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Smiley
Série Novas Especies
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Laurann Dohner

Livro 13 da Série Novas Espécies


Smiley
Laurann Dohner

Sinopse

Vanni fica furiosa quando o noivo a engana para


que ela participe de uma conferência onde a igreja do
pai dele está protestando contra a Organização Novas
Espécies.

Ela odeia tudo o que esses fanáticos representam.


Ela vai ao bar para se acalmar e termina sentada ao
lado de um lindo Nova Espécie. As coisas esquentam
realmente rápido quando os dois são drogados.

Smiley não quer acreditar que a doce mulher iria


dosá-los com as drogas da procriação. Ele está
disposto a acreditar nela e determinado a salvar a
vida dela. Ele vai segurá-la. Protegê-la. Oferecer o
corpo para distrair ambos da dor. Ela é sua fêmea,
mesmo que ela não tenha percebido isso ainda.
Dedicatória

Como sempre, tenho que agradecer ao meu maravilhoso


marido. Mr. Laurann que é minha rocha, minha inspiração e
ele faz da vida uma linda e fantástica experiência para
compartilhar. No Natal de 2013, eu sofri um mal súbito. A vida
pode ser cheia de surpresas, algumas magnificas... Algumas
não. Eu quero dar um ENORME obrigado para todos por terem
me apoiado. Primeiro foi um tempo assustador, mas as muitas
maravilhosas mensagens me motivaram a manter meu senso
de humor e lutar para colocar minha vida de volta na linha.
Vocês são demais!

Também gostaria de deixar um obrigado muito especial para


Kele Moon. Ela é uma melhor amiga maravilhosa e a melhor
parceira de críticas que eu poderia pedir. Para minha mãe,
Donna, que correu para ajudar com as crianças depois do meu
mal súbito – Obrigado! Minha editora, Pamela Campbell, que
vale o peso dela em ouro. Muito obrigado. Por último, mas não
menos, quero estender minha gratidão para Ellora’s Cave.
Cinco anos atrás vocês me deram uma chance, oferecendo a
uma dona de casa o sonho de ter suas histórias publicadas
com um contrato para um livro. Estou tão feliz que vocês
fizeram isso!
Capítulo Um

— Pare de me embaraçar. – Carl assobiou as palavras, olhando


ao redor para ter certeza que não estava sendo ouvido por
ninguém, exceto seu alvo. – Meu pai disse que você está
ranzinza, isso reflete muito mal nele. Eu apenas tive minha
bunda chutada. Continue sorrindo e acene, Vanni. Ele também
disse que você foi rude com um jornalista.

— Você ouviu o que ele pregou lá em cima? – Ela estava


zangada também. – Eu concordei em colocar essa saia longa
porque seu pai teve um problema com mulheres vestindo
calças. Eu não disse que iria falar com repórteres e repetir as
asneiras que ele sussurrava.

— Você não deveria falar de jeito nenhum. Eu sei que ele é


antiquado, mas ele é meu pai. Estamos aqui para representa-
lo.

— Antiquado? Eu usaria palavras mais desagradáveis para o


que ele é. Não, eu vim apenas porque pensei que estaríamos
tendo um final de semana romântico em um hotel legal. Ao
invés disso, eu descobri que estamos compartilhando uma
suíte com seu pai e estou presa com a assistente insana dele.
Você esperou para compartilhar isso comigo até que
chegássemos aqui porque nós dois sabemos que eu não teria
vindo de outra forma.
Ele caminhou mais perto dela e passou os dedos ao redor do
antebraço dela, olhando ao redor.

— Isso é importante para ele, são mais dois dias. Apenas sorria
e mantenha seus lábios selados. Isso é tudo.

— Você me disse que não tinha nada com a igreja do seu pai.
Porque mesmo estamos aqui, Carl? Eu não entendo.

— Ele nunca me pediu nada, mas a imprensa estava se


questionando sobre os valores familiares dele. Ele precisava de
nós aqui para apoiá-lo, são apenas dois dias. Por favor, Vanni.
Sei que é muito a pedir, mas ele é meu pai. Isso o faz família
para você.

Ela estava tentada a relembrá-lo que eles não eram casados


ainda, sua mente pensou em todas as opções. Estava a duas
horas de distância de casa, sem um carro. Sua colega de
quarto poderia vir pegá-la, mas apenas pedia um favor se fosse
uma grande emergência. Isso não chegava aquele ponto, mas
estava perto.

— Isso é importante para meu pai e ele realmente precisa que


eu esteja aqui. Ele pediu tão pouco, Vanni. – Carl suavizou o
tom.

Ela olhou dentro dos olhos dele e odiou o jeito que a resolução
dela desapareceu com aquele olhar suplicante.
— Eu não gosto dos membros da igreja dele ou o que eles
representam.

— Eu muito menos, mas não poderia dizer não. Você será


minha esposa, eu queria você aqui comigo.

— Eles são imbecis e não puxei aquele repórter para baixo ou


pedi para ter um microfone enfiado na minha cara. Apenas
disse duas palavras, Carl. Sem comentários. Seja grato que eu
não disse a ele que o jantar levou uma hora da minha vida que
não terei de volta e o tanto que fiquei chateada em ouvir aquela
besteira toda.

— Meu pai e os seguidores dele apenas têm visões diferentes,


você não está sendo justa. – A expressão normalmente bonita
dele se transformou em algo menos apelativo.

— Justa? – O temperamento dela subiu novamente. – Nem


mesmo diga essa palavra para mim. Você jurou que nós nunca
teríamos que concordar com os negócios da igreja e então você
mentiu para me trazer até aqui. Isso foi dissimulado e baixo.

— É apenas a droga de um fim de semana. – Ele assobiou as


palavras. – Não seja egoísta.

— Quem diabos é você e onde está o homem que eu conheço?


Você odeia as coisas que seu pai representa tanto quanto eu
faço ou disse todas aquelas coisas para que eu casasse com
você?
— Ele prometeu me dar quinze mil se eu aparecesse. – Seu
noivo olhou ao redor e então olhou para ela. – Sua família não é
exatamente capaz de pagar por um casamento legal. Eu sou o
único que tem que arcar com os custos extras.
Vanni cerrou os dentes, se ressentindo da culpa e sabendo que
aquilo era exatamente o que era.

— Eu queria algo pequeno, então não jogue isso em mim. Você


foi o único que quis quatrocentos convidados.

— Eles são clientes. Eu não poderia me casar sem convidá-los.

— Eu quero ir embora.

O aperto dele se estreitou e ele a sacudiu um pouco, olhando


para longe mais uma vez para escanear a sala.

— Apenas pare com isso. – Carl lançou. – Vá para cima se não


pode colocar uma cara feliz. Não embarace meu pai novamente,
está entendendo?

— Estou começando. – Ela não gostou das implicações, no


entanto. – Então você quer que eu me esconda depois que você
me trouxe até aqui desde que eu não estou seguindo o script?

— Você não pode embaraça-lo.


— E sobre mim? Eu estou embaraçada por estar aqui com
aquela chamada igreja. – Vanni puxou o braço, forçando-o a
soltá-la e se afastou.

— Você não tem que concordar com as coisas que eles


acreditam, mas vai ficar ao meu lado então eu posso apoiar
meu pai. Alguém tem que pagar por esse casamento.

— Sim senhor. – Vanni ergueu a mão e o saudou. – Eu serei


boa e vou me esconder no andar de cima, então eu não vou
dizer a ninguém que estava doente pelos ensinamentos odiosos
e estúpidos do seu pai.

— Você está sendo dramática. Isso não é bonito, Vanni.

Ela mordeu de volta uma resposta ácida.

— Não se esqueça de aparecer no café da manhã amanhã.


Devemos posar para fotos com meu pai logo depois. Use o
vestido azul que a assistente dele comprou para você.

— Ele é horrível. – Vanni estremeceu. – Ele me lembra de


algum pesadelo de vestido de noiva que alguém rasgou carne
na frente dele.

— Apena vista a porra do vestido. – Carl sacudiu a cabeça. –


Sorria para as câmeras e aja como uma adulta. Estamos
fazendo isso para nosso futuro e para pagar nosso casamento.
Isso é muito difícil para você?
Ela estava tentada a dizer que sim.

— Faça isso por mim. – Carl se aproximou e pegou a mão dela,


o polegar passando pelo anel de noivado. – Por nós. Isso vai me
fazer feliz e serão apenas dois dias. Isso é tudo. Ele está
tentando ganhar apoio para a igreja dele. Há repórteres aqui e
a cobertura é apenas o que ele precisa. Vai sair com um
casamento mais legal depois disso.

Vanni estremeceu por dentro. Ela não iria ficar de coração


partido se a igreja do pai dele caísse no esquecimento e
esperava que levasse a sério as bobagens que tinha ouvido
durante o jantar. O ensinamento que o pastor Gregory Woods
tinha dado a fez perder o apetite, ela teria caminhado para
longe se não fosse por Carl. Vanni tentou evitar uma discussão,
mas tinha tido sucesso desde que um repórter tinha tentado
entrevistá-la logo depois. A resposta ‘sem comentários’ dela
tinha chateado Carl e aparentemente o pai dele também.

— Merda. – Carl murmurou. – Reportes a duas horas. Fuja


daqui antes que eles nos agarrem. – Ele olhou para ela e o
olhar dele se estreitou. – Vá para o andar de cima e permaneça
lá até o café da manhã. Vamos discutir isso pela manhã.

Vanni caminhou para longe, aliviada por deixar a sala de


banquete. O Carl que ela conhecia tinha mudado radicalmente
uma vez que eles chegaram ao hotel e ela não estava gostando
daquele novo lado dele. Carl tinha sido um imbecil de marca
maior, isso a fez reconsiderar seriamente o futuro.
Mable, a assistente pessoal do pastor Gregory Woods era outro
pesadelo para Vanni. A mulher foi rude e altiva. A ideia de
voltar para o quarto que elas compartilhavam a viraram para
longe do elevador, a visão do bar acenava. Ela caminhou para
ele e entrou na área mal iluminada. As mesas estavam
ocupadas, mas Vanni viu um banquinho na frente do bar. Ela
raramente bebia e bares não eram seu cenário.

O bartender pegou seu olhar enquanto se aproximou, ele


estava nos seus trinta e poucos anos e lançou um sorriso
amigável para ela.

— O que posso trazer para você?

Vanni alisou a longa saia enquanto se sentou enfiou a mão


dentro do bolso, lamentando ter deixado a bolsa no quarto. Ela
tinha vinte dólares e a chave do quarto, entretanto. A licença
estava na carteira, então não poderia provar a idade se
pedissem para mostrar a identidade. Minha sorte pode ficar
pior?

— Apenas um chá gelado, sem limão. Obrigado.

Ele assentiu e virou para providenciar a bebida dela. Vanni


manteve a cabeça abaixada até que alguém clareou a garganta
à sua esquerda. Ela esperava que não fosse alguém bêbado
para bater nela – a razão pela qual odiava bares. Uma
respiração profunda e ela virou a cabeça para olhar seu vizinho
de bar.

O esgar foi automático quando ela viu as feições dele, veio como
um choque enquanto percebia que ele não era apenas qualquer
cara. Ele tinha uma mandíbula firme, bochechas pronunciadas
e lábios generosos que diziam a ela que ele era Nova Espécie. O
olhar dela baixou para a jaqueta jeans dele e o jeito que as
mangas estavam apertadas no ombro e nos antebraços. Ele não
estava usando o uniforme da ONE que ela tinha visto alguns
dele usando nos breves olhares que pegou deles no lobby.

Vanni baixou o olhar para o jeans dele, elas estavam moldadas


pelas pernas musculosas dele. A atenção de Vanni se sacudiu
para cima para pegar um pouco do rosto dele novamente. Eu
não deveria perguntar. Minha sorte pode ficar pior. Pânico bateu
nela depois. Carl iria ter um ataque se alguém a visse sentada
ao lado de um Nova Espécie e contasse a ele ou ao pai dele.

Esse Nova Espécie possuía adoráveis olhos marrons com cílios


longos e negros, ele tinha sedosos cabelos pretos que caiam até
os ombros. Ele piscou antes de falar.

— Você está bem? Você está realmente pálida e suas mãos


estão tremendo.

A voz dele tinha um tom profundo que mandou arrepios


espinha abaixo. Vanni não tinha certeza se isso era por medo
ou porque era um tipo de voz que ela achou sexy. Era áspera,
masculina e apelativa ao mesmo tempo. Ela lutou para deixar a
resposta sair, mas reconhecidamente sendo enrolada.

— Eu não sou perigoso, se foi isso que você ouviu sobre meu
tipo. – Ele se aproximou um pouco mais. – Nunca te atacaria.
Quer que eu vá embora? – Ele ficou tenso enquanto se
levantava do assento.

— Não! – Ela lutou para falar, isso a fez se sentir um pouco


culpada que ele estava pronto para sair por causa da reação
deplorável dela. – Eu estava apenas surpresa, isso é tudo. Você
está bem onde está.

Ele se sentou de volta no assento do bar, o bartender a distraiu


quando trouxe o chá gelado dela e colocou uma bebida de cor
escura para o Nova Espécie. Ela deixou cair os vinte dólares.

— Vou pagar pelos dois, fique com o troco. – Era o mínimo que
ela poderia fazer depois de deixa-lo desconfortável.

— Você não tem que fazer isso.

O bartender saiu e Vanni encarou o homem com a voz de


whiskey. O nariz dele era mais amplo que a maioria, mas os
olhos dele eram impressionantes com os longos cílios escuros.
Bonitos até.

— Chame isso de minha versão de desculpas. Meu humor não


tem nada a ver com você, eu estive no limite o dia todo.
— Obrigado. – Ele ergueu o drink e tomou um gole.

— De nada.

Ele baixou o drink, correndo a palma por cima do braço e então


a ofereceu a ela.

— Eu sou Smiley.

A mente ainda surpresa dela se remexeu pela definição da


palavra. Rumores especulavam que eles escolheram os nomes
dele para refletir a personalidade. Esse era um ótimo.

— Vanni.

— Vanni é um nome bonito. – As mãos dele eram largas e


quentes. Ele pegou a dela muito gentilmente, sacudiu e soltou.

— É o diminutivo de Travanni. Minha mãe tinha uma coisa por


nomes estranhos. Eu o odeio. Por toda minha vida eu fui
apenas Vanni. – Ela sorveu o chá, tentando não balbuciar.
Fazia isso quando estava nervosa e conversar com um Nova
Espécie a deixava muito nervosa. – Minha pobre irmã teve um
ataque com Mortimia. Ela geralmente se recusa a dizer às
pessoas o nome completo e apenas se chama de Mia. Temos
certeza que nossa mãe era obcecada por vampiros.

— Eu não compreendo. – Ele parecia um pouco confuso.


— Travanni me lembra de Transilvânia, a casa do Drácula. –
Ela sorriu. – Mortimia, bem, Mort traduz em morrer. Mia traduz
em me. Mate-me.

— Entendo. – Ele gargalhou agora, foi um som legal. – Há


algum outro irmão com nome estranho?

— Eu tenho um irmão mais velho. Ele ficou preso com Count.


Novamente com o tema de vampiro. Conde1 Drácula. Ela disse
que isso significava nobre, mas nós a conhecíamos. – Cale a
boca, ela ordenou a si mesma, mas então o Nova Espécie
sorriu. Vanni relaxou.

— O que seu pai achou desses nomes?

— Ele era um workaholic2. Ficava fora por muito tempo, fora do


país trabalhando quando a maioria de nós nasceu, então não
acho que ele teve muito o que falar. Ele a deixava grávida e
então voava para longe. Brincávamos que sabíamos quando ele
tinha férias contando nove meses para trás do nosso
aniversário. Ele é aposentado atualmente.

— É bom que ele esteja em casa agora.

— Bom, meus pais não mataram um ao outro ainda, então


acho que é. – Vanni tomou outro gole do chá, ela o estava
bebendo rápido. Talvez isso a silenciasse antes que
1
Count é traduzido para Conde. No inglês, Count Dracula.
2
Horkaholic – Pessoa viciada em trabalho, pessoalmente acho um inferno de gente para conviver.
compartilhasse muito sobre a família apenas para encontrar
um tópico de conversa. – Assumo que você esteja aqui para a
coisa?

— Coisa? – Ele piscou.

— Você sabe, a coisa da conferencia. – A Organização Novas


Espécies estava promovendo a expansão da Reserva da ONE
para iniciar um santuário para a vida selvagem para abrigar
mais animais resgatados. Gregory argumentou que eles
estavam realmente os treinando para atacar pessoas, ele era
um imbecil.

— Sim, você está aqui também para isso? – Ele assentiu.

Vanni não iria admitir isso ou talvez ele perguntasse como ela
tinha vindo. O pastor Gregory era um dos maiores adversários
dos Novas Espécies. Depois de ouvir as coisas vis que o pai de
Carl tinha dito sobre pessoas como Smiley ela estava com
vergonha de estar associada com aquela igreja de qualquer
maneira. Ele parecia legal e definitivamente não demente.

— Férias. – Ela mentiu.

— É bonito aqui em Los Angeles. – Ele assentiu. – Eu amo as


luzes da cidade que vejo do meu quarto. É como um mundo
diferente de onde eu vim.

— Você vive em Homeland ou na Reserva?


— Homeland. – Ele bebeu um pouco mais do refrigerante. –
Estou na equipe de segurança. Acabei de terminar meu turno.

Vanni assentiu, decidindo mudar o tema da conversa.

— Está bebendo Red Bull e vodka? – Ela olhou para o copo que
ele segurava.

— A maioria de nós não bebe álcool, isto é apenas refrigerante.


– Ele sacudiu a cabeça.

Vanni tinha ouvido muitas coisas ruins do pai de Carl sobre os


Novas Espécies, mas conversando com Smiley provou que ele
estava errado, muito longe na verdade. Não era uma surpresa
que o pastor era um imbecil. Vanni clareou a garganta,
tentando pensar em um tópico para conversar.

— Aceite meu conselho e apenas aproveite a cidade do seu


quarto. Esse bairro é legal, mas eu não iria querer me
aventurar alguns quarteirões à frente. A taxa de crimes é
horrível.

Uma sobrancelha escura se arqueou enquanto ele olhava para


ela com curiosidade.

— Aquele irmão mais velho que mencionei é um policial. Ele me


fez jurar que não deixaria o hotel depois de fazer uma
checagem no computador na área antes de chegar. Eu tive que
ler sobre roubo de carros, assaltos e estupros que ele me
encheu. Ele agiu como se eu fosse correr a luz da lua por becos
ou algo assim. – Ela sorriu. – Eu sempre terei cinco anos para
ele, eu juro. Espero que um dia ele perceba que sou uma
adulta, mas não estou segurando minha respiração.

— Ele se preocupa com você.

— Isso é o que os grandes irmãos fazem os irmãos mais velhos,


mesmo em Nova York. Ele se mudou para lá há cinco anos,
mas papai mencionou minha viagem então eu recebi “a
chamada telefônica”. Sei que ele me ama, mesmo quando penso
que é uma espécie de dor. – Vanni relaxou completamente.

— Obrigado por me avisar sobre os crimes, mas não estamos


permitidos a deixar o hotel.

— Por que não? – Isso a surpreendeu.

— Há muitos humanos que querem nos machucar ou matar


apenas porque existimos.

Vanni pensou ter visto um flash de dor nos atrativos olhos


marrons dele, mas esperou que ele não notasse o olhar culpado
dela. O pastor Gregory e a igreja dele eram parte do problema.

— Eles são idiotas.

— O hotel tem uma boa segurança, então é seguro para nós


contanto que permaneçamos aqui dentro. Também temos
nossa própria equipe de segurança no local, mas estamos sob
ordens de ficarmos juntos.

— Eu não vejo nenhum outro Nova Espécie. – Ela olhou ao


redor do bar e de volta para ele.

— Os dois humanos sentados na mesa longe, no canto, são da


nossa força-tarefa. – Ele hesitou. – Eles estão mantendo um
olho em mim. Viajamos em equipes, eu apenas queria algum
tempo sozinho.

— Eu lamento, estou aqui tagarelando com você. Eu já vou. –


Vanni começou a deslizar do banco para dar a ele privacidade.

— Não. Eu não quis dizer isso como soou. Queria ficar longe
deles, não de você. Estou gostando da nossa conversa.

Vanni se sentou de volta no assento e bebeu um pouco de chá,


mas não pôde resistir a olhar para o canto mais longe. Dois
homens grandes e corpulentos a observavam da mesa, eles
pareciam isso e ela sabia sem dúvidas que eles eram a equipe
de segurança particular de Smiley. Ela olhou de volta para eles.

— Espero que eles não me achem uma ameaça.

— Eu vou merecer alguma dor se você me atacar e me


machucar. Sem ofensas. – Smiley gargalhou.
— Nenhuma. – Ela sorriu. – Sei que sou intimidante com um
metro e sessenta. Essa saia com estampa de flores realmente
grita fodona, não é? – Vanni olhou para o colo. – Deus, odeio
essa coisa.

— Por que está vestindo isso?

Porque você foi ordenada a isso e pensei que era mais fácil
coloca-la do que discutir com Carl.

— Eu tinha um jantar para participar mais cedo e isso pareceu


apropriado. – Ela não ofereceu mais explicações apenas sorveu
o chá e alisou a saia. Tinha começado a suar. – Uau, está
realmente quente aqui.

— Eu estava pensando a mesma coisa, deve estar uns quarenta


graus.

— Pelo menos. – Vanni se apressou a sorver um gole da bebida,


esperando que a frieza ajudasse.

Smiley se moveu no assento e retirou a jaqueta, revelando uma


regata preta, proeminentes e musculosos braços. Vanni tentou
não olhar, mas era difícil. Ele era construído. Os bíceps se
flexionaram enquanto ele se virava o suficiente para colocar a
jaqueta nas costas da cadeira. Alguém malhou muito. Ela teve
que admirar os ombros largos desde que a maior parte deles se
mostraram. Eles eram largos e espessos, do tipo que ela via na
academia nos aparelhos. Ele sorriu.
— Isso deve ajudar.

Pare de olhar pra ele antes que ele perceba! Vanni forçou o
olhar para longe do corpo dele para olhar para o rosto dele.

— Você é realmente malhado. – Oh meu Deus. Eu apenas disse


isso alto.

— Eu sou Espécie. – Smiley deu de ombros. – É a genética e eu


estou na Segurança. O que você faz para viver?

— Eu sou uma esquenta-cadeira.

— O que é isso? – Aquela sobrancelha se ergueu novamente.

— Trabalho em um escritório sentada em uma mesa a maior


parte do dia. Minha versão de exercício é correr de volta para
atender o telefone se deixo minha mesa para mandar alguns
fax ou usar a máquina de cópia. Tenho que lidar com uma
tonelada de papéis na maior parte. O termo técnico para meu
trabalho é uma secretária executiva, mas prefiro esquenta-
cadeira. Isso soa mais excitante do que realmente é.

— Queria que essa fosse a minha versão de exercício. Corremos


milhas por dias e treinamos todo o dia.

— Com o que você treina? Tipo com armas e uma mira?


— Lutando e sim, sabemos como usar uma arma, mas
queremos manter nosso reflexo em níveis de pico. Combates
mano a mano é o que mais treinamos.

Vanni olhou para os espessos e musculosos braços dele e para


os ombros largos novamente. Não babe. Smiley era exatamente
o oposto do noivo dela. Carl era um advogado, o único exercício
que ele fazia era jogar golfe no country club. Ele era quase
branco, apenas alguns centímetros mais alto que ela e eles
tinham o mesmo peso. Smiley tinha que ser pelo menos
quarenta e seis quilos mais pesado e aparentava ser alto,
mesmo sentado. Ele era muito atraente e ela definitivamente
notou. Eu teria que ser cega para não notar. Não esqueça que
você está noiva.

Vanni engoliu mais um pouco do chá, mas nem mesmo o drink


gelado pôde ajudá-la a esfriar.

— Uau, está realmente quente aqui. – Vanni pôde sentir a


transpiração correndo por suas costas e entre os seios. Ela se
moveu no assento, desejando que não estivesse usando uma
saia próxima aos tornozelos. Sentia as pernas úmidas também,
como se estivessem suando. – Talvez eu devesse vir a esse bar
com mais frequência. É como uma sauna. Quem precisa de
exercícios?

Smiley ergueu o braço e acenou para chamar a atenção do


bartender. O homem caminhou para frente, mas não parecia
feliz com isso. Ele se manteve atrás do balcão.
— O que você precisa?

— A fêmea está com calor e eu também. Você poderia, por


favor, ligar o ar-condicionado?

— Claro. – Ele girou e quase correu para o lado oposto do bar.

— Tanto para ter um bom serviço depois de uma boa gorjeta. –


Vanni murmurou.

— Ele parecia assustado.

— Você acha? – Ela olhou para Smiley.

Ela assentiu.

— Você tirou sua jaqueta. – Ela olhou para os braços dele.

— E?

Vanni lambeu os lábios e se mudou no assento. Uma tontura


bateu e ela agarrou a borda do bar para se manter até que
passasse.

— Você é muita pele humana.

— Isso é aterrorizante?
— Ele provavelmente percebeu que você poderia chutar a
bunda dele.

— Oh. Eu nunca ataquei ninguém sem uma boa razão. Eu


deveria dizer a ele isso, então eu não o assustaria? Não sou
uma ameaça para o homem.

— Apenas ignore, algumas pessoas são idiotas paranoicos. –


Ela sacudiu a cabeça.

— Você pensa que eu o assusto apenas por ser Espécie. –


Smiley tomou outro gole do refrigerante.

— Você não me assusta. Você é legal.

— Obrigado. – Ele ergueu os pulsos para olhar para o relógio.

— Você tem que ir?

— Não. Apenas não posso acreditar que já são dez horas da


noite, não parece ser tão tarde. Acho que eu deveria terminar
minha bebida e ir para meu quarto. Tenho uma troca de turno
pela manhã.

— Sim, eu devo ir para meu quarto logo, mas acho que vou
comer algo primeiro. Eu peguei meu jantar mais cedo.

— Isso não foi bom? – Ele a estudou.


— Tive que comer o jantar com algumas pessoas que disseram
coisas que me fizeram sentir doente, isso tipo matou meu
apetite na hora. Eles são idiotas, isso parece estar rolando ao
redor hoje.

— Então por que você comeu com eles?

— Não tive escolha. Fui tipo lançada dentro disso por outra
pessoa.

— Eles tem uma ótima comida aqui. – Smiley pareceu entender


aquilo. – Comi o jantar no bar ontem, eu recomendaria o bife.

Ele parecia um bom comedor de carne para Vanni. Carl era


vegetariano. Uma imagem de uma cebola branca com o rosto de
Carl apareceu subitamente na cabeça dela e ela explodiu em
risos.

— Você está bem? – Uma mão firme agarrou o antebraço dela.

Vanni olhou para Smiley e o humor desapareceu. Ele era


realmente bonito e ela notou que ele cheirava bem.

— Qual colônia que você está usando? – Vanni cheirou e quis


ficar mais próxima para obter um aroma melhor. Ela foi para
frente e quase caiu do assento.
— Vanni? – Smiley agarrou o outro braço dela para mantê-la no
lugar. – O que está errado? Suas pupilas estão dilatadas e você
está quase arquejando.

Eu estou? A tontura tinha passado, mas ela continuava se


sentindo alta. Vanni se focou em respirar e percebeu que
Smiley estava certo.

— Estou com calor e... – Ela olhou para o que havia ficado do
chá gelado. – Me sinto bêbada. Acho que o batender me deu o
drinque errado. Eu disse chá gelado, mas um Long Island Iced
Tea.

— Eu não entendo.

— Um tem álcool e outro não. Eu, hum, acho que ele me deu o
errado. – Ela ergueu a cabeça para olhar nos olhos dele
novamente. Eles eram lindos. – Você tem os olhos mais sexy
que eu já vi. – Vanni percebeu o que tinha dito aquela parte em
voz alta. – Desculpe, eu não quis dizer isso a você.

Smiley se aproximou até que os rostos estivessem separados


por centímetros. Ela não pôde ajudar, mas olhou para os lábios
dele. Eles pareciam beijáveis e suaves, apesar dele ser tão
masculino.

— Vanni? O que eu posso fazer? Eu deveria chamar alguém?


Você tem algum amigo aqui no hotel que pode te escoltar com
segurança para seu quarto? Eu poderia chamar a segurança do
hotel. Eu te levaria eu mesmo, mas isso pode ser inapropriado.

Vanni estremeceu, imaginando a colega de quarto dela ligando


instantaneamente para Carl se ela aparecesse com duas folhas
ao vento. Ele tinha ordenado que ela fosse para cima e não
ficaria feliz que ela tivesse ido ao bar ao invés disso. Ele
perderia a cabeça se Smiley caminhasse com ela para a porta e
Mable desse uma olhada nele.

— Não vou tirar vantagem de você. Você está segura.

— Não é isso. –Vanni sacudiu a cabeça e lamentou isso quando


a sala girou. – É minha colega de quarto. Porcaria. Isso seria
tão ruim.

— Você deveria comer, vou pedir comida. – Smiley a ajudou se


sentar corretamente na cadeira e soltou os braços dela.

— Não. – Os músculos do estômago dela cerraram e quase


doeu. Vanni agarrou a borda do bar e tentou descobrir o que
estava errado com ela. Ela estava com a cabeça alta, suando, e
a dor no estômago se intensificou e viajou abaixo para a junção
das pernas. Seus olhos se arregalaram quando o clitóris
começou a pulsar como se tivesse um batimento cardíaco. – Oh
merda.

— Vanni? - A voz de Smiley suavizou. – O que eu posso fazer?


Quero te ajudar.
Ela fechou os olhos tentou diminuir a respiração, ao invés
disso, ficou apenas mais cientes dos seios. Eles começaram a
pesar e ela tinha certeza que seus mamilos cresceram duros.
Algo estava definitivamente errado. Outro flash de quentura
bateu nela e ela encontrou a urgência de arrancar as roupas
desde que sentia como se a pele estivesse pegando fogo. Isso
passou e alivio passou por ela por alguns segundos até que os
arrepios começaram. Ele foi de quente a fria em um segundo.

— Vanni? – Smiley se aproximou, a voz dele quase próxima a


orelha dela. – Você precisa de um médico? Posso ver se temos
um no hotel?

Ela abriu os olhos e virou a cabeça, os dentes começaram a


bater e ela tremeu inteira.

— Estou com tanto frio. – Ela admitiu.

— Precisamos de ajuda aqui. – Smiley pestanejou e chamou


pela equipe, ele ergueu a voz. – Ned!

Pareceu como se os dois homens estivessem instantaneamente


ao lado deles.

— O que é, Smiley?

— Você tem treinamento médico, certo? – Smiley olhou para o


homem de cabelos escuros. – Dê uma olhada nela.
O homem se moveu para o outro lado de Vanni e deslizou entre
os assentos, forçando-a a se virar para ele quando agarrou os
ombros dela. Vanni olhou para os olhos azuis dele, ele a
estudou e então soltou os ombros dela para segurar o pulso. Os
segundos se passaram. Ele pestanejou e então olhou para
alguém atrás dela.

— Acho que ela está drogada.

— Eu não uso drogas. – Ela ficou horrorizada com a


implicação.

— O que você tomou? – Ele pestanejou e segurou o olhar dela.

— Eu não tomei, juro. Eu nunca iria... – Uma explosão de dor


correu da barriga e desceu para o clitóris. Os arrepios se foram
e ela começou a suar novamente.

— Merda. – A voz de Smiley soou estranhamente profunda e


quase inumana. – Limpe o bar. Agora. Alerte a segurança de
que temos uma emergência.

— Precisamos chamar uma ambulância. – Ned argumentou. –


Ela está tão alta quanto uma pipa.

— Faça como eu digo. – Smiley rosnou. – Limpe o bar e alerte


nosso povo. Solte-a.
Ned xingou e soltou Vanni, se afastando para arrancar o
celular. Ele sacudiu a cabeça para o segundo homem.

— Limpe o bar, vou fazer a ligação.

Vanni virou a cabeça para olhar Smiley enquanto ele descia do


banco e puxou a jaqueta das costas. Ele colocou isso nos
ombros dela e então agarrou os lados do assento, virando-o
para encarar. Smiley se aproximou e as narinas dele se
expandiram enquanto ele a cheirava. Vanni viu o rosto
bronzeado dele empalidecer antes que o olhar dele se erguesse
para encontrar os dela.

— O que você fez?

— Nada.

Os lábios dele se mudaram para uma linha fina e os músculos


da mandíbula dele se apertaram. Smiley fez um som
estrondoso, piscou algumas vezes e o pomo de adão mostrou
que ele engoliu com força antes de falar.

— Posso te cheirar. Fomos avisados sobre as drogas, Vanni.


Onde você pegou isso? Por que você iria tomar isso?

— Eu não sei do que você está falando. O que está acontecendo


comigo? – Ela tentou não entrar em pânico, mas falhou.
— Eles pelo menos te avisaram sobre quão perigoso isso é? – O
conjunto rigoroso das feições dele e o jeito que os olhos se
estreitaram foi assustador.

Vanni ficou distraída quando as pessoas começaram a discutir


alto. Ela virou a cabeça e viu o segurança loiro forcando os
clientes a saírem enquanto limpava o bar. Homens em
uniformes negros correram para dentro para ajuda-lo.

— Vanni?

— O que está acontecendo? – Ela olhou para Smiley.

— É isso que eu gostaria de descobrir. – Uma voz profunda


declarou.

Vanni girou e olhou para o Nova Espécie que vestia um traje


preto e bem cortado. Era um modelo de qualidade. Ela
conhecia aquele rosto. Alguns dos medos dela se aliviaram
enquanto olhava para Justice North. Ele estava na televisão
todo o tempo e ela tinha visto muitas entrevistas com ele.
Justice mal deu um olhar a ela antes de se focar em Smiley.

— Inale. – Smiley sussurrou.

Justice respirou profundamente e a atenção total dele caiu


sobre ela. Os olhos felinos dele se estreitaram.

— Merda.
— Meu senso de cheiro não é tão bom quanto o seu, mas estou
certo, não estou? – Smiley perguntou.

— Sim.

Vanni tremeu, subitamente fria novamente, apesar da jaqueta


colocada ao redor dela e ela agarrou as pontas, se apertando
contra o meio. Ela queria erguer os joelhos e se curvar em uma
bola apenas para tentar se aquecer.

— Para quem você trabalha? – Justice North olhou para ela.

— Eu não sei do que você está falando.

— Isso é pior. – Smiley sussurrou. – Acho que ela dosou minha


bebida também.

Um rosnado aterrorizante veio de Justice North e ele mostrou


uma assustadoras e afiadas presas, nunca retirando os olhos
dela enquanto conversava com Smiley.

— Você acha ou sabe que foi dosado?

— Tenho certeza que fui. Estou suando, meus batimentos


cardíacos são altos e estou sentindo isso em meu jeans. Ela é
atraente e estou começando a doer. Eu não bebi o suficiente
para perder o controle, mas estou entrando em algum tipo de
inferno.
— Qual e a emergência? – Um Nova Espécie chegou, usando o
uniforme da ONE, os cabelos negros presos em um rabo de
cavalo. Ele era enorme. Ele cheirou e rosnou. – Drogas de
procriação, posso cheirar isso.

— Isso vem dela. – Smiley o informou. – Ela bebeu isso e me


dosou também, Brass.
Capítulo Dois

— Quero ir embora agora. – Vanni estava assustada e confusa.


Eles estavam falando sobre ela como se ela tivesse drogado os
dois, Smiley e ela mesma. Tentou deslizar do banco para
escapar, mas Smiley evitou que ela fosse quando agarrou os
quadris dela e a puxou de volta para o assento.

— Fique.

As mãos dele eram quentes onde a segurava e ela percebeu


novamente o quão bem ele cheirava. Vanni não podia acreditar
que notava aquilo com tudo o que estava acontecendo, mas ela
fez.

— O que está acontecendo comigo?

Ela olhou dentro dos olhos de Smiley, esperando que ele


dissesse a ela. alguma emoção passou neles, mas ela não pôde
identificar. Smiley virou a cabeça para longe, mas manteve o
aperto nele enquanto olhava para Justice North.

— Não acho que eles a avisaram sobre o que iria acontecer. Ela
está assustada, ninguém age assim tão bem.

— Precisamos retirar os dois daqui. – Justice arrancou um


celular do bolso. – Vou ordenar que duas SUVs3 para dirigir ao
redor do hotel e vamos sair pela porta dos fundos ao invés de

3
Carros como o Jeep, Hummer e Pajero, com tração nas quatro-rodas.
pedir para permissão ao hotel para usar o heliporto. É o modo
menos suspeito, há muitos repórteres em cena. O Centro
Médico estará em espera quando alcançarmos Homeland.
Vocês serão levados em carros separados.

— Não. – Smiley sacudiu a cabeça. – A viagem vai levar duas


horas e ela vai atacar os machos se os sintomas piorarem.

— Eles podem restringí-la. – Justice se virou e caminhou


alguns passos para longe para falar ao telefone. Ele manteve a
voz baixa, então Vanni não pôde ouvir o que ele disse.
Ela olhou ao redor da sala e ficou surpresa em ver que o bar
tinha sido esvaziado de todos, exceto os Novas Espécies e os
homens usando o uniforme da ONE. Ela contou acima de uma
dúzia.

— Vanni? – Ela olhou para Smiley. – Isso vai ficar muito pior.
Em quanta dor você está?

— Muita. – Ela admitiu. O estômago doía e ela estava muito


consciente da área entres as pernas. – O que está errado
comigo? Isso é um veneno?

— Pior. – Ele se aproximou até que os rostos deles estivessem


próximos. – Aquela droga que você colocou em nossos drinques
é a droga da procriação.

— Eu não sei do que você está falando, mas não fiz isso.
— Você se sentou ao meu lado. Você foi á única que deixei
passar por minha guarda.

— Eu não fiz nada.

— Quero acreditar em você. – A expressão de Smiley se


suavizou, ele olhou ao redor e falou com o cara com o rabo de
cavalo. – Brass, ela disse que não fez isso. Talvez tenha sido
outra pessoa.

O macho caminhou para frente e visualmente examinou Vanni.

— Onde está sua bolsa? – Ele a colocou para baixo, removendo


o cartão-chave do bolso da saia dela e então pestanejou,
olhando para ela. – Onde está sua identificação?

— Não tenho nenhuma, deixei em meu quarto. – Vanni lutou


para formar palavras.

— Isso é suspeito. Os humanos sempre carregam certas coisas


e ela não tem nenhuma delas. Sem bolsa, sem carteira de
motorista. Algum outro hóspede do hotel veio para perto de
você, Smiley? – Brass fez uma careta.

— Não. Apenas ela e o bartender.

— Nós apuramos ele, agora. Todos os humanos que trabalham


aqui tiveram o passado verificados. Ela parece ser a única
culpada.
— O que vai acontecer comigo? Eles vão chamar uma
ambulância? – O mal-estar estava se tornando medo.

— Um hospital humano não pode nos ajudar, precisamos ir


para Homeland. Aquela droga foi criada para Novas Espécies,
nossos médicos tem mais conhecimento que os seus teriam. –
Smiley se aproximou um pouco mais, segurando o olhar dela.

Uma explosão quente chegou e ela grunhiu enquanto a pele


começava a se sentir com se estivesse queimando. Vanni soltou
as lapelas da jaqueta e travou no antebraço de Smiley. Uma
agonizante e afiada sensação passou pelo estômago dela e
correu abaixo para a vagina, ela gritou e se curvou para Smiley.
Ela sentia como se estivesse se rasgando ao meio com uma
espada.

— Alguém tem uma alguma arma de choque? Precisamos


apaga-la.

Alarmou Vanni quando alguém disse aquilo, eles iriam


machuca-la? Ela se endireitou e foi para frente, pressionando o
rosto contra o ombro de Smiley. Ele caminhou para frente e
permitiu isso.

— Não. – Uma voz respondeu. – Um de nós poderia soca-la forte


o suficiente para ela apagar.
— Não. – Smiley olhou ameaçadoramente. – Ninguém vai bater
nela.

— Isso vai ficar pior. – Outro homem com uma voz profunda
respondeu. – Isso seria uma bondade. Ela é humana. Dar a ela
um sedativo com as drogas de procriação poderia leva-la a uma
parada cardíaca.

— Ela talvez morra de qualquer forma. – Outra pessoa


declarou.

— As SUVs logo estarão aqui. – Justice North estava de volta. –


Eles tem que inspecioná-las antes para ter certeza que não
foram mexidas no estacionamento. Como ela está indo?

— Nada bem. – Smiley soltou os quadris de Vanni e esfregou as


costas dela. – Ela está com muita dor.

— Aposto que ela está. Se afaste, Smiley. Eu posso cheirar a


necessidade dela a dois metros de distância. Brass, acha que
você poderia acertá-la e deixa-la inconsciente sem causar
dano?

— Eu não sei. Elas são mais frágeis que nossas fêmeas.

— Eu poderia coloca-la em um estrangulamento até que perca


a consciência. Sei como fazer isso sem causa dano permanente,
mas ela não ficaria assim por muito tempo. – Ned, o médico,
falou.
— Ninguém vai machuca-la. – Smiley soava chateado.

— A alternativa é restringí-la e permitir que ela fique em agonia


até que cheguemos a Homeland. – Justice suspirou. – Isso não
seria mais cruel?

— Me ajude. – Vanni soltou os braços de Smiley e agarrou a


regata dele. Ele parecera legal e tinha dito que não deixaria
ninguém machuca-la. Ela estava assustada, cercada por
estranhos e doía tanto como nunca pôde se lembrar de ter
doído. Suor deslizou dela e encolheu os ombros, tentando
retirar a si mesma da jaqueta dele.

Smiley pareceu compreender e a removeu. Não ajudou. Vanni


estava queimando e delirante.

— Estou com febre.

— É a droga. – Smiley ajustou sua postura e se endireitou. No


entanto, ele não deu um passo atrás, mantendo-a no lugar, o
corpo bloqueando-a dos outros.

Vanni pressionou o rosto contra o peito dele, Smiley cheirava


tão bem. Ela ergueu o queixo e quando os lábios passearam
sobre a pele quente no topo da regata dele, a urgência de
lambê-lo a agarrou. Vanni resistiu, mas apostava que ele teria
um gosto bom também. O que diabos eu estou pensando? O que
está errado comigo? Ela sentiu o pânico se erguendo.
— Smiley! – Ele precisava ajuda-la ou leva-la para o hospital.

— Deixe-nos sozinhos. – Ele clareou a garganta.

— Não. – Justice soava perto. – Vocês dois estão indo para


Homeland.

— Estamos os dois sofrendo, eu não vou perder o controle.


Limpe a sala e nos dê privacidade.

— Isso não vai acontecer, e seja lá quem foi que planejou fazer
isso. – Justice declarou, a voz apertada. – Tenho certeza que
eles acreditam que você iria mata-la. Você foi dosado dentro de
um bar cheio de humanos, iria surtar se não tivesse percebido
o que estava acontecendo e te alcançássemos para prevenir
uma tragédia.

— Solte, Vanni. – Smiley alcançou entre eles e curvou as mãos


sobre as delas.

Ela não queria isso e sacudiu a cabeça. Smiley deu um passo


para trás e gentilmente separou os dedos dela do material.
Vanni perdeu a segurança que o corpo dele providenciava e
soluçou, olhando dentro dos olhos dele. Smiley a surpreendeu
se agachando para colocar o rosto no mesmo nível que o dele.

— Vanni, sabe o que as drogas de procriação fazem?


— Isso não soa bom.

— O suficiente. – O Nova Espécie alto e com rabo de cavalo


ordenou. – Vamos questioná-la em Homeland.

— É a droga que as Indústrias Mercile inventaram para forçar


Espécies a ter desejo desenfreado por sexo. – Smiley ignorou o
Espécie. – Ouvimos que eles tentaram criar uma versão
humana e isso cheira como se você tomou isso. Você está
suando o aroma por seus poros.

Distraída da dor que sofria, Vanni teve que lutar para se


manter atenta ao que ele estava falando.

— Como ecstasy liquido? – Ela tinha ouvido sobre aquela droga


do estupro. – Pensei que ele apenas fazia as pessoas
desmaiarem.

— Smiley. – Justice interrompeu. – Você disse que foi ela quem


te drogou.

— Ela disse que não foi.

— Acredita nela?

— Eu não sei, mas tenho certeza que, se ela fez, quem quer que
deu a droga a ela não contou a ela o que isso fazia. De qualquer
modo, ela deveria ter opções e sei o que ela vai encarar. Ela
deveria decidir.
— Faça isso. – Justice North xingou suavemente.

— Você não vai desmaiar. – Smiley respirou fundo e explicou. –


A dor vai crescer mais forte, na melhor aposta. Com Espécies é
excruciante e pode nos deixar insanos. O único alivio é não
lutar contra as drogas.

— Continuo não entendendo. – Vanni soluçou enquanto o


latejar entre as pernas dela se intensificou. Ela se sentia como
seu o clitóris estivesse sendo beliscado, não era agradável.

— Você pode concordar em ter sexo comigo para fazer a dor


parar ou pode sofrer. Isso é simples.

Ela ficou horrorizada e isso deve ter se mostrado na expressão


dela porque ele pestanejou.

— Você tem que escolher. Vamos te restringir, então você não


vai atacar ninguém ou machucar a si mesma. Apenas
espere,Vanni. Eles irão nos levar para Homeland tão rápido
quanto possível e para nossos médicos. Eles vão te ajudar. –
Smiley se endireitou, soltando-a, e olhou para Justice North.

— Vamos, vocês vão querer me restringir como precaução, mas


estou lidando com a droga muito bem até agora.

— As SUVs estão na saída. – Um dos seguranças da ONE


declarou. – Eles estão esperando, vamos sair.
Smiley se afastou e dois humanos com o uniforme da ONE se
apressaram para frente e agarram Vanni pelos antebraços. Eles
não foram rudes, mas a ergueram do chão. No segundo em que
colocou o peso nas pernas ela gritou, os joelhos tremeram e ela
teria caído no chão se eles não a tivessem segurando.
Explosões afiadas de dor correram por ela da cabeça aos pés.

— Movam-se, soltem ela. – Smiley estava lá subitamente,


empurrando os dois homens para o lado e pegando-a nos
braços.

Vanni se colou a ele, um pouco da dor diminuiu e ela respirou


o cheiro maravilhoso dele. Vanni esfregou o rosto contra a
garganta quente de Smiley, ele se sentou, colocando a bunda
dela no colo, e segurou as costas dela.

— Foque-se em minha voz. Estou aqui, tenho você. – Ele


murmurou contra a orelha dela.

— Smiley. – Justice North o apressou. – Dê ela a Brass. Ele vai


carrega-la para a SUV.

— Vanni, precisamos ir. Você precisa de atenção médica e isso


não vai acontecer aqui.

— Não me abandone. – Vanni ergueu a cabeça e olhou para


Smiley, ela estava com medo de estranhos a levando para
algum lugar.
— Não posso ir com você porque estou drogado também. É
melhor se eles nos separar.

— Dê ela para mim. – O cara com rabo de cavalo chamou a


atenção dela quando caminhou para perto e ergueu os braços.

Vanni soltou Smiley e foi passada para o grande Nova Espécie,


a explosão de dor no estômago retornou e ela gritou. Ele virou
com ela, caminhando para os fundos do bar. Vanni se
contorceu nos braços dele, agarrando o colete dele. Eles
passaram pela porta que estava sendo segurada aberta pelo
segurança da ONE, o ar frio tocou-a quando caminharam para
fora.

— Pare! – Vanni não pôde aguentar a dor. – Leve-me de volta.

Ele parou e olhou para ela, estava mal iluminado no corredor,


mas um pouco de luz a ajudou a vê-lo. Ele era um homem
bonito, apesar da aparência assustadora.

— Vamos te levar para Homeland o mais rápido possível, há


um helicóptero aguardando se você piorar no caminho.
Podemos chamar e tê-los descendo perto para transferir você
para o transporte. Apenas temos que sair da cidade primeiro.

— Não posso aguentar isso. – Lágrimas encheram os olhos


dela. – Smiley estava me falando á verdade?
— Você cheira fortemente a droga da reprodução.

— Há um caminho para conter isso?

— Não. Você terá que montá-lo ou uma vez que estiver no


Centro Médico eles podem tentar te ajudar. Não podemos
arriscar dar a você outras drogas até lá. Espécies morreram
desse jeito no passado, o coração deles parou de bater. Você vai
querer estar com nossos médicos, então eles podem te salvar.

— Eu vou morrer? – A seriedade da situação bateu.

— Eu não sei. – Ele pestanejou. – Essa pode ser uma versão


diferente da droga que ouvimos que estava sendo testada.
Cheira como o mesmo, mas sua reação é mais branda do que
sentimos.

— Branda? Me sinto como se estivesse sendo rasgadas em tiras


de dentro para fora. – Vanni arquejou. – Isso tem que ser pior
que um parto.

— Você não está gritando e tendo convulsões. É isso que


acontece quando Espécies lutam contra as drogas se recusando
a compartilhar sexo.

— Sexo realmente para a dor? Está falando sério?

— As drogas foram desenhadas para criar uma incontrolável


urgência sexual, então sexo inibe os sensores de dor, pelo que
entendemos. Muitos de nós não temos memória do que
acontece depois de ser dosado, quando a dor se tornar muito
forte.

— Movam-se. – Alguém atrás dele ordenou. – Vamos pegar a


estrada.

Brass a carregou para a SVU preta e um dos guardas da ONE


abriu a porta. Brass olhou para ele.

— Pegue as restrições suaves. Ela precisava ser forte, então ela


não vai machucar a si mesma. Um de vocês vai precisar se
sentar no banco com ela para evitar que ela bata a cabeça no
vidro se ela tiver essa urgência.

Aquilo foi á última gota para Vanni. Quanta dor ele achava que
ela ia sofrer se tentar passar a cabeça pela janela era uma
ameaça real?

— Apenas bata em mim, me desacorde.

Brass pestanejou.

Vanni puxou uma respiração profunda e gritou para fazer seu


ponto, ela quis dizer isso.

— ME ACERTE!
— Estou com medo de te machucar. – Brass se curvou e a
colocou nos pés cambaleantes.

— Já estou em agonia, droga. Apenas faça isso. – Ela ergueu o


queixo e fechou os olhos, esperando que não fosse doer tanto.

O soco nunca veio. Braços fortes passaram ao redor da cintura


dela e as costas foram pressionadas contra o lado da SUV, um
corpo grande e firme a prendeu lá. Vanni abriu os olhos e ficou
surpresa em perceber que Smiley a tinha.

— Ninguém vai te acertar, isso poderia quebrar ossos. Você é


muito frágil. Pode aguentar a dor.

— Não posso. – Lágrimas escorreram pelas bochechas dela.

— Smiley. – Brass o apressou. – Eu serei cuidadoso.

— Merda nenhuma, não pode garantir que não vai quebrar a


mandíbula dela. – O rosto de Smiley se tornou uma expressão
zangada e ele subitamente ergueu Vanni dos pés, colocando-a
no nível do rosto dele. – Jurei que ninguém iria te machucar e
vou manter minha palavra. Vou te beijar, isso vai te distrair da
dor.

Vanni esqueceu como respirar quando ele se aproximou e


baixou o olhar para a boca dela. Ela poderia ter se afastado,
mas não o fez. Preferia não ter conhecido a droga, a dor, mas
tinha que admitir que o queria também. Era mais provável que
ela morreria e estivera atraída por ele desde que tinham se
conhecido. Vanni fechou os olhos e gostou da primeira ligeira
pincelada dos lábios suaves dele tocando os dela.

Smiley se pressionou mais apertado contra ela e soltou o


quadril dela para enredar os dedos nos cabelos dela enquanto
aprofundava o beijo. Ele tinha gosto de cereja – provavelmente
tinha sido o sabor do refrigerante dele. A dor diminuiu para ser
substituída pela necessidade. Ela queria Smiley mais do que
alguma vez quis qualquer outro homem, seus seios
endureceram e o desejo de se esfregar contra ele, sentí-lo
dentro dela se tornou tão intenso que ela gemeu pela
necessidade.

— Solte ela. – Uma voz profunda ordenou. – Smiley!

Smiley quebrou o beijo e se afastou para lançar um olhar feroz


para Brass.

— Você não vai bater nela. – Smiley a olhou novamente, estava


muito escuro no beco para realmente ver os olhos dele. – Deixe-
me cuidar de você, posso mandar a dor embora com prazer.

— É uma má ideia.- Brass baixou a voz. – Não se esqueça que


ela pode ter drogado sua bebida.

— Isso não importa. – Smiley segurou o olhar dela. – Não posso


ficar vendo-a sofrer, sabendo a dor que ela enfrenta.
Ele correu a mão pelos cabelos de Vanni e agarrou os quadris
dela, se esfregando contra ela. A sensação do pênis duro dele
preso dentro do jeans se esfregando contra o excruciantemente
palpitante clitóris era celestial. Um prazer brutal a fez fechar os
olhos novamente e gemer mais alto. Parte dela estava
horrorizada que havia pessoas ao redor deles, estranhas, mas
isso levou a dor embora. Vanni se agarrou a Smiley como se ele
fosse um ponto vital. Ele tinha se tornado um. Vanni separou
as pernas e passou-as ao redor dos quadris dele, travando a si
mesma nele.

— Assegurem o perímetro. – Smiley pediu. – Dê-nos


privacidade.

— Porra. – Brass murmurou zangado. – Vocês o ouviram.


Tranquem a área e dê espaço a eles. Olhos em qualquer outra
coisa. – Ele pausou. – Pelo menos leve-a para dentro do prédio,
Smiley.

Vanni mal ouviu as palavras enquanto Smiley continuou a


moer os quadris, batendo contra ela em um ritmo lento que fez
pensar ser impossível. O clitóris dela estava tão sensível que
não podia se focar em nada mais que o firme ritmo do sexo dele
contra o dela. Foi a coisa mais poderosa que ela experimentou.

As mãos de Smiley deixaram os quadris de Vanni e deslizaram


para a bunda, agarrando as duas bochechas e prendendo os
corpos juntos mais efetivamente. Vanni enterrou o rosto contra
o pescoço de Smiley e abriu a boca, desesperada para provar
qualquer parte dele desde que tinha parado de beijá-la. Ela o
lambeu logo abaixo da orelha e então capturou o lóbulo,
suavemente sugando.

— Vanni. – Smiley tremeu contra ela e fez um som sexy, a boca


dele encontrando a garganta dela e ele deixou beijos ali.

Seu nome nos lábios dele a fizeram queimar por dentro. Talvez
fosse outra explosão quente, mas não se importou. Vanni não
poderia chegar mais perto o suficiente de Smiley com as
roupas, ela precisava sentir a pele dele e doía para tê-lo dentro
dela. Uma imagem passou na mente dela – o que sentiria se
eles estivessem nus e ele a fodesse – enviando-a para o
orgasmo.

Vanni soltou a orelha dele e pressionou os lábios contra a


garganta de Smiley, gritando. Seu corpo inteiro se sacudiu pela
força disso, êxtase a partiu de qualquer senso de realidade
enquanto alcançava a mãe de todos os climax.

— Estou aqui, continuo tendo você. – Smiley mexeu os quadris,


a respiração áspera.

Vanni vagarosamente se tornou consciente das imediações


novamente, o ar noturno bateu em sua pele, a saia dela estava
amontoada em cima e deslizava entre as pernas dela e o jeans
dele. O pênis de Smiley estava duro e pressionado firmemente
contra a boceta dela através dos montes de roupa. Vanni não
tinha gozado na calcinha desde que era uma adolescente
bagunçando ao redor com o primeiro namorado, com muito
medo te fazer sexo pelo medo de doer quando perdesse a
virgindade.

— Oh Deus. – Ela sussurrou.

As mãos grandes de Smiley gentilmente firmaram o aperto que


ele tinha na bunda dela e ela se afastou um pouco,
desprendendo-a de entre ele e a SVU. Vanni abriu os olhos e
olhou ao redor. Quatro homens permaneciam vinte metros
longe, no beco escuro, na frente do veículo. As costas deles
estavam viradas e eles pareciam estar guardando a entrada
para a rua. Um carro passou, mas não diminuiu.

Vanni virou a cabeça. A porta do hotel tinha sido fechada um


guarda vestido de negro a bloqueava. Ela olhou para a traseira
do carro e viu mais guardas postados atrás do beco. Eles
estavam virados também, mas pareciam estar lá para ter
certeza que ninguém tropeçasse entre ela e Smiley.

— Vanni?

Embaraço era uma coisa horrível, mas ela teve que encontrar o
olhar dele. O olhar de preocupação no rosto lindo dele apenas
fez isso pior.

— Me coloca no chão.
Ela baixou as pernas ao longo das dele quando Smiley fez como
ela pedira. Seus joelhos tremeram, ameaçando cair sob seu
peso quando ela ficou de pé. Smiley soltou-a e ela se afastou,
soltando-o. Os tremores cresceram piores e Vanni descansou
contra o lado da SUV para se manter de pé por si mesma.

— Continua com dor?

Ela não podia falar, mas sacudiu a cabeça. Apenas tinha se


curvado sobre ele em um beco atrás de um bar, seus pais
estariam estarrecidos com seu comportamento devasso e
também iria qualquer um que a conhecia. Smiley não era
culpado, ela tinha praticamente implorado a ele para ajuda-la e
ele tinha.

— Não está acabado.

— O quê? – Ela quase não o ouviu corretamente.

— Pode durar por horas.

— Não. Isso...

— É uma liberação curta que alguns de nós sentem depois de


encontrar a liberação, mas em minutos os sintomas retornam.

— Não. – Não queria acreditar naquilo.

— Brass? – Smiley se afastou alguns passos.


O Nova Espécie girou e se apressou para mais perto da posição
na frente da SUV, Smiley o encontrou na metade do caminho.

— Tenha certeza que eles pegaram nossas bebidas, eu não bebi


o meu todo. Talvez possamos encontrar algumas impressões
digitais no copo que provarão a inocência dela. Um dos
hóspedes do hotel pode ter colocado a droga em alguns dos
copos vazios e apenas esperou que eles fossem usados.

— Isso já foi feito. – Brass manteve a voz baixa. – Estamos


levando tudo para Homeland para ser testado, precisamos sair
daqui. Os repórteres querem saber o que aconteceu para nos
fazer fechar o bar e eles estão entrevistando os humanos que
estavam dentro na hora. Justice está se recusando a responder
as perguntas deles até que estejamos fora do caminho, mas
eles talvez obtenham registros da segurança. Eles não gravam
sons, mas fazem vídeos. Isso apenas importa pelo tempo antes
que percebam que ela está desaparecida.

Os olhos de Vanni se arregalaram quando umidade escorreu


pernas abaixo, isso teve que acontecer porque ela apenas tinha
gozado muito. Os mamilos frisaram até que estavam doloridos e
uma trêmula e afiada sensação atacou a vagina e se espalhou
acima, para as costelas. Ela arquejou e se dobrou.

— Vanni! – Smiley estava ao lado dela um instante depois, uma


mão segurando um ombro e a outra o quadril.
Ela não podia respirar. Agonia partiu do centro dela e a única
coisa que a impediu de bater no pavimento foi o aperto de
Smiley nela. O coração batia com tanta força que ela imaginou
se estava tendo um ataque cardíaco, dor apertava seu peito.
Vanni ergueu a cabeça e estava cega pelas lágrimas enquanto
tentava olhar para os olhos dele, Smiley tinha que estar ciente
da aflição dela.

— Deixe-me te ajudar.

Ela assentiu. Faria qualquer coisa, tentaria qualquer coisa,


para fazer isso parar. Smiley mudou o aperto e a forçou a se
erguer, ajudou quando ela deu uma longa puxada de ar antes
que as lágrimas deslizassem pelas bochechas. Ele soltou o
quadril dela e os afagou com o polegar.

— Estou bem aqui, farei tudo o que você precisar.

Vanni precisava que ele fizesse a dor ir embora. Beijá-lo e o


toque dele tornavam a dor em prazer, foi quase instinto agarrar
a camisa de Smiley e o puxar mais para perto. O som do
material se rasgando foi chocante. Smiley era mais alto, mas
ela usou a outra mão para agarrar os cabelos pretos dele,
puxando-os para trazer a boca dele até a dela. Os lábios
encontraram os dele quando abaixou a cabeça e ela era a única
beijando freneticamente.

A agonia se transformou em necessidade sexual. Vanni não se


preocupou com nada, exceto tentar escalar a figura grande
dele. Smiley a ajudou passando um braço pela cintura e
erguendo-a dos pés, gemidos rasgaram dela quando passou as
pernas ao redor da cintura dele uma vez mais. Vanni foi aquela
que começou a se mover, moendo a boceta contra a frente da
calça dele.

— Devagar. – Smiley afastou a boca e virou a cabeça, ele


arquejava.

— Não. – Vanni se focou na garganta exposta dele e colou a


boca aberta nela, lambendo e chupando-o.

— Porra. – A voz dele se aprofundou.

Vanni queria isso, tanto. Isso significava soltar ou os cabelos


dele ou a camisa, no entanto. Ela soltou a camisa de Smiley e
desceu, tentando trabalhar os dedos entre os estômagos para
localizar o botão do jeans masculino. Smiley curvou as costas o
suficiente para dar a ela espaço para fazer isso e Vanni agarrou
a frente das calças, ele subitamente virou e ela estava presa
entre o corpo dele e a SVU novamente. Ele a prendeu lá e se
aproximou com a mão livre para desentrelaçar os dedos dela do
cabelo.

— Devagar. – Ele pediu.

Vanni se afastou da garganta de Smiley e fez careta no arquejo


dele. Smiley a deixou ir e ela agarrou a mandíbula dele, virando
o rosto masculino o suficiente para beijá-lo novamente. A
língua dela penetrou na boca do macho e ela gemeu.

— Temos alguém no telhado do hotel! – Um homem gritou. – É


Shane, mande alguém lá para cima agora!

Vanni ignorou o aviso, ela agarrou os quadris de Smiley com as


pernas e deslizou contra o topo das calças dele, se movendo
para cima e para baixo contra ele. Isso era muito bom no
clitóris, mas queria mais.

— Smiley! – Um dos homens gritou. – Leve-a para o abrigo.

Smiley a puxou para longe da SUV, segurando-a apertado


contra o corpo com os braços e pernas ao redor dele. O macho
recuou alguns passos e virou, colocando os dois dentro da
SUV. Vanni terminou jogada no colo de Smiley com a bunda
dele empoleirada na borda do assento para dar as pernas dela
algum espaço então elas não seriam apertadas entre o assento
e ele. alguém bateu a porta, trancando-os dentro.

Vanni foi para a boca de Smiley. Eles estavam no espaçoso


banco de trás de uma SUV e sozinhos, as janelas eram
pintadas e ela esperava que ninguém pudesse vê-los. Smiley a
beijou com paixão suficiente para roubar a respiração. Ela se
remexeu no colo dele, frenética para gozar novamente.
Smiley retirou a boca da dela, deixando os dois arquejando.

— Vou virar você, separe suas pernas.


Vanni não queria deixa-lo, mas Smiley forçou a coisa quando
agarrou seus quadris e a ergueu, girando-a ao mesmo tempo.
Ela caiu de volta no banco de couro e ele preencheu todo o
caminho para a porta, ainda a abraçando. Uma das pernas
dela estava presa entre os quadris e as costas do banco, Smiley
a puxou para mais perto até que a bunda feminina estava
contra o lado dele.

— Abra para mim.

Foi difícil fazer como ele pediu quando Vanni queria se virar e
subir no colo dele novamente. Smiley soltou os quadris dela e
agarrou a saia, empurrando-a para o estômago, e usou a outra
mão para agarrar coxa e empurrou para a frente do
compartimento. Isso bateu no assento do lado do passageiro.
Smiley soltou a perna e Vanni gritou quando os dedos dele
passaram pelo centro da calcinha, uma torção forte e foi
rasgada. Os polegares se esfregaram pela área molhada da
boceta dela e para cima, acariciando o clitóris.

— Sim. – Vanni jogou a cabeça para trás ao pequeno toque e


arqueou os quadris.

— Estou aqui, acredite em mim para cuidar de você.

Isso era tão bom e Vanni se mexeu no assento, arranhando o


couro acima da cabeça. Ela não queria enfiar as unhas em
Smiley e machuca-lo, foi o único pensamento são que ela teve.
Isso talvez o fizesse parar de brincar com o pulsante clitóris.
Esse era o centro do mundo para ela naquele momento,
pulsando tanto que parecia que o coração dela tinha viajado
para baixo e ela podia ter certeza que havia um pulso.

As mãos de Smiley retornaram para os quadris de Vanni,


empurrando-a para baixo para mantê-la presa ao assento. Ela
fechou os olhos, cada músculo do corpo parecendo tenso e ela
grito, gozando com força. Sugou o ar e teria gritado mais alto se
Smiley não tivesse soltado o quadril e se curvado para frente,
as mãos descendo para a boca dela.

Vanni abriu os olhos, olhando dentro dos dele. Eles estavam


quase discerníveis na obscura SUV. O rosto de Smiley era
apenas uma sombra, mas Vanni vislumbrou a forma dos olhos
dele. O polegar masculino circulou o clitóris dela, fazendo com
que tremessem enquanto o clímax continuou a rolar através
dela. Vanni agarrou o pulso dele, apenas precisando tocá-lo.

— Desculpe. – Smiley afastou os dedos do clitóris dela e ergueu


a mão para longe da boca dela. – Há alguém no telhado do
hotel e você parecia pronta para gritar. Não quis te assustar.

Vanni permaneceu deitada, tentando respirar. Suas pernas


estavam abertas e sua saia estava amontoada na cintura.
Smiley estava deitado pela metade sobre ela enquanto a
posição espalhada dela ocupava a maior parte do assento
espaçoso. Vanni esperava que ele não pudesse ver o rosto dela
melhor do que ela podia ver o dele. Calor se ergueu nas
bochechas. O desejo de fechar as pernas e puxar a saia para
baixo para cobrir a boceta exposta era forte, mas pôde lutar
com a urgência de fazer isso.

— Sinto muito que fiquei agressivo.

— Eu também. – Vanni piscou.

— É a droga. Vá em frente e puxe meus cabelos, rasgue minha


camisa e me morda do jeito que quiser.

Se encaixou que ela tinha feito todas essas coisas enquanto a


memória apareceu. Vanni soltou o pulso de Smiley e se
aproximou, olhando a frente da regata dele. Ela estava rasgada
e Vanni sentiu a pele quente dele.

— Eu sinto muito. – Ela tentou ver o pescoço dele onde ela


beijara, imaginando se tinha feito mais que belisca-lo, mas não
pôde descobrir. – Eu te mordi?

— Você não pode me machucar, Vanni. Isso foi gostoso.

O olhar feminino baixou entre eles, mas o anel brilhante na


mão esquerda chamou a atenção dela. A realidade bateu com
força.

— Oh, meu Deus. Eu estou noiva.


O som que Smiley fez era um rosnado e um grunhido
combinado.

— Vi o anel, mas esperava que fosse apenas uma joia.

Vanni fechou os olhos. Carl nunca a perdoaria pelo que tinha


feito com Smiley, ele ficaria furioso e machucado. Não
importaria o porquê tinha acontecido ou que ela não queria sair
com outra pessoa.
Capítulo Três

— Vanni?

Ela olhou para Smiley quando ele se moveu acima dela, ele se
ergueu o suficiente para um pouco da luz do beco alcançar o
rosto e ela pôde enxergar os maravilhosos olhos marrons
novamente. Ela odiou o olhar triste neles.

— Podemos fazer isso sem que eu entre em você, posso cuidar


de mim mesmo e cuidar de você enquanto sofremos os efeitos
da droga. Apenas não fique ofendida, estou em uma severa dor.

— Você está? – Vanni se sentiu estúpida e egoísta ouvindo


aquilo. – Esqueci que você foi drogado também.

— Sim, preciso liberar ou talvez enlouqueça. Respeito seu


status com outro homem e não quero que você me odeie,
apenas não quero que você fique com medo quando eu libertar
meu pau. Não vou te forçar a me levar, não olhe.

Ele vai se masturbar. Nenhum cara tinha feito isso na frente


dela antes. Vanni desviou o olhar quando Smiley se sentou e
libertou as calças, ele se ergueu do assento para empurrar as
calças para baixo o suficiente para tirá-las do caminho. A
curiosidade era forte, mas ela resistiu. Smiley se sentou de
volta e a pele nua descansou contra o lado da perna de Vanni,
que estava entre ele e o assento. Ele se virou um pouco e
pigarreou.
— Você está segura comigo.

— Eu entendo. – Vanni corajosamente olhou para o rosto dele,


foi provavelmente o momento mais estranho da vida dela.
Estava quase nua e ele tinha o colo exposto. Eles eram
praticamente estranhos. Seu clitóris começou a esquentar e
seus mamilos a pesar, ela estava aprendendo os sinais.

— Isso vai acontecer novamente. – A respiração dela acelerou,


os músculos do estômago se contorcendo e a dor aguda
começou a se construir entre as pernas. – Quando as drogas
vão deixar nosso sistema?

— Pode ser em horas.

— Eu não vou sobreviver a isso.

— Você vai. – As mãos dele acariciaram as pernas dela e Vanni


mordeu o lábio.

— Isso é bom.

— Posso entrar em você com meus dedos? Estou com medo de


que vá doer amanhã se eu continuar apenas te tocando aqui. –
O polegar passou acima do clitóris sensível.

Prazer instantâneo bateu nela apenas pelo leve toque, ela


assentiu. O dano estava feito, ela já tinha traído Carl. Vanni se
ajeitou e agarrou a borda do assento, lutando com a tentação
de se esfregar contra o polegar de Smiley para manter o toque
dele. A dor retornou com uma vingança.

— Smiley. – Ela arquejou. – Está ficando ruim.

Ele desenhou círculos com a ponta do polegar em cima do sexo


dela e Vanni ajustou a coxa para manter as pernas abertas. O
assento embaixo dela se moveu um pouco quando Smiley se
virou para ela.

— Olha pra mim, Vanni.

Ela trancou o olhar com ele e gemeu quando Smiley virou a


mão o suficiente para pincelar os dedos contra as dobras da
boceta dela. Smiley cobriu lá e os dedos gentilmente entraram
na boceta. Vanni se arqueou contra ele, querendo mais. Era
incrível e ela gemeu.

— Você está tão apertada. – A voz de Smiley se aprofundou. –


Meu pau está com inveja.

Vanni virou a cabeça, já incapaz de lutar contra a tentação.


Teve que virar um pouco no assento, mas ela pegou um olhar
para o colo masculino. Estava sombreado, mas ela pôde
enxergar o pênis. Ele era grande e a outra mão passava ao
redor da base, isso a fascinou e Vanni não pôde olhar para
longe.
Smiley inseriu o dedo profundamente dentro dela e Vanni
gritou. Maravilhoso. Os impulsos de Smiley mudaram para
desenhar pequenos círculos ao redor do clitóris para esfregar
de cima abaixo enquanto ele a foida com o dedo grosso. Vanni
rolou os quadris, se apertando para encontrar o compasso
lento. A visão dele batendo e acariciando o pau no mesmo ritmo
que os dedos a ligaram ainda mais.

— Mais rápido. – Ela apressou, querendo gozar forte e rápido.

— Não quero ser muito rude.

Vanni abandonou o assento, se aproximou e agarrou o pulso de


Smiley. Ela empurrou selvagemente os quadris, cavalgando os
dedos dele. O polegar masculino deslizou do clitóris, mas isso
não importava. A sensação dele dentro dela, qualquer parte
dele, foi o suficiente para tê-la arquejando e gemendo, perdida
no fogo.

Smiley respondeu rosnando profundamente e Vanni ficou mais


excitada vendo a mão dele se movendo mais rápido no pau. Era
mais quente que o inferno para ela e desejou que lá estivesse
mais iluminado, o pau parecia mais grosso e maior do que o de
qualquer um com quem ela já havia dormido. Vanni imaginou o
que seria sentir aquilo na vagina estreita e ela gozou, gritando o
nome de Smiley.

Os músculos vaginais se agitaram ao redor dos dedos,


apertando o suficiente para que ela fosse consciente de cada
um. Smiley puxou o pulso para longe, retirando os dedos
abruptamente e agarrou o pau com as duas mãos. Vanni
assistiu ele passar os dedos ao redor do eixo, Smiley jogou a
cabeça para trás, olhos fechados, boca aberta. Ele não fez
nenhum som, mas o corpo inteiro se sacudiu e ela olhou para
baixo, assistindo ele lançar a liberação. Correntes grossas de
sêmen saíram antes que ele agarrasse a cabeça do pau com a
palma e virou para longe do assento. Isso deixou Vanni
olhando para os ombros largos de Smiley, ele estremeceu
algumas vezes e a respiração era errática.

Smiley se recuperou mais rápido do que ela. Ele se ajeitou no


assento, as coisas ainda retas, e arrancou a regata pela cabeça.
Vanni apostava que ele usaria para se limpar. Smiley
finalmente a encarou e os olhos deles se encontraram.

— Você está bem?

— Sim. – A surpreendeu que ele estava preocupado com ela.

— Não tenha medo.

Ela não tinha. Nem mesmo quando ele se mudou no assento e


veio para cima dela, Smiley colocou os braços ao lado dos dela
e o rosto se abaixou a centímetros acima do dela. Ele estava
perto o suficiente para beijar. A visão de Vanni devia ter se
ajustado à escuridão, porque ela podia distinguir as feições de
Smiley um pouco mais que antes.
— Eu não tenho uma loção.

— Okay.

— Você está molhada, bebê. Preciso me esfregar contra você


para me cobrir ou estarei ferido amanhã.

Levou alguns segundos para entender o que ele quis dizer.


Vanni sentiu as bochechas se esquentando e odiou o modo com
que corava tão facilmente.

— Oh, eu entendo.

Smiley se mexeu um pouco mais e Vanni se surpreendeu


quando o pau dele se esfregou contra sua boceta. Ele tinha
gozado, mas continuava duro como uma pedra. Smiley nem
mesmo precisou usar as mãos, mas ao invés disso ajustou os
quadris para deslizar o eixo contra as dobras dela. O olhar de
Vanni trancou com o dele e novamente ela percebeu o quão
sexy ele era. A luz da rua que vinha na frente da SUV iluminou
mais claramente o rosto de Smiley.

A dor não havia retornado ainda, mas Vanni queria beijar


Smiley. Ele rolou os quadris, deslizando a ponta do pau contra
o clitóris dela. Ela gemeu e ele congelou.

— Não faça isso. – Smiley murmurou. – Você não tem ideia do


quanto te quero. Eu morreria apenas para te possuir uma vez.
Você é tão bela, Vanni.
Nenhum homem tinha dito isso a ela antes. Talvez fosse apenas
uma coisa que ele costumava fazer, mas o olhar sincero nos
olhos de Smiley a fizeram acreditar nele. Vanni não planejava
tocar o rosto dele, mas isso aconteceu de qualquer forma. Ela
apenas não pôde resistir a cobrir as bochechas dele.

— Sério?

— Eu nunca quis tanto alguém.

Vanni mordeu o lábio e puxou uma respiração profunda. O


olhar mudou do dele para o anel na mão esquerda, Vanni
soltou o rosto de Smiley e alcançou atrás dele. Ela puxou o
anel, mas ele não quis sair. Vanni foi persistente. Quando o aro
deslizou, ela o deixou cair no chão da SUV.

Smiley se moveu um pouco para a direita e olhou para o anel


descartado. Ele pestanejou e então olhou para ela.

— Por que você fez isso?

— Sou muito honesta e irei contar ao meu noivo sobre o que


aconteceu entre nós dois. Ele nunca vai casar comigo. Está
acabado.

— Ele não pode te culpar se você não teve culpa em nós dois
sermos drogados.
— Você não o conhece. Não acho que eu o conheço tão bem
quando pensei, até recentemente. Está tudo bem. Acho que
estou fazendo um favor a nós dois retirando isso.

Uma explosão quente bateu e Vanni fechou os olhos,


respirando através dela. Smiley se mexeu para colocar mais
espaço entre os corpos e se sentou. Vanni ergueu uma mão e
ele agarrou, segurando apertado.

— Isso vai passar, estou aqui com você.

Ela abriu os olhos e usou as pernas para se colocar em uma


posição sentada, ela teve que se afastar um pouco para fazer
isso.

— Preciso de você.

— Deixe-se.

— Tire essas roupas de mim. – As mãos de Vanni tremiam


enquanto ela agarrava a saia, tentando retirá-la, mas se
sentindo muito insegura para se despir. Suor escorreu dela.

Smiley hesitou.

— Por favor?
Ele colocou as mãos dela para o lado e puxou a blusa pela
cabeça de Vanni. O olhar de Smiley se abaixou para o sutiã e
ele lambeu os lábios.

— Tudo isso. Por favor. Estou tão quente.

— Eu poderia ligar o motor e ajeitar o ar-condicionado.

— Por favor? – Pânico a agarrou. – Estou queimando!

Smiley foi para frente, alcançando ao redor de Vanni,


desprendeu o sutiã e puxou-o para fora com uma eficiência que
demonstrava experiência. A saia veio depois, a cintura elástica
fazendo mais simples para ele puxá-la pelas pernas. A calcinha
de Vanni fora destruída e ela não tinha ideia de onde seus
sapatos estavam, não podia se lembrar de perde-los, mas eles
tinham ido embora.

— Porra. – Smiley não tentou esconder o exame minucioso do


corpo dela. – Você é perfeita.

A explosão quente passou e Vanni desejou ter mantido alguma


roupa. Carl a tinha presenteado com um cadastro na academia
para perder sete quilos antes da cerimônia de casamento.
Smiley não parecia ligar para aquelas curvas extras enquanto a
admirava abertamente com uma expressão faminta. Ele não
apontou os defeitos dela. Vanni o alcançou.

— Beije-me.
— Deveríamos te cobrir parcialmente. – Ele hesitou.

— Eu sinto muito. – A rejeição machucou os sentimentos de


Vanni e ela se empurrou para longe.

— Pelo quê? – Smiley estava lá em um instante, correndo


através do assento.

Vanni ergueu um joelho em uma triste tentativa de cobrir os


seios e esconder a vagina do olhar dele.

— Eu tendo a ser atirada.

Os dedos de Smiley escovaram os cabelos de Vanni para longe


do ombro e ele acariciou o braço dela com as costas dos dedos.
Ela sufocou um gemido, o corpo estava ligado e ela não via um
interruptor. Para os sentidos dela, até mesmo o menor toque
parecia amplificado.

— Vanni? Olhe para mim.

Precisou de coragem, mas ela fez isso. Os olhares se


prenderam.

— Fale comigo. Como você está tentando ser atirada? Não


tenho certeza do que você quis dizer. Seja brusca. No que está
pensando?
Vanni sempre foi um pouco tímida e passiva quando se tratava
de sexo. Claro que nunca tinha sido dosada com uma droga
que fazia com que seus seios ficassem pesados e duros para ser
tocados. Sua boceta se apertava tanto que isso estava se
tornando uma dor real.

— Eu tirei o anel. – Ela encolheu os ombros. – Preciso de você.


– Foi difícil dizer a ele que queria que ele a fodesse e Vanni não
poderia deixar as exatas palavras saírem. – Você, hum, não
precisa cuidar de si mesmo. Podemos ajudar um ao outro.

Aquele grunhido suave e crescente que Smiley produziu era


sexy e fez Vanni endurecer.

— Não quero que você me odeie amanhã depois que as drogas


estiverem fora do seu sistema. Você vai lamentar isso.

— Talvez. – Vanni decidiu ser honesta. – Mas amanhã não é


agora. E não vou te odiar. Vou acertar a mim mesma se tiver
que culpar alguém. Eu te quero.

