e mandado embora a equipe que tinha sido atribuída para guarda-la. Sua raiva
cresceu enquanto corria, o preenchendo. O som das pás do helicóptero o assegurou que
eles não estavam indo sem ele, mas estavam preparados para sair.
Trey Roberts e Book o encontraram. Darkness ficou surpreso de ver o humano lá tão
rápido, mas mudou sua atenção para Book, arquejando.
— Minha aposta? – Trey olhou para o celular. – Boris usou uma conta online. Ele
provavelmente transferiu o dinheiro para a conta que você pegou dele, mas ele já tinha
bloqueado Mason do dinheiro. Ele provavelmente fez isso antes de vir atrás de Jeanie
Shiver. Filho da puta ganancioso, ele queria tudo. Agora Mason está surtando porque
está sob investigação e quer sumir. Aquele dinheiro iria assegurar a ele uma boa vida
em outro lugar.
Mais machos correram para a área e Darkness ergueu o punho e então apontou para o
helicóptero. Ele estava assumindo o comando da equipe. Não se importava se pisava no
pé de Trey ou de outra pessoa. Kat estava em perigo.
— Vamos lá.
— Nos coloque no ar. – Ele pediu ao piloto, se virando no assento para olhar o macho.
O piloto assentiu e olhou para frente. Eles subiram e Darkness colocou o cinto de
segurança, ele olhou para os rostos mal iluminados dos machos que tinham vindo.
Eram seis ao todo, ele tocou a cabeça e todos colocaram os fones.
— Piloto, deixe-nos a oito ou dez blocos de distância. O humano ainda vai nos ouvir,
mas talvez não vai ligar os pontos por causa da distância. Você está arranjado dentro da
Segurança?
— Tenha eles procurando um local para pouso. Não ligo se eles tenham que parar o
tráfego em uma rua. Quão longe estamos?
Darkness estava pronto para correr, mas usar um carro seria mais rápido.
Darkness deixou pra lá, ele confiava no homem. Não importava o porquê dele estar em
Homeland no meio da noite. Estava preocupado com Kat. Ela estava viva? Darkness
viu Trey remover seu fone e correr a tela lendo os textos. Ele deveria ter a Segurança
enviando as transcrições para o telefone.
— Ela está desenhando mapas de Homeland para ele. Ele não soltou a arma. Eles estão
aparentemente na cozinha e ela apenas pediu para Missy fazer café para eles. Não
posso dizer o humor desse cara lendo os diálogos, mas ela não está ameaçando atirar
nelas novamente. Está mais focado em pegar o dinheiro.
— Estou nisso. – Trey anunciou. – Eu conheço a área. Uma vez sai com uma mulher
que vivia próximo e sei onde a rua é. Eles me deram o endereço exato. Estou colocando
em um mapa agora para ter certeza.
Darkness era o terceiro na linha e se virou para Trey. Ele não gostou de passar o
controle para o humano, mas não sabia realmente onde a casa de Kat estava. As ruas o
confundiam e a maior parte das casas pareciam iguais. Trey incentivou o helicóptero
desligar e apontou a para rua, ele correu e Darkness o seguiu, o som do helicóptero
sumiu.
— Droga. – Trey alcançou uma rua lineada com casas e virou à esquerda.
— Pensei que aqui tinha mais trânsito. Espere, aquilo é um carro. – Ele ergueu um
punho e todos eles pararam.
Um pequeno sedan de quatro portas passou por eles e Trey correu para a pista e ergueu
a arma, apontando-a para o motorista. Ele apontou o colete com a outra mão onde as
letras brancas da ONE estavam. O motorista pisou nos freios.
— Estou com a ONE. – Ele gritou. – Você está em perigo, não entre em pânico. Abaixe
os vidros.
Era uma mulher e Darkness poderia ver o medo dela. ela abaixou os vidros e Trey foi
para frente.
— Realmente sinto muito sobre isso, mas temos uma emergência. Precisamos do seu
carro.
Ela sacudiu a cabeça, ainda pálida. Darkness se aproximou e tentou parecer amigável.
— Humana, está é uma emergência. Deixe-nos ter seu carro, vamos devolvê-lo.
— Promessa. – Trey colocou a mão para dentro e abriu a porta. – Apenas retire seu
cinto e vá para trás. Você pode dirigir para longe uma vez que sairmos. Há um homem
mantendo duas mulheres dentro de casa, ele vai mata-las se a polícia aparecer. Nós
somos todos da ONE.
A mulher olhou para Darkness, ele não estava usando uma máscara e podia ver o terror
dela. As mãos dela se sacudiram enquanto ela se ajeitou e desprendeu o cinto.
— Por favor, não me machuque.
— Precisamos de algo maior, todos nós não vamos caber. – Book assegurou.
— Darkness, foi para o assento do passageiro. Senhorita, você pode sentar no colo dele.
— O resto de vocês entrem lá atrás. Três podem caber nos assentos e um de vocês pode
se ajeitar no colo de um.
Darkness agarrou a mão da mulher, ela estava tremendo na dele. Ele não tivera tempo
para colocar as luvas.
— Vai ficar tudo bem. Você está com seis machos bem armados. Obrigado por sua
assistência.
Ele a levou para o outro lado do carro e entrou, a mulher pausou, mas subiu no colo
dele. Foi um aperto, mas um olhar atrás para os quatro machos tentando se mexer no
espaço desenhado para três humanos o fez ficar grato por estar na frente.
— Você está ajudando a salvar duas vidas. – Trey fez uma curva ligeira. – Se você
realmente sentir que precisar relatar isso, nos dê vinte minutos antes de ligar para a
polícia. Aquele imbecil pode ter um leitor. Se você ligar para Homeland ao invés disso,
vamos te recompensar, certo?
— Sim. – Amber agarrou os braços de Darkness quando Trey fez outra virada rápida.
— Você já quis uma tour por Homeland? – Trey diminuiu. – É sua se você não chamar
a polícia, eu prometo. Diga a eles que Trey Roberts disse isso. Okay, Amber?
— Sinto muito sobre a arma, mas precisávamos realmente nos apressar. – Ele puxou o
freio e deixou o carro no estacionamento. Trey se virou e olhou para a mulher. – Eu sou
Trey Roberts. Esse é Darkness segurando você. Você foi fantástica, apenas ligue para
Homeland. Vamos mostrar nossa apreciação.
— Você é uma boneca. – Trey piscou para ela. – Aqui é onde vamos saltar. Obrigado,
Amber.
Darkness abriu a porta e a mulher deslizou do seu colo, ela olhou curiosa para o rosto
dele. Ele sorriu.
— Obrigado, Amber. Você está fazendo um grande serviço para ONE essa noite.
— Apenas subir essa rua. – Trey olhou para Amber. – Vire seu carro quietamente ao
redor e mantenha distância dessa área. Aqui pode haver disparos.
Ela rodeou o carro e entrou. Seguindo as ordens dele, ela dirigiu na direção oposta.
Trey apontou e Darkness o seguiu. Eles permaneceram nas áreas gramadas para evitar
fazer barulho. Trey parou e apontou, Darkness reconheceu a frente da casa. Eles tinham
chegado à de Kat.
Capitulo Vinte e Dois
Kat olhava para Mason, o humor dele variava onde era um sinal de alto estresse. Ele
não confiava nela e não deveria. Mason manteve um ligeiro aperto na arma, ela tinha se
aproximado o suficiente para olhar para saber que estava destravada. Ele tinha
colocado a arma contra a perna e mantinha o olhar em Missy, pestanejando. Ela não
gostou disso nem um pouco.
— Precisamos conversar. – Ele lançou um olhar agudo para Missy. – Mas eu a quero
em minha vista.
— Okay. – Kat se ergueu a mesa, se movendo lentamente, para evitar fazê-lo pular. Ela
entrou no corredor.
Mason se aproximou de Kat, apontando a arma para o peito dela. Estava claro que ele
esperava que ela fosse tentar desarmá-lo. Kat colocou as mãos no batente da porta
então ele se sentiu mais seguro. Mason se virou o suficiente para manter as duas no
campo de visão.
— Ela é um risco.
— Ela vai fazer tudo o que eu disser. – O maior medo de Kat tinha se tornado
realidade. Tinha imaginado o que Mason estava pensando e agora sabia. – Temos
estado juntas por um tempo realmente longo. Ela é completamente submissa. – Ela
usou o termo que ele provavelmente entenderia melhor.
— Preciso saber se você está cem por centro comprometida. Você não tem nada a
perder por outro lado. – Ele manteve a voz baixa.
— Mate-a.
— Acho que isso é um pouco drástico. – Kat esperou que tivesse mascarado seu horror.
Kat podia entender a logica, tão bagunçada quanto isso era. Ela seria procurada pela
polícia por assassinato se matasse Missy. Recuperando Jerry Boris e fazendo ele
desistir do dinheiro seria uma estratégia de sobrevivência. Eles iriam precisar do
dinheiro para obter identidades falsas para deixar os EU para um país que não
extraditava onde poucos milhões podiam providenciar uma vida luxuosa.
— Mate-a. – Ele sussurrou e ergueu a arma para a cabeça dela. – Ou eu vou te matar.
— Vou pegar uma das minhas então. – Kat não estava surpresa que ele não tinha caído
nisso.
— Então você pode atirar em mim? – Ele sacudiu a cabeça. – Mãos nuas.
— Isso é frio. – Kat endireitou os ombros. – Mas como você disse, há milhões
envolvidos. Tenho certeza que eu posso lidar com isso.
Mason sorriu. A opinião de Kat sobre Mason nunca tinha sido boa, mas agora ele não
era melhor que uma merda no vaso para ela. Matar alguém que se ama por dinheiro era
o mais baixo que alguém poderia chegar.
— Você mata ela e vamos embora. Eu sei que empresas eles usam para entrar em
Homeland. Devemos atingi-los logo. É a melhor hora.
Ele estava certo. Muitas pessoas não estariam muito alertas – dormindo ou apenas
acordando – se eles entrassem em Homeland por volta das sete da manhã. Isso seria o
tempo que os caminhões de entrega começariam a andar.
— Eu não vou. Eu poderia usar você, Katrina. Você é inteligente. Nós iriamos ter um
tempo mais fácil viajando como um casal. – A atenção dele desceu para os seios dela.
A pele de Kat se arrepiou pelo jeito que Mason olhava para ela, nunca permitiria que
ele a tocasse.
— Você está certo. – Ela sorriu, fingindo que ele era atrativo para ela. Foi um dos atos
mais difíceis que ela teve que fazer. – Vamos precisar depender um do outro.
— Nós vamos. – Ele olhou para os seios dela novamente. – Em todos os sentidos.
— Vou fazer isso agora, no entanto não quero que ela veja isso acontecendo. Missy
poderia gritar. Nossos vizinhos chamam a polícia toda vez que discutimos. – Kat queria
que ele continuasse acreditando que ela e Missy eram um casal, um com problemas
domésticos. – Vou esperar até que a guarda dela esteja baixa e me mover atrás dela.
vamos fazer isso no escritório dela, é o lugar mais longe desse lado da casa.
Kat cruzou a cozinha, Missy se apertou contra o fogão e encontrou seu olhar. Confia
em mim, Kat moveu a boca.
— Como você está aguentando, querida? – Kat parou na frente de Missy, segurando a
mão dela.
— Vai ficar tudo bem. – Kat sabia que Mason continuava a três metros atrás dela,
assistindo e ouvindo tudo. No entanto, ele não poderia ver seu rosto. Ela olhou para o
balcão, procurando por uma arma.
— Por que não vamos para o seu escritório? Você pode escrever enquanto
conversamos.
— Tudo bem.
Kat colocou o braço na cintura de Missy e deslizou a mão para os botões do fogão.
Mason não iria ser capaz de ver isso, ela girou todos. Os olhos se Missy se arregalaram,
mas Kat sacudiu a mão dela, dando a ela um olhar firme. Kat sentiu um pouco de
orgulho de sua melhor amiga quando ela sorriu.
