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Smiley
Série Novas Especies
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Brasil/
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Laurann Dohner
Sinopse
— Isso é importante para ele, são mais dois dias. Apenas sorria
e mantenha seus lábios selados. Isso é tudo.
— Você me disse que não tinha nada com a igreja do seu pai.
Porque mesmo estamos aqui, Carl? Eu não entendo.
Ela olhou dentro dos olhos dele e odiou o jeito que a resolução
dela desapareceu com aquele olhar suplicante.
— Eu não gosto dos membros da igreja dele ou o que eles
representam.
— Eu quero ir embora.
O esgar foi automático quando ela viu as feições dele, veio como
um choque enquanto percebia que ele não era apenas qualquer
cara. Ele tinha uma mandíbula firme, bochechas pronunciadas
e lábios generosos que diziam a ela que ele era Nova Espécie. O
olhar dela baixou para a jaqueta jeans dele e o jeito que as
mangas estavam apertadas no ombro e nos antebraços. Ele não
estava usando o uniforme da ONE que ela tinha visto alguns
dele usando nos breves olhares que pegou deles no lobby.
— Eu não sou perigoso, se foi isso que você ouviu sobre meu
tipo. – Ele se aproximou um pouco mais. – Nunca te atacaria.
Quer que eu vá embora? – Ele ficou tenso enquanto se
levantava do assento.
— Vou pagar pelos dois, fique com o troco. – Era o mínimo que
ela poderia fazer depois de deixa-lo desconfortável.
— De nada.
— Eu sou Smiley.
— Vanni.
Vanni não iria admitir isso ou talvez ele perguntasse como ela
tinha vindo. O pastor Gregory era um dos maiores adversários
dos Novas Espécies. Depois de ouvir as coisas vis que o pai de
Carl tinha dito sobre pessoas como Smiley ela estava com
vergonha de estar associada com aquela igreja de qualquer
maneira. Ele parecia legal e definitivamente não demente.
— Está bebendo Red Bull e vodka? – Ela olhou para o copo que
ele segurava.
— Não. Eu não quis dizer isso como soou. Queria ficar longe
deles, não de você. Estou gostando da nossa conversa.
Porque você foi ordenada a isso e pensei que era mais fácil
coloca-la do que discutir com Carl.
Pare de olhar pra ele antes que ele perceba! Vanni forçou o
olhar para longe do corpo dele para olhar para o rosto dele.
Ela assentiu.
— E?
— Isso é aterrorizante?
— Ele provavelmente percebeu que você poderia chutar a
bunda dele.
— Sim, eu devo ir para meu quarto logo, mas acho que vou
comer algo primeiro. Eu peguei meu jantar mais cedo.
— Não tive escolha. Fui tipo lançada dentro disso por outra
pessoa.
— Estou com calor e... – Ela olhou para o que havia ficado do
chá gelado. – Me sinto bêbada. Acho que o batender me deu o
drinque errado. Eu disse chá gelado, mas um Long Island Iced
Tea.
— Eu não entendo.
— Um tem álcool e outro não. Eu, hum, acho que ele me deu o
errado. – Ela ergueu a cabeça para olhar nos olhos dele
novamente. Eles eram lindos. – Você tem os olhos mais sexy
que eu já vi. – Vanni percebeu o que tinha dito aquela parte em
voz alta. – Desculpe, eu não quis dizer isso a você.
— O que é, Smiley?
— Nada.
— Vanni?
— Merda.
— Meu senso de cheiro não é tão bom quanto o seu, mas estou
certo, não estou? – Smiley perguntou.
— Sim.
— Fique.
— Não acho que eles a avisaram sobre o que iria acontecer. Ela
está assustada, ninguém age assim tão bem.
3
Carros como o Jeep, Hummer e Pajero, com tração nas quatro-rodas.
pedir para permissão ao hotel para usar o heliporto. É o modo
menos suspeito, há muitos repórteres em cena. O Centro
Médico estará em espera quando alcançarmos Homeland.
Vocês serão levados em carros separados.
— Vanni? – Ela olhou para Smiley. – Isso vai ficar muito pior.
Em quanta dor você está?
— Eu não sei do que você está falando, mas não fiz isso.
— Você se sentou ao meu lado. Você foi á única que deixei
passar por minha guarda.
— Isso vai ficar pior. – Outro homem com uma voz profunda
respondeu. – Isso seria uma bondade. Ela é humana. Dar a ela
um sedativo com as drogas de procriação poderia leva-la a uma
parada cardíaca.
— Isso não vai acontecer, e seja lá quem foi que planejou fazer
isso. – Justice declarou, a voz apertada. – Tenho certeza que
eles acreditam que você iria mata-la. Você foi dosado dentro de
um bar cheio de humanos, iria surtar se não tivesse percebido
o que estava acontecendo e te alcançássemos para prevenir
uma tragédia.
— Acredita nela?
— Eu não sei, mas tenho certeza que, se ela fez, quem quer que
deu a droga a ela não contou a ela o que isso fazia. De qualquer
modo, ela deveria ter opções e sei o que ela vai encarar. Ela
deveria decidir.
— Faça isso. – Justice North xingou suavemente.
Aquilo foi á última gota para Vanni. Quanta dor ele achava que
ela ia sofrer se tentar passar a cabeça pela janela era uma
ameaça real?
Brass pestanejou.
— ME ACERTE!
— Estou com medo de te machucar. – Brass se curvou e a
colocou nos pés cambaleantes.
Seu nome nos lábios dele a fizeram queimar por dentro. Talvez
fosse outra explosão quente, mas não se importou. Vanni não
poderia chegar mais perto o suficiente de Smiley com as
roupas, ela precisava sentir a pele dele e doía para tê-lo dentro
dela. Uma imagem passou na mente dela – o que sentiria se
eles estivessem nus e ele a fodesse – enviando-a para o
orgasmo.
— Vanni?
Embaraço era uma coisa horrível, mas ela teve que encontrar o
olhar dele. O olhar de preocupação no rosto lindo dele apenas
fez isso pior.
— Me coloca no chão.
Ela baixou as pernas ao longo das dele quando Smiley fez como
ela pedira. Seus joelhos tremeram, ameaçando cair sob seu
peso quando ela ficou de pé. Smiley soltou-a e ela se afastou,
soltando-o. Os tremores cresceram piores e Vanni descansou
contra o lado da SUV para se manter de pé por si mesma.
— Não. Isso...
— Deixe-me te ajudar.
Foi difícil fazer como ele pediu quando Vanni queria se virar e
subir no colo dele novamente. Smiley soltou os quadris dela e
agarrou a saia, empurrando-a para o estômago, e usou a outra
mão para agarrar coxa e empurrou para a frente do
compartimento. Isso bateu no assento do lado do passageiro.
Smiley soltou a perna e Vanni gritou quando os dedos dele
passaram pelo centro da calcinha, uma torção forte e foi
rasgada. Os polegares se esfregaram pela área molhada da
boceta dela e para cima, acariciando o clitóris.
— Vanni?
Ela olhou para Smiley quando ele se moveu acima dela, ele se
ergueu o suficiente para um pouco da luz do beco alcançar o
rosto e ela pôde enxergar os maravilhosos olhos marrons
novamente. Ela odiou o olhar triste neles.
— Isso é bom.
— Okay.
— Oh, eu entendo.
— Sério?
— Ele não pode te culpar se você não teve culpa em nós dois
sermos drogados.
— Você não o conhece. Não acho que eu o conheço tão bem
quando pensei, até recentemente. Está tudo bem. Acho que
estou fazendo um favor a nós dois retirando isso.
— Preciso de você.
— Deixe-se.
Smiley hesitou.
— Por favor?
Ele colocou as mãos dela para o lado e puxou a blusa pela
cabeça de Vanni. O olhar de Smiley se abaixou para o sutiã e
ele lambeu os lábios.
— Beije-me.
— Deveríamos te cobrir parcialmente. – Ele hesitou.
— Sim.
— Eu serei gentil.
O jeito que ele disse isso, tão suave e ainda áspera, enviou um
tipo bom de arrepios pela espinha. Smiley parou de brincar
com o clitóris de Vanni e ela quis protestar, mas antes que
pudesse o pênis dele pincelou contra a entrada da vagina.
— Eu não posso.
Ele se pressionou apertado contra ela e Vanni assumiu que ele
usava a mão para guiar o eixo para o ponto perfeito. Smiley o
encontrou e foi para frente. Vanni arfou, o pau dele estreitando
as paredes vaginais enquanto se colocava dentro dela. Vanni
estava extremamente molhada e pronta para recebe-lo, mas ele
congelou.
— Filha da puta.
— Não pare. – Ela não tinha certeza do que estava errado, mas
cravou os pés nas costas dele. – Por favor.
Smiley era parte animal e Vanni não tinha ideia de qual era a
versão de rude dele. Isso não importava, no entanto, quando
ele se retirou um pouco e ajustou os quadris para entrar nela
novamente com uma pressão constante. O prazer sobrepujou
qualquer medo, ele encontrara aquele ponto G que ela tanto
tinha ouvido falar, mas nenhum cara tinha achado antes. Os
olhos de Vanni se arregalaram em surpresa e ela gritou o nome
de Smiley.