— Você tem certeza? – Smiley parou de acariciar o braço dela.

— Sim.

— Você está tomando pílulas ou em alguma outra forma de


controle de natalidade?

— Sim e tenho um histórico limpo de saúde. E você?


— Espécies não carregam doenças.

Vanni baixou o olhar para o peito de Smiley. Ele era musculoso


e tinha o peito amplo.

— Você é perfeito também. – Uma dor esfaqueou a espinha de


Vanni, ela agarrou o antebraço de Smiley. – Está começando
novamente.

Ele foi para frente e alcançou atrás do assento dela. Vanni


imaginou o que ele estava fazendo até que o assento se
reclinou, ela caiu com ele e arfou. Smiley deslizou do assento,
quebrando o aperto dela nele, e se atrapalhou com algo
próximo as pernas dela. O assento do motorista clicou e Smiley
o empurrou para frente, ele caiu para os joelhos no exíguo
espaço entre os assentos e agarrou as pernas de Vanni. Um
puxão e a bunda dela deslizou para a borda do couro. Smiley
encaixou os quadris entre as coxas separadas e se curvou até
que o rosto estivesse a centímetros acima do dela próprio.

— Eu serei gentil.

Vanni iria fazer sexo com um estranho. Ela sempre tinha


pensado que isso seria impessoal e frio. Não se sentia desse
jeito quando ele sorriu, isso a acalmou. Smiley não apenas
entrou nela, ao invés disso a beijou. Vanni passou um braço ao
redor do meio dele e o outro no ombro dele, as mãos
explorando a expansão das costas. Smiley era quente e tinha a
pele de um aveludado suave, considerando que ele parecia tão
duro. Ele alcançou entre eles e massageou o clitóris dela.

— Estou com dor. – Vanni retirou a boca da dele e gemeu.

— Passe suas pernas ao meu redor, tão alto quanto possível.

Vanni não discutiu ou o questionou, mas colocou os joelhos


mais alto e prendeu as coxas contra os quadris dele. Isso
deixou um dos braços abaixo dos dele, mas Smiley pressionou
o peso para baixo para prendê-la lá quando Vanni tentou
deixa-lo livre.

— Apenas me permita liderar isso, Vanni. Vou te fazer se sentir


tão bem.

O jeito que ele disse isso, tão suave e ainda áspera, enviou um
tipo bom de arrepios pela espinha. Smiley parou de brincar
com o clitóris de Vanni e ela quis protestar, mas antes que
pudesse o pênis dele pincelou contra a entrada da vagina.

— Relaxe. – Ele pediu.

Vanni tremeu, querendo muito Smiley dentro dela para se


preocupar sobre o tamanho dele.

— Eu não posso.
Ele se pressionou apertado contra ela e Vanni assumiu que ele
usava a mão para guiar o eixo para o ponto perfeito. Smiley o
encontrou e foi para frente. Vanni arfou, o pau dele estreitando
as paredes vaginais enquanto se colocava dentro dela. Vanni
estava extremamente molhada e pronta para recebe-lo, mas ele
congelou.

— Filha da puta.

— Não pare. – Ela não tinha certeza do que estava errado, mas
cravou os pés nas costas dele. – Por favor.

— Eu não poderia se a droga da SUV pegasse fogo. – Smiley fez


outro som suave na garganta. – Estamos queimando. Estou
apenas com medo de que vou me perder e ser muito rude. Você
me faz sentir tão bem.

— Estou doendo por você. – Vanni contraiu os quadris.

Smiley se pressionou mais fundo dentro dela e Vanni gritou.


Ele era realmente grande. O corpo dela pareceu se esticar além
da capacidade, ansiedade bateu nela por um pequeno segundo.
Smiley foi mais fundo e ela arranhou as costas dele, querendo
freneticamente que se movesse mais rápido. Ela não tinha
certeza se iria doer, mas ele se sentiria maravilhado.

— Muito lento. – Vanni arfou.


— Estou tentando ser gentil, bebê. – Ele murmurou, a voz
áspera. – Porra, as drogas estão fazendo você inchar por
dentro. Vamos matar um ao outro. Estou com medo de ser
muito rude com você.

Smiley era parte animal e Vanni não tinha ideia de qual era a
versão de rude dele. Isso não importava, no entanto, quando
ele se retirou um pouco e ajustou os quadris para entrar nela
novamente com uma pressão constante. O prazer sobrepujou
qualquer medo, ele encontrara aquele ponto G que ela tanto
tinha ouvido falar, mas nenhum cara tinha achado antes. Os
olhos de Vanni se arregalaram em surpresa e ela gritou o nome
de Smiley.

O peito dele tocavam os seios dela e cada movimento esfregava


a pele quente dele contra os mamilos duros. Ele entrou nela
mais rápido, batendo naquele ponto mágico que enviava faíscas
de êxtase direto para o cérebro dela. Vanni gemeu, perdida na
sensação dos corpos juntos. Era um ajuste apertado e ela podia
sentir cada centímetro dele. Mais do peso de Smiley caiu nela,
mas a massa sólida do corpo dele colocado acima dela era
confortável ao invés de esmagadora. Vanni queria ficar tão
próxima de Smiley quanto possível, até que eles se fundissem
juntos. A pélvis de Smiley crescia contra o clitóris dela.

Vanni gritou quando o clímax bateu, foi dez vezes mais forte do
que os outros que Smiley tinha dado a ela. Vanni finalmente
sabia o que mente explodida significava, como se uma bomba
detonasse dentro do crânio. Sua boceta parecia ter a mesma
sensação enquanto todos os músculos se convulsionaram,
sacudindo tão apertado o eixo rígido de Smiley que ela se
preocupou que alguém fosse danificado em um deles.

— Oh inferno! – Ele rosnou.

Vanni forçou os olhos a abrir apesar da dificuldade em focar


em algo, mas as ondas de prazer continuavam passando
através dela. Smiley ergueu o peito de cima dela, uma
expressão dolorosa contorciam as feições em algo quase
assustador. Ele cerrou os dentes, mostrando as presas desde
que os lábios estavam retraídos em um quase rosnado. Smiley
ficou congelado em cima de Vanni quando ela gozou, mas ele
começou a fodê-la novamente em curtos e violentos impulsos.

Os olhos de Vanni se arregalaram e ela lutou para respirar. Não


conseguia levar ar para os pulmões, o prazer extremo correndo
através dela era muito intenso. Smiley rosnou enquanto o pau
foi mais fundo, permaneceu lá, e ele começou a gozar. Calor
pulsou dentro dela enquanto o sêmen a preencheu, outro
clímax sacudiu Vanni. Ele foi muito forte.

Estou morrendo. Terror quase ultrapassou o prazer, mas se


quebrou através dela. Os olhos de Vanni se fecharam e a
escuridão veio, levando tudo para longe.

Smiley ajeitou os braços para se impedir de cair em cima de


Vanni, a mandíbula doía um pouco por cerrar os dentes para
evitar que ele mesmo gritasse quando gozou. Ele não tinha
querido assustá-la. Tremores corriam por seu corpo pela força
do que havia experimentado. Nenhum dos seus encontros
sexuais anteriores com fêmeas havia chegado perto do que eles
tinham compartilhado. Ele entendeu o termo “virado do avesso”
depois da violenta explosão das bolas. Smiley teria ficado
surpreso se elas ainda contivessem alguma gota de sêmen.

Ele olhou para Vanni. Os olhos dela estavam fechados, o rosto


um pouco virado.

— Vanni?

Ela não respondeu ou reagiu de alguma forma. Smiley limpou a


garganta, esperando que o tom áspero não soasse tão duro.

— Você está bem?

Vanni não se moveu. O olhar de Smiley deslizou para os


adoráveis seios dela, eles se moviam com o subir e descer do
peito feminino. Ele mudou de posição, usando um cotovelo
para segurar o peso e cobriu a bochecha de Vanni, virando
gentilmente para dar uma melhor olhada nela. Vanni parecia
dormir pacificamente, mas isso o assustou como o inferno.

— Vanni!

A respiração dela batendo no seu rosto o assegurou que ela


estava viva, mas Vanni não respondia ou abria os olhos. Pânico
não era uma emoção que Smiley sentia com frequência, mas
sentiu-a. Haviam contado histórias de um Espécie que fora
dosado com a droga da reprodução, ele tinha acordado para
encontrar a si mesmo em cima de uma fêmea, mas ela tinha
morrido. Ele a tinha matado durante o emparelhamento.

— Não. – Ele choramingou.

Smiley retirou vagarosamente o pênis de dentro da confinação


apertada de Vanni.

— Vanni? Abra os olhos, diz pra mim que você está bem. Diga
que eu não te machuquei. – Ele não estava acima de implorar.

Smiley precisava encontrar ajuda. Ele se ergueu, esquecendo


onde estava, e a cabeça bateu no teto da SUV. A dor mal foi
registrada enquanto ele olhava para baixo entre eles. Smiley
cheirou, não vendo ou sentindo sangue. Tinha perdido o
controle quando ela gozou. A sensação de Vanni, os sons que
ela tinha feito, tinham o jogado em um frenesi. A boceta dela
tinha se apertado ao ponto dele não poder se mover de primeira
– quase uma tortura, desde que ele estivera bem na borda. No
segundo que os músculos haviam aliviado o aperto no pau,
aquelas urgências não poderiam ser negadas. Ele tinha gozado
tão forte que tinha ficado inconsciente de qualquer coisa.

— Vanni?

Ela ainda não se movia, mas estava respirando. Smiley agarrou


o jeans e tentou subi-lo pelas pernas, o material estava preso
sob os joelhos. Ele se torceu para frente e para a esquerda,
batendo o ombro no banco. Colocou as calças, mas não se
incomodou em abotoá-las. Sua camisa estava com as botas
quando ele as viu próximas a porta, ele olhou para baixo e as
pegou, o material rasgou, mas ele tinha os pés livres.

Uma olhada para Vanni o fez consciente da nudez dela e tentou


cobri-la com o vestuário frágil, levou um segundo para fechar
as pernas abertas. Proteger a modéstia dela parecia importante
naquele momento. Smiley se aproximou, agarrou a maçaneta e
empurrou a porta aberta.

— Consiga um médico!

Ele não poderia sair do lado dela. Smiley ajustou a saia em


cima de Vanni e correu os dedos pelos cabelos dela.

— Vanni? Vamos lá, abra os olhos.

Passos pesados soaram e Brass entrou na SUV pela porta


aberta.

— O que está errado?

— Ela desmaiou. Eu não sei se a machuquei ou não.

A outra porta foi aberta e Ned estava lá, Smiley quis ataca-lo
quando o cara tocou em Vanni. Ele agarrou o pulso dela e
empurrou a mão de Smiley dos cabelos dela para pressionar as
pontas dos dedos contra a garganta dela.

— O que você está fazendo?

— Checando o pulso dela. – Ned encontrou o olhar de Smiley. –


Está lento e estável. O que aconteceu?

— Eu não sei.

— Eles estavam fazendo sexo e agora ela está inconsciente. –


Brass resmungou. – Eu não sinto cheiro de sangue.
Smiley ficou feliz por ouvir aquilo, seu olfato não era tão
apurado quando o do canino. Isso significava que ele não tinha
causado uma hemorragia interna.

— Ela está bem?

— Acho que ela apenas desmaiou. – Ned soltou Vanni e


pestanejou. – O batimento cardíaco é estável. Não tenho
exatamente um monitor de pressão sanguínea comigo, mas eu
provavelmente poderia examiná-la. – Ele alcançou a saia
cobrindo o corpo de Vanni.

— Não. – Smiley atacou, batendo a cabeça no teto da SUV


novamente, mas parando efetivamente o homem quando ele
ficou em cima da forma inerte de Vanni e agarrou os lados do
assento para se manter em cima dela. Isso colocou seu rosto a
centímetros do de Ned e Smiley mostrou as presas para deixar
clara a ameaça.

Ned quase tropeçou, retrocedendo rapidamente.

— Tudo bem, não me morda. Porra.

— É a droga. – Snow chegou ao outro lado da SUV, ele


empurrou Ned para fora do caminho, o olhar frio fixado em
Smiley. – Calma, Smiley. Onde está sua atitude normalmente
tagarela?

— Foda-se. Ele não vai vê-la nua.

— Tudo bem. – Snow piscou algumas vezes e pestanejou.


Shane chegou, um pouco arquejante. Ele olhou para Vanni e
Smiley não gostou disso. Ele retumbou rispidamente, as mãos
de Shane se ergueram.

— Eu tenho treinamento médico. Você gritou por um médico.

— Ele não vai deixar que a gente a examine. – Ned sussurrou. –


Ele está assustadoramente chateado e na defensiva.

— Sob as circunstancias, isso é normal. – Brass lembrou a


eles. – Smiley? Olhe pra mim. Sente-se.

Smiley colocou a bunda para baixo e soltou as costas do


assentos, então não estava mais sobre Vanni, mas se manteve
perto. Ele se focou nela. A expressão feminina era pacifica. Ela
não parecia estar com dor.

— Smiley? – A voz de Brass suavizou. – Ela provavelmente


apenas desmaiou. É uma droga dolorosa e humanos não são
tolerantes a isso como nós somos. É o melhor.

— Como você pode dizer isso? – Aquilo fez com que a cabeça de
Smiley desse uma volta para olhar Brass.

— Ela não está sofrendo. Precisamos leva-la para Homeland


antes que ela acorde. Estou ouvindo a respiração dela, já gastei
tempo suficiente ao redor de fêmeas humanas para saber como
elas respiram quando estão dormindo. Isso é tudo, a menos
que você pensa que quebrou algum osso. Você se tornou muito
agressivo?

— Não. – Ele tinha certeza disso.

— Precisamos leva-la para nossos médicos.

Isso fez sentido, ele assentiu.

— Dirija.

Brass hesitou.

— Shane e Ned, quero vocês dois para viajar com eles em caso
dela precisar de ajuda médica. Se ela acordar com dor, vocês
podem chamar um helicóptero uma vez que alcancem uma
área isolada onde um pode pousar sem causar uma confusão.
Um time de apoio vai seguir na outra SUV. Snow e eu temos
que ficar aqui com Justice.

Shane subiu no assento do motorista e o ajustou para caber as


pernas compridas, o motor rugiu para a vida. Smiley relaxou
um pouco agora que um pouco do seu medo foi acalmado. Ele
tinha que acreditar que Vanni estava penas exausta ou a droga
a tinha apagado, era melhor que a alternativa que ela estava
gravemente doente.

O pênis de Smiley endureceu dolorosamente e uma explosão


afiada de dor bateu nas bolas, ele grunhiu.

— Smiley? – Brass entrou na SUV novamente. – O que está


errado?

— Dor. – Ele murmurou, segurando o estômago, a respiração


errática.

— Lamento, não quero que você sofra. – Brass anunciou.

Brass agarrou o ombro dele e Smiley olhou para ele quando o


macho o forçou a se virar. Smiley viu o punho um segundo
antes dele bater no seu queixo.
Capítulo Três

— Eu odiaria estar na outra SUV. – Um homem anunciou.

— Eu também. Smiley vai ficar chateado porque Brass o


derrubou quando voltar a si. Eles não fodem ao redor, fodem? –
A segunda voz também pertencia a um cara.

Vanni descansava de lado em algum tipo de veículo, estava


escuro quando ela abriu os olhos e levou alguns segundos para
a memória retornar, medo vindo com ela. Estava sozinha no
banco de trás de uma das SUV – provavelmente a mesma onde
ela e Smiley tinha estado. Alguém tinha colocado cintos de
segurança nela, um estava ao redor das pernas, o outro ao
redor das costelas. Sua saia estava firmemente amarrada como
uma cortina, mas ela estava nua por baixo. A sensação do
couro contra a pele a assegurou disso.

— Merda, não. – O primeiro anunciou. Ele estava no assento do


motorista.

— Algumas vezes imagino se somos loucos por trabalhar com


os Nova Espécies. E você, Shane? Alguma vez pensou que
poderia estar fazendo outra coisa?

— Não, eu amo a ONE. Essa é apenas uma noite ruim, Ned.


Ninguém esperava um ataque como o que ocorreu no hotel.

Ned ficou em silêncio por longos segundos.


— Eu estava lá a apenas dez metros de distância. Você espera
essa merda em trinta países no mundo, não em casa.

— Que merda?

— Mulheres sendo terroristas. Eu a vi sentada ao lado de


Smiley e não dei um pensamento por isso, ela pareceu inocente
o suficiente.

— Ouvi que ela disse que não drogou as bebidas.

— Você comprou essa? – Ned resmungou. – Como você pode ser


tão obtuso? Eu esqueci. Você é um bom garoto escoteiro e acha
que todas as garotas são tão suaves quanto sua irmã. Acorde
dessa merda toda e viva no mundo real, estamos com sorte que
ela não é uma assassina. Eu teria me sentido como um
verdadeiro idiota se ela o tivesse matado no bar. Aposto que ela
é uma das vadias que eles contrataram.

— Ela não parece com uma.

— E como você iria saber? – Ned deu risada. – Você já pagou


alguma para te foder?

— Não.

— Exatamente. Eu já e nem todas elas são embonecadas todo o


tempo. Tive uma que me lembrava da minha professora da
terceira série, foi um tipo quente desde que eu tinha uma
queda por ela.

— Você é doente. – Shane xingou suavemente. – A luz do motor


acabou de ligar. Passe o rádio.

— Apenas lide com isso no próximo posto de gasolina. Pra quê


incomodá-los? Provavelmente é um cabo da bateria perdido,
isso aconteceu com um que dirigi na semana passada.

— A luz do óleo está piscando agora.

— Então vamos comprar óleo e colocar, vai levar poucos


minutos. De qualquer forma, teremos que esperar a outra SUV
nos alcançar e eles vão transferir a mulher para ela enquanto
ficamos presos esperando por um serviço de estrada. Quero
apenas deixa-la no Centro Médico e ir para casa.

— Ela precisa ser levada para Homeland o mais rápido


possível. Eles estão apenas quinze quilômetros atrás de nós.

— Ela está fora do frio. Isso não vai importar e inferno, nós
provavelmente estaremos na estrada antes que eles nos
alcancem. Apenas pare no posto de gasolina.

— Ótimo, vou contatá-los pelo rádio quando pararmos.

— Garoto escoteiro. – Ned gargalhou. – Você provavelmente


está com medo de que Smiley vai te rasgar em um novo idiota
se ele pensar que você talvez teve alguns minutos a
examinando. Viu o jeito que ele quase arrancou meu rosto?

— Eles são protetores com mulheres.

— Ele deveria querer ela trancafiada por droga-lo. Eu não


ligaria uma merda para o que acontecesse com uma vadia que
batizasse minha bebida então tenho que fodê-la.

— Cala a boca, Ned. Não sabemos se ela é culpada ou não.

— Eu acho que ela é. Ele se sentou no canto do bar, ela foi a


única que pegou o assento ao lado do dele e estava perto o
suficiente para dopar a bebida dele.

Vanni quis protestar, mas manteve o silêncio. Eles pensavam


que ela continuava inconsciente e ela não tinha certeza de
como eles reagiriam se os deixasse saber que estava acordada.
A ONE pensava realmente que ela faria algo tão horrível?

— Espero apenas que os dois fiquem bem.

— Ela provavelmente vai terminar sendo presa e ele vai ter um


inferno de uma dor de cabeça a partir dessa perfuradora de
otário. Pegue a próxima saída.

— Estou vendo. – Shane assentiu. – Espero que você esteja


errado, Smiley pareceu realmente gostar dela.
— Eu também vi. Eu nem mesmo tenho o super nariz que eles
tem e quero abrir as janelas. Cheira como um bordel aqui.

— Mantenha as janelas erguidas, não quero que ela fique com


frio.

— Sem comentários sobre a lembrança do bordel, hein? – Ned


deu risada. – Você pelo menos sabe como sexo cheira? Não me
diga que o garoto escoteiro ainda é virgem.

— Eu não sou. Por que você está sendo tão imbecil essa noite?

— Estou cansado e apenas quero ir para a cama, estacione na


área de caminhões. Eles terão óleo. Vou matar o tempo
enquanto você faz a chamada para a outra SUV, abra o capô
para mim.

A SUV diminuiu e eles fizeram algumas voltas. Vanni fechou os


olhos quando eles dirigiram sob as luzes brilhantes no caso
deles virarem para checa-la. Ela não sabia o que mais fazer,
mas não queria falar com nenhum deles. O carro parou e o
motor foi desligado.

— Você vai lá. – Shane pediu. – Eu vou ficar aqui com ela.

— Ela está morta para o mundo, apenas abra o maldito capô e


eu vou comprar o óleo.

— Tudo bem, acho que assim está bem.


As portas abriram e fecharam. Vanni hesitou e o veículo
sacudiu um pouco, ela se ergueu para espiar entre os assentos.
O capô estava levantado e ela pôde ver através do pequeno
espaço entre ele o motor, um homem permanecia lá. Ela virou a
cabeça e olhou o outro caminhando para dentro do posto. Eles
estavam estacionados longe dos outros carros que estavam
abastecendo, um olhar ao redor da área mostrou algumas
lanchonetes e muitos carros.

Ela se atrapalhou em se livrar dos cintos de segurança e


colocou freneticamente a saia, o sutiã estava no chão com a
blusa. Ela não tinha tempo para coloca-lo, mas ao invés disso o
enfiou no bolso da saia depois que colocou a camisa branca
pela cabeça e puxou abaixo da cintura.

Uma procura no chão falhou em localizar os sapatos, o anel


pegou sua atenção, no entanto. Vanni olhou para ele com
temor antes de pegá-lo, ela o colocou no bolso e se apressou
para olhar através da fresta entre o capô aberto e o
compartimento do motor. O homem permanecia lá. O outro
continuava lá dentro, na fila, segurando algo contra o peito.

Uma grande van entrou na área e estacionou a cinco metros, o


motor barulhento permaneceu ligado enquanto um homem
abriu a porta do passageiro, desceu da cabine e foi em direção
ao posto.
Vanni respirou fundo, ela não estava mais com dor. Muito da
droga havia deixado seu sistema. Ela tinha duas opções. Ficar
na SUV e ser levada a Homeland com todos ao redor dela
pensando que ela tinha drogado um Nova Espécie, ou tentar
escapar.

Nenhuma luz interior se acendeu quando ela abriu as portas e


não havia nenhum som. Ela lembrou que não havia disparado
quando Smiley e ela haviam entrado no carro. Vanni testou a
porta do lado do motorista e a encontrou destravada, o barulho
do motor da van engoliu qualquer outro som quando a porta
abriu. O coração dela pulava pelo medo de ser pega, mas ela
deslizou para fora na noite tempestuosa e empurrou a porta
apenas o suficiente para travar, mas não fechar por completo.

O piso estava gelado nos pés descalços dela enquanto Vanni


caminhou na ponta dos pés para a traseira do veículo. Muitos
carros estavam estacionados a quinze metros próximos de um
restaurante. Vanni hesitou, checando para ter certeza que o
guarda continuava na fila atrás de alguns compradores que
estavam ali antes dele. Ele não estava olhando na direção dela.

Apenas faça isso! Vanni se manteve abaixada e correu,


machucou os pés, mas ela estava motivada a se afastar. Foi um
alivio quando ela alcançou os carros e se abaixou, se
escondendo atrás de um. Ninguém olhou para ela. Se
mantendo abaixada, se moveu para mais perto do restaurante.
Precisava sair dali antes que eles descobrissem que ela tinha
ido, não tinha dinheiro, mas poderia ligar para sua melhor
amiga vir busca-la.

Vanni alcançou o lado do prédio e se endireitou, cruzando os


braços sobre os seios, tentando esconder que não estava
usando um sutiã. Iria apenas entrar e pedir para usar o
telefone, mentiria e diria que o carro quebrou. O fato de que
não tinha sapatos, dinheiro ou até mesmo a bolsa talvez
deixasse a mentira passar. Vanni considerou dizer que tinha
sido assaltada, mas a polícia talvez fosse envolvida, essa era a
última coisa que ela não queria. Eles contatariam a ONE e a
entregariam para eles. Isso iria acabar com a proposta de
escapar.

Uma mulher saiu do restaurante enquanto Vanni se


aproximava das portas da frente. Ela vestia jeans rasgados, um
suéter e aparentava estar na casa dos cinquenta. Vanni olhou
para o rosto dela, acenou e caminhou ao redor dela.

— Você está bem? – A mulher parou. – Você parece com o


inferno.

Vanni pausou e se virou, a preocupação no rosto da outra


mulher era claro.

— Briguei com meu namorado e apenas o deixei na próxima


porta. – Ela mentiu.
— Oh, pobre coisa. Eles não vão te deixar entrar lá sem
sapatos.

— Vou apenas perguntar se posso usar o telefone e ter minha


amiga me buscando. – Vanni não tinha pensado naquilo.

— Onde você mora?

— Há uma hora daqui. – Ela deu o nome da cidade.

— Estou indo para aquele lado para visitar minha irmã. Quer
uma carona? Tenho uma filha com a sua idade. Você pode usar
meu celular e ter sua amiga nos encontrando quando ficarmos
próximo a sua casa.

— Obrigado. – Vanni pulou na oferta. – Eu agradeço de


coração.

— Aquela é minha camionete logo ali. Tenho uma jaqueta que


você pode usar, você deve estar congelando.

Isso a lembrou de Smiley, o rosto dele brilhou na mente. Vanni


empurrou as memórias para longe.

— Estou bem. – Era uma mentira. Tinha feito sexo com um


estranho e sua vida inteira tinha se tornado uma confusão no
espaço de poucas horas.
Vanni seguiu a outra mulher para a camionete e subiu dentro
da cabine, elas saíram do estacionamento e Vanni virou a
cabeça, espiando o posto de gasolina. Todas as portas da SUV
estavam abertas e um dos guardas estava agitando os braços
ao redor enquanto o outro parecia estar ao telefone. Eles
tinham descoberto que ela havia ido.

— Qual seu nome, querida?

— Vanni. – Ela forçou um sorriso, encontrando a compaixão da


mulher

— Oh, esse é um nome estranho, mas é bonito.

— Obrigado.

— Eu sou Melinda. Você gosta de música country?

— Claro. – Vanni não se importava com o que estava tocando


no rádio. Foi impossível relaxar até que estavam na estrada e
ela estava segura. Nenhuma SUV preta e gigante apareceu no
espelho retrovisor.

— Muito obrigada por isso. – Vanni abraçou o peito mais


apertado.

— De nada. Você é minha primeira carona. Bem, acho que você


tecnicamente não é, desde que seu polegar não está para cima.
– Melinda deu risada.
Vanni tentou prestar atenção na conversa amigável e
respondeu quando era apropriado, mas sua mente continuava
se dirigindo para Smiley e o que eles haviam feito juntos nos
fundos da SUV. Seu corpo estava dolorido, especialmente entre
as pernas. Nenhuma dor excruciante passou através dela, algo
pelo qual estava grata. Nada de flashes quentes e frios de
arrepios a derrubaram, iria sobreviver depois de tudo. Agora
era tudo sobre lidar com as consequências.

— Homens são imbecis. Você parece tão deprimida, não fique


assim. – Melinda se esticou acariciou a perna de Vanni. – Você
é jovem e atraente, vai encontrar um cara melhor.
Vanni apenas assentiu.

— Seu namorado te traiu?

— Ele me ferrou. – Vanni hesitou.

— Não todos os homens.

A referência a traição doeu, Smiley não era o traidor. Ela teria


que enfrentar Carl. O anel em seu bolso teria que ser
retornado. Vanni quase lamentava ter fugido da ONE, eles
talvez fossem mais compreensíveis sobre o que aconteceu do
que seu futuro ex.

*****
Smiley pulou da cama no Centro Médico.

— Eles apenas permitiram que ela caminhasse para longe


deles? Por que eles não estavam vigiando-a?

— Shane e Ned cometeram um erro. – Fury respirou fundo.

— Um erro? Ela pode estar lá fora, com dor. Vulnerável! –


Smiley gritou, não se preocupando em baixar o tom. – Alguém
poderia tirar vantagem dela.

— Coloque o gelo de volta no rosto. – Midnight apressou. – Por


favor? Brass realmente te acertou.

— Eu vou mata-lo. Ele não tinha o direito de me acertar.

— Você estava com dor e exibindo os sintomas da droga da


procriação. Ele estava com medo de que você ficasse insano e
machucasse a humana. – Fury se afastou da parede. – Seja
razoável, você teria feito o mesmo. Devo dizer o que poderia
acontecer?

— Eu não teria machucado Vanni.

— Ela era a única mulher nos arredores. – Midnght pestanejou.


– Você teria montado ela mesmo se ela estivesse inconsciente.
Isso iria danificar sua alma, você é um bom macho.
— Eu estava no controle. – Smiley se encolheu com o
pensamento.

— Brass não tinha certeza se isso ia durar.

— Contatamos todos os hospitais humanos e a polícia deles


para procurar por uma mulher em agonia. Conte a ele, Fury. –
Midnight lançou a ele um olhar sujo.

— Temos muitas agencias trabalhando nisso, nossa equipe no


hotel está tentando identificar a fêmea. Ninguém com o nome
Vanni foi registrado lá.

— O nome inteiro dela é Travanni. – Smiley lamentou não te


perguntado pelo sobrenome dela. Os humanos tinham aquela
coisa.

Rusty caminhou para dentro do quarto e olhou para Smiley.

— Ouvi que eles te deram a droga da reprodução. – Ela


caminhou para mais perto. – O que aconteceu com seu queixo?

— Brass o derrubou. – Midnight respondeu. – Ele parece estar


indo bem agora.

— Deixe-nos sozinhos. – Rusty afastou as faixas segurando o


colete acima do uniforme.
— Eu estou bem. – Smiley estava grato por ter tantos amigos e
entendeu e apreciou a oferta de Rusty, mas apenas não estava
interessado.

— Você não quer compartilhar sexo? – Os dedos dela


congelaram e ela pestanejou, o olhar baixando para a frente
das calças dele. – Você está duro.

O rosto de Vanni apareceu nos pensamento dele, a imagem


clara como cristal. Smiley queria sexo, mas não com Rusty.
Isso o fez se sentir um pouco culpado, desde que gostava dela e
já haviam compartilhado sexo no passado. Não podia negar que
um pouco da droga ainda continuava no sistema, o suficiente
para manter o pênis ereto.

— Você precisa de mim. – O tom de Rusty era áspero e o jeito


que ela continuou olhando para as calças dele deixou as
intenções claras. – Vou cuidar de você.

— Eu não posso. – Ele não queria ferir os sentimentos dela.

— Você não tem que fazer nada comigo com sua boca, se sua
mandíbula doi. – Ela colocou o colete na cadeira e alcançou a
barra da blusa.

— Pare! – Smiley estremeceu interiormente. – Eu agradeço que


tenha vindo aqui, mas tenho o cheiro de outra fêmea em cima
de mim. – Aquilo era verdade, ele podia cheirar Vanni nele. Eles
tinham se esfregado juntos, pele com pele coberta de suor e ele
a tinha tocado completamente. Seu pau endureceu mais, um
problema doloroso no jeans. Alguém o tinha fechado quando
estava desmaiado, mas continuava usando a mesma calça. –
Isso não seria certo.

— Eu sei, eu poderia te dar um banho de esponja ou nós


poderíamos tomar banho juntos. Pobre Smiley. O quão horrível
foi ter que tocar uma humana contra você? Vou te fazer
esquecer sobre ela.

Horrível? Inferno, não. Smiley queria colocar as mãos em Vanni


novamente. Ela não era a fêmea em pé diante dele, se
oferecendo para ficar nua, no entanto. Aquele era o problema.
Esquecer Vanni? Nunca. Quero que ela seja encontrada e trazida
para mim.

Midnight pegou o colete descartado e parou entre Smiley e


Rusty, com as costa para Smiley.

— Ele está com dor e agitado. Temos que fazer raios-x na


mandíbula dele para ter certeza que Brass não a fraturou. Você
sabe o quão durões são nossos machos, eles nunca se
queixam. Por que você não volta para o dormitório feminino? Te
ligo se você for necessária.

— Ele é meu amigo e não vou deixa-lo nessas condições. –


Rusty protestou.
— Deixe-me recolocar isso. – Midnight rosnou. – Vá para o
dormitório das fêmeas ou a qualquer outro lugar onde você
ouviu as notícias, mas cai fora do Centro Médico. Vou fazer
raio-x da mandíbula dele. Smiley não tem permissão para
compartilhar sexo até que isso esteja claro.

— Ele precisa de mim. – Rusty não estava disposta a desistir


ainda.

— Você fica e vai precisar do próprio quarto. – Midnight


caminhou para frente, batendo na outra fêmea e empurrando-a
para trás. – Quer testar quem é mais dominante? Vou chutar
sua bunda.

— Por que está sendo assim? – Rusty soava confusa.

— Estamos em crise e você precisa sair. Vou te chamar se as


coisas mudarem. Vá. – Ela jogou o colete para Rusty.

Smiley relaxou um pouco quando Rusty girou nos próprios pés


e caminhou para fora do quarto. Midnight virou e piscou, a
expressão dela se suavizou quando falou.

— Você é muito legal.

— Não compreendo.

— Você tem um rosto expressivo, Smiley. Ela estava muito


ocupada olhando para sua metade de baixo para ver sua
reação consternada quando ela se ofereceu para compartilhar
sexo. Rusty estava muito quente para te arrancar dessas
calças. Um Espécie primata nas drogas de reprodução
provavelmente é uma experiência que ela sempre quis tentar ou
talvez perdeu dos dias de Mercile. Você teria concordado com
isso se eu não a tivesse mandado embora, apenas para evitar
ferir os sentimentos dela?

— Não. Talvez.

— Foi o que notei. Agora isso não é um problema. – Ela colocou


as mãos nos quadris. – Meu trabalho aqui está feito, vou deixar
vocês machos discutir. Tenho algumas ligações para fazer,
então estarei em meu escritório. – Ela saiu.

O celular de Fury fez um barulho e ele o retirou do bolso, lendo


a tela.

— É sobre Vanni? Ela foi encontrada? Ela está segura? –


Smiley esperava que sim.

Os lábios de Fury se pressionaram em uma linha fina e ele


olhou para cima.

— Era Brass. As noticias não são boas.

Smiley se sentou pesadamente na cama, agarrando os lados do


colchão.
— Ela está morta? – Apenas dizer as palavras doía, ele não
queria acreditar nisso.

Fury colocou o celular de volta no bolso e se aproximou.

— O nome dela é Travanni Abris. Ela não estava registrada no


hotel porque ela era uma convidada do grupo que reservou um
andar inteiro dos quartos.

— Ela está morta? – Ele repetiu, não tendo certeza do que faria
se Furry dissesse sim. A comida que tinha comido mais cedo
ameaçou subir.

— Não a localizamos ainda. – Fury pausou. – Ela estava com a


igreja Woods, Smiley.

Ele tinha ouvido aquele nome antes. Levou um momento para


lembrar de onde.

— A igreja que veio protestar contra nossa presença na


conferência?

— Sim. Gregory Woods é um pastor ou algo assim, que dirige


aquela igreja. Ele foi muito falador no noticiários mostrando a
preocupação que nós nunca deveríamos ser criados e insistiu
que nossa existência é um insulto para o deus dele. Ele quer
que Homeland e a Reserva sejam fechadas e todos nós
retornemos para nossas celas. Ele se refere à Homeland e a
Reserva como zoológicos.
— Por que ele iria dizer isso? – Smiley deixou as informações se
assentarem.

— Ele é um idiota. – Fury encolheu os ombros. – Tive que


assistir alguns dos sermões televisionados dele para fins de
pesquisa. Conhecer nossos inimigos. Ele nos comparou a
animais que haviam sido treinados para falar e se vestir como
se fossemos humanos. Ele anunciou que animais selvagens
não deveriam ser domesticados e que um desastre está por
acontecer. Até mesmo se referiu a alguns filmes de terror para
o que aconteceria se não fossemos colocados de volta em
prisões e mantidos no lugar. As táticas dele são usar medo
para amedrontar os humanos que acreditam que vamos atacar
o mundo e coloca-los em celas, ao invés disso.

— Ele soa como alguém que eu gostaria de trancar.

— Exatamente. – Fury lançou um sorriso.

Smiley não pôde encontrar o humor na troca deles. Vanni


obviamente pertencia à igreja que odiava os Espécies, ele
repassou cada momento que haviam compartilhado.

— Ela não me tratou da forma que os humanos que pensam


que somos perigosos fazem, você sabe como eles agem como se
fossemos mordê-los ou eles falam devagar como se não
pudéssemos entender o que eles dizem?
Fury assentiu.

— Eu gostei dela. – Ele admitiu.

— Ela te drogou. Pelo menos, sabemos para quem a instalação


de Drackwood vendeu a fórmula. A igreja Woods obviamente
comprou a versão humana da nossa droga da reprodução.

— Como você está se sentindo, Smiley? – Dr. Harris caminhou


para dentro.

— Estou bem, a dor foi embora.

— Vejo que você continua sofrendo de uma ereção. Terei que


drenar o sangue se esse lado do efeito não for embora em
poucas horas.

— Não, já te disse isso quando você mencionou isso a primeira


vez. – Smiley se afastou e protegeu a virilha com uma mão.

— Priapismo pode fazer com que você sofra de disfunção erétil


no futuro, Smiley.

— O que é isso?

— Priapismo significa uma ereção duradoura. Você pode


ejacular?
— Sim. – A memória de estar em cima de Vanni, dentro dela e
gozando passava pela mente de Smiley.

— Não somos como vocês. – Fury relembrou o mais novo dos


dois doutores Harris que trabalhavam para a ONE – pai e filho.
– Nenhum dos que tomaram a droga da procriação tiveram
problemas ficando duro depois. Esse era o ponto quando
Mercile criou isso. Eles queriam ter certeza que faríamos sexo
com frequência quando estavam tentando engravidar nossas
fêmeas.

— Você se sente como você mesmo? – Dr. Harris estudou


Smiley.

— Estou um pouco irritado, mas bem. – Ele se sentiria melhor


se eles localizassem Vanni e a trouxessem para Homeland,
então saberia que ela estava a salvo. – A dor de estômago se foi.

— Como estão seus níveis de agressividade?

— Continuam altos. – Ele não mentiria. A urgência de bater em


algo estava lá, mas ele resistiu. A última coisa que queria era
ser restringido se eles se preocupassem que fosse machucar
alguém. – É controlável.

— Alguns dos nossos testes foram confirmados. É uma forma


da droga da procriação, embora uma versão mais branda.
Queria que pudéssemos enviar isso para um amigo meu para
que visse, mas Justice disse não.
— A última coisa que precisamos é dar outra arma contra nós
para um desconhecido. – O celular de Fury bipou. Ele o
recuperou e olhou para a tela. – Estou com Justice nisso, é
muito arriscado. Espere um pouco, tenho que lidar com isso. –
Ele saiu da sala.

— O que a versão mais branda iria fazer com um humano?

— Não tenho certeza, tenho que examiná-la. Me disseram que


ela escapou da escolta.

— Ela vai morrer?

— Eu não sei.

— O que você sabe? – Aquilo enfureceu Smiley.

— Se acalme. – Dr. Harris se afastou.

— Eu apenas continuo pensando que ela acordou com dor e


correu. Ela está provavelmente sofrendo e algum homem pode
ir atrás dela, ele poderia fazer qualquer coisa com ela. – A voz
de Smiley ganhou um tom áspero e as mãos se fecharam. – Ela
está indefesa.

— Ouça-me. – O doutor se apressou. – Eu testei as duas


bebidas. O nível de drogas era mais alta na sua do que na dela.
Você está debilitado, mas bem. A dor foi embora, você está
apenas com um humor de merda. Tenho certeza que ela
provavelmente está igual. Eu li os relatórios, de acordo com a
altura dela e o peso aproximado, não acho que tenha sobrado
muita toxina.

Aquilo o fez se sentir melhor.

— A menos que ela tenha problemas de saúde, essas são coisas


que devem ser levadas em conta.

— Saia. – Smiley quis acertar o médico.

— Smiley, realmente acho que eu deveria fazer alguns testes


sanguíneos em você.

— Saia antes que eu te soque, estou quase lá.

Dr. Harris saiu rapidamente, Fury retornou.

— Quem ligou? Eles encontraram Vanni?

— Alguém respondeu ao aviso que a polícia colocou. – Fury


hesitou. – Uma testemunha disse que ele viu uma mulher com
a descrição dela entrando em uma camionete com outra
mulher. Ela aparentava estar bem, mas a testemunha lembrou
dela por causa que a saia estava rasgada próxima á bainha e
ela não estava usando sapatos. Ele pensou que talvez ela fosse
uma sem teto.
— Eles são capazes de rastrear a camionete?

— Ele não pegou a placa do carro ou para onde ela foi. Eles
pegaram a carteira de motorista dela e dois oficiais de polícia
estão estacionados fora do apartamento dela. Ninguém
respondeu quando eles bateram, eles estão olhando para o caso
dela voltar para casa. Vamos encontra-la, Smiley. A boa notícia
é que ela está com uma mulher, nenhum homem a pegou.

— Tudo bem. – Smiley respirou diversas vezes. – Preciso de um


alivio para a raiva. Não estou com dor, mas estou chateado.

— Vamos para a sala de treinamento, tenho certeza que isso


vai te aliviar.

— Vamos fazer isso. – Smiley assentiu.

— Talvez você queira se banhar primeiro.

Vanni. O cheiro dela estava nele. Smiley hesitou, não preparado


para perder aquela conexão. No entanto, ele percebeu que isso
não era racional.

— Tudo bem.

Fury o estudou, preocupação evidente.

— Eu vou ficar bem.


— Eu sei. – Seu amigo assentiu.
Capítulo Cinco

Vanni sabia que Beth pairava na porta do banheiro do


apartamento que elas compartilhavam porque estava
preocupada. Elas eram melhores amigas desde a primeira série.

— Estou bem.

— Não vejo como. Continuo não acreditando no que você me


contou no carro.

Vanni olhou para Beth.

— Queria que fosse mentira, mas é tudo verdade. Preciso de


um banho. – Ela começou a se despir e botou a saia para baixo.
O anel de noivado caiu do bolso e pulou no piso de azulejos.
Vanni olhou para ele, uma lembrança de sua nova realidade.

— Quase posso ouvir sua mente. Você parece tão triste, Vanni.
Isso não foi sua culpa, vocês foram drogados. – Beth pausou. –
Você não tem que contar a Carl. Talvez eu não goste dele, mas
sei o quanto ele significa para você. Podemos dizer que você
teve uma intoxicação alimentar e fui e te peguei do hotel.

— Não, está acabado. – Ela balançou a cabeça. – Ele mentiu


para mim sobre o porquê fomos para o hotel em primeiro lugar
e se tornou um total imbecil. Você estava certa sobre ele.
— Em que parte? Que ele era um filho da puta egoísta ou que
ele era um usuário?

Vanni pestanejou.

— Qual é. Ele te pediu para casar com ele e imediatamente


parou de te tocar. Você não fez sexo com ele em quatro meses.

— Ele estava com medo de que isso iria se refletir de modo


ruim na reputação dele. Entendi isso. Quando nosso noivado
foi anunciado nos jornais, eles fizeram uma história sobre o pai
dele também. Isso iria parecer terrível ter o filho de um pastor
tendo uma mulher que ficasse até mais tarde na casa dele. Os
repórteres ficaram subitamente interessados nele e na vida
dele.

— Isso é desculpa. Disse isso e continuo dizendo, há algo


errado com Carl. Você disse que o sexo nem mesmo era bom e
ele raramente te tocava. Ele provavelmente tem um namorado
escondido em algum lugar. Carl conseguiu que você dissesse
sim e retirou o afeto, isso grita pra mim que ele gosta de caras e
precisa de você na frente para esconder isso.

— De qualquer modo, não vamos nos casar agora. – Vanni não


tinha certeza de nada. Ela se curvou, pegou o anel e colocou na
cômoda, então não o perderia. – Vou devolver isso para ele
quando ele retornar à cidade.
— Me conta mais sobre os Novas Espécies. Tudo o que você
disse é que os dois foram drogados e fizeram sexo. Foi pelo
menos bom? Quero dizer, você lembra disso, certo?

— Eu nunca vou esquecer, eu lembro de tudo. – Vanni ligou a


água e a deixou esquentar, então fechou o assento do vaso e se
sentou para poder olhar a planta do pé. Ela esperava que não
estivesse cortado. Vanni arfou quando se sentou, consciente de
estar dolorida.

— Você está bem?

— É apenas um arranhão, não vejo cortes ou sangue. – Vanni


examinou a sola do pé.

— Não é disso que estou falando. Ele te machucou?

— Não, ele não me machucou. – Vanni olhou para cima e se


ergueu – Estou apenas dolorida.

— De um jeito bom ou ruim?

— O que isso significa?

Beth arqueou as sobrancelhas e sorriu.

— Ele era grande? Eles parecem grandes. É por isso que você
tremeu quando se sentou?
— Beth! – Vanni fez uma careta. – Não seja desagradável.

— Estou sendo honesta, você deveria ver o jeito que estava


caminhando. Não era apenas o mancar, mas você está com as
pernas um pouco afastadas. Ele parecia com Justice North
como aqueles maravilhosos olhos de gato?

— Não.

— Ele parece com Fury? Ele é canino e tão quente. Eu invejo


Ellie. Foi tão triste, mas um sonho quando atiraram neles e ele
apenas a colocou no colo para mantê-la a salvo. Pode imaginar
qualquer cara recebendo balas para proteger uma mulher?
Aquilo é lealdade ao extremo.

— Ele não era como nenhum deles. – O rosto de Smiley


apareceu em sua memória.

— Ele era primata? – Beth se encostou contra a parede. – Como


eles se parecem? Não vi fotos deles que realmente mostrou as
feições.

— Ele tinha olhos lindos. – Ela virou e andou para o chuveiro.

— Merda!

Beth a assustou e Vanni girou, quando deslizando no chão


molhado.
— O quê?

— Pensei que você tinha dito que ele não te machucou.

— Ele não machucou.

Beth caminhou dentro do banheiro e agarrou o espelho de


maquiagem do balcão, ela se aproximou e o ofereceu.

— É uma boa coisa que você está terminando isso com Carl ou
ele iria saber que outro cara te pegou. Olha as marcas em sua
bunda, ele tinha mãos grandes.

Vanni agarrou o espelho e virou, dando uma olhada na bunda.


Marcas tinham se formado nas duas bochechas com a forma de
mãos.

— Isso não dói.

— Deixe-me adivinhar. – Sua amiga aceitou o espelho de volta.


– Ele te pegou de pé, agarrando sua bunda. Isso requer
habilidade.

Um flash bateu em Vanni – Smiley prendendo-a contra a SUV e


as mãos dele cobrindo a bunda dela enquanto ele moía a pélvis
contra a dela.

— Quero apenas esquecer essa noite.


— Essa foi sua primeira noite de pé. – Beth retornou o espelho
para o balcão e se sentou lá.

— Obrigado pela lembrança, você não me ouviu? Quero


terminar meu banho, ir para a cama e apenas fingir que nada
disso aconteceu.

— Você não vai, te conheço muito bem. Você não vai dizer a
Carl sobre ter feito sexo com outro cara, vai?

— Eu devo isso a ele. – Vanni hesitou.

— Péssima ideia. Ele é um canalha, querida. Você estava


atraída por esse Smiley, drogada ou não. Te ouvi muito de
perto desde que estava no modo surpresa e não pude falar
primeiro. Você deveria estar mais chateada.

— Eu estou.

Beth ficou quieta enquanto Vanni tomava banho. Ela desligou


a água e agarrou uma toalha para passar no cabelo molhado e
outra para secar o corpo.

— Você gosta de Smiley.

— Ele era legal. – Vanni pausou e encontrou o olhar


preocupado da amiga.

— O sexo foi ótimo, não foi?


— Foram as drogas. Você não tem ideia do que elas fizeram
conosco.

— Quer me contar?

— Não realmente.

— Você não é do tipo sexo casual. Algo mais aconteceu que


vocês dois se pegando, você sentiu algo por ele.

— Senti um monte de coisas e a maior parte delas não foi boa.


Aquela droga é horrível, acho que nunca mais vou querer ter
filhos. Posso imaginar que o parto doa tanto quanto aquilo, foi
ruim assim.

— Ele era grandão? Tem certeza que ele não era um cavalo ao
invés de um primata?

— Cala a boca. – Vanni passou a toalha ao redor do corpo e


saiu do banheiro para o quarto que dividiam. – Estou falando
sobre a dor que senti quando não estávamos... Você sabe.

— Se pegando? – Beth a seguiu.

— Sim, se você quer usar esse termo. – Vanni ligou uma


luminária e subiu na cama. – Estou tão canada e não quero
encarar o amanhã.
— Você poderia apenas enviar o anel pelo correio de volta para
Carl e evita-lo completamente. É o que eu sugiro. – Beth se
sentou na borda do colchão.

— Eu não estava pensando nisso, mas obrigada. Isso apenas


me lembra que enviamos os convites para o casamento. Terei
que contatar a todos para dizer que está acabado.

— Não é uma coisa ruim. Carl foi um imbecil, querida. Estou


um tanto feliz que isso tenha acontecido.
Vanni olhou para ela.

— Não quis dizer a droga e fazer sexo com um Nova Espécie.


Carl não era o cara para você, ele apenas preencheu seu
checklist de homem ideal.

— Não sabia que eu tinha uma.

— Ele tem um emprego estável e queria filhos. Ele é tão chato


que você sabe que ele não iria ficar brincando de esconder os
arquivos com o pessoal do escritório. – Beth sorriu. – Essa era
uma piada de advogados. Estou tentando te fazer rir.

— Não há nada engraçado nisso. Minha vida está destruída.

— Não está. – Beth sacudiu a cabeça. – É apenas diferente


agora. Você odiou o pai de Carl e tudo o que a igreja dele
defende. Não podíamos nem mesmo passar através de cinco
minutos do show de TV dele. Ele era um fanfarrão. Você não
vai mais fingir que gosta dele quando ele aparecer para visitar
ou se preocupar com Carl te fazendo ouvir um dos sermões
dele quando visita-lo.

— Eu tive que ver um mais cedo pessoalmente. Um foi mais do


que o suficiente.

— Bom, essa é uma coisa boa, desde que você e Carl


terminaram.

Vanni não podia argumentar com aquilo.

— E você finalmente foi despedida.

— Isso não é engraçado.

— Desculpe. – Beth se esticou. – Sabe que dou conta do


estresse com humor.

Vanni engatinhou pela cama e segurou a mão de Beth.

— Não ouse chorar ou vou começar.

— Você está bem? Não me encha com essa merda. Odeio


quando você age toda durona e no comando, eu tento agir
apenas como durona. Não posso imaginar o que aconteceu, no
entanto. Estamos as duas evitando a palavra com “R”, mas isso
é o que é.
— Ele estava drogado também, nós dois fomos vitimas disso.

— Tem certeza? Quero dizer, como você sabe que ele não dosou
sua bebida?

— A ONE pensa que eu fiz isso.

— O quê? – Beth empalideceu.

— Acho que foi porque fui a única que sentou ao lado dele.

— Isso é insano, você nunca drogaria um cara para ter sexo. O


que há de errado com eles? Você foi drogada também.

— Eu sei.

— Eu mesma vou ligar para eles amanhã e deixar isso claro.

— Não. – Vanni ficou com medo instantaneamente. – Eles iam


me levar pra Homelando quando fugi.

— O quê?

— Sim. Não sei se eles iam apenas me levar para tratamento


médico ou me prender. Smiley pareceu acreditar em mim
quando disse que não tinha feito isso, mas não tenho certeza
sobre os caras com ele. Ouvi dois deles conversando quando
acordei no banco detrás. Isso me assustou.
— Vamos contratar um advogado.

— Eles não sabem quem eu sou. Quero dizer, deixei minha


bolsa no quarto de hotel e apenas disse a eles que meu nome
era Vanni. O quarto estava no nome de Mable, é a assistente de
Gregory. Eu nem poderia pedir por serviço de quarto, era
apenas uma hóspede no quarto.

— Isso é bom. Talvez deveríamos ir até a polícia e contar a eles


o que aconteceu.

— Não! – Vanni ficou horrorizada com a ideia. – Quero apenas


esquecer.

— Suas coisas continuam no hotel. Carl até mesmo sabe que


você se foi?

— Merda, não. Ele talvez levante o inferno de manhã quando


eu não aparecer para o café.
Beth a soltou e se ergueu, ela caminhou para a cômoda e
ergueu o celular.

— Sempre tenho suas costas. – Ela ligou em um número e


colocou o dedo em cima do lábio para pedir silêncio da Vanni.

— Oi, Carl. É Beth. Queria apenas que você soubesse que


peguei Vanni e ela está em casa agora. – Ela pausou. – Ela
comeu algo e teve uma intoxicação. Ela não quis te incomodar,
desde que sabe que era um final de semana importante para
seu pai. – Beth pausou novamente, ouvindo, e olhou para
Vanni.

Vanni ficou grata e se preocupou quando sua melhor amiga


rangeu os dentes.

— Apenas tenha as coisas dela embaladas e arrume alguém


para trazê-las para nosso apartamento amanhã. Ela esta
dormindo agora que tomou os remédios. Obrigado por ser tão
preocupado pela saúde dela e não obcecado sobre algum
estúpido café da manhã que ela vai perder. – Beth desligou.

— Ele levou isso tão mal? – Vanni suspeitou que ele tinha.

— É oficial, ele é um completo imbecil. Ele nem mesmo


perguntou como você estava, mas falou sobre alguma sessão de
fotos que você supostamente deveria ter com ele no café da
manhã. Ele disse que isso vai deixar ele e o pai parecendo
ruins. Eu apenas adicionei isso no final, então ele se sentiu
com um imbecil, se isso é possível. Você desviou de uma bala
com esse idiota.

Vanni assentiu.

— Isso vai se resolver.

Ela queria realmente acreditar naquilo.


— Não fique tão triste, Carl não vale isso. Não acho que você o
amou, era apenas a ideia da cerca branca. – Beth olhou ao
redor. – Pelo lado bom, vamos poupar muito dinheiro nesse
novo lugar, desde que mudamos para um de quarto único,
então eu não iria ficar sobrecarregada pagando por aquele de
dois quartos depois que você se mudasse. Talvez possamos
usar o dinheiro que sobrou e finalmente viajar para o Havai.
Isso iria ser legal.

— Eu sinto muito, Beth.

Sua melhor amiga se sentou na outra cama alguns metros a


frente.

— Pelo quê? Eu fui a única que quis pegar esse lugar. Eu amei,
é aconchegante. Gosto de compartilhar um espaço com você, é
como acampamento de verão todas as noites. – Ela cruzou as
pernas e descansou contra um travesseiro fofo. – Lembra?
Iriamos ficar a noite inteira acordadas e enlouqueceríamos os
instrutores do acampamento com nossa tagarelice.

Isso suavizou o humor de Vanni, aquelas eram umas das suas


melhores memórias.

— Não temos que compartilhar o banheiro com outras dezoito


garotas. Eu odiava aquelas caminhadas no meio da noite
apenas para fazer xixi.
— Ou as mordidas dos mosquitos em nossas bundas por todos
aqueles sugadores escondidos no vaso.

Elas sorriram uma para a outra.

— Diga-me o seu segredo mais profundo e escuro que direi o


meu. – Beth falou primeiro.

Esse era um jogo que elas costumavam jogar. Vanni lambeu os


lábios e disse a primeira coisa que veio à mente.

— Realmente gostei de Smiley.

— Oh, querida.

— Ele foi tão doce, Beth. – Lágrimas encheram os olhos dela. -


Ele deveria estar chateado, pensando que eu o droguei, mas ele
não estava. Eu estava assustada e com dor, mas ele cuidou de
mim. Eu não tinha que fazer sexo com ele, mas eu quis. Eu
iniciei.

— Ele era quente, não era?

— Muito quente. – Vanni piscou as lágrimas para longe.

— Sabia disso. Ele era bom de cama?

— O melhor.
— Você se apaixonou um pouco por ele?

— Provavelmente.

Beth se deitou e se curvou de lado, segurando o olhar de


Vanni.

— Você deseja vê-lo novamente?

Vanni não teve certeza de como responder.

— Está tudo bem se você quiser, eu não vou julgar. Você sabe
isso sobre mim. Ele soa maravilhoso, apesar do como vocês se
conheceram, quero dizer.

— Acho que ele não quer me ver nunca mais.

— Você não pode ter certeza a menos que tentarmos contatá-lo.

— Não, preciso esquecer que essa noite aconteceu e seguir com


a vida. É sua vez. Conta pra mim o seu segredo mais profundo
e escuro.

Levou longos segundos para a resposta de Beth.

— Eu realmente odiava Carl.

— Eu sabia disso. – Vanni sorriu.


— Ouça sua melhor amiga da próxima vez, é tudo o que peço.

— De acordo.

— Durma, estou bem aqui. Você está em casa, vai ficar tudo
bem.

Vanni fechou os olhos, mas tudo o que pôde pensar era em


Smiley. Ela esperou que ele estivesse bem, onde quer que
estivesse.

*****

Smiley entrou no apartamento no dormitório masculino e


trancou a porta. A droga havia saído do sistema, o pênis não
estava mais duro pela constante ereção e ele tinha trabalhado a
agressão para fora em um saco de areia. O silêncio dentro do
apartamento no canto era absoluto, o macho que vivia ao lado
dele tinha ido para a Reserva e o outro do outro lado do hall
tinha tomado uma companheira. Agora eles viviam juntos em
outra seção de Homeland.

Ele agarrou uma bebida gelada da geladeira, mas olhou para o


refrigerante de cerejas nas mãos. Isso o lembrou de Vanni.
Smiley colocou de volta e removeu uma garrafa de água ao
invés disso, ele bebeu metade dela e caminhou para a varanda.
Não abriu as portas ou caminhou para fora, apenas ficou
parado lá olhando para a escuridão.
Vanni estava em algum lugar lá fora. Ele considerou a
constante preocupação por ela como uma forma de tortura, o
celular que tinha pego na Segurança no caminho para casa se
sentia pesadamente no bolso. Eles haviam prometido ligar se a
encontrassem, isso permanecia tão quieto quando os arredores.

— Onde você está, bebê? – Ele colocou as mãos abertas no


vidro.

Smiley girou, compassando no carpete na frente do sofá. Eles


não conheciam bem um ao outro, mas tudo o que podia pensar
era sobre Vanni. A imagem dela parecia estar impressa
permanentemente nos pensamentos dele. Tinha tomado banho
e trocado de roupa, mas continuava sentindo o cheiro dela.

Uma batida suave foi bem-vinda e ele foi para a porta, girando
as fechaduras e abrindo-a. Era possível que eles não quisessem
ligar se as notícias fossem ruins, iriam querer contar
pessoalmente a ele, mas não era um oficial em serviço que
estava parado lá.

— Oi, Jericho.

— Ouvi o que aconteceu. Posso entrar?

— Claro. – Era melhor do que ficar sozinho. Ele mudou para o


lado. – Eu estou bem.
— Você iria dizer se fosse o contrário. – O macho fechou a porta
e se apoiou contra ela.

— A droga está fora do meu sistema. – Aquele comentário


surpreendera Smiley.

— Ele pode ter ido, mas te deixou com uma monte de memórias
difíceis.

— Não são tão ruins assim. Quero dizer, eu lembro de tudo e a


dor não chegou nem perto do que poderia chegar.

— Você e eu somos diferentes dos outros. – Jericho retumbou


profundamente no peito.

— Não compreendo.

— Sim, você compreende. – Ele inclinou a cabeça. – Nós


mantemos as emoções mais perto da superfície. Sou melhor em
esconder isso que você é. Seus sentimentos se mostram em
seus olhos, você aparenta estar triste. Isso é incomum para
você. Isso te afetou, fale comigo.

— Estou preocupado com ela. – Smiley hesitou.

— A fêmea que te drogou?

— Ela disse que não fez isso.


— A equipe colocou outra coisa nos relatórios deles. Tem
certeza que ela não é a responsável?

— Não, mas tenho certeza que ela não sabia o que ia acontecer.

— Como?

— Eu vi o medo nos olhos dela, o choque. – Smiley correu os


dedos pelos cabelos e começou a compassar novamente. Isso
ajudou. – Ela não tinha ideia do que ia aconteceu conosco.

— Talvez não até esse ponto.

— O que você quer dizer com isso? – Aquilo o parou na trilha.

— A equipe tem certeza que ela dosou as duas bebidas. Ela não
tinha identificação, havia apenas uma chave de um quarto do
hotel. Você não acha isso suspeito? Os humanos sempre
carregam documentos, especialmente em um bar humano. Ela
também não tinha um quarto no nome dela, mas a chave
estava registrada para um quarto que foi pago pela igreja
Woods. Temos lidado com eles por muito tempo, eles não são
nossos amigos.

Smiley não poderia negar que as evidências pareciam


condenatórias.

— Talvez ela foi empurrada em algum lugar. Forçada.


— Você compartilhou sexo com ela e lembra dos detalhes,
então imagino que foi intenso.

Smiley não gostou de onde a conversa estava chegando.

— Você acredita que eu talvez sinta um vínculo protetor com


ela por causas das respostas físicas extremas?

— Você ameaçou membros da equipe com fervor quando eles


tentaram examiná-la. Você também recusou ordens diretas de
Brass quando ele estava esperando deixa-la inconsciente para
transportá-la para cá. Você realmente queria essa fêmea.

— Porque eu estava drogado.

— Você anunciou que estava no controle o tempo todo. Qual vai


ser?

— Veio para discutir comigo? – A raiva estirou.

— Não, vim para conversar com você porque estou preocupado.


Smiley se acalmou e caiu no sofá, ele colocou a garrafa de água
na mesa de centro.

— Sente-se, se planeja ficar.

Jericho escolheu se sentar na cadeira do lado oposto a ele.


— Não quero seus sentimentos feridos porque isso não foi
direcionado a você. Você era o único Espécie naquele bar e foi
por isso que foi marcado. Diga-me que você entende isso.

— Eu entendo.

Jericho observou Smiley com os olhos marrom avermelhados.

— Eu entendo. – Smiley repetiu. – Isso poderia ter acontecido


com qualquer um.

— Os caninos teriam cheirado a droga na bebida.

Ele cerrou as mãos no colo.

— Isso não é sua culpa. O senso de cheiro deles é apenas


melhor, é a genética.

— Por que trouxe isso à tona?

— Eu teria pensado nisso, me culpando parcialmente por ter


me tornado um alvo fácil. Estou tentando me colocar em seu
lugar. Não somos a Espécie mais fraca aqui, eu também penso
sobre isso as vezes.

— Você tem o DNA de gorila. Eu sou provavelmente de um


chipanzé.

— Eles podem ser criaturas perversas.


Smiley fez uma careta.

— Eles são, faça sua pesquisa. Eles são muito territoriais e são
bons lutadores.

— Eu não tenho habilidades inadequadas, seu cabeção.

— Bom, fico feliz em ouvir isso. Temos nossas vantagens acima


dos felinos e caninos.

— Somos muito melhores em escaladas, apesar que invejo os


felinos pelas habilidades de saltar.

— Não dê atenção a isso. – Jericho resmungou.

— Todos somos Espécies. – Smiley encolheu os ombros. –


Somos uma família. Eu nunca tirei um tempo para pensar
realmente em nossas diferenças.

— Você deveria fazer isso agora. Tendemos a ser mais


emocionais, do jeito que os humanos são. Fazemos ligações
mais rapidamente, vou ser franco.

— Eu gostaria que você fosse.

— As únicas fêmeas com que eu e você compartilhamos sexo


são caninas ou felinas. Elas me disseram que sou diferente e
aposto que elas fizeram o mesmo com você. Precisamos de mais
do que sexo. É sobre tocar e o sentido de vínculo que
compartilhamos com elas durante nossos momentos de
intimidade. Estive evitando humanas por essa mesma razão,
você provavelmente fez o mesmo.

— Eu apenas não havia encontrado uma que eu estivesse


atraído que se sentisse do mesmo jeito que eu ou eu teria
notado.

Jericho se mexeu na cadeira e descansou os braços ao longo


das laterais.

— Nossas fêmeas sabem quando nos empurrar para longe, mas


as humanas não. Eu li o relatório, Smiley. Você estava
cuidando daquela fêmea e ela permitiu isso. Apenas posso
imaginar como aquilo te afetou, mas provavelmente foi muito
poderoso. Aquilo, misturado com os efeitos da droga de
procriação, poderia chegar um problema.

— Você me perdeu.

— Você é muito preocupado do jeito errado sobre procurar


aquela fêmea. Você deixaria claro que isso não é sobre ter
certeza que ela não seja punida pelo que fez a você, mas sim
por seu medo pela segurança dela. Estou preocupado que você
acredita que há um vínculo lá que realmente não existe. Você
entende? Não quero que você sofra mais.

Smiley não tinha certeza de como responder.


— Essa fêmea caminhou pelo bar com a intenção de nos
machucar. – Jericho manteve a voz baixa e inalterada. – Havia
repórteres em todos os lugares para cobrir o anúncio de Justice
revelando nossos planos de expandir a Reserva para acomodar
a vida selvagem que abrigamos das operações de resgate. Isso é
importante para nós todos, porque sabemos como é ser visto
como um animal perigoso. Isso teria machucado nossa imagem
pública se você a atacasse na frente de todas aquelas
testemunhas. Isso não é sobre você. Aquele ataque foi
direcionado à ONE.

— Sei que não fui o alvo.

— Um humano decente e bom não teria feito isso. É óbvio que


a igreja Woods comprou aquela droga de Drackwood, sabemos
que eles estavam trabalhando em uma versão que não iria
matar humanos. É o único jeito que ela sobreviveria a isso. O
teste confirmou que é uma versão alterada da original. Isso
significa que eles gastaram muito tempo e dinheiro planejando
esse ataque. Não quero que você se sinta ligado a uma fêmea
que não vale a pena. Ela talvez não tenha sido avisada da dor
que a droga causa, mas a intenção de machucar Espécies é
inegável.

— Talvez ela não entenda o impacto que isso teria.

— Então, por que ela escapou? Eles a estavam levando para a


assistência médica. Estou tentando ser lógico por você.
— Você está certo. – O jeito que o peito dele pesou e doeu foi
um desagradável e inesperado sentimento para Smiley.

— Vou pegar uma bebida e dormir em seu sofá. – Jericho se


ergueu. – Você não deve ficar sozinho em um momento como
esse, meu amigo. Lamento que isso tenha acontecido com você.

— Eu não vou me jogar pela janela.

Jericho girou, um olhar horrorizado congelado no rosto.

— Era uma piada. – Smiley forçou um sorriso. – Estou


desapontado, vou superar. Você não tem que ficar aqui.

— Você ia preferir ficar com uma fêmea? Tenho certeza que


Rusty iria permitir que você dormisse na cama dela dessa vez.
Ela também está preocupada com você.

— Não estou pronto para isso.

— Você deveria. Esqueça a humana e aproveite um pouco dos


cuidados de uma das fêmeas, isso vai fazer as coisas melhores.

— Eu sou solitário, uma noite com uma de nossas fêmeas não


vai curar isso. – Smiley se ergueu. – Vai apenas deixar pior. Eu
sou forte, vou deixar isso pra lá. Eu sempre faço isso, hoje é
apenas um dia difícil.
— Dormirei no sofá. Você vai ter que me pegar e jogar para fora
se quiser que eu vá embora.

— Agradeço sua amizade. – Não havia como argumentar com o


macho.

— Somos uma família. – Jericho abriu um refrigerante de


cereja e deu um gole. – Você faria o mesmo por mim, eu não
iria querer ficar sozinho depois de algo assim. Vou te acordar se
você tiver pesadelos.

— Estou exausto, vou apenas apagar.

— Vou ficar aqui. – Jericho se virou para a televisão. – Se


importa se eu assistir um pouco?

— Fique à vontade.

Smiley caminhou para o quarto e fechou a porta. Ele pausou


lá, relembrando o rosto de Vanni. Precisava deixar isso para
trás, precisava deixa-la para trás. Jericho tinha feito pontos
válidos. E novamente, ele não estivera lá.

Vanni tinha corado quando tirou a roupa, lá havia uma


inocência sobre ela que ele descobriu encantadora. Não era algo
que um humano malicioso teria. Nada daquilo fazia sentido.
Smiley caminhou para a janela e olhou para a escuridão. Onde
você está, Vanni?
Capítulo Seis

— Vanni! Acorda, droga. Venha aqui!

Vanni pulou da cama quando Beth começou a gritar da sala de


estar. Ela empurrou as cobertas e correu pela porta aberta.

— O que está errado? Você se machucou? – O olhar


freneticamente procurou e ela encontrou a amiga.

Beth estava de joelhos no meio da sala entre a mesa de café e a


televisão. A amiga estava pálida e apontava o controle remoto
para a TV, Vanni olhou para a tela, vendo um comercial.

— O que está errado?

— Vai começar, eu apenas vi a chamada.

— De quê? Beth? Que diabos?

A boca dela se abriu, fechou e abriu novamente.

— É um programa de fofocas matinal.

— O que é? – Vanni caminhou para fora do quarto, retirando o


cabelo bagunçado do rosto.

— É você e aquele Nova Espécie.


— O quê?

— Eles mostraram um vídeo de vocês dois da noite passada.

— O que você quer dizer? – Vanni tinha que ter ouvido errado.

— Ninguém mais tinha aquela saia horrível que você veio para
casa e, acredite em mim, era você. Eles mostraram um pedaço
de uma história que vão contar e é sobre a ONE. Mostrou
alguns segundos de você agarrada em um cara grande e vocês
estavam mandando ver.

— Isso não é engraçado.

— Não estou brincando. Estou tendo um serio ataque cardíaco.


Vai passar depois dos comerciais.

— Você está errada, o que eles disseram?

— Eu ouvi ONE na TV enquanto estava fazendo minha aveia e


olhei. Eles mostraram você com as pernas ao redor de um tipo
grandão, parecendo quente e pesado. Não há nenhum engano
sobre aquela saia.

Os comerciais terminaram e o programa começou novamente.


Beth aumentou o volume enquanto os apresentadores
encaravam as câmeras, o homem começou.
— Sei que você ouviram muitas histórias sobre a ONE
atualmente, mas aqui há uma nova para vocês. Uma
submissão anônima de um vídeo chegou em nossa estação e
muitas outras nessa manhã.

— Geralmente as histórias que trazemos falam sobre a ONE


envolvida como sendo alvo de crimes de ódio. Hoje não. – O
sorriso da mulher apareceu. – Parece que muitas pessoas são
realmente amigáveis com os Novas Espécies.

Os joelhos de Vanni colapsaram e ela atingiu o tapete quando


um vídeo granulado começou a passar na tela. Era ela e
Smiley. O ângulo era de cima e a câmera de vídeo deu um
zoom.

Eles estavam colados um ao outro, com a mão de Smiley no


ombro dela, a outra segurando o quadril enquanto ela se
esfregava. As palavras não puderam ser ouvidas, mas Smiley
disse algo. Ela acenou. Os lábios dele se moveram novamente.
A mão dela se ergueu e agarrou uma parte da camisa dele, ela
se rasgou para revelar a pele nua do peito de Smiley e um
pouco do abdômen. Ela foi para os cabelos dele, prendendo a
mão no pescoço dele e usou o aperto para puxar o rosto para
baixo.

— Oh merda. – Beth arfou.

Vanni assistiu em horror enquanto beijava Smiley. Ela parecia


desesperada e sacana, isso ficou pior quando ela ergueu uma
perna alto o suficiente para passar o tornozelo ao redor das
costas da perna dele em uma tentativa óbvia para que ele a
pegasse. Ele pegou. Isso foi quando ela passou as pernas ao
redor da cintura de Smiley, a saia subindo pelas pernas no
processo.

— Não. – Vanni sussurrou. A memória retornou e ela não ficou


surpresa quando começou a esfregar o corpo contra o dele. Foi
horrendo assistir isso, entretanto. Isso a lembrava de um
cachorro que havia visto uma vez que se esfregava em qualquer
perna que encontrasse para se atracar.

— Não, não, não. – Ela gritou.

Smiley se empurrou para longe dela e tentou evitar a boca dela,


isso não a parou. Ela enfiou o rosto no pescoço dele e os olhos
dele se fecharam. Smiley apenas ficou lá permitindo que ela o
manuseasse, exceto que os lábios dele se moveram
ligeiramente, como se estivesse dizendo a ela para parar. Vanni
não pôde lembrar aquela parte, mas vendo era inegável.

Algo aconteceu do outro lado dele que a câmera não podia ver,
mas Smiley curvou as costas e então girou, prendendo-a conta
a SUV preta. Ele parecia tentar para-la de o acariciar e puxar
seus cabelos. Smiley se pressionou contra ela, a prendendo,
mas então ela agarrou o rosto dele para plantar os lábios nos
dele. Foi uma boa imagem da maior parte do rosto dela, os
olhos estavam fechados e ela maluca, beijando-o ardentemente.
— Temos alguém no telhado! – Um guarda da ONE gritou – o
que estava posicionado na frente da SUV. Ele puxou a arma e
apontou para a câmera, a pessoa a operando pulou para longe
e o vídeo terminou.

O show retornou para os apresentadores. A mulher se abanou


e sorriu.

— Eu diria que isso foi muito amigável.

— Nenhum dos meus fãs fez isso para mim. Apenas me


pediram autógrafos. – O homem gargalhou e piscou. – Eu sou
solteiro.

— Você não parece exatamente como ele e ela obviamente


queria mais que a assinatura dele. Acho que é melhor você
começar a puxar pesos se quer esse tipo de resposta de suas
fãs. Viu os músculos daquele Nova Espécie? – A mulher
balançou as sobrancelhas para a câmera.

— Desligue. – Vanni sussurrou.

Beth parecia tão chocada e consternada quando Vanni se


sentia.

— Ouviu o que eles disseram? Em cada estação. Oh, Vanni.


Seus pais assistem as notícias e esses programas de fofoca.
Não há jeito deles não verem isso. Até mesmo sem aquela saia
eu soube que era você. Seu rosto se mostrou em alguns
momentos.

O telefone tocou, as duas mulheres pularam. Vanni sacudiu


freneticamente a cabeça.

— Não atenda.

Beth não se moveu. O telefone tocou quatro vezes antes que a


secretária eletrônica atendesse. Caiu em Vanni que todo
mundo que ela conhecia iria ver o vídeo em algum momento,
aquilo incluía seus amigos, família e colegas de trabalho. Isso
fez doer seu estômago.

— Vanni? – A voz da mãe dela veio do telefone. – Vanni? Nós


vimos o noticiário. Era você? Parecia com você. Você –

— Que droga! – O pai dela gritou no fundo. – Conseguiu falar


com ela? Ela não está atendendo o celular. No noticiário
disseram que isso aconteceu no mesmo hotel onde ela ficou no
fim de semana.

— Secretária eletrônica. – Sua mãe disse a ele.

— Ligue para Beth, tenha certeza que Vanni está bem. – Seu
pai gritou. – Nossa garota não agiria assim em público a menos
que estivesse bêbada. Você acha que ela está bem? E se ela foi
para casa com ele e ele não a deixou ir embora? Deveríamos
ligar para aquelas pessoas Nova Espécies para ver se ela
continua com ele?

— Vou ligar para Beth agora. – O telefone ficou mudo.


Segundos depois, o celular de Beth tocou um rap. Vanni olhou
para a amiga, Beth se moveu.

— Direi a eles que você está bem, eles estão preocupados.

— Não posso falar com eles.

— Cale a boca. – Beth meteu a mão na bolsa. – Alô, Vanni está


bem.

Vanni estava hiperventilando. O telefone da casa recomeçou a


tocar, Beth o ignorou enquanto segurava o celular, ela
encontrou o olhar de Beth.

— Ela está aqui, fui busca-la na noite passada. Ela está


dormindo e está bem. Vou pedir que ela ligue para você mais
tarde. O outro telefone está tocando, eu juro que ela está bem.
– Beth desligou.

— Vanni? – A secretária eletrônica atendeu.

— Carl. – Ela grunhiu.

— Mas que droga, Vanni! – Ele soou na máquina. – O que


diabos você fez? Meu pai me avisou que você não era nada mais
que sujeira. Como diabos você pôde? – A voz dele baixou um
pouco, mas a raiva era clara. – Sabe que tipo de imagem ruim
isso vai causar ao meu pai? A mim? Estamos noivos e você
pegou uma daquelas criaturas em um beco nos fundos do
hotel? – Ele baixou a voz para um sussurro. – Eu poderia te
matar. Alguém te identificou para os repórteres. Merda, outra
equipe do jornal está na porta. Isso é tudo culpa sua! – Ele
bateu o telefone.

O telefone começou a tocar imediatamente. Vanni percebeu que


lágrimas corriam pelo rosto, Beth desligou a campainha e a
secretária eletrônica, o celular tocou a música de rap
novamente. Beth xingou e o desligou.

— Vanni? Olha pra mim.

— Isso é um pesadelo, certo? – Ela piscou entre as lágrimas. –


Eu continuo na cama.

Beth se sentou no chão e a abraçou.

— Vai ficar tudo bem, em alguns dias isso vai sumir. Alguém
mais vai fazer algo para chamar a atenção deles.

— Acha que eles têm mais vídeos que não mostraram ainda?

— Não sei, mas vai ficar tudo bem.

— Como? Como pode ficar? – Vanni se empurrou para trás.


— Vamos passar por isso. – Beth tinha lágrimas nos olhos
também.

— Todos verão isso. Como vou sair de casa? Trabalhar?

— Eu não sei. – Beth fungou. – Olhe pelo lado bom.

— Estou com medo de perguntar o que apareceu na sua


cabeça, mas qual? Estou desesperada.

— Você não tem que fazer nenhuma ligação para dizer às


pessoas que não está se casando com Carl. Acho que isso é um
presente.

— Não tem graça. – Vanni foi para frente e abraçou a amiga


novamente. – Tente novamente.

— Okay. – Beth sussurrou. – Os repórteres vão incomodar pra


caramba o Carl. Ele ameaçou te matar então espero que eles o
infernizem.

— Não está ajudando.

— Não sei mais o que dizer.

— Nem eu.

Um bom minuto passou, Beth falou novamente.


— Vocês fizeram sexo naquele beco?

— Dentro da SUV.

— Bate aqui. – Beth desfez o abraço, se sentou e ergueu a mão


no ar.

Vanni apenas olhou para ela.

— A lista, lembra? Sexo em um carro. – Beth manteve a mão


levantada. – Lado bom, essa é a única coisa que veio de bom.

— Oh Beth. – Vanni sacudiu a cabeça. – Isso é tão errado.

— Trabalhe isso comigo, estou tentando. – Beth baixou o braço.


– De outra forma vamos chorar e ficar enroladas no chão.

— Isso é tão ruim?

Alguém bateu na porta. Beth se ergueu, caminhou para lá e


espiou pelo olho mágico. Ela xingou e se afastou enquanto a
pessoa batia novamente.

— Senhorita Abris? Travanni? Podemos conversar com você por


um momento? – A voz era abafada pela porta.

— É uma mulher e um cara com uma câmera. – Beth voltou.


Vanni se apoiou nos pés e correu para o banheiro, ela vomitou
violentamente. Sua vida nunca mais seria a mesma.

****

Smiley havia sido chamado no escritório de Fury. Ele não tinha


ideia do porquê, mas sabia que era urgente. A porta foi aberta e
Fury esperava lá dentro.

— Sente-se

— Estou bem de pé. – Smiley esticou a espinha. – Vanni foi


encontrada?

Mais Espécies entraram na sala, incluindo Jericho. O olhar


severo nos olhos de macho fez Smiley repensar na oferta de se
sentar. Ele caminhou alguns passos e caiu em uma cadeira,
realmente não havia esperado que dissessem que Vanni estava
morta. Esse era seu pior medo, pareceu que fora confirmado. A
bílis subiu, mas ele empurrou para baixo.