O ligeiro som do gás saindo do fogão poderia ser ouvido, mas Kat duvidava que
chegaria do outro lado do cômodo. Entretanto, Mason iria senti-lo em breve. Kat
empurrou Missy para longe dele e virou, colocando-a detrás do corpo.
Mason voltou para o corredor, dando a elas uma abertura maior. Kat levou a amiga
para o outro cômodo.
— Ela gosta de acender algumas velas quando escreve, isso a faz relaxar. – Ela
endereçou a Mason, mas manteve o aperto em Missy. – Vou acender algumas.
Mason mordeu a isca. Kat tinha implicado que talvez lá houvesse uma arma; ele se
moveu ao redor da grande mesa e se curvou, mantendo a arma nelas. No entanto a
atenção dele estava dividida, quando puxou a gaveta da esquerda aberta no lado da
grande mesa. Lá havia quatro isqueiros ao todo. Kat sabia quão bagunçadas elas
estavam, ele teria que remexer nelas. Mason se curvou um pouco mais e Kat usou a
oportunidade para agarrar o isqueiro do abrigo próximo às velas aromáticas de Missy.
— Devemos alimentar o cachorro e o gato logo. – Missy segurou seu braço, os dedos
se enterrando.
Kat piscou, não havia jeito de salvar os animais. Era a vida de Missy na linha. Ela sabia
que sua amiga tinha adivinhado o que ela estava fazendo e tinha dito isso para lembra-
la que eles estavam no andar superior.
Lágrimas encheram os olhos de Missy e Kat teve que olhar para longe, doía nela
também. O cheiro de gás alcançou seu nariz. Mason bateu outra gaveta e teve que virar
para abrir uma atrás, a arma descansou na mesa, apontando na direção delas. Kat se
moveu para ficar entre Missy e a arma, ela olhou para as cortinas. Elas eram horríveis,
as mesmas flores impressas que compunham a maior parte da casa. A casa tinha sido o
sonho delas, mas comprariam outra. Missy não poderia ser substituída.
— Nada. – Mason se moveu ao redor da cadeira e abriu a outra gaveta, ele subitamente
ficou tenso. – Que cheiro é esse?
— Que cheiro? – Ela deu a ele um olhar em branco. O tempo tinha acabado.
Kat empurrou Missy para longe das chamar e juntou as cortinas para mantê-las
pegando fogo. A janela era unicamente de vidro desde que elas não a tinham
substituído por uma mais eficiente. Missy tinha instalado uma persiana grossa cinzenta,
a única coisa entre elas e o vidro.
Um tiro soou enquanto Kat girava, usando toda sua força para jogar as duas através do
vidro. Elas bateram no vidro e quando isso quebrou não havia nada, mas felizmente a
persiana e as roupas delas as protegeram.
Sua visão periférica pegou um movimento e ele congelou, virando a cabeça naquela
direção. Um braço desnudo se ergueu do que parecia ser uma sessão de painéis de
madeira. A mão era pequena e aparentava ser feminina.
Sangue manchava a palma dela quando ele a agarrou apertando, usando a outra mão
para ergueu o painel de cima dela, ele o jogou para o lado. Não era Kat olhando para
ele quando Darkness caiu de joelhos. Ela tinha cabelos loiros, olhos azuis aterrorizados
e usava uma camisola. Cortes e sangue fresco marcavam os membros dela, mas ela não
parecia estar gravemente ferida.
— Kat?
Ela assentiu.
— A casa explodiu e isso me jogou para longe dela. – A mulher tentou se sentar
novamente, mas caiu espalmada, choramingando.
— Fique deitada. – Darkness pediu.
Book estava ao seu lado em uma instante, atendendo a mulher. Darkness se ergueu e
procurou freneticamente o jardim. Um pedaço enorme do teto estava amassado dois
metros à frente. Um pé ensanguentado cutucava para fora, debaixo da bora. Era
pequeno e sem vida.
— Kat! – Darkness estava apavorado quando se curvou, com medo do que encontraria.
O teto parecia pesado, dois metros e meio de comprimento e cinco metros de largura,
isso tinha sustentado um dano profundo. Os dedos dele se engancharam numa borda e
Trey se apressou para o outro lado, ajudando Darkness a movê-lo.
Eles ergueram ao mesmo tempo e jogaram para o lado, não era tão pesado quanto ele
tinha pensado. Darkness olhou para baixo e dor o partiu ao meio, tinha encontrado Kat.
Os joelhos dele entraram em colapso. Kat estava de lado, uma mão sobre o rosto como
se ela tivesse tentado proteger a cabeça. Sangue por um corte no antebraço manchava a
pele dela. sangue cobria o peito de Kat, mas Darkness não tinha certeza se isso era do
primeiro ferimento ou pior. O pijama de Kat estava rasgado, manchas vermelhas em
alguns pontos.
Darkness nem mesmo tinha certeza se Kat estava viva. Ele respirou, o cheiro da fumaça
estava muito forte, mas ele pôde cheirar o sangue de Kat. Custou muito se aproximar e
tocá-la. Darkness gentilmente segurou o braço dela e o moveu, sangue cobria a
bochecha. Os olhos de Kat estavam fechados e Darkness não tinha certeza se respirava
enquanto checava por pulso. Ele pressionou a ponta dos dedos contra a coluna da
garganta dela. Ele não sentiu nada.
Os olhos dela permaneceram fechados, mas ela continuava viva. Darkness quis pegá-la
e coloca-la nos braços quando algo explodiu dentro da casa. Foi uma explosão menor,
mas o suficiente para o fazer temer que mais da casa iria cair no quintal. Ele virou,
avaliando a casa novamente. Os dois pisos tinham ido nos fundos da casa, chamas
tinham se espalhado para as outras áreas.
— Aqui é Trey. – O humano gritou. – Precisamos que aquele helicóptero volte. Desça
ele na frente da casa, se você puder. Temos duas mulheres feridas. Alerte o Centro
Médico, trauma severo. – Ele pausou. – A porra da casa explodiu.
Darkness bloqueou tudo menos Kat. Ele colocou o corpo acima do dela, mas manteve
todo o peso fora. Queria protege-la de mais dor. Alguém o agarrou pelo braço, o
sacudindo. Ele virou e rosnou, olhando para os olhos de Trey.
Darkness sabia que Trey estava certo. Kat precisava de ajuda, mas ele estava
congelado, sua mente em branco.
— Mova-se. – Trey repetiu. – Vamos parar os sangramentos ou ela não vai aguentar.
Darkness se afastou um pouco, Try assumiu o lugar. Isso fez Darkness se sentir
indefeso, algo que ele odiava. Kat fez um som suave de dor quando Trey moveu o
braço ensanguentado dela e passou a manga da camisa ao redor da ferida, usando as
pontas para amarrar.
— É muito apertado.
— Você quer que ela sangre? – Trey pestanejou. – Procure por algo plano onde
podemos coloca-la. O helicóptero não estava esperando uma emergência médica. Não
temos uma maca nele, eu perguntei.
Sirenes cresceram mais perto, Darkness não se moveu para longe de Kat. Ele viu Trey
cobrir cuidadosamente o corte no tornozelo dela, a causa do sangue no pé dela.
Darkness sabia que deveria segurar os humanos e tomar o controle da situação. Novas
Espécies estariam em perigo se ele não fizesse. Ele apenas não podia deixar Kat. Ele
nem mesmo poderia seguir as instruções de Trey em como ajuda-la, era como se
estivesse desligado até que gentilmente segurou a mão dela no chão próximo ao seu
joelho. Não estava sangrando, mas estava sem vida.
— Terminei tudo o que posso. – Trey se ergueu. – Vou encontrar algo para usar como
uma maca ou pegar uma da ambulância. Vou mandar os paramédicos para ela, tenho
certeza que eles virão com a polícia. Todos no quarteirão devem ter ligado para ajuda.
Darkness o ignorou, olhando para o rosto de Kat. Os olhos dela permaneciam fechados.
— Kat? Pode me ouvir? Estou aqui.
Era culpa dele que ela estava deitada no chão. Ele a tinha mandado embora de
Homeland. Kat estaria dormindo segura na cama dele de outro modo. Darkness
examinou visualmente o corpo dela. cada corte, cada traço de ferimento repousava
diretamente sobre os ombros dele. Kat quis dar uma chance à relação entre eles, ele a
mandou embora.
Darkness virou a cabeça, a mulher loira caiu ao lado dele. O medo bruto no rosto dela
talvez estivesse refletido no rosto dele se fosse capaz de olhar em um espelho.
Lágrimas corriam livremente pelo rosto dela e Darkness invejou a habilidade de chorar.
Ele sofria o suficiente, mas seus olhos permaneciam secos.
— Ela me salvou. – Missy fungou. – Ela explodiu a casa porque acho que Mason ia me
matar. – Os ombros dela sacudiam enquanto ela lutava contra as lágrimas. – Ela nos
jogou pela janela antes que explodisse. – Ela arfou, chorando. – Ela se colocou entre eu
e o vidro. Atingimos o chão e ela rolou para cima de mim. Quando a casa caiu, apenas
a jogou para longe. Eu deveria tê-la segurado apertado. Eu deveria ter... – Ela parou de
falar, se dissolvendo em soluços.
Darkness percebeu que deveria tentar confortar a fêmea, mas não poderia. Ele virou a
cabeça, olhando para onde tinha sido uma casa. Todo o lado do fundo da casa estava
exposto para mostrar o interior queimando. O telhado tinha colapsado onde não havia
sido explodido. Kat tinha feito aquilo para salvar a amiga. Ele queria matar Missy.
Raiva pura o bateu, mas ele não a jogou na loira. Kat tinha que amá-la para sacrificar a
própria vida.
Umidade encheu seus olhos, deixando a visão dele embaçada. Darkness foi para baixo,
ficando mais perto do rosto de Kat. Ele detectou a respiração dela contra os lábios dele.
Era fraca, mas ela estava viva. Darkness apenas não sabia por quanto tempo. Kat iria
morrer. As sirenes pararam próximas. Seu cérebro começou a funcionar e um novo
alvo para sua raiva apareceu. Ele se ajeitou e virou a cabeça, segurando um aperto no
ombro de Missy. Ele a sacudiu uma vez.
— Nós estávamos no escritório, ele estava perto da porta. Ele cheirou o gás e caminhou
para o corredor. Ele atirou em nós quando Kat nos jogou pela janela. E explodiu.
Darkness podia ver que ela estava em choque. Ele estava dividido entre ir caçar Mason,
se algo tivesse sobrado, e permanecer com Kat. Não queria que ela morresse sozinha.
Não Kat. Ele se curvou, pressionando o rosto próximo ao dela.
— Por favor, abra seus olhos. – Darkness pressionou, assistindo, esperando que ela
fizesse isso. – Você é uma mulher durona, não deixe esse bastardo vencer. Ele ganha
se você morrer.
Algo pesado caiu ao lado deles e Darkness ergueu a cabeça, rosnando para a ameaça. A
fêmea humana em uma uniforme azul escuro estava de joelho no outro lado de Kat, um
kit médico agarrado nas mãos. Os olhos dela se arregalaram e ela empalideceu.
— Ajude-a, você é médica. – Ele olhou para baixo, percebendo que tipo de uniforme
era.
— Darkness, se afaste. – Trey agarrou seus ombros. – Há mais deles, eles precisam de
acesso a ela e você está no caminho.
— Tem que conseguir. – Trey se curvou, olhando para os olhos dele. – Deixe que eles a
ajudem.
Pena passou pelos olhos azuis do homem e ele se curvou, passando um braço ao redor
de Darkness. Ele o puxou para cima, grunhindo um pouco no processo.
Darkness fez como ele disse, encontrando a si mesmo de pé novamente. Trey manteve
o aperto nele e o forçou a se afastar. Mais três humanos se juntaram ao redor de Kat,
puxando detritos para ter acesso a ela. A alguns metros, mais dois humanos ajudavam
Missy a se mover, pedindo a ela para se deitar então eles poderiam examiná-la.