Vanni gritou quando o clímax bateu, foi dez vezes mais forte do
que os outros que Smiley tinha dado a ela. Vanni finalmente
sabia o que mente explodida significava, como se uma bomba
detonasse dentro do crânio. Sua boceta parecia ter a mesma
sensação enquanto todos os músculos se convulsionaram,
sacudindo tão apertado o eixo rígido de Smiley que ela se
preocupou que alguém fosse danificado em um deles.
— Vanni?
— Vanni!
— Vanni? Abra os olhos, diz pra mim que você está bem. Diga
que eu não te machuquei. – Ele não estava acima de implorar.
— Vanni?
— Consiga um médico!
A outra porta foi aberta e Ned estava lá, Smiley quis ataca-lo
quando o cara tocou em Vanni. Ele agarrou o pulso dela e
empurrou a mão de Smiley dos cabelos dela para pressionar as
pontas dos dedos contra a garganta dela.
— Eu não sei.
— Como você pode dizer isso? – Aquilo fez com que a cabeça de
Smiley desse uma volta para olhar Brass.
— Dirija.
Brass hesitou.
— Shane e Ned, quero vocês dois para viajar com eles em caso
dela precisar de ajuda médica. Se ela acordar com dor, vocês
podem chamar um helicóptero uma vez que alcancem uma
área isolada onde um pode pousar sem causar uma confusão.
Um time de apoio vai seguir na outra SUV. Snow e eu temos
que ficar aqui com Justice.
— Que merda?
— Não.
— Ela está fora do frio. Isso não vai importar e inferno, nós
provavelmente estaremos na estrada antes que eles nos
alcancem. Apenas pare no posto de gasolina.
— Eu não sou. Por que você está sendo tão imbecil essa noite?
— Você vai lá. – Shane pediu. – Eu vou ficar aqui com ela.
— Estou indo para aquele lado para visitar minha irmã. Quer
uma carona? Tenho uma filha com a sua idade. Você pode usar
meu celular e ter sua amiga nos encontrando quando ficarmos
próximo a sua casa.
— Obrigado.
*****
Smiley pulou da cama no Centro Médico.
— Você não tem que fazer nada comigo com sua boca, se sua
mandíbula doi. – Ela colocou o colete na cadeira e alcançou a
barra da blusa.
— Não compreendo.
— Não. Talvez.
— Ela está morta? – Ele repetiu, não tendo certeza do que faria
se Furry dissesse sim. A comida que tinha comido mais cedo
ameaçou subir.
— O que é isso?
— Eu não sei.
— Ele não pegou a placa do carro ou para onde ela foi. Eles
pegaram a carteira de motorista dela e dois oficiais de polícia
estão estacionados fora do apartamento dela. Ninguém
respondeu quando eles bateram, eles estão olhando para o caso
dela voltar para casa. Vamos encontra-la, Smiley. A boa notícia
é que ela está com uma mulher, nenhum homem a pegou.
— Tudo bem.
— Estou bem.
— Quase posso ouvir sua mente. Você parece tão triste, Vanni.
Isso não foi sua culpa, vocês foram drogados. – Beth pausou. –
Você não tem que contar a Carl. Talvez eu não goste dele, mas
sei o quanto ele significa para você. Podemos dizer que você
teve uma intoxicação alimentar e fui e te peguei do hotel.
Vanni pestanejou.
— Ele era grande? Eles parecem grandes. É por isso que você
tremeu quando se sentou?
— Beth! – Vanni fez uma careta. – Não seja desagradável.
— Não.
— Merda!
— É uma boa coisa que você está terminando isso com Carl ou
ele iria saber que outro cara te pegou. Olha as marcas em sua
bunda, ele tinha mãos grandes.
— Você não vai, te conheço muito bem. Você não vai dizer a
Carl sobre ter feito sexo com outro cara, vai?
— Eu estou.
— Quer me contar?
— Não realmente.
— Ele era grandão? Tem certeza que ele não era um cavalo ao
invés de um primata?
— Tem certeza? Quero dizer, como você sabe que ele não dosou
sua bebida?
— Acho que foi porque fui a única que sentou ao lado dele.
— Eu sei.
— O quê?
— Ele levou isso tão mal? – Vanni suspeitou que ele tinha.
Vanni assentiu.
— Pelo quê? Eu fui a única que quis pegar esse lugar. Eu amei,
é aconchegante. Gosto de compartilhar um espaço com você, é
como acampamento de verão todas as noites. – Ela cruzou as
pernas e descansou contra um travesseiro fofo. – Lembra?
Iriamos ficar a noite inteira acordadas e enlouqueceríamos os
instrutores do acampamento com nossa tagarelice.
— Oh, querida.
— O melhor.
— Você se apaixonou um pouco por ele?
— Provavelmente.
— Está tudo bem se você quiser, eu não vou julgar. Você sabe
isso sobre mim. Ele soa maravilhoso, apesar do como vocês se
conheceram, quero dizer.
— De acordo.
— Durma, estou bem aqui. Você está em casa, vai ficar tudo
bem.
*****
Uma batida suave foi bem-vinda e ele foi para a porta, girando
as fechaduras e abrindo-a. Era possível que eles não quisessem
ligar se as notícias fossem ruins, iriam querer contar
pessoalmente a ele, mas não era um oficial em serviço que
estava parado lá.
— Oi, Jericho.
— Ele pode ter ido, mas te deixou com uma monte de memórias
difíceis.
— Não compreendo.
— Não, mas tenho certeza que ela não sabia o que ia acontecer.
— Como?
— A equipe tem certeza que ela dosou as duas bebidas. Ela não
tinha identificação, havia apenas uma chave de um quarto do
hotel. Você não acha isso suspeito? Os humanos sempre
carregam documentos, especialmente em um bar humano. Ela
também não tinha um quarto no nome dela, mas a chave
estava registrada para um quarto que foi pago pela igreja
Woods. Temos lidado com eles por muito tempo, eles não são
nossos amigos.
— Eu entendo.
— Eles são, faça sua pesquisa. Eles são muito territoriais e são
bons lutadores.
— Você me perdeu.
— Fique à vontade.
— O que você quer dizer? – Vanni tinha que ter ouvido errado.
— Ninguém mais tinha aquela saia horrível que você veio para
casa e, acredite em mim, era você. Eles mostraram um pedaço
de uma história que vão contar e é sobre a ONE. Mostrou
alguns segundos de você agarrada em um cara grande e vocês
estavam mandando ver.
Algo aconteceu do outro lado dele que a câmera não podia ver,
mas Smiley curvou as costas e então girou, prendendo-a conta
a SUV preta. Ele parecia tentar para-la de o acariciar e puxar
seus cabelos. Smiley se pressionou contra ela, a prendendo,
mas então ela agarrou o rosto dele para plantar os lábios nos
dele. Foi uma boa imagem da maior parte do rosto dela, os
olhos estavam fechados e ela maluca, beijando-o ardentemente.
— Temos alguém no telhado! – Um guarda da ONE gritou – o
que estava posicionado na frente da SUV. Ele puxou a arma e
apontou para a câmera, a pessoa a operando pulou para longe
e o vídeo terminou.
— Não atenda.
— Ligue para Beth, tenha certeza que Vanni está bem. – Seu
pai gritou. – Nossa garota não agiria assim em público a menos
que estivesse bêbada. Você acha que ela está bem? E se ela foi
para casa com ele e ele não a deixou ir embora? Deveríamos
ligar para aquelas pessoas Nova Espécies para ver se ela
continua com ele?
— Vai ficar tudo bem, em alguns dias isso vai sumir. Alguém
mais vai fazer algo para chamar a atenção deles.
— Acha que eles têm mais vídeos que não mostraram ainda?
— Nem eu.
— Dentro da SUV.
****
— Sente-se
— Eu não sei muito sobre ele, mas fiz minha pesquisa com a
igreja Woods. – Tim deu de ombros. – Ele é um pedaço do
trabalho. Eu não iria colocá-lo por ter que escolher ela sem
malicia. Ele não estava feliz quando o noivado deles foi
anunciado, talvez tenha sido apenas um jeito de apenas parar o
casamento e nos atingir ao mesmo tempo. De qualquer forma,
aposto que ele ameaçou que o casamento deles tenha
terminado.
— Não.
— Sim.
— Ela vai pagar pelo que fez. – Bestial prometeu. – Somos bons
em esperar pacientemente quando precisamos.
— Conversei com Ned. Ele disse que vocês três entraram no bar
e que você se sentou sozinho no canto. Ninguém se aproximou
de você, exceto ela. Aquela fêmea foi a única que se sentou ao
seu lado. Ele notou que você se virou no assento em alguns
momentos e isso daria a ela a oportunidade para dopar seu
refrigerante.
— De que tipo?
Smiley pestanejou.
— Concordo.
Ele não podia argumentar, mas o instinto gritava que ela era.
Capítulo Sete
— Eu vou com você, ele é um idiota. Quem sabe como ele vai
reagir depois de ver aquele vídeo.
— Aposto que aquele filho da puta velho está feliz que essa
merda aconteceu.