— Ela está morta? – Ele lutou para perguntar.

— Não. – Jericho sacudiu a cabeça.

Smiley pôde respirar novamente.


— Na última noite havia um humano no telhado do hotel. –
Fury rodeou a mesa e se sentou. Ele ergueu um controle
remoto e ligou a TV. – Vocês estavam cientes disso?

— Sim. – Smiley assentiu. – Ouvi Shane lançando isso e


coloquei Vanni na traseira da SUV para a deixar coberta no
caso de ser um atirador.

— Isso está passando em todos os canais. – Fury apertou


alguns botões. Se prepare. O homem tinha uma câmera e
aparentemente o mandou para alguém com um interesse. Aqui
está um que gravei, perdi o começo, mas isso é o suficiente.

O vídeo não estava na melhor qualidade, mas estava claro o


suficiente, até mesmo no beco escuro, para deixar os detalhes.
Smiley estremeceu no assento. Foi desconfortável ter um replay
de um momento tão pessoal sendo mostrado na frente de
tantos machos. Isso também o enraiveceu.

O vídeo terminou e o âncora do jornal, um homem grisalho,


assumiu.

— A mulher no beco foi identificada com Travanni Abris, de


vinte e sete anos. – Uma foto de Vanni e um homem loiro
mostrou na tela. Eles estavam sorrindo e então retornou para o
âncora.

— Vocês talvez reconheçam o homem na foto com ela como o


advogado Carl Woods, filho do pastor Gregory Woods, da igreja
Woods. A igreja Woods vem sendo uma das mais fortes
combatentes na campanha para fechar a ONE. Fomos
incapazes de alcançar a senhorita Abris para um comentário.
Ela está reclusa em casa.

A câmera se focou em uma mulher de pé na frente da igreja


Woods, ela se apresentou.

— Ninguém vai falar conosco, mas tem havido um fluxo de


atividade na última hora. – A câmera passou pelo
estacionamento lotado de carros e de volta para a repórter. –
Alguém que deseja permanecer anônimo nos contou que o
pastor Woods e o filho estão dentro da igreja e que isso veio
como um total choque para a família. Como todos sabem, o
pastor Woods se opõem aos Novas Espécies tendo direitos civis.
Ele iniciou a igreja –

Fury desligou a TV e suspirou.

— Ela estava noiva do filho, eles iriam se casar em sete


semanas.

Smiley não esqueceria tão cedo o rosto do homem loiro. Ele


tinha parecido muito menor e mais baixo que ele mesmo, o tom
de pele deles era vastamente diferente também. Aquele era o
homem que tinha reclamado Vanni até a noite passada quando
ela removera o anel dele. Smiley cerrou a mandíbula.

— Eu sinto muito. – Smiley não tinha certeza do que dizer.


— Pelo quê? – Fury arqueou uma sobrancelha.

— Estamos evitando matérias no jornal e publicidade ruim.

— Você não fez nada de errado, Smiley. – Jericho rosnou. – Isso


não foi ruim para nós. A igreja Woods sempre está dizendo que
pertencemos a um zoológico e mesmo assim aquela fêmea
compartilhou sexo com você. Isso significa que não é todo
mundo que compartilha as besteiras dele.

— Nada sobre as drogas de reprodução saiu ainda. – Fury


assentiu.

— No pior cenário, se isso acontecer, ela vai parecer ser uma


agressora sexual. – Bestial clareou a garganta. – Aquela fêmea
te atacou, não foi de outro jeito. Eles não podem virar isso para
o lado ruim.

— Não entendo porque eles a usaram para mandar esse ataque


na mídia, isso não é bom para eles. – Tiger falou. – A última
fêmea que eu iria querer que fodesse meu inimigo seria aquela
que casaria com alguém tão alto na nossa organização.

— Eu posso pensar em algumas boas razoes para eles a


escolherem. – Tim se ergueu.

— Nomeia-as – Fury pediu.


— Eles provavelmente pensaram que um Nova Espécie iria
terminar matando-a. – Tim não hesitou. – Ela é frágil à vista,
julgando pelo vídeo, e tem um jeito de garota da porta ao lado
que iria chatear a todos. Que jeito melhor de ganhar a simpatia
do público para a causa deles que perder alguém tão
importante para a família? Eles poderiam ter processado a ONE
pela morte dela na casa dos milhões. Eles iriam assumir que os
bolsos deles seriam cheios e drenar os nossos ao mesmo
tempo. Isso teria também mantido o nome deles nos papéis e
fazer os Novas Espécies parecerem o inferno por matar aquela
garota.

— Está querendo dizer que o filho enganaria Vanni para


acreditar que ele a amava quando ele apenas se sentaria para
ela ser morta? – Raiva se moveu dentro de Smiley.

— Eu não sei muito sobre ele, mas fiz minha pesquisa com a
igreja Woods. – Tim deu de ombros. – Ele é um pedaço do
trabalho. Eu não iria colocá-lo por ter que escolher ela sem
malicia. Ele não estava feliz quando o noivado deles foi
anunciado, talvez tenha sido apenas um jeito de apenas parar o
casamento e nos atingir ao mesmo tempo. De qualquer forma,
aposto que ele ameaçou que o casamento deles tenha
terminado.

— A menos que o filho continue querendo casar com ela. –


Tiger pestanejou.
— Nenhum cara vai continuar querendo casa com ela depois
que aquele vídeo se tornou viral. – Tim bufou. – Ele seria digno
de risos.

— Por quê? – Smiley pensou que isso parecia um insulto a


Vanni.

— Orgulho. – Tim encontrou seu olhar. – Ela estava


completamente em cima de você. Ninguém nunca iria deixa-lo
esquecer disso.

— Apenas para saber, ela iria continuar querendo casar com


ele depois de Smiley? – Flame sorriu. – Aquele era um humano
com cara de pateta.

— Flame. – Fury sacudiu a cabeça. – Não é hora para piadas.

— Estou apenas dizendo que o filho parece insignificante.

— E se ela ficou grávida? – Jericho pestanejou.

— Ela não está, está no controle de natalidade. – Smiley cerrou


os punhos. – Eu não estava tão louco assim, eu perguntei.

— Que tipo? – Bestial olhou para ele.

— Não tenho certeza. – Smiley fez uma careta.


— A droga de reprodução pode ultrapassar certos
contraceptivos.

— Tem certeza? – Smiley se sentiu socado no estômago.

— Muita certeza. – O membro do conselho assentiu. –


Camisinhas funcionam, mas apenas se elas não rasgarem.
Suponho que vocês não usaram uma?

— Não.

— Gozou dentro dela?

— Sim.

— Então há uma possibilidade que precisarmos estar atentos e


fazer um plano de contingencia para isso. – Bestial fez uma
careta.

Vanni grávida de meu filho. Smiley ficou de pé, incapaz de


permanecer sentado por mais um segundo.

— Precisamos trazê-la para Homeland. Onde ela está?

— Calma. – Jericho pediu.

— E se ela estiver carregando meu filho? Ela está lá fora


sozinha. – Smiley se recusava a se acalmar. – Nossos inimigos
poderiam ir atrás dela para roubar meu filho ou matá-la para
evitar o nascimento dele. Tim disse que ela está em perigo por
causa daquela igreja, alguém lá a marcou. Precisamos
recuperá-la agora para assegurar a segurança dela.

— Smiley? – Fury chamou a atenção dele. – Estamos mantendo


uma equipe de vigilância nela, mas não podemos mandar uma
equipe para pegá-la. Ia parecer como se a tivéssemos
sequestrando. Isso seria má publicidade.

— Eles disseram que ela está trancada dentro de casa.


Sabemos se isso é verdade? – Smiley nem mesmo tinha certeza
se ela estava bem ou não.

— Sim. – Tim assentiu. – Tenho uma equipe de dois homens


fora do apartamento dela mascarados como paparazzi. Fomos
para o endereço errado na noite passada, o que estava listado
na licença de motorista dela estava vencido. Ela se mudou no
mês passado. Temos confirmação visual que ela e a colega de
quarto, uma Elisabeth Goss, estão trancadas dentro de casa.
Elas estão se recusando a atender as chamadas ou a porta. A
única razão que sabemos com certeza que ela está é porque
alguém chamou os policiais reportando um possível suicídio.

— O quê? – Smiley rosnou.

— Ela está bem. É uma besteira inventada por alguns dos


paparazzi para trazer para fora quem eles querem fotografar. É
um processo padrão para os policiais fazerem uma pequena
checagem e entrevistar os residentes para ter certeza que não
há um problema real. Meus homens verificaram a ligação e não
veio de dentro da residência. Nesse caso a polícia teve Travanni
e Elisabeth conversando com eles nos degraus depois que o
dono do apartamento abriu a porta para eles. Elas não estão
abrindo-a para ninguém.

— Sua equipe realmente a viu? Eles têm certeza? – Smiley


precisava de uma confirmação.

— Sim. – Tim assentiu.

— Ela parecia bem? – Smiley se acalmou um pouco.

— Eu não sei. – Tim pestanejou. – Ela estava falando com os


policiais e eles saíram sem chamar uma ambulância, então
acho que sim.

— Eu posso apenas imaginar o estresse que você enfrenta


agora, mas não é a hora para trazê-la para Homeland para
questionamentos. – Fury chamou a atenção de Smiley. – A
mídia está frenética e todo o foco está nela. Precisamos esperar
para que as coisas se acalmem um pouco antes que façamos
um movimento.

— Ela vai pagar pelo que fez. – Bestial prometeu. – Somos bons
em esperar pacientemente quando precisamos.

— Pagar? – Smiley olhou para ele. – Eu nem mesmo tenho


certeza se ela fez isso. Ela negou ter nos drogado.
— Ela está associada a um grupo que nos odeia, também
escapou ao invés de vir aqui. – Bestial soltou uma respiração e
pausou. – Quantos Espécies comeram e beberam naquele bar
quando ela não estava lá, e ainda nada aconteceu? Ela veio e
você foi drogado. Eu preciso continuar? Tudo aponta para ela.

Smiley odiava admitir que aquilo soava ruim, ele se manteve


em silêncio.

— Não temos certeza se ela estava ciente do perigo, mas nada


bom vem de derramar uma droga na bebida de alguém. Aquela
fêmea tinha que saber que era potencialmente para machucar.
– Bestial inalou e soltou uma respiração profunda. – Ela será
processada sob as leis dos Novas Espécies.

— De qualquer forma, ela precisa ser trazida aqui para ser


questionada na primeira oportunidade, - Jericho cortou Smiley
antes que ele pudesse falar e lançou um olhar de advertência
para o manter em silêncio. – Ela pode ligar esse crime com a
igreja Woods. Temos que localizar aquela droga e ter certeza
que toda ela foi destruída, de outra forma nenhum de nós
estava seguro no mundo lá fora. Eles poderiam planejar mais
ataques.

— Concordo. – Fury anunciou. – Vamos esperar até que a mídia


se aquiete e teremos a equipe de Tim para pegá-la.
Smiley se estufou com raiva, a reunião terminou e ele saiu
tempestuosamente, precisando de tempo para pensar. Jericho
o alcançou a agarrou seu braço.

— Ela te drogou, não esqueça disso.

— Vanni estava assustada e sofrendo. Não quero manda-la


para Fuller. Ela pagou o suficiente, mesmo se foi ela quem fez
isso.

— Conversei com Ned. Ele disse que vocês três entraram no bar
e que você se sentou sozinho no canto. Ninguém se aproximou
de você, exceto ela. Aquela fêmea foi a única que se sentou ao
seu lado. Ele notou que você se virou no assento em alguns
momentos e isso daria a ela a oportunidade para dopar seu
refrigerante.

Smiley não poderia negar isso.

— Não pode haver crime se não houver uma vítima. De


qualquer forma, me recuso a me pronunciar.

— Não pode negar o que aconteceu, Smiley. Você não foi


machucado dessa vez, mas quem será a próxima vítima se não
pararmos com isso agora? Isso é sobre todas as Espécies.

— Talvez ela foi forçada. Apenas considere essa possibilidade.


— Macho teimoso. – Jericho resmungou sob a respiração. –
Você vai agir como True, não vai? Eu deveria me preparar para
isso? Você a levará de nossa custódia quando ela for trazida
aqui e vai fazer de sua casa o santuário dela?

— Vai tentar me impedir se eu fizer? – Essa era uma boa ideia.

— Droga. – A expressão de Jericho se suavizou. – Eu não quero


você machucado. Vou fazer um acordo com você.

— De que tipo?

— Você não assinará os papéis de companheiros se eles


pedirem.

Smiley pestanejou.

— Eles pediram para True assinar os papéis de companheiros


quando ele manteve Jeanie na casa dele. Vou discutir seu caso
se você a levar, apenas prometa não fazer nada abrupto. Eu
não confio nessa fêmea e não confio que você esteja sendo
completamente racional, quero ter certeza que você a conheça
antes que possivelmente cometa um erro.

— Concordo.

— Ela pode nos ajudar, descobrindo onde mais das drogas


estão. – Jericho assentiu. – Duvido que a igreja Woods tenha
apenas duas doses para as bebidas de vocês.
— Ela é gentil, Jericho. Sei que ela vai ajudar, ela não iria
querer que o que aconteceu conosco aconteça com outros.

— Você espera que ela seja gentil. Mal a conhece, Smiley.

Ele não podia argumentar, mas o instinto gritava que ela era.
Capítulo Sete

— Eu vou com você, ele é um idiota. Quem sabe como ele vai
reagir depois de ver aquele vídeo.

— Ele não vai me bater, Beth.

— Eu não iria colocaria qualquer coisa naquele idiota.

— Você nunca gostou dele.

— Com uma boa razão. Ele é egoísta e nunca pensou em você,


aquela coisa que ele está fazendo com o pai é assustadora como
uma merda também. Ele é um homem crescido, mas é como se
ele estivesse tão enfiado na bunda do pai que não pode pensar
por si mesmo. Ele disse que não fazia parte daquela igreja, mas
nunca se opôs publicamente também. Eu chequei online. Ele
foi fotografado muitas vezes com o pai antes que você saísse
com ele. Acho que ele escondeu a associação porque sabia que
você não iria sair com ele de outra forma. Carl tinha certeza
como o inferno que não iria querer casar com uma daquelas
groupies insanas que vão para aquela igreja.

— O que isso significa?

— Eles são um bando de idiotas paranoicos. – Beth suspirou,


parecendo frustrada. – Você era perfeita, Vanni. Seu irmão é
um policial, sua irmã é o pôster da dona de casa com filho e
seus pais são casados desde sempre. Você está limpa e não tem
ficha criminal. A esposa perfeita, a imagem sábia.

— Ele pediu para se casar comigo contra os desejos do pai dele.


– Vanni fez uma careta.

— Aposto que aquele filho da puta velho está feliz que essa
merda aconteceu.

— Talvez.

— Ele vai estar lá? Ele é tão desagradável. – Beth pestanejou.

— Não, Gregory não está lá. Carl disse que o pai dele está
muito ocupado com a igreja para sair. Isso é um pesadelo para
eles também, com todos os repórteres. Eu vou apenas devolver
o anel, pegar minhas coisas e sair. Ele disse que tem que se
esconder lá dos repórteres.

Beth ergueu a mão, encolheu ligeiramente o ombro e uniu o


polegar o indicador da outra mão, levando-a para a frente e
para trás.

— Essa sou eu tocando violino. – Ela deixou as mãos caírem


para os lados.

— Você é tão má.

— Ele está segurando suas coisas por uma razão.


— Eu devo a ele a cortesia de fazer isso pessoalmente.

— Estou indo com você.

— Você supostamente tem um jantar com seus pais e vai sair


com sua irmã hoje à noite. Eu não vou arruinar seus planos.

— Acha que vai fazê-lo ficar menos chateado que você o traiu
porque estava drogada? Você talvez precise de algum reforço.

— Eu não vou falar com ele sobre isso.

— Por que não? Você é idiota? De outra forma, ele vai apenas
pensar que você é uma completa vadia.

— Ele teria contado ao pai dele e ele vai torcer isso em algo
contra a ONE. Ele é um imbecil desse tipo.

— Isso é verdade.

— Eu prefiro apenas pegar tudo e sair tão rápido quanto


possível. Ele acabou com isso antes mesmo que eu fizesse
jogando aquela mentira no fim de semana. Tive meus olhos
abertos que ele é um tipo de imbecil.

— Eu usaria palavras mais fortes como saco de merda, mas


tudo bem. Me ligue se a merda atingir o ventilador e se precisar
que eu venha para casa comer sorvete com você.
— Fechado, logo depois que eu tiver meu celular de volta.

Vanni pegou o chaveiro e esperou que não se ferrasse, desde


que sua carteira estava dentro da bolsa. Seu carro estava no
estacionamento subsolo, que tinha uma saída por trás do
edifício; Beth deveria ser capaz de distrair a impressa enquanto
ela saia.

A viagem de vinte minutos foi calma, mas as palavras de Beth


se repetiam na cabeça de Vanni enquanto ela passava pelos
portões da propriedade Woods. Não faça isso. É estupidez.

Estivera ali apenas uma vez com Carl quando eles tiveram o
primeiro encontro. Foi quando ela conheceu Gregory, que era
dono da casa de férias reclusa nas colinas, isso não foi bem.
Eles desgostaram um do outro à primeira vista.

Um homem em um uniforme pisou para fora da guarita e


manteve a mão erguida. Vanni diminuiu e pressionou o botão
da janela.

— Eu sou Vanni, Carl está me esperando.

Ele pestanejou.

— Ele me ligou e disse para vir aqui pegar minhas coisas.


— Uma Vanni está aqui para ver Carl. – O guarda usou um
rádio para contatar alguém na casa.

— Mande-a entrar. – Outra voz ordenou.

O guarda apertou um botão dentro da guarita, os portões se


abriram lentamente e Vanni pisou no pedal. O pavimento, a
estrada estreita se encurvou em alguns pontos e se abriu para
uma área vasta e circular. Vanni estacionou na frente da casa.

Os nervos dela estavam uma bagunça, o plano tinha sido


retornar o anel de noivado para Carl por correio, mas isso foi
antes dele segurar as coisas dela. A mensagem que ele deixara
havia sido bem clara, ela poderia pelo menos encontra-lo ou
não teria as coisas de volta. Era possível que ele estava com
medo que ela manteria o anel caro que tinha pertencido à avó
dele. Era um insulto que ele pensava tão pouco dela.

Vanni saiu do carro e fechou a caixa de joias no punho


enquanto subia as escadas e tocava a campainha. Esperando a
porta ser aberta, então ela poderia finalmente encarar Carl era
uma tortura ao seu estômago enjoado.

A porta se abriu e um homem olhou para ela. Ele era alto, com
um corte de cabelo desajeitado e feições grosseiras. Ele foi
difícil de determinar porque todas as pessoas de Gregory
usavam ternos, mas ele era provavelmente um dos muitos
guarda-costas dele.
— Por aqui.

Ela exalou uma respiração e o seguiu corredor abaixo para um


escritório. Carl se sentava atrás da mesa, ele desligou o telefone
e se sentou.

— Obrigado, Bruce.

— Sem problemas, senhor. – Ele lançou a Vanni um olhar sujo.


– Estarei por perto.

Vanni lutou contra rolar os olhos, era ridículo o pensamento de


que ela era perigosa. A situação cruel umedeceu sua atitude,
no entanto, quando viu quão cansado seu ex parecia. Círculos
escuros cobriam os olhos dele e o cabelo normalmente perfeito
dele estava um pouco bagunçado.

— Aqui está o anel de sua avó. – Ela deixou isso no topo da


mesa. – Quero me desculpar, nunca quis que nada disso
acontecesse.

Ele alcançou a caixa e a puxou aberta para examinar.

— Esse é o certo. – As ações dele a irritaram.

Ele fechou a caixa, abriu uma gaveta e o jogou dentro.

— Não mais do que você é capaz.


Os lábios de Vanni se mantiveram fechados. Eu mereci isso, ui.

Carl manteve a mesa entre eles.

— Por que você não foi para o quarto como disse a você? Nada
disso teria acontecido se você tivesse ido.

— Eu fiquei louca com você por me enganar para ir àquele


hotel no fim de semana. – Ela sabia que ele merecia mais
respostas. – A última coisa que eu queria era ficar
compassando ao redor do quarto depois de nossa briga ou
ganhar outra palestra de Mable sobre como não sou boa o
suficiente para você. Eu disse a você que ela é má. Apenas
pensei em tomar uma bebida, relaxar um pouco e então ir para
a cama.

Carl olhou para ela, a boca em uma linha fina de raiva. Vanni
conhecia aquela expressão muito bem. Desaprovação era algo
que ela tinha muito dele. O relacionamento deles estava
acabado, mas ela não sentia dor pela perda, Beth talvez
estivesse certa. Isso iria a partir ao meio se realmente estivesse
apaixonada por Carl, mas ao invés disso, ela apenas queria se
afastar dele.

— Eu sinto muito. Nós não deveríamos ter noivado desde o


começo, conclui isso no final de semana. Você está sempre
dizendo coisas ruins para mim e me ressinto mais disso do que
percebi. É melhor para nós dois que nosso relacionamento está
acabado. Eu nunca seria o tipo de mulher que você continua
tentando me moldar. Te desejo uma vida feliz, Carl. Vou pegar
minhas coisas e vou embora, você nunca mais vai ouvir falar de
mim novamente.

— É isso? É tudo o que você tem a dizer? – Ele caminhou ao


redor da mesa.

— Eu nunca quis te machucar.

— Sem desculpas? – Ele caminhou um pouco mais para perto


para ser confortável.

— Isso aconteceu. Eu teria te dito mesmo se não estivesse na


televisão. Eu havia planejado te ver amanhã quando você
voltasse do hotel. Obviamente você teve que vir mais cedo, eu
sinto muito. Não sei mais o que dizer.

Carl parecia um pouco chocado e irado ao mesmo tempo,


enquanto a estudava de perto. Vanni não tinha certeza do que
ele esperava ver, mas Carl deu um passo atrás e a raiva
apareceu enquanto ele xingava.

— Você não pode ser tão estúpida.

— Desculpe? – Essa não era a resposta que ela esperava.

— Você foi drogada. Por que você não está me dizendo isso?
Você não percebeu? Se sentiu estranha? Você deveria se jogar
de joelhos aos meus pés e me implorar para continuar casando
com você. Papai disse que você faria qualquer coisa para
ganhar meu perdão.

O mundo sacudiu um pouco enquanto Vanni tropeçava para


trás. Como ele sabia que eu estava drogada? Isso vazou para a
imprensa? Ela não tinha contado isso para ninguém, exceto
para Beth. Sua melhor amiga não iria trair aquele segredo, era
possível que a ONE houvesse liberado os detalhes. Vanni
agarrou a mesa para se segurar.

— Diga alguma coisa! – Carl gritou, a fazendo pular. – Implore


por perdão e me diga que isso não foi sua culpa.
Levou alguns segundos para se recuperar, Carl parecia estar
tendo uma fusão. Isso foi um pouco surpreendente desde que
ela não pensou que ele levaria o término deles tão duro. Ele
havia sido quase nada emocional o tempo inteiro que eles
saíram.

— Eu não iria fazer isso. Dormi com outro homem, sei que está
acabado. Não espero que você ainda case comigo, eu não
poderia prosseguir com o casamento mesmo se você de alguma
forma deixe o que aconteceu no passado. Eu não posso.
As feições de Carl se avermelharam e ele começou a respirar
mais rápido, quase arquejando com raiva. Isso a assustou um
pouco.

— Onde estão minhas coisas? Eu vou embora.

— Apenas isso?
— O que mais quer que eu diga? Nenhum de nós pode fingir
que nada aconteceu, todo mundo está falando disso. Sinto
muito se isso te machucou, Carl. Acho que eu devo apenas sair
daqui e você nunca mais terá que me ver novamente.
Honestamente, acredito que isso foi o melhor. Nós não teríamos
um casamento feliz.

— Sabia que vocês foram drogados? – Ele parecia estar


trabalhando a si mesmo para se acalmar.

— Eu percebi, entretanto, isso não muda nada.

— O que a polícia está fazendo sobre isso?

— Não fui até eles.

— Por que não? – Carl avançou, ficando muito perto


novamente, e continuou gritando. – Você deveria querer esse
estuprador na prisão!

— Ele não me drogou e não foi um estupro.

— O quê? – Carl agarrou o braço dela.

— Você me ouviu, apenas me diga onde minhas coisas estão. –


Vanni realmente queria sair dali. – Quero ir embora. – Ela virou
o pulso, tentando quebrar o aperto dele. – Solta, você está me
machucando.
Carl a soltou e deu um passo atrás, a expressão dele havia
mudado. A raiva foi embora, sendo trocada por algo gelado e
calculado.

— Você gostou de ser fodida por aquela criatura, não gostou?

— Minhas coisas. – Ela saiu. – Estou saindo.

— Te falei que ela era uma vadia. – Gregory falou atrás de


Vanni. – Continuei te alertando que ela não valia ser incluída
na família. Agora você vê a verdade em minhas palavras.
Vanni virou a cabeça, horrorizada por encontra-lo no cômodo.
Ela não havia o ouvido entrar e Carl tinha dito a ela que o pai
dele não estaria lá. O homem mais velho olhou para ela
desdenhosamente.

— Isso não aconteceu do jeito que você disse que iria. – Carl
disse. – E agora?

Vanni olhou para eles, uma sensação ruim se erguendo. Ela


não tinha certeza do que estava acontecendo, mas queria ir
embora.

— Onde estão minhas coisas? Estou saindo.

Gregory estalou os dedos e o guarda-costas que a tinha


conduzido dentro da casa entrou no cômodo. Ele manteve o
olhar trancado em Vanni.
— Você conheceu Bruce, eu não tentaria sair ainda se eu fosse
você.

Era uma ameaça.

— Sabe o quê? Fique com minhas coisas, estou fora daqui. –


Vanni tentou caminhar ao redor de Bruce, mas ele a bloqueou.
Ela recuou e caminhou para o outro lado para passar, mas ele
se moveu com ela. – Saia da frente, você não pode me manter
aqui contra minha vontade. – Ela estava assustada.

— Eu posso. – Gregory soava seguro. – Você e eu precisamos


chegar a um entendimento.

— Diga a eles para me deixar sair daqui. – Vanni girou e olhou


para Carl.

Carl rodeou a mesa e tomou assento atrás dela.

— Não estamos mais noivos. – Ele olhou para ela. – Não fale
comigo ou espere que eu te ajude. Você fodeu aquela criatura,
nunca vou te perdoar por me humilhar desse jeito. Tenho
perdido clientes desde que a notícia se espalhou, vingança é
uma vadia e você está fazendo isso para mim. Você merece o
que vai acontecer.

Seu idiota. Vanni olhou para o pai dele.


— Diga a seu guarda-costas para sair da minha frente.

— Sente-se. – Gregory apontou para uma cadeira. – Precisamos


discutir o que você nos deve.

— Não. – Vanni se afastou. – Eu devolvi o anel da sua mãe para


seu filho. Não tenho mais nada que pertença à sua família.

— Você nos custou muito tempo e dinheiro. – Gregory apontou


novamente. – SENTE!

— Você pode ter seus depósitos da recepção. Eles disseram que


um aviso de quatro semanas iria devolver, prestei atenção
nisso. Me envie uma nota se eles não devolverem tudo, vou
colocar em meu cartão de crédito.

— Não estou falando sobre o casamento. – A voz de Gregory se


ergueu, a expressão raivosa. – Sente sua bunda naquela
cadeira.

Ela se recusava.

— Sei que todo estão chateados com o que aconteceu, mas


acho que deveríamos tirar alguns dias para se acalmar. Você
especialmente. Não sei porque você está chateado, sempre me
odiou. Você deveria estar organizando uma festa para celebrar
que o noivado está terminado.

— Bruce. – Gregory sacudiu a cabeça na direção dela.


O grandalhão avançou. Vanni tentou se afastar, mas encontrou
a si mesma presa no canto. Ela ficou tensa quando as mãos
grandes dele agarraram os antebraços dela e a sacudiu o
suficiente para quase a colocar de joelhos. Ele a puxou para
cima da cadeira e a empurrou nela.

— Sente ai. – Ele se afastou poucos passos e abriu a jaqueta,


tendo certeza que ela pudesse ver o coldre de ombro e a arma.

Vanni estava muda e horrorizada, eles iriam mata-la? Atirar


nela? Isso não fazia sentido. Ela se amontoou na cadeira, com
muito medo de fazer qualquer outra coisa. Gregory ocupou
outra cadeira próxima a ela e se sentou, uma olhar presunçoso
no rosto. Ele cruzou as pernas e a expressão ficou limpa de
toda emoção.

— Aqui está o que vai acontecer. Estamos montando uma


coletiva amanhã, você vai ler um anúncio que escrevemos
dizendo ao mundo que foi drogada e estuprada por aquela
criatura no vídeo com você.

Vanni abriu a boca para negar, mas não foi dada a chance de
falar.

— Você vai ficar aqui essa noite como nossa convidada. Mable
está fora comprando pra você uma boa roupa que vai ter deixar
parecendo trágica e espero que você derrame um monte de
lágrimas. Diga a ela, Bruce.
— Soluços seriam melhores. – O gigante limpou a garganta. –
Teremos Mable fazendo sua maquiagem, então ela vai parecer
realmente pálida e vamos adicionar algumas sombras sob os
olhos dela para dar a impressão que não está dormindo.

— Ótimo, gostei da ideia. – Gregory sorriu, isso pareceu gelado.


– Claro que Carl estará ao seu lado, Travanni. Você também
usará o anel da minha mãe como se o noivado continuasse.
Não queremos que ninguém pense que iriamos te abandonar
depois que um crime tão hediondo foi cometido contra você.
Meu rebanho de fiéis será muito apoiador, vamos te levar para
dentro e te ajudar a se recuperar.

— Eu não fui estuprada. – Eles haviam perdido a cabeça, talvez


era como estavam lidando com o estresse. Vanni tentou sair do
assento devagar. – Estou saindo agora.

Bruce colocou a mão na arma.

— Suicídio iria funcionar também. Ela poderia não aguentar o


trauma de tanta publicidade sobre o assédio sexual. Eu posso
arranjar isso facilmente e a impressa vai engolir.

Vanni se jogou na cadeira, ele estava ameaçando mata-la. Ela


não era estúpida, eles eram idiotas. Vanni virou a cabeça e
olhou para Carl, esperando que pelo menos ele permanecesse
são. O olhar dele segurou o olhar dela.
— Ela continua não juntando tudo. – Ele sacudiu a cabeça. –
Tão linda, mas tão burra. Esse foi um dos seus melhores
traços. Agora eu vejo quão perturbador isso pode ser, pai. Você
a tem presa.

— Juntar o quê? – Ela olhou entre pai e filho.

— Pai, você lida com ela. Estou doente com essa bagunça. –
Carl se levantou e deixou o cômodo.

Vanni o assistiu ir e resistiu a pular da cadeira, Bruce


continuava tocando a arma quando ela ousava olhar para ele.
Nunca alcançaria a porta se ele realmente planejava atirar nela.
Vanni olhou para Gregory, ele parecia estar no comando.

— O que está acontecendo?

— Sabemos que aquela criatura não te drogou. – Ele piscou. –


Bruce pagou o bartender para fazer isso.

Todos os músculos dela pareceram paralisar. Vanni apenas


olhou para ele.

— Sabe quantos milhares de dólares tive que pagar para ter o


F-47 em minhas mãos?

— O que é isso? – Vanni teve um pressentimento horrível, no


entanto.
— Era o que estava na bebida de vocês. Eles tem um nome
longo e chato para ela, mas foi isso que o homem de quem eu
comprei chamou. Fornada quarenta e sete. Isso faz as vadias
mostrarem a verdadeira natureza. – Ele olhou para Bruce. –
Qual foi o total que nós pagamos?

— Quase setecentos mil dólares. – O homem murmurou.

— Negócio sórdido lidando com aquele homem, mas isto é uma


guerra. – Gregory deu de ombros. – Você fodeu nosso plano
indo para aquele bar. Era suposto estar lá uma mulher que
contratamos sem nenhuma ligação conosco, mas ela se
atrasou. Ao invés disso, você se sentou ao lado da criatura.
Você nos causou um dia infernal ontem enquanto descobrimos
como fazer isso trabalhar em nossa vantagem.

— Isso vai. – Bruce confirmou.

— Vamos ver. – Gregory estudou Vanni. – Precisamos de uma


vítima. De outra forma, nós iriamos apenas drogas a criatura e
deixar as testemunhas o ver mata-la. Tão tentador quando isso
era, fiquei com medo de que a ONE poderia jogar que isso era
um colapso pelas atrocidades feitas a ele no passado. Eles
realmente gostam de jogar com essa carta de coitadinhos.
Desse jeito, estamos colocando você contra um deles. Pais,
irmãos, mães e irmãs vão para o seu lado depois que você
contar a eles como você foi drogada e estuprada por aquela
criatura. Vamos te manter longe da mídia em poucos dias e
realmente trabalhar no ângulo de como sua vida foi destruída
pelo evento. Acho que seria um bom toque se você dissesse que
o viu com o vidro no bolso, mas não pensou nada disso até que
percebeu o que ele tinha feito.

— Ela poderia dizer que ele explicou que era um tipo de


vitamina liquida que ele tomava e que aquela coisa foi colocada
na bebida dela depois que ela começou a se sentir mal. Isso
poderia matar qualquer besteira que eles trouxessem com eles
quando negassem que a drogou. Isso implica premeditação. –
Bruce sorriu. – Podemos levar isso de qualquer forma que
quisermos agora que estamos no controle dela. Corações
sangrando vão engolir isso.

— Concordo. – Gregory olhou para ela. – Vamos escrever seu


discurso e praticar antes de te colocar em frente às câmeras.
Uma das minhas fiéis é uma técnica de atuação, ela vai
trabalhar com você para ter os gestos e a expressão facial
apenas enquanto você ler os cartões.

Isso não era um pesadelo, ela estava acordada.

— Eu não vou fazer isso.

A compostura de Gregory evaporou e ele agarrou o braço da


cadeira, um rosto se transformando em uma máscara de raiva.

— Você fará cada porcaria de coisa que eu digo será


tragicamente encontrada morta com uma nota de suicídio
culpando a ONE. Isso não é o que eu quero. Preciso de uma
vítima viva para posar para as câmeras e é isso que você vai
fazer se quiser continuar viva. Eu investi muito nisso.

Bruce alcançou dentro do bolso por luvas e as colocou. A visão


horrorizou Vanni, isso implicava que ele faria algo criminoso e
não queria deixar impressões digitais. Eles estavam realmente
planejando mata-la, ela olhou para a porta.

Pense.

— Balas nas minhas costas não é suicídio.

Ela pulou da cadeira, empurrou e correu para a porta. A


expectativa de ser baleada ou sentir alguma dor aguda a levou
em uma corrida louca. As palavras de despedidas eram sua
única proteção, esperando que eles pensassem melhor sobre
atirar nas costas dela.

A porta da frente se agigantou e ela lutou para destravar e abrir


a porta, alcançou dentro do bolso, agarrando as chaves
enquanto algo bateu no seu ombro. Doeu. Ela teria gritado,
mas não pôde. Eletricidade correu por seu corpo e ela
convulsionou, batendo duro no chão. Isso parou e ela ficou lá
arquejando.

— Tasers realmente parecem dolorosos. – Gregory se curvou e


gargalhou. – Isso dói tanto quanto parece? Ela talvez tenha
algumas marcas agora.
— Vamos culpar aquela criatura que ela fodeu. Vai parecer
melhor para as câmeras, de qualquer modo. Eu posso bater
nela um pouco se ela continuar tentando correr.

— Vamos tentar evitar isso, desde que ela será fotografada


algumas vezes no apartamento dela pela imprensa.

Bruce se abaixou próximo a ela, Vanni flexionou os dedos, mas


eles foram devagar para responder. Seu corpo parecia lento e
tudo doía. Mais dor a fez vacilar enquanto o guarda removeu os
dardos enfiados em sua pele. Vanni tinha certeza que estava
sangrando, isso doía o suficiente.

— Ótimo.

— Quero dizer isso, Bruce. Não a bagunce. E se um exame


médico for pedido? Como você vai explicar o que acabou de
fazer com ela?

— A segurança da ONE carrega a mesma marca, tive certeza


disso antes que comprasse um. Podemos culpar eles por isso. –
Bruce a rolou. Ele abaixou o Taser e alcançou dentro do bolso
do blazer. Ele retirou um frasco de vidro, sorriu para ela e
agarrou a mão dela.

Vanni tentou ir para longe, mas não tinha força o suficiente.


Ela assistiu enquanto ele pressionava os dedos delas nos lados
no frasco pequeno.
— O que você está fazendo?

— Garantia. – Quando terminou, Bruce puxou uma bolsa


plástica do bolso e colocou o frasco dentro. Ele o sacudiu para
ela. – Vê essa pequena quantidade de liquido dentro? É F-47.

— Está me enquadrando na droga? – Vanni estava se


recuperando e tentou deslizar no chão para se afastar. – Vocês
são malucos e estúpidos. Vocês não podem me culpar também,
estão tentando empurrar isso para a ONE. Pelo menos, tentem
fazer sentido.

— Dê ela para mim. – Gregory se ergueu e estendeu a mão.


Bruce passou o saco plástico com a chamada evidência,
Gregory sorriu para ela.

— Você já ouviu sobre as leis Novas Espécies, Travanni?

Ela lutou mais perto da porta.

— Eu fiz meu dever de casa naquelas bestas. Eles são


vingativos. – Ele sacudiu o saco. – Quer saber o que iria
acontecer se você for contra meus desejos fazendo algo
realmente estúpido na coletiva amanhã? Eu teria isso enviado
para os portões da ONE.

Bruce se endireitou e alcançou embaixo, agarrando-a pela


frente da camiseta. Ele prendeu e a puxou brutalmente para
cima. Vanni quase colapsou, mas ele a empurrou para frente e
girou o rosto dela para Gregory, o braço livre apertando
dolorosamente a cintura dela para mantê-la contra ele.

— Eles são muito piores do que nós somos. – Gregory colocou o


saco dentro do bolso. – Se eu não puder te usar como minha
vantagem, vou te colocar sob a misericórdia deles. Eles não têm
nenhuma. Temos gastado dinheiro em investigações privadas
dos empregados da Mercile na esperança de que eles falem na
frente das câmeras sobre quão brutais os Novas Espécies
realmente são e as mortes que eles causaram quando estavam
acorrentados e trancados. Quer saber o que encontramos?
Nada. Eles apenas desapareceram da face da terra para nunca
serem vistos novamente. Acho que a razão de que a ONE não
permite que helicópteros voem acima de Homeland e a Reserva
é porque nós veríamos as celas onde eles colocam as vítimas.

Vanni se sacudiu contra Bruce, mas isso apenas doeu quando


ele sacudiu. Ela parou, era sem sentido. Ele era bruto e
também forte.

— Eles não são bons ou amigáveis. Eles são apenas bons


atores. – Gregory bateu no bolso, como se ela precisasse de
uma lembrança do que estava dentro. – O único jeito de você
sobreviver é sendo mais útil para mim viva do que morta,
entende? Eles vão te matar se eu mandar a eles o frasco.

Gregory pausou, parecendo distraído enquanto olhava Bruce


subjugando-a. Ele obviamente gostava do seu sofrimento. A
criatura vil retomou o foco e continuou a ameaça.
— Bruce também tem o bartender jurando que viu você
colocando algo na bebida da besta. Eles terão toda a evidencia
que precisam para acreditar que você é culpada. Eu serei o
herói que descobriu que você nos usou para chegar perto deles
na conferência, eles não acreditarão que eu estou por trás disso
uma vez que eu disser que percebi que você estava usando
minha igreja. Vê onde estou indo com isso? Eu ganho, não
importa como. Ferre comigo e você vai pagar por isso. Preciso
de uma vítima, Travanni. – Ele sorriu para ela. – Você se sente
como uma vítima.

Ela se recusava a responder. Ele olhou para Bruce.

— Escolte nossa convidada para um dos quartos. Eu nunca a


acusaria de ser muito brilhante, então talvez ela precise se um
tempo para perceber o que demos a ela.

Bruce a ergueu e virou para as escadas, ela enfiou as unhas


nos braços dele e ele xingou. Uma mão agarrou a garganta de
Vanni e ele se abaixou o suficiente para colocar os lábios contra
a orelha dela.

— Você não quer me chatear, garotinha. Meu plano era te


encontrar depois que você fodeu aquela criatura, te socar e
deixar seu corpo destruído naquele beco. Eles iriam levar a
culpa, desde que aquele vídeo foi enviado. Gregory pensa que
você é mais útil como nossa prostituta da imprensa. Me
empurre. Por favor. Eu tenho em meu coração fazer de você um
saco de pancadas. – Ele gargalhou. – Eu amo ouvir gritos.

Vanni se acalmou nos braços dele.

Ele gargalhou e continuou a subir as escadas. Era


desconfortável, mas ela não se atreveu a discutir. Bruce era um
bastardo sádico que a assustava e era provavelmente um
assassino em série.

Ele a carregou para o terceiro andar, não era um lugar que ela
explorou na única visita. Um guarda esperava lá em cima e
acenou para Bruce enquanto abria a porta, o cara nem mesmo
olhou para ela ou encontrou seu olhar frenético. Não havia
esperança de que ele iria ajuda-la. Bruce caminhou para dentro
do quarto a colocou bruscamente de pé, o impulso de partida
foi compreensível.

Vanni estremeceu e virou, Bruce sorriu.

— As paredes são a prova de som. Gregory traz prostitutas aqui


e não quer que ninguém ouça que ele gosta de um pouco de
uma ligeira esquisitice no sexo.

Vanni não estava surpresa com nada mais que Gregory Woods
era capaz. Ela pensara que ele era um pouco hipócrita, mas ele
era apenas diabólico.
— Ele estava com medo de que os repórteres iriam vigiar o
gramado, então as janelas são seladas. Não há como escapar.
Eu estarei postado na porta. Você tenta algo e eu vou te
pendurar nesse lustre feio. – Ele fechou os punhos e os moveu
como se estivesse praticando boxe. Ele parou e ajeitou a
jaqueta. – Entendeu? Ninguém vai se importar com o quanto eu
te machucar contanto que seja lá qual roupa Mable escolheu
esconder os machucados.

Bruce saiu e deixou Vanni olhando para ele. Ela finalmente


saiu do horrível estado de estupor de uma boa olhada no
quarto. Uma cama missiva estava vazia, as janelas estavam
fechadas. Ele não havia mentido sobre isso. Grandes linhas
estavam presas em cima delas. Vanni as inspecionou e soube
que o monte de curiosos iriam selá-la.

Ela olhou para a cama e estremeceu. De jeito nenhum iria ficar


próxima ao lugar onde Gregory tinha sexo com uma mulher
paga, especialmente se isso envolvia violência. Ao invés disso,
ela se sentou no chão e esperou que Beth ligaria para a polícia
quando chegasse em casa depois da saída com a irmã dela.

Beth vai saber que algo está errado. Vanni tinha que ter fé
nisso. Ela vai ligar para a polícia e eles virão aqui procurar por
mim. Eu tenho apenas que ficar bem até lá.
Capítulo Oito

Smiley nuca havia tido nenhum problema em ser chamado ao


escritório de Justice North, mas uma sensação de pavor o
pegou. Ele entrou e tomou um assento sem que pedisse.
Justice, Fury e Bestial já estavam presentes.

— O que aconteceu agora? – Ele olhou para os três machos. –


Eu sei que não é bom.

— Não. – Justice limpou a garganta. – Não é.

— Vanni está bem? – Smiley não pôde sacudir o medo de que a


droga talvez a tivesse machucado.

Fury foi para frente e apoiou os cotovelos nos joelhos.

— A igreja Woods marcou uma coletiva de imprensa essa


manhã. O pastor Woods está acusando você de drogar e
estuprar a noiva do filho dele. Ele está dizendo que isso
aconteceu no mundo humano, então você pode encarar as leis
humanas. Ele quer você preso e processado na corte humana.

— Eu não fiz isso. – Smiley não tinha visto isso chegando.

— Nós sabemos. – Bestial grunhiu.


— Precisamos encontrar Vanni e tê-la dizendo a eles que nós
dois fomos drogados. – Smiley se ergueu. – Ela sabe que eu não
responsável.

— Ela estará na coletiva com ele. – Justice se ergueu. – Eu


entendo que você queria acreditar que ela era inocente, mas
ficou claro que ela te drogou. Eles te pegaram e ela era parte
disso.

— Eu sinto muito. – Jericho entrou e pausou na porta.

Smiley virou a cabeça e olhou para ele.

— Você precisa admitir que estava errado sobre aquela fêmea. –


Tristeza brilhava nos olhos avermelhados enquanto Jericho
tomou uma respiração profunda e expeliu. – Eu estava
esperançoso por você, mas ela está te acusando de uma
procriação forçada. Ela planeja ficar na frente das câmeras e
dizer a eles que você a drogou e a machucou.

— Lá está uma boa notícia. – Justice anunciou. – O vídeo clipe


não vai apoiar isso. Ela foi claramente a agressora sexual.

— Eles vão usar a droga para culpa-la pelo comportamento. –


Fury estremeceu e sacudiu a cabeça. – Isso é uma bagunça.
Tim quer enviar uma equipe para pegá-la antes da coletiva.

— Eu disse a ele que não, isso apenas vai parecer como se nós
tivéssemos algo para esconder. – Justice veio ao redor da mesa
e parou na frente de Smiley. – Apesar de como isso terminar,
você está seguro. Eles não tem o direito de vir aqui para pedir
que nós te entreguemos para as autoridades deles. Vamos lutar
com isso e provar o que aconteceu. Isso talvez apenas leve
tempo.

— E por que alguém iria acreditar que eu precisaria drogar


uma fêmea para compartilhar sexo? – O temperamento de
Smiley queimou.

— A igreja Woods sempre sustentou que nós talvez drogávamos


ou pagávamos fêmeas para que elas concordassem em ser
montadas por nós. – Jericho bufou. – Diga às câmeras dos
jornais para se deslocar em nossos portões e pegar tomadas de
fêmeas que aparecem aqui como sinais pedindo para que nós a
peguemos como companheiras.

— Não é a melhor estratégia. – Justice sorriu, entretanto. –


Algumas delas acabaram de sair da prisão ou acreditam que
encontraram um santuário aqui para seja lá quando crimes
estão encarando. Eu li as checagens das regulares. Temos
nosso pessoal de relações públicas nisso.

— Seria melhor se a nossa pesquisa na senhorita Abris tivesse


encontrado algo útil. – Fury disse. – Ela está limpa.

— Vocês investigaram a vida de Vanni? – Smiley se sentou. – O


que descobriram?
— Ela tem dois irmãos. Uma é casada e tem duas crianças e
um é um policial de Nova York com uma companheira e uma
criança. A mãe dela é uma dona de casa em tempo integral,
enquanto o pai dela é aposentado. Nenhum deles tem ficha
criminal. Travanni foi uma boa estudante, nunca teve
problemas e todos os entrevistados tinham coisas positivas
para dizer sobre ela. Ela trabalha como uma secretária
executiva no mesmo edifício que o noivo dela. Eles se
encontraram no ano passado, saíram e noivaram. – Justice
pausou. – Ela pagou as taxas, tem apenas poucos milhares de
dólares em débito no cartão de crédito e muito das coisas foram
pelo casamento em breve. Não encontramos nada nos
documentos que indicam atividade ilegal.

— Essas são umas das coisas que ela me disse, ela não mentiu.
– Smiley pestanejou. – Ela não iria fazer antecedentes falsos se
quisesse me enganar?

— Ela te contou que foi com a igreja Woods? – Bestial levantou


uma sobrancelha.

— Não, ela disse que estava de férias. – O silêncio na sala


agitou Smiley. – Vocês tem certeza que ela está indo dizer que
eu a droguei e nos culpou?

— É um processo padrão para as redes de notícia nos contatar


quando algo de uma coletiva de imprensa falando algo a fazer
com a ONE. Eles querem um anúncio de nossa parte. Fomos
contatados por, pelo menos, seis dos maiores canais há uma
hora e meia. – Justice segurou o olhar dele. – Eu sinto muito,
Smiley. Você tem que relembrar que foi apenas o Espécie sem
sorte que ela escolheu, isso poderia ter acontecido com
qualquer um de nós no hotel.

— Talvez ela sofreu de perda de memória. – Jericho ficou mais


perto de Smiley.

— Eles planejaram isso. – Ele sabia que seu amigo estava


tentando ser gentil. – Os detalhes reais depois que a droga é
ministrado talvez ficaram borrados, mas não os eventos ligados
a isso. – Smiley notou o aperto pesado no peito, mas o ignorou.
Tanto quanto queria acreditar em Vanni, ele tinha que encarar
os fatos. A raiva veio depois. – O que faremos?

— Provar que eles estavam em algum lugar por trás disso. – A


postura relaxada de Justice desapareceu. – É nisso que tenho
Tim trabalhando. Eu o mandei para a prisão Fuller para
entrevistar todos que encontramos de Drackwood. Foi lá que
eles produziram a droga, precisamos apenas provar isso.

— Por outro lado. – Fury grunhiu. – Eles dirão que é uma droga
Nova Espécie que apenas Espécies tem acesso.

— Há alguma forma de que eu possa falar com Vanni? – Era


um tiro longo, mas Smiley esperava que, se alguém podia
mudar a cabeça dela, esse seria ele. Ela parecia ter coração
bom. – Eu poderia ligar e talvez ela reconsidere.
— Não sabemos onde ela está até que ela chegue na igreja
Woods para fazer o anúncio. – Fury segurou o olhar dele. –
Então será muito tarde para isso.

— Eu pensei que tínhamos homens à vigiando. Poderíamos ter


um deles a levando um telefone? Apenas pedir para que fale
comigo?

— Eles a perderam. Ela se evadiu do acampamento da


impressa fora do apartamento dela e fugiu de todos eles
quando a colega de quarto dela levou o lixo. Eles estavam
focados nela. A única razão que sabemos que ela não está mais
em casa é porque a colega de quarto dela tentou registrar uma
pessoa desaparecida com a polícia na noite passada e então
caminhou frustrada lá fora para dizer aos repórteres que
Travanni havia ido visitar o noivo, mas não havia retornado
para casa.

— O quê? – Smiley ficou tenso.

— Ela deve ter decidido ficar com ele o resto da noite, ela não
retornou. A colega de quarto dela falou com os repórteres
novamente duas horas atrás pedindo a eles para ajudar a
localizar Travanni. – Justice encolheu os ombros.

— A colega de quarto dela está pedindo por ajuda para


encontra-la? Algo está errado. – A sensação ruim retornou.
— Isso foi o que a colega de quarto anunciou para os
repórteres. Ela está preocupada que Carl Woods pode ter
machucado Travanni. – Bestial anunciou. – Ela obviamente
sabe o suficiente para convocar uma coletiva de imprensa, no
entanto. Não temos ideia do que está acontecendo com ela.

— Quero acesso à equipe fora do apartamento de Vanni.


Preciso falar com eles. – Smiley tomou uma decisão.

— Não é uma boa ideia. – Justice sacudiu a cabeça. – É melhor


se deixarmos nosso pessoal de relações públicas e os
advogados lidarem com isso. Vou ouvir a coletiva de imprensa
da igreja Woods e mandar isso depois que eu ter uma reunião
com nosso pessoal. Talvez vamos precisar de você lá.

— Contate-me se você for. – Smiley deixou o escritório e não


precisou se virar para saber que Jericho o seguia. Ele parou de
andar quando deixaram o prédio, girou e olhou. – Por que eles
estão me deixando nas sombras?

— O que você vai fazer? – Jericho soava desconfiado.

— Esperar por Justice me chamar.

— Merda nenhuma, te conheço muito bem. Qual é o seu plano?

— Quero falar com a colega de quarto dela.

— É uma má ideia.
Smiley não se importava. Sua resolução deve ter se mostrado
na expressão.

Jericho alcançou o bolso traseiro e retirou uma folha de papel e


então um celular.

— O nome dela é Elisabeth e esse é o número dela. Esse é um


número bloqueado. Eu sabia que você ficaria irracional, mas
faria o mesmo se fosse você. Pegue antes que eu mude de ideia.
Apenas lembre que tudo o que você disser poderá ser usado
contra nós, ela pode estar envolvida.

— Por que ela iria se preocupar com Carl Woods machucar


Vanni? Isso implica que ele é um perigo para ela, não nós.

— Eu tive a mesma pergunta. Foi por isso que copiei o número


dos arquivos de antecedentes dela e peguei um dos telefones
sem rastreio, a força-tarefa os usa. Esse número é do
apartamento liguei pedindo um favor, um dos membros da
equipe vai ligar se ela sair. Ela continua em casa.

Smiley se moveu para trás do prédio, fora de vista, e olhou ao


redor para ter certeza que estava sozinho. Jericho esperava no
canto, parecendo pronto para interceptar qualquer um que
viesse para aquele lado. Smiley abriu o papel e digitou o
número, tocou quatro vezes antes que a secretária eletrônica
atendesse com uma voz computadorizada.
— Elisabeth, meu nome é Smiley. Eu sou-

O telefone foi atendido imediatamente.

— Eu sei quem você é. – Ela tinha uma voz agradável, mas


soava estressada.

— Eu ouvi que você estava preocupada com Vanni. O que


aconteceu?

— Você pode me ajudar?

— Possivelmente. Por que você acredita que ela está em perigo


de alguma forma?

— Ela saiu ontem para pegar as coisas dela, Carl não


devolveria as coisas que ela deixou no hotel a menos que ela
retornasse o anel de noivado pessoalmente. Ela nunca voltou
para casa, mas iria se ele não tivesse feito algo a ela. A polícia
disse que não pode procurar por ela até que ela esteja
desaparecida por setenta e duas horas. Eu sei que algo está
muito errado. Agora a polícia me disse que ela está falando com
repórteres com Carl mais tarde, implicando que ela está bem e
para parar de incomodá-los.

— Eu fui informado.

— Isso é besteira! Ela não falaria com a imprensa. Inferno,


estamos escondidas no apartamento para evitá-los. Eles até
mesmo ofereceram dinheiro a ela para falar e ela recusou.
Ninguém acreditou em mim quando disse a eles que acho que
Carl fez algo a ela. – Ela soava como se estivesse chorando. – A
polícia não vai fazer nada.

— Você sabe onde ela foi?

— Para a casa de férias do pai dele, mas eu liguei para lá. O


staff disse que ela apareceu lá, mas saiu com Carl em uma
limusine. Eu liguei, mas ele não vai atender o celular. Até
mesmo contatei a secretária dele, mas ela me disse que não
tinha ouvido dele diretamente, mas descobriu que ele havia
passado alguns casos para os sócios. Ele disse a eles que era
porque precisava apoiar a noiva dele nesse momento. – Ela
puxou uma respiração cortada. – Apenas que ela não vai casar
com ele.

— Você tem certeza? – Smiley se encostou contra o edifício. –


Talvez ela continua querendo casar com ele.

— Merda nenhuma! Vanni nunca o amou, eu conheço minha


garota. Ele era legal com ela e ela saiu com um imbecil antes
dele, tão chato que parecia seguro. Ela quase ficou aliviada
quando terminou. Claro, ela se sentiu culpada sobre o que
aconteceu com você, mas não o suficiente para voltar para ele
ou falar com os repórteres sobre nada. Você tem que acreditar
em mim, eu a conheço.

— O que você quer que eu faça?


— Encontre-a. Ela é um pouco boba sobre os homens, Carl era
apenas muito calmo e reservado. Ele nunca pareceu bom para
mim, algo não estava certo com aquele idiota. Eu aposto meu
último dólar que ele a fez ir com ele e a está forçando a falar
com os repórteres, ela não me ligou. Isso sozinho já me fez
surtar como o inferno. Somos melhores amigas, dizemos tudo
uma a outra.

Smiley fechou os olhos, tentando lidar com toda a informação.

— Incluindo que ela realmente gosta de você. – Elisabeth


adicionou.

— O quê? – Aquilo puxou seus olhos abertos.

— A única razão que Carl iria querer que ela falasse com os
repórteres é para dizer algo sobre os Novas Espécies. Acho que
ele está longe de estar com a bunda do pai dele e não é
engraçado, apesar do que ele jurou para Vanni. Ele continuou
assegurando que não era parte daquela igreja, mas sempre faz
o que o pai manda. Quero dizer, ele parou de dormir com Vanni
porque o pai dele pensou que isso iria parecer ruim para o filho
dele ter sexo antes do casamento. Ele disse que era pela
carreira dele, mas eu chamo de besteira. Ele é um advogado,
não um candidato a prefeito. Ninguém se importa se ele está
dormindo com uma mulher ou não. É um homem crescido,
pelo amor de Deus! O pai dele diz pule e Carl pergunta a que
altura. É como se ele fosse um boneco de ventríloquo para o pai
dele.

— O que é isso?

— É um boneco assustador que alguém coloca no colo e eles


fingem falar pelo boneco. Coisa maluca, mas é esse tipo de
relacionamento que suspeito que Carl tem com o pai. Isso
explica o suficiente? Qualquer um com um cérebro colocaria
alguma barreira entre a carreira e aquela igreja se não
quisessem ofender alguns clientes, mas acho que Carl está
totalmente nessa.

— Vou fazer o que posso para encontra-la, Elisabeth. – Ele


entendeu.

— Me chame de Beth e obrigado. Seu número não apareceu


aqui. Como posso te encontrar? Estou com medo de ligar para
a ONE porque Vanni disse que vocês pensava que talvez ela
tenha te drogado. Essa foi a coisa mais estúpida que já ouvi, a
propósito. Ela acordou na SUV e ouviu aqueles guardas falando
sobre prendê-la. É bobagem. – A raiva dela aumentou a voz.

— Eles estavam discutindo sobre prender ela? – Smiley sentiu


raiva também.
– Foi por isso que ela escapou.

— Sim, oras! Ela estava com medo de ser presa por algo que
não fez.
— Eu vou te ligar. – Ele desligou e jogou para Jericho. –
Precisamos encontrar Vanni, a amiga dela acredita que ela está
sendo forçada a falar com os repórteres.

— Merda. – Jericho o estudou. – Você tem certeza que não é o


que você queria ouvir?

— A melhor amiga dela tem certeza. Você me conhece, não iria


ficar alarmado se eu agisse de modo contrário a eu mesmo
subitamente?

— Você mudou, Smiley. – Jericho jogou uma respiração para


fora. – E eu apenas sei porquê. É a fêmea.

— Ela está com problema, falei com Beth e vou procurar por
Vanni. Você vai me ajudar ou não?

— Precisamos ir falar com Justice.

— Vamos fazer isso.

******

Vanni cerrou os dentes e olhou para Mable. A mulher mais


velha retornou o olhar hostil. A técnica em atuação era uma
mulher que deveria ter sido uma sargento durão, ao invés
disso. Ela latia ordens com o mesmo tom rude que tinha visto
em filmes.
— Ombros largados, Travanni. Você quer parecer abatida e
deprimida. Você foi estuprada.

— Eu não fui. – Vanni virou sua raiva para Gilda. – Quantas


vezes tenho que dizer isso? Isso não é uma produção para
algum jogo, isso é besteira. Você viu o guarda por quem passou
na porta? Estou sendo mantida contra minha vontade. Quer
fazer algo útil? Me ajude a escapar.

— Acho que não usamos sombra o suficiente sob os olhos dela.


– Gilda pestanejou.

— Vou pegar minha maleta de maquiagem. – Mable marchou


para o banheiro no canto do quarto.

— Você não tem nem um pouco de moral?

— Isso é uma guerra. – Gilda sacudiu a cabeça.

— Já ouvi isso antes. Com quem?

— Estamos lutando por nosso futuro, aquelas coisas irão


dominar o mundo e fazer de nós os bichinhos delas.

— Tomou seus remédios hoje? – Vanni duvidava disso.

— Eu não tomo remédios.


— Então vá ver um médico. Você está precisando. Está
delirando e paranoica!

— Cale a boca. – Mable disparou, retornando do banheiro. – Eu


nunca gostei de você.

— É mutuo. – Vanni se afastou quando a mulher tentou


colocar mais maquiagem sob os olhos dela. – Para com isso.

— Precisa que eu chame Bruce até aqui? – Mable tinha feito


aquela ameaça algumas vezes. – Ele disse que iria te derrubar
se você nos der algum problema.

— Ele é insano também.

— Alguma vez pensou que a única com problemas mentais seja


você? – Mable tentou colocar novamente a maquiagem em
Vanni.

— Eu? – Ela se afastou. – Vocês são os únicos que começaram


um culto.

— Que vergonha. – Mable assobiou. – Pastor Woods é um


profeta, ele sabe o que o futuro vai trazer. Aquelas criaturas
vão descobrir como se multiplicar e criar mais deles. Elas serão
pequenas idiotas como você para gerar as ovas deles. Marque
as palavras do pastor Woods, esse dia está chegando. Haverão
mais deles do que nós, deixe a história ser uma lição. Seremos
os únicos vivendo em reservas.
— Uau. – Vanni não tinha ouvido essa antes. – Apenas uau.

— Estamos salvando nossa raça da extinção. – Gilda assentiu.

— Eles vão nos tornar os bichinhos deles ou nos matarão?


Estou um pouco confusa. – Vanni murmurou sarcasticamente.
– Qual vai ser?

— É o que vai acontecer. – Gilda assentiu vigorosamente. –


Primeiro seremos transformadas em incubadoras para gerar as
ovas malignas deles e então eles nos prenderão depois que
tivermos construído um exército deles.

— Odeio apontar isso, mas hum, isso não iria fazer as crianças
deles serem mais humanas que Novas Espécies? Quero dizer,
tente ser racional. Eles já parecem humanos, na maior parte.

— Pastor Woods disse outra coisa. – Mable olhou para Vanni


novamente. – Ele é o homem mais inteligente que já conheci.
Marque as palavras dele, eles serão a destruição dos homens se
não os mandarmos de volta para o lugar de onde vieram.

— As Indústrias Mercile não existem mais. A companhia foi


fechada. – Vanni não tinha certeza do porquê estava tentando
falar logicamente com duas idiotas, mas isso era melhor que
chorar novamente.
— Então um novo laboratório pode acomodar eles. – Gilda
disparou. – Ou eles podem ser mortos se os zoológicos não
quiserem eles.

— Eles não são criaturas, são pessoas.

— Pare de perder sua respiração com essa daí. Ela não está
ouvindo. Eu disse a Carl que ela não era boa o suficiente para
ele. A senhorita Vadia aqui teve que ir e ficar com uma
daquelas criaturas. – Mable bufou, lançando um olhar
desgostoso para Gilda.

— Isso é tão triste, sinto pena dela. Você não? – Gilda encolheu
om ombros. – Isso deve ter ido horrível.
Vanni rangeu os dentes, mas sua raiva não pôde ser contida.

— Sinta pena por vocês mesmas. São as únicas sem moral e


são estúpidas. Eu nem mesmo quero contar as leis que estão
quebrando por ajudar Gregory Woods a me manter prisioneira.
Eu pararia de me preocupar com os planos sobre os Novas
Espécies fazem e, ao invés disso, começaria a descobrir quanto
tempo na cadeira vocês irão enfrentar.

— Do que ela está falando? – Gilda pestanejou.

— Vocês não vão prosseguir com isso. – Vanni prometeu.

— Ignore-a. O pastor Woods disse que ele vai cuidar disso, ela
não vai ousar fazer nada, mas exatamente o que ele quer. – O
olhar dela trancou com o de Vanni. – Estou chamando Bruce,
você precisa de uma lembrança?

— Foda-se, Mable.

— Bruce! – A vadia gritou.

A porta se abriu e o guarda saiu da frente. Bruce entrou no


quarto. Ele vestia um terno preto e um olhar mal-humorado.

— Ela está te dando problemas.

— Ela está fazendo ameaças de cadeia.

— Isso seria a última coisa que ela faria. – Ele abriu a jaqueta e
mostrou a arma.

— O que você vai fazer? Atirar em mim na coletiva? – Vanni já


tinha tido o suficiente. – Você não pode me fazer ficar de pé lá e
mentir. Eu não vou fazer isso.

— Você vai. – Ele permitiu que a jaqueta fechasse e retirou o


celular, alguns toques na tela e ele virou para ela. Até mesmo
de dois metros de distância ela podia ver a foto, era Beth
levando o lixo para fora. Bruce sorriu. – Você não se importa
com sua vida? Isso foi mandado para mim por um dos meus
homens. Ele vai dirigir para lá novamente quando a coletiva
começar. Você diz algo além do que está nos cartões na sua
frente ou falhe em parecer convincente, ele vai atirar na vadia
da sua amiga.

Os joelhos de Vanni enfraqueceram, mas ela se manteve de pé.

— Eu também tenho aquele pacote que nós falamos enviado


para a ONE. Quer saber o que isso significa? Nós vamos querer
você morta, eles vão te querer morta. Você não terá outro lugar
para se esconder e um de nós vai te derrubar.

— Eu te odeio. – Ela disse as palavras suavemente, mas quis


dizer cada uma.

Ele saiu do quarto e o guarda fechou a porta. Mable sorriu.

— Eu sabia que ele iria calar essa sua boca idiota. Agora, fique
aí e me deixe arrumar sua maquiagem.

Vanni congelou, permitindo. Beth estava em perigo. Era ruim o


suficiente que eles estavam ameaçando a vida dela, era algo
que estava disposta a arriscar, mas não a de Beth. Ela tinha
que cair fora antes que aquela coletiva começasse e a avisar
para sair do apartamento.

Mas como?
Capítulo Nove

— É hora de ir. – Mable anunciou.

— Vou vomitar. – Vanni correu para dentro do banheiro e bateu


a porta. Ela não correu para o vaso sanitário, no entanto, mas
ao invés disso, agarrou a maleta de cosméticos de Mable. Lá
não havia muito que ela pudesse usar, mas viu um pequeno
spray para viagem, Vanni empurrou aquilo na frente da blusa
dentro do espaço entre os seios, segurando isso no centro.

Ela puxou a descarga, esperando que isso iria mascarar o som


enquanto ela sacudia o conteúdo da maleta, procurando
freneticamente pelo delineador. Isso estava no bolso. Vanni o
pegou e escondeu dentro da calcinha, esperando que não
caísse, e então retornou a pequena maleta para o balcão. Ela
deixou a água escorrer da torneira e abriu a porta.

Mable e Gilda estavam lá olhando para ela.

— Alarme falso. Pum.

— Nojento. – Mable assobiou.

— Eu não comi. Ninguém se incomodou em me alimentar na


noite passado ou essa manhã. Isso é provavelmente uma coisa
boa ou eu iria cuspir minhas tripas. Vocês me deixam doente. –
Vanni se moveu para longe da porta e cruzou o cômodo,
abraçando a cintura, esperando que isso manteria o delineador
no lugar. Ela pressionou as pontas dos dedos contra isso.

A porta se abriu. Bruce e o outro guarda entraram.

— Vamos lá, não queremos nos atrasar.

Vanni caminhou mansamente para frente. Ela não queria dar


nenhuma razão para o homem tocá-la. Eles talvez sentisse os
dois itens roubados dela. Bruce assumiu a liderança com o
guarda próximo aos pés dela enquanto eles desciam os dois
lances de escadas e fora da porta para uma limusine
esperando. Bruce abriu a porta do passageiro.

— Entra.

Vanni não tinha um plano, mas ela esperou que pudesse


colocar as mãos na arma de Bruce e talvez manter Gregory
refém. Tudo o que ela precisava fazer era pegar o telefone dele e
ligar para Beth, sua próxima ligação seria para a polícia. Os
policiais poderia levar a arma depois que eles chegassem e ela
explicaria porque estava apontando-a para a cabeça daquele
idiota.

Gregory não estava dentro da limusine. Estava vazia e seu


plano desesperado de escapar estava destruído. Vanni subiu e
se moveu para o bar, esperando ficar longe do grandalhão que
subiu depois dela. Bruce se sentou no meio do banco entre as
duas portas. Vanni olhou para a janela, vendo o outro guarda
entrar no lado do motorista. O vidro de privacidade bloqueava o
compartimento da frente do de trás, era possível que Gregory
estivesse no assento do passageiro.

— Estaremos lá em vinte minutos.

— Ótimo. – Ela esperava que Bruce reconhecesse sarcasmo.

— Quer ver os cartões novamente? Tenho uma cópia deles em


meu bolso.

— Não. Gilda cobriu isso bem, posso lê-los.

Ele grunhiu, mas não puxou o cinto de segurança quando o


motor foi ligado. Vanni também não. Ela tinha vinte minutos
para escapar da limusine e encontrar um telefone. Vanni
tentou parecer relaxada enquanto se sentava para trás,
lançando olhares para os lados e nada poderia ser usado com
uma arma. A pequena garrafa de plástico entalada entre seus
seios parecia ser sua melhor opção, ela poderia cegá-lo se
espirrasse o conteúdo nos olhos dele, mas ele era um homem
grande. Ele sentou entre as duas únicas saídas. Teria que
passar por ele para sair por uma das portas.

— Nervosa? Apenas leia a droga dos cartões e aja do que jeito


que disseram.

Vanni segurou o olhar dele.


— Vamos entrar pelo lado da igreja e ir diretamente para frente,
onde a imprensa estará esperando. Gregory e Carl já estão lá.
Carl vai te pegar pelo braço e segurar sua mão. Permita isso ou
me ajude, vou quebrar seus malditos dedos um por um. Vocês
continuam sendo um casal e você vai fingir ser grata que ele
está de pé ao seu lado durante esse tempo difícil.

Vanni cerrou os dentes.

— Coloque essa droga de expressão fora do seu rosto.

Vanni abaixou o olhar e virou a cabeça para longe, o bar


pequeno continha poucas garrafas de vidro, copos de bebida e
água na garrafa. Sua atenção correu para a garrafa escura com
álcool.

— Posso beber?

— Porra, não. A última coisa que precisamos é que você esteja


bêbada.

— Quis dizer a água. – Ela apontou.

— Não.

— Ótimo, minha garganta está seca. Tenho certeza que isso vai
soar ótimo quando estou tentando ler aqueles cartões e
limpando minha garganta uma dúzia de vezes.
— Beba a droga da água, apenas não derrame na sua roupa.

Vanni olhou para baixo para a camisa branca abotoada. A gola


se erguia para sua garganta e tinha mangas compridas para os
pulsos, a saia horrível caia quase até os tornozelos. Isso a
lembrou de alguma professora de escola que viveriam no século
dezenove.

— Deus me livre. Sua avó quer isso de volta?

— Cala a porra da boca.

Vanni fingiu uma tosse, se virou no assento e discretamente


removeu o spray de cabelo. Ela girou a tampa e enfiou a
pequena garrafa entre os assentos para ter certeza que estava
escondido. O conector do cinto estava lá e ela esperava que isso
bloqueasse a visão dele quando foi para frente ao bar.

— Água. – Bruce a lembrou.

— Eu ouvi. – Vanni murmurou.

Ela pegou uma garrafa de água e girou a tampa, não era uma
mentira que sua garganta estava seca. Vanni deu alguns goles,
olhando pela janela. Eles haviam deixado a propriedade de
Gregory e estavam dirigindo ao redor de um bairro com muros
altos. Em menos de um quarteirão eles iria alcançar muitos
shoppings e restaurantes, a autoestrada estaria depois disso.
Era em breve ou nunca. Vanni tomou outro gole, se sentou
para trás e escavou o lado da saia desde que o quadril estava
virado para ele, removeu o delineador e usou o polegar para
retirar a tampa de plástico.

A limusine fez uma curva e Vanni viu as primeiras lojas, eles se


alinhavam juntas na rua e iriam continuar por dois quarteirões
até chegar à autoestrada. O tráfego diminuiu o carro para um
arrastar. Vanni viu Bruce pelo canto do olho, ele parecia
relaxado. Ela olhou para a água e apenas soltou, a garrafa
plástica bateu no chão e a água voou.

— Opa.

— Filha da puta! – Ele gritou. – Pegue isso.

— Você. – Ela se recusou.

Bruce foi para frente e quase saiu do assento, Vanni puxou a


tampa do spray. A nuca dele estava exposta enquanto pegava a
garrafa de água, xingando sobre a água em todo o carpete na
limusine cara. Vanni prendeu o delineador com a mão direita e
agarrou o spray de cabelo na esquerda.

Medo e raiva a fizeram acertá-lo com o pincel, parte disso


entrou na pele dele antes de quebrar. Ele rugiu com dor e
agarrou o pescoço ferido, caindo fora do assento. Bruce virou a
cabeça, raiva pura torcendo as feições. Vanni botou o spray de
cabelo nele e apertou freneticamente. O liquido entrou nos
olhos dele e Bruce tentou se afastar, rapidamente e então
fechando os olhos.

— Sua vadia fodida! Eu vou te matar. – Bruce alcançou


cegamente o terno com uma mão, enquanto esfregava os olhos
com a outra.

Vanni se ergueu, se curvou e pegou uma das garrafas quase


cheias de bebida alcoólica. O fato de que Bruce quase havia
pegado a arma fora do coldre a motivou a bater a garrafa com
tanta força quanto possível, isso explodiu na cabeça dele. Ele
grunhiu e o som alto da arma saindo na faixa estreita quase a
aturdiu.

Ele caiu e o motorista pisou nos freios, Vanni olhou para baixo
para o homem imóvel, chocada. Sangue escorria ao longo da
perna dele onde a bala havia se alojado. Bruce havia atirado em
si mesmo. Buzinas soaram e ela olhou pela janela, eles estavam
presos no tráfego. O motorista da limusine subitamente trocou
a marcha, quase jogando Vanni de cima de Bruce, que estava
espalhado aos pés dela.

Vanni trabalhou para usar o bar na frente dela e o teto para


mantê-la de pé. Parecia que o motorista estava procurando um
lugar para estacionar enquanto a limusine diminuía a
velocidade. Vanni caiu de joelho, aterrissando na mão de
Bruce. Ela procurou dentro da jaqueta dele, evitando a arma,
encontrou o celular que ele usou para atormentá-la sobre Beth.
Com um último pensamento, ela se curvou um pouco sobre ele
e pegou a carteira dele no bolso. Logo depois empurrou a porta.

No segundo que a limusine parou, ela abriu a porta, feliz que


não estava trancada. Vanni escapou e quase bateu em um
carro. O motorista girou o volante enquanto pisava nos freios,
gritando obscenidades.

Vanni correu pela calçada na direção contrária à limusine,


então o motorista não poderia correr atrás dela. Ele talvez
tivesse manobrado para seguir, mas ele teria batido no homem
que ela tinha chateado, desde que o carro dele estava no
caminho.

As pessoas olhavam enquanto ela corria. Vanni virou a cabeça


quando mais buzinas soaram, o motorista da limusine estava
fora do carro e ela o ouviu gritando. Vanni olhou para frente,
quase não conseguindo evitar bater em um pedestre, e virou
em um dos becos entre os prédios. Ela se manteve correndo até
que vislumbrou uma caçamba.

Era um bom lugar para se esconder, então ela foi para trás
dela. Vanni estava ofegante pela corrida louca e se encostou
contra e a parede de tijolos enquanto estudava o celular. Por
favor, não seja protegido com senha! Ela bateu no botão e a tela
se acendeu, bateu no ícone do telefone e o número da igreja
Woods apareceu. Vanni digitou novamente no teclado e ele
apareceu, os dedos tremiam enquanto discava para casa.
Tocou quatro vezes até que a secretária eletrônica atendeu.
Deus, por favor, esteja em casa! A mensagem automática rodou
e o bipe.

— Beth! Atenda o telefone. Agora, droga.

— Vanni?

Ela nunca se sentia tão aliviada de ouvir a voz da amiga.

— Ouça-me, você está em perigo. Gregory tem um homem a


caminho do nosso apartamento. Ele vai te matar. Ligue para a
polícia e espere, saia dai quando eles chegarem!

— O quê?

— Não temos tempo para essa merda. Pegue seu celular e ligue
para a polícia. Faça isso!

— Tudo bem. O que está acontecendo?

— Eles me mantiveram trancada, eles vão te matar. Eu escapei,


então aquele homem está indo atrás de você. Quando os
policiais chegarem aí, vai ficar com aquele cara que ama Elvis.
Não diga o nome dele, você sabe de quem estou falando.

— Você está bem? Espere enquanto ligo. – Enquanto Vanni


esperava, ela ouviu Beth ligando para a polícia. – Sim, tenho
uma emergência. Acho que alguém está entrando em meu
apartamento. – Beth recitou o endereço. – Estou aqui sozinha,
mande alguém rápido. Ele talvez tenha uma arma.

Vanni retirou a orelha de perto do celular, ouvindo algum som


do motorista ou de Bruce. O beco estava quieto, o único
barulho vinha do tráfego na rua abaixo.

— Vanni? Vanni?

— Estou aqui, a polícia está a caminho?

— Sim, o que aconteceu? Você está bem? Eles te machucaram?

— Não temos tempo para falar, eu tenho que ir. Eles estão
provavelmente procurando por mim. Estou bem, no entanto.
Pegue seu telefone e vá para Elvis, eu lembro o endereço dele.
Não confie em ninguém e diga a meus pais para entrar no RV,
eles precisam sair da cidade. Eu nunca levei Carl para a
cabana, ele odeia o ar livre. Eu não sei se Gregory planeja ir
atrás deles.

— Está falando sério?

— Eles são malucos, você não tem ideia.

— Posso imaginar. Eu disse que havia algo seriamente errado


com aquela família. Vou te encontrar no lugar do Elvis, quanto
tempo vai demorar para chegar lá?
— Eu não posso, estou muito longe. – Vanni olhou por detrás
da caçamba. Ela não viu ninguém vindo pelo beco. Ainda.

— Me diga onde você está e vou te buscar.

— É muito perigoso.

— Besteira. – Beth disparou. – Onde você está?

— Eu tenho um assassino procurando por mim se aquela bala


na perna dele não o aleijou.

— Você atirou em alguém?

— Não tenho tempo para explicar. Pegue suas coisas e não


abra a porta até que os policiais cheguem. Saia dai e deixe seu
celular, então eles não podem te achar, abandone seu carro
depois que rodar alguns quarteirões e deixe Elvis te pegar.
Estou provavelmente sendo paranoica, mas eles têm dinheiro.
Não use seus cartões. Sem registros, certo?

— O que você vai fazer?

— Eu não sei, não pensei tão longe ainda. Posso ligar para a
polícia e contar tudo a eles.

— Vá para Smiley. A polícia não iria nem mesmo escreveu um


relatório quando disse a eles que algo estava errado. Você
precisa de proteção e Homeland é um lugar que ninguém pode
te alcançar.

— Ele pensa que eu o droguei.

— Ele não pensa, nós conversamos.

— O quê?

— Você não me disse que ele tinha uma voz tão sexy. Ele-

— Vadia do caralho! – Bruce gritou. – Você a viu?

— Não! – Outro homem disparou. – Acho que ela desapareceu


em algum lugar nessa área, no entanto.

— Preciso ir. Vou ligar quando for seguro. – Vanni desligou e se


certificou que a campainha do celular estava desligada
enquanto se espremia detrás da caçamba. Seria sua sorte que
Beth ligasse de volta se o número de Bruce se mostrasse no
identificador, Vanni o enfiou entre as pernas e o estômago para
camuflar se isso vibrasse.

— Eu vou matar aquela vadia. – A respiração cresceu mais alta,


Bruce estava perto.

— Você está sangrando.

— Minha gravata diminuiu isso.


— Ela vai para a polícia se não encontrarmos aquela puta.