Book apareceu. O macho tinha manchas escuras sob o nariz e ao redor da boca, como
se tivesse respirado muita fumaça. Ele carregava um cachorro em um braço e um gato
no outro. Eles estavam vivos, mas pareciam muito petrificados para se mover para
longe. Apenas ficaram nos braços do macho, colocados contra o peito.
— Você foi lá atrás deles? – Trey sacudiu a cabeça. – Espécies fodidos loucos.
— Não posso acreditar que eles sobreviveram. – Trey liberou o aperto ao redor da
cintura de Darkness. – Você está bem agora?
— Está esperando. – Trey o soltou. – Você não o ouviu? Darren o desceu no fim da
rua. Ele não queria que as hélices afetassem o fogo aqui.
Trey caminhou para longe e parou próximo aos paramédicos, conversando suavemente
com eles. Darkness não pôde ouvir as palavras. Alguns humanos estavam gritando e ele
virou a cabeça, olhando para os que não tinha notado até agora. Bombeiros estavam
jogando água na casa e a polícia estava movendo escombros, procurando por outras
vitimas.
— Ela está em estado crítico. – Trey retornou para o lado de Darkness, parecendo
sombrio. – Eles não puderam encontrar nenhum sinal de respiração no pulmão
esquerdo dela, é o lado que ela caiu. Ela talvez tenha lesões por esmagamento.
Hemorragia interna. – Ele pausou. – Os sinais vitais dela estão ruins.
— Darkness. – Trey murmurou. – Eles não acham que ela vai conseguir. Eu sinto
muito, cara.
Não! Darkness empurrou Trey e caminhou para os homens levantando Kat na maca.
Ele olhou para a mulher que tinha assustado.
Ela assentiu.
— Trey, equipe, pegue Missy. Vamos embora. – Ele virou, estudando os animais nos
braços de Book. – Traga-os também.
— Vocês todos não vão caber na ambulância com ela. – A mulher humana informou a
ele. – Não há espaço suficiente.
— Eles vão para o helicóptero e vão esperar por sua ambulância levar Kat para ele. Eu
vou ficar com ela. – Darkness lançou um olhar furioso a Trey. – Vocês não saiam sem
nós. Informe Homeland que estamos indo, quero todos os médicos esperando e diga a
eles para deixar as drogas de cura prontas.
— Ela não vai morrer. – Darkness rosnou. – Eu não vou permitir isso.
— Eu não posso permitir que você faça isso. – A fêmea humana protestou.
— Heather.
— Eu sou o pior fodido pesadelo, Heather. Perceba isso e pare de discutir comigo. Faça
como eu digo. Você vem conosco no helicóptero, eu insisto. Você pode trabalhar nela e
mantê-la viva até que nossos médicos a tenham.
— Porra. – Trey murmurou. Ele ergueu a voz, aprofundando o tom. – Essas são ordens
oficiais da ONE, nós temos jurisdição. Mandamos na cena e na sua ambulância. – Ele
caminhou para frente e parou diante de Heather. – Você está trabalhando para a ONE
agora até nova ordem. Vamos embora, você o ouviu.
Darkness olhou para Trey, o homem deu de ombros. Os dois sabiam que estavam
ultrapassando os limites, mas ele apreciou que o macho o cobrisse. Darkness inclinou a
cabeça, reconhecendo o débito.
— Tim e Justice vão entregar nossas bundas. – Ele murmurou baixo o suficiente para
apenas Darkness ouvir. – Mas que se dane, essa é sua mulher.
Darkness ficou com Kat enquanto eles a colocaram dentro da ambulância e dirigiram
rua abaixo. O helicóptero tinha aterrissado em uma encruzilhada, carros estavam
alinhados, o tráfego bloqueado. Muitas pessoas estavam para fora dos carros. Darkness
os ignorou, gritando ordens para que os paramédicos carregassem Kat para o
helicóptero. Heather parecia assustada, mas subiu a bordo com eles.
Missy se sentou próxima a Book. Ele a segurou contra o corpo, como se ela tivesse um
tempo difícil em se sentar direito sem ajuda. Dois dos machos tinham os animais de
estimação nos colos. O cachorro parecia bem, mas o gato aparentava estar aterrorizado,
as garras presas no colete de Jinx. Jinx acariciou as costas do gatinho, a cabeça
abaixada, os lábios se movendo como se falasse com o pequeno.
Darkness tomou a palavra após ajudar a segurar a maca ao longo do banco, ele se
manteve próximo a Heather desde que eles não poderiam afivelar os cintos. Ele agarrou
a lado debaixo da maca e olhou para ela.
— Vou ter certeza que você não caia, mantenha sua atenção em Kat. Não a deixe
morrer. – Ele teve que falar alto para ser ouvido.
— Isso é insano! – Ela gritou. – Ela precisa ser levada para um hospital.
Trey fechou a porta do lado e se agachou ao lado deles, agarrando uma alça desde que
não havia nenhum lugar para sentar. Ele pegou um fone de ouvido, gritando para o
piloto.
Heather ganhou a atenção dele quando ela agarrou sua mão. Ele virou a cabeça,
olhando para ela. Ela se moveu para o cinto, deixando claro que ele deveria segurá-la
ali. Ele segurou lá na espinha dela. Heather abriu o kit médico e começou uma
intravenosa. Darkness admirou a coragem e habilidades dela enquanto ela trabalhava
sobre pressão.
Fury acreditava que ele tinha sido desenhado para Kat porque ela era uma mulher
corajosa. Ele não sentiu atração por Heather, apesar da aparência apelativa dela. As
memórias de Kat apareceram. Ela tinha sido desenhada para ele como ninguém mais. O
feriu vê-la deitada naquela maca quando outras imagens estavam tão frescas em sua
mente – ela rindo e até mesmo olhando pra ele com raiva. Tanta vida tinha brilhado
naqueles olhos.
Ele talvez nunca mais visse aquilo novamente ou ouvisse o som da voz dela. ele seria
deixado com nada exceto pequenas lembranças, sabendo que tudo poderia ter sido
diferente se não tivesse negado quão importante ela tinha se tornado para ele. Queria
protege-la, mas ao invés disso a tinha deixado vulnerável. As emoções se ergueram,
quase o afogando em tristeza.
Darkness lutou para respirar, a dor o comendo por dentro. Ele queria rugir para fora sua
raiva pela injustiça disso. Parte dele queria bater em algo até que seus punhos
sangrassem, a outra parte sabia que nunca perdoaria a si mesmo se a perdesse.
— Por que está demorando tanto? – Darkness embalava seu punho sangrando,
ignorando o buraco que tinha colocado em uma parede.
— Você se sente melhor? – Fury suspirou. – Permita que Paul coloque uma bandagem
nisso. Você vai deslizar em seu próprio sangue.
— Eles já estão com ela há dez horas. – Darkness se recusava a parar de compassar.
— Isso leva tempo. – Fury o relembrou. – Você insistiu que eles dessem a elas as
drogas curativas. Eles tiveram que mantê-la fortemente sedada e estabilizaram o
coração dela antes de operar para parar a hemorragia interna. Nenhuma noticia é bom
noticia, isso significa que ela continua viva.
— Você iria querer contar a ele? Darkness é assustador quando está compassando e
acertando aleatoriamente as paredes. – Trey arqueou as sobrancelhas. – Entretanto, eles
teriam que dizer a ele. Estou tentando melhorar o humor. Ela está aguentando lá.
— Por que mesmo você está aqui? – Darkness olhou para o humano.
— Quero saber como sua namorada está. Estou torcendo por ela.
— Eu não fui convidado. – Trey hesitou. – Estou suspenso por alguns dias.
— Calma lá. – Trey murmurou. – Você quer alguém para pulverizar, mas não tem nada
a ver com você ou com o que fizemos na noite passada.
— Por que você foi suspenso? – Fury pestanejou. – Eu não ouvi nada sobre isso.
— Isso é entre Tim e eu. Quebrei uma das regras dele. Ele está chateado, mas vai
superar. Não vou dizer mais nada. – Trey ficou quieto.
— Para uma humana? – Darkness rosnou. – É isso que você quis dizer?
— Pare. – Fury ergueu as mãos. – Você está procurando por uma briga e não vou dar
isso a você.
— Não olhe pra mim. – Justice sacudiu a cabeça. – Eu li os relatórios e não tenho
problemas com nada que sua equipe fez. Retornamos a paramédica para a casa dela, ela
terá uma boa história para conta e foi muito compreensiva pela situação estressante.
Não haverá nenhum problema com as autoridades humanas. Quero que você saiba que
a polícia recuperou um corpo da casa de Katrina. É Robert Mason.
— Eles tiveram identificação positiva. Ele era uma prioridade desde que era do FBI e
por causa da associação com a ONE. Eles pegaram registros dentários e imediatamente
compararam eles no laboratório. O pai de Jessie colocou pressão neles também. É ele,
não há dúvidas. O corpo estava gravemente danificado, mas sobrou o suficiente para
eles fazerem outras distinções. – Justice caminhou para a máquina de café e pegou um
copo. Ele se virou, estudando Darkness. – Temos pesadas perguntas da imprensa sobre
o que aconteceu na noite passada, mas isso está sendo cuidado. A família dela está se
comunicando com Missy. Não vamos permitir que eles tenham acesso a Homeland,
mas Missy assegurou a eles o que está sendo feito por Katrina.
Darkness deu de ombros. Não sabia muito sobre a família de Kat, ele não tinha
perguntado.
— Eles tem que voar. – Justice assentiu. – Eles vivem em outros estados, ela tinha
Missy listada como seu contato médico no FBI. Isso foi sorte para nós desde que a
fêmea está aqui e não protestou por nada que nosso centro médico está fazendo.
— Ela provavelmente não percebeu o quão perigoso essa droga de cura é. – Fury
murmurou.
— Não estou dizendo que você agiu errado pedindo que fosse dado a ela. – Fury
começou rapidamente. – Eu já tive que tomar a mesma decisão. – Ele lançou um olhar
significativo para Ellie. – Apenas espero que a amiga dela não esteja informada dos
efeitos colaterais.
— Ele foi testado em Espécies, mas quando eles testaram em humanos isso causou
ataques cardíacos e apoplexia massiva. Era muito potente para eles aguentarem. – Fury
segurou a mão de Ellie.
— Bem, Jeanie está bem agora. – Ellie sorriu. – As drogas a salvaram, apenas
precisamos pensar positivo. Elas vão salvar Katrina.
— Não. – Fury rosnou de volta. – Você quer arrumar uma briga? Não com minha
mulher.
— Está tudo bem. – Ela manteve o sorriso no lugar. – Você não iria ser o único Espécie
que já tentou me testar.
A porta do outro lado da sala se abriu e a doutora Alli saiu. Ela tinha mudado o avental
por um par de camiseta e shorts, as sandálias eram quietas no chão enquanto ela se
aproximava. A expressão dela mascarava as emoções, mas ela prendeu o olhar em
Darkness, caminhando diretamente para ele. Ela parou.
— Aquela é uma senhorita durona que temos lá, Darkness. Eu não sai com noticias até
que tivesse certeza que ela iria fazer isso, salvo circunstancias imprevistas.
— Era tocar e ir. – Doutora Alli sorriu. – Eu não vou mentir. Tivemos um tempo
infernal descobrindo que dosagem ela poderia aguentar, mas dar a ela o suficiente para
ajuda-la. Os paramédicos na cena estavam errados, o pulmão dela estava machucado,
mas não tinha colapsado. Ela teve fraturas capilares ao longo da caixa torácica, mas
elas foram remendadas. Nós também não encontramos nenhuma hemorragia interna,
então não tivemos que operar. Ela apenas se machucou como o inferno, teve muitas
contusões precisou de pontos em três lugares. Ela perdeu muito sangue por todos os
lados, o que explica seus assustadores sinais vitais quando ela chegou. Ela estava
sofrendo por choque extremo. Ela é do tipo sanguíneo de Trisha, isso foi uma sorte.
Treadmont insistiu em manter todos os tipos sanguíneos das companheiras em mãos
apenas para o caso de uma de nós precisar.