— Talvez.
— Não, Gregory não está lá. Carl disse que o pai dele está
muito ocupado com a igreja para sair. Isso é um pesadelo para
eles também, com todos os repórteres. Eu vou apenas devolver
o anel, pegar minhas coisas e sair. Ele disse que tem que se
esconder lá dos repórteres.
— Acha que vai fazê-lo ficar menos chateado que você o traiu
porque estava drogada? Você talvez precise de algum reforço.
— Por que não? Você é idiota? De outra forma, ele vai apenas
pensar que você é uma completa vadia.
— Ele teria contado ao pai dele e ele vai torcer isso em algo
contra a ONE. Ele é um imbecil desse tipo.
— Isso é verdade.
Estivera ali apenas uma vez com Carl quando eles tiveram o
primeiro encontro. Foi quando ela conheceu Gregory, que era
dono da casa de férias reclusa nas colinas, isso não foi bem.
Eles desgostaram um do outro à primeira vista.
Ele pestanejou.
A porta se abriu e um homem olhou para ela. Ele era alto, com
um corte de cabelo desajeitado e feições grosseiras. Ele foi
difícil de determinar porque todas as pessoas de Gregory
usavam ternos, mas ele era provavelmente um dos muitos
guarda-costas dele.
— Por aqui.
— Obrigado, Bruce.
— Por que você não foi para o quarto como disse a você? Nada
disso teria acontecido se você tivesse ido.
Carl olhou para ela, a boca em uma linha fina de raiva. Vanni
conhecia aquela expressão muito bem. Desaprovação era algo
que ela tinha muito dele. O relacionamento deles estava
acabado, mas ela não sentia dor pela perda, Beth talvez
estivesse certa. Isso iria a partir ao meio se realmente estivesse
apaixonada por Carl, mas ao invés disso, ela apenas queria se
afastar dele.
— Você foi drogada. Por que você não está me dizendo isso?
Você não percebeu? Se sentiu estranha? Você deveria se jogar
de joelhos aos meus pés e me implorar para continuar casando
com você. Papai disse que você faria qualquer coisa para
ganhar meu perdão.
— Eu não iria fazer isso. Dormi com outro homem, sei que está
acabado. Não espero que você ainda case comigo, eu não
poderia prosseguir com o casamento mesmo se você de alguma
forma deixe o que aconteceu no passado. Eu não posso.
As feições de Carl se avermelharam e ele começou a respirar
mais rápido, quase arquejando com raiva. Isso a assustou um
pouco.
— Apenas isso?
— O que mais quer que eu diga? Nenhum de nós pode fingir
que nada aconteceu, todo mundo está falando disso. Sinto
muito se isso te machucou, Carl. Acho que eu devo apenas sair
daqui e você nunca mais terá que me ver novamente.
Honestamente, acredito que isso foi o melhor. Nós não teríamos
um casamento feliz.
— Isso não aconteceu do jeito que você disse que iria. – Carl
disse. – E agora?
— Não estamos mais noivos. – Ele olhou para ela. – Não fale
comigo ou espere que eu te ajude. Você fodeu aquela criatura,
nunca vou te perdoar por me humilhar desse jeito. Tenho
perdido clientes desde que a notícia se espalhou, vingança é
uma vadia e você está fazendo isso para mim. Você merece o
que vai acontecer.
Ela se recusava.
Vanni abriu a boca para negar, mas não foi dada a chance de
falar.
— Você vai ficar aqui essa noite como nossa convidada. Mable
está fora comprando pra você uma boa roupa que vai ter deixar
parecendo trágica e espero que você derrame um monte de
lágrimas. Diga a ela, Bruce.
— Soluços seriam melhores. – O gigante limpou a garganta. –
Teremos Mable fazendo sua maquiagem, então ela vai parecer
realmente pálida e vamos adicionar algumas sombras sob os
olhos dela para dar a impressão que não está dormindo.
— Pai, você lida com ela. Estou doente com essa bagunça. –
Carl se levantou e deixou o cômodo.
Pense.
— Ótimo.
Ele a carregou para o terceiro andar, não era um lugar que ela
explorou na única visita. Um guarda esperava lá em cima e
acenou para Bruce enquanto abria a porta, o cara nem mesmo
olhou para ela ou encontrou seu olhar frenético. Não havia
esperança de que ele iria ajuda-la. Bruce caminhou para dentro
do quarto a colocou bruscamente de pé, o impulso de partida
foi compreensível.
Vanni não estava surpresa com nada mais que Gregory Woods
era capaz. Ela pensara que ele era um pouco hipócrita, mas ele
era apenas diabólico.
— Ele estava com medo de que os repórteres iriam vigiar o
gramado, então as janelas são seladas. Não há como escapar.
Eu estarei postado na porta. Você tenta algo e eu vou te
pendurar nesse lustre feio. – Ele fechou os punhos e os moveu
como se estivesse praticando boxe. Ele parou e ajeitou a
jaqueta. – Entendeu? Ninguém vai se importar com o quanto eu
te machucar contanto que seja lá qual roupa Mable escolheu
esconder os machucados.
Beth vai saber que algo está errado. Vanni tinha que ter fé
nisso. Ela vai ligar para a polícia e eles virão aqui procurar por
mim. Eu tenho apenas que ficar bem até lá.
Capítulo Oito
— Eu disse a ele que não, isso apenas vai parecer como se nós
tivéssemos algo para esconder. – Justice veio ao redor da mesa
e parou na frente de Smiley. – Apesar de como isso terminar,
você está seguro. Eles não tem o direito de vir aqui para pedir
que nós te entreguemos para as autoridades deles. Vamos lutar
com isso e provar o que aconteceu. Isso talvez apenas leve
tempo.
— Essas são umas das coisas que ela me disse, ela não mentiu.
– Smiley pestanejou. – Ela não iria fazer antecedentes falsos se
quisesse me enganar?
— Por outro lado. – Fury grunhiu. – Eles dirão que é uma droga
Nova Espécie que apenas Espécies tem acesso.
— Ela deve ter decidido ficar com ele o resto da noite, ela não
retornou. A colega de quarto dela falou com os repórteres
novamente duas horas atrás pedindo a eles para ajudar a
localizar Travanni. – Justice encolheu os ombros.
— É uma má ideia.
Smiley não se importava. Sua resolução deve ter se mostrado
na expressão.
— Eu fui informado.
— A única razão que Carl iria querer que ela falasse com os
repórteres é para dizer algo sobre os Novas Espécies. Acho que
ele está longe de estar com a bunda do pai dele e não é
engraçado, apesar do que ele jurou para Vanni. Ele continuou
assegurando que não era parte daquela igreja, mas sempre faz
o que o pai manda. Quero dizer, ele parou de dormir com Vanni
porque o pai dele pensou que isso iria parecer ruim para o filho
dele ter sexo antes do casamento. Ele disse que era pela
carreira dele, mas eu chamo de besteira. Ele é um advogado,
não um candidato a prefeito. Ninguém se importa se ele está
dormindo com uma mulher ou não. É um homem crescido,
pelo amor de Deus! O pai dele diz pule e Carl pergunta a que
altura. É como se ele fosse um boneco de ventríloquo para o pai
dele.
— O que é isso?
— Sim, oras! Ela estava com medo de ser presa por algo que
não fez.
— Eu vou te ligar. – Ele desligou e jogou para Jericho. –
Precisamos encontrar Vanni, a amiga dela acredita que ela está
sendo forçada a falar com os repórteres.
— Ela está com problema, falei com Beth e vou procurar por
Vanni. Você vai me ajudar ou não?
******
— Odeio apontar isso, mas hum, isso não iria fazer as crianças
deles serem mais humanas que Novas Espécies? Quero dizer,
tente ser racional. Eles já parecem humanos, na maior parte.
— Pare de perder sua respiração com essa daí. Ela não está
ouvindo. Eu disse a Carl que ela não era boa o suficiente para
ele. A senhorita Vadia aqui teve que ir e ficar com uma
daquelas criaturas. – Mable bufou, lançando um olhar
desgostoso para Gilda.
— Isso é tão triste, sinto pena dela. Você não? – Gilda encolheu
om ombros. – Isso deve ter ido horrível.
Vanni rangeu os dentes, mas sua raiva não pôde ser contida.
— Ignore-a. O pastor Woods disse que ele vai cuidar disso, ela
não vai ousar fazer nada, mas exatamente o que ele quer. – O
olhar dela trancou com o de Vanni. – Estou chamando Bruce,
você precisa de uma lembrança?
— Foda-se, Mable.
— Isso seria a última coisa que ela faria. – Ele abriu a jaqueta e
mostrou a arma.
— Eu sabia que ele iria calar essa sua boca idiota. Agora, fique
aí e me deixe arrumar sua maquiagem.
Mas como?
Capítulo Nove
— Entra.
— Posso beber?
— Não.
— Ótimo, minha garganta está seca. Tenho certeza que isso vai
soar ótimo quando estou tentando ler aqueles cartões e
limpando minha garganta uma dúzia de vezes.
— Beba a droga da água, apenas não derrame na sua roupa.