— Gregory tem isso coberto. O Dr. Barns vai dizer que ela
sofreu um colapso depois do estupro. Ele vai atrás dela e tomar
conta. Ela não vai para um hospital, no entanto, eu mesmo vou
pendurá-la naquele lustre. Sabe o que vai nos custar se
tivermos que chegar a esse ponto? – Ele parecia estar
respirando duro e soava como se estivesse logo do outro lado
da caçamba.

Vanni fechou os olhos, diminuiu a respiração e esperou que ele


não a encontrasse.

— Talvez ela correu pelo beco lá atrás. Vou continuar procurar


se ela foi lá.

— Já para a esquerda, eu vou pela direita. A vadia roubou meu


celular e minha carteira.

— Pode rastrear?

— Sim, preciso apenas de um notebook logado na minha conta


do telefone.

— Há um notebook na limusine, sob o banco do passageiro.


Fico nos jogos online enquanto espero para conduzir Gregory.
— Vou usar isso, você checa o beco. Dê quatro minutos e então
leve sua bunda de volta para a limusine. Vamos rastreá-la
desse jeito.

Eles se separaram porque ela ouviu o motorista ir pelo corredor


abaixo do beco e os passos de Bruce desapareceram enquanto
ele voltava para o carro. Vanni abriu os olhos e olhou para o
telefone. Precisava se livrar dele. Ela percebeu que tinha três
minutos antes que Bruce alcançasse aquele laptop, levaria um
tempo para o computador ligar e para ele se logar no sistema
de rastreamento. Ela talvez tivesse cinco minutos.

Vanni olhou ao redor e moveu uma vez que eles não estavam
por ali. Ela foi para a rua, espiou ao redor da esquina e viu
Bruce à três metros. Um grupo de turistas passou e ela se
moveu na frente deles, então eles a esconderiam se ele olhasse
para trás. Vanni pulou dentro de uma cafeteria duas lojas
abaixo.

A fila de clientes era grande, então ela entrou em um dos


banheiros unissex e trancou a porta. Suas mãos tremiam
enquanto olhava para o telefone. Gregory tinha um médico na
folha de pagamento, eles poderiam apenas manda-lo para o
departamento de polícia para dizer que ela era maluca e a levar
embora? Isso não era um risco que estava disposta a correr.

— Homeland dos Novas Espécies. – Ela discou e pediu a


informação. Apertou o botão para conectar o número
diretamente. Tocou duas vezes e uma voz masculina agradável
respondeu.

— Homeland. Como posso te ajudar?

— Eu não tenho muito tempo, estou sendo rastreada. Meu


nome é Travanni Abris, sou aquela do vídeo na TV. Estou com
problemas, preciso falar com Smiley. Gregory Woods está
tentando me fazer dar uma entrevista para imprensa para
contar mentiras sobre ele e os Novas Espécies.

— Certo, claro que você é. Olhe, você não pode falar com ele e
você é a quinquagésima Travanni que ligou nas últimas uma
hora e meia.

— Brass estava com Smiley. Brass é um cara grande,


assustador, e usa o cabelo em um rabo de cavalo. Os médicos
eram Shane e Ned, eu escapei deles na parada dos caminhões.
– Ela se recostou contra a parede. – Sou realmente Travanni
Abris e estou com problemas. Gregory Woods me manteve
prisioneira na casa de férias dele, escapei dos dois guardas dele
e eles estão me procurando. Roubei o celular que eles estão
rastreando agora. Tenho que desligar ou eles vão me encontrar.

— Onde você está? – A voz do homem se aprofundou.

Vanni recitou o endereço e o nome da cafeteria.


— Estou escondida no banheiro, não posso ficar aqui. – Ela
mordeu o lábio. – Você pode me ajudar?

— Estamos mandando uma equipe, permaneça no banheiro.

— Eles podem me achar aqui e me levar.

— Conhece um local seguro nas proximidades?

Vanni não conhecia a cidade, mas tinha visto um parque do


outro lado do shopping quando tinha dirigido por ali. Tinha
ficado na memória por causa das estátuas grandes.

— Há um parque, talvez eu possa me esconder lá.

— Vamos mandar uma equipe. Eles podem estar com você em


vinte e cinco minutos.

— Tudo bem, tenho que me livrar do telefone.

Vanni desligou e fechou, mas não pôde encontrar um lugar


para remover a bateria. Ela entrou na baia e jogou no vaso, isso
afundou na água.

Bruce tinha cinquenta e sete dólares na carteira, Vanni


memorizou o nome dele e onde ele vivia. O dinheiro foi para o
bolso dela e Vanni jogou a carteira na lata de lixo. Levou um
momento para jogar algumas toalhas de papel por cima para
escondê-la de vista.
Foi assustador destrancar a porta e caminhar para fora do
banheiro, mas Vanni estava com mais medo de ficar lá em caso
do sinal do celular continuar ativo. Isso iria leva-los direto para
ela. A fila de clientes continuava grande enquanto ela saia do
cômodo e olhava a rua pelas grandes janelas. Bruce e o
motorista não foram vistos, então ela se aproximou da porta,
procurando por eles. Apenas estranhos passavam enquanto ela
saia.

Vanni virou e caminhou rapidamente, tentando ficar em


grupos. Ela desejou poder mudar de roupas, mas todas as lojas
de roupas pareciam caras. Cinquenta e sete dólares não iriam
conseguir uma roupa para ela.

Ela passou por uma loja de camisetas, pausou, olhou para o


adesivo de vendas e entrou. A adolescente amigável sorriu.

— Olá! Em que posso te ajudar?

— Apenas dando uma olhada.

Vanni acessou rapidamente as prateleiras e pegou uma


camiseta preta folgada. Estava em promoção e ela nem mesmo
tomou tempo para olhar o que estava impresso na frente. Vanni
se moveu para os fundos da loja onde estavam os shorts
masculinos de algodão, ela pegou um de tamanho médio que
marcada dez dólares e foi para o canto. Eles tinham chinelos
baratos e bonés, Vanni pegou os pretos, colocando tudo no
balcão.

A garota a atendeu. Vanni piscou, estendendo a maior parte do


dinheiro.

— Se importa se eu me trocar aqui? Estou atrasada para uma


sessão de ginástica com meu personal trainer. Eu não posso
me exercitar assim.

— Você foi a um funeral? – A garota lhe deu um olhar


simpático.

— Sim. – Vanni olhou para a blusa e a saia horrível.

— Eu lamento, perdi meu tio no ano passado. Quem você


perdeu?

— Alguém que eu mal conhecia. – Aquilo era parcialmente


verdade. Ela estivera errada sobre Carl e ele talvez estivesse
morto para ela. Vanni pegou as compras.

A blusa e a saia foram para a lixeira e ela colocou as roupas


novas, seu cabelo já estava para cima, então apenas colocou o
boné sobre ele, esperando que isso a ajudasse a se misturar.
Os sapatos seguiram a roupa descartada para a lixeira, Vanni
calçou os chinelos e caminhou para fora do banheiro.

— Obrigado!
Ela não esperou para que a garota respondesse ou comentasse
se ela notasse que Vanni não estava carregando as coisas com
ela. Vanni chegou à calçada, não vendo a limusine, Bruce ou o
motorista. Ela inclinou o queixo, manteve a cabeça baixa e se
misturou com a multidão caminhando na direção do parque.

*****

Smiley estava no escritório de Justice discutindo seu caso de


procurar por Vanni quando Flirt entrou correndo.

— Travanni Abris ligou agora na nossa linha oficial. – Ele


segurava um celular. – Eu fiz o donwload da gravação. – Ele
apertou o play e todos ouviram a chamada.

— Temos que pegá-la. – Smiley queria correr para a porta e ir


para o heliporto imediatamente. Era o jeito mais rápido de
alcança-la. – Diga para o piloto ligar o helicóptero.

— Já foi feito. – Flirt olhou para ele.

— Isso pode ser uma armadilha. – Justice pestanejou.

— Você ouviu o medo na voz dela. – Smiley rosnou. – Vamos


pegá-la, eles a prenderam contra a vontade dela. Foi o que a
amiga dela disse, ela está em perigo.

— Eu vou. – Fury se ergueu.


— Não, eu vou. – Justice se ergueu da cadeira e abriu a gaveta,
retirando um coldre e uma arma. – Ela já me conheceu
brevemente no hotel, quero que veja um rosto familiar. Você
ouviu o que Smiley disse sobre o que ela pensou na SUV no
caminho para Homeland. Ela talvez acredite que estamos
enviando uma equipe para prendê-la se nós apenas os
enviarmos para a localização dela. Não quero que ela corra, se
está realmente com problemas.

— É muito perigoso. – Fury protestou. – Eu vou com a equipe,


talvez a acalme apenas vendo um rosto de um Espécie.

— Estou indo. – Smiley foi para frente.

— Não. – Fury nivelou o olhar gelado com ele. – Isso pode ser
uma armadilha para te pegar lá. Você indo atrás dela iria te
fazer parecer culpado das acusações deles. Eles dirão que você
chegou para evitar que ela fale com a imprensa.

— Essa é outra razão para que eu vá. Vou lidar com a imprensa
se eles estiverem esperando ver o que mostramos. – Justice
colocou o coldre e retirou o terno das costas da cadeira. Ele
olhou para Flirt. – Assumo que você pediu por uma equipe para
estar no helicóptero?

— Sim. Deixei eles em espera para o caso de você decidir


buscar a fêmea.
— Pelo menos me permita ficar no helicóptero. Eu não vou sair.
– Smiley precisava estar lá. Fury e Justice se preocupavam que
fosse uma armadilha, mas ele não acreditava nisso. Vanni
soara tão assustada na gravação.

— Não. – Justice se aproximou e agarrou os ombros dele. –


Você está muito emocional e é a última coisa que precisamos.
Vamos trazê-la para cá a salvo se a história dela bater. Você
pode ver ela então.

Smiley queria protestar, mas Justice falou antes que ele


pudesse.

— Podemos discutir ou eu posso ir para o helicóptero,


decolando o mais rápido possível para ir pegá-la. Qual vai ser?

— Vá. – Smiley deixou.

Justice e Flirt saíram do escritório e Fury suspirou.

— Espero que não seja uma armadilha.

— Ela está com problemas. – Smiley tinha certeza.

— Espero que sim, por todos nós. – O olhar de Fury segurou o


dele. – Eu não conheço a fêmea, mas realmente detesto a igreja
Woods. Quer ir para a Segurança comigo? Vamos monitorar a
situação de lá. A equipe vai ficar em constante contato conosco.
— Sim. – Smiley queria pelo menos uma atualização minuto a
minuto se não podia estar lá.
Capítulo Dez

Vanni esticou o pescoço, olhando ao redor da estátua enorme


do urso onde ela se escondia atrás. A rua não estava muito
longe e a limusine havia passado duas vezes, Bruce e o
motorista estavam procurando por ela e estava com medo que
eles a encontrassem antes que a ONE chegasse. Ela desejou ter
um relógio, mas tinha um palpite de quanto tempo havia se
passado desde sua ligação frenética para Homeland.

E se eles não vierem? Era um pensamento assustador. E se eles


estão vindo me prender? Aquela era uma possibilidade real se
Gregory tivesse levando adiante a ameaça de enviar o frasco
com as impressões digitais dela nele. Vanni se encostou contra
a pata dianteira da estátua grande e abraçou a cintura.

Tudo se resumia com ela estando com mais medo de chamar a


polícia. Bruce não iria blefar sobre Gregory tendo um médico
na folha de pagamento desde que ele não sabia que ela estava
perto o suficiente para ouvir o plano. Ela terminaria soando tão
insana enquanto o médico iria dizer se ela contasse sobre uma
igreja inteira prendendo-a.

Sua bolsa continuava na casa de férias de Gregory. Pensar que


não tinha dinheiro, identificação e sem carro a fazia recusar a
colocar Beth em perigo pedindo a ela para vir busca-la. Bruce
sabia como sua melhor amiga se parecia. Vanni estremeceu,
imaginando quão terrível seria se ele visse Beth. Talvez atirasse
nela imediatamente.
Beth dissera que havia falado com Smiley. Sabia que Beth não
teria incentivado ela a ligar para Homeland a menos que
pensasse que iria ficar bem. O que foi dito? Ela espiou a rua
novamente. Não havia nenhuma limusine, mas nenhuma SUV
estava à vista também.

— Onde vocês estão? – Já haviam se passado vinte e cinco


minutos, parecia como se fossem horas. Era o medo e a
adrenalina. Vanni olhou para trás e para o céu, estava mais
quente a cada segundo. A sombra da grande estátua a
mantinha fora da luz solar direta, mas seria um longo dia se a
ONE não aparecesse. Ela ficaria com muito medo de atravessar
o parque até que escurecesse. Bruce não parecia o tipo que
desistia facilmente.

Talvez ele vá sangrar até morrer. Era algo para ter esperança,
em algum momento ele precisaria de atendimento médico. No
entanto, ela duvidava que ele iria a um hospital, a menos que a
culpasse por ser baleado e quisesse causar a prisão dela
declarando isso. Esse era um conceito assustador. A polícia iria
procurar por ela também. Vanni viu as manchetes na cabeça.
Mulher demente baleia pobre guarda-costas que estava tentando
ajuda-la. Ela bufou.

Um som distante pegou sua atenção e ela olhou para o céu


novamente. Os batimentos aceleraram quando percebeu o que
era. O helicóptero se aproximava e ela o viu por uma linha de
árvores, era preto com letras brancas no lado. Vanni manteve
os olhos semicerrados contra o sol, mas tinha plena certeza que
isso soletrava três letras – ONE.

— Eles vieram. – Ela murmurou e se afastou da estátua.

O helicóptero deslizou mais perto e Vanni ergueu os braços,


acenando para chamar a atenção do piloto. Ele pareceu vê-la,
desde que mudou de direção. Sua exuberância esmaeceu um
bocado, no entanto, quando o vento das pás arrancou seu
chapéu e o barulho alto dos motores quase a ensurdeceram
quando baixou a cinquenta metros da grama entre a linha de
árvores e o grande urso. Vanni ergueu a mão para proteger os
olhos e esperou até que aquilo tocasse na grama.

A porta do lado se abriu e quatro homens vestindo uniformes


pretos pularam, os rifles de assalto presos nos braços deles não
contribuíram muito para uma recepção amigável. Eles
espalharam-se rapidamente, apoiaram um joelho no chão e
apontaram as armas para todos os lados, como se estivessem
esperando um ataque. No entanto, nenhuma das armas estava
apontada para ela.

Uma figura em um terno desceu por último e ele manteve a


cabeça abaixada até que passou pelas hélices se movendo.
Vanni o reconheceu e cambaleou para frente, incerta se deveria
se aproximar de Justice North ou fugir na direção oposta. O
olhar escuro dele se trancou com o dela e Vanni não pôde
perder o conjunto sombrio da boca dele.
Ela pausou e esperou até que ele parasse ao lado dela.

— Vocês vieram! – Ela teve que gritar.

— Venha comigo, você estará segura. – Ele olhou ao redor,


falando alto o suficiente para que ela ouvisse.

Vanni se moveu um pouco para o helicóptero além dele, ela


tinha esperado que Smiley viria pegá-la, mas ele não estava lá.

— Não podemos ficar muito tempo no chão, não temos


permissão. A polícia chegará logo e provavelmente as equipes
do noticiário.

Vanni respirou fundo, eles vieram a pedido dela e não era como
se ela tivesse opções. Um helicóptero pousando em um parque
iria chamar um monte de atenção. Ela virou a cabeça e olhou
para a rua, carros estavam parando e pessoas corriam para
fora das lojas para olhar. Ela olhou Justice North e assentiu.

Justice esticou a mão e ela a tomou, ele tinha uma pele quente
que a lembrou de Smiley. Vanni o seguiu quando ele a puxou
gentilmente. Suas pernas tremiam e o som do helicóptero não
era exatamente calmante. Ela nunca havia voado em um, mas
Bruce poderia aparecer a qualquer segundo se eles
permanecessem na área.

Justice inclinou a cabeça e a levou até a porta aberta no


helicóptero. Ele soltou a mão dela e Vanni agarrou o chão da
área de cargas, incerta de como subir. Era mais alto do que ela
imaginara que seria. Aquele dilema foi resolvido quando Justice
agarrou os quadris dela e apenas a ergueu, Vanni agarrou um
dos assentos e pulou para dentro. Não foi gracioso, mas ela
estava dentro. A entrada de Justice fez isso parecer fácil
quando ela caiu em um assento e o assistiu. Ele apenas
colocou a mão no chão e meio que pulou, ele indicou que ela se
afastasse e ela o fez.

Os quatro homens uniformizados se ergueram e retornaram


para o helicóptero, eles estavam dentro em segundo e a porta
bateu. Isso não emudeceu os motores ou as hélices. Justice se
sentou ao lado dela e segurou um cinto, ele apontou acima do
colo dela para o outro lado e Vanni olhou para baixo. Ela
passou o cinto e o viu fazer o mesmo. Um dos homens
uniformizados se sentou ao lado dele enquanto três se
sentavam do lado oposto.

Vanni olhou para as armas deles, desde que os rostos estavam


cobertos por máscaras pintadas que cobriam todo o rosto e se
juntavam aos capacetes. Todos eles vestiam insígnias da ONE
nos coletes Kevlar. O helicóptero se ergueu e Vanni gemeu em
resposta a sensação de enjoo que o movimento causou, a coisa
inteira pareceu se balançar para frente e para trás por alguns
segundos. Ela olhou para fora, mas lamentou isso enquanto
eles se ergueram mais alto que o topo das árvores.

Justice tocou o braço dela e Vanni pulou, ela virou para ele e
ele segurava fones de ouvido robusto, apontando para que ela
os colocasse. Vanni os aceitou e o viu colocar um, Justice até
mesmo mostrou a ela como puxar o microfone para perto da
boca. Ela seguiu o exemplo dele.

— Pode me ouvir?

— Sim. – A voz dele veio claramente dos fones de ouvido contra


as orelhas dela.

— Você parece doente. Esse modo de transporte é seguro, não


olhe pela janela se você tem medo de altura ou movimentos
rápidos. Apenas foque em mim.

— Okay. – Vanni manteve o olhar trancado com Justice. Ele


tinha olhos bonitos e a expressão sombria neles desapareceu.

— Eu sou Justice, lembra de mim do hotel?

— Eu lembro.

— Você não parece bem, Travanni. Precisa de atendimento


médico? Podemos ter nossos médicos esperando quando
pousarmos.

— Provavelmente é apenas a maquiagem, eu estou bem.


Assustada, mas bem. – Vanni selou os lábios, estava nervosa e
não queria balbuciar. Ele era Justice North, o destino dela
estava nas mãos dele.
— Não há necessidade de ficar com medo. Pode me dizer
porquê nos chamou?

— Eu fui mantida contra minha vontade na casa de férias de


Gregory Woods na noite passada. Eles estavam planejando me
forçar a dizer que Smiley me drogou. – Vanni deixou a história
sair. Ela balbuciou depois de tudo, mas isso a manteve
distraída do terrível jeito que o helicóptero pulava ao redor. Os
dedos dela se apertavam no assento o suficiente para que ela se
preocupasse que talvez danificasse o assento de couro.

— Eu não droguei Smiley. – Ela jurou. – Eles disseram que


pagaram o barman para fazer isso. Aquele Bruce colocou luvas,
retirou um frasco e forçou meus dedos contra isso. Eles o
colocaram em um saco plástico então Gregory poderia me
culpar se eu não dissesse o que ele queria. – Lágrimas
encheram os olhos dela, realmente queria que ele acreditasse
nela.

— Corremos os antecedentes em todos os empregados. –


Justice fez uma careta. – O bartender trabalhou muitos turnos
com outros Espécies no bar sem incidentes, foi por isso que
assumimos que foi você. A equipe disse que você caminhou
diretamente para Smiley quando entrou no bar, como se você o
tivesse marcado.

— Eu nem mesmo percebi que ele era Nova Espécie até depois
que me sentei. Gregory disse que vocês têm covas cheias de
corpos em Homeland e na Reserva. Por favor, não me mate.
— Nós não matamos mulheres. – Justice foi para frente e
hesitou antes de dar tapinhas no joelho dela, era um gesto de
conforto. Ele parou depois de dois. – Aquele homem diz muitas
coisas sobre nós que não são verdadeiras.

— Gregory também disse que eles pagaram uma mulher para


se sentar ao lado de Smiley, mas ela estava atrasada ou algo
assim. Ao invés disso, eu apareci e interferi com os planos
deles. Foi apenas por acaso que eu escolhi sentar lá. Eu nunca
iria drogar alguém, preciso que você acredite em mim. Eu odeio
a igreja Woods e todas as coisas que eles defendem.

— Por que você estava no hotel com eles então?

— Carl me disse que queria consertar as coisas, já que não nos


passávamos muito tempo juntos. Ele trabalha muito. Pensei
que seria apenas nós dois para o final de semana romântico. Ao
invés disso, depois que chegamos lá, eles jogou em mim que o
pai dele estava nos pagando para aparecer. Eu quis ir embora,
mas não tinha meu carro. Carl me enganou e me senti presa.

— Por que o pai dele iria pagar vocês?

— A imprensa estava dando trabalho ao pai dele porque Carl e


eu nunca aparecíamos na igreja dele ou íamos a eventos sociais
com ele. Era uma coisa boa para mim, desde que Gregory e eu
nunca nos demos bem. Acho que Gregory percebeu que isso
iria fazer com que eles parassem de especular, Carl estava
focado no dinheiro e continuou dizendo para mim que iriamos
ter um casamento melhor se eu apenas mantivesse minha boca
fechada e sorrisse para as fotos. Isso se tornou uma grande
discussão entre nós desde que começamos a planejar o
casamento. É tradição que a noiva a família dela pague os
arranjos para a recepção. Ele queria quatrocentos convidados,
mas o preço que eu podia pagar acomodava apenas uma
centena. Me recusei absolutamente a me casar na igreja do pai
dele, ele ofereceu, mas isso seria uma quebra de tradição para
mim.

Justice abriu a boca como se quisesse falar, mas então a


fechou.

— Carl disse que o pai dele iria pagar cinquenta mil para que
nós ficássemos no hotel e tirássemos fotos com ele. Carl fez o
jogo da culpa comigo para ficar apenas alguns dias, eu deveria
ter ido embora. Vamos apenas dizer que tive que ver um novo
lado do meu ex e não gostei nem um pouco. Estou feliz que o
noivado acabou.

— Sabe porquê eles te drogaram também? – Justice a olhou


sombriamente. – Seria mais efetivo se eles houvessem drogado
pesadamente um dos nossos machos. Ele iria atacar qualquer
fêmea próxima a ele, isso seria horrível. Você experimentou
uma versão menor da droga, mas a dosagem completa daquela
droga iria fazer Smiley mortal.
— Gregory disse que queria uma vítima para se postar ao redor
da mídia para manter a história ativa. Ele estava com medo de
que a ONE iria esconder isso para debaixo do tapete culpando
as Indústrias Mercile.

— Aquele homem é demente.

— Nem me fale. Eu tive uma experiência pessoal e bem de perto


sobre quanto maluco ele realmente é. Os membros da igreja
dele acham que ele é um tipo de messias que pode prever o
futuro. Continuo confusa se eles pensam que os Novas
Espécies vão dominar o mundo ou acreditam que planejam
assassinar a todos. Eu nem mesmo acho que eles decidiram.

— Por que iriamos matar os outros? Trancamos a nós mesmo


atrás dos portões seguros para nos proteger do mundo de fora.
Eles vieram atrás de nós, não o contrário.

— Eu sei, vi as noticias.

Justice ficou quieto e Vanni baixou a cabeça para o colo. O


senhor North parecia realmente bom e ela odiou repetir as
besteiras que Gregory e os membros dele haviam
compartilhado.

— Então eles planejam enviar a nós um frasco com suas


impressões digitais?
— Sim. – Ela olhou para cima. – Eu juro que não droguei a
mim mesma e a Smiley. Foi o bartender.

— Isso faz sentido. Você foi a única fêmea a se aproxima do


nosso macho, mas o bartender foi o único a misturar as
bebidas. Ele não tinha ficha criminal e não mostrou desgosto
por nós durantes as interações com nosso grupo.

— Há sempre uma primeira vez, certo?

Jutice levantou uma sobrancelha.

— Você sabe, todo cara mau já foi bom até que cruzou a linha.
Eu não acho que eles saíram do útero sendo idiotas.

— Eu gosto de você, Vanni. – A expressão de Justice clareou e


ele sorriu. – Vejo porque Smiley estava tão duro sobre defender
tua inocência.

— Ele estava? – Aquela notícia a surpreendeu.

— Sim. Ele protestou a suposição que você o drogou, mas você


tem que admitir que as circunstâncias fizeram você parecer
culpada. Você não tinha nenhuma identificação com você
naquela noite e não estava registrada no hotel. Então você
escapou da SUV que te levava para tratamento médico em
Homeland.
— Fiquei com medo de estar sendo presa por algo que não fiz.
Foi por isso que fugi.

— Eu entendo. Estaremos em Homeland em breve. Preciso


contatá-los, então estou trocando a frequência para uma
segura com a ONE. Apenas me toque se precisar falar e vou
mudar para uma que usamos para nos comunicar no
helicóptero, então nossa frequência não vaza.

— Obrigada.

Vanni cometeu o erro de se virar no assento e olhou pela


janela. O helicóptero voava alto e rápido, o chão longe o
suficiente para assegurar que eles morreriam se caíssem. Isso
fez a sensação enjoativa piorar.
Espero que cheguemos logo ou vou vomitar. É uma coisa boa
que não comi nada hoje.

*****

Smiley compassava no chão. O piloto havia contatado quando


eles tinham pegado Vanni e ela parecia não estar machucada.
No entanto, Justice não havia contatado a Segurança e isso o
deixou louco.

— Relaxe. – Fury pediu. – Sabíamos que ele planejava falar com


ela.

— Ele deveria ter nos contatado.


— E se nossos canais estiverem violados? – Jericho sacudiu a
cabeça. – Isso poderia acontecer. É mais seguro que cada
detalhe que Justice consiga dela estejam seguros.

Naquele momento, Smiley odiava a lógica. Eles não queriam


que ninguém soubesse que Vanni estava a caminho de
Homeland ou as equipes de notícias iriam se amontoar nos
portões. A coletiva de imprensa da igreja Woods já deveria ter
começado, mas eles não tinham mais Vanni. Smiley olhou para
o relógio.

— Está atrasada. – Fury parecia adivinhar para onde os


pensamentos de Smiley haviam se virado. Ele ergueu o celular
e ligou a tela para mostrar os SMSs. – Temos alguém da força-
tarefa lá trabalhando como cameraman. O pastor Woods disse
que a testemunha está presa no trânsito. – Ele sorriu. – Eles
provavelmente continuam procurando por ela.

— Como se fossem encontra-la. – Flame gargalhou.

— Isso não é engraçado. – Smiley disparou, o temperamento


flamejando. – Ela poderia ter sido machucada.

— Você está certo. – Flame mudou a expressão. – Mas ela está


bem. O piloto não pediu que a assistência médica esteja
esperando no heliporto. Me desculpe, estamos todos
estressados com a situação. É apenas um alívio que ela está a
caminho daqui ao invés de falando com os repórteres.
Smiley assentiu, ele também estava aliviado sobre isso. Ouvir
Vanni dizer coisas ruins sobre ele na televisão iria ser um
calvário que ele não queria sofrer. A mulher havia ficado sob a
pele dele e ele se preocupava com o bem estar dela. Importava
para ele como ela o via.

— Mensagem chegando. – Bluebird chamou. – Do helicóptero.


Todos pararam de falar quando as caixas passaram a voz de
Justice.

— Oi? – Isso soou um pouco abafado.

— Não é uma transmissão limpa. – Fury o informou.

— Entendido, vou digitar a informação.

— Comunicação terminada. – Bluebird murmurou.

— Ele está me mandando mensagens. – Fury anunciou


enquanto olhava para o celular, por alguns minutos ele leu a
tela e digitou respostas. Fury finalmente olhou para cima e
encontrou o olhar ansioso de Smiley.

— Ele está com ela e eles estão a dez minutos daqui. Ela está
bem, ele quer uma reunião no escritório.

— Gostaria de estar lá quando eles pousarem. – Smiley queria


ser um dos primeiros rostos que Vanni visse.
— Justice pediu que você se afaste por agora. – Fury
pestanejou.

— Por quê? – Aquilo irritou Smiley.

— Ele não quer ela em uma situação mais estressante. Justice


pediu que você mantenha distância, você não foi convidado
para a reunião.

— Não, eu vou. Isso me envolve.

— Ela não está em nenhum problema, Smiley. – Fury colocou o


celular no bolso. – Justice acredita que ela não drogou vocês.
Precisamos conseguir mais respostas e você será uma
distração.

— Ela estará assustada.

— Não estamos levando-a para uma sala de interrogatório, ela


será levada para o escritório de Justice. Eu também estarei lá.
Ele quer limitar a interação deles com Espécies agora. Justice
disse que ela está um pouco estressada pela situação inteira.

— Eu realmente preciso estar lá.

— A última vez que você a viu foi quando ela estava drogada e
vocês compartilharam sexo. – Fury baixou a voz. – Isso pode
não ser uma memória prazerosa para ela, precisamos dela tão
calma quanto possível. Você não quer ter certeza que ela quer
te ver? Não temos certeza se ela quer. Temos que oferecer um
santuário para ela da igreja Woods e todo o perigo.

— Eu nunca machucaria Vanni. – Smiley disparou. Era um


insulto ser excluído. – Eu sou o único que sabia que ela não era
uma ameaça para a ONE.

— Parece que você estava certo. Estamos apenas pedindo um


tempo para descobrir as respostas e então vamos perguntar se
ela gostaria de te ver. É pedir muito? Você parece se importa
com essa fêmea. Os desejos dela não são mais relevantes que
os seus?

— Claro.

— Também gostaríamos que o Centro Médico a examinasse.


Ela pode ficar mais confortável sem você nas proximidades. Eu
prometo que te chamarei eu mesmo se ela pedir que você esteja
presente.

Smiley continuava querendo protestar, mas e se Vanni não


quisesse vê-lo? Isso o deixou com raiva e pior, fez seu peito
doer.

— Tudo bem. No entanto, quero atualizações.

— Você as terá. Por que não trabalha? Isso vai passar o tempo.
Smiley girou antes que dissesse algo que iria lamentar e saiu
tempestuosamente da Segurança. Era tentador ignorar as
ordens e apenas aparecer no heliporto para encontrar Vanni.
Ele se recusou, no entanto, por que Fury havia feito um bom
ponto. Ele talvez fosse o último macho que ela quisesse ver
depois do que havia acontecido entre eles.

Smiley contornou os veículos e correu em direção à parede


norte. Ele conhecia a zona de voo do helicóptero e pelo menos
queria vê-lo passar acima para ter certeza que Vanni chegara
bem em Homeland. Alguns minutos mais tarde ele estava
ofegante quando parou na parede, o macho em cima mudou o
aperto na arma e removeu o capacete.

— Há algo errado? – Slash olhou para baixo de cima.

— Estou te rendendo.

— Ninguém me disse nada. – O macho arqueou uma


sobrancelha.

— Apenas faça isso.

— É sobre a fêmea?

— Sim. – Smiley rangeu os dentes em frustração.

— Pegamos palavras que eles estão voando. Você não está indo
encontrar a fêmea quando eles pousarem? Você está muito
longe dela aqui.
— Me pediram para ficar longe.

O macho colocou a arma e o capacete para baixo. Ele pulou,


pousando agachado a poucos passos de distância. O felino se
endireitou e olhou para Smiley com os olhos entrecerrados.

— Você está com raiva.

— Você não estaria?

— Ela pediu para que você não se aproximasse dela?

— Justice e Fury pediram.

— Por quê?

— Eles querem fazer perguntas a ela.

— Você permitirá isso? Poderia fazer o que True fez e apenas se


recusar a permitir que eles chegassem a ela. Eles tiveram True
perguntando a Jeanie e a entrevistando ele mesmo.

— Por que todo mundo continua me trazendo isso?

Slash hesitou e então sorriu devagar.

— Foi corajoso e isso funcionou para ele. True pegou para


manter a fêmea. Talvez foi por isso que pediram que você
ficasse longe. Eles suspeitam que você poderia fazer isso
também.

Não era como se ele não tivesse considerado apenas pegar


Vanni e mantê-la longe dos outros Espécies. Eles não teriam
pegado Jeanie de True, Darkness havia apoiado o macho e
ameaçado a equipe da força-tarefa com violência se eles
tentassem interferir. Ele também tivera ajuda de outros
Espécies que a conheciam do cativeiro. Vanni era uma
desconhecida de todos além dele.

— Não quero traumatiza-la, se ela não quiser me ver. Ela pode


não querer.

— Mas você quer vê-la.

— Quero, mas não vou forçar a situação.

— Inteligente. – Slash assentiu. – Precisa de ajuda com a


parede? Vou deixa-los saber onde você está e que você ficou no
meu lugar. – Ele tocou o rádio.

— Eu peguei isso. – Smiley apontou para as árvores.

— Está quieto.

— Bom.
Slash virou e caminhou para longe, desaparecendo atrás de
alguns arbustos grandes. Ele teve que pular uma mureta no
topo da parede que rodeava o perímetro de Homeland, a
passarela de dois metros de largura terminava com uma
barreira na altura da cintura. Smiley pegou a arma descartada
e o capacete, colocando-os. Concentrou a atenção no mundo lá
fora, nada se movia tão longe quanto ele podia ver.

O olhar se moveu para o céu. Vanni iria voar por cima em breve
com Justice. Pareceu passar uma eternidade antes que o som
da aproximação de um helicóptero chamou sua atenção, ele
voou por cima e Smiley virou, assistindo quando pousou
próximo ao centro de Homeland.

Vanni havia chegado. Smiley deu as costas e manteve os olhos


fixados no chão por movimentos, a última coisa que queria era
um ataque acontecendo enquanto Vanni visitava a ONE. Ele
estava com raiva o suficiente naquele momento para matar
qualquer um que se atrevesse a tentar passar pelas paredes na
sua área.
Capítulo Onze

Vanni odiou o jeito que seu estômago ficou mais enjoado


quando eles finalmente alcançaram Homeland. Talvez isso
fosse causado por não ter comido nada o dia todo, mas o
nervoso misturado com o passeio de helicóptero parecia mais
logico. Justice North sorriu encorajante quando ela olhou para
ele, o helicóptero pousou e os guardas uniformizados abriram a
porta, Justice apontou para que ela o seguisse.

Justice saiu, mais então se ajeitou para ajuda-la a descer. A


ansiedade cresceu quando olhou ao redor da área. Pelo menos
uma dúzia de Novas Espécies uniformizados olhavam para ela,
sem contar os que usavam capacetes e rostos com máscaras
pintadas. As feições sombrias deles não eram acolhedoras ou
amigáveis. Ela seguiu Justice para um Jeep que esperava.

— Pegue o assento do passageiro.

Vanni subiu, mas ficou tensa quando dois grandes Novas


Espécies sentaram atrás. Justice deslizou para o assento do
motorista.

— Estou te levando primeiro para meu escritório. Isso vai dar


ao meu pessoal tempo para preparar a área de hóspedes para
você e nós ainda temos algumas poucas perguntas.

— Okay. – Não é como se ela pudesse protestar.


A corrida foi curta, mas eles passaram por muito Novas
Espécies na rua. Eles viraram para olhar para ela enquanto o
Jeep passava, isso a fez se sentir autoconsciente e pensar duas
vezes em sua decisão de ligar para a ONE. Ela nunca se sentira
tão deslocada na sua vida. Justice estacionou na frente de um
prédio e Vanni desceu.

— Por aqui. – Ele a levou pela porta da frente onde dois Novas
Espécies intimidantes protegiam a entrada. Os dois guardas da
parte de trás do Jeep tomaram posições atrás dela, isso a fez se
sentir como se estivesse sendo presa. Medo correu por sua
espinha e ela lutou para permanecer calma.

— Onde está Smiley? Ele está aqui? – Vanni não tinha certeza
se queria vê-lo, mas um rosto familiar talvez ajudasse.

— Não tínhamos certeza se você queria vê-lo. Ele está


atualmente trabalhando.

— Oh.

— Podemos arranjar para que ele te visite mais tarde, se você


quiser.

Vanni apenas assentiu, mantendo o passo com Justice. Eles


entraram em uma área de recepção e ela pegou o primeiro
olhar em uma mulher Espécie. A mulher alta de cabelos
escuros se ergueu de detrás da mesa.
— Jessie está no escritório dela se você quiser uma fêmea
presente para fazê-la se sentir mais confortável.

— Diga a ela que agradeço, mas está tudo bem. Vanni, por
favor, siga-me.

Vanni sorriu para a mulher, mas recebeu um pestanejar em


resposta. O olhar escuro dela não era acolhedor também, Vanni
se apressou para seguir Justice. Dois homens esperavam
dentro, ambos sentados no sofá. Eles se ergueram quando ela
entrou.

— Esses são Fury e Slade.


Vanni não se controlou e olhou para Fury. Ela o reconheceria
em qualquer lugar depois de todas as noticias da coletiva de
imprensa que havia se tornado violenta. Por semanas as
imagens haviam sido mostradas, dele salvando a mulher que
amava pegando-a no colo e correndo para a segurança depois
que um homem armado havia atirado. Ele havia sido baleado
protegendo Ellie. O casal havia se tornado um ícone de amor
verdadeiro para muitas mulheres.

— É uma honra te conhecer. – Vanni lutou para falar.

— Obrigado. Eu acho. – Os olhos de Fury se arregalaram, mas


ele caminhou para frente e ofereceu a mão.

— Eu sinto muito, é apenas que você é Fury. – Vanni lutou e


ofereceu a mão trêmula.
— Eu sou. – Ele tinha um aperto firme e uma rápida sacudida.

Vanni selou os lábios para evitar mais embaraço por ter um


momento de tietagem. Ela virou a atenção para o segundo cara,
ele parecia ser canino com cabelos negros e marcantes olhos
azuis. Ele acenou, mas não ofereceu a mão.

— Por que você não se senta, Vanni? – Justice rodeou a grande


mesa e indicou que ela deveria se sentar em uma das cadeiras
de couro.

Vanni colapsou grata na mais próxima, Justice assumiu a


liderança.

— Vanni não concordou com a oferta de participar da coletiva


de imprensa da igreja Woods. Eles a prenderam contra a
vontade dela e fizeram ameaças. Vocês ouviram algo sobre o
status atual deles?

— Sim. – Fury se sentou. – Eles estão atrasados em falar com a


imprensa. Tivemos muitas ligações pedindo por comentários. A
igreja Woods parece mal após não entregar o que prometeram.

— Bom. – Justice estendeu a mão e afrouxou a gravata. – Diga


a elas quem te drogou e a Smiley, Vanni.

— O bartender. – Vanni estremeceu e segurou o olhar escuro


de Fury, ele tinha olhos bonitos e não olhava para ela. –
Gregory disse que eles o pagaram para fazer isso e ele até
mesmo me disse o nome da droga.

Justice grunhiu suavemente e Vanni olhou para ele, alarmada.


Ele parecia furioso.

— Você não me contou essa parte.

— Desculpe. Gregory disse que eles pagaram quase setecentos


mil dólares pela F-47. Ele não me contou o nome real, mas foi
disso que chamou. Ele disse algo sobre uma fornada e deixou
claro que não pensava muito do cara de quem ele comprou. Ele
nunca disse um nome.

— O bartender trabalhou lá por três anos sem nunca ter


nenhum problema sobre ele. Eu chequei duas vezes todos os
relatórios dos empregados por alguém trabalhando no salão na
hora do acidente. – Slade removeu o celular do bolso da
camisa. – Vou falar com Tim para pegá-lo.

— Faça isso. – Justice concordou. – Quietamente.

— Claro. – Slade se focou no celular.

— Você está bem, Vanni? – Justice limpou a garganta. – Você


está pálida.

— Estou fora do meu ambiente. – Ela admitiu. – Eu estou


sendo presa? Juro que não sabia de nada sobre o que eles
planejaram fazer no hotel. Eu só descobri sobre o bartender e
tudo mais na noite passada depois que Carl e o pai dele se
recusaram a me deixar ir.

— Você não é nossa inimiga. Estamos dispostos a acreditar em


ti e você é realmente nossa convidada em Homeland. – As
palavras de Justice foram confortantes até que ele falou
novamente. – A menos que descubramos que você está
mentindo para nós.

— Eu não estou, tudo o que disse é a verdade.

— Vamos apostar nisso. – Ele prometeu.

— Talvez eu não deveria ter vindo aqui, vi o jeito que algumas


de suas pessoas olharam para mim.

— A igreja Woods tem sido má com a ONE e não tínhamos


certeza se você era membro ou não. Palavras sairão do porquê
você está aqui e elas vão te aquecer. - Justice pausou. – Estou
curioso sobre algo. Por que eles não usaram o nome de Smiley
ainda? Isso não foi mencionado nenhuma vez durante a
cobertura televisionada.

— Bruce me perguntou o nome dele essa manhã, mas menti


para ele, disse que não me lembrava. Ele não acreditou em
mim, mas então aquelas mulheres horríveis apareceram, então
ele não teve tempo de me forçar a falar. – Vanni foi para os
detalhes sobre sua situação antes do resgate. – Disse à minha
melhor amiga para sumir e pedi a ela para dizer aos meus pais
para fazer o mesmo. Vocês não acham que Gregory tem alguém
atrás de minha irmã ou do meu irmão, não é? Eles estão em
outros estados.

— Podemos enviar nossas equipes para checa-los, se você


quiser. Eles serão realocados para um bom hotel e colocados
em proteção.

Vanni hesitou. Uma semana antes ela teria rido se alguém


tivesse sugerido que Gregory era um perigo para a vida dela e
para as pessoas que ela mais amava. Nunca teria apostado que
ele era capaz de tudo e de ir tão longe.

— Por favor, estou preocupada com eles. Minha irmã está em


casa sozinha com os dois filhos enquanto o marido dela está
trabalhando. Eu não me preocupo tanto com meu irmão, desde
que ele é um policial e sei que eles vivem em um prédio muito
seguro. Beth está bem onde está e meus pais também. Gregory
não será capaz de encontra-los.

— Escreva os locais, então podemos alcançar seus irmãos. Te


dou minha palavra que eles estarão confortáveis e seguros. –
Justice retirou um bloco de uma gaveta e o empurrou pela
mesa com uma caneta.

Vanni escreveu os endereços do irmão e da irmã. Seus pais


haviam ido para a cabana do melhor amigo do pai dela, eles
ficavam as férias lá todos os verões. Ela empurrou a informação
pela mesa para Justice e devolveu a caneta.

— Obrigado.

— Estou com isso. – Slade se aproximou, ergueu o bloco e saiu.

— Precisamos parar os rumores que a igreja Woods criou. –


Fury anunciou.

Justice assentiu e olhou para Vanni.

— Eles informaram à cada jornalista lá fora que você estava


indo anunciar que fora drogada e estuprada por um macho
Espécie. Eles querem Smiley processado na sua corte humana.

— Isso estava nos jornais? – Isto a horrorizou. – Isso não é


verdade!

— Estamos cientes.

— Gregory é insano, não bate bem das bolas, doido de pedra. –


Ela fez uma careta. – Nunca gostei dele, mas Carl parecia tão
diferente do pai. Tive meus olhos abertos, Carl faz tudo o que o
pai diz a ele para fazer. Ele apenas caminhou para fora e me
deixou lá com o pai e Bruce. Ele deveria nunca ter se
importado comigo para fazer isso, eles pareciam obcecados em
destruir os Novas Espécies a todo custo.
— Gregory Woods e os seguidores dele realmente odeiam a
ONE. – As feições de Justice se suavizaram. – Tentamos não
levar isso para o lado pessoal, talvez você deveria fazer o
mesmo. Você não foi a fêmea que eles queriam drogar.

Vanni não poderia seguir o conselho dele. Era pessoal, pelo


menos depois que havia sido feito prisioneira e ameaçada. Carl
havia jurado que a amava, mas não havia mexido um dedo
quando ela estivera em perigo. Queria voltar e os fazer pagar
pelo que tinham feito.

— Você precisa que eu fale com os repórteres? – Vanni abraçou


a cintura. – Tenho evitado-os desde que o vídeo foi mostrado
em todas os canais, mas farei isso se isso limpar o nome de
Smiley. – Seus pais iriam surtar se vissem aqui nos jornais.
Eles iriam imaginar se ela mentiu sobre os detalhes limitados
que havia compartilhando com eles sobre aquela noite. Tinha
sido fácil permitir a eles assumir que ela apenas bebeu demais
e pegou alguém em um bar.

— Estive no telefone com nossa equipe de relações públicas


toda a manhã. – Fury falou. – Eu informei a eles que Vanni
estava a caminho para nós e eles recomendaram nenhum
contato direto com a imprensa onde eles podem fazer
perguntas.

— Sábio conselho. – Justice assentiu. – Eles podem ser brutais.


— Miles sugeriu um passeio com os dois, mas manter a
imprensa à uma distância saudável. Eles podem fotografar
Smiley e ela juntos. Isso vai desacreditar Gregory Woods
quando eles forem vistos em uma situação amigável.

— Eu concordo. – Justice estudou Vanni por longos momentos.


– Ela vai precisar de roupas. Podemos enviar duas equipes de
apoio com eles para leva-la às compras amanhã, isso vai nos
dar tempo o suficiente para lidar com isso e não teremos que
lidar com a imprensa. Os humanos sempre informam nossas
aparições, então isso vai permitir cerca de quinze minutos
antes que os paparazzi e as equipes de notícias chegue ns cena.

— Boa ideia. – Fury se mexeu no assento. – Nunca esqueça as


mídias sociais. Humanos irão tirar fotos deles e espalhar pelos
celulares. Entretanto, eles assumirão que eles estão saindo se
forem vistos juntos novamente.

— Mas não estamos. – Vanni ouviu a conversa deles, um pouco


surpresa pelo anúncio de Fury.

— É melhor permitir que eles assumam que você está em uma


relação romântica com Smiley do que o que foi dito até agora. –
Fury pestanejou.

— Sim. – Ela não poderia discutir com o sentido disso.

— Vamos marcar o passeio. – Justice se ergueu.


— O que Smiley tem a dizer sobre esse plano? Quero dizer, ele
provavelmente não quer gastar tempo comigo depois do que
aconteceu. – Isso a deixou nervosa, apenas pensar sobre vê-lo
novamente.

Aparentemente, Justice não precisou de tempo para pensar na


resposta.

— Smiley certamente concordará em te levar às compras. Ele


tem se preocupado com seu bem-estar.

Vanni não tinha certeza de como iria reagir ao ver Smiley, mas
claramente o nome dele era importante para ela concordar com
qualquer coisa que a ONE sugerisse.

— Okay.

— Você está segura conosco, Vanni. – Justice sorriu. – Relaxe,


você parece nervosa e não precisa. Vamos assegurar sua
segurança e manter a imprensa longe de vocês amanhã.
Lidamos com isso frequentemente.

— Tenho certeza que sim, eles estão sempre dizendo algo sobre
vocês na televisão.

— Estamos felizes de ter você conosco. Gostaríamos que a


nossa equipe médica desse uma olhada em você, foi dada uma
versão da droga de procriação e me disseram que você foi
acertada por um Taser.
— Estou bem, eu realmente gostaria de evitar médicos agora.
Quero apenas tomar um banho, comer e dormir.

— Talvez mais tarde você concordará. – Justice não parecia


feliz com a recusa dela, mas não discutiu. – Terei um dos
nossos machos te escoltando para o chalé de hóspedes.

— Vai me dizer sobre minha família quando os levarem para o


hotel? Gostaria de saber quando eles estiverem a salvo. – Ela
estava dispensada.

— Claro. – Justice inclinou a cabeça. – Tenho certeza que eles


também estão preocupados com você. Vamos assegurar a eles
que você está bem.

— Obrigado.

— Apreciaríamos se você desse a eles a impressão de que está


aqui para visitar Smiley. A última coisa que precisamos é de
sua família assumindo que estamos te mantendo aqui contra
sua vontade e pedindo para que a polícia intervenha.

— Claro. – Vanni assentiu. – Eles não ficarão felizes com isso,


mas não os quero preocupados.

— Eles não gostam de Espécies? – Os olhos de Justice se


estreitamente suspeitosamente.
— Não é isso. Eles ficarão felizes se pensarem que estou saindo
com alguém, mas ficarão preocupados que pulei em um novo
relacionamento muito rápido. Eu estava noiva há alguns dias,
eles gostaram de Carl. Ele enganou a nós todos.

— Eu compreendo.

— Posso vender isso, no entanto. – Vanni tinha certeza disso. –


Apenas direi a eles quão horrível Carl me tratou no hotel e eles
não serão mais fãs dele. Não quero que eles saibam do resto,
porque isso iria chateá-los mais. Direi que Carl e o pai dele
inventaram aquelas mentiras se eles ouvirem algo sobre os
delírios da igreja Woods.

— Obrigado. Seguiremos com as ligações deles uma vez que os


tivermos seguros em um local. – Justice prometeu. –
Apreciaríamos se você não fizesse nenhuma ligação, você
deveria saber que elas seriam monitoradas. Todas são, não é
pessoal.

Vanni não tinha nenhuma dúvida que eles fariam isso, mas
não tinha nada a esconder.

— Preciso ligar para Beth. Somos melhores amigas desde que


éramos crianças e quero ter certeza que ela está segura com
Elvis.

As sobrancelhas de Justice se levantaram.


— Não o verdadeiro, ele está morto. Esse é um cara com quem
ela sai algumas vezes. Ele imita Elvis em alguns eventos de
caridade, apenas brincamos com isso o chamando assim. O
nome verdadeiro dele é Mickey.

— Tudo bem.

Alguém entrou no escritório e Vanni se virou, a boca abrindo


enquanto olhava para o Nova Espécie muito bem construído.
Ele tinha um peito imenso e musculoso enormes nos braços,
mas eram os olhos dele que ela não podia desviar o olhar. Eles
eram castanhos com traços vermelhos neles.

— Esse é Jericho. – Justice disse enquanto prendia o homem


com um olhar intenso. – Não tenho certeza do porquê ele está
em meu escritório, mas gostaria de saber a resposta desde que
essa é uma reunião fechada.

O cara não olhou para longe de Vanni. No entanto, o olhar dele


baixou e ele pareceu estudar cada centímetro dela da cabeça
aos pés.

— Sou amigo de Smiley, há algum problema?

— Não. Eu estava querendo tê-la escoltada para a casa de


hóspedes, talvez você gostaria do trabalho?
— Queria apenas ter certeza que as coisas estavam bem. – Ele
cruzou os braços acima do peito e mudou o olhar para Justice.
– Estão?

— Ela não está acusando Smiley de nada e está disposta a nos


ajudar a resolver essa bagunça. – Justice deu de ombros. –
Diga a Smiley que ele estava certo. Tenho ligações para fazer,
você pode arranjar o transporte dela?

— Por aqui, senhorita Abris. – A postura tensa de Jericho


relaxou.

— É apenas Vanni.

Ela se manteve poucos passos entre eles enquanto o seguia


para fora do escritório, corredor abaixo e a porta da frente. Os
dois guardas continuavam parados lá, Jericho parou na frente
de um deles.

— Escolte-a para a habitação humana e tenha certeza que ela


tem tudo o que precisa. – Ele virou para ela. – Tenho algo que
preciso fazer, aproveite sua estadia aqui. Esse é Wager, ele vai
te tratar bem.

— Obrigada. – Jericho era um amigo de Smiley e ela queria


perguntar uma tonelada de coisas, mas resistiu. Ele era uma
pessoa assustadora com aqueles olhos incomuns. Sua
curiosidade sobre o bem-estar de Smiley poderia esperar.
Vanni assistiu Jericho marchar para um Jeep e sair dirigindo.
Wager limpou a garganta e ela virou, olhando para ele. Ele era
loiro, alto e tinha lindos olhos felinos.

— Bem vinda à Homeland, senhorita Abris. Tenho um carro


estacionado logo ali e vou te levar até a área humana, seu chalé
foi escolhido.

— Chalé?

— É como chamamos as casas nas áreas humanas e Espécies.


– Ele era bonito quando sorria.

— Área humana? Vocês não são humanos também? - Vanni se


arrependeu de perguntar aquilo, mas já havia saído. –
Desculpe, espero que isso não tenha sido um insulto.

— Não foi, nós encorajamos perguntas. Somos humanos, mas


também somos mais. Eu sou um Espécie felino. – Ele ofereceu
o braço para ela. – Vamos lá, senhorita Abris. Posso te chamar
de Travanni?

— Sim, mas é apenas Vanni. Ninguém me chama de Travanni a


menos que eu esteja com problemas. – Ela estava realmente
fora do seu elemento. – Não estou com problemas, estou?

— Não que eu esteja sabendo.


Vanni colocou a mão no antebraço dele e Wager a levou para o
carro esperando. Ela notou mais deles nas proximidades
enquanto tomava assento.

— Vocês tem um campo de golfe?

— Não. – Ele a soltou, subiu no banco do motorista e ligou o


motor. – Temos três tipos de veículos em Homeland e na
Reserva. As SUVs que usamos quando deixamos as terras da
ONE, mas o Jeeps e os carrinhos de golfe são para andar
dentro dos portões. Tendemos a usar mais os carrinhos em
Homeland que na Reserva. O terreno lá é mais duro em
algumas áreas.

— Obrigado por estar sendo legal comigo. – Vanni relaxou no


assento.

— Me sinto como se te conhecesse parcialmente. -


Wager virou a cabeça e mostrou um sorriso, ele pressionou o
pedal e saiu, entrando com o carro na rua.

— Eu não compreendo.

— Te vi na televisão com Smiley. – Ele tirou o olhar da estrada


para corrê-lo pelo corpo de Vanni. – Você parece menor
pessoalmente do que na minha TV.

— Você viu aquilo? – Vanni se encolheu.


— Todos viram.

Vanni olhou para longe e viu os prédios que eles passavam,


mas apenas a fez mais consciente que estavam chamando a
atenção dos Novas Espécies. Dois homens parados na frente de
um prédio a estudaram abertamente e então outro parou o
Jeep para dar uma boa olhada nela. Vanni começou a se
arrepender de ter chamado a ONE, era tentados perguntar se
Wager a levaria para a saída, mas ela não tinha lugar nenhum
para ir e sem dinheiro, não podia alcançar os pais. Eles apenas
perguntariam muitas coisas que ela não queria responder.

Para o melhor ou para o pior, ela estava presa em Homeland.

*****

Smiley rondava a parede, alerta por qualquer movimento no


outro lado. Vanni estava segura em Homeland. Fury tinha feito
pontos validos, mas não assentou bem nele que não iria estar
lá quando ela fosse questionada em detalhes sobre a igreja
Woods. Vanni talvez estivesse assustada.

O grunhido baixo que escapou de seus lábios o assegurou que


era provavelmente melhor que ele não estivesse presente, Vanni
o afetava muito profundamente. Ele não poderia ser logico
quando os instintos o apressavam para proteger a fêmea.

O som de um Jeep se aproximando o puxou dos pensamentos e


ele se virou. Jericho estacionou próximo à base de uma árvore
próxima a parede e Smiley esperou até que o macho subisse e
pulasse os três metros para pousar graciosamente na passarela
ao lado dele.

— Ela está bem? Justice e Fury não estão intimidando ela,


estão? Fury prometeu que iriam sair do caminho para baixar o
tom.

Jericho pestanejou.

— O quê? – Smiley arrancou o capacete e agarrou a arma mais


apertado. – Aconteceu algo? Os médicos encontraram algo
errado com ela?

— Ela não concordo em ir ao Centro Médico, mas está bem.


Wager está levando-a para a habitação humana agora, eu
pessoalmente o selecionei para o dever.

— Wager? – A raiva que Smiley sentia se construiu. – Ele vai


flertar com ela. Aquele macho está sempre falando sobre como
quer encontrar uma humana para dar bebês a ele.

— Ele não é um idiota. Todo mundo viu o vídeo e ele vai


assumir que você iria lutar com ele se ele a tocasse.
Smiley pestanejou, debatendo se por acaso Wager seria idiota o
suficiente para se oferecer para compartilhar sexo com Vanni.
Isso seria um erro.
— Estou indo vê-la agora. – Ele alcançou o rádio. – Vou chamar
alguém para tomar meu lugar nesse posto.

— Por que acha que eu vim? Vou cobrir o resto do seu turno.

— Obrigado. – Smiley entregou a arma e o capacete para


Jericho. – Você é um bom amigo.

— Vá para casa, tome um banho e não vista seu uniforme


quando for ver a fêmea.

— Por quê? – Ele olhou para baixo. – Estou fedendo? Parecendo


ruim?

— Você não está suando, mas acredito que ela já viu o


suficiente dos nossos oficiais hoje. Você deveria se vestir
casualmente, então você é apenas um macho para ela, que
parece um pouco sobrecarregada. Primeiro dê a ela um pouco
de tempo sozinha.

— Ela está assustada? – Seu intestino se torceu. – Ela precisa


de mim.

— Você não está ouvindo. – Jericho soava aborrecido.

— Ela está aqui sozinha, eu sou o primeiro Espécie que ela já


encontrou. Ela ficou detida contra a vontade e teve um dia
traumático entre escapar deles e vir para Homeland. Precisa
deixa-la saber que está segura.
— Você está sendo irracional. – A voz de Jericho se aprofundou
quando ele continuou. – Eu sou seu amigo e você precisa
confiar em meu julgamento.

Smiley não gostou de ouvir o conselho.

— A última coisa que aquela fêmea precisa é ter você chegando


com suas emoções não contidas. Tome um banho, relaxe e
então vá vê-la quando você não estiver no modo protetor.

— Eu não a assustei antes.

— Eu ouvi tudo o que aconteceu no escritório de Justice. Ela


soava nervosa sobre ver você novamente.

— Você ouviu?

Jericho deu de ombros, pegando o rifle.

— Minha audição é boa e eu queria saber se ela era realmente


tão inocente quanto você acreditava. Ela não esconde bem as
emoções quando fala, ela esconde menos ainda com as
expressões. Eu vi porque você foi convencido de que ela não te
drogou.

— Você falou com ela?


— Não muito, pude detectar as emoções dela enquanto ela
respondia as perguntas e então eu vi a expressão dela quando
caminhei para dentro do escritório de Justice. Ela não foi capaz
de conciliar o medo de mim, ela é fácil de ler.

— Você a assustou? – Smiley ficou tenso.

— Foi meu tamanho e ela pareceu confusa sobre meus olhos.


Sei que muitos humanos tentam esconder as emoções depois
de um segundo, ela não foi capaz. Siga meu conselho e esteja
calmo quando vê-la. Seja suave, Smiley. Ela não é uma de
nossas fêmeas, não esqueça disso. Ela me lembra de uma
gatinha assustada. Wager relaxa os humanos com a
personalidade amigável então eu a coloquei sob os cuidados
dele. Eu tendo a assustar os humanos quando faço isso. –
Jericho sorriu, mostrando os dentes.

— Você parece ameaçador.

— Eu sei.

— Vou para casa tomar banho. – Smiley respirou fundo. – Eu


deveria vestir um jeans e uma regata? Ou calças e uma camisa
bonita?

— Use roupas de treino, ela vai gostar do seu show de braços


musculosos. Humanas parecem gostar disso.
— Você está certo. – Smiley relembrou a reação de Vanni no
bar quando ele tinha removido a jaqueta e sorriu.

— Vá com calma, Smiley. Eu sei que você quer a fêmea, mas


ela está assustada.

— Entendido.

Smiley caminhou ao redor de Jericho e pulou, pousando em


um galho de árvore grosso e rapidamente desceu. Ele olhou
para cima e apontou para o Jeep.

— Leve-o. – Jericho gritou. – Deixei as chaves na ignição. Seu


substituto terá um veículo, então eu não terei que correr até
em casa.

Smiley pulou no banco do motorista e ligou o motor, o primeiro


instinto era dirigir até a área dos humanos, mas ele sufocou a
urgência. Seguiria os conselhos de Jericho. Ele admitiu estar
sendo um pouco irracional quando Vanni estava envolvida, não
poderia esperar para vê-la novamente, mas um banho e uma
mudança de roupas parecia uma boa ideia.
Capítulo Doze

Vanni refletia em sua conversa com Wager. Ele havia jurado


que ela não era uma prisioneira em Homeland, tinha dado um
tour a ela pela casa de dois quartos, dizendo a ela que estava
estocada com comida e que haviam roupas na cômoda, antes
de deixa-la a própria sorte. Alguns minutos mais tarde, ele
havia batido na porta, entregando o almoço. Vanni havia
consumido o sanduiche e as batatas chips com gosto.

O telefone no balcão tinha um tom de discagem quando ela


testou e então discou o número de Elvis depois de pegá-lo com
a telefonista, ficando aliviada quando Beth atendeu ao primeiro
toque.

— Sou eu. – Vanni estava feliz de ouvir a voz dela. – Você está
segura. Eu estava tão preocupada.

— Bom, eu continuo preocupada. Onde você está?

— Em Homeland, segui seu conselho.

— Eu deveria ir ai? Mickey poderia me levar de carro.

— Não, eu estou bem. – Vanni olhou ao redor para a casa


espaçosa. – Eles estão me tratando muito bem e me colocaram
em uma casa. É mais legal que um hotel.
— Eles não te culparam por drogar aquele cara chamado
Smiley?

— Não.

— Ele está aí com você?

— Eu não o vi ainda, mas verei amanhã. Não tenho nenhuma


roupa, então ele vai me levar ao shopping.

— Você está bem? De verdade? – A voz de Beth diminuiu.

— Estou bem, de verdade. Eles foram muito legais e me


pegaram com um helicóptero.

— Uau. Você subiu em um daqueles?

— Não é tão divertido, acredite em mim. Me senti um pouco


enjoada, eles foi mais rápido do que eu pensava que voavam.
Eu conheci Fury North.

— Tá falando sério? Ele é tão legal quanto parece? Ellie estava


com ele?

— Eu não a conheci, mas ele foi muito legal.

— Eu deveria ir te ver. – Beth anunciou. – Você está sozinha.


Eu estaria assustada, se fosse você.
— Todos estão sendo super legais, até mesmo me trouxeram o
almoço. Estou realmente bem, apenas liguei para ter certeza
que você fez isso com Elvis e que aquele cara do Gregory não te
pegou.

— Os policiais vieram e checaram fora do apartamento. Eles


culparam as equipes de paparazzi, pensando que um deles
talvez tivesse tentado entrar para tirar fotos. Eles me
escoltaram para fora até meu carro depois que eu disse a eles
que não queria mais ficar lá, fiz exatamente o que você disse.
Tive Mickey me encontrando no parque e ele me trouxe até
aqui, deixei meu celular trancado no meu porta-luvas ao invés
de em casa. Quis ter certeza que minha família não surtaria se
eles não pudessem me contatar, liguei para eles enquanto
esperava.

— Eu não pensei nisso.

— Você tinha outras coisas na cabeça, como quão fodidos Carl


e o pai dele são. Aqueles bastardos te machucaram?

Vanni se debateu por entrar em detalhes, mas deixou para lá.


Beth iria pirar se ouvisse que ela havia sido eletrocutada ou se
Vanni repetisse as ameaças de Bruce.

— Estou bem, de verdade. Planejo apenas dormir, estou


exausta.

— Você soa assim.


— Eu tive apenas poucas horas de sono na noite passada e o
chão era desconfortável.

— Eles te fizeram dormir no chão? Aqueles bastardos.

— Havia uma cama, mas é uma longa história. Eu não ia tocar


nela.

— Okay. – Beth hesitou. – Posso ir até você, se me quiser. Eu


não ligo, eu realmente me sentiria melhor.

— Fique aí, realmente estou bem. Vou apenas dormir. Não há


ponto em dirigir até aqui todo esse caminho para me ver
roncar.

— Dê-me o número do telefone, não aparece aqui.

— Eu não sei. – Vanni estudou o telefone, não estava marcado.

— Acho que eu poderia ligar para Homeland e eles poderia me


conectar a você, certo?

— Acho que sim. – Vanni não tinha certeza. – Preciso desligar,


no entanto, porque não sei se eles tem ligações esperando.
Justice North prometeu mandar alguém para a casa de Mia e
Count para ter certeza que os familiares deles estão seguros.
Eu não quero Gregory mandando capangas atrás deles. Alguém
vai me ligar para me deixar saber.
— Eu realmente odeio aquele rato bastardo.

— Eu também. Você ouviu algo da mamãe e do papai?

— Eles foram para a cabana, seu pai estava pronto para ser
amarrado depois que disse a ele o que estava acontecendo. Eles
estão à caminho para a cabana, mas nós sabíamos que é para
lá que eles iriam. Eles estão em casa ou chegando lá. Ponto.

— Eu imaginei.

— Eles me fizeram dar o número do Mickey para eles e sua mãe


continua me ligando a cada vez que eles param no posto, eles
abandonaram os celulares. Direi a eles que você está em
Homeland.

— Por favor, não. Eles talvez apareçam aqui.

— Isso é verdade.

— Apenas diga a eles que estou a salvo, eles podem comprar


um daqueles celulares baratos com alguns créditos. Fale com
meu pai e tenha ele dando o número a você. Diga a eles que
vou ligar amanhã. Eu apenas não quero lidar com isso agora,
você sabe como eles podem ser.

— Cara, eu sei. Sua mãe perguntou se você vai a bares com


frequência e pega estranhos.
— Ótimo, eles acham que sou uma vadia. – Vanni fez uma
careta.

— Eu disse a eles que foi sua primeira vez. – Beth gargalhou. –


E sua última. Eu a assegurei que você não precisa de
reabilitação. Ela se preocupou que você talvez tivesse um
pequeno problema com a bebida que eles não soubessem.

— Isso é uma piada?

— Não. – Beth riu. – Eu também disse a eles que foi sua


primeira e última noite fora também. Nós, crianças loucas,
temos que tentar algumas coisas pelo menos uma vez. Isso
pareceu acalmá-la um pouco.

— Você não está ajudando, Beth.

Beth ficou quieta por alguns segundos.

— É isso ou chorar. Mickey entra em pânico e começa a me


jogar chocolates se ele me ver lacrimejar. Eu disse a ele que
esse era o melhor jeito para lidar comigo se eu tivesse TPM e
agora ele pensa que isso é uma cura para tudo quando estou
doente. O cara é totalmente fofo, mas não quero ganhar cinco
quilos essa semana.

— Ele não liga de você estar aí?


— Está brincando? Ele ligou para o trabalho e pediu uma folga,
então ele pode brincar de guarda-costas pessoal depois que
disse a ele o que aconteceu. Ele até mesmo trouxe o taco de
baseball para acertar algumas cabeças, se alguém aparecer
aqui em cima procurando por mim. Os níveis de testosterona
estão altíssimos aqui. É um pouco fofo, eu não sabia que ele
era tão protetor comigo.

— Eu te disse que ele estava apaixonado por você.

— Não estou pronta para me assentar, mas ele está me fazendo


reconsiderar isso.

— Apenas esteja segura. – Vanni ficou feliz que Beth estava


bem.

— Eu estou, eu tenho o ‘batman’. Você soa exausta, vá dormir


e me ligue quando acordar. Quero ouvir você com frequência.

— Eu prometo, te amo.

— Eu também te amo.

Vanni desligou, naquele ponto ela queria apenas ficar limpa e


tirar uma soneca. Ela tomou um banho rápido e pisou para
fora do cubículo usando duas toalhas para se secar. A casa era
legal, completamente mobiliada e eles até mesmo haviam
estocado o banheiro com cada item pessoal que uma pessoa
poderia usar. Vanni tinha xampu e condicionador para os
cabelos, sabonete liquido e até mesmo escova de dente nova
com pasta. Ela fez isso em seguida.

Ela saiu do banheiro e se aproximou da cômoda, incerta de


qual tipo de roupa encontraria. Elas tinham que ser melhores
que a camiseta áspera e o short que havia comprado na loja em
promoção. A gaveta de cima continha algumas camisetas
dobradas, com o logo da ONE. Vanni removeu uma e gostou de
sentir o material suave, era três vezes seu tamanho. Uma
investigação nas outras gavetas revelou alguns moletons e
shorts, nenhum deles estavam sequer próximos ao seu
tamanho pequeno. Vanni suspirou e colocou a grande camisa,
isso caiu nas pernas como se fosse uma camisola.

Havia um guarda postada do lado de fora da porta se ela


precisasse de algo, mas Vanni decidiu esperar algum tempo
antes de perguntar se eles teriam algo que caberia melhor. Ela
não poderia ir às compras com Smiley apenas usando uma
camisa folgada. A cama era grande e ela estava pronta para
deslizar entre os lençóis e dormir, um olhar na cabeceira a
assegurou que não iria perder a ligação de sua família quando
isso viesse.

Apreensão a pegou quando ouviu um barulho na sala de estar,


Vanni girou e rastejou pelo corredor. Um rápido olhar para algo
para usar como uma arma não mostrou resultados.

— Olá? – Vanni esperava que seu medo não soasse em sua voz.
Vanni arfou quando um homem caminhou para sua linha de
visão, ela pulou e bateu na parede. Um par de atrativos olhos
castanhos olharam de volta para ela, surpresa de vê-lo dentro
da casa, mas seu medo evaporou.

— Eu bati, mas você não respondeu.

— Estava no banho. – Vanni deu um passo hesitante para


frente, os batimentos ainda fazendo um número em seu peito.

Ele permaneceu lá. Vanni o estudou da cabeça aos pés, os


cabelos estavam molhados e ele parecia como se tivesse se
banhado recentemente também. A regata vinho acentuava o
bronzeado dele, os braços musculosos e o peito largo. Ele
estava enfiado em um par de jeans desbotados que abraçavam
os quadris e as pernas dele, ele não usava sapatos e a visão dos
pés descalços a surpreendeu. O olhar de Vanni subiu para o
rosto masculino, ele era tão bonito quanto ela se lembrava. Os
lábios dele se separaram.

— Não fique com medo, Vanni. Por favor, não corra para um
dos quartos e tranque a porta. Eu estava preocupado e queria
ver como você estava.

Ela assentiu, ele a fez consciente do corpo e o fato de que vestia


apenas uma camisa larga. Nem mesmo tinha roupa intima
limpa, então não estava vestindo mais nada.

Smiley ergueu uma mão e gesticulou para mais perto.


— Você viria para a sala de estar falar comigo? Você já passou
por um calvário. Você está bem?

Aquilo foi doce da parte dele. Vanni deu um passo para mais
perto e então outro. Smiley continuou lá, apenas deixou os
braços caírem para o lado. Ela pausou a alguns passos de
distância. Smiley sorriu, a expressão suavizando, isso a
encorajou a responder.

— Estou apenas um pouco cansada, não dormi muito na noite


passada.

— Você deveria permitir que nossos médicos checassem você,


eles são excelentes no que fazem.

— Não preciso de um médico. De verdade. Tenho apenas


alguns hematomas dos dardos do Taser e da queda.

O sorriso desapareceu e um rosnado baixo veio de Smiley, ele


aparentava estar zangado.

— Quem te acertou com o Taser? Que queda?

— Gregory Woods teve o guarda me acertando e cai no chão.


Pensei que você soubesse disso. Quero dizer, contei a Justice.

— Eu não falei com ele. – O olhar de Smiley viajou pelo corpo


dela. – Onde você está machucada?
— Minhas costas. Eu estava tentando escapar pela porta da
frente quando fui atingida por um daqueles dardos elétricos.
Realmente não está tão ruim.

— Deixe-me ver. – Smiley deu mais um passo a frente, quase


tocando-a.

Ele cheirava a sabonete e homem. Isso estivou as memórias da


última vez que eles estiveram tão próximos. Vanni ergueu o
queixo para manter o olhar travado com o dele, Smiley tinha
lindos olhos e ela se sentia perdida neles. A luz do sol passando
pelas janelas mostrou pequenos pontos de castanho escuro
neles. Eles eram realmente de tirar o fôlego.

— Deixe-me ver. – A voz dele era quase um sussurro.

Vanni teve que forçar a mente para trabalhar, relembrando a si


mesma o que ele queria ver. A atração que sentia por ele a fez
um pouco confusa. Imagem deles se beijando e o que fizeram
na SUV continuavam passando pela mente dela, o que tornou
difícil se forcar nas palavras dela.

— Eu estou bem, é coisa pequena. De verdade.

— Vanni. – Ele murmurou. – Deixe-me ver.

Vanni forçou as pernas a se mover e retrocedeu um passo.


— Hum, está na minha omoplata. – As mãos dela se abriram
contra as pernas, a sensação do tecido lá reconfortante. – Eu
não posso.

— Por que não?

— Não tenho nada debaixo disso, não quero colocar o único par
de calcinhas que tenho até que possa lavá-los.

— Continuo querendo ver. – Smiley olhou para as pernas dela e


então se afastou.

— Eu estaria nua. – Ela respirou fundo.

— Eu não tenho problema com isso, eu gostaria.

Uau, ele realmente disse isso. Vanni não tinha costume com um
homem tão franco.

— Eu já te vi antes.

Como se eu precisasse de uma lembrança. Mais flashes daquela


noite explodiram na cabeça dela. Smiley sem a camisa depois
que ela a havia arrancado. Ele em cima dela, os lábios
colocando beijos ao longo do pescoço dela. Seus mamilos
endureceram quando Vanni relembrou ele mordiscando o
ombro dela com os dentes, ela rapidamente cruzou os braços
na frente do peio para cobri-los na esperança de que ele não
notasse.
— Hum... – Sua mente ficou em branco.

— Você está corando. – Ele veio para a frente.

— Hum... – Vanni podia sentir o calor nas bochechas e recuou


um passo.

— Você é tímida. – Ele avançou um passo, andando com ela.

— Sim. – Vanni soltou.

— Não há razão para ser, sou eu. Tire a blusa e vire para mim.

— Não. – Os lábios de Vanni se separam, mas ela não tinha


certeza de como responder aquilo e não queria soar como uma
idiota novamente. Ela suspirou e respirou fundo.

Um olhar doloroso brilhos nos olhos de Smiley.

— Quero dizer, eu não posso retirar minha blusa. É que eu mal


conheço você.

As sobrancelhas de Smiley se ergueram.

— Você sabe o que eu quero dizer, nos mal conhecemos um ao


outro. Quero dizer, nós conhecemos um ao outro, mas quando
estávamos drogados. Não estamos agora, não posso apenas me
despir.
— Vamos para a sala de estar. – Smiley ofereceu a mão. – Eu
não quis te deixar desconfortável, Vanni. Vamos sentar e
conversar, não vou pedir novamente para ver seus
machucados.

Vanni timidamente se aproximou e colocou a mão trêmula na


dele. Ela era tão quente e grande quanto se lembrava. Smiley
fechou gentilmente os dedos ao redor dos dela e virou,
esperando para ela segui-lo. Vanni gostou quando ele se moveu
lentamente, consciente do andar hesitante dela até que eles
pararam ao lado do sofá. Smiley a soltou.

— Sente-se, por favor.

Vanni se sentou, puxando a camisa para baixo e cobrindo os


joelhos. Smiley não se sentou ao lado dela, mas a surpreendeu
se ajeitando e puxando a mesa de centro para o lado do sofá.
Ele a encarou, baixou os joelhos e se sentou nos pés. O sorriso
de Smiley parecia um pouco forçado.

— Relaxe. – Ele pediu. – Vamos apenas conversar.

— Por que você está ai? Pode se sentar no sofá comigo.

— Estou melhor aqui.

— Por quê?
Smiley lambeu os lábios, a visão da língua dele passando pegou
a atenção de Vanni e ela se focou na boca dele.

— Em primeiro lugar, obrigado por não gritar quando


descobriu que entrei em sua casa. Fiquei preocupado com você
quando não atendeu a porta, passei através de uma janela nos
fundos. Vou consertar a fechadura mais tarde.

Vanni olhou nos olhos de Smiley, despreocupada que ele


apenas havia admitido entrar na casa dela.

— Está tudo bem. – Realmente estava, era um tanto doce que


ele tivesse feito algo tão drástico para ter certeza que ela estava
bem.

— Eu tenho uma pergunta importante, mas não quero te deixar


desconfortável novamente. Isso tem me incomodado a cada
momento que acordo desde a outra noite. Preciso perguntar.

— Okay. – Vanni se preparou.

— Eu te machuquei, Vanni? – O olhar de Smiley baixou para o


colo dele e então se ergueram para olhar diretamente para ela.
– O sexo foi muito duro.

— Eu estou bem. – Vanni não havia esperado aquilo e ficou


feliz por estar sentada.

— De verdade. – Smiley pestanejou, estudando-a.


Este era um tópico estranho. Smiley dissera que era importante
para ele saber, mas Vanni não ia admitir que havia ficado um
pouco dolorida no dia seguinte.

— Você não me machucou. Eu tenho alguns hematomas, mas


não é grande coisa. Você é forte.

— Eu lamento.

— Está tudo bem, eles não doem.

— Você desmaiou depois e temi que tivesse te danificado.

— Acho que foi por ter sido drogada. Te falei que sou uma
esquenta-cadeira, isso foi... – Vanni não tinha certeza de como
explicar isso sem se humilhar.

— Isso foi o quê? – Smiley se esticou um pouco mais para


frente e apoiou as mãos no sofá, próximos aos joelhos de
Vanni. – Por favor, fale comigo. Não permita que sua timidez te
impeça de ser brusca. Não há necessidade comigo, você pode
me contar tudo.

— Eu não converso sobre sexo com homens. – Vanni admitiu,


hesitante. – Eu não sai com muitos caras e eles sempre
tendiam a não apreciar uma discussão sobre isso.
— Eu não sou eles. – A voz de Smiley se aprofundou enquanto
ele continuava. – Eu dou boas-vindas a essa conversa.

Vanni lambeu os lábios e se empurrou para frente mais do que


o confortável e normal.

— Eu estou fora de forma, te disse que não me exercito como


você faz. Aquela droga me passou pelo espremedor, certo? Eu
estava suando, então congelando e então nós estávamos nos
tocando. – Embaraço forçou os olhos dela para o queixo dele
naquele ponto. – Acho que eu estava exausta, foi por isso que
eu apaguei.

Smiley não disse nada, então Vanni olhou para cima


novamente. Ela não viu nenhuma emoção negativa na
expressão dele. Smiley realmente parecia feliz quando sorriu,
isso alcançou os olhos dele naquela vez e também a encorajou
a continuar.

— E mais, isso foi realmente extremo, sabe? Nunca me senti


daquele jeito antes.

— Você está falando sobre o sexo? – Smiley baixou o tom para


um que a deu arrepios. Era de um jeito bom novamente e
Vanni relembrava aquilo sobre ele também, Smiley poderia
falar de um jeito que a deixava ligada.

— Sim.
— Compartilhar sexo enquanto está drogado é muito poderoso.

— Esse é um anúncio que já ouvi antes, eu pensei que estava


morrendo. – Vanni havia sobrevivido à conversa desconfortável
e respirava mais fácil, os músculos tensos relaxando. – Você
está bem? Fiquei preocupada com você também.

— Eu estou bem, Espécies são durões. Houveram poucas horas


desconfortáveis depois que eu acordei, mas minha mandíbula
estava apenas com hematomas.

— Eu machuquei sua mandíbula? – Vanni foi para frente,


olhando para o rosto de Smiley. Ela não viu nenhum arranhão
ou hematoma, ele tinha uma pele perfeita.

— Não, Brass me acertou para me derrubar. Tive algumas


marcas, mas eles desapareceram rápido.

— Por que ele faria isso? Eu não lembro dessa parte e pensei
que lembrava de tudo.

— Foi depois que você desmaiou. Estávamos nos dirigindo para


Homeland e eu estava extremamente preocupado com você.

— Por que ele te bateu? – Vanni percebeu que os rostos deles


estavam separados por centímetros e seu olhar se trancou com
o dele.
— Ele estava com medo de que eu não seria capaz de resistir a
te tocar novamente, mesmo sabendo que você estava
inconsciente.