— Sim, vou te levar para trás. Nós a temos presa a muitos monitores, quero que você
esteja preparado para isso. Treadmont e Trisha esta com ela. Ela está se curando tão
rápido que já estamos prontos para remover os pontos, então você não vá ver eles lá.
Na próxima vez vamos apenas usar as bandagens se alguma vez precisarmos usar as
drogas curativas em um de nós. Estamos mantendo-a sedada para lidar com os
batimentos cardíacos e a pressão sanguínea. Estamos ao redor dela para ter certeza que
ela...
— Ela o quê? – Darkness não gostou do modo com o sorriso dela desapareceu e
preocupação brilhou nos olhos dela.
— Ela recebeu muitas pancadas na cabeça. Tivemos que coloca-la para dormir rápido
quando os batimentos cardíacos aceleraram muito, mas queríamos ter certeza que ela
estava bem. Os escâneres que fizemos quando ela chegou mostraram alguns inchados,
mas agora eles se foram. – Dra Alli se aproximou e colocou a mão no peito dele. –
Estávamos preocupados com os danos.
— E se houver um dano?
— Apenas me diga.
Darkness fechou os olhos, isso doía. É minha culpa. Ele não podia parar de repetir
aquilo dentro da cabeça. Deveria ter mantido Kat em Homeland, algemada em sua
cama, ao invés de empurrá-la para longe. Ela quis que ele a encontrasse no meio do
caminho, mas ele se recusou até mesmo a tentar.
— Ela abriu os olhos, pareceu confusa, mas então os batimentos cardíacos subiram
muito alto. A desacordamos. Ela nunca falou, foi muito rápido. Os sedativos são duros
para apagar e nós apenas não tivemos tempo suficiente para permitir que ela se tornasse
coerente. – Ela deixou cair a mão. – Você quer vê-la?
— Quero.
Darkness permaneceu atrás dela. Eles tinham duas salas em funcionamento e foi onde
ela o levou. A doutora Trisha e o Treadmont estavam em um cômodo grande, os dois
sentados em cadeiras. Eles pareciam cansadas e tinham trocado as roupas também. A
doutora Trisha sorriu para ele, isso pareceu forçado. O doutor Treadmont apenas
abaixou a cabeça, olhando para algo no laptop.
Kat continuava deitada em uma maca acolchoada, eles tinham fios em cada lado dela.
Ela vestia uma camisola hospitalar, um cobertor a cobria até o meio do peito. Os dedos
de Kat estavam cobertos por clipes plásticos e uma coisa verde estava colocada no
antebraço, próxima ao cotovelo. Isso pingava fluidos e drogas no sistema dela. Os fios
de um monitor cardíaco corriam sob o topo da camisola para o peito dela. Kat respirava
sozinha, mas continuava parecendo muito pálida.
Darkness parou ao lado da cama dela, o outro braço de Kat estava coberto onde ele
sabia que ela tinha sofrido uma torção profunda, isso estava preso quase ao redor do
braço dela. Ele pestanejou.
A doutora Alli ergueu o cobertor e Darkness rosnou. Kat tinha estado de lado quando
ele a encontrou e muitos corpos tinham estado no caminho quando os paramédicos a
tinham amarrado à maca. Trey tinha coberto Kat com cobertores para mantê-la
aquecida contra os efeitos do choque, ele percebeu que os quadris e pernas estavam
danificados.
As feridas pareciam como se ela tivesse sido cortada com uma lâmina grossa, a pele
estava marcada por contusões multicoloridas, um progresso natural do processo de
cura. Já estava em estágio avançado, eles já tinham começado a parecer amarelados.
— Eu não sei se isso foi pelos detritos da explosão ou se ela caiu em algo. – Dra Alli
explicou. – Ela foi arranhada dos dois lados, de qualquer forma. O lado esquerdo foi
cortado assim, mas ela tem os piores ferimentos no lado direito. O braço, a cabeça e as
costelas.
— Isso parecia pior quando ela foi trazida. – A doutora Trisha se moveu para o outro
lado da cama. – Os cortes menores e as feridas nelas já estão quase curadas. Nem
mesmo restaram contusões. – Ela encontrou o olhar dele. – Temos uma decisão a
tomar, vou falar a amiga dela.
— Mantê-la nas drogas até que esteja completamente curada ou não. Neste ritmo isso
vai acontecer até amanhã à noite. A outra opção de retirá-la delas para se curar
naturalmente o resto do caminho. Se decidirem isso, vamos limpar o sistema dela para
remover as drogas.
— Bem, considerando que ela está quase em coma. – A doutora Trisha deu de ombros
e olhou para a doutora Alli.
— Ela não está mais em estado crítico. – Trisha o informou. – Isso seria seguro. O
maior inimigo dela era a perda de sangue que sofreu e o trauma pelos ferimentos.
Lutamos com os dois e vencemos. Vou falar com Missy e deixa-la decidir.
— Não é. Elas são hóspedes em Homeland e a melhor amiga dela está listada como sua
parente mais próxima, os registros dela foram enviados para nós.
— Vocês farão como estou pedindo. – Darkness se afastou da cama e avançou para
Treadmont. – Mantenha-a com as drogas.
A doutora Alli agarrou seu braço. Ele parou, não querendo empurrá-la. Ela caminhou
ao redor dele, colocando seu pequeno corpo entre ele e o homem.
— Vamos mantê-las nelas, mas se ela começar e mostrar sinais de que a droga é muito
para aguentar, vamos parar. Acho que é um compromisso razoável.
— Isso é bom. – Ele rosnou baixo, olhou para o doutor, mas se acalmou.
Darkness se soltou da mão de Alli e voltou para a cama, olhando Kat dormir. Ele não
planejava sair, não confiava mais em Treadmont. O enfureceu que o homem iria
desconsiderar seus desejos quando isso era sobre Kat. Darkness a tinha colocado em
perigo, mas ele também teria certeza que ela estava completamente curada antes de que
eles permitissem que ela acordasse.
— Vamos mantê-la aqui enquanto está com as drogas. – Trisha pegou os olhos deles. –
Certo? Vamos movê-la para um quarto uma vez que estivemos prontos para acordá-la.
— Sim.
Kat iria querer saber que Mason estava morto, a próxima pergunta iria se
provavelmente sobre a amiga. Ele se aproximou, pegando a mão dela.
— Ela está bem. – A doutora Alli o assegurou. – Algumas contusões e cortes, mas nada
sério. Ela apenas precisou de algumas bandagens e bolsas de gelo. Temos ela em um
dos quartos.
— Elas tem animais de estimação. – Ele lembrou disso. – Onde eles estão?
— Book os levou para casa, eu os chequei. Não sou uma veterinária, mas eles pareciam
bem. – Trisha se moveu para longe. – Ele vai mantê-los no dormitório dos homens até
que Missy e Kat estejam prontas para deixar Homeland.
— Elas não têm outro lugar para ir. A casa delas foi destruída. – Darkness baixou a voz
no caso de Kat poder ouvi-lo.
— Tenho certeza que a ONE vai ajuda-las a encontrar um novo lugar. – Alli se
aproximou e afagou o braço dele. – Ela vai ficar bem, Darkness. Por que você não tenta
dormir um pouco? Esteve acordado a noite toda. Vamos trazer alguns colchoes pra cá e
vamos descansar um pouco. Terei um trazido para você também.
— Não.
— Darkness?
Ele olhou para baixo, para a companheira de Obsidian. Ela olhava de volta para ele
com um olhar determinado.
— Estou acostumada a lidar com caras teimosos e cheios de rosnados. Você não me
assusta. Quer ficar aqui? Você vai tirar uma soneca. Isso não está em discussão. Vamos
te acordar se algo der errado. Kat está dormindo, descanse enquanto pode.
*****
— Isso poderia ter sido pior. – Fury colocou Ellie mais perto. – Ele continua negando,
mas tem fortes sentimentos por aquela mulher.
— Você acha que isso é uma negação? – Ellie não parecia convencida. – Eu estava
com medo de que ele ficaria louco se ela morresse. Eu tive Paul com uma arma de
tranquilizantes no outro lado do balcão para o caso de precisarmos derrubá-lo.
— Darkness é teimoso. Podemos ser irmãos, mas eu sou o inteligente. – Fury virou a
cabeça e colocou um beijo na testa de Ellie. – Eu parei de lutar com meus sentimentos
por você.
— Está um circo fora dos portões. – Justice se ajeitou e esfregou a testa. – Repórteres,
detetives de polícia e o FBI, todos querem entrevistar Darkness e a equipe. Disse a eles
que estavam no Centro Médico. Deixei que eles assumissem que todos precisavam de
tratamento pelos ferimentos.
— Isso é antes ou depois de você dar a uma fêmea humana uma tour por Homeland?
Fury rosnou.
— Tim está chateado com você. – Justice baixou as mãos e se focou em Trey. – Quer
me dizer por quê?
— Não. É pessoal.
— Não podemos falar para ninguém sobre a ligação que veio da casa de Katrina. Eles
querem umas transcrição disso. Book me assegurou que Katrina estava apenas
planejando entrar em Homeland como uma tática para manter o homem até que ajuda
pudesse chegar. Eu concordo, prefiro não ter que explicar isso para a imprensa. Eles
tendem a torcer a verdade.
— Merda nenhuma. – Trey murmurou. – Eles vão pensar que o FBI estava conspirando
para ultrapassar Homeland em vez de ser apenas um agente corrupto que se juntou ao
cunhado para receber dinheiro por revelar o paradeiro de Espécies encarceradas.
— Exatamente. – Justice sorveu seu café. – O FBI iria querer manter uma tampa na
investigação de Mason, isso os faria parecer ruins.
— Nosso time de relações públicas está trabalhando nisso. Até agora eles acreditam
que deveriam soltar uma nota dizendo que Katrina Perkins é uma consultora da ONE,
atribuída pelo FBI para nos ajudar. Teremos ameaças mortais ao longo dos EUA e em
outros países, isso soa razoável e ela pode ficar em Homeland por pouco tempo.
Estamos dizendo que ela deveria entrar, mas não entrou, o FBI e a ONE enviou equipes
para checa-la.
— Estou vendo aonde isso vai. – Trey assentiu. – Katrina e Missy foram cobertas pela
fumaça de uma quebra na linha de gas. Mason alcançou a casa primeiro e forçou
caminho para checa-las. A casa explodiu e nós chegamos à cena. A única coisa que me
irrita sobre esse cenário é que Mason vai parecer como um herói que morreu tentando
salvar uma colega de trabalho.
— Concordo que isso é péssimo, mas iria explicar por que nossa equipe chegou lá e
isso não causaria um escândalo de corrupção no FBI. – Justice inclinou a cabeça. – Nós
todos podemos caminhar para longe disso com uma boa impressão. Tenho certeza que
eles estão aguardando para permanecer em silêncio ou concordar com nossa versão dos
eventos.
— Posso cuidar disso. – Trey se ergueu. – Quer que eu lide com isso?
— Vá ver nossa equipe de relações públicas primeiro. Nós pagamos muito dinheiro
então os coloque para trabalhar, eles estão concentrados na sala de conferencia no
prédio de escritórios. Eles vão te ajudar a lidar com a imprensa e vou fazer uma nota
com isso em algumas horas. Vou deixar Tim saber que estou te colocando no comando
de lidar com esse tipo de coisa da força-tarefa. Isso vai parecer mais formalmente
oficial ter um membro da equipe integrado à imprensa.
— O que você acha que está acontecendo na cabeça do seu irmão sobre Katrina? –
Justice virou para Fury.
— Inferno se eu sei. – Fury deu de ombros. – Darkness resiste a laços emocionais, mas
parece realmente mexido porque ela quase morreu. Ele agora vai perceber o que ela
significa ou apenas crescer mais teimoso para mantê-la a distância de um braço. Eu não
faço ideia de que caminho vai seguir, estou apenas feliz que ela não morreu.
— Ele deixou Homeland para ir para o mundo dos humanos. Isso é grande. – Ellie
olhou para eles dois. – Ele tinha que se importar com ela. Ele se recusou a ir atrás da
Presente que ele trabalhou tão duro para encontrar.