Ela pegou uma garrafa de água e girou a tampa, não era uma
mentira que sua garganta estava seca. Vanni deu alguns goles,
olhando pela janela. Eles haviam deixado a propriedade de
Gregory e estavam dirigindo ao redor de um bairro com muros
altos. Em menos de um quarteirão eles iria alcançar muitos
shoppings e restaurantes, a autoestrada estaria depois disso.
Era em breve ou nunca. Vanni tomou outro gole, se sentou
para trás e escavou o lado da saia desde que o quadril estava
virado para ele, removeu o delineador e usou o polegar para
retirar a tampa de plástico.
— Opa.
Ele caiu e o motorista pisou nos freios, Vanni olhou para baixo
para o homem imóvel, chocada. Sangue escorria ao longo da
perna dele onde a bala havia se alojado. Bruce havia atirado em
si mesmo. Buzinas soaram e ela olhou pela janela, eles estavam
presos no tráfego. O motorista da limusine subitamente trocou
a marcha, quase jogando Vanni de cima de Bruce, que estava
espalhado aos pés dela.
Era um bom lugar para se esconder, então ela foi para trás
dela. Vanni estava ofegante pela corrida louca e se encostou
contra e a parede de tijolos enquanto estudava o celular. Por
favor, não seja protegido com senha! Ela bateu no botão e a tela
se acendeu, bateu no ícone do telefone e o número da igreja
Woods apareceu. Vanni digitou novamente no teclado e ele
apareceu, os dedos tremiam enquanto discava para casa.
Tocou quatro vezes até que a secretária eletrônica atendeu.
Deus, por favor, esteja em casa! A mensagem automática rodou
e o bipe.
— Vanni?
— O quê?
— Não temos tempo para essa merda. Pegue seu celular e ligue
para a polícia. Faça isso!
— Vanni? Vanni?
— Não temos tempo para falar, eu tenho que ir. Eles estão
provavelmente procurando por mim. Estou bem, no entanto.
Pegue seu telefone e vá para Elvis, eu lembro o endereço dele.
Não confie em ninguém e diga a meus pais para entrar no RV,
eles precisam sair da cidade. Eu nunca levei Carl para a
cabana, ele odeia o ar livre. Eu não sei se Gregory planeja ir
atrás deles.
— É muito perigoso.
— Eu não sei, não pensei tão longe ainda. Posso ligar para a
polícia e contar tudo a eles.
— O quê?
— Você não me disse que ele tinha uma voz tão sexy. Ele-
— Gregory tem isso coberto. O Dr. Barns vai dizer que ela
sofreu um colapso depois do estupro. Ele vai atrás dela e tomar
conta. Ela não vai para um hospital, no entanto, eu mesmo vou
pendurá-la naquele lustre. Sabe o que vai nos custar se
tivermos que chegar a esse ponto? – Ele parecia estar
respirando duro e soava como se estivesse logo do outro lado
da caçamba.
— Pode rastrear?
Vanni olhou ao redor e moveu uma vez que eles não estavam
por ali. Ela foi para a rua, espiou ao redor da esquina e viu
Bruce à três metros. Um grupo de turistas passou e ela se
moveu na frente deles, então eles a esconderiam se ele olhasse
para trás. Vanni pulou dentro de uma cafeteria duas lojas
abaixo.
— Certo, claro que você é. Olhe, você não pode falar com ele e
você é a quinquagésima Travanni que ligou nas últimas uma
hora e meia.
— Obrigado!
Ela não esperou para que a garota respondesse ou comentasse
se ela notasse que Vanni não estava carregando as coisas com
ela. Vanni chegou à calçada, não vendo a limusine, Bruce ou o
motorista. Ela inclinou o queixo, manteve a cabeça baixa e se
misturou com a multidão caminhando na direção do parque.
*****
— Não. – Fury nivelou o olhar gelado com ele. – Isso pode ser
uma armadilha para te pegar lá. Você indo atrás dela iria te
fazer parecer culpado das acusações deles. Eles dirão que você
chegou para evitar que ela fale com a imprensa.
— Essa é outra razão para que eu vá. Vou lidar com a imprensa
se eles estiverem esperando ver o que mostramos. – Justice
colocou o coldre e retirou o terno das costas da cadeira. Ele
olhou para Flirt. – Assumo que você pediu por uma equipe para
estar no helicóptero?
Talvez ele vá sangrar até morrer. Era algo para ter esperança,
em algum momento ele precisaria de atendimento médico. No
entanto, ela duvidava que ele iria a um hospital, a menos que a
culpasse por ser baleado e quisesse causar a prisão dela
declarando isso. Esse era um conceito assustador. A polícia iria
procurar por ela também. Vanni viu as manchetes na cabeça.
Mulher demente baleia pobre guarda-costas que estava tentando
ajuda-la. Ela bufou.
Vanni respirou fundo, eles vieram a pedido dela e não era como
se ela tivesse opções. Um helicóptero pousando em um parque
iria chamar um monte de atenção. Ela virou a cabeça e olhou
para a rua, carros estavam parando e pessoas corriam para
fora das lojas para olhar. Ela olhou Justice North e assentiu.
Justice esticou a mão e ela a tomou, ele tinha uma pele quente
que a lembrou de Smiley. Vanni o seguiu quando ele a puxou
gentilmente. Suas pernas tremiam e o som do helicóptero não
era exatamente calmante. Ela nunca havia voado em um, mas
Bruce poderia aparecer a qualquer segundo se eles
permanecessem na área.
Justice tocou o braço dela e Vanni pulou, ela virou para ele e
ele segurava fones de ouvido robusto, apontando para que ela
os colocasse. Vanni os aceitou e o viu colocar um, Justice até
mesmo mostrou a ela como puxar o microfone para perto da
boca. Ela seguiu o exemplo dele.
— Pode me ouvir?
— Eu lembro.
— Eu nem mesmo percebi que ele era Nova Espécie até depois
que me sentei. Gregory disse que vocês têm covas cheias de
corpos em Homeland e na Reserva. Por favor, não me mate.
— Nós não matamos mulheres. – Justice foi para frente e
hesitou antes de dar tapinhas no joelho dela, era um gesto de
conforto. Ele parou depois de dois. – Aquele homem diz muitas
coisas sobre nós que não são verdadeiras.
— Carl disse que o pai dele iria pagar cinquenta mil para que
nós ficássemos no hotel e tirássemos fotos com ele. Carl fez o
jogo da culpa comigo para ficar apenas alguns dias, eu deveria
ter ido embora. Vamos apenas dizer que tive que ver um novo
lado do meu ex e não gostei nem um pouco. Estou feliz que o
noivado acabou.
— Eu sei, vi as noticias.
— Você sabe, todo cara mau já foi bom até que cruzou a linha.
Eu não acho que eles saíram do útero sendo idiotas.
— Obrigada.
*****
— Ele está com ela e eles estão a dez minutos daqui. Ela está
bem, ele quer uma reunião no escritório.
— A última vez que você a viu foi quando ela estava drogada e
vocês compartilharam sexo. – Fury baixou a voz. – Isso pode
não ser uma memória prazerosa para ela, precisamos dela tão
calma quanto possível. Você não quer ter certeza que ela quer
te ver? Não temos certeza se ela quer. Temos que oferecer um
santuário para ela da igreja Woods e todo o perigo.
— Claro.
— Você as terá. Por que não trabalha? Isso vai passar o tempo.
Smiley girou antes que dissesse algo que iria lamentar e saiu
tempestuosamente da Segurança. Era tentador ignorar as
ordens e apenas aparecer no heliporto para encontrar Vanni.
Ele se recusou, no entanto, por que Fury havia feito um bom
ponto. Ele talvez fosse o último macho que ela quisesse ver
depois do que havia acontecido entre eles.
— Estou te rendendo.
— É sobre a fêmea?
— Pegamos palavras que eles estão voando. Você não está indo
encontrar a fêmea quando eles pousarem? Você está muito
longe dela aqui.
— Me pediram para ficar longe.
— Por quê?
— Está quieto.
— Bom.
Slash virou e caminhou para longe, desaparecendo atrás de
alguns arbustos grandes. Ele teve que pular uma mureta no
topo da parede que rodeava o perímetro de Homeland, a
passarela de dois metros de largura terminava com uma
barreira na altura da cintura. Smiley pegou a arma descartada
e o capacete, colocando-os. Concentrou a atenção no mundo lá
fora, nada se movia tão longe quanto ele podia ver.
O olhar se moveu para o céu. Vanni iria voar por cima em breve
com Justice. Pareceu passar uma eternidade antes que o som
da aproximação de um helicóptero chamou sua atenção, ele
voou por cima e Smiley virou, assistindo quando pousou
próximo ao centro de Homeland.
— Por aqui. – Ele a levou pela porta da frente onde dois Novas
Espécies intimidantes protegiam a entrada. Os dois guardas da
parte de trás do Jeep tomaram posições atrás dela, isso a fez se
sentir como se estivesse sendo presa. Medo correu por sua
espinha e ela lutou para permanecer calma.
— Onde está Smiley? Ele está aqui? – Vanni não tinha certeza
se queria vê-lo, mas um rosto familiar talvez ajudasse.