— Ele pensou que você teria... – Levou um momento para tudo


se assentar e Vanni não pôde terminar a sentença.

— Montar você enquanto você estava desmaiada. – Smiley não


teve problemas falando as palavras. – Era uma preocupação
genuína. Eu estava altamente ligado e queria continuar te
tocando. Acredito que eu teria resistido à urgência, mas foi
melhor que eu não fui testado.

— Oh. – Vanni foi um pouco para trás. – Sua mandíbula ainda


dói?

— Não. – Smiley colocou a outra mão no sofá, uma em cada


lado dos joelhos de Vanni. – Não tenha medo de mim, Vanni.

— Eu não tenho, estou sentada aqui com você. Eu não iria


fazer isso se pensasse que você faria algo ruim para mim. Eu
teria gritado, sei que há um guarda lá fora.

— Eu mandei Wager embora.

— Por quê? – Aquela notícia a aturdiu.

— Queria que nós tivéssemos um pouco de privacidade.


Vanni não tinha certeza de como levar isso. Smiley se ergueu
para os joelhos e Vanni percebeu que ele a tinha presa onde
estava sentada. Seus batimentos aceleraram, mas não foi
causado por medo.

— Por quê?

— Espécies tem sentidos excelentes e não queria que ouvisse


nada que fosse dito entre nós.

Vanni queria tirar algo fora do peito.

— Foi o bartender que nos drogou. Gregory Woods admitiu isso


para mim na noite passada, eu não menti para você. Não fui eu
quem drogou nossas bebidas.

— Eu acredito em você.

— Mas você pensou que eu tinha feito isso, na primeira vez.

— Você tem um rosto muito expressivo, Vanni. Acho que você


mentiria muito mal, gosto que seja fácil de te ler. Você está
nervosa agora, não há necessidade de estar.

— Você pode dizer isso?

— Você tem a respiração acelerada e seus olhos estão


arregalados. – Smiley baixou o olhar para o peito dela. – No
entanto, não vejo medo. Sou grato por isso, a última coisa que
quero fazer é te assustar.

— Você quer que eu conte tudo o que descobri? Fui ver Carl na
noite passada para devolver o anel e –

— Diz pra mim que você não pertence mais aquele macho.
Vanni arfou com o tom áspero de Smiley.

— Desculpe. – Smiley suavizou o tom. – Você não usa mais o


anel dele, eu olhei. Seu dedo está nu. Eu ouvi o que você disse
no telefone quando ligou para Homeland. Você foi mantida
contra sua vontade e aquele homem não te merece, ele deveria
ser espancado por permitir que alguém te machucasse de
alguma forma. Vou fazê-lo sangrar se eu tiver a chance de
encontra-lo.

Uau. Vanni poderia dizer que Smiley se preocupava fortemente


com ela e isso foi um tanto quente ouvir ele fazer ameaças
contra seu ex. Smiley parecia chateado, mas ela sabia que não
era direcionado a ela.

— Isso está acabado.

— Está apaixonada por aquele homem?

— Não. – Vanni sentiu que precisava explicar porque estivera


com Carl. – Acho que eu queria ver as coisas nele de um modo
que não eram realmente.
— Você saiu com um homem ruim uma vez e esse parecia
melhor que o último? – Smiley era bom em suposições.

— Sim.

— Você queria se casar e começar uma família?

— Esse era o plano, mas não mais. Carl é um idiota. Eu


lamento por quem vai sair com ele agora que sei como ele
realmente é.

— Bom. – Smiley sorriu, a raiva sumindo. – Isso significa que


nenhum homem tem direito sobre você.
Direito sobre você. Vanni piscou, repetindo as palavras dele na
cabeça.

— Eu acho.

O silêncio se esticou entre eles e isso a fez consciente que


conhecia muito pouco sobre o homem com que tinha feito sexo.
Eles haviam sido íntimos, mas ela não tinha ideia do que dizer
a ele. O nervos a fizeram amassar a bainha da camiseta, Smiley
olhou para o movimento e fez um som suave na garganta.

— Você está bem?

— Sim, sinto muito. – Ele olhou para cima. – Eu não quis fazer
barulho para você.
— Por que você fez?

— Estou frustrado, mas é meu problema.

— Por quê?

Smiley lambeu os lábios e as mãos se flexionaram contra o


tecido do sofá.

— Você está assustada e estou com medo de que vou fazer com
que você queira ficar longe de mim. Essa é a última coisa que
eu quero, tenho tanta coisa para falar com você e tantas
perguntas que quero fazer. Apenas não sei como fazer isso sem
preocupação de que isso vai te ofender ou chatear.

Vanni podia entender. Ela se sentia do mesmo jeito, menos o


medo dele correr para longe dela.

— Somos estranhos, mas não somos. Você também está


nervoso?

— Sim. – Smiley sorriu. – O que te deixaria mais confortável


comigo? Diga e eu farei isso.

— Não sei, mas não vou fugir. – Vanni sorriu de volta. – Você
meio que me tem bloqueada.

— Te incomoda que eu esteja tão perto? – Ele não se moveu.


— Não. – Vanni analisou isso.

— Bom, vamos apenas conversar. Você lembra de tudo o que


aconteceu no hotel naquela noite? Vamos começar lá. Primeiro
pensei que você havia me drogado, mas acreditei em você
quando me disse que não foi. Você nos salvou, Vanni.

— Nós salvei? – Ela sacudiu a cabeça. – Como eu fiz isso?


Estávamos os dois drogados e fizemos sexo. Eu não chamaria
isso de salvação.

Smiley lamentou as palavras. Ele podia ver o estresse de Vanni,


aquela não era a reação que tinha esperado. Seu peito se
apertou o suficiente para fazer difícil puxar o ar. Ele se sentia
protetor pela fêmea, mas era o único que estava causando
angústia.

— Calma. – Smiley cantarolou. Ele queria segurá-la, mas


resistiu. Foi difícil não tocá-la, mas não tinha certeza se Vanni
permitiria isso ainda. Ele batalhou com seus desejos,
considerando as necessidades dela. – Apenas tome poucas
respirações.

Vanni seguiu as ordens dele e isso o fez perceber quão diferente


ela era das fêmeas Espécie. Uma dela já o teria socado por
invadir o espaço pessoal dela e por dizer a ela como respirar.
Elas também não iriam ficar nervosas a cada vez que ele se
aproximasse. Smiley sabia que deveria se afastar e se sentar do
outro lado da sala, ele apenas não podia fazer isso.

O cheiro de Vanni era diferente de antes, mas isso era por


causa dos produtos que ela usara quando tomou banho. Smiley
fez uma nota mental para perguntar mais tarde que tipo de
coisas ela comprava e obtê-las para ela. Isso tinha prioridade
baixa, no entanto. Ele precisava descobrir como convencê-la a
baixar a guarda e deixa-lo entrar.

Seu olhar desceu para o colo de Vanni e ele emudeceu um


grunhido. Ele queria entrar, tudo bem. Queria arrancar a
camisa dela e separar aquelas pernas. Seu pênis endureceu
apenas em pensar quão incrível seria tê-la novamente. No
entanto, um olhar dentro dos olhos de Vanni o assegurou que
ela não estava pronta para compartilhar sexo. Ele teria que ir
muito devagar e descobrir como lidar com Vanni, apenas
oferecendo para compartilhar sexo não era uma opção. Ele teria
que trabalhar para isso.

Era importante que Vanni confiasse nele. O pouco que sabia


sobre as fêmeas humanas o assegurou que aquele era o único
jeito de que ele seria permitido a ficar com ela. Ele não queria ir
embora. Isso o deixaria louco se tivesse que espreitar em torno
do apartamento dela enquanto Vanni estivesse em Homeland.
Wager e outros machos não irão pegar minha fêmea. Smiley
piscou interiormente ao pensamento dela daquele jeito, mas era
a verdade. Vanni era dele.
Smiley subitamente se sentiu mais simpático pelos machos que
se apaixonavam por humanas. Isso parecia mais simples na
teoria de persuadir uma delas para permitir um macho na
cama e no coração delas. A realidade não era nada disso, nem
fácil. Tudo o que ele sabia sobre os encontros humanos não iria
funcionar em Homeland, ele se recusava a leva-la para jantar
no bar. Smiley teria que socar os outros machos que tentassem
ganhar a atenção dela, o show de violência talvez a deixasse
com a impressão de que ele era um macho violento.

Vanni finalmente falou e foi então que ele percebeu que o


silêncio havia se esticado entre eles novamente.

— Como você pôde dizer isso?

Smiley se encolheu ao lembrar o que havia dito, ela o


relembrou.

— Como eu salvei nós dois?

— A droga que me deram, se fosse uma dose completa... –


Smiley não queria horrorizar Vanni, mas não iria mentir. – Eu
iria ter ficado insano com a necessidade por sexo para me
importar se eu machucasse você ou fizesse algo pior. A dose
completa da droga da procriação que Mercile criou para usar
em nós causa comportamento sexual brutal e perda total de
memória. Você me alertou para seus sintomas ao invés de
escondê-los. Felizmente eu não terminei minha bebida, isso
poderia ter sido trágico.

— Eu tive um monte da droga e lembro de tudo.

— A droga que foi ministrada era uma versão mais branda.


Ouvimos de um empregado que trabalhou lá que uma
instalação associada com as Indústrias Mercile havia testado a
nova versão. Ela anunciou que eles estavam criando-a para
usar em fêmeas humanas. Acreditamos que a igreja Woods
pode ter obtido isso deles.

— Gregory disse que comprou isso de alguém, mas ele não


mencionou um nome. Ele chamou a droga de F-47.

— Nossa força-tarefa está entrevistando todos daquela


instalação para ver quem vendeu isso para a igreja.

— Então fomos cobaias para uma droga ainda nem testada?

— Nós usamos o termo ratos de laboratório quando fomos


submetidos aos teste da Mercile. A dosagem completa da droga
da procriação que eles usavam em nós iria matar um humano.
Me deixou furioso sabendo o que poderia ter acontecido com
você. Falei com o médico depois que retornei à Homeland, você
poderia ter sofrido insuficiência cardíaca ou convulsões que
talvez teria resultado em sua morte.
Isso o fez gelar por dentro apenas imaginando o corpo sem vida
dela. Smiley queria ir para Fuller ele mesmo e interrogar todos
de Drackwood. No entanto, eles precisavam de provas antes
que assumissem a igreja Woods. Por outro lado, o pastor
Woods iria acusar a ONE de marca-los por causa da oposição
aos Novas Espécies. Isso seria um pesadelo público que eles
não precisavam.

Smiley olhou dentro dos olhos de Vanni e odiou ver dor lá. Ela
havia sido tragada para o mundo dele, mas ele não lamentava
que ela estivesse lá. Smiley não a teria conhecido se eles não
tivessem sido marcados. Ele poderia lamentar as
circunstâncias, mas nunca o resultado. Vanni estava a apenas
centímetros dele, bem onde ele queria que ela estivesse.
Capítulo Treze

Vanni deixou que tudo se encaixasse. Smiley havia vivido uma


vida infernal. Ela havia sido drogada apenas uma vez, mas ele
tinha sobrevivido episódios incontáveis que foram muito piores
do que o que ela experimentara. No entanto, ele a havia
ajudado no pior disso, mas ele estivera sozinho nas Indústrias
Mercile. Ela subitamente teve uma simpatia como nunca antes
pelos Novas Espécies.

— Tem certeza que não te feri durante o sexo, Vanni? – A voz


de Smiley suavizou. – Você pode me dizer seu eu machuquei.
— Realmente não quero falar sobre isso. – Vanni olhou para
longe, incapaz de permanecer olhando para a expressão
dolorida nos olhos dele.

— Eu te machuquei, eu sinto muito. – Ele xingou suavemente.


Smiley soava atormentado e isso a fez se sentir culpada. Ele
merecia sinceridade total, mesmo que isso a fizesse se
contorcer. Vanni olhou para Smiley e se esticou para colocar a
mão no braço dele, o contato pele com pele ajudou a sentir
uma conexão com ele.

— Eu fiquei embaraçada. É por isso que não quero falar sobre


isso. A única pessoa para quem dei detalhes sobre aquela noite
foi minha melhor amiga, ela é a única com quem fico
confortável discutindo sexo. Eu estava um pouco dolorida na
manhã seguinte, mas não foi por você fazer algo errado. Estou
bem agora.
— Eu fui muito duro. – Smiley estremeceu. – Eu compreendo.
Obrigado por compartilhar a verdade comigo, você estava tão
apertada que temi ter te rasgado um pouco. Você deveria ter
um dos nossos médicos dando uma olhada em você, Vanni.

— Você é muito aberto sobre essas coisas, não é? – O


embotamento dele começou, mas Vanni se recuperou
rapidamente.

— Meu povo acredita em honestidade total. – Ele assentiu.

Vanni suspirou e respirou fundo, suas bochechas


provavelmente estavam queimando, mas ela estava disposta a
arriscar um pouco de desconforto por Smiley.

— Eu não acho que parti. Quero dizer, eu não tenho nenhuma


dor. Apenas não tive sexo por um longo tempo, tenho um
tempo difícil sendo tão direta sobre sexo, não conversamos
sobre isso na casa que eu cresci. É um tipo de tabu.

— Por quê?

— Eu não sei. A mamãe nunca trouxe isso, a menos que você


conte a história inventada da cegonha de quando éramos
crianças. Meu pai dificilmente estava em casa, minha irmã e
meu irmão eram mais velhos, então eles não diziam muito. Era
mais um aviso do tipo ‘não deixe um homem te deixar nua e te
engravidar’. Beth foi a única que me deu a conversa sobre sexo
quando eu estava na adolescência.

— A cegonha? – As sobrancelhas de Smiley se ergueram.

— Nunca ouviu essa? Os pais contam uma história para as


crianças, para evitar dizer a eles a verdade sobre sexo. Eles
dizem que um pássaro grande voa por aí e é como os bebês
chegam.

— Nós conversamos abertamente sobre sexo. – Smiley deu


risada. – Você tem alguma pergunta sobre mim desde que
compartilhamos sexo? Somos um pouco diferentes fisicamente
que seus machos humanos adultos.

— Você é maior. – Vanni sentiu as bochechas esquentando


mais.

— Sim, nossa densidade muscular é usualmente melhor e


fomos construídos para ser mais altos e maiores em
constituição óssea que a maior parte dos machos.

— Eu quis dizer... – Ela não poderia concluir a sentença.

— Nossos paus? – Smiley sorriu.

Vanni assentiu bruscamente.


— Nós fomos geneticamente criados para ser maiores em tudo.
Não temos muitos pelos no corpo, no entanto. Isso é estranho,
desde que nos deram DNA de animais com pelos. Estou feliz
que eu não tenha pelos.

— Sim, isso seria um saco no verão, quando está quente. –


Vanni sorriu.

— Gosto quando você deixa sua guarda baixa comigo. Você tem
um sorriso maravilhoso. – Smiley gargalhou.

— O seu também.

— Eu estava sexualmente atraído por você antes das drogas. –


O sorriso de Smiley desapareceu. – Você estava pelo menos um
pouco sexualmente atraída por mim?

— Não acho que deveríamos discutir isso. – O humor de Vanni


ficou sóbrio.

— Você não está nem um pouco atraída por mim, então?

— Por que você quer saber? – Ela olhou nos olhos dele.

— Estou excitado por estar perto de você, não há drogas agora.

Vanni arfou um pouco, atônita que Smiley tinha admitido


aquilo. Levou muita força de vontade não olhar para o colo dele
para ver se ele quis dizer aquilo no sentido literal.
— Desejo te tocar e ver o que há entre nós dois sem a ajuda das
drogas. – Smiley hesitou, estudando o rosto de Vanni.

— Essa é uma má ideia.

— Por quê? Eu te quero, Vanni? Não tenho pensado em mais


nada desde aquela noite.

— Eu não posso fazer sexo com você, se é isso que você quer.

— Você não está atraída por mim. – Os ombros de Smiley


caíram.

O olhar triste no rosto dele quebrou o coração de Vanni, ela


não poderia permanecer olhando para ele daquele jeito.

— Eu estou, é que apenas eu acredito em amor antes do sexo.


Nós pulamos isso e não sei como me sinto sobre isso. Fomos
íntimos, mas sabemos tão pouco um sobre o outro. É
desconfortável para mim.

— Por quê? Você acha que não é incapaz de me amar? É por


que não sou completamente humano?

— Eu nem mesmo te conheço.


— Podemos remediar isso conhecendo um ao outro. – Smiley
chegou mais perto. – Vou te pagar amanhã e estamos juntos
aqui agora. Precisamos apenas continuar falando.

— Poderíamos tentar isso. – Ela não poderia negar a lógica.

— Acredita em algo que sua igreja diz sobre nós?

— Eu não sou membro da igreja Woods e as porcarias que


Gregory proferiu eram horríveis.

— Esse é um bom começo, eu sei que eles nos odeiam, mas não
sei por quê.

— Me recuso a repetir aquela bobagem novamente, foi


miserável o suficiente dizer a Justice o tipo de coisas que eles
disseram enquanto eu estava trancada naquela sala ouvindo os
delírios deles.

Smiley apenas olhou para ela, Vanni cedeu sob o olhar firme.

— É um tipo de confusão porque eles são malucos, mas parece


que eles pensam que vocês vão descobrir um jeito de criar um
exército de Novas Espécies e escravizar o mundo. Ou matar
todo mundo. Talvez nessa ordem. Você alguma vez viu... – Ela
se calou. – Esqueça.

— Se eu já vi o quê? Fale, Vanni. Não devemos ter segredos,


você pode dizer qualquer coisa para mim.
— Tudo bem. Sabe aqueles filmes de terror onde macacos
dominam o mundo4? Acho que eles assistiram muitas vezes ou
algo assim. – Ela se encolheu. – Desculpe. Eu realmente não
queria te ofender porque não penso desse jeito. Você é uma
pessoa maravilhosa, eu não compartilho das crenças deles, isso
é estúpido. Eles são apenas idiotas. Todo mundo sabe que
Novas Espécies nem mesmo podem ter crianças.

Smiley olhou para longe e o olhar dele percorreu a sala, ele


finalmente olhou para ela, olhando para o estômago dela e
então fechando os olhos.

— Smiley? Eu sinto muito. – Vanni se sentiu mal. – Eu não


deveria ter dito isso. É que foi apenas a única referência em
que pensei, de verdade. Não fique zangado comigo, por favor.

— Não estou com raiva, eu prometo. Eu nunca poderia ficar


zangado com você. – Ele abriu os olhos e olhou para ela.

— Você está chateado. – Ela não acreditava nele. – Você é


primata, certo? Aquelas referências sobre macacos foi
imperdoável. Eu sinto muito.

— Não estou chateado.

4
Vanni se refere ao filme “Planeta dos Macacos”. Filme de 1968, baseado no livro francês La Planète des
singes, de Pierre Boulle. O livro foi adaptado para o cinema, a TV e os desenhos. A última adaptação
chama-se “O planeta dos Macacos: O confronto”, filme de 2014.
— Eu estaria, eu deveria calar a boca. Você me deixa nervosa.
Estou fazendo uma bagunça –

— Quero te beijar.

Aquilo a silenciou. Vanni estava boquiaberta.

O olhar de Smiley se fixou na boca dela. Ele se moveu mais


perto, o corpo quase tocando o dela.

— Deixe-me te beijar, Vanni.

— Eu...

Vanni não tinha certeza do que dizer ou fazer. Smiley não deu
realmente uma chance a ela de vir com uma resposta. A boca
dele desceu sobre a dela. Vanni fechou os olhos e estava
maravilhada do quão suave os lábios dele eram. A língua de
Smiley deslizou pela dela e Vanni arfou, ele usou essa abertura
para aprofundar o beijo.

Smiley tomou o controle da boca de Vanni de um jeito que a


deixou agarrando a camisa dele apenas para ter algo para se
segurar. Ele se pressionou apertado contra ela até que estavam
peito com peito e Vanni foi empurrada contra as almofadas
dóceis do sofá. A paixão com que ele a acertou a deixou se
enrolando quando ele subitamente parou, Smiley se empurrou
alguns centímetros para longe. Vanni abriu os olhos para olhar
os dele, o coração pulando e ela arfou como estivesse correndo.
Ela era incapaz de falar, mas ele não.

— Nós temos química. Você me conhece, Vanni. Pare de pensar


e apenas sinta.

Smiley foi para a boca dela novamente, cobrindo o rosto dela


com uma das mãos para mantê-la no lugar. Vanni não lutou,
mas ao invés disso fechou os olhos novamente e deu boas
vindas à boca quente dele encontrando a dela. Vanni a abriu
para ele sem nenhuma estimulação na segunda vez. Não havia
gentileza no segundo beijo, mais uma fome crua. Ela encontrou
isso, o corpo lembrou dele e ansiava para ser tocado.

Smiley parecia saber disso, desde que a mão livre agarrou


firmemente a perna dela e deslizou mais para cima. A camisa
de algodão deslizou nas costas da mão dele enquanto Smiley
usava o polegar para acariciar sua coxa, avançando. Vanni
gemeu contra a língua de Smiley e ele retumbou em resposta,
ele quebrou o beijo e eles olharam um para o outro.

— Separe suas pernas e corra sua bunda para a borda do sofá.

Vanni olhou para baixo e percebeu quão alto sua camisa havia
subido, ela soltou Smiley e agarrou a barra, tentando puxá-la
para baixo para esconder a vagina exposta. Smiley se moveu
mais rápido, soltando a perna dela e o rosto. Ele capturou a
cintura de Vanni antes que ela pudesse cobrir a modéstia, ele
sacudiu a cabeça.
— Não se esconda de mim.

— Solte.

— Compartilhamos sexo antes, mas eu nunca vi você aqui.


Estava muito escuro para aproveitar a visão antes. Abra-se e
me mostre.

— Você está vendo, tudo o que tem que fazer é olhar para
baixo.

— Não o suficiente. – Smiley sacudiu a cabeça lentamente. –


Quero ver tudo de você.

— Não estou tirando a camisa.

— Coloque suas mãos para cima e segure o topo do sofá.

— Por quê?

— Você sabe o que eu quero fazer. – Smiley sorriu.

— Não sei. – Vanni sacudiu a cabeça.

— Quantos machos você conheceu, Vanni? – Os olhos dele se


estreitaram e a expressão dele se tornou mais sombria.

— Dois.
— Você nunca mostrou o sexo para eles? Eles nunca quiseram
que você separasse as pernas e apreciaram você?

— Não. – Ela fez uma careta.

Smiley emitiu um profundo e sexy som retumbante.

— Por que você está fazendo esse som?

— Estou ligado, eu retumbo. É uma coisa boa. Estamos


compartilhando sexo, compartilhe isso comigo. Deixe-me te ver,
Vanni. Eu sei como você sente aqui porque já estive dentro de
você. Foi a melhor sensação que já experimentei. Se estique e
seguro o topo do sofá, você vai gostar que eu te veja.

— Eu acho que não.

— Você é linda e não há necessidade de ser tímida. Minha


nudez não me embaraça, a sua nudez me faz doer com a
vontade de te tocar.

— Bom, você malha e está em perfeita forma. Eu não.

— Eu gosto da sua forma, ela me excita. – Smiley moveu os


pulsos de Vanni, erguendo-os alto, e então curvou-os até que
as mãos dela tocaram as costas do sofá. – Segure bem ai e não
solte. Feche seus olhos se isso te ajudar a relaxar, Vanni. Você
vai gostar do vou que vou fazer para você. – Ele baixou a voz e
murmurou. – Por favor?
— Não deveríamos estar fazendo isso, é muito rápido.

— Eu vou mais devagar, você vai segurar no sofá?

Vanni enfiou os dedos na almofada, Smiley aliviou o apenas


nos pulsos de Vanni e a surpreendeu pegando os quadris dela e
colocando-a perto dele. Isso separou as pernas e Smiley virou o
quadril, pressionando entre os joelhos e os abrindo. Vanni
olhou para baixo e mordeu de volta um xingamento, a camisa
estava junta na barriga, deixando-a completamente exposta da
cintura para baixo. Estava claro na sala de estar e tudo estava
em perfeita claridade.

— Linda. – Smiley baixou o queixo para olhar o V das pernas de


Vanni. – Mal posso esperar para te provar.

— Eu sei que as pessoas fazem isso, mas eu não. – Ela ficou


tensa.

— O quê? – A cabeça de Smiley bateu para cima e os olhos dele


se arregalaram.

— Sexo oral, certo? – Ela percebeu que as bochechas estavam


provavelmente vermelho neon naquele ponto. – Eu não, nunca
tive.
Smiley apenas continuou a olhar para ela, isso a fez se sentir
um tanto esquisita, como se algo estivesse errado com ela.
vanni sentiu a necessidade de explicar.

— Eu já dei, mas não recebo. – Ela soltou a almofada do sofá e


tentou agarrar a camisa para puxá-la para baixo, mas Smiley
capturou seus pulsos novamente, segurando-os no lugar.

— Machos humanos estúpidos. O que havia de errado com


eles?

— Isso apenas nunca aconteceu. – Vanni tentou ir para trás,


mas era difícil de fazer com os pulsos sendo segurados e os
quadris de Smiley entre seus joelhos.

— Eu não estou deixando isso, segure o sofá novamente e


mantenha lá. – Ele sacudiu a cabeça.

— Não estou confortável com isso.

— Vai estar na hora em que eu terminar.

— Solte.

— Sem chance. – Eles olharam um para o outro até que ele


ergueu os braços dela novamente. – Segure. – Smiley
pressionou as mãos de Vanni contra o topo do sofá. – Feche
seus olhos se isso ajuda. Estamos fazendo isso.
— Você queria apenas ver e agora quer fazer mais do que isso.
– Vanni sacudiu a cabeça.

— Você é tímida, não gosta que homens te vejam nua ou ter


sua boceta exposta?

— Correto.

— Eu mandei Wager embora da porta da frente, mas há outro


guarda postado no quintal. Eu não o fiz ir embora. – Os olhos
bonitos de Smiley se iluminaram com diversão.

— Por que está me dizendo isso?

— Ele vai correr até aqui se você gritar, teremos companhia em


menos de trinta segundos. – Ele inclinou a cabeça para a porta
lateral. – Ele se arremessaria por isso pensando que eu estava
te machucando, o que eu nunca faria. Você não quer que ele te
veja nua, quer?

— Não!

— Mantenha isso em mente. Seja muito silenciosa, minha


pequena Vanni. Vou te mostrar o que você esteve perdendo. De
outra forma, ele estará correndo para cá para te salvar de mim.

Vanni arfou quando Smiley subitamente soltou os pulsos dela e


agarrou suas costelas. Ele a ergueu, colocando-a fora do sofá.
Smiley foi forte o suficiente para deitá-la no carpete antes que
Vanni percebesse o que ele pretendia. Smiley se ergueu, a
soltou e então agarrou a parte detrás dos joelhos dela, curvou
as pernas e as separou enquanto se abaixava. Vanni não
poderia perder o sorriso no rosto dele logo antes que ele se
abaixasse precariamente perto do sexo dela.

A boca de Vanni seu abriu, mas ela se lembrou do aviso de


Smiley. Ele a lembrou no que ia acontecer se ela abrisse a
boca, no entanto.

— Relaxe para mim, pequena Vanni. Você vai gostar disso,


tente se manter silenciosa. Não sou tímido sobre o sexo, mas
você é.

— Smiley, seja lá o que você vai fazer, não faça. Eu –

Vanni arfou novamente quando Smiley a ignorou e tudo o que


ela pôde ver foi o topo da cabeça dele, a sensação da língua
dele deslizando sobre seu clitóris foi algo para o qual ela não
estava preparada. Era quente e molhada, a textura ligeiramente
áspera um choque para seu sistema. No entanto, isso a fez se
sentir bem, como uma sensação de extremo prazer a sacudiu
para cima. Cada músculo do seu corpo pareceu ficar rígido.

Smiley retumbou novamente, criando vibrações. Vanni


arranhou o tapete, esquecendo de como respirar. Smiley fechou
a boca ao redor da área minúscula e aplicou mais pressão com
a língua, levando-a para a frente e para trás.
— Oh Deus. – Vanni gemeu.

Aquilo pareceu encorajar Smiley, porque ele se tornou mais


agressivo. A boca apertando firmemente para baixo e ele sugou
o clitóris dela, a língua empurrando contra o monte sensível de
nervos sem misericórdia. Vanni jogou a cabeça para trás e teve
que usar a mão para cobrir a boca e camuflar os sons que
fazia. Ela se sentia como se ele a tivesse transformado em uma
corrente elétrica viva.

Vanni começou a suar e estremeceu completamente, os


mamilos endurecidos e a camisa esfregando contra eles
enquanto ela se contorcia no carpete. Eles estavam super
sensíveis, era muito, muito intenso. A urgência de fechar as
pernas bateu em Vanni e ela tentou, mas Smiley manteve-as
abertas, ele continuou a brincar com ela até que as costas de
Vanni se arquearam e ela imaginou se iria partir a coluna.

Ela não se importava naquele momento. Perdeu a habilidade de


pensar e então ela foi explodindo a partir do centro enquanto
gozava. O corpo feminino sacudiu violentamente a cada
espasmo e a mão não pôde camuflar os barulhos que saíram
dela.

Smiley soltou as pernas de Vanni e ficou por cima dela, ele


colocou a mão de Vanni fora do caminho e a boca cobriu a dela,
sufocando os gritos de Vanni. Smiley manteve o peso fora dela,
então ele não iria esmaga-la sob ele. Vanni continuou a se
contorcer até que parou de gozar.
Ela manteve os olhos fechados, tentando encontrar algum
sentido de realidade. Smiley continuou a beijá-la, os beijos dele
eram mais agressivos que as respostas mais lentas dela. Vanni
continuava afetada pela experiência que ele a tinha feito
experimentar, seus membros se sentiam pesados. Ela percebeu
que as pernas ainda estavam separadas e o jeans de Smiley se
pressionavam firmemente contra suas coxas. No entanto, ela
lutou para se ajeitar e passou os braços ao redor dos ombros
dele.

Smiley quebrou o beijo e gemeu, aquilo abriu os olhos de Vanni


e ela olhou para ele, a expressão de Smiley parecia um pouco
severa. Ela o estudou e soube que não era pela raiva. Ele
parecia faminto e um pouco selvagem, a respiração quase tão
errática quanto a dela.

— Preciso de você. Diga sim.

Vanni assentiu.

Smiley se ergueu um pouco e alcançou entre eles, ele teve que


erguer os quadris para longe para puxar o zíper do jeans para
baixo. Foi um som distinto na sala. Ele se contorceu um pouco
e então baixou.

— Passe suas pernas ao meu redor.

Vanni as ergueu e os calcanhares descansaram na bunda de


Smiley, ele se mudou para mais perto e Vanni não pôde olhar
para longe dele quando o pênis cutucou sua vagina. Ela estava
molhada, mas ele se sentiu tão grande enquanto ele se
empurrava contra ela. A sensação dele entrando nela a fez
gemer.

— Tão malditamente apertada. – Ele murmurou. – Tão


molhada. Sua boceta está se apertando ao meu redor quase
dolorosamente.

Nenhum cara tinha falado com ela daquele jeito antes, mas
Vanni gostou. Isso a fez se sentir sexy e amou ver o jeito como
os olhos bonitos dele se estreitaram e os lábios se separaram,
mostrando as presas. As pontas delas a lembraram de quando
ele havia mordiscado o ombro dela, Vanni virou a cabeça um
pouco para dar acesso ao pescoço se ele quisesse isso.

— Relaxe, baby. Seus músculos ainda estão apertando, eu não


quero ter que lutar em meu caminho para dentro. Estou com
medo de te rasgar.

Vanni teve que forçar o corpo a fazer o que Smiley pediu. Ele
deslizou mais fundo, enchendo-a mais. Vanni se sentiu
esticada até o limite, mas Smiley não havia terminado. Ele
rolou os quadris e colocou mais do eixo grosso dentro do corpo
dela. Vanni fechou os olhos, aproveitando o jeito que eles se
encaixavam juntos. Smiley retirou um pouco e voltou,
montando-a vagarosamente.
— Oh Deus. – Ela se agarrou nas costas dele, encontrando pele
nua ao redor da regata. As unhas se enterraram um pouco,
mas ela tentou não tirar sangue. Smiley era apenas tão
gostoso.

— Eu tenho controle. – Ele respirou profundamente. – Eu tenho


controle. Eu tenho controle.

— Eu acredito em você.

— Estou convencendo a mim mesmo. – Ele enfiou o rosto


contra o pescoço de Vanni. – Lento e constante.

Foi como ele se moveu em cima dela. Vanni gemeu e ergueu as


pernas um pouco mais alto, apoiando os pés na bunda firme
dele. Os músculos se flexionavam a cada estocada e ele ajustou
os quadris, batendo em um novo ponto. Vanni gemeu mais
alto, se agarrando a ele.

— Porra. – Smiley gemeu.

Ele depositou beijos ao longo da garganta de Vanni e então


mordeu o ombro dela. Não doeu, mas a ligeira mordida teve um
efeito maravilhoso no corpo dela. O prazer se construiu até que
outro clímax quebrou, não foi tão intenso quanto o primeiro,
mas a deixou gemendo o nome de Smiley e se contorcendo.

Smiley soltou o pescoço dela dos dentes e sugou uma


respiração afiada. Ele rosnou algo que ela não pôde entender e
então se enfiou nela mais rápido. Vanni o sentiu gozar, o eixo
pulsando como se tivesse batimentos próprios contra suas
paredes vaginais. Smiley acalmou os quadris e arquejou com
Vanni.

As mãos dele escovaram as bochechas de Vanni e ela abriu os


olhos para encontra-lo olhando para ela.

— Eu te machuquei? – Smiley continuou acariciando-a.

— Não.

— Vamos lidar com isso. – Ele sorriu.

— Lidar com o quê?

— Te livrar de sua timidez. – Ele riu. – Você gostou de me


mostrar seu sexo, não gostou? Vê o que você esteve perdendo?

Vanni tentou olhar para longe, mas Smiley moveu o rosto com
o dela. Ela não teve outra escolha além de encontrar o olhar
dele novamente. Smiley esperava por uma resposta, então ela a
deu para ele.

— Gostei muito.

— Gostou? Terei que tentar mais duro, você disse que amor e
sexo andam juntos. Eu vou chegar lá.
Vanni fechou os olhos. Ele queria que ela amasse o sexo, mas
ela estava com medo de que iria se apaixonar por Smiley. Seu
coração e seu corpo estavam conectados, era um pacote
completo com ela.

— Vanni? Olhe para mim. – Ele continuou segurando o rosto


dela, mas parou de correr os polegares ao longo da bochecha
dela.

Ela não poderia resistir, o sorriso dele havia desaparecido e a


seriedade no olhar segurou a total atenção dela.

— Isso foi aparentemente uma piada ruim, quis dizer para te


relaxar. Como eu disse, vamos trabalhar isso. Quero isso
também. Há algo poderoso entre nós.

— Seus músculos? – Ela poderia tentar o humor também.

— Você parece cansada. – Os lábios de Smiley se contorceram.

— Eu não dormi muito na noite passada.

— Nem eu, precisamos de uma soneca.

Vanni assentiu.

Smiley se retirou lentamente do corpo de Vanni, ela odiou a


separação. Entretanto, no segundo em que ele estava fora ela
puxou a camisa para baixo e cobriu as partes baixas. Vanni se
sentou e se apoiou na borda do sofá para se erguer, mas Smiley
ao invés disso agarrou a mão dela. Ela olhou para ele. Smiley
havia puxado o jeans para cima, mas não estavam abotoados.
O v de pele se mostrando era um chamariz.

Smiley a colocou de pé e então a surpreendeu soltando as mãos


enquanto se curvava, um dos braços dele passou ao redor das
costas de Vanni e ele segurou atrás dos joelhos dela, apenas
pegando-a enquanto se endireitava.

— Eu estou dormindo com você. – Ele virou com ela nos


braços. – Nós apenas compartilhamos sexo e tudo o que quero
fazer é deixar nós dois nus e te segurar perto.

Vanni passou os braços ao redor do pescoço de Smiley e não


protestou. Ele a carregou pelo corredor para dentro do quarto.

— Como você sabe que escolhi esse?

— Aroma, eu saberia o seu em qualquer lugar.

Vanni mordeu o lábio e não disse nada, era uma coisa


estranha, mas Smiley era Nova Espécie. Ele a colocou
gentilmente na cama e se ajeitou, retirou a regata e então
empurrou o jeans para baixo. Vanni olhou para o corpo de
Smiley, com um pouco de medo. Cada pedaço de músculo
mostrado nos braços, peito e estômago dele eram testamento
de quão em forma ele era.
— Caramba.

— O que está errado? – Smiley congelou.

— Seu corpo é perfeito.

— Não. – Smiley piscou por alguns momentos e virou.

Leves cicatrizes marcavam a parte baixa da coluna, Vanni


estava de pé e levando a mão trêmula para frente antes que
pudesse pensar. Smiley olhou para ela por cima do ombro e ela
puxou os dedos para longe, preocupada que ele talvez não
quisesse que ela fizesse aquilo.

— Você pode me tocar em qualquer lugar. – Ele parecia


adivinhar os pensamentos dela. – Elas não doem.

— Como você conseguiu isso? – Vanni traçou uma das linhas.

— Matei um dos técnicos e essa foi a forma de punição. Eles


me chicotearam, mas valeu a pena. Ele abusava de fêmeas.

— Oh Smiley. – Horror passou por Vanni.

— Eu não sou perfeito, foi por isso que mostrei essas. – Ele
virou para olhar para ela. – Eu tive que matar para sobreviver
ou para ter certeza que os outros de meu tipo sobrevivessem. –
Um músculo na mandíbula dele pulou. – Quer que eu saia?
— Não. – Vanni sacudiu a cabeça. – Por que eu iria até mesmo
pedir isso?

— O olhar em seus olhos, você está revoltada.

— Pelo que foi feito com você, com nada mais.

Smiley se aproximou e segurou a mão de Vanni, acariciando as


costas dela com o polegar.

— É importante que você conheça meu verdadeiro eu.


Geralmente tenho um bom temperamento, mas vou matar para
proteger aqueles com quem me importo. Eu mataria por você.
Os joelhos se Vanni ficaram um pouco fracos, ela talvez tivesse
oscilado um pouco nos pés, porque Smiley ficou mais perto e
passou o braço ao redor da cintura de Vanni, ajudando-a ficar
de pé. Homem nenhum havia dito aquelas palavras para ela,
mas ela podia dizer que Smiley estava falando sério.

— Entretanto eu nunca te machucaria, nunca quero que você


tenha medo de mim.

— Eu não tenho.

— Bom, sua opinião sobre mim é importante. Eu não quero


nenhuma mentira entre nós, Vanni. Quero que você me aceite
por quem eu sou, ao invés de apenas mostrar a você meus
melhores lados. Eu tento ser o melhor macho que posso ser,
mas eu tenho defeitos. Todo mundo tem.
— Eu sei que tenho. – Ela admitiu.

— Diga-me alguns. – Smiley sorriu.

— Beth diz que sou muito confiante porque não quero ser
aquelas pessoas negativas que sempre procuram defeitos nos
outros. Minha irmã mais velha é assim e ela é um infortúnio.
Eu sempre procuro pelo lado bom.

— Acho que isso é um bom traço.

— Eu não vi que mentiroso Carl era.

— Aquele homem não te merece. – Smiley fez uma careta.

— Obrigado.

— Vamos descansar. – Ele apontou a cama com a cabeça e


gentilmente puxou-a para mais perto. – Tire tudo.

Vanni hesitou, mas então retirou a camisa pela cabeça,


provavelmente foi a vez mais rápida em que subiu na cama e se
enfiou nas cobertas em sua vida. Smiley talvez tivesse algumas
cicatrizes, mas ele tinha um corpo perfeito, por outro lado. Isso
a fez mais consciente de suas falhas. Vanni olhou para Smiley
enquanto ele foi para as cortinas e puxou os lados para
bloquear a luz. Ele se aproximou da cama e subiu.
— Venha aqui, quero te segurar. – Ele se deitou de costas e
abriu os braços.

Vanni raramente havia compartilhado a cama com um homem.


Seu primeiro namorado havia discutido sobre morar juntos,
mas ele havia adiado aquilo. Mais tarde ela descobriu que ele
era um bastardo tagarela que estava com medo de que ela
descobrisse isso se eles compartilhassem uma casa. Carl quis
esperar até depois do casamento para viver juntos. Vanni foi
para mais perto.

Smiley colocou-a contra seu lado ate que ela descansou a


cabeça no peito dele e os braços masculinos se enrolaram ao
longo da coluna dela, os dedos de Smiley acariciando os
quadris de Vanni sob o lençol. O queixo dele descansou no topo
da cabeça dela.

— Eu gosto disso.

— Eu também. – Ela admitiu.

Vanni estava nos braços dele e ela parecia tão certa. Smiley
respirou o cheiro dela, fazendo uma nota mental para
perguntar a ela pelos produtos de banho preferidos. Gostara
mais do outro xampu, mas o que ela usava era bom também. A
pele de Vanni era suave onde ele a acariciava e Smiley mudou
as pernas, prendendo o pênis endurecendo entre as coxas.
Vanni parecia exausta, a razão por detrás disso o deixou com
raiva. A igreja Woods, o ex-homem dela e o pai dele iriam pagar
pelo que haviam feito a ela. Smiley puxou as cobertas um
pouco para baixo depois que a respiração de Vanni o assegurou
que ela dormia e deu uma boa olhada nas costas dela. Ele
tinha apenas pegado um vislumbre disso quando Vanni havia
removido a camisa e praticamente se escondeu na cama.

Raiva se ergueu nele. A pele pálida de Vanni estava marcada


com hematomas multicoloridos, todos os Espécies tinham
experiência em serem atingidos pelos Tasers e isso não era
prazeroso. Vanni era muito frágil e o homem responsável iria
sentir uma dor muito grande se ele um dia colocasse as mãos
nele. Smiley planejava falar com Justice e contar tudo o que
havia descoberto com Vanni, assim ela não teria que lidar com
o trauma de contar novamente. Ele jurou silenciosamente estar
lá quando as equipes da força-tarefa trouxessem os culpados
por machucar sua Vanni.

Lamentava as marcas leves que havia vislumbrado na bunda


dela, suas ações haviam colocado elas lá e Smiley fez outra
nota mental para ser mais cuidadoso da próxima vez que a
erguesse nos braços. Evitar qualquer coisa que talvez a
machucasse de qualquer forma era sua primeira prioridade.

Minha Vanni. Smiley fechou os olhos, nenhum dos sintomas


que estavam lá eram alguns dos que os outros machos o
alertaram. Ele gostava do cheiro dela, mas não se sentia
viciado, lidou para permanecer quieto apesar de quão bom foi o
sexo e isso foi o melhor. Sentia-se protetor com ela, mas flashes
de memória da noite no hotel o perseguiam. Vanni estivera
aterrorizada e dependente dele para ajuda-la, aquilo havia
vinculado os dois.

Continuava querendo-a para companheira. Smiley abriu os


olhos e olhou para o teto. Eles eram diferentes, mas podiam
fazer funcionar. Ele estava motivado. Vanni obviamente estava
preparada para se aquietar com um companheiro, desde que
havia concordado em se casar com Carl. Ele odiava até mesmo
pensar no nome do homem, Smiley seria um companheiro
muito melhor do que o homem abusivo.

Culpa também surgiu, tivera a oportunidade de contar a Vanni


que ela talvez estivesse grávida quando ela o lembrou que todos
sabiam que os Espécies não podiam engravidar. Ele deveria tê-
la informado que isso não era correto, mas ficara com medo de
que isso a lembraria das acusações da igreja Woods contra a
ONE. Vanni não estaria dormindo nos braços dele se houvesse
contado. A última coisa que precisava era dela o evitando, ele
também não a teria colocado no chão se houvesse visto as
marcas nas costas dela antes. Ele esperava que aquilo não
fosse desconfortável para Vanni.

Smiley a cheirou novamente, procurando por algum sinal de


gravidez, mas não detectou nada, entretanto seu senso de
cheiro não era tão bom quando o de um canino. Seria melhor
se ele pudesse leva-la até o Centro Médico, eles poderiam saber
com testes mais rápido do que uma mudança no cheiro dela.
Ele ponderou como ela iria receber as notícias se estivesse
carregando o filho dele. Smiley acasalaria com ela se esse fosse
o caso, mesmo sem uma gravidez ele continuava querendo
reclamá-la e mantê-la.

Vanni não era nada como as fêmeas Espécies, o rubor dela e o


nervosismo falavam dela ainda mais para ele. Vanni era tímida
e isso a fazia adorável, a falta de experiência sexual dela seria
divertida. Smiley sorriu, lembrando o jeito que ela havia
respondido a boca dele na boceta dela. Ansiava para ensinar a
ela todos os jeitos que davam prazer para ela, ele precisava
apenas de tempo para mostrar que era o macho certo para ela.

Ele formou um plano, iria deixa-la viciada nele. Vanni não iria
querer partir caso se tornasse dependente dele, compartilhar
sexo era um bom caminho para cimentar o vinculo deles, mas
ele precisava se conectar a ela em um nível emocional também.
Ele iria cozinhar para ela e mostrar quão doméstico poderia
ser, não doeria falar com os outros machos para pedir
conselhos. Faria isso de manhã quando precisasse ir para casa
trocar de roupa. Era um fato que ele teria que se mudar para a
casa humana, desde que duvidava que Vanni se sentiria
confortável se ele a levasse para o dormitório masculino.

Smiley ergueu as mãos e gentilmente cobriu a barriga macia de


Vanni, isso não perturbou o sono dela enquanto ele manteve as
palmas lá, imaginando se uma vida crescia ali dentro. Ela não
poderia descobrir sobre a possível criança até que ele tivesse a
chance de aliviar todos os medos dela e ela teria que querê-lo
tanto quando ele a queria. Smiley nunca esqueceu como Becca
havia acreditado que Brawn a queria apenas pelo bem da
criança. Ele queria Vanni por quem ela era. Ela deveria estar
certa de que sabia como ele se sentia sobre ela antes que algum
sintoma aparecesse se ela estivesse grávida. Ele teria certeza
disso.

Fechou os olhos novamente e relaxou, tinha dormido tão mal


desde o retorno do hotel, mas agora sua Vanni estava segura
enrolada contra ele. Smiley adormeceu.
Capítulo Quatorze

Vanni acordou sozinha. Ela rolou e olhou para o relógio na


mesinha de cabeceira, assustada que eram seis da tarde. Havia
dormido por poucas horas, mas sentia como se fossem muitas.
O quarto estava escuro, mas uma luz suave continuava
passando no topo das cortinas, ela se sentou e ouviu papel
ondular. Vanni localizou a nota no travesseiro ao lado dela e
teve que se esticar mais para ligar o abajur e ler.

Bom dia, Vanni. Desliguei a campainha do telefone depois que


você recebeu uma ligação na noite passada. Você estava muito
cansada e não se mexeu, seus irmãos estão a salvo. Eu corri até
minha casa essa manhã para pegar roupas, mas estarei de volta
logo em caso de você acordar antes que eu retorne. Você é linda
quando dorme e foi uma honra te segurar toda a noite. Mal posso
esperar para fazer isso novamente.
Smiley

Vanni releu a nota e olhou para o relógio. E percebeu que ela


havia apagado por mais de quatorze horas. Não era tarde, mas
de manhã. Ela também tinha perdido de falar com a irmã e o
irmão, não estava realmente chateada sobre isso. Seu irmão
iria levantar o inferno e a irmã dela iria reclamar de como
Vanni tinha chateado a vida perfeita dela.

Vanni se ergueu da cama se sentido revigorada e entrou no


banheiro, o sorriso despontando no canto da boca não podia
ser contido. Smiley pensava que ela era bonita e o bilhete não
deixava dúvidas de que não havia sido coisa de apenas uma
noite. Nenhum cara havia deixado um bilhete no travesseiro
antes.

Ela ligou o chuveiro e ficou de pé sob a água quente, terminou


o banho e escovou os dentes. As toalhas eram grandes então
ela apenas passou uma no meio do corpo e caminhou para fora
do banheiro, meio que esperando ver Smiley no quarto. Ele não
estava. Vanni caminhou para a cômoda para pegar outra
camisa grande para vestir, eles supostamente deveriam ir ao
shopping, mas nada na cômoda parecia aceitável para vestir
fora de casa.

— Olá?

Aquela não era a voz de Smiley. Vanni vestiu uma camisa e um


par de shorts de algodão e então correu para fora do quarto e
corredor abaixo. Wager estava de pé na sala de estar segurando
uma bandeja, ele sorriu quando a viu virando no corredor.

— Bom dia, Vanni. Eu trouxe comida.

— Obrigada. – Ela empurrou o cabelo molhado para longe do


rosto e caminhou na sala, isso a fez um pouco autoconsciente
de estar vestindo algo que normalmente usaria para dormir. –
Bom dia para você.

— Você quer isso no bar?


— A mesa de centro está ótima. Realmente agradeço a entrega
do café da manhã.

— É algo que fazemos para os convidados especiais. – Ele


colocou a bandeja para baixo e se endireitou, o nariz dele se
moveu e ele sorriu. – Smiley ficou.

— Como você sabe disso? – O olhar de Vanni passou do chão


para o sofá, procurando por alguma evidência do que eles
haviam feito ontem, mas a única coisa fora do lugar era a mesa
de centro, que Smiley havia empurrado poucos passos do ponto
original. – Você falou com ele?

— Posso detectar o cheiro dele, é forte.

— Uau, seu senso de cheiro é tão bom assim?

— Sim. – Ele sorriu. – Posso dizer todo tipo de coisa com meu
nariz.

Vanni acreditou nele.

— Estou feliz que não foi só a droga da procriação que levou


vocês dois a compartilhar sexo. Sei que dessa vez as bebidas e
a comida de vocês não estavam temperadas. Estarei lá fora. –
Wager cruzou a sala e fechou a porta atrás dele.

— Merda. – Vanni cheirou, incapaz de pegar nada além do


cheiro do bacon e café vindo da bandeja. Era um pouco
desconcertante saber que Wager poderia dizer que eles fizeram
sexo.

Ela se sentou, olhando para a comida – ovos mexidos, torradas,


bacon e batatas. O café era preto, mas alguns pacotes de
açúcar e creme haviam sido adicionados à bandeja. Vanni
desembrulhou os talheres de um guardanapo e se ajeitou, o
estômago roncando por ter perdido o jantar.

A porta da frente se abriu poucos minutos mais tarde e Smiley


entrou carregando uma mochila presa em um ombro e um saco
preto de roupas erguido. Ele sorriu.

— Você está acordada e já até tomou banho.

— Oi. – Vanni se sentia um pouco autoconsciente, mas tentou


não deixar transparecer. Eles passaram a noite juntos e ela
precisava superar a timidez com ele, Smiley havia deixado claro
no bilhete que planejava passar muito tempo com ela enquanto
ela estivesse em Homeland. Não havia como dizer quanto tempo
isso seria.

Smiley desceu a mochila e deixou o saco de roupas em uma


cadeira perto da porta, ele vestia uma camisa azul abotoada de
mangas compridas com calças pretas enfiadas em um par de
botas de motoqueiro. O estilo pareceu bom nele. Seu olhar se
encontrou com o dele.
— Lamento que isso tenha levado mais tempo do que o
esperado. Justice queria me ver, nossa equipe de relações
públicas trouxe essa sacola para você. Me disseram que isso
contém um traje completo – de dentro para fora. Assumo que
isso significa roupa intima e sapatos também.

— Isso foi legal da parte deles, espero que os tamanhos não


sejam grandes.

Smiley cruzou o cômodo e se sentou na mesa de centro ao lado


da bandeja.

— Tenho que confessar algo.

O garfo congelou no caminho para a boca, a última vez que ela


tinha ouvido um homem dizer aquelas palavras havia sido
quando seu primeiro namorado contou a ela que havia
engravidado outra pessoa. Foi como o relacionamento deles
havia terminado e ela percebeu o quão desprezível ele era.

— A equipe da força-tarefa meio que entrou em seu


apartamento e deu uma olhada. Eles relataram essa
informação para nossas relações públicas humanas, então eles
puderam comprar uma roupa que servisse em você para hoje.

— Eles entraram?

— Sim, eu lamento Vanni. Isso não tem nada a ver com a gente
não confiando em você, é que você estava dormindo tão
pacificamente que me recusei a te acordar. A roupa que você
tinha obviamente não era para seu tamanho, eu sei que você
mora com outra mulher então eu dei a um dos nossos machos
a camisa que você vestia para permitir que ele reconhecesse
seu cheiro. Ele identificou suas roupas para a equipe e eles
gravaram os tamanhos. Um homem que trabalha para nossa
equipe de RP5 tem uma loja aberta algumas horas e ele pegou
algo para você, espero que seja do seu gosto.

O olhar de Vanni mudou do saco do outro lado da sala e então


para Smiley. Ele pestanejou.

— Você está zangada? Eles trancaram sua casa depois e não


danificaram nada. Nosso pessoal de RP queria comprar uma
roupa nova para você vestir hoje quando a gente sair para fazer
compras. Isso daria uma razão para nós mostrarmos a todos
que estamos juntos, eu não vi razão para eles pegarem suas
coisas de sua casa sem sua permissão.

— Estou apenas um pouco surpresa, isso parece muito


trabalho quando você poderia apenas ter perguntando meu
tamanho.

— Nós fazemos as coisas. Você precisava dormir e lidei com a


situação, eu também pedi produtos pessoais para você, como
aqueles que você mantém em casa. Eles serão entregues hoje.

— Produtos pessoais?

5
RP – Relações Públicas, ou Public Relations em inglês.
— Seus produtos de banho. Xampu, condicionador, sabonete
liquido e até mesmo o desodorante e o creme dental que você
prefere. – Smiley sorriu.

— Okay. – Isso parecia um pouco demais, mas ela não podia


realmente reclamar desde que ele dissera que não haviam
danificado nada. Isso seria realmente sério. – Obrigada.

— Eu escolhi o traje dos que eles selecionaram. – Ele sorriu. –


Eles trouxeram alguns, espero que você não se importe.
Alguém vai enviar os outros mais tarde se você quiser, mas
estou te levando às compras hoje. Pensei que você gostaria de
escolher algo do seu próprio estilo.

— Eu não ligo. – Tinha que ser melhor do que qualquer coisa


que Mable havia escolhido para ela quando estivera sendo
prisioneira na casa de férias de Gregory. – Você já comeu? –
Vanni indicou que ele poderia dividir a comida.

— Já comi, obrigado.

— Que horas você saiu?

— Por volta de quatro da manhã. Pensei que logo estaria de


volta, mas levou tempo para ir à Segurança coletar sua roupa e
pegar minhas próprias coisas. Peguei o suficiente para ficar
alguns dias e posso pegar mais quando sair.
Vanni lutou para não deixar a boca abrir, isso soava como se
ele planejasse ficar com ela o tempo inteiro que ela estivesse em
Homeland. Não era uma coisa ruim, era realmente confortante
e maravilhoso saber que não estaria sozinha.

— Por favor, coma sua comida, Vanni. Você vai precisar de sua
força.

Ela estava feliz que não tinha comida na boca quando o olhar
de Smiley desceu para os seios dela e um olhar faminto
estreitou os olhos bonitos dele. As implicações eram claras.

— Está pronta para ir às compras hoje e ser cercada por


humanos com câmeras? – Smiley olhou para cima e sorriu.

— Eu acho que sim.

— Não se preocupe, ninguém vai chegar muito perto. Eu vou te


proteger e teremos algumas equipes de apoio. Justice não
notificou ninguém de nosso plano, então vai levar algum tempo
para a imprensa chegar a qualquer lugar que formos.

— Isso é uma coisa boa ou ruim?

— Boa. Os humanos usam redes sociais quando eles nos veem


e upam as fotos, a imprensa chega logo depois. Estaremos
dentro e fora antes que eles tenham muitas vans lá fora e
gravem um vídeo. Fazemos isso todo o tempo.
— Vocês tem que encarar isso toda vez que vão às compras?

— Nós geralmente não compramos nossas roupas no mundo lá


fora, na maioria das vezes é online, mas temos coisas que não
podem ser evitadas algumas vezes. Não é tão ruim na Reserva
porque lá eles não tem muitos hotéis ou motéis para acomodar
os repórteres que rondam nosso povo. Os humanos que vivem
próximo à cidade não dão boas-vindas á imprensa, então lá há
menos com o que lidar. Aqui em Homeland isso pode ficar
muito ruim bem rápido.

Vanni terminou a maior parte do café da manhã apesar do


apetite ter ido embora, ela já havia lidado com o circo da mídia
fora do seu apartamento e não era uma boa memória.

— Eu não acho que alguém realmente goste de repórteres.

— Os humanos que vivem na Reserva são nossos amigos, eles


não toleram protestantes também. – Smiley sorriu. – Eu gosto
do Xerife Cooper. Ele pede por nossa ajuda com frequência e
prende qualquer um que cause problema aos Espécies.

O complexo da ONE conhecido como a Reserva era localizado


no norte e isso seria um longo caminho para visitar.

— Você vai para lá com frequência? – A sensação pesada no


peito pelo conceito de Smiley ir embora por meses foi
desagradável. Isso iria significar que ela não poderia vê-lo se
quisesse.
— Eu vivo nos dois locais, isso depende de onde mais precisam
de mim.

— Oh. – Ela baixou o olhar para a comida restante para


esconder o jeito que as notícias a afetaram. Um relacionamento
de longa distância nunca funcionava, pelo menos nenhum que
ela conhecia.

— Vanni?

— Eu deveria me trocar, espero que os tamanhos estejam


certos. – Ela se levantou, cruzou o cômodo e ergueu o saco de
roupas. – Uau, isso é mais pesado do que eu esperava.
Smiley ficou no caminho quando ela se virou e quase pisou
nele.

— O que está errado? – Ele pestanejou.

— Nada. – Ela encobriu as feições.

— Fala a verdade pra mim. O que eu disse que te fez desligar


dessa forma?

— Estou apenas nervosa sobre a viagem de compras.

— Você é uma péssima mentirosa. – Smiley se abaixou um


pouco.
— Estou nervosa sobre deixar Homeland. – Vanni segurou o
olhar dele.

— O que mais há de errado? – Smiley a estudou de perto. –


Você perguntou sobre a Reserva. Isso a assusta? O que você
ouviu sobre a Zona Selvagem? Nós realmente não damos
nossos inimigos para os tigres e leões que resgatamos.

— O quê? Eu nunca ouvi isso.

— Você estava na conferência, alguns dos protestantes que


estavam lá anunciaram isso.

— Eu não prestei nenhuma atenção neles. Isso é horrível. Eu


acho que é ótimo você levar os animais que seriam mortos em
outros lugares, eu li a história no ano passado sobre dois ursos
grisalhos que algum imbecil havia abusado que foram
encontrados famintos em gaiolas na propriedade dele. A
sociedade humana não fez nada para acomodá-los desde que
os zoológicos não tinham espaço para eles, mas a ONE se
ofereceu para leva-los.

— Gus e Pete. – Smiley sorriu. – Eles estão bem.

— As histórias diziam que eles estavam em má forma. – Vanni


subitamente temeu pela segurança de Smiley.
— Eles eram maltratados, agora aceitam bem a liberdade. Eu
estava lá quando eles chegaram, os dois ganharam peso e estão
bem.

— Isso é tão legal. – Sua admiração por ele cresceu muito mais.
– Isso não é perigoso, no entanto? Quero dizer, ouvi que eles
não estão mais em gaiolas.

— Eles não pertencem a elas, ninguém pode ser feliz trancados


atrás de barras. Eles ficaram amigos de alguns dos nossos
residentes e são muito brincalhões. Os Espécies tomam conta
deles.

— Você brinca com eles?

— Você apenas tem que tomar cuidado com as garras e dentes


quando eles estão zangados. – Smiley sorriu. – Pete ama ter a
barriga esfregada e Gus gosta de nadar no rio. Eu o ensinei a
como pescar.

A boca de Vanni caiu aberta. Smiley gargalhou e se aproximou,


fechando-a colocando o dedo sob o queixo dela.

— Vou te apresentar a eles, se você quiser. Prometo que te


manterei a salvo. Os residentes da Zona Selvagem têm
realmente feito coisas para socializa-los. Eles estão aprendendo
a confiar em nós.
— Como você ensina um grisalho a pesca e por que você iria
querer isso? – Vanni se recuperou.

— Eles nasceram em cativeiro, então os instintos deles foram


negados. Ursos são inteligentes e pegam o que eles veem, foi
apenas uma coisa de leva-los para o rio e mostrar a eles como
pescar. Eles aprenderam rápido. Os residentes da Zona
Selvagem passam muito tempo com eles. – Smiley baixou a
mão. – Você deveria ir se vestir. A loja que planejamos ir abre
às oito e precisamos comparecer na Segurança para pegar o
básico antes que deixemos Homeland.

— Básico?

— Tomar as medidas de segurança e horários, então podemos


controlar a situação. Acredito que nossas equipes de RP quer
falar conosco também.

— Okay, vou me arrumar.

— Vou ficar com a comida.

Vanni parou e viu Smiley pegar a bandeja e caminhar para a


cozinha, ele realmente estava indo lavar seu prato e caneca.
Isso foi doce e a lembrou novamente de quão diferente ele era
dos outros caras com quem ela havia saído. Eles teriam
esperado que ela fizesse aquilo.
Vanni entrou no quarto e deixou o saco de roupas na cama,
ainda pensando sobre o que Smiley dissera sobre os ursos. Ela
o viu meio nu ao lado do rio com as duas bestas ferozes,
mostrando a ele como pescar.

— Eu aparentemente estou saindo com o contador de segredos


dos ursos. – Ela murmurou surpresa, mas impressionada.

*****

Smiley cantarolava enquanto secava os pratos, ele até mesmo


varreu os contadores já limpos e então colocou o pano de prato
molhado no pegador. Foi difícil não ir para o quarto, mas ele
não queria que Vanni se sentisse como se não tivesse
privacidade. Ele reposicionou a mesa de centro e ajeitou as
almofadas do sofá, um olhar ao redor o assegurou que a sala
parecia arrumada. Smiley ergueu a mochila e a colocou dentro
do closet para mantê-la fora de vista em caso disso lembrar à
Vanni que ele planejava se mudar.

Vanni não havia se ajustado quando ele mencionara ter trazido


roupa suficiente para os próximos dias, uma fêmea Espécie
teria pegado a bolsa dele e jogado pela porta da frente,
ordenando a ele para buscar. Ela teria batido e trancado a
porta com ele do outro lado para evitar que ele retornasse.
Smiley sorriu, grato por Vanni ser humana.

O som suave de um clique chamou a atenção dele e olhou para


Vanni quando ela pausou no fim do curto corredor. A blusa de
botões que ela usava abraçava os seios e as costelas, ele havia
pensado que ela pareceria bem naquela roupa, mas não sabia
que ela manteria alguns botões abertos em cima para revelar
um pouco do decote. O olhar dele baixou para a saia preta bem
cortada que caia até o meio das coxas, os quadris
arredondados estavam acentuados e isso o fez querer tocá-los.
Vanni era baixa, mas os saltos a fizeram parecer maior do que
realmente era.

— Isso está feio?

Seu olhar se ergueu para o rosto dela. Vanni não usava


maquiagem e tinha apenas escovado os cabelos em um rabo de
cavalo. Ele sacudiu a cabeça.

— A saia é meio curta e a camisa é um pouco apertada, tentei


abotoar tudo, mas parou acima do meu sutiã.

— Você parece perfeita. – O elogio trouxe cor às bochechas de


Vanni e isso o irritou um pouco. Era como se os homens
raramente dissessem a ela que ela era atraente, quando eles
deveriam. Ele não cometeria aquele erro. – Você é linda, Vanni.

— Obrigada, isso é doce de dizer. – As mãos dela se cruzaram


sobre o ventre e Vanni endireitou os ombros.

— Não doce. – Smiley caminhou para mais perto, a atenção


presa no V da blusa e ele lambeu os lábios. – Nenhum dos
meus pensamentos são.
— Eu não compreendo. – Vanni olhou para ele.

Smiley gentilmente segurou as mãos dela, acalmando seus


movimentos.

— Você parece sexy e eu não gostaria de mais nada além de


remover essas roupas de você. Eu iria te jogar por cima do meu
ombro e te levar de volta para a cama se uma SUV não
estivesse esperando lá fora. No entanto, farei isso mais tarde.
Espero por isso.

— Eu nem mesmo estou usando maquiagem. Quero dizer,


pareço melhor com elas. – Aquilo parecia surpreender Vanni.

— Não, não parece. Eu prefiro você desse jeito.

O olhar de Vanni baixou para a boca dele e ele quis beijá-la. Ele
sabia melhor. No entanto, ele acabaria pegando-a e levando
para o quarto. Tão tentador quanto isso era, ele não precisava
de Justice, Fury ou Jericho na sua bunda por arruinar os
planos deles para dissipar os rumores horríveis que a igreja
havia começado. Smiley não se importava com o que os
humanos pensavam dele, mas eles iriam danificar a reputação
de Vanni também.

— Precisamos ir.
— Okay. – Vanni assentiu e finalmente parou de olhar para a
boca de Smiley.

— Vai ficar tudo bem, eu não vou sair do seu lado.

— Confio em você.

Uma sensação quente se estabeleceu na barriga de Smiley,


aquele era um obstáculo para o caminho de fazê-la sua
companheira.

— Bom, eu teria pena do humano que tentasse te machucar.

Os olhos dela se arregalaram.

— Você é minha para proteger e eu não vou falhar. – Smiley


apenas sorriu, soltou as mãos de Vanni e deu um passo para
trás, oferecendo o braço do jeito que havia visto os cavalheiros
fazerem nos filmes. – Permita-me, linda. Deixe-me escolta-la
para o carro.

Vanni curvou os dedos ao redor do antebraço de Smiley, ele


desejou que estivesse usando uma camisa de mangas curtas
então poderia aproveitar melhor o toque dela. Gostava de
contato pele com pele. Ele olhou para baixo enquanto eles
caminhavam para fora, tendo uma melhor visão do decote de
Vanni. Seu pênis endureceu no pensamento de colocar a boca
lá mais tarde, levou esforço para conter o desejo para controlar
as reações físicas, uma grande ereção seria notável.
Smiley levou Vanni para fora. Slash, Jericho, Wager e Flame
eram os quatro machos que ele havia pedido para a equipe
Espécie. Eles eram amigos dos humanos e confiáveis. Smiley
lançou um aviso com um olhar para Wager, que olhava um
pouco intensamente para as pernas de Vanni. Wager
pestanejou, mas desviou o olhar imediatamente, Smiley pausou
ao lado deles.

— Você já conheceu Wager e ouvi que foi apresentada a Jericho


ontem, Vanni. Esse é Slash e Flame, eles são meus amigos e
foram escolhidos para a proteção. Eles viajarão na nossa SUV
conosco, um segundo veículo vai carregar os membros da
equipe humana da força-tarefa.

— Olá. – Vanni sorriu para os machos. – É um prazer conhecer


vocês.

Smiley viu o rosto dela de perto, esperando que nenhum deles


iriam ser atraente para ela. Vanni não manteve o olhar em
nenhum deles por muito mais que alguns segundos, ele notou
que ela olhou para Jericho novamente. O macho havia dito que
os olhos dele a assustavam. Smiley ficou um pouco mais perto
contra o lado dele.

— É bom te conhecer. – Flame sorriu. – Vamos nos divertir


comprando. Esse é o ponto disso além de mostrar aos humanos
que Smiley não é o monstro que você odeia.
Smiley rosnou, não gostando do jeito que o sorriso de Vanni
desapareceu com a lembrança de Flame.

— Eu lamento, isso era suposto ser uma piada. – Flame se


afastou.

— Ela não riu. – Smiley tentou controlar o temperamento, mas


era difícil fazer sabendo que Vanni havia sido ofendida. – Você
dirige, Flame. Em silêncio.

— Okay. – O macho caminhou ao redor da SUV.

— Por favor entre, Vanni. Você pega o assento do meio, Smiley


e eu nos sentaremos nas portas. – Jericho abriu a porta do
passageiro.

Smiley a ajudou a subir e assistiu a luta dela com a saia para


evitar que subisse pelas coxas. Jericho colocou a mão no
ombro dele quando tentou correr atrás dela.

— Se controle. – O macho sussurrou.

Smiley não tinha certeza do que ele queria dizer.

— Você está agindo irracional. Você é Smiley, não o Bundão


Mal-humorado, pronto para rasgar as cabeças dos machos que
olham para sua fêmea. Todo mundo sabe que ela é sua.
Smiley se afastou do aperto de Jericho e subiu na SUV. Jericho
bateu a porta e ele piscou, seu amigo tinha um ponto. Ele não
estava se comportando como normalmente fazia, Vanni o
deixara um pouco insano. Wager não tinha nenhum trabalho
apreciando a visão das pernas dela e Flame não deveria falar
com ela de jeito nenhum.

Vanni colocou o cinto de segurança e tentou relaxar. Ele não


queria que ela visse seu estresse, ele tocou as mãos dela e seus
olhares se encontraram.

— Você está bem? – Vanni parecia preocupada.

— Sim.

A porta se abriu e Jericho tomou o assento do outro lado,


Smiley não gostou do amigo tão perto e lutou contra o desejo de
remover o cinto de Vanni e ao invés disso coloca-la em seu colo.
Isso era irracional e estúpido, mas a urgência ainda continuava
engolfando-o.

— Eu não estou com medo, me sinto segura. Você pode relaxar.


– Vanni acariciou as costas da mão dele.

Smiley desejou que fosse tão simples. Ciúmes era uma nova
emoção e ele não gostou nem um pouco disso, ele reconhecia,
no entanto. Vanni não era sua companheira. Ainda. Aquilo
deixava espaço para outros machos chamarem a atenção dela,
ele tinha que resistir de olhar para o estômago de Vanni. Seu
filho talvez estivesse crescendo lá, mas não era por isso que
queria Vanni. Isso apenas significava que ele teria uma razão
válida para bater em qualquer macho idiota o suficiente para
flertar com ela.

— Ouça ela. – Jericho pediu. – Relaxe, temos duas equipes


nessa missão e essa será uma saída curta e surpresa. Não
esperamos nenhum problema, mas estamos preparados se algo
acontecer. Nós até mesmo temos um helicóptero em espera
caso precisemos de uma viagem de emergência.

Ninguém mencionou aquela última parte para ele.

— Para uma emergência médica? – Seu estômago embrulhou.


Eles pensavam que alguém iria atirar em Vanni? Ele não
arriscaria isso. – Isso acaba agora.

O vermelho nos olhos de Jericho se mostraram mais


proeminentes que o usual, mostrando a raiva dele. Ele soube
imediatamente o que Smiley estava pensando.

— No caso das estrada estarem congestionadas, Smiley.


Ninguém espera violência. Essa saída é necessária para
mostrar aos humanos que você não machucaria um deles. Nós
talvez tenhamos que levar ela e você no helicóptero se a mídia
tiver uma chance de nós pegar, se estivermos presos no tráfego.
Você sabe que esses bastardos iriam dirigir nos lados da
rodovia para nos alcançar.
— Oh. – Smiley se acalmou um pouco. – Esse é um bom plano.

— Apenas atire em mim. – Jericho cruzou os braços acima do


peito.

— O quê? – Vanni olhou para o amigo dele.

— Ele entendeu o que eu quis dizer. – Jericho não olhou para


Vanni, mas sim para Smiley. – Eu prefiro ser baleado do que
sofrer de idiotice.

Smiley olhou para frente e virou a mão, entrelaçando os dedos


com os de Vanni. Ele estremeceu um pouco por dentro, mas
ficou grato que Vanni não o questionou. Ela deixou por isso
mesmo. Ele sabia o que Jericho quis dizer, o macho iria preferir
tomar uma bala a se apaixonar por uma fêmea.

Ele não estava sendo exatamente um bom exemplo para seu


amigo, estava sendo temperamental e imprudente desde que
conhecera Vanni. Todos pareciam apreciar seu bom humor,
então ele precisava mostrar mais disso para ela. Algumas
respirações calmas e profundas o ajudaram, ele teria que estar
em seu melhor comportamento enquanto levava Vanni ao
shopping e mostrava a ela quão engraçado ele poderia ser.
Fêmeas apreciavam um macho que poderia fazê-las rir.
Capítulo Quinze

Vanni não era uma fã de Miles Eron. O sessentão cabeça


equipe de relações públicas da ONE não era um cara amigável.

— Pareça feliz todo o tempo. – Ele ordenou, empurrando os


óculos para a ponta do nariz. – Não tenho certeza se gosto da
sua roupa. – O olhar dele escaneou Vanni. – Cindy? Traga sua
bunda até aqui.

— Sim? – Uma mulher com cabelos cacheados indisciplinados –


a massa era mal contida por um rabo de cavalo no topo da
cabeça – caminhou para frente.

— O que diabos você estava pensando? A camisa dela mal


serve, dê a ela a sua.

— Eu discordo, ela parece fantástica. Craig disse que ela vai às


compras, no entanto, não eu. Eu concordei com a escolha dele,
isso parece bom nela. – A mulher ergueu o queixo, olhando
Miles abertamente com um desafio.

— A camisa é malditamente apertada. Você tem muito peito,


mas tire sua camisa e dê para a garota. – Miles sacudiu a mão.
– Agora.

— Vanni parece perfeita. – Smiley olhou ameaçadoramente


para Miles. – Não peça pra sua fêmea se despir na companhia
de machos.
— Como se eu fosse fazer isso. – Cindy murmurou e ergueu a
voz. – Isso não é 1950, senhor. As mulheres estão confortáveis
e ostentam sua feminilidade. Ela é uma bela mulher com uma
figura espetacular, deixe disso.

— Quem paga você? – Miles apontou para o próprio peito. – Eu


sou o chefe.

— Você é um bundão chauvinista. – Cindy murmurou.

— O que você disse? – Miles avançou.

— Eu disse que se que você mantém a sala a vista. – A voz de


Cindy se ergueu e depois ela pausou. – Mas com todo o
respeito, você está errado nisso. Foi por isso que você me
contratou, lembra? Eu sou a voz da geração mais jovem.

— É o suficiente, Miles. – Justice gargalhou. – Vanni parece


bem, eles precisam sair.

Smiley segurou o braço de Vanni e a deixou sair do prédio,


Vanni olhou para trás e pegou o aceno de adeus de Cindy. Ela
sentiu simpatia por ela enquanto retornava o gesto.

— Uau. Miles é sempre um imbecil desse jeito? Eu não poderia


trabalhar para ele. – Ela olhou para Smiley por uma resposta.
— Ele pode ser abrasivo, mas é bom no que faz. Você parece
perfeita, aquela fêmea estava correta. Ele é um bundão.

— E aparentemente, um pouco surdo. – Vanni riu. – Isso foi um


pouco engraçado.

— Cindy faz isso com frequência quando temos encontros. –


Smiley sorriu. – Nós rachamos porque ele não tem ideia do que
ela diz ou porquê estamos nos divertindo.

— Você a conhece bem então? – Um pouco de ciúmes se ergueu


em Vanni.

— Cindy é uma fêmea legal. Ela acompanha Miles para muitas


das nossas reuniões quando a mídia está presente. Eles
costumam trabalhar na Reserva, mas vieram aqui na noite
passada para nos ajudar a lidar com a situação.

— Ótimo, eu sou uma situação. – Ela não gostou do som disso.


Smiley a ajudou a entrar na SUV, ele continuou tocando-a.

— Você não causou esse problema, coloque a culpa onde ela


pertence. A igreja Woods tem feito isso pela ONE por um longo
tempo.

Jericho pegou o assento ao lado dela, o grande primata lançou


a metade de um sorriso, fazendo-o parecer menos ameaçador.
Vanni queria perguntar a Smiley se ele já havia saído com
Cindy, mas não queria fazer isso com outros quatros Novas
Espécies na SUV com eles. Flame e Slash se sentaram na
frente, Wager se sentou no terceiro banco. Ela olhou para trás
para vê-lo, mas ele estava olhando para fora da janela traseira.

— O que ele está fazendo? – Vanni descansou contra Smiley e


apontou um polegar para Wager.

— Ele vai ter certeza que não estamos sendo seguidos e ele tem
uma arma pronta em caso de necessidade.

— Arma? – Vanni lamentou ter perguntado.

— É um processo padrão. – Smiley segurou a mão dela e


apertou.

— Eu também tenho uma arma. – Jericho afastou a ponta do


colete Kevlar e alcançou dentro, retirando uma arma. Ele
mostrou isso para ela e então guardou, recolocando a camisa. –
A trava está acionada, nós fomos bem treinados.

— Algumas vezes nos escondemos elas em público quando


deixamos as terras da ONE. – Smiley sacudiu a mão de Vanni.

— Você não está de serviço? – Ela notara que todos nas duas
SUVs, exceto Smiley, vestiam o uniforme da ONE.

— Não, esse é nosso passeio e é o trabalho deles nos proteger.


Vanni ficou feliz que Smiley não estava carregando uma arma,
elas a assustavam.
— Acha que é realmente necessário que eles estejam armados?
Quero dizer, nós estamos indo apenas a uma loja, certo?

— Processo padrão de operação. – Slash falou da frente. –


Precisamos estar preparados para defender nossas vidas todo o
tempo quando não estamos em Homeland ou na Reserva.
Muitos dos oficiais carregam armas na Reserva, no entanto,
mesmo quando eles estão fora de serviço. As paredes são
imensas e estão sempre expandindo, é possível que um intruso
possa entrar, mas Homeland é menor e mais segura.

Entristeceu Vanni que eles tivessem que ir a esses extremos.


Ela não poderia imaginar vivendo em um mundo onde a maior
parte da sociedade tinha que manter armas escondidas no
corpo. Smiley ergueu sua mão e colocou um beijo acima do
pulso. Ela olhou para ele, um pouco intimidada. Ele fazia as
coisas mais doces quando ela menos esperava.

— Não temos crimes em nossa sociedade. Quando encontramos


isso, geralmente envolve humanos. É raro ter alguém entrando
em nossas paredes, é mais uma precaução.

— É que apenas odeio que vocês tenham que viver assim. –


Smiley podia lê-la tão bem, era meio legal, entretanto.

— É nosso jeito de viver e gostamos da liberdade, esse é o custo


disso. Há muitos humanos que não querem nos machucar.
— As caçadoras de companheiros. – Flame gargalhou.

— Quem são essas? – O interesse de Vanni foi pego.

— Não importa. – Smiley sacudiu a cabeça. – Apenas humanas


que são um pouco muito amigáveis.

— Ou desejam que nós fossemos. – Slash gargalhou.

— Agora estou realmente curiosa. – Vanni admitiu.

— Elas são fêmea que mostram os seios para nossos oficiais. –


Jericho bufou. – Elas pensam que isso nos deixará insanos com
luxuria e as levaríamos para casa.

— Oh. – Vanni não tinha ideia que a ONE tivesse groupies.

— Nós tendemos a ignorá-las. – Smiley baixou a voz. – Elas não


são o tipo de humanas que você leva para casa.

— Por que não?

— Elas são loucas. – Jericho respondeu. – Uma delas é uma


fêmea de noventa anos de idade. É uma regular nos portões. É
uma visão com a qual eu teria vivido sem.

— Ela não vestia nada e abriu o casaco longo para mostrar a


Darkness. Ele pediu que um dos membros da força-tarefa
levasse um copo de café quente para ela, pareceu para ele que
ela poderia estar com frio. – Wager gargalhou.

O peito de Smiley retumbou e Vanni gostou daquele som bonito


quando ele estava profundamente divertido. Um sorriso erguia
o rosto dele e ela sorriu de volta.