— Eu sei, temos que esperar e ver como isso vai ser. – Fury colocou Ellie mais perto.
— Espero que, seja lá que o futuro dele reserve, não mais explosões estejam
envolvidas. Quase estou com medo de pensar nas consequências se ele a fizer sua
companheira. – Justice sorriu.
— Merdas parecem explodir quando Kat está perto. – Fury murmurou. – Essa é uma
perigosa ou azarada fêmea.
Uma porta se abriu do outro lado da sala e Sunshine pisou para fora, ela olhou ao redor
e então para Fury.
— É seguro?
— Trey não vai voltar e nossa área está cercada pelo pessoal para mantê-los onde eles
estão.
— Eu desenhei isso para vocês. – Salvation correu para fora da sala procurando os pais,
segurando um papel.
— Venha mostrar para a mamãe! – Ellie deslizou para longe de Fury e abriu os braços.
O garoto a abraçou e sorriu, segurando um desenho que tinha feito com lápis de cor.
— Obrigado por cuidar dele. – Fury colocou o filho no colo. – Nós dois queremos estar
aqui pelo Darkness.
— Esta tudo bem. – Sunshine se aproximou. – Amo passar tempo com ele.
— Vamos ficar aqui por mais algumas horas. – Fury olhou para o relógio. – Quero ter
certeza que Darkness não surte se as condições da fêmea mudarem. Você poderia leva-
lo para nossa casa.
— Ele quer ficar próximo de você. – Sunshine esticou a mão. – Salvation? Você ia
gostar de ver um filme comigo? Eu tenho alguns dentro do laptop.
— Qual filme? – Salvation pulou do colo de Fury e correu para Sunshine. – Eu amo
filmes.
— Qualquer filme que você quiser, essa é a coisa boa da internet. Podemos aluga-los.
Vamos voltar para o escritório até que chegue. – Ela olhou ao redor, obviamente em
alerta. – Vou me sentir melhor se estivermos lá. Há humanos...
Kat abriu os olhos, a primeira coisa que veio a tona foi um teto almofadado. Ela piscou,
tentando fazer sentido de por que estava lá ao invés do pipocado do seu quarto. A
memória apareceu rápido. Kat virou a cabeça e olhou para o monitor ao seu lado
direito, o ritmo cardíacos estava normal de acordo com os números.
Tinha pulado de uma janela com Missy e então havia dor e um barulho alto, o gás
deveria ter inflamado. Ela olhou abaixo para o braço, uma intravenosa lá e um sensor
de oxigênio anexado ao seu dedo. Com medo, ela moveu as pernas, mudando os pés na
cama de hospital. Elas estavam lá e intactas. O outro braço doía e ela virou para olhar
para a atadura de gaze ao redor do antebraço.
Estou viva. Missy? Oh Deus! O pânico entrou e ela tentou se sentar. Foi mais fácil do
que ela pensou que seria e menos doloroso. Isso não é um hospital. Ela reconheceu o
layout. É o Centro Médico deles. Estou em Homeland? Ela estava sozinha no quarto
com a porta parcialmente aberta para um corredor silencioso.
Algo escuro se moveu na ponta da cama, foi apenas um flash do que pareceu ser
cabelos negros e então ela arfou, quase caindo quando um garoto colocou a cabeça para
cima. Olhos escuros com incomuns, longos e finos cílios olhavam para ela. Ele se
ergueu um pouco, os dedos agarrando os trilhos. Kat tomou a forma do nariz dele. Ele
piscou, a expressão curiosa.
Ele parece com Darkness, exceto pela forma dos olhos. Talvez fosse apenas a cor e o
tom de pele, mas Kat viu uma semelhança. Ele se ergueu mais alto, revelando a boca.
Ela estava fechada, mas a inclinação para baixo era uma carranca. Ele não falou,
apenas continuou a assisti-la.
— Qual é o seu nome? – Ela sorriu, esperando que ele não fosse embora.
— Quem é você?
— Eu sou Kat.
Ele tinha uma voz grossa para uma criança, mas estava claro que era Nova Espécie. Kat
jurava que ele tinha cinco anos de idade, pelo que pôde ver dele.
Ele se abaixou e desapareceu. Kat continuou lá, sabendo que ele não tinha deixado o
quarto. Ela o teria visto indo com a visão clara da porta. Algo colidiu com a cama à
esquerda e ele se endireitou, olhou para ela a poucos centímetros de distância, olhando
para o monitor e então para o rosto de Kat.
— Você está machucada?
Kat ajeitou o corpo, um lençol cobria a maior parte e ela vestia uma camisola.
— Você está no Centro Médico. – Ele se aproximou e tocou o clipe de plástico no dedo
dela. – Isso dói? Está te beliscando.
Ele puxou e a máquina apitou. Ele rosnou, jogando o clipe no chão, mas então olhou de
volta para ela. Os olhos dele estavam grandes, quase amedrontados.
— Está tudo bem. – Kat resistiu a rir. – Os monitores fazem barulhos estranhos. Você
não me machucou e não posso te machucar. Você não me disse seu nome.
— Salvation.
— É um nome legal. – Kat olhou para a porta, imaginando onde todos estavam por que
o garoto estava em seu quarto. Ela não podia ver Novas Espécies permitindo que
crianças corressem livremente pelo Centro Médico, isso não seria seguro com todas as
drogas e equipamentos que ele poderia pegar. – Onde estão sua mamãe e o papai?
Kat estava tentada e empurrar o botão de assistência na cama hospitalar, ela apostava
que os pais dele não ficariam felizes se descobrissem que ele tinha escapado da babá.
No entanto, ela não queria coloca-lo em problemas.
— Você deveria voltar para ela. Ela vai acordar e ficar preocupada se você não estiver
lá.
— Ela ronca.
O garoto pulou, girando para olhar para a voz rosnada. Kat lançou a Darkness um olhar
de advertência.
— Não o assuste.
— Ele deveria ficar assustado. Ele sabe melhor que fugir de alguém o olhando. –
Darkness entrou no quarto, focado no garoto. Ele apontou para o corredor. – Corra para
seu pai, ele está à esquerda.
Salvation correu, se movendo rápido para um garoto pequeno. Ele estava fora da porta
em um flash, Kat olhou para Darkness.
— Isso que quis dizer. Você não deveria ter usado aquele tom.
— Ele não deveria estar aqui, estávamos procurando por ele. Sunshine acordou para
descobrir que ele tinha saído. Todo mundo se mexeu para procurar no prédio.
— Ele é apenas uma criança pequena, não pode ter mais que cinco anos. Que criança
não explora ao redor?
— Três? – Ela estava surpresa. – Ele é apenas um bebê então. – Um enorme. – Você o
assustou pra valer.
— Nossas crianças não são indivíduos desajeitados e indefesos nos primeiros anos de
vida. Ele engatinhou aos três meses, começou a correr quando tinha seis meses e falou
sentenças completas antes do primeiro aniversário. Ele estava lendo e fazendo o que a
maioria das suas crianças fazendo na escola no segundo aniversário. Você talvez o veja
como um bebê, mas ele não é humano. Ele sabe que não há desculpas para ele deixar o
cuidado de Sunshine e entende porque tem que seguir regras. Elas estão lá para a
proteção dele. – Darkness caminhou para o fim da cama.
— Eu não vou discutir com você. – Kat puxou uma respiração calma. – Onde está
Missy? Ela está bem?
— Eu me sinto bem. Um pouco dolorida, mas... – Ela olhou abaixo para o corpo.
Outro rosnado partiu de Darkness e ele se lançou, ficando no rosto dela quando
caminhou para o outro lado da cama e se curvou.
— Demos a você drogas para te curar. Você estava sangrando quando te encontrei.
Imóvel. Quase morta.
— Você arriscou sua vida por outra, eu não quero seu agradecimento. Missy disse que
você ligou o gás e usou isso para explodir sua casa. Ela também disse que você usou
seu corpo para cobrir o dela dos vidros e dos destroços caindo. Nunca mais faça isso
novamente.
— Ela é minha melhor amiga. – Kat tentou descobrir a razão da raiva dele. – Você teria
feito o mesmo. Mason ordenou que eu a matasse e essa foi a única coisa que eu pude
pensar em fazer, ele tinha a arma.
— A casa?
— Destruida.
— Morto.
— Bom.
— A explosão o levou?
— Sim, ele foi encontrado nas cinzas depois que os bombeiros foram capazes de
apagar o fogo.
— Quero dizer sobre Butch e Gus, são o cachorro e o gato dela. Não pude salvá-los.
Mason iria atirar nela se eu me recusasse a provar que estava comprometida a ser a
parceira dele. Ele não iria me deixar perto o suficiente para desarmá-lo ou até mesmo
atacar, então ela poderia ter corrido.
— Eles sobreviveram. Missy disse a um dos nossos machos que eles continuavam
dentro da casa e o bastardo maluco foi atrás deles. Book tem sorte que não foi morto.
Os fundos da casa tinha ido e a frente ia entrar em colapso e estava em chamas. Ele os
encontrou debaixo do colchão que os prendeu contra a parede próxima à janela que ele
pulou para pegá-los. Isso provavelmente os protegeu da maior parte da fumaça.
— Por favor, agradeça a ele por mim. Acho que ela não me perdoaria nunca se eles
tivessem morrido.
— Ela te deve a vida. – Darkness rosnou. – Como você está se sentindo? – Ele parecia
procurar os olhos dela, procurando por algo.
— Um pouco grogue e dolorida. – Kat olhou para o braço. – Quão ruim está abaixo da
gaze?
— Você vai ficar bem. Eles estavam preocupados sobre danos à sua cabeça.
— Está pálida, também tem todo seu cabelo. Eles não tiveram que operar, mas você
sofreu um sangramento na cabeça, havia inchaço.
— Havia?
Kat empurrou o lençol e ergueu a camisola, ela encontrou mais gaze no lado direito.
Darkness agarrou a camisola e puxou para baixo.
— Eu vou te ajudar. Os médicos disseram que você pode ficar de pé e usar o banheiro
com assistência. Você poderia sofrer tonturas e fraqueza por um dia ou dois. Há um
espelho no banheiro.
Kat permitiu que Darkness a ajudasse a sair da cama e entrar no banheiro, ele a ajudou
a remover a camisola e ela olhou para o espelho. Gaz cobria seu braço e dois lugares
nos quadris e perna, as costelas pareciam descoloridas sob um seio. Ela virou, olhando
acima do ombro.
Darkness gentilmente removeu a gaze do braço dela. Kat o olhou, não surpresa em
quão gentis aquelas grandes mãos poderiam ser. Ele jogou a bandagem no lixo e Kat
olhou para a pele avermelhada, marcas fracas revelaram que pontos estiveram lá. Kat
vacilou nos pés.
— Vocês deveriam compartilhá-la com o mundo. Sabe que milagre é que elas curam
tão rápido?
— Levou três médicos toda a noite para ter certeza que não te sedaram até a morte para
evitar que seu ritmo cardíaco e a pressão sanguínea te matassem enquanto estava com
as drogas. É uma sorte que você fez isso, Kat. Você talvez se sinta como se estivesse
bem, mas seu corpo provavelmente nunca sofreu tanto estresse.
— Você ia morrer de outra forma. – Ele hesitou. – Era sua única chance.
— É o trabalho deles.
O assunto estava fechado, Darkness não parecia estar esperando ou ser capaz de aceitar
sua gratidão. Kat mudou o tópico para um mais seguro.
— Para onde nós supostamente deveríamos manda-la? A casa de vocês foi destruída. –
Darkness pegou uma camisola limpa e ajudou-a a colocar pela cabeça e então puxou
para baixo até que estava decentemente coberta.
— Obrigado, Darkness.
— Graças a Deus eu não estava usando sapatos cor de rubi, Missy diz que eu pareço
uma bruxa algumas vezes.
— Descanse. – Darkness arquejou, se afastando. Ele não gritou daquela vez, mas ainda
parecia enfurecido. – E não mencione o garoto para ninguém, você não deveria tê-lo
visto.