— Oh.
— Diga a ela que agradeço, mas está tudo bem. Vanni, por
favor, siga-me.
— Obrigado.
— Estamos cientes.
Vanni não tinha certeza de como iria reagir ao ver Smiley, mas
claramente o nome dele era importante para ela concordar com
qualquer coisa que a ONE sugerisse.
— Okay.
— Tenho certeza que sim, eles estão sempre dizendo algo sobre
vocês na televisão.
— Obrigado.
— Eu compreendo.
Vanni não tinha nenhuma dúvida que eles fariam isso, mas
não tinha nada a esconder.
— Tudo bem.
— É apenas Vanni.
— Chalé?
— Eu não compreendo.
*****
Jericho pestanejou.
— Por que acha que eu vim? Vou cobrir o resto do seu turno.
— Você ouviu?
— Eu sei.
— Entendido.
— Sou eu. – Vanni estava feliz de ouvir a voz dela. – Você está
segura. Eu estava tão preocupada.
— Não.
— Eles foram para a cabana, seu pai estava pronto para ser
amarrado depois que disse a ele o que estava acontecendo. Eles
estão à caminho para a cabana, mas nós sabíamos que é para
lá que eles iriam. Eles estão em casa ou chegando lá. Ponto.
— Eu imaginei.
— Isso é verdade.
— Eu prometo, te amo.
— Eu também te amo.
— Olá? – Vanni esperava que seu medo não soasse em sua voz.
Vanni arfou quando um homem caminhou para sua linha de
visão, ela pulou e bateu na parede. Um par de atrativos olhos
castanhos olharam de volta para ela, surpresa de vê-lo dentro
da casa, mas seu medo evaporou.
— Não fique com medo, Vanni. Por favor, não corra para um
dos quartos e tranque a porta. Eu estava preocupado e queria
ver como você estava.
Aquilo foi doce da parte dele. Vanni deu um passo para mais
perto e então outro. Smiley continuou lá, apenas deixou os
braços caírem para o lado. Ela pausou a alguns passos de
distância. Smiley sorriu, a expressão suavizando, isso a
encorajou a responder.
— Não tenho nada debaixo disso, não quero colocar o único par
de calcinhas que tenho até que possa lavá-los.
Uau, ele realmente disse isso. Vanni não tinha costume com um
homem tão franco.
— Eu já te vi antes.
— Não há razão para ser, sou eu. Tire a blusa e vire para mim.
— Por quê?
Smiley lambeu os lábios, a visão da língua dele passando pegou
a atenção de Vanni e ela se focou na boca dele.
— Eu lamento.
— Acho que foi por ter sido drogada. Te falei que sou uma
esquenta-cadeira, isso foi... – Vanni não tinha certeza de como
explicar isso sem se humilhar.
— Sim.
— Compartilhar sexo enquanto está drogado é muito poderoso.
— Por que ele faria isso? Eu não lembro dessa parte e pensei
que lembrava de tudo.
— Por quê?
— Eu acredito em você.
— Você quer que eu conte tudo o que descobri? Fui ver Carl na
noite passada para devolver o anel e –
— Diz pra mim que você não pertence mais aquele macho.
Vanni arfou com o tom áspero de Smiley.
— Sim.
— Eu acho.
— Sim, sinto muito. – Ele olhou para cima. – Eu não quis fazer
barulho para você.
— Por que você fez?
— Por quê?
— Você está assustada e estou com medo de que vou fazer com
que você queira ficar longe de mim. Essa é a última coisa que
eu quero, tenho tanta coisa para falar com você e tantas
perguntas que quero fazer. Apenas não sei como fazer isso sem
preocupação de que isso vai te ofender ou chatear.
— Não sei, mas não vou fugir. – Vanni sorriu de volta. – Você
meio que me tem bloqueada.
Smiley olhou dentro dos olhos de Vanni e odiou ver dor lá. Ela
havia sido tragada para o mundo dele, mas ele não lamentava
que ela estivesse lá. Smiley não a teria conhecido se eles não
tivessem sido marcados. Ele poderia lamentar as
circunstâncias, mas nunca o resultado. Vanni estava a apenas
centímetros dele, bem onde ele queria que ela estivesse.
Capítulo Treze
— Por quê?
— Gosto quando você deixa sua guarda baixa comigo. Você tem
um sorriso maravilhoso. – Smiley gargalhou.
— O seu também.
— Por que você quer saber? – Ela olhou nos olhos dele.
— Eu não posso fazer sexo com você, se é isso que você quer.
— Esse é um bom começo, eu sei que eles nos odeiam, mas não
sei por quê.
Smiley apenas olhou para ela, Vanni cedeu sob o olhar firme.
4
Vanni se refere ao filme “Planeta dos Macacos”. Filme de 1968, baseado no livro francês La Planète des
singes, de Pierre Boulle. O livro foi adaptado para o cinema, a TV e os desenhos. A última adaptação
chama-se “O planeta dos Macacos: O confronto”, filme de 2014.
— Eu estaria, eu deveria calar a boca. Você me deixa nervosa.
Estou fazendo uma bagunça –
— Quero te beijar.
— Eu...
Vanni não tinha certeza do que dizer ou fazer. Smiley não deu
realmente uma chance a ela de vir com uma resposta. A boca
dele desceu sobre a dela. Vanni fechou os olhos e estava
maravilhada do quão suave os lábios dele eram. A língua de
Smiley deslizou pela dela e Vanni arfou, ele usou essa abertura
para aprofundar o beijo.
Vanni olhou para baixo e percebeu quão alto sua camisa havia
subido, ela soltou Smiley e agarrou a barra, tentando puxá-la
para baixo para esconder a vagina exposta. Smiley se moveu
mais rápido, soltando a perna dela e o rosto. Ele capturou a
cintura de Vanni antes que ela pudesse cobrir a modéstia, ele
sacudiu a cabeça.
— Não se esconda de mim.
— Solte.
— Você está vendo, tudo o que tem que fazer é olhar para
baixo.
— Por quê?
— Dois.
— Você nunca mostrou o sexo para eles? Eles nunca quiseram
que você separasse as pernas e apreciaram você?
— Solte.
— Correto.
— Não!
Vanni assentiu.
Nenhum cara tinha falado com ela daquele jeito antes, mas
Vanni gostou. Isso a fez se sentir sexy e amou ver o jeito como
os olhos bonitos dele se estreitaram e os lábios se separaram,
mostrando as presas. As pontas delas a lembraram de quando
ele havia mordiscado o ombro dela, Vanni virou a cabeça um
pouco para dar acesso ao pescoço se ele quisesse isso.
Vanni teve que forçar o corpo a fazer o que Smiley pediu. Ele
deslizou mais fundo, enchendo-a mais. Vanni se sentiu
esticada até o limite, mas Smiley não havia terminado. Ele
rolou os quadris e colocou mais do eixo grosso dentro do corpo
dela. Vanni fechou os olhos, aproveitando o jeito que eles se
encaixavam juntos. Smiley retirou um pouco e voltou,
montando-a vagarosamente.
— Oh Deus. – Ela se agarrou nas costas dele, encontrando pele
nua ao redor da regata. As unhas se enterraram um pouco,
mas ela tentou não tirar sangue. Smiley era apenas tão
gostoso.
— Eu acredito em você.
— Não.
Vanni tentou olhar para longe, mas Smiley moveu o rosto com
o dela. Ela não teve outra escolha além de encontrar o olhar
dele novamente. Smiley esperava por uma resposta, então ela a
deu para ele.
— Gostei muito.
— Gostou? Terei que tentar mais duro, você disse que amor e
sexo andam juntos. Eu vou chegar lá.
Vanni fechou os olhos. Ele queria que ela amasse o sexo, mas
ela estava com medo de que iria se apaixonar por Smiley. Seu
coração e seu corpo estavam conectados, era um pacote
completo com ela.
Vanni assentiu.
— Eu não sou perfeito, foi por isso que mostrei essas. – Ele
virou para olhar para ela. – Eu tive que matar para sobreviver
ou para ter certeza que os outros de meu tipo sobrevivessem. –
Um músculo na mandíbula dele pulou. – Quer que eu saia?
— Não. – Vanni sacudiu a cabeça. – Por que eu iria até mesmo
pedir isso?
— Eu não tenho.
— Beth diz que sou muito confiante porque não quero ser
aquelas pessoas negativas que sempre procuram defeitos nos
outros. Minha irmã mais velha é assim e ela é um infortúnio.
Eu sempre procuro pelo lado bom.
— Obrigado.
— Eu gosto disso.
Vanni estava nos braços dele e ela parecia tão certa. Smiley
respirou o cheiro dela, fazendo uma nota mental para
perguntar a ela pelos produtos de banho preferidos. Gostara
mais do outro xampu, mas o que ela usava era bom também. A
pele de Vanni era suave onde ele a acariciava e Smiley mudou
as pernas, prendendo o pênis endurecendo entre as coxas.