— E sobre você? O que você tem visto? – Ela realmente não


gostava da ideia de uma mulher correndo atrás dele.

— Eu supervisiono as paredes das outras regiões quando


caminho por elas. As humanas tendem a atormentar os portões
principais. – Smiley encolheu os ombros. – Eu geralmente faço
os turnos de dentro.

— Smiley é bom com humanos. – Flame ofereceu. – Ele teve


alguns deveres importantes e é respeitado por todos. – Ele
soltou o volante com uma mão enquanto eles saiam dos portões
principais e bateu em Slash. – Conte a ela.

— Smiley é um ótimo cara, ele é inteligente e muito doméstico.


– Slash se virou no assento.

— Já chega. – Smiley moeu fora.

Vanni olhou entre os dois homens, Smiley parecia zangado.


Slash olhou para frente e murmurou algo sob a respiração que
ela não conseguiu pegar.
— Eu não preciso de ajuda. – Smiley anunciou.

Vanni mordeu o lábio e escondeu uma risada. Não precisava


ser um gênio para descobrir que eles estavam falando dele para
ela.

— Eu nunca usaria a palavra doméstico. – Vanni não pôde


acreditar que aquilo saiu de sua boca, ela olhou para Smiley
para ver a reação dele e sentiu calor nas bochechas pelo jeito
que os olhos dele se arregalaram. – Eu não usaria. – Ela
insistiu.

— Que palavra você usaria? – Smiley arqueou uma


sobrancelha.

— Maravilhoso. – Ela estava flertando com ele e gostando disso.

— Eu gosto mais dessa. – Ele sorriu.

Vanni abaixou a cabeça e esfregou o polegar contra o dele, ficar


de mãos dadas parecia uma coisa tão boba, mas era bom.
Smiley havia trazido roupas para ficar com ela, o bilhete que
havia deixado implicava que ele queria mais que apenas sexo.
Caminhar para dentro do bar havia parecido como um pesadelo
logo depois, mas ela estava quase grata que havia sido a única
a se sentar ao lado dele. Isso havia trazido Smiley para sua
vida. Ela não lamentava isso.
Pelo menos não agora, espero que eu continue pensando assim
na próxima semana ou no próximo mês. Vanni empurrou os
pensamentos negativos de volta. Nenhum relacionamento era a
garantia de felizes para sempre. Ela havia aprendido aquilo do
jeito difícil, duas vezes. Tinha doído profundamente saber que o
primeiro amor de sua vida era um bastardo traidor que ficou
com ela por anos sem a real intenção de se assentar ou sendo o
tipo de homem que a faria feliz. Ele tinha sido apenas um
excelente mentiroso e ator. No entanto, perder Carl não tinha
doído. Isso apenas disse a ela para nunca ficar com alguém
apenas porque era solitária.

Vanni ergueu o queixo e olhou para Smiley. Ele estava vendo


tudo que passavam. Ela estudou o perfil dele. Smiley era
bonito, mas melhor ainda, era um cara legal. Eles haviam
passado por uma experiência traumática juntos e ele tinha
parecido mais preocupado pelo desconforto dela do que pelo
próprio. Isso mostrava características fortes e um bom coração.
Uma pequena chama de raiva cresceu dentro dela. Carl e o pai
dele queria ferir Novas Espécies. Ela olhou para os dois homens
nos assentos da frente e então para o ao lado dela. Eles eram
assustadores de se olhar, reconhecidamente, com as feições
alteradas e os corpos musculosos, aquilo não fazia deles
pessoas ruins. Eles estavam todos lá para protegê-la, uma
estranha. Vanni não tinha conhecido muitas pessoas em sua
vida que iriam correr riscos por alguém que eles não
conheciam.
Ela percebeu quão ruins as coisas poderiam ter sido se a outra
mulher tivesse pegado o assento ao lado de Smiley naquela
noite no bar. A igreja Woods teria feito dele algo como um
estuprador que drogava suas vítimas. Eles iriam jogar aquelas
mentiras para quem quisesse ouvir, prejudicando a ONE, que
não haviam feito nada além de ser bons com ela e não
mereciam ser caluniados.

Vanni se debateu no que a mídia iria acreditar se ela contasse


a eles o que aconteceu quando havia devolvido o anel para
Carl. Gregory Woods e um homem horrível como Bruce
deveriam ter fugido com as ações diabólicas. Isso não era certo.
Eles poderiam fazer isso de novo e colocar algum inocente
dentro disso como fizeram com ela, ninguém nunca deveria
pensar em ser trancada a noite inteira e ameaçada de morte.

— Vanni? – Smiley se aproximou a acariciou seu braço.

— Sim? – Ela olhou para cima.

— Você está bem? Não se preocupe, sua segurança é minha


maior prioridade. Eu não permitiria que nada acontecesse com
você. Isso vai ser divertido.

— Acredito em você.

— Vamos comprar roupas para você, não olhe para as


etiquetas. Dinheiro não é um problema.
— Tudo bem. – Ela os pagaria de volta, no entanto, se em
algum momento tivesse a carteira e os cartões de crédito de
volta. Vanni fez uma nota mental para cancelá-los mais tarde,
ela tinha estado tão desorientada para realmente pensar nessas
coisas até aquele momento. A última coisa que queria era a
igreja Woods comprando coisas no nome dela.

— Estamos quase lá. – Smiley balançou a mão dela.

Vanni olhou para fora do para-brisas e percebeu que Flame


estava dirigindo a SUV para dentro de um shopping. Seus
pensamentos a haviam deixado distraída de quanto haviam
viajado, ela ficou mais calma quando viu o nome de uma das
lojas que eles estacionaram na frente. Estivera preocupada que
eles a levariam a uma loja de roupas extravagante, mas essa
era uma das várias lojas onde ela normalmente comprava
roupas. Não havia muitos carros no estacionamento desde que
havia aberto há pouco tempo.

— Está pronta? Eu estarei com você. – Smiley estudou seus


olhos, ela sabia que ele procurava por alguma emoção e tentou
disfarçar seu humor.

Vanni assentiu, se forçando a relaxar. Smiley abriu a porta e


manteve o aperto na mão dela enquanto ela deslizava atrás
dele, os oficiais da ONE os cercaram, colocando ela e Smiley no
meio. Um carro passou, o motorista olhando abertamente para
a equipe. A mulher quase bateu em outro carro antes de pisar
nos freios.
— Então, vai começar. – Jericho suspirou. – Espere os celulares
saírem.

Smiley soltou a mão de Vanni e a colocou ao lado dele,


passando o braço ao redor da cintura dela.

— Apenas sorria, eles tendem a querer tirar fotos conosco, mas


vamos mantê-los para trás. Eu não quero ninguém ficando
muito perto de você.

— Não rosne para ninguém. – Slash avisou, o olhar preso em


Smiley. – Você sorri, eu não quero saber o que seus instintos
dizem. Entendeu?

— Eu sei. – Smiley sorriu. – Viu?

— Você parece gripado, mas tentando parecer feliz sobre isso. –


Flame murmurou.

Vanni deu risada, Smiley realmente sorriu então. Isso alcançou


os olhos dele e transformou os traços dele. Smiley a abraçou
para mais perto enquanto os membros da equipe de força-
tarefa humana abriam as portas, mas permaneceram fora. Eles
tomaram posição como se planejassem guardar a entrada.

Clientes e funcionários viraram para olhar para eles. Vanni


endireitou os ombros e se sentiu grata que Smiley estava ao
lado dela, o braço dele ao redor de sua cintura era
reconfortante.

Flame caminhou e puxou um carrinho de uma fila deles e


gargalhou.

— Eu amo carrinhos. Sempre quis pular dentro de um e ser


empurrado.

— Você quebraria a coisa, sem brincadeira. – Jericho disse


severamente. – Mantenha um olho afiado, mas pareça feliz com
isso.

— Onde está Wager? – Vanni notou que um do grupo deles


estava perdido.

— Ele vai ficar com as SUVs. Ninguém será capaz de mexer nos
veículos sem ele saber,

A explicação de Smiley matou um pouco de sua alegria. Vanni


tentou esconder seu estresse. Eles são paranoicos ou isso
aconteceu antes? Ela não queria perguntar. Eles supostamente
estavam lá para ter um bom momento e serem vistos juntos em
público para provar que Gregory Woods era um mentiroso.
Aquilo retornou o sorriso para seu rosto, ela realmente o
odiava, o filho dele e aquela igreja.

— Apenas jogue tudo para mim. – Flame ofereceu. – Vou seguir


atrás.
— Você está se divertindo muito. – Jericho disse e suspirou. –
Você me lembra uma criança hiperativa.

— Você me lembra um pai resmungão. – Flame lançou de volta.

— Humanos estão assistindo, se comportem! – Slash sacudiu a


cabeça.

— Eles são sempre assim? – Vanni deu risada e olhou para


Smiley.

— Sim. – Ele aliviou o aperto nela e baixou a voz. – Temos vinte


minutos antes que isso saia do controle. Temos que ficar por
pelo menos dez para ter certeza que fotos o suficiente foram
tiradas. Relaxe e compre muito, você vai precisar de tudo da
cabeça aos pés.

Em menos de vinte minutos? Vanni tentou esconder seu


desânimo. Entretanto isso era uma lembrança de que ele era
um homem, Nova Espécie ou não. Aquilo a divertiu. Ele não
tinha uma pista de quanto tempo uma mulher poderia fazer
compras, ela assentiu.

— Super compras, entendi. – Vanni virou a cabeça para olhar


para Flame. – Está pronto? Fique perto que vou apenas jogar as
coisas no carrinho.
— Você lidera e eu vou seguir. – Flame agarrou a alça do
carrinho.

Vanni correu o olhar pela loja, procurando a área onde eles


mantinham seu tamanho. Smiley ficou ao lado dela enquanto
ela caminhava propositalmente pelos corredores, Vanni até
mesmo lutou para manter o olhar em contato direto com os
outros clientes. Eles continuaram a olhar, mas uma mulher
retirou o celular de fora da bolsa e o ergueu.

— Sorria para ela, Vanni. – Smiley segurou o braço dela e a


virou naquela direção.
Ela posou com ele, uma estranha se aproximou com cuidado e
tirou uma foto.

— Posso tirar uma foto com um de vocês?

— Eu ficaria honrado. – Slash deu um passo à frente.

— Obrigada, você é tão alto. – A mulher sorriu.

— Diga xis. – Ele gargalhou e se curvou um pouco ao lado dela.

Vanni se divertiu vendo a mulher tirar uma selfie com o Nova


Espécie, ele teve certeza que ela gostara da foto e então se
afastou.

— Apreciamos seu apoio. – Slash murmurou.


— Minha filha e minha irmã vão ficar com tanta inveja. – A
mulher jorrou.

— Fico feliz. – Slash sorriu.

Smiley se abaixou um pouco e sussurrou na orelha dela.

— Vamos comprar, odeio lembrar, mas temos que correr um


pouco com isso.

Vanni assentiu e olhou para as gôndolas à frente, Flame


continuava logo atrás dela com o carrinho. Ela apenas pegou
coisas que chamaram sua atenção, rapidamente juntando oito
conjuntos.

— Isso vai dar.

— Você precisa de calcinhas e sutiãs. – Smiley a lembrou.

Vanni corou, olhando para ele com pavor.

— Não que eu queira que você as vista, mas Miles me teve


memorizando uma lista. As pessoas podem falar sobre o que
você comprou. – Ele piscou.

— Na frente deles? – Vanni olhou para longe dele para os


outros Novas Espécies pairando ao redor dela.
— Eles não são tímidos sobre essas coisas. – Smiley gargalhou.
– Apenas você, eu vou te ajudar.

Vanni não tinha certeza se aquilo a fez se sentir melhor ou pior


enquanto ele tomava a mão dela e a levava para a área de
roupa intima na loja. Ela soltou a mão dele, localizou seu
tamanho de sutiãs e apenas pegou alguns que pareciam
bonitos. Ela geralmente era exigente sobre tecido e conforto,
mas apenas queria acabar logo com aquilo.

Pegou algumas calcinhas com estilo masculino, mas Smiley


gargalhou, chamando a atenção dela. Ele segurava uma tanga
azul brilhante.

— Eu gosto desta.

— Feito! – Vanni apenas girou e pegou mais alguns pares de


calcinhas, ela virou e enfiou aquilo no carrinho.

Smiley colocou a tanga no carrinho, adicionando algumas do


mesmo estilo em outras cores.

— Você deveria ver seu rosto. – Ele parecia divertido. – Você é


tão fofa, minha Vanni.

Ela gostou do jeito que ele a chamara.

— Você nunca deveria ser tímida sobre nada comigo.


No entanto, não é apenas ele, ela lembrou a si mesma, enviando
um olhar ao redor. Eles tinham uma pequena multidão de
clientes que pareciam não ter nada melhor a fazer do que
segui-los ao redor tirando fotos com os celulares. Vanni
rapidamente olhou para longe deles e forçou o que ela esperava
ser um sorriso.

— Está quase acabado, você é tão corajosa. – Smiley se


aproximou dela e ofereceu o braço, a outra mão afastou
algumas mechas de cabelo para longe de bochecha dela
enquanto ele ficava mais perto.

Ela não se sentia assim.

— Você pode fazer isso, minha Vanni. Eu estou bem aqui.


Agora precisamos apenas pegar alguns sapatos, os que você
está usando te fazem um pouco instáveis no andar.

Os saltos não eram o problema. Eram os nervos dela e a


sensação de que estivessem em algum jogo. Vanni se recusou a
olhar para outra pessoa novamente, mas podia sentir os
olhares deles. Ela gratamente permitiu que Smiley liderasse
para o departamento de sapatos. Um par de sandálias, um
tênis e um par de sapatos mais tarde e ela havia terminado.

— Podemos ir agora? – Ela realmente queria ir embora.

— Sim. – Smiley a levou para frente da loja.


Vanni olhou para cima parou no caminho, a visão no
estacionamento a chocou. A equipe da ONE que eles haviam
deixado atrás os mantinha para trás, mas pelo menos uma
centena ou mais de pessoas bloqueavam a área do
estacionamento ao longo da entrada.

— Ainda não está ruim. – Slash murmurou. – Continua sendo


maleável, apenas duas equipes de notícias chegaram, eles
pediram uma entrevista, mas foi negado. – Ele alcançou e
bateu na orelha, chamando a atenção para o aparelho que
usava. – Estou em contato com a equipe lá fora e Homeland
está monitorando.

Apenas duas? Vanni entrou em pânico, mas Smiley pareceu


perceber que ela estava se perdendo. Ele virou o rosto dela para
ele e baixou a cabeça, olhando profundamente nos olhos dela.

— Está tudo bem, estou bem aqui. Diminua um pouco sua


respiração. – Ele tomou uma respiração profunda e soltou,
como se mostrasse a ela como fazer isso. Vanni o imitou e ele
sorriu. – Essa é minha Vanni. Eles são apenas pessoas
curiosas, isso é tudo. A maioria quer apenas nos observar, se
isso ajuda. Você vai se ajustar a isso.

Ela duvidava disso, não que tivesse que se ajustar. Vanni


silenciosamente apostou que não haveria mais saídas, ela
realmente não gostava de ser o centro das atenções.

— Confia em mim? – Smiley sacudiu a mão dela.


— Sim. – Vanni não hesitou porque essa era a verdade.

— Estamos bem, isso não é uma grande confusão ainda. Nós


lidamos com coisas piores, vamos pagar por suas coisas e ir
embora. Estaremos de volta à Homeland em dez minutos.

Vanni tomou outra respiração vagarosa e virou, encarando a


frente da loja novamente. Haviam tantos rosto lá fora, isso era
estranho. Os oficiais da ONE haviam ajudado a bloquear a rua
que corria ao redor da loja e o estacionamento. Ela notou
alguns poucos oficiais de polícia que haviam se juntado a eles
ao longo dos lados para evitar que as pessoas entrassem na
loja. Sua viagem de compras havia, efetivamente, terminado.

A caixa sorriu quando eles alcançaram a frente, pareceu como


se eles haviam aberto uma linha apenas para Vanni e os Novas
Espécies.

— Olá, bem aqui. Eu te atendo! – A mulher acenou para eles.


Vanni ficou grata por Smiley. Ele assumiu o controle, segurou
ela lá e agradeceu à caixa. A mulher sorriu para ele e pareceu
que toda sua atenção estava focada em Smiley.

— Nunca pensei que veria algum Nova Espécie aqui. – A


mulher começou a passar o scaner nas roupas.

— Essa é Vanni. – Smiley colocou Vanni mais perto. – Ela está


me visitando em Homeland e não trouxe coisas o suficiente. Eu
quis trazê-las para as compras.
A caixa finalmente olhou para Vanni, a boca caiu aberta e os
olhos dela se arregalaram. Ela olhou para Smiley e então para
Vanni.

— Oh meu Deus! Vocês são o casal da TV!

Vanni se pressionou contra Smiley desde que ele permanecia


atrás dela, ele soltou sua mão e passou o braço ao redor da
cintura dela.

— Sim, nós somos.

— Isso é tão legal! Vocês são minhas primeiras celebridades. –


A caixa terminou de passar as compras, mas sorria. – Vocês
dois estão saindo?

— Estamos. – Smiley esfregou o estômago de Vanni com a


palma. – Eu a conheci e soube que ela era a pessoa certa para
mim.

— Foi amor à primeira vista. – Vanni balbuciou, ela sabia que


tinha que dizer algo.

Arrependimento veio depois, ela não deveria ter usado a


palavra amor, mas era melhor que mencionar estar drogada.
Smiley não liberou o aperto nela ou pareceu notar as palavras
dela quando concordou.
— Certamente foi, ela é linda e doce. Eu não pude resistir a ela.

— Isso é tão romântico. – A caixa pausou novamente e sorriu


para Vanni. – Eu não posso ter meu namorado parando nem
mesmo em uma doceria, mas o seu te leva ao shopping. Você é
uma mulher sortuda.

— Ele é maravilhoso. – Vanni adicionou, querendo dizer isso.

— Vocês atraíram uma multidão. – A caixa apontou a cabeça


para frente. – Nunca tinha visto tantas pessoas vindo aqui
antes.

— Desculpe por isso. – Smiley aliviou o aperto ao redor da


cintura de Vanni. – Isso acontece quando deixamos Homeland,
pessoas são curiosas.

— Não se desculpe. – A mulher deu risada. – Precisamos do


negócio, pare a qualquer hora. Eu sou Donna, apenas pergunte
por mim. Vou te passar pelas linhas, sou a gerente aqui.

— Agradecemos profundamente. – Smiley deixou Vanni ir e


retirou uma carteira do bolso de trás. – Eu tenho isso, baby.

— Obrigada. – Vanni assentiu.

— Eu faria qualquer coisa por você. – Ele piscou.


A caixa disse a ele um total que fez Vanni vacilar. Ela esperava
enquanto ele passava o cartão e colocava a senha, Flame e
Slash pegaram as sacolas e Smiley segurou a mão dela. Vanni
aceitou grata. Eles caminharam para a saída e Vanni teve que
forçar as pernas a se manter se movendo.

As portas se abriram e algumas pessoas se apressaram a olhar


para eles. Vanni endureceu os ombros e olhou para eles,
celulares estavam expostos e eles estavam tirando fotos e
vídeos. Ela sorriu e segurou a mão de Smiley em um aperto de
morte, ele acenou com a mão livre e manteve Vanni se
movendo.

— Podemos ter uma entrevista? – Uma mulher com um


microfone e um cameraman tentou correr para eles, mas um
oficial de policia abriu os braços, evitando que eles fossem para
perto.

Outra equipe de TV passou ao redor do policial, mas a equipe


da ONE foi capaz de mantê-los à distância.

— Agora não, sem entrevistas. – Um deles anunciou.

Wager colocou a SUV no pátio limpo pela polícia que mantinha


as pessoas para trás para dar a eles uma saída e Smiley abriu
a porta do passageiro. Vanni subiu, grata por estar fora dos
holofotes. Smiley deslizou atrás dela e fechou a porta.

— Você está bem? Você está pálida.


— Eu não lido muito bem com multidões. Haviam muitas
pessoas olhando e tirando fotos.

Smiley a surpreendeu se aproximando subitamente e


erguendo-a para o colo dele.

— Está tudo bem, as janelas são camufladas e eles não podem


ver dentro. Você foi muito bem.

— Nunca mais quero fazer isso novamente. – Ela virou contra


ele e aproveitou os braços passando ao redor dela em um
abraço.

— Eu sinto muito, não sabia que isso iria te assustar. – Ele


massageou os ombros dela.

— Não estou com medo, é que... – Vanni procurou por uma


palavra para descrever quase ter um ataque de pânico, mas
nenhuma veio.

— Você é apenas tímida. – Smiley terminou por ela e beijou o


topo da sua cabeça. – Sem mais saídas.

— Obrigada.

Os outros membros do grupo deles se empilharam dentro da


SUV, Slash abriu o porta malas, colocou as sacolas dentro e
então apenas subiu no terceiro assento.
— Aqui vamos nós. – Wager avisou enquanto fechava o
bagageiro do assento do motorista. – Vou dirigir devagar, então
não bateremos em ninguém. Perdemos nossa equipe de apoio,
mas eles nos alcançarão logo.

Vanni olhou por cima do ombro de Smiley para ver além da


janela traseira, a segunda SUV não apareceu. No entanto, ela
viu que eles ainda continuavam na frente da loja, eles pareciam
estar tentando sair com o veículo, mas as equipes de TV
continuavam acompanhando-os. Eles fizeram uma volta e
Vanni perdeu a visão deles.

— Isso foi louco. – Vanni murmurou.

— Essa é nossa vida fora de Homeland.

— Eu nunca percebi. – Vanni se ajeitou para olhar nos olhos de


Smiley.

— Temos que nos adaptar. – Ele deu de ombros, mantendo um


aperto firme ao redor de sua cintura. – Aqueles foram legais.
Ninguém jogou nada em nós ou gritou obscenidades.

— Algumas pessoas são imbecis. – Vanni murmurou.

— Tentamos não levar para o lado pessoal. Relaxe, isso vai


acabar logo. Eu prometi te ajudar a sair dessas roupas. –
Smiley olhou para baixo da frente da blusa dela e fez um som
suave.

— Espere por isso até chegarem em casa. – Jericho pediu do


assento ao lado do deles. – Vocês não estão sozinhos.

Vanni virou a cabeça e a descansou contra o peito de Smiley,


ela gostou dele segurando-a no colo. Era ilegal estar em um
veículo em movimento sem um cinto de segurança, mas ele
dissera que ninguém podia ver dentro. Ela não tinha nenhum
desejo de deslizar para longe e pegar o assento do meio.
Capítulo Dezesseis

— Temos problemas. – Wager rosnou do assento do motorista.


Smiley ficou tenso, erguendo o queixo do topo da cabeça de
Vanni.

— O que é?

— Os portões da frente e de trás estão lotados. Eles tiveram um


aumento significante de trafégo nos últimos minutos. – Wager
encontrou seu olhar no espelho retrovisor. – Você quer um
fone?

— Sim.

Flame virou no assento do passageiro e puxou um dos


aparelhos de comunicação, Smiley o pegou e colocou na orelha.

— Quatro novas equipes no portão um. – Um Espécie


anunciava. – Também temos seis novos veículos sem
identificação se alinhando, eles podem ser repórteres.

— Há mais duas vans de notícias no portão dois e muito


tráfego. Eu diria quatro dezenas de humanos. Eles não estão
segurando cartazes, mas não parecem ser amigáveis.

— Aqui é Smiley. – Ele se identificou. – E sobre o portão três?


Podemos ir por lá?
— Negativo. – Smiley reconheceu a voz de Trey Roberts. – Há
muitos carros na rua e eles verão vocês entrarem. Os serviços
estão começando, então funcionários estão chegando ao
trabalho.

— E sobre o quatro? – Os portões três e quatro eram secretos,


então um dele deveria estar limpo. Smiley apenas queria
colocar Vanni para dentro sem incidentes.

— Não. – Um dos machos rosnou. – Temos crianças no campo.


Eles estão tendo um tipo de passeio no parque depois da
estrada da minha localização no quatro. É muito perigoso.

— Eles são crianças. – Trey respondeu. – Como eles são um


perigo? Tudo o que eles iriam ver é uma SUV entrando no que
eles assumem ser alguém de casa.

— Não arriscamos as crianças. – O macho respondeu. Smiley


identificou a voz de Creed. – E se eles estão sendo seguidos?

— Ainda há dois possíveis seguidores em nós. – Slash


respondeu.

Smiley virou para olhar para fora da SUV, haviam muitos


carros na rua, mas ele não tinha certeza de quais dois haviam
chamado a atenção de Slash.
— Entendido. – Trey anunciou. – Vamos para o plano B então.
Vá para a localização e mandarei o helicóptero para encontrar
vocês.

— Cancele isso. – Tim O’berto pediu. – Estou aqui agora, entre


pelo portão dois. Não é crítico, podemos lidar com o tráfego.

— Eu não quero correr riscos. – Smiley virou a cabeça para


olhar Vanni. Ela parecia estar lidando com a situação com
graça, mas ele queria reassegurar. – Vai ficar tudo bem. – Ele a
reassegurou.

— Exatamente. – Tim murmurou. – Vai ficar tudo bem, estou


assistindo os monitores e o tráfego não parece agressivo.
Apenas dirija, estaremos prontos no portão, certo?

— Estamos. – Um dos oficiais respondeu. – Vamos colocar duas


nova equipes para segurar a área desse jeito a SUV pode
apenas dirigir ao redor delas.

— Não faça isso. – Tim disparou. – Deixe-as de fora. Vocês não


tem tempo para procurar os veículos deles propriamente antes
que eles os alcance. Nenhuma van passa pela primeira sessão
do portão sem uma inspeção. Ordene que a mídia se afaste.

— Tentamos isso, eles estão se recusando. – O macho soava


irritado. – Você gostaria que colocássemos os motoristas para
fora e movêssemos os carros nós mesmos?
— Inferno, não! – Tim xingou. – Eu não quero isso no noticiário
da noite. Diga para aqueles bastardos que alguém vai dar a eles
um anúncio se eles concordarem. Isso geralmente funciona.

— Vamos tentar. – A macho irritado concordou.

— Wager. – Tim instruiu. – Entre pelo portão dois, estamos


enviando oficiais extras para lá agora. Eles estão se movendo,
vocês tem dois minutos aí fora e então eles irão encontrar vocês
lá.

— Entendido. – Wager olhou no retrovisor novamente e se


aproximou, provavelmente emudecendo seu lado da
comunicação. – Eu não gosto disso.

— Nem eu. – Smiley ergueu Vanni e a colocou no assento ao


lado dele, ele se esticou para frente para olhar lá fora.
Wager desceu algumas ruas e eles se aproximaram dos portões,
humanos estavam passeando ao redor da área e duas novas
vans continuavam bloqueando a entrada, estacionadas lado a
lado na frente dos portões.

— Porra. – Smiley não gostou disso.

— Mantenha a calma. – Jericho pediu. – Está assustando sua


fêmea.

Smiley olhou para trás e viu as feições pálidas de Vanni. Ela


abraçava a cintura e estava empurrada contra o lado de
Jericho. Era uma situação estressante e ele mascarou suas
feições.

— Vai ficar tudo bem.

— Acredito em você. – Ela anunciou. – Não se preocupe comigo.

— Acionando as travas de segurança. – Wager falou, o barulho


das travas soando. – Eu vejo um dos nossos oficiais falando
com o motorista, acho que eles vão sair do caminho e nos
deixar passar.

A SUV parou na rua para permitir que uma das vans de


notícias manobrasse, o caminho para o portão estava tão
abarrotado quando o portão principal. Smiley olhou para o topo
das paredes, grato por ver a forte presença de oficiais
uniformizados. Mais se juntaram a eles até que estavam ombro
a ombro, suas armas à vista. Humanos seriam estúpidos para
tentar algo.

Ele olhou para os humanos amontoados nos lados da estrada,


um homem pegou sua atenção quando procurou algo ao redor,
indo para algo enfiado cintura.

— Possível arma! – Smiley bateu na comunicação.

Ele girou, pegou Vanni a virou para os lados do assento até que
o corpo dele cobriu o dela, mas nenhum tiro disparou.
— Câmera de celular. – Wager soltou uma respiração e
continuou. – Ele está tirando fotos, ameaça abortada.

— Desculpe, eu não quis te esmagar. – Smiley aliviou um


pouco do peso fora de Vanni.

— Estou bem. – Ela murmurou.

— Fique aí. – Ele pediu, como se desse a ela uma escolha desde
que se manteve em cima dela para mantê-la no lugar. Smiley
olhou para fora por cima dos assentos da frente, a van da mídia
não havia se afastado para permitir que eles passassem.

— Qual é o problema? – Ele olhou para o macho uniformizado,


que tinha certeza ser Book, falando com o motorista da van.

— Ele se recusa a sair a menos que tenha um anúncio. Eles


estão cientes de quem está nos visitando. – O macho em
questão olhou na direção deles.

Smiley fez uma careta, as notícias lá fora já haviam ouvido que


Vanni estava em Homeland em ao invés de correr para o
shopping, eles haviam ido diretamente para a ONE.

— Tráfego. – Slash assobiou. – Muito disso, estamos presos.


Eles devem ter olheiros no chão.

Smiley virou e viu mais vans de notícias chegando para eles na


rua pelas duas direções. Alguns carros estavam atrás deles.
— Coloque o motorista fora e mova a van. – Ele pediu.

— Não se atreva. – Tim discutiu. – Apenas fique aí. Vou lidar


com esses idiotas eu mesmo sem causar uma tempestade de
merda. Esses fodidos estarão gritando brutalmente se você
colocar um dedo neles. Vocês estão bem dentro da SUV, estou
a caminho.

Smiley não podia culpar o líder da força-tarefa por estar


preocupado, eles não tinham permissão para tocar fisicamente
ninguém fora das paredes da ONE. Uma coisa era usar jatos de
água para dispersar a multidão ou jogar algumas bombas de
fumaça quando os protestantes batiam nos portões, mas os
humanos talvez vissem com um abuso se eles arrancassem
alguém fora do veiculo.

— Vamos correr para os portões. – Jericho finalmente falou.

— Não. – Smiley virou a cabeça para olhar o amigo.

— Mais chegando. – Slash assobiou.

— Correr para os portões. – Jericho repetiu em um tom


profundo.

Smiley não gostou da ideia de tirar Vanni da SUV tão perto de


todos aqueles humanos. As intenções deles não eram claras,
mas enquanto ele olhava para a estrada, sua opinião mudou.
Mais carros e pessoas estavam chegando pelos dois lados da
estrada, parecia que eles sabiam que Smiley e Vanni estavam
presos fora dos muros.

— Vamos fazer isso. – Smiley admitia que Vanni estaria em


mais perigo se eles fossem completamente cercados por
centenas de humanos ao invés de apenas algumas dezenas.

— Estarei aí em poucos minutos. – Slash respondeu. – Está


saindo do controle. Fique no meio com ela, Smiley. Deixe-me
ser a ponta, correrei na frente e vou derrubar qualquer coisa na
frente de vocês dois.

— Faça isso. – Tim concordou.

Smiley se endireitou no assento e ajudou Vanni a se levantar


enquanto se imprensava contra Jericho, dando espaço para
Slash subir por cima do banco.

— Vai ficar tudo bem, fique ao meu lado. Estamos saindo da


SUV e caminhando para os portões. Vou te pegar se tivermos
problemas, apenas coloque seu rosto contra meu pescoço e se
segura com força.

— Vou ficar bem.

— Merda! – Flame assobiou. – Segurem-se!


Smiley olhou e viu os humanos correndo para eles, corpos e
mãos bateram contra as janelas e a SUV balançou. Tudo o que
Smiley poderia fazer era apertar os braços ao redor de Vanni
para coloca-la perto e segurar em um dos bancos. O veículo era
pesado, mas vinte ou trinta pessoas o cercava. Ele estava
tentando pegar a arma presa no tornozelo enquanto o balanço
ficava pior.

— Bombas de fumaça estão sendo lançadas. – Avisou um dos


oficiais ao longo da parede. – Preparem-se.

— Segure sua respiração quando abrirmos aquela porta e não


me solte, Vanni.

– Smiley rangeu os dentes.

Ele viu latas de metais voando de cima, elas caíram ao redor da


SUV, mas não bateram na massa de humanos. Fumaça branca
subiu rápido e os humanos ao lado das janelas começaram a
sufocar e tossir. Em menos de trinta segundos era difícil de ver
fora das janelas com a cegante e espessa fumaça. O balanço
cessou enquanto seus atacantes saiam.

— O portão está a três metros à nossa frente. Mantenham-se


longe do lado do motorista. – Wager pediu. – Vão!

Os dois pares de travas se soltaram e Smiley seguiu Slash


quando ele empurrou a porta aberta, acertando algo. Um
homem gritou com dor, ele não ligava uma porra se isso havia
acertado um humano. Smiley aninhou Vanni nos braços,
abraçou-a forte contra o peito e usou a memória para ir para
frente. Ele não tinha uma máscara, então segurou a respiração
e manteve o olhos quase fechados.

Uma mão segurou seu ombro e ele percebeu que era Slash
ajudando-o a continuar na direção certa. Ele olhou uma vez,
lamentando isso enquanto seus olhos lacrimejavam pela
fumaça irritante, mas ele foi capaz de ver as vans de notícia
que passaram. Estavam quase nos portões.

— Por aqui. – Um macho rosnou. – Continue vindo, temos


vocês cobertos.

Os braços de Vanni passaram ao redor do pescoço de Smiley e


as pernas dela se separaram, abraçando seus quadris. Os
dedos dela entraram na camisa dele, mas ele não e importou se
ela o arranhasse, Vanni estava provavelmente aterrorizada. Ele
espiou novamente e percebeu que a fumaça estava limpando
enquanto eles deixavam a área afetada. Viu os portões e uma
linha de oficiais da ONE mascarados com armas erguidas,
esperando por eles. Dois correram para frente e agarram os
membros da sua equipe, colocando-os para dentro.

Os portões se fecharam e Smiley sugou ar para os pulmões


famintos.

— Está tudo bem. – Ele sussurrou para Vanni. – Você não


sufocou.
Vanni arfou e tossiu um pouco, Smiley a abraçou mais
apertado e continuou caminhando para colocar mais distância
entre eles e a fumaça. Ele olhou ao redor, apreciando as
dezenas de Espécies que haviam corrido para ajudar no
segundo portão. Ele assentiu para alguns deles e piscou
rapidamente para limpar a irritação dos olhos.

— Você está bem?

Vanni assentiu contra o pescoço dele, ela manteve o rosto


enterrado lá. Smiley parou e apenas a segurou. Tinha cometido
um erro levando-a para longe do Homeland. Felizmente ela não
havia sido ferida, mas o trauma do que ela havia
experimentado poderia atrapalhar ela de ser sua companheira.
O chateou que tudo havia sido tão ruim e no entanto, tentou
empurrar a raiva para baixo, querendo acalmá-la.

— Bom, com certeza sabemos como fazer uma entrada.

— É assim que você chama isso? – Vanni ergueu a cabeça e


olhou para ele, os olhos bonitos pareciam assombrados, mas
ela sorria.

— Eles não conseguiram virar a SUV e estamos seguros em


Homeland.

— Por que eles fariam aquilo?


Smiley hesitou, não quero dar a ela mais más notícias.

— Eu não sei, talvez eles pensassem que era divertido correr


para uma SUV presa e virá-la de lado. Isso já aconteceu uma
vez, eles fizeram vídeos e os postaram como se fosse uma
diversão. A equipe dentro da SUV não achou que foi engraçado.

Um Jeep veio deslizando pela esquina e Smiley viu Tim O’berto


no assento do motorista. Ele avançou quando o homem pisou
nos freios e pulou para fora, deixando o motor funcionando.

— Ela está bem? Machucada?

— Ela está bem.

— Eu deveria ter concordado com o helicóptero. – Tim parecia


aliviado.

— Eu não deveria ter concordado em deixa-la sair de


Homeland. – Smiley respondeu, ele caminhou ao redor de Tim e
foi para o lado do passageiro do Jeep. – Entre, Vanni. Estamos
indo para casa.

Vanni desceu de cima dele e Smiley a ajudou a entrar no carro,


ele rodeou o veículo e subiu no assento do motorista.

— Estou levando Vanni para casa.

— Esse é meu Jeep. – Tim fez uma careta.


— Pegue outro e tenha as coisas de Vanni enviadas para a casa
dela. – Smiley lentamente deu a ré no Jeep, desde que Vanni
não havia colocado o cinto de segurança. Ele parou, trocou a
marcha e pisou no acelerador. Apenas queria ela em casa e a
salvo, Vanni não deixaria Homeland novamente.

Vanni ainda estava um pouco trêmula quando Smiley a


escoltou para dentro da casa. Ele fechou e trancou a porta, se
encostando contra ela. A expressão sombria dele dizia a ela que
ele não havia levado o que aconteceu tão bem quanto
implicava. Vanni chutou os saltos altos, feliz por estar fora
deles.

— Sem mais compras. – Smiley anunciou.

— Eu realmente não gosto disso de jeito nenhum. Compro


muita das minhas roupas online.

— Eu sinto muito. – Smiley piscou um pouco e respirou fundo.

— Pelo quê?

— Eu não deveria ter concordado com essa saída, não pensei


que você estaria em perigo. Falhei com você.

Smiley estava um pouco mais que chateado, ele parecia culpar


a si mesmo e ela se recusava a deixa-lo assim.
— Aquilo não foi sua culpa, cheguei à conclusão que aquelas
pessoas são imbecis e idiotas. Você me trouxe de volta sã e
salva. – Ela ergueu os braços e olhou para baixo. – Em um
pedaço. – O queixo dela se ergueu e sorriu para ele. – Eu estou
bem, foi assustador por alguns minutos, mas vamos rir disso
mais tarde.

— Eu nunca vou achar isso engraçado, eles poderiam ter virado


a SUV. – Smiley se empurrou da porta e caminhou para ela,
parando à alguns centímetros de distância.

— Eles não viraram.

— Poderiam ter virado.

Ela gostou do jeito que ele olhou para ela, os olhos lindos de
Smiley mostravam preocupação e interesse, tudo isso
direcionado a ela. Vanni se aproximou e colocou a mão contra o
peito de Smiley.

— Eu estou bem, estou mais preocupada com você agora.

— Por quê? – Os olhos dele se arregalaram.

— Você está mais chateado sobre o que aconteceu do que eu.

— Eu cometi um erro.
— Sobre o quê? – Seus batimentos aceleraram, isso soou como
se ele fosse dispensá-la. Vanni nem mesmo tinha certeza de
que isso era possível, desde que eles não estavam tendo
exatamente um relacionamento.

— Eu nunca deveria ter concordado em te levar às compras. Eu


não ligo para o que o mundo lá fora pensa de mim, eu sei que
foi pela ONE e para provar que as declarações da igreja Woods
são falsas, mas isso não valia arriscar sua vida. Eu não vou
concordar em te colocar em qualquer tipo de perigo novamente.

— Fui eu quem concordou em ir às compras.

— Você é minha para proteger, eu poderia ter passado por cima


dessa decisão.

— O que isso quer dizer? – Aquilo a surpreendeu.

— Você é minha responsabilidade para cuidar.

— É por isso que você está comigo? – Um pensamento horrível


surgiu e ela parou de tocá-lo. – Você se sente responsável?

— Não. – Smiley pestanejou.

— Não é sua culpa que fomos drogados, você era o alvo deles,
mas Gregory e seus seguidores fodidos fizeram isso a nós dois.
— Estou ciente. – Vanni recuou um passo e quase tropeçou nos
sapatos descartados. Ela se endireitou sozinha antes que
Smiley pudesse alcança-la e ajudar, colocando as mãos para
cima e dispensando. Doía pensar que ele talvez estivesse
apenas passando tempo com ela por algum senso de dever, seu
olhar se fechou com o dele.

— Você pelo menos gosta de mim ou isso é sobre culpa?

Os lábios de Smiley se separaram e ele parecia surpreso pela


pergunta dela.

— De verdade. Apenas me diga a verdade.

— Eu te quero, isso não é sobre culpa. – Ele avançou. – Nós


temos um vínculo.

— Um que foi forjado porque estivemos em um evento


traumático juntos.

— É mais que isso, eu sinto coisas por você.

— Eu não quero você aqui se isso é apenas porque você acha


que me deve algo. – Aquilo ajudou a diminuir a dor.

— Quero passar um tempo com você. – Smiley pestanejou. – Eu


estava atraído por você antes das drogas, continuo atraído.

— Tudo bem. – O aperto no peito dela diminuiu.


— Como você pôde até mesmo questionar minha atração? –
Smiley passou os dedos ao redor da curva dos quadris de
Vanni, segurando nela.

— Eu não sei.

— Você sabe ou não teria dito algo assim. Olhe para mim.

Vanni odiou ver o jeito que Smiley olhava para ela naquele
momento, como se ela houvesse machucado os sentimentos
dele. Isso a fez lamentar a suposição grosseira.

— Meu histórico com homens não é bom.

— Você é doce, Vanni. Você me faz rir e me enlouquece um


pouco.

— Eu sei que é um pouco incômodo, mas não sou muito de


sair.

— Você não me incomoda.

— Você acabou de dizer que eu te enlouqueço.

Smiley riu e a ponta dolorida no olhar dele foi varrido.

— É porque fico tão preocupado que vou dizer ou fazer algo que
vai te levar para longe. Eu não quero isso. Somos de passados
diferentes e estou preocupado que essas diferenças faça você
querer ir embora. Preciso que você fique.

— Você precisa?

— Muito. – Smiley soltou o quadril de Vanni com uma mão e


cobriu o rosto dela, inclinando a cabeça até que a boca
estivesse a centímetros dos lábios dela. – Eu também nunca
quero chamar o que experimentamos de traumático. Isso nos
juntou, não posso lamentar isso.

— Nem eu. – Ela admitiu.

— Deixe-me te levar para a cama, quero te provar quão


fortemente eu sinto. – Ele acariciou a bochecha dela. – Não sou
bom com palavras, mas posso te mostrar. – Os dedos de Smiley
correram da bochecha para o pescoço. – Diga sim.

— Você entende que tipicamente eu não corro para dentro de


um relacionamento sexual? – Vanni estava tentada.

— Entendo. O que compartilhamos é especial.

Vanni queria acreditar nisso.

— Não sei o que você espera ou quer de mim. É apenas sexo? –


Ela precisava expressar seus medos. – Eu não quero ser usada,
é como vou me sentir mais tarde se você apenas caminhar para
longe. Eu não faço sexo casual.
— Eu te assustaria se você soubesse quão sérios meus
sentimentos são. – Smiley rosnou suavemente.

— Isso é apenas uma linha?

— O que isso significa? – As sobrancelhas dele se arquearam e


um olhar confuso encheu os olhos dele.

— Os homens apenas dizem o que eles acham que uma mulher


quer ouvir para leva-la a concordar a ir para a cama com eles.
Eles não querem dizer isso.

— Eu não sou como os seus homens, Vanni. Eu não mentiria


para você. Nossas fêmeas não querem que eu diga a elas que
tenho sentimentos profundos, elas preferem machos que
mantém uma distância emocional. Eu não quero isso com você,
não iria compartilhar como me sinto se estivesse apenas
dizendo o que acho que você quer ouvir de mim. Eu os
esconderia.

— Então você está procurando por uma namorada? Uma


relação séria?

— Sim.

— Eu não sei como isso poderia funcionar entre nós. Você vive
aqui e eu moro a duas horas de distância. – Vanni queria poder
ver um jeito de fazer funcionar, mas queria ser totalmente
honesta. – Você também passa muito tempo na Reserva, isso é
no norte. Um relacionamento de longa distância nunca
funciona, nós nem mesmo podemos sair. Você viu o que
aconteceu quando fomos às compras juntos, não é como se
pudéssemos sair para jantar.

— Você não tem que sair do meu lado nunca, podemos viver
juntos.

Uau! Vanni respirou fundo.

— Isso é um tanto apressado.

— A vida é curta, Vanni. – Smiley deixou a mão cair para longe


da garganta dela.

Ela havia aprendido aquela lição. Gregory é um idiota poderiam


tê-la matado, ela também poderia ter morrido pela droga.
Olhou para Smiley e quis dizer sim, mas apenas não era tão
simples. Ela queria que fosse.

— Me dê algum tempo.

— Te darei qualquer coisa que precisar. – Ele deu um passo


atrás e puxou para segui-lo.

Eles terminaram no quarto, Smiley se sentou na cama e se


curvou para remover as botas. Vanni gostou de vê-lo tirando a
camisa, Smiley tinha um peito lindo e o corpo em forma sempre
lhe tirava o fôlego. Ele se ergueu e inclinou a cabeça.

— Vai me deixar mostrar como me sinto?

Vanni rapidamente começou a desabotoar a blusa, Smiley


assistiu enquanto ela removia e deixou cair no chão. O olhar
dele parecia fixo no sutiã.

— Você é tão linda.

Isso a encorajou a alcançar atrás e descer o zíper da saia e


então a desceu pelos quadris, isso caiu no chão e Vanni ficou lá
com sutiã e calcinha. Smiley veio para mais perto e se esticou
ao redor para retirar o sutiã dela, ele fez isso em segundos.
Vanni havia notado na primeira vez que ele havia soltado
facilmente seu sutiã e parecia ter alguma experiência em deixar
uma mulher nua. Smiley olhou para baixo enquanto
desnudava os seios dela, um suave e sexy barulho vindo dos
lábios separados. Ele não era como nenhum dos outros
homens que ela havia conhecido, ela decidiu que ele era muito
melhor. Nenhum a havia afetado do jeito que ele fizera.

Ele acariciou suavemente os quadris dela antes de enfiar os


polegares nos lados da calcinha e a surpreendeu caindo de
joelhos, ele as desceu até que estavam ao redor dos tornozelos.
Vanni usou o apoio dos ombros dele para se equilibrar
enquanto saia da calcinha. Smiley olhou para ela, os olhos
escuros nublados de paixão.
— Você deveria nunca usar roupas.

— Você também. – Vanni admitiu. – Você está um pouco


vestido demais.

— Suba na cama.

Vanni se moveu para fora do alcance dele e se sentou nos


lençóis, Smiley abriu a frente da calça e apenas a empurrou
para baixo, nem mesmo se incomodando em removê-las. Ele
subiu na cama e Vanni deitou de costas quando ele subiu em
cima dela até que o rosto estava exatamente acima do dela.

— Deixe-me te beijar.

— Por favor. – Vanni passou os braços ao redor do pescoço de


Smiley, lambendo os lábios para molhá-los.

Os lábios suaves dele pincelaram nos dela. Entretanto, aquilo


mudou rapidamente quando Smiley aprofundou o beijo e Vanni
encontrou a paixão dele. Smiley baixou um pouco mais do peso
nela, prendendo-a na cama. Vanni gostou de quão quente a
pele dele era, pressionada firme contra a dela, e o jeito que ele
mudou os quadris, encostando contra suas pernas para deixa-
la saber o que ele queria. Vanni separou as pernas para dar
espaço para ele entre elas.
Smiley quebrou o beijo e se ergueu o suficiente para olhar
dentro dos olhos de Vanni.

— Vou nos rolar.

Ela quis protestar, mas isso estava feito antes que ela pudesse
falar. Vanni terminou espalhada em cima de Smiley, ela tentou
se afastar um pouco, mas o pau duro batendo contra sua
boceta a parou. As mãos dele se ajeitaram nas costelas dela
enquanto curvou as pernas para ergueu mais alto os ombros de
Vanni, permitindo a ele cobrir os seios dela.

Vanni fechou os olhos pela sensação das mãos firmes


segurando-a, ela mordeu o lábio inferior, gostando das caricias.

— Tão linda e suave.

Segurando os joelhos no colchão, Vanni tentou erguer a boceta


do baixo ventre de Smiley, a dor entre as pernas um sinal
gritante que ela estava ficando excitada. Smiley a estava
deixando quente e ela não queria deixa-lo molhado.

Ele soltou um dos seios para pegar o quadril dela e a colocou


para baixo novamente. Vanni abriu os olhos e olhou para
Smiley, ele sacudiu a cabeça.

— Fique onde você está.


Ele curvou mais as pernas, chutando as calças como estava e
prendeu Vanni onde ela estava sentada no topo das coxas dele
pressionada com sua bunda. O eixo duro dele estava preso
entre eles, não havia nenhum engano do eixo grosso e duro.
Smiley rolou vagarosamente os quadris, o movimento erótico
esfregou o clitóris de Vanni contra ele. Ela ajeitou as mãos no
peito de Smiley, querendo apenas algo para se segurar.

— O que você está fazendo? – Ela não havia experimentado


nada perto disso.

— Eu gosto de olhar seu rosto.

Aquilo a fez corar. Vanni quebrou o contato visual e olhou para


o estômago de Smiley. O abdômen bem definido se flexionava
enquanto ele continuava a moer vagarosamente os quadris
enquanto ela se sentava em cima dele. A dor aumentou, quase
uma amostra do que iria sentir se o pau dele estivesse dentro
dela. Vanni ficou mais molhada e sabia que ele deveria estar
consciente disso.

Smiley soltou seu quadril e deslizou o polegar entre a sua


boceta e o baixo ventre dele. Ele traçou a linha, brincando com
a prova do desejo e então pressionou a ponta do polegar contra
o clitóris de Vanni e ela gemeu.

— Tão linda. – Smiley murmurou.

— Smiley! – Ela o queria dentro dela.


— Ainda não. Eu te quero muito, você precisa gozar primeiro,
então vai estar preparada.

Para o quê? Vanni já estava molhada e pronta para o sexo.


Smiley continuou a brincar com os seios dela, usando o polegar
e o indicador para prender gentilmente os mamilos. Ela fechou
os olhos, o rastro afiado de prazer fazendo sua boceta cerrar.

O pênis de Smiley estava mais duro enquanto esfregava a


bunda dela e os músculos das coxas deles pressionando
apertado contra ela também. Smiley rolou os quadris sob ela, o
moer lento a enlouquecendo. Vanni queria tanto ele quanto
nunca havia querido outro alguém, o olhar intenso e sexy dele
parecendo ver bem dentro da alma dela enquanto o polegar
dele circulava o clitóris em movimentos curtos que a deixavam
selvagem. Vanni arquejou e gemeu, ela lutou contra a urgência
de enfiar as unha na pele de Smiley.

— Por favor. – Ela implorou.

— Porra. – Ele rosnou. – Eu nunca poderia dizer não a você. –


Smiley afastou a mão, parando de atormentar o clitóris de
Vanni, baixou as pernas e se sentou. Vanni quase caiu para
trás agora que ele não a estava mais apoiando, Smiley também
havia parado de massagear seus seios.

— Vou tentar ser gentil.


Smiley a rolou para o lado, Vanni não viu isso chegando e ficou
deitada lá, surpresa até que Smiley ficou de joelhos e se curvou
para frente, segurando os quadris dela. Ele a virou no estômago
como se ela não pesasse nada.

— Mãos e joelhos. – Ele pediu, a voz vindo profunda e áspera,


enviando arrepios em sua espinha.

Vanni se ergueu e fez o que Smiley queria, doendo para que ele
a fodesse. Ela esperava que ele fosse subir e coloca-la sob ele,
mas Smiley a surpreendeu novamente quando agarrou as
coxas dela e a apressou para separá-las. Ela separou os joelhos
até que Smiley a soltou e se sentou sobre os calcanhares.

Vanni arfou quando ele enfiou as duas mãos entre as pernas


separadas dela, achatando-a no baixo ventre e a empurrou
para trás. O movimento rápido a ergueu sem os joelhos e o
peito bateu na cama quando os braços colapsaram, a coroa
espessa do pau dele pressionou contra sua boceta e ele entrou.
Vanni gritou quando Smiley subitamente se enfiou dentro dela,
ele aliviou as mãos de dentro então ela estava metade no colo
dele, o rosto na cama com os joelhos curvados sob o estômago.
Smiley separou suas pernas mais largas e se curvou para
frente, ficando em cima dela.

Smiley a fodeu duro e profundo, uma mão passada ao redor do


quadril de Vanni para a manter no lugar. Ela se agarrou na
cama, não se importando se as unhas a danificassem. Os
dedos de Smiley encontraram seu clitóris e com cada
movimento dos quadris dele a fricção a levava mais alto, ele
enfiou o rosto contra as cobertas, gemendo mais alto enquanto
Smiley aumentava o ritmo.

Isso era tão bom que quase doía. Seus músculos vaginais se
cerravam em antecipação ao clímax iminente, juntamente com
cada outro músculo do corpo. Smiley a fodeu muito mais
rápido, a cabeceira batendo muito alto contra a parede. Ela não
se importava. Ele estava tão duro e isso era tão bom.

— Você esta me matando, Vanni. – Smiley rosnou.

Vanni teria dito o mesmo, mas as palavras explodiram ao redor


dela quando começou a gozar. Extase rasgou por ela e tinha
certeza que gritara. Smiley arrancou a mão de entre eles e
agarrou os quadris dela, entrando nela tão profundo quando
pudesse e estremecendo com força o suficiente para sacudir os
dois ao gozar também, rosnando o nome de Vanni.

O pau dele pulsava dentro de Vanni como se tivesse um


batimento cardíaco, Smiley diminuiu as estocadas apertadas
até que parou. O aperto firme nos quadris dela aliviando e ele
foi para frente, o peito pressionando contra as costas dela.
Smiley não a esmagou com o peso, mas definitivamente a tinha
presa.

— Nenhuma fêmea me fez sentir do jeito que você me faz,


Vanni. – Ele murmurou, a respiração errática. – Eu fui muito
bruto?
— Eu amei. – Vanni apenas sacudiu a cabeça, juntando a
energia para virar a cabeça e olhar para ele.

Smiley depositou um beijo no seu ombro e acariciou o exterior


da coxa dela, as mãos gentis enquanto explorava a forma dela
do quadril aos joelhos e de volta novamente.

— Eu também, vamos fazer muito isso. Com frequência.

Smiley parou de brincar com o quadril de Vanni, passou os


braços ao redor da cintura e do ventre dela. Vanni gemeu
quando ele passou os dedos pelo clitóris e a acariciou lá. Seus
músculos vaginais se torceram e Smiley rosnou.

— Eu vou te foder novamente.

As palavras dele a surpreenderam, ele continuava duro dentro


dela. Smiley rolou os quadris, quase saiu da boceta dela, mas
então colocou o pau profundamente de novo. Dois dedos
capturaram o clitóris entre eles, puxando levemente. Vanni
gemeu.

— Tão rápido?

— Eu não sou como seus homens.


Capitulo Dezessete

O cochilo curto deles foi interrompido por uma ligação, Smiley


havia beijado a bochecha de Vanni e dito a ela para voltar a
dormir. Ele havia sido notificado de uma reunião que tinha que
participar. Vanni havia saído da cama no segundo que a porta
se fechou e se ergueu em passos vacilantes, cada músculo da
cintura para baixo começou a doer. Ela grunhiu e caminhou ao
banheiro para um banho quente.

— O que você esperava? Você está fazendo com o Sr. Fitness. –


Ela murmurou quando as pernas tremeram depois que ela
desceu, os músculos da coxa queimaram um pouco e sua
bunda queria ser acertada a cada passo. O banho aliviou seu
desconforto.

Vanni se curvou para secar os cabelos e grunhiu, suas partes


de garota estavam bem, mas talvez ela tivesse esticado os
músculos da bunda. Terminou de esfregar os cabelos e usou o
balcão para ajudar a se endireitar.

A imagem no espelho a fez se encolher, seu cabelo molhado


pendurado, os fios juntos e os lábios parecendo inchados pelos
beijos de Smiley. Vanni se afastou do reflexo e passou a toalha
ao redor do corpo.

— Devo me exercitar mais. – Ela murmurou, mancando para o


quarto. Ela fez isso até a cama e apenas caiu lá, feliz por não
estar mais de pé. Olhou para o telefone na mesinha ao lado e
quis ligar para Beth. Sua amiga iria rir pelo seu dilema. Beth
iria achar isso engraçado, mas tudo isso fez Vanni imaginar
como ela iria esconder seu desconforto de Smiley.

O telefone tocou e ela grunhiu, se esticando para alcançar no


caso de que fosse Smiley ligando para checa-la.

— Alô?

— Você foi estuprada e drogada?

Vanni piscou, identificando a voz dura do irmão.

— Oi, Count. Não. Não é verdade, se você ouviu essa história.

— O que diabos tem você nos metendo nisso?

Ela tentou pensar no que dizer.

— Responda a droga da pergunta. – Ele pediu. – Mamãe e papai


estão DEA6 e fomos isolados em um hotel. De todos os caras
que você poderia foder, escolheu um Nova Espécie? Você não
poderia ter feito uma última tentativa com um striper em sua
despedida de solteira como qualquer pessoa normal?

— Mamãe e papai foram para a cabana, mas tenho certeza que


você já adivinhou isso. É para lá que eles sempre vão. – Vanni

6
DEA – Desaparecidos Em Ação. Do inglês AWOL (Absent Without Official Leave), um termo utilizado no
exército do EUA para definir uma deserção de um soldado ou algum membro do corpo militar do país.
rolou de costas, agarrou o telefone na orelha e olhou para o
teto.

— Isso é tudo o que tem a dizer? Você arruinou nossas vidas


essa semana, eu quero respostas. O que diabos está
acontecendo? Você tem sorte que eu não atirei na equipe de
segurança que chegou. Nós ouvimos algo sobre você
comparecendo a uma coletiva de imprensa e que você foi
vitimizada pela ONE e então eles apareceram aqui, dizendo que
nós estávamos em perigo. Você deveria ter nos avisado que tipo
de inferno iria cair em nossa família.

Vanni odiou as lágrimas que encheram seus olhos. Ela era a


bebê da família e sempre tentara muito voar sob o radar. Count
tinha todo o direito de estar zangado.

— Eu sinto muito.

— Sentir muito não muda o fato de que você embaraçou a


família inteira que estamos pagando por isso. Eu nem mesmo
sei o que pensar. Que tipo de idiota vai a um bar e pega um
estranho? Então você teve que fazer isso com câmeras ligadas e
isso foi mostrado para todos verem. Nós te criamos melhor. –
Ele xingou. – Desligue isso, Mia. Estou falando com ela.

— Você está sendo um imbecil. – A irmã de Vanni insistia de


algum lugar perto do telefone. – Deixe-me falar com ela.
— Eu não terminei. – Count insistia. – Ela não poderia ter feito
vídeos de culinária ou algo assim se queria ser uma sensação
na internet? Porra, não. Nossa irmã se tornou uma espécie de
estrela pornô.

— Que droga! – Mia gritou. – Me dá o telefone, bafo de bode.


Você escovou seus dentes? Pobre da sua esposa. Vá encontrar
uma escova. Eu preciso te lembrar da merda que você fez no
ensino médio? Seus amigos policiais sabem que você
costumava fumar maconha? Não chute a bunda dela.

— Ela não está no ensino médio, ela é uma adulta.

Vanni piscou. Seus irmãos estavam brigando por causa dela.


Eles tinham idades próximas e isso poderia ficar feio uma vez
que eles começassem. O par geralmente maduro se
transformava em crianças de sete anos de idade
ocasionalmente quando discutiam. Mia deveria ter ganhado o
poder sobre o telefone, desde que Count uivou de dor e a voz de
Mia veio do receptor.

— Você está bem, Vanni? Ignore nosso irmão idiota, ele não
quis dizer nada disso. Estamos apenas muito preocupados,
estamos ouvindo muitas coisas conflitantes.

— Count quis dizer isso, ele está zangado. – Vanni piscou as


lágrimas para longe.
— Tudo bem, então ele quis. – Mia pausou o som de algo
batendo pôde ser ouvido, Count xingou. – Para com isso, tente
pegar isso novamente e vou arrancar a merda fora de você. –
Mia ameaçou. – Eu não estava brincando sobre seu bafo, você
cheira como bunda. Vai escovar teus dentes.

— Estou indo buscar teu marido. – Count zombou.

— Faça isso. Ele também tem medo das minhas unhas quando
estou chateada. Tente pegar o telefone mais uma vez e você vai
sangrar. – Mia avisou. – E não bafeje em meu marido. O que
diabos você comeu?

— Por favor, não briguem. – Vanni pediu.

— Espera aí. – Mia bateu uma porta. – Há! Está trancada,


imbecil! – A voz dela baixou. – Eu estou no banheiro, ele não
ousaria chutar essa porta. Você deveria ver o lugar que eles nos
colocaram, é pomposo como o inferno. As portas provavelmente
custam mais que aquela amada lata-velha que ele chama de
clássico.

— Eu sinto muito. – Vanni sussurrou.

— Está feito, eu apenas odiei que não pudemos falar com você
antes. Por que você estava evitando nossas ligações no fim de
semana? O que está realmente acontecendo, Vanni?

— Eu não quis que nada disso acontecesse.


— Está tudo bem. Você está bem? Essa é a coisa mais
importante.

— Eu estou.

— Como você está aguentando? Eu não posso imaginar o que


você está fazendo, no entanto.

— Estou bem. – Ela não iria compartilhar sobre seus


ferimentos do sexo, que estavam fazendo sua bunda e suas
pernas doerem. – É apenas um tipo de pesadelo com a
imprensa e a igreja Woods.

— A equipe de segurança disse que a igreja Woods era uma


ameaça para nós e que era por isso que nós estamos aqui. Eu
sabia que aquela família era merda uma vez que descobri quem
o pai era. Eles são um bando de lunáticos. O que Carl fez com
você? Ele te bateu? Eu não gostava daquele idiota. Ele era
muito liso e controlado.

— Eu pensei que você gostasse dele tanto quando o resto da


família. – Aquilo deixou Vanni atônita.

— Eu estava sendo legal. Suei meu cérebro pensando no


porquê você teria terminado entrando em um bar e pegando
algum cara que você não conhece desde Adão. Eu te conheço
muito bem. Carl ou te traiu ou te bateu. Qual foi?
Vanni não poderia contar à irmã a história inteira, então ela
passou pela maior parte, mas compartilhou como ele a havia
enganado para ir para a convenção e o jeito que a havia
tratado.

— Eu estava cheia, não quis que isso acontecesse no bar, mas


não me arrependo. – Aquilo era verdade. – Smiley está aqui
comigo. Ele é maravilhoso.

O silêncio no outro lado da linha se tornou desconfortável. A


irmã dela finalmente falou.

— Ele pode ouvir o que estou dizendo?

— Não, estou sozinha agora.

— Você está sendo mantida aí contra sua vontade?

— Não. – Vanni se sentou e piscou, esquecendo sua dor. –


Smiley é maravilhoso. A ONE está me protegendo do pai de Carl
e dos fieis malucos dele. Eles estão dizendo que fui drogada e
forçada a, hum, você sabe.

— Eu sei, nós ouvimos. Foi o que disse a Count depois que


assistimos o jornal mais cedo hoje. Você parecia feliz, mas
assustada. Eu gostei do jeito que aquele cara estava todo
protetor com você.

— Hoje?
— Quando a ONE te levou às compras, está em todos os
noticiários.

O olhar de Vanni mudou para a TV na cômoda, ela estava


tentada a liga-la para ver se eles estavam passando a matéria,
mas resistiu.

— Isso se tornou um tanto ferrado quando todas aquelas


pessoas apareceram, mas estou bem. De verdade.

— Que tipo de ameaça vocês estão tento da igreja Woods? Eles


querem vingança porque você despejou Carl? Eu lembro
daquele grupo religioso que tentou queimar uma mulher viva
na frente dos portões da ONE por dormir com um Nova
Espécie. – A voz de Mia tremeu. – Eles vão querer te matar?

— Talvez. Eles são loucos, Mia. Entretanto, estou segura aqui.

— Graças a Deus, não saia dai.

— Eu não vou.

— Esse Smiley está te tratando bem? Ele parecia muito


preocupado hoje.

— Sim, ele é muito doce e maravilhoso.


— Fico feliz de ouvir isso. Count está apto a ser amarrado, mas
não deixe ele chegar até você. Você sabe como nosso irmão é. O
jeito torcido e controlador dele de ser um grande idiota quando
está preocupado. Ele teve um complexo quando era criança e
agora que tem uma medalha acha que sabe de tudo. Eu não
tenho que cozinhar ou limpar, então estou vendo isso como
férias grátis com um monte de guardas de segurança. Eu só
queria que eles não tivessem nos dados suítes conectados
porque mais dois dias ouvindo nosso irmão e vou considerar
jogá-lo pela janela, para ver se ele vira um morcego e pode voar.

Vanni gargalhou, essa era uma piada antiga.

— Obrigado, Mia. Eu estava com medo de que você estivesse


zangada comigo também.

— Estou apenas preocupada. Você faz o que sua equipe de


segurança diz, eles parecem conhecer essas coisas. Eles nos
tiveram embalados e arrumados para fora de nossas casas em
um curto tempo e nos colocaram em coberturas desse hotel.
Nós temos o andar inteiro, então estamos a salvo.

— Eu estava preocupada.

— Estamos mais preocupados com você, você não é exatamente


durona.

— Eu não sou uma fracote. – Ela se ressentiu da implicação.


— Não, você não é, querida. Você é apenas um pouco protegida
e sempre fomos protetores com você.

— Eu não sou mais uma criança e já pedi para você parar. Eu


agradeço pelo que você está fazendo, pelo menos.

— Preciso ir. Count, o rato bastardo, deu com a língua nos


dentes para meu marido. Eles estão discutindo do outro lado
da porta e não quero que eles comecem a trocar socos.

— Amo você.

— Também te amo. Desligue! – Mia subitamente gritou.

A ligação desconectou e Vanni recolocou o receptor na base,


grata que não estava ficando no hotel com a família. A família
dos seus irmãos vivendo juntos parecia um pesadelo, eles
nunca poderiam estar sob o mesmo teto por mais de poucas
horas sem isso se tornar um pandemônio.

Vanni avançou para fora da cama e xingou, precisava de uma


massagem e de um relaxamento dos músculos. Ela preferiu ir à
cozinha pegar um refrigerante ao invés disso, desde que as
duas primeiras opções não eram viáveis. As sacolas da
expedição deles estavam no balcão, Vanni abriu uma lata e
tomou um gole, decidindo se vestir. Andar ao redor podia
ajudar a aliviar um pouco da dor antes que Smiley voltasse.
Ela também lembrou que precisava fazer algumas ligações.
Gregory Woods continuava com a carteira dela e todos os
cartões de crédito. Precisava cancelá-los, mas não queria ir
contra as ordens de Justice North sobre as restrições de
telefone. Ela perguntaria a Smiley e ele diria se estava tudo
bem. Cancelar e substituir tudo seria uma trabalheira.

Smiley odiou que todos na sala tinham ouvido a conversa de


Vanni com a irmã e o irmão. O encontro havia sido montado
quando eles receberam uma mensagem de que uma ligação
havia chegado para ela. Ela havia sido reproduzida através do
telefone de Justice, o lado deles mudo. Não gostara
instantaneamente do irmão dela, depois que ele havia rasgado
Vanni. Quando a chamada terminou, ele se ergueu.

— Estou indo ver como ela está.

— Ela soou bem, não terminamos. – Justice pestanejou.

— Eu não sei porque todo mundo teve que ouvir a conversa


dela. – Não foi a primeira vez que Smiley havia protestado.

— Sinto muito sobre isso. – Justice fez uma carranca. – Mas


precisávamos saber o que foi dito. Precisávamos saber se a
família dela estava descontente sobre ela estando aqui e se eles
se ressentiam de estar em um hotel. Eles tem uma história com
Carl Woods e eles poderia usar essa associação para manchar a
opinião deles sobre nós apressando sua fêmea para deixar
Homeland.
— Isso não aconteceu, a irmã dela disse para ela ficar onde
está segura. – Smiley sabia que Justice estava certo.

— Boa coisa.

— O que isso significa? – Smiley lançou um olhar para Jericho.

— Nós apenas tivemos o bartender entregue a nós. Pensei que


você gostaria de estar presente para isso ao invés de
amarrando Vanni a uma cama para mantê-la a salvo. Eu faria
isso se ela fosse minha fêmea.

— Isso funciona. – Fury deu risada.

— Não me lembre. – Justice rosnou baixo e estreitou o olhar em


Fury. – E eu lembro de você tendo Ellie amarrada em sua cama
por uma razão diferente.

— Acredito que fui contratado depois disso. – Miles Eron


murmurou. – Vocês precisam de muita ajuda com suas
imagens públicas.

— Quem quer ter o prazer de assustar os humanos até a morte


e fazê-los falar?
– O humor de Fury sumiu.

— Eu quero. – Smiley se voluntariou.


— Não, eu farei isso. – Jericho ficou de pé.

— Ele drogou a mim e Vanni. – Smiley encarou Jericho, pronto


para discutir.

— Exatamente. Isso é pessoal, ele não pode falar se você perder


a calma e quebrar a mandíbula dele. Deixe seus sentimentos de
lado respondendo a minha pergunta com total honestidade.
Quem vai assustar mais o humano? Eu ou você?

— Tudo bem, mas quero estar lá. – Smiley odiou, mas se


curvou à logica de Jericho.

— Eu não ia esperar nada menos. – Jericho assentiu. – A visão


de você vai deixa-lo nervoso.

— Eu lembro quando eu costumava estar no comando. –


Justice meditou. – Eu até mesmo tinha um bonito escritório e
uma mesa.

— Desculpe. – Jericho não parecia lamentar, no entanto.

— Realmente não acho que isso seja uma boa ideia. – Miles
protestou. – Acho que a equipe da força-tarefa está fazendo um
bom trabalho.

— Anotado, Miles. Apreciamos sua entrada, mas isso não está


acontecendo fora das paredes de Homeland. Jericho tem um
bom plano. Eles estão guardando o humano na sala de
interrogatório dois, todos queremos ver isso. – Justice se
levantou.

— Estamos indo gravar isso? – Fury arqueou uma sobrancelha,


questionadora.

— Vamos mandar para a imprensa. – Justice assentiu e olhou


para Smiley e Jericho. – Mantenham isso em mente, humanos
são cheios de melindres sobre coisas que eles acham muito
violentas ou assustadoras.

— É por isso que acho que a força-tarefa deveria lidar com isso.
– Miles se ergueu também. – Vai parecer que vocês
aterrorizaram aquele humano para uma confissão. Vocês me
pagam para dizer o que as pessoas vão pensar, aqui está.

— Desista. – Cindy murmurou. – Ninguém mais vai concordar


com você.

— O que você disse? – Miles se virou e olhou para ela.

— Não queremos que a ONE pareça como se precisasse de nós


para lidar com os assuntos de segurança deles. – Cindy ergueu
a voz. – Isso é pior do que soltar um vídeo com um deles
interrogando esse bartender. Queremos que as pessoas temam
os Novas Espécies o suficiente para não foder com eles no
futuro.

— A força-tarefa assusta qualquer um. – Miles olhou para ela.


— Acho que Jericho é mais assustador. – Ela lançou um sorriso
ao primata. – Tenho total fé em você.

— Obrigado. – Jericho sorriu de volta.

— Continuo achando que isso é um erro. – Miles encarou


Justice. – Por que mesmo vocês nos pagam para lidar com a
imprensa se você se recusa a ouvir meus conselhos?

— Não é por sua personalidade de campeão. – Cindy


murmurou baixo o suficiente para que seu chefe não ouvisse.
Justice gargalhou.

— Nós precisamos de sua ajuda lidando com as excursões de


compras, você foi o único que decidiu passear lá fora. Nós
lidamos com isso.

— Continuo pensando que isso é um erro. – Miles sacudiu a


cabeça.

— Ele acha que essa gravata parece boa, eu desisto. – Cindy


rolou os olhos e virou na cadeira, pegando a atenção de todos. –
Apenas não soque o merdinha na frente das câmeras antes que
você o tenha falando. Isso seria um exagero. As pessoas talvez
vejam isso como uma confissão forçada. Não queremos
ninguém gritando sobre direitos humanos sendo violados.

— Como se aquele humano ligasse sobre isso quando nos


drogou. – Smiley assobiou.
— Concordo. – Cindy reconheceu. – Meu coração não está
sangrando por aquele imbecil, mas tudo o que estou dizendo é,
não inflijam ferimentos que podem aparecer. O bartender pode
não ter sido advertido do perigo. Isso não o desculpa, mas
estou apenas dizendo que você pode tentar manter a câmera
em mente, então podemos usar isso na guerra midiática que a
igreja Woods começou.

— Eles queriam alguém para ser lançando às autoridades


humanas para ser processado. – Justice disse enquanto
rodeava a mesa.

— Você está dando ele aos humanos? – Smiley estava


ultrajado.

— Eu tenho um plano. – Justice parou ao lado dele.

— E qual seria? O sistema de justiça deles não é duro o


suficiente. Ele merece ser mandado à prisão Fuller, não para
alguma prisão humana com televisão e visitas. – Smiley cerrou
os punhos, com raiva.

— Se há algo que aprendemos é que nossos inimigos tentam


sair do país quando estamos atrás deles. As autoridades
humanas e os noticiários sabem disso também. Eu quero
colocar pressão suficiente em Gregory Woods para fazê-lo
tentar escapar. Estaremos esperando. – Justice se inclinou e
segurou o olhar de Smiley.
— Eu não posso ouvir essa parte. – Miles retrocedeu para a
porta. – Estou fora daqui, meus assessores jurídicos iriam me
dizer para não ser parte dessa conversa. – Ele saiu da sala.

— Você está saindo também? – Justice arqueou uma


sobrancelha para Cindy.

— Eu tenho essa condição que chamo de senilidade


improvisada. Eu não lembro uma droga de coisa quando não
quero lembrar. Vá em frente, eu não perderia isso por nada.

— Você tem uma equipe no local para pegá-lo? – Um pouco da


raiva de Smiley se dissipou.

— Vamos ajuda-lo a desaparecer. O mundo lá fora vai pensar


que ele está pegando um bronzeado decente em alguma praia,
mas não vai haver luz do sol para onde ele está indo. A prisão
Fuller está ficando um pouco superlotada, entretanto não
temos um programa de soltura tão cedo. Já pedimos novas
celas. – Justice sorriu, mas isso não alcançou os olhos.

— Vocês não tem legalmente que soltar as identidades de quem


quer que você aprisionam em Fuller. – Cindy sorriu. – Um
ponto para os caras legais.

— Eu chequei, o pessoal de Fuller reuniu os beliches e recebeu


novas camas. Eles estão apenas esperando para colocar as
roupas nos novos prisioneiros. – Fury gargalhou.
— Tem certeza que ele não vai fugir? – Smiley se acalmou.

— Positivo. – Justice jurou. – Ele tem muito medo de mijar sem


uma equipe de segurança fora da porta. Ele apenas contratou
dois dos novos membros da força-tarefa disfarçados, ele não
tem ideia de quem eles realmente são.

— Isso é totalmente verdade. – Cindy assentiu. – Estive


pesquisando Gregory Woods por um ano, desde que ele atingiu
o nível de popularidade. Ele é todo boca e nada de espinha,
agora ele está sendo paranoico como o inferno e tenho
monitorado o aumento nos detalhes da segurança dele nos
últimos poucos dias. Ele costumava manter três pessoas ao
redor dele, mas ele dobrou esse número.

— Nossos membros da equipe o tem em uma linha e clonaram


todos os aparelhos dele. – Fury anunciou. – Ele é muito
dependente dos eletrônicos e já fez pesquisas por países que
não extraditam para fugir. Ele também contratou um jato
particular para estar esperando, um dos nossos humanos já
está usando o uniforme de piloto da companhia. Ele vai correr
logo para nosso piloto e ser levado para onde nossa equipe
estará esperando para leva-lo em custódia.

— E sobre o filho? Eu o quero também. – Smiley não ia


esquecer que aquele Carl Woods deixou Vanni com o pai dele.
— Eles e o pai podem compartilhar uma jaula, o pai não sairia
sem o filho. – Justice assentiu.

— Por todas as indicações que encontrei, Carl Woods é


altamente dependente do dinheiro do pai dele. – Cindy retirou
um aparelho eletrônico da bolsa no chão. – Ele gasta mais do
que ganha e para ser honesta, ele não é o melhor advogado. O
pai dele pagou para abrir o escritório particular e deu a ele a
maioria dos clientes.

— Essa é a dívida atual dele. – Ela virou a tela para mostrar


algo a Justice. – As portas do escritório dele apenas estão
abertas porque o papai salva a bunda dele a cada mês. A casa
dele está hipotecada por mais do que vale e a bunda dele seria
sem-teto e desempregada em três meses se o dinheiro fosse
cortado. Gregory Woods é um cuzão que ama manter todo
mundo ao redor dele em amarras, é um patético complexo de
Deus que ele tem. Aposto minha barra de chocolate na minha
bolsa que Carl Woods percebeu que o dinheiro será cortado se
ele não grudar na bunda do pai dele. Quero dizer, na carteira.
Ele também vai saber, se as acusações criminais são colocadas
contra Gregory, a primeira coisa que iria acontecer será eles
congelar as contas dele quando ele for preso. Isso significa com
certeza que o dinheiro vai ser cortado.

— E se ele não for com o pai dele? – Smiley não estava disposto
a arriscar isso.
— Então vamos pegá-los poucas semanas depois que o pai dele
desaparecer. – Fury chamou sua atenção. – Todo mundo vai
pensar que ele apenas se encontrou com ele mais tarde. Isso
vai ser correto.

— Especialmente quando eles entrarem na casa dele e o


expulsarem das agradáveis suítes de escritório dele. – Cindy
adicionou. – Até mesmo o carro dele é alugado.

— E Bruce? Eu o quero mais. Ele atingiu Vanni com o Taser e


fez ameaças. – Smiley não ia permitir que aquele homem
fugisse após tê-la machucado.

— Corremos os antecedentes dele. Você quer bater em alguém e


fazê-lo sangrar? Ele é todo seu. – Justice se afastou.

— Ele gosta de machucar mulheres. – Fury rosnou. – Ele foi


preso seis vezes por bater e aterrorizá-las. As fêmeas retiraram
as queixas depois do que a policia suspeitou que ele fez
ameaças. Gregory Woods contou a sua Vanni que temos um
túmulo para nossos inimigos. Acho que deveríamos começar
um.

— Agora, Fury. – Justice lançou a ele um olhar divertido. – Ele


faria um fertilizante horrível, eu não iria querer expor nossa
vegetação aos restos dele.

— Verdade. Ele é um pedaço de merda, no entanto.


— Deixe-o vivo depois que você o ensinar como dói ser
acertado. – Justice assentiu e segurou o olhar de Smiley. –
Vamos pegar ele quando as equipes trouxerem Gregory. Acho
que a morte será muito suave, deixe ele passar a vida em uma
gaiola. Ele não gostaria de sair do lado do chefe, vamos ajuda-
lo a obter essa meta. Vamos lá.

— Eu gostaria de ir com vocês, mas Miles está provavelmente


esperando no carro. Ele queria ir embora depois da reunião e
você pode adivinhar quem está dirigindo. Não seria ele. – Ela
caminhou para Smiley. – Fico feliz que você pegou a garota. –
Ela piscou. – Segure-a firme, ela parece alguém para se manter.
Smiley assentiu em concordância e seguiu os homens para fora
do escritório de Justice para a Segurança. Ele entrou na sala
de espera primeiro, reconhecendo o bartender do hotel. Os
olhos do homem se arregalaram depois de ver Smiley, ele ficou
tenso na cadeira.

— Você lembra de mim. – Smiley manteve distância do homem


e cruzou os braços acima do peito. – Eu lembro de você.

— Vou fazer a conversa. – Jericho entrou na sala de


interrogatório e bateu a porta.