— Eu assinei o acordo de confidencialidade. Ele é lindo. Ele não vai estar com
problemas, vai? Juro que não direi a ninguém sobre ele.
— É melhor ele não ter ido ao quarto de Missy, preciso checar isso. Isso faria um risco
à segurança dela.
— Ela ia preferir morrer a pôr a vida de uma criança em perigo, eu a conheço tão bem
como a mim mesma. Ela é minha melhor amiga. Não a ameaçe, Darkness. Apenas
explique a situação ou eu farei se Salvation tiver feito uma visita a ela. Missy vai
manter segredo.
— Fique na cama e permita que a seu corpo mais tempo para se curar.
— Merda. – Tinha quase morrido, Darkness tinha salvado a vida dela. Todos os fatos
estavam se assentando. Ele também tinha tentado brigar com ela.
Tanto para uma separação limpa. Ela tinha voltado para Homeland. Se acreditasse em
sinais, esse seria um de neon. Ela e Darkness não estavam acabados. Não por um longo
tiro. Eu não sinto por isso, apenas acho que ele sim.
— É por isso que você não pode perambular por ai, Salvation. Aquela humana sabia
sobre nossas crianças, mas e se ela não soubesse? Você é muito novo para entender,
mas nós temos inimigos. Você precisa confiar em mim, eu sou seu pai.
— Você precisa apenas ser mais cuidadoso. – Fury mexeu nos cabelos dele e o colocou
nos braços.
— Ele visitou Missy também? – Darkness parou a poucos passos dele.
— Não, apenas Kat. – Fury olhou para cima e sacudiu a cabeça. – Como ela lidou com
isso?
— Então siga as ordens e não vá contra as regras do seu pai. – Darkness se curvou. –
Os adultos conhecem limites.
— Eu não sou um adulto, sou um jovem macho. – Sal descansou pesadamente contra o
pai, um pouco de medo brilhando nos olhos.
— Isso vai ser um problema? – Fury abraçou o garoto no peito e se ergueu para ficar de
pé com o filho nos braços.
— Kat não vai dizer nada sobre Sal. Ela entende por crianças Espécie precisam
permanecer em segredo.
— Isso é o esperado. Trisha e Alli foram para casa com os companheiros. Treadmont
queria ser informado quando ela acordasse.
— Por quê?
— Ela está um pouco... – Darkness procurou por uma palavra apropriada. – Branda,
mas acho que é por causa do sedativo.
— Ela está bem, apenas não tão focada quanto o normal. Não há dificuldade na fala,
perda de mobilidade nos pés e a memória está intacta. Essas foram as coisas que eles
disseram para procurar. Diga a ele para evitar o quarto dela.
— Por que você não quer que Treadmont a veja? Ele é um bom médico.
— Preciso ir.
— O que é mais importante que ficar com sua fêmea enquanto ela está no Centro
Médico? – Fury sorriu.
— Com o quê?
— Ser divertido.
— Ela é sua, admita isso. Você geralmente nega isso quando digo.
— Não estou brincando de palavras com você. – Darkness estava irritado. – Kat e
Missy não tem um lar, eu não quero que ela trabalhe mais para o FBI. Isso significa que
elas vão precisar de uma casa. Kat vai trabalhar para a ONE, eu tenho arranjos para
fazer.
— Não me faça xingar na frente do seu filho. – Ele lançou um olhar para Salvation e
depois para Fury. – Fique fora dos meus assuntos.
— Mas Sal pode ter acesso livre a Kat? – Fury teve o nervo de gargalhar novamente.
Darkness rosnou e saiu do Centro Médico, Fury estava sendo insuportável de propósito.
Haviam detalhes que ele precisava cuidar antes de Kat e Missy serem liberadas.
Darkness correu para a Segurança, esperando que um pouco de exercício iria liberar um
pouco de sua raiva.
Ele entrou e escaneou o cômodo, notando todos que estavam no dever. Precisava pedir
um favor e Buebird parecia ser a mais legal para fazer isso. Ela tinha dito que queria ser
de alguma ajuda. Darkness se aproximou dela. Ela virou a cadeira, seu sorriso
instantâneo.
— Olá, Darkness.
Bluebird se recuperou e virou o rosto para a tela, as pontas dos dedos flutuaram pelo
teclado enquanto ela procurava a informação que ele queria.
— Elas são geralmente para casais acasalados. – Ela pausou, virando a cabeça. – Você
pegou uma?
— Não.
— É apenas curiosidade ou você quer marca-la como sendo usada? – Ela deu a ele a
informação.
Darkness se debateu em dar a Bluebird uma resposta, percebendo que ela merecia uma.
— Quero mais privacidade, alguns eventos recentes me deixaram irritado com alguns
machos.
— Você sabe que qualquer um teria te atribuído uma casa se você apenas pedisse. Por
que vir para mim como se não quisesse que ninguém soubesse?
— Não posso fazer nada sem todo mundo querer discutir isso. – Darkness cerrou os
dentes, mas se acalmou.
— Estou cansado disso. Isso vai me permitir ir e vir como eu quero, sem isso ser
comentado.
— Entendido.
— Eles continuam permitindo que fêmeas humanas amigas das Espécies fiquem no
dormitório das mulheres do jeito que Ellie ficou?
— Não precisamos de uma nova mãe da casa, mas sim, ficaria tudo bem para Katrina
ficar lá se você quiser. Nós somos amigáveis com as fêmeas humanas.
— Obrigado. – Darkness fez uma careta. – Vou ver quando Treadmont vai liberar a
paciente dele.
Darkness deixou a Segurança, a mente trabalhando. Não tinha muito tempo e haviam
muitas coisas para fazer. Ele chamou Book pelo telefone, o macho atendeu ao primeiro
toque.
— Tenha-os prontos para ser movidos. Missy deve ser liberada do Centro Médico em
breve, ela vai querer que os animais vão com ela.
— Okay. – Book hesitou. – Ela não tem um lar para onde retornar.
— O que você quer dizer com Missy foi embora? – Kat avaliou astutamente o doutor
Treadmont. Ele tinha uma personalidade rude, foi desagradavelmente direto e não tinha
bons modos a sua cabeceira.
— Você precisa responder às minhas perguntas antes que eu responda as suas. – Ele
tentou empurrar a luz nos olhos dela novamente.
— Eu não sei, ele não me respondeu. Aquele é um Espécie rude. Eu o lembrei que eu
não a tinha liberado oficialmente, mas ele me disse que iria me colocar em uma das
camas se ele não saísse do caminho dele. Ele nem mesmo esperou por uma cadeira de
rodas e rosnou algo sobre como as pernas dela não estarem quebradas e que ela apenas
poderia caminhar bem pelas próprias pernas. Agora, se comporte antes que eu chame
um enfermeiro para te segurar deitada.
— Estou começando a ver porque Darkness rosnou para você. Estou bem.
— Você está irritada. Isso é uma indicação que você pode ter problemas neurológicos.
— Meu único problema é que você continua me aborrecendo. Acha que Darkness é
rude? Eu quero apenas saber onde minha melhor amiga está.
— Merda. – Kat empurrou os cobertores do colo e alcançou a barra lateral para soltá-la.
– Mova-se.
— Tenho que encontrar Missy, ela vai surtar. – Meu kit de emergência está na mala, eu
tenho roupas o suficiente para nós duas. Vamos precisar de um quarto de hotel e
descobrir o próximo movimento.
Kat deixou a barra cair e saiu da cama, o médico tentou pará-la, mas ela o empurrou
para trás. Ela se sentia mais forte enquanto se erguia. Sem tonturas.
— Preciso de algo para vestir, não vou sair pelos seus portões com minha bunda
exposta. – Vou ter uma conversa doce com o taxista para nos levar para casa. Posso
pagá-lo depois que recuperar minha mala. Tenho certeza que ele fará isso se eu
prometer a ele uma gorjeta de cinquenta dólares.
— Faça isso. Talvez ele ou ela vai me encontrar alguns roupas ou alguma outra coisa
para vestir.
O doutor Treadmont deixou escapar um xingamento e saiu pela porta, Kat fez isso no
banheiro e olhou para seu reflexo. Continuava incomumente pálida, mas jogar água no
rosto ajudou. Ela encontrou uma escova de dentes no gabinete, não usada, escovou os
dentes e usou os dedos para pentear os cabelos. Vozes no outro quarto a asseguraram
que o doutor tinha cumprido a ameaça. Ela caminhou para fora, preparada para uma
batalha verbal.
Darkness e doutor Treadmont se encaravam. Field, o Nova Espécie com quem ela tinha
falado antes, pairava perto da porta. Kat pausou, olhando a cena.
— Ela não está saindo dos meus cuidados. – Treadmont atirou de volta. – Field? Faça-o
sair desse quarto.
— Sem chance. – Os olhos de Field se arregalaram e ele deu um passo para o corredor.
— Hey. – Kat interrompeu. – Darkness, onde está Missy? Você não a deixou apenas
fora dos portões, não é?
— Não, ela está segura. – Ele se virou para olhar para ela.
— Obrigado. – Kat descansou contra a porta. – Eu estava imaginando ela lá fora com
aqueles protestantes.
— O doutor Treadmont implicou que você talvez colocasse. Você saiu, eu tirei uma
soneca e acordei com ele tentando brincar das vinte questões. Eu não estou no meu
melhor humor. Então eu queria ver Missy e ele disse que você a tinha levado embora.
Você não estava exatamente alegre com o que fiz para protegê-la de Mason. – A
suspeita bateu. – Ela não está trancada ou algo assim, certo?
— Não, ela está com os animais de estimação. – Darkness rosnou. – Algumas fêmeas
Espécies estão com ela.
— Gostaria de ser levada até ela. – Kat deixou sair um suspiro de alívio e olhou para
Field. – Pode me encontrar algo para vestir? Roupa cirúrgicas, qualquer coisa. Apenas
algo que não estava aberto ao longo das costas.
Ele assentiu e saiu pela porta. Doutor Treadmont ergueu os braços e virou, o seguindo
para fora do quarto.
— Ninguém me ouve. Eu sou apenas a porcaria do doutor que ficou acordado a noite
inteira e a maior parte do dia para olhar para minha paciente.
— Obrigado! – Kat gritou atrás dele. Ela abaixou a voz, olhando para Darkness. – Ele é
meio agressivo.
— Ele é bom no que faz.
Darkness piscou, mas não disse nada. Kat passou ao redor dele, caminhou para a porta
e olhou para o corredor. Field carregava um pequeno conjunto de roupas, ele pausou na
frente dela.
— Espero que isto sirva. Fui para a área médica onde Trisha e Alli mantém algumas
leggings e camisetas, vocês todas são do mesmo tamanho. As calças talvez fiquem um
pouco pequenas em você desde que é mais alta que elas.
— Esse é o seu plano? Ficar em um hotel? – Ele correu os dedos para puxar as
cordinhas.
— Sim, eu tenho economias. Amanhã vamos procurar por um aluguel, o depósito para
os animais vai ser caro, mas posso lidar com isso. Missy vai precisar de um
computador também, ela fica um pouco louca se não puder escrever por alguns dias.
Sei que ela tem backups online de todo o trabalho, é uma preocupação a menos. Ela
pode fazer isso em qualquer lugar contanto que tenha internet e eletricidade. Tenho
cartões de crédito e débito extras escondido em minha mala, vamos ficar bem. Apenas
espero que meu seguro cubra o que aconteceu na casa, o que eu duvido desde que eu a
explodi, mas os relatórios da policia vão ajudar. Isso foi feito sob coação.
Kat arrancou a camisola e colocou a camiseta, a legging foi difícil de colocar em cima
das bandagens, mas ela lidou com isso. Kat olhou para baixo.
— Suponho que você não poderia encontrar pra mim um sutiã no meu tamanho? Sinto-
me um pouco estranha sem um. Sapatos também seria legal. – Ela virou para olhar
Darkness.
— A polícia não contou a verdade.
— Eles vão pensar que explodi a casa para fraudar a companhia. Haverá uma
investigação sobre o que causou a explosão.