Vanni parecia exausta, a razão por detrás disso o deixou com
raiva. A igreja Woods, o ex-homem dela e o pai dele iriam pagar
pelo que haviam feito a ela. Smiley puxou as cobertas um
pouco para baixo depois que a respiração de Vanni o assegurou
que ela dormia e deu uma boa olhada nas costas dela. Ele
tinha apenas pegado um vislumbre disso quando Vanni havia
removido a camisa e praticamente se escondeu na cama.
Ele formou um plano, iria deixa-la viciada nele. Vanni não iria
querer partir caso se tornasse dependente dele, compartilhar
sexo era um bom caminho para cimentar o vinculo deles, mas
ele precisava se conectar a ela em um nível emocional também.
Ele iria cozinhar para ela e mostrar quão doméstico poderia
ser, não doeria falar com os outros machos para pedir
conselhos. Faria isso de manhã quando precisasse ir para casa
trocar de roupa. Era um fato que ele teria que se mudar para a
casa humana, desde que duvidava que Vanni se sentiria
confortável se ele a levasse para o dormitório masculino.
— Olá?
— Sim. – Ele sorriu. – Posso dizer todo tipo de coisa com meu
nariz.
— Eles entraram?
— Sim, eu lamento Vanni. Isso não tem nada a ver com a gente
não confiando em você, é que você estava dormindo tão
pacificamente que me recusei a te acordar. A roupa que você
tinha obviamente não era para seu tamanho, eu sei que você
mora com outra mulher então eu dei a um dos nossos machos
a camisa que você vestia para permitir que ele reconhecesse
seu cheiro. Ele identificou suas roupas para a equipe e eles
gravaram os tamanhos. Um homem que trabalha para nossa
equipe de RP5 tem uma loja aberta algumas horas e ele pegou
algo para você, espero que seja do seu gosto.
— Produtos pessoais?
5
RP – Relações Públicas, ou Public Relations em inglês.
— Seus produtos de banho. Xampu, condicionador, sabonete
liquido e até mesmo o desodorante e o creme dental que você
prefere. – Smiley sorriu.
— Já comi, obrigado.
— Por favor, coma sua comida, Vanni. Você vai precisar de sua
força.
Ela estava feliz que não tinha comida na boca quando o olhar
de Smiley desceu para os seios dela e um olhar faminto
estreitou os olhos bonitos dele. As implicações eram claras.
— Vanni?
— Isso é tão legal. – Sua admiração por ele cresceu muito mais.
– Isso não é perigoso, no entanto? Quero dizer, ouvi que eles
não estão mais em gaiolas.
— Básico?
*****
O olhar de Vanni baixou para a boca dele e ele quis beijá-la. Ele
sabia melhor. No entanto, ele acabaria pegando-a e levando
para o quarto. Tão tentador quanto isso era, ele não precisava
de Justice, Fury ou Jericho na sua bunda por arruinar os
planos deles para dissipar os rumores horríveis que a igreja
havia começado. Smiley não se importava com o que os
humanos pensavam dele, mas eles iriam danificar a reputação
de Vanni também.
— Precisamos ir.
— Okay. – Vanni assentiu e finalmente parou de olhar para a
boca de Smiley.
— Confio em você.
— Sim.
Smiley desejou que fosse tão simples. Ciúmes era uma nova
emoção e ele não gostou nem um pouco disso, ele reconhecia,
no entanto. Vanni não era sua companheira. Ainda. Aquilo
deixava espaço para outros machos chamarem a atenção dela,
ele tinha que resistir de olhar para o estômago de Vanni. Seu
filho talvez estivesse crescendo lá, mas não era por isso que
queria Vanni. Isso apenas significava que ele teria uma razão
válida para bater em qualquer macho idiota o suficiente para
flertar com ela.
— Ele vai ter certeza que não estamos sendo seguidos e ele tem
uma arma pronta em caso de necessidade.
— Você não está de serviço? – Ela notara que todos nas duas
SUVs, exceto Smiley, vestiam o uniforme da ONE.
— Acredito em você.
— Ele vai ficar com as SUVs. Ninguém será capaz de mexer nos
veículos sem ele saber,
— Eu gosto desta.
— Obrigada.
— O que é?
— Sim.
Ele girou, pegou Vanni a virou para os lados do assento até que
o corpo dele cobriu o dela, mas nenhum tiro disparou.
— Câmera de celular. – Wager soltou uma respiração e
continuou. – Ele está tirando fotos, ameaça abortada.
— Fique aí. – Ele pediu, como se desse a ela uma escolha desde
que se manteve em cima dela para mantê-la no lugar. Smiley
olhou para fora por cima dos assentos da frente, a van da mídia
não havia se afastado para permitir que eles passassem.
Uma mão segurou seu ombro e ele percebeu que era Slash
ajudando-o a continuar na direção certa. Ele olhou uma vez,
lamentando isso enquanto seus olhos lacrimejavam pela
fumaça irritante, mas ele foi capaz de ver as vans de notícia
que passaram. Estavam quase nos portões.
— Pelo quê?
Ela gostou do jeito que ele olhou para ela, os olhos lindos de
Smiley mostravam preocupação e interesse, tudo isso
direcionado a ela. Vanni se aproximou e colocou a mão contra o
peito de Smiley.
— Eu cometi um erro.
— Sobre o quê? – Seus batimentos aceleraram, isso soou como
se ele fosse dispensá-la. Vanni nem mesmo tinha certeza de
que isso era possível, desde que eles não estavam tendo
exatamente um relacionamento.
— Não é sua culpa que fomos drogados, você era o alvo deles,
mas Gregory e seus seguidores fodidos fizeram isso a nós dois.
— Estou ciente. – Vanni recuou um passo e quase tropeçou nos
sapatos descartados. Ela se endireitou sozinha antes que
Smiley pudesse alcança-la e ajudar, colocando as mãos para
cima e dispensando. Doía pensar que ele talvez estivesse
apenas passando tempo com ela por algum senso de dever, seu
olhar se fechou com o dele.
— Eu não sei.
— Você sabe ou não teria dito algo assim. Olhe para mim.
Vanni odiou ver o jeito que Smiley olhava para ela naquele
momento, como se ela houvesse machucado os sentimentos
dele. Isso a fez lamentar a suposição grosseira.
— É porque fico tão preocupado que vou dizer ou fazer algo que
vai te levar para longe. Eu não quero isso. Somos de passados
diferentes e estou preocupado que essas diferenças faça você
querer ir embora. Preciso que você fique.
— Você precisa?
— Sim.
— Eu não sei como isso poderia funcionar entre nós. Você vive
aqui e eu moro a duas horas de distância. – Vanni queria poder
ver um jeito de fazer funcionar, mas queria ser totalmente
honesta. – Você também passa muito tempo na Reserva, isso é
no norte. Um relacionamento de longa distância nunca
funciona, nós nem mesmo podemos sair. Você viu o que
aconteceu quando fomos às compras juntos, não é como se
pudéssemos sair para jantar.
— Você não tem que sair do meu lado nunca, podemos viver
juntos.
— Me dê algum tempo.
— Suba na cama.
— Deixe-me te beijar.
Ela quis protestar, mas isso estava feito antes que ela pudesse
falar. Vanni terminou espalhada em cima de Smiley, ela tentou
se afastar um pouco, mas o pau duro batendo contra sua
boceta a parou. As mãos dele se ajeitaram nas costelas dela
enquanto curvou as pernas para ergueu mais alto os ombros de
Vanni, permitindo a ele cobrir os seios dela.
Vanni se ergueu e fez o que Smiley queria, doendo para que ele
a fodesse. Ela esperava que ele fosse subir e coloca-la sob ele,
mas Smiley a surpreendeu novamente quando agarrou as
coxas dela e a apressou para separá-las. Ela separou os joelhos
até que Smiley a soltou e se sentou sobre os calcanhares.
Isso era tão bom que quase doía. Seus músculos vaginais se
cerravam em antecipação ao clímax iminente, juntamente com
cada outro músculo do corpo. Smiley a fodeu muito mais
rápido, a cabeceira batendo muito alto contra a parede. Ela não
se importava. Ele estava tão duro e isso era tão bom.
— Tão rápido?
— Alô?
6
DEA – Desaparecidos Em Ação. Do inglês AWOL (Absent Without Official Leave), um termo utilizado no
exército do EUA para definir uma deserção de um soldado ou algum membro do corpo militar do país.
rolou de costas, agarrou o telefone na orelha e olhou para o
teto.
— Eu sinto muito.
— Você está bem, Vanni? Ignore nosso irmão idiota, ele não
quis dizer nada disso. Estamos apenas muito preocupados,
estamos ouvindo muitas coisas conflitantes.
— Faça isso. Ele também tem medo das minhas unhas quando
estou chateada. Tente pegar o telefone mais uma vez e você vai
sangrar. – Mia avisou. – E não bafeje em meu marido. O que
diabos você comeu?
— Está feito, eu apenas odiei que não pudemos falar com você
antes. Por que você estava evitando nossas ligações no fim de
semana? O que está realmente acontecendo, Vanni?
— Eu estou.
— Hoje?
— Quando a ONE te levou às compras, está em todos os
noticiários.
— Eu não vou.
— Eu estava preocupada.
— Amo você.
— Boa coisa.