Smiley mostrou as presas, mas deu um passo para o lado. Ele


olhou para o homem que estava algemado à cadeira, mas teve
certeza que ficou de pé fora da visão da câmera colocada no
canto. Jericho retumbou alto enquanto caminhava para frente,
foi um som que quis intimidar o humano.
— Eu não fiz nada! – Os olhos do humano estavam abertos com
medo.

Jericho se agachou a poucos passos do homem, apenas


olhando para ele. Smiley notou que ele havia inclinado a
cabeça alto o suficiente para que a luminosidade na sala
pudesse pegar as matizes vermelhas dos olhos dele. O
bartender tentou empurrar a cadeira para trás, mas percebeu
que ela não se moveu. Ele começou a suar.

— Eu não gosto de mentirosos. – Jericho murmurou enquanto


o retumbar emanando do peito dele se aprofundou. – Eu pareço
divertido? Você está me fazendo perder meu tempo. Eu quero
saber o que aconteceu naquele bar.

— Eu apenas servi as bebidas.

— Deixe-me dizer isso novamente. Eu sei o que aconteceu, mas


quero que você admita o que você fez. – Jericho respirou fundo,
expandindo o peito e as narinas. A expressão dele mostrou a
raiva. – Confissão é bom para a alma, foi o que me disseram.
Então confesse.

Um bom minuto se passou. O bartender tentou olhar para


longe, mas continuou voltando para o olhar intenso de Jericho.
Ele tremeu.
— Okay, tudo bem. Esse cara se aproximou de mim antes do
meu turno e me pagou quatro mil dólares para derramar algo
dentro de um par de drinques. Ele disse que isso era uma
brincadeira.

— Sério? – Jericho se ergueu, ele estalou as juntas. – O que era


tão engraçado? Compartilhe comigo, essa brincadeira
funcionou em meu amigo porque eu poderia realmente rir. Eu
quero detalhes específicos.

— Hum, talvez ele não disse que isso seria divertido. Ele estava
com o grupo daquela igreja.

— Que igreja?

— Esqueci o nome deles. Você sabe aquele com o pastor gordão


que tem uma voz chorosa?

— Não.

— Ele está sempre falando sobre a proteção da raça humana e


quão errado é que vocês não foram mandados para viver em
zoológicos. – Ele empalideceu. – Eu não me sinto desse jeito,
entretanto. Não me sinto! Eu sou tão legal com Novas Espécies
e todas as coisas da ONE. Minha namorada tem um pôster de
Justice North na porra da parede do quarto dela.

— Você se ressente disso?


— Não. – O rosto do homem se avermelhou.

— Eu não acredito nisso, Justice é um macho bonito.

— Ela me disse que tenho que malhar mais. – O humano


cerrou os dentes.

— Aposto que isso não é bom de ouvir. – Jericho bufou.

— Ela acha que ele é perfeito.

— Talvez ele seja.

— Nenhum cara é. E ele é um gato. Ela deu o nome dele para o


gato dela. Isso é fodido de todo tipo.

Smiley piscou e olhou para além da câmera, esperando que


Justice não se ofendesse. Seu foco retornou para o homem e
ficou feliz por não ser felino ou canino. Primatas eram difíceis
para humanos ter como animais de estimação, então ele
duvidava que houvessem muitos sendo chamados assim. Claro
que ninguém sabia sobre ele até que o vídeo dele e Vanni atrás
do hotel foi liberado. Seu nome não havia saído até o passeio ao
shopping.

— Vá direto ao ponto. Esse homem se aproximou de você para


fazer o quê?
— Ele me deu um pequeno frasco com uma droga liquida
dentro. Eu deveria esperar que um Nova Espécie viesse para o
bar e quando uma garota viesse e se sentasse ao lado dele, me
disseram para colocar metade da dose na bebida de cada um
deles.

— Que droga?

— Inferno se eu sei. Ele disse que isso iria ser um


entretenimento. Essa foi a palavra que ele usou.

— Qual era o nome dele?

— Eu não tenho certeza, não perguntei. – O humano se mudou


no assento. – Ele era bem musculoso. Você conhece o tipo.

— Não conheço, me conta. – Jericho se agachou novamente,


balançando o peso nos calcanhares.
Isso pareceu assustar o humano, tendo Jericho tão perto
novamente.

— Um pouco mais alto que um metro e noventa, cabelo preto,


crespo e curto. Ele não tinha um pescoço.

— Continue descrevendo-o.

— Ele parecia que era fã de esteroides, okay? Todo músculos e


não muito falador. Eu não prestei muita atenção em como ele
parecia, não quero sair com aquele idiota. Apenas peguei a
grana e a droga dele, fui o que deveria fazer. – Ele pausou. –
Eu realmente precisava do dinheiro. Minha senhora está
sempre reclamando que eu não a levo a lugares legais e ela está
me incomodando para comprar um anel para ela. Diamantes
não são baratos, foi um pouco a culpa dela se você pensar
sobre isso.

— Você pode identificá-lo em uma linha?

O humano hesitou e Jericho retumbou duro com o peito.

— Sim! – O humano assentiu. – Eu poderia. Ele esteve no bar


algumas vezes, ele bebeu Bourbon com gelo.

A porta se abriu e um dos membros da força-tarefa entrou com


um grande envelope. Ele o abriu e retirou cerca de dez fotos.

— Diga-me quando você vê-lo.

— Esse é ele. – O humano escolheu e terceira foto.

— Tem certeza? – Jericho se ergueu.

— Sim. Ele tem uma cicatriz dentada nas costas do pulso


esquerdo. Eu vi isso quando ele estava bebendo no bar, foi tipo
meio difícil de perder. Ele é bronzeado e isso é muito forte em
comparação. Você nota essa merda quando está atendendo
clientes quando está calmo. Ele não era um falador, então
pensei que talvez ele fosse um ex-militar. Eles tendem a ser
solitários quando vem e eu soube que ele estava trabalhando
em detalhes de segurança para alguém no hotel.

— Como você soube disso?

— Ele tinha um daqueles auriculares com o fio descendo pela


gola e ele estava usando uma arma. Ele tinha um coldre de
ombro também. – O humano fez uma careta. – O terno era
caro, então eu soube que ele não estava assegurando o local.
Ele poderia estar no serviço secreto porque já tivemos eles no
hotel antes, mas eles nunca bebiam em serviço. Aquele cara
esteve lá com frequência, ele continuou falando com um cara
chamado Gregory atrás do auricular. A primeira vez que isso
aconteceu, pensei que ele estava falando comigo e não podia ler
meu crachá, mas então ele disse que era o chefe dele.

Smiley respirou mais devagar, eles haviam feito o link entre as


drogas e Gregory Woods. Ele virou e abriu a porta, queria ver
Vanni. Ela ficaria feliz em saber que o bartender havia
confessado e identificado a foto de Bruce.
Capítulo Dezoito

Vanni desligou, feliz que havia acabado. Ela havia notificado as


duas companhias de cartão de crédito e estava aliviada se
saber que nenhuma compra havia sido feita. Repor a licença de
motorista e o cartão do plano de saúde, além de um cartão de
descontos de uma loja, teriam que esperar. Aquelas eram
coisas que teria que fazer pessoalmente, uma vez que deixasse
Homeland.

Ela ligou para seu escritório, chamando o chefe. Glen pareceu


feliz em ouvi-la.

— Quando você está voltando?

— Eu não tenho certeza. – Ela odiou o silêncio.

— Eu não posso lidar em pagar uma agência temporária para


sempre, Vanni.

Vanni traduziu isso para o que ele não estava dizendo.


Precisava colocar a vida em ordem ou ele a deixaria ir.

— Sinto muito sobre isso, Glen. Você está sendo muito


compreensivo. Sei que preciso dessa semana para um tempo
pessoal com certeza, vou usar como meu tempo de férias que
está chegando. O casamento acabou, então não haverá lua de
mel.
— Eu assumi isso depois que vi as notícias. Está meio que
sendo o assunto do prédio, Carl não foi visto também. Você
está bem?

— Estou melhor sem ele, que se tornou um idiota.

— Os homens raramente reagem com graça quando são


traídos.

— Isso não é exatamente como aconteceu. – Ela piscou. – Foi


um tipo de, bem, é uma longa história.

— Você tem duas semanas, é excelente em seu trabalho e, até


agora, uma funcionária valiosa, mas isso é um negócio.

— Entendo completamente. Obrigada, Glen. Vou te ligar logo.


Vanni desligou exatamente quando a porta da frente se abriu e
Smiley caminhou para dentro. Ela se ergueu e forçou um
sorriso.

— Como foi sua reunião?

— O que está errado? – Ele se aproximou.

— Não é importante. – A assombrou que ele podia sentir os


humores dela tão facilmente.
— Fale comigo. – Smiley se sentou no sofá e bateu no lugar ao
lado dele, Vanni caminhou e se sentou. Ele cheirava tão bem e
parecia ainda melhor.

— Meus irmãos ligaram. Então eu fiz algumas ligações sobre


meus cartões de crédito e outra para meu chefe. Meu irmão é
um bundão, mas nada novo. Minha irmã foi
surpreendentemente fantástica, ela não é usualmente tão
compreensiva. Meu chefe me deu duas semanas para voltar ou
estou demitida. – Ela pausou. – Pelo lado positivo, ninguém
bagunçou meus cartões de crédito. Eu os cancelei.

— Você não precisa do seu trabalho, pode ficar aqui comigo. –


Smiley se aproximou e brincou com uma mecha do cabelo dela.
Vanni não sabia o que dizer. Ela mudou de assunto.

— Onde foi sua reunião? Sobre o que era?

— Eles trouxeram o bartender. Ele identificou Bruce como o


homem que o pagou para nos drogar. – Smiley soltou o cabelo
dela e segurou sua mão.

— Ele está preso? – Aquela informação a confortou.

— No momento. Estamos soltando notícias da confissão dele


para os jornais primeiro. Isso vai aplicar pressão em Gregory
Woods para fugir para evitar sua polícia. Esperamos que ele vai
levar Bruce e o filho dele com ele. Será quando eles vão pagar.
— Sendo presos?

— Não é tão simples. – Smiley hesitou.

— Eles vão escapar com o que fizeram? – Isso a irritou.

— Não. É apenas nossas leis vão cuidar disso ao invés das


suas.

— O que isso significa?

— Suas leis são menos duras. Gregory e os homens que


trabalham para ele vão pagar por nos drogar e por te manter
contra tua vontade. Eu prometo que eles não vão se livrar
disso.

— Eu vou testemunhar contra eles.

— Você não precisar ir à nossa corte. – Smiley sorriu. – Você


disse a Justice o que aconteceu e isso é o suficiente. Você está
segura aqui, Vanni. Eles nunca vão ter a oportunidade de te
machucar novamente.

— Você está me confundindo. – Ela admitiu.

— Eles vão pagar e nunca conhecerão a liberdade novamente.

— Até mesmo Carl?


Smiley não pareceu gostar da pergunta dela, o corpo
enrijecendo e a expressão dele dura.

— Não sinta pena por aquele homem. Ele te levou para uma
armadilha e não te protegeu.

Colocado daquele jeito, ela assentiu. Nunca esqueceria ele


caminhando pela porta e deixando-a lá com o pai dele e Bruce.

— Eu sei. Ele é um imbecil.

— Você poderia ter sido seriamente machucada ou morta.


Nunca vou esquecer isso, você não deveria também.

— Não vou.

— Bom. – Ele estudou o rosto dela. – Eu não quero que você me


deixe, Vanni.

O coração dela acelerou um pouco. Sentiria falta dele quando


deixasse Homeland. Poderia visita-los nos finais de semana, se
ele estivesse em Homeland, mas isso iria ser difícil. Um
relacionamento à longa distância seria difícil para qualquer
casal. Ela queria estar com um homem que pudesse ver em
tempos normais. Carl havia sido um cara de sair apenas nos
fins de semana, na maior parte, e isso o havia ajudado a
esconder os defeitos.
— Eu sei que isso é rápido, mas estou disposto a me casar com
você.

Ela não tinha esperado aquilo.

Smiley deslizou do sofá para os joelhos na frente dela e ajustou


o corpo até que a tinha presa. Ele segurou as duas mãos dela.

— Eu serei um bom companheiro. Vou ter certeza que você é


feliz, Vanni.

— Eu... – Ela estava sem fala.

— Você estava disposta a casar com Carl Woods. – Smiley disse


o nome como se fosse desagradável. – Eu sou um macho
melhor do que ele poderia sonhar em ser. Eu nunca te
machucaria. Nunca permitiria que alguém te machucasse
também. Eu realmente iria matar alguém para te proteger, você
seria tudo para mim. Diga-me seus medos.

— Nós mal conhecemos um ao outro. – Vanni lambeu os lábios,


tentanto pensar além da surpresa da proposta dele.

— Eu sou Espécie. Nós não precisamos de muito tempo para


conhecer nossos corações. – Ele chegou mais perto. – Eu não
tenho os defeitos do relacionamento humano.

— E o que isso seria? – Aquilo a fez sorrir.


— Eu não preciso sair com muitas fêmeas antes que eu decida
por uma, porque eu sei o que quero e preciso. Essa seria você.
Você me faz feliz, eu sinto todas as coisas com as quais sempre
sonhei. Não temo compromisso, eu dou as boas-vindas para
isso. Eu não vou tomar você como garantida do jeito que a
maioria dos humanos fazem com as mulheres na vida deles, eu
estive sozinho minha vida toda e desejaria passar cada
momento da minha com você.

Lágrimas encheram os olhos de Vanni e ela as piscou de volta.


Essa era provavelmente a mais doce e mais aberta conversa
que um homem havia tido com ela. Muitos homens escondiam
os sentimentos, mas Smiley abriu a si mesmo largamente. O
olhar nos suaves olhos castanhos dele, a seriedade que
brilhava lá, expressando o nível de honestidade dele.

— Nós poderíamos ser felizes, Vanni.

— E se conhecermos um ao outro melhor e isso mudar? Isso é


estágio da lua de mel.

— O que é isso? – Uma sobrancelha se arqueou.

— Quase todos os relacionamentos são bons no começo, as


duas pessoas estão em seu melhor comportamento, mas eles
deixam a guarda baixa depois de um tempo. Então você começa
a ver os defeitos deles, você pode não gostar de mim em um
mês ou dois.
— Você está me enganando? – Ele pestanejou. – Está fingindo
ser outra pessoa?

— Não.

— Eu sei disso. – Um sorriso curvou os lábios de Smiley. – Você


é péssima em esconder suas emoções e tem um rosto muito
expressivo. – Ele ficou sério.

— Você já viu o meu pior, Vanni.

— Eu não acredito nisso. – Smiley havia sido maravilhoso para


ela.

— Tenho sido grosseiro desde que você entrou em minha vida,


estou com medo que um macho vai chamar sua atenção. Sinto
ciúmes e preocupação que você talvez queira outro alguém, é
por isso que tenho sido tão zangado quando eles estão por
perto. Eu peguei o nome de Smiley7 porque eu estava feliz de
estar livre e jurei aproveitar cada dia ao máximo. Jericho me
chamou de irritado e ele estava certo. Admito que matei
humanos no passado e faria isso novamente se tivesse que
fazer. Não imagino que essa é uma boa peculiaridade, mas
ainda quero que você me conheça. Essas são as coisas que eu
iria esconder se quisesse te enganar.

Smiley fizera pontos muito bons.

7
Smiley – Significa sorridente, alegre, divertido e outra infinidade de palavras felizes.
— Eu nunca pensaria mal de você. Você teve que proteger a si
mesmo e as pessoas que você ama. Eu agradeço que confie em
mim o suficiente para contar a verdade sobre o que enfrentou.

— Te assusta saber que posso ser mortal pra meus inimigos?

Vanni sacudiu a cabeça.

O aperto nas mãos dela se aliviou e Smiley soltou uma para


acariciar a bochecha de Vanni com o polegar.

— Você poderia me irritar e eu me afastaria. É esse seu medo?


Eu nem mesmo posso me ver ficando zangado com você, mas
eu nunca jogaria isso em você. Ouvimos sobre violência
doméstica em seu mundo. – A mão dele se acalmou, apenas
tocando-a suavemente. A voz de Smiley ficou áspera. – Isso
nunca aconteceria, eu nunca te tocaria com raiva. Nunca.

— Não acho que você iria.

— Bom. – A expressão dele relaxou. – Você sabe o que


aconteceria com um Espécie que abusasse de sua
companheira?

Ela sacudiu a cabeça.

— Eu não sobreviveria muito. Eu o derrubaria eu mesmo, mas


eu teria uma competição dura para alcança-lo primeiro. Outros
machos iriam caçá-lo também, junto com nossas fêmeas. Não
toleramos esse tipo de coisa. – Smiley respirou algumas vezes. –
Estou com raiva que aquele Carl Woods te colocou em perigo,
vou fazê-lo sangrar muito se alguma vez tiver minhas mãos
nele. Sei que isso não é algo que você gostaria de ouvir, mas
isso é a honestidade total. Não estou escondendo isso de você.

— Você chutaria totalmente a bunda dele. – Vanni sorriu.

— Eu chutaria. – Ele sorriu. – E gostaria disso. Espero que isso


não te perturbe.

— Não. Eu não iria ligar de ter um tempo com ele eu mesma.

— Você, violenta? Não posso ver isso. – Smiley gargalhou.

— Todo mundo tem dias ruins. Bruce e Gregory são monstros.


Eu acertei Bruce com uma garrafa e o machuquei, mas tinha
planejado atacar Gregory. Ele não estava na limusine.

— Fui informado do que você fez. – O sorriso desapareceu do


rosto de Smiley. – Eu não quero que você reviva isso, Vanni.
Você foi esperta e muito corajosa, fez o que deveria para
sobreviver. Estou muito feliz por isso. Eu apenas queria que
você tivesse batido nele mais forte ou que ele houvesse morrido
pela bala que era para você.

— Eles ameaçaram matar Beth.


— Você nunca precisa se desculpar ou explicar isso. – Smiley
se aproximou até que suas respirações se misturavam e ele
acariciou a bochecha dela novamente com o polegar. – Fique
comigo, seremos felizes. Podemos nos comprometer para fazer
isso funcionar. Vamos falar sobre tudo. Você apenas precisa
me dizer se eu fizer algo que te deixa triste e farei tudo em meu
poder para mudar isso.

— Quero dizer sim. – Vanni admitiu. – Estou apenas com medo


de ter meu coração partido.

— Nunca. – Smiley murmurou. – Eu serei um bom


companheiro para você. Quais são seus medos? Conta pra
mim.

— Eu já fui traída.

— Isso não vai acontecer, você é a única fêmea para mim.


Sabia que os companheiros ficam viciados em suas fêmeas?

— Como? – Os olhos de Vanni se arregalaram, surpresos.

— Outras fêmeas vão cheirar ruim para mim, apenas vou ficar
duro vendo e cheirando você.

— Sério?

— Nosso vínculo vai crescer a cada dia e vou querer apenas


você. – Smiley assentiu e pausou. – Outra fêmea se ofereceu
para compartilhar sexo comigo desde que nos conhecemos. Eu
a recusei, o pensamento me horrorizava. Eu quero apenas você,
Vanni.

Smiley se arrependeu de admitir aquilo imediatamente quando


viu a expressão de Vanni. Ele havia ido muito longe com a
honestidade. Ele a sentiu tensa sob seu toque e parou de
acariciar a bochecha dela e segurou as mãos femininas
novamente, se recusando a soltar.

— Isso foi depois que retornei para Homeland com as drogas


ainda em meu sistema. Uma fêmea pensou que eu estava
sofrendo. Eu estava, mas não queria ela. Mesmo com dor, eu
queria apenas você. Por favor, não fique chateada.

— Foi Cindy?

— Não, porque você pensaria nisso? – Ele pestanejou.

— Vocês dois pareciam amigáveis. Ela é bonita.

Vanni estava com ciúmes? Isso o deixou feliz. Parecia que ela
se sentia possessiva com ele. Isso era bom.

— Nunca toquei Cindy desse jeito, ela trabalha para a ONE não
mostrou nenhum interesse em mim. Ela é atraída por um
macho que vive na Reserva, ela o observa quando ele não está
olhando. Alguns de nós notaram. Foi uma fêmea Espécie amiga
minha.
— Você fez sexo com ela?

— Isso não foi nada sério, nós não estávamos envolvidos em


um relacionamento. – Smiley estremeceu. – As fêmeas Espécies
dificilmente compartilham sexo com o mesmo macho sem que
um curto espaço de tempo se passe. É complicado, mas não há
o elemento romântico envolvido.

— Mas você já dormiu com ela?

Vanni parecia confusa e Smiley compreendeu. Ela


absolutamente não estava familiarizada com a espécie dele e ele
precisava explicar.

— Sexo pode ser apenas por prazer e para se sentir conectada a


outra pessoa por um pouco de tempo. Eu seu mundo acho que
o termo é booty calls8. As fêmeas Espécie ligam para machos
quando eles desejam compartilhar sexo, mas eles não estão
saindo ou se envolvendo do jeito que os humanos tem
relacionamentos românticos. Temos uma amizade e
compartilhamos sexo algumas vezes, você e eu temos mais que
isso. Eu nunca compartilhei sexo com uma fêmea e quis
acasalar com ela. Apenas você, Vanni. Você é especial para
mim, por favor acredite nisso. Nunca mais vou compartilhar
com ninguém além de você.

8
Booty Call – A famosa rapidinha sem compromisso. Geralmente ocorre quando uma das partes chama
a outra no meio da noite para compartilhar sexo e depois cada um volta para seu próprio espaço, sem
laços afetivos. Vale lembra que Trey Roberts ofereceu a mesma coisa para Becca O’berto no quinto livro
da Série NE.
— Então você não vai mais dormir com ela novamente? – Vanni
parecia indecisa.

— Não, nunca.

Ela olhou dentro dos olhos dele, parecendo procurar pela


verdade. Smiley manteve o contato.

— Okay.

Alivio correu por ele. Precisava pensar antes de falar.

— Quais são seus outros medos?

— Não quero ter um relacionamento de longa distância.

— Nem eu.

— E sobre quando você estiver trabalhando? Você vai embora


por semanas?

— Você vai aonde eu for, companheiros ficam juntos. Sou


enviado à Reserva de tempos em tempos, mas poderia recusar
se você quiser ficar aqui. Não é obrigatório para mim viajar
entre os dois locais, temos a opção de dizer não. Isso é
respeitado. Espécies querem que outros Espécies sejam felizes.
Isso vai funcionar ao redor de nossas necessidades, nós apenas
temos que viver na ONE. É muito perigoso em seu mundo,
tivemos um macho que viveu no mundo lá fora e ele foi
sequestrado com a fêmea dele. Sua família e seus amigos
podem visitar. – Smiley olhou ao redor da sala. – Eles ficariam
confortáveis aqui, não ficariam? - Ele segurou o olhar dela.

— Sim. – Vanni assentiu.

— Ficando comigo não significa que você tem que desistir das
outras pessoas que ama. É que apenas seria mais seguro para
eles passar um tempo com você aqui, atrás dos muros. – Ele
hesitou. – No entanto isso poderia ser um problema com eles.

— Eles não são preconceituosos.

— Nossos inimigos são. No entanto, você já foi ligada a mim, o


dano já foi feito. Faremos tudo que pudermos para protegê-los.

— Vou dizer que as poucas companheiras que tem família e


amigos no mundo lá fora não tiveram muitas dificuldades
depois das primeiras semanas. – Smiley odiou o jeito que a
preocupação estremeceu os cantos dos olhos de Vanni. – A
cobertura da mídia morreu e eles foram deixados em paz.

— Isso é bom. Especialmente desde que todo mundo de quem


sou próxima já está escondida da midia e da igreja Woods.

— Com certeza. – Smiley esperou para Vanni expressar as


outras objeções. Ela estava pensando, ele quase podia ver as
engrenagens da cabeça dela girando. Era bonito quão fácil ela
era para ler. Vanni se trancou em algo, porque apertou as mãos
dele um pouco mais apertado, olhando intensamente para ele,
mas não disse nada.

— O que é?

— Eu queria ter filhos um dia. Você iria considerar permitir que


eu carregue um bebê? Nós poderíamos ir a um médico e fazer
isso. Eles iriam usar um esperma doado de alguém para me
engravidar com uma coisa cirúrgica. Eu sei que não seria seu
filho biológico desde que vocês não podem tê-los, mas você iria
pensar sobre isso? É possível que você pudesse amar um bebê
criado assim? Eu adotaria um bebê se não fosse capaz de ter
um eu mesma. Eu amaria de qualquer jeito. Você poderia?

As palavras apressadas dela se derramaram, assombrando


Smiley. Vanni arfou uma respiração antes que ele pudesse
responder.

— Sei que estou pedindo muito, mas realmente quero ser mãe
um dia. É parte da razão pela qual concordei em casar com
Carl. Não estou dizendo que precisamos fazer isso agora, mas
quero essa opção. Eu amo meus sobrinhos e sobrinhas, eu não
dei a luz a eles, mas quero isso. Crianças. Uma família. Com
você.

O estômago de Smiley se apertou e emoção o chocou. Vanni


queria bebês com ele um dia e se tornar uma família. Isso
também era um sonho dele.
— Muito para pedir? Eu sinto muito. Sei que alguns homens
são estranhos sobre isso. – Vanni tentou puxar as mãos, um
olhar resignado no rosto.

— Vanni, nós podemos ter filhos. – Smiley segurou as mãos


dela mais apertado, se recusando a soltar.

— Você está apenas dizendo isso? – Ela piscou. – Não vai te


incomodar criar um bebê ou dois que é completamente
humano?

Smiley se aproximou e acariciou os lábios dela com os deles.


Ele soltou as mãos de Vanni e se ergueu para se sentar ao lado
dela no sofá. Vanni o observava. Smiley apenas se virou e a
ergueu, colocando-a no colo. Vanni permitiu isso, mas ele pôde
ver que a havia surpreendido. Smiley a manteve perto e
manteve contato visual.

— Eu estava hesitante em te contar isso depois do que a igreja


Woods disse a você. Queremos viver em paz com os humanos,
nunca queremos dominar o mundo. Lidar com a ONE é difícil o
suficiente. Você acredita nisso?

Vanni assentiu.

— Eles nos temem, mas não há razão para isso. A maior parte
dos que nos odeiam estão esperando que a gente morra. Eles
acham que Espécies são influências malignas com tempo
limitado na Terra deles. Mercile tentou nos engravidar, mas
isso nunca funcionou. Continuamos tentando descobrir o
porquê, mas desde que somos livres algumas crianças
nasceram.

Ele podia ver a confusão dela.

— Nós as escondemos do seu mundo, tememos pela segurança


delas. O macho sobre quem te contei que viveu no seu mundo e
que foi levado com a fêmea dele foram capturados por uma
razão. Eles queriam usá-la contra ele para que ele fizesse o que
eles queriam. Parece que há um mercado negro para Espécies
bebês – como animais exóticos. Você compreende nossos medos
e horror? Eles querem escravizar nossas crianças do jeito que
nós fomos. Eles roubaram o macho para tentar descobrir como
criar mais.

— Oh, Deus.

— Eles iriam roubar nossas crianças e vende-las. Pior, alguns


iriam querê-los mortos inteiramente para evitar que os
Espécies se multiplicassem e tendo um futuro. Idiotas como os
membros da igreja Woods iriam espalhar o medo deles de que
vamos superar os humanos. Isso não é verdade, queremos
apenas viver em paz.

Lágrimas encheram os olhos de Vanni, mas ela as piscou de


volta.
— Estou confiando em você com a vida deles te contando isso,
Vanni. Você não pode compartilhar essa notícia com ninguém
sem por em perigo as crianças Espécies. Não há muitos, mas
alguns. É possível que eu te engravide se ambos formos
saudáveis e abençoados. Minha genética é mais forte que a
sua, a questão não é nem mesmo se eu estaria disposto a ser
pai de uma criança humana. Mais importante, você estaria
disposta a ser a mãe de uma criança Espécie? Ele iria parecer
comigo, um primata. Todas nossas crianças nascem machos. É
o jeito que fomos criados nas Indústrias Mercile.

— Eu nunca vou contar e amaria ter filhos que pareçam


exatamente como você.

Calor se espalhou pelo peito de Smiley, junto com um


esmagador senso de alivio quando Vanni sorriu. Nenhum
engano se mostrou e ele soube que poderia confiar nas
palavras dela.

— Quero que você seja minha companheira, Vanni. Quero


passar o resto da minha vida com você em meus braços.
Casarei com você em uma cerimônia oficial humana, sei que
você vai querer isso.

— Isso não importa para mim.

— É importante para todos os humanos. – Smiley fez uma


careta.
Vanni passou os braços ao redor do pescoço dele e Smiley
gostou do jeito que ela descansou a cabeça contra o ombro
dele. Isso provou que ela confiava nele quando se aproximou
mais para perto.

— Eu fiquei um pouco doente de fazer planos para o


casamento. Isso me queimou. Você fugiria comigo?

— O que é isso? Eu farei, mas você precisa me dizer o que fazer


primeiro.

— Você faria isso, hum? – Vanni gargalhou. – E se fosse algo


horrível?

— Eu ainda faria isso, se te fizesse feliz.

Vanni aliviou o aperto nos ombros de Smiley e segurou o rosto


dele, o beijo foi bem recebido quando ela plantou os lábios nos
dele. Smiley tentou aprofunda-lo, mas Vanni se afastou, ainda
ficando perto.

— Fugir significa correr ir embora juntos e apenas se casar.


Algumas vezes você convida alguns amigos mais próximos. Eu
não quero um casamento grande, isso me lembraria do
pesadelo com Carl.

— Para onde você gostaria de fugir? Vou arranjar isso. – Vanni


estava dizendo sim, ele faria isso acontecer. – Temos um
helicóptero e vamos levar o detalhes de segurança.
— Podemos fazer isso aqui, eu não me importo onde. Deve
apenas ser em um local bonito e privado, então podemos
aproveitar fazendo isso juntos.

— A Reserva. – Smiley decidiu. – Eu conheço o local exato,


seria bom assim?

— Preciso falar com Beth, ela é minha melhor amiga. De outra


forma, ela nunca me perdoaria. Quem é seu melhor amigo?

— Eu tenho alguns.

— Convide-os.

— E sobre seus irmãos e seus pais?

— De jeito nenhum. – Vanni sacudiu a cabeça.

— Você não quer sua família aqui? – Isso o preocupou. – Eles


ficaram chateados se você casar comigo?

— Não com você especificamente, mas eu prefiro enviar um


vídeo mais tarde. Meu irmão está sendo um bundão, minha
irmã já tentou tomar conta do meu casamento uma vez. Ela e
mamãe estavam gritando uma com a outra quando fomos pegar
meu vestido, Beth entrou nisso quando elas quando estávamos
pegando os vestidos das madrinhas. Elas queriam coloca-la em
roxo, ela odeia essa cor. Você não tem ideia de quão estressante
e horrível um grande casamento pode ser. Todo mundo quer
colocar os dois centavos deles e eles brigam. Um casamento
deveria ser sobre a noiva e o noivo se comprometendo um com
o outro. Todo mundo parece esquecer isso.

— Isso soa estressante. – Smiley arqueou as sobrancelhas.

— Nós não vamos ter isso. – Vanni sorriu. – Manteremos isso


simples. Você, eu, Beth, seus amigos e um ministro. Isso é tudo
o que precisamos.

— Isso vai te fazer feliz?

— Sim.

— Você será minha companheira? – Smiley queria ter certeza


antes que permitisse que a excitação o atingisse.

— Sim. – O rosto de Vanni ficou animado. – Isso é louco, não é?

— Não, isso é maravilhoso e perfeito. Você é perfeita. – Smiley


deslizou a mão pelos cabelos de Vanni e cobriu a nuca dela
gentilmente, puxando-a para frente.

Amava beijar Vanni. Os lábios dela eram suaves e ela os abria


para ele. Poderia viciar facilmente no gosto dela e queria isso.
Ele se sentia um pouco culpado por não dizer a ela que era
possível ela já estar carregando o filho dele. Queria dar a eles
um pouco mais de tempo juntos antes de compartilhar a
informação. Vanni queria bebês. Esse era o maior obstáculo
caindo. Ela queria filhos com ele.

A campainha tocou. Smiley lamentavelmente arrastou a boca


da dela, ele queria leva-la para o quarto e fazer amor com ela.

— Preciso atender ou eles vão entrar. – Ele rosnou.

— Okay. – Vanni sorriu para ele, as bochechas coradas e


rosadas.

— Você é tão bonita. – Ele nunca pararia de dizer aquilo a ela.


Smiley a ergueu do colo e se ergueu, tendo que ajustar o pênis
duro, não foi confortável cruzar a sala com uma ereção. Ele
destrancou a porta e a puxou aberta apenas o suficiente para
olhar para fora, blindando sua parte de baixo por ser um mal
momento.

— Desculpe, precisamos conversar. – Jericho suspirou quando


o viu.

— Agora não.

— Agora. – O macho cruzou os braços acima do peito.

— Ela acabou de concordar em ser minha companheira. Cai


fora. – Smiley baixou a voz.
— Você disse que ia esperar antes de assinar os papéis de
companheiros. – O macho resmungou.

— Se eles me pedissem para assiná-los. Eu quero fazer isso.


Ela é minha, nós vamos fugir.

— O que diabos é isso?

— Nos casar.

Jericho abriu a boca e então a fechou. Ele mudou a postura.

— Sabemos quem vendeu a droga para a igreja Woods. Haverá


uma reunião na Segurança, pensei que você iria querer estar
lá.

— Quem foi?

— O nome Dean Polanitis toca algum sino?

— Eu nunca poderia esquecer aquele bastardo. Ele dirigiu as


instalações de Drackwood.

— O pessoal dele se virou contra ele durante o interrogatório


em Fuller.

— Sabemos quantas drogas ele vendeu?

— Algumas centenas de doses, pelo menos. – Jericho assobiou.


— Merda!

— Temos que recuperar tudo isso, teremos que nos preocupar


todas as vezes que deixarmos a ONE, de outra forma. Eles
poderiam nos dosar ou as fêmeas ao nosso redor. Nossos
inimigos poderiam também pegar isso ou contratar um químico
para descobrir como fazer mais para colocar na maioria da
população humana. Imagine o horror. Os machos humanos
sem honra poderiam usar isso contra as contrapartes deles.

Smiley estava ciente de Vanni caminhando atrás dele, sua


ereção não era mais um problema. Ele abriu mais a porta e deu
um espaço para que ela ficasse ao lado dele, colocando um
braço ao redor dela.

— Você ouviu tudo isso? – Um olhar para o rosto dela o


assegurou da resposta, as feições dela pareciam sombrias.

— Ouvi. Você deveria ir até essa reunião, Jericho está certo.


Você tem que encontrar essas drogas e destruí-las.

— Temos um casamento para comparecer.

— Ele pode esperar, isso não. E se eles drogarem mais alguém?


– Ela olhou para ele e agarrou sua camisa. – Não quero que
ninguém sofra do jeito que sofremos. Foi a pior dor que já senti
em minha vida.
— Eles não precisam de mim, você é minha prioridade. –
Smiley sabia que ela estava certa.

— Você não tem ideia de como isso significa para mim, mas
isso é importante também.

— Ela está certa. – Jericho anunciou.

— Ótimo. – Smiley esfregou as costas de Vanni. – Volto logo.

— Estarei esperando.

— Vou me apressar. – Smiley baixou a cabeça e deu um beijo


na testa de Vanni.
Capítulo Dezenove

A Segurança era um enxame de atividade quando Smiley e


Jericho chegaram, a força-tarefa humana estava presente e
entrou logo depois deles. Também havia um veículo familiar
estacionado próximo, uma van de transporte da prisão Fuller.
Smiley pestanejou.

— Eles trouxeram alguns prisioneiros aqui. Darkness e eu


queremos um tempo com eles. – Jericho o informou.

— Precisamos de Gregory Woods e o homem que trabalha com


ele, o que atingiu Vanni com o Taser.

— Vamos pegá-los. – Jericho o assegurou. Ele abriu a porta e


eles entraram no prédio. Vozes altas os levaram para a sala
central de operações, era a maior sala dali.

Justice subiu em uma cadeira e rosnou, atraindo o silêncio e a


atenção de todos. Ele esperou até que teve a atenção de todos
antes de falar.

— Enviamos o vídeo do barman para a imprensa, atingiu todos


os veículos de comunicação há vinte minutos. Precisamos de
todos aqui porque a merda bateu no ventilador mais rápido do
que pensávamos que iria.
Smiley cerrou os punhos, ele não gostou de ouvir isso. Preferia
operações que corriam em segredo. Justice parecia zangado e
frustrado, nunca um bom sinal.

— Trey Roberts!

— Aqui. – Um homem de pé no canto respondeu.

— Você está no comando de duas equipes vigiando Gregory e


Carl Woods. Relatório. – Justice o prendeu com um olhar.

— Gregory está surtando. Ele ferrou tudo usando um dos


telefones que clonamos ao invés de um descartável para ligar
para nosso piloto. Ele ordenou que ele preparesse o avião e
esteja aguardando. Ele também ligou para o advogado, ele está
preparando uma saída para isso.

— O filho dele?

— Carl Woods está se preparando agora. – Trey assentiu. – Ele


está em casa. Vamos pegá-los depois que eles saírem. Você
queria registros deles voando do aeroporto para as autoridades.
Nosso piloto voará abaixo do radar para fazer o rastreamento
do pequeno avião difícil, preparamos uma pista remota próxima
à Reserva para ele pousar. Equipes estarão lá preparadas para
dar a ele uma luz se isso acontecer depois que escurecer. O
piloto está planejando dizer aos passageiros dele que estão
tendo um problema com o motor e precisam fazer um pouso de
emergência. Novas Espécies estarão esperando para leva-los
sob custódia.

— Bom. – Justice virou, apontando para Tim. – Relatório.

—Temos pequenas equipes em casa residência e na igreja com


um poucos dos seus machos caninos para ajudar a fazer uma
inspeção. Eles estão aguardando para entrar em cada local,
diga a palavra e eles entram.

— Acho que Gregory vai querer viajar com a droga, então


vamos esperar até que ele esteja em custódia. – Justice
assentiu. – Não quero invadir casas humanas a menos que
precisemos. Isso poderia chamar muita atenção. Queremos
parecer como se não tivéssemos fazendo nada com o
desaparecimento deles, se possível. – Justice deslizou o olhar
ao redor da sala. – Estamos em alerta máximo, está claro? A
igreja pode iniciar uma distração para nos manter ocupados.
Não temos ideias dos números exatos deles desde que ele
televisiona o show. Mantenha contato perto com suas equipes.
Saiam!

A sala foi limpa de todos os oficiais desnecessários. Justice


pulou para baixo e se aproximou de Darkness. Ele parou na
frente dele.

— Temos quatros prisioneiros de Fuller. Quero saber tudo o


que eles sabem sobre as drogas e quanto foi vendida. Quero
verificação de números que nos disseram. Odeio surpresas.
Tenha certeza que há apenas um comprador, precisamos ter
certeza que vamos atrás de cada dose.

— O que for preciso. – Darkness assentiu e Justice se virou


para Smiley e Jericho.

— Obrigado por virem, ajudem Darkness. Não matem eles, mas


quero respostas. O Centro Médico está aguardando se eles
forem solicitados.

— Entendido. – Jericho estalou as juntas. – Intimidação


primeiro e então quebrar ossos se isso não funcionar.

— O que for preciso. – Justice repetiu as palavras de Darkness.


– Estarei aqui. Estamos nos mantendo em contanto constante
com a Reserva, eles estão em alerta máximo também. Gregory
tem muitos apoiadores, eles não ficarão felizes que o líder deles
está fugindo do país. Eles vão nos culpar. – Um sorriso frio
curvou os lábios dele. – Eles estarão corretos, uma vez. –
Justice girou, se movendo para os machos e fêmeas
monitorando as câmeras.

Jericho balançou a cabeça, sinalizando para que eles saíssem,


e Smiley seguiu Darkness. Eles entraram na parte de trás do
prédio onde as salas de interrogatório ficavam, um macho
estava encarregado de cada porta. O humor era proibido.
Darkness se virou.

— Vou pegar a sala um. Você dois se juntem para a sala dois.
— Posso lidar com um prisioneiro eu mesmo. – Smiley segurou
o olhar de Darkness. – Eu não vou perder o controle.

— Você não é conhecido por ser muito agressivo, Smiley, mas


sob as circunstâncias você pode ser. Eu preferia não ter que
remenda-los e mantê-los no porão até que eles estejam limpos
para retornar a Fuller. Intimidação é muito melhor que a
violência. – Darkness pestanejou.

— Eu posso ser intimidante. – Smiley permitiu que a raiva se


mostrasse. – Não vou perder o controle e danificar ninguém.

— Pegue a sala três, mas estarei lá para te monitorar logo. –


Darkness soltou uma respiração. – Vou assustar até a morte
esse daqui e dar a ele um pouco de tempo para pensar que vou
matá-lo.

Smiley pausou fora da sala três e permitiu que as emoções


aparecessem. Apenas pensando na noite em que ele e Vanni
haviam sido drogados e todas as coisas que poderiam ter dado
errado o enraiveceram. Ele empurrou a porta e caminhou para
dentro, o macho humano algemado à cadeira que estava presa
ao chão pulou, a feição já pálida por estar vivendo em Fuller.

— Olá, humano. – Ele bateu a porta atrás dele e estalou as


juntas, fazendo um show disso. – Você pode me chamar de
Inferno Puro. Isso é o que você vai experimentar se não me
dizer exatamente o que eu quero saber. – Smiley se aproximou
do prisioneiro, mantendo a raiva viva dentro. – Sei que
tendemos a ser menos violentos que os felinos e caninos, mas
não relaxe porque sou um primata. Isso seria um erro. – Ele
pausou na frente do homem e se curvou um pouco, olhando
para ele. – Eu tenho uma companheira, isso me faz o Espécie
mais perigoso que você já conheceu. Ela foi drogada.

— Eu não tive nada a ver com isso. – O homem um ganido


irritante na voz.

— Drackwood criou a versão da droga da procriação para


humanos. Ela é humana, você é culpado. Vocês venderam essa
merda para outros humanos.

— Foi Dean. Ele foi o cara que vendeu isso. Foi ideia dele
enfraquecer as doses até que isso não mataria mulheres.

— O que você fazia em Drackwood? – Smiley se moveu rápido,


pegando a mandíbula do cara. Ele aplicou pressão o suficiente
para marcar.

— Eu sou o Dr. Kent Berter, eu lidava com ensaios de


investigação.

— Então você foi o cara que machucou Jeanie Shiver?

— Não. – Os olhos dele se arregalaram. – Esse foi o Dr. Brask.


Eu estava na pesquisa animal apenas, me recusei a fazer testes
humanos. Dean me pediu primeiro, mas eu disse de jeito
nenhum. Uma coisa é matar um rato, mas algo inteiramente
diferente ver uma pessoa sofrer.

— Você trabalhou para Mercile.

— Drackwood. Eu nunca trabalhei para as Indústrias Mercile.


Não tivemos nada com o que fizeram com os Novas Espécies até
que alguns deles foram transferidos para nossas instalações, já
que a deles foram fechados. Nós apenas tínhamos acionistas
em comum. Eu disse tudo isso ao homem que me interrogou
depois que fui preso.

— Para quem a droga foi vendida?

— Eu não sei, isso estava acima do meu nível salarial.

— O que você pode me dizer?

— Eu sei que duzentas doses disso foram sintetizadas. Eu já


disse ao seu povo o que eu sei, Dean autorizou isso. Isso
aconteceu uma semana antes que fossemos invadidos. Chris
estava puto com o pedido em massa e o tempo que havia
colocado nisso para que funcionasse. Ele era nosso químico, ele
está aqui. Foi trazido junto comigo. Vocês terão com perguntar
a ele se mais disso foi feito, ele era o único qualificado para
fazer isso.

— Você sabe mais. – Smiley não estava disposto a chamar isso


de terminado.
— Eu vi um cara lá algumas vezes, pensei que ele era o
comprador. Ele parecia como um daqueles caras de luta livre
ou algo assim, mas ele vestia um terno. Todo músculos e um
pouco assustador. Ele era um cuzão. Eu fui até ele na sala de
descanso e ele olhou para mim, eu estava com medo dele. Ele
reclamou por causa do nosso café de merda, como se fosse
minha culpa. Eu fiquei com medo de que ele fosse me socar.
Ele não estava de bom humor.

— Ele disse a você o nome dele? – Smiley soltou o rosto dele, o


prisioneiro sacudiu a cabeça.

— No entanto, Dean entrou e acho que o chamou de Bruce. Eu


lembro disso porque tenho um cunhado com o mesmo nome e
eles são completamente opostos. Eu tendo a ter um interesse
em traços de pessoas com o mesmo nome. Lembro de pensar
que ele não tinha nada em comum com o marido da minha
irmã.

Smiley mostrou as presas, era provavelmente o mesmo homem


que havia abusado de Vanni. Era a mesma descrição.

— O que mais você pode me dizer?

— Eu fugi rápido como o inferno de lá, porque ele queixou-se


para Dean no momento em que ele caminhou para dentro que
o chefe dele estava sendo roubado. Tive a impressão que ele
não gostou do preço que estava pagando, Dean entrou
carregando uma das caixas refrigeradas que usamos para
transportar drogas liquidas. Isso é tudo o que sei. Como eu
disse, fugi rápido como o inferno em sair de lá. Em primeiro
lugar, Dean nunca foi um cara bom de ser estar ao redor e
aquele Bruce parecia até mesmo pior e maior. Pensei que eles
talvez começassem a brigar ou algo assim. Dean nunca aceitou
merda de ninguém. Olhe pra mim, eu pareço violento?

— Não. – Smiley correu o olhar por cima do homem. Ele não


parecia muito forte ou agressivo.

— Isso é tudo o que sei, eu juro. Eu nem mesmo entendo


porque estou passando esse tempo na prisão. Quero dizer,
claro, eu deveria ter ligado para alguém quando eles trouxera
Novas Espécies para dentro das nossas instalações, mas eu
estava com medo. Eles nos disseram que iam matar nossas
famílias. Eu apenas manti meu nariz na grama e tentei ignorar
tudo.

— É por isso que você está em Fuller. Você admitiu que poderia
ter ligado para a ONE, mas não ligou. Nós teríamos te protegido
e a sua família. Ao invés disso, escolheu não fazer nada
enquanto pessoas sofriam.

— Vamos. – A porta se abriu e Jericho colocou a cabeça para


dentro.

— O que está acontecendo? – Smiley o seguiu para o corredor,


fechando a porta atrás dele.
— Woods e o filho estão se movendo, eles deixaram o aeroporto.
Pensei que você gostaria de monitorar tudo isso da Segurança.

Smiley aumentou o passo, queria ter certeza que Bruce estava


com Gregory e Carl Woods. Isso significaria que todos os
homens que haviam machucado Vanni seriam trazidos para a
ONE, para ele. Smiley não podia esperar para ter um pouco de
vingança no nome de Vanni por ver eles sofrerem.

*****

Vanni tomou banho e colocou uma camiseta grande para ficar


confortável. Eram apenas sete horas, Smiley havia saído há
tanto tempo. Ela desejou que se atrevesse a ligar e checa-lo,
mas resistiu. Tinha dito a ele para ir para aquela reunião, mas
não havia esperado que isso durasse todo o dia e entrasse a
noite.

Ela terminou o sanduiche e olhou para o relógio acima do


fogão, suspirou e começou a lavar as poucas coisas que havia
usado.

A porta da frente foi aberta e bateu na parede, ela se virou para


a sala de estar. Smiley parecia bem enquanto entrava, ele
bateu a porta e se apressou para ela. Vanni abriu a boca para
perguntar a ele o que havia acontecido, mas nunca teve a
chance de falar.
Ele passou um braço ao redor da cintura dela e apenas a
puxou contra o corpo, a outra mão presa no cabelo dela e ele
baixou a cabeça. Vanni fechou os olhos quando os lábios dele
vieram sobre os dela, a língua invadindo a boca dela em um
beijo apaixonado que a deixou sem fôlego.

Vanni agarrou os antebraços dele apenas por algo para se


segurar. Os braços de Smiley ao seu redor a ergueram, ela
pensou que ele iria leva-la para o quarto, mas eles não foram
tão longe. As costas das pernas bateram no armário e ele a
colocou no topo da ilha, a boca faminta brincava com os
sentidos dela. Vanni não se preocupava mais com o que havia
acontecido enquanto Smiley deslizou os quadris entre suas
pernas, ela as separou para deixar espaço para ele.

Um gemido saiu dela quando ele esfregou a frente das calças


contra sua calcinha. Smiley estava duro e era tão gostoso ter o
comprimento rígido do pau preso em contato com seu clitóris,
apesar do material entre eles. Smiley soltou os cabelos dela e
alcançou embaixo para puxar a camiseta para fora do caminho,
ele a passou por cima da cabeça e jogou para o lado então
deslizou os dedos nas bordas da calcinha da Vanni. O tecido
frágil se rasgou.

Smiley afastou a boca e foi para a garganta dela, a sensação


das presas e da língua quente na pele sensível apenas abaixo
da orelha inspirou Vanni a passar os braços ao redor do
pescoço de Smiley. Ele se esticou entre eles e cobriu a boceta
de Vanni, ela gemeu mais alto quando ele usou o polegar para
massagear seu clitóris. Vanni prendeu as pernas atrás dos
joelhos de Smiley, o segurando perto.

— Senti sua falta. – Ele murmurou entre os beijos.

— Posso ver.

— Tenho que ter você. Diga sim.

— Sim.

Smiley fez um som suave e sexy e parou de brincar com o


clitóris dela. Vanni quis protestar, mas ele a beliscou duro com
as presas. Um choque de consciência passou pelo corpo dela.
Vanni amava quando ele fazia isso, não era forte o suficiente
para doer, mas isso com certeza a deixava ligada.

Smiley mudou os quadris e abriu a calça, o som era quase


escondido pelas respirações pesadas deles. Ele retornou em
segundos e pressionou a coroa espessa do pau contra a boceta
dela, esfregando-se na linha do clitóris dela. Vanni gemeu mais
alto e se agarrou na camisa dele, desejando que pudesse sentir
a pele.

Smiley entrou nela em uma investida longa e Vanni gritou, era


maravilhoso tê-lo dentro dela. Smiley congelou, enterrado
profundamente. Ele parou de beijá-la e ergueu a cabeça. Vanni
abriu os olhos e olhou dentro do olhar castanho e suave dele,
ela notou a preocupação refletida lá.
— Não pare.

— Deite-se e use seus braços para acomodar sua cabeça. –


Smiley a apressou.

Ela não queria soltá-los, mas fez como pediu. O topo de granito
do balcão não era exatamente confortável, mas ela não se
importou quando Smiley se aproximou, segurou atrás dos
joelhos dela e os colocou para cima. Os tornozelos dela
descansaram no topo dos ombros dele e Smiley soltou o aperto
nos quadris dela. Ele a puxou para a bora do balcão e passou
um braço em cima das pernas dela, para mantê-las
pressionadas contra o peito. Smiley começou a fodê-la devagar,
se movendo para dentro e para fora.

Vanni fechou os olhos e gemeu, ela usou um braço para


acomodar a cabeça e se esticou, querendo tocá-lo e
encontrando pele nua nos lados dos quadris dele. As mãos de
Smiley deslizaram ao longo da barriga ela e ele pressionou o
polegar contra o clitóris dela, o movendo no ritmo com os
quadris.

— Oh, Deus.

— É isso aí, baby. Deixe-me te fazer sentir tão bem quanto você
me faz. Eu amo estar dentro de você, te tocando, te olhando.
Vanni forçou os olhos abertos para olhar para Smiley. Podia
entender porque ele queria assisti-la durante o sexo. Smiley
parecia feroz no calor do momento – a boca entreaberta, as
presas aparecendo –. O olhar dele fixo nela e as bochechas dele
estavam coradas. Smiley mordeu o lábio inferior enquanto
pegava o passo, fodendo-a mais rápido. A fricção do pau grande
causou prazer percorrendo-a a cada estocada no corpo dela.

— Você é tão linda. – A voz dele engrossara. – Eu poderia gozar


apenas olhando para você.

Vanni agarrou os quadris dele onde podia tocar a pele,


tentando evitar arranhá-lo com as unhas. A tensão do braço
segurando suas pernas aliviou um pouco e ele mudou o peito,
separando mais as pernas dela para ter melhor acesso à
boceta. Vanni olhou para baixo, um pouco embaraçada pelo
jeito que os seios balançavam. Smiley retumbou e ela olhou
para cima, notando que ele estava olhando para eles também.

— Linda. – Smiley murmurou, fodendo-a muito mais rápido. –


Goza para mim, minha Vanni.

Ela fechou os olhos, se concentrando no que ele estava fazendo


com seu corpo. Seus músculos vaginais se cerraram em ânsia e
então ela estava gritando o nome dele. Êxtase lhe roubou as
palavras rapidamente, no entanto.

Vanni mal estava consciente de Smiley afastando o polegar do


seu clitóris, mas ela abriu os olhos quando ele soltou as pernas
dela, então elas não estavam mais presas no peito dele. Ele se
curvou para frente, separando-a mais e descansou em cima
dela. Vanni pensara que ele iria beijá-la, mas ele travou em um
dos mamilos dela, ao invés disso. Smiley rosnou alto e o pau
pulsou dentro dela, Vanni gostou do jeito que pôde dizer
quando ele gozou. O calor do sêmen dele se espalhou em seu
interior enquanto os quadris dele se acalmaram.

Vanni passou um braço ao redor dos ombros de Smiley e


brincou com os cabelos dele. A outra mão se abriu nas costas
dele, explorando a área extensa delas. Smiley estava quente,
um pouco suado, mas ela não se importou. O peso dele a
prendia na superfície dura do topo do balcão, mas gostou
disso. Eles se sentiam conectados naquele momento.

Smiley soltou o mamilo e lambeu a ponta. Vanni estremeceu


um pouco sob ele, um pouco sensível. Ele correu a ponta da
língua pela curva do seio dela, para o peito e então para o
pescoço.

— Amo o seu gosto.

— Amo a maneira como você se sente.

— Quer que eu me mova?

— Não. Gosto de você bem aí, bem assim.


— Eu também. – Ele acariciou o pescoço dela, respirando
suavemente contra a pele dela. – Mas estou sendo um
companheiro ruim, aposto que esse balcão não é tão
confortável.

Ele disse companheiro. O coração de Vanni derreteu um pouco.

— Eu não me importo. – Ela passou as pernas ao redor dos


quadris dele para mantê-lo no lugar.

— Segure firme.

Vanni hesitou antes de soltar os cabelos dele e fechar os braços


ao redor do pescoço de Smiley, ele colocou os dedos próximos
aos lados dela e Vanni riu, se arqueando para longe deles.
Smiley colocou as mãos entre suas costas e o balcão, a força
dele nunca parando de maravilhá-la quando ele a ergueu.
Vanni arfou, fechando as pernas apertadas ao redor dele.

— Eu poderia caminhar.

Smiley sorriu e passou um braço sobre a bunda de Vanni. Ele


continuava dentro dela.

— Você poderia, mas isso vai ficar mais divertido. – Ele deu um
passo pequeno e o pênis se moveu dentro dela, isso também
esfregou o clitóris inchado dela contra a barriga dele.

— Sensível. – Vanni arfou.


— Espero apenas que eu não tropece nas minhas calças, isso
seria ruim.

— Apenas me coloque no chão. – Vanni se recuperou e deu


risada.

— Vou me virar se eu cair, então você fica em cima. Essa é uma


habilidade que quero aprender. – Smiley sacudiu a cabeça,
dando outro passo.

— Caminhar com suas calças ao redor dos tornozelos ou me ter


caindo em cima de você quando cairmos? – Ela riu novamente.

— Caminhar, com certeza. Pense em todas as vezes que eu


poderia voltar para casa do trabalho, te pegar na cozinha e
então continuar isso pelo corredor até alcançarmos a cama.
Diga-me que isso não soa atraente.

— É atraente. – Vanni subitamente tinha imagens de estar


esperando na porta com uma lingerie sexy, um conceito que era
atraente para ela.

Smiley deu outro passo, então outro, até que eles alcançaram o
corredor. Ele subitamente pressionou a bunda dela contra a
parede fria e começou a se mover dentro dela com estocadas
rasas. Vanni fechou os olhos e gemeu, amando a sensação que
o pau dele criara.
— Viu? – A voz dele se aprofundou e os lábios escovaram os
dela. – Ainda sensível?

— Eu vou sobreviver.

— Vamos esperar até alcançarmos o quarto. – Smiley gargalhou


e a colocou longe da parede quando deu um passo atrás.

— Aquilo foi significativo. – Vanni aumentou o aperto nele e


abriu os olhos.

— No entanto, planejo segui-los. Apenas não quero realmente


cair. Não vou arriscar que você se machuque, Vanni. Minhas
calças estão presas em minhas botas.

Ela se torceu o suficiente para olhar para baixo e não pôde ver
os pés dele por causa de todo o material cobrindo-os. Smiley
caminhou com passos curtos, os tornozelos mancando. Ele
tropeçou um pouco, mas se recuperou. Ela riu, divertida.

— Tranquilo.

— Esse sou eu, baby.

— Amo que você tenha senso de humor. – Vanni ergueu o


queixo e olhou dentro dos olhos de Smiley, vendo a diversão
neles.
Eles entraram no quarto e ela arfou quando ele subitamente
virou, arremessando os dois na cama. Eles caíram em um
salto, o colchão suave aparando a queda deles e Smiley rolou,
prendendo-a sob ele.

— Isso é bom. Eu gosto de rir e tenho o melhor tempo com


você, minha Vanni.

— Eu tenho o melhor momento com você também, meu Smiley.


– Ela gostou dele chamando-a assim.

O sorriso dele desapareceu e uma expressão séria sumiu com


todos os traços de humor. Vanni o acompanhou.

— Eu disse algo errado?

— Você me chamou de seu.

— Desculpe.

— Não se desculpe. Eu sou seu, você é minha. Vamos nos


casar, eu já te considero minha companheira. Está tudo bem
para você? – Smileu se esticou e acariciou a bochecha dela. –
Não quebre meu coração, vai fazer isso se você negar o que há
entre nós.

— Eu nunca faria isso. – Ela jurou.

— Tenho muitos sentimentos por você. – Smiley brincou com os


cabelos de Vanni, prendendo mechas ao redor dos dedos. –
Diga-me que sou importante para você.
— Você é. – Vanni respirou fundo, decidindo ser totalmente
honesta. – Estou mee apaixonando por você.
Smiley sorriu, toda a tensão deixando o rosto.

— Já estou apaixonado por você. Tenho estado desde que nos


vinculamos na traseira da SUV, você confiou em mim para
cuidar de você e colocou sua fé em mim. Você nunca vai saber
o que aquilo significou. Fiquei insano quando acordei e
descobri que você havia escapado dos membros da força-tarefa.
Eu não pude comer ou dormir, fiquei preocupado de que você
estivesse lá fora com medo e sozinha. Que alguém iria te
machucar. Eu quero te proteger e te manter a salvo, te quero
em meus braços, em minha casa e comigo todo o tempo. Odeio
ficar separado de você. Você é tudo no que eu posso pensar.

— Você também está sempre em meus pensamentos.

— Eu vou te fazer feliz, Vanni. Acredite nisso, eu nunca vou te


machucar ou te decepcionar. É uma coisa boa que não sou
humano, porque nunca vou te trair. Sei que humanos fazem
isso, Espécies não. Eu não vou. Você é tudo o que eu sempre
vou querer. Nunca vou deixar ninguém te machucar, os
matarei se tentarem. Você é minha primeira prioridade, a coisa
mais importante em minha vida. Isso significa que te coloco
antes de todos os outros Espécies, se você estava preocupada
sobre isso. Você não será uma estranha aqui. Como minha
companheira, você é Espécie.
— Isso é tão doce. – Ela estava um pouco sobrecarregada.

— Não é doce. É um fato.

— Tem certeza que quer casar comigo tão rápido? Poderíamos


esperar até –

— Não. – Smiley murmurou. – Eu tenho certeza. Esqueça a


logica e o que mais você estava acostumada no mundo lá fora,
suas regras de encontros não se aplicam aqui. Nós podemos ser
felizes, nós seremos. Não há necessidade de nos sairmos por
meses para saber que somos certos um para o outro. Isso é
apenas eu e você. Vê como nos encaixamos juntos? – Ele
ajustou os quadris, o pênis ainda duro dentro dela. –
Entretanto, isso não é sobre sexo. Eu não quero que você pense
que isso é tudo para nosso relacionamento. Temos muito mais.

— Eu sei disso.

— Você sabe? – Ele a estudou de perto, olhando dentro dos


olhos de Vanni. – Podemos passar por qualquer coisa juntos se
nós apenas conversarmos e formos honestos. Você pode me
perguntar qualquer coisa, me dizer qualquer coisa, e vou
continuar te amando. Quero ter fé que você fará o mesmo
comigo.

— Você é um homem tão bom, Smiley.


— Eu sou seu, Vanni. Diga que você é minha. Vamos apenas
fazer isso, eu sei que isso pode te assustar por ter um
companheiro tão rápido, mas acredite em mim para estar aqui
para você. Se jogue, eu vou te pegar. Sempre.

— Okay. – Vanni acreditou nele.

— Você será feliz, terei certeza disso.

— Preciso arrumar um trabalho.

— Não vivemos em um sistema baseado em dinheiro. Você pode


encontrar algo para fazer se ficar entediada, mas pode ficar em
casa se quiser. Quero apenas que você seja feliz, Vanni.

— E nós podemos tentar ter bebês, eu realmente gostaria disso.


– A ideia de ser uma dona de casa era atraente.

— Eu amaria ter filhos com você.

— Então isso está decidido, vamos fugir. Faremos algo simples


e divertido.

— Com sua amiga Beth e meus amigos. Precisamos encontrar


um ministro.

— Exatamente. Sem estresse e isso vai ser sobre nós.


— Sempre será sobre nós. – Smiley soltou Vanni e se ergueu,
separando seus corpos.

— O que você está fazendo?

— Remover essas botas e a calça. – Ele ficou de pé, mas então


caiu no chão.

Vanni se sentou e deu risada, vendo Smiley arrancar as botas.


Ele apenas as jogou para o closet e empurrou as calças para os
pés descalços, depois ficou de joelhos e colocou as mãos na
borda da cama

— Tenho algumas ligações para fazer, não se mova. Fique na


cama.

— Você vai arranjar isso agora?

— Sim. – Smiley correu para fora do quarto. – Não vou te dar


tempo pra repensar sobre nós novamente. Vamos selar nosso
vínculo no seu mundo e no meu.

Vanni gargalhou, a visão da bunda musculosa e nua de Smiley


foi a última coisa que ela viu antes que ele desaparecesse para
a sala. Os caras humanos geralmente ficavam na ponta dos pés
sobre assumir um compromisso sério, mas Smiley não teve
esse problema. Ele ainda exibia uma ereção, mas estava
fazendo ligações ao invés de estar na cama com ela.
Capítulo Vinte

Smiley retornou para o quarto dez minutos mais tarde e sorriu


com a visão de Vanni sentada na cama, esperando por ele.

— Está feito. Podemos fazer isso amanhã a noite.

Os olhos dela se arregalaram e ele congelou nos passos,


esperando que ela não iria mudar de ideia. Humanos eram tão
diferentes e imprevisíveis.

— Está tudo bem?

— Isso é rápido. Tenho que contatar Beth, realmente quero ela


aqui.

— Que chamar ela seja a primeira coisa a fazer pela manhã,


podemos pegá-la e voar com ela para a Reserva. No entanto, há
algo que precisamos fazer primeiro uma vez que chegamos na
Reserva. – Ele se sentou em um lado da cama e se esticou,
pegando a mão dela. – Eu planejei de dizer isso quando cheguei
em casa, mas vendo quão feliz você parecia quando passei pela
porta me distraiu. Eu não quero acabar com seu humor, mas
há algo que precisamos discutir. É sério.

— Mas do que nós nos casando?

— Não, mas isso é importante.


— Okay, apenas me diga. – Vanni se aproximou e segurou a
mão dele com mais força.

— Gregory Woods tentou ir embora do país com o filho e a


equipe de segurança.

Vanni não disse nada. Smiley desejou que ela expressasse seus
sentimentos, mas o silêncio se esticou. Ela olhou para ele,
parecendo um pouco surpresa. Smiley tentou pensar nas
preocupações dela.

— Ele não conseguiu. Você está segura, Vanni. Ele não será
capaz de machucar você ou sua família. Ele não terá acesso a
um telefone e isso significa que não pode pedir a ninguém que
trabalha para ele para fazer nada em retaliação. Tínhamos um
membro da força-tarefa postado como piloto do avião particular
que ele contratou, eles subiram a bordo e estamos voando
direto para onde a ONE os levou em custódia. Eles estão presos
na Reserva, estamos indo para lá amanhã ao meio-dia. Eu
gostaria de ter algumas palavras com alguns deles. Você pode
vê-los por uma parede de vidro, se quiser. Eu prefiro que você
não tenha contato direto com eles. – Smiley talvez matasse
alguém que ameaçasse Vanni novamente. – Mas é sua escolha,
sei que algumas vezes ajuda a ser capaz de confrontar seus
medos ou, nesse caso, os homens que te causam tamanha
aflição.

— Você disse o filho dele. Carl tentou ir embora com ele?


— Isso te aborrece? – Enraiveceu Smiley que ela perguntara
sobre o ex-noivo.
– Ele te colocou em perigo, Vanni.

— Não é isso. Estou apenas surpresa que ele estava disposto a


deixar o escritório e a casa para trás. Eu não posso vê-lo
desistindo do estilo de vida pelo pai. Ele continuou dizendo que
eles não eram próximos, acho que isso era uma mentira.

— Ele tinha problemas financeiros e ia perder tudo o que


ganhou.

— Eu não sabia. – Ela pestanejou. – Acho que faz sentido agora


porque ele estava tão obstinado a ir para o hotel com o pai dele.
Ele disse que era para ganhar dinheiro para o casamento, mas
talvez era para tirá-lo do débito.

— De qualquer forma, eles estam sendo preso pela ONE. Isso te


aborrece?

— Ele apenas caminhou para fora e me deixou com Bruce e o


pai dele. – Vanni mastigou o lábio inferior. – Ele tinha que
saber o que eles estavam planejando. Ele não estava nem
mesmo surpreso sobre a droga. Ficou chateado que eu fui para
o bar ao invés de retornar para meu quarto do jeito que ele me
disse para fazer. Ele não é uma pessoa legal.

— Isso é certo, ele não é. Há mais. – Isso era um alívio para


Smiley.
Vanni se mexeu na cama e Smiley ficou prazerosamente
surpreso quando ela se curvou nele, descansando o rosto
contra o peito dele. Soltou a mão dele e a puxou para mais
perto, parecia certo tê-la nos braços e ela parecia entender a
necessidade dele de tocá-la tão frequentemente quanto
possível. Smiley brincou com os cabelos dela.

— O que mais?

A informação o havia enfurecido quando havia sido dito o que a


investigação revelara.

— Você concordou em deixar Carl comprar uma apólice de


seguro de vida em você?

— Claro. Discutimos isso quando ficamos noivos. Queríamos


ambos protegidos em caso de algo acontecer com um de nós
dois. Íamos fazer isso depois do casamento.

— Ele comprou uma apólice dois meses atrás e assegurou você


em um milhão de dólares, Vanni.

Ela ficou tensa em seus braços e o queixo se ergueu.

— Ele disse que isso seria de alguns milhares em cada. Apenas


o suficiente para cobrir os custos de um funeral e pagar o que
ele disse que ainda devia da casa, então eu não ficaria com o
débito.
— Ele comprou uma apólice apenas para você, não havia uma
para ele. Sinto que ele planejava te machucar uma vez que
vocês se casassem.

Vanni empalideceu e os dedos dela se curvaram ao redor


antebraço dele, Smiley depositou um beijo na testa dela.

— Você está segura agora. Eu apenas não quero que você se


sinta mal por ele, Vanni. Ele não é um humano decente,
merece ser trancafiado.

— Beth sempre disse que ele era uma cobra. Acho que agora
sei por que ele não se importou se o pai dele terminasse me
machucando ou me matando. Isso o teria livrado do problema
acabar comigo ele mesmo. Por que eu não vi isso?

— Humanos podem ser enganadores, você é o tipo que vê o


melhor nas pessoas. Isso não é um defeito, é um bom traço.

— Eu sou uma idiota. – Smiley se afastou e olhou nos olhos


dela. – Você é doce e não quero que isso mude em você. Ele te
enganou. Isso é a vergonha dele, não a sua.

— Ele é realmente um bundão.

— Exatamente, não quero que você esqueça isso. Ele não


merece sua simpatia ou compaixão. Vou perguntar a ele sobre
isso amanhã, vou conseguir a verdade.
— Você vai bater nele? – Vanni assentiu.

Smiley ficou dividido em como responder. Quando descobriu


sobre aquela apólice de seguro de visa e a suspeita de Tim que
Carl planejava matar Vanni por lucro o fez ver vermelho – o
sangue de Carl, para ser mais exato. Entretanto, Vanni talvez
não apreciasse ele batendo em um homem com quem ela uma
vez se preocupou.

— Estaria tudo bem. – Vanni acariciou o braço dele. – Até eu


mesmo quero bater nele.

— Você é minha fêmea. – Smiley sorriu. – Tenho certeza que


vou perder o controle e soca-lo algumas vezes. Você pode
assistir, se quiser.

— Eu passo. – Ela sacudiu a cabeça. Apenas não seja preso por


agressão e estou bem seja lá o que você quer fazer com ele.
Como você disse, eu não vou me sentir mal por ele.

Vanni não era de violência, Smiley gostava disso sobre ela.


Vanni tinha uma alma gentil e suave, essa era uma das coisas
que ele amava sobre ela. Ela também parecia aceita-lo como ele
era.

— Eles também capturaram Bruce. – Ele tentou manter a raiva


longe da voz, mas aquele era um homem que ele queria
machucar. – Ele pagará pelas ameaças que faz e por te acertar
com o Taser.

— Fico feliz que ele esteja fora das ruas. – Vanni estremeceu
apenas com a menção do homem. – Acho que ele poderia
potencialmente se tornar um serial killer ou algo igualmente
ruim, se ele já não é. Vou dormir melhor a noite sabendo que
ele não pode machucar mais ninguém.

As palavras dela trouxeram um estrondo brusco do fundo do


peito de Smiley, os olhos de Vanni se arregalaram, mas ela não
se afastou.

— Esse é meu barulho de chateado-e-vou-machucar-ele. –


Smiley explicou. – Não é direcionado a você.

— Eu sei, esse som é um tanto sexy.

— Você acha? – Aquilo o surpreendera.

— Sim, eu gosto de quão protetor você é. Você vai totalmente


chutar a bunda deles, não vai?

— Eu vou.

Vanni soltou o braço de Smiley e pousou a palma no peito dele,


explorando. Ele apertou o abdômen e baixou o olhar,
assistindo-a. Seu pau endureceu ainda mais quando ela
gentilmente se empurrou contra ele. Smiley se recostou, dando
acesso a ela. Vanni ergueu o queixo e uma ligeira coloração
tingia as bochechas dela.

— Está tudo bem te tocar?

— Em qualquer lugar, a qualquer hora. – Ele murmurou. – Eu


encorajo isso. – O telefone tocou e Smiley abafou um gemido. –
Tenho que atender.

Ele lamentou se afastar dela para alcançar do outro lado da


cama, apenas queria fazer amor com sua Vanni.

— O quê? – Sua frustração soou na voz.

— É uma má hora? – Jericho perguntou. – Vocês estavam


compartilhando sexo?

— Quase lá.

— Não atenda o telefone quando vocês estiverem nus, Smiley.


Aqui vai uma dica. Você sempre pode retornar as ligações mais
tarde quando estiver terminado de se vincular com sua
companheira.

— Foi para isso que você me ligou? Para dar um conselho


óbvio?

— Não. O helicóptero vai decolar às nove da manhã, eles


adiantaram o voo porque Gregory Woods fingiu um ataque
cardíaco esperando que o Centro Médico o enviaria para um
hospital humano. Foi uma tentativa patética da parte dele para
escapar. Ele está irritando todo mundo na Reserva ao ponto de
que eles querem manda-lo para Fuller o mais rápido possível.
Conversei com Torrent e ele está pronto para atirar no homem
ele mesmo. Ele disse que o humano está em prantos e
choramingando constantemente e isso está doendo as orelhas
dele.

— Obrigado por nos deixar saber.

— Vá se vincular com sua companheira. – A ligação foi


encerrada.

Vanni deu a Smiley um olhar curioso depois que ele retornou o


telefone para a base e a olhou.

— Está tudo bem?

Era uma lembrança de que ela era humana. Jericho tinha uma
voz alta e um Espécie teria escutado a conversa, sentado tão
próximo a ele.

— Ótimo. – Ele se jogou ao lado dela. – Você pode me tocar. –


Ele estava esperançoso que ela continuasse querendo. – Era
meu amigo Jericho. Gregory está incomodando todo mundo na
Reserva, vamos voar para lá mais cedo que planejamos pela
manhã.
Vanni se deitou de lado contra ele e colocou a palma no
estômago dele. Smiley tentou manter a respiração lenta e
estável, mas seu coração acelerou. O toque dela o excitou
enquanto os dedos de Vanni deslizavam pelas costelas dele.

— Por quê?

— Eles querem transferi-lo para a prisão Fuller. É para lá que


enviamos os humanos que cometem crimes contra Espécies. É
dirigido por humanos.

— Eu nunca ouvi sobre isso.

— É uma localização secreta que os humanos não sabem sobre


isso. Não queremos colocar nosso povo em posição de ser
carcereiro dos que os machucaram. Não parece justo ou certo
puni-los ao sofrer com a presença deles depois que foram
libertados.

— Isso soa muito inteligente. – O olhar de Vanni se ergueu e ela


sorriu.

— Tentamos. – Ele prendeu a respiração quando os dedos dela


brincaram mais embaixo, quase embaixo do umbigo. Vanni
virou um pouco a cabeça e sorriu para o estado de sua outra
metade. – Te disse que eu realmente gosto do seu toque.

— Eu vejo.
— Fico duro por você.

— Eu vejo isso também. – Vanni ergueu a mão e Smiley abafou


um gemido de protesto.

Vanni se sentou e subiu um pouco mais na cama, se colocando


mais próxima aos quadris dele. Ela rolou de joelhos, uma
posição que o fez desejar estar atrás dela. Cor fluiu nas
bochechas dela, mas ela sorriu.

— Então, nós somos como casados, certo?

— Sim.

— Eu não sou muito atirada, mas gostaria que você fizesse


algo. Pode ser?

— Qualquer coisa?

— Eu nem mesmo disse a você o que quero que você faça. – Ela
gargalhou. – Você realmente deveria perguntar antes de
concordar com isso ou eu poderia tirar vantagem disso. E se eu
dissesse que queria que você levasse o lixo pra fora?

— Você não quer isso. Estou esperançoso que isso seja algo
sexual.

A risada dela era o melhor som do mundo. A mão de Vanni


desceu para a perna dele, o toque gentil quano ela o apertou
apenas alguns centímetros longe do pênis. Isso pulou em
resposta, esperançoso também.

— Você faria qualquer coisa por mim?

— Sim, diga o nome.

— Você é maravilhoso. – O humor de Vanni desapareceu para


uma expressão sincera.

— Fico grato que você pense assim. O que você gostaria que eu
fizesse, minha Vanni? – O olhar dele baixou para as pernas
dela e ele lembrou que ela era tímida. – Você gostaria de minha
boca em você?

Vanni sugou uma respiração afiada, chamando a atenção dele.


A cor retorno e ele riu, podia dizer pela reação dela que Vanni
não se opunha a isso. Ele se sentou um pouco, preparado para
isso, mas ela sacudiu a cabeça. Smiley congelou.

— Eu gostaria de saber se você vai ficar bem quieto e me


deixar, hum... – Ela respirou forte e lançou um rápido olhar
para seu pênis. – Hum, você sabe. Em você. Eu não acho que
eu seja realmente boa nisso, mas temos a prática, certo? Eu
quero isso. Você se importa?

— Você quer colocar sua boca em mim? – Smiley piscou


algumas vezes com o tom áspero na própria voz e limpou a
garganta. – Isso foi um sim.
Ela era adorável quando corava ainda mais e baixou a cabeça.
O cabelo dela criou uma cortina, obstruindo a visão dele do
próprio pênis quando ela se abaixou em cima dele. Smiley
deslizou e cerrou os punhos para evitar tocar Vanni, as mechas
suaves do cabelo dela fizeram cócegas na barriga dele, mas
Smiley suprimiu isso. Estava com medo de que iria assustá-la
ou fazê-la mudar de ideia se ele se movesse. Respiração quente
afagou a coroa do pau e Smiley fechou os olhos.

— Você pode fazer qualquer coisa. – Ele lutou para deixar sair.
– Sou todo seu.

A boca quente e molhada de Vanni passou ao redor da cabeça


do seu pau e cada músculo no corpo de Smiley ficou rígido. A
sensação da língua dela o lambendo de modo hesitante,
provando-o, fez suas bolas doerem. Smiley separou as pernas
um pouco mais, esperando que Vanni não notasse. Ela tomou
um pouco mais do eixo dele e se moveu para cima e para baixo,
apertando-o de um jeito que fez com que tudo ao redor deles
desaparecessem em nada. Era apenas Vanni e o prazer que ela
infligia sobre ele. Smiley cerrou os dentes para evitar fazer
barulho.

Vanni parou, soltando-o.

— Estou fazendo isso certo?

— Sim. – Suor brotou na testa dele e Smiley abriu os olhos.


— Tem certeza? Você está muito tenso e está respirando um
tanto esquisito.

— Estou tentando não te assustar.

Vanni virou a cabeça e a ergueu, puxando os cabelos para fora


do caminho. Seus olhares se encontraram e os olhos dela se
arregalaram.

— Seu rosto está vermelho. Sou ruim nisso, não sou?

— Você é perfeita, eu juro. Estou apenas com medo de te


assustar se fizer barulhos e não quero que você pare. É tão
maravilhoso quando você faz isso.

Ela não parecia convencida.

— Lembra da minha boca em você? É bom assim.

— É tão bom que quase dói do melhor jeito?

— Sim.

Vanni o surpreendeu quando se moveu subitamente e se


empurrou contra a coxa dele com a mão. Smiley separou mais
as pernas e Vanni subiu entre as pernas dele, o encarando com
as mãos e joelhos. Ela abriu as mãos nele bem acima dos
joelhos e gentilmente empurrou. Ele se separou mais, não
tendo ideia do que ela estava fazendo, mas ele deixaria ela fazer
qualquer coisa.

— Okay, faça barulhos. Eles me excitam, lembra? Apenas não


agarre meu cabelo para me manter no lugar e não me sufoque
forçando que eu te leve inteiro, okay?

— Por que eu iria fazer isso? – Ele estava surpreso e


horrorizado.

— Aqui vamos nós. – Vanni sorriu. – Você não tem que me


avisar antes que goze, apenas faça isso.

Vanni soltou as coxas de Smiley e uma mão passou ao redor da


base do pênis dele. Ela se curvou para frente e ele pôde ver
tudo enquanto ela lambeu os lábios, abriu a boca e foi para
mais perto até que Smiley a assistiu levar alguns centímetros
do seu pau para dentro da boca. Ele assobiou com prazer e
cerrou as mãos em punhos.

Vanni não estava mais tímida. Smiley jogou a cabeça para trás
e bateu os olhos fechados enquanto ela o rodeava com a boca.
Vanni sugou, lambeu e o atormentou. Ele retumbou, o peito
vibrando pelo som profundo. Vanni fazia coisas com ele que o
viravam do acesso.