— A ONE vai cobrir isso? – Aquilo a surpreendeu. – Eles podem fazer isso?
— Você pode dizer ao nosso departamento legal suas considerações e eles vão te ajudar
a lidar com o mundo lá fora e as coisas em relação à casa. Não se preocupe com isso
agora.
— Você entende que eu seria presa se preencher uma declaração falsa? Se eles
provarem que liguei o gás e coloquei fogo nas cortinas? É um crime destruir a própria
casa e então cobrar o seguro para cobrir o que você ainda deve de hipoteca. Não quero
ir para a prisão, a imprensa pode chutar minha bunda. Eu vou contar a verdade a eles. –
Kat olhou para ele.
— Você fala demais. – Darkness deu de ombros e se curvou, pegando-a nos braços.
— Me coloca no chão.
Ele a ignorou, carregando-a pela porta, e a mudou nos braços para girar a maçaneta. Ele
usou o pé para empurrar isso aberta e caminhou pelo corredor, Kat passou os braços ao
redor do pescoço dele.
— Tudo bem. Apenas não comece a latir pra mim sobre colocar minha bunda na reta
por minha melhor amiga.
— Obrigado.
— Desculpe. É isso que as pessoas dizem quando outras pessoas fazem algo legal para
elas. Isso é chamado ser educado, você deveria tentar isso algumas vezes. Onde
estamos indo, se não é encontrar Missy?
Darkness ligou o motor e os colocou em marcha, Kat agarrou o assento com as duas
mãos, imaginando o que ele estava fazendo. Ela percebeu que ele não estava indo em
direção aos portões da frente.
— Não quero ninguém nos incomodando, temos algumas coisas para discutir.
Eles passaram pelo dormitório masculino. Kat virou a cabeça, pestanejando para ele.
— Me mudei.
— Para onde?
— Ótimo. – Isso não soou bom. Kat sabia que Darkness estava furioso que ela tinha
arriscado a vida e ele tinha arrumado um monte de problemas para salvá-la. Ela estava
grata por tudo que ele tinha feito. Ele estava provavelmente tendo uma pequena birra.
Uma pequena guarita apareceu à esquerda, com portões nos dois lados da estrada que
ele virou. Darkness diminuiu e o Nova Espécie caminhou para fora do prédio, o oficial
olhou para dentro enquanto acenava para eles seguirem. Os portões se abriram para
permitir que eles entrassem na área de Homeland que ela não tinha visto ainda.
— O que é isso?
— A área em que Espécies vivem. É similar à habitação dos humanos, mas os chalés
são maiores.
Kat enfiou as unhas no assento, Darkness estava realmente irritando-a. ele dirigiu para
uma rua abaixo com casa muito bonitas, virou à direita e então à esquerda. Ele parou na
rua com uma bonita e marrom casa solitária, desligou o motor e estacionou na área em
frente à casa.
— Não se mova.
— Okay.
Darkness saiu e caminhou pelo caminho até a porta da frente. Kat não tinha ideia do
porque ele a estava fazendo esperar ali, a menos que ele tivesse que visitar alguém
primeiro. Darkness retornou um minuto depois e se aproximou dela, ele apenas foi para
frente, retirou rapidamente seu cinto de segurança e a ergueu do assento. Ela abraçou os
ombros dele enquanto ele a carregava pelo caminho.
A porta da frente permanecia aberta e Darkness entrou na casa e então usou o pé para
bater a porta. Ele parou. Kat olhou ao redor. Era um espaço aberto, mostrando uma sala
de estar, de jantar e um bar que os separava da cozinha.
— Lugar legal.
— Obrigado. – Ele caminhou através da sala para seguir por um longo corredor.
— Meu quarto.
Eles passaram por uma porta aberta à direita, provavelmente o quarto de hóspedes. A
porta além deles parecia um banheiro pelo olhar rápido que ela pegou. Darkness pausou
no fim do corredor e virou, tendo certeza que ela não iria bater no batente da porta
enquanto ele os levou para a suíte máster da casa.
— Isso é maior que seu apartamento.
— É de dois quartos e dois banheiros. Não é tão grande quanto as casas na área que os
Espécies vivem, mas foi a que escolhi. – Darkness se aproximou da cama e se curvou,
deixando-a no topo da cama. Ele a deixou ir e se endireitou, se afastando alguns passos.
— Okay, você me trouxe ate aqui, deixe-me ter isso. Vá em frente e grite comigo, diga-
me o que fiz para te chatear. Estou pronta.
— Você não tem permissão para arriscar sua vida por mais ninguém, você ficou muito
próxima da morte. Isso é inaceitável.
— Nós já tivemos essa briga. – Kat estava surpresa pelo tom racional dele. – Missy é
minha melhor amiga e Mason não me deu muita escolha. Onde ela está?
— A ONE concorda com isso? – Essa não era a resposta que ela tinha esperado.
— Eu disse que você iria trabalhar para a ONE, fiz algumas perguntas e você não
precisa mais trabalhar para o FBI, dê seu aviso. Você e Missy são um pacote, você se
preocupa com ela. Isso significa que nos importamos com ela também.
Elas não iriam ficar sem casa, seria uma coisa apertada compartilhar um apartamento
de um quarto com Missy, mas elas já tinham feito isso depois do ensino médio. Missy
iria provavelmente pegar a sala como seu escritório. Isso não interromperia o tempo de
sono de Kat. Isso também significava que ela poderia dar um beijo de adeus na
investigação sobre Mason e todo o estresse que vinha com seu trabalho. A polícia não
poderia tocar nela se eles a declarassem como culpada. Isso era quase bom demais para
ser verdade.
— Eu não sei como te agradecer o suficiente. – Darkness tinha feito tudo isso possível.
— Tudo bem. Foda-se, assim está melhor? – Isso puxou um pouco do temperamento
ruim dela.
— Hm-hm, eu não estou fazendo isso novamente. – Ela colocou as palmas no peito
dele. – Fizemos uma separação limpa, lembra?
— As coisas mudaram.
— Mas você não. Nós não queremos as mesmas coisas. Você deixou claro que não
pode haver nada mais além de sexo com você, é mais que isso para mim.
— Eu vou te beijar, Kat. – Darkness colocou as mãos na cama, próximo aos quadris
dela e se aproximou.
Kat olhou para os lábios de Darkness. Eles se separaram e ele correu a língua sobre eles
antes de ficar mais próximo. Kat foi para trás, imaginando se isso era uma vingança por
tê-lo irritado. Darkness tinha tido um monte de problemas por causa dela, primeiro
salvando a vida dela e então conseguindo um trabalho e uma casa com a ONE.
— Não.
— Eu não compreendo.
— Sim, você compreende. Foi difícil o suficiente caminhar para longe uma vez.
Darkness ergueu uma mão e alcançou atrás dele, puxando algo do bolso traseiro. Metal
clicou e ele mostrou a ela um par de algemas, Kat olhou para elas e então olhou nos
olhos dele.
— Não.
— Não vou permitir que você me prenda a sua cabeceira e faça essa dança novamente.
— Eu vou permitir que você me toque do jeito que quiser, eu as removi para fazer um
ponto. Não vou te restringir mais. – Darknes a jogou através do quarto.
— Você é um grande bastardo. O que eu fiz para merecer isso?
— Você ficou sob minha pele. – Darkness se ergueu, o movimento a fez cair de costas
com as mãos ainda no peito dele, apenas alguns centímetros entre seus corpos.
Darkness subiu sobre ela, prendendo-a embaixo dele. – Você quase morreu, quando
ergui aquele telhado de cima de você eu não pude detectar sua respiração de primeira.
Pensei que tinha te perdido para sempre.
— Perdi o controle da última vez que você me tocou? – Darkness teve o nervo de rir.
— O que te faz pensar que isso não vai acontecer novamente? Você é tão presunçoso.
— Eu estava muito focado em quão boas suas mãos eram para lembrar de usar uma
camisinha, eu poderia ter te engravidado acidentalmente.
— Sim, esses foram os cinco dias de espera que nunca vou esquecer.
Darkness ergueu uma perna e gentilmente afastou as dela. Kat as fechou juntas,
sacudindo a cabeça.
— Não.
— Eu não sou.
— Certo. Temos sexo e então o quê? Vai me dizer para ir embora novamente? Aquele
trabalho que ofereceu e viver no apartamento eram apenas besteira?
— Essa é nossa casa. – Darkness disse enquanto separava as pernas dela novamente. –
Nosso quarto. Nossa cama. – Ele girou subitamente, levando-a com ele. – E não haverá
mais arrependimentos.
Kat terminou em cima dele, ela separou as pernas e se segurou no colo dele,
empurrando contra o peito dele até que se sentasse no topo dele.
— Pareço estar brincando? – Darkness rosnou, seu humor batendo no dela. – Consegui
uma casa para nós. Não deveríamos ter que viver no dormitório masculino onde outros
machos podem ouvir qualquer coisa através das paredes.
— Você não tem relacionamentos. Você não deixa ninguém ficar muito próximo de
você. O que mudou? Eu quase morri? É isso que está dizendo?
— Sim.
— E sobre amanhã ou na próxima semana quando você se ligar ao fato de que estou
muito próxima? Você vai me empurrar novamente e erguer as paredes? Não, obrigada.
— Tentei resistir às emoções que você trouxe, eu lamentei isso quando você deixou
Homeland.
— Qual vez?
— As duas.
— O que você quer de mim, Kat? Eu consegui uma casa para nós e prometo que não
vou te restringir mais durante o sexo. Estou me oferecendo para compartilhar uma vida
com você.
— Você quer uma lista?
— Sim.
— Esta é apenas porque você quer sexo, isso motiva qualquer cara a ser tagarela se ele
pensa que vai entrar nas calcinhas de uma mulher.
— Quer uma prova de que vou fazer tudo para ser o tipo de macho companheiro de
uma fêmea?
— Companheiros? – Ela não podia acreditar que ele tinha usado aquela palavra.
— Eu quero você.
— Para sexo.
— Trabalhe comigo dessa vez, Kat. – O tom dele se suavizou. – Estou tentando.
— Eu não quero meu coração quebrado. – Lágrimas encheram os olhos dela e ela
piscou-as de volta.
Darkness estava frustrado. Tinha esperado que Kat permitisse que ele a beijasse e
apenas concordasse em se mudar com ele. Ao invés disso, ela estava sentada em seu
colo e ele se sentia como se estivesse prendendo-a no lugar. Kat talvez colocasse
espaço entre eles se ele permitisse isso, ele não iria.
Kat queria que ele falasse com ela. Não era fácil expressar seus sentimentos. Perde-la
não era uma opção.
— Claro.
— Isso está apenas ficando mais e mais melhor. Me desculpe se isso te traumatizou.
Darkness rolou, prendendo-a sob ele novamente. Dessa vez ela não poderia fechar as
pernas – os quadris dele as prenderam abertas. Darkness foi cuidadoso em colocar a
maior parte do peso fora dela e estava consciente das ataduras dela. Não queria feri-la
de forma alguma.
— Era sobre a fêmea que me traiu. Eu confiei em Galina. Ela tentou enfiar uma lâmina
em meu coração depois que percebi que ela a razão por meus irmãos terem morrido. No
sonho você se tornou ela e ela realmente me matou. Eu deixei minha guarda baixa por
você e morri em meu sonho por causa disso.
— Isso me motivou a te manter à distância. Pensei que podia ignorar as emoções que
você agitou em mim e que elas iriam desaparecer se você não fosse uma parte da minha
vida. Elas não desapareceram. Você disse que isso iria acontecer e estava certa.
Distância não fez eu te querer menos, apenas me fez me sentir miserável quando você
foi embora.
— Você quase morreu e tudo o que eu podia pensar era quão arrependido estava por te
mandar para longe. Eu não teria a chance de te ter em minha vida novamente. –
Darkness engoliu com força contra o nó na garganta. – Do que você chama isso? Isso
foi um soco potente.
— Droga. – Kat mudou as mãos para os ombros de Darkness, curvando-as lá. – Beije-
me.