— Realmente não acho que isso seja uma boa ideia. – Miles
protestou. – Acho que a equipe da força-tarefa está fazendo um
bom trabalho.
— É por isso que acho que a força-tarefa deveria lidar com isso.
– Miles se ergueu também. – Vai parecer que vocês
aterrorizaram aquele humano para uma confissão. Vocês me
pagam para dizer o que as pessoas vão pensar, aqui está.
— E se ele não for com o pai dele? – Smiley não estava disposto
a arriscar isso.
— Então vamos pegá-los poucas semanas depois que o pai dele
desaparecer. – Fury chamou sua atenção. – Todo mundo vai
pensar que ele apenas se encontrou com ele mais tarde. Isso
vai ser correto.
— Hum, talvez ele não disse que isso seria divertido. Ele estava
com o grupo daquela igreja.
— Que igreja?
— Não.
— Que droga?
— Continue descrevendo-o.
— Não sinta pena por aquele homem. Ele te levou para uma
armadilha e não te protegeu.
— Não vou.
— Não.
7
Smiley – Significa sorridente, alegre, divertido e outra infinidade de palavras felizes.
— Eu nunca pensaria mal de você. Você teve que proteger a si
mesmo e as pessoas que você ama. Eu agradeço que confie em
mim o suficiente para contar a verdade sobre o que enfrentou.
— Eu já fui traída.
— Outras fêmeas vão cheirar ruim para mim, apenas vou ficar
duro vendo e cheirando você.
— Sério?
— Foi Cindy?
Vanni estava com ciúmes? Isso o deixou feliz. Parecia que ela
se sentia possessiva com ele. Isso era bom.
— Nunca toquei Cindy desse jeito, ela trabalha para a ONE não
mostrou nenhum interesse em mim. Ela é atraída por um
macho que vive na Reserva, ela o observa quando ele não está
olhando. Alguns de nós notaram. Foi uma fêmea Espécie amiga
minha.
— Você fez sexo com ela?
8
Booty Call – A famosa rapidinha sem compromisso. Geralmente ocorre quando uma das partes chama
a outra no meio da noite para compartilhar sexo e depois cada um volta para seu próprio espaço, sem
laços afetivos. Vale lembra que Trey Roberts ofereceu a mesma coisa para Becca O’berto no quinto livro
da Série NE.
— Então você não vai mais dormir com ela novamente? – Vanni
parecia indecisa.
— Não, nunca.
— Okay.
— Nem eu.
— Ficando comigo não significa que você tem que desistir das
outras pessoas que ama. É que apenas seria mais seguro para
eles passar um tempo com você aqui, atrás dos muros. – Ele
hesitou. – No entanto isso poderia ser um problema com eles.
— O que é?
— Sei que estou pedindo muito, mas realmente quero ser mãe
um dia. É parte da razão pela qual concordei em casar com
Carl. Não estou dizendo que precisamos fazer isso agora, mas
quero essa opção. Eu amo meus sobrinhos e sobrinhas, eu não
dei a luz a eles, mas quero isso. Crianças. Uma família. Com
você.
Vanni assentiu.
— Eles nos temem, mas não há razão para isso. A maior parte
dos que nos odeiam estão esperando que a gente morra. Eles
acham que Espécies são influências malignas com tempo
limitado na Terra deles. Mercile tentou nos engravidar, mas
isso nunca funcionou. Continuamos tentando descobrir o
porquê, mas desde que somos livres algumas crianças
nasceram.
— Oh, Deus.
— Eu tenho alguns.
— Convide-os.
— Sim.
— Agora não.
— Nos casar.
— Quem foi?
— Você não tem ideia de como isso significa para mim, mas
isso é importante também.
— Estarei esperando.
— Trey Roberts!
— O filho dele?
— Vou pegar a sala um. Você dois se juntem para a sala dois.
— Posso lidar com um prisioneiro eu mesmo. – Smiley segurou
o olhar de Darkness. – Eu não vou perder o controle.
— Foi Dean. Ele foi o cara que vendeu isso. Foi ideia dele
enfraquecer as doses até que isso não mataria mulheres.
— É por isso que você está em Fuller. Você admitiu que poderia
ter ligado para a ONE, mas não ligou. Nós teríamos te protegido
e a sua família. Ao invés disso, escolheu não fazer nada
enquanto pessoas sofriam.
*****
— Posso ver.
— Sim.
Ela não queria soltá-los, mas fez como pediu. O topo de granito
do balcão não era exatamente confortável, mas ela não se
importou quando Smiley se aproximou, segurou atrás dos
joelhos dela e os colocou para cima. Os tornozelos dela
descansaram no topo dos ombros dele e Smiley soltou o aperto
nos quadris dela. Ele a puxou para a bora do balcão e passou
um braço em cima das pernas dela, para mantê-las
pressionadas contra o peito. Smiley começou a fodê-la devagar,
se movendo para dentro e para fora.
— Oh, Deus.
— É isso aí, baby. Deixe-me te fazer sentir tão bem quanto você
me faz. Eu amo estar dentro de você, te tocando, te olhando.
Vanni forçou os olhos abertos para olhar para Smiley. Podia
entender porque ele queria assisti-la durante o sexo. Smiley
parecia feroz no calor do momento – a boca entreaberta, as
presas aparecendo –. O olhar dele fixo nela e as bochechas dele
estavam coradas. Smiley mordeu o lábio inferior enquanto
pegava o passo, fodendo-a mais rápido. A fricção do pau grande
causou prazer percorrendo-a a cada estocada no corpo dela.
— Segure firme.
— Eu poderia caminhar.
— Você poderia, mas isso vai ficar mais divertido. – Ele deu um
passo pequeno e o pênis se moveu dentro dela, isso também
esfregou o clitóris inchado dela contra a barriga dele.
Smiley deu outro passo, então outro, até que eles alcançaram o
corredor. Ele subitamente pressionou a bunda dela contra a
parede fria e começou a se mover dentro dela com estocadas
rasas. Vanni fechou os olhos e gemeu, amando a sensação que
o pau dele criara.
— Viu? – A voz dele se aprofundou e os lábios escovaram os
dela. – Ainda sensível?
— Eu vou sobreviver.
Ela se torceu o suficiente para olhar para baixo e não pôde ver
os pés dele por causa de todo o material cobrindo-os. Smiley
caminhou com passos curtos, os tornozelos mancando. Ele
tropeçou um pouco, mas se recuperou. Ela riu, divertida.
— Tranquilo.
— Desculpe.
— Eu sei disso.
Vanni não disse nada. Smiley desejou que ela expressasse seus
sentimentos, mas o silêncio se esticou. Ela olhou para ele,
parecendo um pouco surpresa. Smiley tentou pensar nas
preocupações dela.
— Ele não conseguiu. Você está segura, Vanni. Ele não será
capaz de machucar você ou sua família. Ele não terá acesso a
um telefone e isso significa que não pode pedir a ninguém que
trabalha para ele para fazer nada em retaliação. Tínhamos um
membro da força-tarefa postado como piloto do avião particular
que ele contratou, eles subiram a bordo e estamos voando
direto para onde a ONE os levou em custódia. Eles estão presos
na Reserva, estamos indo para lá amanhã ao meio-dia. Eu
gostaria de ter algumas palavras com alguns deles. Você pode
vê-los por uma parede de vidro, se quiser. Eu prefiro que você
não tenha contato direto com eles. – Smiley talvez matasse
alguém que ameaçasse Vanni novamente. – Mas é sua escolha,
sei que algumas vezes ajuda a ser capaz de confrontar seus
medos ou, nesse caso, os homens que te causam tamanha
aflição.
— O que mais?
— Beth sempre disse que ele era uma cobra. Acho que agora
sei por que ele não se importou se o pai dele terminasse me
machucando ou me matando. Isso o teria livrado do problema
acabar comigo ele mesmo. Por que eu não vi isso?
— Fico feliz que ele esteja fora das ruas. – Vanni estremeceu
apenas com a menção do homem. – Acho que ele poderia
potencialmente se tornar um serial killer ou algo igualmente
ruim, se ele já não é. Vou dormir melhor a noite sabendo que
ele não pode machucar mais ninguém.
— Eu vou.
— Quase lá.
Era uma lembrança de que ela era humana. Jericho tinha uma
voz alta e um Espécie teria escutado a conversa, sentado tão
próximo a ele.
— Por quê?
— Eu vejo.
— Fico duro por você.
— Sim.
— Qualquer coisa?
— Eu nem mesmo disse a você o que quero que você faça. – Ela
gargalhou. – Você realmente deveria perguntar antes de
concordar com isso ou eu poderia tirar vantagem disso. E se eu
dissesse que queria que você levasse o lixo pra fora?
— Você não quer isso. Estou esperançoso que isso seja algo
sexual.
— Fico grato que você pense assim. O que você gostaria que eu
fizesse, minha Vanni? – O olhar dele baixou para as pernas
dela e ele lembrou que ela era tímida. – Você gostaria de minha
boca em você?
— Você pode fazer qualquer coisa. – Ele lutou para deixar sair.
– Sou todo seu.
— Sim.
Vanni não estava mais tímida. Smiley jogou a cabeça para trás
e bateu os olhos fechados enquanto ela o rodeava com a boca.