As mãos gentis dela seguraram as bolas dele foi isso. Vanni


acariciou-as e ele gritou, lançando atirando sua semente. A
cama sacudiu sob ele enquanto Smiley chacoalhava com a
força disso, mas a única coisa que ele manteve controle foi da
bunda – mantendo-a presa na cama para evitar ir para cima.

Vanni sorriu e sentou nos calcanhares. Smiley estava


esparramado na cama, o peito dele subindo e descendo
rapidamente. Suor cobria o corpo dele, dando a ele um brilho
sexy. Ela havia feito aquilo com ele, isso a fez sentir um pouco
de orgulho. Vanni se aproximou e correu a ponta dos dedos por
cima da barriga de Smiley, ele estremeceu e fez um som baixo e
sexy. Smiley não colocou as mãos dela para longe enquanto
lidava por estar muito sensível.

Ela quis dar a ele aquilo. Geralmente não era algo que fazia ou
queria fazer, mas Smiley não era apenas um qualquer. Ele era
dela. Vanni gostou do som disso, o olhar se erguendo para a
luz do teto e ela lamentavelmente se moveu, passando por cima
das pernas de Smiley para sair da cama.

— Onde você está indo?

— Apagar a luz.

— Por que? Gosto de olhar para você, Vanni. Por favor, me


permita isso.

Ela virou, vendo que ele havia se movido na cama. Smiley


ergueu um braço para apoiar a cabeça, erguendo-a um pouco.
Ele ficou deitado lá, o corpo grande relaxado, as pernas ainda
separadas, totalmente confortável estando nu. Ela o invejou
naquilo. No entanto, Smiley tinha um corpo incrível.

— Pensei que você gostaria de dormir.

Uma sobrancelha se arqueou.

Smiley havia fazê-la cuspir tudo. Vanni hesitou.

— O que é isso?

— Eu apenas fiz isso para você, então agora sei que você vai
querer dormir.

Ela não podia ler a expressão dele. Chegou próxima à


perplexidade, mas então Smiley pareceu um pouco
incomodado.

— Malditos humanos. – Ele se sentou e ficou de pé em um


movimento fluido.

Vanni congelou. Ela o tinha deixado zangado? Deveria apenas


ter esperado que ele caísse no sono para apagar a luz. Smiley
caminhou para frente, mas parou na frente dela. Vanni teve
que erguer a cabeça para trás para olhar dentro dos olhos dele.

— O que eu disse? Eu não quis te chatear. – Ela estava com


medo de que tivesse ferido o orgulho dele. Homens não
gostavam dessas coisas sendo apontadas para eles.
— Não é direcionado a você. Eu ouvi que machos humanos
fazem isso, é verdade? Estamos apenas começando. Eu não
estou cansado e tenho certeza como o inferno que não irei
dormir enquanto você está excitada. – O nariz dele se mexeu
enquanto ele cheirou o ar. – Eu posso te cheirar, baby.

Ele a segurou, um braço passou ao redor das costelas e o outro


ao redor da cintura. Smiley apenas ergueu, virou e a jogou na
cama. Vanni pulou no colchão macio, surpresa. Smiley a
seguiu, colocando os joelhos nos lados dela, e sorriu.

— Minha vez. Eu pareço cansado para você? – Ele baixou o


queixo para olhar abaixo para o pênis.

Vanni seguiu o olhar dele e não pôde perder o fato de que ele
estava duro como uma rocha novamente.

— Você está acasalada com um Espécie, nós temos um tempo


de recuperação rápido. Eu não me desgasto e tenho certeza
como o inferno que não vou te deixar ir dormir se doendo por
sexo. Role e fique nas mãos e joelhos, vou cuidar de você.

Vanni olhou para o pênis dele novamente e se moveu. Smiley


esperou até que ela estava de bruços antes de segurar os
quadris femininos e a levantar para os joelhos. A cama afundou
enquanto ele subia atrás de Vanni, colocando as pernas do lado
de fora das dela. Smiley soltou os quadris de Vanni e abriu
uma mão sobre a barriga dela para mantê-la enquanto se
afastava para colocar um pouco de espaço entre eles.

Ela gemeu quando ele alcançou embaixo e brincou com seu


clitóris com a mão livre, ela já estava molhada, mas aquilo não
parecia o suficiente para ele. Smiley obviamente a queria
realmente pronta para o sexo. Ele parou e ela estava quase
desapontada até que percebeu que apenas fizera isso para
ajudar a se posicionar, a cabeça do seu pau deslizou contra a
boceta e ele entrou nela lentamente.

— Sim. – Aquele gemido arfante veio dela. Vanni baixou a


cabeça, fechando os olhos. Smiley definitivamente não estava
com sono, pelo que podia sentir. Ele se curvou para frente para
pressionar o peito contra as costas dela e segurou seu peso
com apenas um braço, a mão cobrindo a barriga dela desceu e
dois dedos pressionaram o clitóris.

Ele se mudou um pouco, separando mais as pernas, e começou


a se mover com estocadas longas e profundas. Vanni enfiou as
unhas na cama.

— Mais rápido.

— Não. – Smiley foi para frente, colocando os lábios na orelha


dela. – Pode sentir quão duro você me deixa? O quanto te
quero? – Ele massageou o clitóris dela enquanto a montava.

— Isso é tão bom.


— Tire seus cabelos do caminho, me dê seu pescoço.

Vanni fez isso, mas ele não beijou a garganta dela. A língua
dele umedeceu o ombro dela e então ele mordeu, não foi duro o
suficiente para rasgar a pele, mas aumentou a excitação.
Aquelas presas dele eram quentes e mandaram bons arrepior
através do corpo de Vanni. Smiley segurou Vanni um pouco
mais apertado, fodeu-a um pouco mais duro e continuou
brincando com o clitóris dela.

— Oh, Deus. – Ela gritou.

— Esse sou eu. – Ele entrou nela mais fundo e mais rápido. –
Nós. Malditamente bom, não é?

Os braços de Vanni colapsaram embaixo e ela enfiou o rosto na


cama, tentando camuflar alguns dos sons que fazia.

— Eu poderia te foder por horas, poderia viver aqui com você


debaixo de mim. – Ele murmurou. – Você é tão sexy, tão quente
e tão malditamente apertada. Você está perto de gozar, posso
sentir seus músculos ondulando em mim.

Vanni parou de arranhar a cama e virou a cabeça. As mãos de


Smiley estavam próximas ao rosto dela, abertas para apoiar o
peso dele. Vanni as alcançou freneticamente, precisando tocá-
lo, e seus dedos cobriram os dele. Smiley se moveu
subitamente, indo para baixo e então ele estava apoiado nos
cotovelos e torceu os pulsos. Ele segurou as mãos dela,
agarrando apertado.

Vanni chamou o nome dele enquanto seu mundo explodia e


uma nuvem branca de êxtase. Smiley beliscou o ombro dela e
rosnou profundamente, ele diminuiu as estocadas e ela soube
que ele estava gozando quando se curvou apertado ao redor
dela, sacudindo os dois e a cama com a força disso.

Ela fechou os olhos quando ele parou de se mover, a respiração


pesada deles era o único som no quarto. Vanni sabia que um
sorriso curvava seus lábios.

— Uau.

— Apenas o aquecimento, minha Vanni. Ainda é cedo. – Smiley


colocou beijos suaves no ponto onde havia colocado as presas.
– Nunca esqueça que posso ir pela noite toda, vamos tentar
tudo o que você quiser. Você tem alguma fantasia que queira
compartilhar? Pode me falar qualquer coisa. Você é minha e eu
sou seu, quero fazer qualquer coisa com você.

Isso se assentou, Smiley realmente quis dizer isso.

— Eu nunca fiz sexo em um chuveiro antes. – Isso foi fácil de


admitir, já que ela não estava olhando para ele.

— Teremos na hora que formos dormir.


— Eu tenho uma bucket list.

— O que é isso?

— Coisas que eu gostaria de tentar antes de morrer, há


algumas coisas sobre sexo. Já fizemos sexo em um carro, essa
era uma delas.

Smiley soltou o clitóris dela e correu as mãos ao longo da


barriga, ele moveu o corpo e apenas caiu para o lado, levando-a
com ele. Vanni deu risada quando eles caíram, ainda presos
juntos com ele dentro dela. Smiley segurou os seios dela,
balançando-os.

— Conte-me mais, você tem toda minha atenção.

Vanni olhou para ele por cima do ombro. Smiley estava


disposto, os olhos brilhando de divertimento, isso a encorajou a
apenas fazer aquilo.

— Quero fazer sexo lá fora a noite. Não na frente de ninguém,


sexo em público não é do meu tipo, mas sempre pensei que
seria agradável. Apenas lá fora sobre a noite, debaixo da lua e
das estrelas.

— Podemos fazer isso também. Vamos esperar até estarmos na


Reserva, no entanto. Há muitas câmeras em Homeland, eu
teria que bater em cada macho que te ver nua. – A expressão de
Smiley mudou para uma séria. – Espero que na sua lista não
esteja incluído sexo com outros homens. Eu faria qualquer
coisa por você, mas isso.

— Não! – Vanni sacudiu a cabeça, surpresa que ele até mesmo


houvesse pensado nisso.

— Bom. Sei que humanos fazem isso algumas vezes, mas


haveria uma massiva perda de sangue se você colocar dois
machos Espécies no mesmo quarto enquanto uma fêmea está
com necessidades sexuais. Não compartilhamos bem e
especialmente se um deles tem sentimentos por ela. Eu não iria
apenas bater no outro macho, eu iria mata-lo se ele até mesmo
considerasse te toca. Você é minha. – Smiley a estudou. – Isso
te aborrece?

— Não, eu sou possessiva também. Eu nunca iria querer estar


com alguém que pensa que está tudo bem se não estivermos
em uma relação monogâmica.

— Bom.

Vanni se virou um pouco para dar uma boa olhada para


Smiley.

— É isso o que temos, certo? Monogamia?

— Sim. – Smiley a trouxe para mais perto e a abraçou


apertado. – Eu não estou viciado em seu cheiro, mas isso não
vai importar. Você é tudo o que eu quero.
— Viciado em meu cheiro?

— Lembra quando te falei que eu iria me viciar em teu cheiro?


Caninos e felinos ficam viciados nos cheiros das companheiras
deles e outros aromas cheirariam ruim para eles, muito ruim. –
Ele pausou. – Eu não experimentei isso com você. Eu amo
como você cheira, mas não sinto a necessidade de te respirar
constantemente, quero te segurar o tempo inteiro e estar perto
de você. Sinto tua falta quando não está comigo. Você é minha
companheira, Vanni. Pode confiar em mim.

— Obrigado.

— Pelo quê?

— Você é perfeito.

— Eu não sou, mas vou tentar ser o melhor companheiro do


mundo. Você apenas precisa sempre ser honesta comigo.

— Isso funciona para os dois lados. Quais são suas fantasias?


Quero riscar coisas de sua lista também.

— Você disse sim para ser minha companheira e está em meus


braços. Quero passar o resto da minha vida com você ao meu
lado, isso é tudo com o que sempre sonhei. Você me faz feliz e
muito mais, Vanni.
Lágrimas encheram os olhos dela.

— Não faça isso, minha Vanni. – Smiley aninhou a cabeça dela


com a dele. – Quero você feliz.

— Isso é feliz. Atualmente eu apenas não pareço me controlar


tão bem quando geralmente faço. Eu apenas pareço chorar sem
razão aparente.

Ele ficou tenso, os músculos se apertando.

— Há algo que preciso te contar. Eu estava com medo antes de


agora porque queria que você estivesse segura dos meus
sentimentos por você primeiro. Sabe o quanto eu te amo?

— Acho que sim.

Smiley enfiou o rosto na curva do ombro de Vanni, abraçando-


a mais apertado e curvou as pernas para segurá-la ainda mais
perto. Isso meio que a assustou.

— O que é isso?

Smiley aninhou a bochecha dela com a dele e colocou os lábios


próximos à orelha dela.

— Você vai me prometer que isso não vai mudar as coisas entre
nós?
Aquilo a assustou.

— Você está doente? – Oh, Deus. Ele está morrendo? Aquela


droga horrível fez algo com os órgãos internos dele? Vanni
entrou em pânico, ela tinha acabado de encontrar Smiley. Não
podia perdê-lo. Isso era muito cruel.

— Não. – Ele respirou fundo. – Recentemente descobri que


aquela droga da procriação pode fazer o controle de natalidade
ineficaz. Você pode estar grávida, Vanni. Eu quero um filho
com você, eu também iria estar bem se você não estiver. Quero
você de qualquer jeito, não pense outra coisa. Eu soube que
queria passar o resto da minha vida com você e queria que você
soubesse disso antes que te contasse sobre isso. Fiquei com
medo de que você me mandaria embora e não desse uma
chance a nós se você descobrisse antes de agora.

Era essa a razão dela parecer estar mais emocional do que o


habitual? Poderia estar carregando o bebê de Smiley. Vanni
esperava desconforto com a notícia, mas isso não veio. O
momento não era perfeito. O relacionamento deles tinha
apenas começado, mas a idéia de começar uma família com
Smiley era atraente. Ela sempre quis ser mãe. Isso a lembrou
que quase se casara com Carl para conseguir isso. Ela nunca o
amou, isso era certeza. Com Smiley era completamente
diferente.

Ela o amava.
—Você esta bem? Fale comigo. – Smiley segurou-a apertado e
começou a acariciar sua coxa.

— Aposto que vamos ter bebês lindos juntos.

— Isso é tudo que você tem a dizer? Você não parece com raiva.
– Sua mão parou.

— Eu não estou. – Vanni virou a cabeça e ele se inclinou para


trás para que ela pudesse olhar para ele.

— Você não tem idéia do quanto eu amo você Vanni.

— Eu amo você também. . – Ela olhou-o nos olhos marrons


com alma e acreditou nele. – Nós vamos lidar com o que
acontecer em conjunto. Eu estou totalmente bem se estiver
grávida. Você vai estar? De verdade.

— Eu quero ter bebês com você. Eu quero tudo com você. -


Smiley sorriu.

— Estamos bem, então. – Ela sorriu para ele. — Nós dois


estamos um pouco
suados. Como é que um banho soa pra você?

— Bom. – Smiley gargalhou. – No entanto, eu só quero te


segurar mais um pouco. Não quero você apenas para
compartilhar sexo. Vamos ficar um pouco abraçados, e em
seguida descobrir se gostamos de sexo na água. Soa como um
plano?

— Sim.
Capitulo Vinte e Um

Vanni agarrou a mão de Smiley, se sentindo um pouco


desorientado pela viagem. Ele a tinha sentada no colo dele para
suavizar o passeio de helicóptero, mas ela não acreditava que
ela já gostasse de voar neles. Smiley a ajudou a sair,
delicadamente colocando-a no chão, em seguida a abraçou e
manteve-a em seu abraço protetor até eles desligaram as
hélices.

Ela olhou ao redor em curiosidade. Era muito diferente de


Homeland. Eles estavam em uma área aberta com apenas um
único edifício á vista, árvores e encosta os rodeavam. Enquanto
se aproximaram, sua atenção se focou no que era obviamente
um hotel. Novas Espécies sairam do edifício, a maioria deles
vestiam roupas casuais. Muitos deles ostentavam sorrisos e
alguns acenos. Smiley respondeu. Estava claro que eles
estavam felizes em vê-lo e ele também.

— Eu quero que você conheça todos, mas eu não quero que


você se sinta sobrecarregada. – Ele a manobrou para as portas,
falando alto o suficiente para que todos ao redor pudessem
ouvir. Eles acenaram saudações quando ela passou, não
fizeram quaisquer comentários.

Eles entraram pelas portas duplas que se abriram sem um


cartão-chave. O lobby era grande e uma fêmea Nova Espécies
os cumprimentou. Ela era bem alta, uma beleza de cabelos
escuros.

— Olá. – Ela ofereceu a mão para Vanni. — Sou Creek. É tão


bom conhecê-la, Vanni. Eu fiz todos os arranjos para esta
noite. – Ela a soltou depois de um rápido aperto de mão,
colocou a mão dentro do bolso da calça e retirou um cartão-
chave, que ela entregou para Smiley. — Eu preparei a suíte de
lua de mel do terceiro piso, Smiley. A segunda à direita, você
não pode perder isso. – Ela piscou. — A comida está esperando.
Basta ligar se você precisar de alguma coisa.

— É bom conhecê-la também. Disse Vanni.

— Bem-vinda à família. Você é Espécies agora que você é a


companheira de Smiley. Estamos tão felizes que você disse que
sim. Eles adoraram saber sobre você no telefone. – Creek
sorriu.

Vanni gostou de ouvir isso, mas ela também se perguntou se


Smiley e a
mulher tinha qualquer tipo de passado. Essa ideia foi
rapidamente apagada quando Smiley falou. A reação de Creek
não foi de uma mulher que já tinha saido com ele.

— Creek, cheire Vanni. Ela pode estar grávida. Nós não temos
tempo para ir ao médico esta manhã para ela fazer um teste. –
Excitação atava a voz de Smiley. – Nós ficaríamos feliz com isso.
– Ele virou a cabeça, sorrindo para Vanni. — Caninos tem o
melhor sentido do olfato. Ela pode detectar isso.

Creek se aproximou e cheirou. Ela inclinou-se um pouco e


cheirou novamente. Ela se endireitou.

— Tudo o que eu sinto é o seu cheiro nela, Smiley. Ela está


coberta com seu perfume. – A mulher gargalhou. — Eu poderia
tentar novamente mais tarde depois que ela tomar um banho e
antes de você tocá-la. Basta me chamar e eu virei. Isso seria
uma notícia emocionante.

— Sim seria.

Creek olhou entre eles.

— Eu realmente gosto de ver um casal apaixonado. – Ela


piscou para Vanni. — Não vai ser difícil chamar um médico
aqui e tê-los enviando alguém para tirar sangue de você, se
você realmente quer saber.

—Isso seria ótimo. Vanni admitiu.

— Depois de irmos para a Segurança, mas antes do casamento.


– Smiley acrescentou.

— Eu vou fazer isso acontecer. Creek se afastou e voltou para a


mesa, ela pegou o telefone.
Smiley segurou o braço de Vanni, conduzindo-a em direção aos
elevadores.

Eles entraram nele sozinhos, subiram para o terceiro andar,


sairam e viraram para direita. Uma bandeira branca havia sido
suspensa por cima da porta com um coração vermelho. Alguém
tinha usado um marcador preto para escrever S & V.

— Isso é tão legal! – Vanni ficou tocada.

— Eu disse que todos estavam felizes por nós acasalarmos. –


Smiley pegou o cartão e abriu a porta, mas parou quando ela
tentou entrar.

Ela olhou para ele e como ele usou o pé para segurar a porta
entreaberta. Smiley se curvou e pegou-a nos braços, escorando
a porta aberta com o ombro para carregá-la pelo batente. Ele
chutou a porta fechando-a.

— Esta vai ser a nossa casa para os próximos dias.

O quarto era grande e bem decorado. Esse era um dos hotéis


mais lindo que ela já tinha visto. As portas das varandas em
toda a sala tinham sido deixadas abertas para permitir que a
brisa entrasse, havia uma bela vista das árvores e um rio
brilhava à distância.

— Onde está a cama? – Ela não viu uma. A área foi criada
como uma sala de estar e até tinha uma lareira ao longo de
uma parede. Um canto continha uma mesa de jantar
aconchegante com duas cadeiras. Duas bandejas de prata
estavam na mesa, ocupando a maior parte do espaço, e uma
garrafa de vinho em um balde de gelo com dois copos ao lado
dele.

— É pelo corredor. – Smiley virou. – Esta é realmente a suíte de


lua de mel. Há duas delas no hotel. A maioria das suites têm
dois quartos, eu pedi este especificamente, pois tem uma
varanda. – Ele caminhou por um corredor curto e passou
através das portas duplas abertas. Ele parou ali.

— Wow. – Vanni olhou para a enorme cama, mas foi a banheira


Jacuzzi e lareira que a distraiu. Era uma banheira enorme,
grande o suficiente para caber quatro pessoas, pelo menos.

— Isso é para mais tarde. Você dormiu na noite passada, então


estamos indo descobrir se gostamos de sexo na água.

— Desculpe. Você pode ter mega-resistência, mas acho que eu


estava cansada. Eu lhe disse que você poderia ter me acordado.

— Você estava malditamente linda dormindo em meus braços.


– Smiley gargalhou. – Vamos comer. – Ele se virou e voltou para
a sala de estar. — Perdemos o café da manhã e eu quero que
você relaxe um pouco antes de ir para a Segurança.

Vanni não tinha certeza se ela poderia comer. Seus nervos


estavam no limite.
— Eu não tenho certeza sobre ver Carl, o pai dele e Bruce.

— Você não tem que ir. – Smiley a colocou de pé ao lado da


mesa e puxou uma cadeira. — Ninguém iria culpá-la. Gostaria,
na verdade até prefiro, que você não vá.

— Preciso ir. – Ela sentou-se, agradecida por suas maneiras


enquanto ele empurrou sua cadeira e sentou-se em frente a ela.
Smiley levantou ambas as tampas das bandejas e apenas
colocou-as no chão. Havia uma quantidade enorme de ovos
mexidos, bacon, batatas e torradas. O aroma tentador reviveu o
apetite dela. Vanni desembrulhou os talheres e
cuidadosamente colocou o guardanapo no colo.·.

— Há uma cafetaria no primeiro andar, eles servem boa


comida. Eu espero que isso esteja bom ou posso pedir outra
coisa. Eles sempre têm um buffet aberto, mas eu pensei que
seria melhor comer sozinhos.

— Isso é fantástico. Obrigada. Você pensa em tudo.

— Bom.

— Falando nisso, qualquer palavra em como nós vamos


conseguir Beth aqui hoje?

— Eles vão enviar uma equipe para buscá-la no endereço que


você nos deu, após confirmar um horário com ela. A força
tarefa vai levá-la para Homeland e voar com ela para nós. Como
é que ela recebeu a notícia?

— Ela ficou surpresa, mas levou isso muito bem. – Vanni


sorriu, lembrando o telefonema de madrugada que ela havia
feito após Smiley ter saído.

— Ela não está chateada que você está acasalando com um


Espécie e vai viver na ONE?

— Ela disse, e estou citando, graças a Deus não é Carl. – Vanni


não tinha certeza se Smiley apreciaria o senso de humor de
Beth, mas arriscou.

Ele arqueou as sobrancelhas.

— Isso é o jeito Beth de dizer que ela está bem com isso.

— O jeito Beth?

—Ela é alguém que você tem que se acostumar. Nós somos


opostos. Ela é muito extrovertida e tem um senso de humor
torcido. Entretanto, ela soava
animada e prometeu saltar através de quaisquer coisa para
chegar até aqui. Eu disse a ela para esperar um telefonema de
Homeland. Ela também jurou sigilo. Felizmente, Elvis não
estava lá. Fiquei surpresa desde que eu a acordei, mas ela não
entrou em detalhes. Ela parecia irritada com ele. Eu acho que
ela teve uma espécie de alívio por estar vindo aqui em vez de
ficar lá por mais tempo.

— O homem não é namorado dela?

— É complicado.

Smiley arqueou uma sobrancelha.

— Ela realmente gosta de passar um tempo com ele, mas ela


não o ama. Eu sei que eles estão dormindo juntos no ano
passado, e eu pensei que estava ficando sério, mas em seguida,
ela disse que estava acabado. – Vanni lutava por uma maneira
de explicar. – Ele disse que queria mais do que ela estava
disposta a dar. Agora eles saem de vez em quando, mas ela não
quer machucá-lo por leva-lo.

— Para o quê?

— A pensar que ela está séria sobre construir um futuro com


ela quando ela nao está. – Vanni sorriu.

— Oh. - Smiley comeu um pouco de sua comida. — Ela só quer


compartilhar sexo com ele sem ligação.

— Sim.
— Estou feliz que você não é como ela. Eu nunca seria capaz de
desistir de você.

— Estou feliz também. – Eles sorriram um para o outro antes


de terminar o pequeno almoço. Smiley levantou. — Vou fazer
algumas chamadas para ter certeza de que tudo está arranjado
na Segurança e que eles estão prontos para a visita. — Ele
segurou o seu olhar. — Você sabe que você não tem que ir
comigo.

— Eu vou me arrepender se eu não for. Vou me sentir como


uma covarde. Eu preciso encerrar isso. – Ela colocou o
guardanapo na mesa e se levantou.

— Eu só não quero que você fique chateada. – Smiley olhou


para seu estômago, depois para cima.

— No caso se eu estiver grávida?

— Isso passou pela minha cabeça. Eu não vou negar isso. Eu


quero te proteger de qualquer jeito.

— Não é como se eu fosse entrar em uma briga com alguém.


Smiley fez esse som profundo de estrondo e as mãos em
punhos dos lados. Vanni avançou para mais perto dele.

— Você é tão quente de uma forma sexy quando você fica com
raiva.
— Eu sou? – Ele relaxou.

— Eu acho que é tão romântico você quer chutar o traseiro de


alguém por minha causa.

— Eu faria qualquer coisa por você. – Smiley estendeu a mão e


escovou o cabelo de Vanni para longe de seu rosto, acariciando
o lado da face com o polegar.

— Agora você apenas me deixou excitada. – A barriga de Vanni


tremeu e seus mamilos ficaram endureceram.
Smiley virou a cabeça e olhou para o relógio na parede.

— Eles estão esperando minha ligação. – Ele pareceu indeciso.


– Poderíamos ficar aqui em vez de ir.

— Você tem em seu coração fixado em chutar umas bundas.

— Você é mais importante.

— Eu sei, mas isso também é. Nós dois temos algumas


questões que precisam ser respondidas.

— Exatamente. – Ele estendeu a mão e pegou a mão dela. — E


eu quero
soca-los. – Smiley sorriu. — Muito.

— Faça as suas chamadas. – Ela riu. – Eu estou indo usar o


banheiro. Vamos sair em poucos minutos.
— Depressa. – Smiley a soltou.

Vanni usou o banheiro e lavou as mãos. Ela encarou seu


reflexo no espelho sobre a pia, tomando algumas respirações
profundas. Não tinha certeza de como ela iria ficar cara a cara
com Carl, o pai dele ou aquele horrivel Bruce. Parte dela ficou
tentada em ficar no hotel, mas ela endureceu sua espinha. A
outra parte dela sabia que precisava estar lá com Smiley. A
Igreja Woods e seu ex-noivo tinha jogado sujo. Ela queria a
satisfação de dizer-lhes que tudo o que fizeram foi em vão.
Algumas das sensações incômodas passaram. Ela se esticou e
tocou o estômago, um pouco de emoção aumentou com a
perspectiva de estar grávida. A idéia estava crescendo sobre ela.
Era um tiro no escuro, mas havia essa possibilidade. Ela havia
parado de tomar suas pílulas desde que ela tinha sido
sequestrada, não havia nem mesmo lembrado disso até que
Smiley tinha dito que ela poderia estar grávida. Um pouco de
culpa apareceu. Ela deveria ter dito a ele sobre isso quando
percebeu.

— Diga a ele mais tarde. Após esta provação. – Ela murmurou e


saiu do
banheiro.

******

Smiley posicionou Vanni em uma cadeira de frente para a


parede de vidro, os ocupantes prestes a serem levados para a
sala ao lado não seriam capazes de vê-la. Ele a fez ciente desse
fato, para que ela se sentisse totalmente à vontade. Ele
agachou-se, estudando os olhos dela.

— Você tem certeza que quer fazer isso?

— Sim.

Vanni era corajosa. Smiley sabia que os próximos momentos


não seriam fáceis para ela. Seu olhar se desviou para Jericho.
O macho assentiu sombriamente. Ele havia prometido ficar
com Vanni, caso ela se tornasse emocionalmente angustiada.
Smiley confiava no macho para ficar com sua companheira. Ele
olhou para Vanni e inclinou-se para mais perto, tomando-lhe a
mão.

— Você pode sair a qualquer momento. Jericho vai estar aqui


com você. Você apenas diga a ele o que você queira ou precise e
ele vai se certificar de que aconteça.

— Eu sei, você me disse. Eu estou bem. Pare de se preocupar


comigo. – Ela sustentou o olhar e tentou sorrir.

— Talvez eu bata neles. – Ele queria que ela ficasse preparada.


— Eu sei que você é compassiva sobre a violência.

— Não tanto quanto você pensa. Tudo mudou depois do que


nos aconteceu.
Ele não sabia o que isso significava e Vanni pareceu entender
sua confusão.

— Eu bati no Bruce, na cabeça dele com uma garrafa de vidro


logo após de agredir-lo com produtos de maquiagem. Senti-me
bem. Eu não sou tão frágil como você pensa.

Ela o divertia.

— Okay, basta dizer a Jericho se isso for muito pra você. - Ele
olhou para o macho novamente.

— Eu vou cuidar dela. – Prometeu Jericho.

Smiley deu um beijo nas costas da sua mão de Vanni e a


soltou. Ele levantou-se e saiu, permitindo que o seu
temperamento se construísse tão logo a porta se fechou. O
primeiro homem estava sendo levado para a sala quando ele
entrou. A visão de Carl Woods em pessoa o surpreendeu. O
macho realmente era insignificante. Ele não era muito alto e
não tinha quase nenhum músculo.

Torrent empurrou o homem em uma cadeira, mas não houvia


restrições colocadas sobre ele. Smiley fechou a porta, olhando
para o fino humano loiro. Ele olhou para trás, mas não
mostrou medo. Isso irritou Smiley.

— Eu sou um advogado. – Carl anunciou. — Eu fiz uma lista


mental de cada um dos meus direitos civis que a ONE violou. –
Ele cruzou os braços sobre o peito e levantou o queixo em
desafio teimoso. – Eu mal posso esperar para levar vocês
idiotas em um tribunal. Você pode beijar seu traseiro e dizer
adeus.

Torrent brilhou suas presas em uma careta e as luvas de couro


fizeram um pequeno ruído enquanto ele cerrava as duas mãos
e, em seguida, flexionou os dedos.

— Acredite ou não, este é o menos irritante do grupo. Ele não


está lamentando ou fingindo que ele é Espécie.

Smiley sabia que suas sobrancelhas se ergueram. Torrent


assentiu.

— Alguns da equipe de segurança deles queriam fazer um


concurso de rosnados. Literalmente. Acho que eles perceberam
que o cara com o rosnado mais alto tem que ser de o alpha. Era
tão lamentável que nem mesmo foi engraçado. – Ele olhou para
Carl. — Este aqui só faz ameaças com as leis humanas, não
importa quantas vezes ele já foi corrigido.

— Esse idiota não está escutando. Eu suponho que você está


no comando. – Carl falou com Smiley. — Exijo falar com o meu
advogado ou um representante do governo dos EUA.

— Mais uma vez, não há um dentro da ONE. – Torrent suspirou


e fixou o olhar sobre Smiley. — Faça-o parar. Por Favor? Eu
não estou autorizado a bater nele, a não ser que ele me bata
primeiro.

— Eu não estou no comando. – Smiley se aproximou do


humano. – Você deveria estar familiarizado comigo, no entanto.
Deve ter me visto na televisão com Vanni.
Deu-lhe satisfação quando o humano empalideceu. Os olhos de
se ampliaram também e ele endireitou-se na cadeira.

— Está certo. Eu sou o cara que foi drogado com ela naquele
hotel. – Smiley pulou e agarrou o homem, transportando-o para
fora do seu assento. Ele
caminhou até a parede mais próxima, perto do vidro, e bateu-o
contra ele. Carl resmungou, mas não tentou lutar. Ele era dócil
para um macho. Isso desgostou Smiley e ele olhou para o
homem abaixo.

— Finalmente. Torrent suspirou.

Smiley o ignorou e levantou Carl alguns centímetros do chão. O


macho pareceu apavorado, mas ele estava inerte, nem mesmo
lutando. Smiley queria que o macho lutasse, mas ele nem
sequer se mexeu. Seus braços ficaram ao seu lado.

— Bata em mim. – Smiley provocou.

—Não, você é um valentão. – Carl sussurrou as palavras.

— Seria como bater em uma fêmea. – Smiley o deixou cair em


seus pés e deu um passo atrás.
— Eu ainda faria isso se eu fosse permitido. – Torrent
murmurou. — Espere
você ouvi-lo. Você vai mudar de ideia.

Carl suavizou algumas das rugas da camisa, mas permaneceu


contra a parede. Ele olhou para Smiley.

— Essa é outra violação, brutalidade.

— Você quer me acusar de brutalidade? E sobre o que você e


seu pai fizeram para Vanni? Eu sei de tudo.

— Eu não sou responsável por supostas ações de meu pai.

— Você a atraiu para a casa dele e sabia que eles armaram


uma armadilha para ela.

— Eu não fiz nada disso. Eu nego essa acusação. – Carl cruzou


os braços sobre o peito novamente.

— Está vendo? – Torrent caminhou até a mesa e disse. — Ele


parece menos
feminino, toda vez que abre a boca.

— Esqueça as suas leis. Elas não se aplicam aqui. – Smiley


voltou seu foco para Carl.

— Exijo falar com um representante do governo dos EUA.


— Como um maldito papagaio. – Torrent rosnou. — Pare de
dizer isso humano, porra. Eu quero quebrar o seu maxilar. Eu
já ouvi isso duas dezenas de vezes na última hora a sós com
você.

Smiley estendeu a mão e agarrou o humano pela garganta. Ele


não aplicou a força necessária para causar danos, mas foi para
fazer um ponto. Smiley apertou o suficiente para fazer o macho
consciente de sua força.

— Deixe-me te dizer algumas coisas antes de você abrir a boca


novamente. Vanni agora é minha e eu não dou a mínima para o
seu tribunal. Você já foi julgado e considerado culpado. Você a
atraiu para casa do seu pai e eu sei sobre a apólice de seguro
de vida que você tirou no nome dela. Eu acredito que você
planejava se casar e assassiná-la por dinheiro. Você não se
importou com o que era feito com ela, desde que houvesse um
corpo morto para mostrar à companhia de seguros para obter o
seu cheque.

Ele se inclinou e colocou seus lábios próximos à orelha do


macho.

— Eu quero te matar, mas eu não não quero que Vanni veja


isso. Você é um pedaço de merda e você nunca vai ver a luz do
dia novamente. Você nunca a mereceu. Ela vai ser feliz
enquanto você vai aprender o que é o inferno. — Ele baixou a
voz ainda mais. — Isso não significa que ela estará sempre do
outro lado do vidro. Eu posso visitá-lo a qualquer momento.
Vamos dar-lhe seis meses de vida em uma gaiola e eu aposto
que você vai querer me bater, então vamos lutar em algum
ponto. Saiba disso.

Smiley se inclinou para trás e viu o medo nos olhos do macho.


Ele permitiu que ele colocasse espaço entre eles.

— Sugiro que você comece a fazer flexões em sua cela e se


exercite a partir das barras acima de sua cabeça. Entre em
forma. Você vai precisar.

Torrent gargalhou.

— Você pode levá-lo agora. – Smiley olhou para o vidro,


esperando que
Vanni não estivesse chateada com ele.

Torrent deslizou para fora da mesa, agarrou Carl pelo braço e


levou-o para fora da sala. Smiley não teve que esperar muito
tempo. O grande homem que foi trazido depois não precisava
de introdução. Ele tinha um curativo em seu pescoço que se
estendeu para cima, para o alto da cabeça. Ele não era um ser
humano fraco. Torrent permaneceu na porta, o corpo tenso.

— Este otário lança socos. – Advertiu Torrent. — Tive que bater


nele. Ele é um lutador decente para um ser humano.

— Foda-se. – Cuspiu Bruce. — Eu tenho uma concussão ou eu


teria batido em você como em uma cadela. – Ele se virou e
olhou para Smiley. Algo cintilou em seus olhos e ele bufou. —
Ah. Eu sei quem você é. – Ele
deu-lhe uma longa olhada . — Você me decepcionou.

— O que você quer dizer com isso? – Smiley já odiava o homem.

— Eu teria perdido a cabeça se eu tivesse sido você. Você sabe


quão quente é fazê-las gritar e sangrar enquanto você está
fodendo elas? Inferno, eu obtive uma ereção só de pensar em
drogada-la novamente e amarra-la, mas Gregory disse para
esperar até que tivéssemos terminado com ela. Quando eu sair
daqui, e eu vou sair, eu vou fazer um vídeo dela sendo uma boa
prostituta e vou enviar-lhe uma cópia para que você possa
aprender alguma coisa.

Smiley estava sobre ele antes que pudesse considerar o que


Vanni ia pensar. Sentiu se bem, batendo com o punho no rosto
do humano. O macho tentou bloqueá-lo, mas não foi rápido o
suficiente. O soco jogou-o em direção a Torrent cujos reflexos
foram melhores. Ele pulou para fora do caminho e Bruce bateu
na porta. Ele gemeu com a força do seu peso e Smiley avançou.

Bruce deu um soco nele, mas ele passou longe. Smiley irado
lançou outro soco na barriga do homem. Ele fez um som alto de
dor e dobrou ao longo do golpe. Smiley recuou e retumbou.

— Vem pra mim.


Bruce se endireitou. Seu rosto estava vermelho de raiva e
sangue se derramava de seu nariz. Ele gritou e se empurrou
para longe da porta. Ele era lento para o seu tamanho. Smiley
facilmente abaixou o punho dirigindo em seu rosto e se chocou
com o centro do ser humano, levando-o para o chão. Ele
montou o macho e esmurrou no rosto até que fortes braços em
volta de sua cintura o puxaram para fora.

— Chega. – Rosnou Torrent. — Não o mate. É o que ele quer.


Ninguém é tão estúpido a menos que eles são suicidas.
A porta se abriu e Vanni estava ali. Jericho parou atrás dela.
Smiley rapidamente levantou-se e afastou-se, percebendo o que
ele havia feito. Bruce gemeu e rolou para o lado. Sangue se
espalhava em todo o chão. Smiley assentiu, deixando Torrent
saber que ele estava no controle novamente.

— Eu sinto muito. – Smiley encarou Vanni.

— Não sinta. Você está bem? – Ela entrou no quarto,


mantendo-se longe de Bruce.

As mãos dele doíam, mas ele nem mesmo olhou para elas.

— Eu não quis me perder.

Vanni se aproximou dele.

— Não. – Ele a advertiu. Havia sangue em suas mãos. — Eu


não quero que você se contamine.
Os lábios de Vanni se separaram, mas Torrent falou primeiro.
— Esse é um humano que é provavelmente doente. Smiley
precisa lavar todo aquele sangue antes de você tocá-lo. Nós
somos imunes à doenças, mas você não é.

Bruce se sentou e Smiley mudou de posição, colocando seu


corpo entre ela
e o humano. Bruce cuspiu sangue no chão e olhou para ele
enquanto mais disso escorria do rosto para o pescoço e a
camisa. Um olho já estava inchado e fechado devido ao corte
sobre a sobrancelha. Ele bufou.

— Fodido boceta-chicoteada. Você é patético. – Bruce inclinou a


cabeça, tentando dar uma olhada em Vanni. — Por que você
não vem aqui, sua
cadela? Eu vou te mostrar o que um homem de verdade pode
fazer para você. Você vai gostar.
Smiley o teria atacado novamente, mas Torrent agarrou seu
braço.

— Não. Eu te disse. Ele está tentando fazer com que você o


mate. Isso acabaria muito rápido, ele merece sofrer por anos.
Torrent provavelmente estava certo. Smiley balançou a cabeça
de novo, muito zangado para falar. O aperto de Torrent aliviou
e Smiley olhou para Vanni. Ela estava perto o suficiente para
tocar se ele estendesse a mão, mas ele não o fez. Ele limpou a
garganta e tentou se acalmar.

— Vai esperar por mim fora desta sala. Não é seguro. – Smiley
pegou um movimento em sua visão periférica e ficou tenso. Ele
observou Bruce
lutar para ficar em seus pés. — Agora, Vanni.

— Okay.

Ele não se atreveu a olhar para longe de Bruce. O macho pode


tentar passar por ele para chegar a Vanni antes dela sair. Ele
ouviu Jericho arfar. Um movimento para a direita o assustou e
o choque segurou-o ainda por um segundo. Vanni parou ao
lado dele e levantou a arma de Jericho.

— Você gosta disso, idiota? - Ela disparou. O dardo Taser


disparou e atingiu na barriga de Bruce.

O jeito que os olhos do humano rolaram para cima enquanto o


corpo se sacudia pela corrente elétrica que passava por ele
asseguraram a Smiley que o ligeiro barulho viera de Vanni, que
estava segurando o gatilho para baixo. Smiley ficou de boca
aberta. Ele não tentou impedi-la, ciente do sangue em suas
mãos. Vanni realmente sorria, observando Bruce finalmente
cair. Ela soltou o gatilho e virou a cabeça, segurando seu olhar.

— Isso dói como um filho da puta. Eu percebi que ele deveria


experimentar em primeira mão. Não se atreva a se sentir mal
por bater nele. Eu gostaria de poder ter batido. – Ela quebrou o
contato visual e olhou para Torrent, oferecendo a arma para
ele. — Você quer isso? É mais pesado do que eu pensei que
seria.
— Bom tiro. – Torrent sorriu e aceitou.

— Não realmente. Eu estava apontando para as bolas dele. —


Você quer outra chance? – O macho riu abertamente. –
Poderíamos esperar até que ele se recupere e pedir emprestado
a arma de outro oficial. Eu não tenho, uma vez que não estou
autorizado a levar durante o transporte de prisioneiros de sala
em sala. Eles podem tentar pegá-la.

Vanni mordeu os lábios, parecendo considerar isso.

— Não, ela não quer. – Smiley ainda estava atordoado. —


Vanni?

Ela olhou para ele. Ele viu incerteza lá.

— Você está com raiva de mim? Eu só vi a arma de Jericho e


percebi o que era. Bruce me acertou com uma assim eu queria
retribuir o favor.

— Eu nunca estou com raiva de você. – Ele baixou a voz. Ele


nunca mais queria ver aquele olhar dela novamente. — Eu vou
te ensinar como atirar melhor. Eu realmente quero você fora
desta sala. O sangue dele está em toda parte e Torrent esta
certo. Ele provavelmente está doente. Ele é louco também. Eu
não quero você em perigo.

Smiley olhou ela indo e Jericho deu de ombros, como se


dissesse que ele não tinha esperado que ela fosse fazer isso. Ele
agarrou a maçaneta da porta e fechou-a, ficando com Vanni no
outro lado.

— Eu gosto dela. Torrent admitiu.


Smiley virou, olhando para ele.

— Não desse jeito. Ela é sua companheira. Eu só gostei do que


ela fez, isso é
tudo. Quer me ajudar a pegá-lo e arrastá-lo de volta para a cela
dele? Ele é
pesado.

— Eu ainda quero falar com Gregory Woods.

— Vamos lidar com este primeiro e fazer um pouco de limpeza


antes de trazê-lo aqui. Esse outro chora como uma menina. Ele
vai ver o sangue no chão e provavelmente vai gritar como uma
também. Ele já fingiu ter um ataque cardíaco. Isso pode causar
um ataque real. Ele vai acreditar que assassinou alguém aqui.
Capítulo Vinte e Dois

Vanni sorveu o suco de laranja que Jericho pegara para ela, ele
não havia dito uma palavra sobre ela pegando a arma dele ou
usando-a. Eles assistiram Smiley e Torrent arrastar o Bruce
inconsciente para fora da sala, outro Nova Espécie havia
entrado para limpar todo o sangue. Ela finalmente trabalhou
com os nervos para falar com o amigo de Smiley.

— Eu lamento, eu apenas não queria passar minha lua de mel


sentada do outro lado das barras com Smiley. Pensei que ele ia
matar Bruce e ser preso.

— Isso seria justificado se ele fizesse, o homem ameaçou a


companheira dele.

— Oh, eu não sabia disso.

— Nossas leis não são as mesmas que as suas, as nossas


fazem sentido.

Vanni não tinha certeza do que fazer com aquilo, mas Jericho
explicou.

— Nós temos notícias humanas aqui, é depressivo. Não


acreditamos em assassinato, mas alguns apenas não deveriam
ser permitidos a viver. – Ele olhou para o vidro. – Aquele
homem é um deles, você ouviu o que ele disse. Qualquer macho
capaz de machucar uma fêmea daquele jeito merece a morte.
— Então, por que você não me impediu de correr até lá se
realmente acreditava nisso? Você poderia ter me impedido se
tentasse.

— Eu sabia que você estava indo lá parar Smiley. Eu não quero


que ele sofra com as ações dele, apesar do tanto que aquele
homem mereça.

— Ele disse que matou antes.

— Ele matou. Muitos de nós fizeram isso em Mercile e


provavelmente farão novamente para defender um ao outro se
formos atacados. Entretanto dessa vez isso poderia fazê-lo
sentir medo de te perder e se sentir inseguro. – Jericho se
recostou contra a parede. – Esse é realmente um medo muito
grande quando acasalamos com uma huamana de que elas
verão violência e acreditam que somos um perigo para elas.
Smiley já se preocupa que você mudará de ideia e vai deixa-lo.
Você se tornou uma parte dele.

— Eu amo Smiley.

— Bom. – As feições de Jericho suavizaram. – Continue dizendo


isso a ele com frequência. Ele precisa dessa segurança.

— Ele precisa?
— Sim. – Jericho olhou para a parede de vidro e então de volta
para ela. – Nós sentimos profundamente, mas tentamos
esconder isso. É um defeito.

— Por quê?

— Chame isso de instinto ou genética, mas somos mais


vulneráveis emocionalmente se comparados aos caninos e aos
felinos. Nunca se esqueça disso, Vanni. Você poderia destruí-
los de dentro para fora.

— Eu nunca faria isso.

— Melhor ainda. Toque-o com frequência e diga a ele o quanto


ele significa para você se realmente o ama. Ele sempre vai
tomar tudo o que você disser de coração, não esqueça disso
quando você discutir com ele. Pense antes de falar.

— Obrigado. – Vanni apreciou os conselhos.

— Eu quero que vocês dois sejam felizes. – Jericho deu de


ombros. – Eu não posso ficar vendo Smiley deprimido. Não foi
fácil vê-lo parecendo miserável antes e nunca mais quero vê-lo
assim novamente.

— Você ficou trancado com ele quando eram mantidos nas


Indústrias Mercile?
— Quis dizer quando você escapou dos membros da força-
tarefa encarregados de te trazer para o Centro Médico e ele teve
medo de que você estivesse morta ou ferida no mundo lá fora.
Me partiu vê-lo daquele jeito. Temi que ele iria passar as
paredes e procurar por você ele mesmo, isso poderia mata-lo.
Temos muitos inimigos, tudo o que ele podia pensar era você e
ter certeza de que você estava bem. Ele se vinculou a você
desde o começo.

— Obrigado por me dizer isso. – Vanni piscou as lágrimas para


trás. – Eu amo Smiley. Eu, hum, me vinculei com ele desde o
começo também. Ele é tudo para mim.

— Bom. Continue dizendo isso a ele. Não estou brincando, ele


vai se preocupar por um longo tempo de que vai dizer ou fazer
algo que vai te fazer repensar em ser a companheira dele.

— Ele está preso comigo. – Vanni sorriu, se animando. – Eu


nunca o deixaria.

Jericho ficou tenso, o olhar focado na parede de vidro.

— Aqui vamos nós. Lembre-se disso, eu não tenho ideia de


como Smiley vai agir com esse.

Vanni se virou no assento e assistiu Torrent trazer Gregory


Woods. Ele parecia despenteado e completamente diferente da
pessoa na televisão. A roupa dele estava amassada, ele
precisava se barbear e os olhos estavam vermelhos.
— Ele esteve chorando?

— Você ouviu Torrent, isso seria um sim. – Jericho suspirou.

******

Gregory se sentou e abraçou o peito.

— Eu realmente preciso de um médico, eu tenho um


especialista que cuida de mim. Vocês não querem que eu
morra. Sabe quem eu sou? Você não pode se safar com isso. Eu
sou uma celebridade, rico. Eu –

— Pare. – Torrent pediu. – Você não está sendo transferido para


um hospital humano e ninguém nem mesmo sabe que você
está aqui.

A porta se abriu novamente e Smiley entrou, ele havia trocado


a roupa para um dos uniformes da ONE e as mãos estavam
enfaixadas. Ele fechou a porta e permaneceu parado. Gregoy
deu um pulo, olhando para ele com horror óbvio.

— O que está errado, humano? Nunca pensou que teria que


encarar o macho que você drogou e tentou armar?

— Não foi minha ideia, foi de Bruce. Eu estava com medo dele,
você o viu. Ele tem uma ficha criminal, eu sou inocente.
— Cala a boca. – Torrent deu um passo atrás. – Nós não somos
idiotas. Haviam vinte doses perdidas da droga de procriação
quando te pegamos sob custódia. Dean confessou que vendeu
duzentas para você. – Ele rosnou e lançou a Smiley um olhar
desgostoso antes de continuar. – Esse cara jurou que usou-as
em prostitutas que ele pagava para fazer sexo com ele. Você viu
em primeira mão o que a droga faz com uma mulher, ele não
sentia por aquelas Fêmea que drogou e continuou fazendo isso
de novo e de novo. Ele é um filho da puta cruel. – Torrent
mostrou as presas. – Você vai culpar mais alguém? Pare com
isso, idiota.

— Nós deveríamos te dosar e te deixar sofrer, você merece isso.


– Smiley fez um barulho áspero e retumbante. – Bruce trabalha
para você e, a propósito, Dean Polanitis foi muito informativo
quando falamos com ele. – Smiley se agachou, mantendo as
costas para a porta. – Ele confessou como você o contatou e
ameaçou expor a conexão entre Drackwood e Mercile que teus
investigadores acharam. Ele chamou isso de chantagem e
admitiu que você pediu por algo para usar contra a ONE. Você
comprou drogas dele e pagou o barman para adicioná-la na
minha bebida e na de Vanni no hotel.

— Isso é tudo mentira! – Gregory apertou o peito. – Isso foi tudo


Bruce.

— Ele usou o dinheiro que você deu a ele para a compra. Você
foi pego e vai pagar por seus crimes, pastor Woods.
— Acho que estou tendo um ataque cardíaco.

— Okay. – Smiley não se moveu. – Tenha um, eu não iria ligar


em ver você respirar pela última vez.

— Você não pode me deixar morrer. Eu tenho seguidores,


droga. Eles vão estourar seus portões e matar todo mundo.

— Eles acreditam que você deixou o país e os abandonou.


Ninguém nem mesmo vai saber se você morrer, vamos apenas
te colocar no jazido que você disse que temos. – Torrent parecia
divertido. – Ele poderia ser o primeiro corpo que colocamos lá.

— Soa como um plano. – Smiley sorriu.

— Vocês não podem fazer isso comigo. – Grandes lágrimas


escorriam pelas bochechas de Gregory e ele olhou entre os dois.
– Eu também sou rico, vou pagar para vocês me tirarem daqui.
Quanto vocês querem? Digam o preço.

— Não nos importamos com dinheiro. – Smiley inclinou a


cabeça. – Quero apenas olhar para você nos olhos antes que
você seja enviado para Fuller. Vanni está a salvo e você nunca
terá a oportunidade de machuca-la novamente. Você vai pagar
por tudo o que fez. Eu não estou com raiva de você pelo que fez
a mim, mas você tentou machucar a mulher que eu amo.
Grande erro. Eu apenas queria aproveitar mais isso, mas você é
tão... – Ele pareceu se esforçar para encontrar a palavra.
— Lamentável. – Torrent ajudou.

— Sim. – Smiley mandou um sorriso para ele.

— Vocês são bárbaros! – O rosto de Gregory ficou vermelho e


ele estalou.

— O que você esperava? Você nos atacou. – Smiley se


endireitou. – Você deveria ter aprendido mais sobre seus
inimigos antes de nos atacar. - Todo traço de humor sumiu do
rosto dele. – Você será o único passando o resto da vida em
uma cela. Isso não é o que você queria para nós? Você vai
aprender o que é não sentir a luz do sol no rosto ou
experimentar o simples ato de bondade de nossos guardas. Isso
é um destino que você queria para nós, a prisão Fuller será o
seu zoológico, você apenas não deve esperar nenhum visitante.

— Vocês, criaturas, não irão continuar com isso. – Gregory


pulou da cadeira. – Eu sou Gregory Woods, todos estarão
procurando por mim e eles não vão parar. Vocês vão pagar por
isso. Pessoas vão se tocar e perceber o que vocês realmente
querem.

— E o que é? Dominar o mundo? Nós queremos apenas paz.


Você teria aprendido isso se realmente houvesse feito sua
pesquisa. Queremos apenas que humanos como você nos
deixem em paz, vocês é que não podem fazer isso. - Smiley se
moveu para o lado e abriu a porta. – Terminei, Torrent. Você
pode transferi-lo agora.

— Obrigado. – Torrent sorriu. – Eu mal posso esperar para


coloca-lo na van.

Smiley olhou para o vidro e então para o corredor vazio. Vanni


pensou que ele talvez estivesse procurando por ela e se ergueu,
mas não tinha um desejo real de falar com Gregory. Torrent
estava certo. Ele era patético, mas ela não sentia pena dele.
Gregory merecia ser trancafiado, mas vê-lo naquela sala havia
ajudado a encontrar um fim.

— Vamos embora. – Ela caminhou para a porta e a abriu,


falando alto o suficiente para que Smiley pudesse ouvi-la.

— Terminamos aqui? – Ele virou para ela e segurou seu olhar.

Vanni assentiu.

Smiley fechou a porta da sala de interrogatório atrás dele e veio


para ela. Ele se aproximou e ela pegou a mão dele.

— Você está bem?

— Estou agora.

— Quer acertá-lo com um Taser? – Um brilho de divertimento


passou pelos olhos dele. – Isso talvez seja divertido.
— Eu não acho que Torrent queira ouvir os gritos dele
novamente. – Vanni sorriu.

— Verdade. – Smiley olhou por cima da cabeça de Vanni. –


Estamos prontos para ir, Jericho. Nós dá uma carona até o
hotel?

— Vamos sair daqui.

A porta da sala de interrogatório se abriu e Vanni caminhou


um pouco para o lado atrás de Smiley. Gregory estava saindo
da sala, ele virou a cabeça e olhou para ela, seus olhares se
encontraram e ele parou de caminhar.

— Isso é tudo sua culpa, Travanni. Eu sempre te odiei.

Smiley retumbou e girou, Vanni o segurou apertado e puxou o


braço também, esperando que ele não fosse atrás de Gregory.

— Ele não vale isso. – Ela insistiu.

Smiley retumbou novamente, mas relaxou no aperto de Vanni.


Gregory virou um pouco mais para encará-la e apontou para
ela.

— Você vai pagar por isso.

Vanni soltou o braço de Smiley e derramou em Gregory.


— Eu sempre quis fazer isso. Dane-se, Gregory. Smiley e eu
vamos nos casar. Ele é a melhor coisa que já me aconteceu e
quero que você saiba disso. Você me fez o maior favor da minha
vida, pense nisso da próxima vez que abrir sua boca e vomitar
seu ódio.

— Mova-se, bebê chorão. – Torrent o empurrou, forçando-o a ir


para frente. – Vejo que você é mais corajoso quando está
confrontando uma fêmea menor. Por que não estou surpreso?
Você é realmente patético.

Eles viraram no corredor e caminharam para fora de vista.


Vanni olhou para cima e esperou por Smiley virar a cabeça. Ele
fez isso e ela viu a raiva dele.

— Deixa para lá, eu planejo fazer isso. – Ela caminhou para


mais perto dele e colocou a mão no peito de Smiley. – Vamos
deixar isso no passado e nunca mais pensar sobre isso
novamente. Eles realmente não valem isso.

— Você está certa.

— Gosto de ouvir isso. – Ela piscou.

— Você também é muito sexy quando está brigando com


alguém. – Smiley passou os braços ao redor da cintura dela.

— Eu sou?
— Estou aqui. – Jericho limpou a garganta. – As câmeras
também. Eu não sugeriria que vocês ficassem muito amigáveis
um com o outro no corredor.

Todos eles viraram quando ouviram o som de pés com botas e


olharam para o homem alto de cabelos pretos que caminhava
na direção deles. Ele era felino com olhos verde claros, vestido
em jeans e uma camisa preta sob um casaco de couro.

— Olá, Jaded. – Smiley parecia feliz em ver o macho. – Essa é


Vanni, minha companheira.

O cara assentiu para ela, mas não ofereceu a mão.

— Eu estava checando na Segurança antes de ir para um


evento de caridade e me disseram para dizer a você que o
helicóptero está chegando em dez minutos. Não parece que
nenhum de vocês está vestindo roupas para sair, também ouvi
sobre seu acasalamento e queria dar os parabéns a vocês.

— Obrigado. – Smiley chamou a atenção de Vanni. – Esse deve


ser o que está com Beth. Deveríamos ir encontra-la no
heliporto. – Ele olhou para os dois homens.

— Vamos lá. – Jericho pausou ao lado de Jaded. – Roupa legal,


você a roubou de Harley?

— Só para você saber. – Jaded gargalhou. – Eu liguei para ele e


perguntei onde ele comprava as roupas. Um clube de
motociclistas local está promovendo um churrasco beneficente
para comprar alguma terra para a preservação de um
acampamento que eles usam no verão. Uma grande companhia
quer comprar e cortar todas as árvores.

— Pensei que você estivesse envolvido apenas se animais


estivessem no meio. – Jericho pestanejou.

— Há muita vida selvagem vivendo naquela floresta. – Jaded


deu de ombros. – É por uma boa causa e eles me enviaram um
convite. Penso que isso talvez seja divertido.

— Temos que ir. – Smiley removeu o braço de Vanni, mas


manteve o aperto sobre ela.

Ela estava realmente excitava sobre ver Beth, esperava apenas


que sua amiga se comportasse e não agisse tão chocada
quando encontrasse Smiley. Isso era uma preocupação real.

******

—Relaxe. – Beth pediu. – Eu gosto de Smiley.

— Não é isso. – Vanni se moveu desconfortavelmente no


assento. – Eu sei que você gosta. Eu estou me casando, minhas
mãos estão tremendo.

— Você está repensando ou é nervosismo de noiva?


— Nervosismo. Eu realmente quero casar com Smiley.

— Feche seus olhos. – Beth aplicou a sombra. – Ele é um


pedação, Vanni. Também notei o jeito que ele olha para você.
Eu vejo amor e o cara tem a coisa toda por você também. Ele
totalmente olhou para sua bunda quando você caminhou na
frente dele. Smiley é tão musculoso sob aquelas roupas quando
parece com elas?

— Sim.

— Cadela sortuda. – Beth parou. – Abra.

— Obrigado por fazer minha maquiagem. Como eu estou? –


Vanni olhou para a amiga.

— Bem, eu mantive isso suave. Te dá um look natural com


uma pequena ajuda.

— Obrigada. Smiley disse que me prefere sem maquiagem, mas


esse é o meu casamento. Preciso parecer muito bem, ele
prometeu que alguém vai tirar fotos.

— Vou tirar algumas com meu celular também.

— Você não pode postá-la em lugar nenhum. – Vanni a


lembrou. – Ninguém pode saber que nos casamos ainda. Smiley
disse que isso poderia causar problemas.
— Já contou para sua família?

— Não, eu sei que eles teriam querido estar aqui, mas eu


apenas...

— Não precisa dizer mais nada. Sua irmã é uma puritana, seu
irmão é um burro e insistente. Seus pais... eu os amo, mas sua
mãe é uma maluca por controle e me assusta um pouco como
seu pai apenas faz tudo o que ela diz. Meus pais são o oposto.
Meu pai é o controlador e minha mãe faz tudo o que ele diz.

— Eu sei, acho que papai apenas não quer discutir. Mamãe se


tornou uma ótima chefe, tendo que criar três crianças
enquanto ele estava viajando. Ele é brando.

— Você pegou isso dele. Você é a irmã quieta e você deixa que
eles mandem em tudo ao redor. Fico feliz que você decidiu
fugir, aquele fiasco que foi o noivado com Carl me matou. Eu
realmente o odiava e então sua família estava bagunçando os
planos que você tinha, eu fiquei chateada por você.

— É por isso que estamos mantendo simples. Isso é apenas


sobre Smiley e eu.

— Estou apenas feliz de estar aqui, mesmo que isso seja um


tipo de pesadelo.

— A viagem de helicóptero é horrível.


— Quis dizer sobre a gigantesca briga que tive com Elvis. Eu
meio que gostei da viagem e a companhia também não era
ruim. Acha que você poderia me apresentar para o gostozão?

— E sobre Elvis? Eu meio que esperava que você ficando com


ele iria deixar vocês próximos. No telefone você soou como se
estivesse tudo bem.

— Nós estávamos começando a brigar. Ele ficou chateado que


eu estava saindo, especialmente quando ele viu os caras que
foram me buscar. Ele pensou que era uma vingança.

— Pelo quê?

Beth se curvou e sorriu para ela.

— Sem merda depressiva no dia em que minha amiga vai


amarrar o Sr. Gostozão. Eu fiz com que eles parassem no
caminho. Lembra daquele shopping bem ao lado da estrada?
Você vai ter uma surpresa.

Beth se endireitou, virou e caminhou para a mala descansando


na cama. Ela a abriu e removeu uma sacola com o nome de
uma loja.

— Isso é para você. É aquele vestido que vimos ha algumas


semanas quando fomos comprar sapatos. Eles continuaram
com ele.
— O branco bonito com laço? – Vanni olhou para Beth.

— Sim.

— Custava cento e cinquenta, Beth. Era muito caro.

— Eu não sei o que você comprou durante sua viagem ao


shopping, mas você não pode se casar com roupas do dia a dia.
Vamos lá. – Beth colocou a mão dentro da sacola. – Ele não é
muito extravagante e é muito bonito, eu diria que é o vestido de
verão perfeito para uma fuga. Ele foi a primeira coisa que
pensei quando você me deu as notícias, apenas queria ter
tempo de comprar sapatos combinando, mas quando aqueles
caras da ONE falam cinco minutos, eles querem dizer isso. Eu
nunca corri por um shopping tão malditamente rápido.

— Muito obrigada, eu vou te pagar de volta. – Vanni o aceitou,


lutando contra as lágrimas.

— Cala a boca, é um presente. Inferno, eu iria pagar o triplo


para te ver feliz. Você apenas se acende quando olha para
Smiley e eu realmente gosto dele. – Beth pausou. – Ele é
completamente o oposto de Carl. – Ela sorriu. – Você sabe o
que eu vou dizer.

— Você realmente o odiava.

— Grandemente. – Beth sorriu novamente. – Eu queria ter


chegado aqui antes que eles tivessem levado-o para longe. Eu
gostaria de cinco minutos sozinha com ele, teria chutado ele
nas bolas.

— Você não pode dizer a ninguém sobre isso também. Todo


mundo pensa que ele deixou o país.

— Sabe que pode confiar em mim. – Beth cruzou os dedos na


frente do coração.

— Foi por isso que te contei tudo.

— Se for uma menina, você tem que me dizer depois. – Beth


olhou para o estômago de Vanni e sorriu.

— Eu não sei se estou grávida ou não, nós nunca fizemos um


exame de sangue. Você chegou e Smiley comentou que você
pode estar.

— É melhor você me contar quando tiver certeza. – Beth


segurou a bolsa. – Vamos te vestir. Você totalmente sabe que
eu vou bater em cada maldita loja de bebês se você estiver
esperando. Quão lindos são os bebês e se eles vierem
parecendo como Smiley então eu terei que desistir de usar
batom. Seu bebê iria ser coberto por mim beijando toda a
fofura dele, a criança iria correr gritando da tia Beth, uma vez
que ele ou ela for grande o suficiente para caminhar. Eu serei
aquela mulher beijadora que os deixa loucos.

— Segredo, Beth.
— Eu li as notícias. – Beth segurou o olhar de Vanni e ficou
séria. – Eu também ouvi algumas das coisas que Gregory
Woods vomitava. Eu mataria alguém por você e esconderia o
corpo, ninguém nunca terá nenhuma informação de mim. Eles
podem me pendurar pelos mamilos e me bater com bastões.

— Pelos mamilos? – Vanni deu risada.

— Dói, certo? – Beth assentiu. – Essa é a pior coisa que eu


pude pensar a menos que seja meus lábios inferiores. Pode
imaginar? Oh, meu Deus, que dor. Eu nunca vou entender
como algumas pessoas conseguem colocar piercing lá. Uma vez
fiz sexo com um cara que tinha um piercing no pau, eu disse
‘de jeito nenhum’ e cai fora.

— Eu lembro disso, você disse que parecia horrível.

— Assustador foi a palavra que usei. Parecia com uma bola de


metal apenas pendendo na ponta do pau dele. Quem quer ter
aquilo dentro delas e ele realmente pensou que alguma vez
teria uma cabeça novamente? Risco de asfixia.

— Estou menos preocupada sobre meu casamento agora. –


Vanni sorriu. – Smiley não tem nenhum piercing.

— Fico feliz em ouvir isso. Agora saia dessas roupas e entre no


vestido, não temos muito tempo. Seu noivo parece nervoso de
jeito nenhum quero dar a ele tempo para ficar com os pés frios,
ele parece muito em forma. Ele seria ruim para pegar se
corresse disso, nenhuma de nós duas somos corredoras.

— Smiley não faria isso.

— Melhor ainda. Eu odiaria ter que roubar um daqueles Jeeps


no meu primeiro dia na Reserva para ir atrás dele e trazê-lo
pelas bolas. Eu não ligaria de ser revistada para uma procura
minuciosa, no entanto, por aquele cara grande que veio com
você para me pegar.

— Jericho?

— Sim. Você viu o peito dele e aqueles braços musculosos? Ele


é como uma montanha de músculos em duas pernas. Aposto
que ele poderia me tirar do chão e não iria me encher o saco
sobre eu precisando perder peso porque estou machucando as
costas dele.

— Ele é um pouco assustador.

— Não pra mim. Ele é o tanto certo de perigo e eu correria para


isso. – Beth piscou.

— Não acerte nele. Jericho estará no casamento.

— Vamos lá, eu sou a madrinha. É tradição ficar bêbada e


pegar o padrinho.
— Beth!

— Tudo bem. – Ela suspirou. – Eu não vou beber.

— Nada de pegar o melhor amigo de Smiley, ele vai ser como


família. Eu não quero que você o machuque.

— Eu o machucando? Estamos falando do mesmo cara?

— Ele é realmente uma alma doce quando você o conhece.

— Chega. – Beth rolou os olhos. – Você me faz parecer como


uma equipe destruidora em uma mulher só. Eu não vou tentar
pegar ninguém, eu entendi. Eu não vou transar, grande
surpresa.

— O que isso significa?

Beth abriu a boca, mas então a fechou. Ela mudou a sacola,


segurando-a novamente.

— Meus braços estão ficando cansados, tire a roupa.


Casamento, lembra?

— Obrigado, Beth. – Vanni chutou os sapatos e começou a se


despir.

— É para isso que melhores amigas/irmãs servem. Eu sou


melhor que sua irmã de sangue.
Vanni deu risada.

— Eu não vou te dar uma palestra por você ter sexo antes da
cerimônia. Você quer que eu finja ser Mia? – Beth assumiu um
tom esnobe. – Primeiro você agarra firmemente o homem pelo
pênis e pergunte a ele se ele tem alguma doença sexual. Assim
ele pode ser assegurado que você vai arrancar todas as
mentiras.

— Pare. – Vanni deu risada. – Isso é tão errado, mas tão igual.
Eu te amo, Beth. Obrigado por estar aqui.

— Eu aposto que ela é divertida em festas. Agora que você não


está mais nervosa, vamos colocar esse show na estrada. Eu te
amo também, estamos falando sobre você se amarrar
permanentemente com um cara que te faz caminhar de pernas
bambas. A conversa de menina acabou. Aposto que ele está
compassando e ansiosamente esperando para ver a noiva dele.

**********

Smiley manteve os olhos fechados e regulou a respiração, ele


tentou não suar.

— A fêmea te ama, ela não vai dar para trás. Vocês já estão
acasalados.

Ele abriu os olhos e olhou para Jericho. Eles haviam mudado


de roupa e sentaram no lobby, uma mesa entre eles. Os dois
ficavam tensos a cada vez que as portas do elevador se abriam,
esperando que Vanni saísse.

— Eu esqueci algo?

— Está tudo pronto. – Jericho sacudiu a cabeça. – Creek e eu


lidamos com tudo, não vamos te deixar cair. Temos um
ministro que é amigo dos Espécies e ficou feliz em fazer a
cerimônia, nós o usamos no passado e ele é bom em manter
segredos. A força-tarefa perguntou a Beth qual o tamanho de
anel de Vanni e nós fizemos aros dourados para a cerimônia.
Uma equipe foi lá fora para aquela colina com vista para o rio e
a fez parecer bonita, apenas temos quatro oficiais lá fora de
vista para ter certeza que nada vai dar errado. Serão apenas
palavras e anéis trocados em um local bonito. Eu tenho uma
câmera em meu bolso, então haverá muitas fotos para os porta-
retratos em sua casa. Eles disseram que o clima está perfeito e
o sol vai se pôr durante a cerimônia, eles até mesmo tem
lâmpadas se isso demorar, mas não vai.

— Nós ainda não decidimos realmente onde vamos viver a


maior parte do tempo.

— Não há porque correr. Agora você está apenas procurando


coisas para se preocupar, feche seus olhos e se concentre em
sua respiração novamente.
— Eu deveria cancelar o exame de sangue? Estou apenas com
medo de que Vanni vai ficar chateada, dependendo de como
seja o resultado.

— Você disse que ela não estava zangada quando você contou a
ela que ela podia estar grávida.

— Ela não estava.

— Pare de se preocupar, você está me deixando irritado.

— Desculpe.

— É apenas um casamento humano, você já fez ela concordar


em ser sua companheira. A parte difícil já acabou, relaxe.

— Você está certo, ela está aqui e ela é minha.

— Exatamente.

As portas se abriram no elevador e Smiley segurou a


respiração, Beth saiu primeiro. Ele ficou de pé tão rápido que o
joelho bateu na borda da mesa, ele fez careta, mas ignorou a
dor. Smiley se apressou para frente, mas chegou a um impasse
quando Vanni saiu. Ele balançou um pouco nos pés, mas uma
mão firme em seu cotovelo o estabilizou.

O cabelo de Vanni estava para baixo e ela usava um vestido


com um laço que ele não havia visto antes. O vestido acentuava
as curvas dela e o deixou duro, ela era uma visão da beleza. A
cabeça de Vanni virou e ela olhou para ele, o sorriso dela o
congelou por um momento.

— Eu amo você. – Smiley balbuciou.

— Porra. – Jericho murmurou e o soltou. Ele pareceu fixar a


atenção em Beth. – Ela está tão nervosa quanto ele está?

— Como uma virgem na noite do baile. – Beth anunciou. – Sim,


esqueci. Você provavelmente não sabe o que isso significa,
certo? Ela está bem para ir.

Smiley fechou a distância entre ele e Vanni. Ele se esticou e


esperou que ela não notasse o jeito que suas mãos tremiam,
gostou também do jeito que as bochechas dela se tornaram
delicadamente rosas e como a língua dela saiu para molhar os
lábios.

— Você me tira o fôlego.

— Espero que você não se importe que eu coloquei um pouco


de maquiagem, eu queria parecer ótima.

— Eu teria que te jogar sobre meu ombro e te carregar para


nosso quarto para evitar te pegar no chão se você parecesse
melhor.

— Suave. – Jericho murmurou.


— Quente. – Beth suspirou.

— Quero dizer, você está linda. – Smiley se encolheu um pouco


por dentro.

Vanni timidamente abaixou a cabeça antes de erguer o olhar e


dar a ele um sorriso iluminado.

— Eu estou pronta e você?

— Desde o primeiro momento em que te segurei em meus


braços. – Ele ofereceu a mão a ela. Vanni aceitou e ele a
transferiu para o antebraço, se movendo ao lado dela. – Vamos
lá, eles trouxeram uma SUV, então seu cabelo não vai
bagunçar.

— Isso é tão precavido.

— Estou tentando ser. – Smiley admitiu.

Vanni se apoiou nele, segurando o olhar.

— Apenas seja você. É esse quem eu amo.

O peito de Smiley doeu, mas ele sabia porque. Vanni era sua
companheira, o aceitava por quem ele era e ele nunca pensou
que teria isso.
— Estamos nisso juntos. Para sempre.

— Nós estamos. – Vanni o agarrou um pouco mais apertado. –


Vamos fazer isso.

Smiley amava sua Vanni.


Epílogo

Smiley puxou a camisa sobre a cabeça e jogou-a sobre a grama.


Seu olhar correu ao redor do bosque.

— O que você acha da Zona Selvagem?

— É lindo. Será que vamos encontrar algum dos Novas


Espécies que moram aqui?

— Hoje não, pedi a eles para ficarem fora de vista, mas eles
estão por perto. Eu não quero que você fique com medo.

— Você explicou que eles parecem um pouco mais animalescos


do que o normal, mas são Novas Espécies. Eu sei que estou
segura.

— Tem certeza de que você está bem com isso? – Smiley


estudou olhos dela,
um pestanejar marcando o rosto bonito dele.

— Sim. Tenho certeza.

— Basta ficar perto de mim. Eu nunca permitirei que nada


aconteça com você. — Ele olhou para a barriga de Vanni. —
Para qualquer um de vocês.
— Eu sei. Pare de se preocupar. Está um pouco quente, mas eu
também estou. Será que vamos nadar ou não?

— Okay. – Ele assentiu. – Basta lembrar que não deve


demonstrar medo. Eles podem sentir isso. Falei com o Leo esta
manhã e ele disse que eles ficam muito neste local, a pesca é
ótima. Alguns dos residentes estão em modo de espera no caso
de serem necessários. Você está totalmente segura.

— Eu realmente quero conhecê-los. – Vanni se sentiu animada.

— Isso é tão legal.

— É sim. – Smiley sorriu, apertou a mão de Vanni e levou-a


para a beira do rio.

Vanni olhou ao redor, mas não os viu em primeiro lugar. A


vasta extensão do rio a distraiu. Árvores pesadas se alinhavam
do outro lado e a visão da beleza natural nunca deixou de
surpreendê-la. É por isso que ela tinha escolhido viver na
reserva. Ela amava sua cabana na floresta e até mesmo colocou
alimentadores de pássaros e dezenas deles visitavam sua
varanda todos os dias.
Smiley parou e puxou-a para perto.

— Lá estão eles. – Ele levantou a mão livre e apontou.


Ela seguiu a linha de seu dedo e teve um vislumbre de algo
marrom claro se movendo na grama alta. Ele surgiu na borda
do rio e ela sorriu.

— Ele é tão grande.

— Aquele é Gus.

— Eu pensei que eles fossem ser marrom escuro.

— Só quando os pelos estão molhados.

Um segundo e um pouco maior do que o primeiro saiu da relva.


Smiley soltou a mão de Vanni e abraçou-a pela cintura. Ele
distraidamente esfregou sua barriga ligeiramente estendida.
Era algo que ele fazia muitas vezes uma vez que tinham
descobrindo que ela estava grávida. Isso não aconteceu tão
rápido, mas seis meses de tentativa havia realizado isso. Eles
haviam descobrindo apenas há quatro semanas.

— Aquele é Pete. Ele é uma coisa preguiçosa. Ele é também é


mais pesado e
maior. Ele gosta de dormir.

— Eles hibernam no inverno, certo?

— Sim. Eles saíram, não muito tempo atrás. Eles ficam, na


verdade, muito maiores no final do verão. Eu estou indo dizer
olá para que você veja como eles são amigáveis. Fique aqui.
— Você tem certeza que é seguro? – Vanni se agarrou a Smiley.

— Eles são meus amigos. – Ele deu-lhe um olhar


tranquilizador. — Você confia em mim?

— Você sabe disso.

Ela odiou deixá-lo ir, mas Smiley nunca a deixou por muito
tempo. Ele até cortou suas horas de trabalho para passar mais
tempo com ela. Ele tinha se tornado mais do que seu amante e
companheiro. Ele era seu melhor amigo. Ela se abraçou e
observou-o aproximar-se lentamente do par de ursos. Eles ou
cheiravam ou viram Smiley, os dois virando as cabeças.

— Seu pai é realmente corajoso. – Ela sussurrou.

— Eu ouvi isso. – Smiley disse, mas não olhou por sobre o


ombro para olhar para ela. – Sua mãe é incrivelmente bela. Eu
diria a ele que você é sexy, mas ele não vai entender esse termo
até que seja velho o suficiente para perceber as fêmeas.

— Basta ter cuidado. – Vanni sorriu.

— Sempre tenho.

Ela ficou nervosa quando ele caminhou até o par de ursos . Um


deles abriu a boca e ela ficou tensa, esperando que o urso fosse
morder Smiley. Ele não o mordeu. Na verdade, ele virou a
cabeça e Vanni observou em perplexidade como Smiley
alcançou, esfregando rudemente o topo de sua cabeça. O outro
urso que estava mais perto rolou e esbarrou em seu lado.
Smiley riu e esfregou sua cabeça também.

— Bons meninos. – Ela o ouviu dizer. — Como vocês estão?


Orgulho e um pouco de temor varreu Vanni. Seu companheiro
foi incrível.

Ele virou a cabeça e sorriu para ela.

— Está vendo? Eles realmente são ajustado a vida da Reserva e


nós aceitaram. Eles são absolutamente amigáveis.

Ela estava feliz por eles não atacá-lo.


Smiley deixou os ursos e voltou para o lado dela.

— Eles estão muito bem com você perto deles. — Ele trancou o
olhar com ela. – Você sabe que eu nunca deixarei que nada te
machuque. Seu cheiro está todo sobre mim. E eles gostaram do
seu cheiro, tenha certeza disso.

— Não do jeito quero-te-comer-no-jantar, certo?

— É assim que eu me sinto. – Smiley piscou. — Eu gosto de te


comer o tempo todo.

Ela não corava mais quando ele dizia coisas assim.


— Eu gosto disso também.

Os ursos apenas olharam para ela de longe, mas não se


importaram com a sua presença. Smiley mudou-se para
colocar seu corpo entre ela e eles. Ele sempre teve essa postura
de proteção quando ele pensava que ela pode estar em perigo e
ela apreciava. Smiley nunca deixaria nada de ruim acontecer
com ela. Vanni tinha fé nele.

Os ursos viraram e aproximaram do rio. Smiley mudou de


posição e deu um passo atrás dela, envolvendo os braços
frouxamente em volta da cintura.
Vanni relaxou contra ele.

— Obrigado por me trazer aqui e compartilhar isso comigo.

— Quero compartilhar tudo com você, querida. A vida não teria


sentido sem você. – Ele apoiou o queixo no topo de sua cabeça.

— Se você me disser o quanto você me ama, eu vou chorar.


Malditos hormônios. – Vanni piscou para conter as lágrimas.

Ele fez um som suave de estrondo ela achava tão sexy.

— Vou mostrar mais tarde em vez de falar. Você nunca


derramou lágrimas quando eu fico nu.

— Estou ficando quente.


— Vamos nadar um pouco para baixo do rio, longe deles. Há
este pequeno local onde se formou piscina nas rochas e não é
profundo. A água não estará tão fria.

— Eu acho que deveríamos pular essa parte e apenas ir para


casa. – Vanni virou a cabeça e olhou para Smiley. – E ficar nus
no chuveiro.

— Nós amamos água. – As mãos de Smiley em volta da cintura


de Vanni avançaram, o polegar provocou a área logo abaixo da
cintura dos shorts. – E ficando juntos.

— Podemos ver os ursos mais tarde.

— Eu prefiro muito mais ver você.

— Agora eu estou realmente ficando quente.

— Nós nos veremos amanhã, meninos. Minha companheira


precisa mais de mim. É tudo uma questão de prioridades. Um
dia, nós esperamos encontrar fêmeas para vocês, dai vocês vão
entender. Elas são tudo!

Fim

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