— Estou nisso se você estiver. Eu tinha que te sacudir, mas realmente quero te beijar.
Você tem a melhor boca, eu já te disse isso?
— Eu vou me arriscar. – Kat sorriu. – Vou arriscar tudo quando isso vem de você.
— Eu também.
Darkness abaixou o rosto, focando toda a atenção na boca de Kat. Ele podia lembrar o
básico, tinha sido ensinado como beijar, mas tinha sido há um tempo realmente longo.
Era importante que fizesse isso bem para Kat.
Isso voltou para ele quando ela gemeu, encontrando a paixão dele. Darkness rolou,
tendo certeza que eles não quebravam a conexão intima. Ele rasgou a camiseta dela,
cuidadosamente não pegando a pele dela com os dedos, o material rasgou e Kat se
mexeu, ajudando-o a remover isso do corpo. Ela se arrastou, tentando destruir a camisa
dele.
Eles rolaram novamente uma vez que Kat estava nua da cintura para cima. Darkness a
ajudou usando as unhas para rasgar a própria camisa, Kat enfiou os dedos dentro dos
buracos, mais forte do que ela parecia quando os rasgou. As mãos dela correram pela
pele de Darkness, explorando quase freneticamente cada pedaço. Ele agarrou a cintura
da legging, puxando-a para baixo, acertou uma atadura e congelou, com medo de tê-la
machucado.
Kat o deixou ir e se ajeitou, puxando a calça para baixo ela mesma. Darkness o rolou
novamente, quase caindo da cama. Ele rosnou, quebrando o beijo, e se ergueu.
— Só se você ficar por baixo, queimadura de tapete é uma puta. – Kat ergueu os
quadris, puxou a calça para baixo e chutou-as para longe.
Darkness permitiu a si mesmo admirar a beleza do corpo lindo de Kat, ele removeu o
que restava da sua camisa, arrancou as botas e as calças. As ataduras de Kat apenas
serviram como uma lembrança de quão perto ele chegou de nunca mais tocá-la
novamente.
Kat não piscou ou pareceu alarmada. Ela abriu os braços e os passou ao redor dele
quando ficou em cima dela, as unhas correndo nas costas dele. Kat separou bem as
pernas para aceitar os quadris dele. Darkness ansiava para pegá-la, estar dentro de Kat e
conhecer o calor dela. O cheiro do desejo dela era forte o suficiente para saber que ela
estava tão pronta para ser preenchida quanto ele estava para preenchê-la. Ele queria
beijá-la novamente e foi para a boca dela. Kat virou a cabeça no último segundo,
evitando que ele fizesse contato.
— Pare!
— O quê?
Kat ajustou o aperto nele e empurrou contra o peito dele. Darkness se ergueu um pouco
e ela virou a cabeça para olhar para ele.
— Camisinha. Não vou ter você destruindo as paredes do nosso novo quarto ou
bagunçando suas mãos. Você pode ter esquecido, mas eu não. Diga-me que você tem
alguma.
— Pegue-as.
— Eu vou me arriscar. Você pensou que Salvation era lindo, não pensou?
— Ele é adorável, mas o que você está fazendo? – Kat parecia surpresa e animada ao
mesmo tempo.
— Provando que estou sério sobre você e fazendo nosso relacionamento durar. –
Darkness mudou os quadris, indo para frente apesar das tentativas de Kat de mantê-lo
parado. A boceta dela o agarrou tanto quanto as pernas tinham feito, mas ele continuou
ajeitando para ter cada centímetro do pau dentro do corpo dela. – Estou completamente
nisso, querida. – Darkness cutucou o rosto de Kat para o lado e mordeu a garganta dela.
Kat gemeu e o acariciou. – Relaxe e aproveite isso. É o primeiro passo em acasalar.
Estou te reclamando de todas as maneiras.
Kat relaxou o aperto nele e ergueu as pernas mais alto, passando-as ao redor da bunda
dele.
— É melhor não se arrepender disso. Eu vou te matar. Lembro do que mais você
mantém na gaveta.
— Estou certo disso. – Darkness a prendeu novamente. – Eu te amo, Kat. Você não terá
uma razão para atirar em mim.
— Diga isso novamente. – Ela virou a cabeça para olhar para ele.
— Eu te amo, Kat.
— Bom.
Darkness deixou o passado ir, Kat era seu futuro. Ele começou a se mover em cima
dela, sendo gentil. Os gemidos de Kat era música para seus ouvidos, ele amava o modo
como as mãos dela deslizavam sobre a pele dele, as unhas correndo pela espinha. Os
mamilos de Kat endureceram, se esfregando contra o peito dele. Darkness se apoiou em
um braço e se ergueu apenas o suficiente para alcançar entre eles, encontrando o
clitóris de Kat e o esfregando. A boceta de Kat se fechou apertado ao redor do seu eixo
e ele cerrou os dentes, lutando com a urgência de gozar. Darkness esperou por ela. As
paredes vaginais de Kat cerraram e sacudiram o seu eixo, ordenhando-o. Ele entrou
profundamente dentro dela, rugindo enquanto esvaziava sua semente.
Darkness rolou de costas, levando Kat com ele então ela poderia deitar em cima dele.
Os dois estavam arquejando e exaustos. Ele sorriu, mantendo os olhos fechados e não
olhou para o teto. Estava focado na fêmea em seus braços. A vida era boa.
— Provavelmente, mas apenas porque não tenho certeza de que tipo de pai eu iria ser.
Darkness segurou o braço de Kat, impulsionando-a para dentro da casa. Ele olhou ao
redor da sala de estar, quadros adornavam as paredes e o cheiro de comida tentou seu
apetite. Era uma cena muito doméstica. Salvation estava sentado no meio de uma pilha
de brinquedos de plástico multicoloridos. O garoto acenou.
Fury fechou a porta e parou ao lado de Darkness, ele abaixou a voz para um sussurro.
— Ellie está na cozinha. Ela está preocupada sobre ter cozinhado demais a carne
assada, por isso está muito seca. Disse a ela que estaria boa. Você vai adorar a comida
dela.
— Ela pode cozinhar? – Darkness olhou para os olhos do macho e manteve o mesmo
tom baixo.
— Melhor do que nós podemos. – Divertimento iluminou as feições dele. – Ela ensina
as fêmeasm, está apens nervosa porque você finalmente concordou em jantar conosco.
Ela sabe que isso significa muito para mim. – Fury olhou para Kat. – Sua fêmea
cozinha?
— Você parece feliz. – Fury se sentou em uma cadeira a poucos metros de distância.
— Ele está. – Kat virou a cabeça. – Quando ele não está tentando fingir outra coisa.
Você sabe como ele pode ser.
— Eu sei. – Fury relaxou na cadeira. – Como você está se ajustando a Homeland, Kat?
— Ele tem medo que eu exploda a merda toda. – Ela piscou, olhando para Salvation. –
Desculpe. Coisas. Merda é uma palavra ruim.
— Ele já ouviu coisas piores. – Ellie caminhou para fora da cozinha. – Não se preocupe
com isso. Meu filho provavelmente poderia te ensinar algumas palavras que você
nunca ouviu antes, alguns deslizes ocasionais. É quando as pessoas começam a
combiná-la que desenhamos uma linha. – Ela apontou para Salvation. – Não dê a ela
um exemplo.
Ellie piscou para ele e se moveu atrás da cadeira de Fury. Ela se curvou, voltando com
uma sacola de presente.
— Não. – Fury colocou Ellie no colo. – Minha companheira apenas queria fazer algo
para mostrar o quão felizes nós estamos por vocês dois.
— Isso é tão doce. – Kat ficou de pé e tomou um assento no sofá ao lado de Darkness.
— Não é nada grande, mas se tornou um tipo de tradição ao redor. – Ellie foi para
frente e passou a sacola para Darkness. – Cuidado, é frágil.
— Você pega. – Darkness passou a sacola para Kat, ele estava com medo de talvez
danificar o presente se fosse frágil. Ele assistiu o rosto dela, gostando da felicidade que
ela expressava.
Kat abriu a sacola e removeu uma moldura de vidro. Darkness foi para frente,
pressionando o corpo contra o corpo menor de Kat. Ele gostava de tocar Kat e
procurava qualquer razão para isso. Não era uma foto na moldura, mas uma cópia dos
papéis assinados de companheiros deles. Kat virou o rosto e ergueu o queixo, lágrimas
brilhavam nos olhos dela.
— Olhe. – Ela o segurou como se fosse precioso. – Quão legal isso é? – Ela mudou a
atenção para Ellie e Fury. – Obrigado!
— Mantemos o nosso acima da nossa cama. – Fury olhou pontualmente para Darkness.
– Apenas cole-o na parede. Aprendemos do jeito difícil que isso pode cair se a
cabeceira bater com muita força.
— Muita informação. Eles poderiam ter descoberto isso por eles mesmo sem você
mencionar isso. – Ellie corou.
— Eu sou o irmão dele. É meu trabalho ajuda-lo a evitar cometer os mesmo erros que
eu. – Fury bufou. – Nós quebramos três antes que eu tivesse certeza que não iria cair. –
Ele assentiu para Darkness. – Use super cola. Apenas passe nas costas e cole
diretamente na parede.
— Acho que a carne assada já deve estar pronta. Prontos para comer? – Ellie pulou
para fora do colo de Fury.
— De acordo com ele, é para reiterar como os humanos são criminosos. – Kat lançou
um olhar brincalhão para Darkness e gargalhou. – A natureza humana. Parece que
muitos Espécies estão curiosos sobre nós. Vou dar algumas dicas à Segurança, mas
quero que eles sejam capazes de me perguntar tudo o que quiserem.
— Não tudo. – Darkness a relembrou. – É melhor os machos verem o que vão
perguntar.
— Ninguém vai me bater. – Kat arqueou uma sobrancelha. – Eles tem muito medo de
você. Eu não te digo como fazer seu trabalho. Idem, baby.
— Venha comigo, ele vai começar a rosnar. Ele já te avisou sobre o quão possessivo
um companheiro pode ser? – Ellie segurou a mão dela.
Darkness assistiu as mulheres entrarem na cozinha. Ele olhou para a moldura que Kat
tinha colocado na mesa, era uma prova de que ele tinha tomado cada passo com sua
fêmea. Eles eram acasalados e não estavam usando camisinha. Kat poderia engravidar,
ele estudou Salvation. O jovem macho estava contente com os blocos.
— Essa vida talvez seja sua logo. – Fury murmurou. – É fantástico ter uma
companheira e uma criança.
— Continuo não sabendo se serei bom nisso. – Darkness olhou para o irmão.
— Você a ama?
— Você tem uma família. – Fury se aproximou – Você nunca estará sozinho
novamente, está é uma coisa boa, não é?
Darkness contemplou a vida antes e depois de Kat. Ele também se sentiu grato por ter
finalmente permitido Fury em sua vida.
— Sim.
— Então você vai fazer isso. – Fury se ergueu. – Vamos comer. Sabe que isso vai se
tornar um evento regular, certo? Queremos que vocês venham pelo menos uma vez por
semana para compartilhar uma refeição e Ellie celebra os feriados humanos. Concorde
com isso, eu concordo. Não é tão ruim. – Ele pegou o filho do chão e o jogou para
Darkness. – Pegue.
Darkness ficou espantado que o garoto riu. Ele o abraçou perto, embalando-o contra o
peito.
— Você o joga para as pessoas?
— Ele gosta disso, eu sabia que você não o deixaria cair. Diga a ele, Sal.
— Não é tão alarmante, é? – Fury olhou para ele. – Posso ver isso em seus olhos.
Amanhã Sal e eu vamos ao parque, encontre-nos lá às sete da manhã. Você vai precisar
de alguma prática antes que isso aconteça. O que você me diz?
— Estarei lá.
— Acho que vou carrega-lo para a sala de jantar. – O aperto dele se estreitou no garoto.
— Bom. – Fury piscou. – Sabe que sua companheira vai te ver com ele e todas as
apostas estão fora se você falou com ela sobre esperar para ter bebês. Nós fazemos
pequenos adoráveis.
Fim