Vanni sugou, lambeu e o atormentou. Ele retumbou, o peito
vibrando pelo som profundo. Vanni fazia coisas com ele que o
viravam do acesso.
Ela quis dar a ele aquilo. Geralmente não era algo que fazia ou
queria fazer, mas Smiley não era apenas um qualquer. Ele era
dela. Vanni gostou do som disso, o olhar se erguendo para a
luz do teto e ela lamentavelmente se moveu, passando por cima
das pernas de Smiley para sair da cama.
— Apagar a luz.
— O que é isso?
— Eu apenas fiz isso para você, então agora sei que você vai
querer dormir.
Vanni seguiu o olhar dele e não pôde perder o fato de que ele
estava duro como uma rocha novamente.
— Mais rápido.
Vanni fez isso, mas ele não beijou a garganta dela. A língua
dele umedeceu o ombro dela e então ele mordeu, não foi duro o
suficiente para rasgar a pele, mas aumentou a excitação.
Aquelas presas dele eram quentes e mandaram bons arrepior
através do corpo de Vanni. Smiley segurou Vanni um pouco
mais apertado, fodeu-a um pouco mais duro e continuou
brincando com o clitóris dela.
— Esse sou eu. – Ele entrou nela mais fundo e mais rápido. –
Nós. Malditamente bom, não é?
— Uau.
— O que é isso?
— Bom.
— Obrigado.
— Pelo quê?
— Você é perfeito.
— O que é isso?
— Você vai me prometer que isso não vai mudar as coisas entre
nós?
Aquilo a assustou.
Ela o amava.
—Você esta bem? Fale comigo. – Smiley segurou-a apertado e
começou a acariciar sua coxa.
— Isso é tudo que você tem a dizer? Você não parece com raiva.
– Sua mão parou.
— Sim.
Capitulo Vinte e Um
— Creek, cheire Vanni. Ela pode estar grávida. Nós não temos
tempo para ir ao médico esta manhã para ela fazer um teste. –
Excitação atava a voz de Smiley. – Nós ficaríamos feliz com isso.
– Ele virou a cabeça, sorrindo para Vanni. — Caninos tem o
melhor sentido do olfato. Ela pode detectar isso.
— Sim seria.
Ela olhou para ele e como ele usou o pé para segurar a porta
entreaberta. Smiley se curvou e pegou-a nos braços, escorando
a porta aberta com o ombro para carregá-la pelo batente. Ele
chutou a porta fechando-a.
— Onde está a cama? – Ela não viu uma. A área foi criada
como uma sala de estar e até tinha uma lareira ao longo de
uma parede. Um canto continha uma mesa de jantar
aconchegante com duas cadeiras. Duas bandejas de prata
estavam na mesa, ocupando a maior parte do espaço, e uma
garrafa de vinho em um balde de gelo com dois copos ao lado
dele.
— Bom.
— Isso é o jeito Beth de dizer que ela está bem com isso.
— O jeito Beth?
— É complicado.
— Para o quê?
— Sim.
— Estou feliz que você não é como ela. Eu nunca seria capaz de
desistir de você.
— Você é tão quente de uma forma sexy quando você fica com
raiva.
— Eu sou? – Ele relaxou.
******
— Sim.
Ela o divertia.
— Okay, basta dizer a Jericho se isso for muito pra você. - Ele
olhou para o macho novamente.
— Está certo. Eu sou o cara que foi drogado com ela naquele
hotel. – Smiley pulou e agarrou o homem, transportando-o para
fora do seu assento. Ele
caminhou até a parede mais próxima, perto do vidro, e bateu-o
contra ele. Carl resmungou, mas não tentou lutar. Ele era dócil
para um macho. Isso desgostou Smiley e ele olhou para o
homem abaixo.
Torrent gargalhou.
Bruce deu um soco nele, mas ele passou longe. Smiley irado
lançou outro soco na barriga do homem. Ele fez um som alto de
dor e dobrou ao longo do golpe. Smiley recuou e retumbou.
As mãos dele doíam, mas ele nem mesmo olhou para elas.
— Vai esperar por mim fora desta sala. Não é seguro. – Smiley
pegou um movimento em sua visão periférica e ficou tenso. Ele
observou Bruce
lutar para ficar em seus pés. — Agora, Vanni.
— Okay.
Vanni sorveu o suco de laranja que Jericho pegara para ela, ele
não havia dito uma palavra sobre ela pegando a arma dele ou
usando-a. Eles assistiram Smiley e Torrent arrastar o Bruce
inconsciente para fora da sala, outro Nova Espécie havia
entrado para limpar todo o sangue. Ela finalmente trabalhou
com os nervos para falar com o amigo de Smiley.
Vanni não tinha certeza do que fazer com aquilo, mas Jericho
explicou.
— Eu amo Smiley.
— Ele precisa?
— Sim. – Jericho olhou para a parede de vidro e então de volta
para ela. – Nós sentimos profundamente, mas tentamos
esconder isso. É um defeito.
— Por quê?
******
— Não foi minha ideia, foi de Bruce. Eu estava com medo dele,
você o viu. Ele tem uma ficha criminal, eu sou inocente.
— Cala a boca. – Torrent deu um passo atrás. – Nós não somos
idiotas. Haviam vinte doses perdidas da droga de procriação
quando te pegamos sob custódia. Dean confessou que vendeu
duzentas para você. – Ele rosnou e lançou a Smiley um olhar
desgostoso antes de continuar. – Esse cara jurou que usou-as
em prostitutas que ele pagava para fazer sexo com ele. Você viu
em primeira mão o que a droga faz com uma mulher, ele não
sentia por aquelas Fêmea que drogou e continuou fazendo isso
de novo e de novo. Ele é um filho da puta cruel. – Torrent
mostrou as presas. – Você vai culpar mais alguém? Pare com
isso, idiota.
— Ele usou o dinheiro que você deu a ele para a compra. Você
foi pego e vai pagar por seus crimes, pastor Woods.
— Acho que estou tendo um ataque cardíaco.
Vanni assentiu.
— Estou agora.
— Eu sou?
— Estou aqui. – Jericho limpou a garganta. – As câmeras
também. Eu não sugeriria que vocês ficassem muito amigáveis
um com o outro no corredor.
******
— Sim.
— Não precisa dizer mais nada. Sua irmã é uma puritana, seu
irmão é um burro e insistente. Seus pais... eu os amo, mas sua
mãe é uma maluca por controle e me assusta um pouco como
seu pai apenas faz tudo o que ela diz. Meus pais são o oposto.
Meu pai é o controlador e minha mãe faz tudo o que ele diz.
— Você pegou isso dele. Você é a irmã quieta e você deixa que
eles mandem em tudo ao redor. Fico feliz que você decidiu
fugir, aquele fiasco que foi o noivado com Carl me matou. Eu
realmente o odiava e então sua família estava bagunçando os
planos que você tinha, eu fiquei chateada por você.
— Pelo quê?
— Sim.
— Segredo, Beth.
— Eu li as notícias. – Beth segurou o olhar de Vanni e ficou
séria. – Eu também ouvi algumas das coisas que Gregory
Woods vomitava. Eu mataria alguém por você e esconderia o
corpo, ninguém nunca terá nenhuma informação de mim. Eles
podem me pendurar pelos mamilos e me bater com bastões.
— Jericho?
— Eu não vou te dar uma palestra por você ter sexo antes da
cerimônia. Você quer que eu finja ser Mia? – Beth assumiu um
tom esnobe. – Primeiro você agarra firmemente o homem pelo
pênis e pergunte a ele se ele tem alguma doença sexual. Assim
ele pode ser assegurado que você vai arrancar todas as
mentiras.
— Pare. – Vanni deu risada. – Isso é tão errado, mas tão igual.
Eu te amo, Beth. Obrigado por estar aqui.
**********
— A fêmea te ama, ela não vai dar para trás. Vocês já estão
acasalados.
— Eu esqueci algo?
— Você disse que ela não estava zangada quando você contou a
ela que ela podia estar grávida.
— Desculpe.
— Exatamente.
O peito de Smiley doeu, mas ele sabia porque. Vanni era sua
companheira, o aceitava por quem ele era e ele nunca pensou
que teria isso.
— Estamos nisso juntos. Para sempre.
— Hoje não, pedi a eles para ficarem fora de vista, mas eles
estão por perto. Eu não quero que você fique com medo.
— Aquele é Gus.
Ela odiou deixá-lo ir, mas Smiley nunca a deixou por muito
tempo. Ele até cortou suas horas de trabalho para passar mais
tempo com ela. Ele tinha se tornado mais do que seu amante e
companheiro. Ele era seu melhor amigo. Ela se abraçou e
observou-o aproximar-se lentamente do par de ursos. Eles ou
cheiravam ou viram Smiley, os dois virando as cabeças.
— Sempre tenho.
— Eles estão muito bem com você perto deles. — Ele trancou o
olhar com ela. – Você sabe que eu nunca deixarei que nada te
machuque. Seu cheiro está todo sobre mim. E eles gostaram do
seu cheiro, tenha certeza disso.
Fim